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Director José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo Sérgio Terra • Nº 4542 • Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 10 PATACAS
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JTM Universidade de Macau
refere incidente como “lamentável”A Universidade de Macau (UM) reagiu ontem em comunicado sobre o incidente com uma aluna do últi-mo sábado, durante a cerimónia de graduação, como “lamentável”. A instituição endereça um pedido de desculpas a “todos os afectados no processo”. O incidente envolveu ain-da um membro da publicação “Ma-cau Concelears”. A instituição subli-nha que “reitera o respeito que tem pela liberdade académica, liberdade de expressão e liberdade de impren-sa”, e diz que “vai rever o sucedido em ordem a melhorar” com vista às futuras cerimónias de congregação. O comunicado diz ainda que os res-ponsáveis da UM reuniram com vá-rios departamentos para questionar sobre os detalhes do que aconteceu. A instituição diz que a cerimónia de congregação “é um momento de alegria para os estudantes, família e amigos para celebrarem os frutos de quatro anos de árduo trabalho”, e por isso, é importante garantir que todos possam desfrutar de uma ceri-mónia “solene e ordeira”.
Anunciadas medidasde combate à drogaMais duas máquina de raio-x nos postos fronteiriços e uma eventual revisão da legislação são duas das medidas avança-das pelo Governo no combate à droga. Pág. 7
O membro de 22 anos da Associação Novo Macau, mos-trou ambição em conquistar o lugar de presidente nas eleições que se avizinham, marcadas para dia 6 de Julho. Em declarações ao JTM, o jovem, que foi número dois
de Au Kam San nas últimas eleições para a Assembleia Legislativa, afirmou que está a pensar na candidatura de forma activa, mas prefere não revelar já a decisão final de suceder a Jason Chao.
Sou Ka Hou considera suceder a Jason Chao
Luta contra o silêncio
Pág. 5
Insatisfação com reservasOs deputados da Assembleia Legislativa mostraram-se in-satisfeitos com o resultado dos investimentos das reservas fi-nanceiras da RAEM, que apre-sentam prejuízo. Pág. 9
Lar macaensenasceu em Portugal
Centrais
Fátima Almeida e Viviana ChanPágs. 2 a 4
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JTM
Despedidaamarga
Última
02 JTM | LOCAL Sexta-feira, 27 de Junho de 2014
Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administração: José Rocha Dinis • Director: José Rocha Dinis • Director Editorial Executivo: Sérgio Terra • Grande Repórter: Fátima Almeida • Redacção: Sandra Lobo Pimentel (editora), André Jegundo, Liane Ferreira, Pedro André Santos, Susana Diniz e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, António Ribeiro Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)
JORNAL TRIBUNA DE MACAU
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JTM CONTA HISTÓRIAS DE PESSOAS QUE ENFRENTARAM A SURDEZ
As conquistas de lutar contra o silêncio infinitoA descoberta de um silêncio infinito foi aterradora para Ip e Dorothy Tai. Nada fazia crer que as suas filhas nascessem surdas ou com problemas de audição profundos, mas depressa se aperceberam que algo não estava bem: nem ao som dos aviões reagiam. Seguiram-se várias lutas para que através do tratamento certo ou de uma operação as pequenas conseguissem ouvir. Já para Iok Kam, de 72 anos, e Wa Cheng, de 50 anos, a língua gestual ou a escrita foram as únicas ferramentas usadas para quebrar as barreiras. O JTM conheceu as histórias de quem teve de enfrentar a surdez, entre o medo e a esperança
Fátima Almeida e Viviana Chan
Para se apresentar Iok Kam, de 72 anos, desliza os dedos sobre a mesa como se tocasse num piano
de cauda. As suas palavras são dese-nhadas no ar, desde que na adolescência aprendeu a dar significado ao vazio. É nele que a compreendemos com a ajuda de um intérprete de língua gestual. Iok Kam descobriu que não ouvia aos sete anos. “Não sabia o que a professora es-tava a falar. Só quando aos 10 anos entrei numa escola para surdos é que comecei a comunicar”, recorda.
Inicialmente Iok Kam escutava alguns sons, mas depois os seus ouvidos só cap-tavam o silêncio. “Tive um crescimento muito lento por causa de não conseguir receber as informações, só depois é que aprendi a língua gestual”, conta. “A mi-nha mãe era a única que me ensinava os caracteres, porque ela pouco sabia de lín-gua gestual. Era muito inteligente e uma base muito forte”, recorda-se.
Apesar de cuidar dos filhos com afin-co, a mãe não desconfiava que Iok pudes-se ser surda, pensando que a filha tinha atraso no desenvolvimento. Levaram-na a médicos de medicina tradicional chine-sa mas não encontravam o problema. O diagnóstico correcto foi difícil de encon-trar, há 60 anos, quando ainda vivia no Continente chinês. As técnicas eram pou-cas, pelo que a língua gestual foi a única solução. Hoje em nada se inibe. Move os braços, abre e fecha as mãos e as palavras vão-se construindo.
Já a senhora Ip nunca permitiu que a filha, hoje com 16 anos, aprendesse a língua gestual. “Poderia torna-se depen-dente e não chegar a conseguir ouvir. Até tapamos a boca para que não leia os nos-sos lábios e assim estar obrigada a ouvir”, descreve. “Quando a ajudava a fazer os trabalhos de casa, sentava-me ao lado dela de modo a que o som fosse o ele-mento principal da nossa comunicação e não os movimentos dos lábios”.
Com novas técnicas e um olhar mais atento, Ip descobriu que a filha não con-seguia ouvir através de um médico par-ticular, que detectou um atraso no cres-cimento. Aos dois anos a menina não falava. “Às vezes batiamos palmas mas não reagia. Na altura não pensámos que fosse um problema de audição, porque no histórico de saúde da família não ha-via sinais desta situação”.
Ip ainda especulou sobre a possibili-dade de ser um caso de “fala tardia”, mas por indicação do pediatra decidiu fazer um teste no Centro Hospitalar Conde São Januário. Mais tarde um especialista português sugeriu-lhe que observasse a sua menina e “meses mais tarde pediu que fizesse um teste quando ela dormia, verificando-se que tinha audição fraca”.
Os passos seguintes foram dados na
região vizinha. “Fomos para Hong Kong para mandar fazer um aparelho”, recor-da. Passados 12 anos a filha “está depen-dente do ouvido esquerdo”. O pânico de descobrir que tinha uma filha surda agravou-se quando reparou que “na-quela altura não havia cursos adequa-dos”. “Agora há treinos para conversar, para conseguir habituar-se a comunicar, porque às vezes tem dificuldade de com-preensão”. Por isso Ip passou horas a lu-tar contra inevitabilidade do destino, até vencer. “O mais cansativo foi quando ela era muito pequena, porque tinha que se esforçar muito, aprender mais”, referiu recordando a esperança que depositou na sua recuperação. “Acreditei sempre
que ela poderia chegar a ouvir. A enfer-meira passou-me uma mensagem positi-va”, recorda.
Como o problema foi detectado ain-da nos primeiros anos da infância, com a ajuda de um aparelho, a menina con-seguiu evoluir ao nível da sua audição e fala. “Na altura os primeiros ‘phones’ fo-ram comprados pelo Hospital Conde São Januário, depois quando estava na creche comprámos outros melhores”, refere.
Quando entrou no Centro de Edu-cação para crianças com Problemas de Audição, gerido pela Associação de Sur-dos de Macau (ver texto página 4) a filha de Ip disse as primeiras palavras, que ficaram gravadas na memória dos pais
como o som do alívio. “Começou a dizer ‘mama’ e sentimo-nos melhor. Embora ainda tenha problemas de audição é mui-to boa aluna”.
À determinação dos pais juntou-se a força de uma menina que foi conhecendo pouco a pouco os sons no exterior e como eles depois soavam nos seus lábios. “Na altura vinha aqui ao centro buscar uma bateria ou cassetes para que ela ouvisse diferente sons, por exemplo, colocáva-mos-lhe os sons dos avião. Ela ao início não sabia distinguir. Tínhamos que ensi-nar, insistir. Actualmente está integrada numa escola regular”.
Apesar dos cuidados que lhe eram exigidos, Ip nunca cortou as asas à filha. “Não me preocupei muito em deixá-la sair sozinha de casa, mas ensinei-lhe um caminho mais perto para ir para a escola. Depois de terminar a escola primária ela dizia-me que não gostava que alguém a seguisse.”
A capacidade da filha em lidar com o problema de audição acabou por superar as expectativas. “Ela é uma pessoa muito optimista. Alguns colegas tinham curio-sidade em saber o porquê de ela ter um aparelho, que era visível ao usar tranças. Expliquei-lhe que era uma doença que não se poderia curar totalmente, mas ela não teve problemas com isso. Ela teve que reconhecer.”, afirma Ip.
Os progressos permitiram diminuir a culpa que como mãe sentiu, mesmo que não houvesse uma explicação genética. “Quando soube que a minha filha tinha problemas de audição fiquei muito triste. Sentia-me culpada. Pensei se teria feito algo de errado no passado”, disse lem-brando o peso que o passado ainda tem para o futuro. “Foi o nosso primeiro filho e não tivemos mais nenhum por receio”.
Quando operação é a luta que salvaDorothy Tai enfrentou uma batalha
semelhante à de Ip, pelo menos no que diz respeito à dimensão da montanha de desilusões que tiveram de transformar em conquistas. A suspeita de Dorothy começou mais cedo, quando a sua filha tinha apenas 10 meses. “Percebi que ha-via algum problema, mas a minha fa-mília dizia que eu pensava muito então não acompanhei de imediato esta minha desconfiança”, recorda. “Descobri quan-do ela tinha um ano. Mesmo que batesse palmas ou fizesse qualquer barulho não havia reacção”.
Perante os sinais, Dorothy não pode travar o medo da descoberta. “Não sabia qual era o problema e foi muito compli-cado porque tinha que escolher se queria saber já o que se passava e enfrentar a si-tuação”, referiu com uma voz que ainda treme com as recordações do passado.
Sem querer perder mais tempo deci-diu consultar o pediatra. O médico disse “que não via nenhum problema”, contu-do, aconselhou que vissem um otorrino.
Havia risco de perder o equilíbrio e avisa-ram-me que o resultado poderia não ser satisfatório, mas como pais não tínhamos outra opção. Sem fazer a operação a espe-
rança seria zero, nunca iria ouvir nada
Dorothy Tai, mãe de uma menina com sete anos
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 03
O resultado foi tão assustador que preferiram dirigir-se ao Kiang Wu na tentativa de conseguir uma reposta di-ferente. O diagnóstico apontava para o mesmo: surdez. O coração de mãe apertou tanto que o próximo destino foi o Interior da China, na tentativa de obter uma respos-ta que a aliviasse. Sem sucesso. “Três opiniões e o resul-tado era o mesmo. Toda a família ficou abatida”.
Entre as lágrimas que escorregaram pelo seu rosto, Dorothy Tai conseguiu ter força para desabafar no traba-lho. “Um dos meus colegas falou-me de uma assistente social que sabia de uma associação e depois foi transferi-da aqui para o Centro [de Educação para Crianças com Problemas de Audição]”.
Desde que soube que a filha não ouvia alimentou a vontade de fazer uma operação aos ouvidos, solução que teve de adiar por um ano. “Em Macau não podia ser antes dois anos. Primeiro teve que usar aparelho, mas mesmo assim o resultado era sempre: audição zero”.
A cirurgia, que suscitava medos, acabou por ser feita em Macau com um especialista de Hong Kong. “Havia risco de perder o equilíbrio e avisaram-me que o resul-tado poderia não ser satisfatório, mas como pais não tí-nhamos outra opção. Sem fazer a operação a esperança seria zero, nunca iria ouvir nada”.
Na primeira cirurgia a família contou com o apoio dos Serviços de Saúde, mas na segunda, que entendeu ser fundamental para o equilíbrio e desenvolvimento da criança, Dorothy e o marido tiveram que lutar sozinhos. “O resultado da primeira operação foi satisfatório, mas o Governo não apoia a segunda operação. Porém, como mãe acreditava que aquele era o período da aprendiza-gem e por isso decidi suportar a segunda que foi feita em Hong Kong com o mesmo especialista que se tinha deslocado a Macau”, explicou.
Dorothy Tai pagou 200.000 patacas para que a filha, aos cinco anos, pudesse ser submetida a uma cirurgia ao outro ouvido. A quantia é difícil de juntar, mas permitiu à sua pequena, hoje com sete anos, sonhar com uma vida sem tantos travões. “O resultado da segunda operação foi ainda mais satisfatório. Agora a minha filha não tem quase nenhuma diferença em relação às outras crianças”.
É por ver os progressos conseguidos que Dorothy Tai faz um apelo. “Em Hong Kong Governo já apoia a ope-ração aos dois lados, mas em Macau ainda não. É algo por que temos lutado para que aconteça. Eu já não serei beneficiada, mas quero que as outras crianças tenham essa oportunidade”, frisa.
Apesar das duras batalhas que venceu para que a fi-lha pudesse captar mais do que o silêncio, Dorothy Tai criou um grupo de pais para lutar pelos desafios que ou-tras crianças ainda vão ter de passar. “Em Hong Kong já há a tendência de as pessoas começarem a ser operadas aos dois lados, porque há estudos que mostram dá mais equilíbrio à criança e permite uma melhor aprendiza-gem”, expôs. “Muitos pais procuram esta solução de apoio para a primeira operação, mas não têm dinheiro para conseguir fazer de imediato a segunda”.
Enfrentar a discriminação Antes da filha ser operada ao segundo ouvido, Do-
rothy Tai tentou encontrar uma infantário, mas teve de enfrentar a discriminação. “Entrou no jardim de infância um ano mais tarde. Somos de uma família católica e con-fessei que a minha filha tinha um problema de audição, mas a escola não aceitou, justificando-se com a falta de recursos para acompanhar estes casos”.
Inconformada com a injustiça, Dorothy Tai dirigiu uma reclamação ao Executivo, mas não conseguiu apoio. “Disseram-me que a escola tinha autonomia para deci-dir. Senti-me descriminada ao nível do sector da edu-cação”, contou. “Já a tinham admitido como aluna mas depois não entrou. O director concordou, mas quando
Para as pessoas que nunca foram à escolaé muito difícil viver sem língua gestual
liguei diziam que não tinham mais vagas. Mas na verda-de não queriam escolher a minha filha”, relatou.
“É necessária mais ajuda do Instituo de Acção Social (IAS) e da Direcção dos Serviços de Educação e Juventu-de. Falta apoio, porque falta um serviço de transferência. As escolas privadas nem sequer são obrigadas a aceitar estas crianças. Muito continua por fazer”, frisou.
Conseguir uma vaga na escola primária foi um pro-cesso mais fácil. “A inscrição correu bem. Até porque depois da segunda operação, quando tinha cinco anos, o seu nível de aprendizagem começou a ser muito maior. Conseguiu habituar-se à escola e tem boas notas”.
Sem desistir de procurar as melhores opções, Doro-thy Tai e a família permitiram que a filha conseguisse ouvir, mas ainda temem pelo futuro. “Nunca deixei de ficar stressada porque não é um problema que se resolva a 100 por cento. Ela vai crescer e vai questionar. Mesmo actualmente pergunta porque tem que usar um apare-lho, mas espero tentar ajudá-la ser positiva”, reforça.
Às vezes, Dorothy Tai dá consigo a reflectir sobre os passos seguintes. Quais serão os olhares da sociedade. “Penso se será discriminada, se conseguirá casar, se terá as mesmas oportunidades de emprego?”.
Tal como aconteceu com Ip, o receio de ter um se-gundo filho também se instalou no coração de Dorothy, que espera porém vencer mais esta sombra do passado. “Inicialmente não tínhamos sequer tempo para pensar num segundo filho. A nossa vida era uma confusão. Tive que resolver esta questão primeiro. Quando ela fez cinco anos a nossa vida começou a ficar mais estável, mas ain-da tínhamos receio”, referiu. “Eu e o meu marido fize-mos um teste de audição, que deu negativo, mas o receio mantinha-se. Temos vontade porque não queríamos que
ela ficasse sozinha. Eu vou acompanhá-la sempre, mas queria um irmão para cuidar dela também”.
Quando a língua gestual era a única opçãoWa Cheng, com 50 anos, nunca pode pensar em fa-
zer uma operação ou usar um aparelho. Pouco sabe dos caracteres, mas a língua gestual, conseguiu aprendê-la aos poucos, quando chegou a Macau, depois de fazer 15 anos. Até então comunicava por escrito em birmanês, língua do país onde nasceu.
Apesar de não ter problemas de audição, o irmão de Wa Cheng “conhece muito bem a língua gestual” e por isso ajuda-a. “Para as pessoas que nunca foram à escola é muito difícil viver sem língua gestual”, vinca. “Na Bir-mânia frequentei uma escola, que era para deficientes, mas lá nem a língua gestual me ensinavam, por isso es-crevia”, recorda. “Aos 18 anos fui para o centro aprender aqui em Macau. O meu irmão trouxe-me os panfletos”.
Iok Kam teve uma vida mais fácil por conhecer os caracteres, mas a língua gestual também é a sua âncora. “Tenho sorte porque sei escrever”, diz a mulher de 72 Apesar de nunca ter passado por um tratamento espe-cífico para que os sons se reproduzissem nos seus ouvi-dos, a surdez nunca a proibiu de sonhar em casar e ter filhos. “Já sou bisavó”, conta como se fosse uma bailari-na. Os seus braços continuam a dançar para descrever os episódios que viveu.
Iok Kam casou-se com um homem surdo que conhe-ceu e tiveram três filhos. Nenhum registou problemas de audição. “Quando eram pequenos também aprenderam a língua gestual. São muito animados os meus filhos”.
Wa Cheng e Iok Kam chegam ao Centro De Apoio a Surdos - que também faz parte da Associação de Surdos de Macau - quase ao mesmo tempo. É ali que frequen-tam muitas actividades. Fazem amigos, partilham as dificuldades e sobretudo as vitórias conquistadas. Iok é mais dinâmica. Não para um segundo. Wa é mais calma, às vezes as faces ainda ficam rosadas pela timidez, mas depressa se solta. Habituada às máquinas de costura, Wa encontrou na profissão do pai um meio de sobrevi-vência, mas também trabalhou num restaurante.
Iok Kam diz não ter encontrado dificuldades para encontrar emprego. “Conhecia muitas técnicas e por isso sabia que ia arranjar um trabalho. As pessoas iam ver que tinha experiência”, afirma. “Entre os meus co-legas havia surdos e os que ouviam. Às vezes ensino às pessoas língua gestual tanto escrevendo-lhes os sinais num papel como através da repetição de gestos”, refere com satisfação. “As pessoas podem tentar enganar-me, mas não conseguem porque eu sei como me defender”, disse. Às vezes quase não é preciso interpretação para que a consigamos perceber, dada a vivacidade do seu corpo.
Wa Cheng, 50 anos
Centro de Educação para Crianças com Problemas de Audição ajuda os mais novos com tratamentos e formações adequadas
Sexta-feira, 27 de Junho de 201404 JTM | LOCAL
Quando descobrem que os filhos têm dificuldades de audição os pais desesperam, pelo que Associação de Surdos de Macau alerta para a necessidade de haver uma intervenção precoce. Se a surdez for diagnosticada muito cedo há possibilidades da criança conseguir ouvir. Neste sentido Nerissa Lau apela para que o Governo desenvolva um programa de triagem que permita verificar nos bebés se eles têm problemas de audição
ASSOCIAÇÃO DESENVOLVE PROJECTO DE INTERVENÇÃO PRECOCE NAS CRECHES
Apoio para crianças surdas “não é suficiente”
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JTMFátima Almeida e Viviana Chan
A Associação de Surdos de Macau foi criada há 20 anos, mas as carências e as lutas das pessoas que têm dificuldades auditivas ou
não conseguem ouvir ainda continuam a ser “in-visíveis”. Como o som não é um produto material há uma tendência para “esquecer ou ignorar que este problema existe”, alerta Nerissa Lau, dando um exemplo. “Quando se fala em dificuldades as pessoas só pensam em construir infra-estruturas, mas não nas outras necessidades. Por exemplo o Governo quando pretende ajudar planeia construir rampas para as pessoas que andam de cadeiras de rodas.”, refere a directora da Associação de Surdos.
Nerissa Lau sublinha que é necessário que “haja mais consciencialização para este problema que é invisível, mas em que se verificam muitas necessi-dades”. A associação que integra dois centro – um de Educação para Crianças com Problemas de Au-dição e outro de Apoio a Surdos – aponta como uma das lacunas o auxílio às famílias que descobrem este problema nos filhos. “O apoio do Governo para os pais não é suficiente, por isso estamos a fazer pro-gramas de intervenção mais precoce para que possa haver uma transferência das crianças para os trata-mentos adequados”, referiu a mesma responsável.
Com a evolução das técnicas e da tecnologia, Nerissa Lau frisa que há possibilidade das crianças com um grau profundo de surdez ouvirem através do acompanhamento certo ou do uso de um apa-relho, ao contrário do que acontecia antigamente em que a língua gestual era quase o único meio de comunicação das pessoas com problemas auditi-vos. “Criamos o Centro em 1990 [ainda anterior à formação da associação]. E este foi um ano muito importante porque antes as pessoas não tinha opor-tunidade de ir à escola, comunicavam apenas com língua gestual. Mas posteriormente realizaram-se várias sessões e conseguem ouvir e falar com auxí-lio de um aparelho”, referiu.
Projecto piloto de intervenção precoce Para que seja alimentada a esperança de uma
criança conseguir ouvir a descoberta precoce da falta de audição é um dos factores fundamentais. “É muito importante descobrir o mais cedo possí-vel e não pode faltar a opção de sessões com espe-cialistas e do uso de um aparelho”, frisou Nerissa Lau, notando que mesmo em situações muito sérias é possível recuperar. “Há alguns casos graves, em que passa um avião por cima deles e não ouvem, mas mesmo assim há hipótese de fazer uma opera-ção e com ajuda de um aparelho ouvirem e comu-nicarem”.
A directora da Associação de Surdos acredita que a descoberta do problema pode ser feita nos recém-nascidos, uma vez que “muitos estudos indi-cam que o desenvolvimento do cérebro até aos dois anos é acelerado”, pelo que não se deve perder a oportunidade de começar a intervir neste idade, sob pena de depois se tornar difícil ensiná-las a desen-volver a audição e a falar.
Neste sentido, a associação considera que o Go-verno deveria dispor de um sistema de triagem, à
semelhança do que acontece em regiões vizinhas. “Em Hong Kong, Continente chinês, Taiwan existe um sistema que é muito fácil e que permitir testar o bebé para ver se tem problemas de audição. Entre os três a seis meses já deve ser possível saber, e três meses mais tarde confirmar. Então aos seis meses pode-se iniciar um tratamento. Este princípio pode garantir que as pessoas não sejam afectadas”, vinca Nerissa Lau.
Para colmatar estas necessidades, a Associação de Surdos de Macau está a desenvolver um projec-to piloto, que permitirá fazer um rasteio precoce e assim abrir o leque de oportunidades para que as crianças vençam os problemas auditivos. “Verifi-camos que as necessidades estão sempre a mudar e como o Governo não tem um serviço de triagem é difícil descobrir o problema cedo, por isso em 2013/2014, com o apoio da Fundação Macau, come-çámos, a desenvolver o programa de “intervenção precoce” em que vamos às creches para testar as crianças se com dois ou três anos têm alguma difi-culdade de audição ou de fala”.
Divulgar casos para conhecer gravidadeCom o objectivo de tornar o programa mais efec-
tivo, Nerissa Lau pretende que o Governo divulgue na internet os dados sobre as pessoas que têm pro-blemas de audição. Isto porque a publicitação deta-lhada do tipo de casos vai permitir que se prevejam quais as necessidades de intervenção. Segundo os dados do Centro, neste momento estão a ser ajuda-das 150 crianças – com menos de 18 anos – entre as 5.000 pessoas que recebem apoio através da associa-ção ao nível do tratamento ou da participação em actividades.
Entre os menores com surdez, 20 por cento tem problemas graves ou profundos. “As crianças e jo-vens vêm da escola e recebem apoio. As que têm menos de três anos também frequentam o nosso centro”, explicou a responsável da associação. “O Governo tem que divulgar os dados para perceber-mos melhor o grau de gravidade”.
De acordo com os números fornecidos ao JTM pelo IAS, até Dezembro de 2013 Macau tinha sido avaliado 1.509 pessoas como portadoras de defi-ciência auditiva – 504 de grau moderado, 421 de grau profundo, 409 de grau ligeiro, 178 grau grave e seis pessoas cujo grau ainda não tinha sido deter-minado por terem menos de quatro anos.
Comunicar sem voz, uma profissão significativaEstudou gestão, mas há quase 10 anos que se rendeu ao encanto de comunicar sem voz. Vic-tor Lai tornou-se num intérprete de língua ges-tual por acaso. “Na altura tive que trabalhar e aprender ao mesmo tempo, agora já há um sis-tema e são necessários alguns meses de forma-ção para haver uma avaliação”, explicou. Com o desenvolvimento da economia surgiram mais oportunidades, mas Lai nunca conseguiu op-tar por outro trabalho. “Até pensei mudar, mas acabei por desistir porque há falta destes pro-fissionais e pouca gente consegue perceber as necessidade destas pessoas. O que faço é muito significativo”, afirmou. Para Victor Lai “o mais im-portante é a atitude” para que consigamos “per-ceber as dificuldades de quem tem dificuldades de audição”. “As pessoas que tentem tapar pelo menos um dos ouvidos para perceber como é difícil compreender o que nos estão a dizer”, sugere o interprete que consegue viajar através dos sinais.
Universidade Chinesa de Hong Kong estuda a língua gestual de Macau
Para promover a língua gestual, usada entre as pessoas que não tiveram oportunidade de ter tratamentos para diminuir os problemas de audição ou cujos casos não tinham cura, a Associação de Surdos convidou a Universidade Chinesa de Hong Kong para ajudar a desenvolver um manual de Língua Gestual de Macau. “A língua está ligada à cultura e por isso há diferença entre os sinais usados nas diferentes regiões. Por exemplo os chineses comem com “fai shi” e o sinal em língua gestual é feito por dois dedos juntos em direcção à boca”, referiu Nerissa Lau. O projecto começou em Setembro de 2013 e deverá demorar um ano até ficar concluído. No final estarão integrados num banco de dados cerca de 500 sinais de Macau.
crianças recebem apoioentre os 5000 membros*
tem grau graveou profundo
*da Associação de Surdos de Macau
150
20%
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 05
Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais
NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 54/2014 (Trabalho ilegal - pagamento das multas)
A Chefe do Departamento,Lurdes Maria Sales
ELEIÇÕES PARA OS CORPOS SOCIAIS DA ASSOCIAÇÃO EM BREVE
Sou Ka Hou considera liderança do Novo MacauSou Ka Hou, membro da Associação Novo Macau, mostrou ambição em conquistar o lugar de presidente nas eleições que se avizinham, marcadas para dia 6 de Julho. Em declarações ao JTM, o jovem de 22 anos afirmou que está a pensar na candidatura de forma activa, mas prefere não revelar já a decisão final de suceder a Jason Chao
Viviana Chan
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ARQ
UIVO
Bill Chou defende académico Éric Sautedé
Foi criado uma actividade na rede social Facebook pelo académico Bill Chou para apoiar o afastamento do outro académico francês da Universidade de São José, Éric Sautedé, que foi recentemente afastado da instituição por decisão do reitor Peter Stilwell. A actividade é uma campanha para quem quiser escrever uma carta para à São José pedindo o restabelecimento do docente nas suas anteriores funções. Até ao fecho desta edição, 101 cibernautas mostraram apoio a este movimento.
As eleição da nova direcção da Associação Novo Macau tem lugar no dia 6 de Julho, acto que vai dar a conhecer o sucessor de Jason Chao,
até aqui presidente, e impedido de se recandidatar por força dos estatutos que só permitem dois mandatos. O membro da Novo Macau Sou Ka Hou tem vindo a ser apontado como um nome a ter em conta para a sucessão, e em declarações ao JTM, revelou que, pes-soalmente, está a “considerar candidatar-se ao lugar de presidente de forma activa”.
Embora o jovem de 22 anos apenas confirme, para já, que “está a pensar”, mostrou ser alta a possibilidade de candidatar-se ao lugar de mais alto responsável do
Novo Macau.Segundo explicou o fundador, Au Kam San, a asso-
ciação tem actualmente cerca de 40 membros, e todos eles podem ser candidatos, não sendo necessário qual-quer processo de proposta de candidaturas. O acto elei-
toral vai eleger 11 pessoas entre aqueles que obtiverem mais votos, para fazerem parte da direcção, entre estes, outra votação será realizada. Aquele que obtiver mais votos nessa segunda ronda será o líder da associação nos próximos dois anos.
Sou Ka Hou confessa que se encontra “muito ocu-pado pelos movimentos sociais” nos quais tem dado a cara, garantindo que antes da realização da eleição vai anunciar publicamente a sua decisão final, garantindo que “a eleição não vai ser realizada de forma secreta”.
O JTM falou também com os outros membros da associação. Bill Chou disse não pensar em candidatar--se, mas quando questionado se quer fazer parte da direcção, o académico da Universidade de Macau res-pondeu que “não exclui nenhuma possibilidade” nesta eleição.
Já o subdirector da revista da Novo Macau, “Macau Concealers”, Roy Choi, disse ao JTM que não preten-de candidatar-se. Kam Sut Leng, professora e também bastante activa na associação, disse que ainda tem tem-po para pensar nisso, mas também não exclui a possibi-lidade de assumir algum cargo na direcção.
O actual presidente da associação, Jason Chao, já foi reeleito em 2012, e segundo os estatutos da associação, uma pessoa só pode cumprir no máximo dois mandatos.
Ao JTM, o deputado Au Kam San acrescentou ainda que há uma regra tácita da associação de que os depu-tados não assumam qualquer cargo no órgão directivo. Quando foi questionado qual a pessoa ideal para assu-mir a responsabilidade, Au Kam San rejeitou revelar o seu candidato preferido, dizendo que não é bom falar já que não pretende afectar o resultado.
Sou Ka Hon perfila-se para a presidência da Associação Novo Macau
Sexta-feira, 27 de Junho de 201406 JTM | LOCAL
Liane Ferreira
Quem compõe a empresa de consultadoria UMHQ?200.000 PATACAS PELAS TRASEIRAS DE ESTABELECIMENTO
Furtou caixas de vinho e sistema de videovigilânciaA funcionária demorou oito horas para perceber que o stock de vinho do patrão, no valor de 200 mil patacas, tinha sido furtado pelas portas traseiras do estabelecimento
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ARQ
UIVO
Um supermercado, localizado na Rua 5 de Outubro, foi alvo de um assalto, provavelmente algo
demorado, já que envolveu o furto de 48 garrafas de vinho de uma marca de reno-me internacional e ainda do sistema de videovigilância do estabelecimento.
O caso deu-se na madrugada de quarta-feira, depois do gerente da loja ter fechado portas, às duas horas da madru-gada.
A funcionária chegou na manhã se-guinte, não tendo notado nada de es-tranho. Só por volta das 16 horas é que a empregada descobriu que a porta das traseiras tinha sido arrombada e não ha-via dinheiro numa das caixas.
De acordo com os prejuízos apresen-tados à Polícia Judiciária, foi registada a falta de 3.500 patacas em numerário, 48 garrafas de vinho, totalizando 200.000 patacas e ainda o sistema de videovigi-lância.
Em outro caso de furto, um homem, residente na China Continental, foi apa-nhado de surpresa quando se prepara-va para fazer um depósito bancário de 80.000 dólares de Hong Kong e encon-trou a mala vazia.
De acordo com o lesado, enquanto passava no túnel para peões na rotunda
Ferreira Amaral, sentiu um ligeiro toque, porém não ligou. Terá sido durante esse toque, que lhe foi furtado o dinheiro.
A PJ registou também dois furtos em residência na zona das Ilhas, nomeada-mente na habitação pública de Seac Pai Van e nos Jardins de Lisboa.
No primeiro caso, o ladrão terá recor-rido a chave falsa para entrar no aparta-mento e subtrair uma carteira com 5.000 patacas. No segundo, o prejuízo foi de 40.000 patacas, referentes a dois telemó-veis e um anel de diamantes, tendo o ladrão arrombado a janela da varanda e remexido todo o apartamento.
Divertimento em karaoke acaba em detenção
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve um jovem residente de 18 anos por posse de estupefacientes.
O jovem foi interceptado numa ope-ração STOP, na Avenida Dr. Rodrigo Ro-drigues, quando seguia num táxi.
O comportamento nervoso do pas-sageiro alertou os agentes no local, que numa revista encontraram uma folha com pó branco, que mais tarde se veio a confirmar ser ketamina.
Segundo revelou, num karaoke do território, encontrou um amigo de longa data que lhe ofereceu a droga. O jovem admitiu ter consumido uma parte da “prenda”, na casa de banho do estabe-
lecimento nocturno, tendo guardado o restante.
Noutro caso semelhante, uma patru-lha da PSP na Praça Ponte e Horta inter-ceptou um homem, que vadiava naquela zona à espera de um amigo, para entregar estupefacientes.
Na posse do indivíduo de 41 anos fo-ram encontrados cristais de “ice” e instru-mentos para consumo.
O detido explicou que um amigo lhe
tinha ligado ao final da tarde, a pedir para comprar aquela droga a um indivíduo que tinha conhecido anteriormente num casino.
O suspeito comprou os estupefacien-tes por 800 dólares de Hong Kong e espe-rava pela chegada do amigo, quando foi apanhado pela PSP.
Em negativa dupla, o detido recusou--se a fazer o exame toxicológico e negou consumir estupefacientes.
Consultation by Appointment Office hour: 10:00 - 19:00 Close on Sun, Tue and Public Holiday
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ICQ dental team is a group of dental specialists with internationally recognized qualifications.We provide all range of dental services:
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Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais
NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 53/2014
(Reparação coerciva)
A Chefe do Departamento,Lurdes Maria Sales
Stock de vinho foi furtado pelas traseiras da loja
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 07
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JTM
No Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, assinalado ontem, o Instituto de Acção Social deixou um apelo à população no sentido de se associar às acções de combate à droga. Desde o mês de Abril registaram-se cerca de mais cinco tipos de estupefacientes na RAEM e a Polícia Judiciária anunciou o reforço das medidas de combate
SERÃO INSTALADAS MAIS DUAS MÁQUINAS DE RAIO-X NOS POSTOS FRONTEIRIÇOS
Medidas de controlo e revisão da leipara combater o flagelo da droga
Susana Diniz
Só no ano passado, foram registados cerca de 636 casos de toxicodepen-
dência no “Sistema de Registo Central dos Toxicodependen-tes de Macau”. De acordo com o Instituto de Acção Social (IAS), verifica-se um aumento de 10% de casos face ao ano passado. A situação revela uma “luta permanente na so-ciedade e na região”, referiu a vice-presidente do IAS, Vong Yim Mui, que também consi-dera necessário nesta fase uma reestruturação da legislação.
Já foi criado um grupo de revisão da lei, sob a alçada da Direcção dos Serviços dos As-suntos de Justiça, que se en-contra a deliberar sobre uma possível proposta para subme-ter a apreciação.
Os dados revelados pelo IAS na cerimónia de lança-mento do Programa de Acti-vidades que assinalaram o Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, no dia de ontem, revelam que os estupefacientes mais utiliza-dos no território são a heroína, ketamina e o “ice”, sendo que o seu consumo está a tornar-se
cada vez mais frequente nas camadas jovens, entre 21 a 29 anos.
Na mesma circunstância o subdirector da Polícia Judiciá-ria, Chau Wai Kuong, anun-ciou também que está a ser considerada a instalação de futuras máquinas de raio-X em postos fronteiriços, numa tentativa de impedir o aumen-to do tráfico. Actualmente são duas as máquinas que já se en-contram instaladas na região, prevendo-se a instalação de mais duas, no terminal ma-rítimo da Taipa, no Pac On, e no posto fronteiriço da futura ponte que ligará Macau, Hong Kong e Zhuhai.
A colocação das referidas máquinas estará, no entanto, dependente da conclusão das respectivas obras e abertura do cais.
Ainda em declarações aos jornalistas, Chau Wai Kuong indicou um aumento de casos de tráfico de droga, sendo que alguns traficantes têm idades compreendidas entre os 14 e os 16 anos. Contudo, a maior preocupação neste momento incide no “consumo e tráfico de
ketamina, uma vez que se tem intensificado significativamente entre jovens e adultos”, disse.
Com a colaboração de vá-rios departamentos do governo
e ONG’s, o IAS pretende orga-nizar um programa de activi-dades, de Junho a Agosto, com o objectivo de sensibilizar o pú-blico para os malefícios da dro-
ga, sendo que mais de 10 insti-tuições particulares se juntam à causa com a realização de cerca de 50 actividades diferentes de combate à droga. S.A.N.
PJ anunciou aquisição de mais máquinas de raio-X
Terminais Union Pay com restrições a partir de JulhoO Governo pretende fiscalizar o uso de terminais Union Pay, depois da po-lémica que envolveu este tipo de pa-gamentos, e a partir de Julho as joalha-rias e relojoarias não podem aumentar as máquinas de pagamento automá-tico. O Secretário para a Economia e Finanças anunciou que as já faladas restrições impostas pelo Governo pas-sam por proibir essas lojas de aumen-tarem o número de terminais, ou seja, continuam a funcionar dentro das joalharias e lojas de penhores dos casi-nos. Apesar de não se concretizar uma eliminação total dos terminais, Francis Tam garantiu uma inspecção total e deixou em aberto a eventual redução das operações de terminais de paga-mento automático nestas lojas, espe-cialmente as que fiquem dentro dos casinos. Em comunicado, o Secretário esclareceu ainda que a Autoridade Monetária “nunca pediu a suspensão de funcionamento ou a mudança de local das joalharias e relojoarias” que funcionam nos casinos, e o Governo solicitou apenas aos bancos “para re-forçarem a fiscalização das operações com grande fluxo em moeda e dos terminais de pagamento automático”.
A oitava audiência do julgamento dos 15 jovens do caso que resultou na morte de um estudante de 15 anos no NAPE a 20 de Dezembro de 2012 entrou já na fase final. Várias testemunhas, que tinham sido notificadas, não apareceram em tribunal, o que levou os advogados de defesa e o Ministério Público a prescindirem das suas declarações
ALEGAÇÕES FINAIS NO INÍCIO DE JULHO
Caso de agressão no NAPE aproxima-se do fim
A falta de comparência de muitas das testemunhas convo-cadas para a oitava audiência do caso que resultou na morte de um jovem no NAPE, levou os advogados de
defesa a prescindirem das restantes testemunhas que estavam indicadas. No entanto, a sessão de ontem foi marcada pela pre-sença da terceira testemunha arrolada ao processo, que foi um dos três agredidos na madrugada de 20 de Dezembro de 2012.
O jovem, ouvido só da parte da tarde, contou em Tribunal to-dos os factos de que tinha memória, embora sem conseguir iden-tificar nenhum dos suspeitos. Depois da agressão a Cau Chon, o jovem de 15 anos que acabou por falecer na sequência dos feri-mentos perpetrados dentro de uma das salas do karaoke na Rua de Londres, a testemunha contou que recebeu um telefonema de um amigo para o alertar para a situação.
Em conjunto com mais cinco amigos, o jovem deslocou-se ao karaoke onde confrontou Lei Chi Keong e Tam Chi Chon, o pri-meiro e segundo arguidos do processo, embora não tenha “fica-do satisfeito” com o resultado da conversa.
Passados uns minutos, o grupo de amigos do jovem que aca-bou por falecer decidiu ir até outro karaoke, nas imediações do
local dos factos, onde ficaram por alguns instantes a “decidir” o que fazer em relação aos acontecimentos anteriores.
Mais tarde, deixaram aquele bar em direcção ao karaoke onde estariam os arguidos e encontraram, à porta, Lei Chi Keong. O grupo cercou-o e acabou por agredir o primeiro e o segundo ar-guidos do processo, que entretanto se juntara ao grupo.
Lei Chi Keong subiu as escadas do karaoke para chamar os amigos e saíram 18 jovens de dentro do bar, conforme foi compro-vado no vídeo exibido em tribunal, e o grupo de jovens acabou por correr. Para trás ficaram Cau Chon, o jovem que acabou de falecer, a testemunha de ontem e o seu primo, que acabaram por ser espancados por diversos membros do outro grupo.
A testemunha não conseguiu, perante os arguidos, identificar nenhum por só “ter visto pés e pernas”.
O Ministério Público perguntou à testemunha se pretendia apresentar queixa contra os arguidos, visto também ter sido ví-tima de agressão, ao que o jovem concordou. Quanto ao pedido de indeminização, o jovem prescindiu dela, mas esclareceu que a família de Cau Chon deveria ser indemnizada, apesar da mãe da vítima ter igualmente prescindido da recompensa.
O Colectivo de Juízes presidido por Mário Silvestre decidiu, perante a desistência de auscultação das restantes testemunhas, marcar as alegações finais do processo para o início do próximo mês.
Sexta-feira, 27 de Junho de 201408 JTM | PUBLICIDADE
( Publicações ao abrigo do artigo 75.o do RJSF, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 32/93/M, de 5 de Julho )
Banco de Construção da China (Macau), S.A.
Lista dos accionistas qualificados:China Construction Bank (Asia) Corporation Ltd.Constituída em Hong Kong
Nomes dos titulares dos órgãos sociais: Conselho de Administração: Srª. Kwok Pui Fong, Miranda Sr. Zhu FengSr. Ma Chan ChiSrª. Lee Wai Meng Sr. Cheong Kin Hong Conselho Fiscal: Srª. Lau Mei Yuk, FonnieSrª. Yu Pui ManSrª. Ho Mei Va Mesa da Assembleia Geral: Srª. Kwok Pui Fong, Miranda Srª. Cheng Pui Ling, Cathy
Srª. Cheng Pui Ling, Cathy
PresidenteAdministrador Administrador Administradora Administrador e Gerente Geral
Presidente Vogal Vogal - Auditora
PresidenteSecretária Secretária
IInstituições em que detêm participação superior a 5% do respectivo capital ou superior a 5% dos seus fundos próprios:Nenhuma
MOP
ACTIVO ACTIVO BRUTO
ACTIVO LÍQUIDO
CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS MONTANTE
DEMONSTRAÇÃO RESULTADOS DO EXERCÌCIO DE 2013
CONTA DE EXPLORAÇÃO
CONTA DE LUCROS E PERDAS
PASSIVO SUB-TOTAIS TOTAL
DÉBITO MONTANTE CRÉDITO MONTANTE
DÉBITO MONTANTE CRÉDITO MONTANTE
PROVISÕES,AMORTIZAÇÕES E
MENOS - VALIAS
MOP
DEPÓSITOS À ORDEM
DEPÓSITOS C/ PRÉ-AVISO
DEPÓSITOS A PRAZO
DEPÓSITOS DE SECTOR PÚBLICO
RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO
EMPRÉSTIMOS EM MOEDAS EXTERNAS
EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES
CHEQUES E ORDENS A PAGAR
EXIGIBILIDADES DIVERSAS
CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO
PROVISÕES PARA RISCOS DIVERSOS
CAPITAL
RESERVA LEGAL
RESULTADOS TRANSITADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
RESULTADO DO EXERCÍCIO
TOTAIS
CUSTOS DE OPERAÇÕES PASSIVAS
CUSTOS COM PESSOAL:
REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO E FISCALIZAÇÃO
REMUNERAÇÕES DE EMPREGADOS
ENCARGOS SOCIAIS
OUTROS CUSTOS COM O PESSOAL
FORNECIMENTOS DE TERCEIROS
SERVIÇOS DE TERCEIROS
OUTROS CUSTOS BANCÁRIOS
IMPOSTOS
CUSTOS INORGÂNICOS
DOTAÇÕES PARA AMORTIZAÇÕES
DOTAÇÕES PARA PROVISÕES
LUCRO DA EXPLORAÇÃO
TOTAIS
PROVEITOS DE OPERAÇÕES ACTIVAS
PROVEITOS DE SERVIÇOS BANCÁRIOS
PROVEITOS DE OUTRAS OPERAÇÕES BANCÁRIAS
RENDIMENTOS DE TÍTULOS DE CRÉDITO E DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
OUTROS PROVEITOS BANCÁRIOS
PROVEITOS INORGÂNICOS
TOTAIS
PERDAS RELATIVAS A EXERCÍCIOS ANTERIORES
PERDAS EXCEPCIONAIS
DOTAÇÕES PARA IMPOSTOS SOBRE LUCROS DO EXERCÍCIO
RESULTADO DO EXERCÍCIO (SE POSITIVO)
TOTAIS
LUCRO DA EXPLORAÇÃO
LUCRO RELATIVOS A EXERCÍCIOS ANTERIORES
PROVISÕES UTILIZADAS
TOTAIS
O ADMINISTRADOR,Cheong Kin Hong
O CHEFE DA CONTABILIDADE, Lau Chi Keung
Macau, 8 de Maio de 2014
CAIXA
DEPÓSITOS NA AMCM
VALORES A COBRAR
DEPÓSITOS À ORDEM NOUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO
DEPÓSITOS À ORDEM NO EXTERIOR
CRÉDITO CONCEDIDO
APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO
DEPÓSITOS COM PRÉ-AVISO E A PRAZO NO EXTERIOR
DEVEDORES
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
OUTRAS APLICACOES
IMÓVEIS
EQUIPAMENTO
CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO
TOTAIS
VALORES RECEBIDOS PARA COBRANÇA
VALORES RECEBIDOS EM CAUÇÃO
GARANTIAS E AVALES PRESTADOS
CRÉDITOS ABERTOS
ACEITES EM CIRCULAÇÃO
COMPRAS A PRAZO
VENDAS A PRAZO
OUTRAS CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS
0.00
0.00
2,916,573.00
17,151,037.40
20,067,610.40
19,962,494.82
105,115.58
0.00
20,067,610.40
Parecer do Conselho Fiscal
O balanço e a demonstração de resultados deste Banco respeitantes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, elaborados nos termos das leis de Macau e auditados pela Sociedade de Auditores PricewaterhouseCoopers, são documentos suficientes para mostrar a real situação financeira deste Banco em 31 de Dezembro de 2013 e o lucro apurado do exercício que terminou nesta data.
O Presidente do Conselho Fiscal,Lau Mei Yuk, Fonnie
Macau, 8 de Maio de 2014
Síntese do Parecer dos Auditores Externos
Para os accionistas do Banco de Construção da China (Macau), S.A.(constituído em Macau como sociedade anónima)
As demonstrações financeiras resumidas anexas do Banco de Construção da China (Macau), S.A. (o Banco) referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 resultam das demonstrações financeiras auditadas e dos registos contabilísticos do Banco referentes ao exercício findo naquela data. Estas demonstrações financeiras resumidas, as quais compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2013 e a demonstração dos resultados do exercício findo naquela data, são da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião, unicamente dirigida a V. Exas. enquanto accionistas, sobre se as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e com os registos contabilísticos do Banco, e sem qualquer outra finalidade. Não assumimos responsabilidade nem aceitamos obrigações perante terceiros pelo conteúdo deste relatório.
Auditámos as demonstrações financeiras do Banco referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 de acordo com as Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria emitidas pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, e expressámos a nossa opinião sem reservas sobre estas demonstrações financeiras, no relatório de 10 de Março de 2014.
As demonstrações financeiras auditadas compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2013, a demonstração dos resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas explicativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e com os registos contabilísticos do Banco.
Para uma melhor compreensão da posição financeira do Banco, dos resultados das suas operações e do âmbito da nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas em anexo devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras auditadas e com o respectivo relatório do auditor independente.
Cheung Pui Peng GraceAuditor de contasPricewaterhouseCoopers Macau, aos 8 de Maio de 2014
Síntese das actividades do exercício
Apesar da continuação da instabilidade económica global, o Governo da RAEM, com o apoio político do Governo Central Chinês e com a continuidade do melhoramento das infra-estruturas e das instalações turísticas, alcançou as metas previstas. A receita da indústria do jogo atingiu um novo “recorde”. O número de turistas continua a crescer. O comércio exterior e o intercâmbio comercial continuam a crescer. Nestas circunstâncias, as vantagens da diversificação adequada da economia revelam-se gradualmente. Todos os sectores de Macau encontram-se num desenvolvimento sustentável, e o crescimento da economia geral da sociedade manteve-se estável. O Produto Interno Bruto (PIB) de Macau, em 2013, registou um aumento de 11.9% comparativamente ao ano anterior.
Sob esse “ambiente” económico favorável, as actividades deste Banco apresentam-se ideais. Os resultados de empréstimos e de depósitos bancários registam, respectivamente, aumentos de 32% e de 29%, em comparação com o ano passado. As receitas brutas cresceram 15%. Nessas receitas, a receita líquida de juros cresceu 16%, e a receita líquida não juro cresceu 13%. Devido à maior capacidade no controle de custos, as despesas de funcionamento cresceram apenas 4%, comparativamente ao ano passado. Tendo em conta o aumento do fundo de reserva, devido à dimensão dos empréstimos, os lucros antes dos impostos diminuíram 9%. Os empréstimos bancários mantêm-se em crescimento.
O Banco da Construção da China (Macau) é uma sociedade subsidiária do actual Banco da Construção da China (Ásia). Para satisfazer as necessidades de crédito das empresas de maior escala, e estabelecer uma ligação com as suas sucursais no interior da China, oferecendo apoio à transformação de Macau num Centro Mundial de Turismo e Lazer, e ao estabelecimento da plataforma de cooperação económica e comercial entre a China e os países lusófonos, o Banco da Construção da China decidiu abrir uma sucursal em Macau, a qual será gerida directamente pela Sede. As actividades do Banco de Construção da China (Macau) serão incorporadas na sua sucursal de Macau. O pedido sobre o estabelecimento dessa instituição já foi autorizado oficialmente pelas autoridades de Macau, e essa sucursal será inaugurada em Junho de 2014. Essa decisão estratégica mostra que o Grupo do Banco da Construção da China está optimista nas perspectivas do desenvolvimento de Macau. A sucursal de Macau, após o seu estabelecimento e o início das suas actividades bancárias, irá desenvolver activamente produtos bancários pessoais e corporativos, em conformidade com as necessidades dos clientes, e melhorar a qualidade dos seus serviços aos clientes, para retribuir a confiança e o apoio de todos os clientes.
A Presidente do Conselho de Administração,Kwok Pui Fong, MirandaAos 8 de Maio de 2014
85,698,259.62
184,565,758.12
13,231,615.04
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457,472,683.79
4,989,040,377.96
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30,533,377.99
971,398.15
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7,335,528,706.14
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4,641,390.32
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7,655,826.21
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7,295,144,731.94
1,662,929,714.56
1,467,417.51
2,751,991,583.08
980.00
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274,650,819.38
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2,432,895.97
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500,000,000.00
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303,057,110.16
17,151,037.40
4,416,389,695.15
1,853,076,620.97
37,121,939.90
50,848,328.36
617,500,000.00
320,208,147.56
7,295,144,731.94
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12,083,771,751.49
59,533,506.45
31,636,482.02
31,611,154.18
3,765,770,273.37
3,765,770,273.38
435,323,002.00
46,428,909.23
2,528,069.81
28,855,326.42
4,217,618.97
610,960.84
4,541,828.60
32,271,345.43
1,767,304.41
344,882.00
101,334.86
5,071,789.34
12,020,000.00
19,962,494.82
158,721,864.73
118,527,878.51
11,847,926.76
27,882,926.25
115,875.00
242,198.21
105,060.00
158,721,864.73
BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013
Relatório do Conselho de Administração
O Conselho de Administração do Banco de Construção Da China (Macau), S.A. tem o prazer em submeter aos accionistas o seguinte resultado do exercício respeitante ao ano findo em 31 de Dezembro de 2013: MOP Lucro de exploração (líquido de todas as despesas, amortizações e provisões diversas) 20,067,610.40Dotações para imposto complementar (a deduzir) 2,916,573.00Resultado do exercício 17,151,037.40Lucros relativos a exercícios anteriores 303,057,110.16Totais 320,208,147.56
O Conselho de Administração propôs a seguinte distribuíção:
Para reserva legal 3,500,000.00 Lucros não distribuídos a transitar para o exercício seguinte 316,708,147.56
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 09
Cheang Chi Keong apresentou ideias a aplicar aos TNR
Liane Ferreira
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ARQ
UIVO
PREJUÍZO DE 1,6 MIL MILHÕES NOS INVESTIMENTOS DA RAEM
Insatisfação com falta de lucros das reservas As reservas financeiras da RAEM estão de boa saúde, contando com 400 mil milhões de patacas, porém os investimentos não têm gerado ganhos, mas antes perdas, o que desagrada os deputados da Assembleia Legislativa. Também na carteira de investimentos é recomendada diversificação
Os deputados reuniram-se on-tem de manhã na Comissão de Acompanhamento para os As-
suntos de Finanças Públicas para discutir o retorno dos investimentos feitos pela RAEM, que obtiveram resultados negati-vos. Os deputados manifestaram insatis-fação e pediram informações adicionais.
De acordo com o deputado Mak Soi Kun, a Autoridade Monetária de Macau apresentou um prejuízo provisório de 1,6 mil milhões de patacas, no que diz res-peito ao retorno dos investimentos das reservas financeiras, correspondente ao período de Fevereiro a Abril deste ano.
Actualmente, as reservas financeiras do território atingem os 400 mil milhões de patacas, sendo que a taxa de retorno é de apenas três por cento, muito inferior à taxa de inflação de 5,69 por cento, anun-ciada no final de Março.
“Exigimos mais dados para poder acompanhar a situação e se for necessário voltar a reunir com o Governo, porque se de facto houver prejuízo, temos de travar a situação, para não se registarem perdas no erário público”, afirmou Mak Soi Kun, que confessou, “como deputado e cida-dão, não estou satisfeito”.
Segundo o deputado, tais números negativos devem-se a grandes oscilações
cambiais do renminbi, que representa 48 por cento do total das reservas. As restan-tes são 20 por cento em dólares de Hong Kong, 25 por cento em dólares norte-ame-ricanos, e 7 por cento em outras divisas.
Para o deputado, o mais importante é existir um retorno positivo dos inves-timentos da RAEM, independentemen-te do método utilizado, pelo que se não
existem ganhos tem de ser feita uma rea-valiação do regime existente.
“Devemos diversificar a carteira de investimentos, porque se houver outra crise financeira, pode haver problemas para a RAEM”, defendeu Mak Soi Kun.
O deputado sustentou que a diversifi-cação pode ser feita a dois níveis: no sec-tor imobiliário, nomeadamente, na Ilha
da Montanha, porque segundo afirmou, especialistas têm indicado que esta área continuará a ser segura nos próximos 10 anos; e, por outro lado, pode haver um desenvolvimento direccionado para a plataforma de países lusófonos.
Também foi colocado em causa o pa-pel dos gestores de fundos contratados pela RAEM, daí que Mak Soi Kun tenha pedido uma listagem dos critérios utiliza-dos na contratação destes profissionais, quem decide contratar e qual a comissão que recebem.
Para o deputado, não faz sentido con-tinuar a trabalhar com gestores que ape-nas geram prejuízos, devendo ser aper-tada a fiscalização e quem sabe contratar uma terceira entidade para fazer uma au-ditoria das aplicações financeiras.
Mak Soi Kun levantou também a op-ção de serem adicionados novos mem-bros ao Conselho Consultivo, mais es-pecificamente, empresários de sucesso, para darem a sua opinião sobre outros produtos financeiros.
Para além disso, o deputado frisou que o Governo deve ter em conta as opiniões do Conselho Consultivo e de Fiscalização, havendo limites para os ris-cos que podem ser corridos, em termos financeiros.
O Governo não apresentou dados relativos à distribuição específica dos investimentos, por exemplo, obrigações “offshore” ou acções da bolsa.
PARA FACILITAR DEVOLUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS DOS TNR
Simplificar e agir oportunamente nas disputas laboraisTransferência bancária e processo de adiantamento de montantes em atraso, são duas propostas defendidas pelo deputados para os trabalhadores não-residentes
Investimentos sem retorno desagradam deputados
Continuam na Assembleia Legislativa (AL), os tra-balhos relacionados com o Regime de Garantia de Créditos Emergentes das Relações de Traba-
lho, aprovado a 28 de Maio. Após a reunião da Comis-são Permanente, o deputado Cheang Chi Keong disse aos jornalistas que alertou o Governo para a morosidade dos processos, o que acaba por afectar os trabalhadores não-residentes (TNR).
Cheang Chi Keong destacou que, no caso dos TNR, “o Governo tem de ter em atenção os prazos estipula-dos”, caso contrário, estes poderão não receber o dinhei-ro que lhes é devido pela entidade empregadora.
Relembrando que os TNR têm um limite de per-manência de 10 dias, após conclusão do contrato, para saírem da RAEM, o deputado afirmou que tal provisão da Lei de Contratação de Não Residentes não está em concordância com os prazos do regime, que são de 120 dias. Assim, deve ser levada a cabo uma simplificação de procedimentos.
A Comissão que analisa a proposta de lei da garantia de créditos emergentes das relações de trabalho defen-deu também que para que o trabalhador receba poste-riormente os salários e outros direitos em atraso, deve haver a possibilidade do montante ser transferido para a conta bancária do trabalhador repatriado.
Em ambas as situações, está em causa, para os depu-
tados, novas soluções técnicas e coordenação para dar mais rapidez aos processos. Em foco esteve também o processo de adiantamento monetário.
Cheang Chi Keong salientou que no caso dos TNR é importante que este processo seja simplificado. No caso dos trabalhadores cobertos por seguro, mas que não estão abrangidos pelo regime de garantia de crédi-tos emergentes, é importante que seja encontrada uma solução, para que possam usufruir deste adiantamento monetário.
O deputado frisou que não são apenas os processos judiciais que sofrem de morosidade, os processos envol-vendo seguradoras sofrem do mesmo mal, pelo que os funcionários cobertos por seguro também deveriam ter direito do regime de adiantamento, que estipula uma percentagem máxima de 50 por cento.
Segundo Cheang Chi Keong, o Governo ainda não deu resposta à sugestão da mobilização de parte dos fundos da Segurança Social para o Fundo de Garantias, tendo afirmado que “vai estudar a viabilidade” da ideia.
No entanto, o deputado destacou que tal transferên-cia “reflecte a responsabilidade do empregador”, já que este paga ao fundo, 30 patacas por funcionário.
Para além destes pontos, o limite para o não paga-mento de salário também esteve em discussão, tendo sido sugerido um limite mínimo de seis meses.
Cheang Chi Keong adiantou que espera que o Go-verno possa entregar o documento de trabalho em mea-dos de Julho, de modo a que a comissão possa apresen-tar o seu parecer antes de 15 de Agosto.
L.F.
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Sexta-feira, 27 de Junho de 201410 JTM | PUBLICIDADE
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 11
DEFENDE SECRETÁRIO-GERAL ADJUNTO DO FÓRUM MACAU QUE TERMINA MANDATO
Adequar formas de cooperação com a ChinaO secretário-geral adjunto do Fórum Macau defendeu ontem que aquela organização deve estudar as “potencialidades e necessidades” de cada um dos países envolvidos para lhes adequar as formas de cooperação com a China
Pedro André Santos
Todos os países são diferentes, quer em termos de grandeza, quer em termos de necessidades e potencia-
lidades e mesmo os denominados ‘gran-des’ parceiros da China possuem factores distintos onde a cooperação pode ser po-tenciada”, sublinhou Marcelo Pedro de Almeida.
O secretário-geral adjunto do Fórum Macau termina no final de Junho o seu mandato de três anos e faz um “balanço muito positivo” da sua permanência em Macau.
“As três vias do Fórum - cooperação económica e comercial, formação e cul-tura - foram todas cumpridas quer nas metas das trocas comerciais, quer nas ac-ções de formação e intercâmbio cultural e, por isso, agora há que trabalhar para que o Fórum Macau perdure no tempo e continue a ser a plataforma que a China pretende que seja”, sustentou.
Marcelo Pedro de Almeida salienta, contudo, que o Secretariado Permanente do Fórum “está limitado” à execução do programa de acção trianual que é defini-do na conferência ministerial, salientan-do por isso que a componente política da organização “deve ir mais além defi-nindo objectivos mais amplos e de maior criatividade”.
“Uma das vias é o estudo da realida-de de cada país porque existindo reali-dades diferentes este trabalho permitiria definir um plano de acção mais coerente que responda, de facto, ao interesse de
todos”, disse.Salientando que o Fórum Macau é
também um instrumento da concretiza-ção da política “um país, dois sistemas”, idealizada pelo ex-líder chinês Deng Xiao-ping para a reunificação chinesa, Marcelo Pedro de Almeida quer, no entanto, ver mais além, “que o Fórum assuma um pa-pel mais relevante como plataforma de
cooperação e de integração permitindo, ainda mais, o desenvolvimento de todos os participantes e respondendo às neces-sidades especificas de cada um”.
“Dou o exemplo dos três centros - dis-tribuição de produtos, convenções e ex-posições e serviços: Isto demonstra que existe uma perspectiva de longo prazo, uma vontade de prolongar esta platafor-
ma no tempo e é por isso que só conhe-cendo a realidade específica de cada um avaliada com padrões concretos se pode potenciar esta parceria coma garantia de benefícios para todos”, defendeu.
Marcelo Pedro de Almeida destacou ainda à Lusa o fundo de mil milhões de dólares lançado pela China em 2010, mas que só três anos mais tarde estava efec-tivamente disponível, salientando a sua importância, mas reclamando maior fle-xibilidade.
“O fundo é importante e está, como deve, a ser gerido pelo Banco de Desen-volvimento da China, mas deve ser mais flexível para que possa ser potenciado e gerar os resultados que se esperam venha a conquistar”, disse ao salientar também que “existem projectos válidos candida-tos aos apoios que podem alterar o pano-rama da cooperação bilateral ou multila-teral entre todos os intervenientes”.
Depois de trabalhar em Portugal e em Bissau, a maior parte do tempo ligado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, Marcelo Pedro de Almeida regressa à Guiné-Bissau para se apresentar às auto-ridades do país e “disponível para traba-lhar no que for necessário”.
“Vou apresentar-me disposto a traba-lhar no que me for pedido, mas orgulho-so do quadro institucional normalizado que se desenha na Guiné-Bissau”, con-cluiu.
JTM/Lusa
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JOVENS ENCORAJADOS A ENTRAR NA NOVA OPERADORA DE AUTOCARROS
“Sangue novo” para a Nova EraO número de condutores da Nova Era ainda não é suficiente, mas existe a possibilidade de ser reforçada com “sangue novo”. Segundo um responsável do Conselho Consultivo do Trânsito, jovens condutores estão a ser encorajados para representar a operadora que arranca oficialmente na próxima terça-feira
Contam-se os dias para que a Nova Era come-ce a operar oficialmen-
te mas a empresa que substi-tui a falida Reolian sofre do mesmo problema que afecta o território em vários secto-res. “Estão a tentar conseguir mais condutores para os seus serviços, mas é um grande problema. A sociedade de Macau não é capaz de resol-ver a questão de recursos hu-manos”, lamentou Kou Kun Pang, membro do Conselho Consultivo para o Trânsito.
O responsável falou on-tem depois de uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito que contou com a presença de responsáveis da
Nova Era. Na ocasião, Kou Kun Pang referiu que tem ha-vido uma aposta em “sangue novo” para suprimir, nem que seja temporariamente, o problema de recursos hu-manos. “Estão a encorajar os jovens condutores que são capazes de conduzir mais, especialmente nas horas de ponta. Claro que pagariam mais também. Penso que será a solução a curto prazo, mas vão ter que tentar recrutar mais condutores para a com-panhia”, acrescentou.
Em comparação com os quadros da Reolian, a nova operadora tem actualmen-te menos 20 condutores, que não assinaram ainda contrato por terem atingido a idade de aposentação ou por questões pessoais. “Estamos sempre à espera de recrutar mais condu-
tores para servir a sociedade, mas continua a ser uma desilu-são porque não conseguimos. É um problema de longa data e espero que a sociedade per-ceba isso quando usa os auto-carros”, referiu Kou Kun Pang.
Igualmente presente na reunião esteve Wong Wan. No final, o director da Di-recção dos Serviços para As-suntos de Tráfego mostrou-se convicto que os problemas serão ultrapassados. “Até hoje considero-me cauteloso mas optimista sobre a nova companhia de autocarros. De uma forma geral, os traba-lhos preparatórios estão con-cluídos em 90 por cento. Por isso, nos próximos dias ire-mos dar atenção à liquidação de patrimónios, horários dos trabalhadores e estabilidade pessoal. Acredito que somos
capazes de assegurar com es-tabilidade a passagem do ser-viço”, sublinhou.
A Nova Era, recorde-se, irá suceder à Reolian a partir da
próxima terça-feira. Os veí-culos continuarão a manter a sua cor verde, sendo apenas actualizados os uniformes, equipamentos e logótipos.
Wong Wan revela-se cauteloso mas optimista para a nova companhia de autocarros
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Sexta-feira, 27 de Junho de 201412 JTM | LOCAL
Foi um processo moroso, que encontrou vários entraves mas que chegou a bom porto. O lar da Fundação D. Belchior Carneiro, que não é exclusivamente para macaenses, custou cerca de quatro milhões de euros, e oferece condições excepcionais. Por enquanto, ainda só tem 10 utentes e pode receber 40. O objectivo da Fundação é tornar o lar auto-sustentável
INAUGURADO LAR DA FUNDAÇÃO D. BELCHIOR CARNEIRO EM OEIRAS
“Mais um pedaço de Macau em Portugal”
Helder AlmeidaCorrespondente em Lisboa
A ideia que tinha nascido da cabeça de José Rodrigues do Rosário (Zézé), ainda nos anos 90, foi formalmente inaugura-
da: um lar para idosos que tenha com uma das principais preocupações acolher os macaenses que precisem. Apesar de já estar a funcionar desde 15 de Setembro do ano passado, a data escolhida para a inauguração acabou por ser o 24 de Junho por ser o dia da cidade de Macau.
“Sinto-me felicíssimo, é mais uma institui-ção de cariz macaense em Portugal e estou mui-to feliz por estar neste acto de lançar mais um pedaço de Macau em Portugal e para a nossa comunidade. Já fazia falta”, afirmou ao JTM Ví-tor Serra de Almeida, presidente do Conselho Directivo da Fundação D. Belchior Carneiro, detentora do lar e antigo presidente da Casa de Macau em Portugal.
O lar situa-se em Barcarena, no concelho de Oeiras, numa área com vista desafogada. O edi-fício, com óptimas condições, está recheado de objectos que remetem para a terra longínqua que é Macau: quadros, vasos, mesas e cadeiras e até uma imitação da pintura do retrato de corpo inteiro de D. Belchior Carneiro que está no edi-fício da Santa Casa da Misericórdia.
Já há 10 residentes, e nem todos são macaen-ses. Aliás, para ser admitido, não é obrigatório ser macaense ou irmão da Santa Casa (foi esta que instituiu a Fundação, apesar de serem duas entidades distintas, tanto a nível administrativo como financeiro, mas ligadas por laços afectivos, como sublinhou Vítor Serra de Almeida). Mas há direito de preferência para aquelas pessoas.
A construção das instalações e os equipa-mentos custaram cerca de quatro milhões de eu-ros, suportados integralmente “pelo dinheiro da Fundação”, segundo a mesma fonte.
Em busca daauto-sustentabilidade
Mas o objectivo é tornar o lar auto-sustentável, o que para já não se avizinha fácil. “Há pessoas que vêm cá, ficam maravilhadas, mas depois di-zem que não têm capacidade financeira porque… não vale a pena estar a fazer uma descrição do que é a situação actual do País, que é má. Tudo isso se reflecte nas pensões, que foram cortadas, rendi-mentos…”, conta Vítor Serra de Almeida.
“Esta obra é boa, está bem feita, a qualidade das instalações é muitíssimo boa, só que ainda não tem a afluência que se esperava”, lamenta por seu lado Joaquim Macedo Loureiro, presi-dente do Conselho de Curadores da Fundação, antigo Provedor da Santa Casa (em substituição de José Rosário, quando adoeceu), antigo presi-dente da comissão instaladora do Leal Senado de Macau e ex-presidente do Instituto da Ha-bitação. Joaquim Loureiro não coloca de parte que, no futuro, possa ser pedido apoio às auto-ridades oficiais portuguesas.
É também Joaquim Loureiro que resume ao JTM a história da construção deste lar, que en-controu vicissitudes várias. “Na altura em que o engenheiro Rosário morreu já havia sido feita a aquisição do terreno em Barcarena, que não é este onde está o lar, mas um outro onde existe um solar e terreno anexo. Depois, por razões ur-banísticas, por causa do Plano Director, não foi possível construir o lar naquele sítio, pelo que se conseguiu fazer um negócio com a Câmara de Oeiras, que adquiriu o solar e o outro terreno tendo facultado em regime de direito de super-fície deste. Foi um processo moroso, com algu-mas dificuldades burocráticas, alguma inércia,
mas acabou por ir avante”.A preocupação em acolher os macaenses que
precisassem inseria-se no contexto da criação da RAEM, quando se pensava que muitos dos filhos da terra regressassem a Portugal, com receio da China não cumprir o que havia prometido. Foi assim que para José Rodrigues do Rosário, co-nhecido como Zé-Zé, passou a ser fundamental
Pergunta: Uma firma pode preservar os dados pessoais de clientes (por exemplo, fotocópia do BIR ou do cartão de crédito) pelas necessidades da natureza dos seus negócios. Se um cliente não efectua negócios durante muitos anos ou já cancelou a conta,
a firma pode preservar os dados pessoais dele durante quanto tempo?Resposta: O tratamento dos dados da pessoa singular com identidade identificada ou identificável pela firma está sujeito à “Lei da Protecção de Dados Pessoais” nos termos dos seus artigos 4.º, n.º 1, alínea 1) e 3.º, n.º1.
Conforme o disposto do artigos 5.º, n.º 1, alínea 5) da mesma lei, os dados pessoais devem ser conservados de forma a permitir a identificação dos seus titulares apenas durante o período necessário para a prossecução das finalidades da recolha ou do tratamento posterior. A lei não limita claramente o tempo de conservação dos dados pessoais, a firma deve definir o tempo de acordo com as finalidades de recolha e o posterior tratamento, podendo consultar as autorizações da isenção da obrigação de notificação elaboradas por GPDP (por exemplo, Autorização N.º 01/2008, Tratamento de Dados de Contactos com Clientes, Fornecedores e Prestadores de Serviços e de Facturação), bem como observar as legislações do sector profissional.
( O texto é oferecido pelo Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais. A linha aberta é 28715666. )
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 13
Foi um processo moroso, que encontrou vários entraves mas que chegou a bom porto. O lar da Fundação D. Belchior Carneiro, que não é exclusivamente para macaenses, custou cerca de quatro milhões de euros, e oferece condições excepcionais. Por enquanto, ainda só tem 10 utentes e pode receber 40. O objectivo da Fundação é tornar o lar auto-sustentável
INAUGURADO LAR DA FUNDAÇÃO D. BELCHIOR CARNEIRO EM OEIRAS
“Mais um pedaço de Macau em Portugal”
mas acabou por ir avante”.A preocupação em acolher os macaenses que
precisassem inseria-se no contexto da criação da RAEM, quando se pensava que muitos dos filhos da terra regressassem a Portugal, com receio da China não cumprir o que havia prometido. Foi assim que para José Rodrigues do Rosário, co-nhecido como Zé-Zé, passou a ser fundamental
a construção de um equipamento do género em Portugal. “Algumas pessoas vieram mas tam-bém rapidamente regressaram. Para todos os efeitos, a ideia ficou, transformou-se em obra e aí está”, resume Vítor Serra de Almeida.
Para acolher 40 pessoas, o lar disponibiliza 12 quartos individuais e 14 quartos duplos, to-dos com varanda e casa-de-banho privativa. Há
ainda um espaço ajardinado em volta do edifí-cio. Para utentes em geral um quarto duplo fica a 1.450 euros e um quarto individual a 1.800. Para macaenses um quarto duplo fica a 1.300 eu-ros e um individual a 1.650 euros.
A Fundação D. Belchior Carneiro foi criada em 1994, instituída pela Santa Casa da Miseri-córdia de Macau, e é uma pessoa colectiva de di-
reito privado, dotada de personalidade jurídica, e como Instituição Particular de Solidariedade Social está reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública. Para além do lar, presta ainda auxílio financeiro a alguma famílias ma-caenses com dificuldades, em Portugal. Em Ma-cau, Miguel de Senna Fernandes é o presidente do Conselho de Patronos.
Há espaço ajardinado no exterior que rodeia o edifício
Joaquim Loureiro, presidente do Conselho de Curadores
O refeitório
Vítor Serra de Almeida, presidente do Conselho Directivo da Fundação Réplica do retrato de D. Belchior Carneiro
Sexta-feira, 27 de Junho de 201414 JTM | PUBLICIDADE
www.iacm.gov.mo
Notificação n° 18/DLA/SAL/2014
Acusação
Considerando que não se revela possível notificar os interessados, por ofício ou outras formas, para efeitos de acusação a respeito das respectivas infracções, nos termos dos artigos 10° e 58° do “Código do Procedimento Administrativo”, aprovado pelo Decreto-Lei n° 57/99/M, de 11 de Outubro, notifico, pela presente, nos termos do nº 2 do artigo 11º do Decreto-Lei no 52/99/M e do artigo 72° do “Código do Procedimento Administrativo”, os proprietários dos estabelecimentos, abaixo mencionados, do seguinte:
1. Comprovada a instalação de material publicitário sem licença emitida pelo IACM por parte dos proprietários dos estabelecimentos abaixo mencionados, os factos de infracção e os resultados das averiguações realizadas constam dos autos de notícia e relatórios, elaborados pelos respectivos instrutores. Assim, por despacho do Vice-Presidente do Conselho de Administração deste Instituto, Lei Wai Nong, de acordo com o nº 1 do artigo 19°, alínea d) do nº 1 do artigo 27º e alínea c) do artigo 31° da Lei n° 7/89/M, foram deduzidas acusações contra os proprietários dos abaixo mencionados estabelecimentos. A par disso, de acordo com a mesma Lei, podem ser aplicadas aos infractores multas entre as duas mil (MOP2,000.00) e as doze mil patacas (MOP12,000.00).
2. Comprovada a instalação de material publicitário sem licença emitida pelo IACM por parte dos proprietários dos estabelecimentos abaixo mencionados, os factos de infracção e os resultados das averiguações realizadas constam dos autos de notícia e relatórios, elaborados pelos respectivos instrutores. Assim, por despacho do Presidente, Substituto, do Conselho de Administração deste Instituto, Lo Veng Tak, de acordo com o nº 1 do artigo 19°, alínea d) do nº 1 do artigo 27º e alínea c) do artigo 31° da Lei n° 7/89/M, foram deduzidas acusações contra os proprietários dos abaixo mencionados estabelecimentos. A par disso, de acordo com a mesma Lei, podem ser aplicadas aos infractores multas entre as duas mil (MOP2,000.00) e as doze mil patacas (MOP12,000.00).
3. Comprovada a instalação de material publicitário sem licença emitida pelo IACM por parte dos proprietários dos estabelecimentos abaixo mencionados, os factos de infracção e os resultados das averiguações realizadas constam dos autos de notícia e relatórios, elaborados pelos respectivos instrutores. Assim, por despacho do Presidente, Substituto, do Conselho de Administração deste Instituto, Vong Iao Lek, de acordo com o nº 1 do artigo 19°, alínea d) do nº 1 do artigo 27º e alínea c) do artigo 31° da Lei n° 7/89/M, foram deduzidas acusações contra os proprietários dos abaixo mencionados estabelecimentos. A par disso, de acordo com a mesma Lei, podem ser aplicadas aos infractores multas entre as duas mil (MOP2,000.00) e as doze mil patacas (MOP12,000.00).
Nome
do
proprietário
LIAO HSIU-MEI
LAI KIT MAN
VONG KAM PENG
CHIO SIN CHIO
WU LITAO
FU HEI
MAQUINISMO DE
FUNDAMENTO,
LIMITADA
SIO CHI WAI
CHOI OI TONG
CHOI MIO IENG
HONG WENG MAN
COMPANHIA DE
INVESTIMENTO
WUI POU SENG
(INTERNACIONAL)
LIMITADA
YOGA WELLNESS
SOCIEDADE
UNIPESSOAL LDA.
COMPANHIA DE HIP
TONG, LIMITADA
LEONG SAO SEONG
TAM UT TONG
CHENG LIN
SALAO DE BILHAR
-SOCIEDADE
UNIPESSOAL
LIMITADA
GERACAO
- Y LIMITADA
陳元興
No do Bilhete
de Identidade/
registo comercial
Passaporte
estrangeiro:
13156XXXX
5160XXXX
5068XXXX
1215XXXX
1437XXXX
36077(SO)
5039XXXX
7375XXXX
5118XXXX
1299XXXX
41453(SO)
38763(SO)
36892(SO)
1342XXXX
1242XXXX
27647(SO)
40556(SO)
Bilhete de
Identidade de
Residente da
República
Popular da China:
3303251979011
XXXXX
Nome
do
estabelecimento
ESTAB.DE BEBIDAS
CHECKERS CAFÉ
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS EVERY
WHERE STORE
SALAO DE BELEZA
AT ONCE BEAUIY
PAK LEK MOTOR
TRADING
RI FA MOTORCYCLE
MACAU
FU HEI
MAQUINISMO DE
FUNDAMENTO,
LIMITADA
HITACHI HONG
KONG MACAU
OFFICE
E CLUB 網吧
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS KAM
LUNG COURNET
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS,
PIN TAI WAN CAI
COMPANHIA DE
INVESTIMENTO
WUI POU SENG
(INTERNACIONAL)
LIMITADA
YOGA WELLNESS
GASOLINA
ESTABELECIMENTO
DE COMIDA
CASEIRA DE SIU
XANGAI
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS E
FITAS FOK CHU
CHENG LIN
SALAO DE
BILHAR-SOCIEDADE
UNIPESSOAL
LIMITADA
R2R
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS
SONG CON WEL
No do
auto de
notícia
414/DFAA/
SAL/2013
1199/DFAA/
SAL/2013
804/DFAA/
SAL/2013
1706/DFAA/
SAL/2012
1666/DFAA/
SAL/2012
853/DFAA/
SAL/2013
40/DFAA/
SAL/2013
66/DFAA/
SAL/2013
1058/DFAA/
SAL/2013
1207/DFAA/
SAL/2013
676/DFAA/
SAL/2013
1141/DFAA/
SAL/2013
10/DFAA/
SAL/2012
821/DFAA/
SAL/2013
378/DFAA/
SAL/2013
320/DFAA/
SAL/2013
644/DFAA/
SAL/2013
299/DFAA/
SAL/2013
Data
do
auto
2013-01-29
2013-06-05
2013-03-19
2012-12-26
2012-12-17
2013-03-22
2013-01-02
2013-01-11
2013-05-16
2013-07-15
2013-03-06
2013-05-07
2012-01-05
2013-03-20
2013-01-25
2013-01-22
2013-03-01
2013-01-18
Data em que
foi exarado
o despacho
2013-07-11
2013-07-18
2013-07-19
2013-07-22
2013-07-30
2013-07-30
2013-08-09
2013-08-09
2013-08-22
2013-09-05
2013-09-27
2013-11-11
2013-11-11
2013-11-28
2014-01-27
2014-02-06
2014-03-11
2014-03-11
Nome
do
proprietário
IO MUN I
王東霞
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS TAJ
MAHAL LIMITADA
M.T.C.MACAU
LIMITADA
No do Bilhete
de Identidade/
registo comercial
7441XXXX
Bilhete de
Identidade de
Residente da
República
Popular
da China:
3306241976041
XXXXX
28795(SO)
30862(SO)
Nome
do
estabelecimento
GLOBAL TELECOM
OU MUN TAU LOU
HOI SIM FO
VO SENG
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS
RED CHILI
ESTABELECIMENTO
DE BEBIDAS HOUSE
CAFÉ
No do
auto de
notícia
309/DFAA/
SAL/2013
936/DFAA/
SAL/2013
303/DFAA/
SAL/2013
347/DFAA/
SAL/2013
Data
do
auto
2013-01-21
2013-04-09
2013-01-21
2013-01-22
Data em que
foi exarado
o despacho
2013-10-22
2013-10-31
2013-10-31
2013-10-31
Nome
do
proprietário
JOALHARIA E
RELOJOARIA
SAN CHOI LDA.
HOI IOK WUN
MAI KUNYI
澳門牡丹江國際
飯店有限公司
PUN CHI LEONG
FAN YIJUN
GARETH
ROBERTS
海清純飲品食品
有限公司
No do Bilhete
de Identidade/
registo comercial
34989(SO)
1327XXXX
1427XXXX
40125(SO)
5166XXXX
1368XXXX
Passaporte
estrangeiro:
76127XXXX
27033(SO)
Nome
do
estabelecimento
CASA DE PENHOR
SAN HEI
G2 BEAUTY CENTRE
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS
KAM MAN
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS
RIO DE PEONIA
新和汽車美容中心2
PUBLICIDADE
LONG TANG
BURACO
MERCEARIA
CHA DE
MEDICIONAL
CHINESE HOI TSING
No do
auto de
notícia
1168/DFAA/
SAL/2012
32/DFAA/
SAL/2013
1624/DFAA/
SAL/2012
184/DFAA/
SAL/2013
519/DFAA/
SAL/2013
1580/DFAA/
SAL/2012
346/DFAA/
SAL/2013
1575/DFAA/
SAL/2012
Data
do
auto
2012-08-27
2013-01-02
2012-12-07
2013-01-10
2013-03-04
2012-12-03
2013-01-22
2012-11-23
Data em que
foi exarado
o despacho
2012-12-04
2013-02-22
2013-02-26
2013-04-19
2013-05-02
2013-05-24
2013-05-24
2013-06-04
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | LOCAL 15
CONCERTO “TRIBUTO A MACAU”
“As pessoas vão gostar”A história local, poemas e poetas de Macau, fusão de estilos musicais e vivências pessoais fazem parte da composição musical da banda Tributo a Macau. O projecto é recente e será partilhado pela primeira vez amanhã no Tap Seac
www.iacm.gov.mo
Os interessados podem, no prazo de 10 dias, contado a partir do dia seguinte ao da publicação da presente notificação, apresentar defesa escrita ao Centro de Serviços do IACM, sito na Avenida da Praia Grande, n.ºs 762-804, Edifício China Plaza, 2º andar, Macau; caso não apresentem defesa escrita dentro do prazo acima referido, de tal facto nada resultará em prejuízo das decisões sancionatórias feitas por este Instituto nos termos da lei.
Para qualquer informação ou consulta de processo, pode dirigir-se à Divisão de Licenciamento Administrativo dos Serviços de Ambiente e Licenciamento, sita na Avenida da Praia Grande, n.ºs 762-804, Edifício China Plaza, 3º andar, Macau.
Aos 17 de Junho de 2014.
Presidente do Conselho de AdministraçãoVong Iao Lek
Nome
do
proprietário
COMPANHIA DE
FOMENTO
PREDIAL IEK
CHON LIMITADA
COMPANHIA DE
TECNOLOGIA
DIGITAL TIN HA
LIMITADA
IO NGAI KUONG
OH YONGSOO
AO IEONG
SIO LONG
CHAN CHONG
POU
HOI CHENG NGA
E-COMPANHIA
DE FOMENTO
PREDIAL LDA.
LONG MAN PENG
和豐珠寶鐘錶
有限公司
YANG JAE IM
LEBON
MATERIAIS DE
ENGENHARIA
ELECTRONICA
(MACAU)
LIMITADA
CHANG IAO
WANG
LEI LAI TUN
YIU PO CHI
POLLY
AGENCIA DE
VIAGENS E
TURISMO TIM
MA, LIMITADA
NG LONG I
OURIVESARIA,
JOALHARIA E
RELOJOARIA DA
SHEN DIAO LDA.
No do Bilhete
de Identidade/
registo comercia
40582(SO)
41309(SO)
1367XXXX
Passaporte
estrangeiro:
M0051XXXX
7438XXXX
7430XXXX
1519XXXX
36263(SO)
7369XXXX
44308(SO)
5163XXXX
19065(SO)
1288XXXX
1278XXXX
1216XXXX
11214(SO)
7395XXXX
36871(SO)
Nome
do
estabelecimento
COMPANHIA DE
FOMENTO
PREDIAL IEK CHON
LIMITADA
COMPANHIA DE
TECNOLOGIA
DIGITAL TIN HA
LIMITADA
WANLIAN
COMMUNICATION
韓國濟洲島白鯨山莊
(澳門)旅遊諮詢
服務處
BAR COM
KARAOKE EPOCA
BAR COM
KARAOKE
SUN CITY
QUARTO BAR
E-COMPANHIA DE
FOMENTO PREDIAL
LDA.
MORE
和豐珠寶鐘錶
有限公司
ESTABELECIMENTO
DE COMIDAS
HON CHONG
LEBON MATERIAIS
DE ENGENHARIA
ELECTRONICA
(MACAU)
LIMITADA
榮豐地產
KAM SENG
PROPERTY AGENCY
貢茶(新口岸店)
AGENCIA DE
VIAGENS E
TURISMO TIM MA,
LIMITADA
JOALHARIA E
RELOGIO TAK LAI
OURIVESARIA,
JOALHARIA E
RELOJOARIA DA
SHEN DIAO LDA.
No do
auto de
notícia
413/DFAA/
SAL/2013
144/DFAA/
SAL/2013
752/DFAA/
SAL/2013
300/DFAA/
SAL/2013
798/DFAA/
SAL/2013
799/DFAA/
SAL/2013
802/DFAA/
SAL/2013
640/DFAA/
SAL/2013
1769/DFAA/
SAL/2012
308/DFAA/
SAL/2013
726/DFAA/
SAL/2013
1481/DFAA/
SAL/2012
835/DFAA/
SAL/2012
1152/DFAA/
SAL/2012
1303/DFAA/
SAL/2012
191/DFAA/
SAL/2013
1308/DFAA/
SAL/2013
1573/DFAA/
SAL/2012
Data
do
auto
2013-01-28
2013-01-09
2013-03-12
2013-01-18
2013-03-15
2013-03-18
2013-03-18
2013-02-28
2012-12-27
2013-01-21
2013-03-13
2012-11-07
2012-06-15
2012-08-08
2012-09-11
2013-01-11
2013-09-09
2012-11-23
Data em que
foi exarado
o despacho
2014-03-11
2014-03-11
2014-03-14
2014-03-14
2014-03-14
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2014-03-20
2014-03-20
2014-03-24
2014-03-26
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2014-03-26
2014-03-26
2014-04-01
Com um estilo não rotulado, mas com influências diversas, va-riando entre a bossa nova, fado
e música tradicional portuguesa, a banda composta por três membros, Fe-lipe Fontenelle, Tomás Ramos de Deus e Miguel Noronha Andrade, pretende contribuir para a cultura musical da região, através dum espectáculo inti-mista e temas que dignificam a história da RAEM.
O grupo oriundo de terras lusas, resi-de no território há cerca de um ano. Na altura vieram com a banda “80 & Tal”, na sequência de um convite do “Hard Rock Café” para serem a banda residente do espaço. Quando a colaboração terminou, um novo projecto, já há muito pretendi-do, começou a ser esboçado.
Segundo os membros da banda, a ideia era criar um conceito novo e di-ferente que “pudesse ficar na história de Macau” mas também exaltar a ex-periência do grupo no continente asiá-tico. A inspiração surgiu precisamente no coração da terra luso-chinesa que potenciou uma composição musical alicerçada aos poemas e poetas do ter-ritório, assim como à sua história que remonta à presença portuguesa, déca-das atrás.
A exposição de diferentes influên-cias deu a oportunidade de “desenvol-ver um projecto musical muito pessoal, juntando escritores e poetas de Macau para estabelecer uma ligação mais for-
te” com a comunidade, como referiu Tomás Ramos de Deus, uma das vozes da banda.
O espectáculo em ambiente acústi-co irá decorrer no Tap Seac e terá uma dinâmica instrumental partilhada por todos os membros. A composição dos temas é original, algumas das letras são baseadas em poemas locais e serão apresentados, na totalidade, 14 temas, dois dos quais cantados em Patuá e os restantes em português.
O conceito inovador pretende ainda numa fase posterior contar com “a par-ticipação de músicos locais que possam colaborar com a linguagem musical do projecto”, indicou Fontenelle ao JTM.
A iniciativa é apoiada pela Casa de Portugal que se tem assumido como um pilar e uma plataforma de lança-mento para a banda no território.
O espectáculo será gratuito e rea-lizado durante a tarde de Sábado, a partir das 18:30, na praça do Tap Seac, sendo que o grupo tem expectativas que a comunidade adira à iniciativa. “Estamos muito ansiosos com este con-certo, mais do que qualquer outro por ser um trabalho tão pessoal e original no qual investimos durante muito tem-po”, avançou a voz principal do grupo, Felipe Fontenelle.
Entre Julho e Agosto o grupo têm uma série de concertos em Portugal, no entanto, ainda não estão agendados concertos para este projecto. S.A.N.
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JTM
Projecto da banda é recente
Sexta-feira, 27 de Junho de 201416 JTM | LOCAL
Vítor Rebelo
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ARQ
UIVO
Vêm aí os jogos grandes da Taçacom a presença dos quatro melhoresNão tem havido surpresas na Taça de futebol de Macau e assim nas meias-finais vão encontrar-se os quatro primeiros classificados do campeonato. Sporting é o único que se diz sem ambições na prova
Depois de uma Liga de Elite em que foi a grande sensação, o Sporting coloca a ques-tão da Taça em segundo plano, tendo sido
esse, segundo os dirigentes e o corpo técnico, o ob-jectivo definido no início da temporada.
Por isso mesmo é que os “leões” apresentaram, para o encontro dos quartos-de-final face aos Sub 23, apenas três jogadores que haviam entrado no “onze” de João Pegado e Mandinho, para a partida do passado fim-de-semana com o Benfica que deci-diu o título.
Jardel, Bruno Brito e Edgar Souza, considerados os jogadores mais credenciados do plantel, todos eles reforços do plantel para a época que está agora a terminar, actuaram no jogo da Taça, com o Spor-ting a golear por 7-1 a equipa patrocinada pela As-sociação de Futebol de Macau.
Os Sub23 entraram em campo com nove uni-dades, o que acaba por ser desprestigiante para o próprio órgão associativo, que tem apostado (com muitas críticas…) neste tipo de equipas, tendo como principal objectivo o crescimento de jovens promessas.
Triunfo folgado
O vice-campeão da RAEM não teve qualquer problema em vencer, mesmo com uma “equipa de segunda”, marcando os seus golos através de Jardel (3), Henrique Ferreira (2), Ieong Ka Hong e Pedro Maia.
“A equipa deu boa conta de si, o que demonstra que de facto temos um bom plantel, que está já a treinar em conjunto há muitos meses, daí estes re-sultados”, diz João Pegado.
O treinador dos “verde-brancos” afirma que a Taça não é objectivo prioritário da temporada, mas… “Claro que queremos ganhar todos os jogos, só que na verdade a Taça não foi considerada, no arranque da temporada, como um objectivo claro, servindo essencialmente para dar minutos aos joga-dores menos utilizados no campeonato.”
A hora dos menos utilizados
Pegado afirma que, face ao Monte Carlo, no do-mingo, para as meias-finais, as diferenças não de-verão ser muitas em relação a este desafio com os Sub23.
“A base deste último jogo com os Sub23 irá man-ter-se e o que queremos é colocar em campo joga-dores que fizeram poucos jogos. Quero aproveitar para dizer que não se percebe o porquê da Associa-ção ter prolongado tanto a Taça e agora fazer tudo à pressa. Os jogos deveriam ter sido ao longo da época e depois de terminado o campeonato ficaria então por disputar apenas a final da Taça”.
O técnico dos sportinguistas refere que a equipa digeriu bem a derrota e a perda do título para o Ben-fica. “Os primeiros dez minutos foram dolorosos, a partir daí houve festa pela noite dentro, com muita satisfação e orgulho pela época que realizámos.”
Monte Carlo ambicioso Do lado do Monte Carlo, adversário do Sporting
nas meias-finais, as ambições são bem diferentes.O conjunto de William Chu quer mesmo ganhar
a Taça e Rodrigo Carmo, goleador do campeonato, com 16 golos, contra 15 de Bruno Brito e William Carlos Gomes, dá a ideia de que a competição serve para esquecer um pouco o terceiro lugar da Liga de Elite.
“Em primeiro lugar quero dizer que marquei quarto golos e não três na última jornada frente ao Chao Pak Kei. A ficha da Associação estava erra-
da, dando um golo ao Júlio César, mas fui eu que marquei quatro e por isso acho que terminei em pri-meiro lugar na lista dos goleadores. Sobre a Taça, o nosso objectivo é ganhar. Vamos entrar com tudo frente ao Sporting, para não sermos surpreendidos como aconteceu duas vezes no campeonato. Desta feita não podemos perder.”
Tentar a “dobradinha”
Também no Benfica há este mesmo discurso de aspiração a conquistar a Taça de Macau, o que cul-minaria uma época em grande, depois da vitória na Liga.
“Nós nunca escondemos que queremos criar neste clube uma filosofia de vitória. Encaramos to-das as competições dando o melhor de nós e procu-rando vencê-las. Enquanto campeões continuamos a ter uma postura competitiva e isso dá-nos ainda mais vontade de ganhar esta competição. Estamos ainda à espera de grandes desafios e agora vem a Taça que queremos conquistar”, destaca Bruno Ál-vares, o treinador do sucesso das “águias”, depois do segundo lugar na Liga do ano passado.
O Benfica venceu ontem à noite o Lai Chi por 4-1 (três golos de William Carlos Gomes e um de Bruno Martinho), segue assim para as meias-finais, cabendo-lhe defrontar, domingo, o Ka I, que se qua-lificou ao vencer o Chao Pak Kei por 4-0.
Fábio é ausência
Sobre a equipa a apresentar nessa partida, Bruno diz que vai haver algumas alterações, desde logo por causa da ausência de Fábio Silva, que já regres-sou a Portugal, isto para além dos lesionados Leong Ka Hang e Edgar Teixeira.
“O facto de termos que disputar dois jogos em
quatro dias, isso vai obrigar a uma gestão, até por-que há sempre problemas físicos. No entanto apre-sentamos sempre a melhor equipa e aquela que nos pode dar mais garantias”, salientou Bruno Álvares, que falou do pós-título: “Celebrámos muito e bem, extremamente satisfeitos. Lutámos muito para con-seguir este título e sabemos das dificuldades para o alcançar, por isso vivemos momentos de grande satisfação e alegria.”
E no futuro próximo o empenho será o mesmo…“O trabalho tem vindo a ser feito e o Benfica tem
sido um bom exemplo, ajudando a criar evolução no futebol de Macau e continua empenhado em contribuir para isso.”
Vamos então ter depois de amanhã dois desafios (Sporting/Monte Carlo às 17:30 e Benfica/Ka I às 19:30), que prometem dar bons espectáculos, ou não estivessem nas meias-finais as quatro melhores for-mações da actualidade do futebol do território.
Casa de Portugalfaz a festa final
No que diz respeito ao campeonato da II Divi-são, a prova fecha no domingo, no Estádio da Uni-versidade de Ciência e Tecnologia, com o campeão Casa de Portugal a defrontar, às 19:30, o Man Fung Hong.
“Vai ser a festa final com a entrega da taça e era bom que os portugueses estivessem lá a celebrar connosco”, palavras de Carlos Vilar, um dos joga-dores que há mais tempo está no plantel da equipa de Pelé.
Recorde-se que o clube de matriz portuguesa garantiu a subida à Liga de Elite da próxima tem-porada e até esta altura ainda não perdeu um único desafio.
Sporting venceu o Monte Carlo nos dois encontros do campeonato
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | ESPECIAL 17
Irão não conseguiu fazer história, Suíça apura-se com a FrançaA última jornada dos grupos E e F do Mundial não trouxe surpresas e o sonho de Carlos Queiroz de chegar aos “oitavos” à frente do Irão já terminou
Suárez banido por quatro meses
Luis Suárez foi punido pela FIFA com nove jogos de suspensão com a selecção do Uruguai e banido de toda a actividade desportiva durante quatro meses, período em que ficará impedido de representar o Liverpool. O avançado fica ainda impossibilitado de entrar em qualquer estádio no período de vigência do castigo, que tem início no encontro entre o Uruguai e a Colômbia, referente aos oitavos-de-final do Mundial. A mordidela a Chiellini custou ainda a Suárez uma multa de 90 mil euros.
No Grupo F, a Argentina até ajudou, com um resultado que abria uma “janela de es-
perança” para o Irão - 3-2 à Nigéria-, só que os pupilos de Carlos Queiroz não chegaram à vitória, antes ceden-do por 3-1 ante a já eliminada Bósnia--Herzegovina.
A França, que estava praticamen-te apurada no Grupo E, encerrou esta fase com um “nulo” que não compro-mete ante o Equador, que assim aca-bou por ser passado na parte final da fase de grupos pela Suíça, que venceu as Honduras, com um “hat-trick” de Shaqiri.
Queiroz, com uma selecção pobre de talentos de uma forma muito evidente, não segue o caminho de Fernando San-tos, o “timoneiro” da Grécia, que está nos “oitavos”. Para o antigo seleccio-nador nacional termina aqui a aventura iraniana, pois já anunciara que não fica mais a trabalhar em Teerão.
Com a vitória da Bósnia, a derrota da Nigéria em Porto Alegre não fez mossa, com os africanos a fecharem o grupo em segundo lugar, marcando encontro com
a França na próxima ronda.Lionel Messi, com mais dois golos,
aos 3 e 46 minutos, voltou a ser deter-minante para a vitória da sua selecção. Marcou nos três jogos e saltou para a li-derança dos melhores marcadores, com quatro tentos apontados, tantos quan-tos tem o brasileiro Neymar, seu colega de clube no Barcelona.
O central do Sporting Marcos Rojo fez o terceiro da Argentina, aos 50, de-sempatando um jogo que estava a 2-2, depois do bis de Ahmed Musa (4 e 47).
A primeira vitória da Bósnia-Herze-govina em Mundiais foi justa e deixa a equipa com o “amargo” de saber que poderia seguir em frente caso empa-tasse o jogo que perdeu com a Nigéria (1-0).
A formação bósnia superou o Irão por 3-1, com Dzeko (23), Pjanic (59) e Vr-sajevic (89) a ajudarem a uma saída de cabeça bem erguida da estreante. Até ao momento sem golos, o Irão finalmente quebrou o “enguiço”, através do caris-mático Reza Ghoochanneijhad (82).
A Suíça, segunda no Grupo E, é o próximo adversário da Argentina. Co-
meçou o Mundial a ganhar ao Equador, por 2-1, e depois “tremeu” com a go-leada ante a França, por 2-5 - mas fecha com claros 3-0 às Honduras, com um “hat-trick” de Xerdhan Shaqiri, aos 6, 31 e 71.
Atrás de Messi e Neymar (quatro golos), Shaqiri chega ao grupo dos que têm três golos na prova, onde já estavam o colombiano James Rodri-guez, o francês Benzema, o alemão
Muller, os holandeses Van Persie e Robben e o agora eliminado Valencia, do Equador.
A selecção equatoriana lutou mui-to no jogo contra a França, só que não descobriu o caminho para o golo e acaba por ser a única selecção sul--americana que se fica por esta ronda de grupos, confirmando-se que era a mais fraca.
P.A.S.
Shaqiri apontou os três golos da vitória da Suíça
OS PENTEADOSDO CAMPEONATO
DO MUNDO
Apesar dos resultados em campo não terem sido os melhores, a se-lecção portuguesa tem-se destacado no lado visual, com penteados bas-tante originais, como Ronaldo, Nani ou Raul Meireles, que tem ainda a ajuda da barba. No Brasil têm apa-recido “looks” para todos os gostos e feitios, curtos ou compridos, com acessórios e até pintados, e onde o melhor mesmo é ver as imagens...
Raul MeirelesDavid LuizSerey DieNani
Cristiano Ronaldo Asamoah GyanJohn BoyeFellaini
Sexta-feira, 27 de Junho de 201418 JTM | ROTEIRO
TDM 13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 A Vida da Gente (Repetição) 15:20 Mundial do Brasil 2014 Grupo H: Coreia do Sul - Bélgica (Repetição) 17:00 Mundial do Brasil 2014 Grupo H: Argélia - Rússia (Repetição) 18:45 Mundial do Brasil 2014 Grupo G: EUA - Alemanha (Repetição) 20:30 Telejornal 21:30 Filhos da Terra 22:00 A Vida da Gente 23:00 TDM News 23:30 Diário do Mundial 23:45 Sapatos Pretos 01:30 Telejornal (Repetição) 02:15 RTPi Directo
30 FOX SPORTS13:00 Wimbledon 2014 - Best Match Of Day 4 17:00 The Championships, Wimbledon 2014 Day #4 Highlights 18:00 (LIVE) FOX SPORTS Central 18:30 (LIVE) The Championships, Wimbledon 2014 3rd Round
31 STAR SPORTS13:00 FIM Enduro World Championship 2014 13:30 2 Wheels 14:00 GP3 Series 2014 16:00 Hot Water 2014/15 17:00 Rebel TV 21 17:30 eni FIM Superbike World Championship 2014 - Highlights 18:00 2 Wheels 18:30 (LIVE) MotoGP World Championship 2014 - Qualifying 22:00 FIM Motocross World Championship 2014 22:20 (LIVE) Red Bull MotoGP Rookies Cup 2014 23:30 Football Asia 2014/15
40 FOX MOVIES11:20 Kon-Tiki 13:15 Snitch 15:10 Percy Jackson: Sea Of Monsters 17:00
Enemy Of The State 19:10 The Devil Wears Prada 21:00 Iron Man 3 23:10 Blood 00:45 Legion
42 CINEMAX12:45 Terminal Invasion 14:10 The Making Of The Pacific 14:30 Stealing Harvard 16:00 Robinson Crusoe On Mars 17:45 Control Factor 19:15 Anchorman: The Legend Of Ron Burgundy 20:50 Epad On Max 21:10 The Pacific 22:50 Spartacus: War Of The Damned 00:45 The Dictator
50 DISCOVERY13:00 Dallas Car Sharks 14:00 You Have Been Warned 15:00 Bear Grylls: Extreme Survival Caught On Camera 15:30 Destroyed In Seconds 16:00 Gold Rush 17:00 How Do They Do It? 17:30 How It’s Made 18:00 Man Vs. Wild 19:00 River Monsters 20:00 How It’s Made 20:30 Factory Made 21:00 Dirty Jobs Down Under 22:00 Deadliest Catch 23:00 Mystery Of The Lost Islands Year 1 00:00 How It’s Made 00:30 Factory Made
51 NGC12:30 The Beach: A Photographer’s Journey 13:25 Evolutions 14:20 The Numbers Game 15:15 24 Hours In A&E 16:10 Fishzilla: Snakehead Invasion 17:05 My Sri Lanka With Peter Kuruvita 18:00 Jurassic C.S.I. 19:00 Hooked 20:00 Perfect Storms 21:00 24 Hours In A&E 22:00 Taboo USA 23:00 Taboo 00:00 Drugs Inc
54 HISTORY13:00 The Pickers 14:00 Counting Cars 15:00 Top Shot All-Stars 16:00 Swamp People 17:00 Ancient Aliens 18:00 Kings Of Restoration 18:30 Pawn Stars 19:00 The Pickers 20:00 Storage Wars 20:30 Counting Cars 21:00 Stan Lee’S Superhumans 22:00 Kings Of Restoration 23:00 Ancient Aliens 00:00 Stan Lee’S Superhumans
55 BIOGRAPHY13:00 Hoarders 14:00 Destination Flavour 15:00 Destination Flavour: Japan 15:30 Destination Flavour 17:00 Baggage Battles 18:00 Flip This House
19:00 Bondi Vet 20:00 Billy The Exterminator 21:00 Strangers In Danger 23:00 Hoarders 00:00 Bondi Vet
62 AXN13:00 Supernatural 13:55 Hannibal 14:50 The Voice 16:40 Hawaii Five-0 17:30 Total Blackout 18:20 Wipeout 19:10 The Blacklist 20:05 Criss Angel Mindfreak 20:35 Ebuzz 21:05 Hawaii Five-0 22:00 The International 00:05 24: Live Another Day
63 STAR WORLD12:55 Top Chef: Just Desserts 13:45 How I Met Your Mother 14:35 Mas-terChef Junior US 16:15 Scandal 17:05 Glee 18:00 Revenge 18:55 How I Met Your Mother 21:40 Once Upon A Time 22:35 Revenge 23:30 Scandal 00:25 Glee
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CLUBE MILITAR DE MACAUAvenida da Praia Grande, 975, Macau
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A programação é da responsabilidade das estações emissoras
23:59 do dia 28
23:59 do dia 29
TDM/TDM HDBrasil vs Chile
Holanda vs México
CINETEATROS1 Maleficient (3D)14:30• 19:30
S2 How to Train your Dragon 216:30
TORRE DE MACAUMalefiecient (3D)14:30 • 16:30 • 19:30• 21.30
GALAXYTHEATER VÁRIOSThe Amazing Spider - Man 2 (3D) - 14:10 • 16:10
THEATER 6Godzilla (3D) - 14:20
THEATER VÁRIOSOverheard 3 - 14:30 • 15:40 • 18:1018:50 • 20:40 • 21:20 • 22:50
THEATER VÁRIOSX-Men: Days of Future Past (3D) - 15:40 • 16:30 • 16:4018:10 • 18:50 • 20:40 • 21:20 • 22:50
THEATER VÁRIOSMaleficient (3D) -14:20 • 14:40 • 17:00 • 19:00 • 20:5521:15 • 23:00 • 23:50
THEATER VÁRIOSEdge of Tomorrow - 15:25 • 16:40 • 18:10 • 19:10 • 20:35 • 23:10
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | ACTUAL 19
Com esta crónica, dou por concluída uma primeira experiência de observação ininterrupta da vida internacional, de
mais de um ano. O intuito foi múltiplo: -tentar apreender conexões entre aconteci-
mentos dispersos;-decifrar algumas decisões, nas relações en-
tre Estados ou no interior de Estados que têm ou tiveram efeitos à escala global;
-revelar (um pedacinho que fosse) do mis-tério de como as comunidades políticas se or-ganizam e se relacionam.
De forma sucinta, diria que tentei ler o nos-so tempo, de acordo com o imperativo de que cidadania não informada não é cidadania.
E partilhar o que fui observando.******
Num rápido olhar para o passado recente, não posso deixar de relevar algumas situações em que foi preponderante o perfil do líder ou líderes em causa. Acentuando dessa forma o papel insubstituível do homem, do ser huma-no, nas suas opções fundamentais.
Nelson Mandela foi referido por ocasião do seu falecimento, pelo seu papel de construtor de pontes entre comunidades, no seu pais se-gregado. E pelo legado inestimável de desape-go pelo poder.
Evidenciei uma outra figura de contornos completamente distintos, Hugo Chaves, o sonhador de uma revolução atrasada e, não obstante, uma referência de esperança para as classes pobres, num mundo cada vez mais desigual.
A utopia de Chaves prova, a contrario, que está ainda para vir o modelo que concilie de-senvolvimento, solidariedade e justiça social, porque a economia de mercado, pura e dura, tem originado, em todo o lado, sociedades ge-radoras de excluídos, cada vez em maior nú-mero.
Os índices de desigualdade social têm cres-cido em todos os países do mundo tradicional-mente considerado como o grupo de nações ricas. Refiro-me ao eixo euro-atlântico, mas na América do Sul, África e Ásia, o enrique-cimento de uns poucos tem tido como corres-pondente, do outro extremo da escala social, multidões de pobres que aumentam sem ces-sar.
A China tem sido vista e bem pelo fenóme-no único da saída da pobreza extrema de mais de seiscentos milhões de pessoas, num curto período de três décadas.
Casos como a Venezuela, ou mais recente-mente a da Tailândia, levaram-me a interessar--me pelas situações de ruptura do consenso social.
Na África do Norte e no Médio Oriente - a chamada Primavera Árabe teria como efeito velhos líderes serem substituídos por novos lí-deres ... ou pela anarquia e caos social, de que a Líbia e a Síria são exemplos.
O Egipto de Morsi, com a sua brevíssima democracia islâmica, seria aqui retratado com os traços ligeiros de quem quis apenas detec-tar as causas e resumir para si próprio as con-sequências.
O drama do Médio Oriente, tendo como epicentro a guerra civil síria, concentrou muita da atenção em crónicas sucessivas. E a situa-ção actual no Iraque, com a expansão do ex-tremismo sunita do ISIS, faz recear a ruptura completa de equilíbrios fundamentais numa das mais voláteis regiões do mundo.
Ler o nosso tempo e tarefa continua.Mas por agora : boas ferias !*Ex-embaixador de Portugal nas Coreias, ASEAN
e Indonésia. Docente da Universidade de S. José.
Ler o nosso tempo
OBSERVATÓRIOCarlos Frota*
CHINA
Maiores exercícios navais do mundojuntam Pequim e Washington Começou ontem a operação “Rimpac”, no Havai, que este ano conta com a participação da China. Pequim enviou a segunda maior frota, a seguir aos Estados Unidos para os maiores exercícios navais do mundo
A China enviou a segunda maior frota – a seguir aos Estados Unidos – para as maiores mano-bras navais do mundo, nas quais participa pela
primeira vez, procurando um novo modelo de coope-ração em matéria de defesa com Washington.
O contingente chinês inclui, entre outros, o contra-torpedeiro “Haikou”, a fragata de mísseis “Yueyang” e o navio-hospital “Arca da Paz”, com o número de oficiais e soldados que participam nas manobras a as-cender 1.100 soldados, de acordo com a agência Xi-nhua.
Os exercícios navais, que arrancaram ontem e se prolongam até 1 de Agosto, contam com 47 navios, seis submarinos e mais de 200 aeronaves, a somar a 26 mil soldados provenientes de 23 países.
A primeira operação “Rimpac” remonta a 1971 e desde então realiza-se de dois em dois anos, no Ha-vai, sob o comando da Frota do Pacífico da Armada dos Estados Unidos que têm o seu quartel-general em Pearl Harbor.
A ‘estreia’ do Exército de Libertação Nacional nos exercícios navais faz “parte dos esforços para o esta-belecimento de um novo modelo de contactos” entre as duas maiores potências do mundo e as suas forças armadas, realçou o subcomandante da Marinha chine-sa Xu Hongmeng, em declarações à agência Xinhua.
Os contactos entre o exército chinês e o norte-ame-ricano ganharam um novo impulso no ano passado, com a organização de encontros de alto nível em am-bos os países e algumas manobras conjuntas, pelo que a participação no exercício naval no Havai visa dar continuidade a esses esforços.
“A Marinha chinesa está a aberta à cooperação internacional. Actualmente, existem fricções entre a China e os Estados Unidos (…) mas aceitamos o con-vite dos Estados Unidos para participar nas ‘Rimpac’ porque é natural haver divergências”, assinalou o ca-pitão Zhang Junshe, aludindo aos conflitos relativa-mente à segurança informática e às disputas territo-riais que a China mantém com países vizinhos aliados de Washington, como o Japão e a Coreia do Sul.
“Apenas a comunicação e a cooperação poderá aproximar-nos nas divergências”, realçou o também vice-presidente do Instituto de Investigação Naval.
Além do impulso às relações com Washington, Pe-quim também vê os exercícios navais como uma opor-tunidade para se aproximar dos seus vizinhos do Su-deste Asiático e para enviar uma “mensagem de paz”.
“As manobras demonstram a iniciativa chinesa em contribuir para a segurança regional”, referia uma análise publicada pela agência oficial chinesa, em que se assinalava que “isso requer esforços por parte da China e dos Estados Unidos com vista à criação de confiança”.
Contudo, ainda há caminho a percorrer a esse ní-vel, segundo apontava a Xinhua, que fazia referência ao recente relatório do Pentágono que colocava em causa a transparência militar da China e que, segundo Pequim, “exagerava as tensões entre a China e os seus vizinhos no âmbito das disputas marítimas”.
JTM/Lusa
COREIAS
Retomadas negociações em KaesongComissão mista que gere o parque industrial conjunto de Kaesong depois do encerramento unilateral em Abril de 2013 não reunia desde Dezembro. As conversações foram suspensas devido às crescentes tensões entre Seul e Pyongyang
As Coreias retomaram ontem as conversações sobre a ad-ministração do complexo
industrial conjunto de Kaesong, depois de um hiato de seis meses provocado pelas crescentes tensões entre Pyongyang e Seul.
As duas Coreias estabeleceram uma comissão conjunta para ge-rir o parque industrial após o seu encerramento, em Abril, por um período de cinco meses, devido à forte tensão militar.
Depois da reabertura do com-plexo, Pyongyang e Seul concorda-ram que a nova comissão deveria
reunir-se pelo menos uma vez de três em três meses, independente-mente do ‘clima’ na península. O anterior encontro da comissão mis-ta decorreu a 19 de Dezembro.
“Uma vez que a reunião tem lu-gar após um longo período de tem-po serve como uma oportunidade para inspeccionar as tarefas de de-senvolvimento e normalização do complexo”, disse o chefe da dele-gação sul-coreana, Lee Kang-Woo, antes de deixar Seul.
Aberto em 2004, o complexo industrial de Kaesong, localizado a dez quilómetros da fronteira, na
Coreia do Norte, figura como um raro símbolo de cooperação entre as duas Coreias e passou incólume a diversas crises que tiveram a pe-nínsula como palco.
Contudo, em Abril do ano pas-sado, as tensões intensificaram-se na sequência de um terceiro teste nuclear norte-coreano e os diri-gentes de Pyongyang encerraram unilateralmente as operações na zona, retirando os seus mais de 50 mil trabalhadores empregados em cerca de 120 fábricas sul-coreanas.
JTM/Lusa
Sexta-feira, 27 de Junho de 201420 JTM | OPINIÃO
E depois dos Espíritos?
TRIBUNAAndré Macedo*
O destempero que corre à solta no Grupo Espírito Santo (GES) conseguiu o impossível: uma
passadeira de elogios a Passos Coelho por ter recusado o que só podia mes-mo recusar - salvar o GES através de um empréstimo bilionário da Caixa Geral de Depósitos e do BCP. Real-mente, o espírito ufano que se lem-brou de ir bater à porta do primeiro--ministro para salvar o grupo - e não o banco - criou ali uma maravilhosa oportunidade política para que Pas-sos se engalanasse com as mais perfu-madas flores liberais.
É um detalhe, mas deve ser su-blinhado: bem ou mal, hoje é moeda corrente os bancos recorrerem a di-nheiro do Estado. Há até um fundo com dinheiro público para esse efeito. Por isso, se o BES o tivesse feito (e não fez - optou por um aumento de capi-tal privado) estaria sintonizado com o ar do tempo e não podia ser motivo de escândalo. O que seria um despro-pósito era o Governo dar instruções à Caixa e ao BCP para que ajudassem as empresas dos Espírito Santo a sair da aflição.
Podemos especular se outros go-vernos noutros tempos teriam feito o mesmo, e aí devemos reconhecer que a longa mão pública já não consegue ser o fundo perdido que foi - e ainda bem. A Caixa já não pode entrar nes-ses filmes em nome de um etéreo in-teresse nacional; e as poucas multina-cionais com sede em Lisboa já não são
o recreio onde empresários e gestores se juntam aos políticos de ocasião para fabricar negócios e evitar falên-cias provocadas pela má gestão, mas não só.
Se há coisa boa que a recessão nos trouxe é essa: a ideia dos campeões nacionais levantados sob ambição desmesurada dos Governos é chão que já deu uvas. Passos fez, portanto, o óbvio. Disse não a Ricardo Salgado. Mas o óbvio tem consequências. A desordem que se instalará no GES - reestruturações, vendas e falências de dezenas ou centenas de empresas di-reta ou indiretamente ligadas à famí-lia - terá efeitos positivos no país (tal-vez uma concorrência mais saudável), mas alguns serão muito dolorosos.
Embora menos excitante, este pon-to é mais relevante do que o confronto Salgado-Ricciardi. As consequências desta quermesse dos Espírito Santo - ou garage sale, como lhe chamaria o Financial Times - é coisa que ain-da iremos ver; mas é neste castelo a desfazer-se que se encontra uma das chaves da transformação da economia nacional.
Passos Coelho esteve, para já, à al-tura dos acontecimentos. Assumiu a intenção de não intervir no GES com uma franqueza que para muitos terá soado a derrota: o Governo já não é dono do país. Mas o capítulo seguinte
também interessa: como o espaço do poder económico-financeiro nunca fica vago e com os Espírito Santo em queda, quem ambiciona ficar com o lugar?
*JTM/DN
Se há coisa boa que a recessão
nos trouxe é essa: a ideia dos cam-peões nacionais levantados sob
ambição desmesu-rada dos Governos é chão que já deu uvas. Passos fez,
portanto, o óbvio. Disse não a Ricar-do Salgado. Mas o óbvio tem conse-
quências
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | OPINIÃO 21
(..) “Num momento em que a sociedade de Macau mais precisava de instituições fortes e de uma igreja activa e actuante, ao lado da sociedade e dos seus fiéis, os péssimos exemplos que chegam da Universidade de Macau e, agora, da Uni-versidade de S. José e do seu reitor são uma vergonha e causam repugnância à luz do legado histórico e civilizacional de Portugal.” (...)
Dito
• • • HÁ 20 ANOS
In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau” 27/06/1994
LARGO DO SENADO ESTÁ SEMPRE EM FESTACada vez mais o Largo do Leal Sena-do se transforma num local de conví-vio da população, num espaço festivo e numa área atractiva mesmo para os estrangeiros que nos visitam. É eviden-te que o lindo arruamento e a forma como foi planeada a recuperação da bonita praça, não seriam bastantes se não sobrevivessem as iniciativas que lhe dão vida e colorido. Ainda integra-do nas festividades do Dia da Cidade, este fim-de-semana decorreu no Largo de Leal Senado com um ar de arraial popular, que arrastou ali vários milha-res de pessoas ao longo do citado pe-ríodo – e vai continuar a arrastar, visto que a partir de agora as iniciativas do mesmo tipo não deixarão de alegrar o “átrio” do quartel-general da edilida-de. De qualquer modo, é de sublinhar o entusiasmo com que a população ali acorreu, visitando em bichas contínuas os “stands” de exposição. Verificámos, por exemplo, que o quiosque com o dístico “Venha conhecer a Lei Básica”, foi dos mais concorridos, sobretudo por gente jovem. Muito à sua maneira, a comunidade chinesa, sempre a mais numerosa, soube estar presente e apro-veitar tudo o que lhe foi oferecido, in-cluindo os espectáculos musicais que tiveram lugar no palco montado para o efeito. Também os habitantes vendedo-res ambulantes de “petisqueira” chine-sa, aproveitaram para aumentar o seu negócio. E as pessoas não se fizeram ro-gadas, sem se importarem que alguns críticos dos “comes e bebes” semeados por toda a Macau, recorreram ao cegue-ta argumento do colestrol a mais.
“SALA MACAU” NA ESCOLA NAVALA Escola Naval em Lisboa, passou a ter uma “Sala Macau” incorporando no seu património alguns símbolos da cultura macaense. Na nova sala podem observar-se algumas valiosas peças de artesanato de Macau, uma réplica de um junco e vários instrumentos náuti-cos, nomeadamente um belo exemplar de bariciclinómetro, um aparelho que serve para prever e analisar a evolução de tufões. As suas pinturas naturais, na mais pura técnica chinesa, conferem à “Sala Macau” uma identidade muito própria, a que não falta uma decoração geral em estilo oriental.
Sérgio de Almeida Correia, in Ponto Final
‘Jihad’ 3.0JOGOS SEM FRONTEIRAS
Bernardo Pires De Lima
No Iraque, os terroristas abusam como nunca da mais moderna tecnologia
para enfiar o país no mais puro dos medievalismos. A forma ma-ciça e sofisticada como trabalham a comunicação e o recrutamen-to prova como este terrorismo é muito mais tentacular do que a sua presença nos teatros de guer-ra. A lavagem cerebral em curso chega aos campus universitários ingleses, aos centros urbanos de Paris, Estocolmo, Madrid ou Amesterdão, aos mercenários no Níger, na Líbia e no Mali, aos pe-quenos financiadores no Paquis-tão, na Arábia Saudita e no Qatar, definindo hoje uma teia pós-Bin Laden: mais complexa, parado-xalmente obscura, à vontade nas rotas financeiras (narcotráfico,
Qual CR7, temos é de jogar pelo Seguro!
UM PONTO É TUDOFerreira Fernandes
Isto já não vai lá com táticas nem é sobre a relva que pode vir o milagre. Não é dentro das oito linhas que cercam o jogo de hoje, Portugal-Ga-
na-Alemanha-EUA, que se resolve o assunto. É na secretaria. A hora não é de fintar ou chutar, é de ajei-tar os resultados. Qual CR7, temos é de jogar pelo Seguro! Os outros que tentem resolver a coisa em 90 minutos, nós é mais impugnações. Por exemplo, que fez a FPF sobre o avião de dinheiro que se não chega ao Brasil levará os jogadores do Gana a não jogar? Seguro já teria contactado aquele diretor (pa-rente de um amigo da Distrital de Aveiro) da Agên-cia de Aviação Civil brasileira e o avião era manda-do para trás. Com falta de comparência dos ganeses e o resultado de 3-0 a nosso favor, haveria ainda a tratar da ampla vitória alemã sobre os americanos. O delicado Seguro já teria enviado um gentil cesto de dióspiros ao ministro alemão Schäuble. Depois, o Seguro amável debruçava-se sobre aquela vírgu-
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JTM/DN
la nos estatutos (ele conhece-os todos, da federação socialista do Porto ou da FIFA). De certeza que é pos-sível uma interpretação que impeça a amizade dos treinadores alemão Löw e americano Klinsmann. E se não houver vírgula, há sempre o trema do Löw. O que importa é que o destino do Grupo G ficaria adia-do só lá para setembro. E, bem ajeitadinha, a final do Mundial ia coincidir com o calor do Carnaval do Rio. Ninguém a queria, exceto o Portugal do Seguro afetuoso. Campeão, pois. Parabéns à prima.
DN/JTM
minerais, resgates, pirataria, bran-queamento de capitais) e geo-grafias (África, Europa, América Latina, Médio Oriente), sem uma mitologia familiar que “romanti-ze” a sua história ou faça do topo hierárquico um antro de cumplici-dades geracionais. A nova fase da Al-Qaeda, visível no EIIL, carrega uma dinâmica contratual mais fle-xível, aberta aos milhares de “lo-bos solitários” espalhados pelo mundo e que fazem das “redes
sociais” um submundo ideológi-co, subversivo e criminoso. São hoje muito mais instruídos, com networks pessoais e globais, pas-saportes insuspeitos e cidadania, por exemplo, europeia, aparente-mente integrados nas suas socie-dades. Esta anatomia do terroris-mo levanta um gigantesco desafio às democracias: como assegurar a livre circulação de pessoas, capi-tais e informação, e combater esta jihad 3.0? Não há uma simples res-posta, mas enquanto os ser-viços de intelligence viverem em capelinhas e os órgãos de inves-tigação e seus recursos humanos não tiverem meios, vamos conti-nuar a assistir ao crescimento do mundo encantado do jihadismo.
DN/JTM
Sexta-feira, 27 de Junho de 201422 JTM | LAZER
Beyoncé homenageia Michael JacksonA cantora de “Run the World (Girls)” publicou anteontem – dia do quinto aniversário da morte de Michael Jackson - uma carta, explicando como ela aprendeu a ter “alma” com o cantor do sucesso “Thriller”, quando estava no início da sua carreira. Com o título “Inspiração Michael Jackson”, e acompanhada de uma foto do Rei da Pop, Beyoncé escreveu: “Quando estava apenas a começar, o meu primeiro produtor fez-me ouvir a apresentação ao vivo de Michael Jackson de “Who’s Loving You”. Fazia-me assistir durante horas, do começo ao fim”, escreve. “O que ele queria que eu aprendesse era a ter alma. (…) Ele [Michael Jackson] conseguia evocar mais emoção que um adulto. Era tão cru e puro. Eram essas pequenas coisas que ele fazia que eram apenas positivas. É algo que Deus lhe deu”, afirmou.
A “ditadora” argentinaA modelo argentina Luciana Salazar não tem papas na língua e assume o seu lado mais temperamental, considerando-se uma mulher “austera”. “Sou muito organizada e exigente comigo e com os que me rodeiam, por vezes até me sinto um pouco como um ditador”, disse a uma publicação de Buenos Aires. A actriz e modelo de 28 anos tem a sua estratégia muito bem definida e garante que se ficar focada nas suas metas, nada poderá correr mal.
Banderas cada vez mais próximo de Sharon StoneAntonio Banderas e Sharon Stone estão adoptar uma abordagem “muito relaxada” sobre um potencial romance, até porque o actor separou-se da mulher Melanie Griffith no início deste mês, após 18 anos de casamento. Amigos próximos do casal garantem que “definitivamente” existe uma “química” entre eles. À nova edição da revista inglesa Grazia uma fonte revelou que “Antonio e Sharon são grandes amigos há anos mas agora estão mais perto do que nunca. Está tudo muito tranquilo entre eles até porque querem manter o respeito pela Melanie, mas não há como negar que há uma química entre eles”. Se depender dos planos do casal, em breve farão uma viagem de férias para se conhecerem melhor. “Antonio e Sharon estão a planear uma escapadela juntos em Julho. Por ambos terem sido casados duas vezes, querem sair para curtir e se divertirem”, acrescenta a mesma fonte.
Jennifer Lopez revela segredo para um corpo invejávelPrestes a completar 45 anos, Jennifer Lopez apresenta-se na sua melhor forma. Em entrevista à “US Weekly”, a cantora revelou o seu segredo, contando que perdeu cerca de cinco quilos em muito pouco tempo, graças a uma dieta vegan e seis horas de dança por dia. “É preciso fazer exercício físico, é preciso ter-se cuidado com aquilo que se come. É como se fosse um emprego, temos que nos esforçar”, afirmou.
Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 JTM | LAZER 23
Gente Gira Envie as suas fotos para: [email protected]
O que falta em Macau? por Emily Cuevas
Em Macau faltam locais onde as pessoas se possam encon-trar e passar umas boas ho-
ras descontraídos e a conversar. É muito aborrecido não se poder estar nos parques
públicos o tempo que queremos sem aparecer um guarda a tirar-nos de lá. Penso que se são locais pú-blicos, não faz sentido que sejam só para alguns. Penso que há um pouco de discriminação em rela-ção aos trabalhadores não residentes pois parece
que nos olham sempre com outros olhos. Quanto aos transportes, penso que seria melhor se aumen-tassem o número de alguns autocarros porque es-tão sempre cheios e por vezes os condutores nem param nas paragens.
Trancados no elevador
Eric Peres e alguns amigos seguiam para
mais um treino no ginásio quando o
inesperado aconteceu e o elevador parou. Sem grandes alternativas, Eric decidiu tirar esta
fotografia e partilhá-la no “Facebook” para mais
tarde recordar.
Uma celebração nunca vem sóLuís Borges completou ontem mais um aniversário e decidiu celebrar duplamente, já que também concluiu os estudos universitários. Para ajudar à festa, recebeu o jogo
“Minecraft”, que tinha encomendado e que demorou algum tempo a chegar.
Diversão entre mãe e filhoVera Fernandes e o pequeno Gustavo Kaner, de apenas três anos de idade,
não perdem uma oportunidade para se divertirem. O resultado de uma tarde animada foi esta divertida fotografia que Vera partilhou nas redes sociais.
Dez anos ao serviço
Fábio Ritchie completou dez anos ao serviço
da Sands China e recebeu um prémio
na companhia de todos os colegas
que completaram o mesmo número de anos. O almoço
foi realizado no Venetian com
direito a sorteios e presentes para os
participantes.
24 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 27 de Junho de 2014 • Fecho da Edição • 02:10 horas
Desempregomantém-se em 1,7%Durante o mês de Maio não houve alterações no mercado laboral local. A taxa de desemprego man-teve-se em 1,7 por cento, revelam dados divulgados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos, que mostram ainda que há mais pessoas a trabalhar no sector da construção civil. No que respeita à taxa de subemprego, caiu para 0,4 por cento. Até final do mês passado, a população activa era de 387.600 pes-soas, correspondente a uma taxa de actividade de 73,3 por cento. Das 381.100 pessoas com emprego, o sector da construção civil contabiliza 48.300 indi-víduos. O número de desempregados era de 6.400 e os jovens à procura do primeiro emprego represen-tavam 10,7% do total da população desempregada.
Portugal despede-sedo Mundial com vitóriaA selecção portuguesa de futebol ter-minou ontem a sua participação no Campeonato do Mundo do Brasil com uma vitória de 2-1 sobre o Gana. Ape-sar de ter conseguido vencer, contan-do ainda com a “ajuda” da Alemanha, que derrotou os Estados Unidos (1-0), a selecção das “quinas” acabou por não conseguir contrariar o saldo de golos negativo, acabando em terceiro lugar do grupo. John Boyle, aos 31 minutos, na própria baliza, e Cristiano Ronaldo, aos 80, apontaram os tentos de Portu-gal, enquanto que Asamoah Gyan mar-cou para os africanos, aos 57 minutos. A Alemanha ficou em primeiro lugar, com 7 pontos, seguida dos EUA, com 4, tal como Portugal mas com melhor dife-rença de golos (4-7 contra 4-4), e o Gana, na última posição, com um ponto.
Gabinete de Cheong U nega qualquer interferência na saída de Eric Sautedé da São JoséO Governo negou ontem qualquer interferência na saída de um professor da Universidade de São José, ligada à Igreja Católica, devido às suas convicções. “O Governo da RAEM não teve inter-venção em caso algum no funcionamento de qualquer instituição de ensino superior privado, bem como tem respeitado a sua li-berdade pedagógica e autonomia, tendo apenas disponibilizado apoio a nível político e de recursos, em ordem a promover o seu desenvolvimento”, refere uma nota oficial divulgada através do Gabinete de Comunicação Social. Na nota oficial do Gabinete do Secretário dos Assuntos Sociais e Cultural, que tutela a área da Educação, acrescenta-se ainda que a legislação que “estabelece a disciplina” do ensino superior de Macau “as instituições de ensi-no superior privado dispõem de autonomia de gestão e gozam de autonomia científica e pedagógica”.