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Junho de 2015 CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM

Junho de 2015 - Santarém...Junho de 2015 - O presente documento obteve, por unanimidade, o parecer positivo do Conselho Municipal de Educação em 08/06/2015. CÂMARA MUNICIPAL DE

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Junho de 2015

CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM

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Junho de 2015

- O presente documento obteve, por unanimidade, o parecer positivo do Conselho Municipal de Educação em 08/06/2015.

CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM

EQUIPA

José Luís Avelino (Coordenação e Elaboração)

Natasha Oliveira (Cartografia)

Luís Carvalho (Projeções Demográficas)

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 1

ÍNDICE GERAL

NOTA INTRODUTÓRIA ............................................................................................................... 7

CAPÍTULO 1 – CONTEXTO TERRITORIAL E SOCIOECONÓMICO ................................................... 9

1.1 – Rede Territorial e Urbana ........................................................................................... 10

1.1.1 – O Contexto Regional ............................................................................................ 10

1.2.2 – Transformações Concelhias.................................................................................. 12

1.2.3 – Movimentos Pendulares ...................................................................................... 17

1.2 – Dinâmica Demográfica ................................................................................................ 18

1.2.1 – Evolução Populacional ......................................................................................... 18

1.2.2 – Comportamentos Demográficos .......................................................................... 21

1.2.3 – Estruturas Etárias ................................................................................................. 22

1.3 – Base Económica e Social ............................................................................................. 25

1.3.1 – Níveis de Instrução e Qualificação ........................................................................ 25

1.3.2 – Níveis de Atividade e de Emprego ........................................................................ 26

1.4 – Projeções Demográficas ............................................................................................. 29

1.4.1 – Metodologia Adotada .......................................................................................... 29

1.4.2 – Estimativas da População Total ............................................................................ 30

1.4.3 – Estimativas da População em Idade Escolar ......................................................... 32

CAPÍTULO 2 – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA REDE EDUCATIVA ........................................... 34

2.1 – A Oferta de Ensino ...................................................................................................... 35

2.1.1 – Organização Geral ................................................................................................ 35

2.1.2 – Educação Pré-Escolar ........................................................................................... 38

2.1.2.1 – Cidade de Santarém .................................................................................................... 38

2.1.2.2 – Freguesias Rurais ........................................................................................................ 42

2.1.3 – 1º Ciclo do Ensino Básico ..................................................................................... 48

2.1.3.1 – Cidade de Santarém .................................................................................................... 48

2.1.3.2 – Freguesias Rurais ........................................................................................................ 53

2.1.4 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário ............................................. 58

2.1.5 – Formação Profissional e Extraescolar ................................................................... 63

2.1.6 – Ensino Superior .................................................................................................... 64

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Relatório Final Página 2

2.2 – A Procura de Ensino .................................................................................................... 66

2.2.1 – Evolução Geral ..................................................................................................... 66

2.2.2 – Educação Pré-Escolar ........................................................................................... 69

2.2.2.1 – Cidade de Santarém .................................................................................................... 69

2.2.2.2 – Freguesias Rurais ........................................................................................................ 73

2.2.3 – 1º Ciclo do Ensino Básico ..................................................................................... 77

2.2.3.1 – Cidade de Santarém .................................................................................................... 77

2.2.3.2 – Freguesias Rurais ........................................................................................................ 81

2.2.4 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário ............................................. 85

2.2.5 – Ensino Superior .................................................................................................... 90

2.3 – Avaliação da Implementação do Programa de Intervenção da Carta Educativa ........... 91

2.3.1 – Considerações Gerais ........................................................................................... 91

2.3.2 – Matriz de Avaliação dos Projetos Estruturantes ................................................... 92

2.3.3– Outos Projetos Implementados............................................................................. 95

CAPÍTULO 3 – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NA REDE EDUCATIVA .......................................... 96

3.1 – Objetivos e Princípios Orientadores ............................................................................ 97

3.2 – Territórios Educativos ............................................................................................... 103

3.3 – Quadro Legal e Normas de Programação .................................................................. 106

3.3.1 – Quadro Legislativo ............................................................................................. 106

3.3.2 – Normas e Critérios de Programação ................................................................... 109

3.4 – Reconfiguração da Rede Educativa ........................................................................... 119

3.4.1 – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico ............................................... 119

3.4.1.1 – Cidade de Santarém .................................................................................................. 120

3.4.1.2 – Freguesias Rurais ...................................................................................................... 125

3.4.2 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário ........................................... 133

3.5 – Programa de Intervenção ......................................................................................... 137

3.5.1 – Eixo Estratégico 1: Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico.................. 137

3.5.2 – Eixo Estratégico 2: 2º/3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário................ 144

3.5.3 – Síntese das Propostas ........................................................................................ 148

3.6 – Monitorização .......................................................................................................... 150

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Relatório Final Página 3

ÍNDICE DE QUADROS

QUADRO 1 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO A DIMENSÃO DOS LUGARES (%) _____ 14 QUADRO 2 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO EM LUGARES COM MAIS DE 300 HABITANTES NO CONCELHO

DE SANTARÉM E VARIAÇÃO 2001-11 ________________________________________________ 15 QUADRO 3 – MOVIMENTOS PENDULARES DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM (POPULAÇÃO QUE ENTRA OU

SAI PARA TRABALHAR OU ESTUDAR) EM 2011 _________________________________________ 17 QUADRO 4 – EVOLUÇÃO RECENTE DA POPULAÇÃO NO CONCELHO DE SANTARÉM E DENSIDADE

POPULACIONAL _________________________________________________________________ 19 QUADRO 5 – EVOLUÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DEMOGRÁFICOS (%0) _______________________ 21 QUADRO 6 – EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO RESIDENTE (%) _________________ 22 QUADRO 7 – EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES DEMOGRÁFICOS (%) __________________________________ 23 QUADRO 8 – EVOLUÇÃO DA TAXA DE ANALFABETISMO (%) __________________________________ 25 QUADRO 9 –NÍVEIS DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM 2011 (%) ____________________ 25 QUADRO 10 – EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE ATIVIDADE E DESEMPREGO (%) _______________________ 26 QUADRO 11 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DESEMPREGADA _________________________________ 27 QUADRO 12 – EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ATIVA (%) __________________________ 27 QUADRO 13 – ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE, POR FREGUESIA, PARA 2021, DE ACORDO COM

DOIS CENÁRIOS DE PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA _________________________________________ 31 QUADRO 14 – ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR, POR NÍVEL DE ENSINO, DE ACORDO

COM DOIS CENÁRIOS DE PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA ____________________________________ 32 QUADRO 15 – POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR PROJETADA POR FREGUESIA (CENÁRIO TENDENCIAL)_ 33 QUADRO 16 – POPULAÇÃO EM IDADE ESCOLAR PROJETADA POR FREGUESIA (CENÁRIO ALTERNATIVO)33 QUADRO 17 – TIPOLOGIA DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO POR FREGUESIA __________________ 37 QUADRO 18 – ANO DE CONSTRUÇÃO, Nº DE EDIFÍCIOS E Nº DE SALAS DOS ESTABELECIMENTOS DA

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA CIDADE DE SANTARÉM ___________________________________ 38 QUADRO 19 – RECURSOS HUMANOS NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA CIDADE DE SANTARÉM (ANO

LETIVO 2013/14) ________________________________________________________________ 39 QUADRO 20 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS DE APOIO DOS ESTABELECIMENTOS DA

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA CIDADE DE SANTARÉM ___________________________________ 40 QUADRO 21 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS DOS ESTABELECIMENTOS DA

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA CIDADE DE SANTARÉM ___________________________________ 40 QUADRO 22 – RECURSOS HUMANOS NAS CRECHES E JARDINS DE INFÂNCIA DA REDE PARTICULAR E

SOLIDÁRIA NA CIDADE DE SANTARÉM _______________________________________________ 41 QUADRO 23 – ANO DE CONSTRUÇÃO, Nº DE EDIFÍCIOS E Nº DE SALAS DOS ESTABELECIMENTOS DA

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM ____________ 42 QUADRO 24 – RECURSOS HUMANOS NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NAS FREGUESIAS RURAIS DO

CONCELHO DE SANTARÉM (ANO LETIVO 2013/14) ______________________________________ 43 QUADRO 25 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS DE APOIO DOS ESTABELECIMENTOS DA

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM ____________ 45 QUADRO 26 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS DOS ESTABELECIMENTOS DA

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM ____________ 46 QUADRO 27 – RECURSOS HUMANOS NAS CRECHES E JARDINS DE INFÂNCIA DA REDE PARTICULAR E

SOLIDÁRIA NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM ________________________ 47 QUADRO 28 – ANO DE CONSTRUÇÃO, Nº DE EDIFÍCIOS E Nº DE SALAS NOS ESTABELECIMENTOS DO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO NA CIDADE DE SANTARÉM ___________________________________ 49 QUADRO 29 – RECURSOS HUMANOS NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO NA CIDADE DE SANTARÉM (ANO

LETIVO 2013/14) ________________________________________________________________ 49 QUADRO 30 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS DE APOIO DOS ESTABELECIMENTOS DO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO NA CIDADE DE SANTARÉM ___________________________________ 51 QUADRO 31 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS DOS ESTABELECIMENTOS DO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO NA CIDADE DE SANTARÉM ___________________________________ 51

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Relatório Final Página 4

QUADRO 32 – RECURSOS HUMANOS NOS ESTABELECIMENTOS DO 1º CICLO DA REDE PARTICULAR E SOLIDÁRIA NA CIDADE DE SANTARÉM _______________________________________________ 52

QUADRO 33 – ANO DE CONSTRUÇÃO, Nº DE EDIFÍCIOS E Nº DE SALAS NOS ESTABELECIMENTOS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM ___________ 54

QUADRO 34 – RECURSOS HUMANOS NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM (ANO LETIVO 2013/14) ______________________________________ 55

QUADRO 35 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS DE APOIO DOS ESTABELECIMENTOS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM ___________ 56

QUADRO 36 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS DOS ESTABELECIMENTOS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM ___________ 57

QUADRO 37 – ANO DE CONSTRUÇÃO, Nº DE EDIFÍCIOS E Nº DE SALAS DOS ESTABELECIMENTOS DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO _________________________________ 58

QUADRO 38 – RECURSOS HUMANOS NOS 2 E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO POR AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS (ANO LETIVO 2013/14) ___________________________________ 59

QUADRO 39 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS ESPAÇOS DE APOIO DOS ESTABELECIMENTOS DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO __________________________________ 61

QUADRO 40 – ESTADO DE CONSERVAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS DOS ESTABELECIMENTOS DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO _____________________________________ 61

QUADRO 41 – RECURSOS HUMANOS NOS ESTABELECIMENTOS DOS 2º E 3º CICLOS E ENSINO PROFISSIONAL DA REDE PARTICULAR E SOLIDÁRIA NA CIDADE DE SANTARÉM ________________ 62

QUADRO 42 – RECURSOS HUMANOS NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR NO CONCELHO DE SANTARÉM_____________________________________________________________________ 65

QUADRO 43 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS POR NÍVEL DE ENSINO (REDE PÚBLICA) ________ 66 QUADRO 44 – NÚMERO DE ALUNOS POR AGRUPAMENTO DE ESCOLAS (2014/15) ________________ 67 QUADRO 45 – TAXA BRUTA DE ESCOLARIZAÇÃO POR NÍVEL DE ENSINO NO CONCELHO DE SANTARÉM

EM 2011 _______________________________________________________________________ 68 QUADRO 46 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS, NA CIDADE DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DA

EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR _________________________________________________________ 69 QUADRO 47 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS, NA CIDADE DE SANTARÉM, POR

ESTABELECIMENTO NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR _______________________ 70 QUADRO 48 – NÚMERO DE CRIANÇAS POR IDADE NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, NA

CIDADE DE SANTARÉM (2014/15) ___________________________________________________ 70 QUADRO 49 – NÚMERO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS, NA CIDADE DE

SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR _____________________________ 71 QUADRO 50 – NÚMERO DE CRIANÇAS APOIADAS PELA AÇÃO SOCIAL ESCOLAR, NA CIDADE DE

SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR _____________________________ 71 QUADRO 51 – NÚMERO DE CRIANÇAS NA REDE PARTICULAR E SOLIDÁRIA DE CRECHES E JARDINS DE

INFÂNCIA, NA CIDADE DE SANTARÉM (2014/15) _______________________________________ 72 QUADRO 52 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE

SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR _____________________________ 73 QUADRO 53 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS POR ESTABELECIMENTO, NAS FREGUESIAS RURAIS

DO CONCELHO DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR ______________ 74 QUADRO 54 – NÚMERO DE CRIANÇAS POR IDADE, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE

SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR (2014/15) _____________________ 75 QUADRO 55 – NÚMERO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS, NAS FREGUESIAS

RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR ________ 75 QUADRO 56 – NÚMERO DE CRIANÇAS APOIADAS PELA AÇÃO SOCIAL ESCOLAR, NAS FREGUESIAS RURAIS

DO CONCELHO DE SANTARÉM NA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR _______________ 76 QUADRO 57 – NÚMERO DE CRIANÇAS NA REDE PARTICULAR E SOLIDÁRIA DE CRECHES E JARDINS DE

INFÂNCIA, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM (2014/15) ________________ 76 QUADRO 58 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS, NA CIDADE DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DO

1º CICLO DO ENSINO BÁSICO_______________________________________________________ 77 QUADRO 59 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS POR ESTABELECIMENTO, NA CIDADE DE SANTARÉM,

NA REDE PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO _____________________________________ 78 QUADRO 60 – NÚMERO DE ALUNOS POR ANO DE ESCOLARIDADE, NA CIDADE DE SANTARÉM, NA REDE

PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO (2014/15) ____________________________________ 78

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Relatório Final Página 5

QUADRO 61 – NÚMERO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS, NA CIDADE DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO __________________________ 79

QUADRO 62 – NÚMERO DE ALUNOS APOIADOS PELA AÇÃO SOCIAL ESCOLAR, NA CIDADE DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO __________________________ 79

QUADRO 63 –EVOLUÇÃO DA TAXA DE REPETÊNCIA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, NA CIDADE DE SANTARÉM (%) _________________________________________________________________ 79

QUADRO 64 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS, NA CIDADE DE SANTARÉM, NA REDE PARTICULAR DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO____________________________________________________ 80

QUADRO 65 – NÚMERO DE TURMAS E ALUNOS POR ANO DE ESCOLARIDADE, NA CIDADE DE SANTARÉM, NA REDE PARTICULAR DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO _________________________________ 80

QUADRO 66 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO __________________________ 81

QUADRO 67 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS POR ESTABELECIMENTO, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO ___________ 82

QUADRO 68 – NÚMERO DE ALUNOS POR ANO DE ESCOLARIDADE, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO (2014/15) ______ 83

QUADRO 69 – NÚMERO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO _____ 83

QUADRO 70 – NÚMERO DE ALUNOS APOIADOS PELA AÇÃO SOCIAL ESCOLAR, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM, NA REDE PÚBLICA DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO ___________ 84

QUADRO 71 –EVOLUÇÃO DA TAXA DE REPETÊNCIA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, NAS FREGUESIAS RURAIS DO CONCELHO DE SANTARÉM, (%) ___________________________________________ 84

QUADRO 72 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS E TURMAS POR NÍVEL DE ENSINO NA REDE PÚBLICA DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO ___________________________ 85

QUADRO 73 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS, POR ESTABELECIMENTO E CICLO DE ENSINO, NA REDE PÚBLICA DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO _______________ 86

QUADRO 74 – NÚMERO DE ALUNOS, POR ESTABELECIMENTO E ANO DE ESCOLARIDADE, NA REDE PÚBLICA DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO (ANO LETIVO 2014/15)_ 87

QUADRO 75 – NÚMERO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NA REDE PÚBLICA DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO _______________________________ 87

QUADRO 76 – NÚMERO DE ALUNOS APOIADOS PELA AÇÃO SOCIAL ESCOLAR NA REDE PÚBLICA DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO __________________________________ 87

QUADRO 77 – EVOLUÇÃO DA TAXA DE REPETÊNCIA E DE ABANDONO DOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E ENSINO SECUNDÁRIO (%) _________________________________________________ 88

QUADRO 78 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS E DE TURMAS, POR CICLO DE ENSINO, NO COLÉGIO INFANTE SANTO _________________________________________________________________ 89

QUADRO 79 – NÚMERO DE SALAS E FORMANDOS NO ENSINO PROFISSIONAL DA REDE PARTICULAR, NO CONCELHO DE SANTARÉM (2014/15) ________________________________________________ 89

QUADRO 80 – NÚMERO DE ALUNOS NO ENSINO SUPERIOR NA CIDADE DE SANTARÉM (2014/15) ____ 90 QUADRO 81 – PROCURA ATUAL NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR

FREGUESIA, NA CIDADE DE SANTARÉM (2014/15) _____________________________________ 120 QUADRO 82 – PROCURA PREVISTA NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR

FREGUESIA, NA CIDADE DE SANTARÉM (2020/21) _____________________________________ 122 QUADRO 83 – PROPOSTA BASE DE REORDENAMENTO DA REDE DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E DO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO PARA A CIDADE DE SANTARÉM_______________________________ 123 QUADRO 84 – PROCURA ATUAL NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR

FREGUESIA RURAL, NO AGRUPAMENTO ALEXANDRE HERCULANO (2014/15) _______________ 125 QUADRO 85 – PROCURA PREVISTA NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR

FREGUESIA RURAL, NO AGRUPAMENTO ALEXANDRE HERCULANO (2020/21) _______________ 126 QUADRO 86 – PROPOSTA BASE DE REORDENAMENTO DA REDE DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E DO 1º

CICLO DO ENSINO BÁSICO PARA AS FREGUESIAS RURAIS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ALEXANDRE HERCULANO ________________________________________________________ 126

QUADRO 87 – PROCURA ATUAL NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR FREGUESIA RURAL, NO AGRUPAMENTO SÁ DA BANDEIRA (2014/15) ______________________ 127

QUADRO 88 – PROCURA PREVISTA NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR FREGUESIA RURAL, NO AGRUPAMENTO SÁ DA BANDEIRA (2020/21) ______________________ 128

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Relatório Final Página 6

QUADRO 89 – PROPOSTA BASE DE REORDENAMENTO DA REDE DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO PARA AS FREGUESIAS RURAIS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SÁ DA BANDEIRA ____________________________________________________________________ 129

QUADRO 90 – PROCURA ATUAL NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR FREGUESIA RURAL, NO AGRUPAMENTO D. AFONSO HENRIQUES (2014/15) _________________ 130

QUADRO 91 – PROCURA PREVISTA NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR FREGUESIA RURAL, NO AGRUPAMENTO D. AFONSO HENRIQUES (2020/21) _________________ 131

QUADRO 92 – PROPOSTA BASE DE REORDENAMENTO DA REDE DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO PARA AS FREGUESIAS RURAIS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. AFONSO HENRIQUES ____________________________________________________________ 132

QUADRO 93 – PROCURA ATUAL NOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E NO ENSINO SECUNDÁRIO NO CONCELHO DE SANTARÉM (2014/15) _______________________________________________ 134

QUADRO 94 – PROCURA PREVISTA (EM NÚMERO DE ALUNOS) NOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E NO ENSINO SECUNDÁRIO NO CONCELHO DE SANTARÉM (2020/21) _______________________ 135

QUADRO 95 – PROCURA PREVISTA (EM NÚMERO DE TURMAS) NOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E NO ENSINO SECUNDÁRIO NO CONCELHO DE SANTARÉM (2020/21) _______________________ 135

QUADRO 96 – PROPOSTA BASE DE REORDENAMENTO DA REDE NOS 2º E 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO E NO ENSINO SECUNDÁRIO NO CONCELHO DE SANTARÉM (EM NÚMERO DE TURMAS*) ______ 136

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 1 – ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO DO CONCELHO DE SANTARÉM ____________________ 10 FIGURA 2 – SISTEMA TERRITORIAL E URBANO DO OESTE E VALE DO TEJO _______________________ 12 FIGURA 3 – SISTEMA DE ACESSIBILIDADES DO CONCELHO DE SANTARÉM E DA REGIÃO ____________ 13 FIGURA 4 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO EM LUGARES COM MAIS DE 300 HABITANTES NO CONCELHO DE

SANTARÉM_____________________________________________________________________ 16 FIGURA 5 – EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO NO CONCELHO DE SANTARÉM ENTRE 1950 E 2011 _________ 18 FIGURA 6 – VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO POR FREGUESIA NO CONCELHO DE SANTARÉM ENTRE 2001 E

2011 __________________________________________________________________________ 20 FIGURA 7 – DENSIDADE POPULACIONAL POR FREGUESIA NO CONCELHO DE SANTARÉM EM 2011 ____ 20 FIGURA 8 – ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO POR FREGUESIA NO CONCELHO DE SANTARÉM EM 2011 ___ 23 FIGURA 9 – PIRÂMIDE ETÁRIA DO CONCELHO DE SANTARÉM _________________________________ 24 FIGURA 10 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS POR NÍVEL DE ENSINO (REDE PÚBLICA) __________ 67 FIGURA 11 – SÍNTESE DAS PROPOSTAS PARA O MUNICÍPIO DE SANTARÉM _____________________ 149

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Relatório Final Página 7

NOTA INTRODUTÓRIA

A rede de equipamentos coletivos constitui uma componente fundamental na promoção do

desenvolvimento sustentável e integrado nas suas diversas dimensões, sendo

simultaneamente instrumento de qualificação e valorização de centros urbanos e instrumento

de fomento da equidade e qualidade de vida das populações. De entre os equipamentos

coletivos, os equipamentos de ensino constituem um conjunto fundamental, dada a sua

importância no processo de desenvolvimento regional e na qualificação dos recursos

humanos.

O município de Santarém possui, desde 2006, a sua carta educativa aprovada pelo executivo e

pela assembleia municipal, tendo a sua homologação sido ainda efetuada nesse ano pelo

Ministério de Educação.

As alterações ocorridas no sistema educativo, a um tempo (casos da agregação de

agrupamentos de ensino, bem como a delegação de competências efetuada pelo Ministério de

Educação nos municípios) e as novas dinâmicas territoriais, demográficas e socioeconómicas

(incluindo o processo de reorganização administrativa das freguesias), a outro tempo,

justificam a revisão da carta educativa. De resto, o próprio DL 7/2003 prevê, no seu artigo 20º,

a possibilidade de revisão das cartas educativas, quer num período de cinco anos após a sua

aprovação quer quando se considere que a rede educativa do município fique desconforme

com os princípios, objetivos e parâmetros técnicos do ordenamento.

O processo de revisão da Carta Educativa do Município de Santarém procura atingir os

seguintes objetivos fundamentais:

- identificar as principais transformações ocorridas na envolvente territorial e socioeconómica

e que possam ter impactes na (re)programação dos equipamentos de ensino;

- proceder a uma atualização do diagnóstico da carta educativa, com realce para a

componente da oferta e da procura de ensino;

- elaborar uma proposta de intervenção sustentada na rede educativa concelhia, com base

numa avaliação da pertinência das intervenções previstas na carta educativa e, por

conseguinte, numa possível reformulação do programa de intervenção;

- implementar um programa de execução, com a calendarização das ações e plano de

financiamento, com as estimativas de custos das referidas ações.

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Relatório Final Página 8

O documento que agora se apresenta corresponde ao Relatório Final do Processo de Revisão

da Carta Educativa de Santarém, estruturado em três capítulos, tal como previsto na proposta

de serviços apresentado pelo adjudicatário à Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.

O primeiro capítulo diz respeito ao enquadramento territorial do concelho. Inicialmente far-se-

á uma integração do concelho na região envolvente, para de seguida se efetuar uma análise

das transformações demográficas e socioeconómicas ocorridas recentemente neste concelho;

por fim, serão realizadas projeções demográficas para o concelho e para cada uma das suas

freguesias, para o ano de 2021. Este capítulo está em consonância com o processo de

reorganização administrativa do território das freguesias, tal como previsto na Lei nº 11-

A/2013, dando cumprimento ao estipulado na Lei nº 22/2012.

O segundo capítulo diz respeito à caracterização da rede educativa do município. No essencial,

procura efetuar-se uma caracterização da rede de oferta e de procura educativa dos diferentes

níveis de ensino, com ênfase para a rede pública; nesta secção é ainda efetuada uma breve

avaliação do grau de implementação do programa de intervenção previsto na carta educativa

homologada em 2006.

O terceiro capítulo inclui a proposta de intervenção na rede educativa. Neste, explicitam-se os

objetivos e princípios orientadores, o conceito de território educativo, o quadro legal e as

normas de programação a considerar, culminando coma proposta de reconfiguração da rede

educativa e com o programa de intervenção.

Para a concretização do processo de revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

foram fundamentais a realização de diversas reuniões com a autarquia, bem como com os

agrupamentos de ensino. Estas mesmas entidades foram essenciais no fornecimento de

informação de caracterização da oferta e da procura de ensino, tendo também tido um papel

relevante na operacionalização do programa de intervenção (através do preenchimento prévio

de propostas de fichas de projeto).

O presente documento constitui uma ferramenta, de cariz prospetivo e de médio prazo, capaz

de ajudar a tomar decisões no presente e de conduzir com eficácia as mudanças de fundo e

circunstanciais, de forma a consolidar-se uma rede eficaz de equipamentos de ensino. Neste

contexto, a sua monitorização periódica constitui um fator decisivo para o seu sucesso.

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CAPÍTULO 1 – CONTEXTO TERRITORIAL E SOCIOECONÓMICO

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Relatório Final Página 10

1.1 – Rede Territorial e Urbana

1.1.1 – O Contexto Regional

A Lezíria do Tejo, com uma área de aproximadamente 4.275 Km2 e com cerca de 247 mil

habitantes, constitui uma sub-região de média dimensão no contexto nacional e regional. Em

termos de hierarquia urbana esta sub-região é dominada pela cidade de Santarém. O nível

intermédio é desempenhado pelas cidades de Almeirim, Cartaxo, Rio Maior e pelas vilas de

Benavente e Coruche.

O concelho de Santarém constitui um território de charneira e intermediação entre

subsistemas territoriais e urbanos diferenciados, nomeadamente entre o norte e o sul do país

e entre o litoral (Oeste e Área Metropolitana de Lisboa) e o interior. Está inserido na NUT III

Lezíria do Tejo e é vizinho dos concelhos de Rio Maior, a oeste, do concelho de Azambuja, a

sudoeste, e do Cartaxo, a sul. No quadrante este, é limitado pelo Rio Tejo, e pelos concelhos

de Almeirim e Alpiarça. A nordeste está o concelho da Golegã; a norte, faz fronteira com os de

Torres Novas, Alcanena e Porto de Mós. Desde a publicação da Lei nº 11/A–2013 que é

constituído por 18 freguesias.

Figura 1 – Enquadramento Geográfico do Concelho de Santarém

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As transformações recentes do sistema territorial e urbano da Lezíria do Tejo têm favorecido a

emergência de dois tipos de dinamismos. Por um lado, os processos de concentração inter e

intra concelhios têm despoletado um crescente protagonismo territorial dos centros urbanos

de pequena e média dimensão. Por outro, têm vindo a consolidar-se subsistemas territoriais e

urbanos, sob a forma de eixos e conurbações, sustentados pelas principais vias de

comunicação.

Relativamente ao primeiro aspeto a cidade de Santarém desempenha um papel central, na

medida em que a sua dimensão demográfica e concentração de equipamentos e serviços lhe

permite desempenhar funções de amarração aos níveis superiores do sistema urbano

nacional.

No que diz respeito aos subsistemas territoriais, importa destacar o subsistema Santarém/

Cartaxo/ Almeirim/ Alpiarça, com cerca de 120 mil habitantes que esboça um quadrilátero

com uma localização central no contexto regional, e cuja dinâmica está, em grande medida,

associada ao processo de terciarização da capital de distrito.

Concomitantemente, importa salientar a importância de dois eixos territoriais estruturantes

de âmbito regional que surgem contemplados no PNPOT (Programa Nacional de Política de

Ordenamento do Território) e que abrangem a cidade de Santarém: o Eixo Almeirim/

Santarém/ Rio Maior (que se articulará com Caldas da Rainha) e o Eixo Santarém/ Cartaxo/

Azambuja (que se articulará com Alenquer e a AML).

As orientações do PNPOT e do PROTOVT (Plano Regional de Ordenamento do Território do

Oeste e Vale do Tejo) para a componente da equipamentação territorial estão em estreita

articulação com a modelação do sistema territorial e urbano, designadamente:

a rede de equipamentos e serviços deve responder adequadamente à diversidade dos

contextos territoriais, atendendo às características das estruturas sociais e económicas

e aos níveis e tipologia dos problemas presentes e emergentes;

o sistema urbano regional orienta a definição e a estruturação das redes de serviços,

infraestruturas e equipamentos públicos de âmbito supramunicipal e regional,

garantindo condições de equidade territorial em termos de cobertura e acessibilidade;

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a rede de equipamentos e serviços deve assentar em sistemas de articulação, de

forma a dar coerência à oferta, rendibilizar recursos humanos e físicos e permitir uma

melhor adaptação aos novos desafios da sociedade e da economia.

Figura 2 – Sistema Territorial e Urbano do Oeste e Vale do Tejo

1.2.2 – Transformações Concelhias

Em termos de acessibilidade no contexto nacional e regional o concelho de Santarém

apresenta-se numa situação privilegiada. Desde há cerca de duas décadas que se assistiu à

construção de um conjunto de infraestruturas rodoviárias nacionais e regionais que

permitiram ganhos de acessibilidade muito fortes do município relativamente a outras áreas

do país. De destacar a importância do IP1/A1 (que liga Lisboa ao Porto), do IP6/A15/A23 (que

liga o litoral ao interior do país) e ainda do IC3/A13 e do IC10. O concelho de Santarém é ainda

atravessado pelo principal eixo ferroviário nacional (Linha do Norte).

Fonte: CCDRLVT (PROT do Oeste e Vale do Tejo, 2009)

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Figura 3 – Sistema de Acessibilidades do Concelho de Santarém e da Região

As transformações económicas, sociais e culturais ocorridas nos últimos anos em Portugal

introduziram, também, modificações relevantes na forma como as populações se distribuem

pelo território. As linhas gerais do povoamento apontam para a concentração da população

nos aglomerados de maior dimensão, em desfavor das áreas rurais de menor expressão

demográfica.

Curiosamente, ao longo da última década, aumentou a importância relativa dos núcleos com

menos de 2 mil habitantes em desfavor dos aglomerados de média dimensão, com uma

população compreendida entre os 2 mil e os 5 mil habitantes; esta situação é, essencialmente,

explicada pelo decréscimo populacional do núcleo dos Amiais de Baixo, que em 2001 estava na

classe dos 2 mil aos 5 mil habitantes, e que com a quebra populacional verificada passou a

estar integrado nos aglomerados com menos de 2 mil habitantes. Ainda assim, reforçou-se o

peso relativo da cidade de Santarém na estrutura de povoamento concelhia, representando

atualmente cerca de 46% do total concelhio.

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Quadro 1 – Evolução da População Residente Segundo a Dimensão dos Lugares (%)

Ano Unidade

Territorial

Isolados <1.999 2.000-

4.999

5.000-

9.999

>10.000

2001

Santarém 2,8 43,9 8,2 0,0 45,1

Lezíria do Tejo 3,4 42,0 17,6 20,6 16,3

Continente 2,8 41,9 9,2 7,8 38,2

2011

Santarém 3,0 46,2 4,6 0,0 46,3

Lezíria do Tejo 3,0 39,7 13,7 18,2 25,4

Continente 1,7 36,9 9,1 9,0 43,3

Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

A análise da variação demográfica dos lugares com mais de 300 habitantes no concelho de

Santarém entre 2001 e 2011 permite reforçar a importância que a cidade e os núcleos

circundantes têm assumido na absorção de população proveniente de freguesias rurais, assim

como de municípios vizinhos.

De facto, a cidade de Santarém, atualmente com aproximadamente 30 mil habitantes, tem

visto o seu crescimento efetuar-se, por um lado, à custa da absorção de população

anteriormente residente em aglomerados rurais e, por outro, através da consolidação de

processos de suburbanização, resultantes da abertura de novas frentes de expansão urbana

para fora do planalto (sobretudo no eixo S. Domingos/ Hospital Distrital e no eixo Jardim de

Baixo/ Alto do Bexiga/ Portela das Padeiras) e de periurbanização em que antigos núcleos

habitacionais são cada vez mais integrados na dinâmica sócio económica da urbe

(particularmente evidente nas freguesias da Várzea, Vale de Santarém e, progressivamente, de

outras mais distantes como Azóia de Baixo e Póvoa de Santarém. Este fenómeno de

polarização urbana, comum em outras partes do território nacional, traduz o crescente

protagonismo das cidades médias do país, nas quais Santarém se insere, não só pela sua

dimensão demográfica, mas, sobretudo, pelo seu estatuto de capital de distrito, gerando uma

concentração assinalável de equipamentos de âmbito supralocal.

Por outro lado, importa referir o facto de a maioria dos lugares com mais de 300 habitantes no

concelho de Santarém perdeu população, incluindo núcleos com importância demográfica

relevante, casos de Alcanhões, Amiais de Baixo, Pernes, Vale Figueira e Vale de Santarém.

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Quadro 2 – Evolução da População em Lugares com mais de 300 habitantes no Concelho de Santarém e Variação 2001-11

Freguesia Lugar Pop. 2001 Pop. 2011 Var. (%)

Cidade de Santarém (a) Santarém 28.852 29.929 3,7

Abrã Abrã 365 331 -9,3

Amiais de Cima 377 386 2,4

Alcanede

Alcanede 414 435 5,1

Aldeia da Ribeira 371 328 -11,6

Casais da Charneca 365 339 -7,1

Valverde 466 423 -9,2

Alcanhões Alcanhões 1.595 1.439 -9,8

Almoster Casal da Charneca 372 370 -0,5

Amiais de Baixo Amiais de Baixo 2.065 1.838 -11,0

Arneiro das Milhariças Arneiro das Milhariças 402 359 -10,7

Casais das Milhariças 364 336 -7,7

Moçarria Moçarria 698 636 -8,9

Pernes Pernes 1.311 1.112 -15,2

Póvoa da Isenta Póvoa da Isenta 950 874 -8,0

Vale de Santarém Vale de Santarém 3.097 2.836 -8,4

Achete+Azoia Baixo+Póvoa S. Póvoa de Santarém 633 639 0,9

Verdelho 445 487 9,4

Azóia Cima + Tremês Tremês 772 718 -7,0

Santos 380 320 -15,8

Romeira + Várzea Romeira 413 404 -2,2

S.V. Paul + Vale Figueira Vale Figueira 1.266 1.016 -19,7

(a) Considerou-se o total da população residente na União das Freguesias de Marvila, S.Nicolau, S.Salvador e Ribeira Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

Pode estruturar-se a rede urbana do concelho de Santarém do seguinte modo:

Pólo Urbano Regional – Santarém;

Núcleos Urbano-Industriais – Alcanede, Amiais de Baixo e Pernes;

Polos Complementares de 1º Nível – Vale de Santarém, Tremês e Alcanhões;

Polos Complementares de 2º Nível – Restantes sedes de freguesia e núcleos com uma

dimensão demográfica relevante (superior a 250/300 habitantes).

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Figura 4 – Evolução da População em Lugares com mais de 300 habitantes no Concelho de

Santarém

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Relatório Final Página 17

1.2.3 – Movimentos Pendulares

A separação entre o local de trabalho e a residência é uma das características mais relevantes

da sociedade contemporânea. De facto, na atualidade, uma parte considerável da população

que trabalha no concelho de Santarém é proveniente doutros concelhos, sendo também

relevante o número de ativos residentes no município de Santarém que exerce a sua profissão

noutros concelhos.

O incremento das deslocações casa-trabalho ganha cada vez mais relevância no território

concelhio e regional, contribuindo, por um lado, para a redefinição das necessidades a

satisfazer pelos sistemas de transporte e, por outro, para a identificação das relações de

complementaridade que a procura de mão-de-obra impõe, enquanto fator produtivo

territorialmente localizado.

Considerando o movimento de entradas e saídas de população ativa e estudantil, constata-se

que em 2011 o saldo global para o município de Santarém era positivo (2.992). De referir, que

o município de Santarém era, juntamente com o da Azambuja, os únicos da Lezíria do Tejo a

apresentar um saldo positivo.

Este facto traduz, fundamentalmente, a importância da cidade na oferta de emprego terciário

na sub-região, atraindo população de municípios vizinhos, sobretudo de Almeirim, Alpiarça e

Cartaxo. Do mesmo modo, é relevante o número de estudantes a frequentar os

estabelecimentos do concelho, quer no ensino secundário quer, fundamentalmente, no ensino

superior.

De salientar a existência de algumas freguesias do norte do concelho de Santarém a

apresentar um saldo claramente negativo nos movimentos pendulares, em virtude da

proximidade de outros polos de emprego relevantes (casos de Alcanena e Torres Novas).

Quadro 3 – Movimentos Pendulares do Município de Santarém (população que entra ou sai para trabalhar ou estudar) em 2011

Unidade Territorial Entradas Saídas Saldo

Santarém 10.559 7.567 2.992

Fonte: INE (Recenseamento da População, 2011)

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1.2 – Dinâmica Demográfica

1.2.1 – Evolução Populacional

Desde 1981 que o município de Santarém não conhece alterações significativas nos seus

quantitativos populacionais, situando-se, grosso modo, entre os 61.750 habitantes e os 63 mil

habitantes. O ano de 1970 constitui uma exceção a estes números, com cerca de 56 mil

habitantes, consequência do fluxo de emigração registado durante a década anterior, mas

posteriormente compensado com o retorno de emigrantes no período pós-revolução de 1974.

O concelho de Santarém tem vindo a diminuir o seu peso demográfico no contexto da sub-

região da Lezíria do Tejo (passou de 28,3% em 1950 para 25,0% em 2011).

Figura 5 – Evolução da População no Concelho de Santarém entre 1950 e 2011

Importa realçar o facto de, durante a última década, ter ocorrido um ligeiro decréscimo

populacional do concelho de Santarém (em 2%), contrariando a evolução demográfica

registada na Lezíria do Tejo (crescimento de 2,7%) e do Continente (crescimento de 1,8%).

1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011

62 849 62 641

56 297

62 016 61 926

63 033

61 752

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Este comportamento do concelho de Santarém ficou a dever-se ao decréscimo populacional

registado nas freguesias rurais (decréscimo global de 5,8%), uma vez que a cidade de Santarém

registou um acréscimo populacional de 3,7%.

Além da União das freguesias da cidade de Santarém, apenas mais duas freguesias registaram

ligeiros acréscimos populacionais: União das freguesias de Achete/ Azóia de Baixo e Póvoa de

Santarém e União das freguesias de Romeira e Várzea, reflexos dos processos de

periurbanização ocorridos, induzidos a partir da cidade de Santarém em relação a freguesias

próximas.

Todas as restantes quinze freguesias que constituem atualmente o concelho de Santarém

perderam população, existindo alguns casos com quebras populacionais muito significativas

(superiores a 10%): Alcanede, Amiais de Baixo, Arneiro das Milhariças, Pernes, União das

freguesias de Casével/ Vaqueiros e União das freguesias de S. Vicente do Paul e Vale Figueira.

Quadro 4 – Evolução Recente da População no Concelho de Santarém e Densidade Populacional

Unidade

Territorial

População

(2001)

População

(2011)

Variação

2001-2011

(%)

Área Km2

(2011)

Densidade

Populacional

(2011)

Freg. Cidade de Santarém 28852 29.929 3,7 55,5 539,2

Freguesias Rurais 34.181 31.823 -5,8 497 64,0

CONCELHO DE SANTARÉM 63.033 61.752 -2,0 552,5 111,8

Lezíria do Tejo 240.832 247.453 2,7 4.275,0 57,9

Continente 9.869.343 10.047.621 1,8 89.088,9 112,8

Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

A análise da distribuição da densidade populacional por freguesia em 2011 permite destacar,

mais uma vez, as diferenciações territoriais no município de Santarém. Deste modo, verifica-se

que os níveis de densidade populacional do concelho (cerca de 113 habitantes por km2) são

muito semelhantes à média nacional e superiores à média da sub-região da Lezíria do Tejo.

Estes valores escondem as inúmeras disparidades e assimetrias registadas na ocupação dos

diversos espaços geográficos em análise, sendo de destacar as grandes diferenças entre a

cidade de Santarém (média de 539 habitantes por Km2) e a média das restantes dezassete

freguesias, onde a densidade populacional é, quase sempre, inferior a 100 habitantes por Km2.

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Figura 6 – Variação da População por Freguesia no Concelho de Santarém entre 2001 e 2011

Figura 7 – Densidade Populacional por Freguesia no Concelho de Santarém em 2011

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Relatório Final Página 21

1.2.2 – Comportamentos Demográficos

Os fatores que têm estado subjacentes à dinâmica populacional do território nacional têm

vindo a sofrer alterações consideráveis. De facto, se nos anos 60 e 70 a evolução demográfica

era, em grande medida, determinada pelas migrações internas e externas, já em períodos mais

recentes são as componentes do saldo fisiológico e a entrada de imigrantes as principais

responsáveis pelas alterações populacionais das regiões portuguesas.

No concelho de Santarém a Taxa de Natalidade apresenta um valor de 8,4%0, valor idêntico à

média sub-regional, mas ligeiramente inferior à média nacional. Em todas as unidades

territoriais em análise constata-se uma diminuição da taxa de natalidade.

A taxa de mortalidade bruta, após um incremento em períodos anteriores (consequência do

aumento da proporção de idosos na população total), estagnou no município de Santarém.

Ainda assim, o saldo fisiológico permanece negativo no concelho.

Uma das transformações demográficas mais positivas do período pós-25 de Abril em Portugal

prende-se com o decréscimo acentuado da taxa de mortalidade infantil, que regista

atualmente na região e no município de Santarém valores (inferiores a 4%0) ao nível daqueles

que se registam nos países mais desenvolvidos da União Europeia.

Quadro 5 – Evolução dos Comportamentos Demográficos (%0)

Unidade

Territorial

Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Taxa de Mort. Infantil

2001 2011 2001 2011 2001 2011

Santarém 10,2 8,4 13,0 12,9 4,6 3,8

Lezíria do Tejo 10,0 8,3 12,4 11,7 3,7 2,4

Continente 10,8 9,1 10,1 9,8 4,8 3,1

Fonte: PORDATA

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1.2.3 – Estruturas Etárias

A quebra acentuada da natalidade reforçou a tendência, já anteriormente esboçada, para o

envelhecimento da população. Em todas as unidades territoriais em análise se verifica que a

percentagem idosos com mais de 65 anos aumentou consideravelmente. No concelho de

Santarém, esse valor passou de 20,4% em 2001 para 22,7% em 2011; existem diferenças

significativas na percentagem de idosos entre a cidade de Santarém e o resto do concelho.

Por sua vez, a percentagem de jovens com menos de 15 anos no concelho de Santarém

praticamente não conheceu alterações ao longo da primeira década do século XXI. Deteta-se

uma percentagem de jovens um pouco maior na Cidade de Santarém, quando comparado com

as freguesias rurais.

Quadro 6 – Evolução da Estrutura Etária da População Residente (%)

Unidade

Territorial

2001 2011

0-14 15-24 25-64 65 ou + 0-14 15-24 25-64 65 ou +

Freg. Cidade de Santarém 15,5 13,7 54,2 16,7 15,5 10,7 54,9 18,8

Freguesias Rurais 12,9 13,0 50,5 23,6 13,2 8,8 51,8 26,2

CONCELHO DE SANTARÉM 14,1 13,3 52,2 20,4 14,3 9,7 53,3 22,7

Lezíria do Tejo 14,1 13,1 53,0 19,8 14,7 9,6 53,7 22,0

Continente 15,8 14,2 53,5 16,5 14,8 10,7 55,2 19,3

Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

Em consequência deste aumento do peso da população idosa em relação à jovem vai assistir-

se a um progressivo incremento do índice de envelhecimento que, no concelho de Santarém,

passou de 145% em 2001 e 158% em 2011, valor acima da média sub-regional (150%) e,

sobretudo, da média nacional (130%).

De realçar o facto de existirem grandes diferenciações territoriais na incidência do fenómeno

do envelhecimento populacional no município de Santarém, constatando-se uma maior

expressão nas freguesias rurais. Em 2011 constata-se que a média do índice de

envelhecimento na cidade de Santarém (121%) é bastante inferior à média das freguesias

(199%); existem mesmo freguesias em que o número de idosos mais do que triplica o número

de jovens existentes (casos das freguesias de Arneiro das Milhariças e da Gançaria). Na maioria

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das unidades territoriais em análise constata-se um incremento dos índices de dependência,

particularmente do índice de dependência de idosos.

Quadro 7 – Evolução dos Índices Demográficos (%)

Unidade

Territorial

2001 2011

I.E. I.D.T. I.D.J. I.D.I. I.E. I.D.T. I.D.J. I.D.I.

Freg. Cidade de Santarém 107,8 47,4 22,8 24,6 121,3 52,4 23,7 28,7

Freguesias Rurais 182,3 57,5 20,4 37,2 198,7 65,1 21,8 43,3

CONCELHO DE SANTARÉM 144,9 52,7 21,5 31,2 158,0 58,7 22,7 36,0

Lezíria do Tejo 139,8 51,3 21,4 29,9 150,4 58,0 23,2 34,8

Continente 104,5 47,7 23,3 24,4 130,6 51,6 22,4 29,2

I.E. – Índice Envelhecimento I.D.T.– Índice Depend. I.D.J.– Índice Depend. Jovens I.D.I. – Índice Depend. Idosos Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

Figura 8 – Índice de Envelhecimento por Freguesia no Concelho de Santarém em 2011

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O envelhecimento demográfico é particularmente evidente quando se observa a Pirâmide

Etária do concelho de Santarém no ano de 2011. Com efeito, é notório o fenómeno de duplo

envelhecimento, quer na base (devido à quebra da taxa de natalidade) quer no topo da

pirâmide (devido ao aumento da proporção de idosos, reflexo, em parte, do aumento da

esperança média de vida).

Figura 9 – Pirâmide Etária do Concelho de Santarém

Fonte: INE (Recenseamento da População, 2011)

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Relatório Final Página 25

1.3 – Base Económica e Social

1.3.1 – Níveis de Instrução e Qualificação

Nas sociedades contemporâneas os níveis de instrução e qualificação dos recursos humanos

constituem uma das dimensões mais relevantes, contribuindo para uma maior coesão social e

uma maior competitividade da base económica.

Ainda que subsistam carências consideráveis neste domínio em Portugal, têm vindo a registar-

se progressos consideráveis. No concelho de Santarém constata-se que a taxa de

analfabetismo continuou o seu decréscimo acentuado, tal como na Lezíria do Tejo e em

Portugal. A taxa de analfabetismo verificada em 2011 (5,6%) é inferior à média sub-regional e

semelhante à média nacional.

Quadro 8 – Evolução da Taxa de Analfabetismo (%)

Unidade

Territorial 2001 2011

Santarém 9,9 5,6

Lezíria do Tejo 13,0 7,5

Continente 8,9 5,2

Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

Não obstante, é ainda muito significativa a percentagem de população residente com níveis de

instrução iguais ou inferiores ao ensino básico (cerca de 63%). Contudo, a percentagem de

população com ensino superior é cada vez mais significativa, situando-se em 2011 nos 17%, o

maior valor de todos os onze municípios que constituem a Lezíria do Tejo.

Quadro 9 –Níveis de Instrução da População Residente em 2011 (%)

Unidade Territorial Nenhum 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo E. Secun. E.Pós-Sec. E. Super.

Santarém 8,5 30,2 8,7 15,2 16,9 0,8 17,0

Lezíria do Tejo 10,4 31,7 9,8 15,7 16,6 0,9 12,2

Continente 8,5 29,8 10,3 15,7 16,8 0,9 15,6

Fonte: INE (Recenseamento da População, 2011)

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1.3.2 – Níveis de Atividade e de Emprego

Durante a primeira década do séc. XXI a taxa de atividade não registou alterações

significativas, registando-se uma tendência para um ligeiro decréscimo nas diversas unidades

territoriais em análise, consequência, fundamentalmente, do envelhecimento demográfico.

Já no que se refere à taxa de desemprego, constata-se um incremento considerável em todas

as unidades territoriais, consequência do período de crise económica iniciado em meados da

década passada. No concelho de Santarém, a taxa de desemprego aumentou de 6,7% em 2001

para 11,0% em 2011, valor, ainda assim, inferior ao registado na Lezíria do Tejo e no

Continente.

Quadro 10 – Evolução das Taxas de Atividade e Desemprego (%)

Unidade Territorial

Taxa de Atividade Taxa de Desemprego

2001 2011 2001 2011

Santarém 47,5 46,1 6,7 11,0

Lezíria do Tejo 48,1 46,6 8,1 12,7

Continente 48,4 47,6 6,9 13,2

Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011).

De facto, a subida no número de desempregados nas diversas unidades territoriais em análise

é exponencial. A título exemplificativo, constata-se que no concelho de Santarém o valor

aumentou de 2.025 em 2001 para 3.163 em 2011.

No concelho de Santarém, em 2011, acentuou-se a percentagem de desempregados à procura

de novo emprego, que representam mais de 82% do total de desempregados. Este padrão é

semelhante ao que sucede na Lezíria do Tejo e no Continente. Na maioria, trata-se de ativos

com poucas qualificações e de difícil integração nos outros setores, saídos da atividade

agrícola; mais recentemente são provenientes do processo de reestruturação e de

encerramento de pequenas empresas do setor industrial e dos serviços.

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Quadro 11 – Evolução da População Desempregada

Unidade

Territorial

Total Procura do 1º

Emprego (%)

Procura de Novo

Emprego (%)

2001 2011 2001 2011 2001 2011

Santarém 2.025 3.163 20,8 17,6 79,2 82,4

Lezíria do Tejo 9.418 14.571 15,7 14,2 84,3 85,8

Continente 327.404 630.711 21,0 18,2 79,0 81,8

Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

Nos últimos anos alterou-se profundamente a estrutura do emprego nacional, regional e local.

Efetivamente acelerou-se o processo de terciarização, tendo no concelho de Santarém

aumentado o peso do sector de serviços. Com efeito, o peso do setor terciário no concelho

aumentou de 67,1% em 2001 para 73,6% em 2011.

Esta mudança faz-se sobretudo à custa de transferências do sector agrícola e,

fundamentalmente, do setor secundário, para o setor terciário. A crise do setor industrial e da

construção civil, associado à consolidação da modernização da atividade agrícola, explicam

este comportamento.

De realçar o facto de o valor percentual dos ativos no terciário de natureza económica ser

ainda dominante, mas tal como noutros concelhos da sub-região, o que se verificou foi

essencialmente uma expansão do terciário de natureza social.

Quadro 12 – Evolução da Estrutura da População Ativa (%)

Unidade

Territorial

2001 2011

Primário Secund. Terciário Primário Secund. Terciário T. Social Terc. Econ.

Freg. Cidade de Santarém 2,1 16,6 81,3 2,8 14,4 82,8 39,4 43,4

Freguesias Rurais 7,8 38,5 53,7 5,9 30,1 64,0 23,9 40,1

CONCELHO DE SANTARÉM 5,0 27,8 67,1 4,3 22,1 73,6 31,8 41,8

Lezíria do Tejo 10,0 31,8 58,2 7,3 24,2 68,5 26,7 41,9

Continente 4,8 35,5 59,7 2,9 26,9 70,2 28,4 41,8

Fonte: INE (Recenseamentos da População, 2001 e 2011)

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Relatório Final Página 28

O concelho de Santarém regista uma significativa diversidade produtiva, evidenciando três

perfis funcionais fundamentais.

O primeiro perfil corresponde à realidade das freguesias com um fortíssimo peso do emprego

terciário. Este conjunto engloba fundamentalmente a cidade de Santarém e ainda algumas

freguesias limítrofes (com um carácter cada vez mais periurbano), refletindo a expansão

residencial e empresarial da cidade para estas áreas.

O segundo perfil funcional inclui as freguesias de maior dinâmica industrial do norte do

concelho, na faixa Alcanede/Amiais/Pernes. Este território está associado a um processo de

concentração espacial de atividades industriais, ainda que tenham vindo a passar por fases de

crise de algumas fileiras industriais desta região (cerâmica e torneados, por exemplo) que têm

vindo a perder emprego a favor do terciário social.

O terceiro tipo de perfil inclui as freguesias da área central do concelho onde o decréscimo da

atividade agrícola se tem vindo a fazer sentir mais acentuadamente. Esta tendência resultará

do abandono da atividade agrícola conjugada com a capacidade de atração dos empregos

terciários sobre os ativos residentes nestas freguesias. A criação de empregos ligados à rede de

apoio social terá contribuído para o acentuar desta tendência.

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Relatório Final Página 29

1.4 – Projeções Demográficas

1.4.1 – Metodologia Adotada

O modelo cohort - survival aberto corresponde a um modelo que se baseia na capacidade de

sobrevivência de um grupo de indivíduos que sofre o mesmo tipo de acontecimentos

demográficos, no decorrer de uma determinada unidade temporal.

Existem dois pressupostos de base, no modelo:

1. a existência de um grupo etário e um período de projeção, sendo que este deve

corresponder à amplitude do primeiro;

2. a probabilidade que um grupo etário tem, num dado momento, de sobreviver e passar

a constituir o grupo etário seguinte, num momento posterior. Aqui está subjacente

uma equação de concordância onde a população final é igual à população inicial, a

que se adicionam os nascimentos e as imigrações, e se subtraem os óbitos e as

emigrações (traduz o efeito do crescimento natural e da variação migratória, na

evolução da população, durante um determinado período de tempo).

Construiu-se o modelo, com o objetivo de prospetivar a população residente no concelho, no

ano de 2021, a partir da evolução demográfica patenteada durante a primeira década do

século XXI, a vários níveis: estrutura etária, taxas brutas e específicas de mortalidade e

natalidade, e saldo migratório.

Com a população residente em 2001, com o saldo fisiológico (crescimento natural) durante

este período e com a população recenseada em 2011, foi encontrado o saldo migratório (à

população recenseada em 2011 subtraiu-se o saldo fisiológico) e a respetiva taxa.

Elaboraram-se, depois, as taxas de natalidade específicas ((nados-vivos por grupo etário /

população residente por grupo etário)*Taxa de sobrevivência infantil) e as taxas de

sobrevivência associadas a cada grupo etário (1-(óbitos por grupo etário/ população residente

média do grupo etário na década)). Para se encontrarem as taxas de sobrevivência a aplicar na

década de projeção, consideraram-se, igualmente, os nados-vivos registados ao longo da

primeira década do século XXI. As taxas de natalidade específicas que foram consideradas para

o período em projeção foram as registadas em 2011, aplicando-se, depois, a probabilidade de

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Relatório Final Página 30

sobrevivência (1- taxa mortalidade infantil). Esta operação permite quantificar o número de

nados-vivos que sobrevivem, sendo importante pelo facto de neste período da vida a

mortalidade ser relativamente elevada.

As taxas de migração utilizadas para a segunda década do século, foram as obtidas na década

anterior, mas aplicadas, logicamente, à população residente em 2011, pois considerou-se que

a tendência se iria manter (partiu-se do pressuposto de que na próxima década, o saldo

migratório iria ser o mesmo, sendo por isso aplicado este saldo à população de 2011).

A projeção, num cenário tendencial, corresponde à equação de concordância, traduzindo o

efeito do crescimento natural e da variação migratória na evolução da população (a população

final, em cada uma das freguesias, é igual à população inicial, mais os nascimentos e as

imigrações, menos os óbitos e as emigrações ocorridos ao longo da década).

Foi igualmente construído um cenário alternativo, para dez freguesias do concelho: União das

freguesias da Cidade de Santarém (dada a sua maior dinâmica urbana e económica), freguesias

periurbanas (União das freguesias de Achete, Azóia de Baixo e Póvoa de Santarém, União das

freguesias da Romeira e Várzea e freguesia do Vale de Santarém), freguesias do norte do

concelho com uma maior dinâmica industrial (freguesias de Abrã, Alcanede, Amiais de Baixo,

Pernes e União das freguesias da Azóia de Cima e Tremês) e freguesia com uma localização

estratégica face ao nó da A1 que serve o concelho do Cartaxo (Almoster). Para estas freguesias

assumiram-se valores mais elevados de natalidade e, fundamentalmente, uma maior

capacidade atrativa, traduzida em incrementos na taxa migratória (com maior relevo para a

cidade de Santarém). Estas duas dimensões conjugam-se e complementam-se, concorrendo

para acréscimos populacionais, dado que os incrementos nos saldos migratórios se observam,

sobretudo, nos grupos etários com maior propensão para procriar (em idade fértil) o que

contribuirá, em consequência, para incrementar as probabilidades de acréscimos nas taxas de

natalidade (com reflexo no aumento dos efetivos presentes no primeiro grupo etário decenal).

1.4.2 – Estimativas da População Total

Tendo por base os dois cenários de projeção demográfica anteriormente referidos,

encontraram-se as estimativas populacionais para o município de Santarém, para cada um das

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Relatório Final Página 31

suas freguesias, para o ano de 2021 (ano de referência para este processo de revisão da Carta

Educativa).

Neste quadro de referência, verifica-se que a população se situará entre os 59.556 habitantes

(cenário tendencial) e os 62.836 habitantes (cenário alternativo) em 2021. Deste modo, os

ritmos de variação demográfica serão distintos de acordo com cada um dos cenários, indo da

tendência para o ligeiro decréscimo de 3,6% (cenário tendencial) ao ligeiro acréscimo de

aproximadamente 2% (cenário alternativo).

No cenário alternativo apresenta impactes consideráveis na cidade de Santarém, onde se

prevê uma população de 31.555 habitantes no ano de 2021. Em muitas das freguesias em que

se construiu o cenário alternativo, prevê-se o decréscimo populacional (a concretizar-se o

cenário tendencial) ou a estagnação populacional (a concretizar-se o cenário alternativo). Nas

oito freguesias em que não foram contemplados cenários alternativos, prevêem-se quebras

populacionais (nalguns casos muito significativas).

Quadro 13 – Estimativas da População Residente, por Freguesia, para 2021, de acordo com dois cenários de projeção demográfica

Freguesia População Residente

Projecção demográfica (2021)

Variação 2011-2021 (%)

2011 Cenário Tendencial

Cenário Alternativo

Tendencial Alternativo

Cidade de Santarém 29.929 30.431 31.555 1,7 5,4

Abitureiras 972 931 931 -4,2 -4,2

Abrã 1.122 1.025 1.140 -8,7 1,6

Alcanede 4.547 3.936 4.618 -13,4 1,6

Alcanhões 1.469 1.325 1.325 -9,8 -9,8

Almoster 1.818 1.789 1.846 -1,6 1,5

Amiais de Baixo 1.851 1.565 1.879 -15,5 1,5

Arneiro das Milhariças 835 738 738 -11,6 -11,6

Gançaria 514 442 442 -14,1 -14,1

Moçarria 1.136 1.060 1.060 -6,7 -6,7

Pernes 1.446 1.152 1.474 -20,4 1,9

Póvoa da Isenta 1.127 1.084 1.084 -3,8 -3,8

Vale de Santarém 2.920 2.579 2.955 -11,7 1,2

Achete + Azoia Baixo + Póvoa Sant. 2.923 3.050 3.082 4,3 5,4

Azóia Cima + Tremês 2.477 2.261 2.454 -8,7 -0,9

Casével + Vaqueiros 1.149 965 965 -16,0 -16,0

Romeira + Várzea 2.600 2.760 2.826 6,2 8,7

S. Vicente Paúl + Vale de Figueira 2.917 2.464 2.464 -15,5 -15,5

CONCELHO 61.752 59.556 62.836 -3,6 1,8

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1.4.3 – Estimativas da População em Idade Escolar

O próximo passo metodológico centrou-se na repartição da população estimada pela idades

ano a ano, nomeadamente para os dois primeiros grupos decenais, que no fundo são aqueles

que agregam a população potencialmente a escolarizar em 2021. Assim, optou-se por, em

primeiro lugar, verificar qual o peso relativo que, em 1991, 2001 e 2011, cada ano

representava no total do grupo decenal e, em segundo lugar, aplicar a mesma proporção

(média dos 3 momentos censitários) aos valores estimados para 2021. De tal opção resulta

que, por exemplo, todas as crianças que em 2011 possuíam 1 ano, terão previsivelmente 11

anos em 2021, a manterem-se, como preconiza o modelo, as suas probabilidades de

sobrevivência e migração (cenário tendencial) ou um valor mais elevado se se alterarem alguns

fenómenos demográficos (cenário alternativo).

Deste modo, os valores de população em idade escolar diferem consideravelmente nos

respetivos estratos etários que correspondem aos grupos que compreendem as idades para a

frequência da educação pré-escolar, do ensino básico e do ensino secundário). A população

em idade escolar projetada para 2021, no concelho de Santarém, está compreendida entre os

8.091 do cenário tendencial e os 9.190 do cenário alternativo.

Importa destacar a existência de diferenças consideráveis entre a população potencialmente a

escolarizar nos dois cenários para as freguesias em que se concretizaram os dois cenários

(sobretudo no caso da cidade de Santarém). Nas restantes oito freguesias do concelho os

valores são iguais, uma vez que não foi projetado um cenário alternativo

Quadro 14 – Estimativas da População em Idade Escolar, por Nível de Ensino, de acordo com dois cenários de projeção demográfica

Ciclos 2011 (Censos)

2021 (cenário tendencial)

2021 (cenário alternativo)

Pré-Escolar (3-5 anos) 1.732 1.577 1.796

1º Ciclo (6-9 anos) 2.408 2.148 2.433

2º Ciclo (10-11 anos) 1.320 1.224 1.395

3º Ciclo (12-14 anos) 1.787 1.577 1.795

E. Secund. (15-17 anos) 1.739 1.565 1.771

TOTAL 8.986 8.091 9.190

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Relatório Final Página 33

Apresentam-se seguidamente os quadros desagregados com a população a escolarizar, por

freguesia, para cada um dos dois cenários de projeção demográfica efetuados.

Quadro 15 – População em Idade Escolar Projetada por freguesia (Cenário Tendencial)

Freguesia Pré-escolar (3-5 anos)

1º Ciclo (6-9 anos)

2º Ciclo (10-11 anos)

3º Ciclo (12-14 anos)

Secundário (15-17 anos)

Cidade de Santarém 867 1.186 645 810 809

Abitureiras 24 28 16 20 26

Abrã 30 43 22 37 30

Alcanede 92 116 84 104 101

Alcanhões 38 35 31 51 37

Almoster 43 49 38 41 43

Amiais de Baixo 33 49 26 36 32 Arneiro das Milhariças 18 20 13 17 18

Gançaria 10 12 2 4 3

Moçarria 27 41 19 31 28

Pernes 31 35 7 11 11

Póvoa da Isenta 24 31 18 33 31

Vale de Santarém 55 87 60 60 68

Achete + Azoia Baixo + Póvoa Sant. 90 102 62 99 96

Azóia Cima + Tremês 57 78 46 61 52

Casével + Vaqueiros 14 48 19 10 23

Romeira + Várzea 64 99 68 85 79

S. Vicente Paúl + Vale de Figueira 60 89 48 67 78

CONCELHO 1.577 2.148 1.224 1.577 1.565

Quadro 16 – População em Idade Escolar Projetada por freguesia (Cenário Alternativo)

Freguesia Pré-escolar (3-5 anos)

1º Ciclo (6-9 anos)

2º Ciclo (10-11 anos)

3º Ciclo (12-14 anos)

Secundário (15-17 anos)

Cidade de Santarém 1.008 1.369 733 917 912

Abitureiras 24 28 16 20 26

Abrã 32 46 22 38 31

Alcanede 115 144 107 132 127

Alcanhões 38 35 31 51 37

Almoster 45 52 44 46 49

Amiais de Baixo 38 57 36 50 44

Arneiro das Milhariças 18 20 13 17 18

Gançaria 10 12 2 4 3

Moçarria 27 41 19 31 28

Pernes 35 39 25 40 40

Póvoa da Isenta 24 31 18 33 31

Vale de Santarém 71 112 72 72 81

Achete + Azoia Baixo + Póvoa Sant. 101 112 69 112 104

Azóia Cima + Tremês 61 83 48 64 55

Casével + Vaqueiros 14 48 19 10 23

Romeira + Várzea 75 115 73 91 84 S. Vicente Paúl + Vale de Figueira 60 89 48 67 78

CONCELHO 1.796 2.433 1.395 1.795 1.771

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Relatório Final Página 34

CAPÍTULO 2 – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA REDE EDUCATIVA

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Relatório Final Página 35

2.1 – A Oferta de Ensino

2.1.1 – Organização Geral

No concelho de Santarém a oferta de ensino abrange todos os níveis de ensino, desde a

educação pré-escolar, ao ensino superior, passando pelos três ciclos do ensino básico e pelo

ensino secundário.

Os estabelecimentos da rede pública encontram-se organizados em quatro agrupamentos de

escolas:

Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado, que compreende três

estabelecimentos da educação pré-escolar e dois do 1º ciclo do ensino básico,

localizados em parte da freguesia da cidade de Santarém (fundamentalmente na franja

do território abrangida pela anterior freguesia de Marvila), a Escola Básica Mem

Ramires (onde são lecionados os 2º e 3º ciclos do ensino básico) e a escola sede (onde

são lecionados os 3º ciclos do ensino básico e o ensino secundário);

Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, que compreende nove estabelecimentos com

a educação pré-escolar, dois dos quais na antiga freguesia urbana de S. Salvador e oito

localizados em diversas freguesias rurais da parte central concelho (Moçarria,

Abitureiras, União das Freguesias da Romeira e Várzea e parte da União das Freguesias

de Achete/ Azóia de Baixo/ Póvoa de Santarém (inclui as duas últimas anteriores

freguesias) e de S. Vicente do Paul/ Vale Figueira (inclui esta última), treze com o 1º

ciclo do ensino básico, incluindo quatro estabelecimentos na cidade (três na antiga

freguesia de S. Salvador e um na antiga freguesia da Ribeira de Santarém) e nove no

território anteriormente referido, a Escola Básica D. João II (onde são lecionados os 2º

e 3º ciclos do ensino básico) e a escola sede (inclui os 3º ciclos do ensino básico e o

ensino secundário);

Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, que inclui sete estabelecimentos onde

é lecionada a educação pré-escolar (cinco dos quais localizados na antiga freguesia

urbana de S. Nicolau, um na freguesia de Almoster e um na freguesia do Vale de

Santarém), dez estabelecimentos onde se leciona o 1º ciclo do ensino básico, dos quais

metade se localizam na cidade (quatro na antiga freguesia de S. Nicolau e um na

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Relatório Final Página 36

freguesia de S. Salvador) e a outra metade nas freguesias de Almoster, Póvoa da Isenta

e Vale de Santarém e a escola sede, onde são lecionados os 2º e 3º ciclos do ensino

básico;

Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques, que inclui os estabelecimentos

localizados na parte norte do concelho, designadamente nas freguesias de Alcanede,

Gançaria, Abrã, Amiais de Baixo, Arneiro das Milhariças, Pernes, União das Freguesias

de Azóia de Cima/ Tremês e Casével/ Vaqueiros e parte da União das Freguesias de

Achete/ Azóia de Baixo e Póvoa de Santarém (inclui apenas a primeira das anteriores

freguesias) e S. Vicente do Paúl/ Vale de Figueira (inclui a primeira das freguesias). A

educação pré-escolar é lecionada em treze estabelecimentos e o 1º ciclo em treze

estabelecimentos. Fazem ainda parte deste agrupamento duas escolas básicas com os

2º e 3º ciclos do ensino básico – a Escola Básica de Alcanede (escola sede de

agrupamento) e Escola Básica de Pernes.

O ensino superior público está representado pelo Instituto Politécnico de Santarém, através

das Escolas Superiores Agrária, de Educação, de Gestão e de Saúde.

O ensino particular apresenta também uma considerável importância no concelho e, em

particular, na cidade de Santarém, na medida em que inclui todos os níveis de ensino, desde o

pré-escolar ao superior:

Na educação pré-escolar existem onze estabelecimentos do ensino particular e

cooperativo, dos quais dez se localizam na cidade;

O 1º Ciclo do Ensino Básico está presente na cidade de Santarém através de dois

estabelecimentos do ensino particular;

Os 2º e 3º ciclos do ensino básico, assim como o ensino secundário profissional são

oferecidos no Pólo Escolar de Tremês que integra o Colégio Infante Santo e a Escola

Técnica e Profissional do Ribatejo, bem como pela Escola Profissional do Vale do

Tejo, localizada no Centro Histórico da Cidade de Santarém;

O ensino superior privado está representado pelo ISLA (Instituto Superior de Línguas

e Administração), localizado na cidade de Santarém.

A distribuição territorial dos estabelecimentos de ensino no município de Santarém faz realçar

a importância da sede de concelho, uma vez que é aí que são ministrados todos os níveis de

ensino, desde o pré-escolar ao superior, passando pelos três níveis do ensino básico e pelo

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Relatório Final Página 37

ensino secundário. A concentração de equipamentos de ensino na cidade de Santarém resulta

não só do facto de ser a maior cidade da região (com cerca de 30 mil habitantes), mas também

por ser capital de distrito, sendo a sua área de influência considerável para o ensino superior.

Por sua vez, os centros urbanos de Alcanede, de Pernes e, mais recentemente, o de Tremês

(através de estabelecimento da rede particular) apresentam também uma importância

relevante, uma vez que constituem os únicos centros (além da sede de concelho) onde os 2º e

3º ciclos do ensino básico são ministrados.

Quadro 17 – Tipologia dos Estabelecimentos de Ensino por Freguesia Freguesia Rede Pública Rede Particular e Cooperativa

JI EB1 EB1/JI EB 2,3 ES/3 E.Sup. JI EB1/JI EB 2,3 EP E.Sup.

Cidade de Santarém 4 5 6 3 2 4 10 2 0 1 1

Abitureiras 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Abrã 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0

Alcanede 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

Alcanhões 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Almoster 1 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Amiais de Baixo 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0

Arneiro das Milhariças 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0

Gançaria 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0

Moçarria 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pernes 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

Póvoa da Isenta 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Vale de Santarém 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0

Achete+Azoia Baixo+ Póv.Sant. 2 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0

Azóia Cima + Tremês 2 2 0 0 0 0 0 0 1 1 0

Casével + Vaqueiros 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Romeira + Várzea 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0

S. Vic. Paúl + V. Figueira 1 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0

CONCELHO 17 23 15 5 2 4 11 2 1 2 1

Fonte: Câmara Municipal de Santarém

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Relatório Final Página 38

2.1.2 – Educação Pré-Escolar

2.1.2.1 – Cidade de Santarém

Rede Pública

A rede pública de estabelecimentos da educação pré-escolar na cidade de Santarém é

constituída por dez estabelecimentos, três pertencentes ao Agrupamento de Escolas Dr.

Ginestal Machado, dois ao Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira e cinco ao Agrupamento de

Escolas Alexandre Herculano.

O estabelecimento mais recente faz parte do Centro Escolar Salgueiro Maia, que inclui quatro

salas. Os restantes estabelecimentos incluem edifícios de diferentes períodos construtivos,

sendo de salientar as décadas de oitenta e noventa do século passado (período em que

ocorreu uma significativa expansão da oferta deste ciclo de ensino)1. A maioria dos

estabelecimentos foram construídos de raiz para a função de jardim de infância.

Quadro 18 – Ano de Construção, Nº de Edifícios e Nº de Salas dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar na Cidade de Santarém

Agrupam. de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Ano de Constr.

Constr. Raiz

Nº de Edifícios

Nº Total de Salas

Nº Salas Ocupadas

Dr. Ginestal Machado

JI da Feira Cidade Santarém 1953 Não 1 2 2

JI do Sacapeito Cidade Santarém 1991 Sim 1 3 3

JI da EB1 do Pereiro Cidade Santarém 1982 Não 1 1 1

SUBTOTAL 3 6 6

Sá da Bandeira

JI do C. Escolar Salg. Maia Cidade Santarém 2011 Sim 1 4 4

JI da EB1 da Port. Padeiras Cidade Santarém 1985 Sim 1 1 1

SUBTOTAL 2 5 5

Alexandre Herculano

JI da Anacoreta Cidade Santarém 1991 Não 1 3 3

JI do Choupal Cidade Santarém 1991 Sim 1 2 2

JI da EB1 dos Combatentes Cidade Santarém 1979 Sim 1 1 1

JI da EB1 das Fontaínhas Cidade Santarém 1929 Sim 1 1 1

JI da EB1 de S. Domingos Cidade Santarém 2004 Sim 1 2 2

SUBTOTAL 5 9 9

TOTAL GLOBAL 10 20 20

Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

1 Encontra-se atualmente em construção o Centro Escolar do Sacapeito, contemplando 4 salas para a educação pré-escolar (Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado), que entrará em funcionamento no ano letivo de 2015/16 (levará ao encerramento do Jardim de Infância do Pereiro).

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Relatório Final Página 39

No total, a rede pública de jardins de infância da cidade de Santarém disponibiliza 20 salas

para atividades. Os estabelecimentos disponibilizam serviço de almoço e diversas atividades de

animação e de apoio à família (AAAF), tais como expressão musical, expressão físico-motora,

dança e “pequenos construtores”.

No ano letivo de 2013/14, existiam 20 educadores de infância, 10 assistentes operacionais e

ainda outros 4 profissionais (a maioria integrados nos POC – Programas Ocupacionais

promovidos pelo IEFP).

Quadro 19 – Recursos Humanos na Educação Pré-Escolar na Cidade de Santarém (Ano Letivo 2013/14)

Agrupamento de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Educadores Assis. Oper. Outros

Dr. Ginestal Machado

JI da Feira Cidade Santarém 2 3 1

JI do Sacapeito Cidade Santarém 3 4 1

JI da EB1 do Pereiro Cidade Santarém 1 1 0

SUBTOTAL 6 8 2

Sá da Bandeira

JI do C. Escolar Salg. Maia Cidade Santarém 4 4 0

JI da EB1 da Port. Padeiras Cidade Santarém 1 2 1

SUBTOTAL 5 6 1

Alexandre Herculano

JI da Anacoreta Cidade Santarém 3 3 1

JI do Choupal Cidade Santarém 2 3 0

JI da EB1 dos Combatentes Cidade Santarém 1 1 0

JI da EB1 das Fontaínhas Cidade Santarém 1 1 0

JI da EB1 de S. Domingos Cidade Santarém 2 2 0

SUBTOTAL 9 10 1

TOTAL GLOBAL 20 24 4 Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

De acordo com informação disponibilizada pela Câmara Municipal de Santarém e pelos

agrupamentos de escolas, o estado de conservação dos espaços de apoio dos diversos

estabelecimentos é globalmente positivo, na medida em que a classificação atribuída é de bom

ou de razoável (à exceção do recreio coberto do JI do Choupal, que se encontra em deficiente

estado de conservação). Ainda assim, importa destacar pela negativa, o reduzido número de

estabelecimentos a estarem apetrechados com centro de recursos e campos de jogos.

Também a maioria das infraestruturas dos diversos estabelecimentos da educação pré-escolar

são classificadas como estando num estado de conservação maioritariamente de bom ou

razoável. Excetuam-se a cobertura e a rede de esgotos do Jardim de Infância do Pereiro e as

paredes e tetos do Jardim de Infância da EB1 da Portela das Padeiras.

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Relatório Final Página 40

Quadro 20 – Estado de Conservação dos Espaços de Apoio dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar na Cidade de Santarém Agrupamento

de Escolas Estabelecimentos Freguesia Geral

Salas Ativ.

C. Recur.

Sala Polival.

Refeit. Inst.

Sanit. Campo Jogos

Recreio Coberto

Recreio Descob.

Dr. Ginestal Machado

JI da Feira Cidade Santarém B B I B I R I I R

JI do Sacapeito Cidade Santarém R R I R I B I I B

JI da EB1 do Pereiro Cidade Santarém B R I B B B B R B

Sá da Bandeira

JI do C. Escolar Salg. Maia Cidade Santarém B B B B B B B R B

JI da EB1 da Port. Padeiras Cidade Santarém B B I R R B I B R

Alexandre Herculano

JI da Anacoreta Cidade Santarém R R I R R R I I B

JI do Choupal Cidade Santarém B B I B B B I D B

JI da EB1 dos Combatentes Cidade Santarém R R R I B B I R R

JI da EB1 das Fontaínhas Cidade Santarém B B I B B B I R B

JI da EB1 de S. Domingos Cidade Santarém B B B B B B B B B

B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

Quadro 21 – Estado de Conservação das Infraestruturas dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar na Cidade de Santarém

Agrupamento de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Cobert. Paredes/

Tetos Pavim.

Rede Água

Rede Esgotos

Rede Gás

Rede Eletric.

Rede Telecom.

Climat.

Dr. Ginestal Machado

JI da Feira Cidade Santarém B R B B B I B B B

JI do Sacapeito Cidade Santarém R R B B R I B B B

JI da EB1 do Pereiro Cidade Santarém D R R B D I B B B

Sá da Bandeira

JI do C. Escolar Salg. Maia Cidade Santarém B B B B B B B B B

JI da EB1 da Port. Padeiras Cidade Santarém R D R B B I B B B

Alexandre Herculano

JI da Anacoreta Cidade Santarém R R R B B I B B B

JI do Choupal Cidade Santarém B B B B B I B B B

JI da EB1 dos Combatentes Cidade Santarém B B B B B I B B B

JI da EB1 das Fontaínhas Cidade Santarém B B B B B I B B B

JI da EB1 de S. Domingos Cidade Santarém B B B B B I B B B

B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 41

Rede Particular e Solidária

A oferta da educação pré-escolar na cidade de Santarém é complementada por dez

estabelecimentos da rede particular e cooperativa.

Estes dez estabelecimentos disponibilizam também a valência de creche.

Atendendo à informação disponibilizada por nove dos dez estabelecimentos, existe um total

de 49 educadores, 59 auxiliares de ação educativa e ainda 21 outros elementos.

Quadro 22 – Recursos Humanos nas Creches e Jardins de Infância da Rede Particular e Solidária na Cidade de Santarém

Estabelecimentos Freguesia Educadores Auxiliares Outros

Centro Social Interparoquial - Unidade P.M.F.Borges Cidade Santarém 10 16 0

Centro Social Interparoquial - S. Domingos Cidade Santarém 5 6 0

Centro Social Interparoquial Ribeira Sant. Cidade Santarém 2 3 0

Santa Casa da Misericórdia - "Os Amiguinhos" Cidade Santarém 6 9 3

Colégio Valle dos Princípes Cidade Santarém 8 7 7

Colégio João de Deus Cidade Santarém 8 7 7

Colégio "Os Lusitanos" Cidade Santarém 4 5 1

Colégio "Fraldas e Companhia" Cidade Santarém 3 2 1

"O Meu Pequeno Mundo" Cidade Santarém 3 4 2

Creche "Fraldas de Fora" Cidade Santarém * * *

TOTAL 49 59 21 * Não respondeu Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Jardins de Infância

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Relatório Final Página 42

2.1.2.2 – Freguesias Rurais

Rede Pública

A rede pública de estabelecimentos da educação pré-escolar nas freguesias rurais do concelho

de Santarém é constituída por vinte e dois estabelecimentos, sete pertencentes ao

Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, dois ao Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano

e treze ao Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques.

À exceção da freguesia da Póvoa da Isenta (servida por um estabelecimento da rede solidária),

todas as freguesias do concelho de Santarém são servidas pela rede pública da educação pré-

escolar. Existe uma grande diversidade de períodos construtivos dos diversos jardins de

infância, sendo de realçar as quatro salas integradas no Centro Escolar de Alcanede.

Quadro 23 – Ano de Construção, Nº de Edifícios e Nº de Salas dos Estabelecimentos da

Educação Pré-Escolar nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém Agrupam. de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Ano de Constr.

Constr. Raiz

Nº de Edifícios

Nº Total de Salas

Nº Salas Ocupadas

Sá da Bandeira

JI das Abitureiras Abitureiras 1988 Sim 1 1 1

JI de Alcanhões Alcanhões 1988 Sim 1 1 1

JI da Póvoa de Santarém Achete+Az.Baixo+P.Sant. 2004 Sim 1 1 1

JI da Moçarria Moçarria 1990 Sim 1 1 1

JI da Romeira Romeira + Várzea 1951 Sim 1 1 1

JI da Várzea Romeira + Várzea 1997 Sim 1 1 1

JI da EB1 Vale Figueira S.V.Paul+V. Figueira 1965 Sim 1 1 1

SUBTOTAL 7 7 7

Alexandre Herculano

JI de Almoster Almoster 1998 Sim 1 1 1 JI da EB1 do Vale Sant. Vale de Santarém 1985 Sim 1 2 2

SUBTOTAL 2 3 3

JI da Abrã Abrã 1991 Sim 1 1 1

JI da EB1 Amiais Cima Abrã 2007 Sim 1 2 2

JI da EB1 da Gançaria Gançaria 1962 Sim 1 1 1

JI do C.Escolar Alcanede Alcanede 2010 Sim 1 4 4

JI da EB1 Amiais Baixo Amiais de Baixo 1977 Sim 1 2 2

JI de Achete Achete+Az.Baixo+P.Sant. 2003 Não 1 1 1

JI do Verdelho Achete+Az.Baixo+P.Sant. 2005 Sim 1 1 1

JI da EB1 Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças 1984 Sim 1 1 1

JI de Azóia de Cima Azóia Cima + Tremês 1998 Não 1 1 1

JI de Tremês Azóia Cima + Tremês 1991 Sim 1 1 1

JI de Casével Casével + Vaqueiros 1933 Sim 1 1 1

JI da EB1 de Pernes Pernes 1972 Sim 1 2 2

JI do Sobral S.V.Paul + V. Figueira 1962 Sim 1 1 1

SUBTOTAL 13 19 19

TOTAL GLOBAL 22 29 29

Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas * Estabelecimentos encerrados no ano letivo de 2014/15

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Relatório Final Página 43

No total, a rede pública de jardins de infância disponibiliza 29 salas para atividades nas

freguesias rurais. A maioria dos estabelecimentos inclui apenas uma sala para esta valência;

alguns dos quais estão integrados em escolas do 1º ciclo. Com a exceção de cinco

estabelecimentos, todos os restantes disponibilizam atividades de animação e de apoio à

família (AAAF). De realçar ainda o facto de em todos os estabelecimentos ser disponibilizado o

serviço de almoço.

No ano letivo de 2013/14, existiam 32 educadores de infância, 31 assistentes operacionais e

ainda outros 4 profissionais. A maioria destes recursos humanos estavam afetos ao

Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques.

Quadro 24 – Recursos Humanos na Educação Pré-Escolar nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém (Ano Letivo 2013/14)

Agrupamento de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Educadores Assis. Oper. Outros

Sá da Bandeira

JI das Abitureiras Abitureiras 1 1 0

JI de Alcanhões Alcanhões 2 2 0

JI da EB da Azóia Baixo (a) Achete+Az.Baixo+P.Sant. 1 1 0

JI da Póvoa de Santarém Achete+Az.Baixo+P.Sant. 1 1 0

JI da Moçarria Moçarria 1 1 0

JI da Romeira Romeira + Várzea 1 1 0

JI da Várzea Romeira + Várzea 1 1 0

JI da EB1 Vale Figueira S.V.Paul+V. Figueira 1 1 0

SUBTOTAL 9 9 0

Alexandre Herculano

JI de Almoster Almoster 1 2 1

JI da EB1 do Vale Sant. Vale de Santarém 2 2 0

SUBTOTAL 3 4 1

D. Afonso Henriques

JI da Abrã Abrã 1 1 0

JI da EB1 Amiais Cima Abrã 2 1 0

JI da EB1 da Gançaria Gançaria 1 1 0

JI do C.Escolar Alcanede Alcanede 4 4 0

JI da EB1 Amiais Baixo Amiais de Baixo 2 1 0

JI de Achete Achete+Az.Baixo+P.Sant. 1 1 1

JI do Verdelho Achete+Az.Baixo+P.Sant. 1 1 1

JI da EB1 Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças 1 1 0

JI de Azóia de Cima Azóia Cima + Tremês 1 1 0

JI de Tremês Azóia Cima + Tremês 1 2 0

JI de Casével Casével + Vaqueiros 1 1 0

JI de Vaqueiros (a) Casével + Vaqueiros 1 0 1

JI da EB1 de Pernes Pernes 2 2 0

JI do Sobral S.V.Paul + V. Figueira 1 1 0

SUBTOTAL 20 18 3

TOTAL GLOBAL 32 31 4 (a) Estabelecimento encerrado no ano letivo 2014/15

Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 44

O estado de conservação dos espaços de apoio dos estabelecimentos da educação pré-escolar

apresenta-se heterogéneo, ainda que se possa referir que é maioritariamente bom. De um

modo geral, os estabelecimentos mais recentes encontram-se em melhor estado de

conservação, enquanto alguns estabelecimentos como os jardins de infância da Póvoa de

Santarém, Almoster, Vale de Santarém, Arneiro das Milhariças e Sobral apresentam diversos

problemas, designadamente na cobertura e no recreio coberto e descoberto. Mais uma vez se

constata, pela negativa, que a maioria dos jardins de infância não possuem centro de recursos

e sala polivalente.

No que diz respeito às infraestruturas dos jardins de infância verifica-se, de acordo com a

informação prestada pela autarquia e agrupamentos de escolas, que a situação é bastante

favorável na grande maioria dos estabelecimentos.

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 45

Quadro 25 – Estado de Conservação dos Espaços de Apoio dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém

Agrupamento de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Localidade Geral Salas Ativ.

C. Recur.

Sala Polival.

Refeit. Inst.

Sanit. Campo Jogos

Recreio Coberto

Recreio Descob.

Sá da Bandeira

JI das Abitureiras Abitureiras Abitureiras B B I I B B I I R

JI de Alcanhões Alcanhões Alcanhões B B R I B B I I R

JI da Póvoa de Santarém Achete+Az.Baixo+P.Sant. Póvoa Santar. B B B I I B R D D

JI da Moçarria Moçarria Moçarria B B I I B B I B B

JI da Romeira Romeira + Várzea Romeira B B I I B B B R R

JI da Várzea Romeira + Várzea Várzea B B I R B B I I B

JI da EB1 Vale Figueira S.V.Paul+V. Figueira Vale Figueira B B I I B B B R B

Alexandre Herculano

JI de Almoster Almoster Almoster D D I I I R I I D

JI da EB1 do Vale Sant. Vale de Santarém Vale Santarém B B R B B R R D R

D. Afonso Henriques

JI da Abrã Abrã Abrã B B R B B B I I D

JI da EB1 Amiais Cima Abrã Amiais Cima B B I B B B B R R

JI da EB1 da Gançaria Gançaria Gançaria B B I I I B I I R

JI do C.Escolar Alcanede Alcanede Alcanede B B B B B B B B B

JI da EB1 Amiais Baixo Amiais de Baixo Amiais Baixo B B I B B B B R B

JI de Achete Achete+Az.Baixo+P.Sant. Achete B B I B B B R I R

JI do Verdelho Achete+Az.Baixo+P.Sant. Verdelho B B I B B B R I R

JI da EB1 Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças Arn. Milhariças B B I R R R I D R

JI de Azóia de Cima Azóia Cima + Tremês Azóia de Cima R R I I R R R I R

JI de Tremês Azóia Cima + Tremês Tremês B B I B B B I I R

JI de Casével Casével + Vaqueiros Casével R R I I I R I R R

JI da EB1 de Pernes Pernes Pernes B B I B B B I R B

JI do Sobral S.V.Paul + V. Figueira Sobral B B I I B B I D R B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 46

Quadro 26 – Estado de Conservação das Infraestruturas dos Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém Agrupamento

de Escolas Estabelecimentos Freguesia Localidade Cobert.

Paredes/ Tetos

Pavim. Rede Água

Rede Esgotos

Rede Gás

Rede Eletric.

Rede Telecom.

Climat.

Sá da Bandeira

JI das Abitureiras Abitureiras Abitureiras B B B B I I B B B

JI de Alcanhões Alcanhões Alcanhões B B B B B I B B B

JI da Póvoa de Santarém Achete+Az.Baixo+P.Sant. Póvoa Santar. B B B B B I B B B

JI da Moçarria Moçarria Moçarria B B B B I I B B B

JI da Romeira Romeira + Várzea Romeira B B B B B I B B B

JI da Várzea Romeira + Várzea Várzea B R B B R I B B B

JI da EB1 Vale Figueira S.V.Paul+V. Figueira Vale Figueira B B B B R I B B B

Alexandre Herculano

JI de Almoster Almoster Almoster R R R B R I B B D

JI da EB1 do Vale Sant. Vale de Santarém Vale Santarém B B B B B B B B B

D. Afonso Henriques

JI da Abrã Abrã Abrã B R R B I I B B B

JI da EB1 Amiais Cima Abrã Amiais Cima R R B B I I B B B

JI da EB1 da Gançaria Gançaria Gançaria B B B B B I B B B

JI do C.Escolar Alcanede Alcanede Alcanede B B B B B B B B B

JI da EB1 Amiais Baixo Amiais de Baixo Amiais Baixo B R B B B I B B B

JI de Achete Achete+Az.Baixo+P.Sant. Achete B R B B I I B B B

JI do Verdelho Achete+Az.Baixo+P.Sant. Verdelho R R R B R I B B B

JI da EB1 Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças Arn. Milhariças B R B B R I B B B

JI de Azóia de Cima Azóia Cima + Tremês Azóia de Cima B B B B B I B B B

JI de Tremês Azóia Cima + Tremês Tremês B B B B B I B B B

JI de Casével Casével + Vaqueiros Casével B B B B B I B B B

JI da EB1 de Pernes Pernes Pernes B R B B B I B B B

JI do Sobral S.V.Paul + V. Figueira Sobral B B B B B I B B B B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 47

Rede Particular e Solidária

A oferta da educação pré-escolar nas freguesias rurais do concelho de Santarém é

complementada por um estabelecimento da rede particular, localizado na freguesia do Vale de

Santarém, que inclui também a valência de creche.

Existem ainda mais cinco estabelecimentos nas freguesias rurais do concelho de Santarém,

que apenas disponibilizam a valência de creche. Estes estabelecimentos localizam-se,

essencialmente, nas freguesias do norte do concelho.

De acordo com a informação disponibilizada por cinco dos seis estabelecimentos, existe um

total de 20 educadores, 40 auxiliares de ação educativa e 25 outros recursos humanos.

Quadro 27 – Recursos Humanos nas Creches e Jardins de Infância da Rede Particular e Solidária nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém

Estabelecimentos Freguesia Educadores Auxiliares Outros

Creche "Mãe Celeste" Abrã 5 18 3

A Jardinita Alcanede * * *

Centro Social "Serra do Alecrim" Alcanede 1 2 2

Assoc. Desenv. Comum. Sant - Creche Andólitá Azóia Cima + Tremês 4 3 4

Assoc. Des.Comum.Sant - Creche Pim-Pam-Pum Achete+Az.Baixo+P.Sant. 2 4 4

Estação Zootécnica Nacional Vale de Santarém 8 13 12

TOTAL 20 40 25 * Não respondeu Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Jardins de Infância

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Relatório Final Página 48

2.1.3 – 1º Ciclo do Ensino Básico

2.1.3.1 – Cidade de Santarém

Rede Pública

A rede de estabelecimentos com oferta do 1º ciclo do ensino básico na cidade de Santarém é

assegurada por onze estabelecimentos da rede pública - dois estabelecimentos pertencem ao

Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado, quatro ao Agrupamento de Escolas Sá da

Bandeira e cinco ao Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano.

Cinco estabelecimentos localizam-se no planalto da cidade (Pereiro, Leões, Combatentes, São

Bento e Salvador). O período de edificação e, por conseguinte, a tipologia dos edifícios

apresenta diferenciações significativas. Com efeito quatro escolas foram edificadas durante o

período do Estado Novo (São Bento, Salvador, Combatentes e Fontaínhas), dominando a

tipologia do Plano Centenário Urbano; já no século XX foram construídas duas escolas em

áreas de forte expansão urbana (S. Domingos e Jardim de Baixo – Centro Escolar Salgueiro

Maia), integrando simultaneamente a oferta da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino

básico2.

No ano letivo de 2013/14, foram disponibilizadas 74 salas de aula, tendo sido ocupadas 56,

através de 58 turmas, o que apenas foi possível através do funcionamento em regime de

horário duplo da EB1 dos Leões.

Todos os estabelecimentos disponibilizam serviço de almoço e Atividades de Enriquecimento

Curricular (AEC), designadamente em Inglês e Educação Física, existindo outras atividades

específicas de cada agrupamento (casos de oficinas criativas de Português e Matemática,

Música e Fazer Ciência).

2 Prevê-se ainda a abertura do novo Centro Escolar do Sacapeito, que integra oito salas para o 1º ciclo do

ensino básico, em setembro de 2015.

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Relatório Final Página 49

Quadro 28 – Ano de Construção, Nº de Edifícios e Nº de Salas nos Estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico na Cidade de Santarém

Agrupam. de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Ano de Constr.

Constr. Raiz

Nº de Edifícios

Nº Total de Salas

Nº Salas Ocupadas

Dr. Ginestal Machado

EB1 dos Leões Cidade Santarém 1984 Sim 1 13 13

EB1/JI do Pereiro Cidade Santarém 1977 Sim 1 5 5

SUBTOTAL 2 18 18

Sá da Bandeira

C. Escolar Salgueiro Maia Cidade Santarém 2011 Sim 1 8 8

EB1 S. Bento Cidade Santarém 1949 Sim 1 6 6

EB1/JI da Port. Padeiras Cidade Santarém 1985 Sim 1 4 5

EB1 da Rib. Santarém Cidade Santarém 1900 Sim 1 4 2

SUBTOTAL 4 22 21

Alexandre Herculano

EB1/JI dos Combatentes Cidade Santarém 1956 Sim 1 7 5

EB1/JI de S. Domingos Cidade Santarém 2004 Sim 1 11 6

EB1 de Vale de Estacas Cidade Santarém 1989 Sim 1 8 6

EB1 de Salvador Cidade Santarém 1947 Sim 1 6 3

EB1/JI das Fontainhas Cidade Santarém 1929 Sim 1 2 2

SUBTOTAL 5 34 22

TOTAL GLOBAL 11 74 56 Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

No ano letivo de 2013/14, existiam no 1º ciclo do ensino básico na cidade de Santarém 64

docentes, 42 assistentes operacionais e ainda outros 19 profissionais (a maioria integrados nos

POC).

Quadro 29 – Recursos Humanos no 1º Ciclo do Ensino Básico na Cidade de Santarém (Ano Letivo 2013/14)

Agrupamento de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Docentes Assis. Oper. Outros

Dr. Ginestal Machado

EB1 dos Leões Cidade Santarém 15 9 4

EB1/JI do Pereiro Cidade Santarém 7 3 2

SUBTOTAL 22 12 6

Sá da Bandeira

C. Escolar Salgueiro Maia Cidade Santarém 8 3 7

EB1 S. Bento Cidade Santarém 6 5 0

EB1/JI da Port. Padeiras Cidade Santarém 4 3 1

EB1 da Rib. Santarém Cidade Santarém 2 1 1

SUBTOTAL 20 12 9

Alexandre Herculano

EB1/JI dos Combatentes Cidade Santarém 5 4 1

EB1/JI de S. Domingos Cidade Santarém 6 5 2

EB1 de Vale de Estacas Cidade Santarém 6 4 1

EB1 de Salvador Cidade Santarém 3 3 0

EB1/JI das Fontainhas Cidade Santarém 2 2 0

SUBTOTAL 22 18 4

TOTAL GLOBAL 64 42 19 Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 50

O estado de conservação dos espaços e edifícios do 1º ciclo do ensino básico da cidade de

Santarém pode ser considerado globalmente satisfatório, de acordo com a informação

prestada pela autarquia e pelos agrupamentos de escola.

De facto, a avaliação global dos espaços é de bom ou razoável, sendo, contudo, de destacar

pela negativa a avaliação do recreio das escolas da Portela das Padeiras, Ribeira de Santarém e

Vale de Estacas. Pela negativa de referir também o reduzido número de estabelecimentos com

centro de recursos e campo de jogos.

No que diz respeito ao estado de conservação das infraestruturas, verifica-se que a autarquia e

os estabelecimentos de ensino o consideram, maioritariamente, de razoável ou bom. As

principais exceções são a rede de esgotos da EB1 do Pereiro, as paredes e tetos da EB1 da

Portela das Padeiras e a cobertura da EB1 do Salvador.

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Relatório Final Página 51

Quadro 30 – Estado de Conservação dos Espaços de Apoio dos Estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico na Cidade de Santarém Agrupamento

de Escolas Estabelecimentos Freguesia Geral

Salas Ativ.

C. Recur.

Sala Polival.

Refeit. Inst.

Sanit. Campo Jogos

Recreio Coberto

Recreio Descob.

Dr. Ginestal Machado

EB1 dos Leões Cidade Santarém B B B B B B B R B

EB1/JI do Pereiro Cidade Santarém B B I B B B B R B

Sá da Bandeira

C. Escolar Salgueiro Maia Cidade Santarém B B B B B B B B B

EB1 S. Bento Cidade Santarém B B I I R B I R B

EB1/JI da Port. Padeiras Cidade Santarém B B I I R B I D R

EB1 da Rib. Santarém Cidade Santarém B B I R B B I I D

Alexandre Herculano

EB1/JI dos Combatentes Cidade Santarém R R R I B B I R R

EB1/JI de S. Domingos Cidade Santarém B B B B B B B B B

EB1 de Vale de Estacas Cidade Santarém B B I B B B I D R

EB1 de Salvador Cidade Santarém B B R B B B I B B

EB1/JI das Fontainhas Cidade Santarém B B I B B B I R B B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

Quadro 31 – Estado de Conservação das Infraestruturas dos Estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico na Cidade de Santarém Agrupamento

de Escolas Estabelecimentos Freguesia Cobert.

Paredes/ Tetos

Pavim. Rede Água

Rede Esgotos

Rede Gás

Rede Eletric.

Rede Telecom.

Climat.

Dr. Ginestal Machado

EB1 dos Leões Cidade Santarém R R R B R I B B B

EB1/JI do Pereiro Cidade Santarém R R R B R I B B B

Sá da Bandeira

C. Escolar Salgueiro Maia Cidade Santarém B B B B B B B B B

EB1 S. Bento Cidade Santarém B B B B B I B B B

EB1/JI da Port. Padeiras Cidade Santarém R D R B B I B B B

EB1 da Rib. Santarém Cidade Santarém R R R B B I B B B

Alexandre Herculano

EB1/JI dos Combatentes Cidade Santarém B B R B B I B B B

EB1/JI de S. Domingos Cidade Santarém B B B B B I B B B

EB1 de Vale de Estacas Cidade Santarém B B B B B I B B B

EB1 de Salvador Cidade Santarém D R B B R I B B B

EB1/JI das Fontainhas Cidade Santarém B B B B B I B B B B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 52

Rede Particular e Solidária

A oferta do 1º ciclo do ensino básico é complementada por dois estabelecimentos da rede

particular: um localizado no planalto (Colégio Valle dos Príncipes) e um localizado na periferia,

na área da Portela das Padeiras (Colégio João de Deus).

De acordo com a informação disponibilizada pelo Colégio João de Deus, este estabelecimento

possui 6 docentes, 7 auxiliares de ação educativa e ainda outros 3 profissionais.

Quadro 32 – Recursos Humanos nos Estabelecimentos do 1º Ciclo da Rede Particular e Solidária na Cidade de Santarém

Estabelecimentos Freguesia Docentes Auxiliares Outros

Colégio João de Deus Cidade Santarém 6 7 3

Colégio Valle dos Príncipes Cidade Santarém * * * * Não respondeu Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Estabelecimentos de Ensino

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Relatório Final Página 53

2.1.3.2 – Freguesias Rurais A rede de estabelecimentos com oferta do 1º ciclo do ensino básico nas freguesias rurais do

concelho de Santarém é assegurada por vinte e sete estabelecimentos da rede pública,

distribuídos por todas as freguesias do concelho3– nove estabelecimentos pertencem ao

Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, cinco ao Agrupamento de Escolas Alexandre

Herculano e treze ao Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques. Com pequenas exceções,

predomina a existência de um estabelecimento por freguesia.

A maioria dos estabelecimentos são de pequena dimensão, correspondendo a escolas

edificadas durante o período do Estado Novo - edificações do Plano Centenário Rural (edifícios

de piso térreo com uma ou duas salas de aula). O Centro Escolar de Alcanede com oito salas de

aula (sete ocupadas), inaugurado em 2010, constitui a principal exceção a essa tendência; de

referir, também, as escolas localizadas nas principais vilas do concelho e que possuem três ou

quatro salas de aula ocupadas (Alcanhões, Vale de Santarém, Amiais de Baixo e Pernes).

No ano letivo de 2013/14, foram disponibilizadas 67 salas de aula, tendo sido ocupadas 59, o

que corresponde a uma taxa de ocupação de 88%. Todos os estabelecimentos disponibilizam

serviço de almoço e Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), designadamente em

Inglês, Educação Física e Expressões, existindo algumas atividades específicas de

agrupamentos, tais como música, educação ambiental e atividades no domínio das ciências

experimentais.

3 Considerando as freguesias existentes antes da reorganização administrativa de 2012, apenas a antiga

freguesia de Vaqueiros não possui oferta do 1º ciclo do ensino básico.

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 54

Quadro 33 – Ano de Construção, Nº de Edifícios e Nº de Salas nos Estabelecimentos do 1º

Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém Agrupam. de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Ano de Constr.

Constr. Raiz

Nº de Edifícios

Nº Total de Salas

Nº Salas Ocupadas

Sá da Bandeira

EB1 das Abitureiras Abitureiras 1975 Sim 1 2 2

EB1 de Alcanhões Alcanhões 1929 Sim 1 4 3

EB1 da Azóia Baixo Achete+Az.Baixo+P.Sant. 1894 Sim 1 1 1

EB1 da Póvoa Sant. Achete+Az.Baixo+P.Sant. 1952 Sim 1 2 2

EB1 da Moçarria Moçarria 1989 Sim 1 3 2

EB1 da Romeira Romeira + Várzea 1951 Sim 1 2 2

EB1 da Várzea Romeira + Várzea 1956 Sim 1 2 1

EB1 de Perofilho Romeira + Várzea 1948 Sim 1 2 2

EB1 de Vale Figueira S.V. Paul + V. Figueira 1965 Sim 1 3 2

SUBTOTAL 9 21 17

Alexandre Herculano

EB1 de Almoster Almoster 1966 Sim 1 1 1

EB1 Casal Charneca Almoster 1968 Sim 1 1 1

EB1 de V. Nova Coito Almoster 1985 Sim 1 1 1

EB1 Póvoa Isenta Póvoa da Isenta 1977 Sim 1 2 2

EB1 do Vale Santarém Vale de Santarém 1985 Sim 1 4 4

SUBTOTAL 5 9 9

D. Afonso Henriques

EB1 da Abrã Abrã 2007 Sim 1 2 2

EB1 de Amiais Cima Abrã 1926 Sim 1 3 2

EB1 da Gançaria Gançaria 1962 Sim 1 1 1

C. Escolar de Alcanede Alcanede 2010 Sim 1 8 7

EB1 dos Amiais Baixo Amiais de Baixo 1977 Sim 1 4 4

EB1 de Advagar Achete+Az.Baixo+P.Sant. 2005 Sim 1 2 2

EB1 do Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças 1956 Sim 1 3 2

EB1 da Azóia de Cima Azóia Cima + Tremês 1895 Sim 1 2 2

EB1 de Tremês Azóia Cima + Tremês 1991 Sim 1 3 2

EB1 de Casével Casével + Vaqueiros 1933 Sim 1 2 2

EB1 de Pernes Pernes 1985 Sim 1 4 4

EB1 do Sobral S.V. Paul + V. Figueira 1962 Sim 1 1 1

EB1 da Tojosa S.V. Paul + V. Figueira 1959 Sim 1 2 2

SUBTOTAL 13 37 33

TOTAL GLOBAL 27 67 59 Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

No ano letivo de 2013/14, existiam, no 1º ciclo das freguesias rurais do concelho de Santarém,

60 docentes, 31 assistentes operacionais e ainda outros 33 profissionais (a maioria integrados

nos POC). A maioria dos recursos humanos estavam associados ao Agrupamento de Escolas D.

Afonso Henriques.

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 55

Quadro 34 – Recursos Humanos no 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém (Ano Letivo 2013/14)

Agrupamento de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Docentes Assis. Oper. Outros

Sá da Bandeira

EB1 das Abitureiras Abitureiras 2 1 1

EB1 de Alcanhões Alcanhões 3 1 2

EB1 da Azóia Baixo Achete+Az.Baixo+P.Sant. 1 0 1

EB1 da Póvoa Sant. Achete+Az.Baixo+P.Sant. 2 0 2

EB1 da Moçarria Moçarria 2 1 2

EB1 da Romeira Romeira + Várzea 2 0 2

EB1 da Várzea Romeira + Várzea 1 0 1

EB1 de Perofilho Romeira + Várzea 2 0 2

EB1 de Vale Figueira S.V. Paul + V. Figueira 2 2 0

SUBTOTAL 17 5 13

Alexandre Herculano

EB1 de Almoster Almoster 1 0 1

EB1 Casal Charneca Almoster 1 0 1

EB1 de V. Nova Coito Almoster 1 0 1

EB1 Póvoa Isenta Póvoa da Isenta 2 1 1

EB1 do Vale Santarém Vale de Santarém 4 4 1

SUBTOTAL 9 5 5

D. Afonso Henriques

EB1 da Abrã Abrã 2 2 2

EB1 de Amiais Cima Abrã 2 2 2

EB1 da Gançaria Gançaria 1 1 0

C. Escolar de Alcanede Alcanede 7 5 3

EB1 dos Amiais Baixo Amiais de Baixo 4 2 2

EB1 de Advagar Achete+Az.Baixo+P.Sant. 2 1 0

EB1 do Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças 2 1 1

EB1 da Azóia de Cima Azóia Cima + Tremês 2 2 0

EB1 de Tremês Azóia Cima + Tremês 3 2 0

EB1 de Casével Casével + Vaqueiros 2 0 3

EB1 de Pernes Pernes 4 2 0

EB1 do Sobral S.V. Paul + V. Figueira 1 0 1

EB1 da Tojosa S.V. Paul + V. Figueira 2 1 1

SUBTOTAL 34 21 15

TOTAL GLOBAL 60 31 33 Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

O estado de conservação da maioria dos espaços de apoio destes estabelecimentos encontra-

se bastante satisfatório (quase sempre classificado como bom ou razoável). Os principais

estrangulamentos estão associados ao estado de conservação deficiente do recreio (coberto e

descoberto), bem como à inexistência de centro de recursos e salas polivalentes.

Relativamente ao estado de conservação das infraestruturas destes vinte e sete

estabelecimentos, verifica-se que é, quase sempre, de bom. De referir que apenas duas

escolas dispõem de rede de gás.

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 56

Quadro 35 – Estado de Conservação dos Espaços de Apoio dos Estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém

Agrupamento de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Localidade Geral Salas Ativ.

C. Recur.

Sala Polival.

Refeit. Inst.

Sanit. Campo Jogos

Recreio Coberto

Recreio Descob.

Sá da Bandeira

EB1 das Abitureiras Abitureiras Abitureiras B B I I R B I I R

EB1 de Alcanhões Alcanhões Alcanhões R R I I B R I I R

EB1 da Azóia Baixo Achete+Az.Baixo+P.Sant. Azóia de Baixo B B I I B B I I D

EB1 da Póvoa Sant. Achete+Az.Baixo+P.Sant. Póvoa Santarém B B I I B R I D D

EB1 da Moçarria Moçarria Moçarria B B I I B B I D D

EB1 da Romeira Romeira + Várzea Romeira B B I I B B B R R

EB1 da Várzea Romeira + Várzea Várzea B B I I R R D R R

EB1 de Perofilho Romeira + Várzea Perofilho B B I I R R D R R

EB1 de Vale Figueira S.V. Paul + V. Figueira Vale Figueira B B I I B B B R B

Alexandre Herculano

EB1 de Almoster Almoster Almoster R R I I I R I I R

EB1 Casal Charneca Almoster Casal Charneca R R I I I R I I D

EB1 de V. Nova Coito Almoster V. Nova do Coito R R I I I R I I D

EB1 Póvoa Isenta Póvoa da Isenta Póvoa da Isenta R R I I R R I I R

EB1 do Vale Santarém Vale de Santarém Vale de Santarém B B R B B R R D R

D. Afonso Henriques

EB1 da Abrã Abrã Abrã B B I I R R R D R

EB1 de Amiais Cima Abrã Amiais de Cima B B I B B B B R R

EB1 da Gançaria Gançaria Gançaria B B I I I B I I R

C. Escolar de Alcanede Alcanede Alcanede B B B B B B B B B

EB1 dos Amiais Baixo Amiais de Baixo Amiais de Baixo B B I B B B B R B

EB1 de Advagar Achete+Az.Baixo+P.Sant. Advagar R R I I I R I I D

EB1 do Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças Arn. Milhariças B B I R R R I D R

EB1 da Azóia de Cima Azóia Cima + Tremês Azóia de Cima R R I I I R I D D

EB1 de Tremês Azóia Cima + Tremês Tremês B B I I B B I D R

EB1 de Casével Casével + Vaqueiros Casével R R I I I R I R R

EB1 de Pernes Pernes Pernes B B I B B B I R B

EB1 do Sobral S.V. Paul + V. Figueira Sobral B B I I B B I D R

EB1 da Tojosa S.V. Paul + V. Figueira Tojosa B B I I I B I I B B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 57

Quadro 36 – Estado de Conservação das Infraestruturas dos Estabelecimentos do 1º Ciclo do Ensino Básico nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém Agrupamento

de Escolas Estabelecimentos Freguesia Localidade Cobert.

Paredes/ Tetos

Pavim. Rede Água

Rede Esgotos

Rede Gás

Rede Eletric.

Rede Telecom.

Climat.

Sá da Bandeira

EB1 das Abitureiras Abitureiras Abitureiras B B B B B I B B B

EB1 de Alcanhões Alcanhões Alcanhões R R B B I I B B B

EB1 da Azóia Baixo Achete+Az.Baixo+P.Sant. Azóia de Baixo B B B B R I B B B

EB1 da Póvoa Sant. Achete+Az.Baixo+P.Sant. Póvoa Santarém B B B B B I B B B

EB1 da Moçarria Moçarria Moçarria B B B B I I B B B

EB1 da Romeira Romeira + Várzea Romeira B B B B B I B B B

EB1 da Várzea Romeira + Várzea Várzea R B B B R I B B B

EB1 de Perofilho Romeira + Várzea Perofilho B B B B R I B B B

EB1 de Vale Figueira S.V. Paul + V. Figueira Vale Figueira B B B B R I B B B

Alexandre Herculano

EB1 de Almoster Almoster Almoster B B B B B I B B B

EB1 Casal Charneca Almoster Casal Charneca B B B B B I B B B

EB1 de V. Nova Coito Almoster V. Nova do Coito B B B B B I B B B

EB1 Póvoa Isenta Póvoa da Isenta Póvoa da Isenta B B B B B I B B B

EB1 do Vale Santarém Vale de Santarém Vale de Santarém B B B B B B B B B

D. Afonso Henriques

EB1 da Abrã Abrã Abrã B R B B I I B B B

EB1 de Amiais Cima Abrã Amiais de Cima B B B B I I B B B

EB1 da Gançaria Gançaria Gançaria B B B B R I B B B

C. Escolar de Alcanede Alcanede Alcanede B B B B B B B B B

EB1 dos Amiais Baixo Amiais de Baixo Amiais de Baixo B R B B B I B B B

EB1 de Advagar Achete+Az.Baixo+P.Sant. Advagar B B B B R I B B B

EB1 do Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças Arn. Milhariças B R B B R I B B B

EB1 da Azóia de Cima Azóia Cima + Tremês Azóia de Cima R R B B R I B B B

EB1 de Tremês Azóia Cima + Tremês Tremês B B B B B I B B B

EB1 de Casével Casével + Vaqueiros Casével B R B B R I B B B

EB1 de Pernes Pernes Pernes B R B B B I B B B

EB1 do Sobral S.V. Paul + V. Figueira Sobral B B B B R I B B B

EB1 da Tojosa S.V. Paul + V. Figueira Tojosa B B B B R I B B B B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 58

2.1.4 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Rede Pública

Dado constituírem uma oferta de ensino de nível superior, os 2º e 3º ciclos do ensino básico

estão apenas presentes na cidade de Santarém e nos centros urbanos de Alcanede e de

Pernes, no que diz respeito à oferta pública.

Os estabelecimentos públicos localizados nas vilas de Alcanede e de Pernes correspondem a

EB 2,3, agregando simultaneamente os 2º e 3º ciclos do ensino básico. Correspondem a

estabelecimentos de tipologia T11 (com capacidade teórica para 11 turmas), possuindo 12/13

salas normais e 7 salas específicas. Contudo, nenhum dos estabelecimentos possui pavilhão

polidesportivo. A Escola Básica de Alcanede corresponde à sede do Agrupamento de Escolas,

possuindo oferta no curso vocacional de informática, para o 3º ciclo do ensino básico.

Na cidade de Santarém existem também três estabelecimentos de tipologia EB2,3, dois de

tipologia T30 – Escola Básica Alexandre Herculano (escola sede do agrupamento com o mesmo

nome) e Escola Básica D. João II – e um de tipologia T24 – Escola Básica Mem Ramires. As duas

primeiras possuem 20/21 salas de aula normais e cerca de 11/15 salas específicas. Por sua vez,

a Escola Básica Mem Ramires possui 13 salas normais e 10 salas específicas. Qualquer destes

três estabelecimentos está apetrechado com pavilhão desportivo. Na Escola Básica Alexandre

Herculano disponibiliza cursos vocacionais para o 2º ciclo (“Princípios para a Vida Ativa”) e

para o 3º ciclo do ensino básico (“ Produção Alimentar, Confeção e Serviço de Mesa/ Artes &

Desporto/ Tecnologias da Imagem).

Quadro 37 – Ano de Construção, Nº de Edifícios e Nº de Salas dos Estabelecimentos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Estabelecimentos Ano de

Construção Construção

Raiz Nº de

Edifícios Nº de Salas de Aula

Normais Laborat. Inform. EV/ET Outras

Escola Básica de Alcanede 1993 Sim 1 12 2 1 3 1

Escola Básica de Pernes 1980 Sim 4 13 2 1 3 1

Escola Básica Alex.Herculano 1987 sim 6 20 6 2 5 2

Escola Básica D. João II 1995 Sim 5 21 4 2 5 0

Escola Sec. Sá da Bandeira 1943 (a) Sim 1 32 6 5 4 2

Escola Básica Mem Ramires 1987 Sim 5 13 1 2 3 4

Escola Sec. Dr.Gin. Machado 1969 Sim 5 26 5 4 3 6 (a) Requalificação em 2010 Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 59

O ensino secundário é lecionado em duas escolas secundárias, onde também é lecionado o 3º

ciclo do ensino básico (este dirigido, fundamentalmente, a alunos que residem na cidade de

Santarém): Escola Secundária Dr. Ginestal Machado e Escola Secundária Sá da Bandeira (estes

estabelecimentos constituem escolas sedes dos agrupamentos com o mesmo nome).

A Escola Secundária Dr. Ginestal Machado, de tipologia T42, foi construída em 1969 (à data,

Escola Comercial e Industrial de Santarém). Possui 26 salas normais, 5 laboratórios, 4 salas de

informática, 3 salas de educação visual e tecnológica e 6 oficinas. Possui pavilhão. Na sua

oferta incluem-se quatro cursos científico-humanísticos (Ciências e Tecnologias, Artes Visuais,

Ciências Sócio Económicas e Línguas e Humanidades) e três cursos profissionais (Técnico de

Artes do Espetáculo, Multimédia e Programação e Gestão de Sistemas Informáticos). No 3º

ciclo é ainda oferecido o curso vocacional de Artes Gráficas, Comércio e Informática.

A Escola Secundária Sá da Bandeira, inicialmente de tipologia T 42 (edificada em 1943 como

Liceu Nacional) foi objeto de um profundo processo de requalificação e ampliação em 2010, ao

abrigo do Programa de Modernização do Parque Escolar de estabelecimentos do ensino

secundário (atualmente com capacidade para 44 turmas). Possui 32 salas normais e 17 salas

específicas (6 laboratórios, 5 salas informática, 4 salas de educação visual e tecnológica e 2

oficinas). Possui pavilhão desportivo. Disponibiliza três cursos científico-humanísticos (Ciências

e Tecnologias, Ciências Sócio Económicas e Línguas e Humanidades) e cinco cursos

profissionais (Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, Equipamentos Informáticos, Energia

Renováveis, Vendas e Auxiliar de Saúde).

Quadro 38 – Recursos Humanos nos 2 e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário por Agrupamentos de Escolas (Ano Letivo 2013/14)

Agrupamento de Escolas

Estabelecimentos Freguesia Docentes Assist. Técn. Assis. Oper. Outros

D. Afonso Henriques

Escola Básica de Alcanede Alcanede 39 10 15 1

Escola Básica de Pernes Pernes 20 3 11 4

SUBTOTAL 59 13 26 5

Alexandre Herculano

Escola Básica Alex. Herculano Cidade Santarém 71 8 23 2

SUBTOTAL 71 8 23 2

Sá da Bandeira Escola Básica D. João II Cidade Santarém 61 2 25 0

Escola Sec. Sá da Bandeira Cidade Santarém 135 14 16 0

SUBTOTAL 196 16 41 0

Dr. Ginestal Machado

Escola Básica Mem Ramires Cidade Santarém 32 2 16 2

Escola Sec. Dr.Gin. Machado Cidade Santarém 93 13 21 0

SUBTOTAL 125 15 37 2

TOTAL GLOBAL 451 52 127 9 Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 60

No ano letivo de 2013/14, estiveram ao serviço, nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e no ensino

secundário, 451 docentes, 52 assistentes técnicos, 127 assistentes operacionais e ainda 9

outros técnicos. As duas escolas secundárias, simultaneamente escolas-sede de agrupamento,

são as que possuem um maior número de recursos humanos ao serviço.

O estado de conservação dos edifícios e respetivos espaços de apoio e infraestruturas

apresentam-se heterogéneos nos sete estabelecimentos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e

do ensino secundário.

Com efeito, a Escola Secundária Sá da Bandeira, ao ter sido alvo de um recente e profundo

processo de requalificação/ ampliação, apresenta os seus diversos espaços e infraestruturas

em bom estado de conservação.

Os restantes quatro estabelecimentos localizados na cidade de Santarém (Escola Secundária

Dr. Ginestal Machado e Escolas Básicas de Alexandre Herculano, D. João II e Mem Ramires)

apresentam a maioria dos espaços num bom ou razoável estado de conservação; ainda assim,

são identificados alguns problemas, tais como o pavimento e a rede de esgotos na Escola

Alexandre Herculano, a cobertura e as paredes na Escola D. João II e a climatização na Escola

Mem Ramires e Ginestal Machado.

As Escolas Básicas de Alcanede e de Pernes apresentam-se globalmente num estado de

conservação razoável, ainda que tenham sido referidos alguns problemas, sobretudo

associados ao campo de jogos, cobertura, pavimento e rede de água.

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Relatório Final Página 61

Quadro 39 – Estado de Conservação dos Espaços de Apoio dos Estabelecimentos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Estabelecimentos Freguesia Geral Salas Aula

Labor. Salas

Espec. Sala

Conv. Sala

Profs. Gabin. Direç.

Gabin. Admin

C. Recur.

Sala Poliv.

Refeit. Inst.

Sanit. Pavil.

Campo Jogos

Esp. Exter.

Escola Básica de Alcanede Alcanede B B B B I B B R R I B D I D R

Escola Básica de Pernes Pernes B B B B I B B R R I B R I D R

Escola Básica A. Herculano Cidade Santarém R R R R R B B R B I B B R R B

Escola Básica D. João II Cidade Santarém R R R R R R R R R R R R B R R

Escola Sec. Sá da Bandeira Cidade Santarém B B B B B B B B B B B B B B B

Escola Básica M. Ramires Cidade Santarém B B R B B B B B B I B R B R B

Escola Sec. Gin. Machado Cidade Santarém B R R B R B B B B I B R R R R B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

Quadro 40 – Estado de Conservação das Infraestruturas dos Estabelecimentos dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Estabelecimentos Freguesia Cobert. Paredes/

Tetos Pavim.

Rede Água

Rede Esgotos

Rede Gás Rede

Eletric. Rede

Telecom. Climat.

Escola Básica de Alcanede Cidade Santarém R B D D R R B B R

Escola Básica de Pernes Cidade Santarém D B R D R R B B R

Escola Básica Alex.Herculano Cidade Santarém B B D R D B R R D

Escola Básica D. João II Cidade Santarém D D R R R R R R R

Escola Sec. Sá da Bandeira Cidade Santarém B B B B B B B R R

Escola Básica Mem Ramires Cidade Santarém R B B B B B B R D

Escola Sec. Dr.Gin. Machado Cidade Santarém R B R B B B B B D

B (Bom); R (Razoável); D (Deficiente); I (Inexistente) Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 62

Rede Particular

O 2º e 3º ciclo do ensino básico está também presente no concelho de Santarém através do

Colégio Infante Santo (anterior Instituto Educativo do Ribatejo) que, em conjunto com a Escola

Técnico-Profissional do Ribatejo, forma um polo educativo localizado em Tremês, beneficiando

assim de uma localização central no contexto concelhio. A escola utiliza diversos serviços

comuns com a escola profissional (casos do refeitório, biblioteca e campo de jogos).

À semelhança do estabelecimento dos 2º e 3º ciclos do ensino básico, a Escola Técnico-

Profissional do Ribatejo começou a funcionar no ano letivo de 2002/03, tendo uma área de

influência bastante significativa, onde se incluem diversos municípios vizinhos. Este

estabelecimento apresenta uma oferta de cursos profissionais diversificada, designadamente

em técnico de Análise Laboratorial, Apoio à Infância, Comércio, Eletrotecnia e Gestão de

Equipamentos Informáticos; inclui ainda o Curso Vocacional de Tecnologias e Comércio.

A Escola Profissional do Vale do Tejo (primeira escola profissional do concelho, a funcionar

desde o ano letivo de 2001/02), encontra-se a utilizar as antigas instalações do Instituto

Superior de Línguas e Administração. A oferta de cursos é diversificada, incluindo os cursos

profissionais de técnico de Restauração, Apoio Psicossocial, Turismo, Multimédia e de

Comunicação (áreas de Marketing, Relações Públicas e Publicidade).

No total estes estabelecimentos apresentam 82 docentes, 17 auxiliares de ação educativa, 6

administrativos e ainda outros 2 profissionais (no caso da Escola Profissional do Vale do Tejo).

Quadro 41 – Recursos Humanos nos Estabelecimentos dos 2º e 3º Ciclos e Ensino Profissional da Rede Particular e Solidária na Cidade de Santarém

Estabelecimentos Freguesia Docentes Auxiliares Administ. Outros

Colégio Infante Santo Azóia Cima+Tremês 31 12 1 0

Escola Técnico-Profissional do Ribatejo Azóia Cima+Tremês 26 1 3 0

Escola Profissional do Vale do Tejo Cidade Santarém 25 4 2 2

TOTAL 82 17 6 2 Fonte: Câmara Municipal de Santarém e Estabelecimentos de Ensino

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Relatório Final Página 63

2.1.5 – Formação Profissional e Extraescolar

O sistema de formação profissional sob a tutela do Ministério da Solidariedade, Emprego e

Segurança Social inclui duas instituições fundamentais.

O Centro de Formação Profissional de Santarém, localizado na zona industrial e que constitui

um centro de formação de gestão direta do Instituto de Emprego e Formação Profissional,

abrangendo diversas áreas de formação. Contempla modalidades de formação para jovens,

para adultos em diversas áreas de formação e um Centro de Reconhecimento, Validação e

Certificação de Competências (RVCC).

O CENFIM (Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica),

cujo núcleo de Santarém funciona desde 1987, encontra-se a funcionar em instalações

alugadas do Centro de Formação Profissional de Santarém. Este centro de formação

participada inclui formação essencialmente no setor metalomecânico e eletromecânico, ainda

que abranja também outras áreas, designadamente na vertente agroalimentar e no setor

terciário.

Importa também referir o Conservatório de Música de Santarém, que é uma cooperativa sem

fins lucrativos fundada em maio de 1985; desde setembro de 2011 que funciona no

remodelado edifício do Palácio João Afonso, localizado no centro histórico da cidade. Desde a

sua fundação que o Conservatório, com paralelismo pedagógico, desenhado oficialmente pelo

Ministério da Educação, leciona em regime articulado e supletivo os cursos Básicos (do 1º ao

5º graus) e Secundários (do 6º ao 8º graus) de música.

De destacar, ainda, as áreas de intervenção da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e

Amigos do Cidadão com Deficiência Mental), que funciona desde 1973 no concelho e desde

1980, na Quinta da N. S. Rosário, no Vale de Santarém. Das diversas respostas sociais que esta

instituição particular de solidariedade social possui, importa referir o Centro Socioeducativo

para pessoas com deficiência entre os 6 e 18 anos de idade, os dois Centros de Atividades

Ocupacionais para a população adulta (incluindo atividades terapêuticas, ocupacionais,

socialmente úteis, lúdicas e recreativas) e o Centro de Formação Profissional, que inclui alunos

com mais de 15 anos em diversas valências formativas.

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Relatório Final Página 64

2.1.6 – Ensino Superior

O ensino superior concentra-se integralmente na cidade de Santarém através do Instituto

Politécnico de Santarém (IPS), constituído por quatro estabelecimentos – Escola Superior de

Educação, Escola Superior de Gestão (localizadas no Complexo Andaluz, no extremo sudoeste

do planalto), Escola Superior Agrária e Escola Superior de Saúde (localizadas na periferia da

cidade, junto à circular urbana) – e de uma instituição privada (ISLA - Instituto Superior de

Línguas e Administração).

A Escola Superior de Educação constitui uma evolução da antiga Escola do Magistério Primário

e ao mesmo tempo beneficiou de uma nova filosofia do Ministério da Educação na Formação

de Professores, em que se privilegiou a descentralização (para as principais cidades do país) da

formação de professores para o 2º ciclo. Compreende licenciaturas em Animação Cultural e

Educação Comunitária, Artes Plásticas e Multimédia, Educação Básica, Educação e

Comunicação Multimédia e Educação Social; relativamente a mestrados a oferta é também

diversificada, incluindo a Administração Educacional, a Supervisão e Orientação Pedagógica,

Educação e Comunicação Multimédia, Educação Social e Intervenção Comunitária, Educação

Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico e Ensino do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico.

A Escola Superior de Gestão é a de criação mais recente; a sua filosofia é a de formar técnicos

para os quadros médios e superiores, para a gestão de empresas onde a utilização das novas

tecnologias da informação tenha algum relevo. Inclui licenciaturas em Contabilidade e

Fiscalidade, Gestão de Empresas, Informática, Marketing e Publicidade, tendo este ano sido

também oferecidos os cursos de Negócios Internacionais e de Redes Sociais; no que se refere a

mestrados, a oferta inclui os cursos de Contabilidade e Finanças, Gestão de Organizações de

Economia Social, Gestão Pública, Marketing, Sistemas de Informação de Gestão, tendo este

ano sido lançado o curso de Empreendedorismo.

A Escola Superior Agrária deriva da antiga Escola de Regentes Agrícolas inaugurada no final do

século XIX, formando técnicos agrícolas e agroindustriais de nível intermédio, prestando

também apoio às explorações agrícolas da região, particularmente nos domínios da análise de

solos e da proteção animal; relativamente a este último domínio há que destacar o papel que

tem vindo a ser desempenhado pela Estação Zootécnica Nacional, localizada na freguesia do

Vale de Santarém. A sua oferta inclui licenciaturas em Engenharia do Ambiente, Nutrição

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Relatório Final Página 65

Humana e Qualidade Alimentar, Agronomia, Produção Animal e Tecnologia Alimentar e

mestrados em Agricultura Sustentável, Tecnologia Alimentar, Agro Silvo Pastorícia

Mediterrânica, Culturas Horto-Industriais e Produção e Tecnologia Animal.

A Escola Superior de Saúde (antiga Escola de Enfermagem) procura suprir as grandes carências

do setor da saúde no domínio dos cuidados de enfermagem. A oferta de cursos de mestrado

de enfermagem incluem os domínios de enfermagem comunitária, de reabilitação, de saúde

da criança e do jovem, de saúde familiar, de saúde materna e obstetrícia e de pessoas em

processos de doença na comunidade; de realçar ainda a existência de pós-licenciaturas e de

pós-graduações (designadamente nos domínios dos cuidados paliativos e continuados).

O I.S.L.A., que foi a primeira instituição de ensino superior a surgir na cidade de Santarém (ano

letivo de 1984/85), inicialmente mais vocacionada para cursos de línguas e administração,

tendo posteriormente diversificado a sua oferta a novas áreas. A diminuição progressiva do

número de alunos levou este estabelecimento a reestruturar-se, levando à diversificação das

ofertas de formação. Disponibiliza licenciaturas em Engenharia e Segurança no Trabalho,

Informática de Gestão, Gestão, Gestão Comercial e Gestão de Recursos Humanos (para o qual

existe também um curso de mestrado); existem ainda diversas pós-graduações e cursos

técnico-superiores profissionais.

Os cinco estabelecimentos do ensino superior possuíam, no ano letivo de 2014/15, um total de

245 docentes, a maioria dos quais (143, cerca de 58%) detentores do grau de mestre.

Quadro 42 – Recursos Humanos nos Estabelecimentos de Ensino Superior no Concelho de Santarém

ESTABELECIMENTO Número de

Salas

Professores

Doutor. Mestres Licenc.

Escola Superior Agrária (IPS) 45 17 31 6

Escola Superior de Educação (IPS) 34 17 28 3

Escola Superior de Saúde (IPS) 6 5 26 2

Escola Superior de Gestão e Tecnologia (IPS) 22 19 24 3

ISLA 14 18 34 12

TOTAL 121 76 143 26 Fonte: Instituto Politécnico de Santarém e ISLA

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Relatório Final Página 66

2.2 – A Procura de Ensino

2.2.1 – Evolução Geral

No concelho de Santarém, a evolução recente (últimos cinco anos letivos) do número de

alunos que frequentam a rede pública de estabelecimentos de ensino4 permite verificar uma

tendência global para a estagnação/ ligeiro decréscimo.

Com efeito, ao longo dos últimos cinco anos letivos, o número de alunos que frequentavam a

educação pré-escolar e os três ciclos do ensino básico e o ensino secundário (quer na vertente

dos cursos científico-humanísticos quer na vertente dos cursos profissionais) tem oscilado

entre os 7.900 e 8.200 (atingiu o seu máximo no ano letivo 2012/13 e o seu mínimo em

2014/15).

Quadro 43 – Evolução do Número de Alunos por Nível de Ensino (rede pública)

Nível de Ensino 2010-11 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 Variação (%)

10/11 – 14/15

Pré-Escolar 987 1.041 1.042 1.002 1.007 2,0

1º Ciclo 2.445 2.447 2.435 2.313 2.237 -8,5

2º Ciclo 1.226 1.216 1.177 1.192 1.159 -5,5

3º Ciclo 1.704 1.718 1.803 1.812 1.881 10,4

Subtotal E. Básico 5.375 5.381 5.415 5.317 5.277 -1,8

C. C. Humanísticos 1.354 1.377 1.341 1.268 1.281 -5,4

C. Profissionais 324 364 396 407 342 5,6

Subtotal E. Secund. 1.678 1.741 1.737 1.675 1.623 -3,3

TOTAL GLOBAL 8.040 8.163 8.194 7.994 7.907 -1,7

Fonte: Agrupamentos de Escolas

Contudo, numa análise mais pormenorizada, constata-se que existem padrões evolutivos

distintos, de acordo com os diferentes níveis e ciclos de ensino:

A educação pré-escolar apresenta uma tendência para a estagnação na sua procura;

Os dois primeiros ciclos do ensino básico e os cursos científico-humanísticos do ensino

secundário apresentam uma tendência para o decréscimo na sua procura;

O 3º ciclo do ensino básico e os cursos profissionais do ensino secundário apresentam

um crescimento na sua procura.

4 Exclui-se desta análise o ensino superior, que será abordada mais à frente.

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Relatório Final Página 67

Os quatro agrupamentos de escolas existentes no concelho apresentam uma dimensão

considerável, na medida em que integram uma população escolar compreendida entre os

1.500 e os 3.00 alunos. De realçar a maior dimensão do Agrupamento de Escolas Sá da

Bandeira, que em 2014/15 incluía cerca de 2.911 alunos.

Quadro 44 – Número de Alunos por Agrupamento de Escolas (2014/15)

Nível de Ensino Afonso

Henriques Alexandre Herculano

Dr. Ginestal Machado

Sá da Bandeira

TOTAL

Pré-Escolar 371 242 119 275 1.007

1º Ciclo 512 660 339 726 2.237

2º Ciclo 201 282 283 393 1.159

3º Ciclo 432 353 500 596 1.881

Subtotal E. Básico 1.145 1.295 1.122 1.715 5.277

C. C. Humanísticos - - 557 724 1.281

C. Profissionais - - 145 197 342

Subtotal E. Secund. - - 702 921 1.623

TOTAL GLOBAL 1.516 1.537 1.943 2.911 7.907

Fonte: Agrupamentos de Escolas

Figura 10 – Evolução do Número de Alunos por Nível de Ensino (rede pública)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

2010-11

2014-15

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Relatório Final Página 68

Um indicador relevante a nível concelhio é a taxa bruta de escolarização, que reflete a relação

entre o número de alunos matriculados num determinado ano/ciclo de escolaridade e a

população residente com a idade própria para a frequência desse ano/ciclo de escolaridade.

Assim, constata-se que para a educação pré-escolar pública a taxa de pré-escolarização

concelhia é baixa (cerca de 60%), sendo consideravelmente inferior nas freguesias urbanas

(48%); contudo, se juntarmos as crianças inscritas nos estabelecimentos da rede particular e

da rede de instituições particulares de solidariedade social a taxa de pré-escolarização atinge

já níveis relativamente elevados, com valores semelhantes na cidade de Santarém e nas

freguesias rurais (cerca de 93/95%).

No ensino básico a taxa bruta de escolarização é de cerca de 111%, reflexo da existência de

taxas de retenção, que contribuem para a presença de alunos com idade superior em níveis de

ensino mais baixos.

A elevada taxa de escolarização do ensino secundário justifica-se não só pelas maiores taxas de

repetência e de abandono, mas sobretudo, pela atratividade gerada pelos estabelecimentos da

rede pública e particular (ensino profissional) relativamente a concelhos limítrofes, o que gera

níveis de procura superiores à população com idade para frequentar este nível de ensino.

Quadro 45 – Taxa Bruta de Escolarização por Nível de Ensino no Concelho de Santarém em 2011

Nível de Ensino Grupo Etário

(2011) Nº Alunos (2010/11)

Taxa Bruta de Escolarização (%)

Pré-Escolar Público 1.732 (928*) 1.041 (446*) 60,1 (48,1*)

Pré-Escolar Público+Partic. 1.732 (928*) 1618 (886*) 93,4 (95,5*)

1º Ciclo do E. Básico Público 2.408 2.445 101,5

2º Ciclo do E. Básico Público 1.320 1.226 92,9

3º Ciclo do E. Básico Público 1.787 1.704 95,4

Subtotal E. Básico Público 5.515 5.375 97,5

E. Básico Público+Particular 5.515 6.125 111,1

E. Secundário Público 1.739 1.678 96,5

E. Secundário Público+Part. 1.739 2.358 135,6 *Valor respeitante à Cidade de Santarém, considerando o ano de 2011/12 (integrando o C. Escolar Salgueiro Maia)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística e Agrupamentos de Escolas (tratamento Próprio)

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Relatório Final Página 69

2.2.2 – Educação Pré-Escolar

2.2.2.1 – Cidade de Santarém

Rede Pública

A educação pré-escolar pública na cidade de Santarém registou nos últimos cinco anos letivos

um acréscimo considerável na sua procura, passando de 351 crianças em 2010/11 para 431

crianças em 2014/15, o que corresponde a um aumento de praticamente 23% em cinco anos.

Este crescimento associa-se, por um lado, ao acréscimo populacional verificado na cidade e,

por outro, ao aumento da oferta pública, através da inauguração do Centro Escolar Salgueiro

Maia, no Jardim de Baixo; contudo, no último ano letivo registou-se já um decréscimo no

número de crianças inscritas.

Quadro 46 – Evolução do Número de Crianças, na Cidade de Santarém, na Rede Pública

da Educação Pré-Escolar 2010-11 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 Variação (%)

10/11 – 14/15

351 446 456 462 431 22,8 Fonte: Agrupamentos de Escolas

Numa análise por jardim de infância, constata-se que a maioria dos estabelecimentos

registaram uma estagnação/ ligeiro decréscimo no número de crianças inscritas, entre

2010/11 e 2014/15. Mais uma vez, importa realçar a procura elevada do jardim de infância

integrado no novo Centro Escolar do Jardim de Baixo (100 crianças, correspondendo à

capacidade máxima deste estabelecimento).

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Relatório Final Página 70

Quadro 47 – Evolução do Número de Crianças, na Cidade de Santarém, por Estabelecimento na Rede Pública da Educação Pré-Escolar

Agrupamento Estabelecimento 2010-11 2014-15 Var. (%) Nº Salas (2014/15)

Rácio Crian./Salas

Dr. Ginestal Machado

JI da Feira 33 34 3,0 2 17,0

JI do Sacapeito 70 66 -5,7 3 22,0

JI da EB1 do Pereiro 25 19 -24,0 1 19,0

Sá da Bandeira JI do Centro Escolar Salg.Maia - 100 - 4 25,0

JI da EB da Portela Padeiras 20 25 25,0 1 25,0

Alexandre Herculano

JI da Anacoreta 61 54 -11,5 3 18,0

JI do Choupal 45 40 -11,1 2 20,0

JI da EB1 dos Combatentes 25 24 -4,0 1 24,0 JI da EB1 das Fontaínhas 22 21 -4,5 1 21,0

JI da EB1 de S. Domingos 50 48 -4,0 2 24,0

TOTAL 351 431 22,8 20 21,6 Fonte: Agrupamentos de Escolas

A análise da distribuição do número de crianças por idade na educação pré-escolar na cidade

de Santarém permite concluir da sua distribuição equilibrada por classes de idade, embora se

evidencie uma maior procura nos escalões etários que antecedem a entrada no ensino

obrigatório (4 e 5 anos de idade).

Quadro 48 – Número de Crianças por Idade na Rede Pública da Educação Pré-Escolar, na

Cidade de Santarém (2014/15) Agrupamento Estabelecimento 3 anos 4 anos 5/6 anos

Dr. Ginestal Machado

JI da Feira 13 9 12

JI do Sacapeito 23 20 23 JI da EB1 do Pereiro 6 4 9

Sá da Bandeira JI do Centro Escolar Salg.Maia 27 32 41

JI da EB da Portela Padeiras 1 12 12

Alexandre Herculano

JI da Anacoreta 17 20 17

JI do Choupal 9 16 15

JI da EB1 dos Combatentes 9 4 11

JI da EB1 das Fontaínhas 1 15 5

JI da EB1 de S. Domingos 8 14 26

TOTAL 114 146 171 Fonte: Agrupamentos de Escolas

No que diz respeito ao número de crianças com necessidades educativas especiais na

educação pré-escolar constata-se que esse número tem sido bastante baixo – média de 5

crianças por ano letivo (traduzindo um rácio de aproximadamente 1 criança com necessidades

educativas especiais por cada 100 que se encontram matriculadas).

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Relatório Final Página 71

Quadro 49 – Número de Crianças com Necessidades Educativas Especiais, na Cidade de Santarém, na Rede Pública da Educação Pré-Escolar

2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº NEE/ 100 crianças

6 5 4 5 1,1 Fonte: Agrupamentos de Escolas

Já em relação ao número de crianças da educação pré-escolar apoiadas pela ação social

escolar, constata-se que esse valor é significativo, verificando-se uma média de 201 crianças

por ano letivo (em média, por cada 100 crianças que frequentam a educação pré-escolar, 44

são apoiadas pela ação social escolar).

Quadro 50 – Número de Crianças Apoiadas pela Ação Social Escolar, na Cidade de Santarém, na Rede Pública da Educação Pré-Escolar

2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº Apoios/ 100 crianças

185 197 222 201 44,2 Fonte: Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 72

Rede Particular

No cidade de Santarém, a rede particular e solidária de creches e jardins de infância possui

uma importância considerável.

Com efeito, existem 10 estabelecimentos que disponibilizam simultaneamente as valências de

creche e de jardim de infância.

Tendo em consideração a informação disponibilizada por 9 dos 10 estabelecimentos

existentes, no ano letivo de 2014/15 frequentavam a educação pré-escolar 481 crianças;

relativamente à valência de creche, esta era frequentada por 392 crianças. De realçar os três

estabelecimentos do Centro Social Interparoquial de Santarém, que incluem no total 151

crianças distribuídas por 11 salas, na valência de creche, e 226 crianças na valência de jardim

de infância distribuídas por 10 salas.

Quadro 51 – Número de Crianças na Rede Particular e Solidária de Creches e Jardins de Infância, na Cidade de Santarém (2014/15)

Estabelecimento Creche Jardim de Infância

Salas Crian. Salas 3 Anos 4 Anos 5/6 Total

Centro Social Interparoquial – Un.P.M.F.Borges 7 95 6 48 50 45 143

Centro Social Interparoquial - S. Domingos 3 45 3 20 25 25 70

Centro Social Interparoquial - Ribeira Santarém 1 11 1 5 4 4 13

Santa Casa da Misericórdia - "Os Amiguinhos" 4 54 3 24 22 21 27

Colégio Valle dos Princípes 4 60 3 25 25 25 75

Colégio João de Deus 4 60 3 25 25 25 75 Colégio "Os Lusitanos" 3 33 2 12 22 11 45

Colégio "Fraldas e Companhia" 3 13 1 4 5 6 15

"O Meu Pequeno Mundo" 3 21 1 10 8 0 18

Creche "Fraldas de Fora" * * * * * * *

TOTAL 32 392 23 173 186 162 481 * Não respondeu Fonte: Jardins de Infância

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Relatório Final Página 73

2.2.2.2 – Freguesias Rurais

Rede Pública

Contrariamente ao que sucedeu com a cidade de Santarém, as freguesias rurais do concelho

de Santarém registaram um decréscimo acentuado na procura, passando de 636 crianças em

2010/11 para 576 crianças em 2014/15, o que corresponde a um decréscimo de praticamente

10% em cinco anos.

Este decréscimo da procura é comum à maioria das freguesias rurais que disponibilizam a

oferta de educação pré-escolar. As principais exceções estão associadas a freguesias que

incluem núcleos urbanos com alguma relevância no contexto concelhio (Abrã, Alcanede,

Amiais de Baixo e União das Freguesias de Azóia de Cima e Tremês).

Quadro 52 – Evolução do Número de Crianças, nas Freguesias Rurais do Concelho de

Santarém, na Rede Pública da Educação Pré-Escolar Freguesia 2010-11 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 Variação (%)

10/11 – 14/15

Abitureiras 16 16 19 18 18 12,5

Abrã 56 54 51 60 60 7,1 Achete+Azoia Baixo+Póvoa S. 64 72 64 53 53 -17,2

Alcanede 79 88 75 71 84 6,3

Alcanhões 45 38 40 42 46 2,2

Almoster 22 14 17 12 17 -22,7

Amiais de Baixo 42 47 48 46 44 4,8

Arneiro das Milhariças 22 22 20 14 19 -13,6

Azóia de Cima + Tremês 42 34 41 42 49 16,7

Casével + Vaqueiros 21 22 26 23 16 -23,8

Gançaria 13 8 11 10 11 -15,4

Moçarria 25 21 20 20 20 -20,0

Pernes 46 37 33 28 36 -21,7

Romeira + Várzea 48 36 39 36 35 -27,1

S.V. Paul + Vale Figueira 46 46 38 28 30 -34,8

Vale de Santarém 49 40 44 37 38 -22,4

TOTAL 636 595 586 540 576 -9,4 Fonte: Agrupamentos de Escolas

Numa análise por jardim de infância, constata-se que a maioria dos estabelecimentos possuem

apenas uma sala, verificando-se que em praticamente todas as situações ocorreu um

decréscimo no número de crianças a frequentar a educação pré-escolar entre 2010/11 e

2014/15.

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Relatório Final Página 74

De realçar ainda o facto de, durante a primeira metade da presente década, terem sido

encerrados cinco jardins de infância, consequência do reduzido número de crianças que os

frequentavam e/ou da existência de outras ofertas na sua freguesia: Jardim de Infância nº2 do

Vale de Santarém, e CAIC (Centro de Animação Infantil Comunitário) da Azóia de Baixo, Santos

(União das freguesias de Azóia de Cima e Tremês) e Chã de Baixo (Pernes).

Quadro 53 – Evolução do Número de Crianças por Estabelecimento, nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém, na Rede Pública da Educação Pré-Escolar

Estabelecimento Freguesia 2010-11 2014-15 Var. (%) Nº Salas (2014/15)

Rácio Crian./Salas

JI das Abitureiras Abitureiras 16 18 12,5 1 18,0 JI de Alcanhões Alcanhões 45 46 2,2 2 23,0

CAIC da EB da Azóia Baixo Achete+Azoia Baixo+Póvoa 12 0 - - - JI da Póvoa de Santarém Achete+Azoia Baixo+Póvoa 22 19 -13,6 1 19,0

JI da Moçarria Moçarria 25 20 -20,0 1 20,0 JI da Romeira Romeira + Várzea 23 22 -4,3 1 22,0 JI da Várzea Romeira + Várzea 25 13 -48,0 1 13,0

JI da EB1 de Vale de Figueira S.V. Paul + Vale Figueira 21 12 -42,9 1 12,0 JI de Almoster Almoster 22 17 -22,7 1 17,0

JI da EB1 Vale Santarém nº1 Vale de Santarém 31 38 22,6 2 19,0 JI da EB1 Vale Santarém nº2 Vale de Santarém 18 0 - - -

JI da Abrã Abrã 18 19 5,6 1 19,0 JI da EB1 de Amiais de Cima Abrã 38 41 7,9 2 20,5

JI da EB1 da Gançaria Gançaria 13 11 -15,4 1 11,0 JI do C. Escolar de Alcanede Alcanede 79 84 6,3 4 21,0

JI da EB1 Amiais de Baixo Amiais de Baixo 42 44 4,8 2 22,0 JI de Achete Achete+Azoia Baixo+Póvoa 21 21 0,0 1 21,0

JI do Verdelho Achete+Azoia Baixo+Póvoa 9 13 44,4 1 13,0 JI da EB1 do Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças 22 19 -13,6 1 19,0

JI de Azóia de Cima Azóia de Cima + Tremês 22 24 9,1 1 24,0 CAIC dos Santos Azóia de Cima + Tremês 9 0 - - -

JI de Tremês Azóia de Cima + Tremês 11 25 127,3 1 25,0 JI de Casével Casével + Vaqueiros 15 16 6,7 1 16,0

JI da EB1 de Vaqueiros Casével + Vaqueiros 6 0 - 0 - JI da EB1 de Pernes Pernes 34 36 5,9 2 18,0

CAIC da Chã de Baixo Pernes 12 0 - - - JI do Sobral S.V. Paul + Vale Figueira 25 18 -28,0 1 18,0

TOTAL 636 576 -9,4 30 19,2 Fonte: Agrupamentos de Escolas

A distribuição do número de crianças por idade na educação pré-escolar nas freguesias rurais

do concelho de Santarém é equilibrada, com ligeiro predomínio do escalão etário dos 5/6

anos.

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Relatório Final Página 75

Quadro 54 – Número de Crianças por Idade, nas Freguesias Rurais do Concelho de

Santarém, na Rede Pública da Educação Pré-Escolar (2014/15) Estabelecimento Freguesia 3 anos 4 anos 5/6 anos

JI das Abitureiras Abitureiras 5 7 6

JI de Alcanhões Alcanhões 12 11 20

CAIC da EB da Azóia de Baixo Achete+Azoia Baixo+Póvoa S. 0 0 0

JI da Póvoa de Santarém Achete+Azoia Baixo+Póvoa S. 8 6 5

JI da Moçarria Moçarria 4 6 10

JI da Romeira Romeira + Várzea 2 11 9

JI da Várzea Romeira + Várzea 3 5 5

JI da EB1 de Vale de Figueira S.V. Paul + Vale Figueira 5 6 1

JI de Almoster Almoster 2 4 11

JI da EB1 do Vale de Santarém nº1 Vale de Santarém 11 13 14

JI da Abrã Abrã 7 8 4 JI da EB1 de Amiais de Cima Abrã 13 16 12

JI da EB1 da Gançaria Gançaria 3 3 5

JI do Centro Escolar de Alcanede Alcanede 27 21 36

JI da EB1 dos Amiais de Baixo Amiais de Baixo 8 13 23

JI de Achete Achete+Azoia Baixo+Póvoa S. 6 7 8

JI do Verdelho Achete+Azoia Baixo+Póvoa S. 5 4 4

JI da EB1 do Arneiro Milhariças Arneiro das Milhariças 9 5 5

JI de Azóia de Cima Azóia de Cima + Tremês 8 3 10

JI de Tremês Azóia de Cima + Tremês 3 14 8

JI de Casével Casével + Vaqueiros 4 7 5

JI da EB1 de Vaqueiros Casével + Vaqueiros 0 0 0

JI da EB1 de Pernes Pernes 11 9 16

JI do Sobral S.V. Paul + Vale Figueira 8 4 6

TOTAL 164 183 223 Fonte: Agrupamentos de Escolas

O número de crianças com necessidades educativas especiais na educação pré-escolar é baixo

– média de 14 crianças por ano letivo (rácio de 2,4 crianças com necessidades educativas

especiais por cada 100 que se encontram matriculadas).

Quadro 55 – Número de Crianças com Necessidades Educativas Especiais, nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém, na Rede Pública da Educação Pré-Escolar

2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº NEE/ 100 crianças

14 16 13 14 2,4 Fonte: Agrupamentos de Escolas

No que diz respeito ao número de crianças da educação pré-escolar apoiadas pela ação social

escolar, constata-se que esse valor é significativo, verificando-se uma média de 249 crianças

por ano letivo (em média, por cada 100 crianças que frequentam a educação pré-escolar, 43,4

são apoiadas pela ação social escolar).

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Relatório Final Página 76

Quadro 56 – Número de Crianças Apoiadas pela Ação Social Escolar, nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém na Rede Pública da Educação Pré-Escolar

2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº Apoios/ 100 crianças

260 254 233 249 43,4 Fonte: Agrupamentos de Escolas

Rede Particular

Nas freguesias rurais existe ainda um estabelecimento (associado à Estação Zootécnica

Nacional, na freguesia do Vale de Santarém) que disponibiliza a valência de jardim de infância,

que incluía 5 salas, frequentadas por total de aproximadamente uma centena de crianças no

ano letivo de 2014/15.

Já no que diz respeito à valência de creche, esta é disponibilizada por seis estabelecimentos da

rede particular e solidária. No ano letivo de 2014/15, de acordo com a informação prestada

por cinco dos seis estabelecimentos existentes, frequentavam esta valência cerca de duas

centenas de crianças, distribuídas por duas dezenas de salas.

Quadro 57 – Número de Crianças na Rede Particular e Solidária de Creches e Jardins de Infância, nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém (2014/15)

Estabelecimento Freguesia Creche Jardim de Infância

Salas Crian. Salas 3 Anos 4 Anos 5/6 Total

Creche "Mãe Celeste" Abrã 6 60 0 0 0 0 0

A Jardinita Alcanede * * * * * * *

Centro Social "Serra do Alecrim" Alcanede 3 16 0 0 0 0 0

A.Des.Com.Sant. - Creche Andólitá Az.Cima+Tremês 3 35 0 0 0 0 0

A.D.C.Sant. -Creche Pim-Pam-Pum Ach.+A.Baixo+P.San 3 31 0 0 0 0 0

Estação Zootécnica Nacional Vale de Santarém 5 57 5 1 2 2 96

TOTAL 20 199 5 1 2 2 96 * Não respondeu Fonte: Jardins de Infância

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Relatório Final Página 77

2.2.3 – 1º Ciclo do Ensino Básico

2.2.3.1 – Cidade de Santarém

Rede Pública

Na cidade de Santarém, o 1º ciclo do ensino básico viu a sua procura estagnar, tendo passado

de 1.287 alunos em 2010/11 para 1.300 alunos em 2014/15. Não obstante, nos últimos três

anos letivos registou-se um progressivo decréscimo no número de alunos matriculados.

Quadro 58 – Evolução do Número de Alunos, na Cidade de Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico

2010-11 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 Variação (%) 10/11 – 14/15

1.287 1.342 1.361 1.312 1.300 1,0 Fonte: Agrupamentos de Escolas

A análise da evolução do número de alunos matriculados no 1º ciclo por estabelecimento

permite verificar que existem padrões de evolução bastante distintos. Os estabelecimentos

localizados em áreas em decréscimo populacional (caso da escola da Ribeira de Santarém e das

escolas de Salvador e do Pereiro, localizadas no centro histórico) registaram quebras

consideráveis na sua procura. Importa também levar em consideração a abertura, no ano

letivo 2011/12, do novo Centro Escolar Salgueiro Maia, localizado no Jardim de Baixo, que

gerou algumas alterações na procura de outros estabelecimentos de ensino, levando à

diminuição na sua procura (casos das EB1 dos Leões, da Portela das Padeiras e de S.

Domingos); por sua vez, a EB1 da N. Srª da Saúde foi encerrada com a inauguração do novo

estabelecimento.

A maioria dos onze estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico atualmente em

funcionamento na cidade de Santarém possui um rácio de alunos por turma considerável,

entre os 21 e os 25 alunos; a exceção é a EB1 da Ribeira de Santarém, que apresentava 19

alunos distribuídos por duas turmas.

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Relatório Final Página 78

Quadro 59 – Evolução do Número de Alunos por Estabelecimento, na Cidade de Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico

Agrupamento Estabelecimento 2010-11 2014-15 Var. (%) Nº Turmas (2014/15)

Rácio Alunos/Turm.

Dr. Ginestal Machado

EB1 dos Leões 279 231 -17,2 11 21,0

EB1 do Pereiro 122 108 -11,5 5 21,6

Sá da Bandeira

Centro Escolar Salgueiro Maia - 203 - 8 25,4

EB1 N. Sr. Saúde 44 0 - 0 -

EB1 S. Bento 145 152 4,8 6 25,3

EB1 da Portela das Padeiras 91 81 -11,0 4 21,3

EB1 da Ribeira de Santarém 52 19 -63,5 2 9,5

Alexandre Herculano

EB1 dos Combatentes 109 105 -3,7 5 21,0

EB1 de S. Domingos 157 140 -10,8 6 23,3

EB1 de Vale de Estacas 135 135 0,0 6 22,5

EB1 de Salvador 105 77 -26,7 3 25,7

EB1 das Fontaínhas 48 49 2,1 2 24,5

TOTAL 1.287 1.300 1,0 58 22,4 Fonte: Agrupamentos de Escolas

A análise da distribuição do número de alunos por ano de escolaridade na cidade de Santarém

permite concluir da sua distribuição equilibrada, embora se evidencie um menor valor no 1º

ano de escolaridade, o que se poderá traduzir numa futura redução da procura neste nível de

ensino.

Quadro 60 – Número de Alunos por Ano de Escolaridade, na Cidade de Santarém, na

Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico (2014/15) Agrupamento Estabelecimento 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano

Dr. Ginestal Machado

EB1 dos Leões 57 60 50 64

EB1 do Pereiro 23 17 33 35

Sá da Bandeira

Centro Escolar Salgueiro Maia 51 55 27 70

EB1 S. Bento 26 74 30 22

EB1 da Portela das Padeiras 26 17 28 10

EB1 da Ribeira de Santarém 4 6 5 4

Alexandre Herculano

EB1 dos Combatentes 18 23 28 36

EB1 de S. Domingos 30 33 37 40

EB1 de Vale de Estacas 36 35 32 32

EB1 de Salvador 18 20 12 27

EB1 das Fontaínhas 13 14 9 13

TOTAL 302 354 291 353 Fonte: Agrupamentos de Escolas

Relativamente ao número de alunos com necessidades educativas especiais no 1º ciclo do

ensino básico constata-se que esse número é moderado – média de 85 alunos por ano letivo

(traduzindo um rácio de aproximadamente 6,4 alunos com necessidades educativas especiais

por cada 100 que se encontram matriculados).

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Relatório Final Página 79

Quadro 61 – Número de Alunos com Necessidades Educativas Especiais, na Cidade de

Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico 2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº NEE/ 100

alunos

86 92 76 85 6,4 Fonte: Agrupamentos de Escolas

No que diz respeito ao número de alunos do 1º ciclo apoiados pela ação social escolar,

constata-se que esse valor é significativo, verificando-se uma média de 540 alunos por ano

letivo (ou seja, cerca de 40 alunos, por cada 100 matriculados neste nível de ensino).

Quadro 62 – Número de Alunos Apoiados pela Ação Social Escolar, na Cidade de Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico

2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº Apoios/ 100 alunos

542 560 519 540 40,4 Fonte: Agrupamentos de Escolas

A taxa de repetência no 1º ciclo do ensino básico não tem registado alterações significativas,

situando-se em torno dos 5/ 6% nos últimos três anos letivos.

Quadro 63 –Evolução da Taxa de Repetência no 1º Ciclo do Ensino Básico, na Cidade de Santarém (%)

Nível de Ensino 2011/12 2012/13 2013/14

1º Ciclo 5,0 6,2 5,6 Fonte: Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 80

Rede Particular

Na cidade de Santarém existem ainda dois estabelecimentos do 1º ciclo da rede particular:

Colégio João de Deus e Colégio Valle dos Príncipes.

De acordo com a informação disponibilizada pelo Colégio João de Deus, o número de alunos

tem vindo a manter-se estável, situando-se entre as 110 e 117 crianças. No presente ano letivo

registou-se um ligeiro acréscimo na procura, fruto, essencialmente, da abertura de uma

segunda turma no primeiro ano de escolaridade.

Quadro 64 – Evolução do Número de Alunos, na Cidade de Santarém, na Rede Particular do 1º Ciclo do Ensino Básico

Estabelecimento 2010-11 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 Variação (%) 10/11 – 14/15

Colégio João de Deus 110 113 112 113 117 6,4

Colégio Valle dos Príncipes * * * * * * * Não respondeu Fonte: Estabelecimentos de Ensino

Quadro 65 – Número de Turmas e Alunos por Ano de Escolaridade, na Cidade de Santarém, na Rede Particular do 1º Ciclo do Ensino Básico

Estabelecimento Número de

Turmas

Número de Alunos

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano Total

Colégio João de Deus 5 42 25 25 25 117

Colégio Valle dos Príncipes * * * * * * * Não respondeu Fonte: Estabelecimentos de Ensino

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Relatório Final Página 81

2.2.3.2 – Freguesias Rurais O 1º ciclo do ensino básico nas freguesias rurais do concelho de Santarém registou um

considerável decréscimo no número de alunos inscritos, tendo passado de 1.158 alunos em

2010/11 para 937 alunos em 2014/15, o que corresponde a um decréscimo de

aproximadamente 20% em cinco anos.

Das dezassete freguesias que constituem a componente rural do concelho de Santarém,

apenas cinco conseguiram evitar a quebra no número de alunos: Abrã, Alcanhões, Amiais de

Baixo, Arneiro das Milhariças e Moçarria. Em diversas freguesias, a quebra do número de

alunos ultrapassa mesmo os 30%: freguesias de Abitureiras, Alcanede, Gançaria, Póvoa da

Isenta e União das Freguesias de Azóia de Cima + Tremês e Casével + Vaqueiros.

Quadro 66 – Evolução do Número de Alunos, nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico

Freguesia 2010-11 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 Variação (%) 10/11 – 14/15

Abitureiras 34 32 26 24 18 -47,1

Abrã 64 63 71 67 70 9,4

Achete+Az. Baixo+Póvoa S. 105 89 80 71 80 -23,8

Alcanede 180 143 158 145 125 -30,6 Alcanhões 61 70 57 55 65 6,6

Almoster 46 43 40 40 38 -17,4

Amiais de Baixo 65 64 73 75 69 6,2

Arneiro das Milhariças 25 28 30 28 27 8,0

Azóia de Cima + Tremês 98 99 87 76 60 -38,8

Casével + Vaqueiros 36 35 32 29 24 -33,3

Gançaria 16 13 12 10 10 -37,5

Moçarria 34 43 42 41 36 5,9

Pernes 71 80 75 72 58 -18,3

Póvoa da Isenta 40 39 36 34 28 -30,0

Romeira + Várzea 90 94 77 70 71 -21,1

S.V. Paul + Vale Figueira 94 86 84 77 70 -25,5

Vale de Santarém 99 84 94 87 88 -11,1

TOTAL 1.158 1.105 1.074 1.001 937 -19,1 Fonte: Agrupamentos de Escolas

Por conseguinte, constata-se que a maioria dos vinte e sete estabelecimentos presentes nas

freguesias rurais do concelho de Santarém registou quebras no seu número de alunos. De

resto, constata-se que apenas cinco estabelecimentos possuem três ou mais turmas no 1º

ciclo: Centro Escolar de Alcanede (o maior estabelecimento das freguesias rurais, com 6

turmas), EB1 do Vale de Santarém (4 turmas) e EB1 de Alcanhões, Amiais de Baixo e Pernes

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Relatório Final Página 82

(cada uma das quais com 3 turmas). Oito estabelecimentos têm apenas uma turma com

menos de 20 alunos dos quatro anos de escolaridade (escolas das Abitureiras, Azóia de Baixo,

Várzea, Almoster, Casal da Charneca, Vila Nova do Coito, Gançaria e Sobral).

Nos últimos cinco anos foram encerrados três estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico

nas freguesias rurais do concelho de Santarém: EB1 nº2 do Vale de Santarém (cujos alunos

passaram a frequentar o outro estabelecimento da vila), EB1 de Achete (os alunos transitaram

para a EB1 de Advagar) e EB1 de Vaqueiros (os alunos passaram a frequentar a escola de

Casével).

Quadro 67 – Evolução do Número de Alunos por Estabelecimento, nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico

Estabelecimento Freguesia 2010-11 2014-15 Var. (%) Nº Turmas (2014/15)

Rácio Alunos/Turm.

EB1 das Abitureiras Abitureiras 34 18 -47,1 1 18,0 EB1 de Alcanhões Alcanhões 61 65 6,6 3 21,7

EB1 da Azóia de Baixo Achete+Azoia Baixo+Póvoa 18 10 -44,4 1 10,0 EB1 da Póvoa de Santarém Achete+Azoia Baixo+Póvoa 42 38 -9,5 2 19,0

EB1 da Moçarria Moçarria 34 36 5,9 2 18,0 EB1 da Romeira Romeira + Várzea 31 28 -9,7 2 14,0 EB1 da Várzea Romeira + Várzea 24 17 -29,2 1 17,0

EB1 de Perofilho Romeira + Várzea 35 26 -25,7 2 13,0 EB1 de Vale de Figueira S.V. Paul + Vale Figueira 45 33 -26,7 2 16,5

EB1 de Almoster Almoster 12 15 25,0 1 15,0 EB1 do Casal da Charneca Almoster 16 11 -31,3 1 11,0 EB1 de Vila Nova do Coito Almoster 18 12 -33,3 1 12,0

EB1 da Póvoa da Isenta Póvoa da Isenta 40 28 -30,0 2 14,0 EB1 do Vale Santarém nº1 Vale de Santarém 73 88 20,5 4 22,0 EB1 do Vale Santarém nº2 Vale de Santarém 26 - - - -

EB1 da Abrã Abrã 23 24 4,3 2 12,0 EB1 de Amiais de Cima Abrã 41 46 12,2 2 23,0

EB1 da Gançaria Gançaria 16 10 -37,5 1 10,0 Centro Escolar de Alcanede Alcanede 180 125 -30,6 6 20,8

EB1 dos Amiais de Baixo Amiais de Baixo 65 69 6,2 3 23,0 EB1 de Achete Achete+Azoia Baixo+Póvoa 18 - - - -

EB1 de Advagar Achete+Azoia Baixo+Póvoa 27 32 18,5 2 16,0 EB1 do Arn. Milhariças Arneiro das Milhariças 25 27 8,0 2 13,5 EB1 da Azóia de Cima Azóia de Cima + Tremês 29 22 -24,1 2 11,0

EB1 de Tremês Azóia de Cima + Tremês 69 38 -44,9 2 19,0 EB1 de Casével Casével + Vaqueiros 26 24 -7,7 2 12,0

EB1 de Vaqueiros Casével + Vaqueiros 10 - - - - EB1 de Pernes Pernes 71 58 -18,3 3 19,3 EB1 do Sobral S.V. Paul + Vale Figueira 14 12 -14,3 1 12,0 EB1 da Tojosa S.V. Paul + Vale Figueira 35 25 -28,6 2 12,5

TOTAL 1.158 937 -19,1 55 17,0 Fonte: Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 83

A análise da distribuição do número de alunos por ano de escolaridade nas freguesias rurais do

concelho de Santarém permite concluir da sua distribuição equilibrada, embora se evidencie

um menor valor no 1º ano de escolaridade, o que irá contribuir para a continuação da redução

da procura neste nível de ensino.

Quadro 68 – Número de Alunos por Ano de Escolaridade, nas Freguesias Rurais do

Concelho de Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico (2014/15) Estabelecimento Freguesia 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano

EB1 das Abitureiras Abitureiras 5 3 3 7 EB1 de Alcanhões Alcanhões 11 15 15 24

EB1 da Azóia de Baixo Achete+Azoia Baixo+Póvoa 2 3 2 3 EB1 da Póvoa de Santarém Achete+Azoia Baixo+Póvoa 11 11 7 9

EB1 da Moçarria Moçarria 7 10 9 10 EB1 da Romeira Romeira + Várzea 8 7 4 9 EB1 da Várzea Romeira + Várzea 1 4 6 6

EB1 de Perofilho Romeira + Várzea 1 11 6 8 EB1 de Vale de Figueira S.V. Paul + Vale Figueira 7 7 10 9

EB1 de Almoster Almoster 0 5 5 5 EB1 do Casal da Charneca Almoster 2 5 2 2 EB1 de Vila Nova do Coito Almoster 2 5 3 2

EB1 da Póvoa da Isenta Póvoa da Isenta 3 6 10 9 EB1 do Vale de Santarém nº1 Vale de Santarém 20 20 33 15

EB1 da Abrã Abrã 7 6 6 5 EB1 de Amiais de Cima Abrã 14 11 12 9

EB1 da Gançaria Gançaria 3 2 3 2 Centro Escolar de Alcanede Alcanede 21 42 44 18

EB1 dos Amiais de Baixo Amiais de Baixo 14 16 21 18 EB1 de Advagar Achete+Azoia Baixo+Póvoa 8 4 9 11

EB1 do Arneiro das Milhariças Arneiro das Milhariças 4 12 5 6 EB1 da Azóia de Cima Azóia de Cima + Tremês 5 5 5 7

EB1 de Tremês Azóia de Cima + Tremês 6 13 5 14 EB1 de Casével Casével + Vaqueiros 7 7 6 4 EB1 de Pernes Pernes 7 15 16 20 EB1 do Sobral S.V. Paul + Vale Figueira 2 3 4 3 EB1 da Tojosa S.V. Paul + Vale Figueira 6 9 8 2

TOTAL 184 257 259 237 Fonte: Agrupamentos de Escolas

Relativamente ao número de alunos com necessidades educativas especiais no 1º ciclo do

ensino básico constata-se que esse número é moderado – média de 64 alunos por ano letivo

(traduzindo um rácio de aproximadamente 6 alunos com necessidades educativas especiais

por cada 100 que se encontram matriculados).

Quadro 69 – Número de Alunos com Necessidades Educativas Especiais, nas Freguesias

Rurais do Concelho de Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico 2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº NEE/ 100

alunos

74 68 50 64 6,0 Fonte: Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 84

No que diz respeito ao número de alunos do 1º ciclo apoiados pela ação social escolar,

constata-se que esse valor é muito significativo, verificando-se uma média de 506 alunos por

ano letivo (ou seja, quase metade dos alunos são apoiados pela ação social escolar).

Quadro 70 – Número de Alunos Apoiados pela Ação Social Escolar, nas Freguesias Rurais

do Concelho de Santarém, na Rede Pública do 1º Ciclo do Ensino Básico 2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº Apoios/

100 alunos

520 508 489 506 47,7 Fonte: Agrupamentos de Escolas

A taxa de repetência no 1º ciclo do ensino básico nas freguesias rurais do concelho de

Santarém é semelhante à registada na cidade, situando-se em torno dos 5%, ao longo dos

últimos três anos letivos.

Quadro 71 –Evolução da Taxa de Repetência no 1º Ciclo do Ensino Básico, nas Freguesias Rurais do Concelho de Santarém, (%)

Nível de Ensino 2011/12 2012/13 2013/14

1º Ciclo 5,2 4,7 5,3 Fonte: Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 85

2.2.4 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Rede Pública

Ao longo dos últimos cinco anos letivos, ocorreram alterações significativas no número de

alunos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário.

O 2º ciclo do ensino básico tem vindo a registar um progressivo decréscimo, passando de

1.226 alunos em 2010/11 para 1.159 em 2014/15, o que corresponde a um decréscimo de

5,5% em cinco anos.

Por sua vez, o 3º ciclo do ensino básico registou um incremento considerável ao longo dos

últimos cinco anos letivos, passando de 1.704 alunos em 2010/11 para 1.881 alunos em

2014/1; trata-se de um crescimento superior a 10%

Relativamente ao ensino secundário, detetam-se dois comportamentos distintos: os cursos

científico-humanísticos (predominantemente vocacionados para o ingresso no ensino

superior) registaram um decréscimo de 5,4%, enquanto os cursos profissionais

(predominantemente vocacionados para o ingresso na vida ativa) beneficiaram de um

crescimento na procura de 5,6%.

Quadro 72 – Evolução do Número de Alunos e Turmas por Nível de Ensino na Rede

Pública dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário Nível de Ensino Variável 2010-11 2011-12 2012-13 2013-14 2014-15 Variação (%)

10/11 – 14/15

2º Ciclo do Ensino Básico

Alunos 1.226 1.216 1.177 1.192 1.159 -5,5

Turmas 52 52 51 52 50 -3,8

Alunos/Turm. 23,6 23,4 23,1 22,9 23,2 -1,7

3º Ciclo do Ensino Básico

Alunos 1.704 1.718 1.803 1.812 1.881 10,4

Turmas 71 70 74 76 79 11,3

Alunos/Turm. 24,0 24,5 24,4 23,8 23,8 -0,8

C.C. Humanist. (E. Secundário)

Alunos 1.354 1.377 1.341 1.268 1.281 -5,4

Turmas 51 52 51 51 52 2,0

Alunos/Turm. 26,5 26,5 26,3 24,9 24,6 -7,2

C. Profissionais (E. Secundário)

Alunos 324 364 396 407 342 5,6

Turmas 23 24 23 23 22 -4,3

Alunos/Turm. 14,1 15,2 17,2 17,7 15,5 10,4

Fonte: Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 86

O rácio do número de alunos por turma nos 2º e 3º ciclos do ensino básico e nos cursos

científico-humanísticos do ensino secundário apresenta valores semelhantes entre os diversos

níveis de ensino e ao longo dos cinco anos letivos (frequentemente entre os 23 e os 26 alunos

por turma); já nos cursos profissionais do ensino secundário, esse rácio é substancialmente

inferior (cerca de 15 a 17 alunos por turma).

Numa análise desagregada por estabelecimento de ensino, constata-se a existência de padrões

evolutivos diferenciados.

Quadro 73 – Evolução do Número de Alunos, por Estabelecimento e Ciclo de Ensino, na Rede Pública dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Estabelecimento de Ensino

2010/11 2014/15 Taxa de Variação (%)

2ºC 3ºC CCH CP TOT. 2ºC 3ºC CCH CP TOT. 2ºC 3ºC CCH CP TOT.

E. Básica de Alcanede 160 247 0 0 407 123 278 0 0 401 -23,1 12,6 - - -1,5

E. Básica de Pernes 100 177 0 0 277 78 154 0 0 232 -22,0 -13,0 - - -16,2

E. Básica A.Herculano 323 321 0 0 644 282 353 0 0 635 -12,7 10,0 - - -1,4

E. Básica D. João II 359 315 0 0 674 393 356 0 0 749 9,5 13,0 - - 11,1

E. Sec. Sá da Bandeira 0 247 648 101 996 0 240 724 197 1161 - -2,8 11,7 95,0 16,6

E. Básica Mem Ramires 284 205 0 0 489 283 166 0 0 449 -0,4 -19,0 - - -8,2

E. Sec. Gin. Machado 0 192 706 223 1121 0 334 557 145 1036 - 74,0 -21,1 -35,0 -7,6

TOTAL 1226 1704 1354 324 4608 1159 1881 1281 342 4663 -5,5 10,4 -5,4 5,6 1,2

Fonte: Agrupamentos de Escolas

Os dois estabelecimentos do Agrupamento Sá da Bandeira (Escola Secundária Sá da Bandeira e

Escola Básica D. João II) registam acréscimos consideráveis na procura, consequência da

expansão urbana verificada para norte (antiga freguesia de S. Salvador) e também do processo

de requalificação profunda e de ampliação da escola sede. Embora este crescimento seja

extensível aos diversos ciclos de ensino, é especialmente elevado nos cursos profissionais do

ensino secundário.

As Escolas Básicas de Alcanede e Alexandre Herculano não registam alterações significativas na

sua procura. Contudo, em ambas as situações verificam-se decréscimos na procura do 2º ciclo

e acréscimos na procura do 3º ciclo do ensino básico.

A Escola Básica de Pernes e os dois estabelecimentos do Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal

Machado (escola sede e Escola Básica Mem Ramires) viram a sua população escolar diminuir.

No caso do estabelecimento localizado na freguesia de Pernes esse decréscimo estende-se ao

2º e 3º ciclos, enquanto na Escola Básica Mem Ramires o decréscimo surge apenas para o 3º

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ciclo; já na Escola Secundária Dr. Ginestal Machado o decréscimo afetou o ensino secundário

(quer nos cursos científico-humanísticos quer nos cursos profissionais).

Quadro 74 – Número de Alunos, por Estabelecimento e Ano de Escolaridade, na Rede Pública dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário (Ano Letivo 2014/15)

Estabelecimento de Ensino

2º CICLO 3º CICLO C.Voc.

E. SECUNDÁRIO (C.C.H.) E. PROFISSIONAL

5º 6º Tot. 7º 8º 9º Tot. 10º 11º 12º Tot. 10º 11º 12º Tot.

E. Básica de Alcanede 60 63 123 55 74 57 186 - - - - - - - - -

E. Básica de Pernes 37 41 78 51 35 43 129 44 - - - - - - - -

E. Básica A.Herculano 127 131 258 87 89 108 284 93 - - - - - - - -

E. Básica D. João II 189 204 393 137 107 102 346 18 - - - - - - - -

E. Sec. Sá da Bandeira - - - 79 76 85 240 - 234 225 265 724 60 68 69 197

E. Básica Mem Ramires 140 143 283 67 42 57 166 - - - - - - - - -

E. Sec. Gin. Machado - - - 107 107 96 310 24 216 191 150 557 58 39 48 145

Fonte: Agrupamentos de Escolas

O número de alunos com necessidades educativas especiais apresenta uma maior expressão

no 2º ciclo do ensino básico, com uma média de 9,2 por cada 100 alunos matriculados. Já nos

cursos científico-humanísticos do ensino secundário, o valor é substancialmente inferior (cerca

de 2 por cada 100 alunos matriculados). O 3º ciclo do ensino básico e os cursos profissionais do

ensino secundário apresentam valores intermédios.

Quadro 75 – Número de Alunos com Necessidades Educativas Especiais na Rede Pública dos

2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário Nível de Ensino 2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº NEE/ 100

alunos

2º Ciclo do E. Básico 97 124 109 110 9,2

3º Ciclo do E. Básico 77 97 124 100 5,6

C.C.H. (Ens. Secundário) 29 20 20 23 1,7 C.P. (Ens. Secundário) 19 22 20 20 5,1

Fonte: Agrupamentos de Escolas

O número de alunos apoiados pela ação social escolar apresenta uma expressão significativa

no 2º ciclo do ensino básico (praticamente metade dos alunos são apoiados). No 3º ciclo do

ensino básico existe também um valor significativo (por cada 100 alunos, cerca de 34 alunos

são apoiados), enquanto no ensino secundário os valores são mais baixos (cerca de 26 por

cada 100 alunos).

Quadro 76 – Número de Alunos Apoiados pela Ação Social Escolar na Rede Pública dos 2º

e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário Nível de Ensino 2011/12 2012/13 2013/14 Média Nº Apoios/

100 alunos

2º Ciclo do E. Básico 504 514 501 506 42,3

3º Ciclo do E. Básico 569 590 664 608 34,2

C.C.H. (Ens. Secundário) 352 342 356 350 26,3 Fonte: Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 88

No concelho de Santarém constata-se que a taxa de repetência apresentou algumas oscilações

no triénio 2011/12, 2012/13 e 2013/14. Ainda assim, é possível verificar que apresenta valores

mais significativos nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário (cerca de 20%) e

mais baixos nos cursos profissionais do ensino secundário (cerca de 7% nos últimos dois anos

letivos). Nos 2º e 3º ciclos do ensino básico, os valores são moderados, quase sempre situados

entre os 10 % e os 15%.

No que se refere à taxa de abandono, esta tem sido praticamente residual nos diversos ciclos

de ensino; constituem exceção as taxas de abandono registadas em 2011/12 e 2012/13 no

ensino secundário (ainda assim inferiores a 4%).

Quadro 77 – Evolução da Taxa de Repetência e de Abandono dos 2º e 3º Ciclos do Ensino

Básico e Ensino Secundário (%)

Nível de Ensino Taxa de Repetência Taxa de Abandono

2011/12 2012/13 2013/14 2011/12 2012/13 2013/14

2º Ciclo do E. Básico 7,2 12,0 12,5 0,1 0,1 1,5

3º Ciclo do E. Básico 11,6 15,4 10,8 0,5 0,5 1,4

C.C.H. (Ens. Secundário) 18,5 21,3 19,6 3,6 3,0 1,0

C. Prof. (Ens. Secundário) 3,3 7,0 7,1 2,7 2,0 1,2 Fonte: Agrupamentos de Escolas

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Relatório Final Página 89

Rede Particular

Os 2º e 3º ciclos do ensino básico são também lecionados no Colégio Infante Santo (União das

Freguesias de Azóia de Cima e Tremês), envolvendo um total de alunos superior a 540,

distribuídos por cerca de duas dezenas de turmas.

À semelhança do que sucede no ensino público, a procura do Colégio Infante Santo registou

um decréscimo no 2º ciclo, enquanto no 3º ciclo beneficiou de um crescimento.

Quadro 78 – Evolução do Número de Alunos e de Turmas, por Ciclo de Ensino, no Colégio Infante Santo

Ano Letivo Nº Alunos Nº Turmas

2º Ciclo 3º Ciclo Total 2º Ciclo 3º Ciclo Total

2010/11 256 274 530 10 11 21

2011/12 222 263 485 9 11 20

2012/13 224 298 522 8 12 20

2013/14 228 315 543 8 12 20

2014/15 241 305 546 8 11 19

Variação (%) 10/11 – 14/15

-5,9 11,3 3,0 -20,0 0,0 -9,5

Fonte: Colégio Infante Santo

No concelho de Santarém existem ainda duas escolas profissionais (uma localizada junto ao

Colégio Infante Santo e outra na cidade de Santarém) que envolvem um número muito

significativo de alunos: cerca de 680 nos cursos profissionais do ensino secundário e 29 alunos

no ensino vocacional do 3º ciclo do ensino básico (no caso da Escola Técnico-Profissional do

Vale do Tejo).

Quadro 79 – Número de Salas e Formandos no Ensino Profissional da Rede Particular, no Concelho de Santarém (2014/15)

Estabelecimento Freguesia Nº Salas C. Voc. C.

Profis.

Escola Profissional do Vale do Tejo Cidade de Santarém 21 - 290

Escola Técnico-Profissional do Ribatejo Azóia de Cima + Tremês 20 29 390

TOTAL 41 29 680

Fonte: Estabelecimentos de Ensino

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Relatório Final Página 90

2.2.5 – Ensino Superior

A procura do ensino superior na cidade de Santarém é considerável.

Tendo em consideração a informação disponibilizada, 2.238 alunos frequentavam as

licenciaturas dos cinco estabelecimentos do ensino superior, a maioria dos quais, nas quatro

escolas integrantes do Instituto Politécnico de Santarém.

De realçar o número significativo de alunos (cerca de 1.200) a frequentar outras ofertas,

designadamente de CET (cursos de especialização tecnológica), pós-graduações e de

mestrados.

Quadro 80 – Número de Alunos no Ensino Superior na Cidade de Santarém (2014/15)

Estabelecimento CET Licenc. Pós-Grad. Mestrados Outros

Escola Superior Agrária (IPS) 177 598 - 32 7

Escola Superior de Educação (IPS) 64 413 52 114 -

Escola Superior de Saúde (IPS) - 414 - 19 49

Escola Superior de Gestão e Tecnologia (IPS) 101 703 - 80 -

SUBTOTAL INSTITUTO POLITÉCNICO SANT. 342 2.128 52 245 56

ISLA 64 110 246 32 160

TOTAL GERAL 406 2.238 298 277 216 Fonte: Instituto Politécnico de Santarém e ISLA

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Relatório Final Página 91

2.3 – Avaliação da Implementação do Programa de Intervenção da Carta

Educativa

2.3.1 – Considerações Gerais

A Carta Educativa do Concelho de Santarém homologada em 2006, está estruturada em

projetos estruturantes e projetos complementares. No que diz respeito aos primeiros, de

maior impacte, estes incluíam vinte e quatro ações num investimento total aproximado de 26

milhões de euros, organizados em oito medidas;

Medida 1: Reconfiguração dos Agrupamentos de Escolas (ação imaterial);

Medida 2: Escolas Profissionais;

Medida 3: Escolas dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico;

Medida 4: Escolas Básicas dos 2º e 3º Ciclos e Pavilhões Desportivos;

Medida 5: Centros Escolares e Jardins de Infância em Freguesias Urbanas;

Medida 6: Centros Escolares em Freguesias Rurais;

Medida 7: Núcleos Escolares;

Medida 8: Ampliações/ Requalificações de Escolas e Jardins de Infância

Até ao momento foram executados cinco projetos, no valor total de aproximadamente 9

milhões de euros: Pavilhão Desportivo da Escola Mem Ramires, centros escolares de Alcanede,

Jardim de Baixo (Salgueiro Maia) e do Sacapeito e requalificação da Escola Básica dos 2º e 3º

ciclos de Pernes. Duas ações encontram-se com projeto elaborado (pavilhões desportivos das

escolas de Alcanede e de Pernes), prevendo-se a sua execução em 2015 ou 2016.

Atendendo às alterações registadas na procura educativa e nas dinâmicas territoriais, seis

projetos encontram-se abandonados: novas instalações para a Escola Profissional do Vale do

Tejo, EB 2,3 do Vale de Santarém, núcleos escolares da Póvoa da Isenta e Alcanede Norte e

jardins de infância da N. Srª da Saúde e de Tremês.

Os restantes onze projetos encontram-se em análise/ avaliação, estando as decisões de

avançar dependentes do próprio processo de revisão da carta educativa, bem como das

disponibilidades financeiras da autarquia (tendo também em consideração o novo QREN).

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2.3.2 – Matriz de Avaliação dos Projetos Estruturantes

Matriz de Avaliação das Ações/ Projetos Previstos nas Medidas dos Projetos Estruturantes da

Carta Educativa Vigente

Ação Ponto de Situação

Inv. Total (X 1.000€)

Ano de Inaugur.

Descrição Sumária

MEDIDA 1 – RECONFIGURAÇÃO DOS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS

Reconfiguração dos Agrupamentos de Escolas (Ação Imaterial)

Ação imaterial, que não foi implementada tal como estava prevista na Carta Educativa. Contudo, em 2008/09 a autarquia promoveu uma outra reorganização dos agrupamentos, aceite pela DREL, através da passagem dos estabelecimentos localizados nas freguesias de Tremês e de Azóia de Cima para o Agrupamento de Alcanede, bem como da EB1 do Verdelho para o Agrupamento de Pernes, deixando o anterior Agrupamento D. João II. Mais recentemente, entre 2010 e 2012, o Ministério da Educação procedeu a uma alteração profunda dos agrupamentos de escolas, promovendo a sua fusão e a inclusão das escolas secundárias (até então não integradas em agrupamentos), passando o concelho a dispor de quatro agrupamento: Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques (integrando os anteriores Agrupamentos de Alcanede e de Pernes), Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado (incluindo a Escola Secundária Dr. Ginestal Machado e o anterior Agrupamento Mem Ramires), Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira (incluindo a Escola Secundária Sá da Bandeira e o anterior Agrupamento D. João II) e Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano (único agrupamento que manteve a constituição existente em 2010).

MEDIDA 2 – ESCOLAS PROFISSIONAIS

Novas Instalações da Escola Profissional do Vale do Tejo

Abandonado

- - -

MEDIDA 3 – ESCOLAS DO 2º e 3º CICLOS DO ENSINO BÁSICO

Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Vale de Santarém

Abandonado - - -

MEDIDA 4 – PAVILHÕES DESPORTIVOS E ESCOLAS BÁSICAS DOS 2º E 3º CICLOS

Pavilhão Desportivo EB 2,3 de Mem Ramires

Concluído 550 2006

O Pavilhão Desportivo da Escola Básica Mem

Ramires encontra-se em funcionamento desde o

ano letivo 2006/2007.

Não está prevista qualquer intervenção de

construção de um novo bloco na escola.

Pavilhão Desportivo da EB 2,3 de Alcanede

Projeto 855 2015/16

(Previsão)

Pavilhão Desportivo para servir a população escolar do agrupamento e a população em geral da freguesia.

Pavilhão Desportivo da EB 2,3 de Pernes

Projeto

855 2015/16

(Previsão)

Pavilhão Desportivo para servir a população escolar do agrupamento e a população em geral da freguesia.

Fonte: Câmara Municipal de Santarém (tratamento próprio)

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Relatório Final Página 93

Matriz de Avaliação das Ações/ Projetos Previstos nas Medidas dos Projetos Estruturantes da

Carta Educativa Vigente (continuação)

Ação Ponto de Situação

Inv. Total (X 1.000€)

Ano de Inaugur.

Descrição Sumária

MEDIDA 5 – CENTROS ESCOLARES E JARDINS DE INFÂNCIA EM FREGUESIAS URBANAS

Centro Escolar do Jardim de Baixo/ Salgueiro Maia

Concluído 2.680 2011

O Centro Escolar possui 4 salas para jardim-de-infância e 8 salas para o 1º ciclo do ensino básico. Entre outros espaços, está dotado de centro de recursos, sala polivalente, espaço desportivo, cozinha e refeitório.

Centro Escolar do Sacapeito Concluído 3.036 2015

Após a obra ter sido iniciada em 2012, esteve parada cerca de dois anos, por terem sido detetados erros no seu processo construtivo. As obras foram retomadas em junho de 2014, tendo sido concluídas no segundo trimestre de 2015. A ação contempla 4 salas para jardim-de-infância e 8 salas para o 1º ciclo que entrarão em funcionamento no ano letivo 2015/16.

Centro Escolar de Santarém Norte

Em avaliação (*)

- - Inicialmente previsto para 2 salas de JI e 6 turmas do 1º ciclo, a autarquia elaborou depois um projeto para 4 salas de JI e 8 turmas do 1º ciclo

Jardim de Infância nº2 de S. Domingos

Em avaliação (*)

- - Ação que contemplava 3 salas de J.I. O processo de monitorização da C. Educativa reforça a sua pertinência.

MEDIDA 6 – CENTROS ESCOLARES EM FREGUESIAS RURAIS

Centro Escolar de Almoster Em

avaliação (*) -

Ação que previa 2 salas para JI e 4 turmas para o 1º ciclo. O processo de monitorização da C. Educativa refere a necessidade do seu redimensionamento.

Centro Escolar de Alcanhões Em

avaliação (*) - -

Ação que previa 2 salas para JI e 4 turmas para o 1º ciclo, em substituição dos estabelecimentos atuais da vila.

Centro Escolar da Várzea Em

avaliação (*) - -

Ação que previa 2 salas para JI e 4 turmas para o 1º ciclo. O processo de monitorização da C. Educativa refere a necessidade do seu redimensionamento e/ou ponderação.

Centro Escolar de Achete Em

avaliação (*) - -

Ação que previa 2 salas para JI e 4 turmas para o 1º ciclo. O processo de monitorização da C. Educativa reforça a sua pertinência.

Centro Escolar de S. Vicente do Paul

Em avaliação (*)

- -

Ação que previa 2 salas para JI e 4 turmas para o 1º ciclo. O processo de monitorização da C. Educativa refere a necessidade do seu redimensionamento.

Centro Escolar de Alcanede Concluído 2.647 2010

O Centro Escolar possui 4 salas para jardim-de-infância e 8 salas para o 1º ciclo do ensino básico. Entre outros espaços, está dotado de centro de recursos, sala polivalente, espaço desportivo, cozinha e refeitório

Centro Escolar de Amiais de Baixo

Em avaliação (*)

- - Ação que previa 3 salas para JI e 6 turmas para o 1º ciclo. O processo de monitorização da C. Educativa sugeria o seu abandono.

* Na sequência da caraterização dos estabelecimentos escolares e dos dados enunciados na revisão da carta educativa, o município fará uma análise ao estudo e procederá a uma ponderação das ações a realizar.

Fonte: Câmara Municipal de Santarém (tratamento próprio)

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Relatório Final Página 94

Matriz de Avaliação das Ações/ Projetos Previstos nas Medidas dos Projetos Estruturantes da

Carta Educativa Vigente (conclusão)

Ação Ponto de Situação

Inv. Total (X 1.000€)

Ano de Inaugur.

Descrição Sumária

MEDIDA 7 – NÚCLEOS ESCOLARES EM FREGUESIAS RURAIS

Núcleo Escolar da Póvoa da Isenta

Abandonado - - -

Núcleo Escolar da Azóia de Cima Em

avaliação (*) - -

Ação que previa 1 sala para JI e 2 turmas para o 1º ciclo. O processo de monitorização da C. Educativa apresentava dois cenários possíveis.

Núcleo Escolar de Alcanede Norte

Abandonado - - -

MEDIDA 8 – AMPLIAÇÕES/ REQUALIFICAÇÕES DE ESCOLAS E JARDINS DE INFÂNCIA

Reconversão da EB1 de N. Srª Saúde em Jardim de Infância

Abandonado - - -

Ampliação e Requalificação da EB1/JI do Vale de Santarém

Em avaliação (*)

- - Pretendia-se a requalificação e ampliação da EB1/JI, permitindo 3 salas para JI e 8 turmas para o 1º ciclo.

Ampliação e Requalificação da EB1/JI de Pernes

Concluído - -

Foram efetuadas intervenções que levaram à construção de um novo refeitório, uma nova sala de prolongamento do pré-escolar e de qualificação do espaço exterior.

Ampliação da EB1 de Tremês Em

avaliação (*) - -

Ação que previa a ampliação para 4 salas do 1º ciclo. O processo de monitorização da C. Educativa sugeria a articulação com a educação pré-escolar, numa lógica de centro escolar.

Construção do Jardim de Infância de Tremês

Abandonado - - -

* Na sequência da caraterização dos estabelecimentos escolares e dos dados enunciados na revisão da carta educativa, o município fará uma análise ao estudo e procederá a uma ponderação das ações a realizar.

Fonte: Câmara Municipal de Santarém (tratamento próprio)

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Relatório Final Página 95

2.3.3– Outos Projetos Implementados

Além dos projetos previstos na Carta Educativa vigente, foram desenvolvidas outras ações, com

impactes consideráveis na melhoria da qualidade da oferta educativa do concelho.

Neste quadro de referência, importa destacar dois projetos com um maior impacte e largo espetro

territorial:

a) Requalificação e ampliação da Escola Secundária Sá da Bandeira, inaugurada em outubro de

2010, no valor total de 14 milhões de euros;

b) Novas instalações do Conservatório de Música de Santarém, inaugurada em setembro de 2011,

no valor total de cerca de um milhão de euros.

Importa ainda salientar as seguintes ações:

Unidade de Multideficiência da Escola Básica Mem Ramires;

Sala de Apoio às Unidades de Apoio a Terapias na Escola dos Leões;

Biblioteca da EB1/JI do Vale de Santarém.

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Relatório Final Página 96

CAPÍTULO 3 – PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NA REDE EDUCATIVA

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Relatório Final Página 97

3.1 – Objetivos e Princípios Orientadores

De acordo com o DL nº 7/2003, a carta educativa é, a nível municipal, o instrumento de

planeamento e ordenamento prospetivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no

concelho, de acordo com as ofertas de educação que seja necessário proporcionar, tendo em

vista a melhor utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico

e socioeconómico de cada município.

Trata-se de uma visão para a programação e planificação da rede de equipamentos educativos,

que procura incorporar as novas metodologias e princípios do planeamento estratégico no

setor da educação, entendendo-se, assim, a carta educativa numa dupla vertente. A um

tempo, trata-se de um produto, temporalmente concretizado, que procura consubstanciar a

política educativa dos diferentes níveis da administração num dado território (o município). A

outro tempo, a carta educativa deve ser encarada como um processo, em permanente

avaliação e atualização, no quadro das transformações territoriais e socioeconómicas do

território municipal assim como das próprias transformações da política educativa local e

nacional.

Tendo por base o diagnóstico efetuado nos dois capítulos anteriores, designadamente no que

se refere ao contexto territorial e socioeconómico e à rede educativa (na dupla vertente da

oferta e da procura educativas), as propostas de intervenção na rede educativa devem ter

como quadro de referência:

a) A dinâmica populacional observada nas duas últimas décadas;

b) As perspetivas de evolução demográfica para 2021;

c) As características da procura e da oferta educativas;

d) A organização do território municipal;

e) As orientações educativas e pedagógicas do Ministério da Educação.

Da concertação entre as especificidades territoriais e as orientações ao nível das políticas

educativas a diversas escalas de análise, resultam quatro grandes princípios que deverão

orientar a estratégia de intervenção na rede de equipamentos de ensino no município de

Santarém:

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Relatório Final Página 98

Equidade – Prossecução de uma lógica de equilíbrio na alocação dos investimentos, de

modo a assegurar que todas as crianças e alunos com iguais necessidades beneficiam

de uma oferta semelhante, conferindo assim aos padrões de acesso e utilização dos

equipamentos educativos uma forte componente de justiça social;

Integralidade do percurso escolar – Deverá promover-se a integralidade do percurso

escolar traduzida por edifícios escolares nos quais funcionem mais do que um nível de

ensino, de modo a permitir a existência de um projeto educativo comum aos vários

níveis de ensino cujas opções pedagógicas que lhes estão subjacentes sejam as

mesmas, daí resultando uma verdadeira continuidade no projeto de educação;

Policentrismo – A programação de equipamentos educativos deverá pautar-se pela

preocupação em contribuir para a estruturação do território assente num modelo

policêntrico, devendo neste sentido assegurar que a repartição espacial dos mesmos

reforce centralidades consolidadas ou em emergência;

Racionalidade e Eficiência – Perante a impossibilidade técnica e financeira (até pelas

grandes condicionantes orçamentais da autarquia e do novo QREN) de dotar

uniformemente todo o território com equipamentos educativos de diferentes níveis de

ensino, importará que a alocação espacial destes rentabilize, numa lógica de sinergias

e de complementaridades, a rede de equipamentos atualmente existente.

Princípios da

Carta

Educativa

Equidade Policentrismo

Racionalidade e

Eficiência

Integralidade do

Percurso Escolar

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Relatório Final Página 99

Em face do exposto, considera-se que o objetivo central da Carta Educativa do Município de

Santarém consiste na criação das condições materiais e imateriais necessárias à prossecução

de uma política educativa e de formação de qualidade, contribuindo para o sucesso

educativo e para a formação das crianças e alunos nas suas diversas dimensões.

Adicionalmente pretende contribuir-se para a consolidação de uma rede de equipamentos

educativos com elevados níveis de eficácia e de eficiência, num contexto de modelação de

um sistema territorial e urbano equilibrado e policêntrico.

As intervenções a desenvolver no âmbito da Carta Educativa podem, no essencial, ser

estruturadas em dois eixos estratégicos, correspondentes a diferentes níveis de ensino:

Eixo Estratégico 1: Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino

Básico;

Eixo Estratégico 2: Estabelecimentos dos 2º/3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino

Secundário

O primeiro eixo estratégico de atuação (educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico),

pretende dar prossecução às intervenções já desenvolvidas na anterior carta educativa,

designadamente através da consolidação do conceito de centro escolar, podendo este ser

efetuado através da edificação de novos equipamentos ou da requalificação/ampliação de

estabelecimentos já existentes. Pretende-se que, com estas intervenções, se reforce a

capacidade de oferta integrada de educação pré-escolar e do ensino básico, de modo a

completar a rede e a assegurar a universalidade da oferta, nomeadamente na educação pré-

escolar. Os centros escolares a criar visam a substituição de infraestruturas que se encontram

em avançado estado de degradação ou funcionalmente desajustadas a práticas educativas

atuais, criando-se, deste modo, as melhores condições de funcionalidade e de conforto nos

estabelecimentos. Dadas as especificidades do território municipal, importa diferenciar as

intervenções efetuadas na sede de concelho e nos núcleos urbanos de maior dimensão e as

realizadas nas áreas de maior despovoamento e dispersão demográfica.

Para as primeiras, é necessário sobretudo impedir situações de sobreocupação de espaços,

que gerem a necessidade de funcionamento de estabelecimentos em regime duplo (o que em

tempos foi uma realidade). As intervenções devem privilegiar a integração dos centros

escolares na malha urbana existente, tendo também em consideração a existência/

proximidade de outros equipamentos (desportivos e culturais, por exemplo), com os quais se

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Relatório Final Página 100

podem obter sinergias e complementaridades. Em situações em que se verifique que as EB1

existentes reúnem as necessárias condições, pode equacionar-se a ampliação e/ou

requalificação, de modo a integrar/ criar espaços para salas de educação pré-escolar, de modo

a contribuir para a sua universalidade.

No que diz respeito aos territórios de menor densidade, as intervenções a desenvolver

deverão procurar atingir um equilíbrio entre a necessidade de manter a oferta educativa em

territórios não urbanos e a necessidade de ultrapassar situações pedagogicamente pouco

sustentáveis de turma e professor único, na qual estão integrados os quatro anos de

escolaridade do 1º ciclo. Não sendo sempre possível a criação de centros escolares com um

número mínimo de deverá optar-se pela criação (de raiz ou através da ampliação/

requalificação de estabelecimentos existentes) de núcleos escolares que permitam a

existência da oferta de educação pré-escolar (em 1 ou 2 salas) e de 2 ou 3 turmas do 1º ciclo,

que favoreçam o acolhimento de alunos de estabelecimentos dispersos de pequena dimensão,

sem as condições físicas e pedagógicas necessárias ao seu funcionamento. Sempre que

possível, pretende manter-se o princípio da oferta da educação pré-escolar e do 1º ciclo do

ensino básico em cada uma das freguesias e/ou agrupamentos de freguesias do concelho.

O segundo eixo estratégico de atuação (2º e 3º ciclos do ensino básico e ensino secundário)

pretende intervir no sentido de atenuar situações de degradação das instalações escolares,

adaptando-as às novas exigências curriculares, pedagógicas e de oferta formativa, ao mesmo

tempo que se visa ajustar as capacidades dos estabelecimentos às efetivas necessidades.

Neste quadro de referência, as intervenções deste segundo eixo estratégico procuram a:

- correção de problemas existentes ao nível da construção ou de situações de degradação

profunda e a melhoria das condições de habitabilidade e de conforto ambiental das escolas

(tais como segurança, acessibilidade, qualidade do ar e acústica), dando particular ênfase às

questões de eficiência térmica/ energética dos edifícios (em particular aos isolamentos

térmicos, vidros duplos, sistemas de climatização e de micro geração);

- adequação de espaços letivos e não letivos e modernização dos respetivos equipamentos,

garantindo a sua flexibilidade e adaptabilidade;

- melhoria do ensino experimental de ciência e tecnologia mediante intervenções em

infraestruturas e a aquisição de equipamentos adequados às respetivas valências (casos dos

laboratórios e oficinas);

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Relatório Final Página 101

- aquisição de equipamento informático, eletrónico e de comunicações, facilitadores do acesso

a fontes de informação variadas (centros de recursos) e do uso intensivo de tecnologias de

informação e comunicação;

- criação ou requalificação de infraestruturas desportivas, integradas em estabelecimentos de

ensino;

- promoção da inclusão de alunos com necessidades de educação especial e a abertura da

escola à Comunidade.

A concretização das intervenções propostas para os dois eixos estratégicos contribuem de

forma decisiva para o aumento da qualidade dos processos de aprendizagem em contexto

escolar, contribuindo ainda para a melhoria dos mecanismos de articulação, partilha e

atribuição de funções entre escolas/ entidades formadoras, proporcionando uma otimização

dos recursos materiais, organizacionais e humanos e a maximização dos resultados. Por

conseguinte, pretende-se apetrechar os diversos estabelecimentos das condições necessárias

à melhoria do sucesso educativo e à redução do abandono escolar, dotando-os das respostas

educativas necessárias para faze face aos ritmos acelerados de evolução tecnológica e de

transformação do tecido socioeconómico.

CARTA EDUCATIVA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM

OBJETIVO CENTRAL: Consolidação de uma rede de equipamentos educativos com elevados níveis de

eficácia e de eficiência, que crie as condições necessárias à prossecução de uma

política educativa e de formação de qualidade, contribuindo para o sucesso

educativo e para a formação das crianças e dos alunos nas suas diversas dimensões.

EIXO ESTRATÉGICO 1: Pré-Escolar e 1º Ciclo

Consolidação da Rede de Centros e Núcleos

Escolares em Centros Urbanos e Núcleos Rurais

EIXO ESTRATÉGICO 2: 2º/3º Ciclos e E. Secund.

Reabilitação/ Requalificação/ Modernização dos

Estabelecimentos de Ensino

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Relatório Final Página 102

O objetivo central e os eixos estratégicos da Carta Educativa de Santarém podem ainda

traduzir-se na concretização de um conjunto de objetivos específicos, tais como:

promoção da integração dos diferentes níveis de ensino, numa lógica de articulação de

ofertas educativas;

reforço das capacidades pedagógicas dos estabelecimentos que integram os diferentes

agrupamentos;

valorização das condições que permitam contribuir para a promoção do sucesso

escolar, para a diminuição do abandono e para a o fomento da inclusão (dando ênfase

às crianças e alunos com necessidades educativas especiais);

criação de polos educativos do ensino básico e de educação pré-escolar, por forma a

qualificar estas ofertas, diminuindo as situações de isolamento nos núcleos rurais,

promovendo a sociabilização e a interação dos agentes educativos, assim como o

sucesso educativo dos alunos;

desenvolvimento de processos de ajustamento das ofertas e da reorganização da rede

de estabelecimentos do sistema de educação/formação numa lógica concelhia e

regional.

organização de um sistema eficiente de transportes, que assegure a deslocação dos

alunos do local de residência para os estabelecimentos de ensino;

requalificação do parque escolar, por forma a promover uma melhoria das condições

de vivência escolar, destacando-se as seguintes medidas:

criação e qualificação de salas polivalentes e de atividades que possam contribuir

para o estímulo das capacidades das crianças/alunos e para o desenvolvimento de

diversas vivências, assegurando a implementação das Atividades de Animação e de

Apoio à Família, bem como as Atividades de Enriquecimento Curricular;

criação e qualificação de diversos espaços de apoio, tais como centros de recursos,

salas polivalentes, cozinha, sala de refeições, instalações sanitárias, arrumos, etc;

melhoria das condições de climatização dos estabelecimentos, dando ênfase, nas

novas edificações, às condições construtivas de isolamento térmico e acústico e,

nas antigas construções, à instalação de soluções adequadas de climatização;

promoção de um maior apetrechamento técnico-pedagógico dos espaços;

melhoria dos espaços e apetrechamento com os equipamentos necessários para a

prática desportiva;

aumento das áreas de recreio coberto e arranjo dos espaços exteriores, através do

seu tratamento paisagístico e da colocação de pavimento.

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Relatório Final Página 103

3.2 – Territórios Educativos

A operacionalização os princípios orientadores da Carta Educativa do Município de Santarém

far-se-á através do conceito de Território Educativo, que de acordo com o DAPP

(Departamento de Avaliação Prospetiva e Planeamento) do Ministério da Educação (2000),

corresponde a um espaço geográfico em que seja assegurado o cumprimento da escolaridade

obrigatória em funcionamento vertical e horizontal integrado.

O território educativo deve promover o desenvolvimento de estruturas conducentes à

integração vertical e horizontal dos diversos ciclos de ensino, procurando atingir os seguintes

objetivos:

- desenvolvimento harmonioso de uma aprendizagem sequencial programada e acompanhada,

que promova o sucesso escolar das crianças/alunos;

- funcionamento articulado dos diversos serviços de apoio socioeducativo;

- racionalização, rentabilização e melhoria da qualidade dos recursos físicos, através de um

sistema de administração e de gestão integrado;

- facilitação dos contactos e trocas de experiência entre os diversos agentes educativos.

Neste contexto, as propostas de reconfiguração da rede educativa devem ser efetuadas de um

modo relacional, entendendo os estabelecimentos de ensino como organizações que fazem

parte de redes de equipamentos coletivos que procuram prestar um serviço de qualidade às

populações abrangidas por esses equipamentos.

Atendendo às transformações recentes do sistema educativo português e tendo por base o

novo quadro legal existente, o conceito de território educativo deve procurar, sempre que

possível, integrar os diversos ciclos de ensino, desde a educação pré-escolar ao ensino

secundário, passando pelos três ciclos do ensino básico. Contudo, a especificidade de alguns

espaços geográficos (sobretudo localizados em áreas rurais de menor densidade) poderá

justificar a existência de territórios educativos que não incluam o ensino secundário (localizado

na sede de concelho), mas apenas a educação pré-escolar e os três ciclos do ensino básico.

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Relatório Final Página 104

Em Portugal, a operacionalização do conceito de território educativo efetua-se através do

agrupamento de escolas que, de acordo com o DL 75/2008 (na redação atual do DL nº

137/2012), é uma unidade organizacional, dotada de órgãos próprios de administração e

gestão, constituída pela integração de estabelecimentos de educação pré-escolar e escolas de

diferentes níveis e ciclos de ensino, com vista à realização das seguintes finalidades:

a) garantir e reforçar a coerência do projeto educativo e a qualidade pedagógica das escolas e

estabelecimentos de educação pré -escolar que o integram, numa lógica de articulação vertical

dos diferentes níveis e ciclos de escolaridade;

b) proporcionar um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos numa dada área

geográfica e favorecer a transição adequada entre níveis e ciclos de ensino;

c) superar situações de isolamento de escolas e estabelecimentos de educação pré -escolar e

prevenir a exclusão social e escolar;

d) racionalizar a gestão dos recursos humanos e materiais das escolas e estabelecimentos de

educação pré-escolar que o integram.

De acordo com o mesmo normativo, a constituição de agrupamentos de escolas obedece aos

seguintes critérios:

a) construção de percursos escolares coerentes e integrados;

b) articulação curricular entre níveis e ciclos educativos;

c) eficácia e eficiência da gestão dos recursos humanos, pedagógicos e materiais;

d) proximidade geográfica;

e) dimensão equilibrada e racional5.

Para a consubstanciação dos princípios e critérios atrás referidos importa ter em consideração

o conceito de escola nuclear (escola sede de agrupamento) que congrega recursos materiais e

imateriais mais qualificados e especializados, procurando ser o centro de dinamização e de

apoio, quer quanto a instalações quer quanto à dinamização pedagógica. Em face da

organização atual do sistema educativo e da tipologia de estabelecimentos atualmente

existentes, as escolas nucleares são geralmente ES, ES/3, EB 2,3 ou EBI.

5 O quadro legal existente (designadamente o DL nº 137/2012 e a Portaria 1181/2010) não concretizam

balizas demográficas concretas, nem de número de alunos, para a criação/ fusão de agrupamentos. De

resto, na NUT III da Lezíria do Tejo, efetuaram-se diversas agregações de agrupamentos e

estabelecimentos de ensino entre 2010 e 2012, coexistindo diversas realidades, desde agrupamentos com

cerca de 350 alunos (Agrupamento de Escolas do Alto do Concelho, no concelho da Azambuja), a

agrupamentos com aproximadamente 3 mil alunos (caso do Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira, no

concelho de Santarém).

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Relatório Final Página 105

Por conseguinte, o conceito de território educativo procura conjugar duas dimensões que se

complementam, designadamente a dimensão pedagógica e a dimensão de ordenamento

territorial.

Relativamente à dimensão pedagógica, procura favorecer-se a existência de recursos físicos e

pedagógicos diversificados, através do funcionamento em rede de estabelecimentos (onde

será essencial o conceito de escola nuclear que inclua recursos físicos e humanos

especializados) ou da sua concentração num número reduzido de estabelecimentos. A

consolidação de agrupamentos de escolas verticais será fundamental para a consubstanciação

desta metodologia de atuação.

No que diz respeito à vertente de ordenamento do território, pretende responder-se às novas

tendências de organização do território, que passam por uma maior concentração urbana em

favor das sedes de concelho e de alguns núcleos populacionais complementares (geralmente

sedes de freguesia). Os territórios educativos deverão ser configurados tendo em consideração

os limites administrativos das freguesias, mas também de acordo com os transportes públicos

e escolares existentes (ou a criar) e, sobretudo, levando em consideração o sistema territorial

e urbano regional e concelhio.

No que diz respeito ao concelho de Santarém, podem concretizar-se dois cenários em termos

de organização dos territórios educativos/ agrupamentos de escolas:

num primeiro cenário, mantêm-se as áreas de influência dos quatro agrupamentos de

escolas atualmente existentes: Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques e

Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano (ambos incluem a educação pré-escolar

e os três ciclos do ensino básico) e Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira e Dr.

Ginestal Machado (ambos incluem a educação pré-escolar, os três ciclos do ensino

básico e ainda o ensino secundário);

num segundo cenário, seria repensada a constituição dos agrupamentos, quer em

termos do seu número e dimensão quer, fundamentalmente, em termos de limites

geográficos, de modo a fazer coincidir os agrupamentos com a nova delimitação das

freguesias, em consonância com o processo de reorganização administrativa do

território das freguesias, tal como previsto na Lei nº 11-A/2013.

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Relatório Final Página 106

3.3 – Quadro Legal e Normas de Programação

3.3.1 – Quadro Legislativo

Sistematizam-se de seguida os principais impactes nas políticas educativas resultantes do novo

enquadramento legal e legislativo ocorrido nos anos mais recentes (após a aprovação e

homologação da carta educativa vigente, em 2006). Para cada um dos diplomas mais

relevantes apresentam-se os principais impactes nas políticas educativas e no reordenamento

da rede de equipamentos educativos.

Enquadramento

Legal

Breve descrição e impactes potenciais nas políticas educativas e no

reordenamento da rede de equipamentos educativos

Decreto-Lei nº

72/2015/2015

Altera a composição (passando a integrar os diretores dos

agrupamentos) e as competências do Conselho Municipal de Educação.

Decreto-Lei nº

30/2015

Estabelece o regime de delegação de competências nos municípios e

entidades intermunicipais no domínio de funções sociais.

Neste quadro de referência, o artigo 8º estabelece para o domínio da

educação as competências a atribuir no âmbito da gestão escolar/

práticas educativas, gestão curricular/ pedagógica, gestão de recursos

humanos e gestão orçamental/ recursos financeiros.

Portaria nº

29/2015 e 1049-

A/2008

Altera e estabelece os critérios para o número de assistentes técnicos

e operacionais existentes nos agrupamentos de escolas e

estabelecimentos de ensino.

Despacho nº

5048-B/2013

Estabelece as normas a observar na matrícula e sua renovação, na

distribuição dos alunos, no período de funcionamento dos cursos e na

constituição das turmas, no ensino básico e no ensino secundário.

Clarifica os critérios para o dimensionamento dos cursos e turmas,

bem como para o desdobramento de turmas e, simultaneamente, define

uma hierarquia de prioridades para a matrícula de alunos.

Decreto-Lei nº

137/2012

(2ª alteração ao

DL nº 75/2008)

Define o regime de autonomia, administração e gestão dos

estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico

e secundário. Constitui assim o instrumento fundamental na gestão dos

agrupamentos escolares e das escolas não agrupadas, identificando os

princípios gerais e os principais instrumentos de autonomia.

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Relatório Final Página 107

Enquadramento

Legal

Breve descrição e impactes potenciais nas políticas educativas e no

reordenamento da rede de equipamentos educativos

Despacho nº

5634-F/2012

Calendariza e explicita os princípios e critérios de orientação e os

procedimentos de transição tendo em vista a aplicação dos artigos 6º e

7º do DL 75/2008.

Permite operacionalizar a constituição de novas unidades, resultantes

da agregação de agrupamentos/ estabelecimentos de ensino.

Decreto-Lei nº

139/2012

Estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão dos

currículos dos ensinos básico e secundário, da avaliação dos

conhecimentos a adquirir e das capacidades a desenvolver pelos alunos

e do processo de desenvolvimento do currículo dos ensinos básico e

secundário.

Define as diversas modalidades de oferta educativa existentes no

ensino básico e no ensino secundário, bem como as componentes do

currículo de cada um dos ciclos de ensino.

Despacho nº

8683/2011

(altera o

Despacho nº

14460/2008)

Define as normas a observar na oferta das atividades de

enriquecimento curricular, de animação e de apoio à família para o 1º

ciclo do ensino básico e para a educação pré-escolar.

Identifica os potenciais promotores das atividades de enriquecimento

curricular, as atividades a desenvolver, bem como as normas a seguir no

estabelecimento dos horários.

Decreto-Lei nº

176/2012

Regula o regime de matrícula e de frequência dos alunos, no âmbito

do alargamento da escolaridade obrigatória, que assim passa para as

idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos.

Concomitantemente, estabelece medidas que devem ser adotadas no

âmbito dos percursos escolares dos alunos para prevenir o insucesso e o

abandono escolares.

Lei nº 51/2012

Estatuto do Aluno e Ética Escolar, que estabelece os direitos e os

deveres do aluno dos ensinos básico e secundário e o compromisso dos

pais ou encarregados de educação e dos restantes membros da

comunidade educativa na sua educação e formação.

Assumem particular relevância as secções relacionadas com os

deveres de assiduidade/ efeitos de ultrapassagem dos limites de faltas e

da disciplina/ medidas disciplinares corretivas e sancionatórias.

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Relatório Final Página 108

Enquadramento

Legal

Breve descrição e impactes potenciais nas políticas educativas e no

reordenamento da rede de equipamentos educativos

Portaria nº

1181/2010

Define os procedimentos de criação, alteração e extinção de

agrupamentos, de escolas e de estabelecimentos da educação pré -

escolar, do ensino básico e do ensino secundário da rede pública do

Ministério da Educação.

Dá particular ênfase aos requisitos e aos elementos necessários para

a constituição e alteração dos agrupamentos.

Lei nº 85/2009

Estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e

jovens que se encontram em idade escolar (entre os 6 e os 18 anos).

Consagra a universalidade da educação pré-escolar para todas as

crianças a partir do ano em que atinjam os 5 anos de idade.

Decreto-Lei nº

55/2009

Estabelece o regime jurídico aplicável à atribuição e ao funcionamento

dos apoios no âmbito da ação social escolar, enquanto modalidade dos

apoios e complementos educativos previstos na Lei de Bases do Sistema

Educativo.

Decreto-Lei nº

144/2008

Define o processo de transferência de competências para os

municípios em matéria de educação, constituindo o ponto de partida

para uma nova geração de iniciativas de desenvolvimento local no sector

da educação. Permitiu a diversos municípios a implementação de

contratos-programa que alargaram a sua esfera de atuação no domínio

da educação, designadamente no que se refere à gestão do pessoal não

docente e a equipamentos escolares do ensino básico.

Decreto-Lei

nº 3/2008 e

Lei nº 21/2008

Estabelecem os apoios especializados a prestar na educação pré-

escolar e nos ensinos básico e secundário, visando a criação de

condições para a adequação do processo educativo às necessidades

educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da

atividade.

Lei nº

13/2006

Define o regime jurídico do transporte coletivo de crianças e jovens

até aos 16 anos. Estabelece as normas para o exercício da atividade e

para a segurança de transporte, bem como para a sua fiscalização e

aplicação de medidas sancionatórias.

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Relatório Final Página 109

3.3.2 – Normas e Critérios de Programação

Na programação de equipamentos coletivos, um ponto que importa clarificar e precisar

corresponde aos critérios que orientarão esse exercício. A grelha de critérios a utilizar é

extraída das Normas de Programação e Caracterização de Equipamentos da DGOTDU6.

Neste quadro de referência importa levar em consideração os conceitos que a seguir se

explicitam.

Irradiação – A irradiação de um estabelecimento de ensino estabelece o tempo

máximo entre a escola e os locais de residência dos alunos. Estes valores variam em

função do nível etário dos alunos e dos meios de deslocação utilizados (geralmente a

pé ou de transporte público), sendo medida em minutos ou em quilómetros.

População Base - Corresponde ao quantitativo populacional a partir do qual se justifica

a criação, ampliação, remodelação ou reconversão de um determinado

estabelecimento de ensino. Este valor depende do nível de ensino existente no

estabelecimento.

População a Escolarizar – Subconjunto de população base constituído pelos grupos

etários, correspondentes aos diferentes níveis de ensino e tipos de escolas, tendo em

consideração os objetivos de política educativa definidos para cada um desses níveis.

O cálculo da população a escolarizar deve também considerar fatores locais suscetíveis

de influenciar positiva ou negativamente a procura.

Critério de Programação - Cuja finalidade é criar as condições pedagógicas, sociais e

de viabilidade de funcionamento e gestão do equipamento escolar, de modo a prestar

um serviço de qualidade. Para o efeito, deve ter-se em consideração o regime de

funcionamento do estabelecimento (preferencialmente em regime normal), os valores

mínimos e máximos de alunos por turma (geralmente definidos por normativos

próprios pelo Ministério da Educação) e a capacidade total e parcial das lotações dos

estabelecimentos de ensino.

6 Direção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU) – “Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos”, 2002.

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Relatório Final Página 110

Critério de Dimensionamento - Permite estimar as dimensões do estabelecimento de

ensino em causa, devendo obter-se, pelo menos, a área do terreno e a área bruta de

construção (entendendo-se esta como a superfície medida pelo perímetro das paredes

exteriores).

Critério de Localização – Estabelece um conjunto de condições específicas que devem

ser tomadas em conta na escolha da localização dos equipamentos. Estas condições

devem contemplar as seguintes componentes:

- inserção da escola no tecido urbano e sua complementaridade com outros

equipamentos;

- requisitos de segurança e de qualidade ambiental da área envolvente;

- características físicas dos terrenos escolares e possíveis incompatibilidades de

vizinhança;

- Infraestruturas básicas.

As normas de programação dos equipamentos de ensino que a seguir se apresentam

encontram-se estruturadas por nível e tipologias de ensino, desde a educação pré-escolar ao

ensino secundário, contemplando os seis conceitos anteriormente explicitados.

Dada a importância da tipologia dos Centros Escolares (EB1/JI) para esta Carta Educativa, far-

se-á uma descrição mais detalhada dos espaços a contemplar neste tipo de edifícios, tendo por

base o Programa Nacional para o Reordenamento da Rede Escolar do Ensino Básico e da

Educação Pré-Escolar, elaborado pelo Ministério da Educação em 2007 e que serviu de suporte

para a maioria das intervenções desenvolvidas pelos municípios no anterior Quadro de

Referência Estratégica Nacional (QREN 2007-2013).

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JARDIM DE INFÂNCIA (JI)

Irradiação População Base/ População a Escolarizar

Critérios de Programação Critérios de Dimensionamento Critérios de Localização

Percurso Jardim de Infância –

Habitação:

- A pé (preferencial): até 15

minutos

- Em transporte público

(máximo): até 20 minutos

O transporte deve assegurar a

segurança e o conforto das

crianças.

Atendendo à faixa etária,

deverá privilegiar-se o princípio

geral de proximidade no

percurso jardim de infância –

habitação.

Mínimo:

- Popul. Base: 900 habitantes

- Nº Crianças: 20

Máximo:

- Popul. Base: 3.600 habitantes

- Nº Crianças: 150

Pressupõe-se que só cerca de

90% de crianças deste grupo

etário frequenta o JI.

Contudo, a tendência atual é

para se aproximar dos 100%.

Número de crianças por

educador:

- Mínimo: 20

- Máximo: 25

Nº de Salas e de Crianças:

- 1 sala: 25 crianças (situação

excecional, devendo integrar-se

com o 1º ciclo);

- 2 salas: até 50 crianças

- 3 salas: até 75 crianças

- 4 salas: até 100 crianças

- 5 salas: até 125 crianças

- 6 salas: até 150 crianças

Indicadores de Referência:

- Área de Terreno: 16 m2/criança

- Área de Construção: 6 m2/criança

Área de Referência

(Terreno / Área de Construção):

-2 salas: 850 m2 / 330 m

2

- 3 salas: 1200 m2 / 450 m2

- 4 salas: 1600 m2 / 580 m2

- 5 salas: 2000 m2 / 700 m2

- 6 salas: 2400 m2 / 830 m2

Envolvente Urbana:

- Inserção correta no tecido urbano

- Proximidade e articulação

funcional com outras escolas e

equipamentos

- Rede de transportes públicos

- Segurança nos percursos, nas

áreas envolventes e nas áreas de

acesso

- Adequadas condições ambientais

- Boa rede de infraestruturas (água,

esgotos, eletricidade, telecomun.)

Terrenos:

- Declives suaves

- Boas condições de salubridade

- Boas condições geológicas

Incompatibilidades:

- Vizinhanças insalubres ou

perigosas

- Linhas aéreas de transporte de

energia

Fonte: Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos, da DGOTDU e Legislação do Ministério da Educação (2002)

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Relatório Final Página 112

ESCOLA BÁSICA DO 1º CICLO (EB1)

Irradiação População Base/ População a Escolarizar

Critérios de Programação Critérios de Dimensionamento Critérios de Localização

Percurso Escola – Habitação:

- A pé (preferencial): até 15

minutos ou 1,5 Km

- A pé (máximo aceitável): até

30 minutos ou 1,5 km

- Em transporte público: até 40

minutos

O transporte deve assegurar a

segurança e o conforto dos

alunos.

Mínimo:

- Popul. Base: 2.000 habitantes

- Popul. a Escolarizar*: 4 turmas

(cerca de 80 a 104 alunos)

Máximo:

- Popul. Base: 4.500 habitantes

- Popul. a Escolarizar*: 12

turmas (cerca de 240 a 312

alunos)

Número de alunos por sala*:

- Mínimo: 20

- Máximo: 26

Nº de Turmas e de Alunos:

- 4 turmas: até 100/104 alunos

- 6 turmas: até 150/156 alunos

- 8 turmas: até 200/208 alunos

- 12 turmas:até 300/312 alunos

As situações com menos de 4

turmas devem estar associadas

a áreas rurais, com população

dispersa, devendo privilegiar-se

a sua articulação com outros

níveis de ensino (caso da

educação pré-escolar)

Indicadores de Referência:

- Área de Terreno: 18 m2/aluno

- Área de Construção: 6,2 m2/aluno

Área de Referência

(Terreno** / Área de Construção):

- 4 Turmas: 2600 m2 / 640 m

2

- 6 Turmas: 3200 m2 / 930 m2

- 8 Turmas: 3800 m2 / 1220 m2

- 12 Turmas: 5000 m2 / 1700 m2

Envolvente Urbana:

- Inserção correta no tecido urbano

- Proximidade entre a escola e a

residência dos alunos

- Rede de transportes públicos

- Segurança nos percursos, nas

áreas envolventes e nas áreas de

acesso

- Adequadas condições ambientais

- Boa rede de infraestruturas (água,

esgotos, eletricidade, telecomun.)

Terrenos:

- Declives suaves

- Boas condições de salubridade

- Boas condições geológicas

Incompatibilidades:

- Vizinhanças insalubres ou

perigosas

- Linhas aéreas de transporte de

energia

* Tendo em consideração os normativos atuais que consideram que o número de alunos por turma é de 26, sendo de 20 em caso de alunos com necessidades educativas de carácter permanente. Nos estabelecimentos de lugar único, que incluam mais de 2 anos de escolaridade, as turmas são constituídas por 18 alunos.

** Valores atualizados de acordo com o Programa Nacional para o Reordenamento da Rede Escolar do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar (2007) Fonte: Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos, da DGOTDU e Legislação do Ministério da Educação (2002)

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 113

ESCOLA BÁSICA DO 1º CICLO COM JARDIM DE INFÂNCIA (EB1/JI) – Centro Escolar

Irradiação População Base/ População a Escolarizar

Critérios de Programação Critérios de Dimensionamento Critérios de Localização

Percurso Escola – Habitação:

- A pé (preferencial): até 15

minutos ou 1 Km

- A pé (máximo aceitável): até

30 minutos ou 1,5 km

- Em transporte público: até

30/40 minutos

O transporte deve assegurar a

segurança e o conforto dos

alunos.

Mínimo:

- Popul. Base: 900 (JI) a 1.000

habitantes (1ºC)

- Popul. a Escolarizar: 1 sala JI

(20 crianças) e 2 turmas de 1ºC

(40 alunos)

Máximo:

- Popul. Base: 1800 (JI) a 4500

habitantes (1ºC)

- Popul. a Escolarizar*: 3 Salas JI

(75 crianças) e 12 turmas de

1ºC (cerca de 300/312 alunos)

Número de alunos por

sala/turma*:

- JI: 20 a 25

- 1ºC: 20 a 26

Nº Turmas/Salas e de Alunos:

- 3 (1+2): até 77 (25+52) alunos

- 6 (2+4): até 154 (50+104)

alunos

- 7 (3+4): até 179 (75+104)

alunos

- 11 (3+8): até 283 (75+208)

alunos

- 15 (3+12): até 387 (75+312)

alunos

Nalgumas intervenções

recentes aplicaram-se

tipologias de maior dimensão:

por exemplo 20 (4+16)

Indicadores de Referência:

- Área de Terreno: 18 m2/aluno

- Área de Construção: 5,5 m2/aluno

Área de Referência

(Terreno** / Área de Construção):

- 3T (1+2): 2200 m2 / 460 m2

- 6T (2+4): 3200 m2 / 860 m2

- 7T (3+4): 3600 m2 / 980 m2

- 11T (3+8): 4700 m2 / 1500 m2

- 15T (3+12): 5800 m2 / 1960 m2

Envolvente Urbana:

- Inserção correta no tecido urbano

- Proximidade entre a escola e a

residência dos alunos

- Rede de transportes públicos

- Segurança nos percursos, nas

áreas envolventes e nas áreas de

acesso

- Adequadas condições ambientais

- Boa rede de infraestruturas (água,

esgotos, eletricidade, telecomun.)

Terrenos:

- Declives suaves

- Boas condições de salubridade

- Boas condições geológicas

Incompatibilidades:

- Vizinhanças insalubres ou

perigosas

- Linhas aéreas de transporte de

energia

* Tendo em consideração os normativos atuais que consideram que o número de alunos por turma no 1º ciclo é de 26, sendo de 20 em caso de alunos com necessidades educativas de carácter permanente.

** Valores atualizados de acordo com o Programa Nacional para o Reordenamento da Rede Escolar do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar (2007) Fonte: Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos, da DGOTDU e Legislação do Ministério da Educação (2002)

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Relatório Final Página 114

Tipologia de Espaços a Contemplar nos Centros Escolares (a)

ESPAÇOS GERAIS ESPAÇOS ESPECÍFICOS DESCRIÇÃO DIMENSÃO (aproxim.)

ESPAÇOS DE ENSINO E

DE APOIO

Sala de Atividades (Pré-

Escolar) e de Aula (1º

Ciclo)

Espaço de ensino onde têm lugar as atividades de ensino. Devem articular-se em

núcleos com outros espaços (por exemplo, por cada 3/4 salas, 1 sala de Ed. Plástica

e 1 instalações sanitárias masculinas/ femininas).

Cerca de 50 m2

Educação Plástica Espaço/ oficina para atividades que produzam sujidade. 7m2 por cada sala de aula

C. Recursos/ Biblioteca Espaço de trabalho e de lazer para alunos e professores, em condições de silêncio. Variável

S. Polivalente/ Refeitório* Espaço dedicado a atividades de enriquecimento curricular, sociais, podendo servir

também como espaço de refeições (em escolas de menor dimensão).

Variável

ESPAÇOS SOCIAIS

Sala de Professores Espaço destinado a reuniões, convívio e trabalho dos professores. 1/2m2 por cada professor

Gabinete de Atendimento Pequena sala para diversas funções de apoio e de atendimento. Cerca de 7m2

Átrio e Circulações Deve existir um átrio que assinale a entrada na escola, protegida por um coberto

sobre portas. As circulações interiores não devem exceder os 20% da área útil.

Largura das galerias- 2,80m

e dos corred.- 1,80m

ESPAÇOS DE APOIO GERAL

Cozinha e Refeitório* Espaço para confecionar ou aquecer refeições ligeiras. Constituída por áreas

sequenciais para entrada de pessoal e receção de alimentos, armazenamento,

preparação e confeção de alimentos, lavagem de loiças e espaço de contentores.

Variável

Instalações Sanitárias Devem localizar-se em diversos locais da escola, separados por sexos, para adultos e

crianças, contemplando também instalações próprias para deficientes.

Variável

Vestiário e Arrecadações Existência de vestiários para pessoal não docente e arrecadações para diversos fins. Variável

Espaços Exteriores

Diversos Devem ser espaços com qualidade paisagística que garanta a segurança das

crianças, contemplando recreio coberto junto ao edifício, recreio livre com boa

exposição solar, polidesportivo de ar livre, áreas de lazer e espaços ajardinados.

Espaços diversos (variável)

Polidesp. (18X12m)

Área de Lazer (mín. 300m2)

* Em Centros Escolares de maior dimensão, deve existir uma sala polivalente e o refeitório estar adjacente à cozinha.

(a) De acordo com o Programa Nacional para o Reordenamento da Rede Escolar do Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar (2007)

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Relatório Final Página 115

ESCOLA BÁSICA DOS 2º E 3º CICLOS (EB 2,3)

Irradiação População Base/ População a Escolarizar

Critérios de Programação Critérios de Dimensionamento Critérios de Localização

Percurso Escola – Habitação:

- A pé (preferencial): até 30

minutos ou 1,5 Km

- A pé (máximo aceitável): até

45 minutos ou 2,2 km

- Em transporte público: até 60

minutos

O transporte deve assegurar a

segurança e o conforto dos

alunos.

Mínimo:

- Popul. Base: 3.800 habitantes

-Popul. a Escolarizar*:10 turmas

(cerca de 260 a 300 alunos)

Máximo:

- Popul. Base: 7.900 habitantes

-Popul. a Escolarizar*:25 turmas

(cerca de 650 a 780 alunos)

Número de alunos por sala*:

- Mínimo: 26

- Máximo: 30

Nº de Turmas e de Alunos:

- 10 Turmas: 260/300 alunos

- 15 Turmas: 390/450 alunos

- 20 Turmas: 520/600 alunos

- 25 Turmas: 650/750 alunos

Em estabelecimentos

localizados em centros

urbanos, aplicaram-se

tipologias de maior dimensão:

por exemplo T30 (780/900

alunos)

Indicadores de Referência:

- Área de Terreno: 26 m2/aluno

- Área de Construção: 8,2 m2/aluno

Área de Referência

(Terreno / Área de Construção):

- 10 Turmas: 8300 m2 / 3000 m2

- 15 Turmas: 13300 m2 / 3800 m2

- 20 Turmas: 15700 m2 / 5100 m2

- 25 Turmas: 18200 m2 / 5800 m2

Envolvente Urbana:

- Inserção correta no tecido urbano

- Proximidade entre a escola, a

residência dos alunos, os jardins e

os equipamentos desportivos e

culturais do aglomerado

- Rede de transportes públicos

- Segurança nos percursos, nas

áreas envolventes e nas áreas de

acesso

- Adequadas condições ambientais

- Boa rede de infraestruturas (água,

esgotos, eletricidade, telecomun.)

Terrenos:

- Declives suaves

- Boas condições de salubridade

- Boas condições geológicas

Incompatibilidades:

- Vizinhanças insalubres ou

perigosas

- Linhas aéreas de transporte de

energia

* Tendo em consideração os normativos atuais que consideram que as turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30 alunos, sendo de 20 em caso de alunos com necessidades educativas de carácter permanente.

Page 118: Junho de 2015 - Santarém...Junho de 2015 - O presente documento obteve, por unanimidade, o parecer positivo do Conselho Municipal de Educação em 08/06/2015. CÂMARA MUNICIPAL DE

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Relatório Final Página 116

Fonte: Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos, da DGOTDU e Legislação do Ministério da Educação (2002)

ESCOLA BÁSICA INTEGRADA (EBI)

Irradiação População Base/ População a Escolarizar

Critérios de Programação Critérios de Dimensionamento Critérios de Localização

Percurso Escola – Habitação:

- A pé (preferencial): até 15

minutos ou 1 Km

- A pé (máximo aceitável): até

45 minutos ou 2,2 km

- Em transporte público: até

45/60 minutos

O transporte deve assegurar a

segurança e o conforto dos

alunos.

Mínimo:

- Popul. Base: 2000 (1ºC) a

3.800 habitantes (2º/3ºC)

- Popul. a Escolarizar: 4T 1ºC

(80 alunos) e 10T 2º/3ºC (260

alunos)

Máximo:

- Popul. Base: 3000 (1ºC) a 4700

habitantes (2º/3ºC)

- Popul. a Escolarizar: 8T 1ºC

(208 alunos) e 15 T 2º/3ºC (450

alunos)

Número de alunos por turma*:

- 1ºC: 20 a 26

- 2º/3ºC: 26 a 30

Nº Turmas e de Alunos:

- 14 (4+10): até 404 (104+300)

alunos

- 23 (8+15): até 658 (208+450)

alunos

Em estabelecimentos

localizados em centros

urbanos, aplicaram-se

tipologias de maior dimensão:

por exemplo T30 (6T+34T)

Indicadores de Referência:

- Área de Terreno: 24 m2/aluno

- Área de Construção: 8,2 m2/aluno

Área de Referência

(Terreno** / Área de Construção):

- 14 (4+10T): 10000 m2 / 3500 m

2

- 23 (8+15T): 15000 m2 / 4900 m2

Envolvente Urbana:

- Inserção correta no tecido urbano

- Proximidade entre a escola, a

residência dos alunos, os jardins e

os equipamentos desportivos e

culturais do aglomerado

- Rede de transportes públicos

- Segurança nos percursos, nas

áreas envolventes e nas áreas de

acesso

- Adequadas condições ambientais

- Boa rede de infraestruturas (água,

esgotos, eletricidade, telecomun.)

Terrenos:

- Declives suaves

- Boas condições de salubridade

- Boas condições geológicas

Incompatibilidades:

- Vizinhanças insalubres ou

perigosas

- Linhas aéreas de transporte de

energia

* Tendo em consideração os normativos atuais que consideram que as turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30 alunos, sendo de 20 em caso de alunos com necessidades educativas de carácter permanente.

Fonte: Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos, da DGOTDU e Legislação do Ministério da Educação (2002)

Page 119: Junho de 2015 - Santarém...Junho de 2015 - O presente documento obteve, por unanimidade, o parecer positivo do Conselho Municipal de Educação em 08/06/2015. CÂMARA MUNICIPAL DE

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Relatório Final Página 117

ESCOLA BÁSICA INTEGRADA COM JARDIM DE INFÂNCIA (EBI/JI)

Irradiação População Base/ População a Escolarizar

Critérios de Programação Critérios de Dimensionamento Critérios de Localização

Percurso Escola – Habitação:

- A pé (preferencial): até 15

minutos ou 1 Km

- A pé (máximo aceitável): até

45 minutos ou 2,2 km

- Em transporte público: até

45/60 minutos

O transporte deve assegurar a

segurança e o conforto dos

alunos.

Mínimo:

- Popul. Base: 1800 (JI), 2000

(1ºC) a 3.800 habitantes

(2º/3ºC)

- Popul. a Escolarizar: 2 Salas JI

(40 crianças), 4T 1ºC (80 alunos)

e 10T 2º/3ºC (260 alunos)

Máximo:

- Popul. Base: 1800 (JI), 3000

(1ºC) a 4700 habitantes

(2º/3ºC)

- Popul. a Escolarizar: 3 Salas JI

(75 crianças), 8T 1ºC (208

alunos) e 15 T 2º/3ºC (450

alunos)

Número de alunos por turma*:

- JI: 20 a 25

- 1ºC: 20 a 26

- 2º/3ºC: 26 a 30

Nº Turmas e de Alunos:

- 16 (2+4+10): até 454

(50+104+300) alunos

- 26 (3+8+15): até 733

(75+208+450) alunos

Em estabelecimentos

localizados em centros

urbanos, aplicaram-se

tipologias de maior dimensão:

por exemplo T33 (4S+6T+34T)

Indicadores de Referência:

- Área de Terreno: 23 m2/aluno

- Área de Construção: 8 m2/aluno

Área de Referência

(Terreno** / Área de Construção):

- 16 (2+4+10T): 10000 m2 / 3800 m

2

- 26 (3+8+15T): 16000 m2 / 5100 m2

Envolvente Urbana:

- Inserção correta no tecido urbano

- Proximidade entre a escola, a

residência dos alunos, os jardins e

os equipamentos desportivos e

culturais do aglomerado

- Rede de transportes públicos

- Segurança nos percursos, nas

áreas envolventes e nas áreas de

acesso

- Adequadas condições ambientais

- Boa rede de infraestruturas (água,

esgotos, eletricidade, telecomun.)

Terrenos:

- Declives suaves

- Boas condições de salubridade

- Boas condições geológicas

Incompatibilidades:

- Vizinhanças insalubres ou

perigosas

- Linhas aéreas de transporte de

energia

* Tendo em consideração os normativos atuais que consideram que as turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30 alunos, sendo de 20 em caso de alunos com necessidades educativas de carácter permanente.

Fonte: Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos, da DGOTDU e Legislação do Ministério da Educação (2002)

Page 120: Junho de 2015 - Santarém...Junho de 2015 - O presente documento obteve, por unanimidade, o parecer positivo do Conselho Municipal de Educação em 08/06/2015. CÂMARA MUNICIPAL DE

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Relatório Final Página 118

ESCOLA SECUNDÁRIA (ES) (a)

Irradiação População Base/ População a Escolarizar

Critérios de Programação Critérios de Dimensionamento Critérios de Localização

Percurso Escola – Habitação:

- A pé (preferencial): até 30

minutos ou 2 Km

- A pé (máximo aceitável): até

50 minutos ou 3 km

- Em transporte público: até 60

minutos

Mínimo:

- Popul. Base: 12500 habitantes

-Popul. a Escolarizar*:18 turmas

(cerca de 468 a 540 alunos)

Máximo:

- Popul. Base: 25000 habitantes

-Popul. a Escolarizar*:39 turmas

(cerca de 1014 a 1170 alunos)

Número de alunos por sala*:

- Mínimo: 26

- Máximo: 30

Nº de Turmas e de Alunos:

- 18 Turmas: 468/540 alunos

- 21 Turmas: 546/630 alunos

- 24 Turmas: 624/720 alunos

- 30 Turmas: 780/900 alunos

- 36Turmas: 936/1080 alunos

- 39 Turmas: 1014/1170 alunos

Nos centros urbanos de maior

dimensão aplicaram-se

tipologias maiores: por

exemplo T44 (1144/1320

alunos)

Indicadores de Referência:

- Área de Terreno: 24 m2/aluno

- Área de Construção: 8,5 m2/aluno

Área de Referência

(Terreno / Área de Construção):

- 18 Turmas: 14500 m2 / 5300 m2

- 21 Turmas: 15000 m2 / 5900 m2

- 24 Turmas: 17000 m2 / 6400 m

2

- 30 Turmas: 18000 m2 / 7100 m2

- 36 Turmas: 22000 m2 / 8500 m2

- 39 Turmas: 23000 m2 / 9100 m2

A existência de ofertas

profissionalizantes pode alterar as

áreas de terreno e as áreas de

construção, dependendo da

tipologia de cursos.

Envolvente Urbana:

- Inserção correta no tecido urbano

- Proximidade entre a escola, a

residência dos alunos, os jardins e

os equipamentos desportivos e

culturais do aglomerado

- Rede de transportes públicos

- Segurança nos percursos, nas

áreas envolventes e nas áreas de

acesso

- Adequadas condições ambientais

- Boa rede de infraestruturas (água,

esgotos, eletricidade, telecomun.)

Terrenos:

- Declives suaves

- Boas condições de salubridade

- Boas condições geológicas

Incompatibilidades:

- Vizinhanças insalubres ou

perigosas

- Linhas aéreas de transporte de

energia

(a) Na NUT III da Lezíria do Tejo não existem atualmente Escolas Secundárias puras. A tipologia existente é a de ES/3 (Escolas Secundárias com 3º Ciclo, em que a oferta do secundário é predominante) ou de EB 2,3/S (em que a oferta do secundário é residual).

* Tendo em consideração os normativos atuais que consideram que as turmas são constituídas por um número mínimo de 26 alunos e um máximo de 30 alunos. Fonte: Normas para a Programação e Caracterização de Equipamentos Coletivos, da DGOTDU e Legislação do Ministério da Educação (2002)

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 119

3.4 – Reconfiguração da Rede Educativa

3.4.1 – Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

Nesta secção do documento efetua-se a proposta base de reconfiguração da oferta da rede

educativa da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, para cada um dos

agrupamentos do concelho. Esta secção encontra-se estruturada em três componentes:

- breve síntese da situação atual na educação pré-escolar e no 1º ciclo em cada uma das

freguesias/ conjunto de freguesias (tendo em consideração o número de estabelecimentos,

salas/ turmas e crianças/ alunos existentes no ano letivo de 2014/15);

- apresentação da população a escolarizar (em número de salas/ turmas e crianças/ alunos)

para o ano letivo de 2020/21, tendo como referência os cenários de projeção demográfica

(tendencial e expansionista) elaborados no primeiro capítulo;

- apresentação da proposta base de reordenamento da rede escolar, para cada um dos

estabelecimentos existentes no concelho, por tipologia de intervenção, apresentando-se uma

estimativa da procura prevista para 2020/21 em número de salas/ turmas por

estabelecimento.

Em termos metodológicos importa referir que, para a educação pré-escolar, se pretende

atingir uma taxa de pré-escolarização próxima dos 100%, sendo que se considera que na

cidade de Santarém a rede pública deverá representar cerca de 60% dessa oferta; as restantes

crianças deverão frequentar a rede solidária e particular. O número de crianças a escolarizar

na educação pré-escolar resulta da média entre a taxa de pré-escolarização prevista para

2020/21 e o número previsto de crianças inscritas na rede pública, tomando como referência a

manutenção da taxa de variação de crianças, por freguesia, do último quinquénio (2010/11 a

2014/15).

No 1º ciclo do ensino básico, considera-se que todos os alunos poderão frequentar a rede

pública nas diversas freguesias do concelho, ainda que possa existir oferta da rede particular.

O número de alunos a escolarizar neste ciclo resulta da média entre a população escolar

estimada dos 6 aos 9 anos de idade, multiplicada por 1,05 (taxa de repetência utilizada), e o

número de alunos previsivelmente inscritos em 2020/21, tomando como referência a

manutenção da taxa de variação do número de alunos, por freguesia, do último quinquénio

(2010/11 a 2014/15).

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 120

3.4.1.1 – Cidade de Santarém

Situação Atual

Na cidade de Santarém, no ano letivo de 2014/15 estavam inscritas, na educação pré-escolar,

431 crianças, distribuídas por 20 salas de 10 estabelecimentos; de referir que, na cidade de

Santarém, cerca de 481 crianças frequentavam a rede solidária e particular.

No que diz respeito ao 1º ciclo do ensino básico, a rede pública era frequentada por 1.300

alunos, distribuídos por 58 turmas de 11 estabelecimentos. Existiam ainda dois

estabelecimentos da rede particular frequentados por cerca de 150 alunos.

Com a abertura prevista para Setembro do novo Centro Escolar do Sacapeito (contemplando 4

salas para a educação pré-escolar e 8 salas para o 1º ciclo) os problemas existentes até alguns

anos atrás relacionados com a existência de listas de espera no pré-escolar e com a existência

de estabelecimentos a funcionar em regime duplo no 1º ciclo desaparecerão em definitivo;

pelo contrário, poder-se-á colocar o problema da subocupação de alguns estabelecimentos,

designadamente dos que se localizam no centro histórico (incluindo a Ribeira de Santarém que

já possui uma reduzida procura).

Quadro 81 – Procura Atual na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia, na Cidade de Santarém (2014/15)

FREGUESIA (a) Educação Pré-Escolar (b) 1º Ciclo do Ensino Básico (c)

Nº Estab. Nº Salas Nº Crianças Nº Estab. Nº Turmas Nº Alunos

Marvila 3 6 119 2 16 339

S. Nicolau 5 9 187 4 19 429

S. Salvador 2 5 125 4 21 513

Ribeira Santarém - - - 1 2 19

TOTAL 10 20 431 11 58 1300

(a) Consideram-se os limites administrativos anteriores à reforma administrativa das freguesias (Lei nº11-A/2013). (b) A educação Pré-Escolar da rede particular e cooperativa possuía neste ano 481 crianças, o que totaliza 912

crianças na educação pré-escolar na cidade de Santarém. (b) O 1º Ciclo da rede particular possuía neste ano cerca de 150 alunos, o que totaliza cerca de 1450 alunos na cidade de Santarém.

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 121

População a Escolarizar

As projeções da população a escolarizar para a educação pré-escolar para 2020/21 traduzem-

se num possível acréscimo ligeiro da procura, que se deverá situar entre as 470 e 510 crianças

na rede pública (pressupondo uma taxa de cobertura de cerca de 60% da rede pública, valor

superior ao que se regista atualmente).

Tendo por base um número médio de 22 crianças por sala na educação pré-escolar, prevê-se

que sejam necessárias, para a rede pública, cerca de 21 a 23 salas (atualmente existem 20

salas, não estando contabilizadas as novas resultantes da abertura do novo Centro Escolar do

Sacapeito), o que significa que a rede atual é suficiente para se atingir uma taxa de pré-

escolarização próxima dos 100% (tendo em consideração a rede solidária e particular

existente).

No que diz respeito ao 1º ciclo do ensino básico, a procura prevista para o ano de horizonte de

2020/21 varia entre os 1.325 e 1.425 alunos (considerando todos os alunos na rede pública).

Importa referir que atualmente frequentam o 1º ciclo na cidade de Santarém cerca de 1.450

alunos, pelo que as previsões apontam para um decréscimo considerável da procura (no caso

do cenário tendencial) ou da manutenção da procura (no caso do cenário expansionista).

Tomando como referência um número médio de 24 alunos por turma, as previsões apontam

para um total de 56 a 60 turmas no ano letivo de 2020/21 (atualmente existem 58 turmas na

rede pública e 6 turmas na rede particular). Por conseguinte, atendendo à abertura de 8 novas

salas do Centro Escolar do Sacapeito em Setembro de 2015, a oferta será excedentária

relativamente à procura potencial.

Importa levar em consideração que as projeções demográficas refletem a população a

escolarizar com base na população residente das freguesias, não contemplando naturalmente

as crianças e os alunos que residem noutras freguesias, cujas famílias procuram,

particularmente, os estabelecimentos da cidade, por aí trabalharem. Sendo assim, é possível

que o número de crianças e de alunos que venham a frequentar a educação pré-escolar e o 1º

ciclo se aproxime mais do segundo cenário, no caso da cidade.

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Relatório Final Página 122

Quadro 82 – Procura Prevista na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia, na Cidade de Santarém (2020/21)

FREGUESIA (a)

Educação Pré-Escolar 1º Ciclo do Ensino Básico

Nº Salas Nº Crianças Nº Turmas Nº Alunos

C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp.

Marvila 6 6 120 120 14 14 320 320

S. Nicolau 8 9 180 200 18 19 420 460

S. Salvador 7 8 160 180 24 26 570 630

Ribeira Santarém - - 10 10 0/1 0/1 15 15

TOTAL 21 23 470 510 56/57 59/60 1325 1425

(a) Consideram-se os limites administrativos anteriores à reforma administrativa das freguesias (Lei nº11-A/2013).

Proposta de Reordenamento da Rede Escolar

A proposta base de reordenamento da rede escolar para a educação pré-escolar e o 1º ciclo na cidade

de Santarém contempla duas componentes essenciais. A primeira decorre da abertura do Centro Escolar

do Sacapeito (previsto para setembro de 2015) e que está associada ao encerramento do Jardim de

Infância da Feira e da EB1 de Salvador, na medida em que a capacidade instalada para esta área da

cidade (planalto) é excessiva face à procura existente. A segunda está associada a uma pequena

ampliação da EB1/JI da Portela das Padeiras, de modo a substituir o pré-fabricado existente e a

aumentar a oferta da educação pré-escolar nesta área norte da cidade (de maior crescimento

populacional).

Mais complexa se afigura a situação do núcleo da Ribeira de Santarém, cujo envelhecimento

demográfico e decréscimo da procura poderão levar ao seu encerramento e transferência dos alunos

para outros centros escolares (designadamente do Sacapeito e Salgueiro Maia).

Para a maioria dos restantes estabelecimentos da cidade de Santarém considera-se que as

intervenções a desenvolver deverão privilegiar a reabilitação e a requalificação dos

estabelecimentos, com ênfase na componente da eficiência energética/ climatização.

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Relatório Final Página 123

Quadro 83 – Proposta Base de Reordenamento da Rede da Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico para a Cidade de Santarém

Agrupamento Tipo de Intervenção Estabelecimento Procura Prevista Salas/Turmas (a)

Alexandre Herculano

Requalific./ A Manter

- JI do Choupal - JI da Anacoreta - EB1/JI dos Combatentes - EB1/JI de S. Domingos - EB1/JI das Fontaínhas - EB1 de V. Estacas

2 S 3 S

1 S + 4 T 2 S + 6 T 1 S + 2 T

6 T

A encerrar - EB1 Salvador (b) -

SUBTOTAL (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 9 S + 18 T

Ginestal Machado

Requalific./ A Manter

- JI do Sacapeito - Centro Escolar do Sacapeito - EB1/JI do Pereiro - EB1 dos Leões

2 S 4 S + 8 T 1 S + 4 T

8 T

A encerrar - JI da Feira (c) -

SUBTOTAL (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 7 S + 20 T

Sá da Bandeira

Ampliação/ Requalif. - EB1/JI da Portela 2 S + 4 T

Requalific./ A Manter - Centro Escolar Salgueiro Maia - EB1 de S. Bento

4 S + 8 T 6 T

A Requal./A Encerrar ? - EB1 da Ribeira de Santarém (d) 0-1 T

SUBTOTAL (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 6 S + 18/19 T

TOTAL DA PROCURA PREVISTA (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 22 S + 56/57 T

(a) O nº de salas e turmas apresentado é indicativo. A procura efetiva poderá justificar ajustamentos nos valores referidos, designadamente na gestão da oferta dos estabelecimentos que incluem simultaneamente a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico.

(b) Estabelecimento de Acolhimento: os alunos serão distribuídos de acordo com os locais de residência/ emprego dos pais.

(c) Estabelecimento de Acolhimento: Centro Escolar do Sacapeito. (d) Manutenção do estabelecimento dependente da procura e do quadro legal existente (nº mínimo de alunos por

turma). Caso venha a encerrar, os alunos serão repartidos por diversos estabelecimentos, de acordo com o local de trabalho dos pais/ proximidade da residência (designadamente pelos Centros Escolares Salgueiro Maia e Sacapeito).

Num cenário alternativo comtempla-se a construção do Centro Escolar de Santarém-Norte,

com 4 salas para a educação pré-escolar e 8 salas para o 1º ciclo do ensino básico, de modo a

responder à procura nesta área de maior expansão suburbana da cidade de Santarém. A sua

concretização estará dependente da conjugação de duas condicionantes fundamentais7:

- fortalecimento do crescimento urbano desta área, em particular do eixo S. Pedro/ Portela das

Padeiras/ Casais da Besteira, Quinta do Gualdim;

- disponibilidade financeira do autarquia e do QREN para a edificação de um novo centro

escolar na cidade de Santarém.

7 A concretização da nova Estação Ferroviária de Santarém, na Portela das Padeiras, justificaria também este novo

estabelecimento de ensino.

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Relatório Final Página 124

A concretização do Centro Escolar de Santarém norte levaria ao encerramento da EB1/JI da

Portela, podendo ainda gerar o encerramento de estabelecimentos localizados em freguesias

adjacentes à cidade.

Quadro 84 – Proposta Alternativa de Reordenamento da Rede da Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico para a Cidade de Santarém

Agrupamento Tipo de Intervenção Estabelecimento Procura Prevista Salas/Turmas (a)

Alexandre Herculano

Requalific./ A Manter

- JI do Choupal - JI da Anacoreta - EB1/JI dos Combatentes - EB1/JI de S. Domingos - EB1/JI das Fontaínhas - EB1 de V. Estacas

2 S 3 S

1 S + 4 T 2 S + 6 T 1 S + 2 T

6 T

A encerrar - EB1 de Salvador (b) -

SUBTOTAL (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 9 S + 18 T

Ginestal Machado

Requalific./ A Manter

- JI do Sacapeito - Centro Escolar do Sacapeito - EB1/JI do Pereiro - EB1 dos Leões

2 S 4 S + 8 T 1 S + 4 T

8 T

A encerrar - JI da Feira (c) -

SUBTOTAL (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 7 S + 20 T

Sá da Bandeira

Nova Construção - Centro Escolar de Santarém Norte (d) 4 S + 8 T

Requalific./ A Manter - Centro Escolar Salgueiro Maia - EB1 de S. Bento

4 S + 8 T 4 T

A encerrar - EB1/JI da Portela (e) - EB1 da Ribeira de Santarém (f)

- -

SUBTOTAL (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 8 S + 20 T

TOTAL DA PROCURA PREVISTA (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 24 S + 58 T

(a) O nº de salas e turmas apresentado é indicativo. A procura efetiva poderá justificar ajustamentos nos valores referidos, designadamente na gestão da oferta dos estabelecimentos que incluem simultaneamente a educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico.

(b) Estabelecimento de Acolhimento: os alunos serão distribuídos de acordo com os locais de residência/ emprego dos pais.

(c) Estabelecimento de Acolhimento: Centro Escolar do Sacapeito. (d) O Centro Escolar de Santarém Norte poderia receber crianças e alunos de freguesias limítrofes

(designadamente da Azóia de Baixo e da Várzea). (e) Estabelecimento de Acolhimento: Centro Escolar de Santarém Norte. (f) Estabelecimento de Acolhimento: Os alunos serão repartidos por diversos estabelecimentos, de acordo

com o local de trabalho dos pais/ proximidade da residência (designadamente pelos Centros Escolares Salgueiro Maia e Sacapeito).

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Relatório Final Página 125

3.4.1.2 – Freguesias Rurais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ALEXANDRE HERCULANO Situação Atual

O território educativo do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano localizado fora da

cidade de Santarém compreende dois estabelecimentos da educação pré-escolar,

frequentados por 55 crianças em 3 salas e cinco estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico,

frequentados por 154 alunos, distribuídos por 9 turmas.

Os problemas deste território educativo associam-se, fundamentalmente, à dispersão e

reduzida procura do 1º ciclo na freguesia de Almoster, atualmente distribuída por três

pequenos estabelecimentos mal apetrechados (com um número de alunos compreendido

entre os 11 e os 15, cada) e com problemas diversos em termos de infraestruturas e espaços

de apoio. Existem ainda algumas carências nos restantes estabelecimentos, designadamente

no que se refere a centro de recursos/ biblioteca na EB1/JI do Vale de Santarém.

Quadro 85 – Procura Atual na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia Rural, no Agrupamento Alexandre Herculano (2014/15)

FREGUESIA Educação Pré-Escolar (a) 1º Ciclo do Ensino Básico

Nº Estab. Nº Salas Nº Crianças Nº Estab. Nº Turmas Nº Alunos

Almoster 1 - 17 3 3 38

Póvoa da Isenta - - - 1 2 28

Vale de Santarém 1 2 38 1 4 88

TOTAL 2 3 55 5 9 154

(a) A educação Pré-Escolar da rede particular e cooperativa possuía neste ano cerca de 100 crianças que serviam fundamentalmente as freguesias da Póvoa da Isenta e do Vale de Santarém (estabelecimento localizado na Estação Zootécnica Nacional).

População a Escolarizar

As projeções da população a escolarizar para este território educativo não preveem alterações

significativas da procura, quer para a educação pré-escolar8 quer para o 1º ciclo do ensino

básico.

8 Importa levar em consideração que a ausência de oferta da rede pública na Póvoa da Isenta, gera a falsa ideia de que

se perspetiva um crescimento da procura na educação pré-escolar deste agrupamento.

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Relatório Final Página 126

Tomando como referência o rácio médio de alunos por sala/ turma (22 para a educação pré-

escolar e 24 para o 1º ciclo do ensino básico) constata-se que o número de salas/ turmas

previstas para este agrupamento é de 4 para a educação pré-escolar e de 7 para o 1º ciclo,

sendo os valores mais significativos na freguesia de Vale de Santarém; de referir a reduzida

procura prevista para a educação pré-escolar e para o 1º ciclo na freguesia de Póvoa da Isenta.

Quadro 86 – Procura Prevista na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia Rural, no Agrupamento Alexandre Herculano (2020/21)

FREGUESIA

Educação Pré-Escolar 1º Ciclo do Ensino Básico

Nº Salas Nº Crianças Nº Turmas Nº Alunos

C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp.

Almoster 1 1 25 25 2 2 40 45

Póvoa da Isenta 1 1 20 20 1 1 25 25

Vale de Santarém 2 2 40 45 4 4 85 95

TOTAL 4 4 85 90 7 7 150 165

Proposta Base de Reordenamento da Rede Escolar

A principal proposta para este território educativo prende-se com a a ampliação e

requalificação da EB1/JI de Almoster, contemplando 1 sala para a educação pré-escolar e 2

salas para o 1º ciclo do ensino básico, evitando a dispersão da oferta atualmente existente por

três pequenos estabelecimentos, mal equipados e apetrechados.

Para as freguesias do Vale de Santarém e da Póvoa da Isenta a capacidade instalada é

suficiente, podendo mesmo alargar-se a esta última freguesia a oferta pública da educação

pré-escolar, na medida em que é provável a libertação de uma sala do 1º ciclo.

Quadro 87 – Proposta Base de Reordenamento da Rede da Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico para as Freguesias Rurais do Agrupamento de Escolas Alexandre

Herculano

Freguesia Tipo de Intervenção Estabelecimento Procura Prevista Salas/Turmas (a)

Almoster

Ampliação/ Requalif. - EB1/JI de Almoster 1 S + 2 T

A encerrar - JI de Almoster (b) - EB1 Casal da Charneca (b) - EB1 Vila Nova do Coito (b)

- - -

Póvoa da Isenta Requalific./ A Manter - EB1/JI Póvoa da Isenta (c) 1 S + 1 T

Vale de Santarém Requalific./ A Manter - EB1/JI Vale de Santarém 2 S + 4 T

TOTAL DA PROCURA PREVISTA (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 4 S + 7 T

(a) O nº de salas e turmas apresentado é indicativo. (b) Estabelecimento de Acolhimento: EB1/JI de Almoster. (c) A redução previsível da procura no 1º ciclo, poderá levar à libertação de 1 sala para a educação pré-

escolar, propondo-se a alteração de tipologia para EB1/JI.

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Relatório Final Página 127

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SÁ DA BANDEIRA Situação Atual

O território educativo do Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira localizado em freguesias

rurais inclui sete estabelecimentos da educação pré-escolar, na qual existem 8 salas,

frequentadas por 150 crianças. No que se refere ao 1º ciclo do ensino básico, este

compreendia nove estabelecimentos, frequentados por 271 alunos, divididos por 9 turmas.

Os problemas deste território educativo estão em grande medida associados à existência de

diversos estabelecimentos com menos de 20 crianças/ alunos (casos dos jardins de infância de

Abitureiras, Póvoa de Santarém, Várzea e Vale Figueira e das EB1 de Abitureiras, Azóia de

Baixo e Várzea). Por outro lado, diversos estabelecimentos de tipologia predominantemente

“Plano Centenário Rural” apresentam-se mal equipadas e apetrechadas, apresentando

diversos problemas de conforto e eficiência térmica e energética.

Quadro 88 – Procura Atual na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia Rural, no Agrupamento Sá da Bandeira (2014/15)

FREGUESIA Educação Pré-Escolar 1º Ciclo do Ensino Básico

Nº Estab. Nº Salas Nº Crianças Nº Estab. Nº Turmas Nº Alunos

Abitureiras 1 1 18 1 1 18

Alcanhões 1 2 46 1 3 65

Azóia Baixo+Póvoa Sant. 1 1 19 2 3 48

Moçarria 1 1 20 1 2 36

Romeira+Várzea 2 2 35 3 5 71

V. Figueira 1 1 12 1 2 33

TOTAL 7 8 150 9 16 271

População a Escolarizar

As estimativas da população a escolarizar para este agrupamento, contemplam um ligeiro

aumento da procura da educação pré-escolar, que se deverá situar entre as 160 e as 175

crianças, e a estagnação da procura no 1º ciclo do ensino básico, que se deverá situar entre os

265 e os 275 alunos.

Importa levar em consideração que estas estimativas podem estar sobre estimadas devido ao

facto de alguns alunos residentes em freguesias próximas da cidade de Santarém poderem

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Relatório Final Página 128

frequentar os estabelecimentos aí localizados, acompanhando o movimento de trabalho dos

respetivos pais. Concomitantemente, no caso da educação pré-escolar o incremento da

procura está também associado ao facto de se pretender atingir uma taxa de cobertura

próxima dos 100%.

Tomando como referência o rácio médio de alunos por sala/ turma (22 para a educação pré-

escolar e 24 para o 1º ciclo do ensino básico) constata-se que o número de salas/ turmas

previstas para este agrupamento é de 7 a 9 para a educação pré-escolar e de 14 para o 1º

ciclo, valor semelhante à procura atual no caso do pré-escolar, mas inferior à atualidade no

caso do 1º ciclo do ensino básico. Importa referir que para a freguesia de Abitureiras, s

previsões apontam para um número de crianças e de alunos relativamente baixo.

Quadro 89 – Procura Prevista na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia Rural, no Agrupamento Sá da Bandeira (2020/21)

FREGUESIA

Educação Pré-Escolar 1º Ciclo do Ensino Básico

Nº Salas Nº Crianças Nº Turmas Nº Alunos

C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp.

Abitureiras 0/1 0/1 15 15 1 1 20 20

Alcanhões 2 2 40 40 3 3 55 55

Az.Baixo+Póvoa S. 1 2 25 35 2 2 40 45

Moçarria 1 1 20 20 2 2 40 40

Romeira+Várzea 2 2 40 45 4 4 80 85

V. Figueira 1 1 20 20 2 2 30 30

TOTAL 7/8 8/9 160 175 14 14 265 275

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Relatório Final Página 129

Proposta Base de Reordenamento da Rede Escolar

Tendo em consideração a realidade atual e as projeções da população a escolarizar, conclui-se

que, no essencial, os estabelecimentos de ensino existentes neste território educativo são

suficientes para a procura prevista de crianças e de alunos na educação pré-escolar e no 1º

ciclo do ensino básico. Neste quadro de referência, privilegiam-se as intervenções de

reabilitação/ requalificação dos estabelecimentos existentes.

Contudo, no caso da EB1 da Azóia de Baixo a procura muito reduzida de alunos leva à proposta

de encerramento deste estabelecimento. Relativamente ao território da Várzea poderá ser

equacionada a concentração da oferta do 1º ciclo num só estabelecimento, consequência do

envelhecimento populacional e do efeito atrativo da cidade sobre parte deste território. A

existência de salas devolutas do 1º ciclo nas EB1 das Abitureiras, Moçarria e da Várzea leva à

proposta de integração das ofertas da educação pré-escolar e do 1º ciclo, numa lógica de

consolidação de pequenos núcleos escolares.

Quadro 90 – Proposta Base de Reordenamento da Rede da Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico para as Freguesias Rurais do Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira

Freguesia Tipo de Intervenção Estabelecimento Procura Prevista Salas/Turmas (a)

Abitureiras A Encerrar - JI das Abitureiras (d) -

Requalific./ A Manter - EB1/JI das Abitureiras 1 S + 1 T

Alcanhões Requalific./ A Manter - JI de Alcanhões 2 S

Requalific./ A Manter - EB1 de Alcanhões 3 T

Az.Baixo+Póvoa Sant. (b)

A Encerrar - EB1 da Azóia de Baixo (e) -

Requalific./ A Manter - JI da Póvoa de Santarém - EB1 da Póvoa de Santarém

1 S 2 T

Moçarria A Encerrar - JI da Moçarria (f) -

Requalific./ A Manter - EB1/JI da Moçarria 1 S + 2 T

Romeira+Várzea

Requalific./ A Manter - EB1/JI da Romeira - EB1/JI da Várzea

1 S + 2 T 1 S + 1-2 T

A Encerrar - JI da Várzea (g) -

A Requal./A Encerrar ? - EB1 de Perofilho (h) 0-1 T (h)

Vale Figueira (c) Requalific./ A Manter - EB1/JI de Vale de Figueira 1 S + 2 T

TOTAL DA PROCURA PREVISTA (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 8 S + 13-14 T

(a) O nº de salas e turmas apresentado é indicativo. (b) Inclui-se apenas o território correspondente às freguesias de Azóia de Baixo e Póvoa de Santarém, de

acordo com os limites anteriores à reforma das freguesias, na medida em que a freguesia de Achete pertence ao Agrupamento D. Afonso Henriques (Lei nº11-A/2013).

(c) Inclui-se apenas o território da freguesia de Vale de Figueira, de acordo com os limites anteriores à reforma das freguesias, na medida em que a freguesia de S. V. Paul pertence ao Agrupamento D. Afonso Henriques (Lei nº11-A/2013).

(d) Estabelecimento de acolhimento: EB1/JI de Abitureiras. (e) Estabelecimento de acolhimento: EB1/JI de Póvoa de Santarém (distância aproximada: 4 km). (f) Estabelecimento de acolhimento: EB1/JI da Moçarria. (g) Estabelecimento de acolhimento: EB1/JI da Várzea. (h) Manutenção do estabelecimento dependente da procura e do quadro legal existente (nº mínimo de

alunos por turma). Caso venha a encerrar, os alunos deslocar-se-ão para a EB1/JI da Várzea.

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Relatório Final Página 130

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. AFONSO HENRIQUES Situação Atual

O território educativo do Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques compreende treze

estabelecimentos da educação pré-escolar, frequentados por 371 crianças em 19 salas e treze

estabelecimentos do 1º ciclo do ensino básico, frequentados por 512 alunos, distribuídos por

30 turmas.

Os problemas deste território educativo associam-se à dispersão/ reduzida procura em

algumas áreas, sendo de destacar a existência de seis jardins de infância com menos de 20

crianças (Abrã, Gançaria, Verdelho, Arneiro das Milhariças, Casével e Sobral) e duas escolas do

1º ciclo com menos de 20 alunos (Gançaria e Sobral).

Por outro lado, alguns dos estabelecimentos existentes apresentam condições de

funcionamento pouco adequadas à realidade atual, quer em termos de apetrechamento

técnico-pedagógico quer em termos de conforto e eficiência térmica e energética.

Quadro 91 – Procura Atual na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia Rural, no Agrupamento D. Afonso Henriques (2014/15)

FREGUESIA Educação Pré-Escolar 1º Ciclo do Ensino Básico

Nº Estab. Nº Salas Nº Crianças Nº Estab. Nº Turmas Nº Alunos

Abrã 2 3 60 2 4 70

Alcanede 1 4 84 1 6 125

Amiais de Baixo 1 2 44 1 3 69

Achete 2 2 34 1 2 32

Arneiro das Milhariças 1 1 19 1 2 27

Azóia Cima + Tremês 2 2 49 2 4 60

Casével + Vaqueiros 1 1 16 1 2 24

Gançaria 1 1 11 1 1 10

Pernes 1 2 36 1 3 58

S. Vicente do Paul 1 1 18 2 3 37

TOTAL 13 19 371 13 30 512

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Relatório Final Página 131

População a Escolarizar

As projeções da população a escolarizar para este território educativo preveem para a

educação pré-escolar uma diminuição da procura (mais evidente caso se confirme o cenário

tendencial) e para o 1º ciclo do ensino básico uma ligeira diminuição da procura (caso se

concretize o cenário tendencial) ou um ligeiro incremento da procura (caso se concretize o

cenário expansionista).

Tomando como referência o rácio médio de alunos por sala/ turma (22 para a educação pré-

escolar e 24 para o 1º ciclo do ensino básico) constata-se que o número de salas/ turmas

previstas para este agrupamento é de 14 a 20 para a educação pré-escolar (atualmente

existem 19 salas) e de 23 a 25 para o 1º ciclo do ensino básico (consideravelmente inferior às

atuais 30 turmas).

A procura prevista para a freguesia da Gançaria é particularmente baixa (cerca de uma dezena

de crianças/ alunos, quer para o pré-escolar quer para o 1º ciclo), sendo também baixas as

previsões do número de crianças estimadas para a educação pré-escolar na freguesia de

Arneiro das Milhariças e União de Freguesias de Casével e de Vaqueiros.

Quadro 92 – Procura Prevista na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia Rural, no Agrupamento D. Afonso Henriques (2020/21)

FREGUESIA

Educação Pré-Escolar 1º Ciclo do Ensino Básico

Nº Salas Nº Crianças Nº Turmas Nº Alunos

C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp.

Abrã 2 3 45 50 3 3 60 65

Alcanede 4 5 85 95 5 6 105 115

Amiais de Baixo 2 2 35 40 3 3 60 65

Achete 2 2 40 40 2 2 45 45

Arneiro Milhariças 0/1 0/1 15 15 1 1 25 25

Azóia Cima+Tremês 2 3 45 50 3 3 60 65

Casével+Vaqueiros 0/1 0/1 15 15 2 2 40 40

Gançaria - - 10 10 0 0 10 10

Pernes 1 2 25 30 2 3 45 55

S. Vicente do Paul 1 1 20 20 2 2 40 40

TOTAL 14/16 18/20 335 365 23 25 490 525

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Relatório Final Página 132

Proposta Base de Reordenamento da Rede Escolar Tal como noutros territórios rurais do concelho de Santarém, a capacidade instalada para a

educação pré-escolar e para o 1º ciclo do ensino básico é suficiente, atendendo às previsões

de decréscimo da procura (sobretudo para o 1º ciclo). Neste quadro de referência procura

privilegiar-se a manutenção da procura nas diversas freguesias, sendo que no caso da

freguesia da Gançaria a reduzida procura atual e futura leva ao encerramento do

estabelecimento. No caso do núcleo da Azóia de Cima a procura atual permite a manutenção

do seu funcionamento, ainda que as estimativas possam levar à sua suspensão.

Para a freguesia de S. Vicente do Paul propõe-se uma pequena ampliação e requalificação da

EB1/JI da Tojosa de modo a concentrar e qualificar a oferta do 1º ciclo, atualmente dispersa

por dois estabelecimentos.

Quadro 93 – Proposta Base de Reordenamento da Rede da Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo do E. Básico para as Freguesias Rurais do Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques

Freguesia Tipo de Intervenção Estabelecimento Procura Prevista Salas/Turmas (a)

Abrã Requalific./ A Manter

- JI da Abrã 1 S

- EB1 da Abrã - EB1/JI de Amiais de Cima

1 T 1-2 S + 1-2 T (d)

Alcanede Requalific./ A Manter - Centro Escolar de Alcanede 4 S + 6 T

Amiais de Baixo Requalific./ A Manter - EB1/JI de Amiais de Baixo 2 S + 3 T

Achete (b)

A Encerrar - JI do Verdelho (e) -

Requalific./ A Manter - JI de Achete 2 S

- EB1 de Advagar 2 T

Arneiro Milhariças Requalific./ A Manter - EB1/JI do Arneiro das Milhariças 1 S + 1 T

Azóia Cima+Tremês

A Encerrar - JI da Azóia de Cima (f) -

Requalific./ A Manter - EB1/JI de Azóia de Cima 1 S + 1T

Requalific./ A Manter - EB1/JI de Tremês 1/2 S + 2/3 T

Casével+Vaqueiros Requalific./ A Manter - EB1/JI de Casével 1 S + 2 T

Gançaria A Encerrar - EB1/JI da Gançaria (g) -

Pernes Requalific./ A Manter - EB1/JI de Pernes 2 S + 3 T

S. Vicente Paul (c) Ampliação/ Requalific. - EB1/JI da Tojosa 1 S + 2 T

A Encerrar - EB1/JI do Sobral (h) -

TOTAL DA PROCURA PREVISTA (Pré-Escolar + 1º Ciclo) 17-19 S + 24/26 T

(a) O nº de salas e turmas apresentado é indicativo. (b) Inclui-se apenas o território da freguesia de Achete, de acordo com os limites anteriores à reforma das

freguesias, na medida em que as freguesias de Azóia de Baixo e Póvoa de Santarém pertencem ao Agrupamento Sá da Bandeira (Lei nº11-A/2013).

(c) Inclui-se apenas o território da freguesia de S. Vicente do Paul, de acordo com os limites anteriores à reforma das freguesias, na medida em que a freguesia de V. Figueira pertence ao Agrup. Sá da Bandeira.

(d) Dependendo da procura de crianças e alunos residentes em concelhos vizinhos, mas cujos pais trabalhem nos Amiais de Cima e frequentem este estabelecimento.

(e) Estabelecimento de acolhimento: JI de Achete. (f) Estabelecimento de acolhimento: EB1/JI de Azóia de Cima. (g) Estabelecimento de acolhimento: Centro Escolar de Alcanede (distância aproximada: 6 km). (h) Estabelecimento de acolhimento: EB1/JI da Tojosa.

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Relatório Final Página 133

3.4.2 – 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Nesta secção do documento efetua-se a proposta base de reconfiguração da oferta da rede

educativa dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e para o ensino secundário dos estabelecimentos

existentes no concelho. Tal como na anterior, esta secção apresenta três componentes

essenciais:

- breve síntese da situação atual para cada um dos estabelecimentos, tendo em consideração o

número de alunos e de turmas, em 2014/15, por ciclo de ensino;

- apresentação da população a escolarizar (em número de turmas e alunos) para o ano letivo

de 2020/21 em cada um dos estabelecimentos, tendo como referência os cenários de projeção

demográfica elaborados;

- apresentação da proposta base de reordenamento da rede escolar, para cada um dos

estabelecimentos existentes, apresentando-se uma estimativa da procura prevista para

2020/21 em número de turmas.

Nos 2º e 3º ciclos do ensino básico, o número de alunos a escolarizar resulta da média entre a

população escolar estimada entre os 10 e 11 anos de idade (no caso do 2º ciclo) e entre os 12

e os 14 anos de idade, multiplicada por 1,10 (taxa de repetência utilizada), e o número de

alunos previsivelmente inscritos em 2020/21, tomando como referência a manutenção da taxa

de variação do número de alunos, por freguesia, do último quinquénio (2010/11 a 2014/15).

Atendendo à existência de um estabelecimento da rede particular no concelho que leciona

estes ciclos de ensino, considerou-se que o peso dos alunos a frequentar esse estabelecimento

se manterá próximo da atualidade (cerca de 15% do total, em cada ciclo). Assume-se que a

procura de alunos nestes dois ciclos de ensino estão distribuídas de um modo idêntico entre

alunos residentes nas freguesias urbanas e nas freguesias rurais.

Para o ensino secundário, pretende-se atingir uma taxa de escolarização próxima dos 130%,

consequência da capacidade atrativa que o concelho demonstra em termos de atração de

população estudantil residente noutros concelhos, em virtude da diversidade de oferta

formativa existente nas duas escolas secundárias da rede pública e das duas escolas

profissionais da rede particular. Como valores padrão, assume-se que os alunos estarão

igualmente distribuídos entre cursos científico-humanísticos (exclusivamente oferecidos nas

duas escolas secundárias) e cursos profissionais (oferta existente nos quatro

estabelecimentos).

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Relatório Final Página 134

Situação Atual

A oferta atual dos 2º e 3º ciclos do ensino básico no concelho de Santarém é efetuada com

base em sete estabelecimentos da rede pública: cinco de tipologia EB2,3 (Escolas Básicas de

Alcanede, Pernes, Alexandre Herculano, D. João II e Mem Ramires) e ainda, no caso do 3º ciclo,

das Escolas Secundárias Sá da Bandeira e Dr. Ginestal Machado. Existe ainda um

estabelecimento da rede particular (Colégio Infante Santo, localizado na freguesia de Tremês)

que leciona estes dois ciclos de ensino.

Já o ensino secundário é disponibilizado através de duas escolas da rede pública, que

contemplam cursos científico-humanísticos e cursos profissionais (Escolas Secundárias Sá da

Bandeira e Dr. Ginestal Machado) e de duas escolas profissionais da rede particular, que

oferecem cursos profissionais (Escola Técnico-Profissional do Ribatejo e Escola Profissional do

Vale do Tejo).

Considerando todos os estabelecimentos, no ano letivo de 2014/15, estavam matriculados

1.400 alunos no 2º ciclo, distribuídos por 58 turmas e 2.186 alunos no 3º ciclo, distribuídos por

90 turmas. No que diz respeito ao ensino secundário, a procura incluía 2.303 alunos, dos quais

1.623 nas duas escolas secundárias e 680 nas duas escolas profissionais; em termos agregados,

os alunos distribuíam-se equitativamente pelas duas ofertas, com um peso ligeiramente

superior dos cursos científico-humanísticos (representam cerca de 56% do total da procura no

ensino secundário).

Quadro 94 – Procura Atual nos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário no Concelho de Santarém (2014/15)

ESTABELECIMENTO 2º Ciclo E. Básico 3º Ciclo E. Básico E. Secundário

Nº Turmas Nº Alunos Nº Turmas Nº Alunos Nº Turmas Nº Alunos

E. Básica de Alcanede 6 123 12 278 - -

E. Básica de Pernes 4 78 7 154 - -

E. Básica A. Herculano 13 282 16 353 - -

E. Básica D. João II 15 393 13 356 - -

E. Sec. Sá da Bandeira - - 9 240 38 921

E. Básica M. Ramires 12 283 8 166 - -

E. Sec. Gin. Machado - - 14 334 31 702

Colégio Infante Santo 8 241 11 305 - -

E. Tec. Prof. Ribatejo - - - - 18 390

E. Prof. Vale do Tejo - - - - 14 290

TOTAL 58 1.400 90 2.186 101 2.303

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Relatório Final Página 135

A capacidade instalada tem-se mostrado, na maioria dos estabelecimentos, adequada às

necessidades existentes para estes ciclos de ensino, ainda que alguns estabelecimentos

possuam uma procura, em número de turmas, acima da sua capacidade teórica (casos da

EB2,3 de Alcanede e das duas escolas secundárias localizadas na cidade de Santarém).

Não obstante, importa referir estes estabelecimentos apresentam algumas carências, casos

das Escolas Básicas de Alcanede e de Pernes em termos de pavilhão desportivo e de um modo

geral os diversos estabelecimentos em termos do estado de conservação de alguns espaços e

infraestruturas, excetuando a Escola Secundária Sá da Bandeira que foi recentemente alvo de

uma intervenção da Parque Escolar (contrariamente à Escola Secundária Dr. Ginestal

Machado).

População a Escolarizar

As projeções demográficas, efetuadas segundo os dois cenários de desenvolvimento concelhio,

preveem entre os 1.200 e os 1.280 alunos para o 2º ciclo, entre os 1.800 e os 1.900 alunos

para o 3º ciclo e entre os 2.000 e os 2.200 alunos para o ensino secundário.

Tomando como referência um número médio de alunos por turma de 24, conclui-se que o

número de turmas previsto (entre as 50 e as 54 para o 2º ciclo, entre as 76 e as 80 para o 3º

ciclo e entre as 84 e as 92 para o ensino secundário) é consideravelmente inferior à procura

atual.

Quadro 95 – Procura Prevista (em número de alunos) nos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário no Concelho de Santarém (2020/21)

TIPOLOGIA DE FREGUESIAS

2º Ciclo E. Básico 3º Ciclo E. Básico E. Secundário

C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp.

Freguesias Urbanas 600 640 900 950 1.000 1.100

Freguesias Rurais 600 640 900 950 1.000 1.100

TOTAL 1.200 1.280 1.800 1.900 2.000 2.200

Quadro 96 – Procura Prevista (em número de turmas) nos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário no Concelho de Santarém (2020/21)

TIPOLOGIA DE FREGUESIAS

2º Ciclo E. Básico (a) 3º Ciclo E. Básico (a) E. Secundário (a)

C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp. C. Tend. C. Exp.

Freguesias Urbanas 25 27 38 40 42 46

Freguesias Rurais 25 27 38 40 42 46

TOTAL 50 54 76 80 84 92

(a) Tomou-se como referência um valor médio de 24 alunos por turma.

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Relatório Final Página 136

Proposta Base de Reordenamento da Rede Escolar

Tendo em consideração as estimativas da procura educativa efetuadas e a rede atual de

estabelecimentos existentes, considera-se que a capacidade instalada é suficiente para

responder às necessidades previstas para o ano letivo de 2020/21. Atendendo à diminuição da

procura prevista para os diversos ciclos de ensino, existe uma redução da procura no número

total de turmas dos diversos estabelecimentos relativamente à situação atual. Ainda assim, o

funcionamento em agrupamento dos estabelecimentos permitirá gerir de um modo flexível a

procura (designadamente no 3º ciclo do ensino básico).

Importa referir que, no caso do ensino secundário, pressupõe-se que os alunos irão distribuir-

se de um modo idêntico entre os cursos científico-humanísticos (exclusivamente

disponibilizados nas duas escolas secundárias da rede pública) e os cursos profissionais

(disponibilizados nos quatro estabelecimentos).

Neste quadro de referência, considera-se que as intervenções a desenvolver para estes ciclos

de ensino deverão nortear-se por duas linhas de atuação fundamentais:

- a um tempo, deverá privilegiar-se a requalificação, modernização e apetrechamento dos

estabelecimentos, adaptando-as às novas exigências curriculares, pedagógicas e de oferta

formativa, designadamente nos estabelecimentos de tipologia EB2,3 e na Escola Secundária

Dr. Ginestal Machado;

- a outro tempo, deverá diversificar-se a oferta formativa, dando ênfase à componente

profissionalizante do ensino secundário, de modo a consolidar o posicionamento de Santarém

enquanto polo educativo com um largo espetro territorial de influência.

Quadro 97 – Proposta Base de Reordenamento da Rede nos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário no Concelho de Santarém (em número de turmas*)

ESTABELECIMENTO TIPOLOGIA 2º Ciclo 3º Ciclo E. Secund. Total

E. Básica de Alcanede T 11 9/10 T 14/16 T

- 14/16 T

E. Básica de Pernes T 11 - 9/10 T

E. Básica Alexandre Herculano T 30 12/14 T 14/16 T - 26/30 T

E. Básica D. João II T 30 12/14 T 18/20 T

- 26/28 T

E. Secund. Sá da Bandeira T 44 - 32/34 T 42/44 T

E. Básica Mem Ramires T 24 10/12 T 18/20 T

- 20/22 T

E. Secund. Ginestal Machado T 42 - 30/32 T 40/42 T

Colégio Infante Santo - 7/8 T 9/10 T - 16/18 T

E. Tec. Profissional do Ribatejo - - - 12/14 T 12/14 T

E. Profissional do Vale do Tejo - - - 10/12 T 10/12 T

TOTAL - 50/58 T 73/82 T 84/92 T - * Número de Turmas apresentado é indicativo.

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Relatório Final Página 137

3.5 – Programa de Intervenção

3.5.1 – Eixo Estratégico 1: Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

Este eixo estratégico pretende dar continuidade às intervenções já desenvolvidas na anterior

carta educativa, designadamente através da consolidação do conceito de centro/ núcleo

escolar, promovendo/ consolidando a capacidade de oferta integrada de educação pré-escolar

e do 1º ciclo ensino básico.

As intervenções a desenvolver neste eixo estratégico contemplam três linhas de atuação

fundamentais9.

Primeiramente, dá-se prioridade à ampliação e requalificação de três estabelecimentos, numa

lógica de valorização das complementaridades entre a educação pré-escolar e o 1º ciclo do

ensino básico: EB1/JI da Portela das Padeiras (cidade de Santarém), EB1/JI de Almoster e

EB1/JI da Tojosa (União de Freguesias de S. Vicente do Paul e Vale de Figueira).

Em segundo lugar, pretende-se requalificar dez estabelecimentos de média dimensão (seis

localizados na cidade de Santarém e quatro em freguesias rurais), através reabilitação dos

diversos espaços, da melhoria da eficiência energética/ climatização do estabelecimento, bem

como do seu apetrechamento técnico-pedagógico.

Finalmente, propõe-se um conjunto de pequenas intervenções de conservação

complementares para a restante rede de estabelecimentos de pequena dimensão da educação

pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico (entre 1 e 3 salas), de modo a assegurar padrões

mínimos de prestação do serviço educativo.

9 Excluem-se aqui, pelo seu carácter pontual, as intervenções que importa levar a cabo em dois centros escolares recentes (Salgueiro Maia e Alcanede), de modo a resolver os problemas de acústica e de sobreaquecimento de alguns

espaços em períodos do ano com temperaturas elevadas.

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Relatório Final Página 138

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO / PROJETO

Ampliação e Requalificação da EB1/JI da Portela das Padeiras *

ELEMENTOS GERAIS DO PROJETO

Níveis de Ensino: Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

Localização: Cidade de Santarém

Promotores: Câmara Municipal de Santarém

Tipologia: Ampliação, Requalificação e Eficiência Energética

JUSTIFICAÇÃO / OBJETIVOS DO PROJETO

A presente ação tem por objetivo qualificar a oferta educativa da EB1/JI localizada na Portela

das Padeiras (uma das principais áreas de expansão suburbana da cidade de Santarém),

consolidando a oferta da educação pré-escolar pública, insuficiente nesta área da cidade.

Pretende-se, pois, contribuir para a promoção do sucesso escolar das crianças e alunos, melhorando as condições térmicas e de eficiência energética do edifício.

DESCRIÇÃO / COMPONENTES DO PROJETO

A ação contempla três componentes de intervenção fundamentais: ampliação, reabilitação de

espaços interiores e eficiência energética/ climatização.

A principal componente do projeto consiste na demolição da escola desativada e da

eliminação do atual contentor, passando o estabelecimento a dispor de 2 salas para a

educação pré-escolar, 4 salas para o 1º ciclo e de 1 espaço polivalente/ centro de recursos.

Pretende-se, ainda, proceder à remodelação das instalações sanitárias, da rede de

infraestruturas e à pintura exterior e interior do edifício.

No que se refere à eficiência energética, as janelas necessitarão de uma nova caixilharia

ecotérmica, com vidros duplos, devendo as paredes exteriores beneficiar de uma intervenção

de isolamento exteriores com sistemas “ETICS”. Posteriormente serão instalados aparelhos de

ar condicionados de alta eficiência energética.

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO (X 1.000 €)

Elevado 500 (Ampliação: 250; Requalificação: 250)

* Ação que não seria implementada caso se optasse pelo cenário alternativo de reordenamento.

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Relatório Final Página 139

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO / PROJETO

Ampliação e Requalificação da EB1/JI de Almoster

ELEMENTOS GERAIS DO PROJETO

Níveis de Ensino: Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

Localização: Núcleo de Almoster

Promotores: Câmara Municipal de Santarém

Tipologia: Ampliação, Requalificação e Eficiência Energética

JUSTIFICAÇÃO / OBJETIVOS DO PROJETO

A concretização deste projeto permitirá desenvolver um tipo de resposta que o atual

estabelecimento não permite, quer ao nível dos equipamentos, quer ao nível dos espaços

disponíveis.

A ampliação da EB1/JI de Almoster justifica-se pelas reduzidas condições físicas e pela ausência

de espaços e recursos técnico-pedagógicos fundamentais para o sucesso e vivência escolares,

com características manifestamente desajustadas às atuais exigências educativas.

Deste modo, a oferta educativa do 1º ciclo da freguesia de Almoster dispersa por três estabelecimentos de pequena dimensão passa a estar integrada num pequeno núcleo escolar.

DESCRIÇÃO / COMPONENTES DO PROJETO

A ação contempla três componentes de intervenção fundamentais: ampliação, reabilitação de

espaços interiores e eficiência energética/ climatização.

A principal componente desta ação consiste na ampliação da atual EB1/JI de Almoster,

dotando o núcleo escolar de 2 salas de 1º ciclo, 1 sala de jardim de infância, 1 centro de

recursos/ biblioteca, 1 espaço polivalente/ refeitório.

Em termos de reabilitação dos espaços pretende-se proceder à reformulação de pavimentos,

reformulação da rede de infraestruturas e à remodelação das instalações sanitárias. Inclui-se

ainda a pintura exterior e interior do edifício.

No que se refere à eficiência energética, as janelas necessitarão de uma nova caixilharia

ecotérmica, com vidros duplos, devendo as paredes exteriores beneficiar de uma intervenção

de isolamento exteriores com sistemas “ETICS”. Posteriormente serão instalados aparelhos de

ar condicionado de alta eficiência energética.

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO (X 1.000 €)

Elevado 400 (Ampliação; 250; Requalificação: 150)

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Relatório Final Página 140

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO / PROJETO

Ampliação e Requalificação da EB1/JI da Tojosa

ELEMENTOS GERAIS DO PROJETO

Níveis de Ensino: Educação Pré-Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

Localização: Núcleo da Tojosa (Freguesia de S. Vicente Paul/ V. Figueira)

Promotores: Câmara Municipal de Santarém

Tipologia: Ampliação, Requalificação e Eficiência Energética

JUSTIFICAÇÃO / OBJETIVOS DO PROJETO

A concretização deste projeto permitirá desenvolver um tipo de resposta que o atual

estabelecimento não permite, quer ao nível dos equipamentos, quer ao nível dos espaços

disponíveis.

A ampliação da EB1/JI da Tojosa justifica-se pelas reduzidas condições físicas e pela ausência

de espaços e recursos técnico-pedagógicos fundamentais para o sucesso e vivência escolares,

com características manifestamente desajustadas às atuais exigências educativas.

Deste modo, a oferta educativa do 1º ciclo do território de S.V. Paul dispersa por dois estabelecimentos de pequena dimensão passa a estar integrada num pequeno núcleo escolar.

DESCRIÇÃO / COMPONENTES DO PROJETO

A ação contempla três componentes de intervenção fundamentais: ampliação, reabilitação de

espaços interiores e eficiência energética/ climatização.

A principal componente desta ação consiste na ampliação da atual EB1/JI da Tojosa, dotando o

núcleo escolar de 2 salas de 1º ciclo, 1 sala de jardim de infância, 1 centro de recursos/

biblioteca, 1 espaço polivalente/ refeitório.

Em termos de reabilitação dos espaços pretende-se proceder à reformulação de pavimentos,

reformulação da rede de infraestruturas e à remodelação das instalações sanitárias. Inclui-se

ainda a pintura exterior e interior do edifício.

No que se refere à eficiência energética, as janelas necessitarão de uma nova caixilharia

ecotérmica, com vidros duplos, devendo as paredes exteriores beneficiar de uma intervenção

de isolamento exteriores com sistemas “ETICS”. Posteriormente serão instalados aparelhos de

ar condicionado de alta eficiência energética.

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO (X 1.000 €)

Médio 400 (Ampliação; 250; Requalificação: 150)

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Relatório Final Página 141

TIPOLOGIA DE PROJETOS

Requalificação de Estabelecimentos de Média Dimensão (EB1/JI e EB1)

ESTABELECIMENTOS A CONTEMPLAR

Estabelecimento Localização Procura Prevista

- EB1/JI dos Combatentes Cidade de Santarém 1 S + 4 T

- EB1/JI de S. Domingos Cidade de Santarém 2 S + 6 T

- EB1 de Vale de Estacas Cidade de Santarém 6 T

- EB1/JI do Pereiro Cidade de Santarém 1 S + 4 T

- EB1 dos Leões Cidade de Santarém 8 T

- EB1 de S. Bento Cidade de Santarém 6 T

- EB1/ JI do Vale de Santarém Vila de Vale de Santarém 2 S + 4 T

- EB1/JI dos Amiais de Baixo Vila dos Amiais de Baixo 2 S + 3 T

- EB1/JI de Pernes Vila de Pernes 2 S + 3 T

- EB1/JI de Tremês Vila de Tremês 2 S + 3 T

JUSTIFICAÇÃO / DESCRIÇÃO DA TIPOLOGIA DAS INTERVENÇÕES

Os dez estabelecimentos de média dimensão a intervencionar constituem estabelecimentos

com uma procura considerável (todos com uma procura previsível igual ou superior a 5

grupos/ turmas, num total de mais de uma centena de crianças/ alunos), localizados na cidade

de Santarém e em núcleos urbanos com uma importância relevante na estruturação do

sistema territorial e urbano concelhio.

Procura-se, pois, melhorar as condições de conforto e de aprendizagem aos alunos destes

estabelecimentos, criando as condições escolares idênticas às existentes nos novos centros

escolares do concelho.

As ações a desenvolver apresentam três componentes transversais: resolução de alguns

constrangimentos/ problemas construtivos dos estabelecimentos (de tipologia Plano

Centenário ou P3), apetrechamento técnico-pedagógico dos estabelecimentos com eventual

substituição do mobiliário existente e, fundamentalmente, aposta na melhoria das condições

de eficiência energética e climatização dos edifícios (para o qual se propõe a progressiva

substituição das janelas tradicionais por janelas com caixilharia térmica e de vidro duplo).

Adicionalmente pretendem resolver alguns dos problemas específicos dos estabelecimentos

diagnosticados, tais como: construção de um polivalente desportivo (EB1 de Vale de Estacas),

reformulação do pavimento das salas (EB1 dos Combatentes e EB1 de S. Bento), qualificação

do espaço exterior e adaptação de salas para a educação especial (EB1 dos Leões) e criação de

uma biblioteca (EB1/JI do Vale de Santarém).

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO GLOBAL (X 1.000 €)

Médio 1.000

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Relatório Final Página 142

TIPOLOGIA DE PROJETOS

Conservação de Estabelecimentos de Pequena Dimensão (JI, EB1 e EB1/JI)

ESTABELECIMENTOS A CONTEMPLAR

Agrupamento Estabelecimentos

Ginestal Machado Santarém: JI do Sacapeito

Alexandre Herculano Santarém: JI do Choupal, JI da Anacoreta, EB1/JI das Fontainhas

F. Rurais: EB1 Póvoa da Isenta

Sá da Bandeira

Santarém: EB1 da Ribeira de Santarém

F. Rurais: EB1/JI das Abitureiras, JI e EB1 de Alcanhões, JI e EB1 de

Póvoa de Santarém, EB1/JI da Moçarria, EB1/JI da Romeira, EB1/JI da

Várzea, EB1 de Perofilho e EB1/JI de Vale de Figueira

D. Afonso Henriques

F. Rurais: JI e EB1 da Abrã, EB1/JI de Amiais de Cima, JI de Achete, EB1

de Advagar, EB1/JI do Arneiro das Milhariças, EB1/JI de Azóia de Cima

e EB1/JI de Casével

JUSTIFICAÇÃO / DESCRIÇÃO DA TIPOLOGIA DAS INTERVENÇÕES

Para um número significativo de estabelecimentos de pequena dimensão ainda existentes no

concelho (com menos de 4 grupos/ turmas, sendo a procura frequentemente inferior a 50

crianças/ alunos) importa desenvolver um conjunto de intervenções complementares, que

assegurem a prestação de um serviço educativo com referenciais mínimos de qualidade.

Neste quadro de referência devem privilegiar-se as ações de conservação dos diversos espaços

dos estabelecimentos (incluindo a climatização e a pintura dos edifícios), a qualificação dos

espaços exteriores e o seu apetrechamento técnico-pedagógico.

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO GLOBAL (X 1.000 €)

Baixo 500

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Relatório Final Página 143

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO / PROJETO

Construção do Centro Escolar de Santarém-Norte (CENÁRIO ALTERNATIVO*)

ELEMENTOS GERAIS DO PROJETO

Níveis de Ensino: Educação Pré-Escolar (4 S) e 1º Ciclo do Ensino Básico (8 T)

Localização: Cidade de Santarém (Portela das Padeiras)

Promotores: Câmara Municipal de Santarém

Tipologia: Nova Construção

JUSTIFICAÇÃO / OBJETIVOS DO PROJETO

A Construção do Centro Escolar de Santarém Norte visa a construção de raiz de um edifício moderno para a educação pré-escolar e para o 1º ciclo do ensino básico, numa área de expansão suburbana da cidade. Deste modo, pretende-se proporcionar às crianças e alunos residentes neste território as condições de aprendizagem semelhantes às existentes noutros centros escolares da cidade. A sua concretização está dependente da dinâmica demográfica de Santarém e, fundamentalmente, da disponibilidade financeira do novo QREN para apoiar este novo centro escolar no município de Santarém.

DESCRIÇÃO / COMPONENTES DO PROJETO

O Centro Escolar de Santarém-Norte contempla a construção de diversos espaços, tais como: - 4 salas para a educação pré-escolar; - 8 salas para o 1º ciclo do ensino básico; - 2/3 salas para componente de apoio à família, atividades de enriquecimento curricular e atividades de educação plástica; - sala polivalente e centro de recursos/ biblioteca; - cozinha e refeitório; - salas, gabinetes de Trabalho e de atendimento para professores; - Instalações sanitárias, arrecadações e vestiários. - espaços exteriores com uma boa qualidade paisagística, que permitam a sua utilização livre e em segurança pelas crianças (incluindo área de recreio com piso antichoque), polidesportivo descoberto, áreas ajardinadas, recreio descoberto e recreio coberto. Pretende-se que o estabelecimento inclua coletores solares para águas sanitárias, painéis fotovoltaicos para micro geração e que os diversos espaços estejam apetrechados com aparelhos de ar condicionado de alta eficiência energética.

ÁREAS em m2

Terreno: 5.000 m2 Área Construção: 1.600 m2

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO (X 1.000 €)

Médio 2.500

* Ação que só será implementada caso se optasse pelo cenário alternativo de reordenamento

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Relatório Final Página 144

3.5.2 – Eixo Estratégico 2: 2º/3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

O presente eixo estratégico tem como alvo cinco estabelecimentos de tipologia EB 2,3 (escolas

básicas de Alcanede, Pernes, Alexandre Herculano, D. João II e Mem Ramires) e um

estabelecimento do ensino secundário (Escola Secundária Dr. Ginestal Machado).

As intervenções a desenvolver têm como objetivo a requalificação das instalações escolares,

adaptando-as às novas exigências curriculares, pedagógicas e de oferta formativa, ao mesmo

tempo que se visa ajustar a capacidade do estabelecimento às efetivas necessidades.

Pretende-se, fundamentalmente, proceder à correção de problemas existentes ao nível da

construção ou de situações de degradação profunda e à melhoria das condições de

habitabilidade e de conforto ambiental dos estabelecimentos, dando particular ênfase às

questões de eficiência térmica/ energética dos edifícios (em particular aos isolamentos

térmicos, vidros duplos, sistemas de climatização e de micro geração).

De salientar o facto de a intervenção proposta para a Escola Secundária Dr. Ginestal Machado

apresentar um maior fôlego e espetro de atuação, atendendo também ao facto de este

estabelecimento ter ficado à margem do processo de requalificação dos estabelecimentos do

ensino secundário desenvolvido pela Parque Escolar (a escola estava selecionada para a fase 4

do programa, entretanto suspenso pelo governo).

Não está prevista qualquer intervenção para a Escola Secundária Sá da Bandeira, na medida

em que este estabelecimento foi recentemente alvo de uma intervenção profunda da Parque

Escolar, estando a sua conservação a cargo desta entidade.

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Relatório Final Página 145

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO / PROJETO

Requalificação e Pavilhões Desportivos das Escolas Básicas de Alcanede e de Pernes

ELEMENTOS GERAIS DO PROJETO

Níveis de Ensino: 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

Localização: Vilas de Alcanede e de Pernes

Promotores: Ministério da Educação / Câmara Municipal de Santarém

Tipologia: Pavilhão Desportivo, Reabilitação, Eficiência Energética/ Climatização e Espaços Exteriores

JUSTIFICAÇÃO / OBJETIVOS DO PROJETO

Estes estabelecimentos de tipologia T11 pela sua idade (cerca de 22 anos no caso de Alcanede

e 35 anos no caso de Pernes) apresentam alguns problemas relacionados com a estrutura

resultantes da passagem dos anos, com o comportamento térmico/ climatização dos espaços

interiores e material com muito uso e a necessitar de substituição.

Por outro lado, em ambas as situações urge proceder à construção dos respetivos pavilhões

desportivos, de modo a promover a prática desportiva dos alunos nas condições devidas

durante todo o ano letivo.

DESCRIÇÃO / COMPONENTES DO PROJETO

As principais intervenções a desenvolver para os dois estabelecimentos são comuns,

designadamente a:

- construção de um pavilhão desportivo coberto e respetivos balneários;

- revisão de toda a caixilharia e vãos de janela (com colocação de vidros duplos) dos edifícios,

seguida da colocação de aparelhos de ar condicionado de alta eficiência energética;

- instalação de coletores solares térmicos e de painéis fotovoltaicos para micro geração;

- colocação de equipamentos de segurança contra incêndios em todos os Blocos;

- reformulação e reforço da rede de infraestruturas existente (elétrica, águas e esgotos);

- requalificação dos espaços exteriores.

No caso específico da Escola Básica de Alcanede pretende-se ainda proceder à reconversão do

ginásio em anfiteatro, à criação de coberturas nos espaços exteriores (designadamente entre a

portaria e o edifício principal) e à remodelação das instalações sanitárias. Pretende-se ainda

proceder à ampliação, em virtude da elevada taxa de ocupação, através da criação de salas de

aula e de laboratórios.

Relativamente à Escola Básica de Pernes pretende-se a requalificação do anexo para a prática

da atividade física e a substituição das coberturas em amianto do edifício e dos telheiros.

Deverá ainda ser prevista a construção de um elevador no edifício principal.

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO (X 1.000 €)

Elevado E.B. Alcanede (900 Requal. + 700 Pavilhão) E.B. Pernes (900 Requal. + 700 Pavilhão)

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Relatório Final Página 146

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO / PROJETO

Requalificação das Escolas Básicas da Cidade de Santarém (E. Básica Alexandre Herculano, D. João II e Mem Ramires)

ELEMENTOS GERAIS DO PROJETO

Níveis de Ensino: 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

Localização: Cidade de Santarém

Promotores: Ministério da Educação / Câmara Municipal de Santarém

Tipologia: Pavilhão Desportivo, Reabilitação, Eficiência Energética/ Climatização e Espaços Exteriores

JUSTIFICAÇÃO / OBJETIVOS DO PROJETO

Estes três estabelecimentos de ensino possuem entre 20 anos (E.B. D. João II) a quase 30 anos

(E.B. Alexandre Herculano e Mem Ramires) de existência, necessitando de algumas

intervenções para melhorar a prestação do serviço educativo.

DESCRIÇÃO / COMPONENTES DO PROJETO

As intervenções comuns a efetuar nos três estabelecimentos contemplam a remoção das

coberturas ainda existentes em fibrocimento (casos das coberturas e/ou telheiros) e da aposta

na eficiência energética/ climatização dos edifícios, através da colocação de isolamentos

exteriores com sistemas “ETICS” e da colocação de caixilharia ecotérmica com vidros duplos,

após o que deveriam ser instalados aparelhos de ar condicionado de alta eficiência. Os

edifícios destes três estabelecimentos deveriam ainda ser alvo de pinturas interiores e

exteriores e da remodelação de alguns pavimentos e instalações sanitárias. Sugere-se ainda a

instalação de painéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias e de painéis

fotovoltaicos vocacionados para a micro geração.

Para a Escola Básica Alexandre Herculano importa reabilitar toda a cobertura do pavilhão,

promovendo-se ainda a qualificação e valorização dos espaços exteriores.

No que diz respeito à Escola Básica D. João II importa proceder ao reforço da rede elétrica,

devendo promover-se a reconversão de espaços do bloco A para um auditório.

Relativamente à Escola Básica Mem Ramires a principal prioridade passa pela reconversão dos

antigos balneários para sala da unidade de apoio à multideficiência.

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO (X 1.000 €)

Médio

E.B. Alexandre Herculano: 1.700 E.B. D. João II: 1.500

E.B. Mem Ramires: 1.200

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Relatório Final Página 147

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO / PROJETO

Requalificação/Modernização da Escola Secundária Dr. Ginestal Machado

ELEMENTOS GERAIS DO PROJETO

Níveis de Ensino: 3º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário

Localização: Cidade de Santarém

Promotores: Ministério da Educação

Tipologia: Reabilitação, Eficiência Energética/ Climatização, Espaços Exteriores, Apetrechamento Técnico-Pedagógico

JUSTIFICAÇÃO / OBJETIVOS DO PROJETO

O principal objetivo do projeto consiste em proceder à requalificação profunda da Escola Secundária Dr. Ginestal Machado, estabelecimento que possui quase meio século de existência e que não chegou a beneficiar do Programa de Modernização das Escolas Secundárias, entretanto suspendo (estava incluído na fase 4 do programa). As intervenções a desenvolver procuram proceder à correção de problemas existentes ao nível da construção e à melhoria das condições de habitabilidade e de conforto ambiental do estabelecimento, dando particular ênfase às questões de eficiência térmica/ energética dos edifícios, de modo a melhorar a qualidade do serviço educativo prestado às populações.

DESCRIÇÃO / COMPONENTES DO PROJETO

O projeto inclui diversas intervenções nos edifícios, designadamente através da substituição das coberturas em fibrocimento (quer do edifício principal quer nos passadiços), dos pavimentos das salas de aula, da substituição das portas e da pintura das salas. Pretende-se também proceder à substituição/ reparação de algumas das infraestruturas existentes (eletricidade, água e telecomunicações). O bar, cozinha e refeitório deverão também ser alvo de uma profunda reabilitação. Deverão ainda ser desenvolvidas diversas ações que permitam responder às novas exigências em termos de planos de segurança e de evacuação. Os edifícios também deverão ser alvo de pintura. No que diz respeito à eficiência energética, visa proceder-se à revisão de toda a caixilharia e vãos de janela (com colocação de vidros duplos) dos edifícios, seguida da colocação de aparelhos de ar condicionado de alta eficiência energética. Ainda nesta vertente, propõe-se a instalação de painéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias e de painéis fotovoltaicos vocacionados para a micro geração. Pretende-se também proceder à melhoria do apetrechamento técnico-pedagógico do estabelecimento, dando ênfase à modernização dos laboratórios, oficinas e salas específicas, ao mesmo tempo que as diversas salas deverão ser qualificadas e apetrechadas com novo mobiliário e equipamento informático e áudio visual. Nos espaços exteriores envolventes promover-se-á a necessária reabilitação do pavimento, requalificação de espaços e valorização das áreas de lazer.

PROGRAMAÇÃO TEMPORAL

2016 2017 2018 2019 2020 2021

NÍVEL DE PRIORIDADE CUSTO APROXIMADO (X 1.000 €)

Médio 7.000

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Relatório Final Página 148

3.5.3 – Síntese das Propostas

CRONOGRAMA DAS INTERVENÇÕES

EIXO AÇÃO / PROJETO 2016 2017 2018 2019 2020 2021

1

Ampliação e Requalif. da EB1/JI da Portela *

Ampliação e Requalif. da EB1/JI de Almoster

Ampliação e Requalif. da EB1/JI da Tojosa

Requalificação de Estabel. de Média Dimensão

Conservação de Estabel. de Pequena Dimensão

2

Requalificação e Pavilhões Desportivos das

Escolas Básicas de Alcanede e de Pernes

Requalificação das Escolas Básicas da Cidade de

Santarém (A.Herculano, D. João II e M. Ramires)

Requalificação e Modernização da Escola

Secundária Dr. Ginestal Machado

* Em alternativa proceder à construção do novo Centro Escolar de Santarém-Norte nos anos 2019/2020

ESTIMATIVAS DOS INVESTIMENTOS

EIXO AÇÃO / PROJETO Custo (X1.000€)

1

(Ed. Pré-

Escolar e

1º Ciclo)

Ampliação e Requalificação da EB1/JI da Portela * 500

Ampliação e Requalificação da EB1/JI de Almoster 400

Ampliação e Requalificação da EB1/JI da Tojosa 400

Requalificação de Estabelecimentos de Média Dimensão 1.000

Conservação de Estabelecimentos de Pequena Dimensão 500

Subtotal 2.800

2

(2º/3º

Ciclos e E.

Secund.)

Requalificação e P. Desport. das E. Básicas de Alcanede e de Pernes 3.200 (1.600+1.600)

Requalificação das Escolas Básicas da Cidade de Santarém 4.400 (1.700+1.500+1200)

Requalificação e Modernização da E. Secundária Ginestal Machado 7.000

Subtotal 14.600

TOTAL 17.400

* A alternativa à construção de um novo Centro Escolar teria um custo estimado de 2.500 mil euros

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Relatório Final Página 149

TERRITORIALIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

Figura 11 – Síntese das Propostas para o Município de Santarém

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 150

3.6 – Monitorização

Sendo a Carta Educativa do Município de Santarém um documento de orientação estratégica

com um horizonte temporal determinado (2020/21, o que corresponde a cerca de 5/6 anos

letivos), importa ter em consideração o facto de se tratar de um instrumento flexível, fruto das

diversas variáveis que poderão levar à necessidade de reajustamentos: reorientações do

sistema educativo, disponibilidade financeira, dinâmicas demográficas, económicas, sociais,

entre outras.

Deste modo, a implementação da carta educativa deve contemplar um adequado processo de

monitorização e avaliação, de modo a que se estabeleçam as necessárias inflexões e

reorientações, de acordo com as novas dinâmicas do território e do sistema educativo. Este

processo de monitorização e avaliação deve ser efetuado com a mobilização dos diversos

agentes envolvidos no próprio sistema educativo local, com ênfase para o Conselho Municipal

de Educação.

Em síntese, tal como refere Édio Martins (DAPP- ME), “O processo de monitorização/

avaliação da Carta Educativa permitirá uma permanente e continuada aferição da clarividência

e eficácia das propostas formuladas, para que seja possível a deteção precoce de eventuais

desajustamentos e que atempadamente se configurem as soluções mais adequadas. A

monitorização é, assim, a continuidade natural da Carta Educativa, a sustentação ao longo de

anos subsequentes dos conteúdos da mesma”.

Neste quadro de referência, o processo de monitorização da carta educativa deve procurar

responder a quatro objetivos fundamentais:

- identificar as principais transformações ocorridas na envolvente territorial e socioeconómica

e que possam ter impactes na (re)programação dos equipamentos de ensino;

- sistematizar as principais transformações ocorridas no sistema educativo, dando ênfase às

alterações no quadro legislativo que possam ter impacte na programação da rede de

equipamentos de ensino;

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Revisão da Carta Educativa do Município de Santarém

Relatório Final Página 151

- proceder a uma atualização do diagnóstico da carta educativa, com realce para a

componente da procura em cada um dos níveis de ensino: pré-escolar, ensino básico e ensino

secundário;

- efetuar uma análise do grau de implementação do programa de intervenção previsto na carta

educativa, identificando, para cada um dos eixos estratégicos propostos, o grau de

implementação de cada uma das ações previstas.

Para a consubstanciação do processo de monitorização da carta educativa importa criar uma

estrutura/ equipa de trabalho que anualmente ou bianualmente (de acordo com as

necessidades) produza um documento síntese, que deverá ser objeto de análise por parte do

Conselho Municipal de Educação. O presente documento contemplará quatro pontos

essenciais:

- análise das principais transformações na envolvente territorial e socioeconómica;

- identificação das principais alterações no quadro legal do sistema educativo;

- atualização do diagnóstico da carta educativa (dando ênfase à componente da procura);

- avaliação do grau de cumprimento do Programa de Intervenção da carta educativa.

No que diz respeito a este último ponto deverão ser elaboradas algumas matrizes de avaliação,

contemplando diversas dimensões de análise, tais como:

- identificação do grau de cumprimento de cada uma das ações propostas, com referências ao

período de execução e seu custo;

- validação/ propostas de alteração ou de eliminação de ações ainda não concretizadas, com a

respetiva fundamentação;

- propostas de alteração ao próprio programa de intervenção da carta educativa.