Juri Simulado 3 Ano A

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E. E. Adventor Divino de Almeida

JRI SIMULADO

Campo Grande MS 29 de Agosto de 2011 E. E. Adventor Divino de Almeida

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JRI SIMULADO

Trabalho apresentado como avaliao parcial das disciplinas de Sociologia, Filosofia (Prof. Vanja Marina Prates de Abreu), Histria (Prof. Celso Ricardo Guimares), Geografia (Prof. Janice Viena) e Portugus (Prof. Ana Carla Chimenes).

Caso: Jos Modesto da Silva Ano: 3 Turma: A Turno: Matutino

Campo Grande MS 29 de Agosto de 2011

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SUMRIO

Introduo..................................................................................................... 4 Resumo do Caso............................................................................................5 Lista de Jurados.............................................................................................6 Prego........................................................................................................... 7 Juiz...............................................................................................................8 Interrogatrio das testemunhas .................................................................10 Debates........................................................................................................14 Promotoria Acusao..............................................................................14 Advogados Defesa..................................................................................16 Sentena.......................................................................................................18 Bibliografia..................................................................................................19 Anexos.........................................................................................................20

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IntroduoO caso escolhido pelo 3 A fora primeiramente um conjunto de idias. Por se tratar de um caso comum, envolvendo desavenas familiares e traio, a interpretao proposta pelos membros do 3 ano A visa demonstrar como so as reaes do advogado de defesa e por quais dificuldades este passa ao longo do juramento. Tambm mostra a deciso do Juiz ao dar seu veredito final, no s considerando o ru culpado como tambm explicando sua penalizao, sendo esse exemplo que nos faa pensar que at mesmo um desentendimento entre parentes e amigos, passa resultar em tragdia.

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Resumo do CasoO Sr. Jos Modesto da Silva, no dia 10 de outubro de 2008 s 19 horas da noite, mata a facadas o seu primo-irmo Antnio Modesto da Silva, a sangue frio e sem pudor. Logo aps o crime, o ru se entrega a policia e confessa seus feitos. A razo pelo qual o mesmo cometer este homicdio fora que a vitima devia dinheiro ao Sr. Jos e ao mesmo tempo era tambm o amante de sua esposa. Ao descobrir que este estava tendo relaes amorosas com sua mulher, confirmando a suspeita ao segui-lo e encontr-los juntos em uma mercearia as 17 horas do dia 09 de outubro de 2008 [Dados adquiridos atravs da investigao policial]. Logo aps a descoberta desta imperdovel traio, saiu o Sr Jos a proferir pelos "ventos" de que arrancaria a vida de seu primo, por questo de honra ao seu orgulho ferido e a tristeza de seus filhos. Diz o mesmo que sua mulher fora seduzida pela vitima. Ento, ao dia 10, encaminhou-se ao estabelecimento onde fora encontrado o corpo de seu primo com vrias perfuraes encontradas em seu corpo. No houvera tempo para que o ferido recebesse ajuda mdica, o que muitos acreditam ter falecido no local.

6 Lista de Jurados Hellen Carolina Fernanda Ortiz Gabriela Ferruzzi Amanda Beatriz Bruna Fagundes Giovanni Maurutto Juliane Avalos Rosane Gabriela Soraya Barbosa Raphael Lucas Mychelle Moreira Anamayra Ribeiro Camila Pereira Anelise Wolke Karine Chimenes Matheus Ribeiro Cleiton Ferreira Beatriz Ribeiro

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Prego So ___ e ___ do dia 29 de Agosto de 2011. Declaro aberta a sesso! Art. 473 - Prestado o compromisso pelos jurados, ser iniciada a instruo plenria quando o juiz presidente, o Ministrio Pblico, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomaro, sucessiva e diretamente, as declaraes do ofendido, se possvel, e inquiriro as testemunhas arroladas pela acusao. Para a inquirio das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado formular as perguntas antes do Ministrio Pblico e do assistente, mantidos no mais a ordem e os critrios estabelecidos neste artigo, os jurados podero formular perguntas ao ofendido e s testemunhas, por intermdio do juiz presidente. No se permitir o uso de algemas no acusado durante o perodo em que permanecer no plenrio do jri, salvo se absolutamente necessrio ordem dos trabalhos, segurana das testemunhas ou garantia da integridade fsica dos presentes. (NR) Art. 475 O registro dos depoimentos e do interrogatrio ser feito pelos meios ou recursos de gravao magntica, eletrnica, estenotipia ou tcnica similar, destinada a obter maior fidelidade e celeridade na colheita da prova. A transcrio do registro, depois de feita a gravao, constar dos autos. (NR)

8 Juiz Fala do juiz presidente: O acusado Jos Modesto da Silva comparece Sesso de Juzo Colegiado, para que, possa submeter-se ao julgamento temporal, pelo crime de morte de Jos Teixeira da Silva do qual acusado. A partir deste momento esto instalados os trabalhos do jri onde ser submetido a julgamento o processo de nmero 1.023 que trata de crime homicdio. Juiz: Comunico aos senhores jurados de que aps o sorteio no podero comunicar-se entre si ou com outrem, nem manifestar suas opinies sobre o processo, sob pena de excluso do Conselho e multa no valor de 1 (um) a 10 (dez) salrios mnimos, de acordo com a condio econmica de cada um dos senhores, a incomunicabilidade ser certificada nos autos pelo oficial de justia. (NR) Juiz: Ao decorrer do sorteio o juiz estar perguntando a promotoria e a defensoria se aceita ou recusa os jurados.

Fala do juiz aps o sorteio dos jurados: Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa deciso de acordo com a vossa conscincia e os ditames da justia. Os jurados, nominalmente chamados pelo presidente, respondero: Assim o prometo. Juiz: O ru dera seu depoimento ao jri? Como o depoimento foi negado irei ler um pequeno trecho do processo do Sr . Jos Modesto da Silva O Sr. Jos Modesto da Silva, no dia 10 de outubro de 2008, o senhor mata a facadas e feri at a morte o seu primo-irmo Antnio Modesto da Silva.O ru confessa o crime entregando se a policia,logo depois do crime.O motivo do crime foi que o senhor Marcio da Silva(a vitima) devia dinheiro ao Sr. Jos, e era amante de sua esposa. Ele descobriu que a vitima estava tendo relaes com sua esposa,e para confirmar seguiu Sr. Marcio at um estabelecimento e achou os dois. Logo depois o ru saiu falando pelos ventos que iria matar seu primo,por questo de honra a seus filhos e a sua esposa.Diz que sua esposa foi seduzida por seu primo-irmo.

9 Ento no dia 10 de outubro de 2008,o Sr. Jos Modesto da Silva vai at a casa de seu primo e o mata com facadas,o ferindo at a morte. Juiz: Com a palavra a promotoria para as suas consideraes sobre o caso. ART. 476 3o Finda a acusao, ter a palavra a defesa. Juiz:Com a palavra a defesa para suas consideraes sobre o caso

Juiz (aps o primeiro debate) ART. 476 4o a acusao poder replicar e a defesa poder treplicar, sendo admitida a reinquirio de testemunha j ouvida em plenrio. (NR) Sentena para ser lida no caso de condenao

Juiz: Pela contagem dos votos proferidos pelo Conselho de Sentena, declaro o ru Culpado! Cumprir 20 anos de recluso em regime fechado. Reconheo o ru como levado por sua fraqueza como bem mostrou a promotoria, no entanto, h atenuantes muito bem colocados pela defesa quando mostra o sofrimento psicolgico que o ru sofreu pela vida afora. Apenas por isso no lhe aplico a pena mxima. O ACUSADO DEVER recolher-se priso em que se encontra de acordo com os presentes requisitos da priso preventiva.

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Interrogatrio de testemunhasPrimeira testemunha Juiz (Leonardo Barbosa): que se apresente a primeira testemunha. Senhora Maria Mrcia, a senhora jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade? Testemunha: juro. Juiz (Leonardo Barbosa): A senhora tem cincia de que se tal no ocorrer ser incriminada Testemunha: por perjuro, podendo sofrer Estou punies na forma da lei? ciente

O advogado de defesa pergunta testemunha: D. Maria Mrcia, a senhora conhece o acusado h quanto tempo?

Testemunha: Faz mais de onze anos. Meu marido trabalha com o Sr. Jos desde que viemos marido, da o Paraba, casal quando em si, ns tem nos boas mudamos relaes para com Minas o Gerais. acusado? Advogado: O seu marido fala bem ou mal sobre o patro? Ou melhor, dizendo, o seu

Testemunha: Muito. Meu marido, todos ns l de casa, s temos elogio para o nosso patro. Ns nunca encontramos desde que a gente trabalha. Pessoa boa igual ao Seu Jos. Ele calmo, no briguento. Procura ser justo com tudo. admirvel o seu modo de tratar a todos, pobres e ricos. Tudo igual. Ns nunca vimos fazer diferena de pessoa pela cor ou pelo que a pessoa possui. bom com os animais, incapaz de chutar um cachorro vadio. A defesa: Senhor presidente, me dou por satisfeito, est dispensada, por ora, a testemunha. Segunda testemunha

11 Juiz (Leonardo Barbosa): que se apresente a segunda testemunha:

Senhora Valria, a senhora jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade? Testemunha: Juro. Juiz (Leonardo Barbosa): A senhora tem cincia de que se tal no ocorrer ser incriminada Testemunha: Peo segunda por perjuro, podendo sofrer Estou testemunha que se punies na forma da lei? ciente apresente:

Meu nome Valria Maria Santiago, nasci e cresci em Lavras. Resido na Rua da Pororoca, nmero 13, no Bairro Jaragu. Sou casada e trabalhei por muitos anos em casa O juiz de chama a famlia. Promotoria Atualmente a se sou do fazendo lar. perguntas. manifestar,

Juiz (Leonardo Barbosa): Com a palavra da promotoria, que faa as perguntas segunda testemunha de defesa. Promotor: senhora conhecia a vtima?

Testemunha: Sim. Era um homem franco e carrancudo. No parava para conversar com ningum, mesmo que perguntado sobre alguma coisa, respondia andando ou nada respondia. Promotor: D. Valria a senhora conhece a esposa do acusado?

Testemunha: D. Adelaide? Sou de dentro da cozinha dela. Trabalhei muito tempo em sua casa.

Promotor: A senhora D. Valria considera D. Adelaide uma boa pessoa, ou melhor, uma pessoa sria uma mulher honesta? Testemunha: Doutor, eu nunca vi e nem ouvi nada de mal sobre a D. Adelaide. Sempre nos tratou com muito respeito e muito respeitada.

Promotor: Nosso acusado ru confesso. E como eu disse no parece e at mesmo se

12 diz vingado. O senhor poderia supor que essa pessoa se revelaria uma vbora traidora, tirando a vida de seu primo-irmo?

A testemunha responde: No senhor, eu jamais pensei isso do acusado. Sempre uma pessoa muito boa nunca o viu brigar, ainda que fosse ofendido.

Promotor: Meritssimo, eu me dou por satisfeito. A defesa se quiser pode interrogar a testemunha. Juiz (Leonardo Barbosa): Com a palavra a defesa Advogado de defesa: D. Valria no estando em casa o Sr. Jos, a vtima costumava ir a Fazenda Brejeira, de propriedade do acusado?

A testemunha: Muitas vezes. A minha antiga patroa ficava no escritrio com o finado Sr. Antnio fazendo um acerto. No sei bem como era. Os dois primos antes eram scios. Depois, no sei o porqu j no eram scios. D. Adelaide passou a ser scia do marido num dos aougues do povoado. O Seu Jos confiava muito nos dois. Os acertos eram feitos no escritrio com a presena ou no do nosso patro.

A defesa continua: Alguma vez a senhora interrompeu alguma dessas reunies, a chamado da patroa, ou algo parecido?

Testemunha: No senhor. No que chegava 3 horas da tarde, ns, todos os empregados, j estvamos em nossas casas. E, sempre, l pelas duas comeava a reunio. A defesa: Senhora D. Valria, h quanto tempo a senhora conhece ao acusado Sr. Jos Modesto da Silva?

A testemunha: Desde que passei a trabalhar com eles em sua fazenda. Defesa: A senhora conheceu a vtima?

13 Responde a testemunha: Sim senhor. No o tanto que eu conhecia o acusado, como o senhor fala. Ele no era muito simptico. Era mais briguento e se achava o tal. Devia ter l suas qualidades, mas eu no o conhecia muito bem. A defesa: Meritssimo, por enquanto, a testemunha, de minha parte, est liberada.

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Os debates:Promotoria Senhor Presidente que preside a essa instruo de julgamento e jri, senhoras e senhores jurados, meus pares. Um homem trabalhador, um pai de famlia, um filho amoroso deixou de existir porque algum que est aqui como acusado, bem nossa frente, decidiu que nunca mais seria humilhado. E por isso matou... Foram trs facadas, certeiras e terrveis no seu quaseirmo. E esse homem tombou assustado com a tamanha violncia inesperada partida de seu quase irmo e nem mais um passo, pois acabara ali a sua vida... Senhores esto diante de um crime passional, diante de um ru confesso. Um homem que no se declara arrependido. Um vingador. Um daqueles que fazem aquilo que chamamos de justia com as prprias mos, defensor da Lei de Talio olho por olho e dente por dente pra quem no o conhece. O mundo est se tornando mais e mais violento. As pessoas esto banalizando a violncia. De tanto verem acontecendo desgraa e mais desgraa, nada mais surpreende. Senhores no podem deixar que as coisas caminhem por essa direo por que quando menos esperarmos essa lei da justia com as prprias mos acabar fazendo justia de ns, seres do bem. Temos, quando est em nossas mos condenar a violncia, sugiro que neste caso condenem. Condenem usando a caneta, o corao e a conscincia. No somos deuses e no estamos acima do bem e do mal. O erro humano. Mas, errar e julgar-se correto?... Errar e no reconhecer que errou?... Penso, no mnimo, tratar-se de uma aberrao extra-humana. Podemos at, levados pela emoo, pelo desvario insano, cometer alguma loucura, mas ns temos o momento em que a razo vem visita e nos pe em alerta. Epa! Por que eu no agi de um modo diferente? Por que no me controlei? Por que no fugi para bem longe? Mas matar, tirar a vida, isso no remedivel meus senhores. o fim do caminho. Fim dos sonhos, e fim de tudo. E qual o direito tem um homem igual ao seu semelhante, cada um de ns carrega os seus problemas e os seus traumas, como eu sei que cada um de vocs jurados, tem o seu e nem por isso, samos atentando contra a vida alheia... Por isso eu, desde j peo a pena mxima para o ru. Que ele amargue ou desfrute de sua vingana bem longe das pessoas de bem. At que lhe volte razo, ele tem que pagar atrs das grades por que uma pessoa sem controle emocional desse porte no d

15 para prever seus mal-feitos e antes que ele haja, temos de agir a favor da sociedade l fora clamando por justia. Vamos fazer com que ele pague caro pelo seu erro ao ver por muitos anos o sol nascer quadrado at que a razo venha visit-lo. Promotoria(replica) SENHORES... Nada justifica a violncia de um assassinato. O homem agride e deseja exterminar de perto de si, aquele que o incomoda. O mundo se torna pequeno demais, pelo menos naquele momento, em que o ser humano injuriado pensa que no d para viver no mesmo planeta em que viva o seu opressor. Porm ns, seres humanos e humanizados no devemos dar valor barbrie, no devemos nos deixar levar pelo ressentimento afinal, somos civilizados e aprendemos a nos controlar caso contrrio que a justia seja feita e volto a repetir: nada justifica um assassinato. Devemos punir quele que tira a vida de outra pessoa. No sejamos condescendentes com os criminosos, ou estaremos aumentando em muito a criminalidade entre ns apenas pelo fato de darmos a possibilidade de outros futuros assassinos usarem uma justia no feita como exemplo para entrar no mundo da criminalidade. Sabe se que h atenuantes, a prpria lei maior os prev. No entanto, onde est previsto aquilo que atenua a perda? Onde est previsto que o mau exemplo no seja imitado? A dor que ficou doda, a falta que faz um pai de famlia, ou a falta de um filho para sua me j idosa e doente. Alm do que no existem atenuantes para algum que premedita um crime, espera que a vtima sofra com antecedncia a dor e o ardor do ao frio de um punhal a rasgar-lhe o peito. Desde j, peo a pena mxima para o Jos. Para aquele que pensou em se livrar de algum que o maltratou, fazendo justia com as prprias mos. Meritssimo, deixo as minhas consideraes para que os jurados reflitam sobre elas. Que ningum compactue com a violncia que tanto desumaniza o homem.

16 Advogados Extremo Senhor Juiz que preside essa seo de instruo e jri, caro colega da promotoria, Dra Karoline Curtolo, caros jurados, SENHORES, aqui reunidos, cumprimos, mais uma vez, a uma difcil misso. O que ser que aconteceu para essa completa perda de razo? O que levaria um homem considerado honesto e pacato a assassinar a um seu quase-irmo? Por que a desgraa se abateu sobre um lar, antes feliz? Anteriormente, ns seres humanos no somos bons nem maus. Somos movidos por circunstncias. At a sade e disposio do nosso corpo interfere em nossas aes. Julgar muito fcil para ns que somos humanos. Mais fcil ainda se torna condenar algum por algo que a outra pessoa faa ou deixa de fazer. Se fssemos ao Juzo Final julgados por nossos semelhantes, todos ns, sem exceo, iramos para o inferno. Ainda bem que o ltimo julgamento cabe a Deus e ele justo. Ns o sabemos misericordioso. S Deus conhece particularmente a cada um dos seus filhos. De manh noite, todos os dias, impreterivelmente, estamos a julgar os outros. Conscientes ou inconscientes, brigando, ponderando, comentando sempre o outro faz parte de nossas palavras e de nossas mentes. At ao dormir, sonhamos que os outros esto sempre nos fazendo algo, na maioria das vezes sendo cruis conosco. Eu atribuo esse procedimento humano a uma absoluta falta de cultura. Ao invs de estarmos a falar ou a pensar sobre os outros, porque no nos dedicamos a melhorar a nossa vida e vida dos outros. Devamos, ao nos tornamos cultos, repassamos a nossa cultura como se repassa uma receita de bolo. Sempre o outro tem mais defeitos do que ns mais feio do que ns, mais errado e tudo de mais negativo o outro que tem sempre mais defeitos do que ns julgamos ter. O fato que ns seres humanos sempre pensamos em um amontoado de razes para justificar os nossos atos e nos sentimos mais confortveis e melhor com as nossas conscincias. Mas, o fato que o Sr. Jos errou... Errou feio... Tirou a vida de seu primo-irmo. Mas vamos e venhamos... O meu cliente, pela vida afora, foi sendo morto aos poucos, em seu amor-prprio, com a sua auto-estima pisoteada pelo seu meio irmo. O falecido, que Deus o tenha em sua glria, foi matando aos poucos os sonhos e a dignidade de seu primo-irmo Jos.

17 Desde criana, meu cliente confessou que no sabia odiar, mas sabia chorar pelos cantos e sofrer como um co sem dono. Adolescente sentia-se preterido. Quando moo, ansiava ser amigo do primo, at o admirava. No entanto, era olhado de cima para baixo, com desprezo. Ao se casar, o Jos, deu o seu sobrenome a uma mulher que seu primo havia rejeitado, assumiu compromisso com a mulher e o filho dela, fazendo a vez do primo folgado e irresponsvel. Criou o filho deste e ainda teve que lutar contra os maus-conselhos que o primo, de graa, dava ao filho que um dia renegara e continuou a renegar at o dia da sua morte. O calhorda ainda prejudicou ao Jos financeiramente e por fim lhe coloca um par de chifres. muito senhores... Sei que o meu cliente errou. No podemos matar a todos que se julgam melhores do que ns... Mas pensem... Pensem que h atenuantes para o seu ato de desespero. Julguem por favor, com misericrdia a um algum to sofrido...

A defesa chama suas testemunhas

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SentenaPela contagem dos votos proferidos pelo Conselho de Sentena, declaro o ru Culpado! Cumprir 20 anos de recluso em regime fechado. Reconheo o ru como levado por sua fraqueza como bem mostrou a promotoria, no entanto, h atenuantes muito bem colocados pela defesa quando mostra o sofrimento psicolgico que o ru sofreu pela vida afora. Apenas por isso no lhe aplico a pena mxima. O ACUSADO DEVER recolher-se priso em que se encontra de acordo com os presentes requisitos da priso preventiva.

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Bibliografiawww.textojuridicos.com.br

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AnexosProcesso entregue para os jurados Caso Jos Modesto da Silva O Sr. Jos Modesto da Silva, no dia 10 de outubro de 2008, o senhor mata a facadas e feri at a morte o seu primo-irmo Antnio Modesto da Silva. O ru confessa o crime entregando se a policia, logo depois do crime.O motivo do crime foi que o senhor a vitima devia dinheiro ao Sr. Jos, e era amante de sua

Processo

esposa. Ele descobriu que a vitima estava tendo relaes com sua esposa, e para confirmar seguiu Sr. Marcio at um estabelecimento e achou os dois. Logo depois o ru saiu falando pelos ventos que iria matar seu primo,por questo de honra a seus filhos e a sua esposa.Diz que sua esposa foi seduzida por seu primo-irmo. Ento no dia 10 de outubro de 2008,o Sr. Jos Modesto da Silva vai at a casa de seu primo e o mata com facadas,o ferindo at a morte.

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22 Funes Juiz:Leonardo Barbosa de Freitas. Advogadas de defesas: Maressa Sampaio e Daniele Miranda. Promotora: Karoline Curtolo. Escrivo: Isabela da Costa Ortt. Prego : Priscilla Dontechef e Kesley Adania. Vitima:Tiago Pimentel. Ru: Weverton Leonardo dos Santos. Jurados:Hellen Carolina,Fernanda Ortiz,Gabriela Ferruzzi,Amanda Beatriz,Bruna Fagundes,Giovanni Maurutto,Juliane Avalos,Rosane Gabriela,Soraya Barbosa,Raphael Lucas,Mychelle Moreira,Anamayra Ribeiro,Camila Pereira,Anelise Wolke,Karine Chimenes,Matheus Ribeiro,Cleiton Ferreira e Beatriz Ribeiro. Testemunhas: Kennya Renata Macedo Vasconcelos e Karine Ximenes Policiais: Paulo Garcia e Wendryel Alberto Ribeiro.