Juri Simulado Projeto Vanja

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAO SUPERINTENDNCIA DE PLANEJAMENTO E APOIO EDUCAO COORDENADORIA DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL CAMPO GRANDE-MS

ESCOLA ESTADUAL ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA

PROJETO REVENDO QUESTES SOCIAIS: A PREVIDNCIA EM FOCO JRI SIMULADO

Mato Grosso do Sul 2010

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SUMRIOApresentao...................................................................................................................03 Justificativa......................................................................................................................04 Objetivos gerais...............................................................................................................05 Objetivos especficos.......................................................................................................05 Metodologia.....................................................................................................................06 Recursos...........................................................................................................................07 Desenvolvimento.............................................................................................................08 Culminncia.....................................................................................................................09 Avaliao.........................................................................................................................09 Estratgias de divulgao.................................................................................................11 Anexos.............................................................................................................................12

3 APRESENTAO Este projeto tem como inteno promover o estudo dos problemas sociais de forma mais dinmica e ldica, integrando vrias disciplinas envolvendo sociologia, artes, histria, lngua portuguesa, geografia e o uso da sala de tecnologia educacional. A seguir descrevemos cada etapa de desenvolvimento, objetivos, recursos e culminncia. Entendemos quo importante foi o desempenho dos alunos na formao de cada jri apresentado, como a riqueza dos detalhes na montagem do processo e da fala dos componentes na simulao. Portanto, consideramos de suma importncia colocar nos anexos alm de fotos das apresentaes dos alunos, como o material usado por eles como: texto do caso julgado desenvolvido por eles, os depoimentos dos personagens, a documentao criado pelos alunos para cada personagem do caso, os formulrios desenvolvidos para compor o processo. Para que no se estenda o tamanho deste trabalho e no se perca seu objetivo, colocamos somente o material de duas turmas: 1 ano A matutino, desenvolvido pelo grupo da aluna Wanessa Aline Adania e 3 ano A matutino, desenvolvido pelo grupo do aluno Valbercley da Graa Almeida.

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JUSTIFICATIVADeparamos-nos com o alto ndice de criminalidade cada vez mais crescente, sabemos que cada caso tem suas peculiaridades que culminaram com alguma forma de crime em nossa sociedade. Entretanto, paramos um pouco para pesquisar e refletir sobre alguns direitos de quem est recluso e comparamos com os direitos de quem est em liberdade. A ideia de pesquisar e publicar sobre este assunto auxlio recluso ocorreu a partir de alguns emails de alertas sobre o aumento do valor dessa contribuio aos dependentes de quem est em recluso.

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OBJETIVOS GERAIS Que nossos alunos reflitam sobre as questes sociais contemporneas; Pesquisem causas e efeitos; Sejam crticos e reflexivos; Projetem suas reflexes publicamente.

OBJETIVOS ESPECFICOSDefinimos nossos objetivos especficos a partir dos contedos que so trabalhados em sala de aula, seguindo as orientaes dos referenciais.

Sociologia:

Questes

e

problemas

sociais

contemporneos:

tipos

de

violncia,

marginalidade/ excluso social, desigualdade social. Histria: Caracterizar e comparar perodos histricos de maior incidncia de violncia. Geografia: Situar geograficamente cada evento pesquisado. Artes: Utilizar as habilidades cnicas (em toda sua forma de expresso) no desenvolvimento do trabalho que culmina com dramatizao.

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METODOLOGIAProcedimentos Utilizados para Incio da Ao: Pesquisa realizada no site da Previdncia; Palestras com os acadmicos da UCDB; Leitura de textos de sociologia pertinente aos tpicos: Desigualdades sociais, criminalidade, controle, minorias sociais, tica, cidadania. Diagnstico da situao trabalhada: Embora a temtica principal do projeto seja alm dos problemas sociais, Previdncia e dentro deste item o auxlio recluso, nossos alunos se prenderam mais formao do jri simulado e aos problemas sociais. Planos de ao estabelecidos. Maro e abril: discusso do tema, pesquisa e produo textual. Maio e junho: Criao dos blogs e publicao dos textos. Julho e agosto: Palestras por profissionais de direito. Setembro: Primeira semana de setembro: visita ao Tribunal do Jri para assistir a julgamentos reais. 10 de setembro apresentao do Jri simulado pelas turmas do Ensino Mdio do matutino e vespertino. Disponibilidade de aulas destinadas aos professores palestrantes Matutino Ano e turma 1 A 2 A 3 A Vespertino Ano e turma 1 C 2 B 3 B n alunos 37 23 21 Dias disponveis 09, 12/08/10 09, 12/08/10 09, 12/08/10 Tempo de aula 1, 2, 3, 4 tempos 1, 3, 4 e 5 tempos 1, 2, 4, 5 tempo n alunos 43 44 28 Dias disponveis 10, 13/08/10 10, 13/08/10 09, 13/08/10 Tempo de aula 3, 4 e 5 tempos. 1, 2, 3, 4 e 5 tempos. 1, 2, 3 e 4 tempos.

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RECURSOS Humanos: Alunos do Ensino Mdio (1ano A matutino, 1ano C

vespertino, 2 ano A matutino, 2 ano B vespertino, 3 ano A matutino e 3 ano B vespertino); Professores: Sociologia (Vanja Marina), Histria (Carlos), Lngua Portuguesa (Ana Carla Chimenes, Daiane Casagrande) Geografia (Janice Coitinho), Artes (Isabela, Mavi), STE (Sandra Cayres); Acadmicos de direito da UCDB: Jodascil, Matheus e Joo. Juiz da 2 Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Jri de Campo Grande: Aluzio Pereira dos Santos. Materiais: Constituio Federal Brasileira, Cdigo Penal, tnt (na

confeco dos trajes de juiz, promotoria e defesa), smbolo (cordes usados pelo juiz, promotoria e defesa nas cores: branco, verde e vermelho). Tecnolgicos: Computador (Office, CorelDraw, Internet), mquina

fotogrfica, filmadora, impressora, Datashow. Fsicos: Sala de multimeios, sala de tecnologia educacional (STE),

Universidade Catlica Dom Bosco, Tribunal do Jri de Campo Grande-MS, Quadra de esportes (onde foi realizada a culminncia do jri).

8 DESENVOLVIEMENTO

Operacionalizao do projeto. Nossas aes iniciais foram dilogos em sala de aula sobre o e-mail referente o aumento do valor do auxlio recluso que havamos compartilhado com todas as turmas do Ensino Mdio. No primeiro momento a questo foi lanada em sala de aula como um exemplo genrico sobre injustia social. A polmica foi to grande que resolvemos (com as turmas de ensino mdio) nos inteirar do assunto na STE. Realizamos as primeiras leituras no site da Previdncia sobre o que auxilio recluso. Perguntamo-nos se este benefcio era bom ou ruim e tivemos como parmetro outro benefcio oferecido pela Previdncia, o LOAS. Das discusses ocorridas em sala de aula, surgiu a ideia e transform-lo em projeto oficial, apresenta-lo ao NTE e combinarmos em quais aulas a temtica combinaria nos contedos distribudos no bimestre em cada turma. Consultamos os referenciais e os temas acima mencionados, encaixaram com maior facilidade. Apresentamos a ideia aos professores das disciplinas participantes e comeamos a nos mobilizar cada um com seu contedo. Revezamo-nos na visita, ao frum. Aps o agendamento feito pelos alunos no Tribunal de Justia, um professor acompanhava a turma e outro assumia (subia o tempo de aula dos que ficaram na escola). O mesmo ocorreu com as palestras dos acadmicos da UCDB e nos dias de treinamento de cada sala com sua apresentao (eles no queriam que as outras turmas assistissem seus ensaios, afinal, concorriam entre si).

9 CULMINNCIA O jri ocorreu dia 10 de setembro de 2010 contou com a presena do NTE de Campo Grande que realizou toda a filmagem do evento. O sucesso da realizao do jri simulado dos nossos alunos gerou um convite para fazerem parte do jri simulado dos acadmicos como jurados na II Semana Jurdica da UCDB x UFMS. Aceitao com empolgao o convite feito pelo diretor do DACLOBE e participao com jurados da simulao dos acadmicos.

DA AVALIAO

Para avaliar a real participao dos alunos no processo de preparao do jri simulado foi desenvolvida uma ficha que ficou encarregada de ser preenchida pelo lder de cada sala, de acordo com a realizao de cada participante. A criao da ficha foi necessria porque da saiu a nota do bimestre de cada aluno. Na coluna como participou?, eles descreveram suas atividades no processo da forma mais variada possvel como, por exemplo: escreveu o caso que foi julgado, escreveu a fala do juiz, emprestou o notebook, pesquisou sobre a doena da vtima, organizou o figurino, foi a defensoria, foi a promotoria, emprestou a casa para ensaios etc. No dia da apresentao do jri pelos alunos, organizamos uma banca para avaliar a apresentao deles. Esta banca foi composta por um representante do NTE (Ncleo de Tecnologia Educacional de Campo Grande), dois professores participantes do projeto e dois professores que tenha assistido ao julgamento no Tribunal do Jri com uma das turmas, ao todo foram cinco professores avaliadores. A escola achou justo que cada aluno participante do projeto, independente se sua participao foi de bastidores ou na simulao do jri, que receba um certificado de participao.

Anlise crtica do alcance dos objetivos; fatores positivos e negativos na implementao do projeto:

10 Fatores positivos: A empolgao deles nos preparos e na apresentao do jri simulado; a participao, comportamento e ateno deles ao assistirem os julgamentos no Tribunal do jri; o desafio de participarem num jri desenvolvido por universitrio e nas atividades desenvolvidos pela UCDB na II Semana Jurdica, evento entre duas grandes universidades, uma pblica e outra privada. Fatores negativos: A realizao do jri simulado dispersou a temtica principal do projeto que era a respeito do auxilio recluso e sua validade enquanto instrumento beneficirio provido pelo Estado. Foi como se realizssemos dois projetos separados, mas, ainda est previsto um debate com os acadmicos da UCDB, tema de interesse deles tambm, embora este ltimo no esteja previsto no projeto original, assim como a nossa participao no jri simulado deles dia 07 de setembro/10.

Contribuies mais significativas obtidas na experincia, para a formao educacional e social dos alunos, educadores, gestores e comunidades envolvidas: Alm do conhecimento obtido nos estudos sobre os dois benefcios, auxilio recluso e LOAS, que a maioria desconhecia, o desenvolvimento do projeto serviu de estmulo para que alguns alunos se apaixonassem pelo direito.

Pretendemos desenvolver novos projetos que envolvam a formao de jri simulado com outras temticas como: drogas, violncia no trnsito, ou outras pertinentes aos trabalhos dos professores.

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ESTRATGIAS DE DIVULGAO Indicadores de avaliao utilizados para definir o sucesso da ao empreendida. Como este projeto fez parte do meu plano de ao desenvolvido enquanto professora da STE (Sala de Tecnologia educacional) e regente, este trabalho ser apresentado nos eventos do NTE por meio de pster. Estamos tambm procedendo divulgao do nosso projeto nos blogs e sites dos alunos e da escola. A entrega dos certificados e do DVD contendo filme das apresentaes (seis apresentaes sendo trs do matutino e trs do vespertino). Anexo de fotos, resultados de trabalhos, folhetos ou qualquer outro tipo de documento relativo sua realizao. Produo textual publicado nos blogs dos alunos (individual); Produo do texto referente a um caso envolvendo uma das situaes consideradas como problemas sociais (coletivo, um caso por sala); Simulao de um Tribunal do Jri (coletivo, ocorreram seis julgamentos das seguintes turmas: 1A, 1C, 2A, 2B, 3A e 3B); Produo de DVD contendo filme dos Seis julgamentos.

BLOGS E SITES DE DIVULGAO http://www.escolaadventor.com.br/ http://adaniawanessa.blogspot.com/ http://www.camilamarques1.xpg.com.br/ http://marianabevilaqua.blogspot.com/ http://caixetamaster.blogspot.com/ http://valbercleyalmeida.blogspot.com/

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ANEXOS

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Ficha de avaliao da participao individual do aluno no processo.Jri simuladoComo participou? Lder:

Total

Ficha 1 ficha de avaliao individual dos alunos (realizado pelo lder do grupo )

Ficha de avaliao da participao da turma na simulao do jri.Jri simulado Matutino e vespertinoCritrios(de 1 a 5 pontos por cada critrio de modo a totalizar 50 pontos) Professor avaliador:

1Turma A

2Turma A

3Turma A

1Turma C

2Turma B

3Turma B

Total de pontos por critrio

Desenvolvimento do jri como um todo (mais prximo do real) Promotoria Argumentao Persuaso Oratria Defensoria Argumentao Persuaso Oratria Juiz Oratria Desenvoltura Criatividade AdereosTotal por turma

Ficha 2 ficha de avaliao da apresentao das turmas na simulao do jri.

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Modelo de certificado que ser entregue aos alunos.

Foto 1 Alunos do 3 ano A em visita ao Tribunal do Jri de Campo Grande-MS

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Foto 2 Palestra de instruo Joo (presidente do DACLOBE)

Foto 3 apresentao 3 A matutino Promotoria e Defesa.

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Foto 4 Detalhes da composio dos jurados vestimenta dos auxiliares e depoentes.

Foto 5 Participao dos alunos no jri simulado da II Semana Jurdica UCDB x UFMS

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PROCESSO 3 ANO A MATUTINO ALUNO: VALBERCLEY DA GRAA ALMEIDA

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Figura 1 Caso criado pelo 3 ano A

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Figura 2 Prego criado pelo 3 ano A

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Figura 3 Prego criado pelo 3 ano A segundo dia.

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Figura 4 Depoimento 1

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Figura 5 Depoimento 2

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Figura 6 Depoimento 3

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Figura 7 Depoimento 4

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Figura 8 Relatrio final

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Figura 9 Quesitos

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Figura 10 Lista de jurados

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Figura 11 Certido de casamento da vtima

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Figura 12 Certido de nascimento do ru

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Figura 13 Certido de nascimento da vtima

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Figura 14 Dilogo de instruo usando MSN

(21:22) _JOO_ :oi valber tudo bem? (21:22) Valbercley / Got:td e vc? (21:22) _JOO_ fique assustado com o e-mail a numero apenas uma apelido de guerra ahuahauhauh (21:22) Valbercley / Got:chego direito em ksa? tipo: respiro, descanso e talls? ha sim... (21:22) Valbercley / Got:de boa (21:23) _JOO_ : a vida anda meio corrida (21:23)

:no

Valbercley / Got: vdd.. (21:23) _JOO_ :alm de acadmico de direito, ainda caminho na politica mas no final da tudo certo (21:23) Valbercley / Got:se a minha ja asism imagina a sua.. husahsa (21:23) Valbercley / Got:politica?!?! humm hein vo te manda o caso que a gente termino pra vc dar uma opiiao pode c? (21:25) Valbercley / Got:*opiniao (21:25) _JOO_ :claro manda ai para mim, agora estou a disposio de vocs, mas uma vez tenho que pedir desculpas por no ter ido em sua casa, como o nome mesmo de sua amiga que est de ajudando ? (21:26) Valbercley / Got:carol. (21:26) _JOO_ :te* (21:26) Valbercley / Got:Iniciou a transferncia de um ficheiro (21:26) Valbercley / Got:nao se preocupe com isso... relax (21:26) _JOO_ :isso leva a mensagem para carol tambm de desculpas (21:26)A transferncia de "caso.doc" est concluda. (21:26) Valbercley / Got:pode dexa (21:26) _JOO_ :vamos ver o texto (21:26) Valbercley / Got:ok. (21:29)(Y)_JOO_ (Y) alterou o estado para Ocupado (21:32) Valbercley / Got:desculpe incomodar a leitura, mas voce sabe o nome completo do mateus? (21:33) _JOO_ _JOO_ :ele fico de me mandar vou dar uma olhada (21:33) Valbercley / Got:oki (21:39) :mateus neuwirth (21:39) Valbercley / Got:mto obrigado... _JOO_ (21:41) _JOO_ :vamos :olha s eu acredito que a historia tenha que ser imparcial (21:41)

l Valber (21:41)

_JOO_ :para que assim ns possamos ter um nivel bom de debates, onde tanto acusao, como a defesa tenham o que argumentar

33a primeira parte de sua historia perfeita (21:42) (21:42) _JOO_ _JOO_ _JOO_ :at o momento em que entra o Reginaldo

:ai o enredo passa a ser completamente acusatrio para o Reginaldo (21:43)

:vou te fazer uma pergunta o que voc alegaria para DEFENDER o Reginaldo no juri ? (21:43)

Valbercley / Got: (21:44) _JOO_ :isso claro levando em considerao que o seu texto o que ser debatido ento tanto acusao como defesa tero que estudar o mesmo caso (21:44) Valbercley / Got:entendo (21:44) _JOO_ :sem argumentos para defesa ? (21:45) Valbercley / Got:ns pensamos em fazer +/- assim: (21:45) Valbercley / Got:comeariamos julgando o caso com o bruno rafael como ru... (21:46) Valbercley / Got:a partir da apresentao de provas, testemunhos, etc., chegariasse a concluso de que no tinha sido ele quem matou norma e sim o tal amigo... o que acha? (21:47) _JOO_ :maravilha perfeito (21:48) _JOO_ :a parte do Bruno ficou bem imparcial temos por um lado um marido traido e por outro um marido que matou a mulher (21:49) Valbercley / Got:ex.: no seu depoimento no "plenario escolar estadual adventor divino de almeida", ele entraria em total contradio do depoimento que ele haveria dado anteriormente. (21:51) Valbercley / Got:+ vc acha q posso colocar que o reginaldo entrar em contradio no seu depoimento, na historia? (21:51) _JOO_ :poderia mas a questo a seguinte o juri do Bruno ou do Reginaldo ? tem que ser juri _JOO_ :sabe pq vai ficar muito confuso olha minha opinio para sua historia (21:53) _JOO_ :vamos criar o Jri do caso "Bruno Rafael" (21:53) _JOO_ :voltei olha diferente (21:52) _JOO_ s (21:55)

Valbercley / Got:hm;;; (21:53) _JOO_

:s um minuto j volto Valber (21:54) Valbercley / Got:ok (21:55)

:iremos aproveitar a primeira parte de sua historia (21:55) Valbercley / Got:sim..

(21:55) _JOO_ :at o momento em que ocorre a discusso (21:56) Valbercley / Got:(((nota: vc me acredita que o povo da minha sala enrolo tanto que vai ser tudo feito amanha???)))) esse momento: "Ao chegar em casa, Norma se depara com seu marido totalmente nervoso na sala, vrias fotos na mesinha de centro, e ao ver as fotos na mesinha, comea mais uma briga, que viria ser a ltima."? (21:57) _JOO_ :Diante dos fatos, Bruno Rafael acaba agredindo norma com um tapa no rosto e Norma cai no cho. Ao v-la cada, ele se desespera e sai para ir a um bar prximo de sua residncia at aqui (21:58) _JOO_ :ai voc pode colocar assim, um outro paragrafo (21:59) _JOO_ :o Vizinho Fulano de Tal, visualiza as agresses feitas por Bruno Rafael em sua esposa (22:00) Valbercley / Got:esse vizinho nao seria o reginaldo neh? (22:00) _JOO_ :no (22:00) _JOO_ _JOO_ :olha s o que eu quero te dizer o _JOO_ :pq a situao seguinte, podemos colocar testemunhas para acusar e defender o Bruno (22:01) a seguinte o Bruno briga com a mulher (22:01)

:e a agride ele sai de casa (22:02)

_JOO_ :ai vamos fazer assim (22:03) _JOO_ :Aps a saida de Bruno, enquanto o mesmo encontrava-se no bar, Norma liga para seu amante Reginaldo, pedindo socorro para o mesmo, vez que estava com medo de sofre novas agresses de seu marido (bruno) (22:06) _JOO_ :Dessa forma, Reginaldo dirige-se at a residencia de Norma, ocasio em que a mesma anuncia que ir terminar seu relacionamento com Reginaldo, ocasio em que este saca uma faca de suas veste e desfere 16 facadas em Norma, golpes esses que causaram a morte de Norma. Aps ter executado Norma, Reginaldo deixa a residencia. (22:07) Valbercley / Got:nossa (22:07) _JOO_ :Minutos depois Bruno Rafael chega na residencia, momento em que se depara com o corpo de norma estendido no cho (22:07) Valbercley / Got:cara safado. (22:07) Valbercley / Got:acho que entendi o seu raciocinio. (22:07) _JOO_ :Bruno Rafael pega a faca que se encontrava no cho, acreditando ter sua esposa cometido suicidio (22:08) _JOO_ :Nota-se que gotas de sangue caem na roupa de Bruno Rafel (22:08) Valbercley / Got:ai no caso (22:09) Valbercley / Got:colocariamos uma ou duas testemunhas de defesa do bruno rafael (22:09) _JOO_ :issoooooo (22:09) Valbercley / Got:que viram o reginaldo entrando na residencia nesse intervalo... (22:09) Valbercley / Got:neh? (22:09) _JOO_ _JOO_ :issooo e outras que viram ele agredindo a esposa antes de ir para o Bar (22:10) :o que pode ser que ele tenha cometido o crime (22:10) Valbercley / Got:mais dai esse

"detalhe" a gente no colocaria no prego neh? (22:10) Valbercley / Got:que massa (22:11) _JOO_ :a acusao vai sustentar desde o incio que o Bruno era culpado, dizendo que a faca tinha digitais dele, que a roupa dele tinha marca de sangue da esposa

34vai chamar testemunhas que viu ele agredindo ela (22:11) ai a defesa vai alegar que (22:12) _JOO_ _JOO_ :antes de ir para o Bar

:que no momento do crime Bruno no estava em casa ai a

testemunha pode ser o dono do Bar (22:12) Valbercley / Got:entendi (22:12) _JOO_ :comprovando que ele estava la (22:13) Valbercley / Got:como provas em defesa do bruno rafael, poderiase criar uma camisa manchada de sangue na casa docara? (22:13) _JOO_ :claro (22:14) Valbercley / Got:entendo s um rapido (22:20) Valbercley / minuto que eu vo liga pra vanja pra pergunta uma coisa e ja volto...

Got:voltei (22:20) _JOO_ :e ai ? (22:20) Valbercley / Got:vo modificar o caso aqui e ja te mando.. ha (22:21) Valbercley / Got:vanja pergunta: quais so os critrios que os seus professores usam para julgar voces? (22:22) _JOO_ :Oratrira, Postura, Domnio do Assunto, Uso Correto do Portugues (durante a _JOO_ :isso a professora n (22:23) Valbercley / Got: tipo os que fala) Trabalho em Grupo (22:23)

a vanja vai utilizar... (22:23) _JOO_ :agora os jurados vo decidir se absolve ou no ? (22:23) Valbercley / Got:os jurados normal como ... fica assim? : (22:24) Valbercley / Got:Aps a sada de Bruno, enquanto o mesmo encontrava-se no bar, Norma liga para seu amante Reginaldo, pedindo socorro para o mesmo, vez que estava com medo de sofre novas agresses de seu marido. Dessa forma, Reginaldo dirige-se at a residncia de Norma, ocasio em que a mesma anuncia que ir terminar seu relacionamento com Reginaldo, ocasio em que este saca uma faca de suas veste e desfere 16 facadas em Norma, golpes esses que causaram a morte de Norma. Aps ter executado Norma, Reginaldo deixa a residncia. Minutos depois Bruno Rafael chega na residncia, momento em que se depara com o corpo de norma estendido no cho. Bruno Rafael pega a faca que se encontrava no cho, acreditando ter sua esposa cometido suicdio Nota-se que gotas de sangue caem na roupa de Bruno Rafel. (22:25) Valbercley / Got:h: nesse caso do bruno rafael, os jurados que acabaro decidindo se ele culpado ou inoscente neh? *inocente (22:25) _JOO_ :isso ai para fechar voc coloca assim (22:27) _JOO_ :Face a uma denncia annima feita por um vizinho, que visualizou as agresses cometidas por Bruno, policias chegam no local, e prende Bruno Rafael em flagrante, vez que o mesmo encontrava-se com a arma do crime na mo e as vestes sujas de sangue. Ai ele nosso Ru definimos os argumentos (22:27) explorar bem as testemunhas coloca bastante (22:28) _JOO_ _JOO_ :A acusao vai tentar mostrar que o _JOO_ _JOO_ _JOO_ :pode : foi :5 :dos dois lado (22:28) Valbercley / Bruno Matou e a Defesa tem que mostrar que quem matou foi o Reginaldo (22:28) Got:agora que eu me dei conta de que a parte do terreno baldio saiu.. rsrsrsrsrs (22:29) na casa mesmo (22:29) Valbercley / Got:tem 5 de cada lado.... o maximo neh? (22:29)

pode usar as 05 (22:29) Valbercley / Got:ok (22:29) _JOO_ :leva o reginaldo como testemunha de defesa para ele dizer que no foi ele (22:29) Valbercley / Got:e ele se contradiz no depoimento. ? (22:29) _JOO_ :pode criar essa situao tambm um exemplo no depoimento ele fala que na hora do crime estava em sua casa (22:30) Valbercley / Got:entendi tudo questo de persuaso... rs (22:30) _JOO_ :isso (22:31) _JOO_ :ai uma testemunha prova que ele no estava em casa viu ele saindo da residencia momentos antes do criem crime* (22:31) Valbercley / Got:j sei o reginaldo poderia ser casado com uma das testemunhas... (22:32) Valbercley / Got:na hora do depoimento dela, ela acaba soltando que o marido havia recebido uma suposta ligao de seu chefe, e que ele tinha sado..... ? ! ? ! ? !... (22:33) Valbercley / Got:Iniciou a transferncia de um ficheiro (22:34) Valbercley / Got:acc o caso ja modificado... pra ver se issu mesmm.. (22:35) _JOO_ transferncia de um ficheiro (22:36) _JOO_ :isso (22:35)

:manda de novo (22:36) Valbercley / Got:Iniciou a

Cancelar(Alt+Q) (22:36) _JOO_ :manda o arquivo ? nossa (22:37) _JOO_ :aquik aparece que mandei (22:37) Valbercley / Got:Iniciou a transferncia de um ficheiro (22:37) Valbercley / Got:apareceu alguma coisa? agora? (22:37) no (22:37) (22:37) _JOO_ _JOO_ _JOO_ :manda por e-mail :manda no e-mail (22:37) Valbercley / Got:Iniciou a transferncia de um ficheiro

:no est dando certo (22:37) Valbercley / Got:so um minuto que eu vo criar uma psta

35de compartilhamento (22:38) Valbercley / Got:Iniciou a transferncia de um ficheiro (22:39) Valbercley / Got:vo manda por e-mail (do e-mail que eu uso pra escoa) *escola (22:40) _JOO_ :manda ai (22:41) Valbercley / Got:mandei (22:42) _JOO_ :mandou em qual (22:42) Valbercley / Got:[email protected] (22:42) Valbercley / Got:qr que mande no outro? (22:42) Valbercley / Got: s reenviar.. (22:43) (22:48) ? (22:49) _JOO_ _JOO_ _JOO_ _JOO_ :vou abri aqui (22:47) Valbercley / Got:ok _JOO_ :beleza (22:49) :sim (22:48) Valbercley / Got:? (22:48)

:ai voc entedeu mais ou meno o espirito da coisa n :o que eu quero te passar a possibilidade de argumentos para ambas as partes _JOO_ :pode colocar detalhes ao invs de _JOO_ :voc pode colocar uma calorosa discusso (22:50) Valbercley / _JOO_ :entre Bruno e Norma, sendo que aquele deu varius

promotor e defesa agora voc tem de onde partir (22:49) apenas uma tapa (22:50) Got:rsrs

vdd (22:50) Valbercley / Got:hein (22:50)

ponta p e socos na mesma (22:51) Valbercley / Got: pode c (22:51) _JOO_ :ai voc coloca as testemunhas que viram ele agredindo ela (22:51) Valbercley / Got:mais hein dexa eu pergunta? (22:51) _JOO_ :humm (22:51) Valbercley / Got:rs (22:52) Valbercley / Got:os crimes que so envolvidos no _JOO_ :no s o homicidio (22:52) Valbercley nosso caso so: homicidio, e infanticidio neh? (22:52)

/ Got:ok (22:52) _JOO_ :infanticidio me que mata o filho depois do parto (22:53) Valbercley / Got:ha sim entendi (22:53) Valbercley / Got:no caso dos ponta pes e socos que eu gosteio (22:53) _JOO_ :o pormotor pode partir para o sentimental falando q ela estava esperando um filho (22:53) Valbercley / Got:ele poderia ter dado esses socos na barriga dela e ela tido um aborto. ne? (22:54) _JOO_ :poderia mas o Bruno ou Reginaldo ? (22:54) Valbercley / Got:entendi vixx (22:55) Valbercley / Got:eu acho que o reginaldo.... ou entao a briga de tapas e talls poderia ser do bruno rafael (22:55) Valbercley / Got:s que ela perdeu o bebe com as facadas.. (22:56) Valbercley / Got:Iniciou a transferncia de um ficheiro (22:56) Valbercley / Got:entendo (22:56) _JOO_ _JOO_ :agora deixa sua imaginao fluir (22:56) _JOO_ :sim (22:57) Valbercley / :s no foge desse contexto que te passei (22:56) Valbercley

/ Got:hein vo modificar o pregao e ja te mando pode c? (22:57)

Got:o prego s adaptar um pouquinho a historia nao ? (22:58) _JOO_ :sim (23:00) Valbercley / Got:quem voce tinha dito que chamou a policia? (23:02) Valbercley / Got:??? (23:02) Valbercley / Got:ja achei brgdo (23:11) Valbercley / Got:No dia 13 de janeiro de 2009, atravs de denncia annima, a polcia foi chamada para atender uma ocorrncia de agresso no endereo Rua Benjamim Constante, n 1674, Planalto, desta cidade. Ao chegar no local as policiais Mariana Perez e Roberta Monteiro, prendem Bruno Rafael Alcantara Braganza em flagrante, com uma faca ensanguentada nas mos diante do corpo de sua esposa, Norma Tedesco Braganza, com 16 furos da faca que ele segurava. cabo imaginao... (23:11) _JOO_ :muito bom ai os policiais podem ser testemunhs de acusao (23:12) Valbercley / Got:podem? (23:12) Valbercley / Got:mais nao no nosso caso... que a sala tempouca gente... (23:12) Valbercley / Got:o maximo que a gente pode fazer colocar junto o depoimento delas por excrito.. pq s tem essas duas policiais... (23:13) Valbercley / Got:no ta muito curto esse prego? (23:13) _JOO_ :no ta otimo por ai mesmo (23:14) Valbercley / Got:vo te mandar o arquivo por e-mail] (23:14) Valbercley / Got:ja enviei (23:15) Valbercley / Got:apareceu aqui o compartilhamento de uma imagem? (23:16) (Y)_ :: O_ (Y) _JOO_ :sim (23:16) Valbercley / Got:vc viu? (23:17) _JOO_ :ficou bacana errompeu compartilhando fotos (23:20) Valbercley / Got:voltado ao caso:? _JOO_ :de 12 a 30 (23:22) Valbercley / Got:ha sim (23:22)

qual a pena? (23:22) _JOO_

:Homicidio Duplamente qualificado Motivo Torpe e Futil

Triplamente Qualificado (23:22) Valbercley / Got:ai jesuis (23:22) _JOO_ :dificulto a defesa da vitimia (23:23) Valbercley / Got:ai meu Deus, mta informao tcnica pra minha cabea...

36uhsauhsa hein (23:24) Valbercley / Got:a carol pediu pra perguntar se vc nao empresta o seu codigo civil... (23:24) Valbercley / Got:empresta??? (23:25) _JOO_ :o penal ? (23:26) Valbercley / Got: aquele que vc levo nos dias das palestras... (23:27) _JOO_ (23:28) Valbercley / Got:na vdd pra mim. rsrs vc mora ond? (23:29) _JOO_ :sim s preciso dar um jeito de levar para ela n sexta n ?

:no Monte Castelo _JOO_ :muito embora

mas vou tentar deixar na escola para voc (23:29) Valbercley / Got:ok (23:29) voc pode conseguir a lei pela internet (23:29) Valbercley / Got:q hoario? q eu e ela tbm, queriamos para usar no dia... (23:29) Valbercley / Got:rsrs

competio (23:30) _JOO_ :hummmm claro vou tentar deixar la amanha de tarde na escola (23:30) Valbercley / Got:ha dexa eu pergunta: pra gente, qual o perfil mais interessante para os jurados? (23:30) _JOO_ :com alguem da direo (23:30) / Got:a tarde a vanja esta na sala de tecnologia da escola... pr apromotoria seria melhor homens neh? e pra defesa tbm? profisso pode ser qualquer uma? (23:32) Valbercley / Got:... (23:33) promotoria mulher (23:33) Got:beleza (23:33) _JOO_ _JOO_ _JOO_ :homens (23:31) Valbercley

_JOO_

:para defesa homens

:pq ela estava gravida e tals (23:33) Valbercley / :as mulheres ficam indignadas (23:33) Valbercley / Got:vdd so _JOO_ : verdade (23:34)

mais fceis de comover... (23:33) Valbercley / Got:a raiva delas... (23:33)

_JOO_ :mas ai deu para te ajudar ? no sei se fui um bom professor, o que o pessoal da escola achou? entenderam bem? ou fui muito tecnico ? (23:34) Valbercley / Got:no dia da palestra foi mto explicativo ... o que quero dizer que foi mto bom mesmo... (23:35) Valbercley / Got:so raras as palestras que essas sries prestam ateno e participam como participaram;;;;; e agora: foi simplesmente perfeito como professor.... (23:36) _JOO_ :legal fico contente tava com medo de no conseguir transmitir a mensagem (23:36) Valbercley / Got:t certo: "Meritssima Juza Adrielly Brites Mascarenhas"? (23:36) Valbercley / Got:nossa melhor que isso, s de vc fosse no meu lugar la.. usahsauhsa (23:36) Valbercley / Got:no dia da apresentao vc vai estar presente neh? (23:41) Valbercley / Got:??? (23:42) _JOO_ :no vou bicho vou ter prova (23:43) Valbercley / Got:ha de boa entao;;;; (23:44) Valbercley / Got:mais voce recebeu o prego que eu te mandei? (23:45) _JOO_ :vou ver l (23:46) Valbercley / Got:faz um favor : (23:46) Valbercley / Got:veja como ficou e se tiver sugesto de modificao em qualquer coisa la, vc pode mudar e me mandar por e-mail... (23:47) _JOO_ :sim (23:47) Valbercley / Got: que minha mae ja ta aqui do meu lado.. dialogando: ta na hora de desligar, sai dai, que tanto voce faz aii, etcetc..... (23:47) _JOO_ :humm (23:47) Valbercley / Got:e mesmo que vc nao tenha feito :sim nenhuma modificao por favor me manda um e-mail dizendo isso.. (23:47) _JOO_ pode deixar (23:48) Valbercley / Got:ha posso abusar s mais um pouquinho?

(23:48) _JOO_ :sim (23:50) Valbercley / Got:vc poderia me mandar por e-mail como se fose um roteiro do julgamento, com (se possivel) aquelas falas do juramento dos jurados, as falas e perguntas que o juiz faz em todos os julgamentos e talls... (23:50) Valbercley / Got:ou me mandar um site oualguma coisa que tenha isso? (23:50) _JOO_ :nos slides tem que eu passei na aula eu te mandei ? (23:51) Valbercley / Got:eu tenho no meu site... inclusive espera so um minutoq ue eu vo te manda o link (23:51) Valbercley / Got:http://www.valbercleysite.xpg.com.br/juri.htm (23:52) Valbercley / Got:se voce for ver os documentos que tem mais em baixo da pgina, tem alguns documentos, ou todos, que tem senha, a senha : " gv " com letra minuscula... ok?1 ?! (23:53) _JOO_ :beleza (23:54) _JOO_ :se voce der uma lida nos slide vai encontrar as falas do jurados e do juiz na ora do juramento eu deixei la bem claro ai depois quase no tem fala

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PROCESSO 1ANO A MATUTINO ALUNA: WANESSA ALINE ADANIA

38 JRI TRIBUNAL FALAS Todos entram na sala. Vinte e cinco jurados esto sentados na primeira fila dentre os espectadores e jornalistas. O juiz Lucas Tavares senta-se em seu devido lugar no mesmo momento em que a escriv que esta sentada ao seu lado esquerdo levanta e comea a sortear os nomes dos sete jurados que formaro o Conselho de Sentena. Ela sorteia o primeiro nome e o d para o juiz, que l o nome da pessoa. A mesma se levanta e o promotor ou o defensor, podem negar ou aceitar a sua participao no conselho. Terminado o sorteio de nomes, todas as pessoas que participam do tribunal levantam-se e o juiz comea a ler o juramento. - Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa deciso de acordo com a vossa conscincia e aos ditames da justia. - Ilza farmacutica. - Diz o juiz. - Assim o prometo! - Responde o jurado. -Sulamita professora. - Diz o juiz. - Assim o prometo! - Responde o jurado. - Wesley analista de sistemas- Diz o juiz. - Assim o prometo! - Responde o jurado - Amanda secretria- Diz o juiz. - Assim o prometo! - Responde o jurado - Carla assistente administrativa- Diz o juiz. - Assim o prometo! - Responde o jurado - Tatiane mdica- Diz o juiz. - Assim o prometo! - Responde o jurado - Suzane operadora de telemarketing - Diz o juiz. - Assim o prometo! - Responde o jurado - Bom, ns temos o numero suficiente de jurados para dar inicio a sesso de julgamento, foi anunciado o nome da acusada Dra. Loriany, os jurados receberam o termo de advertncia (oficial de justia entrega aos jurados o termo) todos os deveres dos jurados deixam desde o sorteio at o julgamento final, no ser necessrio repetir, como j foi dito no julgamento anterior. Vamos dar inicio as testemunhas do caso, comeando com o promotor. -Promotor, gostaria de chamar qual testemunha? - Diz o juiz - Meritssimo, se me permitir, gostaria de chamar a advogada Isabela Quartieri como primeira testemunha de acusao. - Aps o juramento da testemunha, o juiz resume o caso: -

39 -Bom dia, a senhora foi chamada como testemunha do processo que tem como acusada a doutora Loriany Casagrande, vou apenas fazer um pequeno resumo, para depois formularmos as perguntas. A senhora testemunha do seguinte caso, a acusada Dra.

Loriany Casagrande como consta no dia 12 de 12 de 2010 no perodo noturno no Hospital pblico, Santa Casa, est sendo acusada de ter assassinado um de seus pacientes, o Senhor Everton Farias, sem dar a vtima algum tipo de defesa e por motivos turpo. Em resumo isso ai. Eu, o juiz especificamente fao esse resumo para que a senhora e os jurados tenham noo do que se trata. A senhora tem algum tipo de parentesco ou amizade com a r? - No senhor. - Com relao a vitima? - No senhor. - Alguma restrio, magoa ou revolta de algum? - no senhor - Ento a senhora esta compromissado a falar a verdade? - Sim senhor. - Eu j fiz um resumo com o contedo da acusao e tambm o senhor assumiu o compromisso de falar a verdade. Eu, juiz, no tenho nenhuma pergunta a formular. Dada palavra a promotora Wanessa Adania. Promotora comeou: - Obrigado meritssimo. Bom dia Senhora Quartieri. - Bom dia. - Por gentileza, diga a ns qual a sua formao acadmica? - Sou advogada formada pela UERJ universidade do estado do rio de janeiro, bacharel em direito e aprovado no exame da OAB e so 28 anos de atuao. - Certo, vou-lhe fazer algumas perguntas que sero debatidas hoje. Doutora Quartieri quando informou a doutora Loriany sobre o milho de dlares de Everton Farias, o que que ela respondeu? - Ela disse algo como Parece contrrio tica. Ele era meu doente., - Ela admitiu ser contrrio tica? - Sim. - Mas concordou em ficar com o dinheiro? - Oh, sim. Absolutamente. - Obrigada doutora

40 - Por nada promotora - Defensora disse o promotor fazendo sinal com as mos de passagem livre. Bianca estava contra-interrogar. - Bom dia Dra. Quartieri, poderia nos dizer se a doutora Taylor esperava a sua visita? - No - O senhor no lhe telefonou e disse Everton Farias deixou-lhe um milho de dlares? - No. - Ento, quando lhe disse, o senhor estava na verdade cara a cara com ela? - Sim. - Em posio de ver a reao dela perante as notcias. - Sim. - E quando a informou do dinheiro, como que ela reagiu? - Bem... Ela... Parecia surpreendida, mas... - Obrigado, senhora Quartieri. tudo. - Muito bem, pode se retirar Doutora, muito obrigado. - a assessora jurdica entrega um termo de notificao para que a testemunha assine. -Prxima testemunha? diz o juiz para a promotora - Se me permitirem gostaria de chamar Leonardo Carvalho ao banco das testemunhas. disse o promotor. - Bom dia Senhor Carvalho, o senhor foi chamado para ser testemunha do caso da doutora Loriany Casagrande que est sendo acusada de ter assassinado um de seus pacientes do hospital pblico Santa Casa no dia 12 de 12 de 2010, o Senhor Everton Farias, sem dar a vtima algum tipo de defesa e por motivos torpe. O senhor assume o compromisso de falar a verdade e nada, alm disso? - Sim meritssimo. -Tem algum tipo de parentesco ou amizade com a r? - No senhor. - Com relao a vitima? -No senhor. - Alguma magoa restrio ou revolta de algum? - No senhor. - No tenho nenhuma pergunta para reformular, dada a palavra a promotora. - Bom dia Senhor Carvalho, qual a sua profisso?

41 - Bom dia. Trabalho no Time Tour. - A sua agncia reserva viagens para vrios pases, reserva hotis e presta outros servios aos vossos clientes? - Sim, senhor. - Quero que olhe para a r. J a tinha visto antes? - Ela veio nossa agncia de viagens h dois ou trs anos. - E o que queria? - Disse estar interessada numa viagem a Londres e Paris e, julgo eu, a Veneza. - Pediu informaes sobre pacotes de viagens? - Oh, no. Ela disse que queria tudo em primeira classe: avio, hotel. Julgo que estava interessada em alugar um iate. Wanessa Adania dirigiu-se mesa da acusao e ergueu alguns desdobrveis. - A polcia encontrou estas brochuras no apartamento da doutora Casagrande. Isto itinerrios de viagem a Paris, Londres e Veneza, brochuras de hotis e linhas areas dispendiosas e uma delas contm uma lista de preos de aluguel de iates privados. A promotora abriu uma das brochuras. - Aqui esto alguns dos iates listados para aluguel. - Leu em voz alta. O Christina... Vinte e seis mil dlares por semana, mais despesas de navegao... O Resolute Time, vinte e quatro mil e quinhentos dlares por semana... O Lucky Dream, vinte e sete mil e trezentos dlares por semana. - Olhou para cima. - H uma marca de verificao frente do Lucky Dream. Paige Taylor j tinha selecionado o iate de vinte e sete mil e trezentos dlares por semana. Mas ainda no tinha selecionado a vtima. - Olhou para o jri e terminou - gostaramos que marcassem isto como prova A. - Virou-se para Bianca Gleizer e sorriu. - A testemunha sua. Bianca levantou-se: -Bom dia Senhor Carvalho. O Time Tour uma grande agncia de viagens, certo? - Bom dia. bastante grande, sim. - Imagino que muita gente entra para obter informaes sobre viagens. - Claro. - Diria cinco ou seis pessoas por dia? - No! - respondeu, indignado. - Falamos com cerca de cinqenta pessoas por dia acerca de marcao de viagens.

42 - Cinqenta pessoas por dia? - Parecia impressionado. - E o dia de que estamos a falar foi h dois ou trs anos. Se multiplicar cinqenta por novecentos dias, d cerca de quarenta e cinco mil pessoas. - Creio que sim. - E, no entanto, no meio de toda essa gente, voc lembrou-se da doutora Casagrande. Como? - Bem, ela e as suas amigas estavam muito entusiasmadas com a idia de viajarem para a Europa. Pareciam garotas de escola. Lembro-me muito bem delas, em particular porque no pareciam ter condies para alugar um iate. - Entendi. Suponho que quem quer que entre e pea uma brochura v viajar? - Bem, claro que no. Mas... - Na realidade, a doutora no reservou qualquer viagem, no assim? - Bem, no. A ns, no. - Nem a mais ningum. Ela simplesmente pediu para ver algumas brochuras. - Sim. - Isso no o mesmo que ir a Paris ou a Londres, no verdade? - Bem, no, mas... - Obrigado. - Muito bem, obrigado senhor Carvalho. - a assessora jurdica entrega um termo de notificao para que a testemunha assine. - Dando continuao ao julgamento. Promotora, gostaria de chamar a testemunha? - Gostaria de chamar a doutora Ana Jssica. disse o promotor aps a testemunha se retirar. - Bom dia Senhora Jssica, a senhora foi chamada como testemunha do processo que tem como acusada a doutora Loriany Casagrande, vou fazer um pequeno resumo para depois formularmos perguntas. A senhora testemunha do seguinte caso em que a acusada Dra. Casagrande est sendo acusada de ter assassinado um de seu paciente do hospital pblico, Santa Casa, no dia 12 de 12 de, o Senhor Everton Farias, sem dar a vtima algum tipo de defesa e por motivos torpe. Em resumo apenas isto. A senhora assume o compromisso de falar a verdade e nada, alm disso? - Sim meritssimo. -Tem algum tipo de parentesco ou amizade com a r? - No senhor. - Com relao a vitima? - No Senhor,

43 - Alguma magoa restrio ou revolta de algum? - No senhor. - No tenho mais nenhuma pergunta a reformular. Dada a palavra a promotora. -Bom dia Doutora Jssica, h quanto tempo trabalha no hospital Santa Casa? - Bom dia promotora. Oito anos. - E qual a sua especialidade? - Sou cirurgi cardaca. -E desde que trabalha na Santa Casa, teve a oportunidade de trabalhar com o doutor Caio Batista? - Muitas vezes. - O que pensa dele? - O mesmo que toda a gente. Provavelmente o doutor Batista o melhor cirurgio do mundo. - Estava presente na sala na manh em que a doutora Casagrande operou um doente chamado... - fingiu consultar uma folha de papel Gabriela Rodrigues? O tom de voz da testemunha alterou-se: - Sim, estava. - capaz de descrever o que aconteceu nessa manh? - Jssica respondeu com relutncia: - Bem, as coisas comearam a correr mal. Comeamos a perder o doente. Estvamos a tentar reanim-la e o doutor Batista tinha sido chamado. -E ele entrou na sala de operaes enquanto a operao decorria? - Prximo do fim. Sim. Mas j era tarde para fazer o que quer que fosse. No conseguimos reanimar o doente. - E nessa altura, o doutor Batista disse alguma coisa doutora Casagrande? - Sim. - E o que que ele disse? - O doutor Batista disse: Mataste-o. - Tem a certeza de que foi isso que o doutor Batista disse doutora Casagrande? - Sim. - E o senhor testemunhou que o doutor Batista era um homem cuja opinio mdica tinha valor? - Oh, sim. - Obrigado. tudo, doutor. - Virou-se para Bianca Gleizer: - A testemunha sua. Bianca ergueu-se e aproximou-se do banco das testemunhas.

44 - Bom dia Doutora Jssica. Nunca assisti a uma operao, mas imagino que existe muita tenso, em especial quando se refere a algo to srio quanto uma operao ao corao. - Bom dia. Existe uma grande tenso. - Num momento como esse quantas pessoas se encontram na sala? Trs ou quatro? - No. Sempre meia dzia ou mais. - Verdade? - Sim. Normalmente esto dois cirurgies, um assistente, por vezes dois anestesistas, uma enfermeira para limpar e pelo menos uma enfermeira que circula de um para o outro lado. - Entendi. Ento, deve haver muito barulho e excitao. Pessoas a dar instrues, etc. - Sim. - Pelo que sei, prtica vulgar haver msica durante a operao. - . - Quando o doutor Batista entrou e viu que Gabriela Rodrigues estava a morrer, talvez isso tenha aumentado a confuso. - Bem, todos estavam bastante ocupados a tentar salvar o doente. - Fazia muito barulho? - Havia muito barulho, sim. - E, contudo, no meio de tanta confuso e barulho, sem esquecer a msica, o senhor conseguiu ouvir o doutor Batista dizer que a doutora Casagrande tinha morto o doente. Com tanta excitao, pode estar errado, no pode? - No, senhor. No posso estar errado. - Como que pode ter tanta certeza? A doutora Jssica suspirou: - Porque eu estava mesmo ao lado do doutor Batista quando ele o disse. - No tenho mais perguntas. Obrigado. - Muito bem Dra. Jssica, agradecemos a sua cooperao e participao neste jri tribunal. a assessora jurdica entrega um termo de notificao para que a testemunha assine. -Dando continuao as interrogaes. Promotora, gostaria de chamar outra testemunha? - No, obrigado meritssimo. - Defensora? - No, obrigado meritssimo.

45 - Ento gostaria de chamar por gentileza a r, Dra. Loriany Casagrande. Pode sentar aqui no banco das testemunhas. - Diz o juiz, a r levanta-se e senta-se no banco de testemunhas pra comear a ser interrogada. - Lembrando-lhe que voc tem o direito de no responder a qualquer pergunta feita e que no tem o compromisso com a verdade. - Ok. - Algumas testemunhas atribuem senhora a autoria do crime, como o Dr. Jalyson Canaz, por qual motivo esta pessoa esta incriminado a senhora? - Eu no sei. - Vou ler um trecho do depoimento da parte que ele a incrimina para que a senhora tente me responder. A leitura ser feita pela escriv Renata Souza e pelo acessor deste juzo Lucas Muniz. - Pergunta do juiz: voc funcionrio do hospital pblico Santa Casa? - resposta do depoente: sim sou. - pergunta do juiz: estava a trabalhar na ala 3 quando Everton Farias deu entrada no ano passado? - resposta do depoente: sim - pergunta do juiz: pode nos dizer quem era o mdico encarregado deste caso? - resposta do depoente: a Dra. Casagrande - pergunta do juiz: alguma vez ouviu qualquer conversa entre a Dra. Casagrande e Everton Farias - resposta do depoente: bem, lembro-me que no primeiro dia em que o senhor Farias deu entrada e a Doutora foi examin-lo e ele lhe disse para que ela tirasse a porcaria das mos de cima dele. - pergunta do juiz: por favor, diga para mim tudo o que viu e ouviu. - resposta do depoente: bem ele a tratava sempre por xingamentos, no queria que ela se aproximasse dele e sempre que ela entrava no quarto, dizia-lhe coisas como por que no me mandam um mdico de verdade? - pergunta do juiz: doutor Canaz, vou ler para o senhor esta certido de orbito do hospital assinada pela Dra. Casagrande. Everton Farias. Causa da morte: aparagem respiratria ocorreu como resultado de um infarto do miocrdio, originado por uma embolia pulmonar. Poderia passar em linguagem corrente para mim? - resposta do depoente: o relatrio diz que o paciente morreu de ataque cardaco - pergunta do juiz: foi essa a verdadeira causa da morte do Everton Farias?

46 - resposta do depoente: no. Foi a injeo de insulina - pergunta do juiz: e qual foi o seu ato em relao ao ocorrido - resposta do depoente: comuniquei ao Dr. Gava, administrador do hospital, que comunicou por sua vez as autoridades. Julguei ser o meu dever. Sou mdico, e no acredito ser possvel tirar a vida de outro ser humano, qualquer que seja a circunstancia. - Ento a senhora ouviu o depoimento da testemunha, o Dr.Canaz, incriminando-a. Sabe o porqu de ele atribuir senhora a autoria do crime? diz o juiz. - Porque eu queria atribuir a ele a autoria de outro crime. Quando h um tempo, no hospital pblico, ele colocou a radiografia ao contrrio e extraiu o rim so e deixou o lesado, fazendo com que o paciente tivesse que viver de dilise durante o resto da vida. Acredite-me, queria o levar para a ordem dos mdicos, mas o Dr. Gava no permitiu, dizendo-me que afetaria a publicidade e reputao do hospital e que provavelmente, teramos que enfrentar muitas prticas erradas do hospital. - Ou seja? - Vingana, pois obviamente, ele descobriu que eu havia conversado com o Dr. Gava e ficou com raiva, pois ningum no hospital o enfrentaria, como eu, uma residente, o fiz. - Minha pergunta foi respondida. Agora irei pedir mais uma vez para que meu acessor e a escriv leiam o depoimento da enfermeira Denise Almeida, que atribui a senhora como inocente neste caso. - pergunta do juiz: Voc trabalha no hospital pblico? - resposta do depoente: sim - pergunta do juiz: h quanto tempo? -resposta do depoente: cinco anos - pergunta do juiz: trabalhava na ala 3 quando Everton Farias deu entrada no hospital? - resposta do depoente: sim, inclusive era da equipe que o tratava - pergunta do juiz: Certo. Ento voc pode me dizer se j ouviu alguma conversa entre a Doutora e seu paciente? - resposta do depoente: Oh sim, com certeza. Eu era a encarregada de dar as doses de remdios em Everton Farias a noite e por vrias vezes, vi a Doutora sentada ao seu lado conversando. - pergunta do juiz: como descreveria essas conversas? - resposta do depoente: a principio, ele era rude e arisco. A tratava com xingamentos, entre outros. Mas penso que com o tempo, ele percebeu que ela se preocupava com ele e comeou

47 a respeit-la. Tratando-a de um modo amigvel, tanto que sempre a chamava para lhe fazer companhia ou para reconfort-lo quando sentia muitas dores. - pergunta do juiz: pode me dizer uma dessas conversas? - resposta do depoente: uma noite quando estava indo lhe dando sua dose de remdio, ouvi uma conversa entre a Doutora e o seu paciente, em que ele falava sobre sua famlia, principalmente sua esposa - pergunta do juiz: capaz de repetir o que ele dizia. - resposta do depoente: Ah, no tenho certeza, mas creio que estava reclamando, pois tinha um tom de voz rabugento - pergunta do juiz: voc pode descrever o tamanho das dores que ele sentia? - resposta do depoente: oh no e espero que nunca possa descrever, pois ele gritava muito. - pergunta do juiz: e o que voc fazia? - resposta do depoente: eu pensava em duplicar as doses de morfina, mas no tinha autorizao. - De acordo com depoimento da enfermeira Denise, gostaria que voc me respondesse o que Everton Farias falava sobre sua famlia? - Em uma de nossas conversas, ele me disse que sua esposa estava ficando cada vez mais gananciosa, tanto que o internou em um hospital pblico ao invs de um particular para evitar gastos. Disse-me que ela se casara com ele por dinheiro e ele at sabia disso, mas no se importava. - Obrigada Dra. Casagrande, no tenho mais perguntas a reformular. Dada a palavra a promotora. - Obrigado meritssimo. Doutora Casagrande, a senhora e Everton Farias teve uma conversa amigvel. Ele contou-lhe coisas pessoais, gostava de si e respeitava-a. Diria que isto um resumo justo, doutora? - Sim. - E por fazer isso, ele deu-lhe um milho de dlares? Loriany olhou para a sala de tribunal. Nada disse. No tinha resposta. Wanessa comeou a caminhar em direo mesa da acusao e, subitamente, tornou a virar-se para a r. - Doutora Casagrande, h pouco a senhora afirmou que desconhecia que Everton Farias iria deixar-lhe dinheiro, ou que iria retirar a famlia do testamento. - Sim, afirmei. - Quanto ganha um mdico residente na Santa Casa? - Trinta e oito mil reais por ano.

48 Wanessa replicou compreensivamente: - No muito para os dias de hoje, ou ? E desse valor so deduzidos os impostos e as despesas do dia-a-dia. No poder sobrar o suficiente para fazer uma viagem de luxo, digamos a Londres, Paris ou Veneza, no assim? - Suponho que no. - No. Ento, a senhora no planejou fazer umas frias destas, porque sabia que no conseguia pag-las. - Sim. - Conhece o doutor Caio Batista? - Sim, conheo o doutor Batista. - Com que ligao? - Eu e o doutor Batista trabalhamos muitas vezes juntos durante os ltimos dois anos. - Diria que ele um mdico competente? - mais do que competente. brilhante. - Importa-se de se explicar? - O doutor Batista um dos mais famosos cirurgies cardiovasculares do mundo. Tem uma enorme atividade privada, mas dispensa trs dias por semana Santa Casa. - Ento, a senhora tm em grande considerao os juzos emitidos pelo doutor Batista relativamente a assuntos mdicos. - Sim. - Acha que ele seria capaz de julgar a competncia de outro mdico? Ela hesitou: - Sim. - Ouviram a r dizer que tinham em grande considerao os juzos mdicos do doutor Batista. Espero que ela tenha escutado atentamente o juzo do doutor Batista sobre a sua prpria competncia... Ou a falta dela. No tenho mais perguntas, obrigada Doutora Casagrande. Defensora disse a promotora, dando sinal de caminho livre. - Doutora, Everton Farias era seu doente? - Sim, era. - E o que pensava dele? - Gostava dele. Sabia que estava muito doente, mas era bastante corajoso. Tinha sido operado a um tumor cardaco. - Foi senhora quem procedeu operao cardaca? - Sim.

49 - E que descobriu durante a operao? - Quando lhe abrimos o trax, descobrimos que sofria de melanoma, que cancro que se tinha alastrado por todo o organismo. - Isso significa que no havia esperana para ele? Nenhuma medida herica que pudesse faz-lo voltar a ser saudvel? - Nenhuma. - Everton Farias foi ligado a sistemas de suporte de vida? - Sim, foi isso. - Doutora, a senhora administrou deliberadamente uma dose fatal de insulina, a fim de acabar com a vida de Everton Farias? - Sim. - capaz de dizer ao jri porque que acabou com a vida dele? - Porque ele me pediu. Ele implorou-me. Mandou-me chamar a meio da noite, sob dores terrveis. Os medicamentos que lhe dvamos j no atuavam. - A voz soava calma: - Disse que no queria sofrer mais. A sua morte s aconteceu alguns dias mais tarde. Implorou-me para que acabasse com a sua vida. Eu assim o fiz. -Doutora, sentiu relutncia em deix-lo morrer? Qualquer sentimento de culpa? - No. Se o tivessem visto... Simplesmente no havia razo para deixar que continuasse a sofrer. - Como que administrou a insulina? - Injetei-lha nas veias. - E isso lhe causou qualquer dor suplementar? -No. Simplesmente fechou os olhos para dormir. - Doutora Casagrande, quando a senhora administrou insulina a Everton Farias, sabia que ele a tinha includo no testamento e receberia um milho de dlares? - No. Fiquei espantada quando o soube. - At essa altura, nunca tinha falado de dinheiro ou presentes ou pedido alguma coisa a Everton Farias? - Nunca! disse ela com voz indignada -Mas tinha um relacionamento amigvel com ele? - Sim. Quando um paciente est naquele estado, a relao mdico-doente muda. Falvamos de problemas relacionados com os negcios e com a famlia dele. - Mas tinha algum motivo para esperar algo dele?

50 - No. - Ele deixou-lhe esse dinheiro por ter aprendido a respeit-la e a confiar em voc. Obrigado, doutora, no tenho mais perguntas. - Algum jurado quer fazer alguma pergunta? Ento tudo bem, declaro encerrado o interrogatrio. Obrigado Dra. Casagrande, pode se sentar em seu devido lugar.

- Antes de tudo, quero agradecer ao juiz Lucas Tavares, por sua competncia para com estejri tribunal. O senhor que um homem de carter e imparcialidade, que est sempre de acordo com os ditames da lei. Sei que mais uma vez est comprometido com a verdade e que avaliar este jri da maneira correta. -Obrigado. - A Doutora Loriany Casagrande est sendo acusada de acordo com o cdigo penal, artigo 18 inciso II por homicdio doloso, quando h inteno de matar. No dia 12 de 12 de 2010, as 22 horas, no Hospital Santa Casa, local onde trabalhava, ela injetou insulina na veia de um dos seus pacientes, o senhor Everton Farias, que por pura coincidncia, no mesmo dia, havia h deixado como herdeira de um milho de dlares. Que raio se passa aqui? - perguntou. Temos trs mdicas irms que trabalhavam no mesmo hospital. Uma delas quase consegue fechar um hospital inteiro, a segunda mata um doente por um milho de dlares e a terceira assassinada! E todas so mulheres! Trs malditas irms! A comunicao social trata-as como celebridades. So vistas em todos os canais. O SBT mostrou um programa sobre elas. No Globo.com s h noticias sobre elas. At em jornais e revistas internacionais h o nome delas. No consigo pegar num jornal ou revista sem ver a fotografia ou ler artigos sobre elas. Todos falam sobre elas. No me espantava nada que o Governo pusesse a cara delas em selos de correio. Ora, por Deus, senhores jurados, o Estado ir provar, sim, provar sem a mnima dvida que a doutora Loriany Casagrande matou o seu doente, Everton Farias. E no s cometeu assassinato, mas fez por dinheiro... Muito dinheiro. Matou Everton por um milho de dlares. Acredito que depois de considerarem todas as provas, no vos ser difcil declarar a doutora Loriany culpada de assassinato em primeiro grau. Obrigado senhoras e senhores jurados. - Dada a palavra ao defensor. - Obrigado Meritssimo, eu assim como a minha companheira, a promotora Wanessa Adania, queria agradecer por sua presena neste jri tribunal, visto que todos aqui conhecem o seu trabalho, o seu carter e sabem que o senhor age com competncia, imparcialidade e dignidade. Quero agradecer os jurados por estarem aqui presentes, num caso difcil, mas

51 que vem prosseguindo conforme os ditames da justia. Senhoras e senhores, j ouviram muitos testemunhos acerca da competncia ou incompetncia da doutora Casagrande. Bom, o juiz Lucas Tavares sabe que no esse o assunto que se est a tratar neste julgamento. Tenho a certeza que, para cada mdico que no aprovou o trabalho dela, poderamos arranjar uma dzia que aprovou. Mas no se trata disso. Loriany Casagrande est a ser julgada pela morte de Everton Farias. Admitiu t-lo ajudado a morrer. Fez porque ele sofria muito e porque lhe pediu que o fizesse. Isso eutansia, cada vez mais aceita em todo o mundo. No ano passado, o Tribunal Superior de Califrnia defendeu o direito de um adulto mentalmente competente recusar ou exigir a retirada de qualquer tipo de tratamento mdico. o indivduo que tem de viver ou morrer durante o curso do tratamento escolhido ou rejeitado. - Olhou para o rosto dos jurados: - A eutansia um crime de compaixo, de misericrdia, e atrevome a dizer que acontece de uma ou outra maneira em hospitais de todo o mundo. O advogado de acusao apela pena de morte. No o deixem confundir o assunto. Nunca houve pena de morte para a eutansia. Sessenta e trs por cento dos brasileiros acreditam que a eutansia devia ser legal e, em dezoito estados deste pas, legal. A pergunta : temos o direito de obrigar doentes indefesos a viver com dores, for-los a manterem-se vivos e a sofrer? A pergunta tornou-se complicada devido aos grandes avanos ocorridos na tecnologia mdica. Entregamos a mquinas os cuidados a ter com os doentes. As mquinas no so misericordiosas. Se um cavalo partir uma pata, acabamos com o seu sofrimento dando-lhe um tiro. Com um ser humano, o condenamos a metade da vida, o que infernal. A doutora Casagrande no decidiu quando que Everton Farias deveria morrer. Everton que decidiu. No confundam o caso; o que a doutora Loriany fez foi um ato de misericrdia. Assumiu toda a responsabilidade desse ato. Mas podem ter a certeza de que ela nada sabia da herana que lhe fora deixada. O que fez, fez num esprito de compaixo.Everton Farias era um homem de corao fraco com um cancro incurvel que se espalhara por todo o corpo, causando-lhe agonia. Pergunte-se a vocs prprios. Nessas circunstncias, gostariam de continuar a viver? Obrigado. - Deu meia volta, regressou mesa e sentou-se ao lado de Casagrande. -Gostaria de dar 15 minutos de intervalo. disse o juiz Lucas Tavares - Dando continuao ao nosso tribunal. Queria deixar claro mais uma vez, que a Dra. Casagrande est sendo acusada de ter assassinado o seu paciente, Everton Farias, por motivos turpo e sem dar a vtima algum tipo de defesa. Promotora gostaria de ter uma rplica? - Sim meritssimo.

52 - Dada a palavra a promotora. Wanessa levantou-se e aproximou-se do jri: -Compaixo? Misericrdia? - Olhou para Casagrande, abanou a cabea e tornou a virar-se para o jri: - Senhoras e senhores; exero direito em tribunais h mais de vinte anos e devo dizer-lhes que, durante todos esses anos nunca, mas nunca, vi um caso to claro de assassinato deliberado a sangue-frio e s por dinheiro. A defesa falou de eutansia. Ser que a doutora Taylor fez o que fez por compaixo? No acredito. A doutora Casagrande e outros testemunharam que o senhor Farias tinha apenas mais alguns dias de vida. Porque que ela no o deixou viver esses dias? Talvez tenha sido porque a doutora Casagrande receou que a senhora Farias viesse, a saber, das alteraes ao testamento do marido, e assim acabou com o problema. uma coincidncia bastante notvel que, imediatamente aps o senhor Farias ter alterado o testamento e deixado doutora Casagrande a soma de um milho de dlares, ela lhe d uma dose excessiva de insulina para mat-lo. Uma e outra vez, a ru condenou-se a si mesma com as suas prprias palavras. Afirmou que tinha um relacionamento amigvel com Everton Farias, que ele gostava dela e a respeitava. Mas ouviu testemunhas afirmarem que ele odiava a doutora Casagrande, que a chamou de todos os xingamentos possveis e lhe disse para manter a merda das suas mos longe dele. Um advogado testemunhou que a doutora Casagrande disse, sobre o milho de dlares que lhe tinham sido deixado: pouco tico. Ele era meu doente. Disse a Doutora, mas aceitou o dinheiro. Precisava dele. Tinha em casa uma gaveta cheia de revistas de viagens... Paris, Londres, Veneza. E no se esqueam de que ela no voltou agncia de viagens depois de receber o dinheiro. Oh, no. Planejou essas viagens antes. Tudo o que precisava era de dinheiro e de uma oportunidade; e Everton Farias forneceu ambas as coisas. Um homem indefeso e moribundo a quem podia controlar. Tinha sua merc um homem que admitiu estar a sofrer muito... Isto , estar em agonia, segundo o que ela mesma admitiu. Quando se sofre assim, pode-se imaginar como difcil pensar com clareza. No sabemos como que a doutora Casagrande persuadiu Everton Farias a alterar o testamento, retirando a famlia a quem amava e tornando-a sua principal beneficiria. O que realmente sabemos que a chamou para junto de si nessa noite fatal. De que que falaram? Ter ele oferecido um milho de dlares para que ela acabasse com o seu sofrimento? uma possibilidade que temos de encarar. Em qualquer dos casos, foi um assassinato a sangue-frio. Senhoras e senhores, sabem quem foi a testemunha mais redundante de todas, durante este julgamento? - Apontou um dedo acusador a Loriany: - A prpria r! Ouviram-na testemunhar que nunca violara o sagrado juramento de Hipcrates, mas mentiu. Segundo o Dr. Victor Gava, responsvel pela administrao do Hospital Santa

53 Casa, a Doutora Loriany Casagrande fez uma transfuso de sangue em uma criana sem a autorizao dos pais e do tribunal. Obteve mais tarde a ordem do tribunal e alterou a data que l constava. Afirmou nunca ter morto qualquer paciente exceo de Everton Farias, mas ouvimos testemunhos de que o doutor Batista, um mdico respeitado por todos; a acusara de ter morto um paciente seu. Infelizmente, senhoras e senhores, Caio Batista sofreu um enfarte e no pode estar aqui hoje para testemunhar contra a r. Mas permitam que vos recorde a opinio que o doutor Batista tinha da r. Este a enfermeira Aline Leanez. - Conte algumas coisas especficas que ouviu o doutor Batista dizer doutora Casagrande. disse o promotor - Resposta: Disse que ela era incompetente... Noutra altura afirmou que no a deixaria operar o seu co. Wanessa Adania levantou a cabea: - Ou existe alguma conspirao, onde todos estes mdicos e enfermeiras de boa reputao mentem acerca da r, ou a doutora Casagrande uma mentirosa. No quero vingana mais justia. At hoje a defesa tentou vrios habeas corpus e no conseguiu libertar a r. A vida s tem um sentido, e o nico sentido que tem quando investimos a nossa vida na vida dos outros, ou quando encarnamos a vida dos outros como se ela fosse a nossa. Estou aqui para lutar pela construo continua da cidadania e da justia social. Nunca precisei aparecer, nem quero promoes. Trocaria tudo isto pelo anonimato desde que pudesse devolver Everton Farias a sua famlia. - Dada a palavra a defensora. - Senhores jurados, no estive ontem, no estou hoje e no estarei amanha com os violentos. Advoguei, advogo e advogarei sempre a lei contra eles. No conheo relaes nem convenincias que me obriguem a me alistar ao seu servio. Eu no fao uma defesa leviana, defendo de acordo com a minha convico. Defendo o que acredito. Defendo a verdade. olha para a r - Dra. Casagrande de corao, abnegada pelo direito, que um exemplo a ser seguido por cada um de ns. Uma mulher de trabalho, que tanto fez e faz, para salvar vidas. A mulher que se estivesse em um hospital neste momento, ao invs de estar presa injustamente, poderia estar salvando a sua vida. Se voc sofresse um acidente agora, ela estaria l, para te ajudar. Porm, ela est aqui. Tendo que ouvir depoimentos de pessoas invejosas, assim como neste depoimento que vou ler o Dr. Batista disse: - pergunta do defensor: Tem conhecimento de algum dos testemunhos que foram apresentados durante o ltimo ms?

54 - resposta do depoente: Tenho seguido o caso pela televiso e atravs dos jornais e ficado enojado com tudo. - pergunta do defensor: como o senhor se sente em relao s testemunhas? - resposta do depoente: Acredito que a promotoria utilizou o testemunho de muitas pessoas tendenciosas e invejosas para atacar uma cirurgi brilhante. - pergunta do defensor: No verdade que criticou as capacidades da doutora Casagrande de tal forma que a deixou pronta para deixar o Hospital? - resposta do depoente: Sim. - pergunta do defensor: Bem, ento como pode afirmar que Loriany Casagrande uma mdica brilhante? - resposta do depoente: Algumas pessoas nascem para serem mdicas. A Dra uma dessas raridades. Desde o incio que percebi como ela era capaz. Dificultei-lhe a vida, talvez de mais, porque ela era boa. Fui duro com ela porque quis que fosse mais dura consigo mesma. Quis que fosse perfeita porque, na nossa profisso, no existe espao para erros. Nenhum. Nunca permitiria que ela deixasse o hospital. -pergunta do defensor: Doutor Batista... Foi testemunhado que o senhor acusou a doutora Casagrande de ter morto a sua doente Gabriela Rodrigues. Como...? - resposta do depoente: Disse-lhe isso porque ela era a cirurgi encarregada. Era a sua grande responsabilidade. Na realidade, o anestesista que causou a morte de Gabriela. E quanto ao fato de Everton Farias lhe ter deixado dinheiro, a doutora Casagrande nada sabia disso. Eu prprio falei com o senhor Farias. Disse-me que iria deixar essa quantia doutora porque odiava a famlia e tambm me disse que iria pedir-lhe que o libertasse da sua agonia. Eu concordei. - Se vocs jurados acusarem a r, vo dizer que a verdade uma histria mirabolante. Os olhos do Brasil inteiro esto voltados para esta sala e para a deciso de vocs, jurados. Espero que vocs tenham conscincia de dever comprido ao julgar da maneira certa uma cardio cirurgi brilhante. A inocentando. Meritssima, de acordo com tudo o que foi dito encerro a minha trplica. Obrigado disse o defensor O juiz Tavares olhou para os dois advogados: -A Dra. Loriany Casagrande foi pronunciada pelo artigo 12110, pargrafo 2, inciso I segundo o cdigo penal que no dia 12/12/2010 no perodo noturno no Hospital Santa Casa, localizado na Rua Eduardo Santos Pereira, sem a ajuda de terceiras pessoas, injetou na veia de seu paciente uma dose fatal de morfina. Instalada a sesso plenria do julgamento houve a

55 inquisio de duas testemunhas primordiais, da acusao sendo a Dra. Ana Jssica cirurgi cardaca e a Dra. Isabela Quartieri que renunciou a Dra. Casagrande, no houve leitura das peas sendo orais. A promotora Wanessa Adania, durante suas falas mostrou o depoimento da enfermeira Aline Leanez e no final querendo a condenao da acusada pelos crimes, por sua vez a defensora Bianca Gleizer sustentou a idia de o crime ser eutansia. Senhores jurados, iremos para a sala secreta a fim de comear a votao que decidira o destino da r. Todos saem da sala fazem a votao e depois de alguns minutos voltam. - Peo que todos se levantem para que assim ouam o resultado. Dada a palavra para a escriv deste jri tribunal, Renata Souza. -Em resumo o conselho de sentena a absolveu. A circunstncia especial que agrava a absolvio, paciente pedir pela morte entre dores terrveis e por isso absolveu a Dra. Loriany Casagrande desta com pena bsica para dois anos e dez meses de cesta bsica, reduzindo dois meses adotando como critrio por falar a verdade na delegacia, todavia por dois anos e oito meses de cesta bsica. Sentena publicada em plenrio. A segunda vara do tribunal do jri de campo grande, dia 13/01/2011, Lucas Tavares, Juiz Presidente do tribunal do jri. disse a escriv e ento o juiz Lucas Tavares prosseguiu. -Parabenizando a promotora Wanessa Adania, a tenho a vossa excelncia como uma grande profissional, e esta vara precisa sim de uma promotora lutadora que encara corpo e alma na defesa das vitimas e da sociedade. Eu admiro o trabalho da vossa excelncia, e hoje uma prova disso e exaltao do trabalho estar aqui tambm parabenizando a defesa da doutora Bianca Gleizer, uma defesa difcil e complicada, e vossa excelncia teve uma grande exaltao no seu trabalho. Tal o grau de sua capacidade, e a gente j conhece o trabalho de vossa excelncia. Estou aqui na vara do jri tribunal muitos anos, pelos trabalhos e bons resultados. Todavia esta causa realmente difcil, mas a senhora esta de parabns pela vitoria, pela qualidade de trabalho prestado. A senhora esta de parabns pelo nvel de seu profissional, sendo de vossa excelncia. Tambm agradeo os jurados, dois motivos, pela resposta dados a sociedade e tambm por neste ultimo dia de julgamento. Trabalhando de graa para a sociedade, obrigado por sua presena. Declaro encerrado este caso. A r est livre.