JURISPRUDÊNCIA DO STF 2010 DECISÕES E RESPECTIVOS RESUMOS

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    PROFESSOR EDVALDO NILO1 LFG TODOS OSJULGAMENTOS IMPORTANTES DE 2010 NO SUPREMO

    TRIBUNAL FEDERAL (STF) E RESPECTIVOS RESUMOS PARAFINS DE CONCURSOS PBLICOS

    RESUMO: H IMUNIDADE RECPROCA DE IMPOSTOS ESTADUAIS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, A QUAL O ENTE PBLICO SEJACONTROLADOR MAJORITRIO DO CAPITAL DA SOCIEDADE DEECONOMIA MISTA E QUE A ATIVIDADE DESTA CORRESPONDA PRPRIA ATUAO DO ESTADO NA PRESTAO DE SERVIOS DESADE POPULAO.

    Imunidade tributria recproca: sociedade de economia mistae servios de sade - 4Em concluso, o Plenrio, por maioria, proveu recurso extraordinriopara assentar a incidncia da imunidade recproca (CF, art. 150, VI,a) de impostos estaduais sociedade de economia mista recorrente,a qual atua na rea de prestao de servios de sade - v.Informativo 597. Inicialmente, ao salientar o que disposto no art. 197

    1 Contato direto com o professor para soluo de eventuais dvidas e acompanhartodas as atualizaes: www.facebook.com/edvaldonilo . Professor especialistaem concursos pblicos. Aprovado nos seguintes concursos e selees pblicas:Procurador do Distrito Federal (ESAF), Procurador do Municpio de Recife (FCC),Ministrio Pblico de Contas do Mato Grosso (FMP/RS), Procurador do Municpio deBelo Horizonte (FUNDEP/UFMG), Tcnico de Nvel Superior do Ministrio da Sade(CESPE/UNB), Tcnico de Nvel Superior do Ministrio das Comunicaes(CESPE/UNB), Tcnico de Nvel Superior do Ministrio do Turismo (ESAF), Professorde tica Geral e Profissional da Faculdade de Direito da Universidade Federal daBahia (UFBA), Professor de Direito Tributrio do Centro Universitrio da Bahia(CUB/FIB), Mestrado em Direito Constitucional do Instituto Brasiliense de DireitoPblico (IDP) e Doutorado em Direito da Universidade de Braslia (UNB).Vencedordos seguintes prmios jurdicos: Prmio Luiz Tarqunio da Fundao Orlando Gomesno ano de 2002; Prmio Ministro Carlos Coqueijo Costa da AMATRA (Associao deMagistrados Trabalhistas), EMATRA (Escola de Magistrados Trabalhistas) e ABAT(Associao Bahiana dos Advogados Trabalhistas) no ano de 2003 e Prmio LusEduardo Magalhes da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia no ano de 2004.Doutorando em Direito Constitucional, Mestre em Direito Constitucional pelo IDP(sob a orientao do Ministro Gilmar Mendes), Procurador do Distrito Federal, Ps-Graduado em Direito Tributrio pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributrios(IBET), Ps-Graduado em Direito Tributrio pela Universidade Federal da Bahia(UFBA), Ps-Graduado em Planejamento Tributrio pela Faculdade de TecnologiaEmpresarial.

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    da CF, consignou-se que o servio pblico em questo estariafranqueado iniciativa privada sob a forma de assistncia sade,no constituindo atividade econmica. Portanto, a iniciativa privadaseria convocada para subsidiar o Poder Pblico, para se emparceirarcom ele, na prestao de servio pblico que, ao mesmo tempo, seriadireito fundamental e, pela tica do art. 196 da CF, direito de todos edever do Estado. Realou-se a heterodoxia do caso, porquanto, desdea dcada de 70, o Estado, por desapropriao, seria detentor docontrole dessa empresa , assenhoreando-se da atividade,prestando-a ininterruptamente, e controlando 99,99% das aes.Enfatizou-se que o hospital recorrente atenderia exclusivamente peloSistema nico de Sade - SUS e que suas receitas seriamprovenientes de repasses pblicos federais e municipais. Considerou-se, ademais, que o servio de sade por ele prestado teria carter deservio pblico, no configurando um negcio privado. Reiterou-seque a Unio teria expropriado praticamente a totalidade do capitalsocial e, com isso, incorporado de fato o hospital ao seu patrimnio

    jurdico, conservando, por motivos desconhecidos, 0,01% do capitalsocial em nome de conselheiros antigos. Dessa forma, teria mantidoa aparncia de uma sociedade annima que se submeteria, de regra,ao regime jurdico de empresa privada. Afirmou-se que isso,entretanto, no seria suficiente, pois se trataria, na verdade, de umaentidade pblica por ser pblica praticamente a totalidade do capitalsocial, pblica sua finalidade e pblica, no sentido de potencialidade

    de exerccio de poder, a direo do hospital, haja vista que a Uniopoderia decidir o que quisesse, porque 0,01% no significaria nadaem termos de votao. Por fim, registrou-se que o pronunciamentoda questo posta em sede de repercusso geral somente aproveitarhipteses idnticas, em que o ente pblico seja controladormajoritrio do capital da sociedade de economia mista e que aatividade desta corresponda prpria atuao do Estado naprestao de servios populao. Vencidos os Ministros JoaquimBarbosa, relator, Crmen Lcia, Ricardo Lewandowski e Marco Aurlioque desproviam o recurso. RE 580264/RS, rel. orig. Min. Joaquim

    Barbosa, red. p/ o acrdo Min. Ayres Britto, 16.12.2010. (RE-580264) (Informativo 613, Plenrio, Repercusso Geral)

    RESUMO: O 1 DO ART. 145 DO TEXTO CONSTITUCIONALHOMENAGEIA A INDIVIDUALIZAO, DETERMINANDO QUE SEATENTA CAPACIDADE ECONMICA DO CONTRIBUINTE, A QUAL HDE SER AFERIDA SOB OS MAIS DIVERSOS NGULOS, INCLUSIVE OVALOR, EM SI, DO IMVEL. LOGO, ATUALMENTE H UM MODELO DEPROGRESSIVIDADE QUE NO MAIS SE QUALIFICA COMO A SIMPLES

    PROGRESSIVIDADE-SANO, MAS TAMBM COM O INSTITUTO DA

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    PROGRESSIVIDADE COMO MEDIDA DE ISONOMIA E DE JUSTIAFISCAL.

    Impostos IPTU: Progressividade e EC 29/2000 - 2Em concluso, o Plenrio proveu recurso extraordinrio interpostopelo Municpio de So Paulo e reconheceu a constitucionalidade da EC29/2000 e da Lei municipal 6.989/66, na redao dada pela Leimunicipal 13.250/2001, que estabeleceu alquotas progressivas parao IPTU tendo em conta o valor venal e a destinao do imvel. Orecurso impugnava acrdo o qual provera apelao em mandado desegurana e declarara a inconstitucionalidade da referida Leimunicipal 13.250/2001 por vislumbrar ofensa aos princpios daisonomia e da capacidade contributiva, e ao art. 60, 4, IV, da CF -v. Informativo 433. Aps mencionar os diversos enfoques dados pelaCorte em relao progressividade do IPTU, em perodo anterior EC 29/2000, concluiu-se, ante a interpretao sistemtica daConstituio Federal, com o cotejo do 1 do seu art. 156 com o 1 do seu art. 145, que essa emenda teria repelido as premissas quelevaram a Corte a ter como imprpria a progressividade do IPTU.Enfatizou-se que a EC 29/2000 veio apenas aclarar o real significadodo que disposto anteriormente sobre a graduao dos tributos, notendo abolido nenhum direito ou garantia individual, visto que aredao original da CF j versava a progressividade dos impostos e aconsiderao da capacidade econmica do contribuinte, no se

    tratando, assim, de inovao apta a afastar algo que pudesse ser tidocomo integrado a patrimnio. IPTU: Progressividade e EC 29/2000 - 3 Ressaltou-se que o 1do art. 145 possuiria cunho social da maior valia, tendo comoobjetivo nico, sem limitao do alcance do que nele estaria contido,o estabelecimento de uma gradao que promovesse justiatributria, onerando os que tivessem maior capacidade parapagamento do imposto. Asseverou-se, no ponto, que o textoconstitucional homenagearia a individualizao, determinando que seatentasse capacidade econmica do contribuinte, a qual haveria de

    ser aferida sob os mais diversos ngulos, inclusive o valor, em si, doimvel. Observou-se ser necessrio emprestar aos vocbulos danorma constitucional o sentido prprio, no se podendo confundir areferncia capacidade econmica com a capacidade financeira,cedendo a tradicional dicotomia entre tributo pessoal e real ao textoda Carta da Repblica. Frisou-se que essa premissa nortearia asoluo de conflitos de interesse ligados disciplina daprogressividade, buscando-se, com isso, alcanar o objetivo daRepblica, a existncia de uma sociedade livre, justa e solidria.Aduziu-se que a lei impugnada, por sua vez, teria sido editada em

    face da competncia do Municpio e com base no 1 do art. 156 daCF, na redao dada pela EC 29/2000, concretizando, portanto, a

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    previso constitucional. Salientou-se que o texto primitivo dessedispositivo no se referia ao valor do imvel e localizao e ao usorespectivos, mas previa a progressividade como meio de se asseguraro cumprimento da funo social da propriedade.

    IPTU: Progressividade e EC 29/2000 - 4 Nesta assentada, o Min.Celso de Mello registrou haver atualmente um modelo deprogressividade que no mais se qualificaria como a simplesprogressividade-sano em virtude exatamente da especficavinculao do instituto da progressividade tributria, em tema de IPI,ao cumprimento da funo social da propriedade urbana,notadamente quando analisada em face das exigncias pblicas deadequada ordenao do solo urbano. Reputou que a pretenso deinconstitucionalidade, no presente caso, seria afastada precisamentepelo contedo inequvoco do prprio discurso normativo que seencerraria no texto da EC 29/2000, portanto, no mais apenas aprogressividade-sano, mas tambm, agora, o instituto daprogressividade como medida de isonomia, como medida de justiafiscal. Concluiu que, em face da EC 29/2000, o contedo de que semostraria impregnada a Smula 668 do STF poderia ser entosuperada, tendo em vista o fato de que se mostraria plenamentelegtimo e possvel ao Municpio adequar o seu modelo pertinente aoIPTU clausula da progressividade, tal como prevista no 1 do art.156 da CF. Alguns precedentes citados: RE 153771/MG (DJU de27.11.96); RE 234105/SP (DJU de 31.3.2000). RE 423768/SP, rel.

    Min. Marco Aurlio, 1.12.2010. (RE-423768) (Informativo 611,Plenrio)

    RESUMO: SEGUNDO O PRIMITIVO ART. 155, 3, DA CF/88,ANTERIOR ALTERAO DECORRENTE DA EC 31/2001, EXCEODO ICMS, II E IE, NENHUM OUTRO TRIBUTO PODERIA INCIDIRSOBRE OPERAES RELATIVAS A ENERGIA ELTRICA, SERVIOS DETELECOMUNICAES, DERIVADOS DE PETRLEO, COMBUSTVEIS EMINERAIS DO PAS, INCLUSIVE A TAXA DE LICENA E VERIFICAO

    FISCAL.Imunidade Tributria Art. 155, 3, da CF/88: imunidade etaxaAnte a vedao prevista no texto primitivo do art. 155, 3, daCF/88, anterior alterao decorrente da EC 31/2001, a 1 Turmadesproveu recurso extraordinrio interposto contra acrdo em queassentada a ilegalidade da cobrana pela Municipalidade de Taxa deLicena e Verificao Fiscal. Reputou-se descaber afastar daimunidade a mencionada taxa alusiva fixao de postes ao solo

    para a sustentao de rede eltrica. Concluiu-se que, na redaoprimitiva da CF/88, a imunidade seria linear. RE 391623/MA, rel.

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    Min. Marco Aurlio, 2.12.2010. (RE-391623) (Informativo 611,1 Turma)

    RESUMO: NO POSSVEL ACRESCENTAR EXEMPLOS LEI DEINCENTIVO FISCAL, COM BASE NO PRINCPIO DA ISONOMIA. ISTO, EM HOMENAGEM AO PRINCPIO DA SEPARAO DE PODERES,NO SE PODE APLICAR O PRINCPIO DA ISONOMIA A UMASITUAO DE FATO NO ABRANGIDA PELA NORMA.

    Princpios Constitucionais TributriosLei 10.182/2001: extenso de incentivo fiscal e mercado dereposio - 3Em concluso, o Plenrio, por maioria, deu provimento a recursoextraordinrio interposto contra acrdo do TRF da 4 Regio que,com base no princpio da isonomia, estendera a empresa quetrabalha com mercado de reposio de pneumticos os efeitos doinciso X do 1 do art. 5 da Lei 10.182/2001 ( Art. 5 Fica reduzidoem quarenta por cento o imposto de importao incidente naimportao de partes, peas, componentes, conjuntos esubconjuntos, acabados e semi-acabados, e pneumticos. 1 Odisposto no caput aplica-se exclusivamente s importaesdestinadas aos processos produtivos das empresas montadores e dosfabricantes de: ... X - auto-peas, componentes, conjuntos e

    subconjuntos necessrios produo dos veculos listados nos incisosI a IX, includos os destinados ao mercado de reposio. ) - v.Informativos 371 e 484. Entendeu-se que o incentivo fiscal conferidopela citada lei no alcanaria a importao de pneumticos parareposio, seja para montadoras, seja para fabricantes de veculos,mas, apenas, aquela destinada aos processos produtivos. O Min.Joaquim Barbosa, relator, considerou que a manuteno do acrdoimpugnado, isto , da deciso que concedera o benefcio fiscal recorrida, estaria em confronto com a jurisprudncia do Supremosegundo a qual no seria possvel acrescentar exemplos lei, com

    base no princpio da isonomia, e que, portanto, referido arestoincorreria em ofensa ao princpio da separao de poderes. OsMinistros Cezar Peluso, Dias Toffoli e Crmen Lcia deram provimentoao recurso, mas pelo fundamento de que o acrdo recorrido teriaviolado o art. 150, II, da CF, ao aplicar a regra da isonomia a umasituao factual que no comportaria incidncia. Vencidos osMinistros Marco Aurlio, Ayres Britto, Gilmar Mendes e RicardoLewandowski que negavam provimento ao recurso. RE 405579/PR,rel. Min. Joaquim Barbosa, 1.12.2010. (RE-405579) (Informativo 611, Plenrio)

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    RESUMO: AS CONTRIBUIES DE SEGURIDADE SOCIAL, PORTEREM NATUREZA TRIBUTRIA, SUBMETEM-SE S NORMAS GERAISDE DIREITO TRIBUTRIO, AS QUAIS RESERVADAS, PELO ART. 146,III, B, DA CF, LEI COMPLEMENTAR, INCLUSIVE NO QUE SE REFEREA RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA.

    Responsabilidade Tributria Responsabilidade de scioscotistas por dbitos contrados junto Seguridade Social - 1 inconstitucional o art. 13 da Lei 8.620/93, na parte em queestabeleceu que os scios das empresas por cotas deresponsabilidade limitada respondem solidariamente, com seus benspessoais, pelos dbitos junto Seguridade Social. Essa a conclusodo Plenrio ao manter acrdo que declarara inconstitucional oreferido dispositivo por ofensa ao art. 146, III, b, da CF.Preliminarmente, ressaltou-se que a revogao do citado preceitopela Medida Provisria 449/2008, convertida na Lei 11.941/2009, noimpediria o julgamento, em razo de no se estar no mbito docontrole direto de constitucionalidade, mas do controle difuso.Acrescentou-se o fato de o dispositivo impugnado ter vigorado porquase 16 anos e a existncia de milhares de feitos aguardando opronunciamento definitivo do Supremo sobre a matria. No mrito,salientou-se, de incio, inexistir dvida quanto submisso dascontribuies de seguridade social, por terem natureza tributria, snormas gerais de direito tributrio, as quais reservadas, pelo art.

    146, III, b, da CF, lei complementar. RE 562276/PR, rel. Min.Ellen Gracie, 3.11.2010. (RE-562276) (Informativo 607, Plenrio,Repercusso Geral)

    RESUMO: O CONTRIBUINTE DO IPI NO TEM O DIREITO DECREDITAR-SE DO VALOR DO TRIBUTO INCIDENTE SOBRE INSUMOSADQUIRIDOS SOB O REGIME DE ISENO, NO TRIBUTADOS OUSUJEITOS ALQUOTA ZERO, UMA VEZ QUE O DIREITO AO CRDITOPRESSUPE RECOLHIMENTO ANTERIOR DO TRIBUTO.

    IPI e Creditamento: Insumos Isentos, No Tributados ouSujeitos Alquota Zero - 4Em concluso de julgamento, o Tribunal desproveu recursoextraordinrio interposto contra acrdo do TRF da 4 Regio quenegara a contribuinte do IPI o direito de creditar-se do valor dotributo incidente sobre insumos adquiridos sob regime de iseno,no tributados ou sujeitos alquota zero. Sustentava-se ofensa aoprincpio da no-cumulatividade (CF, art. 153, 3, II) - v.Informativos 554 e 591. Inicialmente, consignou-se que o STF, ao

    apreciar os recursos extraordinrios 353657/PR (DJE de 6.3.2008) e370682/SC (DJE de 19.12.2007), referentes aquisio de insumos

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    no tributados ou sujeitos alquota zero, aprovara o entendimentode que o direito ao crdito pressupe recolhimento anterior dotributo, cobrana implementada pelo Fisco. Enfatizou-se que talraciocnio seria prprio tanto no caso de insumo sujeito alquotazero ou no tributado quanto no de insumo isento, tema noexaminado nos precedentes citados. Contudo, julgou-se inexistir dadoespecfico a conduzir ao tratamento diferenciado. No tocante definio tcnica-constitucional do princpio da no-cumulatividade,afirmou-se que esse princpio seria observado compensando-se o quedevido em cada operao com o montante cobrado nas anteriores,ante o que no se poderia cogitar de direito a crdito quando oinsumo entra na indstria considerada a alquota zero.

    IPI e Creditamento: Insumos Isentos, No Tributados ouSujeitos Alquota Zero - 5Relativamente questo alusiva ao valor do crdito e do impostofinal, asseverou-se que a pretenso da recorrente colocaria em planosecundrio a sistemtica pertinente ao IPI, no que voltada a evitar acumulatividade, o tributo seqencial. Ressaltando a seletividade doIPI, exps-se que, uma vez adquirido o insumo mediante incidnciado tributo com certa alquota, o creditamento far-se-ia diante do querealmente recolhido, gerando a sada final do produto novo clculo e,ento, como j ocorrido o creditamento quanto ao que recolhido naaquisio do insumo, a incidncia da alquota dar-se-ia sobre o preo(valor total). Mencionou-se que no se comunicariam as operaes a

    serem realizadas, deixando-se de individualizar insumos e produtos,pois, se assim no fosse, instalar-se-ia um pandemnio escritural.Assinalou-se que o sistema consagrador do princpio da no-cumulatividade, presente quer o IPI quer o ICMS, implica crdito edbito em conta nica e que o argumento desenvolvido a respeito doque se denomina crdito do IPI presumido, considerada a entrada deinsumo, resultaria em subverso do sistema nacional de cobrana dotributo, partindo-se para a adoo do critrio referente ao valoragregado. Dessa forma, reputou-se que isso potencializaria aseletividade, a qual geraria vantagem, margem de previso, para o

    contribuinte, que passaria a contar com um crdito inicial, presente aentrada do insumo tributado, e, posteriormente, haveria a apuraodo que agregado para se estipular valor que no seria o do produtofinal. Considerou-se que esse raciocnio revelaria desprezo pelosistema ptrio de cobrana do tributo, assim como discreparia dasbalizas prprias preservao dos princpios da no-cumulatividade,que direcionam, no concernente ao produto final, aplicao daalquota levando-se em conta o valor respectivo, porquanto jescriturado o crdito decorrente da satisfao do tributo com relaoao insumo. Concluiu-se que, em ltima anlise, ante o critrio

    seletivo, com o tributo final menor, passar-se-ia a ter jus a umasegunda diferena relativa ao que recolhido a maior anteriormente e

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    j objeto do creditamento. Por fim, deu-se por prejudicada adiscusso referente prescrio, dado que esta somente teriautilidade se o recurso viesse a ser provido, o mesmo ocorrendo com aatualizao monetria. Vencido o Min. Cezar Peluso, Presidente, queprovia o recurso. RE 566819/RS, rel. Min. Marco Aurlio,29.9.2010. (RE-566819) (Informativo 602, Plenrio)

    RESUMO: INCIDE A SMULA VINCULANTE 31 NAS OPERAES DELOCAO DE BENS MVEIS, FILMES CINEMATOGRFICOS,VIDEOTEIPES, CARTUCHOS PARAVIDEO GAMESE ASSEMELHADOS.

    Impostos ISS e Operaes de Locao de Bens MveisAo aplicar a Smula Vinculante 31 ( inconstitucional a incidncia doImposto sobre Servios de Qualquer Natureza - ISS sobre operaesde locao de bem mveis. ), o Tribunal desproveu recursoextraordinrio interposto contra acrdo de tribunal estadual quereputara descabida a incidncia de ISS sobre operaes de locao debens mveis, filmes cinematogrficos, videoteipes, cartuchos paravideo games e assemelhados. A municipalidade sustentava que aConstituio, em seu art. 156, II, utilizara a expresso " servios dequalquer natureza" para ampliar o conceito jurdico de servios, deforma a incluir operaes de locao de bens mveis. Asseverou-seque o acrdo recorrido estaria em consonncia com a orientao

    desta Corte. Salientou-se, ainda, que a situao em apreo notrataria de prestao de servio ou operao mista (que envolvetanto a prestao de servio quanto a locao). RE 626706/SP, rel.Min. Gilmar Mendes, 8.9.2010. (RE-626706) (Informativo 599,Plenrio, Repercusso Geral)

    RESUMO: A IMUNIDADE RECPROCA SE APLICA AS SOCIEDADES DEECONOMIA MISTA PRESTADORAS DE SERVIOS PBLICOS, DESDEQUE: (I) SE APLIQUE APENAS PROPRIEDADE, BENS E SERVIOS

    UTILIZADOS NA SATISFAO DOS OBJETIVOS INSTITUCIONAISIMANENTES DO ENTE FEDERADO; (II) NO ALCANCE AS ATIVIDADESDE EXPLORAO ECONMICA, DESTINADAS PRIMORDIALMENTE AAUMENTAR O PATRIMNIO DO ESTADO OU DE PARTICULARES; (III)NO TENHA COMO EFEITO COLATERAL O DESRESPEITO AOSPRINCPIOS DA LIVRE CONCORRNCIA E DO EXERCCIO DEATIVIDADE PROFISSIONAL OU ECONMICA LCITA.

    CODESP e Imunidade - 3Em concluso, o Tribunal, por maioria, deu parcial provimento a

    recurso extraordinrio interposto pela Companhia Docas do Estado deSo Paulo - CODESP contra acrdo do extinto Tribunal de Alada

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    Civil do referido Estado que entendera serem devidos, pelarecorrente, o IPTU e as taxas de conservao e limpeza de logradouropblico, remoo de lixo e iluminao pblica sobre imveis quecompem o acervo do Porto de Santos ? v. Informativos 405 e 441.Inicialmente, no se conheceu do recurso relativamente aos artigos21, XII, f e 22, X, da CF, por falta de prequestionamento, nem notocante s taxas, haja vista no se ter apontado o dispositivoconstitucional que teria sido inobservado pelo Tribunal a quo , no queestabelecida a legalidade da exigncia do tributo desde que osservios sejam postos disposio do contribuinte, ainda que noutilizados. No mrito, prevaleceu o voto do Min. Joaquim Barbosa quereputou necessria, para a aplicabilidade da imunidade recproca CODESP, a superao dos seguintes estgios: 1) a imunidade seriasubjetiva, ou seja, se aplicaria propriedade, bens e serviosutilizados na satisfao dos objetivos institucionais imanentes do entefederado, cuja tributao poderia colocar em risco a respectivaautonomia poltica. Em conseqncia, seria incorreto ler a clusula deimunizao de modo a reduzi-la a mero instrumento destinado a darao ente federado condies de contratar em circunstncias maisvantajosas, independentemente do contexto; 2) atividades deexplorao econmica, destinadas primordialmente a aumentar opatrimnio do Estado ou de particulares, deveriam ser submetidas tributao, por apresentarem-se como manifestaes de riqueza edeixarem a salvo a autonomia poltica; 3) a desonerao no deveria

    ter como efeito colateral relevante a quebra dos princpios da livreconcorrncia e do exerccio de atividade profissional ou econmicalcita.CODESP e Imunidade - 4 O Min. Joaquim Barbosa constatou que arecorrente passaria nesses estgios e que o acrdo recorrido teria seequivocado quanto caracterizao da atividade desempenhada porela. No ponto, citou uma srie de precedentes da Corte no sentido deque a explorao dos portos martimos, fluviais e lacustrescaracteriza-se como servio pblico. Considerou, em seguida, queconfirmariam a leso livre iniciativa, livre concorrncia e ao dever

    fundamental de pagar tributos trs quadros hipotticos. Disse que, sea participao privada no quadro societrio da CODESP fosserelevante, o intuito lucrativo sobrepor-se-ia explorao porturiacomo instrumentalidade do Estado, o que no seria o caso dos autos,

    j que a Unio deteria 99,97% das aes da empresa. Destarte,mantida a relevncia da instrumentalidade estatal, no sevislumbraria violao do dever fundamental de pagar tributos e decusteio dos demais entes federados. Aduziu que, por outro lado, osautos no indicariam que a CODESP operaria com intuito primordialde auferir vantagem econmica para simples aumento patrimonial da

    Unio. Destacou que, se a CODESP operasse em mercado de livreacesso, o reconhecimento da imunidade violaria os postulados da

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    livre concorrncia e da livre iniciativa, mas que isso tambm no sedaria na espcie, haja vista inexistir indicao de que a CODESPtivesse concorrentes em sua rea de atuao especfica. Reputou,ainda, importante examinar se a propriedade imvel em questoseria utilizada diretamente pela entidade imune em sua atividade-fim,ou se seria cedida a entidade privada que se destinaria a explor-lacom intuito lucrativo. Observou que a recorrente seria umainstrumentalidade da Unio, isto , entidade derivada, criada com afinalidade de executar um mister que a Constituio atribuiu Unio.Por fim, asseverou caber autoridade fiscal indicar com preciso se adestinao concreta dada ao imvel atenderia, ou no, ao interessepblico primrio ou gerao de receita de interesse particular ouprivado. Assim, reconheceu a imunidade do imvel pertencente Unio, mas afetado CODESP, utilizado em suas atividades-fim.Vencidos os Ministros Marco Aurlio, Ricardo Lewandowski e CezarPeluso, Presidente, que desproviam o recurso. Precedentes citados:RE 172816/RJ (DJU de 13.5.94); RE 356711/PR (DJU de 7.4.2006);RE 253394/SP (DJU de 11.4.2003); RE 265749/SP (DJU de12.9.2003). RE 253472/SP, rel. orig. Min. Marco Aurlio, red.p/ o acrdo Min. Joaquim Barbosa, 25.8.2010. (RE-253472)(Informativo 597, Plenrio)

    RESUMO: A CSLL E A CPMF NO SO ALCANADAS PELA

    IMUNIDADE SOBRE AS RECEITAS DECORRENTES DE EXPORTAOPREVISTA NO INCISO I DO 2 DO ART. 149 DA CF, INCLUDO PELAEC 33/2001.

    Imunidade TributriaBase de Clculo da CSLL e da CPMF: Receitas Oriundas dasOperaes de Exportao - 5A Contribuio Social sobre o Lucro Lquido - CSLL e a ContribuioProvisria sobre Movimentao Financeira - CPMF no so alcanadaspela imunidade sobre as receitas decorrentes de exportao prevista

    no inciso I do 2 do art. 149 da CF, includo pela EC 33/2001 ( Art.149. ... 2. As contribuies sociais e de interveno no domnioeconmico de que trata o caput deste artigo... I - no incidiro sobreas receitas decorrentes de exportao; ). Com base nessa orientao,o Tribunal, por maioria, desproveu o RE 564413/SC, em que sealegava que a referida imunidade abarcaria a CSLL - v. Informativos531 e 594. No ponto, prevaleceu o voto do Min. Marco Aurlio,relator. Ele asseverou que, se ficasse entendido que o vocbuloreceita, tal com previsto no inciso I do 2 do art. 149 da CF,englobaria o lucro, acabar-se-ia aditando norma a encerrar benefcio

    para o contribuinte considerada certa etapa, alm de deixar capengao sistema constitucional, no que passaria a albergar a distino entre

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    receita e lucro, em face da incidncia da contribuio social para aspessoas jurdicas em geral (CF, art. 195) e, de forma incongruente, aaluso explcita receita a ponto de alcanar, tambm, o lucroquanto a certo segmento de contribuintes ? os exportadores.Ressaltou que a EC 33/2001 fora editada luz do texto primitivo daCarta Federal, no se podendo, em interpretao ampliativa, a elaconferir alcance que com este se mostrasse em conflito. Afirmou queo princpio do terceiro excludo, bem como o sistema constitucionalat aqui proclamado pelo Tribunal afastariam a viso de se assentarque, estando o principal - a receita - imune incidncia dacontribuio, tambm o estaria o acessrio - o lucro. Concluiu que olegislador poderia ter estendido ainda mais a imunidade, mas,mediante opo poltico-legislativa constitucional, no o fez, nocabendo ao Judicirio esta tarefa. Vencidos os Ministros GilmarMendes, Crmen Lcia, Eros Grau, Celso de Mello e Cezar Peluso(Presidente), que proviam o recurso.Base de Clculo da CSLL e da CPMF: Receitas Oriundas dasOperaes de Exportao - 6 De igual modo, por maioria, oTribunal tambm desproveu o RE 474132/SC, no qual se pleiteava oreconhecimento da imunidade relativamente CSLL e CPMF. Notocante CSLL, ficaram vencidos os Ministros Gilmar Mendes, relator,Crmen Lcia, Eros Grau, Celso de Mello e Cezar Peluso (Presidente).Quanto CPMF, prevaleceu o voto do Min. Gilmar Mendes, relator, nosentido de no enquadr-la na hiptese de imunidade em questo,

    visto que ela no se vincularia diretamente operao deexportao, mas a operaes posteriormente realizadas, nos termosdo art. 2 da Lei 9.311/96. Observou que a exportao, tomadaisoladamente, no constituiria fato gerador para a cobrana da CPMF,conforme disposto na aludida lei. Acrescentou que, se fosse o caso dehaver imunidade, ela seria garantida ao exportador apenas naoperao de entrada do numerrio no pas, e, aps esse primeiromomento, haveria a incidncia da CPMF, pois a imunidade nomarcaria o resultado da operao indeterminadamente. Assim, umavez configurada a entrada no pas da receita provinda da exportao,

    igualar-se-iam esses valores a qualquer outro existente no territrionacional, de modo a submeter-se s regras pertinentes, inclusive incidncia da CPMF. Vencidos os Ministros Marco Aurlio e MenezesDireito. RE 474132/SC, rel. Min. Gilmar Mendes, 12.8.2010.(RE-474132) E 564413/SC, rel. Min. Marco Aurlio, 12.8.2010.(RE-564413) (Informativo 595, Plenrio, Repercusso Geral)

    Art. 149, 2, I, da CF e CPMF - 2Ao aplicar o entendimento acima firmado, o Tribunal, por maioria,desproveu recurso extraordinrio no qual se sustentava que aimunidade das receitas decorrentes de exportao, prevista inciso I

    do 2 do art. 149 da CF, includo pela EC 33/2001, abrangeria aCPMF - v. Informativo 532. Vencidos os Ministros Marco Aurlio e

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    Cezar Peluso (Presidente), que lhe davam provimento. RE566259/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 12.8.2010. (RE-566259) (Informativo 595, Plenrio, Repercusso Geral)

    RESUMO: CONSTITUCIONAL TAXA DE RENOVAO DEFUNCIONAMENTO E LOCALIZAO MUNICIPAL, DESDE QUE EFETIVOO EXERCCIO DO PODER DE POLCIA, DEMONSTRADO PELAEXISTNCIA DE RGO E ESTRUTURA COMPETENTE PARA ORESPECTIVO EXERCCIO. O APARATO FISCAL NECESSRIO AOEXERCCIO DO PODER DE POLCIA ELEMENTO PARA SE INFERIR OEFETIVO EXERCCIO DO PODER DE POLCIA.

    REPERCUSSO GERALTaxa de Renovao de Alvar deLocalizao e Funcionamento e Efetivo Poder de Polcia constitucional taxa de renovao de funcionamento e localizaomunicipal, desde que efetivo o exerccio do poder de polcia,demonstrado pela existncia de rgo e estrutura competente para orespectivo exerccio. Com esse entendimento, o Tribunal, por maioria,desproveu recurso extraordinrio no qual se alegava ainconstitucionalidade da cobrana da taxa de renovao delocalizao e funcionamento cobrada pelo Municpio de Porto Velho,por ausncia de comprovao do efetivo exerccio do poder de polcia.Afirmou-se que, luz da jurisprudncia do STF, a existncia do rgoadministrativo no seria condio para o reconhecimento daconstitucionalidade da cobrana da taxa de localizao e fiscalizao,mas constituiria um dos elementos admitidos para se inferir o efetivoexerccio do poder de polcia, exigido constitucionalmente. Verificou-se que, na espcie, o Municpio de Porto Velho seria dotado deaparato fiscal necessrio ao exerccio do poder de polcia. Vencido oMin. Marco Aurlio, que provia o recurso.RE 588322/RO, rel. Min. Gilmar Mendes, 16.6.2010. (RE-588322)

    RESUMO: CONSTITUCIONAL A UTILIZAO DOS CRDITOSRESULTANTES DAS OPERAES DE COMPRA DE INSUMOSVINCULADOS PRODUO DE PAPEL DESTINADO IMPRESSO DELIVROS, JORNAIS E PERIDICOS.

    ICMS: Imunidade Tributria e Estorno de Crdito - 1 A Turma referendou deciso proferida pelo Min. Celso de Mello emao cautelar, da qual relator, que deferira a medida cautelar paraoutorgar efeito suspensivo a recurso extraordinrio em que se discutea exigibilidade, ou no, do estorno de crditos de ICMS relativos a

    operaes que antecedem a prtica de atos imunes fornecimentode material para produo de papel destinado impresso de livros,

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=588322&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=588322&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=588322&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=588322&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=588322&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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    jornais, peridicos (CF, art. 150, VI, d). Salientou-se que no setrataria, no caso, nem de iseno nem de no-incidncia tributria eque a controvrsia constitucional suscitada na causa poria emevidncia discusso em torno da abrangncia normativa daimunidade tributria em exame. Asseverou-se que a imunidade denatureza poltica destina-se a conferir efetividade e atribuir concreoa determinados direitos e garantias fundamentais reconhecidos eassegurados s pessoas e s instituies. Assentou-se que o institutoda imunidade tributria em comento representa um poderoso fator deconteno do arbtrio do Estado, qualificando-se como instrumento deproteo constitucional vocacionado a preservar direitosfundamentais como a liberdade de informar, a liberdade de acesso cultura e o direito do cidado de ser informado em ordem aevitar uma situao de perigosa submisso tributria ao poderimpositivo do Estado. AC 2559 Referendo-MC/RJ, rel. Min. Celsode Mello, 14.6.2010. (AC-2559) ICMS: Imunidade Tributria e Estorno de Crdito - 2 Consignou-se que, embora a jurisprudncia desta Corte tenharevelado tendncia restritiva ao interpretar o alcance da mencionadanorma, a situao versada nos autos diferiria dos precedentes,sustentando-se, por conseguinte, a possibilidade de interpretaoextensiva do postulado da imunidade tributria na hiptese previstano art. 150, VI, d, da CF. Aduziu-se, portanto, que a exegese queelastea a incidncia da clusula inscrita no art. 155, 2, II, da CF efetuada com o objetivo de fazer subsumir, noo de no-incidncia, o prprio conceito de imunidade tenderia a neutralizar,mediante indevida reduo teleolgica, o sentido tutelar de que seacha impregnada a garantia constitucional da imunidade tributria.Registrou-se que tal perspectiva fundar-se-ia no entendimento deque a efetiva e plena realizao do instituto da imunidadetributria, em contextos como o ora em exame, somente secompletaria com a manuteno dos crditos, pois a impossibilidadede utilizao dos crditos resultantes das operaes de compra deinsumos vinculados produo de papel com a conseqenteexigncia fiscal de estorno dos crditos referentes a matrias-primase a outros insumos utilizados na fabricao de papel destinado impresso de livros, jornais e peridicos frustraria, indevidamente,por completo, a concretizao da tutela constitucional propiciada poressa limitao ao poder de tributar do Estado. Assim, reputou-secaracterizada a plausibilidade jurdica da pretenso, tendo em contaque a presente situao, primeira vista, revelaria desrespeito abrangncia normativa da imunidade tributria prevista. Por fim,sustou-se, em conseqncia, o prosseguimento da execuo fiscaldecorrente da autuao lavrada por no ter sido estornado o impostocreditado na entrada da mercadoria no estabelecimento industrial daautora.

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=2559&classe=AC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=2559&classe=AC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=2559&classe=AC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=2559&classe=AC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=2559&classe=AC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=2559&classe=AC&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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    AC 2559 Referendo-MC/RJ, rel. Min. Celso de Mello, 14.6.2010.(AC-2559)

    RESUMO: CONSTITUCIONAL A INCIDNCIA DO ICMS SOBRESOFTWARES ADQUIRIDOS POR MEIO DE TRANSFERNCIAELETRNICA DE DADOS.

    ICMS: Software e Transferncia Eletrnica - 3 Em concluso, o Tribunal, por maioria, indeferiu medida cautelar emao direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo Partido doMovimento Democrtico Brasileiro-PMDB contra dispositivos da Lei7.098/98, do Estado do Mato Grosso, que trata da consolidao dasnormas referentes ao ICMS v. Informativos 146 e 421. Na linha dovoto divergente do Min. Nelson Jobim, entendeu-se que o ICMS podeincidir sobre softwares adquiridos por meio de transfernciaeletrnica de dados, e reputou-se constitucional, em princpio, o art.2, 1, VI, e o art. 6, 6, da Lei 7.098/98 (Art. 2. ... 1. Oimposto incide tambm: ... VI - sobre as operaes com programa decomputador software , ainda que realizadas por transfernciaeletrnica de dados. ... Art. 6. ... 6 - Integra a base de clculo doICMS, nas operaes realizadas com programa de computador software qualquer outra parcela debitada ao destinatrio, inclusiveo suporte informtico, independentemente de sua denomin ao.).Esclareceu-se que, se o fato de ser o bem incorpreo fosse ressalva incidncia do ICMS, no poderia, da mesma forma, ser cobrado oimposto na aquisio de programa de computador de prateleira, vistoque, nesse caso, estar-se-ia adquirindo no um disquete, CD ou DVD,a caixa ou o livreto de manual, mas tambm e principalmente amercadoria virtual gravada no instrumento de transmisso. Assim, seo argumento de que o bem incorpreo no pode ser objeto deincidncia do ICMS, a assertiva haveria de valer para o caso de bensincorpreos vendidos por meio de bens materiais. Considerou-se,ainda, a convenincia poltica de se indeferir a cautelar, tendo em

    conta o fato de a lei estar vigente h mais de dez anos. Vencidos osMinistros Octavio Gallotti, relator, Ricardo Lewandowski, MarcoAurlio e Celso de Mello que deferiam em parte a cautelar.ADI 1945 MC/MT, rel. orig. Min. Octavio Gallotti, red. p/ oacrdo Min. Gilmar Mendes, 26.5.2010. (ADI-1945)

    RESUMO: INCONSTITUCIONAL A TAXA MUNICIPAL DE USO EOCUPAO DO SOLO E ESPAO AREO EM RELAO ATIVIDADEDE EXTENSO DE REDE DE TRANSMISSO E DE DISTRIBUIO DE

    ENERGIA ELTRICA, UMA VEZ QUE USURPA (FERE) A COMPETNCIAEXCLUSIVA DA UNIO PARA EXPLORAR OS SERVIOS E

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    INSTALAES DE ENERGIA ELTRICA E DA SUA COMPETNCIAPRIVATIVA PARA LEGISLAR SOBRE O ASSUNTO (CF, ARTIGOS 21,XII, B E 22, IV).

    Taxa de Ocupao do Solo e Espao Areo por Poste deTransmisso de Energia Eltrica - 1 O Tribunal negou provimento a recurso extraordinrio interpostocontra acrdo do Tribunal de Justia do Estado de Rondnia, e, porvislumbrar usurpao da competncia exclusiva da Unio paraexplorar os servios e instalaes de energia eltrica e da suacompetncia privativa para legislar sobre o assunto (CF, artigos 21,XII, b e 22, IV), declarou incidentalmente a inconstitucionalidade daLei municipal 1.199/2002, de Ji-Paran/RO, que instituiu taxa de usoe ocupao do solo e espao areo em relao atividade deextenso de rede de transmisso e de distribuio de energia eltrica.Prevaleceu o voto do Min. Eros Grau, relator, que salientou que sempresas prestadoras de servios de gerao, transmisso,distribuio e comercializao de energia eltrica incumbe o dever-poder de prestar o servio pblico de que se trata e que, para talmister, -lhes atribudo, pelo poder concedente, o tambm dever-poder de usar o domnio pblico necessrio execuo desse servio,assim como promover desapropriaes e constituir servides de reaspor ele, poder concedente, declaradas de utilidade pblica. Portanto, entidade administrativa incumbiria o dever-poder de gerir a respublica. No desempenho da funo administrativa, a autoridadepblica estaria abrangida por um vnculo imposto a sua vontade. Odever jurdico consubstanciaria uma vinculao imposta vontade dequem estivesse por ela alcanado, e, no caso da funoadministrativa, vinculao imposta vontade da autoridade pblicaem razo de interesse alheio, ou seja, do todo social.RE 581947/RO, rel. Min. Eros Grau, 27.5.2010. (RE-597362) Taxa de Ocupao de Solo e Espao Areo por Poste deTransmisso de Energia Eltrica 2Ressaltou que a concessionria da prestao de servio pblico

    recorrida faria uso fundamentalmente, a fim de prestar o servio, doespao sobre o solo de faixas de domnio pblico de vias pblicas, noqual instalaria equipamentos necessrios prestao de servios detransmisso e distribuio de energia eltrica. Explicou que essasfaixas de domnio pblico de vias pblicas constituiriam bem pblico,inserido na categoria dos bens de uso comum do povo. Asseverouque os bens pblicos, de uso comum do povo, de uso especial edominicais integrariam, todos eles, o patrimnio pblico, mas os bensde uso comum do povo seriam modernamente entendidos comopropriedade pblica. Observou que, no entanto, tamanha seria a

    intensidade da participao do bem de uso comum do povo naatividade administrativa que ele constituiria, em si, o prprio servio

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    pblico prestado pela Administrao. Aduziu que, ainda que os bensdo domnio pblico e do patrimnio administrativo no tolerem ogravame das servides, sujeitar-se-iam, na situao a que respeitamos autos, aos efeitos da restrio decorrente da instalao, no solo,de equipamentos necessrios prestao de servio pblico. Noconduzindo, a imposio dessa restrio, extino de direitos, noacarretaria o dever de indenizar, salvo disposio legal expressa emcontrrio, no caso inexistente.RE 581947/RO, rel. Min. Eros Grau, 27.5.2010. (RE-597362) Taxa de Ocupao de Solo e Espao Areo por Poste deTransmisso de Energia Eltrica 3Por fim, registrou que, alm de a instalao dos equipamentos de quese trata no comprometerem o uso comum dos bens pblicos emquesto, tambm no haveria prejuzo que justificasse orecebimento, pelo Municpio, de qualquer indenizao pelo uso dobem pblico de uso comum. Concluiu que haveria, na ocupao dosolo e do espao areo dos bens de uso comum de que se cuida, umdireito restritivo em benefcio do prestador de servio pblico, que lheviabilizaria, instrumentando sua atuao, o pleno cumprimento dodever-poder, que o vincula, de prestar o servio. O Min. RicardoLewandowski acompanhou as concluses do relator no sentido denegar provimento ao recurso, mas por diverso fundamento, isto , ode que a cobrana teria como pretexto o exerccio do poder depolcia, mas a Lei municipal evidenciaria que o fato gerador seria o

    uso e ocupao do solo e do espao areo por postes, o qualincompatvel com a natureza das taxas. RE 581947/RO, rel. Min.Eros Grau, 27.5.2010 (RE-597362)

    RESUMO: A CONTAGEM RECPROCA DO TEMPO DE SERVIO RURALPRESSUPE TER HAVIDO O RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIESPREVIDENCIRIAS (ART. 201, 9, CF).

    Contagem Recproca do Tempo de Servio Rural e

    Recolhimento de Contribuies Conforme disposto no 9 do art. 201 da CF (Para efeito deaposentadoria, assegurada a contagem recproca do tempo decontribuio na administrao pblica e na atividade privada, rural eurbana, hiptese em que os diversos regimes de previdncia social secompensaro financeiramente, segundo critrios estabelecidos emlei.), a contagem recproca do tempo de servio rural pressupe terhavido o recolhimento das contribuies previdencirias. Com basenesse entendimento, o Tribunal, por maioria, indeferiu mandado desegurana impetrado contra ato do Tribunal de Contas da Unio -

    TCU, que julgara ilegal a aposentadoria do impetrante, pelo fato deter sido computado o tempo de servio rural sem a comprovao do

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=597362&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=597362&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=597362&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=597362&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=597362&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=597362&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=597362&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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    recolhimento das contribuies ao INSS. Vencidos os Ministros DiasToffoli, Eros Grau e Ayres Britto que concediam a ordem. Tendo emconta que o impetrante comprovara que fora trabalhador rural e que,naquele perodo, a legislao impunha a contribuio sobre aproduo da venda da propriedade rural, do produtor rural,reputavam que, no caso concreto, o TCU exigira uma provaimpossvel de o impetrante fazer, porque isso no era obrigao dele,mas do produtor rural. Precedente citado: MS 26919/DF (DJE de23.5.2008).MS 26872/DF, rel. Min. Marco Aurlio, 19.5.2010. (MS-26872)

    RESUMO: A REVOGAO DA ISENO PREVISTA NA LEICOMPLEMENTAR 70/91, POR LEI ORDINRIA, NO VIOLA OPRINCPIO DA HIERARQUIA DAS LEIS, UMA VEZ QUE A INSTITUIODE ISENO DA COFINS MATRIA QUE PODE SER VEICULADA PORMEIO DE LEI ORDINRIA.

    Iseno de COFINS e Revogao por Lei OrdinriaAo aplicar o entendimento firmado pelo Plenrio do STF no

    julgamento do RE 377457/PR (DJE de 19.12.2008) e do RE381964/MG (DJE de 13.3.2009) em que assentado que arevogao da iseno prevista na Lei Complementar 70/91, por leiordinria, no viola o princpio da hierarquia das leis , a Turmadesproveu agravo regimental interposto contra deciso do Min.Gilmar Mendes que provera recurso extraordinrio, do qual relator,interposto pela Unio. No caso, a agravante, clnica radiolgica,sustentava que o julgamento dos recursos mencionados encontrar-se-ia interrompido por pedido de vista solicitado pelo Min. MarcoAurlio e que a deciso relativa a esses processos deveria ter efeitosprospectivos. Enfatizou-se que, consoante assinalado na decisoimpugnada, a vista formulada referir-se-ia to-somente questo deordem processual. Ademais, asseverou-se que o pleito de concessode efeitos prospectivos fora rejeitado pelo Pleno. Afirmou-se, por fim,que a agravante no conseguira infirmar os fundamentos da decisoquestionada.RE 557942 AgR/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, 11.5.2010. (RE-557942)

    RESUMO: CONSTITUCIONAL A PROIBIO POR LEI ESTADUAL DACOBRANA DE ICMS NAS CONTAS DE SERVIOS PBLICOSESTADUAIS A IGREJAS E TEMPLOS DE QUALQUER CULTO, DESDEQUE O IMVEL ESTEJA COMPROVADAMENTE NA PROPRIEDADE OUPOSSE DESTES E SEJAM USADOS PARA A PRTICA RELIGIOSA,POIS, NO CASO, A INSTITUIO DO BENEFCIO FISCAL, SEM O

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=26872&classe=MS&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=26872&classe=MS&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=557942&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=557942&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=557942&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=557942&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=26872&classe=MS&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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    ASSENTIMENTO DOS DEMAIS ESTADOS, NO INTERFERE NA GUERRA FISCAL .

    Igrejas e Templos: Proibio da Cobrana de ICMS O Tribunal julgou improcedente pedido formulado em ao direta deinconstitucionalidade ajuizada pelo Governador do Estado do Parancontra a Lei 14.586/2004, da mesma unidade federat iva, que probea cobrana de ICMS nas contas de servios pblicos estaduais aigrejas e templos de qualquer culto, desde que o imvel estejacomprovadamente na propriedade ou posse destes e sejam usadospara a prtica religiosa. Salientou-se que a proibio de introduzir-sebenefcio fiscal, sem o assentimento dos demais Estados, teria comoobjeto impedir competio entre as unidades da Federao e que issono se daria na espcie. Asseverou-se que, na hiptese, a disciplinano revelaria iseno alusiva a contribuinte de direito, a contribuinteque estivesse no mercado, e sim a contribuintes de fato, deespecificidade toda prpria, isto , igrejas e templos, observando-se,ademais, que tudo ocorreria no tocante ao preo de servios pblicose incidncia do ICMS. Entendeu-se estar-se diante de opopoltico-normativa possvel, no cabendo cogitar de discrepncia comas balizas constitucionais relativas ao oramento, sendo irrelevante ocotejo buscado com a Lei de Responsabilidade Fiscal, isso presente ocontrole abstrato de constitucionalidade. Concluiu-se que, no caso,alm da repercusso quanto receita, haveria o enquadramento napreviso da primeira parte do 6 do art. 150 da CF, que remete

    iseno a lei especfica (Qualquer subsdio ou iseno, reduo debase de clculo, concesso de crdito presumido, anistia ou remisso,relativos a impostos, taxas ou contribuies, s poder ser concedidomediante lei especfica, federal, estadual ou municipal, que reguleexclusivamente as matrias acima enumeradas ou o correspondentetributo ou contribuio, sem prejuzo do disposto no art. 155, 2.,XII, g.). ADI 3421/PR, rel. Min. Marco Aurlio, 5.5.2010. (ADI-3421)

    RESUMO: INCONSTITUCIONAL O ART. 4, SEGUNDA PARTE, DA LC118/2005, POR VIOLAO AO PRINCPIO DA SEGURANA JURDICA,SENDO VLIDA A APLICAO DO NOVO PRAZO DE 5 ANOS PARAREPETIO OU COMPENSAO DE INDBITO TRIBUTRIO TO-SOMENTE S AES AJUIZADAS APS O DECURSO DAVACATIOLEGIS DE 120 DIAS, OU SEJA, A PARTIR DE 9.6.2005.

    Prazo para Repetio ou Compensao de Indbito Tributrioe Art. 4 da LC 118/2005 - 1 O Tribunal iniciou julgamento de recurso extraordinrio interpostopela Unio contra deciso do TRF da 4 Regio que reputarainconstitucional o art. 4 da Lei Complementar 118/2005 na parte em

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    que determinaria a aplicao retroativa do novo prazo para repetioou compensao do indbito tributrio [LC 118/2005: Art. 3o Paraefeito de interpretao do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25de outubro de 1966 - Cdigo Tributrio Nacional, a extino docrdito tributrio ocorre, no caso de tributo sujeito a lanamento porhomologao, no momento do pagamento antecipado de que trata o 1o do art. 150 da referida Lei. Art. 4o Esta Lei entra em vigor 120(cento e vinte) dias aps sua publicao, observado, quanto ao art.3o, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei no 5.172, de 25 de outubrode 1966 - Cdigo Tributrio Nacional.; CTN: Art. 106. A lei aplica-sea ato ou fato pretrito: I - em qualquer caso, quando sejaexpressamente interpretativa, excluda a aplicao de penalidade infrao dos dispositivos interpretados;]. A Min. Ellen Gracie,relatora, reconhecendo a inconstitucionalidade do art. 4, segundaparte, da LC 118/2005, por violao ao princpio da segurana

    jurdica, nos seus contedos de proteo da confiana e de acesso Justia, com suporte implcito e expresso nos artigos 1 e 5, XXXV,da CF, e considerando vlida a aplicao do novo prazo de 5 anosto-somente s aes ajuizadas aps o decurso da vacatio legis de120 dias, ou seja, a partir de 9.6.2005, desproveu o recurso.Asseverou, inicialmente, que a Lei Complementar 118/2005, noobstante expressamente se autoproclamar interpretativa, no seriauma lei materialmente interpretativa, mas constituiria lei nova, hajavista que a interpretao por ela imposta implicara reduo do prazode 10 anos jurisprudencialmente fixado pelo STJ para repetio ou

    compensao de indbito tributrio, e contados do fato geradorquando se tratasse de tributo sujeito a lanamento por homologao para 5 anos, estando sujeita, assim, ao controle judicial.RE 566621/RS, rel. Min. Ellen Gracie, 5.5.2010. (RE-566621) Prazo para Repetio ou Compensao de Indbito Tributrioe Art. 4 da LC 118/2005 - 2 Em seguida, reputou que a retroatividade determinada pela lei emquesto no seria vlida. Afirmou que a alterao de prazos noofenderia direito adquirido, por inexistir direito adquirido a regime

    jurdico, conforme reiterada jurisprudncia da Corte. Em razo disso,

    no haveria como se advogar suposto direito de quem pagouindevidamente um tributo a poder buscar ressarcimento no prazoestabelecido pelo CTN por ocasio do indbito. Ressaltou, contudo,que a reduo de prazo no poderia retroagir para fulminar, deimediato, pretenses que ainda poderiam ser deduzidas no prazovigente quando da modificao legislativa. Ou seja, no se poderiaentender que o legislador pudesse determinar que pretenses jajuizadas ou por ajuizar estivessem submetidas, de imediato, aoprazo reduzido, sem qualquer regra de transio, sob pena de ofensaa contedos do princpio da segurana jurdica. Explicou que, se, deum lado, no haveria dvida de que a proteo das situaes

    jurdicas consolidadas em ato jurdico perfeito, direito adquirido ou

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    coisa julgada constituiria imperativo de segurana jurdica,concretizando o valor inerente a tal princpio, de outro, tambm seriacerto que teria este abrangncia maior e que implicaria resguardo dacerteza do direito, da estabilidade das situaes jurdicas, daconfiana no trfego jurdico e do acesso Justia. Assim, o

    julgamento de preliminar de prescrio relativamente a aes jajuizadas, tendo como referncia novo prazo reduzido por leiposterior, sem qualquer regra de transio, atentaria,indiscutivelmente, contra, ao menos, dois desses contedos, quaissejam: a confiana no trfego jurdico e o acesso Justia. Frisouque, estando um direito sujeito a exerccio em determinado prazo,seja mediante requerimento administrativo ou, se necessrio,ajuizamento de ao judicial, haver-se-ia de reconhecer eficcia iniciativa tempestiva tomada pelo seu titular nesse sentido, pois talrestaria resguardado pela proteo confiana. De igual modo, noseria possvel fulminar, de imediato, prazos ento em curso, sob penade patente e direta violao garantia de acesso ao Judicirio.RE 566621/RS, rel. Min. Ellen Gracie, 5.5.2010. (RE-566621) Prazo para Repetio ou Compensao de Indbito Tributrioe Art. 4 da LC 118/2005 - 3 Considerou, diante do reconhecimento da inconstitucionalidade, que onovo prazo s poderia ser validamente aplicado aps o decurso davacatio legis de 120 dias. Reportou-se ao Enunciado da Smula 445do STF [A Lei n 2.437, de 7 -3-55, que reduz prazo prescricional, aplicvel s prescries em curso na data de sua vigncia (1-1-56),

    salvo quanto aos processos ento pendentes], e relembrou que, nosprecedentes que lhe deram origem, a Corte entendera que, tendohavido uma vacatio legis alargada, de 10 meses entre a publicaoda lei e a vigncia do novo prazo, tal fato teria dado oportunidade aosinteressados para ajuizarem suas aes, interrompendo os prazosprescricionais em curso, sendo certo que, a partir da vigncia, em1.1.56, o novo prazo seria aplicvel a qualquer caso ainda noajuizado. Tal soluo deveria ser a mesma para o presente caso, adespeito da existncia do art. 2.028 do Cdigo Civil - CC, haja vistaque este seria regra interna daquela codificao, limitando-se a

    resolver os conflitos no tempo relativos s redues de prazosimpostas pelo novo CC de 2002 relativamente aos prazos maioresconstantes do CC de 1916. Registrou que o legislador, ao aprovar aLC 118/2005 no teria pretendido aderir regra de transio do art.2.028 do CC. Somente se tivesse estabelecido o novo prazo pararepetio e compensao de tributos sem determinar sua aplicaoretroativa, quedando silente no ponto, que seria permitida aaplicao do art. 2.028 do CC por analogia. Afirmou que, ainda que avacatio legis estabelecida pela LC 118/2005 fosse menor do que aprevista na Lei 2.437/55, objeto da Smula 445, ter-se-ia de levarem conta a facilidade de acesso, nos dias de hoje, informaoquanto s inovaes legislativas e repercusses, sobretudo, via

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=566621&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=566621&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=566621&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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    internet. Por fim, citou a LC 95/98 que dispe sobre a elaborao, aredao, a alterao e a consolidao das leis, nos termos do art. 59da CF, cujo art. 8 prev que a lei deve contemplar prazo razovelpara que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a clusula

    entra em vigor na data de sua publicao para as leis de pequenarepercusso. Concluiu que o art. 4 da LC 118/2005, na parte que emestabeleceu vacatio legis alargada de 120 dias teria cumprido comessa funo, concedendo prazo suficiente para que os contribuintestomassem conhecimento do novo prazo e pudessem agir, ajuizandoaes necessrias tutela dos seus direitos. Assim, vencida a vacatiolegis de 120 dias, seria vlida a aplicao do prazo de 5 anos saes ajuizadas a partir de ento, restando inconstitucional apenassua aplicao s aes ajuizadas anteriormente a essa data. No casoconcreto, reputou correta a aplicao, pelo tribunal de origem, doprazo de 10 anos anteriormente vigente, por ter sido a ao ajuizadaantes da vigncia da LC 118/2005.RE 566621/RS, rel. Min. Ellen Gracie, 5.5.2010. (RE-566621) Prazo para Repetio ou Compensao de Indbito Tributrioe Art. 4 da LC 118/2005 - 4 Os Ministros Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, Celso de Mello eCezar Peluso acompanharam a relatora, tendo o Min. Celso de Mellodissentido apenas num ponto, qual seja, o de que o art. 3 da LC118/2005 s seria aplicvel no s aes ajuizadas posteriormente aotrmino do perodo de vacatio legis, mas, na verdade, aos prpriosfatos ocorridos aps esse momento. Em divergncia, o Min. MarcoAurlio deu provimento ao recurso, no que foi acompanhado pelosMinistros Dias Toffoli, Crmen Lcia e Gilmar Mendes. Entendeu que oart. 3 no inovou, mas repetiu rigorosamente o que contido noCdigo Tributrio Nacional. Afirmou se tratar de dispositivomeramente interpretativo, que buscou redirecionar a jurisprudnciaequivocada do STJ. O Min. Dias Toffoli, por sua vez, acrescentou novislumbrar na lei atentado contra o direito adquirido, o ato jurdicoperfeito, ou a coisa julgada. Observou que a lei pode retroagir,respeitando esses princpios. Em seguida, o julgamento foi suspensopara aguardar-se o voto do Min. Eros Grau.RE 566621/RS, rel. Min. Ellen Gracie, 5.5.2010. (RE-566621)

    RESUMO: AS UNIDADES FEDERADAS NO SO COMPETENTES PARAFIXAR NDICES DE CORREO MONETRIA DE CRDITOS FISCAISEM PERCENTUAIS SUPERIORES AOS FIXADOS PELA UNIO PARA OMESMO FIM, MAS PODEM FIX-LOS EM PATAMARES INFERIORES.

    Criao de ndice de Correo Monetria de Crditos Fiscais eCompetncia Legislativa

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    funes por ela desempenhadas na intermediao de trocas e comoinstrumento de reserva de valor e padro de valor. Aps digressosobre o tema, concluiu-se que, pago o benefcio em vale-transporteou em moeda, isso no afetaria o carter no salarial do auxlio.Tendo isso em conta, reputou-se que a cobrana de contribuioprevidenciria sobre o valor pago, em pecnia, a ttulo de vales-transporte pelo recorrente aos seus empregados afrontaria aConstituio em sua totalidade normativa. Consignou-se, ademais,que a autarquia previdenciria buscava fazer incidir pretenso denatureza tributria sobre a concesso de benefcio, parcela esta queteria carter indenizatrio. Vencidos os Ministros Joaquim Barbosa eMarco Aurlio que desproviam o recurso ao fundamento de que ovalor configuraria vantagem remuneratria e, portanto, seenquadraria no gnero ganhos habituais do empregado, integrandoa remunerao (CF, art. 201, 11). O Min. Marco Aurlio afirmava,ainda, no se estar diante do vale-transporte tal como definido pelalei, porquanto esse no poderia ser pago em pecnia.RE 478410/SP, rel. Min. Eros Grau, 10.3.2010. (RE-478410)

    RESUMO: INCONSTITUCIONAL A EXIGNCIA DE DEPSITOPRVIO COMO REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE DE AO JUDICIALNA QUAL SE PRETENDA DISCUTIR A EXIGIBILIDADE DO CRDITOTRIBUTRIO.

    PSV: Exigncia de Depsito Prvio para Admissibilidade deAo Judicial O Tribunal acolheu proposta de edio de Smula Vinculante com oseguinte teor: inconstitucional a exigncia de depsito prvio comorequisito de admissibilidade de ao judicial na qual se pretendadiscutir a exigibilidade d o crdito tributrio. PSV 37/DF, 3.2.2010.(PSV-37)

    RESUMO: CONSTITUCIONAL A ADOO, NO CLCULO DO VALORDE TAXA, DE UM OU MAIS ELEMENTOS DA BASE DE CLCULOPRPRIA DE DETERMINADO IMPOSTO, DESDE QUE NO HAJAINTEGRAL IDENTIDADE ENTRE UMA BASE E OUTRA.

    PSV: Taxa e Elementos da Base de Clculo Prpria de Imposto O Tribunal, por maioria, acolheu proposta de edio de SmulaVinculante com o seguinte teor: constitucional a adoo, no clculodo valor de taxa, de um ou mais elementos da base de clculoprpria de determinado imposto, desde que no haja integralidentidade entre uma base e outra.. Vencidos os Ministros MarcoAurlio e Eros Grau, que no a acolhiam.

    http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=478410&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=478410&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=Mhttp://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2671181http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2671181http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2671181http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2671181http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2671181http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=478410&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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    PSV 39/DF, 3.2.2010. (PSV-39)

    RESUMO: INCONSTITUCIONAL A INCIDNCIA DO IMPOSTO SOBRESERVIOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS SOBRE OPERAES DELOCAO DE BENS MVEIS.

    PSV: ISS e Operaes de Locao de Bens Mveis O Tribunal acolheu proposta de edio de Smula Vinculante com oseguinte teor: inconstitucional a incidncia do Imposto sobreServios de Qualquer Natureza - ISS sobre operaes de locao debens mveis. PSV 35/DF, 4.2.2010. (PSV-35)

    At a prxima,

    Edvaldo Nilo

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