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Juventude e Trabalho Profa. Ms. Aline da Silva Freitas [email protected] São Paulo 24.11.2015

Juventude e Trabalho - Escola de Governo - Juventude e... · do Estado e as atividades privadas, ... Música de Trabalho – Legião Urbana ... Desemprego e outros indicadores

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Juventude e Trabalho

Profa. Ms. Aline da Silva Freitas

[email protected]

São Paulo 24.11.2015

Roteiro

Juventude ◦ Que é Juventude? ◦ Olhares sobre a Juventude ◦ Reflexão Jurídica sobre a Juventude no Brasil ◦ Políticas Públicas para a Juventude

A Questão do Trabalho ◦ Dinâmica ◦ Trabalho Decente ◦ I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho

Decente ◦ Juventude e Trabalho

Que é ser jovem?

Imagem relacionada com Juventude, fonte Imagens Google.

Tempo Perdido – Legião Urbana

Todos os dias quando acordo Não tenho mais O tempo que passou Mas tenho muito tempo Temos todo o tempo do mundo

Todos os dias Antes de dormir Lembro e esqueço Como foi o dia Sempre em frente Não temos tempo a perder

Nosso suor sagrado É bem mais belo Que esse sangue amargo E tão sério E selvagem, selvagem Selvagem!

Juventude = Poder?

Veja o sol Dessa manhã tão cinza A tempestade que chega É da cor dos teus olhos Castanhos

Então me abraça forte E diz mais uma vez Que já estamos Distantes de tudo Temos nosso próprio tempo Temos nosso próprio tempo Temos nosso próprio tempo

Não tenho medo do escuro Mas deixe as luzes Acesas agora O que foi escondido É o que se escondeu E o que foi prometido Ninguém prometeu Nem foi tempo perdido Somos tão jovens Tão Jovens Tão Jovens!

Curiosidade: Em entrevista, na década de 60, John Lennon, afirmou que:

“A América costumava ser o lugar da juventude na imaginação de todos.

A América tinha teenagers e o resto do mundo, só pessoas.”

(Fonte: SAVAGE, Jon. A Criação da

Juventude)

Olhares sobre a Juventude – Helena Wendel Abramo

Juventude como período preparatório

Juventude como etapa problemática

Jovem como ator estratégico do desenvolvimento (e do capitalismo??)

Jovem cidadão: sujeito de direitos, demandando políticas públicas diante a singularidade da condição juvenil.

1944 – termo teenager, nos EUA, para jovens entre 14 e 18 anos. Jovens visto como consumidores, com especificidades, direitos e exigências próprios.

No Brasil, até 1960 – jovem e seu papel nos movimentos estudantis, contracultura e engajamento em partidos políticos; geralmente da classe média.;

Depois, foco nas crianças e adolescentes;

Apenas no final da década de 90 em diante, um olhar diferente sobre a juventude.

Importante pensar o tema a partir de visões histórica, econômica, política, psicológica e

jurídica.

Reflexão Jurídica

Criança: 0-12 anos incompletos;

Adolescente: 12 – 18 anos incompletos.

Jovem: 15-29 anos.

Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990)

Estatuto da Criança e do Adolescente

Estatuto da Juventude

Dupla proteção: 15-18 incompletos.

Marco Jurídico: Art. 227, CF.

CF, Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao

lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à

convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de

negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada

Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Olhares histórico, econômico, jurídico, político e psicológico.

Ipea – Boletim de Mercado – Agosto 2013

“A pobreza e a exclusão social dela decorrente são as principais razões pelas quais a

juventude brasileira não vive plenamente sua cidadania” (LOBATO; Ana Laura; e LABREA,

Valéria Viana).

Políticas Públicas à Juventude

◦ Política Pública: “programa de ação governamental que resulta de um conjunto de processos juridicamente regulados (...) visando coordenar os meios à disposição do Estado e as atividades privadas, para a realização de ojetivos socialmente relevantes e politicamente determinados” (Maria Paula Dallari Bucci)

◦ Ver:http://www.juventude.gov.br/documentos/cartilha-politicas-publicas

Método: VER-JULGAR-AGIR

(Fábio Konder Comparato)

- Estrutura básica:

- Secretaria Nacional de Juventude (Secretarias e Coordenadorias Estaduais e Municipais)

- Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) e Conselhos Estaduais e Municipais

- Conferência Nacional de Juventude

- Plano Nacional da Juventude

- Comissões de Juventude no Legislativo

Estatuto da Juventude e Prática

Prevê e exige ação do Poder Público.

Contempla Princípios, Diretrizes e Direitos dos Jovens e Sistema Nacional de Juventude.

“Não quero lhe falar Meu grande amor Das coisas que aprendi Nos discos Quero lhe contar como eu vivi E tudo o que aconteceu comigo Viver é melhor que sonhar Eu sei que o amor É uma coisa boa Mas também sei Que qualquer canto É menor do que a vida De qualquer pessoa Por isso cuidado, meu bem Há perigo na esquina Eles venceram e o sinal Está fechado pra nós Que somos jovens Para abraçar seu irmão E beijar sua menina na rua É que se fez o seu braço O seu lábio e a sua voz

Você me pergunta Pela minha paixão Digo que estou encantada Como uma nova invenção Eu vou ficar nesta cidade Não vou voltar pro sertão Pois vejo vir vindo no vento Cheiro de nova estação Eu sinto tudo na ferida viva Do meu coração Já faz tempo Eu vi você na rua Cabelo ao vento Gente jovem reunida Na parede da memória Essa lembrança É o quadro que dói mais Minha dor é perceber Que apesar de termos Feito tudo o que fizemos Ainda somos os mesmos E vivemos Ainda somos os mesmos E vivemos Como os nossos pais Nossos ídolos Ainda são os mesmos E as aparências Não enganam não Você diz que depois deles Não apareceu mais ninguém

Você pode até dizer Que eu tô por fora Ou então Que eu tô inventando Mas é você Que ama o passado E que não vê É você Que ama o passado E que não vê Que o novo sempre vem Hoje eu sei Que quem me deu a idéia De uma nova consciência E juventude Tá em casa Guardado por Deus Contando o vil metal Minha dor é perceber Que apesar de termos Feito tudo, tudo Tudo o que fizemos Nós ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Como os nossos pais”

A Questão do Trabalho

- História - Direito - Economia - Política - Psicologia

Dinâmica: “Tempo é dinheiro”

Qual(is) a(s) solução(ões) para o(s) problema(s)?

Tempo

Organização

Informações

Lideranças

Exercício democrático

Trabalho => Trabalho Decente!

Trabalho: Direito humano fundamental de natureza social

Qual o motivo para adjetivar como “decente”?

... Curiosidade: Dicionário Informal (http://www.dicionarioinformal.com.br/decente/)

Conceito OIT

“O Trabalho Decente é o ponto de convergência dos quatro objetivos estratégicos da OIT:

o respeito aos direitos no trabalho (em especial aqueles definidos

como fundamentais pela Declaração Relativa aos Direitos e Princípios Fundamentais no Trabalho e seu seguimento adotada em 1998: (i) liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação

coletiva; (ii)eliminação de todas as formas de trabalho forçado; (iii) abolição efetiva do trabalho infantil; (iv) eliminação de todas as formas de discriminação em matéria de emprego e

ocupação),

a promoção do emprego produtivo e de qualidade, a extensão da proteção social e o fortalecimento do diálogo social”

(Fonte: http://www.oit.org.br/content/o-que-e-trabalho-decente)

Conceito OIT

“Trabalho Decente é um trabalho produtivo e adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade, e segurança, sem quaisquer formas de discriminação, e capaz de garantir uma digna a todas as pessoas que vivem de seu trabalho”

Outros Conceitos/Ideias

Para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): “Entende-se por Trabalho Decente um trabalho

adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna”

Segundo o Prof. José Pastore: “Um trabalho decente

significa um trabalho produtivo no qual os direitos dos trabalhadores e empreendedores são respeitados e cumpridos.”

Segundo a Cartilha da CUT: “Busca abarcar todas as dimensões do trabalho e tem por objetivo o combate a precarização e a deterioração dos instrumentos de proteção e inclusão social...”.

O Brasil e o Trabalho Decente

Junho de 2003 – Governo e OIT – cooperação técnica para promoção de Agenda;

Agenda Nacional de Trabalho Decente -2006

Programa Nacional de Trabalho Decente -2009

Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente (2012), antecipada de Estaduais.

Contribuir para a construção, fortalecimento e promoção

Da Polícia a partir de prioridades do Plano Nacional

De Emprego e Trabalho Decente – Política de Estado

Foto: arquivo pessoal.

Data: agosto 2012

Prioridades da CNETD

◦ Gerar mais e melhores empregos + igualdade

◦ Erradicar o trabalho escravo e infantil, “especialmente nas suas piores formas”

◦ Fortalecer os atores tripartites e o diálogo social como instrumento de governabilidade democrática.

Quatro eixos: Princípios e direitos (igualdade, negociação, saúde,

segurança, salário mínimo etc)

Proteção Social (trabalho infantil, escravo, tráfico de pessoas, informalidade, migração etc)

Trabalho e Emprego (crédito, inclusão, educação profissional, empreendedorismo, cooperativas e economia solidária, sustentabilidade)

Fortalecimento dos Atos Tripartites e Diálogo Social como instrumento da governabilidade democrática (Conselhos e Comissões)

Juventude e Trabalho

Plano e Agenda de Trabalho Decente para a Juventude (2012) com foco: ◦ Mais e melhor educação

◦ Conciliação entre estudos, trabalho e vida familiar

◦ Inserção digna e ativa no mundo do trabalho com igualdade de oportunidades e tratamento

◦ Diálogo social: juventude, trabalho e educação

Música de Trabalho – Legião Urbana

Sem trabalho eu não sou nada Não tenho dignidade Não sinto o meu valor Não tenho identidade Mas o que eu tenho É só um emprego E um salário miserável Eu tenho o meu ofício Que me cansa de verdade Tem gente que não tem nada E outros que tem mais do que precisam Tem gente que não quer saber de trabalhar E quando chega o fim do dia Eu só penso em descansar

E voltar pra casa pros teus braços Quem sabe esquecer um pouco De todo o meu cansaço Nossa vida não é boa E nem podemos reclamar Sei que existe injustiça Eu sei o que acontece Tenho medo da polícia Eu sei o que acontece Se você não segue as ordens Se você não obedece E não suporta o sofrimento Está destinado a miséria Mas isso eu não aceito Eu sei o que acontece

Mas isso eu não aceito Eu sei o que acontece E quando chega o fim do dia Eu só penso em descansar E voltar pra casa pros teus braços Quem sabe esquecer um pouco Do pouco que não temos Quem sabe esquecer um pouco De tudo que não sabemos Link: http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/musica-de-trabalho.html#ixzz3sE31qjLv

E no momento atual de crise? Que é crise?

Desemprego e outros indicadores...

Ler matéria disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150119_taxa_desemprego_df_rb

Segundo significado médico clássico, proveniente do médico Hipócrates, séc. V a.C., crise é o momento na evolução de uma doença em que o destino do paciente é incerto.

Assim, é uma etapa decisiva para melhor ou para pior...

Em chinês...

Referências e dicas de Sites Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança

e do Adolescente – SNPDCA

http://www.direitoshumanos.gov.br/spdca

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente http://www.direitoshumanos.gov.br/conselho/conanda/

Secretaria Nacional da Juventude

http://www.secretariageral.gov.br/Juventude

Ministério Público

http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/home/interna/infancia_juventude

Veja também os sites da OIT, M.T.E., IPEA e do IBGE!! Imagens: Google.

Fotos: arquivo pessoal.

Exemplos de links importantes: Ministério do Trabalho e Emprego

http://www.mte.gov.br/index.php/politicas-acoes/2015-08-18-14-24-00/i-conferencia-nacional-de-emprego-e-trabalho-decente-cnetd

Organização Internacional do Trabalho

http://www.oit.org.br/content/o-que-e-trabalho-decente

ABRAMO, Helena Wendel; BRANCO, Pedro Paulo Martoni (orgs). Retratos da Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Perseu Abramo, 2008.

ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil. Disponível em: http://anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE05_6/RBDE05_6_05_HELENA_WENDEL_ABRAMO.pdf. Acesso em nov. 2014.

FREITAS, Aline da Silva (org. et all). Estatuto da Criança e do Adolescente: 20 anos. São Paulo: LTr, 2009.

LAIS, Abramo (apresentação). Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude: http://www.oit.org.br/sites/default/files/topic/gender/doc/oficinajunho12jovens_863.pdf.

LÉPORE, Paulo Eduardo (et all). Estatudo da Juventude Comentado. São Paulo: Saraiva, 2014.

NAKANO, Marilena; ALMEIDA, Elmir de. Reflexões acerca da busca de uma nova qualidade da educação: relações entre juventude, educação e trabalho. In Educação e Sociedade: Revista de Ciência da Educação. Vol. 28. n. 100. Especial, 2007. Campinas: Cortez, 2007.

OLYMPIO, Cleber. Estatuto da Juventude Comentado. Rideel, 2013. SAVAGE, Jon. A Criação da Juventude. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. SMANIO, Gianpaolo Poggio; BERTOLIN, Patrícia Tuma Martins. O Direito e as

Políticas Públicas no Brasil. São Paulo: Atlas, 2013.

“... todos nós somos ou fomos jovens (há mais ou menos tempo), convivemos com

jovens em relações mais ou menos próximas...” (Helena

Wendel Abramo)