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Educação Visual e Tecnológic Educação Visual e Tecnológic Educação Visual e Tecnológic Educação Visual e Tecnológica Escola Básica Pêro da Covilhã Escola Básica Pêro da Covilhã Escola Básica Pêro da Covilhã Escola Básica Pêro da Covilhã Ficha formativa Ficha formativa Ficha formativa Ficha formativa Fernanda Marques 1 O Lápis O Lápis O Lápis O Lápis “O lápis é a palavra do pensamento. Sem o lápis o pensamento fica mudo e incompreendido para os vossos sentidos grosseiros. O lápis é a alma ofensiva e defensiva do pensamento; é a mão que fala e se defende.” O lápis de grafite é o mais utilizado de todos os instrumentos de desenho. Mas há, contudo algumas coisas que tu ainda não conheces acerca dele: Não sabes por exemplo que já existe desde o séc. XVI e que foi o francês Conté que inventou o processo de lhe dar a possibilidade de ser macio ou duro e que foi o alemão Faber que inventou a lapiseira. O lápis é constituído por uma mina riscadora e uma embalagem protectora de madeira. A mina é feita de grafite e argila: A grafite é o material riscador. A argila é o material que fornece à mina a sua dureza. Da proporção com que se misturam estes dois elementos assim varia o grau de dureza das minas dos lápis. A grafite pode ser usada praticamente em todas as superfícies, excepto nas plastificadas, onde adere mal. Quase todos os tipos de papel - lisos, texturados, rugosos - são também um suporte adequado. Papéis como o "Ingres" ou "Canson" são óptimos suportes para trabalhos em valores de cinzento e "degradés". O tipo de papel que se usa é importantíssimo pois determina a forma como a grafite se vai comportar. Papéis coloridos são também frequentemente usados para trabalhos de desenho a grafite. A Borracha A Borracha A Borracha A Borracha As borrachas são os instrumentos apagadores mais utilizados. Contém um material abrasivo que se desfaz com a fricção na superfície, sem estragar o suporte, de modo a poder ser utilizado de novo. Devemos apagar na direcção do traço e sempre no mesmo sentido, segurando com firmeza o papel, de modo a evitar que ele se desloque ou dobre. Não deves retirar a embalagem de cartão da borracha, pois este protege-a da sujidade das mãos, do estojo, etc. Macia Macia Macia Macia Média Média Média Média Rija Rija Rija Rija Lápis Lápis Lápis Lápis 1 2 3 Minas Minas Minas Minas B HB HB HB HB H

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Educação Visual e TecnológicEducação Visual e TecnológicEducação Visual e TecnológicEducação Visual e Tecnológicaaaa Escola Básica Pêro da CovilhãEscola Básica Pêro da CovilhãEscola Básica Pêro da CovilhãEscola Básica Pêro da Covilhã

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O LápisO LápisO LápisO Lápis “O lápis é a palavra do pensamento. Sem o lápis o pensamento fica mudo e incompreendido para os vossos sentidos grosseiros. O lápis é a alma ofensiva e defensiva do pensamento; é a mão que fala e se defende.” O lápis de grafite é o mais utilizado de todos os instrumentos de desenho. Mas há, contudo algumas coisas que tu ainda não conheces acerca dele: Não sabes por exemplo que já existe desde o séc. XVI e que foi o francês Conté que inventou o processo de lhe dar a possibilidade de ser macio ou duro e que foi o alemão Faber que inventou a lapiseira. O lápis é constituído por uma mina riscadora e uma embalagem protectora de madeira. A mina é feita de grafite e argila: • A grafite é o material riscador. • A argila é o material que fornece à mina a sua dureza. Da proporção com que se misturam estes dois elementos assim varia o grau de dureza das minas dos lápis. A grafite pode ser usada praticamente em todas as superfícies, excepto nas plastificadas, onde adere mal. Quase todos os tipos de papel - lisos, texturados, rugosos - são também um suporte adequado. Papéis como o "Ingres" ou "Canson" são óptimos suportes para trabalhos em valores de cinzento e "degradés". O tipo de papel que se usa é importantíssimo pois determina a forma como a grafite se vai comportar. Papéis coloridos são também frequentemente usados para trabalhos de desenho a grafite.

A BorrachaA BorrachaA BorrachaA Borracha As borrachas são os instrumentos apagadores mais utilizados. Contém um material abrasivo que se desfaz com a fricção na superfície, sem estragar o suporte, de modo a poder ser utilizado de novo. Devemos apagar na direcção do traço e sempre no mesmo sentido, segurando com firmeza o papel, de modo a evitar que ele se desloque ou dobre. Não deves retirar a embalagem de cartão da borracha, pois este protege-a da sujidade das mãos, do estojo, etc.

Macia Macia Macia Macia MédiaMédiaMédiaMédia RijaRijaRijaRija

LápisLápisLápisLápis 1111 2222 3333

MinasMinasMinasMinas BBBB HBHBHBHB HHHH

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O PapelO PapelO PapelO Papel A matéria-prima para o fabrico do papel obtém-se a partir de fibras vegetais, como as da madeira. Pode também ser fabricado a partir de papel velho ou trapos de linho e de algodão. Todos estes materiais contêm celulose, substância que existe nas células vegetais e que funciona como cola, fazendo as fibras aderir entre si. É a partir das fibras celulósicas diluídas em água, comprimidas (prensadas) e secas, que se obtém o papel. O papel tem sido um material muito importante ao longo dos tempos devido à sua utilização como suporte do pensamento do homem. A sua descoberta substitui a utilização do pergaminho e o papiro. Nele, se têm escrito e desenhado durante séculos, ideias, projectos e acontecimentos. O papel apresenta-se no mercado medidas normalizadas, isto é, com medidas sempre iguais. A escolha do tipo de papel a empregar depende da função que lhe queremos dar. Assim devemos ter em conta as suas características: peso em gramas/m2, grossura de cada folha (espessura), consistência, dureza e flexibilidade (resistência), adequação à colagem (rugosos, lisos, brilhantes, absorventes), etc. Existem vários tipos de papéis, uns mais indicados para determinados desempenhos do que outros: Papéis de escrita, impressão e pintura, Papéis decorativos, Cartões e cartolinas, Papéis diversos.

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A RéguaA RéguaA RéguaA Régua Serve para traçar linhas retas, medir e marcar comprimentos. Tem uma escala graduada em milímetros. Para medir ou marcar comprimentos, não devemos começar do extremo da régua, mas sim do zero. A régua serve também para traçar retas com o marcador mas para esse efeito utiliza-se o lado da régua que não tem graduação. Sempre que tiveres a tua régua suja podes limpa-la com algodão e alcool.

O EsquadroO EsquadroO EsquadroO Esquadro Os esquadros são instrumentos de desenho rigoroso, de forma triangular em que dois dos seus lados formam um ângulo reto de 90º. Existem esquadros de dois tipos: de 45º e de 60º ou de 30º conforme os ângulos. Se o esquadro tiver uma graduação em milímetros, então também podemos efectuar medições. Os esquadros servem para traçar tetas, perpendiculares, paralelas e para construir figuras geométricas.

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Os lápis de corOs lápis de corOs lápis de corOs lápis de cor É um material relativamente recente. São feitos a partir de uma mistura de talco, substâncias corantes e um aglutinante, geralmente goma de celulose e são revestidos por um invólucro de madeira. Encontram-se à venda em caixas que vão de 12 a 140 cores, ou avulso. A vantagem de poderes misturar as cores, sobrepondo-as, fz com que não necessites de ter um conjunto muito grande para obteres bons resultados. Os lápis de cor também se distinguem pela dureza. Os mais macios resistem menos, as suas pontas deixam de estar afiadas e gastam-se mais facilmente, mas permitem melhores sobreposições de cores. Deves pintar com os lápis afiados, fazendo pequenas linhas que se cruzem ligeiramente até que a trama (traços horizontais e transversais) se vá apertando. Para que os traços se deixem de notar, deves preencher de igual modo todo o espaço até que a trama se aperte e o branco do suporte deixe de se ver. Os lápis com minas solúveis em água (aguareláveis) permitem um trabalho misto de desenho e aguarela. A cor torna-se mais clara ou mais intensa, conforme a pressão exercida no lápis for maior ou menor. Deves pintar sempre em primeiro lugar os tons mais claros e só depois os mais escuros. Deves preencher, sempre na mesma direcção, as diversas áreas do desenho. Procura manter os lápis afiados, pois pontas finas funcionam melhor. A boa qualidade de um lápis de cor é fundamental para o êxito de um trabalho. Bem utilizados podem produzir trabalhos notáveis. Vivem sobretudo das misturas e sobreposições de cores que valorizam o cromatismo. ExercíciosExercíciosExercíciosExercícios Uma boa maneira de iniciar o estudo deste material é fazer experiências de cores com cada lápis isoladamente, de modo a obter manchas com diferentes intensidades. Experiências de sobreposições cromáticas devem também ser experimentadas. Neste processo nunca se deve carregar demasiado com os lápis, devendo-se antes ensaiar a insistência do lapisar no mesmo local, sem nunca sulcar. Experiências de cruzamento de traços de forma a obter manchas e misturas homogéneas são também importantes. Para te familiarizares com as possibilidades plásticas deste material, sugerimos que realizes primeiro um simples exercício que consiste na elaboração de uma escala cromática partindo das três cores primárias: magenta, amarelo e azul.

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Canetas de feltro ou marcadoresCanetas de feltro ou marcadoresCanetas de feltro ou marcadoresCanetas de feltro ou marcadores Os marcadores ou canetas de feltro foram desenvolvidos nos anos 60 pelos Japoneses. As primeiras estavam unicamente disponíveis em preto, mas actualmente existem numa vasta gama de cores, inclusivamente em cores, estandardizadas e numeradas para trabalhos gráficos onde é necessário garantir um grande rigor cromático. A tinta que têm no seu interior é normalmente feita a partir de pigmentos misturados numa solução de álcool. Também são fabricadas algumas à base de água para o uso infantil. Os desenhos com canetas de feltro são vigorosos e de cores brilhantes que, sobrepostas, originam outras cores. Deves iniciar a coloração do teu desenho com os tons mais claros e aplicar depois os tons mais escuros. Evita sujar as pontas claras com cores mais escuras; se isso acontecer, limpa a ponta de feltro numa folha de papel. Algumas marcas de canetas permitem trabalhos com transparências e sobreposição de cores. Permitem pintar com espontaneidade ou desenhar com grande precisão e preencher facilmente áreas de cores uniformes. Podes optar por marcadores de ponta finaponta finaponta finaponta fina ou grossagrossagrossagrossa. A espessura do traço depende do tipo de ponta e da forma como se segura o instrumento. A tinta, depois de aplicada, é difícil de eliminar. As canetas trespassam com facilidade papéis de pouca espessura. Há papéis à venda vocacionados para o desenho com estas canetas. Expostas à luz do sol, as cores alteram-se, tendendo a desaparecer, a durabilidade da cor é muito precária e as pontas de feltro muito frágeis.

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GGGGuacheuacheuacheuache É constituído por pigmentos coloridos moídos em pó aglutinados com um pigmento plástico (medium) e pigmento branco opaco. Diferencia-se da aguarela pela sua qualidade opaca, as cores claras podem ser colocadas em cima de outras mais escuras, desde que já estejam secas. Na idade média já se usavam guaches nas iluminuras. Aplica-se sobre papéis e cartões variados que devem ter algum "corpo" para não enfolarem. A qualidade do resultado final depende muito da qualidade dos guaches. A tinta deve ser espremida do tubo sobre um azulejo, paleta ou dentro de um godé bem seco, e em maior ou menor quantidade, consoante a superfície que se pretende pintar. O guache dilui-se com água até ter mais ou menos a consistência do azeite. Se verificares que a tinta está ainda tão espessa que custa a espalhar, vais acrescentando água (gota a gota) até obteres a consistência desejada. Deves procurar (quando se trata de mistura de tintas) nunca fazer menos tinta do que a que te permite pintar toda a superfície que pretendes. Evitas a dificuldade de obtenção de uma cor igual. Se te faltar tinta para completar a pintura de uma superfície, o ideal é fazer mais tinta; nunca deves acrescentar água ao resto da tinta, pois ela fica diferente e o trabalho não resulta. Quando quiseres misturar tintas, vais acrescentando a uma delas pequenas porções da outra cor, até obteres a cor ou o tom que desejadas. Antes de começares a pintar experimenta a tinta num papel qualquer (que deves ter sempre perto de ti) e que te serve de prova (teste). Se estiver muito liquida, acrescenta mais tinta, se custa a espalhar, junta (cuidadosamente) um pouco mais de água. Quando tiveres a tinta pronta, começa então a pintar. A tinta deve ser espalhada com o pincel sempre na mesma direcção e sentido. Não comeces pelo meio. Tem cuidado para não ultrapassares os limites da superfície que queres pintar, e também em não deixares partes em branco. Se quiseres acrescentar algum pormenor, deixa secar a superfície que pintaste. Depois, com tinta de outra cor e mais espessa, pinta sobre a superfície já pintada, mas com muito cuidado para as tintas não se misturarem. Deves ter sempre um recipiente (copo) com água limpa, para lavares os pinceis e para acrescentares água ao guache. Nunca pintes com pinceis sujos. Protege a superfície da mesa com uma folha de jornal. O pano de limpeza é obrigatório e deves leva-lo contigo sempre que vais ao lavatório, buscar água, lavar os recipientes, pinceis, etc. Os Pincéis devem ser limpos imediatamente após seu uso, porque a remoção dos resíduos de tinta seca pode danificar as cerdas. Nunca deves deixar pincéis com as cerdas mergulhadas em água, porque os pêlos poderão se deformar. Deves guardá-los separados, na vertical, com as cerdas para cima. Ter bons pincéis já é meio caminho andado para o sucesso da tua pintura. Definir o número do pincel a ser usado é difícil. Vai depender do tamanho e do tipo de trabalho.