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LEI COMPLEMENTAR N.º 10.990, DE 18 DE AGOSTO DE 1997. Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. (D.O.E. de 19.08.97) Edição CORAG Assessoria de Publicações Técnicas Porto Alegre, 1998

LC 10990_97 Estatuto Dos Servidores BM

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LEI COMPLEMENTAR N.º 10.990,DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Militares daBrigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul e dáoutras providências.(D.O.E. de 19.08.97)

Edição CORAGAssessoria de Publicações Técnicas

Porto Alegre, 1998

SUMÁRIO

– Do Provimento – Arts. 9º ao 11– Da Hierarquia e da Disciplina – Arts. 12 ao 17– Do Cargo e da Função Policiais-Militares – Arts. 18 ao 23– Do Valor Policial-Militar – Art. 24– Da Ética Policial-Militar – Arts. 25 ao 28– Dos Deveres Policiais-Militares – Art.29– Do Compromisso Policial-Militar – Arts. 30 e 31– Do Comando e da Subordinação – Arts. 32 ao 34– Da Violação das Obrigações e dos Deveres – Arts.35 ao 39– Dos Crimes Militares – Art.40– Do Conselho de Justificação – Arts. 41 ao 43– Do Conselho de Disciplina – Arts. 44 e 45– Dos Direitos dos Servidores Militares – Arts. 46 e 47– Da Remuneração – Arts.48 ao 50– Assistência Médico-Hospitar – Arts. 51 ao 55– Da Promoção – Arts. 56 ao 58– Das Férias e Outros Afastamentos Temporários do Serviço – Arts. 59º ao 68º– Das Licenças – Arts.69 ao 82.– Da Pensão Policial-Militar – Arts. 83 ao 85– Das Prerrogativas – Arts. 86 e 87– Do Uso dos Uniformes da Brigada Militar – Arts. 88 a 91– Da Agregação – Arts. 92 ao 94– Da Reversão – Arts. 95 e 96– Do Excedente – Art. 97– Do Ausente – Art. 98– Do Desaparecimento e do Extravio – Arts. 99 ao 102– Do Desligamanto ou Exclusão do serviço Ativo – Arts. 100 ao 102– Da Reinclusão – Art. 103– Da Transferência para Reserva Remunerada – Arts. 104 ao 112– Da Reforma – Arts. 113 ao 121– Da Demissão, da Perda do Posto e da Patente e da Declaração de Indignidade ou

Incompatibilidade com o Oficialato – Arts. 122 ao 127– Do Licenciamento – Arts. 128 ao 130– Da Anulação de Inclusão – Art.131– Da Exclusão da Praça a Bem da Disciplina – Arts. 132 ao 134– Da Deserção – Art. 135– Do Falecimento e do Extravio – Arts. 136 ao 138– Do Tempo de Serviço – Arts. 139 ao 147– Da Licença para Acompanhar o Cônjuge – Arts. 148 a 149– Das Recompensas e das Dispensas de Serviço – Arts. 150 a 152– Das Prorrogação do Serviço Policial Militar – Art. 153– Das Disposições Finais e Transitórias – Arts. 154 ao 163

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

LEI N.º 10.991, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.Dispõe sobre a Organização Básica da Brigada Militar do Estado do RS e dá outras providências.

LEI COMPLEMENTAR N.º 10.992, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.Dispõe sobre a carreira dos Servidores Militares do Estado do RS e dá outras providências.

LEI N.º 10.993, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.Fixa o efetivo da Brigada Militar do Estado e dá outras providências.

LEI N.º 10.996, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.Estabelece benefício ao servidor integrante dos órgãos operacionais da Secretaria da Justiça e da

Segurança, ou ao seu beneficiário, na ocorrência dos eventos “invalidez permanente, total ou parcial, oumorte”, ocorridos em serviço.LEI COMPLEMENTAR N.º 11.000, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Dispõe sobre a promoção extraordinária do Servidor Militar e do Servidor integrantes dos Quadros daPolícia Civil , do Instituto-Geral de Perícias e da Superintendência dos Serviços Penitenciários.DECRETO N.º 37.794, DE 22 DE SETEMBRO DE 1997.

Dispõe sobre diárias devidas a policiais militares e dá outras providências. O “caput” do art.1º, alteradop/D 37.878/97, inseridas no texto deste Decreto.DECRETO N.º 38.107, DE 22 DE JANEIRO DE 1998.

Regulamenta a Lei de Organização Básica e Qualificação das Carreiras dos Servidores Militares da Brigada Militar do Estadodo RS e dá outras providências.DECRETO N.º 38.108, DE 22 DE JANEIRO DE 1998.

Dispõe sobre o provimento de cargos e Qualificação das Carreiras do Servidores Militares da BrigadaMilitar do Estado do RS e dá outras providências.DECRETO N.º 38.480, DE 11 DE MAIO DE 1998.

Regulamenta a Lei Complementar n.º 11.000, de 18 de agosto de 1997.DECRETO N.º 38.548, DE 08 DE JUNHO DE 1998.

Distribui o efetivo da Brigada Militar, de acordo o fixado na Lei n.º 10.993/97.LEI COMPLEMENTAR N.º 11.170, DE 22 DE JUNHO DE 1998.

Altera disposições do Estatuto dos Servidores Militares do Estado do Rio Grande do Sul e de sua Carreira, disciplinados,respectivamente, pelas Leis Complementares n.ºs. 10.990 e 10.992, ambas de 18 de agosto de 1997 e dá outras providências.DECRETO N.º 37.536, DE 08 DE JULHO DE 1997.

Dispõe sobre as condições gerais e específicas para ingresso voluntário na Brigada Militar.DECRETO N.º 37.939, DE 17 DE NOVEMBRO DE 1997.Regulamenta a Comissão de Avaliação e Mérito da Brigada Militar e dá outras providências.

LEI COMPLEMENTAR N.º 10.990,DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Militares daBrigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul e dá outrasprovidências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que aAssembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1° – Este Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos servidoresmilitares do Estado.

Art. 2° – A Brigada Militar, instituída para a preservação da ordem pública no Estado e consideradaForça Auxiliar, reserva do Exército Brasileiro é instituição permanente e regular, organizada com base nahierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Governador do Estado.

Art. 3° – Os integrantes da Brigada Militar do Estado, em razão da destinação constitucional daCorporação e em decorrência das leis vigentes, constituem uma categoria especial de servidores públicosestaduais, sendo denominados servidores militares.

§ 1° – Os servidores militares encontram-se em uma das seguintes situações:I – na ativa:

a) os servidores militares de carreira;b) os servidores militares temporários;c) os componentes da reserva remunerada, quando convocados;d) os alunos de órgãos de formação de servidor militar da ativa.

II – na inatividade:a) na reserva remunerada, quando pertencem à reserva da Corporação e percebem

remuneração do Estado, porém sujeitos, ainda, à prestação de serviço na ativa, medianteconvocação;

b) reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores, estão dispensados,definitivamente, da prestação de serviço na ativa, mas continuam a perceber remuneraçãodo Estado;

c) na reserva não remunerada, na forma da legislação específica.§ 2° – Os servidores militares de carreira são os que, no desempenho voluntário e

permanente do serviço policial-militar, têm vitaliciedade assegurada ou presumida.§ 3° – Em casos especiais, regulados por lei, os servidores militares da reserva remunerada poderão,

mediante aceitação voluntária, ser designados para o serviço ativo, em caráter transitório, por proposta doComandante- Geral e ato do Governador do Estado.

Art. 4° – O serviço policial-militar consiste no exercício de atividades inerentes à Brigada Militar ecompreende todos os encargos previstos na legislação específica e peculiar.

Art. 5° – A carreira policial-militar é caracterizada por atividade contínua e inteiramente devotada àsfinalidades da Brigada Militar, denominada atividade policial-militar.

Parágrafo único – A carreira policial-militar é privativa do pessoal da ativa, iniciando-se com o ingressona Brigada Militar e obedecendo à seqüência de graus hierárquicos.

Art. 6° – São equivalentes as expressões “na ativa”, “da ativa”, “em serviço ativo”, “em serviço naativa”, “em serviço”, “em atividade” ou “em atividade policial-militar” referidas aos servidores militares nodesempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência ou missão, serviço ou atividade policial-militar ouconsiderada de natureza policial-militar, nas organizações policiais - militares, bem como, quando previstoem lei ou regulamento, em outros órgãos do Estado.

Art. 7° – A condição jurídica dos servidores militares é definida pelos dispositivos constitucionais quelhes forem aplicáveis, por este Estatuto e pelas leis e regulamentos que lhes outorgam direitos e prerrogativase lhes impõem deveres e obrigações.

Art. 8° – O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber, aos servidores - militares da reservaremunerada e reformados.

Parágrafo único – Os Oficiais nomeados Juízes do Tribunal Militar do Estado são regidos por legislaçãoprópria.

DO PROVIMENTO

Art. 9° – O ingresso na Brigada Militar é facultado a todos os brasileiros, sem distinção de raça, sexo oude crença religiosa, mediante concurso público, observadas as condições prescritas em lei.

Art. 10 – São requisitos para o ingresso na Brigada Militar:I – ser brasileiro;

II – possuir ilibada conduta pública e privada;III – estar quite com as obrigações eleitorais e militares;IV – não ter sofrido condenação criminal com pena privativa de liberdade ou

qualquer condenação incompatível com a função policial-militar;V – não estar respondendo processo criminal;

VI – não ter sido isentado do serviço militar por incapacidade física definitiva; eVII – obter aprovação nos exames médico, físico, psicológico e intelectual, exigidos para inclusão,

nomeação ou matrícula.Parágrafo único – As condições específicas, conforme o quadro ou qualificação, serão as previstas no

regulamento de ingresso.

Art. 11 – Para o cômputo do tempo correspondente ao período probatório será considerado o tempo deserviço do servidor militar como aluno - oficial.

Parágrafo único – Excetuam-se do disposto no “caput” os atuais 1° e 2° Tenentes PM e os atuaisAspirantes-a-Oficial.

DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA

Art. 12 – A hierarquia e a disciplina militares são a base institucional da Brigada Militar, sendo que aautoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.

§ 1° – A hierarquia militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura dacorporação, sendo que a ordenação se faz por postos ou graduações e, dentro de um mesmo posto ou de umamesma graduação, se faz pela antigüidade no posto ou na graduação, consubstanciada no espírito deacatamento à seqüência de autoridade.

§ 2° – A disciplina militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis,regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo policial-militar ecoordenam o seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo cumprimento dodever por parte de todos e de cada um dos seus componentes.

§ 3° – A disciplina militar e o respeito à hierarquia devem ser mantidos entre servidores militares daativa, da reserva remunerada e reformados.

Art. 13 – Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os servidores militares da mesmacategoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem em ambiente de estima e confiança,sem prejuízo do respeito mútuo.

Parágrafo único – Os círculos hierárquicos serão disciplinados, na forma regulamentar, em:I – Círculos de Oficiais;

II – Círculos de Praças.

Art. 14 – Os círculos e a escala hierárquica na Brigada Militar são os constantes do quadro seguinte:

CARREIRA CÍRCULO POSTOS E GRADUAÇÕESdos Servidores Coronel

de Oficiais Superiores Tenente-Coronelmilitares de Major

de Oficiais Capitãonível superior Intermediários

de Oficiais Subalternos Primeiro Tenente

dos Servidores 1° Sargentode Sargentos

militares de 2° Sargento

nível médio de Soldados Soldado

§ 1° – O Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do Estado, e aGraduação é o grau hierárquico da Praça, conferido por ato do Comandante - Geral da Brigada Militar.

§ 2° – Os graus hierárquicos inicial e final dos Quadros e Classificações são os compreendidos nascarreiras de nível superior e médio, respectivamente, definidos em lei complementar específica.

§ 3° – Sempre que o servidor militar que fizer uso do posto ou graduação for da reserva remunerada oureformado, deverá mencionar essa situação.

§ 4° – Os graus hierárquicos de Subtenente, 3° Sargento e Cabo, em extinção,freqüentam, os dois primeiros, o Círculo de Sargentos, e o último, o Círculo de Soldados.

Art. 15 – A precedência entre servidores militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é asseguradapela antigüidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional do Comandante -Geral, do Subcomandante - Geral e do Chefe do Estado Maior.

§ 1° – A antigüidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da publicação do ato darespectiva promoção, nomeação, ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data.

§ 2° – No caso de igualdade na data referida no parágrafo anterior, a antigüidade é estabelecida atravésdos seguintes critérios:

I – entre servidores militares do mesmo quadro, pela posição nas respectivas escalas numéricasou registro de que trata o artigo 17;

II – nos demais casos, pela antigüidade no posto ou na graduação anterior e, se, ainda assim,subsistir a igualdade de antigüidade, recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus hierárquicosanteriores, à data de inclusão e à data de nascimento, para definir a precedência e, nesteúltimo caso, o mais velho será considerado mais antigo;

III – entre os alunos de um mesmo órgão de formação de servidores militares, deacordo com o regulamento do respectivo órgão, se não estiveremespecificamente enquadrados nas disposições dos incisos I e II.

§ 3° – Em igualdade de posto ou graduação, os servidores militares na ativa têm precedência sobre os nainatividade.

§ 4° – Em igualdade de posto ou graduação, a precedência entre os servidores militares na ativa e os nareserva remunerada que estiverem convocados é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou nagraduação.

§ 5° – Em caso de igualdade de posto, os Oficiais que possuírem o Curso Superior de Polícia Militarterão precedência sobre os demais.

§ 6° – Excetuados os integrantes do Quadro de Oficiais Especialistas em Saúde – QOES, no exercício decargo privativo de sua especialidade, e respeitadas as restrições do presente artigo, os demais Oficiais, quandonão possuírem Curso Superior de Polícia Militar, não poderão exercer Comando, Chefia ou Direção sobre osOficiais que o possuir.

Art. 16 – A precedência entre as Praças especiais e demais Praças é a regulada por legislação federalespecífica.

Art. 17 – A Brigada Militar manterá um registro de todos os dados referentes ao seu pessoal da ativa e dareserva remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas, segundo as instruções baixadas peloComandante - Geral da Corporação.

DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS-MILITARES

Art. 18 – O cargo policial-militar é aquele que só pode ser exercido por servidor militar em serviço ativo,correspondendo, a cada cargo policial-militar um conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades que seconstituem em obrigações do respectivo titular.

Parágrafo único – As obrigações inerentes ao cargo policial-militar devem ser compatíveis com ocorrespondente grau hierárquico e definidas em legislação ou regulamentação específicas, observados osprincípios regidos por este Estatuto.

Art. 19 – Os cargos policiais - militares serão providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de grauhierárquico e de qualificação exigidos para o seu desempenho.

Parágrafo único – O provimento de cargo policial-militar se faz por ato de nomeação ou de designaçãoda autoridade competente.

Art. 20 – O cargo policial-militar é considerado vago:I – a partir de sua criação e até que um servidor militar, regularmente nomeado ou designado,

dele tome posse;II – desde o momento em que o servidor militar que o ocupa é exonerado, ou dispensado, ou

falece, ou é considerado extraviado ou desertor, e até que outro servidor militar, regularmentenomeado ou designado, ou que tenha recebido determinação de autoridade competente, deletome posse.

Art. 21 – A função policial-militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo policial-militar.

Art. 22 – Dentro de uma mesma Organização Policial Militar, a seqüência de substituições para assumircargo ou função, bem como as normas, atribuições e responsabilidades correspondentes, são estabelecidas nalegislação específica e peculiar, respeitadas a precedência e as qualificações exigidas para o cargo ou para oexercício da função.

Art. 23 – O servidor militar ocupante de cargo, provido de acordo com o parágrafo único do artigo 19,faz jus às gratificações e a outros direitos correspondentes, conforme previsto em lei.

§ 1° – O servidor militar designado, por período igual ou superior a 10 (dez) dias, para exercer função deposto ou graduação superior a sua terá direito ao vencimento e vantagens correspondentes àquele posto ougraduação, a contar do dia em que houver assumido tal função.

§ 2° – As substituições temporárias, respeitando-se os princípios da antigüidade e qualificação para oexercício funcional, somente poderão ocorrer, respectivamente, entre funções atribuídas a postos ou entrefunções atribuídas a graduações.

DO VALOR POLICIAL-MILITAR

Art. 24 – São manifestações essenciais do valor policial-militar:I – a dedicação ao serviço policial para preservação da segurança da comunidade e das

prerrogativas da cidadania, o permanente zelo ao patrimônio público e às instituiçõesdemocráticas, mesmo com o risco da própria vida;

II – a fé na elevada missão da Brigada Militar;III – o espírito de corpo, orgulho do servidor militar pela organização onde serve;IV – o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com que é exercida; eV – o aprimoramento técnico profissional.

DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR

Art. 25 – O sentimento do dever, a dignidade militar, o brio e o decoro de classeimpõem, a cada um dos integrantes da Brigada Militar, conduta moral e profissionalirrepreensíveis, com a observância dos seguintes preceitos de ética do servidor militar:

I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dignidade pessoal;II – exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência

do cargo;III – respeitar a dignidade da pessoa humana;IV – acatar as autoridades civis;V – cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades

competentes;VI – ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;

VII – zelar pelo preparo moral, intelectual e físico, próprio e dos subordinados, tendo em vista ocumprimento da missão comum;

VIII – empregar as suas energias em benefício do serviço;IX – praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o espírito de cooperação;X – ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;

XI – abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de que tenha conhecimentoem virtude do cargo ou da função;

XII – cumprir seus deveres de cidadão;XIII – proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;XIV – observar as normas da boa educação;XV – abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer

natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;XVI – conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo a que não sejam

prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e decoro;XVII – zelar pelo bom nome da Brigada Militar e de cada um dos seus integrantes, obedecendo aos

preceitos da ética do servidor militar.

Art. 26 – Ao servidor militar da ativa é vedado participar de gerência ou administração de empresaprivada, de sociedade civil ou exercer comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário.

§ 1° – Os servidores militares na reserva remunerada, quando convocados, ficamproibidos de tratar, nas organizações policiais - militares e nas repartições públicas civis,dos interesses de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.

§ 2° – Os servidores militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, desde que nãoinfrinjam o disposto no presente artigo.

Art. 27 – O Comandante - Geral da Brigada Militar poderá determinar aos servidores militares da ativaque, no interesse da salvaguarda da sua dignidade, informem sobre a origem e a natureza dos seus bens,sempre que houver razões que recomendem tal medida.

Art. 28 – O servidor militar, enquanto em efetivo serviço, não poderá estar filiado a partido político.

DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES

Art. 29 – Os deveres policiais - militares emanam do conjunto de vínculos que ligam o servidor militar àsua corporação e ao serviço que a mesma presta à comunidade, e compreendem:

I – a dedicação ao serviço policial-militar e a fidelidade à Pátria e à comunidade, cuja honra,segurança, instituições e integridade devem ser defendidas, mesmo com o sacrifício da própriavida;

II – o culto aos símbolos nacionais e estaduais;III – a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;IV – a disciplina e o respeito à hierarquia;V – o rigoroso cumprimento das obrigações e das ordens;

VI – a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.

DO COMPROMISSO POLICIAL-MILITAR

Art. 30 – Todo o cidadão, após ingressar na Brigada Militar, prestará compromisso de honra, no qualafirmará a sua aceitação consciente das obrigações e dos deveres policiais - militares e manifestará a sua firmedisposição de bem os cumprir.

Art. 31 – O compromisso a que se refere o artigo anterior terá caráter solene e será prestado na presençada tropa, tão logo o servidor militar tenha adquirido um grau de instrução compatível com o perfeitoentendimento dos seus deveres como integrante da Brigada Militar, conforme os seguintes dizeres: “Aoingressar na Brigada Militar do Estado, prometo regular a minha conduta pelos preceitos da moral, cumprirrigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviçopolicial-militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco da própriavida”.

Parágrafo único – Ao ser promovido ao seu primeiro posto, o servidor militar prestará compromisso deOficial, em solenidade especialmente programada, de acordo com os seguintes dizeres: “Perante a Bandeirado Brasil e pela minha honra, prometo cumprir os deveres de Oficial da Brigada Militar do Estado e dedicar-me inteiramente ao seu serviço”.

DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO

Art. 32 – Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que oservidor militar é investido legalmente, quando conduz homens ou dirige uma OrganizaçãoPolicial Militar, sendo vinculado ao grau hierárquico e constituindo prerrogativa impessoal,em cujo exercício o servidor militar se define e se caracteriza como chefe.

Art. 33 – A subordinação decorre, exclusivamente, da estrutura hierárquica da Brigada Militar e nãoafeta a dignidade pessoal do servidor militar.

Art. 34 – Cabe ao servidor militar a responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens queemitir e pelos atos que praticar.

DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES

Art. 35 – A violação das obrigações ou dos deveres policiais - militares constituirá crime, contravençãoou transgressão disciplinar, conforme dispuserem a legislação ou regulamentação específicas.

§ 1° – A violação dos preceitos da ética policial-militar é tanto mais grave quanto mais elevado for ograu hierárquico de quem a cometer.

§ 2° – A responsabilidade disciplinar é independente das responsabilidades civil e penal.§ 3° – Não se caracteriza como violação das obrigações e dos deveres do servidor militar o

inadimplemento de obrigações pecuniárias assumidas na vida privada.

Art. 36 – A inobservância dos deveres especificados nas leis e regulamentos, ou a faltade exação no cumprimento dos mesmos, acarreta, para o servidor militar, responsabilidadefuncional, pecuniária, disciplinar e penal, consoante legislação específica.

Parágrafo único – A apuração da responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou penal, poderá concluir pelaincompatibilidade do servidor militar com o cargo ou pela incapacidade para o exercício das funções policiais - militares a ele inerentes.

Art. 37 – O servidor militar cuja atuação no serviço revelar-se incompatível com o cargo ou quedemonstrar incapacidade para o exercício das funções policiais - militares a ele inerentes será do mesmoimediatamente afastado, sem prejuízo dos respectivos vencimentos e vantagens, salvo após decisão final doprocesso a que for submetido, desde que venha a ser condenado.

§ 1° – São competentes para determinar o imediato afastamento do cargo ou o impedimento do exercícioda função:

I – O Comandante - Geral da Brigada Militar;II – Os Comandantes, os Chefes e os Diretores, na conformidade da legislação ou regulamentação

da Corporação.§ 2° – O servidor militar afastado do cargo, nas condições mencionadas neste artigo, ficará privado do

exercício de qualquer função policial-militar, até a solução final do processo ou adoção das providênciaslegais que couberem ao caso.

Art. 38 – Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve.

Art. 39 – São vedadas as manifestações coletivas que impliquem no descumprimento do dever ou queatentem contra a disciplina policial-militar.

DOS CRIMES MILITARES

Art. 40 – O Código Penal Militar relaciona e classifica os crimes militares, em tempo de paz e em tempode guerra, e dispõe sobre a aplicação aos servidores militares das penas correspondentes aos crimes por elescometidos.

DO CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO

Art. 41 – O Oficial só perderá o posto e a patente por decisão do Tribunal Militar do Estado, sedeclarado indigno do Oficialato ou com ele incompatível.

Art. 42 – O Oficial acusado de ser incapaz de permanecer como servidor militar será, nos casos em que alei determinar, submetido a Conselho de Justificação.

Art. 43 – O processo e julgamento pelo Conselho de Justificação serão regidos por lei especial,assegurada ampla defesa ao acusado.

DO CONSELHO DE DISCIPLINA

Art. 44 – A Praça com estabilidade será submetida a Conselho de Disciplina na forma da legislaçãoespecífica.

Art. 45 – O processo e julgamento pelo conselho de Disciplina serão regidos por lei especial, asseguradaampla defesa ao acusado.

DOS DIREITOS DOS SERVIDORES MILITARES

Art. 46 – São direitos dos servidores militares, nos limites estabelecidos na legislação específica:I – a garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a ela

inerentes, quando Oficial;II – o uso das designações hierárquicas;

III – o desempenho de cargos e funções correspondentes ao posto e de atribuições correspondentesà graduação;

IV – a percepção de vencimentos, proventos e outras vantagens pecuniárias, na forma estabelecidano Código de Vencimentos e Vantagens da Brigada Militar;

V – o transporte para si e seus dependentes, seus bens pessoais, inclusive mobília, quandomovimentado por necessidade do serviço;

VI – as promoções;VII – a transferência para a reserva remunerada ou a reforma;

VIII – as férias e as licenças;IX – a demissão voluntária e, ouvido o Comandante - Geral, o licenciamento voluntário da ativa;X – o porte de arma, quando Oficial, em serviço ativo ou em inatividade, salvo aqueles Oficiais

em inatividade por alienação mental ou condenação por crimes transitados em julgado ou poratividades que desaconselhem o porte de arma;

XI – o porte de armas, pelas Praças, com as restrições impostas pela legislação específica;XII – a aquisição de uma arma de uso permitido, através da Brigada Militar, mediante indenização,

na forma regulamentar;XIII – a assistência judiciária gratuita, quando processado em razão de atos praticados em objeto de

serviço;XIV – a assistência social e médico - hospitalar;XV – a saúde, higiene e segurança do trabalho.

Art. 47 – O servidor militar que se julgar prejudicado ou ofendido por qualquer ato administrativo oudisciplinar de superior hierárquico poderá recorrer ou interpor pedido de reconsideração, queixa ourepresentação, segundo legislação vigente na Corporação.

§ 1° – O direito de recorrer na esfera administrativa prescreverá:a) em quinze dias úteis, a contar do recebimento de comunicação Oficial, quanto a ato que decorra da composição

de Quadro de Acesso;b) em cento e vinte dias corridos, nos demais casos.

§ 2° – O pedido de reconsideração, a queixa e a representação não podem ser feitos coletivamente.§ 3° – A decisão sobre qualquer recurso será dada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, exceto em

matéria disciplinar, cujo prazo será de 8 (oito) dias.§ 4° – Aos servidores militares em processo administrativo ou judicial são assegurados o contraditório e

a ampla defesa.

DA REMUNERAÇÃO

Art. 48 – A remuneração dos servidores militares compreende vencimentos ou proventos, indenizações e outras vantagens e édevida em bases estabelecidas em lei .

§ 1° – Os servidores militares na ativa percebem remuneração constituída pelas seguintes parcelas:I – vencimentos, compreendendo soldo e gratificações;

II – indenizações.§ 2° – A remuneração percebida pelos servidores militares em inatividade denomina-se proventos.

§ 3° – Os servidores militares da ativa e na inatividade perceberão abono familiar de conformidade coma lei geral que rege essa vantagem.

§ 4° – O servidor militar que exercer o magistério em curso ou estágio regularmente instituídos pelaBrigada Militar, perceberá gratificação de magistério, por aula proferida, conforme fixado em lei.

§ 5° – O servidor militar, ao ser movimentado por necessidade do serviço, desde que implique alteraçãode seu domicílio, perceberá ajuda de custo para atender às despesas de sua instalação, no valor fixado em lei.

§ 6° – O servidor militar fará jus a gratificação pelo exercício, fora do horário do expediente a queestiver sujeito, de encargo em comissão de concurso público, nos termos da lei.

Art. 49 – Os vencimentos, os proventos e as pensões dos servidores militares e seus beneficiários nãoserão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos previstos em lei federal.

Art. 50 – Os proventos de inatividade serão revistos na mesma proporção e na mesma data em que se modificar a remuneraçãodos servidores militares em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios e vantagens posteriormenteconcedidos aos servidores militares em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo oufunção em que se deu a aposentadoria.

ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR

Art. 51 – O Estado proporcionará, ao servidor militar e a seus dependentes, assistência médico-hospitalar, através do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul – IPERGS e, supletivamente,através do Departamento de Saúde da Brigada Militar, conforme legislações específicas.

Parágrafo único – O Departamento de Saúde da Brigada Militar destina-se a atender o policial-militar eseus dependentes.

Art. 52 – Nas localidades onde não houver organizações de saúde da Brigada Militar, os servidoresmilitares nela sediados poderão ser atendidos por organizações das Forças Armadas ou civis, medianteacordos previamente estabelecidos entre estas e o Departamento de Saúde da Corporação.

Art. 53 – O servidor militar em serviço ativo faz jus a hospitalização e tratamento custeado pelo Estado,quando acidentado em serviço ou acometido de doença adquirida em serviço ou dela decorrente.

Art. 54 – A assistência médico-hospitalar ao servidor militar da ativa, da reserva remunerada oureformado, poderá ser prestada pelas organizações de saúde, dentro das limitações dos recursos orçamentáriospróprios da Brigada Militar, postos à disposição do seu Departamento de Saúde.

Art. 55 – As normas e condições de atendimento serão estabelecidas em regulamento próprio, através deato do Poder Executivo.

DA PROMOÇÃO

Art. 56 – O acesso na hierarquia policial-militar é seletivo, gradual e sucessivo e será feito mediantepromoções, de conformidade com o disposto na legislação e regulamentação de promoções de Oficiais e dePraças, de modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado da carreira para os servidores militares a que essesdispositivos se referem.

§ 1° – O planejamento da carreira dos Oficiais e das Praças, observadas as disposições da legislação eregulamentação a que se refere este artigo, é atribuição do Comando--Geral da Brigada Militar, ouvido oSecretário de Estado responsável pela área da segurança pública.

§ 2° – A promoção é ato administrativo e tem como finalidade básica a seleção dos servidores militarespara o exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico superior.

Art. 57 – As promoções serão efetuadas pelos critérios de merecimento e de antigüidade, ou, ainda,extraordinariamente.

§ 1° – Em casos especiais, haverá promoções em ressarcimento de preterição.

§ 2° – A promoção de servidor militar feita em ressarcimento de preterição será efetuada segundo osprincípios de antigüidade ou merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na escala hierárquica,como se houvesse sido promovido na época devida, observado o princípio aplicável à sua promoção.

Art. 58 – A Praça que contar com mais de 25 (vinte e cinco) anos de serviço público militar, ao sertransferida, a pedido, para reserva remunerada ou ao ser transformada, será promovida ao grau hierárquicosuperior imediato.

Parágrafo único – O disposto no “caput” estende-se à praça que, com mais de 25 (vinte e cinco) anos de serviço público militar,for transferida, "ex-officio", para reserva remunerada, de acordo com os incisos I, III e VII do artigo 106 desta Lei Complementar.(1)

DAS FÉRIAS E OUTROS AFASTAMENTOSTEMPORÁRIOS DO SERVIÇO

Art. 59 – As férias são afastamentos totais do serviço, anual e obrigatoriamente concedidos aosservidores militares, para descanso.

§ 1° – As férias serão de trinta dias para todos os servidores-militares.§ 2° – Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar a regulamentação da concessão das férias

anuais.§ 3° – Para o primeiro período aquisitivo de férias será exigido 12 (doze) meses de exercício.§ 4° – É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.§ 5° – É facultado o gozo de férias em 2 (dois) períodos, não inferiores a 10 (dez) dias consecutivos.§ 6° – A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo anterior de licença para tratamento de saúde,

por punição anterior decorrente de transgressão disciplinar, pelo estado de guerra ou para que sejamcumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças.

§ 7° – Durante as férias, o servidor militar terá direito a todas as vantagens inerentes ao cargo, como seestivessem em exercício.

Art. 60 – Será pago ao servidor militar, por ocasião das férias, independentemente de solicitação, oacréscimo constitucional de 1/3 (um terço) da remuneração do período de férias, pago antecipadamente.

§ 1° – O pagamento da remuneração de férias será efetuado antecipadamente ao servidor militar que orequerer, juntamente com o acréscimo constitucional de 1/3 (um terço), antes do início do referido período.

§ 2° – Na hipótese de férias parceladas, poderá o servidor militar indicar em qual dos períodos utilizará afaculdade de que trata este artigo.

Art. 61 – Por absoluta necessidade de serviço, as férias poderão ser acumuladas até o máximo de 2 (dois)períodos anuais.

Art. 62 – Somente em casos de interesse da segurança pública, de manutenção da ordem, de extremanecessidade do serviço, ou de transferência para a inatividade, os servidores militares terão interrompido oudeixarão de gozar, na época prevista, o período de férias a que tiverem direito, registrando-se o fato em seusassentamentos.

Art. 63 – Se o servidor militar vier a falecer, quando já implementado o período de um ano, que lheassegure o direito a férias, a retribuição relativa ao período, descontadas eventuais parcelas correspondentes aantecipação, será paga aos dependentes legalmente constituídos.

Art. 64 – O servidor exonerado fará jus ao pagamento da remuneração de férias proporcionalmente aosmeses de efetivo exercício, descontadas eventuais parcelas já fruídas.

Parágrafo único – O pagamento de que trata este artigo corresponderá a 1/12 (um doze avos) daremuneração a que fizer jus o servidor militar, na forma prevista no artigo 61.

Art. 65 – O servidor militar que tiver gozado mais de 30 (trinta) dias para tratar de interessesparticulares, somente após um ano de efetivo exercício contado da data da apresentação, fará jus a férias.

Art. 66 – Os servidores militares têm direito, também, aos períodos de afastamento total do serviço, observadas as disposiçõeslegais e regulamentares, por motivo de:

I – núpcias;II – luto;

III – instalação;IV – trânsito.

Parágrafo único – O afastamento do serviço por motivo de núpcias ou luto, por até 8 (oito) diasconsecutivos, será concedido, no primeiro caso, se solicitado por antecipação à data do evento e, no segundocaso, tão logo a autoridade à qual estiver subordinado o servidor militar tenha conhecimento do óbito de seuascendente, descendente, cônjuge, sogros, irmãos, companheiro ou companheira, padrasto ou madrasta,enteado e menor sob guarda ou tutela.

Art. 67 – É assegurado, ainda, o afastamento do servidor militar, sem prejuízo de sua remuneração,durante os dias de provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino superior, 1° e 2°graus, e durante os dias de provas em exames supletivos e de habilitação a curso superior.

Parágrafo único – O servidor militar, sob pena de ser considerado faltoso ao serviço, deverá comprovarperante seu superior imediato as datas em que se realizarão as diversas provas e seu comparecimento.

Art. 68 – As férias e os outros afastamentos mencionados são concedidos com a remuneração previstana legislação peculiar e computados como tempo de efetivo serviço para todos os efeitos legais.

DAS LICENÇAS

Art. 69 – Licença é a autorização para afastamento total do serviço, em caráter temporário, concedida aoservidor militar, observadas as disposições legais e regulamentares.

§ 1° – A licença pode ser:I – especial;

II – para tratar de interesses particulares;III – para tratamento de saúde própria;IV – para tratamento de saúde de pessoa da família;V – à gestante e à adotante;

VI – à paternidade;VII – para acompanhar o cônjuge.

§ 2° – A remuneração do servidor militar, quando em qualquer das situações de licença constantes doparágrafo anterior, será regulada em legislação própria.

§ 3° – Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar conceder as licenças previstas no “caput”, bemcomo a licença para exercício de mandato classista, observadas as necessidades de serviço.

Art. 70 – A licença especial é a autorização para afastamento total do serviço, relativa a cada qüinqüêniode tempo de efetivo serviço prestado, concedida ao servidor militar que a requerer, sem que implique emqualquer restrição para a sua carreira.

§ 1° – A licença especial tem a duração de três meses.§ 2° – O período de licença especial não interrompe a contagem de tempo de efetivo serviço.§ 3° – O tempo de licença especial não gozado pelo servidor militar será, mediante requerimento,

computado em dobro para os efeitos da inatividade e de gratificações temporais, vedada a desconversão.§ 4° – A licença especial não é prejudicada pelo gozo anterior de qualquer licença para tratamento de

saúde e para que sejam cumpridos atos de serviço, bem como não anula o direito àquelas licenças.§ 5° – Para os efeitos da concessão da licença especial, não se considerará como interrupção da prestação

de serviços ao Estado os afastamentos previstos nos incisos V e VI do artigo 69, as licenças para tratamentode saúde própria, de até 4 (quatro) meses, e as licenças para tratamento de saúde de pessoa da família, de até 2(dois) meses.

Art. 71 – Ao servidor militar estável poderá ser concedida licença para tratar de interesses particulares,pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, sem remuneração e com prejuízo da contagem do tempo deserviço público.

§ 1° – A licença poderá ser negada, quando o afastamento for inconveniente ao interesse do serviço.§ 2° – O servidor militar deverá aguardar em exercício a concessão da licença, salvo hipótese de

imperiosa necessidade, devidamente comprovada à autoridade a que estiver subordinado, considerando-secomo faltas os dias de ausência ao serviço, caso a licença seja negada.

§ 3° – O servidor militar poderá, a qualquer tempo, reassumir o exercício do cargo.§ 4° – Não se concederá nova licença, antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, contados

desde a data em que tenha reassumido o exercício do cargo.

Art. 72 – Será concedida ao servidor militar licença para tratamento de saúde própria, a pedido ou “ex-officio”, precedida de inspeção médica realizada pelo Departamento de Saúde da Brigada Militar, na Capitalou no interior, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

§ 1° – Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser realizada na residência do servidor, ou noestabelecimento hospitalar em que se encontrar internado.

§ 2° – O servidor militar não poderá recusar-se à inspeção médica.§ 3° – O resultado da inspeção médica será comunicado imediatamente ao servidor militar, logo após a

sua realização, salvo se houver a necessidade de exames complementares, quando então, ficará o servidormilitar à disposição do Departamento de Saúde da Brigada Militar.

Art. 73 – Findo o período de licença, o servidor militar deverá reassumir imediatamente o exercício docargo, sob pena de ser considerado ausente, salvo prorrogação ou determinação constante em laudo pericial.

Art. 74 – O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou à natureza da doença,devendo, porém, esta ser especificada através do respectivo código (CID).

Parágrafo único – Para a concessão de licença a servidor militar acometido de moléstiaprofissional, o laudo médico deverá estabelecer a sua rigorosa caracterização.

Art. 75 – O servidor militar em licença para tratamento de saúde própria deverá abster-se do exercício deatividades incompatíveis com o seu estado, sob pena de imediata suspensão da mesma.

Art. 76 – O servidor militar poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge, de ascendente,descendente, enteado e colateral consangüíneo, até o 2° grau, desde que comprove ser indispensável a suaassistência e esta não possa ser prestada, simultaneamente, com o exercício do cargo.

Parágrafo único – A doença será comprovada através de inspeção de saúde a ser procedida peloDepartamento de Saúde da Brigada Militar.

Art. 77 – A licença de que trata o artigo anterior será concedida:I – com a remuneração total, até 90 (noventa) dias;

II – com 2/3 (dois terços) da remuneração, no período que exceder a 90 (noventa) e não ultrapassara 180 (cento e oitenta) dias;

III – com 1/3 (um terço) da remuneração, no período que exceder a 180 (cento e oitenta) e nãoultrapassar a 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

Parágrafo único – Para os efeitos deste artigo, as licenças, pela mesma moléstia, com intervalosinferiores a 30 (trinta) dias, serão consideradas como prorrogação.

Art. 78 – À servidora militar gestante será concedida, mediante inspeção médica, licença de 120 (cento evinte) dias, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo único – No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora militar serásubmetida a inspeção médica e, se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.

Art. 79 – Ao término da licença a que se refere o artigo anterior, é assegurado à servidora-militarlactante, durante o período de 2 (dois) meses, o direito de comparecer ao serviço em um turno, quando seu regime detrabalho obedecer a dois turnos, ou a três horas consecutivas por dia, quando seu regime de trabalho obedecer a turno único.

Art. 80 – À servidora militar adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de guardaou da adoção, proporcional à idade do adotado:

I – de zero a dois anos, 120 (cento e vinte) dias;

II – de mais de dois até quatro anos, 90 (noventa) dias;III – de mais de quatro até seis anos, 60 (sessenta) dias;IV – de mais de seis anos, desde que menor, 30 (trinta) dias.

Art. 81 – Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor militar terá direito à licença-paternidade de 8(oito) dias consecutivos.

Art. 82 – As licenças poderão ser interrompidas a pedido ou nas condições estabelecidas neste artigo.§ 1° – A interrupção da licença especial e da licença para tratar de interesses particulares poderá ocorrer:

I – em caso de mobilização e estado de guerra;II – em caso de decretação de estado de sítio;

III – em caso de emergente necessidade e segurança pública;IV – para cumprimento de sentença que importe em restrição da liberdade individual;V – para cumprimento de punição disciplinar, conforme regulamento da Força;

VI – em caso de pronúncia em processo criminal ou indiciação em Inquérito Policial-Militar, ajuízo da autoridade que efetivou a pronúncia ou a indiciação.

§ 2° – A interrupção de licença para tratamento de saúde de pessoa da família e para cumprimento depena disciplinar que importe em restrição da liberdade individual, será regulada em legislação própria.

DA PENSÃO POLICIAL-MILITAR

Art. 83 – A pensão policial-militar destina-se a amparar os beneficiários do servidor militar falecido ouextraviado e será paga conforme o disposto em lei.

Art. 84 – A pensão policial-militar do pessoal do serviço ativo, da reserva ou reformado será a doInstituto de Previdência do Estado, conforme legislação específica, salvo no caso do artigo seguinte.

Art. 85 – O servidor militar morto em campanha ou em ato de serviço, ou em conseqüência de acidenteem serviço, deixará a seus dependentes pensão correspondente aos vencimentos integrais do grau hierárquicoimediatamente superior ao que possuir na ativa.

Parágrafo único – O disposto no “caput” sobre o valor da pensão não se aplica ao servidor militar que forpromovido extraordinariamente.

DAS PRERROGATIVAS

Art. 86 – As prerrogativas dos servidores militares são constituídas pelas honras, dignidades e distinçõesdevidas aos graus hierárquicos e cargos.

Parágrafo único – São prerrogativas dos servidores militares:I – o uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares da Brigada Militar, correspondentes

ao posto ou à graduação;II – as honras, tratamento e sinais de respeito que lhes são assegurados em leis ou regulamentos;

III – as penas de prisão, detenção ou reclusão, fixadas em sentença judicial e os casos de prisãoprovisória, serão cumpridos em organização policial-militar, cujo Comandante, Chefe ouDiretor tenha precedência hierárquica sobre a pessoa do preso;

IV – julgamento em foro especial, nos crimes militares;V – livre ingresso e trânsito, em objeto de serviço, em qualquer recinto público ou privado,

respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;VI – prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado, no

território estadual, quando em serviço de caráter urgente;VII – carteira de identidade de acordo com modelo regulamentar, que consigne os direitos e

prerrogativas instituídos em lei, para o exercício funcional;VIII – não confinamento em cela no caso de punição administrativa.

Art. 87 – Somente em caso de flagrante delito o servidor militar poderá ser preso por autoridade policialcivil, ficando esta obrigada a entregá-lo imediatamente à autoridade policial-militar mais próxima, só podendoretê-lo na delegacia ou posto policial durante o tempo necessário à lavratura do flagrante.

§ 1° – Cabe ao Comandante-Geral da Brigada Militar a iniciativa de responsabilizar a autoridade policialque não cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja maltratado qualquer presoservidor militar ou não lhe der o tratamento devido ao seu posto ou a sua graduação.

§ 2° – Se durante o processo em julgamento no foro civil houver perigo de vida para qualquer presoservidor militar, a autoridade policial-militar da localidade providenciará em entendimentos com a autoridadejudiciária, visando à guarda do Foro ou Tribunal por força policial-militar, se for o caso.

DO USO DOS UNIFORMES DA BRIGADA MILITAR

Art. 88 – Os uniformes da Brigada Militar, com seus distintivos, insígnias e emblemas são privativos dosservidores militares e representam o símbolo da autoridade policial-militar, com as prerrogativas que lhe sãoinerentes.

Parágrafo único – Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes,distintivos, insígnias e emblemas policiais-militares, bem como seu uso por quem a ele não tiver direito.

Art. 89 – O uso dos uniformes, com seus distintivos, insígnias e emblemas, bem como os modelos,descrição, peças, acessórios e outras disposições, são estabelecidos na regulamentação da Brigada Militar.

§ 1° – É proibido ao servidor militar o uso de uniforme:I – em reuniões, propaganda ou qualquer outra manifestação de caráter político - partidário;

II – na inatividade, salvo para comparecer a solenidades militares e policiais-militares e, quando autorizado, a cerimônias cívicas comemorativas das datasnacionais ou a atos sociais solenes de caráter particular;

III – no estrangeiro, quando em atividade não relacionada com a missão de servidor militar, salvoquando expressamente determinado ou autorizado.

§ 2° – Os servidores militares na inatividade, cuja conduta possa ser considerada como ofensiva àdignidade da classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes, por decisão do Comandante-Geral da Brigada Militar.

Art. 90 – O servidor militar fardado tem as obrigações correspondentes ao uniforme que usa e aosdistintivos, emblemas e insígnias que ostenta.

Art. 91 – É vedado a qualquer organização ou pessoa civil usar uniformes ou ostentar distintivos,equipamentos, insígnias ou emblemas iguais aos adotados na Brigada Militar ou que com eles possam serconfundidos.

Parágrafo único – Serão responsabilizados pela infração das disposições deste artigo osdiretores ou chefes de sociedades ou organizações de qualquer natureza, empregadores,empresas e institutos ou departamentos que tenham adotado ou consentido que sejam usadosuniformes ou ostentados distintivos, equipamentos, insígnias ou emblemas que possam serconfundidos com os adotados na Brigada Militar.

DA AGREGAÇÃO

Art. 92 – A agregação é a situação transitória na qual o servidor militar da ativa deixa de ocupar vaga naescala hierárquica de seu Quadro, nela permanecendo sem número.

§ 1° – O servidor militar será agregado quando:I – exercer cargo ou função não previstos nos quadros de organização da Brigada Militar, criados

em lei para provimento e desempenho privativos de servidores militares;II – aguardar transferência “ ex-officio “ para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em

quaisquer dos requisitos que a motivam;III – for afastado temporariamente do serviço ativo por motivo de:

a) ter sido julgado incapaz temporariamente, após um ano contínuo de tratamento;b) ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma;

c) haver ultrapassado um ano contínuo de licença para tratamento de saúde própria;d) ter-lhe sido concedida licença para tratar de interesses particulares ou

licença para desempenho de mandato em associação de classe;e) haver ultrapassado seis meses contínuos de licença para tratamento de saúde de pessoa da

família;f) ter sido considerado oficialmente extraviado;g) haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no Código Penal

Militar, se Oficial ou Praça com estabilidade assegurada;h) como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido capturado e reincluído a fim

de se ver processar;i) se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da justiça comum ou militar;j) ter-lhe sido concedida a licença especial de que trata o parágrafo 1° do art. 102 desta Lei,

enquanto aguarda transferência para a reserva remunerada;l) ter sido condenado a pena restritiva de liberdade superior a seis meses, com

sentença passada em julgado, enquanto durar a execução;m) ter passado à disposição de Secretaria do Governo ou de outro órgão do Estado, da União,

dos Estados ou dos Territórios ou Municípios, para exercer função de natureza civil, salvose for do interesse da segurança pública;

n) ter sido, com prévia autorização ou mediante ato do Governador do Estado, investido emcargo, função ou emprego público civil temporário, inclusive da administração indireta;

o) ter-se candidatado a cargo eletivo, desde que conte com dez ou mais anos de efetivoserviço;

p) ser afastado das funções de acordo com o previsto nesta lei ou condenado a pena desuspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função prevista em lei;

q) haver ultrapassado seis meses contínuos, na situação de convocado para funcionar comoJuiz do Tribunal Militar do Estado;

r) ter-lhe sido concedida licença para acompanhar o cônjuge, na forma do artigo 148 destaLei.

§ 2° – O servidor militar agregado de conformidade com os incisos I e II do parágrafo 1° continua a serconsiderado, para todos os efeitos, em serviço ativo.

§ 3° – A agregação do servidor militar a que se refere o inciso I e as letras “m” e “n” do inciso III doparágrafo 1° é contada desde a posse do novo cargo e até o regresso à Corporação ou transferência “ ex-officio “ para a reserva remunerada.

§ 4° – A agregação do servidor militar a que se refere as letras “a”, “c”, “d”, “e”, e “j”, do inciso III doparágrafo 1° é contada a partir do primeiro dia após os respectivos prazos e enquanto durarem o respectivoevento ou situação.

§ 5° – A agregação do servidor militar a que se refere o inciso II e as letras “b”, “f”, “g”, “h”, “i”, “l”, e“p” do inciso III do parágrafo 1° é contada a partir da data indicada no ato que torna público o respectivoevento.

§ 6° – A agregação do servidor militar a que se refere a letra “o” do inciso III do parágrafo 1° é contada apartir da data do registro como candidato e até sua diplomação ou seu regresso à corporação, se não houversido eleito.

§ 7° – Ultrapassados dois anos, contínuos ou não, de agregação, nos termos da letra “n” do inciso III do parágrafo 1°, o servidormilitar ficará automaticamente transferido para a reserva, nas mesmas condições do que houver aceito cargo público permanente.

§ 8° – O servidor militar em atividade, com mais de 10 (dez) anos de serviço, ao candidatar-se a cargoeletivo, será afastado temporariamente, do serviço ativo e agregado, e, se eleito e diplomado, será transferidopara a reserva remunerada, com remuneração proporcional ao seu tempo de serviço.

§ 9° – O servidor militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares concernentes às suas relaçõescom outros servidores militares e autoridades civis, salvo quando titular do cargo que lhe dê precedênciafuncional sobre outros servidores militares mais graduados ou mais antigos.

Art. 93 – O servidor militar agregado ficará adido, para efeito de alterações e remuneração, àorganização policial-militar que lhe for designada, continuando a figurar no respectivo registro, sem número,no lugar que até então ocupava, com a abreviatura “ Ag “ e anotações esclarecedoras de sua situação.

Art. 94 – A agregação se faz por ato do Governador do Estado para os Oficiais e do Comandante-Geralpara as Praças.

DA REVERSÃO

Art. 95 – Reversão é o ato pelo qual o servidor militar agregado retorna ao respectivo quadro tão logocesse o motivo que determinou a sua agregação, voltando a ocupar o lugar que lhe competir na respectivaescala numérica, na primeira vaga que ocorrer.

Parágrafo único – A qualquer tempo poderá ser determinada a reversão do militar agregado, exceto noscasos previstos nas letras “a”, “b”, “c”, “f”, “g”, “l”, “o”, e “p” do inciso III do parágrafo 1° do artigo 92.

Art. 96 – A reversão será efetuada mediante ato do Governador do Estado para os Oficiais e doComandante-Geral para as Praças.

DO EXCEDENTE

Art. 97 – Excedente é a situação transitória a que automaticamente passa o servidor militar que:I – tendo cessado o motivo que determinou a sua agregação, reverte ao respectivo quadro, estando

este com seu efetivo completo;II – aguarda a colocação a que faz jus na escala hierárquica, após haver sido transferido de quadro,

estando o mesmo com o seu efetivo completo;III – é promovido por bravura, sem haver vaga;IV – é promovido indevidamente;V – sendo o mais moderno na respectiva escala hierárquica, ultrapassa o efetivo de seu quadro, em

virtude de promoção de outro servidor militar em ressarcimento de preterição;VI – tendo cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva, retorna ao

respectivo Quadro, estando este com o seu efetivo completo.§ 1° – O servidor militar cuja situação é a de excedente, salvo o indevidamente promovido, ocupa a

mesma posição relativa em antigüidade que lhe cabe, na escala hierárquica , com a abreviatura “Excd” ereceberá o número que lhe competir em conseqüência da primeira vaga que se verificar.

§ 2° – O servidor militar cuja situação é a de excedente é considerado como em efetivo serviço paratodos os efeitos e concorre, respeitados os requisitos legais, em igualdade de condições e sem nenhumarestrição a qualquer cargo policial-militar, bem como à promoção.

§ 3° – O servidor militar promovido por bravura, sem haver vaga, ocupará a primeira vaga aberta,deslocando para a vaga seguinte o princípio de promoção que deveria ter sido seguido.

§ 4° – O servidor militar promovido indevidamente só contará antigüidade; e receberá o número que lhecompetir na escala hierárquica, quando a vaga a ser preenchida corresponder ao princípio pelo qual deveria tersido promovido, desde que satisfaça aos requisitos para a promoção.

DO AUSENTE

Art. 98 – É considerado ausente o servidor militar que, por mais de vinte e quatro horas consecutivas:I – deixar de comparecer à sua Organização Policial-Militar, sem comunicar qualquer motivo de

impedimento;II – ausentar-se, sem licença, da Organização Policial-Militar onde serve ou do local onde deva

permanecer.Parágrafo único – Decorrido o prazo mencionado neste artigo, serão observadas as formalidades

previstas em legislação específica.

DO DESAPARECIMENTO E DO EXTRAVIO

Art. 99 – É considerado desaparecido o servidor militar da ativa que, no desempenho de qualquerserviço, em viagem, em operações policiais-militares ou em caso de calamidade pública, tiver paradeiroignorado por mais de oito dias.

§ 1° – A situação do desaparecido só será considerada quando não houver indício de deserção.

§ 2° – O servidor militar da ativa, com estabilidade assegurada, que permanecer desaparecido por maisde trinta dias, será oficialmente considerado extraviado.

DO DESLIGAMENTO OU EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO

Art. 100 – O desligamento ou exclusão do serviço do servidor militar é feito em conseqüência de:I – transferência para a reserva remunerada;

II – reforma;III – demissão;IV – perda do posto ou patente;V – licenciamento;

VI – exclusão a bem da disciplina;VII – deserção;

VIII – falecimento;IX – extravio.

Parágrafo único – O desligamento do serviço será processado após a expedição de ato do Governador doEstado ou de autoridade à qual para tanto tenham sido delegados ou concedidos poderes.

Art. 101 – A transferência para a reserva remunerada ou a reforma não isentam o servidor militar deindenização dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, nem do pagamento das pensõesdecorrentes de sentença judicial.

Art. 102 – Ao servidor militar da ativa, enquadrado nos incisos I ou V do artigo 100 ou demissionário apedido, serão aplicadas as disposições constantes nos parágrafos deste artigo, com relação ao seudesligamento da Organização Policial-Militar em que serve.

§ 1° – Decorridos 30 (trinta) dias da data em que tiver sido protocolado, no órgão encarregado daadministração do pessoal, o requerimento de transferência para a reserva remunerada, na forma do inciso I doartigo 100, o servidor militar será considerado em licença especial, sem prejuízo da remuneração e dacontagem de tempo de serviço, para todos os efeitos, podendo afastar-se do serviço, enquanto aguarda odesligamento, salvo se, antes, tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.

§ 2° – Nos demais casos previstos no “caput” deste artigo, o desligamento será feito após a publicaçãodo ato correspondente, no Diário Oficial e no boletim da organização em que serve o servidor militar, a qualnão poderá exceder de trinta dias da primeira publicação oficial.

DA REINCLUSÃO

Art. 103 – A Praça licenciada a pedido ou “ex-officio “, neste último caso desde que não seja a bem dadisciplina, poderá ser reincluída, mediante novo concurso público.

Parágrafo único – Em hipótese alguma a Praça licenciada no comportamento “MAU” poderá serincluída novamente.

DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA

Art. 104 – A passagem do servidor militar à situação de inatividade, mediante transferência para areserva remunerada, se efetua:

I – a pedido;II – “ ex-officio “.

Art. 105 – A transferência para a reserva remunerada, a pedido, será concedida, mediante requerimento,ao servidor militar que conte, no mínimo, com trinta anos de serviço, se homem, e vinte e cinco anos, semulher.

Parágrafo único – No caso de o servidor militar haver realizado qualquer curso ou estágio por conta doEstado, de duração superior a seis meses, sem haver decorrido três anos de seu término, a transferência para a

reserva só será concedida mediante indenização de todas as despesas correspondentes à realização do referidocurso ou estágio, inclusive as diferenças de vencimentos, na forma regulamentar.

Art. 106 – A transferência “ex-officio” para a reserva remunerada verificar-se-á sempre que o servidormilitar incidir em um dos seguintes casos:

I – atingir as seguintes idades limites:a) Oficiais:

Coronel – 59 anos;Tenente-Coronel – 57 anos;Major – 56 anos;Capitão – 55 anos;Tenente – 54 anos.

b) Praças – 55 anos;II – o Oficial, ao completar 30 (trinta) anos de serviço e:

a) 6 (seis) anos ou mais de permanência no último posto de seu Quadro, se for Oficial denível superior; ou

b) 35 (trinta e cinco) anos de efetivo exercício, em qualquer hipótese;III – ultrapassar 2 (dois) anos contínuos de licença para tratamento de saúde em pessoa da família;IV – agregar para, com prévia autorização ou mediante ato do Governador do Estado, assumir

cargo público civil temporário, não eletivo, inclusive na Administração Indireta, e permanecerafastado das funções por 2 (dois) anos, contínuos ou não;

V – for diplomado para desempenho de cargo eletivo;VI – quando Coronel, for demitido por necessidade de serviço ou for dispensado da função de

Comandante-Geral e não aceitar nomeação para outro cargo policial-militar;VII – for abrangido pela Quota Compulsória.

§ 1° – A transferência para a reserva remunerada processar-se-á à medida que o servidor militar forenquadrado em um dos itens deste artigo.

§ 2° – Enquanto permanecer no cargo que trata o inciso IV:a) fica assegurada a opção entre a remuneração do cargo e a do posto ou graduação;b) somente poderá ser promovido por antigüidade;c) o tempo de serviço será contado apenas para a promoção por antigüidade e para a

transferência à inatividade.

Art. 107 – A Quota compulsória que se refere o inciso VII do artigo 106 assegurará, anualmente, onúmero fixo de vagas necessárias à renovação, ao equilíbrio, à regularidade de acesso e à adequação dosefetivos de Oficiais da Brigada Militar.

Art. 108 – O número de vagas previsto no artigo anterior, observadas as disposições deste artigo e dosseguintes, será fixado nas seguintes proporções:

I – 1/5 (um quinto) por ano, do efetivo previsto para Coronel QOEM;II – uma, de dois em dois anos, de Coronel do QOES;

III – 1/12 (um doze avos), por ano, do efetivo previsto para Tenente-Coronel do QOEM.

Art. 109 – As vagas serão consideradas abertas na data da assinatura do ato que agregar, inativar,demitir ou reconhecer o óbito.

§ 1° – O número de Oficiais a serem atingidos pela Quota Compulsória é calculado, deduzindo-se dasproporções fixadas no art. 108 o total de vagas abertas no ano-base, nas situações previstas no “caput” desteartigo, excetuando-se as decorrentes dos incisos I, II e VII do artigo 106.

§ 2° – Considera-se ano-base o período de 1° de janeiro a 31 de dezembro, inclusive, do anoimediatamente anterior.

§ 3° – As frações que resultarem da aplicação das proporções estabelecidas neste artigo serãoadicionadas, cumulativamente, aos cálculos correspondentes dos períodos seguintes, até completar-se, pelomenos, um inteiro, que, então, será computado para a obtenção de uma vaga para a promoção obrigatória.

§ 4° – As vagas decorrentes das inativações previstas nos incisos I, II e VII do art. 106 e as resultantesdas promoções efetivas nos diversos postos, em face da aplicação daquele dispositivo, não serão preenchidaspor Oficiais excedentes ou desagregados em virtude de haver cessado as causas da agregação.

§ 5° – As Quotas Compulsórias só serão aplicadas quando houver, no posto imediatamente inferior,Oficiais que satisfaçam as condições de acesso.

§ 6° – A indicação dos Oficiais para integrarem a Quota Compulsória obedecerá às seguintesprescrições:

I – inicialmente serão apreciados os requerimentos apresentados até 31 de dezembro do ano-base,pelos Oficiais da ativa que, contando mais de 20 (vinte) anos de tempo de efetivo serviço,requererem a sua inclusão na Quota Compulsória, dando-se atendimento, por prioridade, aosmais idosos;

II – se o número de Oficiais voluntários, na forma do inciso I, não atingir o total de vagas daquota, esse total será completado “ex-offício” entre os Oficiais de maior antigüidade no posto,limitados ao número de vagas e desde que contem, no mínimo, com 30 (trinta) anos deserviço, até 31 de dezembro do ano-base;

III – deixarão de ser indicados os Oficiais agregados por extravio ou deserção.

Art. 110 – O órgão competente organizará, até o dia 31 de janeiro de cada ano, a lista dos Oficiaisdestinados a integrar a Quota Compulsória, na forma do § 6° do artigo anterior.

§ 1° – Os Oficiais indicados para integrar a Quota Compulsória anual serão notificados imediatamentepelo Presidente do órgão competente, e terão, para apresentar recurso contra esta medida, o prazo previsto noartigo 47, § 1°, alínea “a”.

§ 2° – Decorrido o prazo recursal, será publicada, no Boletim Geral da Corporação, alista dos Oficiais que foram abrangidos pela Quota Compulsória, baixando-se os atos deagregação, cujos efeitos se contarão a partir da data da publicação da lista.

§ 3° – A transferência para a reserva, por abrangência da Quota Compulsória, efetivar-se-á dentro dos 60(sessenta) dias seguintes ao da agregação.

Art. 111 – A transferência do servidor militar para a reserva remunerada pode ser suspensa na vigênciade estado de sítio, de calamidade pública e nos casos de convocação e mobilização, nos termos da lei.

Art. 112 – O Oficial da reserva remunerada poderá ser convocado para o serviço ativopor ato do Governador do Estado, por proposição do Comandante-Geral, para compor oConselho de Justificação, para ser encarregado de Inquérito Policial-Militar ou para serincumbido de outros procedimentos administrativos, na falta de Oficial da ativa em situaçãohierárquica compatível com a do Oficial envolvido.

§ 1° – O Oficial convocado nos termos deste artigo terá os direitos e deveres dos Oficiais da ativa deigual situação hierárquica, exceto quanto à promoção, a que não concorrerá, e contará como acréscimo essetempo de serviço.

§ 2° – A convocação de que trata este artigo terá a duração necessária ao cumprimentoda atividade que a ela deu origem, não devendo ser superior ao prazo de doze meses edependerá da anuência do convocado, sendo precedida de inspeção de saúde.

DA REFORMA

Art. 113 – A passagem do servidor militar à situação de reformado efetua-se “ex-officio”.Art. 114 – A reforma de que trata o artigo anterior será aplicada ao servidor militar que:

I – atingir as seguintes idades-limites de permanência na reserva remunerada:a) para Oficial Superior – 64 anosb) para Capitão e Tenente – 60 anosc) para Praças – 56 anos

II – for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo da Brigada Militar e não houverpossibilidade de, na forma regulamentar, ser readaptado em decorrência de limitação que

tenha sofrido em sua capacidade física e mental, a pedido ou ex-offício, conforme a avaliaçãomédica a ser procedida por Junta Policial-Militar de Saúde;

III – estiver agregado por mais de dois anos, por ter sido julgado incapaz temporariamente,mediante homologação de Junta de Saúde ainda que se trate de moléstia curável;

IV – for condenado à pena de reforma, prevista em lei, por sentença passada em julgado;V – sendo Oficial, a reforma tiver sido determinada pelo Tribunal Militar do Estado, em

julgamento por ele efetuado, em conseqüência de Conselho de Justificação a que foisubmetido;

VI – sendo Aluno-Oficial ou Praça com estabilidade assegurada, tal medida for indicada aoComandante-Geral da Brigada Militar em julgamento de Conselho de Disciplina.

§ 1° – Aos atuais postos de 1° e 2° Tenentes, em extinção, aplica-se o disposto na alínea “b” do inciso Ideste artigo.

§ 2° – O servidor militar reformado na forma dos itens V e VI só poderá readquirir a situação de servidormilitar anterior, respectivamente, por outra sentença do Tribunal Militar do Estado e nas condições nelaestabelecidas, ou por decisão do Comandante-Geral da Brigada Militar, em processo regular.

Art. 115 – Anualmente, no mês de fevereiro, o órgão responsável pelo pessoal daCorporação organizará a relação dos servidores militares que houverem atingido a idade-limite de permanência na reserva remunerada, a fim de serem reformados.

Parágrafo único – A situação de inatividade do servidor militar da reserva remunerada, quandoreformado por limite de idade, não sofre solução de continuidade, exceto quanto às condições de convocação.

Art. 116 – A incapacidade definitiva pode sobrevir em conseqüência de:I – ferimento sofrido em ação policial ou enfermidade contraída nessa circunstância ou que nela

tenha causa eficiente, bem como em decorrência da agressão sofrida e não provocada peloserviço militar, no exercício de suas atribuições;

II – acidente em serviço, entendido como:a) por ato relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições do posto

ou graduação, ainda que ocorrido em horário ou local diverso daqueledeterminado para o exercício de suas funções;

b) por situação ocorrida no percurso da residência para o trabalho e vice-versa;c) em treinamento; ed) em represália, por sua condição de servidor militar.

III – doença, moléstia ou enfermidade adquirida com relação de causa e efeito a condiçõesinerentes ao serviço;

IV – tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisiairreversível e incapacitante, cardiopatia grave, males de Addison e de Parkinson, pênfigo,espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, esclerose múltipla, estados avançados do malde Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida e outras que a leiindicar, com base na medicina especializada;

V – acidente, doença, moléstia ou enfermidade sem relação de causa e efeito com o serviço.§ 1° – Os casos de que tratam os itens I, II e III deste artigo serão provados por atestado

de origem ou inquérito sanitário de origem, sendo os termos do acidente, baixa ao hospital,papeletas de tratamento nas enfermarias e hospitais, bem como os registros de baixa,utilizados como meios subsidiários para esclarecer a situação.

§ 2° – Nos casos de tuberculose, as Juntas de Saúde deverão basear seus julgamentos,obrigatoriamente, em observações clínicas acompanhadas de repetidos exames subsidiários,de modo a comprovar, com segurança, a atividade da doença, após acompanhar sua evoluçãoaté três períodos de seis meses de tratamento clínico-cirúrgico metódico, atualizado e,sempre que necessário, nosocomial, salvo quando se tratar de formas avançadas no conceitoclínico e sem qualquer possibilidade de regressão completa, as quais terão parecer imediatoda incapacidade definitiva.

§ 3° – O parecer definitivo a adotar, nos casos de tuberculose, para os portadores delesões aparentemente inativas, ficará condicionado a um período de consolidação extra-nosocomial nunca inferior a seis meses contados a partir da época da cura.

§ 4° – Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio mental ou neuro-mental grave persistente,no qual, esgotados os meios habituais de tratamento, permaneça alteração completa ou considerável napersonalidade, destruindo a autodeterminação do pragmatismo e tornando o indivíduo total epermanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.

§ 5° – Ficam excluídas do conceito de alienação mental as epilepsias psíquicas e neurológicas, assimjulgadas pelas Juntas de Saúde.

§ 6° – Considera-se paralisia todo caso de neuropatia grave e definitiva que afeta a motilidade,sensibilidade, troficidade e mais funções nervosas, no qual, esgotados os meios habituais de tratamentopermaneçam distúrbios graves, extensos e definitivos, que tornem o indivíduo total e permanentementeimpossibilitado para qualquer trabalho.

§ 7° – São também equiparados a paralisias os casos de afecção ósteo-músculo-articulares graves ecrônicos (reumatismos graves e crônicos ou progressivos e doenças similares), nos quais, esgotados os meioshabituais de tratamento, permaneçam distúrbios extensos e definitivos, querósteo-músculo-articularesresiduais, quer secundários das funções nervosas, motilidade, troficidade ou mais funções, que tornem oindivíduo total e permanentemente impossibilitado para qualquer trabalho.

§ 8° – São equiparados à cegueira, não só os casos de afecção crônica, progressiva e incurável queconduzirão à cegueira total, como também os de visão rudimentar que apenas permitam a percepção devultos, não suscetíveis de correção por lentes nem removíveis por tratamento médico-cirúrgico.

Art. 117 – O servidor militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantesdos itens I, II, III e IV do artigo anterior, será reformado com remuneração integral, qualquer que seja o seutempo de serviço.

Art. 118 – O servidor militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes doitem I do artigo 116, será promovido extraordinariamente, nos termos definidos em lei específica, antes de serreformado.

Parágrafo único – Nos casos previstos nos itens II, III e IV do artigo 116, verificada a incapacidadedefinitiva, o servidor militar considerado inválido, com impossibilidade total e permanente para qualquertrabalho, será reformado com remuneração correspondente ao grau hierárquico imediatamente superior ao quepossuir na ativa.

Art. 119 – O servidor militar da ativa, julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes doitem V do artigo 116, será reformado:

I – com remuneração proporcional ao tempo de serviço, se Oficial ou Praça com estabilidadeassegurada;

II – com remuneração integral do seu posto ou graduação, desde que, com qualquer tempo deserviço, seja considerado inválido, com impossibilitante total e permanente para qualquertrabalho.

Art. 120 – O servidor militar, reformado por incapacidade definitiva, que for julgado apto em inspeçãode saúde pela Junta Superior de Saúde, em grau de recurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativo ou sertransferido para a reserva remunerada.

§ 1° – O retorno ao serviço ativo ocorrerá se o tempo decorrido na situação de reformado não ultrapassardois anos e na forma do § 1° do artigo 97;

§ 2° – A transferência para a reserva remunerada, observado o limite de idade para permanência nessasituação, ocorrerá se o tempo decorrido na situação de reformado ultrapassar dois anos.

Art. 121 – O servidor militar reformado por alienação mental, enquanto não ocorrer a designação judicialde curador, terá a sua remuneração paga aos seus beneficiários, desde que o tenham sob sua guarda eresponsabilidade e lhe dispensem tratamento humano e condigno.

§ 1° – A interdição judicial do servidor militar reformado por alienação mental deverá ser providenciadapelos beneficiários, parentes ou responsáveis, até sessenta dias a contar da data do ato da reforma, sob a penade suspensão do pagamento da remuneração respectiva.

§ 2° – A interdição judicial do servidor militar e seu internamento em instituiçãoapropriada, policial-militar ou não, deverão ser providenciados pela Corporação quando:

I – não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;II – não forem satisfeitas as condições de tratamento exigidas neste artigo.

§ 3° – Os processos e os atos de registro de interdição do servidor militar serão isentos de custas naJustiça Estadual.

DA DEMISSÃO, DA PERDA DO POSTO E DA PATENTEE DA DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE OU

INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO

Art. 122 – A demissão da Brigada Militar, aplicada exclusivamente aos Oficiais, se efetua:I – a pedido;

II – “ex-officio”.

Art. 123 – A demissão a pedido será concedida, diante de requerimento do interessado:I – sem indenização aos cofres públicos, quando contar com mais de cinco anos de Oficialato:

II – com indenização das despesas feitas pelo Estado com a sua preparação e formação, quandocontar menos de cinco anos de Oficialato.

§ 1° – No caso de o Oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração igual ou superior a seis mesese inferior ou igual a dezoito meses, por conta do Estado, e não tendo decorrido mais de três anos de seutérmino, a demissão só será concedida mediante indenização de todas as despesas correspondentes ao referidocurso ou estágio, acrescidas, se for o caso, das previstas no item II deste artigo a das diferenças devencimentos.

§ 2° – No caso de o Oficial ter feito qualquer curso ou estágio de duração superior a dezoito meses, porconta do Estado, aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior, se ainda não houverem decorrido mais de cincoanos de seu término.

§ 3° – O Oficial demissionário a pedido não terá direito a qualquer remuneração, sendo a sua situaçãomilitar definida pela Lei de Serviço Militar.

§ 4° – O direito à demissão a pedido pode ser suspenso, na vigência de estado de guerra, de sítio, e noscasos de perturbação da ordem interna, de mobilização ou de calamidade pública.

Art. 124 – O Oficial da ativa empossado em cargo público permanente, estranho à sua carreira seráimediatamente, mediante demissão “ex-officio”, transferido para a reserva, onde ingressará com o posto quepossuir na ativa e com as obrigações estabelecidas em lei, não podendo acumular qualquer proventos deinatividade com a remuneração do cargo público permanente.

Art. 125 – O Oficial que houver perdido o posto e a patente será demitido “ex-officio”, sem direito aqualquer remuneração ou indenização, e terá a sua situação definida pela Lei do Serviço Militar.

Art. 126 – O Oficial perderá o posto e a patente se for declarado indigno do Oficialato, ou com eleincompatível, por decisão do Tribunal Militar do Estado, em decorrência de julgamento a que for submetido.

Parágrafo único – O Oficial declarado indigno do Oficialato, ou com ele incompatível, e condenado àperda de posto e patente, só poderá readquirir a situação de servidor militar anterior por outra sentença doTribunal Militar do Estado e nas condições nela estabelecidas.

Art. 127 – Fica sujeito a declaração de indignidade para o Oficialato, ou de incompatibilidade com omesmo, por julgamento do Tribunal Militar do Estado, o Oficial que:

I – for condenado por Tribunal Civil ou Militar a pena restritiva de liberdade individual superior adois anos, em decorrência de sentença condenatória passada em julgado;

II – for condenado por sentença passada em julgado por crime para o qual a lei comine essa penaacessória;

III – incidir nos casos previstos em lei específica, que motivam o julgamento por Conselho deJustificação e neste for considerado culpado;

IV – tiver perdido a nacionalidade brasileira.

DO LICENCIAMENTO

Art. 128 – O licenciamento do serviço ativo, aplicado somente às Praças, se efetua:I – a pedido;

II – “ex-officio”.§ 1° – O licenciamento a pedido poderá ser concedido, desde que não haja prejuízo para o serviço, à

Praça engajada ou reengajada que conte, no mínimo, a metade do tempo de serviço a que se obrigou.§ 2° – O licenciamento “ex-officio” se dará:

I – por conclusão de tempo de serviço;II – por conveniência do serviço;

III – a bem da disciplina.§ 3° – O servidor militar licenciado não tem direito a qualquer remuneração e terá sua situação militar

definida pela Lei do Serviço Militar.§ 4° – O licenciado “ex-officio” a bem da disciplina receberá o Certificado de Isenção previsto na Lei do

Serviço Militar.§ 5° – Compete ao Comandante-Geral o ato de licenciamento das Praças.

Art. 129 – O Aluno-Oficial e as demais Praças sem estabilidade assegurada, empossadas em cargopúblico permanente estranho à sua carreira, serão imediatamente licenciados “ex-officio”, sem remuneração, eterão sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.

Parágrafo único – Às Praças que tiverem feito curso ou estágio aplicam-se as disposições dos parágrafoúnico do artigo 105.

Art. 130 – O direito ao licenciamento a pedido poderá ser suspenso na vigência do estado de guerra oude sítio e nos casos de perturbado da ordem interna, de mobilização ou de calamidade pública.

DA ANULAÇÃO DE INCLUSÃO

Art. 131 – A anulação de inclusão, para as Praças, ocorrerá durante a prestação do serviço policial-militar inicial nos seguintes casos:

I – de irregularidade no recrutamento, inclusive relacionada com a seleção;II – de moléstia não adquirida em serviço, em conseqüência da qual o voluntário venha a

permanecer afastado do serviço durante noventa dias, consecutivos ou não;III – se o voluntário for portador de moléstia que o incapacite para o serviço e que haja escapado à

observação da Junta Policial-Militar de Saúde, por ocasião da inspeção para a inclusão.Parágrafo único – Cabe ao Comandante-Geral determinar a anulação de Inclusão.

DA EXCLUSÃO DA PRAÇA A BEM DA DISCIPLINA

Art. 132 – A exclusão a bem da disciplina será aplicada “ex-officio” :a) às Praças sem estabilidade que forem condenadas a pena restritiva de liberdade superior a

dois anos, no foro civil ou militar, em sentença transitada em julgado.b) aos Alunos-Oficiais ou às Praças com estabilidade assegurada:

I – sobre as quais houver pronunciado tal sentença o Conselho Permanente de Justiça, porhaverem sido condenadas em sentença passada em julgado por aquele Conselho ou pelaJustiça Civil a pena restritiva de liberdade individual superior a dois anos, ou, nos crimesprevistos na legislação especial concernente à Segurança Nacional, a pena de qualquerduração;

II – sobre as quais houver pronunciado tal sentença o Conselho Permanente de Justiça, porhaverem perdido a nacionalidade brasileira;

III – incidirem nos casos que motivaram julgamento por Conselho de Disciplina e neste foremconsiderados culpados.

Parágrafo único – O Aluno-Oficial ou a Praça com estabilidade assegurada que houver sido excluído abem da disciplina, só poderá readquirir a situação de servidor militar anterior:

a) por outra sentença do Conselho Permanente de Justiça e nas condições nela estabelecidas,se a exclusão for conseqüência de sentença daquele Conselho;

b) por decisão do Comandante-Geral da Brigada Militar, em processo regular, se a exclusãofor conseqüência de ter sido julgado culpado em Conselho de Disciplina.

Art. 133 – Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar o ato de exclusão, a bem da disciplina, dasPraças com estabilidade.

Art. 134 – A exclusão da Praça a bem da disciplina acarreta a perda do seu grau hierárquico e não aisenta das indenizações dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros, nem das pensõesdecorrentes de sentença judicial.

Parágrafo único – A Praça excluída a bem da disciplina não terá direito a qualquer remuneração ouindenização e sua situação militar será definida pela Lei do Serviço Militar.

DA DESERÇÃO

Art. 135 – A deserção do servidor militar acarreta a interrupção do serviço policial-militar, com aconseqüente demissão “ex-officio” para o Oficial ou exclusão do serviço ativo para a Praça.

§ l° – A demissão do Oficial ou exclusão da Praça com estabilidade processar-se-á após um ano deagregação, se não houver captura ou apresentação voluntária antes do término desse prazo.

§ 2° – A Praça sem estabilidade assegurada será automaticamente excluída, ao ser oficialmente declaradadesertora.

§ 3° – O servidor militar desertor que for capturado ou que se apresentar voluntariamente depois dehaver sido demitido ou excluído, será submetido a inspeção de saúde e, se julgado apto, reincluído no serviçoativo e, a seguir, agregado para se ver processar e, na hipótese de ser julgado incapaz, a sua situação seráregulada na legislação específica.

§ 4° – A reinclusão em definitivo do servidor militar de que trata o parágrafo anterior dependerá desentença do Conselho de Justiça.

DO FALECIMENTO E DO EXTRAVIO

Art. 136 – O falecimento do servidor militar da ativa acarreta interrupção do serviço policial-militar,com o conseqüente desligamento ou exclusão do serviço ativo, a partir da data da ocorrência do óbito.

Art. 137 – O extravio do servidor militar da ativa acarreta interrupção do serviço policial-militar com oconseqüente afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em que o mesmo foi oficialmenteconsiderado extraviado.

§ 1° – O desligamento do serviço ativo será feito seis meses após a agregação por motivo de extravio.§ 2° – Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, calamidade pública ou outros acidentes

oficialmente reconhecidos, o extravio ou o desaparecimento do servidor militar da ativa será consideradocomo falecimento, para fins deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazos máximos de possívelsobrevivência ou se dêem por encerradas as providências de salvamento.

Art. 138 – O reaparecimento do servidor militar extraviado ou desaparecido, já desligado do serviçoativo, resulta em sua reinclusão e nova agregação, enquanto se apuram as causas que deram origem ao seuafastamento.

Parágrafo único – O servidor militar reaparecido será submetido a Conselho de Justificação ou aConselho de Disciplina, por decisão do Comandante-Geral da Brigada Militar, se assim julgar necessário.

DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 139 – Os servidores militares começam a contar tempo de serviço na Brigada Militar a partir da datade sua inclusão ou nomeação para o posto ou graduação.

§ 1° – Considera-se como data de inclusão ou nomeação, para fins deste artigo, a data de publicação dorespectivo ato no Diário Oficial do Estado.

§ 2° – O servidor militar reincluído recomeça a contar tempo de serviço na data de publicação, no DiárioOficial do Estado, do ato concernente a sua reinclusão.

§ 3° – Quando, por motivo de força maior oficialmente reconhecido, como incêndio, naufrágio, sinistroaéreo, inundação ou outras calamidades, faltarem dados para contagem de tempo de serviço, caberá aoComandante-Geral arbitrar o tempo a ser computado, para cada caso particular, de acordo com os elementosdisponíveis, após as investigações que couberem.

Art. 140 – Na apuração de tempo de serviço policial-militar, será feita a distinção entre:I – tempo de serviço efetivo;

II – anos de serviço.

Art. 141 – Tempo de efetivo serviço é o espaço de tempo computado dia a dia entre a inclusão ounomeação e a data limite estabelecida para contagem ou data do desligamento do serviço ativo, mesmo que talespaço de tempo seja parcelado.

§ l° – Será, também, computado como tempo de efetivo serviço o tempo passado dia adia, nas Organizações Policiais-Militares, pelo servidor militar da reserva convocado oumobilizado, no exercício de funções servidores militares na forma do artigo 112.

§ 2° – Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço, além dos afastamentos previstos no artigo 66,os períodos em que o servidor militar estiver afastado do exercício de suas funções, em gozo de licençaespecial.

§ 3° – Ao tempo de efetivo serviço, de que trata este artigo, apurados e totalizados em dias, será aplicadoo divisor trezentos e sessenta e cinco, para a correspondente obtenção dos anos de efetivo serviço.

Art. 142 – “Anos de serviço” é a expressão que designa o tempo de efetivo serviço a que se refere oartigo anterior, com os seguintes acréscimos:

I – tempo de serviço público federal, estadual ou municipal prestado pelo servidor militaranteriormente a sua inclusão, matrícula, nomeação ou reinclusão na Brigada Militar, acrescidodo tempo de serviço de que trata a Lei Estadual n.° 7057, de 30 de dezembro de 1976.

II – tempo relativo a cada licença-especial, ou parte dela, não gozada, contado em dobro;§ l° – Os acréscimos a que se refere o inciso I serão computados somente no momento da passagem do

servidor militar à situação de inatividade.§ 2° – Os acréscimos a que se refere o item II serão computados somente no momento da passagem do

servidor militar a situação de inatividade e, nessa situação, para todos os efeitos legais, inclusive quanto àpercepção definitiva de gratificação de tempo de serviço.

§ 3° – Não é computável, para efeito algum, o tempo:I – que ultrapassar de um ano, contínuo ou não, em licença para tratamento de saúde de pessoa

da família;II – passado em licença, para tratar de interesse particular;

III – passado como desertor;IV – decorrido em cumprimento de pena de suspensão do exercício do posto, ou graduação; cargo,

ou função por sentença passada em julgado;V – decorrido em cumprimento de pena restrita da liberdade, por sentença passado em julgado,

desde que não tenha sido concedida suspensão condicional da pena;VI – decorrido após completada a idade limite de permanência no serviço ativo da força;

VII – decorrido após a data em que for julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo.§ 4° – As restrições constantes dos §§ l° e 2° do presente artigo não prejudicarão a vigência dos artigos

15 a 17 da Lei n° 6.196, de 15 de janeiro de 1971.

Art. 143 – O tempo que o servidor militar vier a passar afastado do exercício de suas funções, emconseqüência de ferimentos recebidos em acidente quando em serviço, na manutenção da ordem pública, oude moléstia adquirida no exercício de qualquer função policial-militar, será computado como se ele o tivessepassado no exercício daquelas funções.

Art. 144 – O tempo de serviço passado pelo servidor militar no exercício de atividades decorrentes oudependentes de operações de guerra será regulado em legislação específica.

Art. 145 – O tempo de serviço dos servidores militares beneficiados por anistia será contado conformeestabelecer o ato legal que a conceder.

Art. 146 – A data-limite estabelecida para o final de contagem dos anos de serviço, para fins depassagem para a inatividade, será a do desligamento do serviço ativo.

Art. 147 – Na contagem dos anos de serviço não poderá ser computada qualquer superposição entre sidos tempos de serviço público federal, estadual, municipal ou passado em administração indireta, nem comos acréscimos de tempo, para os possuidores de curso universitário, nem com tempo de serviço computávelapós a inclusão em Organização Policial-Militar ou órgão de formação de Polícia-Militar ou a nomeação paraposto da Brigada Militar.

DA LICENÇA PARA ACOMPANHAR O CÔNJUGE

Art. 148 – O servidor militar estável terá direito à licença, sem remuneração e sem a contagem de tempode serviço, para acompanhar o cônjuge, quando este for transferido, independentemente de solicitaçãoprópria, para outro ponto do Estado ou do Território Nacional, para o exterior ou para o exercício de mandatoeletivo dos Poderes Executivo e Legislativo federal, estadual ou municipal.

Art. 149 – A licença será concedida mediante pedido do servidor militar, devidamente instruído,podendo ser renovada a cada dois anos.

DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO

Art. 150 – As recompensas constituem reconhecimento de bons serviços prestados pelos servidoresmilitares.

§ 1° – São recompensas aos servidores militares:a) prêmios de Honra ao Mérito;b) condecorações por serviços prestados;c) elogios, louvores, referências elogiosas;d) dispensa do serviço.

§ 2° – As recompensas serão concedidas de acordo com as normas estabelecidas nas leis e nosregulamentos da Brigada Militar.

Art. 151 – As dispensas do serviço são autorizações concedidas aos servidores militares paraafastamento total do serviço, em caráter temporário.

Art. 152 – As dispensas do serviço podem ser concedidas aos servidores militares:I – como recompensa;

II – em decorrência de prescrição médica.Parágrafo único – As dispensas de serviço serão concedidas com remuneração correspondente ao cargo

ou função e computadas como tempo de efetivo serviço.

DA PRORROGAÇÃO DO SERVIÇO POLICIAL-MILITAR

Art. 153 – Às Praças que concluírem o tempo de serviço a que estiverem obrigadas, poderá, desde querequeiram, ser concedida prorrogação desse tempo, uma ou mais vezes, como engajados ou reengajados,segundo as conveniências da Corporação e de acordo com a legislação pertinente.

Parágrafo único – O tempo de serviço policial-militar inicial, bem como os de engajamento e dereengajamento, será de dois anos.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 154 – A assistência religiosa aos servidores militares será regulada em lei específica.

Art. 155 – É vedado o uso, por parte de organizações civis, de designações que possam sugerir a suavinculação à Brigada Militar, excetuadas as associações, clubes, círculos e outros, que congreguem membrosda Brigada Militar.

Art. 156 – Aplicam-se à Brigada Militar, no que couberem, o Regulamento Interno e dosServiços Gerais do Exército (R/1), o Regulamento de Continências, Honra e Sinais deRespeito das Forças Armadas (R/2), o Regulamento de Administração do Exército (R/3), oRegulamento de Correspondência do Exército, o Conselho de Justificação (Lei n° 5.836/72)e o Conselho de Disciplina (Decreto federal n° 71.500/72).

Art. 157 – O cônjuge do servidor militar, sendo servidor estadual, será, se o requerer, removido oudesignado para a sede do município onde servir o servidor militar, sem prejuízo de qualquer dos seus direitos,passando, se necessário, à condição de adido ou posto à disposição de qualquer órgão do serviço públicoestadual.

Parágrafo único – Quando, por necessidade do serviço, o servidor militar mudar a sede do seu domicílio,terá assegurado o direito de transferência e matrícula, para si e seus dependentes, para qualquerestabelecimento de ensino do Estado, independente de vaga e em qualquer grau.

Art. 158 – Não se aplicam as disposições deste Estatuto ao pessoal civil em serviço na Brigada Militar.

Art. 159 – Aplicam-se aos servidores militares, nos casos omissos na presente Lei, as disposições doEstatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 160 – Os servidores militares inativados na forma prevista pelo artigo 167, § 1°, incisos I, II e III daLei n° 7.138, de 30 de janeiro de 1978, são considerados promovidos ao grau hierárquico imediato,mantendo-se inalterado o cálculo dos respectivos proventos.

Art. 161 – As Praças terão direito ao fardamento de serviço por conta do Estado, de acordo com a tabelade distribuição elaborada pela Brigada Militar.

Art. 162 – Esta lei entra em vigor no primeiro dia do mês seguinte ao de sua publicação.

Art. 163 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei n° 7.138, de 30 de janeiro de1978.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.

(DOE de 19/08/97)ANTÔNIO BRITTO,Governador do Estado.

LEGISLAÇÃOCOMPLEMENTAR

DECRETO Nº 37.536, DE 08 DE JULHO DE 1997.

Dispõe sobre as condições gerais e específicas para ingresso voluntário na BrigadaMilitar.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere oartigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

DECRETA:

Art. 1º – O ingresso na Brigada Militar será efetuado com observância do que dispõe o Estatuto dosPoliciais Militares do Estado e do estabelecido no presente Decreto.

Art. 2º – O candidato a ingresso nos quadros da Brigada Militar, deverá apresentar as seguintescondições gerais:

I – possuir ilibada conduta pública e privada;II – estar quite com as obrigações eleitorais e militares;

III – não figurar como indiciado em inquérito policial militar;IV – não ter sofrido condenação criminal com pena privativa de liberdade, medida de segurança ou

qualquer condenação incompatível com a função policial militar;V – não estar respondendo a processo criminal;

VI – não ter sido isentado do serviço militar por incapacidade física definitiva;VII – ter obtido aprovação nos exames de saúde, físico, psicológico e intelectual, exigidos para

inclusão, nomeação ou matrícula nos cursos da Brigada Militar.Parágrafo único – Quando se tratar de candidato reservista das Forças Armadas, deverá ter sido

licenciado, no mínimo, no comportamento “bom”.

Art. 3º – Além das condições gerais previstas no artigo anterior, são exigidas também, para ingresso naBrigada Militar com destino a cursos, quadros ou qualificações, as seguintes condições específicas:

I – Curso de Formação de Oficiais do Quadro de Oficiais de Polícia- Militar:a) ser brasileiro nato;b) ser do sexo masculino;c) ser solteiro e não possuir encargos de família;d) possuir altura mínima de 1,65m (um metro e sessenta e cinco centímetros);e) possuir o 2º grau completo ou equivalente;f) não ter sido dispensado de incorporação das Forças Armadas por motivo considerado

também incompatível com as exigências para o curso, de acordo com a legislação deensino em vigor;

g) não ter sido desligado de Estabelecimento de Ensino Militar ou Policial-Militar por motivodisciplinar;

h) ter, até 31 de dezembro do ano da inscrição, idade inferior a 23 (vinte e três) anos;II – Curso de Formação de Sargentos da Qualificação Policial Militar Geral:

a) satisfazer, o candidato, as condições específicas estabelecidas nas letras “b”, “d”, “e”, “f” e“g” do inciso I;

III – Curso de Formação de Soldado PM, da Qualificação Policial-Militar Geral:a) satisfazer, o candidato, as condições específicas estabelecidas nas letras “b”, “d”, “e”, “f” e

“g” do inciso I;

b) possuir Carteira Nacional de Habilitação que lhe permita conduzir veículo automotor,classificada, no mínimo, na categoria “B”, no momento da inclusão;

c) ter, até a data da inscrição para ingresso na Brigada Militar, a idade de 25 anos;IV – Cursos de Formação dos Quadros Especiais de Polícia-Militar Feminina:

a) ser do sexo feminino;b) ser brasileira nata, condição exigida das candidatas ao oficialato;c) satisfazer, a candidata, as condições das letras “c”, “g” e “h” do inciso I para o Curso de

Formação de Oficiais, e as letras “b” e “c” do inciso III, para o Curso de Formação deSoldado PM;

d) ter altura mínima de 1,60m (um metro e sessenta centímetros);e) possuir o 2º grau completo ou equivalente;

V – Quadro de Oficiais de Saúde:a) observar as disposições aplicáveis do Decreto nº 30.512, de 29 de dezembro de 1981;b) satisfazer, o candidato, as condições específicas estabelecidas nas letras “b”, “c” e “d” do

inciso IV, quando do sexo feminino;c) ter, até a data da inscrição no concurso, idade inferior a 28 anos.

Art. 4º – Compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar baixar normas complementares a estasdisposições.

Art. 5º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 08 de julho de 1997.

VICENTE BOGO,Governador do Estado em exercício.

(DOE de DE 09/07/97)

LEI Nº 10.991, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Dispõe sobre a Organização Básica da Brigada Militar do Estado e dá outrasprovidências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que aAssembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1° – A Brigada Militar, Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul, é uma Instituiçãopermanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, destinada à preservação da ordempública e à incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Art. 2º – A Brigada Militar vincula-se, administrativa e operacionalmente, à Secretaria de Estado responsável pela SegurançaPública no Estado do Rio Grande do Sul.

Art. 3° – Compete à Brigada Militar:I – executar, com exclusividade, ressalvada a competência das Forças Armadas, a polícia ostensiva, planejada pela

autoridade policial-militar competente, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública eo exercício dos poderes constituídos;

II – atuar preventivamente, como força de dissuasão, em locais ou área específicas, onde se presuma ser possível aperturbação da ordem pública;

III – atuar repressivamente, em caso de perturbação da ordem pública e no gerenciamento técnicode situações de alto risco;

IV – exercer atividades de investigação criminal militar;V – atuar na fiscalização e controle dos serviços de vigilância particular no Estado; (Inciso V do

art.3º retificado no DOE de 27.08.97, já inserida no texto)VI – executar o serviço de prevenção e combate a incêndio;

VII – fiscalizar e controlar os serviços civis auxiliares de combate a incêndio;VIII – realizar os serviços de busca e resgate aéreo, aquático e terrestre no Estado;

IX – executar as atividades de defesa civil no Estado;X – desempenhar outras atribuições previstas em lei.

Parágrafo único – São autoridades policiais-militares o Comandante-Geral da BrigadaMilitar, os Oficiais, e as Praças em comando de fração destacada, no desempenho deatividade policial-militar no âmbito de suas circunscrições territoriais.

Art. 4° – A Brigada Militar estrutura-se em órgãos de Direção, de Apoio e de Execução.§ 1° – Ao Comando-Geral, que é o órgão de Direção Geral da Brigada Militar, compete a administração

da Instituição.§ 2° – Aos Departamentos, que são os órgãos de Apoio da Brigada Militar, compete o planejamento, a

direção, o controle e a execução das diretrizes emanadas do comando da Instituição.§ 3° – Aos Comandos Regionais e aos órgãos de Polícia Militar (OPM), que são os órgãos de Execução

da Brigada Militar, compete as atividades administrativo-operacionais indispensáveis ao cumprimento dasfinalidades da Instituição.

§ 4º – Os órgãos de Polícia Militar (OPM) compreendem:I – OPM de Polícia Ostensiva;

II – OPM de Bombeiros;III – OPM de Ensino;IV – OPM de Logística;V – OPM de Saúde;

VI – OPM Especiais.

Art. 5° – Os OPM têm criação, extinção, atribuições, estrutura, organização, efetivo, nível, subordinaçãoe grau de comando fixados considerando-se os indicadores de segurança pública da respectiva circunscriçãoterritorial e os indicadores específicos da Instituição.

Art. 6° – O Comandante-Geral, Oficial do último Posto da carreira do Quadro de Oficiais de Estado-Maior – QOEM, é a autoridade primeira da Instituição, competindo-lhe a sua administração, com os poderes edeveres inerentes à função.

Art. 7° – O Comando-Geral compreende:I – o Comandante-Geral;

II – o Subcomandante-Geral;III – o Conselho Superior;IV – o Estado Maior;V – a Corregedoria-Geral;

VI – a Ajudância Geral;VII – o Gabinete do Comandante-Geral; e

VIII – a Comissão de Avaliação e Mérito

Art. 8° – O Comandante-Geral é indicado pelo Secretário de Estado responsável pelos assuntos desegurança pública e nomeado pelo Chefe do Poder Executivo Estadual, competindo-lhe:

I – a Coordenação geral das atividades da Instituição;II – a Presidência da Comissão de Avaliação e Mérito;

III – a Direção do Conselho Superior.

Art. 9º – O Subcomandante-Geral é o substituto, nos seus impedimentos eventuais, do Comandante-Geral da Corporação, competindo-lhe igualmente as funções de assessorá-lo no cumprimento das atividadesda Brigada Militar.

Parágrafo único – O Subcomandante-Geral será indicado pelo Secretário de Estado responsável pelosassuntos de segurança pública, ouvido o Comandante-Geral, e nomeado pelo Governador do Estado.

Art. 10 – Ao Conselho Superior, constituído pelos Coronéis da ativa em exercício na Instituição, cabe oassessoramento em assuntos de interesse da Corporação.

Art. 11 – Ao Estado-Maior da Brigada Militar, órgão de assessoramento do Comando-Geral, compete oestudo e o planejamento estratégico da Instituição.

Art. 12 – O Estado Maior da Brigada Militar estrutura-se em:I – chefia; e

II – seções;

Art. 13 – Ao Chefe do Estado Maior compete:I – assessorar o Comandante-Geral; e

II – coordenar, dirigir e controlar os trabalhos do Estado Maior.

Art. 14 – A Corregedoria-Geral, diretamente subordinada ao Comandante-Geral é o órgão de disciplina,orientação e fiscalização das atividades funcionais e da conduta dos servidores da Instituição.

Parágrafo único – Compete à Corregedoria-Geral:I – cumprir atividades que lhe sejam atribuídas pelo Comandante-Geral;

II – exercer a apuração de responsabilidade criminal, administrativa ou disciplinar;III – fiscalizar as atividades dos órgãos e servidores da Brigada Militar, realizando inspeções e correições e sugerindo as

medidas necessárias ou recomendáveis para a racionalização e eficiência dos serviços;IV – avaliar, para encaminhamento posterior ao Comandante-Geral, os elementos coligidos sobre o

estágio probatório de integrantes da carreira de Servidor-Militar;V – requisitar, de qualquer autoridade, certidões, diligências, exames, pareceres técnicos e

informações indispensáveis ao bom desempenho de sua função; eVI – elaborar o regulamento do estágio probatório dos servidores-militares.

Art. 15 – A Ajudância-Geral tem a seu cargo os serviços administrativos do Quartel do Comando-Geral e o atendimento de suasnecessidades em pessoal e material.

Art. 16 – O Gabinete do Comandante-Geral, ao qual compete o assessoramento direto ao Comandante-Geral, é composto por:

I – Chefia;II – Assessorias;

III – Secretaria Executiva.

Art. 17 – À Comissão de Avaliação e Mérito, órgão de assessoramento permanente do Comandante-Geral nos assuntosrelativos às carreiras de Oficiais e Praças da Instituição, compete o controle, avaliação e processamento das promoções.

Art. 18 – Os Comandos Regionais, escalões intermediários de Comando, são os responsáveis em suasrespectivas circunscrições territoriais pelas atividades administrativo-operacionais dos OPM que lhe sãosubordinados.

§ 1°– Os Comandos Regionais, conforme a respectiva circunscrição territorial de atuação, podem receberdenominações diferenciadas, em razão do efetivo e da sua destinação, que atendam às necessidades dasegurança pública.

§ 2°– Os Comandos Regionais podem ser dotados de Centro de Operações Policiais Militares.

Art. 19 – Os Departamentos organizam, sob a forma de sistemas, as atividades de ensino, instrução epesquisa, logística, patrimônio, saúde, administração financeiro-contábil, pessoal, informática e outras, deacordo com as necessidades da Instituição, compreendendo:

I – Departamento de Ensino, órgão de planejamento, controle e fiscalização das atividades deensino, instrução e pesquisa;

II – Departamento de Logística e Patrimônio, órgão de planejamento, controle e fiscalização dosbens patrimoniais afetos à Instituição, competindo-lhe a aquisição, distribuição, manutenção ea contratação de todos os serviços;

III – Departamento de Saúde, órgão de planejamento, controle e fiscalização das atividades desaúde da Instituição;

IV – Departamento Administrativo, órgão de planejamento, controle, fiscalização, auditoria eexecução das atividades financeiro-orçamentário-contábeis do pessoal;

V – Departamento de Informática, órgão de planejamento, controle e fiscalização dos sistemasinformatizados da Instituição.

Art. 20 – As funções de Comandante-Geral, de Subcomandante-Geral, de Chefe do Estado-Maior, deCorregedor-Geral e de Diretores dos Departamentos são privativas do posto de Coronel do QOEM.

§ 1° – A função de Diretor do Departamento de Saúde será exercida por um Coronel do Quadro deOficiais Especialistas em Saúde – QOES.

§ 2° – VETADO

Art. 21 – Os Departamentos da Brigada Militar poderão dividir-se em divisão, seção e setor, nesta ordemde hierarquia, com competências a serem discriminadas em regimento interno.

Art. 22 – O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no que couber, no prazo de 90 (noventa) dias,a contar de sua vigência.

Art. 23 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 24 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 7.556, de 20 de novembro de1981.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.

ANTÔNIO BRITTO,Governador do Estado.

(DOE 19.08.97)

LEI COMPLEMENTAR Nº 10.992, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Dispõe sobre a carreira dos Servidores Militares do Estado do RioGrande do Sul e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que aAssembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º – Os Quadros de Organização da Brigada Militar e as carreiras dos Oficiais e Praças passam aobservar os preceitos estatuídos na presente Lei.

Art. 2º – Fica instituída a carreira dos Servidores Militares Estaduais de Nível Superior, estruturadaatravés do Quadro de Oficiais de Estado Maior – QOEM e do Quadro de Oficiais Especialistas em Saúde –QOES.

§ 1º – A carreira dos Quadros de Oficiais, de que trata o “caput” deste artigo, é constituída dos postos deCapitão, Major, Tenente-Coronel e Coronel.

§ 2º – A inclusão no quadro de acesso para a promoção ao posto de Coronel poderá ser recusada peloservidor.

Art. 3º – O ingresso no QOEM dar-se-á no posto de Capitão, por ato do Governador do Estado, apósconcluída a formação específica, através de aprovação no Curso Superior de Polícia Militar.

§ 1º – O ingresso no Curso Superior de Polícia Militar dar-se-á mediante concurso público de provas etítulos com exigência de diplomação no Curso de Ciências Jurídicas e Sociais.

§ 2º – Os aprovados no concurso público de que trata o parágrafo anterior, enquanto estiveremfreqüentando o Curso Superior de Polícia Militar, cujo prazo de duração não excederá a dois anos, serãoconsiderados Alunos-Oficiais.

Art. 4º – O ingresso no QOES dar-se-á no posto de Capitão, por ato do Governador do Estado, medianteconcurso público de provas e títulos e conclusão, com aprovação, do Curso Básico de Oficiais de Saúde –CBOS, sendo exigido diploma de nível superior na respectiva área da saúde.

Art. 5º – A ascensão funcional nos postos do QOEM e do QOES ocorrerá após decorrido o interstíciomínimo de oito anos de efetivo serviço em cada posto imediatamente anterior ao correspondente à promoção.

§ 1º – Para a promoção ao posto de Major, o ocupante do posto de Capitão deverá ter prestado serviçosem órgão de execução por um período, consecutivo ou não, de, no mínimo, três anos e ter concluído, comaprovação, o Curso Avançado de Administração Policial Militar – CAAPM.

§ 2º – O acesso à promoção ao posto de Coronel, pelo ocupante do posto de Tenente-Coronel, exige aconclusão, com aprovação, do Curso de Especialização em Políticas e Gestão de Segurança Pública –CEPGSP.

§ 3º – O Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais e o Curso Superior de Polícia Militar, cursados pelosintegrantes do Quadro de Oficiais de Polícia Militar – QOPM, com vigência anterior a esta Lei, sãoequivalentes e substituídos, respectivamente, pelos Cursos previstos nos parágrafos 1º e 2º deste artigo.

Art. 6º – Os postos de Capitão, Major, Tenente-Coronel e Coronel da atual carreira do Quadro deOficiais de Polícia Militar – QOPM e o posto de Capitão da atual carreira do Quadro Especial de Oficiais dePolícia Militar Feminina – QEOPMFem, previstos na Lei nº 9.741, de 20 de outubro de 1992, ficamincorporados à carreira do QOEM, assim como os postos mencionados neste artigo, da atual carreira doQuadro de Oficiais de Saúde – QOS, igualmente previstos na mencionada Lei, passam a integrar a carreira doQOES.

§ 1º – Os atuais postos de Primeiro e Segundo-Tenentes do QOPM e do QEOPMFem passam a constituiro Quadro Especial de Oficiais da Brigada Militar em Extinção – QEOBMEx, e os atuais postos de Primeiro eSegundo-Tenentes do QOS passam também a constituir o Quadro Especial de Oficiais de Saúde da BrigadaMilitar em Extinção – QEOSBMEx, sendo que estes postos serão extintos à medida que vagarem osrespectivos cargos.

§ 2º – Não haverá ingressos no posto inicial da carreira do QOEM e do QOES, decorrentes da conclusãodos Cursos instituídos nos artigos 3º e 4º desta Lei, enquanto não forem promovidos ao posto de Capitão osintegrantes dos Quadros Especiais previstos no parágrafo anterior, até a sua extinção.

§ 3º – A incorporação dos Oficiais oriundos dos Quadros extintos por esta Lei, aos novos Quadros por ela criados, far-se-á deacordo com as respectivas antigüidades e na ordem de precedência que entre si detinham seus integrantes, nos Quadros de origem.

§ 4º – Os atuais Alunos-Oficiais, com ingresso até a data de vigência desta Lei, serão declaradosSegundo-Tenentes do QEOBMEx, por ocasião da formatura no respectivo Curso Superior de Formação deOficiais – CSFO, mediante ato do Governador do Estado.

§ 5º – O Curso Superior de Formação de Oficiais da Brigada Militar (CSFO/BM), com vigência anteriora esta Lei, é equivalente e substituído pelo Curso Superior de Polícia Militar.

Art. 7º – Os integrantes do QOPM, do QEOPMFem e do QOS, previstos na Lei nº 9.741, de 20 deoutubro de 1992, bem como os integrantes dos Quadros Especiais em extinção, previstos no § 1º do artigoanterior, têm assegurado o direito à ascensão hierárquica, independentemente do interstício e tempo deserviço em órgão de execução previstos no artigo 5º desta Lei, aplicando-se-lhes o Estatuto dos ServidoresMilitares do Estado do Rio Grande do Sul e o Regulamento de Promoções.

Parágrafo único – À medida que vagarem os cargos dos postos de Primeiro-Tenente do QEOBMEx,preservado o disposto no § 4º do artigo anterior, poderão ser providos, em igual número, os cargos do Quadrode Primeiro-Tenentes de Polícia Militar – QTPM, criado por esta Lei.

Art. 8º – O Oficial do Quadro de Oficiais de Estado Maior – QOEM exerce o Comando, Chefia ouDireção dos órgãos administrativos de média e alta complexidade da estrutura organizacional da Corporação edas médias e grandes frações de tropa de atividade operacional, incumbindo-lhe o planejamento, acoordenação e o controle das atividades a seu nível, na forma regulamentar, bem como o planejamento, adireção e a execução das atividades de ensino, pesquisa, instrução e treinamento, voltadas ao desenvolvimentoda segurança pública, na área afeta à Brigada Militar.

Art. 9º – O Oficial do Quadro de Oficiais Especialistas em Saúde – QOES atuará nas atividades de saúdeda Instituição, aplicando-lhes as disposições do artigo anterior, de acordo com as suas peculiaridades.

Art. 10 – Os Quadros de Oficiais de Administração (QOA) e de Oficiais Especialistas (QOE), previstosna Lei nº 9.741, de 20 de outubro de 1992, serão extintos à medida que vagarem os respectivos cargos,ficando assegurado aos seus atuais integrantes a ascensão hierárquica, na forma da legislação pertinente.

Art. 11 – Fica instituída a carreira dos Servidores Militares Estaduais de Nível Médio, integrada peloQuadro de Primeiro-Tenentes de Polícia Militar – QTPM e pelas Qualificações Policiais-Militares – QPM –para Praças, composta, respectivamente, por posto e graduações, com exigência da escolaridade de 2º Graudo ensino médio, a qual possibilitará o acesso ao grau hierárquico de Primeiro-Tenente.

Art. 12 – As Qualificações Policiais-Militares (QPM) da Brigada Militar passam a ser as seguintes:I – Qualificação Policial-Militar 1 (QPM–1): Praças de Polícia Ostensiva;

II – Qualificação Policial-Militar 2 (QPM–2): Praças Bombeiros.

Art. 13 – As Qualificações Policiais-Militares a que se refere o artigo anterior, a partir da edição destaLei, são constituídas pelas graduações de Soldado de 1ª classe, Segundo Sargento e Primeiro Sargento.

Art. 14 – O ingresso nas Qualificações Policiais-Militares dar-se-á na graduação de Soldado de 1ª classe,por ato do Comandante-Geral da Brigada Militar, após a aprovação em concurso público e no Curso Básicode Formação Policial-Militar – CBFPM. (Art.14, alterado p/LC nº 11.170/98, já inserido no texto)

Art. 15 – A inclusão em quadro de acesso para as promoções na carreira instituída no artigo 11 poderáser recusada pelo servidor.

Art. 16 – As graduações de Cabo e Subtenente, previstas na Lei nº 9.741, de 20 de outubro de 1992, ficam extintas, à medida quevagarem os respectivos cargos.

§ 1° – A graduação de Terceiro-Sargento será provida, respeitado o efetivo para ela fixado na Lei citada,mediante a formação em serviço dos atuais Soldados e Cabos que contarem com mais de 20 (vinte) anos deserviço militar e tiverem classificação, no mínimo, no comportamento “Bom”.

§ 2° – Em caso de empate, para o provimento referido no parágrafo anterior, terá preferência, em ordemsucessiva, o servidor militar que for mais antigo e o que apresentar melhor desempenho.

§ 3° – O provimento das vagas previstas conforme o parágrafo 1° dar-se-á mediante autorização doChefe do Poder Executivo, ouvido o Secretário de Estado da Justiça e da Segurança.

§ 4° – Aos servidores militares beneficiados pelo parágrafo 1° deste artigo não se aplica a regra depromoção à graduação imediatamente superior quando da transferência para a reserva remunerada, a pedido,ou da reforma.

§ 5° – As vagas preenchidas na graduação de Terceiro-Sargento, conforme os parágrafos anteriores,integram o total do efetivo fixado para a graduação de Soldado.

§ 6° – Não havendo mais candidatos passíveis de formação em serviço, a graduação de Terceiro-Sargento entrará em extinção, revertendo os cargos, à medida em que vagarem, para a graduação de Soldado.

Art. 17 – Poderão concorrer às promoções à graduação de Segundo-Sargento os Cabos e Soldados quetiverem sido incluídos na Brigada Militar anteriormente à vigência desta Lei e que tenham concluído, comaprovação, o Curso Técnico em Segurança Pública – CTSP, desde que já se tenham extinguido, porpromoções, as graduações de Terceiro-Sargento.

Parágrafo único – O Curso de Formação de Sargentos, cursado anteriormente à vigência desta Lei, éequivalente e substituído pelo Curso previsto no “caput” deste artigo.

Art. 18 – As promoções ao posto e às graduações da carreira instituída no artigo 11 terão interstíciomínimo de cinco anos, dos quais pelo menos quatro anos em serviço em órgãos de execução.

Art. 19 – A promoção dos concludentes do Curso Básico de Administração Policial Militar – CBAPM aoposto de Primeiro Tenente do Quadro de Tenentes de Polícia Militar – QTPM dar-se-á por ato do Governadordo Estado.

Art. 20 – Os Servidores Militares Estaduais de Nível Médio são, por excelência, elementos de execução das atividadesadministrativas e operacionais, podendo exercer o Comando e Chefia de órgãos administrativos de menor complexidade e daspequenas frações de tropa da atividade operacional da estrutura organizacional da Corporação, assim como auxiliar nas tarefas deplanejamento, executar a coordenação e o controle das atividades em seu nível, na forma regulamentar, e ainda auxiliar na execuçãodas atividades de ensino, pesquisa, instrução e treinamento.

Art. 21 – Ao Curso Básico de Administração Policial Militar concorrerão os Subtenentes e Primeiro-Sargentos que tenham concluído, com aprovação, o Curso Técnico em Segurança Pública – CTSP.

Art. 22 – Ficam extintas as Qualificações Policiais Militares Gerais e Particulares e a QualificaçãoEspecial de Praças de Polícia Militar Feminina, instituídas pela Lei nº 9.741, de 20 de outubro de 1992.

§ 1º – As Praças oriundas das extintas Qualificações Policiais-Militares Particulares (QPMP), daQualificação Policial-Militar Geral-1 (QPMG–1) e da Qualificação Especial de Praças de Polícia-MilitarFeminina (QEPPMFem) passam a integrar a Qualificação Policial-Militar 1 (QPM–1).

§ 2º – As Praças oriundas das extintas Qualificações Policiais-Militares Particulares (QPMP) daQualificação Policial-Militar Geral-2 (QPMG–2) passam a integrar a Qualificação Policial-Militar 2 (QPM–2).

§ 3º – As fusões das extintas Qualificações Policiais-Militares, com vistas à formação das Qualificaçõescriadas por esta Lei, observarão, para a organização das novas escalas hierárquicas, a ordem de antigüidade nagraduação e a ordem de precedência que seus integrantes detinham nas Qualificações extintas.

§ 4º – As especialidades de interesse da Brigada Militar, exercidas por Praças, serão criadas e reguladaspor ato do Chefe do Poder Executivo, mediante proposta do Comandante-Geral da Brigada Militar aoSecretário de Estado responsável pelos assuntos da segurança pública.

Art. 23 – Fica extinta a graduação de Aspirantes-a-Oficial.

Art. 24 – Ficam extintos os Cursos de Formação, Habilitação e Aperfeiçoamento instituídos para Oficiaise Praças anteriormente à vigência desta Lei.

Art. 25 – Ficam mantidos os padrões remuneratórios dos cargos correspondentes aos postos e graduaçõesextintos por esta Lei, sobre os quais incidirá a política salarial do Estado.

Art. 26 – Os períodos de tempo de serviço prestados em órgãos de execução, previstos nesta Lei, serãoexigidos em sua plenitude a partir de três anos da data de vigência desta Lei.

Art. 27 – VETADO

Art. 28 – As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta de dotações orçamentáriaspróprias.

Art. 29 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 30 – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.

ANTÔNIO BRITTO,Governador do Estado.

(DOE de 19.08.97)

LEI Nº 10.993, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Fixa o efetivo da Brigada Militar do Estado e dá outrasprovidências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que aAssembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º – O efetivo da Brigada Militar do Estado é fixado em 33.650 (trinta e três mil, seiscentos ecinqüenta) cargos de servidores militares, entre Oficiais e Praças, assim distribuídos:

I – Oficiais:a) Quadro de Oficiais de Estado-Maior (QOEM):

– 24 Coronéis;– 89 Tenentes-Coronéis;– 259 Majores;– 659 Capitães.

b) Quadro de Oficiais Especialistas em Saúde (QOES):– 02 Coronéis;– 06 Tenentes-Coronéis;– 17 Majores;– 103 Capitães.

c) Quadro de Tenentes de Polícia Militar (QTPM):– 760 Primeiros-Tenentes

II – Praças:a) Especiais:

– Até 200 Alunos-Oficiaisb) De Polícia Ostensiva – Qualificação Policial-Militar 1 (QPM–1):

– 2.443 Primeiros-Sargentos;– 3.518 Segundos-Sargentos;– 2.700 Terceiros-Sargentos;– 19.432 Soldados.

c) Bombeiros – Qualificação Policial-Militar 2 (QPM–2):– 183 Primeiros-Sargentos;– 546 Segundos-Sargentos;– 300 Terceiros-Sargentos;– 2.609 Soldados.

Parágrafo único – O efetivo de Terceiro-Sargento reverterá à graduação de Soldado, quando extinto emdecorrência das disposições da Carreira dos Servidores Militares Estaduais.

Art. 2º – O Quadro Especial a que se refere o parágrafo 1º do artigo 232 da Lei nº 7.356, de 1º defevereiro de 1980, é constituído de quatro cargos de Coronel, escolhidos dentre os integrantes do Quadro deOficiais de Estado-Maior e nomeados Juízes Militares para a composição do Tribunal Militar do Estado.

Art. 3º – As Praças Especiais não estão computadas no total do efetivo, sendo consideradas até o limitemáximo, e os respectivos totais serão fixados anualmente por ato do Comandante-Geral da Brigada Militar.

Art. 4º – O provimento do efetivo será gradual, observado, nos respectivos postos e graduações, opreenchimento dos seguintes percentuais mínimos de vagas acrescidas em decorrência da presente Lei, desdeque atendidos os requisitos legais para os respectivos provimentos:

I – 10% (dez por cento), em 1997;II – 15% (quinze por cento), em 1998;

III – 20% (vinte por cento), em 1999;IV – 25% (vinte e cinco por cento), em 2000; eV – 30% (trinta por cento), em 2001.

§ 1º – As disposições deste artigo não se aplicam para o provimento da graduação de Soldado.§ 2º – Quando o percentual mínimo de provimento de vagas corresponder à fração do respectivo posto

ou graduação, a referida fração será computada como se vaga fosse, para os fins de provimento.§ 3º – Os provimentos referidos neste artigo serão efetivados no dia 18 de novembro de

cada ano e observarão os quantitativos fixados no artigo 1º desta Lei.

Art. 5º – VETADO

Art. 6º – As despesas decorrentes da execução da presente Lei correrão à conta de dotaçõesorçamentárias próprias.

Art. 7º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 8º – Revogam-se as disposições em contrário, passando o efetivo da Lei nº 9.741,de 20 de outubro de 1992, a constar de acordo com o disposto no artigo 1º desta Lei.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.

ANTÔNIO BRITTO,Governador do Estado.

(DOE de 19.08.97)

LEI N.º 10.996, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Estabelece benefício ao servidor integrante dos órgãos operacionaisda Secretaria da Justiça e da Segurança, ou ao seu beneficiário, naocorrência dos eventos “invalidez permanente, total ou parcial, oumorte”, ocorridos em serviço.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que aAssembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:

Art. 1º – Na ocorrência dos eventos “invalidez permanente, total ou parcial, ou morte”, ocorridos emserviço, o servidor, ou seu beneficiário, faz jus ao benefício financeiro de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

§ 1° – Serão considerados acidentes em serviço aqueles ocorridos nas circunstâncias previstas na Lei n°10.594, de 11 de dezembro de 1995.

§ 2° – São considerados órgãos operacionais da Secretaria da Justiça e da Segurança, para os efeitosdesta Lei, a Brigada Militar, a Polícia Civil, a Superintendência dos Serviços Penitenciários – SUSEPE e oInstituto-Geral de Perícias.

§ 3° – O benefício de que trata este artigo será concedido somente aos servidores abaixo relacionados,independentemente da Classe titulada, que desempenham suas atividades em situação permanente de risco:

I – na Polícia Civil – para os Investigadores de Polícia, Inspetores de Polícia, Escrivães dePolícia, Comissários de Polícia e Comissários de Diversões Públicas;

II – na Brigada Militar – para os Postos e Graduações da hierarquia militar de Soldado de 2ªClasse a Capitão, inclusive;

III – na Superintendência dos Serviços Penitenciários – SUSEPE – para os Auxiliares de ServiçosPenitenciários e para os Agentes Penitenciários do Quadro dos Funcionários Penitenciários,instituído pela Lei n° 9.228, de 1° de fevereiro de 1991, e para os Monitores Penitenciários eTécnicos Penitenciários do Quadro dos Funcionários Penitenciários em extinção; e

IV – no Instituto-Geral de Perícias – para os Auxiliares de Perícia, para os Papiloscopistas e para osFotógrafos Criminalistas.

Art. 2° – O benefício de que trata o “caput” do artigo 1° não prejudica outros direitos previstos em lei.

Art. 3° – As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotação orçamentáriaprópria.

Art. 4° – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5° – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.

(DOE de 19.08.97).

LEI COMPLEMENTAR N.º 11.000, DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Dispõe sobre a promoção extraordinária do servidor militar e do servidorintegrante dos quadros da Polícia Civil, do Instituto-Geral de Perícias e daSuperintendência dos Serviços Penitenciários.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que aAssembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei Complementar seguinte:

Art. 1° – O servidor militar e o servidor integrante dos quadros da Polícia Civil, do Instituto-Geral dePerícias e da Superintendência dos Serviços Penitenciários que morrer ou ficar permanentemente inválido,em virtude de ferimento sofrido em ação ou de enfermidade contraída nessa circunstância ou que nela tenhacausa eficiente, e em decorrência de agressão sofrida e não provocada pelo servidor, no exercício de suasatribuições, bem como, na mesma situação, praticar ato de bravura, será promovido extraordinariamente, naforma desta Lei.

Parágrafo único – Na hipótese de falecimento, a promoção será “post-mortem”.

Art. 2° – A promoção extraordinária a que se refere esta Lei, para as carreiras de nível superior, bemcomo para as promoções decorrentes de ato de bravura, dar-se-ão para o grau hierárquico imediatamentesuperior da respectiva carreira.

Art. 3° – Para os servidores das carreiras de nível médio dos quadros referidos no artigo 1° desta LeiComplementar, a promoção extraordinária, exceto a decorrente de ato de bravura, que observará o dispostono artigo anterior, corresponderá à percepção de parcela adicional, em valor equivalente à diferença entre ovencimento ou soldo inicial e o final das respectivas carreiras.

Parágrafo único – Quando o servidor ocupar cargo isolado, a promoção igualmente corresponderá àpercepção de parcela adicional, em valor correspondente a 20% (vinte por cento) do seu padrão devencimento ou soldo.

Art. 4° – Para os efeitos desta Lei, considerar-se-ão em ação os servidores que realizem ou participem deatividades-fins policiais, periciais ou penitenciárias, bem como de atividades para manutenção da ordempública.

Art. 5° – Considera-se ato de bravura em serviço a conduta do servidor que, no desempenho de suasatribuições e para a preservação de vida de outrem, coloque em risco incomum a sua própria vida,demonstrando coragem, audácia e a presença de qualidades morais extraordinárias.

Parágrafo único – O ato de bravura será destacado como forma de valorizar as posturas que, respeitandoos direitos fundamentais e os princípios gerais do direito, revelem a presença de um espírito públicoresponsável pela superação do estrito cumprimento do dever.

Art. 6° – A promoção efetuada com base nesta Lei dependerá, em cada caso, de comprovação dos fatosque a justifiquem, que serão apurados independentemente de requerimento por parte do interessado ou de seussucessores.

Parágrafo único – O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo, atendendo às peculiaridadesdas carreiras do servidor militar e do servidor integrante dos quadros da Polícia Civil, do Instituto-Geral dePerícias e da Superintendência dos Serviços Penitenciários.

Art. 7° – As despesas decorrentes da execução desta Lei Complementar correrão à conta de dotaçãoorçamentária própria.

Art. 8° – Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9° – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 18 de agosto de 1997.

ANTÔNIO BRITTO,Governador do Estado.

(DOE de 19.08.97)

DECRETO Nº 37.794, DE 22 DE SETEMBRO DE 1997.

Dispõe sobre diárias devidas a policiais militares e dá outrasprovidências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere oartigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

DECRETA:

“Art. 1º – O valor das diárias dos policiais militares empregados na força tarefa das casas prisionais será obtido mediante aincidência, sobre o valor básico das diárias fixado em lei, dos índices correspondentes aos cargos titulados, multiplicados pelosseguintes fatores: (O “caput” do art.1º, redação dada p/D.37.878/97)

I – 1,19 (um vírgula dezenove), quando as diárias forem vencidas nos estabelecimentos penais e repartiçõesfazendárias do interior do Estado;

II – 1,46 (um vírgula quarenta e seis), quando as diárias forem vencidas nos estabelecimentospenais e repartições fazendárias da Capital do Estado.

Art. 2° – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3° – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 22 de setembro de 1997.

VICENTE BOGO,Governador do Estado, em exercício.

(DOE de 23.09.97)

DECRETO Nº 37.939, DE 17 DE NOVEMBRO DE 1997.

Regulamenta a Comissão de Avaliação e Mérito da Brigada Militar edá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere oartigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

DECRETA:

Art. 1º – À Comissão de Avaliação e Mérito da Brigada Militar (CAM) prevista no artigo 17, da Lei nº10.991, de 18 de agosto de 1997, compete:

I – o assessoramento permanente do Comandante-Geral nos assuntos relativos às carreiras deOficiais e Praças;

II – o controle, avaliação e processamento das promoções e dos méritos.Parágrafo único – A Presidência da CAM compete ao Comandante-Geral da Brigada Militar.

Art. 2º – A Comissão de Avaliação e Mérito da Brigada Militar estrutura-se em:I – Subcomissão de Avaliação e Mérito de Oficiais (SAMO); e

II – Subcomissão de Avaliação e Mérito de Praças (SAMP).§ 1º – A Presidência da SAMO compete ao Subcomandante-Geral da Brigada Militar.§ 2º – A Presidência da SAMP compete ao Chefe do Estado-Maior da Brigada Militar.

Art. 3º – As Subcomissões de Avaliação e Mérito de Oficiais e de Praças, administrar-se-ão de acordocom os regulamento e alterações previstas para as extintas Comissão de Promoções e Mérito de Oficiais eComissão de Promoções e Mérito de Praças naquilo que couber.

Art. 4º – A confecção dos quadros de Acesso de Oficiais e Praças para efetivação de promoções em 18de novembro de 1997, previstas pela Lei nº 10.993/97, deverá levar em conta as informações computáveis até19 de agosto de 1997.

Art. 5º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 10 de outubrode 1997.

Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 17 de novembro de 1997.

ANTÔNIO BRITTO,Governador do Estado.

(DOE de 18/11/97)

DECRETO Nº 38.107, DE 22 DE JANEIRO DE 1998.

Regulamenta a Lei de Organização Básica da Brigada Militar doEstado.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere oartigo 82, incisos V e VII da Constituição do Estado e de conformidade com o artigo 22 da Lei n.º 10.991, de18 de agosto de 1997,

DECRETA:

Art. 1º – O presente Decreto regulamenta a estrutura, as atribuições, a denominação, o efetivo, o nível, asubordinação e o grau de comando dos órgãos da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul, nos termos de sua Leide Organização Básica.

TÍTULO I

DA COMPETÊNCIA E DA ESTRUTURA GERAL

Art. 2º – A Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, instituição permanente e regular,organizada com base na hierarquia e na disciplina, nos termos da Lei n.º 10.991, de 18 de agosto de 1997, temas seguintes competências:

I – executar, com exclusividade, ressalvada a competência das Forças Armadas, a polícia ostensiva, planejada pelaautoridade policial militar competente, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e oexercício dos poderes constituídos;

II – atuar preventivamente, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde sepresuma ser possível a perturbação da ordem pública;

III – atuar repressivamente, em caso de perturbação da ordem pública e no gerenciamento técnicode situações de alto risco;

IV – exercer atividades de investigação criminal militar;V – atuar na fiscalização e controle dos serviços de vigilância particular no Estado;

VI – executar o serviço de prevenção e combate a incêndio;VII – fiscalizar e controlar os serviços civis auxiliares de combate a incêndio;

VIII – realizar os serviços de busca e resgate aéreo, aquático e terrestre no Estado;IX – executar as atividades de defesa civil no Estado; eX – desempenhar outras atividades previstas em lei.

Art. 3º – A Brigada Militar, vinculada administrativa e operacionalmente à Secretaria da Justiça e daSegurança, estrutura-se em órgãos de direção, de apoio e de execução, conforme segue:

I – o Comando-Geral, órgão de direção-geral da Brigada Militar, compreendendo:a) o Comandante-Geral da Brigada Militar;b) o Subcomandante-Geral;c) o Conselho Superior;d) o Estado-Maior da Brigada Militar;e) a Corregedoria-Geral;f) a Ajudância-Geral;g) o Gabinete do Comandante-Geral; eh) a Comissão de Avaliação e Mérito.

II – os Departamentos, órgãos de apoio da Brigada Militar, compreendendo:a) o Departamento de Ensino;b) o Departamento de Logística e Patrimônio;c) o Departamento de Saúde;d) o Departamento Administrativo; ee) o Departamento de Informática.

III – os Comandos Regionais e os Órgãos de Polícia Militar (OPM), órgãos de execução da BrigadaMilitar, compreendendo:a) os Comandos Regionais de Polícia Ostensiva;b) os Comandos Regionais de Bombeiros;c) os OPM de Polícia Ostensiva;d) os OPM de Bombeiros;e) os OPM de Ensino;f) os OPM de Logística;g) os OPM de Saúde; eh) os OPM Especiais.

Parágrafo único – São autoridades policiais-militares o Comandante-Geral da Brigada Militar, osOficiais, e as Praças em comando de fração destacada, no desempenho de atividade policial-militar no âmbitode suas circunscrições territoriais.

TÍTULO II

DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO-GERAL

Art. 4º – Ao Comando-Geral, órgão de direção-geral da Brigada Militar, compete a administração daInstituição, que será exercida diretamente pelo Comandante-Geral e pelos demais órgãos que compõem oreferido Comando, com funções específicas de disciplinamento, assessoramento e suporte administrativo.

Art. 5º – Ao Comandante-Geral, indicado pelo Secretário de Estado da Justiça e Segurança e nomeadopelo Chefe do Poder Executivo, compete:

I – a coordenação geral das atividades da Instituição;II – a presidência da Comissão de Avaliação e Mérito; e

III – a direção do Conselho Superior.

Art. 6º – O Subcomandante-Geral da Brigada Militar, indicado, ouvido o Comandante-Geral, peloSecretário de Estado da Justiça e Segurança e nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, é o substituto doComandante-Geral nos impedimentos eventuais deste, competindo-lhe, igualmente, as funções que lhe forempor ele delegadas.

Art. 7º – O Conselho Superior é constituído pelos coronéis da ativa em exercício na Corporação,competindo-lhe, em assessoramento direto ao Comandante-Geral, o acompanhamento e manifestação emassuntos relevantes da Instituição, com vistas ao fornecimento de subsídios para a tomada de decisão.

Parágrafo único – O Conselho Superior será secretariado pelo Coronel de menor precedênciahierárquica.

Art. 8º – Ao Estado-Maior da Brigada Militar (EMBM), em assessoramento direto ao Comandante-Geral, compete o estudo e o planejamento estratégico de todas as atividades da Instituição.

§ 1º – O Estado-Maior da Brigada Militar será chefiado por Coronel da ativa subordinado aoComandante-Geral e será estruturado em:

I – Seção de Efetivo e Legislação;II – Seção de Inteligência, Operações e Treinamento;

III – Seção de Logística, Patrimônio e Orçamento;IV – Seção de Comunicação Social; eV – Seção Administrativa.

§ 2º – Para o cumprimento de suas missões, o EMBM poderá requisitar informações dos demais órgãoscomponentes da estrutura da Brigada Militar.

Art. 9º – A Corregedoria-Geral (Cor-G), responsável pela disciplina, orientação e fiscalização dasatividades funcionais e da conduta dos servidores da Instituição, será exercida pelo Corregedor-Geral,Coronel da ativa subordinado ao Comandante-Geral, e contará com as Seções de Justiça e Disciplina, deFeitos Especiais, de Correição e a Seção Administrativa.

Parágrafo único – Compete à Corregedoria:I – cumprir atividades que lhe sejam atribuídas pelo Comandante-Geral;

II – exercer a apuração de responsabilidade criminal, administrativa ou disciplinar;III – fiscalizar as atividades dos órgãos e servidores da Brigada Militar, realizando inspeções e correições e sugerindo as

medidas necessárias ou recomendáveis para a racionalização e eficiência dos serviços;IV – avaliar, para encaminhamento posterior ao Comandante-Geral, os elementos coligidos sobre o

estágio probatório de integrantes de carreira de servidores militares;V – providenciar junto a qualquer autoridade certidões, diligências, exames, pareceres técnicos e

informações indispensáveis ao bom desempenho de sua função; eVI – elaborar o regulamento do estágio probatório dos servidores militares.

Art. 10 – A Ajudância-Geral será exercida pelo Ajudante-Geral, Oficial do Círculo dos OficiaisSuperiores subordinado ao Comandante-Geral, e contará com as Seções Administrativa e de Pessoal,competindo-lhe:

I – a administração do Quartel do Comando Geral (QCG);II – o arquivo geral e o boletim diário da Corporação;

III – o apoio de praças e de material a todos os Órgãos sediados no QCG;IV – a segurança e serviços gerais do QCG; eV – o controle das Bandas de Música.

Parágrafo único – Compõem o Quartel do Comando-Geral os órgãos de direção-geral, exceto aCorregedoria-Geral.

Art. 11 – O Gabinete do Comandante-Geral (Gab Cmt-G), ao qual compete o assessoramento direto aoComandante-Geral, será chefiado por Oficial Superior a ele subordinado, contando em sua estrutura com:

I – Assessoria Jurídica;II – Assessoria Parlamentar;

III – Assessoria da Qualidade; eIV – Secretaria Executiva.

Parágrafo único – Ao Gabinete do Comandante-Geral compete, além do previsto em Lei, assessorar asações do Subcomandante-Geral da Brigada Militar.

Art. 12 – A Comissão de Avaliação e Mérito (CAM), à qual compete o controle, a avaliação e oprocessamento das promoções das carreiras de Oficial e Praça, é órgão de assessoramento permanente doComandante-Geral, regulado em legislação própria e estruturado em:

I – Subcomissão de Avaliação e Mérito de Oficiais, presidida pelo Subcomandante-Geral; eII – Subcomissão de Avaliação e Mérito de Praças, presidida pelo Chefe do Estado-Maior.

TÍTULO III

DOS ÓRGÃOS DE APOIO

Art. 13 – Os órgãos de apoio da Brigada Militar são constituídos pelos Departamentos a que se refere oinciso II do artigo 2º deste Decreto, subordinados ao Comandante-Geral, competindo-lhes o planejamento, adireção, o controle e a execução das diretrizes emanadas do comando da Instituição.

§ 1º – Os Departamentos organizarão em forma de sistema as atividades de ensino, instrução e pesquisa,logística, patrimônio, saúde, administração, recursos humanos e informática.

§ 2º – Os Departamentos serão dirigidos pelos Diretores de Departamento, escolhidos dentre os Coronéisda ativa integrantes do QOEM, exceto para o Departamento de Saúde, cuja escolha recairá em coronel doQOES.

Art. 14 – O Departamento de Ensino (DE) é responsável pelo planejamento, controle efiscalização das atividades de ensino, instrução e pesquisa, estruturando-se em:

I – Divisão de Supervisão;II – Divisão de Treinamento; e

III – Divisão Administrativa.

Art. 15 – O Departamento de Logística e Patrimônio (DLP) é responsável pelo planejamento, controle efiscalização dos bens patrimoniais afetos à Instituição, competindo-lhe a aquisição, distribuição, manutençãoe contratação de todos os serviços, estruturando-se em:

I – Divisão Administrativa;II – Divisão de Logística;

III – Divisão de Patrimônio; eIV – Divisão Técnica.

Art. 16 – O Departamento de Saúde (DS) é responsável pelo planejamento, controle e fiscalização dasatividades de saúde da Instituição, estruturando-se em:

I – Divisão de Saúde Humana;II – Divisão de Saúde Animal; e

III – Divisão Administrativa.

Art. 17 – O Departamento Administrativo (DA) é responsável pela execução das atividades deplanejamento, de controle, de fiscalização, de auditoria e de pessoal, bem como pela execução das atividadesfinanceiro-orçamentário-contábeis da Instituição, estruturando-se em:

I – Divisão de Pessoal;II – Divisão de Finanças;

III – Divisão de Auditorias; eIV – Divisão Técnica.

Art. 18 – O Departamento de Informática (DI) é o responsável pelo planejamento, controle e fiscalização dos sistemasinformatizados da Instituição, estruturando-se em:

I – Divisão de Gerência Técnico-Operacional;II – Divisão de Gerência de Informações;

III – Divisão de Gerência de Redes; eIV – Divisão Administrativa.

TÍTULO IV

DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO

Art. 19 – Aos órgãos de execução, constituídos pelos Comandos Regionais e pelos Órgãos de PolíciaMilitar (OPM), competem a responsabilidade e a execução das atividades administrativo-operacionaisindispensáveis ao cumprimento das finalidades da Instituição.

CAPÍTULO I

Dos Comandos Regionais

Art. 20 – Os Comandos Regionais, escalões intermediários de comando, subordinados ao Comandante-Geral, são responsáveis,em suas respectivas circunscrições territoriais, pelas atividades administrativo-operacionais dos OPM que lhes são subordinados,podendo ser dotados de Centros de Operações Policiais Militares.

§ 1º – Os Comandos Regionais serão comandados por Oficiais Superiores, classificando-se emComandos Regionais de Polícia Ostensiva e em Comandos Regionais de Bombeiros.

§ 2º – Os Comandos Regionais contarão com Chefes de Estado-Maior, aos quais compete oassessoramento direto ao Comandante, a substituição eventual deste, o estudo e planejamento estratégico e acoordenação da estrutura do respectivo Comando, estruturando-se em:

I – Seção de Efetivo e Legislação;II – Seção de Inteligência, Operações e Treinamento; e

III – Seção de Logística, Patrimônio e Orçamento.

SEÇÃO I

Dos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva

Art. 21 – Aos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva compete administrar a execução das atividadesde polícia ostensiva no respectivo espaço de responsabilidade territorial, respondendo perante o Comando-Geral da Corporação pelo grau de segurança pública de sua circunscrição.

SEÇÃO II

Dos Comandos Regionais de Bombeiros

Art. 22 – Aos Comandos Regionais de Bombeiros compete administrar a execução das atividades debombeiros no âmbito de sua responsabilidade territorial, respondendo perante o Comando-Geral daCorporação pela realização de suas atividades na correspondente circunscrição.

CAPÍTULO II

Dos Órgãos de Polícia Militar

Art. 23 – Os Órgãos de Polícia Militar (OPM), responsáveis pela execução das atividades administrativo-operacionais indispensáveis ao cumprimento das finalidades da Instituição são classificadas em OPM dePolícia Ostensiva, de Bombeiros, de Ensino, de Logística, de Saúde e Especiais.

§ 1º – Os OPM de Ensino, de Logística e de Saúde são, respectivamente, subordinados aos Departamentos de Ensino, deLogística e Patrimônio e de Saúde.

§ 2º – Os OPM de Polícia Ostensiva e de Bombeiros são subordinados aos respectivos ComandosRegionais ou a outro OPM, quando nele enquadrado.

§ 3º – Os OPM Especiais são subordinados ao Comandante-Geral, o qual poderá delegar estasubordinação, de acordo com as necessidades administrativas e operacionais da Instituição.

§ 4º – Os OPM de Polícias Ostensiva, de Bombeiros e Especiais terão denominação própria, conformeseu nível hierárquico, podendo constituir-se como:

I – Batalhões, Regimentos, Destacamentos Especiais, Grupamentos;II – Companhias, Esquadrões ou Subgrupamentos;

III – Pelotão ou Seção; eIV – Grupo.

§ 5º – Os OPM de Ensino, de Saúde e de Logística terão denominação própria, conforme estabelecidoneste Decreto.

SEÇÃO I

Dos OPM de Polícia Ostensiva

Art. 24 – Aos OPM de Polícia Ostensiva compete a execução das atividades de polícia ostensiva noespaço de responsabilidade territorial, respondendo perante o Comando Regional pelo grau de segurançapública de sua circunscrição.

Art. 25 – Os OPM de Polícia Ostensiva tem circunscrição territorial normal correspondente aomunicípio, podendo, entretanto, existir mais de um OPM por município, quando os indicadores de segurançapública, relacionados nas disposições finais deste Decreto, assim o recomendarem.

Art. 26 – Os OPM de Polícia Ostensiva serão constituídos nos seguintes níveis, conforme os indicadoresde segurança pública da respectiva circunscrição territorial e os indicadores específicos da Instituição:

I – Batalhão, Regimento ou Destacamento Especial, subordinado ao respectivo ComandoRegional, constituídos de 02 a 07 Companhias ou Esquadrões, tendo seus Comandante eSubcomandante escolhidos dentre os Oficiais, sendo que, para o comando, a função deve

recair nos postos do Círculo de Oficiais Superiores, contando, ainda, com assessorias deEfetivo e Logística e de Inteligência e Operações;

II – Companhia ou Esquadrão, subordinados ao respectivo Comando Regional ou ao comandantedo respectivo Batalhão ou Regimento, quando neles enquadrados, constituídos de 02 a 07Pelotões, e terão como Comandante servidor militar do Círculo de Oficiais;

III – Pelotão, subordinado ao Comando Regional ou ao respectivo comandante de companhia ouesquadrão, quando neles enquadrados, constituído de 02 a 07 Grupos Policial Militar e queterá como Comandante servidor militar do Círculo de Oficiais; e

IV – Grupo de Polícia Militar, subordinado ao respectivo Comando Regional ou ao comandante dorespectivo Pelotão, quando nele enquadrado, constituído de 06 a 10 Servidores MilitaresEstaduais e que terá como Comandante servidor militar do Círculo de Oficiais ou do Círculode Sargentos.

§ 1º – Os OPM constantes no Inciso I deste artigo, criados a partir deste Decreto, serão denominadosDestacamentos Especiais.

§ 2º – Os atuais Batalhões e Regimentos deverão adaptar sua estrutura organizacional ao disposto nesteartigo.

SEÇÃO II

Dos OPM de Bombeiros

Art. 27 – Aos OPM de Bombeiros compete a execução das atividades de bombeiros no espaço deresponsabilidade territorial, respondendo perante o Comando Regional pela execução destas atividades noâmbito de sua circunscrição.

Art. 28 – Os OPM de Bombeiros serão constituídos nos seguintes níveis, conforme os indicadores desegurança pública da respectiva circunscrição territorial e os indicadores específicos da Instituição:

I – Grupamento de Bombeiros, subordinado ao respectivo Comando Regional, constituído de 02 a07 Subgrupamentos de Bombeiros e 01 Subgrupamento de Busca e Resgate e que teráComandante e Subcomandante, escolhidos dentre os Oficiais, sendo que, para o comando, afunção deve recair nos postos do Círculo de Oficiais Superiores, contando com assessorias deAnálise Técnica, de Efetivo e Logística e de Inteligência e Operações;

II – Subgrupamento de Bombeiros, subordinado ao respectivo Comando Regional ou aocomandante do respectivo Grupamento de Bombeiros, quando nele enquadrado, que terácomo Comandante servidor militar do Círculo de Oficiais, constituídos de 02 a 07 Seções deBombeiros, podendo uma delas, se necessário, ser constituída como Seção de Busca e Resgatee, quando couber, contar com assessoria de Análise Técnica;

III – Subgrupamento de Busca e Resgate, subordinado ao respectivo Comando Regional ou ao comandante dorespectivo Grupamento de Bombeiros, quando nele enquadrado, que terá como Comandante servidor militar doCírculo de Oficiais, constituídos de 02 a 07 Seções de Busca e Resgate Terrestre e/ou de Busca e Resgate Aquático;

IV – Seção de Bombeiros, subordinado ao respectivo Comando Regional ou ao comandante do respectivoSubgrupamento, quando nele enquadrado, que terá como Comandante servidor militar do Círculo de Oficiais e seráconstituída de 02 a 07 Grupos de Combate a Incêndio podendo um deles, se necessário, ser constituído comoGrupo de Busca e Resgate e, quando couber, contar com assessoria de Análise Técnica;

V – Seção de Busca e Resgate, subordinado ao respectivo Comando Regional ou ao comandantedo respectivo Subgrupamento, quando nele enquadrado, que terá como Comandante servidormilitar do Círculo de Oficiais, constituídas de 02 a 07 Grupos de Busca e Resgate Terrestree/ou de Busca e Resgate Aquático; e

VI – Grupo de Combate a Incêndio e Grupo de Busca e Resgate, subordinado ao respectivo Comando Regional ou aocomandante da respectiva Seção, quando nele enquadrado, que será constituído de 06 a 10 Servidores MilitaresEstaduais e que terá como Comandante servidor militar do Círculo de Oficiais ou do Círculo de Sargentos.

SEÇÃO III

Dos OPM de Ensino

Art. 29 – Os OPM de Ensino, responsáveis pelas atividades de ensino, instrução e pesquisa, serãocomandados e dirigidos por Oficiais Superiores e correspondem:

I – à Academia de Polícia Militar (APM);II – ao Instituto de Pesquisas da Brigada Militar (IPBM);

III – ao Colégio Tiradentes (CT); eIV – ao Museu da Brigada Militar (MusBM).

Art. 30 – A Academia de Polícia Militar (APM) será responsável pelas atividade de ensino das escolas,estruturando-se em:

I – Secretaria;II – Seção de Administração;

III – Seção de Ensino;IV – Escola Superior de Oficiais (ESO);V – Escola de Habilitação e Especialização de Praças (EsHEP);

VI – Escola de Bombeiros (EsBo); eVII – A Escola de Educação Física da Brigada Militar (EsEFBM).

§ 1º – As Escolas referidas nos incisos V e VI deste artigo, além da habilitação e especialização dasPraças, funcionarão como laboratório de ensino.

§ 2º – Excepcionalmente, os Comandos Regionais de Polícia Ostensiva e os Comandos Regionais deBombeiros poderão habilitar as praças para o exercício das atividades da Brigada Militar, sob a coordenaçãodas respectivas escolas.

Art. 31 – O Instituto de Pesquisas da Brigada Militar (IPBM) é responsável pela pesquisa científica naInstituição, estruturando-se em Secretaria, Seção de Administração e Seção de Pesquisa e Extensão,competindo-lhe:

I – manter cadastro dos pesquisadores, pesquisas e entidades afins;II – acompanhar e avaliar os Projetos de Pesquisas, Estudos Técnicos e Obras quanto a sua

pertinência, validade, utilidade, formalística, aplicabilidade e ineditismo;III – elaborar projetos e proceder à pesquisas encomendadas pelo escalão superior ou de iniciativa

da unidade;IV – efetuar intercâmbio técnico-científico com organizações de pesquisa;V – difundir o conhecimento produzido para a comunidade, buscando sua aplicação no exercício

da Polícia Ostensiva e na preservação da ordem pública;VI – estimular e desenvolver o comportamento investigativo e científico na Instituição; e

VII – apoiar e coordenar as investigações científicas, no âmbito da Corporação, em todas as áreas deconhecimentos afins às competências e à administração da Instituição.

Art. 32 – O Colégio Tiradentes (CT), escola de 2º Grau integrante do Sistema Estadual de Ensino,estrutura-se em:

I – Seção Administrativa;II – Seção de Ensino; e

III – Corpo de Alunos.Parágrafo único – O Colégio Tiradentes fornecerá condições de ensino aos filhos de servidores militares

estaduais que forem transferidos para Porto Alegre, com garantia de vagas na forma do seu RegimentoInterno.

Art. 33 – O Museu da Brigada Militar (MusBM), responsável pelo acervo histórico e cultural da BrigadaMilitar, estrutura-se em:

I – Seção de Acervo; eII – Seção Administrativa.

SEÇÃO IV

Dos OPM de Logística

Art. 34 – Os OPM de Logística, responsáveis pelas atividades de controle e fiscalização dos benspatrimoniais afetos à Instituição e de aquisição, distribuição, manutenção e contratação de todos os serviços,serão chefiados por Oficiais Superiores, correspondendo a:

I – Centro de Intendência;II – Centro de Obras;

III – Centro de Comunicações;IV – Centro de Material Bélico;V – Centro de Subsistência;

VI – Centro de Motomecanização; eVII – Companhia Logística.

Art. 35 – Ao Centro de Intendência, estruturado em 3 (três) Seções, Administrativa, de Recebimento eDistribuição e de Oficinas, compete:

I – a previsão, recebimento, armazenagem, confecção, distribuição e manutenção dos suprimentosde material de intendência; e

II – a padronização, o controle individual do vestuário e uniformes e a atualização dasespecificações dos materiais de intendência.

Art. 36 – Ao Centro de Obras, estruturado em 3 (três ) Seções, Administrativa, de Recebimento eDistribuição e de Patrimônio e Obras, compete:

I – a previsão, recebimento, armazenagem e distribuição de materiais de obras;II – o planejamento, projeto, execução e fiscalização dos serviços de engenharia, de obras e

manutenção predial; eIII – a padronização e a atualização das especificações dos materiais de obras.

Art. 37 – Ao Centro de Comunicações, estruturado em 3 (três) seções, Administrativa, de Recebimento eDistribuição e de Manutenção e Redes, compete:

I – a previsão, recebimento, armazenagem e distribuição dos meios de comunicações;II – a instalação e manutenção dos meios de comunicações;

III – a padronização e atualização das especificações dos materiais de comunicações;IV – a execução de projeto básico para instalações de redes e controle dos registros de redes e

licenças do funcionamento das estações junto ao órgão competente; eV – o recebimento, armazenagem, distribuição, instalação e manutenção dos meios de

informática.

Art. 38 – Ao Centro de Material Bélico, estruturado em 3 (três) Seções, Administrativa, de Recebimentoe Distribuição e de Manutenção, compete:

I – a previsão, recebimento, armazenagem, distribuição e manutenção de material bélico;II – a produção de materiais destinados ao treinamento da tropa;

III – a organização e controle individual da prática de tiro; eIV – a padronização e atualização das especificações do material bélico.

Art. 39 – Ao Centro de Subsistência, estruturado em 2 (duas) Seções, Administrativa e de Recebimento eDistribuição, compete a previsão, o recebimento, a armazenagem e a distribuição de material de subsistência.

Art. 40 – Ao Centro de Motomecanização, estruturado em 3 (três) Seções, Administrativa, deRecebimento e Distribuição e de Oficinas, compete:

I – a previsão, recebimento, armazenagem, distribuição e manutenção dos materiais demotomecanização;

II – a avaliação, perícia, parecer técnico, padronização de material e frota;III – o acompanhamento estatístico sobre a frota e sua manutenção; eIV – a padronização e atualização das especificações dos materiais de motomecanização.

Art. 41 – À Companhia Logística, estruturada em 2 (duas) seções, Administrativa e de Operações,compete:

I – o transporte e fornecimento de materiais de campanha; eII – a execução de ações de apoio à unidades empregadas em operações.

SEÇÃO V

Dos OPM de Saúde

Art. 42 – Os OPM de Saúde responsáveis pela assistência e prevenção médico-hospitalar e odontológicaaos servidores militares e civis, ativos e inativos, da Corporação, e seus dependentes, serão dirigidos porOficiais Superiores, salvo disposições em convênio, e correspondem:

I – ao Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA);II – ao Hospital da Brigada Militar de Santa Maria (HBM/SM); e

III – ao Centro Médico-Odontológico da Brigada Militar (CMOBM).§1º – O Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA) e o Hospital da Brigada Militar de Santa

Maria (HBM/SM) estruturam-se em 2 (duas) Seções, a Administrativa e a Técnica.§ 2º – O Centro Médico-Odontológico da Brigada Militar (CMOBM) estrutura-se na Seção Técnico-

Administrativa e em Policlínicas.

SEÇÃO VI

Dos OPM Especiais

Art. 43 – Os OPM Especiais, com sua competência delegada em áreas especializadas, compreendem osseguintes Batalhões, Grupamentos e Esquadrão, comandados por Oficiais Superiores:

I – Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv);II – Batalhão de Polícia Ambiental (BPA);

III – Batalhão de Operações Especiais (BOE);IV – Batalhão de Polícia Fazendária (BPF);V – Grupamento de Supervisão, de Vigilância e Guardas (GSVG);

VI – Grupamento de Polícia Militar Aéreo (GPMA); eVII – Esquadrão de Guarda Externa de Presídio de Porto Alegre (EGEPPOA).

§ 1º – Nos Batalhões, os seus Comandantes serão assessorados e substituídos, em eventuaisimpedimentos, pelos respectivos Subcomandantes integrantes do Círculo de Oficiais.

§ 2º – Os Batalhões e o Esquadrão mencionados nos incisos I a IV e VII, deste artigo, serão organizados, em termos de efetivo,na forma estabelecida para os órgãos de igual denominação dos OPM de Polícia Ostensiva, observado o disposto nos artigosposteriores, aplicando-se-lhes a disposição do artigo 25 deste Decreto.

Art. 44 – Ao Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual compete a execução das atividades de políciaostensiva nas rodovias estaduais e outras atribuições previstas em Leis e Regulamentos, estruturando-se em:

I – Seção de Efetivo e Legislação;II – Seção de Inteligência, Operações e Treinamento;

III – Seção de Logística, Patrimônio e Orçamento; eIV – Companhias de Polícia Rodoviária.

Art. 45 – Ao Batalhão de Polícia Ambiental compete cumprir e fazer cumprir a legislação ambiental,representar a Brigada Militar nas atividades atinentes à área e promover o intercâmbio com outros órgãosgovernamentais e não governamentais, por intermédio da proposição de convênios.

Parágrafo único – O Batalhão de Polícia Ambiental estrutura-se em:I – Seção de Efetivo e Legislação;

II – Seção de Inteligência, Operações e Treinamento;III – Seção de Logística, Patrimônio e Orçamento; eIV – Companhias de Polícia Ambiental.

Art. 46 – Ao Batalhão de Operações Especiais compete:I – executar ações de manutenção da ordem pública;

II – apoiar as ações dos OPM;III – atuar nas ações de alto risco; eIV – manter-se como OPM reserva de manobra do Comandante-Geral.

Parágrafo único – O Batalhão de Operações Especiais estrutura-se em:I – Seção Administrativa;

II – Seção de Inteligência, Operações e Treinamento; eIII – Companhias de Operações Especiais.

Art. 47 – Ao Batalhão de Polícia Fazendária compete apoiar os órgãos governamentais nas açõesnecessárias à execução das atividades de fiscalização fazendária.

Parágrafo único – O Batalhão de Polícia Fazendária estrutura-se em:I – Seção Administrativa;

II – Seção de Inteligência, Operações e Treinamento; eIII – Companhias de Polícia Fazendária.

Art. 48 – O Grupamento de Supervisão, de Vigilância e Guardas terá sua competência definida emlegislação própria.

Parágrafo único – O Grupamento de Supervisão, de Vigilância e Guardas estrutura-se em:I – Seção Administrativa;

II – Seção de Registro e Licenciamento; eIII – Seção de Controle e Fiscalização.

Art. 49 – Ao Grupamento de Polícia Militar Aérea compete executar ações de policiamento aéreo eapoiar os OPM no cumprimento de suas missões, estruturando-se em 2 (duas) Seções, Administrativa eTécnica.

Art. 50 – O Esquadrão de Guarda Externa de Presídio de Porto Alegre, subordinado aoComando Regional da Área Metropolitana de Porto Alegre, é constituído de 02 a 07Pelotões, que terão como Comandante servidor militar do Círculo de Oficiais.

TÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 51 – O exercício das funções da estrutura hierárquica estabelecida neste Decreto por titulares depostos de Oficial Superior será efetivada por nomeação do Chefe do Poder Executivo, mediante indicação doComandante-Geral, ressalvado o disposto nos artigos 4º e 5º deste Decreto, e, nos demais casos, pordesignação do Comandante-Geral.

Art. 52 – As funções de Comandante-Geral, de Subcomandante-Geral, de Chefe do Estado-Maior, deCorregedor-Geral e de Diretores dos Departamentos são privativos do posto de Coronel do QOEM, comexceção da função de Diretor do Departamento de Saúde, que será exercida por um Coronel do Quadro deOficiais Especialistas em Saúde – QOES.

Art. 53 – Observado o disposto neste Decreto, a estrutura interna e a respectiva competência dos órgãos integrantes da BrigadaMilitar, inclusive quanto aos demais níveis de organização administrativa, serão regulados por Regimento Interno, proposto peloComandante-Geral e aprovado pelo Secretário de Estado da Justiça e da Segurança.

Art. 54 – Ao exercício de funções de Comando pelas Praças corresponderá a percepção de funçãogratificada, conforme definido no Regimento Interno, limitada ao estabelecido em lei.

Art. 55 – Para os fins de fixação do efetivo, dos níveis, da subordinação e do grau de comando dosórgãos da Brigada Militar, constituem indicadores de segurança pública básicos a população urbana e rural, eindicadores específicos da Instituição relacionados no Anexo Único deste Decreto.

Parágrafo único – A cada indicador aplica-se um fator numérico, a ser definido pelo Estado-Maior daBrigada Militar e aprovado por Portaria do Secretário de Estado da Justiça e da Segurança que definirá aproporção dos recursos humanos a serem disponibilizados para cada Município do Estado.

Art. 56 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 57 – Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto de n.º 30.462, de 08 dedezembro de 1981.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre,

ANTÔNIO BRITTO,Governador do Estado.

(DOE de 23.01.98)

DECRETO Nº 38.108, DE 22 DE JANEIRO DE 1998.

Dispõe sobre o provimento de cargos dos Quadros e Qualificaçõesdas carreiras dos Servidores Militares da Brigada Militar do Estado e dáoutras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere oartigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

DECRETA:

Art. 1º – O provimento gradual das vagas acrescidas ao efetivo da Brigada Militar a que se refere oartigo 4º da Lei nº 10.993 de 18 de agosto de 1997, observará, no período compreendido entre os anos de1997 a 2001, os quantitativos por postos e graduações constantes do Quadro Anexo a este Decreto.

§ 1º – Os cargos de 1º Tenente do Quadro de Tenentes de Polícia Militar – QTPM –, fixados de acordocom o artigo 1º, inciso I, alínea “c”, da Lei n° 10.993 de 18 de agosto de 1997, passarão a ser providos, deacordo com o artigo 19 da Lei n° 10.992, de 18 de agosto de 1997, observadas as condições e o procedimentoprevisto no artigo 7°, parágrafo único, da referida Lei.

§ 2° – O exercício de funções previstas em quadros de organização e distribuição do efetivo da Brigada Militar para cargos de 1°Tenente do QTPM, até a normalização da regularidade de seus provimentos de acordo com as regras deste artigo, é compatível paraoficiais integrantes do Quadro Especial de Oficiais da Brigada Militar em Extinção – QEOBMEx – e do Quadro de Oficiais deAdministração – QOA –, ambos em extinção, de conformidade com as disposições da Lei n° 10.992 de 18 de agosto de 1997.

Art. 2° – O provimento de graduações de 3° Sargento é autorizado de acordo com os quantitativosprevistos no Quadro Anexo a este Decreto, realizando-se, as promoções, nas condições estabelecidas no artigo16, parágrafos 1° a 6°, da Lei n° 10.992 de 18 de agosto de 1997.

Art. 3° – O provimento dos cargos discriminados no Quadro Anexo a este Decreto, será realizado,através de promoções nos quantitativos discriminados para cada ano, no dia 18 de novembro.

Art. 4° – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 22 de janeiro de 1998.

ANTÔNIO BRITTO,Governador do Estado.

(DOE de 23.01.98)

ANEXO ÚNICO

PROVIMENTO GRADUAL DAS VAGAS ACRESCIDASAO EFETIVO DA BRIGADA MILITAR

PERÍODO DE 1997 E 2001

(LEI N° 10.992 DE 18 DE AGOSTO DE 1997).

DECRETO N.º 38.480, DE 11 DE MAIO DE 1998.

Regulamenta a Lei Complementar nº 11.000, de 18 de agosto de1997.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere oartigo 82, inciso V, da Constituição do Estado.

DECRETA:

Art. 1º – A concessão do benefício de que trata o art. 1º obedecerá ao seguinte procedimentoadministrativo:

I – o órgão de locação do servidor iniciará procedimento administrativo próprio, ex officio ou mediante provocação,fazendo constar no mesmo:a) apreciação das circunstâncias em que se deu o evento, com declaração de sua ocorrência,

de acordo com o disposto no art.1º, caput, do mencionado diploma legal,b) laudo oficial que ateste a invalidez permanente ou no caso de morte, certidão de óbito,c) publicação de declaração mencionada na alínea “a” no Diário Oficial do Estado.

II – o mesmo procedimento previsto no inciso anterior será adotado no caso de reconhecimento deato de bravura, devendo ser examinada a ocorrência dos requisitos previstos no artigo 5º damencionada Lei Complementar.

III – atendido o disposto no inciso I deste artigo, o expediente será remetido ao Secretário daJustiça e da Segurança, que oficializará o ato de promoção extraordinária ou remeterá aoexame do Governador do Estado.

Art. 2º– A promoção extraordinária dos servidores das carreiras de nível médio, decorrente de ato debravura, se dará ao grau hierarquicamente superior da respectiva carreira.

§ 1º– Nas hipóteses regradas pelo artigo 3º da Lei Complementar n.º 11.000, de 18 de agosto de 1997, obenefício corresponderá à percepção de parcela adicional no valor equivalente entre o vencimento ou soldoinicial e o final das respectivas carreiras, a ser calculado pela Comissão de Pensões Vitalícias da Secretaria daJustiça e da Segurança.

§ 2º– O benefício constante no parágrafo único do dispositivo legal mencionado no parágrafo anteriorcorresponderá à percepção de parcela adicional em valor equivalente à vinte por cento de vencimento ousoldo percebido.

Art. 3º– O procedimento a que se refere este Decreto não substitui ou exclui outros referentes a direitos evantagens dos servidores e seus dependentes.

Art. 4º – O Secretário de Estado da Justiça e da Segurança emitirá Portaria estabelecendo os procedimentos administrativosnecessários ao cumprimento deste Decreto.

Art. 5º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 11 de maio de 1998

(DOE de 12.05.98)

DECRETO Nº 38.548, DE 08 DE JUNHO DE 1998.

Distribui o efetivo da Brigada Militar, de acordo com o fixado na Leinº 10.993, de 18 de agosto de 1997.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere oartigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

Considerando que o Poder Executivo, através do Decreto nº 38.547, de 5 de junho de 1998, instituiuGrupo de Trabalho com a finalidade de racionalizar as áreas de apoio administrativo da Brigada Militar,Polícia Civil e Superintendências de Serviços Penitenciários, visando modernizar seus métodos de trabalho,através da informatização dos seus procedimentos,

Considerando que as organizações policiais devem colocar o máximo possível de seu efetivo ematividades operacionais,

DECRETA:

Art. 1º– O efetivo de servidores militares do Estado, fixado através da Lei n º 10.993, de 18 de agosto de1997, é distribuído nos órgãos de Direção, Apoio e Execução previstos na Lei nº 10.991, de 18 de agosto de1997, que dispõe sobre a organização básica da Brigada Militar e sua respectiva regulamentação, conforme oQuadro em anexo a este Decreto.

Parágrafo único – A distribuição do efetivo de que trata o “caput”.permanecerá inalterada até aconclusão dos estudos realizados pelo Grupo de Trabalho instituído pelo Decreto n º 38.547, de 5 de junho de1998.

Art.2º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, Porto Alegre, 08 de junho de 1998.

(DOE de 09.06.98)

LEI COMPLEMENTAR N.º 11.170, DE 22 DE JUNHO DE 1998.

Altera disposições do Estatuto dos Servidores Militares do Estado doRio Grande do Sul e de sua Carreira, disciplinados, respectivamente,pelas Leis Complementares nºs 10.990 e 10.992, ambas de 18 de agosto de1997, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que aAssembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei Complementar seguinte:

Art.1º – O artigo 58 da Lei Complementar nº 10.990, de 18 de agosto de 1997, passa a ter a seguinteredação:

........................................................................................................................(As alterações foram inseridas na LC nº 10.990/97)... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Art. 2º – O artigo 14 da Lei Complementar nº 10.992, de 18 de agosto de 1997, passa avigorar com a seguinte redação:

... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .(As alterações foram inseridas na LC nº 10.992/97)... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Art. 3º – As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à conta de dotaçõesorçamentárias próprias.

Art. 4º – Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, produzindoefeitos a contar de 18 de agosto de 1997.

Art. 5º – Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 22 de junho de 1998.

(DOE de 23.06.98)