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Técnico em Secretaria Escolar
Herocilda de Oliveira Alves
2014
Legislação Escolar
Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da República Michel Temer Ministro da Educação José Henrique Paim Fernandes Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Aléssio Trindade de Barros Diretor de Integração das Redes Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Arêas Coordenador Rede e-Tec Brasil Cleanto César Gonçalves
Governador do Estado de Pernambuco João Soares Lyra Neto
Secretário de Educação e Esportes de
Pernambuco José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira
Secretário Executivo de Educação Profissional
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Gerente Geral de Educação Profissional Josefa Rita de Cássia Lima Serafim
Coordenador de Educação a Distância
George Bento Catunda
Coordenação do Curso Sheila Ramalho
Coordenação de Design Instrucional
Diogo Galvão
Revisão de Língua Portuguesa Eliane Azevêdo
Diagramação
Klébia Carvalho
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3
1. COMPETÊNCIA 01 | OBSERVAR COMO O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE É
VIVENCIADO NA ESCOLA .......................................................................................................... 4
1.1 E os Atores da Escola, Palco de Diversos Conflitos, como Veem a Problemática da
Criança e do Adolescente em situação de Risco? ............................................................ 8
2. COMPETÊNCIA 02 |IDENTIFICAR AS INCUMBÊNCIAS DA ESCOLA E PROFESSORES NA LEI
DE DIRETRIZES E BASES/96 E A IMPORTÂNCIA DO CAPÍTULO SOBRE A EDUCAÇÃO NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. ......................................................................................... 12
2.1 Importância do Capítulo sobre a Educação na Constituição Federal de 1988 ........ 18
3. COMPETÊNCIA 03 | ANALISAR E COMPREENDER OS DIREITOS E DEVERES DOS
PROFESSORES NA LEI Nº 6.123/68 E LEI Nº 11.329/96 .......................................................... 30
3.1 Diretos e Deveres dos Professores segundo a Lei nº 6.123/68 e Lei nº 11.329/96 . 32
3.2 Valorização do Professor na Constituição Federal/88 e na LDB .............................. 36
4. COMPETÊNCIA 04 | CONHECER AS NORMAS SOBRE CALENDÁRIO ESCOLAR, AVALIAÇÃO,
DIÁRIO DE CLASSE E REGISTROS NO LIVRO DE PONTO .......................................................... 38
4.1 Instrução Normativa nº 09/2013 - Normas sobre Calendário Escolar. ................... 38
4.2 Instrução Normativa nº 04/2008 - Diretrizes e Procedimentos para Implantação do
Sistema de Avaliação das Aprendizagens nas Escolas da Rede Estadual de Ensino de
Pernambuco. .................................................................................................................. 40
4.3 Orientação para Preenchimento do Registro da Jornada de Trabalho ................... 43
4.4 Orientação para Preenchimento dos Diários de Classe do Ensino Fundamental Anos
Finais e Ensino Médio ..................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 45
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR PESQUISADOR .................................................................. 46
Sumário
3
Legislação Escolar
INTRODUÇÃO
A importância da reflexão desse caderno sobre Legislação Escolar é levar o
entendimento para os profissionais da educação que exercem funções
administrativas nas escolas públicas estaduais, que eles são agentes públicos
que irão viabilizar o direito à educação. E que a sua tarefa no ambiente
escolar vai além do cumprimento de atividades burocráticas. A sua postura
deve ser como educador dentro de uma perspectiva de construção de
cidadania.
Precisamos estabelecer, de maneira clara e objetiva, o papel da legislação e
do servidor público, na sua aplicação no contexto educacional das escolas
públicas estaduais.
Este caderno que tem como tema A Legislação Escolar apresenta as seguintes
ementas:
Observar como o Estatuto da Criança e Adolescente é vivenciado na
escola;
Identificar as incumbências da escola e professores na Lei de Diretrizes
e Bases/96 e a importância do capítulo sobre a educação na
Constituição Federal de 1988;
Analisar e compreender os direitos e deveres dos professores na Lei nº
6.123/68 e Lei nº 11.329/96;
Conhecer as normas sobre calendário escolar, avaliação, diário de
classe e registros no livro de ponto.
Sendo assim, o servidor tem um papel importante na função que
desempenha, pois como atende ao público, ele é um agente viabilizador de
direito, sendo o elo entre o Estado e o cidadão.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 01
1. COMPETÊNCIA 01 | OBSERVAR COMO O ESTATUTO DA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE É VIVENCIADO NA ESCOLA
Não é fácil relacionar o Estatuto da Criança e do Adolescente com a educação.
Nas últimas décadas, poucos intelectuais na área educacional, se propuseram
a analisar e enfrentar as contradições que existem nessa relação. O marco
importante foi à promulgação da lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que
reconheceu os direitos individuais da criança e do adolescente.
Com isso, cada criança e adolescente de nosso país, independente da
condição de classe, gênero e etnia, é pessoa humana que vivencia a condição
peculiar de estar em desenvolvimento. Logo, cabe ao adulto, independente
de sua condição social, conduzir a infância para uma vida adulta plena em
direitos políticos e sociais como a Constituição Federal de 1988 preceitua.
A data de 13 de Julho de 1990 foi um marco importante para aqueles que
lutam em defesa dos direitos da criança e do adolescente. A Constituição
Federal de 1988 considerou à infância como prioridade absoluta em nosso
país e o Congresso Nacional aprovou a lei 8.069 como o marco jurídico que
iria nortear todas as políticas e condutas desejadas para essa fase da vida.
O Estatuto da Criança e do Adolescente é uma lei que prima pelas medidas de
proteção e medidas socioeducativas, é como se cada adulto tivesse em si a
vontade de que as crianças não caíssem no precipício. O Estatuto diz que
criança é sujeito de direito, é uma infância que fala, ouve, tem voz. Criança
não é adulto, não está pronta, acabada, precisa do outro. Com Paulo Freire
aprendemos que todos nós somos seres inacabados. Se na condição de adulto
vivemos as incertezas da vida, imaginem crianças e adolescentes que estão
em fase de desenvolvimento num momento histórico marcado pelas
incertezas. Elas precisam de exemplos, de orientação, de alguém que já tenha
se deparado com os mesmos obstáculos e, portanto possa dizer: olhe, o
caminho é este, ou ainda, cuidado, olhe o abismo.
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Legislação Escolar
Competência 01
Ficou definido no Estatuto que o lugar da criança é na família, na escola e na
comunidade. Essas instituições sociais em conjunto devem formar uma rede
de proteção para a infância. O mundo adulto deve assistir, criar e educar, para
tanto é necessário efetivar em nosso país a doutrina de proteção integral
preconizada no Estatuto da Criança e do Adolescente. Para que a proteção
integral aconteça é preciso garantir trabalho digno aos pais, moradia decente
às famílias, assistência àqueles que estão em situação de vulnerabilidade e
segurança para impedir casos de maus-tratos e de abuso contra crianças e
adolescentes.
Já temos algumas experiências de articulação das políticas setoriais, mas em
linhas gerais, ainda vemos como limite das políticas públicas, de um lado; o
direito à educação, limitado ao ensino fundamental obrigatório. De outro, os
projetos das organizações não governamentais para as crianças e
adolescentes na condição de vulnerabilidade. Sendo que, ainda é elementar o
diálogo entre a educação formal e não formal, apesar dos estudos da área
terem mostrado a importância de uma escola cidadã. Sem essa parceria as
chances de enfrentar a exclusão são mínimas.
Além dessa importante relação entre educação formal e não formal, devemos
assegurar que a proteção integral se realiza com o direito a: meio ambiente,
habitação, saneamento, saúde, profissionalização, esporte, cultura e lazer.
Projetar o futuro é uma linha mestra do Estatuto e, para garantir o marco
jurídico em questão foi instituído o Sistema de Garantia composto pelo
Ministério Público, Juiz da Vara da Infância e Conselho Tutelar, onde sua
missão é a de fiscalizar os governos bem como a sociedade para que o mundo
adulto não seja omisso e negligente com a infância em processo de formação.
Por isso o Estatuto instituiu diversas regras, normas de conduta na relação
adulto/infância, como proibir a venda de armas, munições, bebidas alcoólicas,
drogas que geram dependência física e psíquica, fogos de artifícios, revistas
para adultos, bilhetes de loteria, hospedagem sem autorização de um
responsável. Todas as programações culturais devem ser apropriadas a faixa
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 01
etária, portanto devem ser educativas, artísticas, culturais e informativas.
Dentro dessa perspectiva crianças com menos de 10 anos devem assistir
espetáculos acompanhadas dos pais ou responsáveis. Fitas em videolocadoras
e revistas para adultos devem apresentar advertência de seu conteúdo,
mensagens pornográficas devem ser revestidas por capas opacas.
Ao contrário do que muitos afirmam, o Estatuto não é uma lei permissiva. É
bastante rígido, está acordado pelo mundo das regras de convivência social e
de realização da cidadania. Não há direito sem dever. Por esse motivo além
das políticas programáticas, de proteção, o Estatuto definiu as medidas sócio-
educativas, de orientação e mudança de postura daqueles que não são
apenas vítimas. Embora essa estrutura social seja fortemente marcada pela
força, o Estatuto da Criança e do Adolescente prima em constituir
educatividade por meio da força da palavra e do exemplo.
É desta relação social entre o mundo adulto e infanto-juvenil que se
estabelece o limite, a norma de conduta orientada pela ética de
solidariedade. Família, escola e comunidade mostram o limite às novas
gerações de forma educativa, sem abuso ou omissão. O mundo adulto deve
ser educado para enfrentar a supervalorização da liberdade individual que
desconsidera a individualidade do ser que vive em comunidade, isso é um
processo de educabilidade. Nesse contexto, esses processos são mais lentos,
mais difíceis, portanto, são importantes.
Falar de crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco no
Brasil é abordar um problema que traz em sua complexidade as
desigualdades, as marcas da formação e do desenvolvimento sócio-político-
econômico e cultural de um país. A má distribuição de renda do país, a
ausência de saúde e educação com qualidade para a população, o alto índice
de desemprego e políticas públicas ineficientes, tudo isso contribui para que
nossas crianças e adolescentes não tenham referências de afeto, amor, ética,
moral, autoestima e sem perspectivas de exercerem sua cidadania. Essas
crianças e adolescentes acabam sendo "escolarizadas" nas ruas.
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Legislação Escolar
Competência 01
Atualmente, existe um quadro da infância e da adolescência em situação de
risco que sofrem maus tratos, abandono, abuso físico, psicológico e sexual e
influência de todo tipo de delinquência, inclusive morte por grupo de
extermínio. Constatamos que a política de atendimento a esta parcela da
população foi resumida ao desenvolvimento de programas assistencialistas
sem eficácia.
Com a crise econômica na década de 70, aumentou o número de crianças e
adolescentes vindas de famílias pobres que desenvolviam nas ruas estratégias
de sobrevivência. Este fato contribuiu para que as autoridades competentes
destinassem mais atenção ao fenômeno. Posteriormente, pressionados pelos
vários movimentos sociais, inclusive entidades específicas na defesa dos
direitos das crianças e dos adolescentes, nasce a Lei Complementar nº 8.069,
de 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que foi
considerado um dos dispositivos legais mais avançados do mundo no tocante
ao atendimento da infância e da juventude.
Hoje, vinte e quatro anos após sua promulgação, as crianças e os adolescentes
no Brasil, permanecem tendo seus direitos violados. Entre eles, o direito ao
pleno desenvolvimento educacional, seu preparo para a cidadania e sua
qualificação para o trabalho, garantindo a “igualdade de condições para o
acesso e a permanência na escola, respeitando a liberdade, a tolerância, a
garantia da qualidade do ensino e a valorização da experiência extraescolar
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)”.
Nesse contexto, perguntamos qual é a educação de qualidade que se garante
ao número altíssimo de crianças e adolescentes que estão fora da escola?
Quais os projetos desenvolvidos pela escola para garantir a permanência com
sucesso, das crianças e dos adolescentes, em situação de risco que ainda se
encontram nela? O que as escolas costumam fazer para evitar que esses
estudantes se evadam e engrossem o exército que vivem nas ruas? Quais são
as condições financeiras, materiais e pedagógicas, oferecidas à escola para
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 01
que seus projetos se realizem? E qual é a mobilização do corpo técnico e
docente para efetivá-los?
Propomos agora uma reflexão sobre a escola que temos e a escola que
queremos como também aos conceitos sobre uma escola alienada e uma
escola cidadã. Apresentamos alguns direitos prescritos no Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA) nos seus artigos referentes à educação. Nosso
objetivo é informar e sensibilizar nosso público-alvo desmitificando o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA) como um "instrumento protetor de
marginais". Necessário debater algumas situações comuns ao cotidiano da
escola que nem sempre recebem o devido tratamento que são os
procedimentos referentes ao aluno faltoso, ao aluno que apresenta pistas de
abandono, abuso sexual, envolvimento com drogas, exploração no trabalho
etc. Um dos objetivos de ter como parceiros o Conselho Tutelar, Conselho
Estadual e a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente são justamente
para semear o envolvimento da escola com os mesmos para garantir com
efetividade os direitos presentes na Constituição.
A escola pública precisa redimensionar seu projeto político pedagógico para
se tornar uma escola cidadã. E para isso, são necessárias algumas diretrizes
básicas como a autonomia da escola, uma gestão democrática e a valorização
dos profissionais de educação. Como também oportunizar uma escola de
tempo integral para os estudantes, bem equipada, capaz de cultivar a
curiosidade e a gosto pelos estudos, a valorização de sua cultura, propondo-
lhes a espontaneidade e a perseverança nos projetos e nos valores que são
elementos fundadores de uma escola eficaz.
1.1 E os Atores da Escola, Palco de Diversos Conflitos, como Veem a
Problemática da Criança e do Adolescente em situação de Risco?
Existe um dilema no cotidiano escolar na fala dos diversos atores da escola:
"meninos de rua" vítima ou bandido, alvo frequente de exploração da mídia e
manipulação dos que lucram com a miséria. Percebemos nas falas dos
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Legislação Escolar
Competência 01
educadores, as contradições desse conflito social. Torna-se explícita uma
tendência que busca relacionar a cada direito do aluno um dever, como se
fosse uma guerra entre o bem, representado pela ordem, a disciplina, os
deveres e o mal representado pelos direitos garantidos por lei.
É um dever da escola cumprir as prerrogativas propostas na legislação. É um
dever dos profissionais em educação, informar-se sobre o conteúdo do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ao menos os artigos referentes à
educação. Contudo, apesar da Secretaria de Educação fazer parte do
Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, esta não
fomenta discussões sobre a temática, nem sequer é encontrado um único
Estatuto nas escolas.
Seria bom lembrar que segundo o Art. 227 da Constituição Federal somos
todos responsáveis:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com prioridade absoluta, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
O objetivo do estudo é sensibilizar e informar a escola da sua importância, de
vê-la como uma aliada dos órgãos de defesa da criança e do adolescente,
coautora de um projeto político e social mais amplo que faculte à criança e ao
adolescente "o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade" (Art. 3º, ECA). Não precisamos
multiplicar a marginalidade, precisamos formar cidadãos capazes de exercer
com competência sua cidadania.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 01
É indispensável vivenciar o paradigma da inclusão social, que tem como
objetivo uma sociedade para todos, incluindo a inserção escolar de pessoas
com diversos tipos de deficiências em todos os níveis de ensino. A escola
precisa se reestruturar para atender às necessidades de seus alunos,
respeitando e acolhendo a diversidade humana brasileira. Reconhecemos que
é um desafio que exige da escola novas posturas pedagógicas frente à relação
desenvolvimento/aprendizagem necessária para o reconhecimento do aluno
em potencial.
Lembrando o Mestre Paulo Freire, acreditamos que a educação sozinha não
transforma a sociedade, e sem ela, a sociedade não muda. Se estivermos a
favor da vida, da equidade, do direito e da convivência com o diferente, não
temos outro caminho senão diminuir a distância entre o que dizemos e
fazemos, ou seja, entre a teoria e a prática. Dentro desse contexto, o Estatuto
da Criança e do Adolescente é o instrumento que descortina esse horizonte e
movimenta a sociedade em direção de novas práticas sociais.
Nos últimos vinte e quatro anos, a relação entre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e a escola pública não foi nada simples. De um lado, diversas
críticas foram feitas aos profissionais de educação dizendo que eles negam o
Estatuto. Ao mesmo tempo, assistimos o aumento da violência escolar. É
certo que o Estatuto não é o responsável por esse fenômeno, mas a escola
numa sociedade competitiva que se conceitua como a do conhecimento e a
diversidade em sala de aula, não acompanhada de um trabalho político
pedagógico com base em estudos culturais e de participação popular,
permite-nos problematizar essa questão.
Existe a necessidade de discussão sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e, o grande desafio é a universalização da cidadania básica no
país, com o acesso e permanência das crianças e adolescentes provenientes
de camadas populares na escola não significa a efetivação desta cidadania. É
preciso a realização de políticas sociais básicas e de assistência para que as
novas gerações não caiam no abismo, pois o Estatuto da Criança e do
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Legislação Escolar
Competência 01
Adolescente tem a finalidade de proteger o segmento que se traduz como o
elo mais frágil desta teia social.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 02
2. COMPETÊNCIA 02 |IDENTIFICAR AS INCUMBÊNCIAS DA ESCOLA
E PROFESSORES NA LEI DE DIRETRIZES E BASES/96 E A
IMPORTÂNCIA DO CAPÍTULO SOBRE A EDUCAÇÃO NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.
O primeiro artigo da LDB trata a educação de uma forma muito ampla. Ela
reconhece que a escola tem a responsabilidade de educar as novas gerações
com várias outras instituições da sociedade, a família, a convivência humana,
o trabalho, as instituições de ensino e pesquisa, os movimentos sociais, as
organizações da sociedade civil e as manifestações culturais. A escola, além de
respeitar a individualidade das pessoas, deve empenhar-se na formação das
novas gerações para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e
fraterna.
O artigo 2º da LDB afirma que a educação é direito de todos e dever da família
e do Estado cabendo aos pais, na idade própria, matricular seus filhos na rede
escolar, cumprindo ao Estado a responsabilidade de oferecer vagas e
condições adequadas de ensino.
Quanto aos fins da educação, a LDB menciona três grandes objetivos a serem
atingidos:
1. O pleno desenvolvimento do educando - compromisso com o
crescimento físico, emocional, intelectual, moral e espiritual das
crianças, adolescentes, jovens e adultos que frequentam a escola;
2. A sua preparação para o exercício da cidadania - Preparar para o
exercício da cidadania é criar oportunidades educativas que propiciem a
prática e a vivência da cidadania por parte dos estudantes e
educadores;
3. A sua qualificação para o trabalho - Desenvolvimento de
conhecimentos e valores, hábitos e atitudes, que contribuam para o
educando ingressar, permanecer e ascender no mundo do trabalho.
13
Legislação Escolar
Competência 02
Quanto aos estabelecimentos de ensino, eles terão a incumbência de elaborar
e executar sua proposta pedagógica; administrar seu pessoal e seus recursos
materiais financeiros; assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula
estabelecidas; velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento; articular-se
com as famílias, criando processos de integração da sociedade com a escola e
informar aos pais ou responsáveis sobre a frequência e rendimento dos
alunos, bem como a execução de sua proposta pedagógica.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) dá diferentes títulos
aos profissionais de Educação na escola, chamando-os de professores,
docentes e profissionais de ensino. No meio social, professor é todo aquele
que ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina. É um termo
bastante abrangente e equivalente a mestre, este mais utilizado no período
imperial por força da Constituição de 1824 e da lei de 15 de outubro de 1827,
que chamavam mestres todos aqueles que exerciam uma cátedra.
À luz da legislação federal, todos os profissionais de Educação Escolar, em
particular os das redes oficiais de ensino, seja municipal ou estadual, que
ingressam no serviço público através de concurso público de provas e títulos
são, portanto, detentores de cargos públicos e, por isso, têm incumbências
enumeradas ou responsabilidades explicitadas pelo Estado.
No inciso VII do art. 3º da LDB, no âmbito dos Princípios e Fins da Educação
Nacional, o concurso público, princípio de ensino, é uma forma de valorizar o
profissional da educação escolar, que engloba, não apenas aqueles que estão
atuando em sala de aula, ministrando aulas, mas também aqueles que fazem
parte da escola, como servidores que trabalham como porteiros, secretários
escolares, merendeiras, administrativos, educadores de apoio e diretores.
A LDB refere-se aos profissionais que têm cargos efetivos de professores,
chamando-os de docentes. A escola, por sua vez, zelando pela valorização
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 02
profissional da Educação Escolar, tem a incumbência inalienável de envolver
os docentes no processo de construção da gestão escolar.
No inciso IV do art. 12 da LDB, os estabelecimentos de ensino receberam a
incumbência de velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada
docente. Assim, na organização da Educação Nacional, os docentes são
importantes agentes na construção do projeto político pedagógico da escola,
o que exige, da parte da gestão escolar, o zelo pelo seu plano de trabalho
docente, que deve estar, por sua vez, afinado com a proposta pedagógica da
escola.
O art. 13 da LDB é reservado exclusivamente aos docentes. Pelo menos, são
seis as incumbências dos docentes, isto é, dos profissionais de ensino que têm
cargo ou função específica ou especializada na escola. Para os que atuam no
magistério publico, seja em âmbito federal, estadual e municipal, devem
seguir as orientações legais previstas na LDB.
A primeira incumbência prevista no inciso I do art. 13 da LDB determina que
cada docente deve participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino. A participação ativa do docente se faz necessária
à elaboração da proposta pedagógica, uma vez que a escola, efetivamente, só
se realiza enquanto estabelecimento de ensino com a presença física dos
docentes, ou seja, de profissionais da Educação Escolar, que, habilitados em
nível de Educação Superior na área de sua atuação profissional, são
regularmente contratados ou admitidos na atividade de magistério,
respaldando, pois, legalmente, a instituição escolar.
A segunda incumbência prevista no inciso II do art. 13 da LDB determina que
cada docente deve elaborar e cumprir um plano de trabalho segundo a
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. O plano de trabalho
docente é, ao certo, uma das atividades mais acadêmicas, produtivas e
interessantes dos profissionais de ensino. A partir do plano de trabalho, o
docente pode assinalar, no período letivo, suas metas curriculares e
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Legislação Escolar
Competência 02
educacionais. O docente propõe e persegue as metas estabelecidas, como por
exemplo, o fim da evasão escolar e melhoria da qualidade de ensino através
de uma didática eficiente e eficaz, que tenha por principais finalidades
desenvolver a capacidade de aprender gerando a aprendizagem dos
estudantes.
A terceira incumbência prevista no inciso III do art. 13 da LDB prescreve que
cabe ao docente zelar pela aprendizagem dos alunos, inclusive para aqueles
com dificuldades de aprendizagem. O inciso reforça o direito de aprender do
estudante e não apenas a liberdade de ensinar do professor, pois o docente
terá de ter competência para produzir resultados na aprendizagem do aluno.
O componente ensino, centrado no professor, refere-se à organização do
material curricular a ser transmitido em sala de aula em prol da
aprendizagem, que, aqui, passa a ser entendida como a assimilação ou
estocagem de conhecimentos e saberes historicamente acumulados pela
sociedade.
A quarta incumbência prevista no inciso IV do art. 13 da LDB, diz que cada
docente deve estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
menor rendimento. Cabe ao professor em sala de aula promover atividades
de recuperação da aprendizagem dos discentes. Eles são o foco principal da
atenção do processo de ensino e aprendizagem. O papel do docente é o de
levar o aluno ao desenvolvimento das habilidades e competências requeridas
pelo projeto pedagógico e pelo plano de desenvolvimento da escola.
Se os alunos deixam de aprender, caberá ao docente assegurar as estratégias
de recuperação para que os alunos com dificuldades de aprendizagem
superem seu menor rendimento, isto é, alterem os baixos desempenhos que
os levaram ao fracasso escolar, convertendo-as em sucesso escolar, ou seja,
média para aprovação e promoção ao ano seguinte, segundo as regras
estabelecidas pelo processo de avaliação.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 02
A quinta incumbência prevista no inciso V do art. 13 da LDB, traz a seguinte
responsabilidade para os que atuam no magistério: cada docente deve
cumprir no mínimo 200 dias letivos, calendário elaborado em conjunto com a
direção da escola e aprovado pelo conselho escolar e as horas-aula
estabelecidas, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional. Um dia é
considerado letivo quando, no ambiente escolar, há a presença do aluno e do
professor, o que quer dizer a garantia da presença física do professor e a
permanência do aluno na escola. A hora-aula, dentro da tradição pedagógica,
é a aula presencial do professor utilizando para isso, de todos os recursos
tecnológicos e educacionais.
A sexta incumbência prevista no inciso VI do art. 13 da LDB, define a
responsabilidade que cada docente tem de colaborar com as atividades de
articulação da escola com as famílias e a comunidade.
A lei parece indicar o grau de descentralização da escola, propondo,
explicitamente, que os docentes se articulem com as famílias e com a
comunidade. Os desafios são para o professor, para os pais e também para a
comunidade. Se o aluno deixa de aprender, a família precisa ser comunicada
da situação do aluno, não apenas em se tratando das informações de
avaliação escolar, mas de sua motivação, curiosidade e interesse em
aprender, para que, em regime de corresponsabilidade educacional, participe
do esforço docente de recuperar o aluno e não permitir sua retenção no
processo educacional. Neste inciso, a lei amplia a responsabilidade do
professor para além da sala de aula, colaborando na articulação entre a escola
e a comunidade.
A comunidade, especialmente as religiosas e sociais, e todas as outras formas
de organização que agregam as pessoas da vizinhança, devem ser convidadas
a participar das agendas da escola, especialmente quando são questões
relacionadas com a violência urbana, desemprego e desmotivação para
aprender.
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Legislação Escolar
Competência 02
Quando a LDB define as incumbências dos professores, não se refere a
nenhuma etapa específica da educação básica. A legislação traça um perfil
profissional independente se o docente for lecionar para crianças, jovens ou
adultos. Escolas onde existe a integração escola-família-comunidade são
frequentemente melhores do que aquelas onde ela não é praticada. Os
estabelecimentos de ensino já não podem mais, por imposição legal, serem
geridos de costas para a família e a comunidade. Assim como existem nas
escolas projetos pedagógicos e planos de gestão, deve existir também uma
estratégia de comunicação para promover uma relação de qualidade entre
professores, alunos, funcionários e direção e, destes, com as famílias, as
empresas, outros serviços públicos e organizações comunitárias.
Os pais, além de informações regulares sobre a frequência e o rendimento de
seus filhos na escola, devem ter acesso ao conhecimento da proposta
educativa (projeto pedagógico) da escola, de modo a ter condições de
acompanhar a sua execução. Sem o respeito a esse direito, as famílias não
têm como avaliar e contribuir para melhorar a qualidade da educação
oferecida a seus filhos.
O artigo 14 define que “Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
de acordo com os seguintes princípios: participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e participação das
comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.” O tema
da gestão democrática escolar é complexo. No entanto, ele se resume a dois
pontos básicos: a participação dos profissionais da educação (professores,
especialistas e funcionários da escola) na elaboração do projeto pedagógico,
de modo que todos na comunidade escolar sintam-se coautores da iniciativa e
se comprometam e se empenhem em sua construção.
Os conselhos escolares ou equivalentes constituem os órgãos de gestão
colegiada das escolas. Eles devem ser abertos à participação de todos os
segmentos da comunidade escolar: professores, técnicos em educação ,
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 02
direção, funcionários, pais, alunos a partir de uma idade determinada, assim
como voluntários e lideranças comunitárias. Trata-se de assegurar a
democracia transparente e participativa da comunidade escolar
O artigo 67 da Lei 9.394/96, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional) assegura aos docentes do magistério público: o ingresso,
exclusivamente, por concurso de provas e títulos; Aperfeiçoamento
profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado
para esse fim; Piso salarial profissional; Progressão funcional baseada na
titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; Período reservado a
estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho e condições
adequadas de trabalho.
O primeiro parágrafo do referido artigo, diz que a experiência docente é pré-
requisito para o exercício profissional de quaisquer outras funções do
magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino.
De acordo com a LDB, o artigo 85 diz que “Qualquer cidadão habilitado com a
titulação própria poderá exigir a abertura de concurso público de provas e
títulos para cargo de docente de instituição pública de ensino que estiver
sendo ocupado por professor não concursado, por mais de seis anos,
ressalvados os direitos assegurados pelos artigos 41 da Constituição Federal e
19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”. Cabe ao profissional
da educação exigir o cumprimento da legislação vigente.
2.1 Importância do Capítulo sobre a Educação na Constituição Federal de
1988
Destacamos a seguir as nuances constitucionais do direito à educação,
demonstrando a maneira como a Constituição Federal de 1988 disciplina a
matéria em questão. Objetivamos compreender o tratamento que foi
dedicado pela Constituição Federal de 1988 à educação, direito social que foi
amplamente divulgado como de grande relevância para a consolidação de um
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Legislação Escolar
Competência 02
Estado Democrático de Direito. Apresentamos a seguir algumas noções
conceituais acerca da educação, seguidas de uma abordagem detalhada do
tema no texto constitucional.
Esta é a configuração atual da Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 (CF/88) no que tange à educação:
[...] o Capítulo III, Seção I do Título VIII da Constituição Federal (artigos. 205-
214) [...] constitui a base da organização educacional do país, estabelecendo
os princípios, os direitos e os deveres, as competências, a vinculação de
recursos e a prioridade para sua distribuição. Entretanto, é recomendável a
leitura de outros dispositivos que direta ou indiretamente regulam aspectos
relacionados com o setor, como, por exemplo, o Capítulo II do Título II, que
trata dos direitos sociais, e os Capítulos II, III e IV do Título III, sobre a
organização do Estado, em que se estabelecem algumas competências dos
entes federados em educação, inclusive sobre a prerrogativa de legislar.
No item que ora se inicia, foi realizada uma leitura da CF/88 voltada
especificamente para o direito à educação, de maneira a detalhar o
tratamento do tema em esfera constitucional.
A CF/88 aborda a educação desde o seu artigo 6º, classificando-a como um
direito social (primeiro direito dessa ordem a ser apresentado na referida
normal legal) desde a redação original do artigo – e mantendo esse status
com a Emenda Constitucional (EC) nº 26, de 2000 –, in verbis: “art. 6º. São
direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
Logo em seguida, no inciso IV do artigo 7º da CF/88, ao explicar a finalidade
do salário mínimo (enquadrado como direito dos trabalhadores), o legislador
constituinte afirma que este deve ser capaz de suprir as necessidades vitais
básicas do trabalhador e de sua família, dentre elas a educação, reafirmando,
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 02
assim, a importância desse direito social para os indivíduos, uma vez que
figura entre os requisitos mínimos a serem garantidos para todo cidadão
brasileiro.
De acordo com o art. 22, XXIV da CF/88, é de competência privativa da União
legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional, contudo o art. 23, V da
CF/88 afirma que é de competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal de dos Municípios proporcionar os meios de acesso à cultura, à
educação e à ciência.
Observa-se, dessa forma, o acesso à educação como um esforço que deve ser
comum a todos os entes da Administração Pública direta, fato que demonstra
a importância do tema e a preocupação que deve existir, em especial (mas
não só) por parte do poder público, em efetivá-lo.
Existe – no art. 24, VII, e da CF/88 – a permissão constitucional para a
intervenção da União nos Estados e no Distrito Federal. Trata-se de exceções,
sendo uma delas justamente quando não é cumprido o mínimo da receita dos
Estados no investimento em educação, tamanha a relevância do tema para o
legislador, tendo em vista a possibilidade de quebra do pacto federativo nesse
fundamento.
Disposição semelhante está contida no art. 35 (caput e inciso III) da CF/88:
Estados podendo intervir nos Municípios e União nos Municípios localizados
em Território Federal em caso de descumprimento quanto ao mínimo de
receita a ser destinada à educação.
Em que pese a vedação constitucional quanto à vinculação de receita
proveniente de impostos a órgão, fundo ou despesa, o art. 167, IV da CF/88
oferece como uma das exceções quando essa for para a manutenção e o
desenvolvimento do ensino (conforme preconiza o art. 212 da CF/88).
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Legislação Escolar
Competência 02
Do que se vê, ao tempo em que restou determinada a vinculação de 25%
(vinte e cinco por cento), no mínimo, das receitas tributárias para a
manutenção e o desenvolvimento do ensino, ficou também estabelecido que
o não cumprimento da determinação constitucional pode redundar em
intervenção da União nos Estados (e no Distrito Federal).
Não resta dúvida que a Emenda Constitucional (nº 14/96) veio reforçar a
integridade nacional, repelindo não só o mau uso da autonomia dos Estados e
do Distrito Federal, mas também a não observância da meta de garantir o
direito constitucional da educação.
A referida vinculação é comentada, reforçando a relevância do tema, tendo
em vista a criação de mecanismo de exceção, com sede constitucional, para
que se garanta a não ocorrência de problemas na efetivação do direito à
educação em virtude da autonomia dos entes federativos.
O enfoque em relação ao ensino fundamental é pontuado e apresentamos
mais informações acerca do tema:
[...] de acordo com o artigo 60, 60% (sessenta por cento) desses 25% (vinte e
cinco por cento) terão que ser destinados à manutenção e desenvolvimento
específico do ensino fundamental, restando os outros 40% (quarenta por
cento) dos 25% (vinte e cinco por cento) para o ensino médio e superior. Essa
medida visa a assegurar a universalização do ensino fundamental [...].
Notamos que o legislador buscou dar maior ênfase ao ensino fundamental,
com o objetivo de realmente expungir do quadro brasileiro o analfabetismo,
que tanto assusta e torna o Poder Público enfraquecido, já que sem
possibilidade de sustentar a antiga estrutura de ente assistencialista. Figura a
educação básica como meta de grande relevância no cenário nacional, com
proteção constitucional considerável, e valendo lembrar que o argumento de
falta de verba não pode ser utilizado em relação a esse direito, tendo em vista
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 02
a obrigatoriedade de cumprimento do mesmo, ainda que seja com o auxílio
da União (quando a receita de Municípios e Estados não for suficiente para tal
fim).
No art. 30, VI da CF/88, começa a ser separada a responsabilidade em relação
a cada nível de ensino, informando que é de competência dos Municípios a
educação infantil e o ensino fundamental (contando com a cooperação
técnica e financeira da União e do Estado).
Valendo-se da limitação ao poder de tributar, por meio do art. 150, V, a da
CF/88, o Estado procura fomentar a formação de instituições de educação
sem fins lucrativos, proibindo que seja instituído imposto sobre patrimônio,
renda ou serviços destas.
É, contudo, a Seção I do Capítulo III (Da educação, da cultura e do desporto)
que trata especificamente da educação, abordando aspectos basilares para
que se compreenda o direcionamento intencionado pelo legislador
(constituinte e derivado) a respeito do tema, tratamento presente do art. 205
ao 214.
A Redação do art. 205 da CF/88: “a educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. A educação é
considerada, com base constitucional, um dever do Estado e da família, dada
a sua complexidade para a efetivação. Da mesma maneira deve atuar a
sociedade, de acordo com a leitura que pode ser feita do supracitado artigo,
como aliada nesse processo de grande relevância na vida do indivíduo. O
processo educacional, portanto, pode ser considerado como elemento que
tem o condão de proporcionar o desenvolvimento da pessoa humana e está
diretamente relacionado a dois aspectos imprescindíveis à vida em sociedade:
a cidadania e a formação para o mercado de trabalho.
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Legislação Escolar
Competência 02
O art. 206 da CF/88, por sua vez, elenca os princípios relacionados ao que se
almeja como modelo de ensino a ser aplicado:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.
Vale destacar a lembrança do legislador em relacionar não só o acesso à
escola, mas também a permanência, tendo em vista a necessidade de
prolongamento desse ato para que se possa falar em efetivação do direito
social à educação. Não basta ter acesso à escola, mas sim nela permanecer
durante o tempo adequado para que seja possível considerar como cumprida,
de fato, a formação apropriada para a cidadania e a oportunidade de
ingressar no mercado de trabalho.
Quanto à questão filosófica, é sempre bom lembrar a liberdade que existe
atualmente no Brasil em relação aos temas (pluralismo de ideias) e às
maneiras de apresentá-los (concepções pedagógicas), realidade que afeta
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 02
também o âmbito escolar, como forma de afastar a censura e garantir um
ensino livre aos cidadãos em relação aos fundamentos que o conduzem.
Outro ponto relevante é a garantia do padrão qualitativo, fato que precisa
ganhar destaque em função da importância desse direito, sendo
imprescindível à sua efetividade a promoção de uma escola de qualidade, que
consiga agregar conteúdo aos educandos e auxiliar, assim, na sua formação.
O objeto tratado no art. 207 da CF/88 é o ensino superior, valendo ressaltar
que deve sempre estar atrelado à pesquisa e à extensão.
No art. 208 da CF/88 estão os deveres do Estado:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
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Legislação Escolar
Competência 02
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
frequência à escola.
É notória a sensibilidade para a inserção das pessoas com deficiência,
daqueles que estão impossibilitados de estudar durante o dia (tendo direito
ao ensino noturno de qualidade e observando as peculiaridades) e das
dificuldades adjacentes ao acesso à escola (como transporte e alimentação –
direitos conexos ao direito à educação propriamente dita).
O art. 209 apresenta a concessão da atividade à iniciativa privada (com as
regras a serem observadas).
Os conteúdos mínimos a serem estudados no ensino fundamental, a
facultatividade do ensino religioso e a língua portuguesa como língua oficial,
sem prejuízo do uso de línguas indígenas e seus processos de aprendizagem
em comunidades dessa origem (elemento que representa um avanço a ser
pontuado no processo cultural de respeito à alteridade), correspondem ao
conteúdo do art. 210 da CF/88.
O art. 211 estabelece os papéis de cada ente federativo:
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.
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Técnico em Secretaria Escolar
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§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. § 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.
Observa-se que, em que pese à distribuição de responsabilidade entre União,
Estado e Município, cabe à União o cuidado com a qualidade de ensino e o
apoio direto aos demais entes em matéria de educação.
Pioneiramente, a atual legislação brasileira enfrenta a tradicional polêmica da
divisão de competências na área de educação, reforçando também a
necessária articulação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios. Com o intuito de coibir a omissão e de facilitar a exigibilidade do
cumprimento dos deveres do Poder Público na área educacional, a
Constituição Federal (art. 211, §§ 1º-4º) e a LDB (arts. 8º-11) [...] dispõem
sobre a distribuição de responsabilidades pela oferta da educação escolar
entre instâncias federadas, atribuindo, pela primeira vez, competências
próprias aos Municípios.
A participação dos Municípios é de grande valia, na medida em que se trata
da porção do governo que está efetivamente mais próxima à realidade da
população, possibilitando uma interação mais efetiva e, dessa maneira, o
atendimento das demandas sociais específicas de cada região. Na prática,
entretanto, alguns problemas graves surgem, a exemplo da tentativa dos
Estados de enxugarem seus quadros, passando atribuições aos Municípios
sem que estes disponham efetivamente de recursos e organização para
assumi-los.
Essas questões precisam ser levadas em consideração, analisadas e
repensadas, com o objetivo de que a garantia de efetivação desse direito não
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Legislação Escolar
Competência 02
seja prejudicada por problemas técnicos de organização e estrutura do
Estado. A Administração Pública precisa adaptar-se e procurar resolver as
demandas da melhor maneira, com o escopo de que toda a população possa
lucrar com a concretização do direito à educação.
Foi com a Constituição Cidadã de 1988 que o Brasil deu um grande passo e
assumiu o compromisso de atender ao dever do estado com a educação
fundamental, garantindo-lhe meios para efetivar esse direito. Dessa forma, o
art. 212 pode ser concebido como um grande avanço no cenário histórico de
custeio do direito à educação, pois disciplina a porcentagem mínima de
destinação de determinados impostos pelo poder público à manutenção e
desenvolvimento da educação.
O art. 213, por sua vez, trata da possibilidade de ajuda do governo a entidades
sem fins lucrativos na área educacional, bem como do auxílio às atividades
universitárias de pesquisa e extensão.
Trabalho e educação têm uma relação direta entre si e, além disso, há uma
ponte perceptível entre o tema com a noção de justiça social, procurando
contribuir toda essa construção para o almejado processo de bem estar social.
O conteúdo do art. 214 corrobora essa tese ao apresentar objetivos a serem
sempre parâmetro fundamental para o Plano Nacional de Educação:
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 02
A melhoria do atendimento escolar e a qualidade de ensino novamente são
apresentadas pelo legislador, fator que demonstra a relevância do tema e a
consequente necessidade de reiterá-lo no intuito de reforço e proteção de
questões tão caras no contexto da educação.
Ao sistematizar metas com a força de lei, certamente a noção de legitimidade
é chancelada, resgatando também a necessidade de cumprimento do quanto
estabelecido, tendo em vista a relevância social do tema.
O caráter abrangente do Plano é também fundamental, em especial sendo
observados os mais variados aspectos que o assunto abarca e a necessidade
de orquestrar todos no intuito de que efetivamente os objetivos sejam
alcançados.
A educação Básica, precisa ser compreendida como um direito público
subjetivo, dialogando com essa necessidade de efetivação das garantias
presentes na CF/88, mais especificamente, o direito à educação básica
tornou-se tão importante quanto o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, todos evidenciados pelo caput do artigo 5º da
Carta Magna, tendo como consequência a possibilidade de demanda
independentemente de qualquer política que o evidencie.
Mais adiante, no mesmo Título, ao tratar da família, da criança, do
adolescente e do idoso (Capítulo VII), novamente a educação é citada como
ponto relevante:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
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Legislação Escolar
Competência 02
Não é sem razão que a educação é tema recorrente na CF/88 quando se trata
de assegurar direitos que têm relação direta com a qualidade de vida do ser
humano, seja direcionando a proteção especificamente para um grupo de
indivíduos (como no caso do art. 227), seja fazendo referência à coletividade
(a exemplo do art. 6º).
Ao lado do direito à educação, deve estar à obrigação de educar, é a
conclusão juridicamente plausível. Os dois são correlatos, são parceiros. De
certa forma, é o que faz a Constituição da República de 1988: define a
educação como um direito de todos e dever do Estado, no art. 205, e, no art.
208, enumera as garantias, incluindo o acesso ao ensino público e gratuito
como direito público subjetivo. E bem mais, o não oferecimento do ensino
obrigatório pelo Poder Público, ou a sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente (art. 208, §2º).
Enfim, observamos que para esse direito fundamental, corresponde
diretamente um dever do Estado, como forma de garantia e sob pena de
responsabilização.
Vamos lá pessoal, continuar nossas reflexões na competência seguinte.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 03
3. COMPETÊNCIA 03 | ANALISAR E COMPREENDER OS DIREITOS E
DEVERES DOS PROFESSORES NA LEI Nº 6.123/68 E LEI Nº
11.329/96
Os professores, agentes de mudanças e transformações, são também
formadores das novas gerações, importantes para a sociedade e para o
desenvolvimento de um país. Infelizmente eles são desrespeitados nos seus
direitos apesar de valorizados pela sociedade. Este profissional da educação
tem o papel de garantir para as crianças, jovens, adolescentes e idosos o
direito de aprender.
E estes profissionais de educação nas escolas públicas estaduais, habilitados
em educação superior (graduação e pós-graduação), são docentes do ensino
fundamental e médio, podendo atuar nas instituições públicas sob a tutela da
Constituição Federal de 1988, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), da Lei nº 6.123/68 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
Estado de Pernambuco) e da Lei nº 11.329/96 (Estatuto do magistério público
do Estado de Pernambuco).
Precisamos iniciar com uma indagação: qual o papel do professor? A
valorização do professor está ameaçada pelas novas tecnologias
educacionais?
Antes de qualquer coisa, os professores precisam repensar o seu papel. Eles
precisam se conscientizar que são uma fonte de informação entre muitas
outras. Importante que eles tenham essa percepção e segundo Alarcão (2003)
ser um professor reflexivo numa comunidade reflexiva O professor também
precisa estar num processo constante de formação e autoformação.
Atualmente, em época de informação e comunicação, a escola não detém o
saber por que o professor não é mais o transmissor único do conhecimento.
Além disso, o estudante não é aquele que fica aguardando ser recheado de
conteúdos como antigamente, mas sim aprender a transformar as
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Legislação Escolar
Competência 03
informações em conhecimentos. Enquanto isso, a escola precisa estar aberta
para a comunidade onde está inserida.
De acordo com Alarcão (2003), hoje podemos considerar que estamos na
sociedade da informação, intitulada também de sociedade da informação e
do conhecimento e ultimamente considerada como sociedade da
aprendizagem, pois não há conhecimento sem aprendizagem. A informação é
uma condição sine qua non para o conhecimento.
A escola por ter como missão educar e instruir, deve se organizar para criar as
condições necessárias para a construção das aprendizagens essenciais ao
currículo. Como afirma Roldão, é “o currículo que legitima socialmente a
escola, como instituição a quem a sociedade remete a ‘passagem’ sistemática
das aprendizagens tidas como necessárias” (ROLDÃO, 2000, p.17). Nos dias
atuais, é na sala de aula que se busca e produz conhecimento, deixando de
ser apenas local de transmissão de conhecimento.
Então, respondendo ao questionamento do início do texto sobre o papel do
professor, podemos informar que cabe ao educador criar, estruturar e
dinamizar as situações de aprendizagem, estimulando a autoconfiança dos
estudantes para aprender. Estas são as competências que o professor de hoje
precisa desenvolver nos educandos.
Continuando a responder as indagações sobre “será que a importância e a
valorização do professor estão ameaçadas pela tecnologia?” Sabemos que
estamos vivendo em tempos de transformações, nas diversas atividades
humanas, inclusive na educação, devido ao progresso da tecnologia da
informação e comunicação.
As novas tecnologias educacionais valorizam o educador, quando disponibiliza
mais recursos para a construção do conhecimento, mas exige um profissional
com outro perfil. Ou seja, o novo perfil de professor deve estar ligado aos
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 03
recursos da modernidade. Sendo assim, pouco a pouco o conhecimento vem
se desvinculando do ambiente escolar e da figura do professor.
3.1 Diretos e Deveres dos Professores segundo a Lei nº 6.123/68 e Lei nº
11.329/96
Aqueles que exercem a função do magistério precisam defender a sua
dignidade, melhores condições de trabalho e melhores salários de acordo
com a responsabilidade social da profissão que exercem. De acordo com o
Estatuto do magistério, na Lei nº 11.329/96, o artigo 21 apresenta os direitos
previstos na carreira do magistério:
Art. 21 - Além dos direitos previstos nas normas gerais aplicáveis ao servidor público, são direitos específicos dos ocupantes dos cargos das carreiras do magistério: I - perceber remuneração de acordo com o cargo para o qual foi nomeado o nível de formação, o tempo de serviço e o regime de trabalho; II - participar de oportunidades de capacitação que auxiliem e estimulem a melhoria do seu desempenho profissional, propiciando a ampliação dos seus conhecimentos; III - dispor, no ambiente de trabalho, de instalações e material didático-pedagógico suficiente e adequado e de informações educacionais e bibliográficas que permitam desempenhar com qualidade suas atribuições; IV - reunir-se no local e horário de trabalho para tratar de assuntos e interesse da educação e da profissão, desde que haja anuência prévia da chefia imediata; V - afastar-se para formação continuada; VI - participar de congressos, seminários, cursos e outros eventos referentes à educação; VII - ter acesso a todo acervo legal e dados referentes à
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Legislação Escolar
Competência 03
Na Lei nº 6.123/68 - Estatuto dos Funcionários públicos de Pernambuco - no artigo 143, encontramos as seguintes vantagens do funcionalismo público: Art. 143. Além do vencimento, poderão ser conferidas ao funcionário as seguintes vantagens: I - ajuda de custo; II - diárias; III - auxílio para diferença de caixa; IV - salário-família; V - gratificações.
Ainda de acordo com a Lei nº 6.123/68, no artigo 193 encontramos os seus
deveres:
Art. 193. São deveres do funcionário, além do desempenho das tarefas cometidas em razão do cargo ou função: I - assiduidade; II - pontualidade; III - discrição; IV - urbanidade; V - lealdade às instituições constitucionais; VI - obediência às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VII - observância às normas legais e regulamentares; VIII - levar ao conhecimento da autoridade superior irregularidade de que tiver ciência em razão do cargo ou função; IX - zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado; X - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento individual a sua declaração de família; XI - atender prontamente às requisições para defesa da Fazenda pública e à expedição de certidões requeridas para defesa de direitos e esclarecimentos de situações; XII - guardar sigilo sobre documentos e fatos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 03
Os professores devem atender os seus interesses, mas respeitando o objetivo
coletivo, pois a educação é um bem público e direito de todos. (art. 205 CF). O
artigo 32 do Estatuto do magistério expõe os deveres dos professores:
Art. 32 - São deveres do professor, além daqueles fixados no Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco: I - conhecer a legislação educacional; II - ensinar de forma atualizada os conteúdos curriculares definidos para cada nível de ensino; III - respeitar ao aluno como sujeito principal do processo educativo e comprometer-se com o avanço do seu desenvolvimento e aprendizagem; IV - acompanhar a produção de conhecimentos, de saberes e de bens culturais; V - participar das diversas atividades inerentes ao processo educacional; VI - empenhar-se na utilização de métodos educativos e democráticos que promovam o processo sócio-político-cultural da comunidade; VII - comparecer ao trabalho com assiduidade e pontualidade, cumprindo responsavelmente suas funções; VIII - atuar de forma coletiva e solidária com a comunidade; IX - lutar para que os objetivos da educação brasileira atendam aos interesses e necessidades da população; X - contribuir para a construção de uma nova escola e uma nova sociedade.
Aliás, o Estatuto do Magistério, no artigo 6º, apresenta as funções dos cargos
das carreiras do magistério:
Art. 6º - As funções do magistério público compreendem o exercício da regência de classe e de atividades técnico-pedagógicas que dão diretamente suporte as atividades de ensino, e que requerem formação específica. § 1º - A regência de classe será exercida em escolas públicas registradas no Cadastro Geral da Secretaria de
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Legislação Escolar
Competência 03
Educação e Esportes e em centros de ensino e esportivos da rede estadual. § 2º - A execução de atividades técnico-pedagógicas se dará em escolas, centros de ensino, de reabilitação e de educação especial, e em equipes centrais ou regionais da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco.
O artigo 7º apresenta as atribuições do professor em regência de sala de aula:
Art. 7º - São atribuições do professor em regência de classe: I - planejar e ministrar aulas, coordenando o processo de ensino e aprendizagem nos diferentes níveis de ensino; II - elaborar e executar programas educacionais; III - selecionar e elaborar o material didático utilizado no processo ensino-aprendizagem; IV - organizar a sua prática pedagógica, observando o desenvolvimento do conhecimento nas diversas áreas, as características sociais e culturais do aluno e da comunidade em que a unidade de ensino se insere, bem como as demandas sociais conjunturais; V - elaborar, acompanhar e avaliar projetos pedagógicos e propostas curriculares; VI - participar do processo de planejamento, implementação e avaliação da prática pedagógica e das oportunidades de capacitação; VII - organizar e divulgar produções científicas, socializando conhecimentos, saberes e tecnologias; VIII - desenvolver atividades de pesquisa relacionadas à prática pedagógica: IX - contribuir para a interação e articulação da escola com a comunidade. X - acompanhar e orientar estágios curriculares.
O artigo 8º apresenta as atribuições dos professores que assumem funções
técnico-pedagógicas:
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 03
Art. 8º - São atribuições do professor no exercício de atividades técnico-pedagógicas: I - acompanhar e apoiar a prática pedagógica desenvolvida na escola; II - estimular atividades artísticas, culturais e esportivas na escola; III - localizar demandas de capacitação em serviço e de formação continuada; IV - programar e executar capacitação em serviço; V - participar da formulação e aplicação do processo de avaliação escolar; VI - acompanhar a dinâmica escolar e coordenar ações interescolares; VII - supervisionar a vida escolar do aluno; VIII - zelar pelo funcionamento regular da escola; IX - assessorar o processo de definição do planejamento de políticas educacionais, realizando diagnóstico, produzindo, organizando e analisando informações; X - promover a divulgação, monitorar e avaliar a implementação das políticas educacionais; XI - realizar avaliação psicopedagógica e prestar
atendimento aos alunos portadores de deficiência.
3.2 Valorização do Professor na Constituição Federal/88 e na LDB
A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional/1996 contemplaram nos seus textos os princípios e as normas para
valorizar os professores. Porém, entre a teoria e a prática ainda existe muita
coisa para fazer no que diz respeito à valorização do educador. Enfim, não
podemos negar os progressos na legislação em relação à valorização dos
professores, mas apesar da responsabilidade pedagógica e social na sua
prática educacional, pouco avançou.
No artigo 206, V, a Constituição Federal de 1988 determina a valorização dos
profissionais de ensino, garantidos, na forma de lei, para o magistério público,
com piso salarial e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº. 9.394/96), no seu art.
67, reafirma os princípios constitucionais de ensino, destacando que os
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Legislação Escolar
Competência 03
sistemas de ensino devem promover a valorização dos profissionais da
educação.
Na organização da educação nacional, a responsabilidade com a educação
está dividida entre as instituições escolares e os professores (artigos 12 e 13
da Lei nº 9.394/96). Pela legislação educacional vigente, os docentes são
participantes da organização da educação nacional, pois a LDB estabelece
como dever do estabelecimento de ensino “velar pelo cumprimento do plano
de trabalho de cada docente” (art. 12, IV). A lei enumera, pelo menos, seis (6)
deveres a serem cumpridos pelos professores, aliás, importantes na prática
pedagógica, pois valorizam o exercício do magistério.
Os professores devem exigir do governo o cumprimento dos princípios e das
normas de valorização dos profissionais de ensino que estão previstos na
Constituição Federal (art. 206, V) e na LDB (art. 67). Além disso, ter
conhecimento dos seus direitos e deveres previstos na Lei nº 6.123/68
(Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco) e na Lei nº
11.329/96 (Estatuto do magistério público do Estado de Pernambuco).
Enfim, acreditamos ter contribuído para que a sociedade possa conhecer os
direitos e deveres dos educadores nas relações de trabalho e, de refletirmos
sobre a necessidade de tratar com dignidade os educadores de todos os níveis
de ensino do sistema educacional brasileiro.
Vamos lá, pessoal!
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 04
4. COMPETÊNCIA 04 | CONHECER AS NORMAS SOBRE
CALENDÁRIO ESCOLAR, AVALIAÇÃO, DIÁRIO DE CLASSE E
REGISTROS NO LIVRO DE PONTO
Nessa quarta e última competência do caderno de Legislação Escolar, vamos
abordar as normas sobre Calendário escolar, as Diretrizes e procedimentos
para implantação do Sistema de Avaliação das Aprendizagens nas Escolas da
Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, as Orientações para preenchimento
do registro da jornada de trabalho e dos diários de classe do Ensino
Fundamental anos finais e Ensino Médio.
4.1 Instrução Normativa nº 09/2013 - Normas sobre Calendário Escolar.
A Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, ao tornar público a
Instrução Normativa nº 09/2013, estabeleceu orientações e procedimentos
para a elaboração do Calendário Escolar das Escolas da Rede Estadual de
Ensino do Estado de Pernambuco, no ano letivo 2014.
A Secretaria de Educação do Estado, ao publicar a referida instrução levou em
consideração os seguintes princípios:
o princípio da gestão democrática e participativa;
a progressiva autonomia das Escolas;
o direito de todos os estudantes a uma educação com qualidade social;
a garantia de cumprimento da carga horária mínima anual de
oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de
efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais,
formação continuada dos professores, discussão e avaliação do Projeto
Político Pedagógico;
a adequação do calendário escolar às peculiaridades locais e regionais
onde as escolas encontram-se inseridas;
a observância da garantia dos quinze dias de recesso escolar no ano
letivo e as férias regulamentares;
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Legislação Escolar
Competência 04
a necessidade de ajustes nos calendários escolares em virtude dos jogos
da Copa do Mundo de Futebol de 2014, conforme explicitado no
Parecer CNE/CEB nº 21/2012, em atendimento ao que dispõe a Lei nº
12.663/2012.
O calendário escolar é importante, é um elemento característico de
organização do currículo escolar. O calendário escolar apresenta a quantidade
de horas aulas que os professores de cada componente curricular terão para
utilizar em sala de aula, os dias letivos, as avaliações, os feriados, as férias, as
atividades extracurriculares (como festa junina, encerramento do ano letivo,
jogos interclasses, etc.) e as atividades pedagógicas (conselho de classe,
plantão pedagógico, etc.).
E essa organização do tempo escolar de cada unidade escolar, deve levar em
consideração as peculiaridades de cada região e a estrutura de cada
instituição e dos estudantes. Na área rural, onde a população, incluindo pais e
estudantes, trabalha no plantio e na colheita, por exemplo, o calendário deve
considerar as épocas de safra e entressafra.
Os professores são as pessoas mais recomendadas para organizar o calendário
escolar, pois conhecem as necessidades e a realidade da sala de aula. Todavia,
em algumas escolas, são os membros da equipe gestora que ficam com essa
responsabilidade. Essa organização do tempo escolar geralmente é feita no
momento da elaboração do projeto político pedagógico (PPP) da escola.
Os professores também precisam de tempo para apreciar seus estudantes,
participar de formação continuada e em serviço dentro e fora do ambiente
escolar, preparar suas aulas, preencher diários de classe, elaborar avaliações,
pensar nas atividades didáticas e acompanhar e avaliar o projeto político-
pedagógico da escola em execução. O estudante precisa de tempo para
melhor organizar seus ambientes fora de sala de aula.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 04
Sendo assim, o tempo escolar fica fragmentado, pois a matriz curricular fixa o
quantitativo de aulas de cada componente curricular, e às vezes concede mais
tempo a certos componentes curriculares que são considerados mais
importantes em detrimento de outros que ficam prejudicados.
Fazendo comentários sobre os períodos dedicados às aulas e os resultados
para os estudantes, Enguita (1989) afirma que:
A sucessão de períodos muito breves – sempre de menos de uma hora – dedicados a matérias muito diferentes entre si, sem necessidade de sequência lógica entre elas, sem atender à melhor ou à pior adequação de seu conteúdo a períodos mais longos ou mais curtos e sem prestar nenhuma atenção à cadência do interesse e do trabalho dos estudantes; em suma, a organização habitual do horário escolar ensina ao estudante que o importante não é a qualidade precisa de seu trabalho, a que o dedica, mas sua duração. A escola é o primeiro cenário em que a criança e o jovem presenciam, aceitam e sofrem a redução de seu trabalho a trabalho abstrato. (ENGUITA, 1989, p.180)
Veiga (2002, p.30) e outros acham “que é necessário reformular a forma em
que o tempo escolar é organizado, para alterar a qualidade do trabalho
pedagógico”.
4.2 Instrução Normativa nº 04/2008 - Diretrizes e Procedimentos para
Implantação do Sistema de Avaliação das Aprendizagens nas Escolas da
Rede Estadual de Ensino de Pernambuco.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), sancionada em 20 de
dezembro de 1996, decide que a avaliação seja contínua e cumulativa e que
os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Portanto, os
resultados obtidos pelos estudantes durante o ano escolar devem ser mais
apreciados que a nota da prova final.
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Legislação Escolar
Competência 04
Ou seja, a legislação estabelece que a avaliação do processo de aprendizagem
tenha como característica a predominância dos procedimentos qualitativos
sobre os quantitativos, dos processos sobre os produtos, a ser implementada
como dinâmica de natureza cumulativa, contínua, sistemática, superando a
visão tradicional que era classificatória e terminal. Sendo a avaliação contínua,
o educador deve priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem (o
educador precisa observar o desempenho do aluno ao longo do ano letivo e
não exclusivamente em uma prova).
O processo de avaliação é importante para o ensino e a aprendizagem porque
contribui com a formação do sujeito e de sua cidadania, respeitando suas
diversidades e fazendo com que possam resolver seus problemas
diariamente.
As provas escritas são os instrumentos de avaliação mais utilizados pelos
professores em sala de aula. Observando os constantes fracassos escolares e
reprovação escolar dos nossos estudantes pode-se afirmar da necessidade
urgente de uma reflexão sobre as formas de avaliar que vem sendo usada nas
escolas atualmente.
E para isso, o professor precisa conhecer seu aluno e suas dificuldades de
aprendizagem, para pensar em outros caminhos e todos alcancem os seus
objetivos, o estudante, o professor e a escola.
Podemos definir avaliação da aprendizagem escolar como uma forma de
obter informações sobre os avanços e dificuldades dos estudantes. É um
processo permanente que oferece suporte ao processo de ensino e
aprendizagem, orienta os professores a planejar suas ações para que o
estudante tenha êxito na sua jornada educativa. Os dados resultantes da
avaliação são indicadores para a reflexão do professor sobre sua ação e sua
prática pedagógica na escola, no sentido de redirecionar o ensino com o
objetivo de atender as necessidades do estudante na perspectiva de ampliar e
consolidar as aprendizagens.
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Competência 04
Hoffmann afirma sobre a avaliação da aprendizagem escolar:
O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo aluno das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos equivalentes. Essencialmente, porque não há paradas ou retrocessos nos caminhos da aprendizagem. Todos os aprendizes estarão sempre evoluindo, mas em diferentes ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do professor precisará abranger a diversidade de traçados, provocando-os a prosseguir sempre (HOFFMANN, 2001, p. 47).
A Secretaria de Educação de Pernambuco define como princípio norteador
das políticas educacionais a educação para a cidadania e destaca como
prioridade a universalização da educação básica com permanência do
estudante, ampliação e qualidade da educação escolar. A Secretaria de
Educação de Pernambuco também considera que se torna imperativo o
envolvimento do estudante, pais e educadores da escola nos processos
decisórios, de ensino e aprendizagens e de seus resultados;
Sendo assim, a concepção de avaliação do processo de aprendizagem
explicitada na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ‐ LDBEN nº
9394/1996, define a avaliação como parte integrante e estruturante do
processo de aprendizagens e da ação pedagógica que possibilita o
acompanhamento da construção de conhecimento e de desenvolvimento
sócio‐cognitivo do estudante. E por isso, a Secretaria de Educação do estado
de Pernambuco emitiu uma Instrução normativa nº 04/2008 que dispõe sobre
as diretrizes e procedimentos para implantação do Sistema de Avaliação das
Aprendizagens nas Escolas da Rede Estadual de Ensino a partir do ano letivo
de 2008.
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Competência 04
4.3 Orientação para Preenchimento do Registro da Jornada de Trabalho
A Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco publicou no Diário Oficial
do Estado, no dia 28 de janeiro de 2011, orientação para preenchimento do
registro da jornada de trabalho das escolas da Rede Estadual de Ensino,
quanto ao Registro da Jornada de Trabalho dos professores regentes e dos
servidores técnicos administrativos. Segundo a orientação, foi levado em
consideração que:
O Registro da Jornada de Trabalho destina-se aos servidores efetivos do
Estado e contratos temporários.
O Registro da Jornada de Trabalho é um instrumento que garante a
formalização da vida funcional do servidor.
O Registro da Jornada de Trabalho é um instrumento comprobatório da
frequência diária do efetivo exercício do servidor, possibilitando dirimir
contradições nas questões de aposentadoria, jurídica e civil.
Assim sendo, apresentamos em anexo, as competências dos servidores para
preenchimento do Registro da Jornada do Trabalho.
4.4 Orientação para Preenchimento dos Diários de Classe do Ensino
Fundamental Anos Finais e Ensino Médio
A Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco publicou no Diário Oficial,
uma orientação para as Escolas da Rede Estadual de Ensino quanto ao
preenchimento do Diário de Classe do Ensino Fundamental Anos Finais e
Ensino Médio. Foi levado em consideração que:
o diário de classe é um instrumento de registro do planejamento e do
desenvolvimento das atividades pedagógicas do professor.
o diário de classe é um instrumento legal de registro das situações
didáticas da vida escolar dos estudantes, do acompanhamento das suas
aprendizagens e do desempenho escolar.
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Técnico em Secretaria Escolar
Competência 04
no diário de classe devem constar: a relação nominal dos estudantes,
em ordem alfabética, observações sobre o rendimento, frequência
justificada e atitudes comportamentais; o planejamento das aulas, o
registro dos conteúdos trabalhados em situação didática de cada
bimestre e as atividades ou projetos especiais.
Assim sendo, vamos encontrar na orientação em anexo as competências da
secretaria da escola e do professor para o preenchimento do diário de classe.
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Legislação Escolar
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e
Bases da Educação Nacional. São Paulo: Abril, 1992.
ENGUITA, Mariano F. A face oculta da escola: educação e trabalho no
capitalismo. Porto Alegre, Artes Médicas, 1989.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto
Alegre: Mediação, 2001.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (org) Projeto político-pedagógico da escola:
uma construção possível. 14ª edição Papirus, 2002, pags. 29-30.
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Técnico em Secretaria Escolar
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR PESQUISADOR
Herocilda de Oliveira Alves
Mestranda em Avaliação e Gestão Pública (com aprovação em todas as
disciplinas, aguardando agendamento da defesa da dissertação) pela
Universidade Federal de Juiz de Fora – Minas Gerais. Possui especialização em
Planejamento e Gestão Escolar pela Universidade de Pernambuco e em
Ciências da Educação. Atualmente exerce o cargo de Diretora do Centro
Executivo de Exames Supletivos – CEESU na Secretaria de Educação de
Pernambuco.
Experiências Profissionais:
Professor/Educador.
Elaboração de pareceres para regularizar a vida escolar de alunos.
Análise de processos de autorização de funcionamento de Escolas
Particulares, Estaduais e Municipais.
Elaboração de pareceres sobre Equivalência de estudos realizados no
Exterior.
Elaboração de projetos.
Acompanhamento/monitoramento de Projetos como Avançar,
Progestão, Profae, etc.
Capacitadora/formadora.
Multiplicadora do Progestão – Programa de Capacitação a distância de
Gestores escolares.
Coordenadora de cursos de Qualificação Profissional da UFPE.
Gestora da ETEPAM – 2004 a 2008.
Formadora do Profuncionário I – Módulos 10, 11, 12, 14, 15 e 16.
Tutora do Profuncionário II e III.
Coordenadora Estadual de Logística do SAEb/Prova Brasil – nas edições
de 2011 e 2013.
Supervisora do SAEPE – anos de 2010, 2011, 2012 e 2013.
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Legislação Escolar
Tutora Virtual do PROGEPE.
Coordenação do ENCCEJA NACIONAL E ENCCEJA PPL( Pessoas Privadas
de Liberdade).
Aplicadora da pré-testagem do PISA.
Professor Pesquisador do Profuncionário IV – Disciplinas: Legislação
Escolar e Técnicas de Redação.
Participação em reuniões no INEP sobre aplicação e disseminação de
resultados do ENEM, ENCCEJA, PISA, PROVINHA BRASIL, SAEB, ANA, etc.
Coordenadora Estadual de Logística da ANA 2014.