Legislacao Penal Extravagante Aula 04

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    Legislao Penal Extravagante para PCDF (Delegado)

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Paulo Guimares Aula 04

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    AULA 04: Lei n 10.826/2003 e alteraes

    (Estatuto do Desarmamento); Lei n 5.553/1968

    (Dispe sobre a apresentao e uso de

    documentos de identificao pessoal)

    SUMRIO PGINA1. Lei n 10.826/2003 e alteraes (Estatutodo Desarmamento)

    1

    2. Lei n 5.553/1968 (Dispe sobre a apresentao euso de documentos de identificao pessoal)

    24

    3. Resumo do Concurseiro 27

    4. Questes comentadas 375. Questes sem comentrios 48

    Ol, caro amigo! Vamos continuar nosso estudo hoje com

    duas leis muito importantes para sua prova. Voc est no meio da

    jornada at a prova, mas recomendo fortemente que voc planeje com

    cuidado o que far nos ltimos dias, incluindo uma reviso consistente de

    todas as matrias vistas ao longo da sua preparao.

    Bons estudos!

    1. LEI N 10.826/2003 E ALTERAES (ESTATUTODO DESARMAMENTO)

    O Estatuto do Desarmamento regulamenta o registro, a

    posse, o porte e a comercializao de armas de fogo e munio no Brasil.

    Com o Estatuto, o Pas passou a ter critrios mais rigorosos para o

    controle das armas.

    Essa lei tornou mais difcil para o cidado ter acesso ao porte

    de arma e estimulou a populao a se desarmar. Foi o Estatuto que

    instituiu a realizao das campanhas de desarmamento, prevendo o

    pagamento de indenizao para quem entregasse espontaneamente suas

    armas, a qualquer momento, Polcia Federal.

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    O Estatuto tambm aperfeioou a legislao para punir mais

    efetivamente o comrcio ilegal e o trfico internacional de armas de fogo.

    Tais crimes, antes enquadrados como contrabando e descaminho,

    passaram a ser expressamente previstos em lei especifica.No sei se voc vai lembrar disso, mas em 2005 foi convocado

    referendo acerca do teor de um dos dispositivos trazidos pelo Estatuto do

    Desarmamento.

    Art. 35. proibida a comercializao de arma de fogo e munio em

    todo o territrio nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6o

    desta Lei. 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, depender de aprovao

    mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

    Esta norma terminou no sendo aprovada, e hoje continua

    permitida a comercializao de arma de fogo e munio no Brasil, sob as

    condies do Estatuto. O referendo no invalidou o Estatuto do

    Desarmamento, mas somente a proibio genrica do comrcio de arma

    de fogo e munio.

    1.1. Sistema Nacional de Armas (Sinarm)

    Art. 1o O Sistema Nacional de Armas Sinarm, institudo no

    Ministrio da Justia, no mbito da PolciaFederal, tem circunscrio

    em todo o territrio nacional.O Sinarm foi institudo pelo Estatuto do Desarmamento no

    mbito da Polcia Federal, com circunscrio em todo o territrio

    nacional. Imagino que voc j deve saber isso, mas o Departamento de

    Polcia Federal subordinado ao Ministrio da Justia.

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    O Sistema Nacional de Armas Sinarm foi institudo pelo

    Estatuto do Desarmamento no mbito da Polcia Federal, com

    circunscrio em todo o territrio nacional.

    Art. 2o Ao Sinarmcompete:

    I identificaras caractersticas e a propriedade de armas de fogo,

    mediante cadastro;II cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e

    vendidas no Pas;

    III cadastrar as autorizaes de porte de arma de fogo e as

    renovaesexpedidas pela Polcia Federal;

    IV cadastrar as transfernciasde propriedade, extravio, furto,

    roubo e outras ocorrncias suscetveis de alterar os dados cadastrais,

    inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurana

    privada e de transporte de valores;

    V identificar as modificaesque alterem as caractersticas ou o

    funcionamento de arma de fogo;

    VI integrar no cadastro os acervos policiaisj existentes;

    VII cadastrar as apreenses de armas de fogo, inclusive as

    vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;

    VIII cadastrar os armeiros em atividade no Pas, bem como

    conceder licena para exercer a atividade;

    IX cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas,

    varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de

    fogo, acessrios e munies;

    X cadastrar a identificao do cano da arma, as caractersticas

    das impresses de raiamento e de microestriamento de projtil

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    disparado, conforme marcao e testes obrigatoriamente realizados pelo

    fabricante;

    XI informars Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e do

    Distrito Federal os registros e autorizaes de porte de armas de fogo nosrespectivos territrios, bem como manter o cadastro atualizado para

    consulta.

    Perceba que as atribuies do Sinarm esto

    predominantemente relacionadas ao registro e controle de informaes

    acerca das armas de fogo presentes no pas. Abaixo apresento as

    atribuies de uma forma um pouco mais palatvel, com os meus

    comentrios.

    COMPET NCIA DO SINARM

    DISPOSITIVO COMENTRIOS

    Identificar

    as caractersticas e a

    propriedade de armas de fogo,

    mediante cadastro;

    Geralmente as alteraes nas

    caractersticas das armas de fogo so

    feitas para dificultar sua identificao e

    rastreamento. Algumas vezes os

    criminosos operam verdadeiros

    desmanches, que permitem que as

    armas sejam montadas a partir de

    peas extradas de outras.

    as modificaesque alterem as

    caractersticas ou ofuncionamento de arma de fogo;

    Informar

    s Secretarias de Segurana

    Pblica dos Estados e do

    Distrito Federal os registros e

    autorizaes de porte de armas

    de fogo nos respectivos

    territrios, bem como manter ocadastro atualizado para

    consulta;

    As polcias dos Estados no tm

    competncia para emitir autorizaes

    de porte e registar armas de fogo, mas

    a Polcia Federal deve sempre informar

    aos rgos estaduais de segurana

    acerca dos registros e autorizaes

    emitidos. Algumas vezes essas

    secretarias tm outros nomes, ok? Em

    Pernambuco, por exemplo, existe a

    Secretaria de Defesa Social.

    Cadastrar

    as armas de fogo produzidas,

    importadas e vendidas no Pas;

    Tanto as armas fabricadas no Brasil

    quanto as importadas devem ser

    cadastradas no Sinarm. A atividade de

    cadastramento atribuda Polcia

    Federal.

    as autorizaes de porte de O Sinarm dispe das informaes no

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    arma de fogo e as renovaes

    expedidas pela Polcia Federal;

    s acerca das armas que existem no

    pas, mas tambm de seus

    proprietrios e pessoas que detenham

    autorizao para porte.

    as transferncias depropriedade, extravio, furto,

    roubo e outras ocorrncias

    suscetveis de alterar os dados

    cadastrais, inclusive as

    decorrentes de fechamento de

    empresas de segurana privada e

    de transporte de valores;

    Sempre que uma arma for da posse deuma pessoa para outra, mesmo de

    forma ilegtima, a autoridade policial

    deve ser imediatamente comunicada.

    As empresas de segurana privada e

    transporte de valores que encerrem

    suas atividades no podem manter em

    seu poder as armas utilizadas.

    as apreenses de armas defogo, inclusive as vinculadas a

    procedimentos policiais e

    judiciais;

    As delegacias e os rgos do PoderJudicirio devem informar o Sinarm

    acerca de apreenses.

    os armeiros em atividade no

    Pas, bem como conceder licena

    para exercer a atividade;

    Armeiro o profissional responsvel

    pela manuteno de armas de fogo. O

    exerccio dessa atividade depende de

    licenciamento da Polcia Federal. Se

    voc quiser, pode consultar o cadastro

    de armeiros de todo o pas no site daPolcia Federal.

    mediante registro os produtores,

    atacadistas, varejistas,

    exportadores e importadores

    autorizados de armas de fogo,

    acessrios e munies;

    O exerccio dessas atividades depende

    de alvar especfico expedido pela

    Polcia Federal.

    a identificao do canoda arma,

    as caractersticas das impressesde raiamento e de

    microestriamento de projtil

    disparado, conforme marcao e

    testes obrigatoriamente

    realizados pelo fabricante;

    As informaes do cano da arma so

    importantes porque cada arma produzum padro de marcas na munio

    disparada. Essas marcas permitem ao

    perito saber se determinado projtil foi

    atirado por determinada arma.

    Integrar

    no cadastro os acervos policiais

    j existentes

    Esses acervos no dizem respeito s

    armas utilizadas pelas polcias, mas

    sim quelas apreendidas no curso da

    atividade policial.

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    Pargrafo nico. As disposies deste artigo no alcanam as

    armas de fogo das Foras Armadase Auxiliares, bem como as demais

    que constem dos seus registros prprios.As armas de fogo utilizadas pelas Foras Armadas e

    Auxiliarese pelas ForasAuxiliaresso sujeitas a regramento prprio,

    relacionado ao Sistema de Gerenciamento Militar de Armas Sigma.

    Foras Auxiliares o nome pelo qual eram conhecidas as Polcias Militares

    e os Corpos de Bombeiros Militares. Hoje os integrantes dessas formas

    so considerados militares para todos os efeitos.

    O Sigma mencionado apenas no Decreto n 5.123/2004,

    que regulamentou o Estatuto do Desarmamento. No pretendo analisar o

    texto do Decreto, at porque ele no ser objeto da sua prova, mas ele

    determina que sejam cadastradas no Sigma as armas de fogo das Foras

    Armadas, das Polcias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, da

    Agncia Brasileira de Inteligncia e do Gabinete de Segurana

    Institucional da Presidncia da Repblica.

    No Sinarm, por outro lado, sero cadastradas as armas de

    fogo da Polcia Federal, Polcia Rodoviria Federal, Polcias Civis, rgos

    policiais da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, integrantes do

    quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, integrantes das escolas

    de presos, das Guardas Porturias, das Guardas Municipais e dos rgos

    pblicos cujos servidores tenham autorizao legal para portar arma de

    fogo em servio.

    1.2. Do Registro

    Art. 3o obrigatrio o registro de arma de fogo no rgo

    competente.

    Pargrafo nico. As armas de fogo de uso restrito sero

    registradas no Comando do Exrcito, na forma do regulamento desta Lei.

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    Fica fcil para voc lembrar em que rgos devem ser

    registradas as armas de fogo. A regra geral, aplicvel s armas de fogo

    de uso permitido, de que o registro seja feito no Sinarm, gerido pela

    Polcia Federal. As armas de uso restrito, por outro lado, so aquelasque somente podem ser utilizadas pelas Foras Armadas, instituies de

    segurana pblica e pessoas habilitadas, e por isso devem ser registradas

    no ComandodoExrcito, rgo responsvel pela gesto do Sigma.

    Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade

    em todo o territrio nacional, autoriza o seu proprietrio a manter a arma

    de fogo exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio, oudependncia desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja

    ele o titular ou o responsvel legal pelo estabelecimento ou empresa.

    1o O certificado de registro de arma de fogo ser expedido pela

    Polcia Federal e ser precedido de autorizao do Sinarm.

    Ateno! O certificado de Registro no autoriza o proprietrio

    da arma a port-la no dia a dia. Ele apenas d legitimidade propriedade,

    mas limita o manuseio da arma residncia ou ao local de trabalho do

    proprietrio.

    Quero chamar sua ateno para a meno ao local de

    trabalho, que no constava da redao original do Estatuto do

    Desarmamento, tendo sido includo pela Lei n 10.884/2004. Voc sabe

    que as bancas tem um carinho especial pelas alteraes legislativas, no

    mesmo?

    O rgo responsvel pela expedio do certificado de Registro

    a Polcia Federal, com autorizao do Sinarm.

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    O certificado de Registro de Arma de Fogo legitima a

    propriedade da arma de fogo, mas autoriza o seu proprietrio a mant-la

    exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio ou no seu

    local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsvel legal

    pelo estabelecimento ou empresa. O rgo responsvel pela expedio do

    certificado de registro de arma de fogo Polcia Federal, com

    autorizao do Sinarm.

    Vejamos agora os procedimentos para aquisio de arma de

    fogo de uso permitido.

    Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitidoo interessado

    dever, alm de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes

    requisitos:

    I - comprovao de idoneidade, com a apresentao de certides

    negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justia Federal,

    Estadual, Militar e Eleitoral e de no estar respondendo a inqurito policial

    ou a processo criminal, que podero ser fornecidas por meios eletrnicos;

    II apresentao de documento comprobatrio de ocupao lcita

    e de residnciacerta;

    III comprovao de capacidade tcnica e de aptido

    psicolgica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma

    disposta no regulamento desta Lei.

    A pessoa que comprar uma arma de fogo precisa estar bem

    decidida, no mesmo? necessrio apresentar uma srie de

    documentos, para comprovar idoneidade, ocupao lcita, residncia

    certa, capacidadetcnicae aptidopsicolgica.

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    O Decreto n 5.123/2004 ampliou ainda mais essas

    exigncias, sendo agora necessrio que aquele que pretenda comprar

    arma de fogo de uso permitido tenha pelo menos 25 anos, apresente

    declaraodeefetivanecessidade e cpia autenticada da carteiradeidentidade, alm dos documentos comprobatrios das condies

    previstas no Estatuto do Desarmamento.

    Apenas uma observao quanto ao requisito de idade: h

    excees para os membros das Foras Armadas, Polcias Federal,

    Rodoviria Federal, Ferroviria Federal, Civis, Polcias Militares, Corpos de

    Bombeiros Militares e Guardas Municipais das capitais e dos Municpios

    com mais de 500.000 habitantes.Atendidos os requisitos, o Sinarm expedir autorizao de

    compra de arma de fogo em nome do referente e para a arma

    indicada. Essa autorizao pessoal e intransfervel! A aquisio de

    munio tambm ser controlada, sendo permitida apenas a compra de

    munio adequada arma do proprietrio, com a apresentao do

    certificado de registro e documento de identificao.

    Realizada a venda, a empresa obrigada a comunicar o fato

    autoridade competente, bem como manter detalhado banco de dados

    acerca das caractersticas das armas vendidas e dos respectivos

    compradores.

    Da mesma forma, se uma pessoa fsica desejar vender

    sua arma a outra pessoa fsica, ser necessria autorizao do

    Sinarm.

    1.3. Do Porte

    O porte de arma de fogo restrito, e este documento que

    permite que o proprietrio transporte a arma consigo fora de sua

    residncia e local de trabalho.

    A regra geral de que o porte de arma seja permitido apenasquando houver lei que trate do assunto. O prprio Estatuto do

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    Desarmamento, contudo, autoriza o porte de arma de algumas pessoas

    em seu art. 6.

    Da lista abaixo, importante que voc saiba que os policiais

    e os militares(incluindo PMs e CBMs) no precisam cumprir os requisitosdo art. 4 para adquirir arma de fogo.

    PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITRIO NACIONAL

    Integrantes das Foras Armadas; Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Integrantes de rgos referidos nos incisos

    do caput do art. 144 da constituio

    federal;

    Esses rgos so a Polcia Federal; a

    Polcia Rodoviria Federal; a Polcia

    Ferroviria Federal; as Polcias Civis;

    as Polcias Militares e Corpos de

    BombeirosMilitares.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Integrantes das guardas municipaisdas

    capitais dos Estados e dos Municpios

    com mais de 500.000 (quinhentos mil)

    habitantes;

    As condies do porte de arma dos

    integrantes das guardas municipais so

    estabelecidas pelo Decreto n 5.123/2004.

    Podero portar, apenas em mbito

    local, arma de fogo de propriedade

    particular ou fornecida pela respectiva

    corporao ou instituio, mesmo fora de

    servio.

    Integrantes das guardas municipaisdos

    Municpios com mais de 50.000 (cinquenta

    mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil)

    habitantes, bem como dos Municpios que

    integrem regies metropolitanas (7),

    quando em servio.

    Agentes operacionais da Agncia

    Brasileira de Inteligncia e os agentes

    do Departamento de Segurana do

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

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    Gabinete de Segurana Institucional

    da Presidncia da Repblica.

    instituio, mesmo fora de servio.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptidopsicolgica.

    Integrantes dos rgos policiais

    referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII,

    da constituio federal

    Os rgos mencionados so a Polcia do

    Senado Federale a PolciadaCmara

    dosDeputados.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptidopsicolgica.

    Integrantes do quadro efetivo dosagentes e guardas prisionais, os

    integrantes das escoltas de presose as

    guardas porturias.

    Devem comprovar capacidade tcnica ede aptidopsicolgica.

    Empresas de segurana privada e de

    transporte de valoresconstitudas.

    As armas utilizadas por essas empresas

    so apenas para o servio, e devem

    pertencer exclusivamente s empresas. O

    extravio e a perda de arma devem ser

    comunicados pela diretoria ou gerncia daempresa Polcia Federal, que enviar as

    informaes ao Sinarm a fim de que sejam

    tomadas as providncias cabveis. A

    omisso na comunicao acarretar

    responsabilidade penal.

    Integrantes das entidades de desporto

    legalmente constitudas, cujas atividades

    esportivas demandem o uso de armas defogo, observando-se, no que couber, a

    legislao ambiental.

    o caso dos clubes de tiro.

    Integrantes das Carreiras de Auditoria da

    Receita Federal do Brasil e de Auditoria-

    Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-

    Fiscale AnalistaTributrio.

    Aqui esto includos os ocupantes dos

    cargos de Auditor-Fiscal da Receita

    Federal, AnalistaTributriodaReceita

    Federal e Auditor-Fiscal do Trabalho.

    Essas carreiras alguma vezes exercem

    atividades fiscalizatrias potencialmente

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    perigosas, e por isso podem precisar de

    proteo adicional.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptidopsicolgica.

    Tribunais do Poder Judiciriodescritos

    no art. 92 da Constituio Federal e os

    Ministrios Pblicos da Unio e dos

    Estados, para uso exclusivo de servidores

    de seus quadros pessoais que

    efetivamente estejam no exerccio de

    funes de segurana, na forma de

    regulamento a ser emitido pelo Conselho

    Nacional de Justia - CNJ e pelo ConselhoNacional do Ministrio Pblico - CNMP

    O Ministrio Pblico e o Poder

    Judicirio podem ter servidores de seu

    quadro efetivo que exeram funes de

    segurana, e nesse caso eles tambm

    podem portar arma de fogo, de acordo

    com regulamento prprio.

    As armas de fogo utilizadas pelos

    servidores sero de propriedade,

    responsabilidade e guarda das respectivasinstituies, somente podendo ser

    utilizadas quando em servio, devendo

    estas observar as condies de uso e de

    armazenagem estabelecidas pelo rgo

    competente, sendo o certificado de

    registro e a autorizao de porte

    expedidos pela Polcia Federal em nome da

    instituio.

    A autorizao para o porte de arma de fogo de uso permitido,

    em todo o territrio nacional, de competncia da Polcia Federal e

    somente ser concedida aps autorizao do Sinarm, nos termos a

    seguir:

    1o A autorizao prevista neste artigo poder ser concedida com

    eficcia temporria e territorial limitada, nos termos de atos

    regulamentares, e depender de o requerente:

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    I demonstrar a sua efetiva necessidade por exerccio de atividade

    profissional de risco ou de ameaa sua integridade fsica;

    II atender s exigncias previstas no art. 4o desta Lei;

    III apresentar documentao de propriedade de arma de fogo,bem como o seu devido registro no rgo competente.

    2o A autorizao de porte de arma de fogo, prevista neste artigo,

    perder automaticamente sua eficcia caso o portador dela seja detido ou

    abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substncias

    qumicas ou alucingenas.

    Antes de passarmos ao prximo assunto, quero chamar sua

    ateno para o contedo do 3 do Estatuto, que diz respeito ao porte de

    arma por parte dos integrantes das guardas municipais.

    3o A autorizao para o porte de arma de fogo das guardas

    municipais est condicionada formao funcional de seus integrantes

    em estabelecimentos de ensino de atividade policial, existncia de

    mecanismos de fiscalizao e de controle interno, nas condies

    estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a superviso do

    Ministrio da Justia.

    O porte de arma de integrantes de guardas municipais

    permitido nas seguintes condies:

    - O porte permitido nas capitais dos Estados e nos Municpios com

    mais de 500.000 habitantes;

    - Nos Municpios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de

    500.000 (quinhentos mil) habitantes, bem como dos Municpios que

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    integrem regies metropolitanas (7), apenas quando estiverem em

    servio;

    - Deve haver formao funcional de seus integrantes em

    estabelecimentos de ensino de atividade policial;- Devem existir mecanismos de controle interno, observada a

    superviso do Ministrio da Justia.

    5o Aos residentes emreas rurais, maiores de 25 (vinte e

    cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo

    para prover sua subsistncia alimentar familiar ser concedido pela Polcia

    Federal o porte de arma de fogo, na categoria caador para

    subsistncia, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1

    (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16

    (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em

    requerimento ao qual devero ser anexados os seguintes documentos:

    I - documento de identificao pessoal;

    II - comprovante de residncia em rea rural; e

    III - atestado de bons antecedentes.

    6o O caador para subsistncia que der outro uso sua arma de

    fogo, independentemente de outras tipificaes penais, responder,

    conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso

    permitido.

    Este o famoso caso do caador de subsistncia. Estapessoa aquela que mora em rea rural, tem pelo menos 25anose

    depende da caa para sobreviver. Perceba que no estamos falando

    aqui do caador esportivo, mas sim daquele que caa para alimentar-se e

    sua famlia.

    Esta autorizao de porte restrita utilizao de certo tipo

    de arma, descrito na prpria norma, alm da necessidade de

    comprovao da necessidade de caa para subsistncia.

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    O caador de subsistncia tambm depende de registro e de

    licena expedida pelo IBAMA para que possa desempenhar a atividade.

    Art. 9o

    Compete ao Ministrio da Justiaa autorizao do porte dearma para os responsveis pela segurana de cidados estrangeiros em

    visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exrcito, nos termos do

    regulamento desta Lei, o registro e a concesso de porte de trnsito de

    arma de fogo para colecionadores, atiradores e caadores e de

    representantes estrangeiros em competio internacional oficial de tiro

    realizada no territrio nacional.

    1.4. Dos Crimes e das Penas

    POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

    Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,

    acessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar, no interior de sua residncia ou

    dependncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que

    seja o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou empresa:

    Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa.

    Esse crime cometido por quem possui ou mantm arma

    de uso permitido em sua residncia ou local de trabalho de forma

    irregular.

    O STFj decidiu que a mera divergncia quanto origem dafabricao da arma no seria suficiente para caracterizar o crime em

    questo.

    OMISSO DE CAUTELA

    Art. 13. Deixar de observar as cautelasnecessrias para impedir

    que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de

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    deficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua

    posse ou que seja de sua propriedade:

    Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

    Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o proprietrio oudiretor responsvel de empresa de segurana e transporte de valores que

    deixarem de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal

    perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,

    acessrio ou munio que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24

    (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

    Este tipo protege a sociedade contra acidentes decorrentes do

    manejo de arma de fogo por menor de idade ou pessoa com deficinciamental.

    um crime culposo (negligncia ou imprudncia). Observe

    que crime se consuma com o manejo da arma pelo menor ou deficiente.

    Caso o acidente efetivamente ocorra, poder haver outros crimes.

    PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

    Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito,

    transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,

    empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou

    munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    O agente deste crime aquele que manipulaa arma de fogoilegalmente. No confunda este crime com o de posse irregular, pois

    naquele caso o agente apenas tem a posse ou guarda da arma em sua

    residncia ou local de trabalho, enquanto neste crime o agente manipula

    a arma, praticando uma das condutas previstas.

    Mas e se a arma no estiver carregada? E se estiver

    danificada, de forma que no seja possvel disparar? O STF mudou seu

    posicionamento sobre a questo, e agora entende que para que o crime

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    de porte de arma de fogo se consume, no necessrio que a arma

    esteja municiada e nem apresentando regular funcionamento.

    Hoje o STFentende que o crime de porte de arma de fogo se

    consuma independentemente de a arma estar municiada ou apresentando

    regular funcionamento.

    O art. 14 contm ainda um pargrafo nico, que foi declarado

    inconstitucional pelo STF. Cuidado! Este dispositivo j foi cobrado em

    prova!

    Pargrafonico. O crime previsto neste artigo inafianvel, salvo

    quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente.

    Para esclarecer um pouco mais a questo, transcrevo abaixo

    parte da deciso da ADIN 3112.

    ADIN 3112 Informativo 465 do STF

    Relativamente aos pargrafos nicos dos artigos 14 e 15 da Lei

    10.826/2003, que probem o estabelecimento de fiana, respectivamente,

    para os crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e de

    disparo de arma de fogo, considerou-se desarrazoada a vedao, ao

    fundamento de que tais delitos no poderiam ser equiparados a

    terrorismo, prtica de tortura, trfico ilcito de entorpecentes ou crimes

    hediondos (CF, art. 5, XLIII). Asseverou-se, ademais, cuidar-se, na

    verdade, de crimes de mera conduta que, embora impliquem reduo no

    nvel de segurana coletiva, no podem ser igualados aos crimes que

    acarretam leso ou ameaa de leso vida ou propriedade.

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    DISPARO DE ARMA DE FOGO

    Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar

    habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela,

    desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outrocrime:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    Pargrafonico. O crime previsto neste artigo inafianvel.

    Aplica-se ao pargrafo nico deste artigo o mesmo julgado

    explicitado na anlise do artigo anterior.

    Este tipo penal tem o condo de proteger a integridade fsica

    das pessoas que estejam no local onde o disparo efetuado. O crime se

    consuma com o disparo, e somente punvel se a conduta no se referia

    a outro crime. Caso essa tipificao no fosse considerada subsidiria, o

    crime em estudo seria praticado junto com outros crimes, em vrias

    ocasies.

    POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO

    RESTRITO

    Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter

    em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

    emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar

    arma de fogo, acessrio ou munio de uso proibido ou restrito,

    sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou

    regulamentar:Pena recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa.

    Pargrafonico. Nas mesmas penas incorre quem:

    I suprimir ou alterar marca, numerao ou qualquer sinal de

    identificao de arma de fogo ou artefato;

    II modificar as caractersticas de arma de fogo, de forma a

    torn-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para

    fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial,perito ou juiz;

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    III possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo

    ou incendirio, sem autorizao ou em desacordo com determinao

    legal ou regulamentar;

    IV portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecerarma defogo com numerao, marca ou qualquer outro sinal de identificao

    raspado, suprimido ou adulterado;

    V vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma

    de fogo, acessrio, munio ou explosivo a criana ou adolescente; e

    VI produzir, recarregar ou reciclar, sem autorizao legal, ou

    adulterar, de qualquer forma, munio ou explosivo.

    Este crime mais grave que o previsto nos arts. 12 e 14. Isso

    perfeitamente compreensvel, pois as armas de fogo de uso restrito

    em geral tm um poder destrutivo muito maior que as de uso permitido.

    A conduta do inciso I praticada no s por aquele que raspa

    a numerao da arma, mas tambm por quem dificulta sua identificao

    de qualquer outra forma (raspando o emblema do fabricante, por

    exemplo).

    O inciso II trata do crime cometido, por exemplo, por armeiro

    que utiliza seus conhecimentos tcnicos para operar modificao na arma,

    de forma a tornar a arma de uso permitido to potente quanto a de uso

    restrito, ou, ainda, daquele que a modifica para enganar o policial, perito

    ou juiz.

    O artefato explosivo ou incendirio mencionado pelo inciso III

    precisa ser algo de considervel poder destrutivo. No h problema em

    transportar rojes para soltar nas festas juninas, ok? J

    COMRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO

    Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,

    ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar,

    vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito

    prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou industrial,

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    arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao ou em desacordo

    com determinao legal ou regulamentar:

    Pena recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

    Pargrafo nico. Equipara-se atividade comercial ouindustrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestao de

    servios, fabricao ou comrcio irregular ou clandestino, inclusive o

    exercido em residncia.

    Este crime prprio, pois somente pode ser cometido por

    quem pratica atividade comercial ou industrial. Perceba que o pargrafo

    nico equipara algumas atividades atividade comercial ou industrial

    para essas finalidades. O armeiro que exerce a atividade irregularmente,por exemplo, incorre neste crime.

    Para este crime, assim como para o TRFICO INTERNACIONAL

    DE ARMA DE FOGO, haver aumento de pena da metade se se a arma

    de fogo, acessrio, ou munio for de uso proibido ou restrito.

    TRFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO

    Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada do

    territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio ou

    munio, sem autorizao da autoridade competente:

    Pena recluso de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

    O Estatuto do Desarmamento agravou a pena para este crime,

    mas, considerando que o trfico internacional a atividade responsvel

    por colocar armamento pesado nas mos de bandidos perigosos, a penaainda parece branda, no verdade?

    Para este crime, assim como para o COMRCIO ILEGAL DE

    ARMA DE FOGO, haver aumento de pena da metade se se a arma de

    fogo, acessrio, ou munio for de uso proibido ou restrito.

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    Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena

    aumentada da metadese forem praticados por integrante dos rgos e

    empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.

    Estes crimes so o PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO,DISPARTO DE ARMA DE FOGO, POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE

    FOGO DE USO RESTRITO, COMRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO e

    TRFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO.

    As empresas mencionadas so aquelas que desenvolvem as

    atividades de segurana privada e transportedevalores.

    Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 so insuscetveis

    de liberdade provisria.

    Este dispositivo foi declarado inconstitucional pelo STF por

    meio da ADIN 3.112-1.

    1.5. Disposies Gerais

    Os primeiros dispositivos desta parte dizem respeito a

    algumas obrigaes em termos de fiscalizao e de fabricao e comrcio

    de armas, mas quero chamar sua ateno especialmente para as

    atribuies que so conferidas ao Comando do Exrcito.

    Art. 23. A classificao legal, tcnica e geral bem como a definio

    das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos,restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histrico sero disciplinadas

    em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do

    Comando do Exrcito.

    1o Todas as munies comercializadas no Pas devero estar

    acondicionadas em embalagens com sistema de cdigo de barras,

    gravado na caixa, visando possibilitar a identificao do fabricante e do

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    adquirente, entre outras informaes definidas pelo regulamento desta

    Lei.

    2o Para os rgos referidos no art. 6o, somente sero expedidas

    autorizaes de compra de munio com identificao do lote e doadquirente no culote dos projteis, na forma do regulamento desta Lei.

    3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de

    publicao desta Lei contero dispositivo intrnseco de segurana e

    de identificao, gravado no corpo da arma, definido pelo regulamento

    desta Lei, exclusive para os rgos previstos no art. 6o.

    4o As instituies de ensino policiale as guardasmunicipais

    referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o desta Lei e no seu 7opodero adquirir insumos e mquinas de recarga de munio para o

    fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorizao

    concedida nos termos definidos em regulamento.

    Art. 24. Excetuadas as atribuies a que se refere o art. 2 desta

    Lei, compete ao Comando do Exrcitoautorizar e fiscalizar a produo,

    exportao, importao, desembarao alfandegrio e o comrcio de

    armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o

    porte de trnsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e

    caadores.

    CABE AO COMANDO DO EXRCITO

    Propor ao Presidente da Repblica a edio de ato normativo acerca

    da classificao legal, tcnica e geral bem como da definio das armas

    de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos,

    permitidos ou obsoletos e de valor histrico.

    Autorizar e fiscalizar a produo, exportao, importao,

    desembarao alfandegrio e o comrcio de armas de fogo e demais

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    produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trnsito de arma

    de fogo de colecionadores, atiradores e caadores, com exceo das

    atribuies conferidas ao Sinarmpelo art. 2.

    Estabelecer condies para a utilizao de rplicas e simulacros dearmas, destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de usurio

    autorizado.

    Autorizar, excepcionalmente, a aquisio de armas de fogo de uso

    restrito. Os Comandos Militares, em geral, no esto sujeitos a essa

    autorizao.

    Art. 26. So vedadas a fabricao, a venda, a comercializao e a

    importao de brinquedos, rplicas e simulacros de armas de fogo,

    que com estas se possam confundir.

    Pargrafo nico. Excetuam-se da proibio as rplicas e os

    simulacros destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de

    usurio autorizado, nas condies fixadas pelo Comando do Exrcito.

    Perceba que a fabricao, venda, comercializao e

    importao de armas de brinquedo , em regra, proibida, mas o caput

    determina expressamente que a proibio alcana apenas os brinquedos

    que possam ser confundidos com armas de verdade. Penso logo

    naquelas armas de gua em formatos estranhos e muito coloridas que as

    crianas (e alguns adultos, por que no?) usam para brincar. A proibio

    no alcana esses brinquedos e nem as pistolas de cola quente, ok? J

    Mesmo as rplicas de armas de verdade podem sermanuseadas para adestramento, instruo, ou para coleo. Nesse caso,

    devem ser observadas as regras expedidas pelo Comando do Exrcito.

    Art. 31. Os possuidores e proprietrios de armas de fogo adquiridas

    regularmente podero, a qualquer tempo, entreg-las Polcia Federal,

    mediante recibo e indenizao, nos termos do regulamento desta Lei.

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    Art. 32. Os possuidores e proprietrios de arma de fogo podero

    entreg-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-

    f, sero indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a

    punibilidade de eventual posse irregular da referida arma.O art. 31 trata de quem possui arma regularmente registrada,

    mas ainda assim deseja entrega-la.

    O art. 32, por outro lado, trata de qualquer pessoa que

    desejar entregar a arma que possui, independentemente desta estar

    registrada. Neste caso, para que a entrega seja efetuada, necessrio

    que a Polcia Federal expea um documento chamado guia de trnsito.

    Esta guia hoje pode ser requerida at pela internet, nos termos do

    Decreto n 5.123/2004.

    2. LEI N 5.553/1968 (DISPE SOBRE A APRESENTAO E USODE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAO PESSOAL)

    Esta uma lei muito pequena e de fcil entendimento. Vamosl!?

    Art. 1 A nenhuma pessoa fsica, bem como a nenhuma pessoa

    jurdica, de direito pblico ou de direito privado, lcito reter qualquer

    documento de identificao pessoal, ainda que apresentado por

    fotocpia autenticada ou pblica-forma, inclusive comprovante de

    quitao com o servio militar, ttulo de eleitor, carteira

    profissional, certido de registro de nascimento, certido de

    casamento, comprovantedenaturalizaoe carteiradeidentidade

    deestrangeiro.

    A conduta proibida a reteno de documento de

    identificao pessoal, e no a exigncia de sua apresentao.

    O dispositivo menciona ainda vrios documentos que devem

    ser considerados como equiparados a documento de identificao. Quero

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    chamar sua ateno para alguns que no esto presentes, a exemplo da

    Carteira Nacional de Habilitao e do Passaporte.

    A proibio de estende inclusive cpia autenticada do

    documento!

    Art. 2 Quando, para a realizao de determinado ato, for exigida a

    apresentao de documento de identificao, a pessoa que fizer a

    exigncia far extrair, no prazo de at 5 (cinco) dias, os dados que

    interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor.

    1 - Alm do prazo previsto neste artigo, somente por ordem

    judicialpoder ser retirado qualquer documento de identificao pessoal. 2 - Quando o documento de identidade for indispensvel para a

    entrada de pessoa em rgos pblicos ou particulares, sero seus dados

    anotados no ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado.

    Este dispositivo constitui uma exceo proibio genrica de

    reteno. O prazo de at 5 diascertamente soa exagerado nos dias de

    hoje, mas nesse momento que precisamos lembrar que estamos lidando

    com uma lei de 1968, no mesmo?

    De qualquer forma, no perodo de at 5 dias devem ser

    extrados os dados necessrios. O prazo inflexvel, e a reteno

    extraordinria s pode ser realizada por ordem judicial. Essa exigncia

    de reteno do documento tambm deve obedecer ao princpio da

    razoabilidade, somente ocorrendo quando for indispensvel a identificao

    do cidado com considervel grau de detalhe.

    Tambm no possvel a reteno de documento de

    identificao quando houver exigncia de sua apresentao para entrada

    em locais pblicos ou particulares. comum que voc precise se

    identificar para entrar em edifcios, e essa uma prtica rotineira e

    saudvel, mas a pessoal responsvel pela identificao pode apenas

    anotar os dados constantes do documento, devolvendo-o logo em

    seguida.

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    Art. 3 Constitui contraveno penal, punvel com pena de priso

    simplesde 1 (um) a 3 (trs) meses ou multade NCR$ 0,50 (cinqenta

    centavos) a NCR$ 3,00 (trs cruzeiros novos), a reteno de qualquer

    documento a que se refere esta Lei.Pargrafonico. Quando a infrao for praticada por preposto ou

    agente de pessoa jurdica, considerar-se- responsvel quem houver

    ordenado o ato que ensejou a reteno, a menos que haja, pelo

    executante, desobedincia ou inobservncia de ordens ou instrues

    expressas, quando, ento, ser este o infrator.

    A regra geral a proibio de reteno de documentos de

    identificao, mesmo quando apresentados em cpia autenticada.

    possvel, porm, a reteno por at 5 dias para extrao de dados,

    quando for exigida a identificao para a realizao de determinado ato.

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    3. RESUMO DO CONCURSEIRO

    O Sistema Nacional de Armas Sinarm foi institudo pelo

    Estatuto do Desarmamento no mbito da Polcia Federal, comcircunscrio em todo o territrio nacional.

    COMPET NCIA DO SINARM

    DISPOSITIVO COMENTRIOS

    Identificar

    as caractersticas e a

    propriedade de armas de fogo,

    mediante cadastro;

    Geralmente as alteraes nas

    caractersticas das armas de fogo so

    feitas para dificultar sua identificao e

    rastreamento. Algumas vezes os

    criminosos operam verdadeiros

    desmanches, que permitem que as

    armas sejam montadas a partir de

    peas extradas de outras.

    as modificaesque alterem as

    caractersticas ou o

    funcionamento de arma de fogo;

    Informar

    s Secretarias de Segurana

    Pblica dos Estados e do

    Distrito Federal os registros e

    autorizaes de porte de armas

    de fogo nos respectivos

    territrios, bem como manter o

    cadastro atualizado para

    consulta;

    As polcias dos Estados no tm

    competncia para emitir autorizaes

    de porte e registar armas de fogo, mas

    a Polcia Federal deve sempre informar

    aos rgos estaduais de segurana

    acerca dos registros e autorizaes

    emitidos. Algumas vezes essas

    secretarias tm outros nomes, ok? Em

    Pernambuco, por exemplo, existe a

    Secretaria de Defesa Social.

    Cadastrar

    as armas de fogo produzidas,

    importadas e vendidas no Pas;

    Tanto as armas fabricadas no Brasil

    quanto as importadas devem ser

    cadastradas no Sinarm. A atividade de

    cadastramento atribuda Polcia

    Federal.

    as autorizaes de porte de

    arma de fogo e as renovaes

    expedidas pela Polcia Federal;

    O Sinarm dispe das informaes no

    s acerca das armas que existem no

    pas, mas tambm de seus

    proprietrios e pessoas que detenham

    autorizao para porte.

    as transferncias de

    propriedade, extravio, furto,

    roubo e outras ocorrncias

    Sempre que uma arma for da posse de

    uma pessoa para outra, mesmo de

    forma ilegtima, a autoridade policial

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    suscetveis de alterar os dados

    cadastrais, inclusive as

    decorrentes de fechamento de

    empresas de segurana privada e

    de transporte de valores;

    deve ser imediatamente comunicada.

    As empresas de segurana privada e

    transporte de valores que encerrem

    suas atividades no podem manter em

    seu poder as armas utilizadas.

    as apreenses de armas de

    fogo, inclusive as vinculadas a

    procedimentos policiais e

    judiciais;

    As delegacias e os rgos do Poder

    Judicirio devem informar o Sinarm

    acerca de apreenses.

    os armeiros em atividade no

    Pas, bem como conceder licena

    para exercer a atividade;

    Armeiro o profissional responsvel

    pela manuteno de armas de fogo. O

    exerccio dessa atividade depende de

    licenciamento da Polcia Federal. Sevoc quiser, pode consultar o cadastro

    de armeiros de todo o pas no site da

    Polcia Federal.

    mediante registro os produtores,

    atacadistas, varejistas,

    exportadores e importadores

    autorizados de armas de fogo,

    acessrios e munies;

    O exerccio dessas atividades depende

    de alvar especfico expedido pela

    Polcia Federal.

    a identificao do canoda arma,

    as caractersticas das impresses

    de raiamento e de

    microestriamento de projtil

    disparado, conforme marcao e

    testes obrigatoriamente

    realizados pelo fabricante;

    As informaes do cano da arma so

    importantes porque cada arma produz

    um padro de marcas na munio

    disparada. Essas marcas permitem ao

    perito saber se determinado projtil foi

    atirado por determinada arma.

    Integrar

    no cadastro os acervos policiais

    j existentes

    Esses acervos no dizem respeito s

    armas utilizadas pelas polcias, mas

    sim quelas apreendidas no curso da

    atividade policial.

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    O certificado de Registro de Arma de Fogo legitima a

    propriedade da arma de fogo, mas autoriza o seu proprietrio a mant-la

    exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio ou no seu

    local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsvel legalpelo estabelecimento ou empresa. O rgo responsvel pela expedio do

    certificado de registro de arma de fogo Polcia Federal, com

    autorizao do Sinarm.

    PODEM PORTAR ARMAS DE FOGO NO TERRITRIO NACIONAL

    Integrantes das Foras Armadas; Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Integrantes de rgos referidos nos incisos

    do caput do art. 144 da constituio

    federal;

    Esses rgos so a Polcia Federal; a

    Polcia Rodoviria Federal; a Polcia

    Ferroviria Federal; as Polcias Civis;

    as Polcias Militares e Corpos de

    BombeirosMilitares.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Integrantes das guardas municipaisdas

    capitais dos Estados e dos Municpios

    com mais de 500.000 (quinhentos mil)

    habitantes;

    As condies do porte de arma dos

    integrantes das guardas municipais so

    estabelecidas pelo Decreto n 5.123/2004.

    Podero portar, apenas em mbito

    local, arma de fogo de propriedade

    particular ou fornecida pela respectiva

    corporao ou instituio, mesmo fora de

    servio.

    Integrantes das guardas municipaisdos

    Municpios com mais de 50.000 (cinquenta

    mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil)

    habitantes, bem como dos Municpios que

    integrem regies metropolitanas (7),

    quando em servio.

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    Agentes operacionais da Agncia

    Brasileira de Inteligncia e os agentes

    do Departamento de Segurana do

    Gabinete de Segurana Institucional

    da Presidncia da Repblica.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptidopsicolgica.

    Integrantes dos rgos policiais

    referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII,

    da constituio federal

    Os rgos mencionados so a Polcia do

    Senado Federale a PolciadaCmara

    dosDeputados.

    Podero portar, em mbito nacional, arma

    de fogo de propriedade particular ou

    fornecida pela respectiva corporao ou

    instituio, mesmo fora de servio.Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptidopsicolgica.

    Integrantes do quadro efetivo dos

    agentes e guardas prisionais, os

    integrantes das escoltas de presose as

    guardas porturias.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptidopsicolgica.

    Empresas de segurana privada e de

    transporte de valoresconstitudas.

    As armas utilizadas por essas empresas

    so apenas para o servio, e devempertencer exclusivamente s empresas. O

    extravio e a perda de arma devem ser

    comunicados pela diretoria ou gerncia da

    empresa Polcia Federal, que enviar as

    informaes ao Sinarm a fim de que sejam

    tomadas as providncias cabveis. A

    omisso na comunicao acarretar

    responsabilidade penal.Integrantes das entidades de desporto

    legalmente constitudas, cujas atividades

    esportivas demandem o uso de armas de

    fogo, observando-se, no que couber, a

    legislao ambiental.

    o caso dos clubes de tiro.

    Integrantes das Carreiras de Auditoria da

    Receita Federal do Brasil e de Auditoria-

    Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-

    Aqui esto includos os ocupantes dos

    cargos de Auditor-Fiscal da Receita

    Federal, AnalistaTributriodaReceita

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    Fiscale AnalistaTributrio. Federal e Auditor-Fiscal do Trabalho.

    Essas carreiras alguma vezes exercem

    atividades fiscalizatrias potencialmente

    perigosas, e por isso podem precisar de

    proteo adicional.

    Devem comprovar capacidade tcnica e

    de aptidopsicolgica.

    Tribunais do Poder Judiciriodescritos

    no art. 92 da Constituio Federal e os

    Ministrios Pblicos da Unio e dos

    Estados, para uso exclusivo de servidores

    de seus quadros pessoais que

    efetivamente estejam no exerccio defunes de segurana, na forma de

    regulamento a ser emitido pelo Conselho

    Nacional de Justia - CNJ e pelo Conselho

    Nacional do Ministrio Pblico - CNMP

    O Ministrio Pblico e o Poder

    Judicirio podem ter servidores de seu

    quadro efetivo que exeram funes de

    segurana, e nesse caso eles tambm

    podem portar arma de fogo, de acordo

    com regulamento prprio.As armas de fogo utilizadas pelos

    servidores sero de propriedade,

    responsabilidade e guarda das respectivas

    instituies, somente podendo ser

    utilizadas quando em servio, devendo

    estas observar as condies de uso e de

    armazenagem estabelecidas pelo rgo

    competente, sendo o certificado deregistro e a autorizao de porte

    expedidos pela Polcia Federal em nome da

    instituio.

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    1o A autorizao prevista neste artigo poder ser concedida com

    eficcia temporria e territorial limitada, nos termos de atos

    regulamentares, e depender de o requerente:

    I demonstrar a sua efetiva necessidade por exerccio de atividadeprofissional de risco ou de ameaa sua integridade fsica;

    II atender s exigncias previstas no art. 4o desta Lei;

    III apresentar documentao de propriedade de arma de fogo,

    bem como o seu devido registro no rgo competente.

    2o A autorizao de porte de arma de fogo, prevista neste artigo,

    perder automaticamente sua eficcia caso o portador dela seja detido ou

    abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substnciasqumicas ou alucingenas.

    O porte de arma de integrantes de guardas municipais

    permitido nas seguintes condies:

    - O porte permitido nas capitais dos Estados e nos Municpios com

    mais de 500.000 habitantes;

    - Nos Municpios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de500.000 (quinhentos mil) habitantes, bem como dos Municpios que

    integrem regies metropolitanas (7), apenas quando estiverem em

    servio;

    - Deve haver formao funcional de seus integrantes em

    estabelecimentos de ensino de atividade policial;

    - Devem existir mecanismos de controle interno, observada a

    superviso do Ministrio da Justia.

    CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DO DESARMAMENTO

    POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO

    DE USO PERMITIDO

    Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda

    arma de fogo, acessrio ou munio, de uso

    permitido, em desacordo com determinao

    legal ou regulamentar, no interior de sua

    POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE

    FOGO DE USO RESTRITO

    Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir,

    fornecer, receber, ter em depsito,

    transportar, ceder, ainda que gratuitamente,

    emprestar, remeter, empregar, manter sob

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    residncia ou dependncia desta, ou, ainda

    no seu local de trabalho, desde que seja o

    titular ou o responsvel legal do

    estabelecimento ou empresa:

    Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos,e multa.

    sua guarda ou ocultar arma de fogo,

    acessrio ou munio de uso proibido ou

    restrito, sem autorizao e em desacordo

    com determinao legal ou regulamentar:

    Pena recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos,e multa.

    Pargrafo nico. Nas mesmas penas

    incorre quem:

    I suprimir ou alterar marca, numerao ou

    qualquer sinal de identificao de arma de

    fogo ou artefato;

    II modificar as caractersticas de arma de

    fogo, de forma a torn-la equivalente a arma

    de fogo de uso proibido ou restrito ou para

    fins de dificultar ou de qualquer modo

    induzir a erro autoridade policial, perito ou

    juiz;

    III possuir, detiver, fabricar ou empregar

    artefato explosivo ou incendirio, sem

    autorizao ou em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar;

    IV portar, possuir, adquirir, transportar ou

    fornecer arma de fogo com numerao,

    marca ou qualquer outro sinal de

    identificao raspado, suprimido ou

    adulterado;

    V vender, entregar ou fornecer, ainda que

    gratuitamente, arma de fogo, acessrio,

    munio ou explosivo a criana ou

    adolescente; e

    VI produzir, recarregar ou reciclar, sem

    autorizao legal, ou adulterar, de qualquer

    forma, munio ou explosivo.

    OMISSO DE CAUTELA

    Art. 13. Deixar de observar as cautelas

    necessrias para impedir que menor de 18

    (dezoito) anos ou pessoa portadora de

    deficincia mental se apodere de arma de

    fogo que esteja sob sua posse ou que seja

    de sua propriedade:

    Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos,

    e multa.

    COMRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO

    Art. 17. Adquirir, alugar, receber,

    transportar, conduzir, ocultar, ter em

    depsito, desmontar, montar, remontar,

    adulterar, vender, expor venda, ou de

    qualquer forma utilizar, em proveito prprio

    ou alheio, no exerccio de atividade

    comercial ou industrial, arma de fogo,

    acessrio ou munio, sem autorizao ou

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    Pargrafo nico. Nas mesmas penas

    incorrem o proprietrio ou diretor

    responsvel de empresa de segurana e

    transporte de valores que deixarem de

    registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras

    formas de extravio de arma de fogo,

    acessrio ou munio que estejam sob sua

    guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro)

    horas depois de ocorrido o fato.

    em desacordo com determinao legal ou

    regulamentar:

    Pena recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito)

    anos, e multa.

    Pargrafo nico. Equipara-se atividadecomercial ou industrial, para efeito deste

    artigo, qualquer forma de prestao de

    servios, fabricao ou comrcio irregular ou

    clandestino, inclusive o exercido em

    residncia.

    PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE

    USO PERMITIDO

    Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer,

    receber, ter em depsito, transportar, ceder,ainda que gratuitamente, emprestar,

    remeter, empregar, manter sob guarda ou

    ocultar arma de fogo, acessrio ou munio,

    de uso permitido, sem autorizao e em

    desacordo com determinao legal ou

    regulamentar:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro)

    anos, e multa.

    TRFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE

    FOGO

    Art. 18. Importar, exportar, favorecer a

    entrada ou sada do territrio nacional, aqualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio

    ou munio, sem autorizao da autoridade

    competente:

    Pena recluso de 4 (quatro) a 8 (oito)

    anos, e multa.

    DISPARO DE ARMA DE FOGOArt. 15. Disparar arma de fogo ou acionar

    munio em lugar habitado ou em suas

    adjacncias, em via pblica ou em direo a

    ela, desde que essa conduta no tenha como

    finalidade a prtica de outro crime:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro)

    anos, e multa.

    Hoje o STFentende que o crime de porte de arma de fogo seconsuma independentemente de a arma estar municiada ou apresentando

    regular funcionamento.

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    CABE AO COMANDO DO EXRCITO

    Propor ao Presidente da Repblica a edio de ato normativo acerca

    da classificao legal, tcnica e geral bem como da definio das armas

    de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos,permitidos ou obsoletos e de valor histrico.

    Autorizar e fiscalizar a produo, exportao, importao,

    desembarao alfandegrio e o comrcio de armas de fogo e demais

    produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trnsito de arma

    de fogo de colecionadores, atiradores e caadores, com exceo das

    atribuies conferidas ao Sinarmpelo art. 2.

    Estabelecer condies para a utilizao de rplicas e simulacros de

    armas, destinados instruo, ao adestramento, ou coleo de usurio

    autorizado.

    Autorizar, excepcionalmente, a aquisio de armas de fogo de uso

    restrito. Os Comandos Militares, em geral, no esto sujeitos a essa

    autorizao.

    A regra geral a proibio de reteno de documentos de

    identificao, mesmo quando apresentados em cpia autenticada.

    possvel, porm, a reteno por at 5 dias para extrao de dados,

    quando for exigida a identificao para a realizao de determinado ato.

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    A seguir esto as questes retiradas de concursos anteriores.

    Se ficar alguma dvida, utilize o nosso frum. Estou sempre disponvel

    tambm no email.

    Grande abrao!

    Paulo Guimares

    [email protected]

    www.facebook.com/pauloguimaraesfilho

  • 7/27/2019 Legislacao Penal Extravagante Aula 04

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    4. QUESTES COMENTADAS

    1. DPF Escrivo 2004 Cespe. Assustado com o aumento do

    nmero de roubos em sua regio, Haroldo, que vive em uma fazendasituada no interior do estado do Amazonas, decidiu adquirir de seu

    vizinho Moacyr uma arma de fogo de uso permitido. A arma de Moacyr

    devidamente registrada e Haroldo pretende mant-la no interior de sua

    casa, com finalidade de proteger-se contra eventuais agressores. Nessa

    situao, a compra da referida arma efetuada por Haroldo precisa ser

    previamente autorizada pelo Sistema Nacional de Armas (SINARM).

    COMENTRIOS: A autorizao do Sinarm necessria para a aquisio

    de arma de fogo por pessoa fsica, mesmo que a arma esteja sendo

    vendida por outra pessoa fsica. Esse o teor do art. 4, 5 da Lei n

    10.826/2003.

    GABARITO: C

    2. DPE-ES Defensor Pblico 2012 Cespe. Suponha que Tobias,

    maior, capaz, tenha sido abordado por policiais militares quando

    trafegava em sua moto, tendo sido encontradas com ele duas armas de

    uso restrito e munies, e atestada, em exame pericial, a impossibilidade

    de as armas efetuarem disparos. Nessa situao hipottica, resta

    caracterizado o delito de porte de arma de uso restrito, devendo Tobias

    responder por crime nico.

    COMENTRIOS: O posicionamento mais recente do STF no sentido de

    que a o crime de porte de arma de fogo se consuma independentemente

    de a arma estar municiada ou apresentando regular funcionamento. Por

    outro lado, Tobias tambm portava munies, o que j seria suficientepara tipificar o crime.

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    GABARITO: C

    3. PC-BA Delegado de Polcia 2013 Cespe. Servidor pblico

    alfandegrio que, em servio de fiscalizao fronteiria, permitir a

    determinado indivduo penalmente imputvel adentrar o territrio

    nacional trazendo consigo, sem autorizao do rgo competente e sem o

    devido desembarao, pistola de calibre 380 de fabricao estrangeira

    dever responder pela prtica do crime de facilitao de contrabando,

    com infrao do dever funcional excluda a hiptese de aplicao doEstatuto do Desarmamento.

    COMENTRIOS: O crime de trfico internacional de armas de fogo prev

    tambm a conduta de facilitar a entrada ou sada das armas de fogo do

    territrio nacional sem autorizao.

    GABARITO: E

    4. MPU Tcnico 2010 Cespe. As armas de fogo de uso restrito

    devem ser registradas no Comando do Exrcito.

    COMENTRIOS: Este exatamente o teor do pargrafo nico do art. 3

    do Estatuto do Desarmamento.

    Art. 3o obrigatrio o registro de arma de fogo no rgo

    competente.

    Pargrafonico. As armas de fogo de uso restrito sero registradas

    no Comando do Exrcito, na forma do regulamento desta Lei.

    GABARITO: C

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    5. MPU Tcnico 2010 Cespe. Compete exclusivamente ao

    Comando do Exrcito a identificao das alteraes feitas nas

    caractersticas ou no funcionamento de armas de fogo.

    COMENTRIOS: Na realidade, esta uma das atribuies do Sinarm, e

    no do Comando do Exrcito.

    GABARITO: E

    6. MPU Tcnico 2010 Cespe. O interessado em adquirir arma defogo de uso permitido deve, alm de declarar a efetiva necessidade de

    adquiri-la, atender a alguns requisitos, entre os quais se incluem as

    comprovaes de idoneidade, mediante a apresentao de certides

    negativas de antecedentes criminais fornecidas pela justia federal,

    estadual, militar e eleitoral, e de no estar respondendo a inqurito

    policial ou a processo criminal.

    COMENTRIOS: Estes so alguns dos requisitos do art. 4 da Lei n

    10.826/2003.

    Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitidoo interessado

    dever, alm de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes

    requisitos:

    I - comprovao de idoneidade, com a apresentao de certides

    negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justia Federal,

    Estadual, Militar e Eleitoral e de no estar respondendo a inqurito policial

    ou a processo criminal, que podero ser fornecidas por meios eletrnicos;

    II apresentao de documento comprobatrio de ocupao lcita

    e de residnciacerta;

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    III comprovao de capacidade tcnica e de aptido

    psicolgica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma

    disposta no regulamento desta Lei.

    GABARITO: C

    7. PC-AL Escrivo 2012 Cespe. O agente encontrado portando

    arma de uso permitido com numerao, marca ou qualquer outro sinal de

    identificao raspado, suprimido ou adulterado estar sujeito sano

    prevista para o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso

    restrito.

    COMENTRIOS: O porte de qualquer arma de fogo com numerao,

    marca ou qualquer outro sinal de identificao raspado, suprimido ou

    adulterado conduta tipificada no art. 16, pargrafo nico, V. Apesar de a

    conduta do caput do art. 16 tratar apenas das armas de uso proibido ou

    restrito, o pargrafo nico nada menciona acerca do tipo de arma, sendo

    perfeitamente aplicvel, portanto, a conduta do inciso V ao porte de arma

    de uso permitido. Essa foi difcil hein?

    GABARITO: C

    8. PC-AL Escrivo 2012 Cespe. A posse de arma de brinquedo ou

    a utilizao de qualquer outro instrumento simulador de arma de fogo

    configura, segundo expressamente previsto na norma de regncia, crime

    de porte de arma.

    COMENTRIOS: O Estatuto do Desarmamento veda a fabricao, a

    venda, a comercializao e a importao de brinquedos, rplicas esimulacros de armas de fogo, que com estas possam se confundir.

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    Entretanto, no h tipificao penal de tais de condutas e, alm disso, a

    assertiva fala na posse de arma de brinquedo.

    GABARITO: E

    9. TJ-AC Tcnico Judicirio 2012 Cespe. Considere que Marcos,

    penalmente capaz, em comemorao vitria de seu time de futebol,

    tenha disparado vrios tiros para o alto, com arma de fogo de uso

    permitido, em uma praa pblica de intensa movimentao e que,

    identificado e preso em flagrante pela conduta, tenha apresentado o portee o registro da arma. Nessa situao, Marcos dever responder pelo crime

    de expor a perigo a vida ou a sade de outrem.

    COMENTRIOS: O Estatuto do Desarmamento tipifica especificamente a

    conduta do agente que dispara tiros para o alto em via pblica.

    DISPARO DE ARMA DE FOGO

    Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar

    habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela,

    desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outro

    crime:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    GABARITO: E

    10. TJ-AC Tcnico Judicirio 2012 Cespe. Considere a seguinte

    situao hipottica.

    Antnio, penalmente capaz, foi abordado por policiais militares, que o

    flagraram portando trs cartuchos intactos de munio de calibre 40, deuso restrito das foras policiais. Indagado a respeito de sua conduta,

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    Antnio informou no possuir autorizao para portar as munies,

    alegando, no entanto, no possuir arma de fogo de qualquer calibre.

    Nessa situao, a conduta de Antnio atpica, pois a munio, por si s,no oferece qualquer potencial lesivo.

    COMENTRIOS: O porte de munio apenado da mesma forma que o

    porte da arma de fogo em si. No caso trazido pela assertiva, estamos

    diante do crime previsto no art. 16: POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA

    DE FOGO DE USO RESTRITO.

    GABARITO: E

    11. TJ-RR Analista 2012 Cespe. Jonas, policial militar em servio

    velado no interior de uma viatura descaracterizada em estacionamento

    pblico prximo a uma casa de eventos, onde ocorria grande espetculo

    de msica, percebeu a presena de Mauro, com vinte e quatro anos de

    idade, que j ostentava condenao transitada em julgado por crime de

    receptao. Na oportunidade, Jonas viu que Mauro usou um pequeno

    canivete para abrir um automvel e neste ingressou rapidamente. Fbio,

    com dezessete anos de idade, e que acompanhava Mauro, entrou pela

    porta direita do passageiro e sentou-se no banco. Mauro usou o mesmo

    canivete para dar partida na ignio do motor e se evadir do local na

    conduo do veculo. Jonas informou sobre o fato a outros agentes em

    viaturas policiais, os quais, em diligncias, localizaram o veculo

    conduzido por Mauro e prenderam-no cerca de dez minutos depois da

    abordagem. Em revista pessoal realizada por policiais militares em Mauro,

    foi apreendida arma de fogo que se encontrava em sua cintura: um

    revlver de calibre 38, municiado com dois projteis, do qual o portador

    no tinha qualquer registro ou porte legalmente vlido em seu nome.O canivete foi encontrado na posse de Fbio.

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    Com referncia situao hipottica acima relatada, jugue os itens que

    se seguem.

    Mauro cometeu crime de posse irregular de arma de fogo de usopermitido, previsto na lei que dispe sobre o registro, a posse e a

    comercializao de armas de fogo e munio.

    COMENTRIOS: Esta assertiva enorme tenta enganar voc em apenas

    um detalhe: o crime cometido foi o de PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO

    DE USO PERMITIDO. Vamos relembrar as diferenas entre os dois crimes?

    POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDOArt. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,

    acessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar, no interior de sua residncia ou

    dependncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que

    seja o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou empresa:

    Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa.

    PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

    Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito,

    transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter,

    empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou

    munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo com

    determinao legal ou regulamentar:Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

    GABARITO: E

    12. DPF Agente 2012 Cespe. Responder pelo delito de omisso

    de cautela o proprietrio ou o diretor responsvel de empresa de

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    segurana e transporte de valores que deixar de registrar ocorrncia

    policial e de comunicar Polcia Federal, nas primeiras vinte e quatro

    horas depois de ocorrido o fato, a perda de munio que esteja sob sua

    guarda.

    COMENTRIOS: Perfeito! Este o teor do pargrafo nico do art. 13.

    Vamos relembrar?

    OMISSO DE CAUTELA

    Art. 13. Deixar de observar as cautelasnecessrias para impedir

    que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora dedeficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua

    posse ou que seja de sua propriedade:

    Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

    Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o proprietrio ou

    diretor responsvel de empresa de segurana e transporte de valores que

    deixarem de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal

    perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,

    acessrio ou munio que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24

    (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

    GABARITO: C

    13. PC-TO Delegado de Polcia 2008 Cespe. Considere a

    seguinte situao hipottica.

    Alfredo, imputvel, transportava em seu veculo um revlver de calibre

    38, quando foi abordado em uma operao policial de trnsito. A

    diligncia policial resultou na localizao da arma, desmuniciada, embaixo

    do banco do motorista. Em um dos bolsos da mochila de Alfredo foramlocalizados 5 projteis do mesmo calibre. Indagado a respeito, Alfredo

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    declarou no possuir autorizao legal para o porte da arma nem o

    respectivo certificado de registro. O fato foi apresentado autoridade

    policial competente.

    Nessa situao, caber autoridade somente a apreenso da arma e das

    munies e a imediata liberao de Alfredo, visto que, estando o

    armamento desmuniciado, no se caracteriza o crime de porte ilegal de

    arma de fogo.

    COMENTRIOS: Depois de tudo que estudamos hoje, ficou fcil

    responder essa questo, no mesmo? Agora voc j sabe que, alm deo STF ter se posicionado pela ocorrncia de crime mesmo quando a arma

    est desmuniciada, o simples porte de munio j suficiente para

    caracterizar o delito de porte ilegal.

    GABARITO: E

    14. DPU Defensor Pblico 2007 Cespe. pacfico o

    entendimento, na jurisprudncia, de que o porte de arma desmuniciada,

    ainda que sem munio ao alcance do agente, gera resultado tpico, pois

    se trata de crime de perigo abstrato.

    COMENTRIOS: Coloquei essa questo aqui por uma simples razo:

    ajudar voc a tomar cuidado com o que est escrito. Eu disse e reafirmo

    que o posicionamento recente do STF tem sido no sentido de que mesmo

    a arma desmuniciada suficiente para caracterizar a ocorrncia do crime.

    Entretanto, o Cespe considerou esta assertiva errada por dizer que o

    entendimento pacfico na Jurisprudncia. Tome bastante cuidado, ok?

    GABARITO: E

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    15. PM-DF Soldado 2013 Fundao Universa. Nos termos da Lei

    n. 5.553/1968, a reteno injustificada de qualquer documento de

    identificao pessoal

    a) constitui contraveno penal.

    b) constitui crime.

    c) constitui infrao administrativa, apenas.

    d) constitui crime e infrao administrativa.

    e) no constitui qualquer infrao se apresentado por fotocpia

    autenticada.

    COMENTRIOS: O art. 3 da Lei n 5.553/1968 trata a reteno

    indevida de documento de identificao como contraveno penal,

    inclusive se o documento for apresentado por meio de fotocpia

    autenticada.

    GABARITO: A

    16. TRF 2 Regio Tcnico Judicirio 2012 FCC. Josimar

    pretende entrar em prdio pblico, em que indispensvel a

    apresentao de documento de identidade e exibe ao funcionrio

    responsvel sua carteira profissional. Nesse caso, o funcionrio

    a) poder reter o documento, que ser devolvido ao interessado prazo

    mximo de dez dias.

    b) dever reter o documento do interessado durante todo o perodo em

    que estiver no interior do prdio.

    c) dever anotar seus dados no ato e devolver imediatamente o

    documento ao interessado.

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    d) s poderia reter o documento se Josimar tivesse apresentado fotocpia

    autenticada.

    e) poder reter o documento por at oito dias, se verificar que Josimar

    ainda no est cadastrado.

    COMENTRIOS: A Lei n 5.553/1968 no prev a possibilidade de

    reteno do documento de identificao como requisito para entrada em

    prdio pblico ou particular. Nesse caso, o responsvel pela identificao

    poder apenas anotar os dados e deve devolver imediatamente o

    documento.

    GABARITO: C

    17. PC-ES Escrivo 2011 Cespe. A nenhuma pessoa fsica, bem

    como a nenhuma pessoa jurdica, de direito pblico ou de direito privado,

    lcito reter qualquer documento de identificao pessoal, ainda que

    apresentado por fotocpia autenticada ou pblica-forma, inclusive

    comprovante de quitao com o servio militar, ttulo de eleitor, carteira

    profissional, certido de registro de nascimento, certido de casamento,

    comprovante de naturalizao e carteira de identidade de estrangeiro,

    exceto para a prtica de determinado ato em que for exigida a

    apresentao de documento de identificao, ocasio em que a pessoa

    que fizer a exigncia far extrair, no prazo de at dez dias, os dados que

    interessarem, devolvendo, em seguida, o documento ao seu exibidor.

    COMENTRIOS: A assertiva reproduz quase integralmente o teor dos

    arts. 1 e 2 da Lei n 5.553/1968, exceto por um pequeno detalhe: o

    prazo para reteno do documento de identificao para extrao de

    dados de no mximo 5 dias.

    GABARITO: E

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    5. QUESTES SEM COMENTRIOS

    1. DPF Escrivo 2004 Cespe. Assustado com o aumento do

    nmero de roubos em sua regio, Haroldo, que vive em uma fazendasituada no interior