Lei 10460 Servidor Goias

Embed Size (px)

Citation preview

REGIME JURDICOSERVIDORES DO ESTADO DE GOIS Lei n 10.460, de 22/02/1988

Profa. Carolina Andrade

ADMINISTRAO PBLICA

a atividade desenvolvida pelo Estado e seus delegados, destinada a atender de modo direto e imediato, necessidades concretas da coletividade, como a prestao dos servios pblicos para a gesto dos bens pblicos e dos interesses da comunidade.

PRINCPIOS DA ADMINISTRAO PBLICA

Legalidade O administrador ou servidor pblico no pode deixar de agir ou agir seno de acordo com a lei. Na atividade particular, tudo que no est proibido permitido. Na Administrao Pblica, tudo o que no est permitido proibido. O servidor pblico est rigidamente preso aos mandamentos da lei.

PRINCPIOS DA ADMINISTRAO PBLICA

Supremacia do Interesse Pblico Supremacia significa eliminao, supresso do direito particular para atender o interesse coletivo. O direito da sociedade indisponvel, porque o servidor pblico lida com o interesse que no dele, mas da coletividade.Princpio da Eficincia O servio deve ser eficaz e deve atender plenamente a necessidade para a qual foi criado. O servio pblico ser considerado eficiente, sempre que o resultado visado for atingido. Melhores resultados possveis.

PRINCPIOS DA ADMINISTRAO PBLICA

Princpio da Impessoalidade O servidor pblico deve estar apto a servir a todos, sem preferncias, averses pessoais ou partidrias. No pode atuar visando beneficiar ou prejudicar pessoas determinadas, uma vez que o fundamento para o exerccio de sua funo sempre o interesse pblico. Princpio da Publicidade A Administrao Pblica tem a obrigao de dar ampla divulgao aos atos que pratica, salvo a hiptese de sigilo necessrio.

AMPLA DEFESA

A ampla defesa pode ser definida como o direito que a parte tem de utilizar-se de todos os meios de prova em direito admitidos (documental, testemunhal, pericial etc), implicando em cerceamento de defesa todo e qualquer ato que venha a obstar o exerccio do referido direito. O Princpio da Ampla Defesa aplicvel em qualquer tipo de processo que envolva o poder sancionatrio do Estado sobre as pessoas fsicas e jurdicas, incluindo-se os funcionrios pblicos.

CONTRADITRIO

O contraditrio, por sua vez, se perfaz no intuito de garantir que as partes tenham conhecimento da pratica de todos os atos e termos ocorridos no processo, por meio de ato formal de citao, notificao ou intimao, assim como que lhe seja dada a oportunidade de, em prazo razovel, se manifestar acerca do pedido formulado, produzir provas e se manifestar sobre a prova produzida pelo adversrio.

Segundo o dicionrio Larousse contraditrio consiste no ato ou efeito de contradizer; oposio, contestao. Desse modo, fato nsito ao princpio do contraditrio a oportunidade de a parte recorrer (contestar) da deciso desfavorvel.

PODER DISCIPLINAR

O Poder Disciplinar possibilita a Administrao Pblica punir internamente as infraes funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas disciplina dos rgos e servios da Administrao Pblica. A Administrao Pblica no tem a liberdade de punir ou deixar de punir, pois tendo o conhecimento de algum indcio de infrao praticada por agente pblico, a Administrao Pblica tem, obrigatoriamente, de instaurar o procedimento adequado para apurar o ato.

AGENTES PBLICOS

Significa o conjunto de pessoas que a qualquer ttulo, exercem uma funo pblica como prepostos do Estado. Essa funo mister que se diga, pode ser remunerada ou gratuita, definitiva ou transitria, poltica ou jurdica.

O Estado s se faz presente atravs das pessoas fsicas que em seu nome manifestam determinada vontade. Essa manifestao a prpria vontade do Estado.

AGENTES PBLICOS - CLASSIFICAO

Os agente pblicos classificam-se em: Agentes polticos Agentes particulares colaboradores ou honorficos Servidores Pblicos Agentes Delegados Agentes Credenciados

AGENTES PBLICOS

Agentes Polticos So os polticos. Tm funo de direo e orientao estabelecidas na CF. Transitrio o exerccio das funes. Agentes Particulares Colaboradores Embora particulares, executam certas funes especiais que podem ser qualificadas como pblicas. So funes transitrias. So os jurados, pessoas convocadas para trabalhar em eleies.

AGENTES PBLICOS

Agentes Delegados Particulares que recebem a incumbncia de executar determinado servio pblico ou atividade pblica.

Realizam em nome prprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob sua permanente fiscalizao.

Ex.: Concessionrios e permissionrios.

SERVIDOR PBLICO

So todos os agentes que, exercendo com carter de permanncia uma funo pblica em decorrncia da relao de trabalho, integram o quadro funcional das pessoas federativas, das autarquias e das fundaes pblicas. So trabalhadores em sentido amplo: executam suas tarefas em prol de um empregador pblico e percebem, ao final do ms, sua remunerao.

SERVIDOR PBLICO

Compreende: Servidor titular de cargo pblico. Contratados por tempo determinado para atender necessidade temporria de excepcional interesse pblico (art. 37, inciso IX CF), sob o vnculo empregatcio. Empregados pblicos (Lei n 9.962/99 e CLT). Comissionados.

CARACTERSTICAS

A categoria dos Servidores Pblicos possui algumas caractersticas: Profissionalidade indicando que os servidores pblicos exercem efetiva profisso quando no desempenho de suas funes pblicas. Definitividade o sentido aqui de permanncia no desempenho da funo. Relao jurdica de trabalho pode-se verificar a existncia de 2 sujeitos: a pessoa beneficiria do exerccios das funes (Estado) e do outro lado, o servidor pblico, aquele a quem incumbe o efetivo exerccio das funes e que empresta sua fora de trabalho para ser compensado com uma retribuio pecuniria.

REGIMES JURDICOS FUNCIONAIS

Regime Jurdico Conjunto de regras de direito determinada relaes jurdicas.

que

regulam

Regime Estatutrio

Regime Trabalhista Regime De Emprego Pblico

Regime Especial

REGIME ESTATUTRIO

o conjunto de regras que regulam a relao jurdica funcional entre o servidor pblico estatutrio e o Estado. Servidor Pblico Estatutrio

aquele cuja relao jurdica de trabalho disciplinada por diplomas legais especficos, denominados estatutos. Os servidores estatutrios podem integrar a estrutura da pessoa federativa, mas tambm a de suas autarquias e fundaes pblicas.

REGIME ESTATUTRIO

Caractersticas: Pluralidade normativa Indica que os estatutos funcionais so mltiplos, podendo ter estatutos federais, estaduais, distritais e municipais. Unio Federal Lei n 8.112/90 Estado de Gois Lei n 10.460/88 A relao entre o Poder Pblico e o servidor estatutrio NO TEM NATUREZA CONTRATUAL, tratando-se de uma relao prpria de Direito Pblico.

REGIME TRABALHISTA

aquele constitudo das normas que regulam a relao jurdica entre o Estado e seu servidor trabalhista. Servidor Pblico Trabalhista (Celetista)

As regras disciplinadoras de sua relao de trabalho so as constantes da CLT. Mesmo sob o regime contratual trabalhista, o servidor no deixa de ser considerado como tal.

REGIME TRABALHISTA

Caractersticas: Relao Jurdica de natureza CONTRATUAL. O Estado figura na posio de empregador e o servidor pblico na posio de empregado. Unicidade Normativa Apenas a CLT rege a relao de trabalho existente.

REGIME DE EMPREGO PBLICO

a aplicao do regime trabalhista (CLT) relao entre a Administrao e o Servidor Pblico integrante das Empresas Pblicas e das Sociedades de Economia Mista. O vnculo laboral tem natureza CONTRATUAL.

EMPREGO PBLICO

A criao da figura jurdica do emprego pblico constitui uma das mais importantes modificaes introduzidas na gesto de pessoal da administrao pblica em decorrncia das revises constitucionais associadas s iniciativas da Reforma Administrativa do Estado. O emprego pblico compe parte das medidas de flexibilizao do trabalho que foram adotadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso com o explcito propsito de ajustar a economia em geral e a administrao pblica em particular a requisitos de eficincia e controle de gastos.

CARGO E EMPREGO PBLICOS

A recente mudana introduzida pela EC n 19/98 criou a seguinte distino conceitual: Os servidores estatutrios ocupam cargos pblicos, regidos pelos respectivos regulamentos, da Unio, do Distrito Federal, de estados e de municpios. Os empregados pblicos ocupam empregos pblicos, subordinados s normas da CLT, e so contratados por prazo indeterminado para exerccio de funes na administrao direta, autrquica e fundacional.

EC 19/98

EMPREGO PBLICO

A contratao de pessoal para emprego pblico dever ser precedida de concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, conforme a natureza e a complexidade do emprego.

Art. 2 - Lei n 9.962/2000 Disciplina o regime de emprego pblico do pessoal da Administrao federal direta, autrquica e fundacional.

EMPREGO PBLICO - CONTRATO

O contrato de trabalho por prazo indeterminado somente ser rescindido por ato unilateral da Administrao pblica nas seguintes hipteses: I. Prtica de falta grave, dentre as enumeradas no art. 482 da CLT. II. Acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas. III. Necessidade de reduo de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 169 da CF. IV. Insuficincia de desempenho, apurada em procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso hierrquico dotado de efeito suspensivo, que ser apreciado em 30 dias, e o prvio conhecimento dos padres mnimos exigidos para continuidade da relao de emprego, obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as peculiaridades das atividades exercidas.

ART. 482 - CLT

Art. 482 - Constituem justa causa para resciso do contrato de trabalho pelo empregador: a)ato de improbidade; b)incontinncia de conduta ou mau procedimento; c) negociao habitual por conta prpria ou alheia sem permisso do empregador, e quando constituir ato de concorrncia empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao servio; d)condenao criminal do empregado, passada em julgado, caso no tenha havido suspenso da execuo da pena; e)desdia no desempenho das respectivas funes; f) embriaguez habitual ou em servio; g)violao de segredo da empresa;

ART. 482 - CLTh)ato de indisciplina ou de insubordinao; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no servio contra qualquer pessoa, ou ofensas fsicas, nas mesmas condies, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas fsicas praticadas contra o empregador e superiores hierrquicos, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem; l) prtica constante de jogos de azar. Pargrafo nico - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prtica, devidamente comprovada em inqurito administrativo, de atos atentatrios contra a segurana nacional.

CARACTERSTICAS EMP. PBLICOPermanncia (estabilidade). Relao Contratual Contrato por prazo indeterminado

DIFERENAS Teto da aposentadoria igual ao do setor privado

REGIME ESPECIAL

Visa disciplinar uma categoria especfica de servidores: os servidores temporrios (art. 37, inciso IX da CF/88). Relao funcional de natureza contratual. Caractersticas: Determinabilidade contratual Temporariedade Excepcionalidade

QUADRO FUNCIONAL

o conjunto de carreiras, cargos isolados e funes pblicas remuneradas integrantes de uma mesma pessoa federativa ou de seus rgos internos. CARREIRA o conjunto de classes funcionais em que seus integrantes vo percorrendo os diversos patamares de que se constitui a progresso funcional. As classes so compostas de cargos que tenham as mesmas atribuies. Os cargos que compem as classes so cargos de carreira, diversos dos cargos isolados que, embora integrando o quadro, no ensejam o percurso progressivo do servidor.

CARGO PBLICO

o lugar dentro da organizao funcional da Administrao Direta e de suas autarquias e fundaes pblicas que, ocupado por servidor pblico, tem funes especficas e remunerao fixadas em lei ou diploma a ela equivalentes. O titular do cargo se caracteriza como servidor pblico estatutrio. Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei.

Art. 40 - Lei n 8.112/90

FUNO PBLICA

a atividade em si mesma, ou seja, funo sinnimo de atribuio e corresponde s inmeras tarefas que constituem objeto dos servios prestados pelos servidores pblicos. Todo cargo tem funo, porque no se pode admitir um lugar na Administrao que no tenha predeterminao das tarefas do servidor. Mas nem toda funo pressupe a existncia do cargo.

EMPREGO PBLICO

utilizada para identificar a relao funcional trabalhista, assim como se tem usado a expresso empregado pblico como sinnima de servidor pblico trabalhista.

IMPORTANTE

Deve-se lembrar que o servidor trabalhista tem funo (no sentido de tarefa, atividade), mas no ocupa cargo. O servidor estatutrio tem o cargo que ocupa e exerce as funes atribudas ao cargo.

CARGOS - CLASSIFICAO

Os cargos dividem-se em: Cargos de carreira Permitem a progresso funcional dos servidores atravs de diversas classes at chegar a mais alta. Cargos isolados Tm natureza progresso.

estanque

e

inviabilizam

a

CARGOS - CLASSIFICAO

Sob o ngulo das garantias e caractersticas se subdividem em: Cargo vitalcio Oferecem a maior garantia de permanncia a seus ocupantes. Somente atravs de processo judicial, podem os titulares perder seu cargo. So os magistrados, membros do MP, membros dos TC. Cargo efetivo So a grande maioria e se revestem de carter de permanncia. A perda do cargo s poder ocorrer depois que adquirirem a estabilidade, se houver sentena judicial ou processo administrativo. Cargo em comisso So de ocupao transitria.

PROVIMENTO

Os cargos pblicos sero providos por: I - nomeao; II - reconduo; III - promoo; IV - acesso; V - readmisso; VI - reintegrao; VII - aproveitamento; VIII - reverso; IX - readaptao.

Formas de Provimento no recepcionadas pela CF/88.

Art. 13 Lei n 10.460/88

FORMAS DE PROVIMENTO

NOMEAO o ato administrativo que materializa o provimento originrio. Em se tratando de cargo vitalcio ou efetivo, a nomeao deve ser precedida de aprovao prvia em concurso.

Art. 15 Lei n 10.460/88A convocao para assumir o cargo pblico ser mediante jornal de grande circulao, mantido o aviso via AR (Art. 18, 2 - Lei n 10.460/88).

INVESTIDURAA investidura a ocupao efetiva do cargo pblico. Materializa-se com a posse.

Prazos

Art. 28 - A posse dever ser tomada no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da publicao do ato no rgo oficial, prorrogvel por mais 30 (trinta), a requerimento do interessado. Posse por procurao Em caso de doena devidamente comprovada (Art. 27 - Lei n 10.460/88).

EXERCCIO

a efetiva entrada do funcionrio em servio pblico, caracterizada pela freqncia e execuo das atividades atribudas ao cargo ou funo. Prazo 30 dias Art. 32 Lei n 10.460/88

FORMAS DE PROVIMENTONomeao Posse Exerccio Prazo: 30 d

Prazo: 30 d + 30 dDocumentos: -Quitao com a Faz. Pblica - Declarao de Bens - Declarao de Acumulao ou Inacumulao - Exames Oficiais - Docs. Pessoais

Prazo Posse: Art. 28 Lei n 10.460/88 Prazo Exerccio: Art. 32 Lei n 10.460/88 Posse por Procurao: Art. 27 Lei n 10.460/88

EXERCCIO

Abandono de Cargo Art. 37 Lei n 10.460/88

Faltar 30 dias consecutivos Faltar 45 dias intercalados dentro do mesmo ano civil.

FORMAS DE PROVIMENTO

PROMOO a forma de provimento pela qual o servidor sai de seu cargo e ingressa em outro situado em classe mais elevada. a forma mais comum de progresso funcional - Art. 68 - Lei n 10.460/88.

Promoo por merecimento ou antigidade Data de realizao: abril e outubro - Art. 70 Lei n 10.460/88.

FORMAS DE PROVIMENTO

READAPTAO a forma de provimento pela qual o servidor passa a ocupar cargo diverso do que ocupava, tendo em vista a necessidade de compatibilizar o exerccio da funo pblica com a limitao sofrida em sua capacidade fsica ou psquica (Art. 129 - Lei n 10.460/88). RECONDUO o retorno do servidor que tenha estabilidade ao cargo que ocupava anteriormente, por motivo de sua inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo ou pela reintegrao de outro servidor ao cargo do qual teve que se afastar (Art. 67 - Lei n 10.460/88).

FORMAS DE PROVIMENTO

REINTEGRAO uma forma de reingresso. Ocorre a reintegrao quando o servidor retorna a seu cargo aps ter sido reconhecida a ilegalidade de sua demisso (Art. 117 - Lei n 10.460/88). APROVEITAMENTO Significa o retorno do servidor em disponibilidade a determinado cargo (Art. 120 - Lei n 10.460/88). Ainda pode ter reaproveitamento, quando houver o cargo que ocupava foi extinto ou declarado desnecessrio. Se no houver cargo vago, o servidor fica a disponibilidade remunerada.

FORMAS DE PROVIMENTO

REVERSO um reingresso especfico para servidor inativo.

Acontece quando o servidor aposentou-se por invalidez, e aps avaliao por junta mdica, consideram-se os motivos da aposentadoria insubsistentes.

Art. 124 - Lei n 10.460/88

FORMAS DE PROVIMENTO

No Posso Rever o REInaldo, APROVEITAdor Rude e Rico. Nomeao Promoo Reverso Reintegrao Aproveitamento Readaptao Reconduo

DESLOCAMENTO

REMOO a movimentao do servidor, a pedido ou de ofcio, no mesmo quadro a que pertence.

Arts. 44 a 50 - Lei n 10.460/88

REDISTRIBUIO o deslocamento do cargo, esteja ocupado ou vago.

ESTGIO PROBATRIO

O funcionrio nomeado para cargo de provimento efetivo fica sujeito a um perodo de estgio probatrio de 2 anos - Art. 39 Lei n 10.460/88. Estabilidade

A CF/88 determina um prazo para adquirir estabilidade de 3 anos Art. 41 CF/88.Estabilidade - Art. 42 Lei n 10.460/88.

ESTGIO PROBATRIO

So requisitos bsicos a serem apurados no estgio probatrio:

Art. 39 Lei n 10.460/88

idoneidade moral; assiduidade e pontualidade; disciplina; eficincia; aptido.

ESTGIO PROBATRIO - INABILITAO

Arts. 40 e 41 Lei n 10.460/88. No atendido os requisitos de avaliao no EP, instaurar-se- processo de exonerao. Prazo: 30 dias. Garantida a Ampla Defesa. A Inabilitao no Estgio Probatrio gera exonerao.

VACNCIA

o fato administrativo-funcional que indica que determinado cargo pblico no est provido, ou seja, est vago, sem titular. Art. 135 - Lei n 10.460/88 Reconduo. II. Promoo III. Readaptao IV. Aposentadoria V. Exonerao VI. Demisso VII. Falecimento.I.

EXONERAO Art. 136

Exonerao no penalidade. o exerccio do poder discricionrio ou cumprimento de ato vinculado (de ofcio). Dar-se-: A pedido do servidor. Ou de ofcio.

Art. 136, 1 - Lei n 10.460/88

EXONERAO

Formas de Exonerao de Ofcio

a) a critrio da autoridade competente para o respectivo provimento, quando se tratar de cargo em comisso; b) quando o funcionrio no tomar posse ou deixar de entrar em exerccio nos prazos legais; c) quando no satisfeitos os requisitos do estgio probatrio e no couber a reconduo; d) quando o funcionrio for investido em cargo, emprego ou funo pblica incompatvel com o de que ocupante; e) na hiptese de abandono de cargo, quando extinta a punibilidade por prescrio.

EXONERAO

Formas de Exonerao

Excesso de gasto com pessoal Na Unio os gastos com pessoal devem estar restritos a 50% da receita lquida (LC 101/00). Avaliao peridica durante o exerccio (Comisso de Avaliao e Acompanhamento) Art. 41 - CF.

VENCIMENTO

a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei. Inerente ao servidor estatutrio. Vencimento bsico o valor fixado em lei para retribuio do cargo pblico. Sem vantagens.

Art. 141 - Lei n 10.460/88 Remunerao o vencimento bsico mais as vantagens de carter permanente.

Art. 142 - Lei n 10.460/88

VENCIMENTO Subsdio Inerente ao agente poltico. Hoje, vrias modificaes na lei, j transformam remunerao em subsdio. Proventos Denominao da remunerao do servidor aposentado. Pode ser: proventos proporcionais ou proventos integrais.

DIREITOS E VANTAGENS

Compreendem os direitos e vantagens: Vencimento Remunerao Vantagens

Art. 139 - Lei n 10.460/88.

INDENIZAES

No se incorporam ao vencimento. Constituem indenizaes ao servidor: I. Ajuda de custo II. Dirias III. Despesas de Transporte

Detalhamento Arts. 152 a 159 da Lei n 10.460/88.

AUXLIOS

Constituem auxlios ao servidor:I. II.

III.

Salrio-famlia Auxlio-sade Auxlio-funeral

Detalhamento Arts. 160 a 169 da Lei n 10.460/88.

GRATIFICAES E ADICIONAIS

Sero deferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais: Adicional por tempo de servio. De Representao de Gabinete. Adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas. Adicional pela prestao de servio extraordinrio. Gratificao por encargo de curso ou concurso. Pelo exerccio de encargo de chefia, assessoramento, secretariado e inspeo. De transporte. De ciclo bsico e ensino especial.

FRIAS

Perodo aquisitivo Para o primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 (doze) meses de exerccio.

Art. 211 - Lei n 10.460/88

Perodo Concessivo o perodo durante o qual o servidor poder gozar suas frias.

As frias pode ser fracionada em 2 etapas.

LICENAS

Conceder-se- ao servidor licena (art. 215 - Lei n 10.460/88): Para tratamento de sade. Por motivo de doena em pessoa da famlia. gestante. Para o servio militar. Por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro. Para atividade poltica. Para tratar de interesses particulares. Prmio. Para freqncia a curso de especializao, treinamento e aperfeioamento.

DEVERES DO FUNCIONRIO Art. 294

Assiduidade Pontualidade Discrio Urbanidade Lealdade s instituies constitucionais e administrativas a que servir. Observncia das normas legais e regulamentares. Obedincia s ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais. Zelo pela economia e conservao do material que lhe for confiado e pelo desempenho dos encargos de que for incumbido. Exposio, aos chefes, das dvidas e dificuldades que encontrar no exame dos documentos e papis sujeitos ao seu estudo. Levar ao conhecimento de seu chefe imediato as irregularidades de que tiver cincia, em razo de seu cargo.

DEVERES DO FUNCIONRIO Art. 294

Guardar sigilo sobre os assuntos de natureza confidencial. Atender, com preterio de qualquer outro servio: a) as requisies para defesa da Fazenda; b) a expedio das certides requeridas para a defesa de direitos e esclarecimentos de situaes de que trata o inciso III do art. 282; c) ao pblico em geral; Residir na localidade onde for lotado para exercer as atribuies inerentes ao seu cargo, ou em localidade vizinha, se disto no resultar inconvenincia para o servio pblico. Apresentar-se decentemente trajado ao servio. Trazer rigorosamente atualizados as leis, regulamentos, regimentos, instrues e ordens de servio, pertinentes s suas atribuies. Manter esprito de solidariedade, cooperao e lealdade para com os colegas de servio. Freqentar cursos de treinamento, aperfeioamento e especializao profissional legalmente institudos.

TRANSGRESSO DISCIPLINAR

Toda ao ou omisso contrria ao dever do servidor pblico. Retirar, sem prvia autorizao da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio. Promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio. Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ilcito. Coagir ou aliciar subordinado com o objetivo de natureza poltico-partidria. Participar da gerncia ou da administrao de empresa industrial ou comercial, exceto as de carter cultural ou educacional. Exercer comrcio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista, cotista ou comanditrio.

RESPONSABILIDADES

Pelo exerccio irregular de suas atribuies, o funcionrio responde civil, penal e administrativamente. Art. 305 - Lei n 10.460/88. A responsabilidade civil decorre de procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuzo da Fazenda Pblica Estadual ou de terceiros. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputados ao funcionrio como tal. A responsabilidade administrativa resulta da prtica de qualquer uma das transgresses ou proibies previstas.

PENAS DISCIPLINARES

So penas disciplinares: I. II. III. IV. V. VI.

Repreenso. Suspenso. Multa. Destituio de mandato. Demisso. Cassao de aposentadoria ou disponibilidade.

Art. 311 - Lei n 10.460/88

PENA DISCIPLINAR COMPETNCIA PARA IMPOSIO Art. 312

Para imposio de pena disciplinar, no mbito de suas respectivas atribuies, so competentes: Chefe do Poder Executivo. Secretrios de Estado, autoridades equivalentes e os dirigentes de autarquias e fundaes, as mesmas penas a que se refere o inciso I, exceto as de demisso, cassao de aposentadoria e disponibilidade, as duas ltimas de competncia privativa do Governador do Estado. Por delegao de competncia: a) Chefe do Poder Executivo, os Secretrios de Estado e autoridades equivalentes, quanto pena de demisso. b) Secretrios de Estado e autoridades equivalentes, os Chefes de unidades administrativas em geral, quanto s penalidades de repreenso e suspenso de at 30 (trinta) dias e multa correspondente. A pena de destituio de mandato caber autoridade que houver nomeado ou designado o servidor.

PENAS DISCIPLINARES CONSIDERAES

Na aplicao consideradas:I.

das

penas

disciplinares

sero

Natureza da infrao, sua gravidade e circunstncias em que foi praticada. II. Danos dela decorrentes para o servio pblico. III. Repercusso do fato. IV. Antecedentes do servidor. V. Reincidncia. Antenuantes Art. 313, 2 - Lei n 10.460/88 Agravantes Art. 313, 1 - Lei n 10.460/88

as

PENA DE REPREENSO Art. 314

A pena de repreenso, que ser sempre aplicada por escrito, e dever constar do assentamento individual do servidor, destina-se punio de faltas que, no sendo expressamente objeto de qualquer outra sano, sejam, a critrio da Administrao, consideradas de natureza leve. Sero punidas com pena de repreenso as transgresses disciplinares previstas nos itens XII a XVIII do art. 303 e I a VIII do art. 304.

PENA DE SUSPENSO Art. 315

Pena de suspenso, que no exceder a 90 (noventa) dias, ser aplicada em caso de falta grave ou de reincidncia em qualquer das transgresses a que alude o art. 314.

Para os efeitos de aplicao desta pena, consideramse faltas graves as arroladas nos incisos I a XI, XXVII a LIII e LXII a LXIV do art. 303 e IX a XL do art. 304. Alm da pena judicial que couber, sero considerados como de suspenso os dias em que o funcionrio deixar de atender s convocaes do jri sem motivo justificado. O funcionrio suspenso perder todas as vantagens e direitos decorrentes do exerccio do cargo.

PUNIBILIDADE - EXTINO

Extingue-se a punibilidade das transgresses disciplinares definidas nesta Lei - Art. 316 - Lei n 10.460/88: Na ocorrncia de prescrio da ao disciplinar - Art. 322 - Lei n 10.460/88.6 anos Demisso, Perda da aposentadoria e disponibilidade. 3 anos Demais infraes.

Em caso de bito do funcionrio indiciado ou acusado.

DEMISSO Art. 317

A pena de demisso ser aplicada nos casos das infraes previstas nos incisos LIV a LXI e LXV do art. 303 e XLI e XLII do art. 304, bem como nos casos de contumcia na prtica de transgresses disciplinares punveis com suspenso.

Entende-se por contumcia a prtica, no perodo de 5 (cinco) anos consecutivos, contado da data da primeira transgresso, de 4 (quatro) ou mais transgresses disciplinares pelas quais o servidor tenha sido efetivamente punido. Constar sempre dos atos de demisso fundada em crime contra a administrao pblica, exceto abandono de cargo, leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio estadual, a nota a bem do servio pblico.

APOSENTADORIA OU DISPONIBILIDADE

Ser cassada a aposentadoria ou disponibilidade se o funcionrio: Na atividade, houver praticado transgresso punvel com demisso. Aposentado ou colocado em disponibilidade, aceitar representao de Estado estrangeiro, sem prvia autorizao do Presidente da Repblica.

A disponibilidade tambm ser cassada se o funcionrio no assumir, no prazo legal, o exerccio do cargo em que for aproveitado. Art. 318 - Lei n 10.460/88

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

o processo para apurar a infrao funcional. assegurado a Ampla Defesa e o Contraditrio.

Competncia para instaurar e aplicar as penas disciplinares Art. 312, incisos I a III - Lei n 10.460/88

COMISSO PROCESSANTE

Composio 3 membros, sendo servidores estveis

Para as deliberaes, necessrio pelo menos 2 membros. Arts. 329 e 330 - Lei n 10.460/88

PROCESSO - REALIZAO

O PAD pode seguir: Procedimento ordinrio Demisso Perda de Aposentadoria ou Disponibilidade Procedimento sumrio Demais infraes I. Repreenso. II. Suspenso. III. Destituio de mandato.

FASES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

As fases do processo administrativo Meio Ordinrio Art. 331, 1 - Lei n 10.460/88. I. II. III. IV. V. VI. VII.

Instaurao Relatrio-Denncia Interrogatrio do Acusado Defesa Prvia Inquirio de Testemunhas e Diligncias Alegaes Finais Relatrio Final Julgamento Pela autoridade que requereu a instaurao.

Prazo: 120 dias, prorrogvel at 180 dias. Art. 331, 20 e 21 Lei n 10.460/88

FASES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

As fases do processo administrativo Meio Sumrio Art. 331, 2 - Lei n 10.460/88. I. II. III. IV. V. VI. VII.

Instaurao Relatrio-Denncia Interrogatrio do Acusado Defesa Prvia Inquirio de Testemunhas e Diligncias Alegaes Finais Relatrio Final Julgamento Pela autoridade que requereu a instaurao.

Prazo: 60 dias, prorrogvel at 90 dias. Art. 331, 20 e 21 Lei n 10.460/88

PRAZOSFASESInstaurao Interrogatrio do Acusado

ORDINRIOA qquer tempo Determinado na Instaurao

SUMRIOA qquer tempo Determinado na Instaurao

Defesa Prvia

3 dias a contar do Interrogatrio Arrolamento de Testemunhas at 5Testemunhas da Acusao e depois defesa Diligncias 5 dias a contar da Inquirio e Diligncias Pode haver saneamento 30 dias a contar do recebimento

3 dias a contar do Interrogatrio Arrolamento de Testemunhas at 3Testemunhas da Acusao e depois defesa Diligncias 3 dias a contar da Inquirio e Diligncias Pode haver saneamento 30 dias a contar do recebimento

Inquirio de Testemunhas e Diligncias Alegaes Finais Relatrio Final Julgamento Pela Autoridade que instaurou

Publicao da Deciso

10 dias

10 dias

PROCESSO - REVISO

A qualquer tempo poder ser revisto o PAD. A reviso correr em apenso ao processo originrio, e o pedido dever ser endereado a mesma autoridade que proferiu a deciso.

Para o julgamento do recurso ser designada Comisso Especial, composta de 3 membros diferentes da comisso original.Prazo para os trabalhos: 60 dias + 30 dias Prazo para decidir: 40 dias A autoridade pode designar diligncias, sendo que encerrado deve decidir num prazo de 15 dias.