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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional Home page: www.crc.org.br : E-mail: [email protected] Lei n° 11.638/2007 – Principais Alterações Contábeis Principais mudanças na Lei nº 6.404/76 levadas a efeito pela Lei nº 11.638/07 [email protected] Rio de janeiro 28/02/2008

lei 11638

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mudanças na legislação - apostila

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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional

Home page: www.crc.org.br : E-mail: [email protected]

Lei n° 11.638/2007 – Principais Alterações Contábeis

Principais mudanças na Lei nº 6.404/76 levadas a efeito pela Lei nº 11.638/07

[email protected]

Rio de janeiro 28/02/2008

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COMENTÁRIOS À LEI Nº 11.638, DE 28/12/07 SUMÁRIO: 01 – Apresentação 02 – Extinção da obrigatoriedade da DOAR (Demonstração das origens e aplicações de recursos) e obrigatoriedade da DFC (Demonstração dos fluxos de caixa) e da DVA (Demonstração do valor adicionado) 03 – Possibilidade de escrituração fiscal nos próprios registros comerciais, sem a utilização de livros auxiliares 04 – Nova estrutura do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido 05 – Modificação nas contas de Reservas de Capital e de Lucros 06 – Extinção das Reservas de Reavaliação 07 – Fim da Provisão para ajuste ao valor de mercado dos Investimentos 08 – Nova forma de Avaliação de Direitos e Obrigações 09 – Apresentação das participações estatutárias sobre o Lucro na Demonstração de Resultado do Exercício 10 – Alteração no conceito de Lucros a realizar e no limite do saldo de Reservas de Lucros 11 – Contabilização de Ativos e Passivos em operações de Incorporação, Fusão e Cisão 12 – Mudança nos critérios para avaliação de investimentos pelo método de equivalência patrimonial 13 – Extensão das regras da Lei das S/As às sociedades de grande porte 14 – Modificação na base de cálculo do Dividendo mínimo obrigatório 15 – Impacto de mudança da Lei Contábil junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários)

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16 – Vigência e aplicação da Lei n° 11.638, de 28/12/07 17 – Quadro comparativo das mudanças ocorridas em advento da Lei n° 11.638/07 18 – Reflexos Tributários da Lei n° 11.638/07 19 – Disposições finais e transitórias

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LEI 11.638 DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS

01 - Apresentação

Esta apostila tece comentários sobre artigos da Lei n° 6.404/76 que

foram alterados pela Lei nº 11.638/07: artigos 176 a 179, 182 a 184, 188, 197, 199, 226 e 248. Além disso, foi acrescentado à Lei das Sociedades Anônimas o artigo 195-A.

Após vários anos de tramitação no Congresso nacional o Presidente da República sancionou no dia 28/12/2007 a Lei nº 11.638 que altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404/76, e da Lei nº 6.385/76, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de Demonstrações Financeiras.

A Lei foi aprovada apenas com um veto a alteração proposta para o artigo 181 da Lei nº 6.404/76.

No que concerne o artigo 176 da referida Lei entendemos, smj, que a substituição da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos – DOAR para Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC pelas seguintes razões:

A DOAR, ela não era bem entendida pelos usuários externos das Demonstrações Financeiras, pois esta trabalha com conceito de Capital Circulante Líquido – CCL, que contemplam contas com prazos de realização diferenciados.

No que tange a DFC, através da comparação entre as duas demonstrações ela é mais rica em informações, pois esta contém a Necessidade de Capital de Giro – NCG, a qual é imprescindível para analisar se a empresa possui condições de saldar suas dívidas, receber investimentos, bem como avaliar as situações presente e futura do caixa da empresa, posicionando-se para que não chegue à insolvência.

Cabe salientar que tanto o DOAR como a DFC podem levar os usuários das informações contábeis a julgamentos equivocados. A DOAR pode passar uma falsa condição de normalidade, casos os prazos de recebimentos e estocagem sejam elevados, o que levará a gerar grandes montantes de Ativo Circulante e Capital Circulante Líquido. Enquanto que a DFC caso atrase os pagamentos dos fornecedores poderá proporcionar, assim, uma situação financeira irreal. Nestas condições o Capital Circulante Líquido e a Liquidez Corrente não são indicadores suficientes para expressar a capacidade de pagamento da empresa.

Contudo a substituição do DOAR pela DFC trouxe melhoria na qualidade das informações contábeis, principalmente para os usuários pouco conhecedores da teoria contábil.

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02 – Extinção da obrigatoriedade da DOAR e obrigatoriedade da DFC e da DVA A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – DOAR deixa de ser obrigatória, passando a ser facultativa para as companhias. A partir de 2008, será exigida, em seu lugar, a Demonstração de Fluxos de Caixa – DFC (art.176, IV), adotando-se uma tendência mundial sobre o assunto.

Para as companhias abertas, passa a ser exigida também a Demonstração do Valor Adicionado – DVA (art. 176, V). O § 6º do art. 176 estabelece agora que a companhia de capital fechado com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2 milhões de reais não será obrigada a elaborar e publicar a DFC. Anteriormente esse artigo dispunha que a companhia de capital fechado com patrimônio líquido, na data do balanço, não superior a R$ um milhão de reais não seria obrigada a elaborar e publicar a DOAR. Com o fim da obrigatoriedade dessa demonstração, o dispositivo também teve que sofrer alteração. O artigo 188 também foi modificado deixando de prover a elaboração da DOAR e passando a tratar da DFC e DVA. O inciso I apresenta a estrutura da DFC, que evidenciará as alterações ocorridas, durante o exercício no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas, no mínimo, em três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos investimentos. O inciso II do artigo 188 dispõe agora sobre a DVA, dizendo que essa demonstração indicará, no mínimo, o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela de riqueza não distribuída. É interessante notar que a Lei nº 11.638/07 não revogou os incisos III e IV do artigo 188, que tratam de aspectos da antiga DOAR e da variação do capital circulante líquido (CCL), e que ficaram fora de contexto na lei, a menos que se queira entender que tanto a DFC como a DVA devam indicar, em seu bojo, a variação do capital circulante líquido, o que não é função dessas demonstrações, mas do DOAR. Ressalta-se que o artigo 7º da Lei nº 11.638/07 dispôs que a DFC e a DVA referentes ao ano de 2008, poderão ser divulgadas sem a indicação dos valores correspondentes ao exercício anterior (art.176, § 1º), uma vez que, até 2007, tais demonstrações não eram obrigatórias, nem eram elaboradas por grande parte das companhias.

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03 – Possibilidade de escrituração fiscal nos próprios registros comerciais, sem a utilização de livros auxiliares O § 2º do artigo 177 também foi alterado, passando a ser desdobrado em dois incisos: Antigamente o dispositivo dizia que os critérios contábeis exigidos pela legislação tributária, inclusive demonstrações adicionais determinadas pelo Fisco, deveriam ser escrituradas em registros auxiliares (como é o caso do Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, para as empresas que recolhem imposto de renda com base no lucro real), sem prejuízo da escrituração comercial e das demonstrações previstas na Lei nº 6.404/76. Tal regra foi mantida no novel do inciso I do parágrafo. Foi o inciso II que trouxe a nova regra, que poderá ser aplicada alternativamente à prevista no inciso I: a companhia poderá registrar as demonstrações exigidas para fins tributários na própria escrituração mercantil, desde que sejam efetuadas, em seguida, lançamentos contábeis adicionais que assegurem a preparação e a divulgação das demonstrações financeiras nos moldes previstos pela Lei nº 6.404/76, e que as demonstrações exigidas pela legislação fiscal sejam auditadas por auditor independente registrado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

O § 7º, incluído na nova Lei, reza que esses lançamentos de ajuste serão efetuados exclusivamente para harmonização das normas contábeis e que as demonstrações e apurações com eles elaboradas não poderão ser base de incidência de impostos e contribuições, nem ter quaisquer outros efeitos tributários. Além do § 7º, foram adicionados também o art. 177 os parágrafos 5º e 6º. O primeiro dispõe que as normas expedidas pela CVM deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. O segundo, que as companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela CVM para as companhias abertas. 04 – Nova estrutura do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido O artigo 178, § 1º, c, sofreu alteração, para dar nova estrutura ao Ativo Permanente, que passa a ser dividido em Investimentos, Imobilizado, Intangível e Diferido. O novo grupo (Intangível) englobará os bens incorpóreos que ficavam no Imobilizado, que passa a registrar apenas os bens tangíveis (artigo 179, incisos IV e VI).

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Segundo o artigo 183, inciso VII, os elementos do Ativo Permanente Intangível serão avaliados pelo custo incorrido na aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização. É interessante notar que não

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houve modificação no artigo 183, inciso V, que estabelece a forma de avaliação do Imobilizado, que continua prevendo a amortização das contas pertencentes a esse grupo. Todavia, como os bens incorpóreos não pertencem mais ao Imobilizado, é de se deduzir que não haverá mais amortização dos bens desse grupo, remanescendo apenas a depreciação e a exaustão. O artigo 178, § 2º, d, foi modificado, prevendo um novo formato para o Patrimônio Líquido, que possui agora os seguintes subgrupos: Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. Desaparecem, portanto, as Reservas de Reavaliação, substituída pelos Ajustes de Avaliação Patrimonial e a conta de Lucros Acumulados, passando a ser admitida apenas a de Prejuízos Acumulados. A extinção da conta de Lucros Acumulados já era prevista no artigo 202, § 6º, da Lei nº 6.404/76, que dispõe que os lucros não destinados a Reservas de Lucros deverão ser distribuídos como dividendos. Admitia-se, contudo, a existência de Lucros Acumulados anteriores à entrada em vigor da Lei nº 10.303/01, que incluiu esse § 6º ao artigo 202. Com a nova Lei nº 11.638/07, não é mais prevista a existência de Lucros Acumulados no Patrimônio Líquido das companhias. As Ações em Tesouraria passam a ser previstas com um subgrupo do Patrimônio Líquido. Quanto às Reservas de Capital e às Reservas de Lucros, embora mantidas, tam bem sofreram modificações, com a extinção de algumas e a criação de outras, como veremos a seguir. 05 – Modificações nas Contas de Reservas de Capital e de Lucros

Foram revogadas as alíneas “c”e “d” do § 1º do artigo 182,

extinguindo as Reservas de Capital de prêmios na emissão de debêntures e de doações e subvenções para investimento. A partir de agora, portanto, os valores obtidos nessas operações deverão ser registrados como Receitas do exercício. Todavia, as doações ou subvenções governamentais para investimentos poderão ser destinadas a uma nova Reserva de Lucros: a Reserva de Incentivos Fiscais (novo artigo 195-A), podendo o respectivo valor ser excluído da base de cálculo do dividendo obrigatório a que se refere o artigo 202, inciso I, da lei nº 6.404/76.

Portanto, o tratamento contábil das doações e subvenções para investimentos, independentemente de provirem do Governo ou do Setor privado passa a ser o mesmo: serão contabilizados como Receita do exercício. Porém, os valores oriundos do Setor governamental poderão, após a transferência para o Patrimônio Líquido, ser destinados à nova Reserva de Lucros de incentivos fiscais.

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06 – Extinção das Reservas de Reavaliação O artigo 182, § 3º, da Lei nº 6.404/76 foi modificado, sendo extintas

as Reservas de Reavaliação, que foram substituídas pelos chamados Ajustes de Avaliação Patrimonial, que permanecerá no Patrimônio Líquido até a sua realização em receitas ou despesas, em obediência ao regime de competência.

São definidos como Ajustes de Avaliação Patrimonial as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. Assim, as contas do Ativo e do Passivo continuam a ser inicialmente registrada pelo seu valor histórico de entrada, mas sempre que houver mudança no valor de mercado, tornando-o superior ou inferior ao valor original, este deverá ser atualizado, utilizando como contrapartida uma conta do Patrimônio Líquido de Ajuste de Avaliação Patrimonial.

As contas de Ajustes de Avaliação Patrimonial poderão ter saldo credor ou devedor (neste caso, serão retificador do patrimônio líquido), a depender da situação. Vejamos alguns exemplos:

Reavaliação de um imóvel de valor histórico de R$ 50 mil reais para

R$ 100 mil reais. Contabilização da variação positiva de R$ 50 mil reais: Débito = Imóveis Crédito= Ajuste de Avaliação Patrimonial de Imóveis Reavaliação de um imóvel de valor histórico de R$ 100 mil reais

para R$ 50 mil reais. Contabilização da variação negativa de R$ 50 mil reais: Débito = Ajuste de Avaliação Patrimonial de Imóveis Crédito = Imóveis É de se notar que as contas de Ajustes de Avaliação Patrimonial

poderão ser utilizadas em outras situações que não a reavaliação de itens do Ativo. A partir de agora, por exemplo, sempre que uma obrigação sofrer variação em seu valor de mercado ( e desde que não seja despesa ou receita realizada, segundo o regime de competência), deverá ser utilizada a nova conta do Patrimônio Líquido como contrapartida do ajuste.

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Ressalta-se, ainda, que o artigo 6º da Lei nº 11.638/07, estabelece que os saldos atualmente existentes nas Reservas de Reavaliação deverão

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ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício de 2008.

07 – Fim da Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado para Investimentos

Também para os ajustes em investimentos não-permanentes devem

ser utilizados os ajustes de avaliação patrimonial, sempre que o valor de mercado ou de realização for diferente do valor histórico, conforme a nova redação do artigo 183, inciso I, da Lei nº 6.404/76, dispositivo ao qual o artigo 182, § 3º da Lei nº 6.404/76 faz agora referência expressa.

Com isso, fica extinta também a provisão para ajuste de valor de mercado para os investimentos não-permanentes, cuja função será desempenhada pela nova conta do Patrimônio Líquido. Remanesce a Provisão para Ajuste de Valor de Mercado apenas para os ajustes de estoques (artigo 183, inciso III). Exemplo:

Ajuste de um investimento de valor de R$ 100 mil reais para R$ 50

mil reais. Lançamento do ajuste de R$ 50 mil reais: Débito = Ajuste de Avaliação Patrimonial de Investimentos Crédito = Investimentos em Ações De acordo com o regime de competência, os valores registrados nas

contas de Ajustes de Avaliação Patrimonial só serão consideradas realizadas quando da alienação do investimento.

08 – Nova forma de avaliação dos Direitos e Obrigações

A Lei nº 6.404/76 passa a prever, no artigo 183, inciso III, uma nova

forma de avaliação dos elementos do Ativo Realizável a Longo Prazo, que deverão a partir de agora, ser ajustados a valor presente, sendo os demais (os de curto prazo) também ajustados, quando houver efeito relevante. A mesma regra é prevista para as obrigações de longo prazo (Passivo Exigível a Longo Prazo), conforme artigo 184, inciso III.

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A avaliação a valor presente surge quando o efeito do valor do dinheiro no tempo é relevante, o que a Lei presume ocorrer nos direitos e obrigações de longo prazo, devendo ser constituída a Provisão para Ajuste ao Valor Presente - PAVP, mediante a técnica de desconto, com base nas taxas de juros normais praticadas no mercado. É de se notar que, mesmo para os direitos e obrigações de curto prazo, deverá ser constituída a

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Provisão para Ajuste ao Valor Presente – PAVP, sempre que o efeito da variação do valor do dinheiro no tempo for relevante.

Até a Lei nº 11.638/07, a receita de uma venda deveria ser computada com tal no momento da entrega da mercadoria, mesmo que o respectivo valor só viesse a ser recebido futuramente. A lei ignorava que a mesma venda, se fosse feita à vista, seria contratada por um valor menor, já que as empresas embutem nas vendas a prazo a inflação esperada no período, além do custo dos juros reais do mesmo período.

Vejamos um exemplo para tornar o assunto mais claro. Seja uma venda a longo prazo cujo valor é composto pelo preço normal de R$ 1.000,00 (um mil reais), mais a inflação e os juros embutidos de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais), da data da venda até o prazo de vencimento, digamos 24 meses.

Pela sistemática anterior à Lei nº 11.638/07, temos: Débito = Duplicatas a Receber de Longo Prazo Crédito = Vendas..................................................R$ 1.240,00 No Balanço Patrimonial: Realizável a Longo Prazo – Duplicatas a receber R$ 1.240,00 Na Demonstração de Resultados: Vendas....................................................................R$ 1.240,00 O reflexo contábil dessa forma de contabilização era que os juros

embutidos de R$ 240,00 eram reconhecidos como Receita de Vendas no ato da venda, aumentando, nesse instante, o lucro indevidamente Tais juros deveriam ser reconhecidos como Receita Financeira, ao longo dos 24 (vinte e quatro) meses (pro rata temporis), e não no momento da venda.

A mudança efetuada pela Lei nº 11.638/07 corrige essa distorção. A forma exata de contabilizar a venda pela nova sistemática ainda será objeto de regulamentação infralegal, mas uma possibilidade de registro, com base no exemplo apresentado no FIPECAF, seria:

Débito = Duplicata a Receber a longo prazo Crédito = Vendas................................................R$ 1.240,00 Débito = Despesas com PAVP Crédito = Provisão para Ajuste a Valor Presente...R$ 240,00

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No Balanço Patrimonial: Realizável a Longo Prazo – Duplicatas a Receber ..R$ 1.240,00 (-) Provisão para Ajuste a Valor Presente...............( R$ 240,00) Na Demonstração de Resultados Vendas Brutas.....................................R$ 1.240,00 (-) Despesas com PVAP......................(R$ 240,00) (=) Vendas Líquidas.............................R$ 1.000,00 A conta patrimonial de Provisão para Ajuste a Valor Presente –

PVAP seria apropriada ao longo dos vinte e quatro meses, de forma proporcional ao tempo decorrido, segundo o regime de competência, gerando uma Receita Financeira nos exercícios seguintes. A apropriação mensal seria de R$ 10,00 (dez reais), ou seja:

Débito = Provisão para Ajuste a Valor Presente Crédito = Receita Financeira......................R$ 10,00 Sistemática semelhante pode ser adotada para as obrigações de longo

prazo ou para as de curto prazo cujo efeito do valor presente seja relevante, sendo que, na constituição da PVAP do Passivo, gerar-se-á uma conta de Receita em contrapartida; e na apropriação dessa provisão em exercícios futuros, uma despesa financeira.

09 – Apresentação das participações estatutárias sobre o lucro na Demonstração de Resultados

O artigo 187, inciso VI, da Lei nº 6.404/76, foi modificado para

dispor que a apresentação, na Demonstração de Resultados, das despesas com distribuição de parcela dos lucros anuais a partes beneficiárias não seja mais feita como participações estatutárias sobre o lucro (apresentada após o cálculo do IR). Continuam sendo apresentadas como Participação Estatutárias sobre o Lucro – PEL, apenas a distribuição dos lucros anuais a debenturistas, empregados, administradores e fundos de assistência ou previdência de empregados, e desde que não se caracterizem como despesa do exercício.

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É importante ressaltar que as participações de partes beneficiárias não foram extintas, tanto que continuam previstas nos artigos 46, § 1º e art 190 da Lei nº 6.404/76. Porém não deverão mais ser apresentadas como Participação Estatutárias sobre o Lucro, mas como despesas operacionais, o mesmo ocorrendo com as participações de debenturistas, administradores, empregados, quando configurarem despesa da empresa.

10 – Alteração no Conceito de Lucros a Realizar e limite do saldo das Reservas de Lucros

O inciso II, do artigo 197 da Lei nº 6.404/76 foi modificado para

incluir como parcela integrante dos Lucros a Realizar financeiramente (para efeitos da constituição da Reserva de Lucros a Realizar) os valores oriundos da contabilização de Ativo e Passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. Com isso, a lei permite um aumento no saldo que poderá ser destinado à Reserva de Lucros a Realizar, reduzindo o valor do dividendo mínimo obrigatório a ser efetivamente distribuído no exercício.

O artigo 199 da Lei nº 6.404/76 foi alterado para excluir, do limite máximo do saldo das Reservas de Lucros, a nova Reserva de Incentivos Fiscais. A regra continua a mesma: o limite é o valor do Capital social, excluindo-se, porém, do somatório, além das Reservas para Contingências e de Lucro a Realizar, a nova Reserva de Lucros.

11 – Contabilização de Ativos e Passivos em operações de Incorporação, Fusão e Cisão

A Lei nº 11.638/07 acrescentou o § 3º ao artigo 226 da Lei nº

6.404/76, prevendo que, nas operações de Incorporação, Fusão e Cisão realizadas entre partes independentes e vinculadas à efetiva transferência de controle, os ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou decorrente de Fusão ou Cisão deverão ser contabilizados pelo seu valor de mercado.

12 – Mudanças nos critérios para avaliação de Investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial – MEP

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O artigo 248, caput, da Lei nº 6.404/76 foi modificado, dispensando a necessidade de que os investimentos permanentes sejam relevantes (§ único, art 247), para que sejam avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial – MEP. Além disso, a partir de agora, os investimentos em coligadas só serão avaliados pelo MEP caso a influência na administração seja significativa (antes bastava haver influência) ou quando a participação

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for superior a 20% (vinte por cento) do capital votante (antes era 20% do capital social). Foram incluídas, ainda no âmbito da avaliação do Método de Equivalência Patrimonial, as sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.

Assim, com as novas regras, deverão ser avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial os seguintes investimentos permanentes, independentemente de serem relevantes:

Investimentos em controladas; Investimentos em sociedades que façam parte de um mesmo grupo

ou estejam sob controle comum; e Investimentos em coligadas, desde que seja atendido pelos menos um

destes dois requisitos: haver influência significativa na administração da coligada ou a coligação representar mais de 20% (vinte por cento) do capital votante da investida. 13 – Extensão das regras da Lei 6.404/76 às Sociedades de grande porte

O artigo 3º da Lei nº 11.638/07 estendeu a aplicação dos dispositivos da Lei nº 6.404/76 sobre escrituração e elaboração de Demonstrações Financeiras e a obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na CVM às chamadas sociedades de grande porte, ainda que não constituídas sobe a forma de sociedades por ações. Considera-se de grande porte, exclusivamente para tal fim, a sociedade ou o conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício anterior, Ativo Total superior a R$ 240 milhões de reais ou Receita Bruta anual superior a R$ 300 milhões de reais. 14 – Modificação na base de cálculo do Dividendo mínimo obrigatório Embora não tenha havido modificação no artigo 202, inciso I, da Lei nº 6.404/76, as novas regras alteraram a base de cálculo do dividendo mínimo obrigatório anual. Isso porque conforme o novo artigo 195-A, os valores destinados à recém criada Reserva de Incentivos Fiscais poderão ser excluídas da base de cálculo do dividendo obrigatório. Além disso, a parcela que pode ser destinada à Reserva de Lucros a Realizar foi ampliada, reduzindo-se, conseqüentemente, a parcela de lucros a ser obrigatoriamente distribuída aos acionistas. Assim , é preciso estar atento à nova forma de cálculo do dividendo mínimo obrigatório.

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15 – Impacto das alterações junto à Comissão de Valores Mobiliários – CVM As companhias abertas brasileiras terão que calcular os impactos das mudanças contábeis previstas na Lei nº 11.638/07 já para as demonstrações financeiras referentes ao ano passado. De acordo com comunicado divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no momento da divulgação do balanço do exercício social encerrado em dezembro de 2007, a empresa já deve informar, quando possível, em notas explicativas, uma estimativa, dos efeitos da nova norma no patrimônio e no resultado de 2007 ou o grau de relevância sobre as demonstrações de 2008. Para que as empresas tenham algum tempo para se adaptar à nova realidade, a CVM entende que os balanços trimestrais (ITRs) deste ano não precisarão contemplar completamente as alterações previstas na nova lei, publicada no dia 28 de dezembro, embora seja necessário prever os impactos das mudanças em notas explicativas. Já para o exercício de 2008 como um todo, a autarquia considera que haverá tempo suficiente para a adaptação total das demonstrações financeiras. Diante das mudanças que isso representa, no entanto, a CVM informou que vai priorizar a regulamentação da Lei 11.638/07 nos seus assuntos mais complexos, para que as áreas de contabilidade das empresas, assim como os auditores independentes, consigam entender e aplicar as mudanças necessárias dentro do prazo previsto. Com a intenção de avaliar se as sugestões estão no caminho correto, a autarquia recebeu, até 25 de janeiro, comentários de agentes do setor sobre este tema e também sobre o cronograma de aplicação da nova legislação. Entre as novidades da Lei 11.638/07, antigo Projeto de Lei 3.741/2000, está a obrigatoriedade da classificação de ativos financeiros, inclusive derivativos, em categorias de “negociação”, “disponíveis para venda” e “mantidos até o vencimento”. A variação de preços destes ativos podem impactar diretamente o resultado, no caso de papéis dentro da categoria “negociação”, ou o patrimônio, se enquadrados como “disponíveis para venda”. Muda também, entre outros pontos, a forma de contabilização de ativos de empresas adquiridas, que passam a ser registrados pelo valor de mercado, e não contábil. Passa a ser obrigatória ainda a publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DCF), em substituição à Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), e da Demonstração do Valor Adicionado (DVA).

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16 – Vigência e Aplicação da lei nº 11.638/07 O artigo 9º da referida lei estabeleceu a sua entrada em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao da sua publicação. Dessa forma, considerando que a Lei nº 11.638/07 foi publicada no Diário Oficial da União de 28/12/07, ela passou a vigorar para as demonstrações financeiras do exercício social iniciado a partir de 1º de janeiro de 2008. Tendo em vista que a lei societária, em seu artigo 176, regula as demonstrações financeiras que são elaboradas no final do exercício social, a CVM entende que as alterações, relativas a demonstrações financeiras contidas na Lei nº 11.638/07, deverão produzir os seus efeitos iniciais sobre as demonstrações elaboradas para atendimento ao referido artigo 176, cujo exercício se iniciou a partir de 01/01/2008, independentemente da data do seu encerramento. Essas novas regras deverão ser aplicadas, portanto, não só demonstrações encerradas em 31/12/2008, mas, ainda, nos demais casos de elaboração, em 2008, de outras demonstrações financeiras previstas na lei societária como, por exemplo, o levantamento de balanço especial eventualmente elaborado para atendimento aos artigos 45 e 204 da lei societária. No caso das companhias que iniciaram o exercício antes de 1º de janeiro de 2008, as alterações da Lei nº 11.638/07 consequentemente somente serão aplicáveis às demonstrações financeiras encerradas a partir de 2009. 17 – Quadro comparativo das mudanças ocorridas em advento da Lei nº 11.638/07

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Lei nº 6.404, de 15/12/1976 Lei nº 11.638, de 28/12/2007 Capítulo XV

Exercício social e Demonstrações financeiras Seção II

Demonstrações Financeiras Disposições Gerais Art. 176 Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I – balanço patrimonial; II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III – demonstração do resultado do exercício; e IV – demonstração das origens e aplicações de recursos.

Capítulo XV Exercício social e Demonstrações financeiras

Seção II Demonstrações Financeiras Disposições Gerais Art. 176 Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: I – balanço patrimonial; II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III – demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa;e V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

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§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas: os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como “diversas contas”ou “contas-correntes”.

§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas: os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como “diversas contas”ou “contas-correntes”.

§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

§ 5º As notas deverão indicar: a) Os principais critérios de avaliação dos

elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;

b) Os investimentos em outras sociedades, quando relevante (artigo 247, parágrafo único);

c) O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art.182, § 3º);

d) Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

e) A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;

f) O número, espécies e classes das ações do capital social;

g) As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

h) Os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1º);

i) Os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.

§ 5º As notas deverão indicar: a) Os principais critérios de avaliação

dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;

b) Os investimentos em outras sociedades, quanto relevante (artigo 247, parágrafo único);

c) O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art.182, § 3º);

d) Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidade eventuais ou contingentes;

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e) A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;

f) O número, espécies e classes das ações do capital social;

g) As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

h) Os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1º);

i) Os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.

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§ 6º A companhia fechada, com patrimônio líquido, na data do balanço, não superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração das origens e aplicações de recursos

§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

Escrituração Art.177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. § 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos.

Escrituração Art.177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência. § 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos.

§ 2º A companhia observará em registros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem a elaboração de outras demonstrações financeiras.

§ 2º As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre atividade que constitui o objeto da companhia que conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou à elaboração de outras demonstrações não elidem a obrigação de elaborar, para todos os fins desta Lei, demonstrações financeiras em consonância com o disposto no caput deste artigo e deverão ser alternativamente observadas mediante registro: I – em livros auxiliares, sem modificação da escrituração mercantil; ou II – no caso da elaboração das demonstrações para fins tributários, na escrituração mercantil, desde que sejam efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que assegurem a preparação e a divulgação de demonstrações financeiras com observância do disposto no caput deste artigo, devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela CVM, e serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na mesma comissão.

§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela CVM, e serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na mesma comissão.

§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.

§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.

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§ 5º As normas expedidas pela CVM a que se refere o § 3º deste artigo deverão ser

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elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.

§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela CVM para as companhias abertas.

§ 7º Os lançamentos de ajustes efetuados exclusivamente para harmonização de normas contábeis, nos termos do § 2º deste artigo, e as demonstrações e apurações com eles elaboradas não poderão ser base de incidência de impostos e contribuições nem ter quaisquer outros efeitos tributários.

Seção III Balanço Patrimonial Grupo de contas Art.178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

a) ativo circulante; b) ativo realizável a longo prazo; c) ativo permanente, dividido em

investimentos, ativo imobilizado, e ativo diferido.

Seção III Balanço Patrimonial Grupo de contas Art.178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

a) ativo circulante; b) ativo realizável a longo prazo; c) ativo permanente, dividido em

investimentos, imobilizado, intangível e diferido.

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

a) passivo circulante; b) passivo exigível a longo prazo; c) resultados de exercícios futuros;

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d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.

§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

a) passivo circulante; b) passivo exigível a longo prazo; c) resultados de exercícios futuros;

d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

Ativo Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; II – no ativo realizável a longo prazo; os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades

Ativo Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I – no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; II – no ativo realizável a longo prazo; os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades

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coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial ou comercial; V – no ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais.

coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ao longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Resultados de Exercícios Futuros Art. 181. Serão classificados como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.

Resultados de Exercícios Futuros Art. 181. Serão classificados como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes.

Patrimônio Líquido Art. 182.A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

Patrimônio Líquido Art. 182.A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

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§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

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c) (revogado); c) o prêmio recebido na emissão de debêntures;

d) as doações e as subvenções para investimentos.

d) (revogado).

§ 2º Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 2º Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

§ 3º Serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elemento do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembléia geral.

§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competências, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (§ 5º do art. 177, inciso I do caput do art. 182 e § 3º do art. 226 desta Lei) e do passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado.

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

Critérios de Avaliação do Ativo Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: I – os direitos e títulos de crédito, e quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor; serão excluídos os já prescritos e feitas as provisões adequadas para ajusta-lo ao valor provável de realização, e será admitido o aumento do custo de aquisição, até o limite do valor de mercado, para registro de correção monetária, variação cambial ou juros acrescidos; II – Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajusta-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; III – os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de

Critérios de Avaliação do Ativo Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: I – as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito;

II – Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajusta-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

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III – os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de

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aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; IV – os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior; V – os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; VI – o ativo diferido, pelo valor do capital realizado, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização;

aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas; IV – os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior; V – os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; VI – o ativo diferido, pelo valor do capital realizado, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização; VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor de mercado:

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

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c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.

§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor de mercado:

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;

c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros;

d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro:

1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro

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instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares; 2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares;

3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros.

§ 2º A diminuição do valor dos elementos do ativo imobilizado, será registrada periodicamente nas contas de:

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

c) exaustão, quando corresponde à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

§ 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangível e diferido será registrada periodicamente nas contas de:

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

c) exaustão, quando corresponde à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

§ 3º Os recursos aplicados no ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não superior a 10 (dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortiza-los.

§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no diferido, a fim de que sejam: I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

§ 4º Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

§ 4º Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

Critérios de Avaliação do Passivo Art.184. No balanço, os elementos do passivo

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Critérios de Avaliação do Passivo Art.184. No balanço, os elementos do passivo

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serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: I – as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço; II – as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; III – as obrigações sujeitas à correção monetária serão atualizadas até a data do balanço.

serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: I – as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço; II – as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço; III – as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

Seção Demonstração do Resultado do Exercício Art.187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I- a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais( Lei 9.249/95); V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

Seção Demonstração do Resultado do Exercício Art.187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I- a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais( Lei 9.249/95); V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para imposto;

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VI – as participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesas; VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

§ 2º O aumento de valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações, registrados como reserva de reavaliação (art. 182, § 3º),

§ 2º (Revogado).

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somente depois de realizado poderá ser computado como lucro para efeito de distribuição de dividendos ou participações. Seção VI Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos Art. 188. A demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as modificações na posição financeira da companhia, discriminando: I – as origens dos recursos, agrupadas em:

a) lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros;

b) realização do capital social e contribuições para reservas de capital;

c) recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos do ativo imobilizado.

II – as aplicações de recursos, agrupadas em: a) dividendos distribuídos;

c) aquisição de direitos do ativo imobilizado;

d) aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido;

e) redução do passivo exigível a longo prazo

III – o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido; IV – os saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício.

Seção VI Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor adicionado Art.188. As demonstrações referidas nos inciso IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa equivalente de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos:

a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos;

II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela de riqueza não distribuída. III – o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante líquido; IV – os saldos, no início e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante o exercício.

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Reservas de incentivos Fiscais Art. 195.A – Assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei)

Retenção de Lucros Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por

Retenção de Lucros Art. 196. A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por

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ela previamente aprovado. § 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento.

ela previamente aprovado. § 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento.

§ 2º O orçamento poderá ser aprovado pela assembléia-geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social (redação dada pela Lei 10.303/01).

§ 2º O orçamento poderá ser aprovado pela assembléia-geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social (redação dada pela Lei 10.303/01).

Reserva de Lucros a Realizar Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar (Redação dada pela Lei 10.303/01). § 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei 10.303/01). I – o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art.248); e II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. § 2º A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro (incluído pela Lei 10.303/01)

Reserva de Lucros a Realizar Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar (Redação dada pela Lei 10.303/01) § 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei 10.303/01) I – o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. § 2º A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro. (incluído pela Lei 10.303/01)

Limite do Saldo das Reservas de Lucros Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social; atingido esse limite, a assembléia deliberará sobre a aplicação de excesso na integralização ou no aumento do capital social, ou na distribuição de dividendos.

Limite do Saldo das Reservas de Lucro Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.

Formação de Capital

Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão

Art. 226. As operações de incorporação, fusão

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Art. 226. As operações de incorporação, fusão

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e cisão somente poderão ser efetivadas nas condições aprovadas se os peritos nomeados determinarem que o valor do patrimônio ou patrimônios líquidos a serem vertidos para a formação de capital social é, ao menos, igual ao montante do capital a realizar. § 1º As operações ou quotas do capital da sociedade a ser incorporada que forem de propriedade da companhia incorporadora poderão, conforme dispuser o protocolo de incorporação, ser extintas, ou substituídas por ações em tesouraria da incorporadora, até o limite dos lucros acumulados e reservas, exceto a legal.

e cisão somente poderão ser efetivadas nas condições aprovadas se os peritos nomeados determinarem que o valor do patrimônio ou patrimônios líquidos a serem vertidos para a formação de capital social é, ao menos, igual ao montante do capital a realizar. § 1º As operações ou quotas do capital da sociedade a ser incorporada que forem de propriedade da companhia incorporadora poderão, conforme dispuser o protocolo de incorporação, ser extintas, ou substituídas por ações em tesouraria da incorporadora, até o limite dos lucros acumulados e reservas, exceto a legal.

§ 2º O disposto no § 1º aplicar-se-á aos casos de fusão, quando uma das sociedades fundidas for proprietária de ações ou quotas de outra, e de cisão com incorporação, quando a companhia que incorporar parcela do patrimônio da cindida for proprietária de ações ou quotas do capital desta.

§ 2º O disposto no § 1º aplicar-se-á aos casos de fusão, quando uma das sociedades fundidas for proprietária de ações ou quotas de outra, e de cisão com incorporação, quando a companhia que incorporar parcela do patrimônio da cindida for proprietária de ações ou quotas do capital desta.

§ 3º Nas operações referidas no caput deste artigo, realizadas entre partes independentes e vinculadas à efetiva transferência de controle, os ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou decorrente de fusão ou cisão serão contabilizados pelo seu valor de mercado.

Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes (artigo 247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes normas: I – o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas; II – o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de

Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: I – o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas;

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II – o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de

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patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada; III – a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício:

a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;

b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;

c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela CVM.

patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada; III – a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada como resultado do exercício:

a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;

b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;

c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas pela CVM.

§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas.

§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas e controladas.

§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I.

§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no número I.

18 – Reflexos Tributários da Lei nº 11.638/07 A recém editada Lei nº 11.638/07 modifica alguns importantes pontos da Lei nº 6.404/76 com repercussões na seara tributária. Uma importante mudança consta do artigo 10 da citada Lei: este preceito revogou as alíneas “c”e “d” do parágrafo 1º do artigo 182 da Lei nº 6.404/76, que dispunha sobre o registro contábil dos valores recebidos a títulos de subvenções para investimentos, doações e prêmios na emissão de debêntures. Em razão desta revogação, a partir de 1º de janeiro de 2008, para as pessoas jurídicas sujeitas à observância da Lei nº 6.404/76 (as sociedades por ações e as outras sociedades, consideradas de grande porte pelo artigo 3º da Lei nº 11.638/07) os valores recebidos a título de subvenções para investimentos, doações e prêmios na emissão de debêntures passam a ser registrados em contas de resultado (receitas) e não mais como Reserva de Capital. A dúvida é se estes valores passam ou não a ser tributáveis pelo IRPJ, CSLL, PIS e COFINS.

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No Direito Tributário (na legislação do IRPJ) permanece em vigor o artigo 38 do Decreto-lei nº 1.598/77, que: (a) no item III do caput, admite o registro como Reserva do valor recebido a título de prêmio na emissão de

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debêntures; (b) no parágrafo 2º, permite o registro em conta de Reserva dos valores recebidos a títulos de subvenções para investimentos e de doações recebidas do Poder Público. Logo, instaurou-se uma evidente contraposição de mandamentos: a lei societária proíbe uma conduta ( o registro de certas cifras em conta de Reserva) que a lei tributária permite. A contraposição de mandamentos não foi ignorada pela Lei: ela foi editada para estabelecer uma nítida separação entre normas tributárias e normas contábeis que incidam sobre os mesmos fatos. A Lei nº 11.638/07, ao estabelecer novos critérios de avaliação de elementos patrimoniais dentre aqueles já previstos na Lei nº 6.404/76 e atos normativos subalternos à Lei, como são as normativas editadas pela CVM, Banco Central e outros órgãos públicos dotados de poderes de legislar em matéria contábil, não pretende interferir nas normas de índole tributária, tanto que ao criar o parágrafo 7º do artigo 177 da Lei nº 6.404/76, estabeleceu um princípio de neutralidade tributária. De outra parte, a nova Lei estabelece critérios de harmonização por via de livros auxiliares ou do levantamento de um Balanço Fiscal, diferente daquele exigido pelas normas societárias. A harmonização de diferenças já estava prevista na redação original do parágrafo 2º do artigo 177 da Lei nº 6.404/76. A posterior criação do LALUR, Livro de Apuração do Lucro Real, pelo artigo 8º do Decreto-lei nº 1.598/77, teve o desiderato de dar condições fáticas de aplicação do preceito da Lei societária. As autoridades fiscais, no entanto, nunca aceitaram integralmente essa separação: tanto é verdade que o Parecer Normativo CST nº 11/79, determinou que certas operações tributadas com base no regime de caixa (resultados de contratos a longo prazo e de atividades imobiliárias) deveriam ser registrados na Contabilidade Societária, a despeito do fato de que esse critério de imputação temporal de mutações patrimoniais não ser cabível na seara do Direito da Contabilidade. Isto posto, voltamos à indagação primeira, acima formulada, a respeito da incidência dos tributos sobre os valores recebidos a títulos de doações do Poder Público, a subvenções para investimentos e prêmios na emissão de debêntures. A resposta é simples: para fins fiscais, em face do princípio da especialização, permanece a possibilidade do registro em conta de Reserva, com os devidos ajustes para fins societários, como impõe o artigo 1º da citada Lei nº 11.638/07, na parte em que deu nova redação ao artigo 177 da Lei nº 6.404/76. Em uma frase: nada mudou.

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19 – Disposições finais e transitórias As alterações na Lei das Sociedades Anônimas, trazidas pela Lei 11.638/07 à Lei 6.404/76, após sete anos tramitando no Congresso Nacional, seus impactos no Mundo dos negócios, bem como a convergência ao IFRS (International Financial Reporting Standards) como padrão contábil brasileiro forma algumas das principais questões abordadas na nova lei. As disposições da nova lei societária são bem vistas por especialistas e gerarão impactos positivos para a economia brasileira. Entretanto, sua aplicação exigirá profundas alterações nas práticas contábeis. Diversas nuance e interpretação ainda deverão ser discutidas para minimizar as divergências subjetivas a que a lei está sujeita. Neste sentido, é necessário fomentar outras discussões que possam auxiliar os órgãos independentes a identificar os aspectos que tornam necessário implementar norma complementar à lei. Paralelamente, é fato que alguns destes órgãos já estão analisando, cuidadosamente, a fim de elaborar diretrizes que deverão orientar o trabalho de profissionais daqui por diante. Neste cenário, cabe destacar o IPE (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), que deverá ser o principal órgão brasileiro de produção de normas contábeis. Certamente, a aprovação da lei é o primeiro grande passo contábil para elevar o Brasil ao junto ao mundo internacional.

A obrigatoriedade de balanços auditados proporcionará às companhias mais transparências, vantagens na hora de conseguir financiamentos, junto aos bancos; aumento da arrecadação tributária; e, até mesmo, a desoneração dos tributos de pessoa física. Entretanto, sua aplicação adequada aos objetivos que nortearam sua criação deve ser garantida por normas que possam orientar o trabalho dos profissionais da área, garantindo ética e transparência nos procedimentos.

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