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Lei Nº 16174 DE 22/04/2015 Publicado no DOM em 23 abr 2015 Estabelece regramento e medidas para fomento ao reúso de água para aplicações não potáveis, oriundas do polimento do efluente final do tratamento de esgoto, de recuperação de água de chuva, da drenagem de recintos subterrâneos e de rebaixamento de lençol freático e revoga a Lei Municipal nº 13.309/2002, no âmbito do Município de São Paulo e dá outras providências. (PROJETO DE LEI Nº 870/2013, TODOS OS SRS. VEREADORES) Fernando Haddad, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 18 de março de 2015, decretou e eu promulgo a seguinte lei: Art. 1º A Prefeitura do Município de São Paulo adotará preferencialmente a água de reúso, proveniente do polimento do efluente final das Estações de Tratamento de Esgoto ou da recuperação de água de chuva, para aplicações urbanas, que não requeiram água potável, em obras e serviços executados com mão de obra própria ou contratados, como: I lavagem de ruas, calçadas, praças públicas, monumentos, túneis, pátios e estacionamentos de próprios municipais e outros logradouros; II lavagem de lagos e fontes ornamentais; III desobstrução/limpeza de galerias de águas pluviais, bueiros, bocas de lobo e piscinões; IV lavagem de caminhões e carretas de lixo e pátios de transbordo de resíduos sólidos urbanos (RSU) e postos de entrega voluntária (PEVs); V umectação de ajuste para umidade ótima na terraplenagem; VI cura e água de mistura de concreto não estrutural;

Lei 16.174-2015 - (Reuso Não Potável)

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Lei 16.174-2015 - (Reuso Não Potável)

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  • 13/05/2015 LeiN16174DE22/04/2015MunicipalSoPauloLegisWeb

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    LeiN16174DE22/04/2015

    PublicadonoDOMem23abr2015

    Estabeleceregramentoemedidasparafomentoaoresodeguaparaaplicaesno

    potveis,oriundasdopolimentodoefluentefinaldotratamentodeesgoto,derecuperaode

    guadechuva,dadrenagemderecintossubterrneosederebaixamentodelenolfreticoe

    revogaaLeiMunicipaln13.309/2002,nombitodoMunicpiodeSoPauloedoutras

    providncias.

    (PROJETODELEIN870/2013,TODOSOSSRS.VEREADORES)

    FernandoHaddad,PrefeitodoMunicpiodeSoPaulo,nousodasatribuiesque lhesoconferidasporlei,

    Faz saber que a Cmara Municipal, em sesso de 18 de maro de 2015, decretou e eupromulgoaseguintelei:

    Art.1APrefeituradoMunicpiodeSoPauloadotarpreferencialmenteaguade reso,proveniente do polimento do efluente final das Estaes de Tratamento de Esgoto ou darecuperaodeguadechuva,paraaplicaesurbanas,quenorequeiramguapotvel,emobraseserviosexecutadoscommodeobraprpriaoucontratados,como:

    I lavagem de ruas, caladas, praas pblicas, monumentos, tneis, ptios eestacionamentosdeprpriosmunicipaiseoutroslogradouros

    IIlavagemdelagosefontesornamentais

    IIIdesobstruo/limpezadegaleriasdeguaspluviais,bueiros,bocasdeloboepiscines

    IV lavagem de caminhes e carretas de lixo e ptios de transbordo de resduos slidosurbanos(RSU)epostosdeentregavoluntria(PEVs)

    Vumectaodeajusteparaumidadetimanaterraplenagem

    VIcuraeguademisturadeconcretonoestrutural

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    VII lamas de lubrificao em mtodos de construo no destrutivos como perfuraesunidirecionais

    VIII emulso para lubrificao de rolos compressores em servios de pavimentaoasfltica

    IXumidificaodepavimentoparaaumentaraumidaderelativadoaremlogradourosemquesuareduonaestiagemsetornouproblemaparaasadepblica

    Xlavagemdefachadasejateamentoparasuarecuperaoeenvidraamento,emhavendocondies que evitem a disperso de nvoa ou isolamento adequado para o trfego detranseuntes

    XIoperaesderescaldoapsincndios,realizadasporbombeiros.

    Pargrafonico.AlavagemexternadetrensurbanosedemetreaviescomguaderesopoderserincentivadapeloExecutivo,noquecouber,decooperaocomaconcessionriaSabespeempresasdestessetores.

    Art. 2O fornecimentoeutilizaodeguade resooriundadopolimentodeestaesdetratamentodeesgotodeveroobservar:

    1 Conceituase como gua de reso a produzida por polimento do efluente final deestaes de tratamento de esgoto domstico ou oriunda da captao e tratamentosimplificado de guas de chuva, atendendo aos requisitos sanitrios especificados emlegislaoeregulamentaopertinentes,paraaplicaesnopotveis.

    2 A Prefeitura estabelecer em seus editais, clusulas relativas ao uso preferencial deguade resonasaplicaesnopotveisaquiprevistas,podendoconcedermecanismosdeincentivofinanceirooumaiorpontuaonaseleodepropostas.

    3 Os condicionantes para a adoo desta alternativa ambientalmente amigvel paraatividadesexecutadasporequipesprpriase terceirizadasdaPrefeituraeobraseservioscontratadosso:

    I preo da gua de reso igual ou inferior ao da gua potvel, para o volume e vazoprevistos,proporcionandoalgumareduodecustos,incluindoseasdespesasdefrete

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    II disponibilidadedaguade resonareada subprefeitura, com logstica adequadadefornecimentoporcaminhotanque,continerflexvelouadutora

    III qualidade fsicoqumica e microbiolgica compatvel com as aplicaes previstas enormasaplicveis

    IVatendimentodanormaNBR159001:2009"guaparaamassamentodeconcreto"paraousoemcuraepreparaodeconcretonoestrutural.

    4 Os reservatrios, tubulaes e pontos de conexo de mangueira por vlvulas outorneiras devero estar identificados na forma estabelecida na regulamentao enormatizao aplicvel, demodo a prevenir o consumo inadvertido para dessedentao ehigiene pessoal ou qualquer outro uso potvel. Tais requisitos so aplicveis na mesmaforma aos veculos de transporte, tancagem e dutos de gua de reso adquirida daconcessionriadesaneamento.

    5Autilizaodeguade reso requererequipamentosdeproteo individual (EPIs)ecoletiva (EPCs) conforme normatizado ou avaliado tecnicamente, que previnam eventualcontaminaodosprofissionaisenvolvidosnaaplicaoetranseuntes.

    6 A irrigao de jardins, mudas, canteiros, campos esportivos e outras reas verdespoderserfeitacomguadereso,desdeque:

    Iasseguradoporavaliaoagronmicaqueaqualidadenocausarprejuzosvegetao,nemdesagregaodesoloporacmulodesdio

    II haja intervalo de tempo psaplicao, exposio ao sol ou outras salvaguardas, quelimitemo risco de contaminao de pessoas e animais domsticos e silvestres em contatodiretocomavegetao.

    Art.3Osveculosdetransporte,contineresflexveis,tanquesmveiseestacionriosparaestocagemetransportedeguaderesodeveroserdeusoexclusivo.

    Pargrafo nico. Os equipamentos acima devero ter inscrio alusiva: "gua de reso,poupando mananciais", que tambm deve figurar nas placas de obras em que se fizerutilizaodeguadereso.

    Art. 4 Fica estabelecido o Programa de Reaproveitamento de guas de DrenagemSubterrnea (PROSUB) visando fomentaro resodeguasquese infiltramnosubsolode

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    edificaesemgaragenssubterrneas,tneisdeservioevirioseguasderebaixamentodo lenol fretico em obras de empreendimentos imobilirios para aplicaes urbanas nopotveiscompatveis.

    1Odescritivodosistemapropostoparacoleta,estocagemeusodaguacoletadaedeescoamento do excedente dever ser includo no memorial descritivo do processo delicenciamentodenovasconstrues.

    2APrefeituraestabelecermetasparaadotaroPROSUBnosprpriosmunicipaisemquehouverguasdolenolfreticominandoeseacumulando,exigindocoletaerecalque,assimcomoousolocalemobrascontratadas,queexijamrebaixamentodelenol.

    3Semprequevivel tcnicaeeconomicamenteos reservatriose redesdedistribuiointerna devero ser os mesmos dos previstos para atendimento da Lei Municipal n13.276/2002 ("lei das piscininhas" para coleta e liberao lenta de guas de chuva) e quetambmpoderoreceberaguaderesoadquiridadaSabesp.Assimpoderseconsorciarestastrsfontesalternativasdeguadereso,assegurandomaiorvolumeedisponibilidade,mesmoemperodosdeestiagem.

    4Entreosusoscompatveisa serprivilegiadosparaagua resultantedamisturaentreguasdedrenagem,dechuvaeresodeETEsestoairrigaodereasverdes,lavagemdeptioseequipamentosedescargadebaciassanitriasemictriosdebanheirosempartescomuns.

    5 Dever se recalcar apenas a gua livremente drenada, sem suco de material dosubsolo,oquepoderiaacarretararrastedefinosefuturainstabilidadedoterrenoerecalquedosolo.

    Art. 5 O excedente no consumido internamente com reso poder ser cedido a imveisvizinhos, que podero compartilhar reservatrios e ratear investimentos e custos demanuteno. O contrato firmado dever ser devidamente comunicado aos rgoslicenciadores e concessionria de saneamento Sabesp e constar no memorial delicenciamento, em caso de novos empreendimentos. As guas para as quais no houvepossibilidade de consumo por reso devero ser lanadas na galeria de guas pluviais,observandose normas vigentes para se prevenir dano e em vazo compatvel com seudimensionamento,devendoseevitarrealizarestaoperaoemcasodechuvasintensas.

    Pargrafo nico. A sada para consumo dever ser provida de hidrmetro atendendo aospadresnormativos,visandosequantificarovolumetotalaseradotadoparafinsdetarifade

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    esgotoeparalevantamentosestatsticos.

    Art. 6 A lavagem de veculos em postos de servio e lavarpidos dever utilizar gua dereso de captao de chuva pura ou misturada gua potvel, caso o volume sejainsuficiente. A gua de chuva dever ser tratada previamente para evitar risco decontaminaomicrobiolgicaoudanosnaformadecorrosooudepsitospintura,vidrosecomponentes. Ficaro isentos da obrigatoriedade de captao de gua de chuva osestabelecimentosquepossurempooprofundoprpriocomoutorgaouofereceremlimpezaa seco. Isso desde que com produtos qumicos biodegradveis, de baixa toxicidade,aprovadoseeficientesparaalimpezacompletaoufinal,apsremoocomguadeterraesujidadegrosseira.

    Pargrafo nico.Os estabelecimentos que oferecerem servio de lavarpido ou ducha deveculos contaro comumprazode trs anos, a contar da regulamentaodesta lei, paraadaptaremsuasinstalaespararecolhereestocaraguadechuva.

    Art.7Asinstituiesdeensinodasredespblicaeprivadadeveropossuirinstalaesparacaptao e estocagem de gua de chuva para reso sempre que for vivel tecnicamente,devendoapresentarmemorialdescritivonasubprefeituraoujustificativadaimpossibilidadedeexecuo.

    1 As instalaes que j atendem Lei Municipal n 13.276/2002 ("lei das piscininhas")deveroapenasconstruir instalaesquepermitam trataredisponibilizarestasguasparausosnopotveiscompatveiseobedecendoaofixadonosarts.8e9.

    Art. 8 A rede hidrulica interna para distribuio das guas de reso de qualquer fontedeversertotalmenteindependentedarededeguapotvel,nosendopossvelmisturaviaconexopormanobradevlvulas.

    Art.9As tubulaese tanquesdeestocagemdeveroser identificadosepintadosemcorpadronizada (prpura) paraprevenir o consumo indevidoparadessedentaoou consumopotvel.

    Art.10.FicarevogadaaLeiMunicipaln13.309/2002.

    Art. 11. As despesas decorrentes da execuo desta lei correro por conta das dotaesoramentriasprprias,suplementadas,senecessrio.

    Art.12.OPoderExecutivoregulamentarapresentelei,noquecouber,noprazomximode

  • 13/05/2015 LeiN16174DE22/04/2015MunicipalSoPauloLegisWeb

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    90(noventa)dias,contadosdadatadesuapublicao.

    Art.13.Estaleientraemvigornadatadasuapublicao.

    PREFEITURADOMUNICPIODESOPAULO,aos22deabrilde2015,462dafundaodeSoPaulo.

    FERNANDOHADDAD,PREFEITO

    FRANCISCOMACENADASILVA,SecretriodoGovernoMunicipal

    PublicadanaSecretariadoGovernoMunicipal,em22deabrilde2015