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1 Disciplina: Direito Administrativo Prof. Luís Gustavo MATERIAL DE APOIO NOTAS DE AULA LEI 8.112/90 (ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL) 6ª. edição (Atualizada até a Lei 12.269/10) Essa apostila consiste em comentários à Lei 8.112/90 e contém questões de provas anteriores. Alertamos que esse material não exclui a leitura minuciosa da lei. O aluno deve acompanhar, através do site do planalto, as atualizações do referido diploma legal. NOTAS DO AUTOR Luís Gustavo Bezerra de Menezes é Técnico de Controle Externo (cargo de nível superior) do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro e, atualmente, ocupa o cargo de Presidente da ANPAC. Aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais destacam-se técnico judiciário da Justiça Federal do Rio de Janeiro e fiscal de tributos do Espírito Santo, atualmente ministra aulas em vários cursos preparatórios do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Recife. Livros publicados: Direito Administrativo - Coleção Provas Comentadas FCC, FUNRIO, CESGRANRIO, Manual do ICMS de Minas Gerais e Comentarios a Lei 8.112 (todos pela Editora Ferreira – www.editoraferreira.com.br) HISTÓRICO LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 “Art. 1º - Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.”

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Disciplina: Direito Administrativo Prof. Luís Gustavo

MATERIAL DE APOIO

NOTAS DE AULALEI 8.112/90

(ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL)

6ª. edição 

(Atualizada até a Lei 12.269/10) Essa apostila consiste em comentários à Lei 8.112/90 e contém questões de provas anteriores. Alertamosque esse material não exclui a leitura minuciosa da lei.

O aluno deve acompanhar, através do site do planalto, as atualizações do referido diploma legal.

NOTAS DO AUTOR

Luís Gustavo Bezerra de Menezes é Técnico de Controle Externo (cargo de nível superior) do Tribunal deContas do Município do Rio de Janeiro e, atualmente, ocupa o cargo de Presidente da ANPAC. Aprovado

em diversos concursos públicos, dentre os quais destacam-se técnico judiciário da Justiça Federal do Riode Janeiro e fiscal de tributos do Espírito Santo, atualmente ministra aulas em vários cursos preparatórios doRio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Recife.

Livros publicados: Direito Administrativo - Coleção Provas Comentadas FCC, FUNRIO, CESGRANRIO,Manual do ICMS de Minas Gerais e Comentarios a Lei 8.112 (todos pela Editora Ferreira –www.editoraferreira.com.br)

HISTÓRICOLEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

“Art. 1º - Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive

as em regime especial, e das fundações públicas federais.”

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CF, art. 39, “caput” – REDAÇÃO ANTIGA – ANTES DA EC 19/98

“Art. 39 – A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência,regime jurídico único e panos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias efundações públicas.”

Assim, antes da EC 19/98, os entes da nossa Federação deveriam estabelecer um regime jurídicounificado para seus servidores (Administração Pública Direta, autárquica ou fundacional). O nosso TextoConstitucional preocupou-se, apenas, em unificar o tratamento dado aos seus funcionários, evitando-se umconflito resultante de tratamentos diferenciados para os servidores de uma mesma Administração. 

Assim, para se adequar aos mandamentos da Constituição Federal, respeitando a redação antiga doart. 39, a União estabeleceu, através da Lei 8.112/90, o regime jurídico estatutário, para o servidor públicofederal, da Administração Direta, autárquica e fundacional.

Hoje, após a EC 19/98, passou-se a possibilitar que as Administrações Direta, autárquica efundacional da União prevejam a contratação e o vínculo com os seus servidores por regimes diferentes.Acabou a obrigatoriedade do regime jurídico único.

Por fim, é importante ressaltar que os empregados públicos das sociedades de economia mista e dasempresas públicas serão sempre regidos pelo regime celetista.

 

CUIDADO: DECISÃO LIMINAR DO STF!  

Recentemente, em 2007, o Supremo Tribunal Federal, LIMINARMENTE, determinou a suspensão davigência do caput do art. 39, da Constituição Federal, dada pela Emenda Constitucional 19/98,restabelecendo-se a sua redação original.

Com isso, até que o Supremo Tribunal Federal decida de forma definitiva a matéria, a Lei 8.112/90 podeser tida como o regime jurídico único estatutário, aplicável aos servidores públicos federais da AdministraçãoDireta, autárquica e fundacional.

De tal decisão liminar até o julgamento definitivo, pelo menos, não pode mais haver contratação de pessoalatravés do regime celetista, com base na lei 9.962/00, no âmbito da Administração Pública Federal Direta,autárquica e fundacional.

CARGO PÚBLICO

É o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional da Administraçãoque devem ser cometidas a um servidor.

Segundo a Lei 8.112/90, os cargos públicos são:

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a) acessíveis a todos os brasileiros“I  - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;” (EC – 19/98)

“ CF - Art. 207,§1º  - É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma lei 

§2º - O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica” 

“ Lei 8.112/90 – art. 5º  § 3º  As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.” 

b) denominação própriac) criados por leid) vencimento pago pelos cofres públicose) para provimento efetivo ou em comissão

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provasou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma previstaem lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação eexoneração;

• A nomeação para cargo efetivo depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou deprovas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo.

• A nomeação para cargo em comissão independe de aprovação prévia em concurso público, visto ser umcargo de livre nomeação e exoneração.

• É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público: 

I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V - a idade mínima de dezoito anos; 

VI - aptidão física e mental. “  

• As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

• Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público paraprovimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; paratais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

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CONCURSO PÚBLICO

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. (A PRORROGAÇÃO É UMA FACULDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA!!)  

§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.

§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. “ (vide CF, ART. 37, IV)  

STF – SÚMULA 15  – “Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.” 

Segundo o STF – “a aprovação em concurso público gera mera expectativa de direito à investidura no cargo pleiteado.” 

FORMAS DE PROVIMENTO

1) CONCEITO

É ato administrativo por meio do qual é preenchido cargo público, com a designação de seu titular. De acordocom o Texto Constitucional, os cargos públicos podem ser de provimento em comissão ou efetivo. Oprovimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

2) TIPOS

Segundo o STF, as formas de provimento são classificadas como: Originária e Derivada.

a) Provimento Originário – ocorre quando não há vínculo anterior com a Administração.b) Provimento Derivado – ocorre quando já havia um vínculo anterior com a Administração.

• O STF já afirmou que a única forma de provimento originário compatível com a Constituição Federal é aNOMEAÇÃO.

• O STF considerou inconstitucionais as seguintes formas de provimento: transferência e ascensão (ouacesso). 

3) FORMAS

a) Nomeaçãob) Promoçãoc) Readaptaçãod) Reversãoe) Aproveitamentof) Reintegraçãog) Recondução

a) NOMEAÇÃO

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• Única forma de provimento originário, segundo o STF.

• Pode ocorrer em caráter efetivo ou em comissão.

• Segundo a CF, art. 37, II, a nomeação para cargo efetivo depende de aprovação prévia em concursopúblico de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo.

• Segundo a CF, art. 37, II, a nomeação para cargo em comissão independe de aprovação prévia emconcurso público, visto ser um cargo de livre nomeação e exoneração.

• O nomeado tem o prazo de 30 dias, improrrogáveis, para tomar posse.

• Se não tomar posse, o ato de provimento será tornado sem efeito.

• STF – “o provimento de cargo público, é um procedimento que só com o ato final de nomeação ouequivalente gera direito à posse; antes – ainda que findo o processo seletivo – o provimento e a investidurasão objeto de mera expectativa de direito.”

b) PROMOÇÃO

• Só ocorre nos cargos escalonados em níveis, ou seja, nos cargos de carreira. Não ocorrem em cargosisolados.

• É a passagem de nível do servidor, dentro da mesma carreira. A EC 19/98 trouxe como requisito prévio àpromoção, a participação em cursos de formação e aperfeiçoamento em escolas de governo (art. 39, § 2º).

• A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a

partir da data de publicação do ato que promover o servidor.

c) READAPTAÇÃO

• É forma de provimento derivado que visa adaptar a uma nova função o servidor, estável ou não, quesofreu uma limitação, física ou mental, na sua capacidade laborativa, mas que não ficou inválidopermanentemente.

• Deverá ocorrer em cargo equivalente ao anterior, tanto em atribuições, quanto em vencimentos. Nahipótese de não haver vaga, o servidor ficará como excedente,até a existência de vaga.

d) REVERSÃO

• Segundo o texto original da Lei 8.112/90, era o retorno ao serviço do servidor aposentado por invalidezpermanente.

• A MP 1971-11, de 05 de maio de 2000,alterou tal instituto. Atualmente, a redação do art. 25 é a seguinte:

“Art. 25 – Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 

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I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; (reversãode ofício) 

II – no interesse da administração, desde que: 

a) tenha solicitado a reversão (reversão a pedido)  b) a aposentadoria tenha sido voluntária c) estável quando na atividade d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação e) haja cargo vago 

§1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

§2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para a concessão de aposentadoria.

§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

§4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.

§5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo.

§6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.” 

• Sendo assim, agora é possível ao servidor que se aposentou voluntariamente retornar, a pedido, aoserviço ativo, desde que haja interesse da administração (discricionário) e sejam atendidos osrequisitos estipulados pela MP.

• Já no caso do servidor que tenha sido aposentado por invalidez permanente, ocorrerá a reversão deofício, ou seja, diretamente, independentemente de interesse da Administração (vinculado).

e) APROVEITAMENTO

• Previsto na CF, art. 41, §3º. 

• É o retorno, ao serviço ativo, do servidor estável posto em disponibilidade.

• Ocorre em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anterior.

• Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar emexercício no prazo legal.

Obs1:  Disponibilidade  – ocorre quando é extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade pela Administração. O servidor posto em disponibilidade receberá proventos proporcionais ao tempo de serviço. 

DISPONIBILIDADE – TEMPO DE SERVIÇO 

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REGRAS DE APOSENTADORIA – TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO  

Obs2:Outra observação importante é que a disponibilidade não é forma de punição do servidor. A punição do

servidor posto em disponibilidade é a sua cassação.

f) REINTEGRAÇÃO

• Prevista na CF, art. 41, §2º.

• É o retorno ao serviço público do servidor estável, que havia sido injustamente demitido e que conseguiu,por via judicial ou administrativa, invalidar sua demissão.

• Apesar da CF só falar em via judicial, é certo que também é válida a invalidação de tal ato por viaadministrativa, dado o poder de autotutela da Administração.

• Retornará ao cargo de origem com o ressarcimento de todos os direitos e vantagens inerentes ao cargo.

• Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, até seu adequadoaproveitamento.

• Segundo o Texto Constitucional, caso seja reintegrado o servidor, e o eventual ocupante da vaga, forestável, será ele: RECONDUZIDO ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargoou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

• Caso o eventual ocupante não seja estável, será ele exonerado.

g) RECONDUÇÃO

• Segundo o art. 29, da Lei 8.112/90, é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado,podendo decorrer de: 

a) inabilitação em estágio probatório, relativo a outro cargob) reintegração do anterior ocupante

Obs1: Cada vez que um servidor for nomeado para outro cargo, em virtude de concurso público, será ele obrigado a fazer um novo estágio probatório, visto que tal estágio serve para avaliar a capacidade do servidor para o exercício das funções do novo cargo.

Obs2: Nos termos de jurisprudência do STF, é possível ao servidor estável aprovado para outro cargo, dentro do período de estágio probatório, optar pelo retorno ao cargo antigo, caso deseje. 

4) POSSE

A investidura em cargo público ocorre com a posse (art. 7º). Só há posse nos casos de provimento pornomeação (originário). Com a posse, o nomeado passa a ser servidor.

O prazo para o nomeado tomar posse é de 30 dias, improrrogáveis, da data da nomeação. Caso onomeado não tome posse, o ato de nomeação será tornado sem efeito. Como ainda não há vínculo entre onomeado e a Administração Pública, não há que se falar em exoneração e, muito menos, em demissão.

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“§ 2 o  Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.” 

Art. 81: I – licença por motivo de doença em pessoa da família III – licença para o serviço militar 

V – para capacitação Art. 102: I - férias;IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento;VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; VIII - licença:a) à gestante, à adotante e à paternidade;b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo deserviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; f) por convocação para o serviço militar;IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportivanacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;

5) EXERCÍCIO

Segundo o art. 15, da Lei 8.112/90, exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou dafunção de confiança. O prazo para o servidor entrar em exercício é de 15 dias, improrrogáveis.

Caso o servidor empossado não entre em exercício, será ele exonerado ou será tornado sem efeito o ato desua designação para função de confiança.

O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvoquando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá noprimeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.(Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Para dar exercício ao servidor, é competente a autoridade do órgão ou entidade para onde for nomeado oudesignado.

6) ESTÁGIO PROBATÓRIO“Art 20 – Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágioprobatório por período de vinte e quatro meses durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto deavaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

1) assiduidade 2) disciplina 3) capacidade de iniciativa 4) produtividade 5) responsabilidade” 

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CUIDADO!

Há uma grande polêmica quanto ao prazo do estágio probatório. Tudo começou com a ampliação do prazopara aquisição de estabilidade que passou de 2 anos para 3 anos de efetivo exercício, em decorrência daalteração trazida pela Emenda Constitucional 19/98.

Desde então, o tema é objeto de conflito entre posicionamentos doutrinários e até entre os Tribunais, tantoadministrativamente, quanto judicialmente. Alguns defendem que o prazo do estágio probatório é de 24meses (como estabelecido pelo texto original da Lei 8.112/90) e outros que o prazo passou a ser de 36meses.

Em 2008, através da Medida Provisória 431, a polêmica parecia ter chegado ao fim, pois ela havia fixado onovo prazo do estágio probatório em 36 meses, dando fim ao tormento que pairava sobre aqueles queestudam para concursos públicos.

Infelizmente, o referido artigo da Medida Provisória que trazia tal alteração não foi convertido em lei, ou seja,continuaremos enfrentando a incerteza em relação a tal prazo.

Para amenizar o problema, através do levantamento de questões de diversas bancas, em provas variadas,afirmamos que a grande maioria das bancas examinadoras afirma ser o prazo do estágio probatório de 36meses.

Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridadecompetente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade,de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo dacontinuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.

• Servidor não aprovado em estágio probatório:

a) ESTÁVEL ⇒ ⇒⇒ ⇒ RECONDUÇÃO b) NÃO ESTÁVEL ⇒ ⇒⇒ ⇒ EXONERADO (não há que se falar em demissão) 

VACÂNCIA

1) CONCEITO

É a forma através da qual o cargo público fica vago, ou seja, é a maneira pela qual o servidor desocupa ocargo público. É o contrário de provimento.

2) FORMASa) Exoneração (≠ demissão)b) demissãoc) promoçãod) readaptaçãoe) aposentadoriaf) posse em outro cargo inacumulávelg) falecimento

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Obs: É importante ressaltarmos que são hipóteses simultâneas de vacância e provimento, explícitas, de acordo com o texto da Lei 8.112/90: promoção e readaptação 

Quanto à exoneração do servidor, podemos afirmar que:

1) para o servidor ocupante de cargo efetivo poderá ser:

a) a pedidob) de ofício, em decorrência de:

• inabilitação em estágio probatório• o servidor não entrar em exercício no prazo legal após a posse

2) para o servidor em cargo comissionado poderá ser:a) a pedidob) de ofício, a juízo da autoridade competente (“livre nomeação e exoneração”)

São também hipóteses de exoneração:a) quando extinto o cargo do servidor não estável

b) na hipótese de reintegração, quando o cargo em que deva ser reintegrado o servidor encontrar-seocupado por servidor não estávelc) por insuficiência de desempenho (CF, art. 41, § 4º)d) por excesso de despesa com pessoal (CF, art. 169, §4º)

REMOÇÃODesde já, é importante ressaltarmos que não é hipótese de provimento ou de vacância de cargo público.Além disso, remoção não é sinônimo de transferência. Essa foi julgada inconstitucional pelo STF e eraforma de provimento de cargo público, revogada pela Lei 9527/97.

Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou semmudança de sede, ou seja, o servidor permanecerá no mesmo cargo, podendo implicar ou não mudança nalocalidade de exercício do servidor.A remoção de ofício independe da vontade do servidor e será sempre determinada no interesse daAdministração. Já a remoção a pedido pode ocorrer a critério da Administração ou pode, em certos casos, aAdministração ser obrigada a concedê-la.

Sendo assim, a Lei 8.112/90 entende como modalidades de remoção:

I - de ofício, no interesse da Administração; 

II - a pedido, a critério da Administração; 

III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração : 

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração ; b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. 

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REDISTRIBUIÇÃO 

Também não é forma de provimento, nem de vacância . Ocorre deslocamento do cargo para outro órgãoou entidade, e não o preenchimento de um cargo preexistente nesse órgão ou entidade. Redistribuição é odeslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, paraoutro órgão ou entidade do mesmo Poder.

A redistribuição deve ser previamente apreciada pelo órgão central do Sistema de Pessoal Civil e possui osseguintes pressupostos:

I - interesse da administração;

II - equivalência de vencimentos;

III - manutenção da essência das atribuições do cargo;

IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;

V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;

VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.

É importante ressaltarmos que ela só existe ex-officio. É uma técnica que permite à Administração adequarseus quadros às reais necessidades de serviço de seus órgãos ou entidades.

Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, o servidor estável que tenha seu cargo extintoou declarado desnecessário, não sendo redistribuído, será colocado em disponibilidade, com proventosproporcionais, até seu adequado aproveitamento. Alternativamente, o servidor que não for distribuído oucolocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do SIPEC e ter exercício provisório,em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento.

SUBSTITUIÇÃO

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de

Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente

designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.

§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos , paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria. 

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QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES – PARTE 1

1(ESAF/CGU/2004) O nome que a Lei nº 8.112/90 dá ao instituto jurídico, pelo qual o servidor público,estável, retorna ao seu cargo anteriormente ocupado, por ter sido inabilitado no estágio probatório, relativo aoutro efetivo exercido, também, na área federal, é:

a) aproveitamento

b) readaptaçãoc) readmissãod) reversãoe) recondução

2(ESAF/Fiscal Trabalho/2003) O retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, decorrente deinabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo, denomina-se:a) reversãob) reconduçãoc) reintegraçãod) readaptaçãoe) aproveitamento

3(ESAF/AFRF/2002-2º) A imposição constitucional de prévia aprovação em concurso público para investiduraem cargo ou emprego público veda a adoção do seguinte instrumento de movimentação de pessoal:a) acessob) permutac) promoçãod) reintegraçãoe) progressão horizontal

4(FCC/TRF-5a./Técnico Judiciário/2008) É correto afirmar que o servidor público federal substituto assumiráautomática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício, entre outros, da função dedireção, nos impedimentos legais ou regulamentares do titular, hipótese em que:

(A) deverá continuar recebendo a remuneração do cargo de provimento efetivo.(B) receberá os vencimentos da função em substituição durante um período de 30 (trinta) dias.(C) deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.(D) deverá optar pelo vencimento de um deles a ser recebido pelo período de 60 (sessenta) dias.(E) receberá o vencimento da função em substituição durante o respectivo período.

5(FCC/TRF-4a. Oficial de Justiça/2007) No que diz respeito à posse e ao exercício do servidor públicofederal, é correto afirmar:(A) O exercício e a posse ocorrerão no prazo máximo de vinte dias da nomeação.(B) A promoção interrompe o tempo de exercício do cargo.(C) Não haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.(D) A posse poderá dar-se mediante procuração específica.

(E) A posse em cargo público, em certos casos, exige inspeção médica.

6(FCC/ANS-Técnico em Regulação/2007) Considerando os servidores públicos federais, analise:I. Reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de suatransformação, quando invalidada a sua decisão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento detodas as vantagens.II. Deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança desede.III. Retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, podendo recorrer da reintegração do anteriorocupante.

Nos termos da Lei no 8.112/90, tais assertivas correspondem, respectivamente, à:

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(A) recondução, à disponibilidade e à remoção.(B) substituição, à recondução e ao reaproveitamento.(C) redistribuição, à vacância e à reintegração.(D) remoção, à substituição e ao aproveitamento.(E) reintegração, à remoção e à recondução.

7(FCC/TRF-1a./Técnico Judiciário/2007) Márcia Regina, na qualidade de técnico judiciário, servidoraestável, retornou ao cargo anteriormente ocupado, devido à reintegração de Silvana, sua anterior ocupante.Esse fato caracteriza a:(A) reversão.(B) recondução.(C) remoção.(D) transferência.(E) reintegração. 

8(NCE/POLÍCIA CIVIL DO DF/2004) Servidor Público, na fase de conclusão do período de estágioprobatório, foi avaliado de forma negativa, mostrando que não está apto ao exercício do cargo. Nessa

hipótese, a vacância do cargo ocupado pelo servidor que não foi aprovado no estágio probatório decorre doato de:a) demissão;b) exoneração;c) inabilitação;d) desligamento;e) afastamento compulsório.

9(UFPA/Técnico Judiciário/PA/2001) Das assertivas abaixo, apenas uma não é requisito básico àinvestidura em cargo público. Assinale-a:a) o gozo dos direitos políticosb) a quitação com as obrigações eleitorais

c) a idade mínima de 18 anosd) aptidão física e mentale) a condição de brasileiro nato

10(FCC/TRT-SP/Analista Administrativo/2008) Determinado funcionário público é deslocado, de ofício, paraoutro local de trabalho, sem mudança de cargo, porém, no âmbito do mesmo quadro. Esse deslocamento, deacordo com a Lei que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, configura oinstituto da:(A) deslocação.(B) redistribuição.(C) transferência.(D) substituição.

(E) remoção.

11(FCC/TRT-AL/Analista Administrativo/2008) Tendo em vista, especificamente, a hipótese de ajustamentode lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de extinção de órgão ouentidade, Édipo, na qualidade de autoridade administrativa, deverá ter em conta o cabimento da:(A) substituição que será aplicável em quaisquer situações.(B) remoção que será feita no interesse da Administração.(C) redistribuição que ocorrerá ex officio .(D) remoção que será feita a pedido desde que haja cargo vago.(E) redistribuição ou remoção a critério da Administração.

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12(FCC/TRT-GO/Oficial de Justiça/2008) De acordo com a Lei Federal no 8.112/1990, NÃO são formas deprovimento de cargo público:(A) a readaptação e a reversão.(B) a promoção e a readaptação.(C) a ascensão e a transferência.(D) o aproveitamento e a reintegração.(E) a nomeação e a recondução.

13(FCC/TRF-5a./Analista Judiciário/2008) Para os fins da Lei no 8.112 de 11.12.1990, que dispõe sobre oregime jurídico dos servidores públicos civis da União, analise:

I. Interesse da Administração; equivalência de vencimentos; vinculação entre os graus de responsabilidade ecomplexidade das atividades; mesmo nível de escolaridade; e especialidade ou habilitação profissional.

II. Assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e responsabilidade.

III. Retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, decorrente de inabilitação em estágioprobatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

IV. Modalidade consistente em pedido de deslocamento do servidor, para outra localidade,independentemente do interesse da Administração, em virtude de processo seletivo promovido, na hipóteseem que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidaspelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

Tais situações dizem respeito, respectivamente, aos institutos seguintes:(A) investidura; substituição; reversão; e remoção.(B) nomeação; promoção; estabilidade; redistribuição.(C) substituição; estabilidade; estágio probatório; transferência.(D) redistribuição; estágio probatório; recondução; e remoção.(E) provimento; estágio probatório; reintegração; e aproveitamento.

14(FCC/TCE-AM/Assistente de Controle Externo/2008) De acordo com as normas constitucionais queregem a matéria:(A) apenas são permitidos concursos públicos por provas, e não por provas e títulos.(B) todos os cargos públicos somente podem ser preenchidos por candidatos aprovados em concursopúblico.(C) todos os candidatos aprovados em concursos públicos têm direito à nomeação dentro do prazo previstono edital.(D) a investidura em cargos em comissão não depende de prévia aprovação em concurso público.(E) as pessoas portadoras de deficiência não podem ser submetidas a concurso público para provimento decargos públicos.

15(ESAF/ Analista de Finanças e Controle - AFC/CGU/2008) São formas de provimento de cargo público,

exceto:a) aproveitamento.b) transferência.c) recondução.d) promoção.e) reversão

16(FCC/TCE-AM/Assistente de Controle Externo/2008)

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I. Reintegração é o ato pelo qual o admitido reingressa no serviço público, em decorrência de decisãotransitada em julgado.(A) (B) (C) (D) (E)II. Transferência é a progressão do servidor na série de classes, consistente na passagem da referência quese encontra para a imediatamente superior.

III. Reversão é o ato pelo qual o aposentado é reintegrado ao serviço público.

(A) se apenas a afirmativa I estiver correta.(B) se apenas a afirmativa II estiver correta.(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.(D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

17(FCC/TRT-GO/Técnico Judiciário/2008) De acordo com a Lei que dispõe sobre o Regime Jurídicodos Servidores Públicos Civis da União, os prazos para o funcionário público nomeado para cargo efetivotomar posse e entrar em exercício são, respectivamente, de:(A) 10 e 15 dias.

(B) 30 e 15 dias.(C) 15 e 60 dias.(D) 30 e 30 dias.(E) 30 e 60 dias.

18(CESPE/INPI/2006) Considere que Pedro seja aprovado em concurso público para o cargo efetivo demédico em uma autarquia federal, cujo regime jurídico dos seus servidores é o estabelecido pela Lei n.º8.112/1990, e que sua nomeação ocorra no dia 24/4/2006. Em face dessa situação hipotética, assinale aopção correta.a) Pedro terá 15 dias, contados da data da sua nomeação, para tomar posse no cargo.b) Após ser empossado no cargo, Pedro terá 15 dias, contados da data da posse, para entrar em exercício.c) A posse de Pedro no referido cargo público não poderá se dar por procuração.

d) Pedro adquirirá estabilidade no serviço público em 24/4/2011, após cumprir o prazo de 5 anos de efetivoexercício.e) O estágio probatório a que Pedro será submetido terá a duração de 5 anos.

19(ESAF/Analista-MPOG/2003) Nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, o estágioprobatório será avaliado com base em alguns fatores. Assinale, no rol abaixo, o fator que não está previsto nanorma positiva:a) disciplinab) capacidade de iniciativac) pontualidaded) assiduidadee) responsabilidade

20(ESAF/CGU/2006) Não integra o rol de requisitos básicos para investidura em cargo público:a) gozo dos direitos políticos.b) nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo.c) aptidão física e mental.d) comprovação de ausência de condenação penal.e) idade mínima de dezoito anos.

21(FCC/TRE-CE-Analista Judiciário/2003) Nos termos da Lei no 8.112/90, a posse de um servidor públicofederal ocorrerá no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento. Caso a posse não ocorranesse prazo, a conseqüência prevista é:

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(A) anular-se a classificação do servidor no respectivo concurso.(B) a demissão do servidor.(C) a exoneração do servidor.(D) a disponibilidade do servidor.(E)) tornar-se sem efeito o ato de provimento.

22(FCC/TRE-CE-Analista Judiciário/2003) No regime da Lei no 8.112/90, a reinvestidura do servidor estável

no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa,(A)) é possível e se chama reintegração.(B) não é possível, pois tal invalidação depende de decisão judicial.(C) não é possível, pois tal reinvestidura depende de novo concurso público.(D) não é possível, devendo a reinvestidura se dar em outro cargo que estiver vago.(E) é possível e se chama reversão.

23(FCC/TRT-SE - Analista Judiciário/2002) É elemento compatível com o regime jurídico dos servidorespúblicos civis da União, traçado pela Lei no 8.112/90:(A) a criação de cargos públicos sem denominação própria.(B) a impossibilidade de provimento em comissão em se tratando de cargos públicos.(C)) a prestação de serviços gratuitos, desde que prevista em lei.

(D) a criação de cargos públicos por ato administrativo.(E) o pagamento dos vencimentos decorrentes de cargo público com verbas da iniciativa privada.

24(FCC/TRF-4ª - Técnico Judiciário/2001) Preenchidos outros requisitos, os cargos, empregos e funçõespúblicas são acessíveis aos brasileiros natos:(A) enquanto que os naturalizados e os estrangeiros estão impedidos de ocupá-los.(B) ou naturalizados, estando os estrangeiros impedidos de ocupá-los.(C) mas, em certas circunstâncias e em igualdade, tanto os naturalizados como os estrangeiros podemocupá-los.(D) ou naturalizados e aos estrangeiros, visto que não se pode fazer nenhuma restrição quanto ànacionalidade.(E) ou naturalizados e aos estrangeiros, na forma da lei.

25(FCC/TRF-1ª- Analista Judiciário/2001) Em relação à vacância do cargo público, é INCORRETO afirmarque:(A) a exoneração do cargo em comissão poderá dar-se também a pedido do próprio servidor.(B)) a demissão do servidor também ocorrerá quando não satisfeitas as condições do estágio probatório.(C) esta poderá decorrer também dos institutos da promoção ou readaptação.(D) a exoneração do cargo efetivo pode decorrer de pedido do servidor ou de ofício.(E) esta poderá decorrer também da posse em outro cargo inacumulável.

DIREITOS E VANTAGENS

1) Vencimento

Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

Os servidores que exercem as mesmas ou semelhantes atribuições, desde que com previsão legal,receberão, a título de vencimento, o mesmo valor. As demais parcelas que compõem a remuneração(indenizações, gratificações e adicionais), além de variarem mês a mês, aumentando ou reduzindo aremuneração, poderão ter valores diferentes entre os diversos Poderes da União.

2) Remuneração

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É o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes, estabelecidas emlei. O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo.

3) Subsídio

Foi introduzido no nosso Texto Constitucional pela Emenda Constitucional 19/98. Sua característica é ser emparcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba derepresentação ou outra espécie remuneratória (art. 39, §4º).

O importante é sabermos quais são os agentes públicos que obrigatoriamente receberão através dessaespécie remuneratória. São eles: o membro do Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estadoe os Secretários Estaduais e Municipais (art. 39, §4º).

Já os servidores organizados em carreira poderão (facultativamente) receber através dessa espécieremuneratória (art. 39, §8º).

4) Teto Remuneratório

Constituição Federal, art. 37:

“ XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da  administração direta, autárquica e fundacional , dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não , incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza , não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal , aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 9º  O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

§ 11 Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

§ 12 Para os fins do disposto no inciso XI do  caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único , o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores ." 

5) Perda do Vencimento

“Art. 44 – O servidor perderá:” 

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1) a remuneração dos dias em que faltar ao serviço, sem justo motivo2) a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas asconcessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário,até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata (com a nova redaçãodada pela Lei 9527/97, qualquer atraso ou saída antecipada, independentemente do tempo, deverá ser

compensada) 3) quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa,na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidorobrigado a permanecer em serviço.

Obs: As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício (art. 44, parágrafo único)

6) Reposições e Indenizações

Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.(art. 45)

Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros,a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida no regulamento. (art. 45,parágrafo único) 

As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais. O valor de cada parcelanão poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou

disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito. A não quitação do débito noprazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa.

O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto noscasos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.

7) Vantagens

São vantagens quaisquer valores percebidos pelo servidor que não sejam vencimento. Possuem caráter

permanente ou temporário, sendo certo, que apenas as vantagens de caráter permanente integram aremuneração.

“Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizações; II - gratificações; III - adicionais.

§ 1°As indenizações  não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.§ 2°As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei .”  

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Pelas definições acima, percebemos que as indenizações jamais farão parte da remuneração, porém, as

gratificações e os adicionais poderão ou não fazer parte, dependendo do caráter permanente ou não, nos

casos e condições indicados em lei.

a) Indenizações

• Como visto anteriormente, não se incorporam à remuneração do servidor, visto o seu caráter temporário(indenizatório).

• Segundo o art. 51, da Lei 8.112/90, são elas:

I) Ajuda de CustoII) Diárias

III) Indenizações de Transporte 

IV) Auxílio Moradia (Lei 11.355/06)

Obs: Os valores das indenizações estabelecidas nos itens I a III, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento. 

I) Ajuda de Custo

• Destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar ater exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente.

• Correm, também, por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família,compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

• O valor pago a título de ajuda de custo é calculado sobre a remuneração do servidor, não podendoexceder a importância correspondente a 3 meses de remuneração.

• Garante-se, ainda, à família do servidor que falecer na nova sede, ajuda de custo e transporte paralocalidade de origem, dentro do prazo de 1 ano, contado do óbito. 

• O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar nanova sede no prazo de 30 dias.

II) Diárias

• O servidor que, a serviço, se afastar da sede em caráter eventual ou transitório, para outro ponto doterritório nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação elocomoção urbana.

• A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento nãoexigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordináriascobertas por diárias.

• Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará  jus a diárias.

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• Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana,aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou emáreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos,entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipótesesem que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional.

• O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las

integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. No caso de o afastamento do servidor durar menos que o previsto,ele deverá restituir as diárias percebidas em excesso, no prazo, também, de 5 dias.

III) Indenização de Transporte

• Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meiopróprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo,conforme se dispuser em regulamento.

IV) Auxílio Moradia (Lei 11.355/06)

Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de 1 (um) mês após a comprovação da despesa pelo servidor.

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: 

I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; 

II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; 

III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador,cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos 12 (doze) meses que antecederem a sua nomeação; 

IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; 

VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses previstas no § 3º do art. 58 desta Lei, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; 

VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos 12 (doze) meses,aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a 60 (sessenta) dias dentro desse período; e 

VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo.IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006.

Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso VII do caput deste artigo, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V do caput deste artigo.

Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos.

Parágrafo único. Transcorrido o prazo de 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos, o pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput deste artigo, os requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B.

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Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado.

§ 1o  O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado.

§ 2 o  Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os 

que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês.

b) Gratificações e Adicionais

• Como visto anteriormente, podem incorporar-se ou não à remuneração, dependendo do seu caráterpermanente ou não.

• Segundo o art. 51, da Lei 8.112/90, são elas:

  gratificação pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento   gratificação natalina   adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas   adicional pela prestação de serviço extraordinário   adicional noturno   adicional de férias   gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)   outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho  

Obs1: A lista não é taxativa, visto que a lei pode estabelecer outros adicionais relativos ao local ou à natureza do trabalho.

Obs2 : O Adicional por tempo de serviço foi revogado. Os adicionais já concedidos aos servidores abrangidos pelo Estatuto, ficaram transformados em anuênios (art. 244)

I) Gratificação pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento

• Ao servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento é devida uma gratificação pelo seuexercício. A remuneração dos cargos em comissão deve ser estabelecida em lei específica. 

Obs: Não existe mais no serviço público federal a incorporação de função 

II) Gratificação Natalina

• É o conhecido 13º salário do servidor público. Será pago até o dia 20 do mês de dezembro de cada ano.

• Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, pormês de exercício no respectivo ano. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mêsintegral. 

• O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício,calculada sobre a remuneração do mês da exoneração. 

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III) Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas

•  Adicional de Insalubridade – é devido ao servidor que trabalhe com habitualidade em locais insalubresou em contato permanente com substâncias tóxicas ou radioativas. Ex: operador de raio X

•  Adicional de Periculosidade – é devido ao servidor que coloca em risco sua integridade física em razãodo exercício de suas funções. Ex: servidor que trabalha com rede de alta tensão

•  Adicional de Penosidade – é pago de acordo com a localidade em que o servidor é lotado. Será devidoaos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem,nos termos, condições e limites fixados em regulamento.• O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscosque deram causa a sua concessão.

• Nos casos de atividades consideradas insalubres ou perigosas, a aposentadoria observará o disposto em

lei específica. (art. 186, §2º)

IV) Adicional pela Prestação de Serviço Extraordinário

• É a conhecida “hora extra” do servidor. (CF, art. 39, §3º)

• Destina-se a remunerar as atividades executadas fora do período normal de trabalho a que estiver sujeitoo funcionário, no desempenho de seu cargo efetivo.

• O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho.

• Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias,respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

V) Adicional Noturno

• Considera-se serviço noturno aquele prestado entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do diaseguinte.

• O servidor que presta serviço nesse horário perceberá, a título de adicional noturno, 25% de acréscimo 

sobre o valor da hora paga pelo mesmo serviço exercido em horário diurno.• Considera-se hora de serviço noturno o período de 52 minutos e 30 segundos.

• Em se tratando de serviço extraordinário, o adicional noturno incidirá sobre a remuneração do servidor,acrescida de 50% em relação à hora normal de trabalho. 

VI) Adicional de Férias

•  Lei 8.112/90, art. 76, c/c CF, art. 7º, XVIIXVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 

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• No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo emcomissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

VII) Gratificação pelo Encargo de Curso ou Concurso (Lei 11.314/06)

• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual:

I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituídono âmbito da administração pública federal;

II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correçãode provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados porcandidatos;

III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades deplanejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades nãoestiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes;

IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou

supervisionar essas atividades.• Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados emregulamento, observados os seguintes parâmetros:

I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividadeexercida;

II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais,ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridademáxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalhoanuais;

III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maiorvencimento básico da administração pública federal:

a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II docaput deste artigo;

b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV docaput deste artigo.

• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as atividades referidas nosincisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor fortitular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada detrabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei.

• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidorpara qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens,inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões

8) Férias

•  Lei 8.112/90, art. 77 ao 80, c/c CF, art. 7º, XVII

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 

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• O servidor fará jus a 30 dias de férias remuneradas, anualmente.• O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20(vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótesea acumulação.• Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.•  É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.•  É vedado ao servidor público converter um terço de suas férias em abono pecuniário.• As férias poderão ser parceladas em até 3 etapas, desde que assim requeridas pelo servidor e acritério da Administração. Nesse caso, o servidor receberá o adicional de férias na fruição do primeiroperíodo.• Em caso de necessidade de serviço, as férias poderão ser acumuladas, até o máximo de 2 períodos.• As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna,convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público. O restante doperíodo interrompido será gozado de uma só vez

9) Licenças

“Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: 

I - por motivo de doença em pessoa da família; II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - para o serviço militar; IV - para atividade política; V – para capacitação; VI - para tratar de interesses particulares; VII - para desempenho de mandato classista. “

VIII – para tratamento de saúde (art. 202 ao 206)IX – gestante, adotante ou paternidade (art. 207 ao 210)X – por acidente de serviço (art. 211 ao 214) 

a) Prorrogação da Licença

“Art. 82. A licença concedida dentro de  60 (sessenta) dias  do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação “ 

I) Licença por motivo de doença em pessoa da família

• Será precedida de exame por perícia médica oficial, bem como as suas prorrogações. 

• É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período dessa licença. 

•  Grau de parentesco: 

i. cônjuge ou companheiroii. pais 

iii. filhos iv. padrasto ou madrasta e enteado v. dependente que viva às expensas do servidor e conste do seu assentamento funcional 

• O servidor deve comprovar que é essencial sua assistência direta e que essa não possa ser prestadasimultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horários. 

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• § 2º. Esta licença, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nasseguintes condições: (Redação dada pela Medida Provisória nº 479, de 2009)  

I - por até sessenta dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e (Incluído pela Medida Provisória nº 479, de 2009)  

II - por até noventa dias, consecutivos ou não, sem remuneração. (Incluído pela Medida Provisória nº 479,

de 2009) 

• § 3º. O início do interstício de doze meses será contado a partir da data do deferimento da primeiralicença concedida. (Redação dada pela Medida Provisória nº 479, de 2009)  

• A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivasprorrogações, concedidas em um mesmo período de doze meses, observado o disposto no § 3o, não poderáultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o(Redação dada pela Medida Provisória nº 479,de 2009)  

II) Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

• Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocadopara outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos PoderesExecutivo e Legislativo. 

• A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.

• No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar,de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haverexercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional,desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (não é caso de provimento derivado,visto que o exercício é provisório!) 

III) Licença para Serviço Militar

• Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas nalegislação específica.

• Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o

exercício do cargo.

• O período de licença será considerado como de efetivo exercício (art. 102, VIII, “f”)

IV) Licença para Atividade Política

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• Será concedida sem remuneração durante o período que mediar entre a sua escolha em convençãopartidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a JustiçaEleitoral. Esse período não é computado como tempo de serviço.

•  Com a remuneração do cargo efetivo, a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte aoda eleição. A remuneração somente será paga pelo período de 3 meses. Caso o período entre o registro da

candidatura e o décimo dia seguinte ao da eleição supere 3 meses, o servidor poderá permanecer de licença,mas sem direito à remuneração. Esse período de licença será computado como tempo de serviço apenaspara efeito de aposentadoria e disponibilidade (art.103, III)

SEM REMUNERAÇÃO COM REMUNERAÇÃO

V) Licença para Capacitação

• Após cada cinco anos de efetivo exercício, não acumuláveis, o servidor poderá, no interesse daAdministração (ato discricionário), afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectivaremuneração, por até 3 meses, para participar de curso de capacitação profissional.

• O período de licença para capacitação é considerado como de efetivo exercício para efeito de contagemdo tempo de serviço (art. 102, VIII, “e”)

Obs: Não existe mais, no serviço público federal, a licença prêmio por assiduidade.

VI) Licença para Tratamento de Interesse Particular

• Ao servidor ocupante de cargo efetivo, que não esteja em estágio probatório, poderá ser concedidalicença não remunerada para tratar de assuntos particulares. A licença poderá durar até 3 anos e pode serinterrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse da Administração.

•  Concessão da licença – ato discricionário (pode ser interrompida também por ato discricionário)

• O período de licença não é computado como tempo de serviço para qualquer efeito. 

 Escolha em

convenção

 partidária

 Registro

da

Candidatura 

10º dia

seguinte à

eleição

Pelo prazo máximo de 3

 meses 

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VII) Licença para Desempenho de Mandato Classista

• É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato emconfederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou

entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedadecooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros. 

• Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nasreferidas entidades, desde que cadastradas no Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. • A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por umaúnica vez.

• O tempo de licença será computado como de efetivo exercício para todos os efeitos, exceto para efeitode promoção por merecimento (art. 102, VIII, “c”) 

VIII) Licença para Tratamento de Saúde

• Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base emperícia médica oficial, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

• A licença que exceder o prazo de cento e vinte dias no período de doze meses a contar do primeiro diade afastamento será concedida mediante avaliação por junta médica oficial.

• A licença para tratamento de saúde inferior a quinze dias, dentro de um ano, poderá ser dispensada deperícia oficial, na forma definida em regulamento.

• A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais casosde perícia oficial previstos nesta lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger ocampo de atuação da odontologia.

• Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta aoserviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.

• O prazo máximo contínuo de licença para tratamento de saúde é de 24 meses. Ao fim de 24 meses, se oservidor não tiver condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, será aposentado por invalidezpermanente. Nesse caso, o lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato

da aposentadoria será considerado como prorrogação da licença.

• O período de licença computado como tempo de efetivo exercício até o limite de 24 meses, cumulativosao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo.

• A partir de 24 meses, cumulativos ao longo de tempo de serviço público prestado à União, em cargo deprovimento efetivo, o período de licença será considerado como tempo de serviço apenas para efeito deaposentadoria e disponibilidade. 

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• O servidor será punido com suspensão até 15 dias quando, sem justificativa, recusar-se a sersubmetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade,uma vez cumprida a determinação (art 130, §1º). 

IX) Licença à Gestante, à adotante e Paternidade

Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por  120 (cento e vinte) dias  consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

§ 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança  até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.

Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

• Os períodos de licença serão considerados como de efetivo exercício para efeito de contagem de tempode serviço.

X) Licença por Acidente em Serviço

Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral , o servidor acidentado em serviço.

Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione,mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano: 

I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo; II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos.

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Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.

Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

10) Afastamentos

I) Afastamento para servir em outro órgão ou entidadeII) Afastamento para o exercício de mandato eletivoIII) Afastamento para estudo ou missão no exteriorIV) Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país

I) Afastamento para servir a outro órgão ou entidade

Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos 

Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002)

I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; II - em casos previstos em leis específicas. 

II) Afastamento para o exercício de mandato eletivo

•  CF, art. 38 – Regras Básicas

• No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercícioestivesse, visto que esse período é considerado como de efetivo exercício (art. 102, V), contando tambémpara aposentadoria.

• Naturalmente, essa regra refere-se a servidor na ativa, pois se o mesmo estiver aposentado, poderáacumular o subsídio do cargo eletivo com os proventos da inatividade, qualquer que seja o mandato (CF, art.40,§11)

• O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou distribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. 

III) Afastamento para estudo ou missão no exterior

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

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§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere 

à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

IV) Do Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país

Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no país.

§ 1o  Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós-graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para este fim.

§ 2 o  Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos três anos para mestrado e quatro anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo, nos dois anos anteriores à data da solicitação de afastamento.

§ 3 o  Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o 

período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 479, de 2009)  

§ 4 o  Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o , 2 o  e 3 o  deste artigo terão que permanecer no exercício de suas funções, após o seu retorno, por um período igual ao do afastamento concedido.

§ 5 o  Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência previsto no § 4 o  deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei n o 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento.

§ 6 o  Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, aplica- 

se o disposto no § 5 o 

deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 7 o  Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95, o disposto nos §§ 1o a 6 o deste artigo.

Art. 102, IV – O período de tal afastamento é considerado como tempo de efetivo exercício.

10) Concessões

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Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: 

I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;(não há restrição de ser apenas uma vez a cada 12 meses, como a CLT estabelece!)

II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : 

a) casamento; 

b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Ao servidor estudante são assegurados os seguintes direitos:

• Horário especial no caso de incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição (art. 98). Oservidor deve cumprir toda a sua carga de trabalho, tendo apenas direito de cumprir em horário diferenciado,em função da incompatibilidade existente.

• Matrícula em estabelecimento de ensino, no caso de mudança de sede no interesse da Administração,inclusive para seus dependentes.

A concessão de horário especial é estendida ao servidor portador de deficiência, nesse caso,independente de compensação de horário (art. 98, § 2º). Tal concessão também é extensiva ao servidorque tenha dependente portador de deficiência física, porém com compensação de horário (art. 98, §3º).

Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo deaté 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A destaLei.

Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual:

I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituídono âmbito da administração pública federal;

II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção

de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados porcandidatos;

Art. 20, § 4 o  Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.(Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 

Art. 81 – Conceder-se-á licença: 

I – por motivo de doença em pessoa da família 

II – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro 

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III – para o serviço militar 

IV – para atividade política 

Art. 94 – Afastamento para exercício de mandato eletivo 

Art. 95 – Afastamento para estudo ou missão no exterior 

Art. 96 – Afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração 

Afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. 

§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84,§ 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir dotérmino do impedimento.

Art. 83 – Licença por motivo de doença em pessoa da família 

Art. 84 – Licença por motivo de afastamento do cônjuge 

Art. 86 – Licença para atividade política 

Art. 96 - Afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

Participação em curso de formação  

11) Tempo de Serviço

Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.

Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias. 

Casos nos quais os afastamentos são considerados como de efetivo exercício:

Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: 

I - férias; 

II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados,Municípios e Distrito Federal; 

III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República; 

IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído, ou em programa de pós-graduação strictosensu no país, conforme dispuser o regulamento;

V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento; 

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VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; 

VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VIII - licença: 

a) à gestante, à adotante e à paternidade; 

b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c)para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; 

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; 

e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

f) por convocação para o serviço militar; 

IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; 

X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; 

XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere.

Situações que são consideradas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: 

I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal; 

II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que exceder a trinta dias em período de doze meses. (Redação dada pela Medida Provisória nº 479, de 2009)  

III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o; 

IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior 

ao ingresso no serviço público federal; 

V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social; 

VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; 

VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria.

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§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.

§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia,fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública. 

12) Direito de PetiçãoÉ o direito de pleitear, junto à Administração, com o objetivo de obter uma informação ou o esclarecimento deuma situação.É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão,não podendo ser renovado. 

RECURSO HIERÁRQUICO (ART. 107) 

A característica do recurso hierárquico é que ele deve ser decidido pela autoridade competenteimediatamente superior àquela que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escalaascendente, pelas demais autoridades.

Hipóteses de cabimento:a) indeferimento do pedido de reconsideraçãob) das decisões de recursos sucessivamente interpostosO recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado orequerente.

O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar dapublicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.

Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à datado ato impugnado.

Art. 110 - O direito de requerer prescreve: 

I - em 5 (cinco) anos -  quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; 

II - em 120 (cento e vinte) dias - nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. 

O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelointeressado, quando o ato não for publicado.

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Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição,ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES – PARTE 2 

1(FCC/TRF-1a./Técnico Judiciário/2007) Em matéria de vantagens que poderão ser pagas ao servidorpúblico federal, considere :

I. Ao servidor que realiza despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução deserviços externos, por força das atribuições inerentes do cargo, conforme se dispuser em regulamento, seráconcedida ajuda de custo.II. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco)horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25%, computando-se cada hora como cinqüenta e doisminutos e trinta segundos.III. A diária, quando de direito, será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando odeslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesasextraordinárias cobertas por diárias.

Nesses casos, está correto SOMENTE o que se afirma em:

(A) II.(B) III.(C) I e II.(D) I e III.(E) II e III.

2(FCC/TRF-1a./Técnico Judiciário/2007) No que se refere à incorporação das vantagens, é certo que:

(A) a ajuda de custo poderá ser incorporada ao vencimento ou remuneração para determinados efeitos.(B) a Gratificação por encargo de Curso ou Concurso incorpora-se ao vencimento ou salário do servidor paratodos efeitos.

(C) os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.(D) as diárias, se concedidas por período superior a seis meses, incorporam-se à remuneração do servidor.(E) a indenização de transporte, quando concedida durante dois anos, incorpora-se ao vencimento doservidor.

3(FCC/TRF-1a./Técnico Judiciário/2007) Sólon, técnico judiciário, encontra-se em estágio probatório erequer informações a respeito da concessão de licenças. Nesse caso, somente poderão ser concedidas aSólon as licenças:

(A) para desempenho de mandato classista; para capacitação; por motivo de doença; e para atividadepolítica.(B) por motivo de doença em pessoa da família; por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; para

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serviço militar; e para atividade política.

(C) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; por motivo de doença em família; para tratar deassuntos particulares; e para capacitação.(D) para o exercício de mandato político; para desempenho de mandato classista; para servir a outro órgãoou entidade; e por motivo de doença.(E) por motivo de serviço militar, por motivo de doença em pessoa da família; para tratar de interesses

particulares; e para servir outro órgão público.4(FCC/TRF-5a./Analista Administrativo/2008) É certo que, a ajuda de custo do servidor público federal serácalculada sobre a sua remuneração, conforme dispuser em regulamento:

(A) não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.(B) devendo ser fixada no valor de 15 (quinze) a 45 (quarenta e cinco) dias.(C) não podendo exceder a importância correspondente a 4 (quatro) meses.(D) devendo ser fixada no valor de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias.(E) não podendo exceder a importância correspondente a 2 (dois) meses.

5(FCC/TRF-5a./Técnico Judiciário/2008) Em matéria de direitos do servidor público federal, analise:

I. O servidor em débito com o erário que tiver sua disponiblidade cassada terá um prazo legal para quitar essedébito.II. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda e custo quando, injustificadamente, não se apresentar nanova sede dentro de um prazo legal.

Nesses casos, os prazos acima referidos, serão, respectivamente, de:

(A) 60 (sessenta) e 30 (trinta) dias.(B) 90 (noventa) e 60 (sessenta) dias.(C) 30 (trinta) e 15 (quinze) dias.(D) 120 (cento e vinte ) e 45 (quarenta e cinco) dias(E) 45 (quarenta e cinco) e 10 (dez ) dias.

6(ESAF/MPU/2004) As faltas justificadas, dos servidores regidos pelo regime jurídico da Lei 8.112/90, podemser compensadas e consideradas de efetivo exercício, a critério da sua chefia, quando forem decorrentes de:

a) alistamento como eleitorb) caso fortuito ou força maiorc) doação de sangued) seu casamentoe) serviço obrigatório em júri

7(FCC/TRT-AL/Técnico Judiciário/2008) Aquiles, técnico judiciário do Tribunal Regional do Trabalho,

estando em débito com o erário, cujo valor é de R$ 5.000,00, foi demitido do cargo que vinha ocupando.Nesse caso, Aquiles terá um prazo para a quitação desse débito, que será de:

(A) noventa dias, e a falta de quitação nesse prazo determinará o protesto em Cartório.(B) sessenta dias, sendo que a não quitação dentro do prazo implicará sua inscrição em dívida ativa.(C) noventa dias, e a não quitação dentro do prazo justifica o imediato ajuizamento da ação e cobrança.(D) trinta dias, prorrogável por igual período, sendo que a falta de quitação torna o servidor inapto para outroscargos públicos.(E) sessenta dias, sendo que a não quitação dentro do prazo implica no arresto ou seqüestro do saldo de suaremuneração.

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8(FCC/TRT-GO/Técnico Judiciário/2008) Sobre as férias a que faz jus o servidor público, nos termos da Leique dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, é INCORRETO afirmar:

(A) O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do início do respectivoperíodo.(B) O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 diasconsecutivos de férias por semestre de atividade profissional, proibida a acumulação.

(C) Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício.(D) Em caso de parcelamento das férias, o servidor receberá o adicional de férias quando da utilização doprimeiro período.(E) É permitido descontar do período de férias as faltas ao serviço que o servidor teve durante o períodoaquisitivo.

9(FCC/TRT-GO/Técnico Judiciário/2008) Nos termos da Lei que dispõe sobre o Regime Jurídico dosServidores Públicos Civis da União, da decisão que indefere requerimento do servidor cabe:

(A) recurso para a mesma autoridade que proferiu a primeira decisão.(B) pedido de reconsideração para o superior da autoridade que proferiu a primeira decisão.(C) pedido de reconsideração para a autoridade que proferiu a primeira decisão.

(D) recurso para o superior imediato da autoridade que proferiu a primeira decisão.(E) recurso para o Presidente da República.

10(FCC/TRE-PB/Técnico Judiciário/2007) Em matéria de direitos do servidor público federal, especialmentequanto ao vencimento e à remuneração, analise:

I. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior serão sempre compensadas, mas nãoconsideradas como de efetivo exercício.II. Se houver autorização do servidor público, também poderá haver consignação em folha de pagamento, afavor de terceiros, a critério da Administração e com reposição de custos.III. O servidor público em débito com o erário que, dentre outras situações, tiver sua disponibilidade cassada,terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.

Nesses casos, está correto APENAS o que se afirma em:

(A) I e II.(B) I e III.(C) II e III.(D) II.(E) III.

11(CESPE/INPI/2006) A Lei n.º 8.112/1990 reservou um de seus títulos para estabelecer os direitos e asvantagens a que o servidor faz jus. Acerca desse assunto, assinale opção incorreta.

a) A gratificação natalina corresponde a um doze avos da remuneração a que o servidor fizer jus no mês dedezembro, por mês de exercício no respectivo ano.b) Para os fins do adicional noturno, considera-se serviço noturno aquele que for prestado entre 22 h de umdia e 5 h do dia seguinte.c) O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 100% em relação à hora normal de trabalho.d) As férias do servidor poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas peloservidor, e no interesse da administração pública.e) O servidor investido em mandato de deputado federal ficará afastado do cargo efetivo.

12(FCC/TRT-SEAnalista Judiciário/2002) Pedro e José, servidores, fizeram deslocamentos para fora dasede. O deslocamento de Pedro ocorreu entre Municípios distantes e decorreu de exigência permanente de

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seu cargo. O deslocamento de José ocorreu entre Municípios limítrofes, dentro de uma mesma regiãometropolitana, com pernoite fora da sede. Ambos usaram meio de locomoção da Administração. Nesse caso:

(A) ambos não têm direito a nenhuma das espécies de indenização fixadas na Lei.(B) ambos têm direito a diárias.(C) ambos têm direito a indenização de transporte.(D) Pedro tem direito a indenização de transporte e José tem direito a diária.

(E)) Pedro não tem direito a nenhuma das espécies de indenização fixadas na Lei e José tem direito a diária.27/12/02 - 13:5913(FCC/TRT-SEAnalista Judiciário/2002) Um servidor, ocupante de cargo efetivo, no segundo ano doestágio probatório, pede e tem deferida licença para tratar de interesses particulares, por até 3 anos, semremuneração. O deferimento dessa licença está errado, pois:

(A) não há previsão dessa licença na Lei.(B) o servidor é ocupante de cargo efetivo.(C)) o servidor está em estágio probatório.(D) o prazo máximo dessa licença é de 2 anos.(E) essa licença é remunerada.

14(ESAF/CGU/2006) A licença a favor do servidor público para o exercício de atividade política será

a) não-remunerada, até o limite de três meses.b) remunerada, até o limite de três meses, entre o registro de sua candidatura e o décimo dia seguinte ao daeleição.c) remunerada, desde a escolha em convenção partidária, até o décimo dia seguinte ao da eleição.d) não-remunerada, entre o dia da escolha em convenção partidária até o décimo dia seguinte ao da eleição.e) remunerada, até o limite de quatro meses, entre a escolha em convenção partidária e a data da eleição.

15 (NCE/Oficial de Cartório/2001) Por motivo de casamento, o funcionário poderá deixar de comparecer aoserviço sem prejuízo de sua remuneração por:

a) 05 dias;b) 06 dias;c) 07 dias;d) 08 dias;e) 10 dias.

16(FCC/TRT-SE - Analista Judiciário/2002) A vantagem paga ao servidor público federal, destinada acompensar suas despesas de instalação quando, no interesse do serviço, passar a ter exercício em novasede, com mudança de domicílio em caráter permanente, chama-se:

(A) adicional pela prestação de serviço extraordinário.

(B) adicional de atividades penosas.(C) diária.(D) indenização de transporte.(E)) ajuda de custo.

17(FCC/TRT-RN- Analista Judiciário/2003) O servidor público que, a serviço, afastar-se da sede em carátereventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus à passagens e:

(A) indenização de serviço extraordinário.(B) ajuda de custo.(C)) diárias.(D) indenização especial.

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(E) gratificação de moradia.

18(CESPE/Técnico Judiciário – TREGO/2006) Considerando que Luciano tomou posse em cargo deprovimento efetivo no TRE/GO, é correto afirmar que, durante os doze primeiros meses de exercício nessecargo, a ele é permitido:

(A) gozar de férias marcadas para os meses de janeiro ou julho, desde que, no início do período de férias,

Luciano já conte com ao menos seis meses de efetivo exercício.(B) gozar de licença para tratar de interesses particulares, desde que tenha expressa permissão de seusuperior hierárquico imediato.(C) gozar de licença para capacitação, no interesse da administração.(D) tomar posse em cargo comissionado no próprio TRE/GO.(E) afastar-se por 120 dias consecutivos caso comprove ter adotado uma criança de 1 ano de idade.

19(FCC/TRE-CE-Analista Judiciário/2003) Conforme regra da Lei no 8.112/90, o servidor em débito com oerário, que for exonerado, terá o prazo de 60 dias para quitar o débito. A não quitação do débito nesse prazoimplicará:

(A) revogação da exoneração.

(B)) inscrição do débito em dívida ativa.(C) penhora administrativa de bens do servidor.(D) abertura de processo administrativo disciplinar contra o servidor, visando à conversão da exoneração emdemissão.(E) anulação da exoneração.

20(FCC/TRT-BA - Analista Judiciário/2003) Suponha que um servidor público labore, em determinado dia,até às 23h30. Suponha também que a jornada normal de trabalho desse servidor se encerre às 22 horas,computando- se, após esse horário, serviço extraordinário, com acréscimo de 50% em relação à hora normalde trabalho. Nessa situação, o servidor fará jus, ainda, a um acréscimo sobre o valor-hora de:

(A) 20% a título de adicional noturno, pelo período laborado após às 23 horas, incidindo tal adicional sobre aremuneração já com acréscimo pelo serviço extraordinário.(B)) 25% a título de adicional noturno, pelo período laborado após às 22 horas, incidindo tal adicional sobre aremuneração já com acréscimo pelo serviço extraordinário.(C) 25% a título de adicional noturno, pelo período laborado após às 22 horas, incidindo tal adicional sobre aremuneração, excluído do cômputo o adicional pelo serviço extraordinário.(D) 20% a título de adicional noturno, pelo período laborado após às 22 horas, incidindo tal adicional sobre aremuneração, excluído do cômputo o adicional pelo serviço extraordinário.(E) 20% a título de adicional noturno, pelo período laborado após às 23 horas, incidindo tal adicional sobre aremuneração, excluído do cômputo o adicional pelo serviço extraordinário. 

21(FCC/TRT-BA - Analista Judiciário/2003) Completado um qüinqüênio de efetivo exercício e havendointeresse da Administração, um servidor pleiteou e obteve licença para afastar-se do exercício do seu cargoefetivo, com a respectiva remuneração, por 3 meses, para participar de curso de capacitação profissional. Odeferimento dessa licença foi:

(A)) legal.(B) ilegal, relativamente ao período aquisitivo do direito.(C) ilegal, relativamente ao caráter remunerado.(D) ilegal, relativamente à duração da licença.(E) ilegal, por tratar-se de ocupante de cargo efetivo.

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22(Conatec/TRT-GO - Analista Judiciário/2003) Aponte a assertiva correta, segundo a conceituação doRegime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União.

a) Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em atoadministrativo.b) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias provisóriasestabelecidas em lei.

c) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias permanentes 

estabelecidas em lei.

d) Vencimento é a retribuição pecuniária do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias pessoaisestabelecidas em lei

23(FCC/TRT-MS/Técnico Judiciário/2006)Com relação ao disposto sobre as férias observe as seguintesproposições:

I – Dentre outras hipóteses, as férias poderão ser interrompidas por motivo de convocação para serviçoeleitoral.

II – As faltas aos serviços poderão ser levadas à conta de férias até o máximo de dez dias.

III – O servidor poderá acumular suas férias, até o máximo de três períodos, no caso de necessidade doserviço.

IV – As férias poderão ser parceladas em até três etapas, dede que assim requeridas pelo servidor, e nointeresse da Administração pública.

Estão corretas APENAS:

A) I e II.

B) I e III.C) I e IV.

D) II e III.

E) III e IV.

24(FCC/TRT-2a.Região/Técnico Judiciário/2004) Wanessa, aprovada em concurso público, para o cargo detécnico judiciário, tomou posse no TRT em dezembro de 2002. Entrou em exercício no mesmo dia. O início deseu gozo de 30 dias de férias ocorreu em 5/1/2004. Nesse caso, é incorreto afirmar que as férias poderão serinterrompidas, entre outras hipóteses, por motivo de:

a) convocação para júrib) calamidade públicac) comoção internad) solicitação relevante da servidorae) serviço eleitoral

25(NCE/ANAC/2007) Considerando as disposições constantes no regime jurídico dos servidores públicoscivis da União e de suas autarquias e fundações, instituído pela Lei federal n.º 8.112/90, é correto afirmar que:a) aposentadoria não é fator gerador de vacância de cargo público;b) eventuais faltas ao serviço serão automaticamente subtraídas das férias do servidor;c) há previsão para concessão de licença para capacitação.

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d) toda e qualquer licença concedida importará sempre o pagamento de remuneração integral ao servidorpor todo o período de sua duração;e) inexiste previsão de licença para desempenho de mandato classista.

REGIME DISCIPLINAR

O Regime Disciplinar a que estão submetidos os funcionários públicos civis da União está situado entre os

artigos 116 e 142 da Lei 8.112/90. Nele encontraremos os deveres dos servidores, as proibições, asresponsabilidades dos servidores referentes ao exercício de suas funções.

Assim, temos:DEVERES DOS SERVIDORES 

Art. 116. São deveres do servidor: 

I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 

II - ser leal às instituições a que servir; 

III - observar as normas legais e regulamentares; 

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais ; 

V - atender com presteza: 

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; 

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; 

VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 

VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 

IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 

X - ser assíduo e pontual ao serviço; 

XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.”  

PROIBIÇÕES DO SERVIDOR 

Art. 117. Ao servidor é proibido:  

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato ; 

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II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente , qualquer documento ou objeto da repartição; 

III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; 

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei , o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; 

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 

X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada,exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro ; 

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 

XV - proceder de forma desidiosa; 

XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; 

XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 

XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam  incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 

XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. “ 

Parágrafo único - A vedação de que trata o inciso X não se aplica nos seguintes casos: 

I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha,direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; 

II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91, observada a legislação sobre conflito de interesses.” 

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ACUMULAÇÃO DE CARGOS

Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

§ 1o  A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas,empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

§ 2 o  A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.

§ 3 o  Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9 o , nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. 

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica.

Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão , ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles , declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

ARTIGO 37 

“XVI  - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor; 

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 

indiretamente, pelo poder público; 

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.” 

ARTIGO 40 

“§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. “

RESPONSABILIDADES DO SERVIDOR

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“ CF, art. 37, §6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”  

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em 

prejuízo ao erário ou a terceiros.§ 1o  A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2 o  Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3 o  A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa 

qualidade.Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. “  

INTERFERÊNCIA DA ESFERA PENAL NAS OUTRAS (ART. 126)

Pode ocorrer interferência do trânsito em julgado da sentença penal nas outras esferas, dependendo do

conteúdo ou dos fundamentos da sentença.

Assim a condenação penal do servidor, uma vez transitada em julgado, implica interferência nas esferas

administrativa e civil, acarretando reconhecimento automático da responsabilidade do servidor nessas duas

esferas.

A absolvição por negativa de autoria ou por inexistência do fato também interfere nas outras esferas,

absolvendo, igualmente o servidor. Isso porque, se a jurisdição criminal, em que a apreciação das provas é

muito mais ampla, categoricamente afirma que não foi o agente o autor do fato a ele imputado ou que sequer

ocorreu o fato aventado, não há como sustentar o contrário nas outras esferas.

Já a absolvição penal por mera insuficiência de provas ou por ausência de culpabilidade penal ou, ainda, por

qualquer outro motivo, não interfere nas demais esferas.

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PENALIDADES

As penalidades civis aplicáveis aos servidores civis, no âmbito federal, são as seguintes: (art. 127)

a) advertênciab) suspensão

c) demissão (≠ exoneração)d) cassação de aposentadoria ou disponibilidadee) destituição de cargo em comissãof) destituição de função comissionada

• Para aplicação de uma penalidade a um servidor, deve-se sempre assegurar o contraditório e ampladefesa do servidor (CF, art. 5º, LV). Para isso, o artigo 128, em seu   § único, estabelece que o ato deimposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.• Para se aplicar qualquer penalidade ao servidor é essencial a instauração prévia de PAD ou sindicância.• Ainda que a autoridade competente para aplicar a pena presencie a prática da infração, é essencial aabertura prévia de PAD ou sindicância, não se admitindo assim, o instituto da “verdade sabida” • Apesar de a imposição de penalidades ser tida, tradicionalmente, como exercício do Poder Discricionário,a Lei 8.112/90 estabelece que na aplicação das penalidades serão consideradas:

a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes os antecedentes funcionais.

a) ADVERTÊNCIA

Será aplicada por escrito, nos casos de violação das proibições abaixo e de inobservância de deverfuncional previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade maisgrave (art. 129). Segundo a Lei 8.112/90, art. 129, a advertência será aplicada nos casos abaixo:

I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato ; 

II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente , qualquer documento ou objeto da repartição; 

III - recusar fé a documentos públicos; 

IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; 

V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 

VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei , o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 

VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; 

VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 

XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado”  

A penalidade de advertência terá seu registro nos assentamentos funcionais do servidor cancelado após odecurso de 3 anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração.O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

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b) SUSPENSÃO

Será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demaisproibições que não tipifiquem infração sujeita à demissão. Segundo a Lei 8.112/90, art 130, são elas:

XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 

XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 

O prazo máximo da penalidade de suspensão é de 90 dias. O servidor não recebe remuneração nesseperíodo e o tempo de suspensão não é computado como tempo de serviço para qualquer efeito.

A Lei 8.112/90 ainda estabelece que será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que,injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente,cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

A penalidade de suspensão terá seu registro cancelado, após o decurso de 5 anos de efetivo exercício, seo servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. O cancelamento da penalidade

não surtirá efeitos retroativos.

c) MULTA

Não é uma penalidade autônoma, derivando sempre de uma suspensão. Sendo assim, quando houverconveniência para o serviço (ato discricionário), a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa,na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado apermanecer em serviço.

d) DEMISSÃO

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 

I - crime contra a administração pública ( ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal) 

II - abandono de cargo; 

III - inassiduidade habitual; 

IV - improbidade administrativa (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal)  

V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 

VI - insubordinação grave em serviço; 

VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos  (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal) 

IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 

X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional  (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal) 

XI – corrupção (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal)  

XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 

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XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

ART.117 

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; (incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 anos) 

X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada,exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; - XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro ;  (incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 anos) 

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; 

XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; 

Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art.132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penalcabível.

IV - improbidade administrativaVIII - aplicação irregular de dinheiros públicosX - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional

XI – corrupção 

Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5(cinco) anos.

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; (“CARTEIRADA”)  

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; (“ADVOCACIA ADMINISTRATIVA”) 

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido oudestituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 

I - crime contra a administração pública  IV - improbidade administrativa  VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos  X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional  XI – corrupção  

e) CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA E DISPONIBILIDADE

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Será aplicada ao inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

f) DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO

A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos deinfração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão (art. 135)

PRAZO PRESCRICIONAL

É o prazo que possui a Administração Pública para punir os seus servidores pela prática de determinadosatos. A prescrição da ação disciplinar ocorre, a partir da data em que o fato se tornou conhecido.

PRAZO PENALIDADE

180 DIAS Advertência 

2 ANOS Suspensão 

5 ANOS Demissão, Cassação de Aposentadoria ou Disponibilidade e Destituição de Cargo em Comissão 

Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas tambémcomo crime

A abertura de sindicância ou a instauração de PAD interrompe a prescrição, até a decisão final proferidapela autoridade competente. Interrompido o curso de prescrição, o prazo começará a correr a partir do diaem que cessar a interrupção.

APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 

I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; 

II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso 

anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; 

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão. 

SINDICÂNCIA E PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD)

São os meios disponibilizados pela Lei 8.112/90 para apuração de irregularidades cometidas pelosservidores públicos no exercício de suas atribuições. Assim, a autoridade que tiver ciência de irregularidadeno serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processoadministrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

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As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e oendereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade (art. 144)

É importante ressaltar que a Comissão de Sindicância/PAD não tem competência para aplicar penalidade aum servidor. Tal Comissão, apenas sugere a penalidade a ser aplicada pela autoridade julgadora (aquelacompetente para aplicar a pena sugerida – Lei 8.112/90, art 141)

a) SINDICÂNCIA

A apuração de irregularidades poderá ser realizada por meio sumário, através de sindicância, da qual poderáresultar aplicação de penalidade de:

a) advertênciab) suspensão até 30 dias

Daí, concluímos que a penalidade máxima que pode ser aplicada através de uma sindicância é asuspensão de 30 dias.

O art. 145 da Lei 8.112/90 estabelece que da sindicância poderá resultar:

I – arquivamento do processo 

II – aplicação direta das penalidades de advertência ou de suspensão por até 30 dias 

III – a instauração do PAD, se for verificado tratar-se de caso que enseje aplicação de penalidade mais grave. Nesse caso, os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução (art. 154).

O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igualperíodo, a critério da autoridade superior.

Somente enquanto a sindicância constitui um procedimento meramente investigatório, sem a formalizaçãode acusação a qualquer servidor, podemos falar em ausência de contraditório e ampla defesa, pois não háacusado e nem imputação que deva ser contraditada.

Quando a infração for capitulada como ilícito penal, uma cópia dos autos da sindicância ou o processodisciplinar será encaminhado ao Ministério público.

O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentadovoluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade aplicada.

Deve-se observar, por último, que a sindicância não é etapa do PAD, nem deve, necessariamente, precede-

lo, vale dizer, pode-se iniciar a apuração de determinada infração diretamente pela instauração de um PAD.

b) PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD)

A instauração do PAD é necessária para aplicação das penalidades de demissão, cassação deaposentadoria ou disponibilidade, destituição de cargo em comissão, destituição de função comissionada eno caso de suspensão superior a 30 dias.

O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infraçãopraticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que seencontre investido. (art. 148)

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O PAD desenvolve-se nas seguintes fases:

1) INSTAURAÇÃO 2) INQUÉRITO ADMINISTRATIVO(INSTRUÇÃO, DEFESA E RELATÓRIO) 3) JULGAMENTO  

1) INSTAURAÇÃO

Dá-se a instauração do PAD com a publicação da portaria de designação da comissão encarregada deproceder aos trabalhos de investigação. O PAD será conduzido por comissão composta de 3 servidoresestáveis, designados pela autoridade competente, dentre eles será escolhido o presidente, que deverá serocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao doindiciado. (Art. 149)

Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente doacusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

O prazo para conclusão do PAD: não excederá a 60 dias, contados da data de publicação do ato queconstituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, a critério da autoridade instauradora,

quando as circunstâncias o exigirem (art. 152)

AFASTAMENTO PREVENTIVO TEMPORÁRIO

Caso seja necessária à apuração dos fatos, o servidor poderá ser afastado temporariamente do seu cargo.O afastamento, se for decretado, o será pela autoridade instauradora do processo e será determinado

 juntamente com a instauração.

Não é uma penalidade, e sim uma medida cautelar. O servidor continuará recebendo normalmente suaremuneração.

O prazo máximo: até 60 dias, prorrogável por igual período, findo o qual cessarão os seus efeitos,

ainda que não concluído o processo.

2) INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

2.1) INSTRUÇÃO

Caso tenha havido uma sindicância prévia à instauração do PAD, seus autos o integrarão como formainformativa. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícitopenal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente daimediata instauração do processo disciplinar.

Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e

diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, demodo a permitir a completa elucidação dos fatos. Será indeferido o pedido de prova pericial, quando acomprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.

O servidor pode acompanhar todo o processo pessoalmente ou por meio de procurador, arrolar e reinquirirtestemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa,com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.Concluídos todos os procedimentos, a Comissão, de posso de elementos comprobatórios, decidirá, combase nesses elementos, se o servidor deverá ou não ser indiciado. Caso a Comissão entenda que não deve,o processo será arquivado, do contrário, formulará a indiciação do servidor.

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A partir da indiciação, o servidor deverá ser citado para que apresente sua defesa escrita. A instrução éencerrada com a citação

Prazos para apresentação de defesa escrita:

a) havendo apenas um indiciado, possui ele 10 dias para apresentação da defesa escrita, contados da data

de aposição de sua ciência na cópia da citação a ele entregue, ou, caso ele se recuse a assinar, conta-se oprazo da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinaturade 2 testemunhas;

b) havendo mais de um indiciado, o prazo será comum para todos, de 20 dias, contados da data de ciênciado último citado;

c) o prazo para apresentação da defesa pode ser prorrogado pelo dobro, pelo presidente da comissão,caso sejam indispensáveis diligências para a preparação da defesa. Assim, havendo somente um indiciado,o prazo poderá ser de 30 dias (10+20). Se mais de um os indiciados, o prazo poderá ser de 60 dias (20+40);

d) o prazo para defesa, quando a citação for feita por edital, será de 15 dias, contados da data da última

publicação do edital. A citação por edital ocorre quando o indiciado se encontra em local desconhecido edeve ser feita no DOU e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido doservidor.

2.2) DEFESA

Devido ao princípio da verdade material, aplicado no PAD, caso o indiciado não apresente sua defesaescrita, no prazo estipulado, não surge nenhuma presunção legal contra o servidor e, pra defender o revel, aautoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupantede cargo efetivo superior ou e mesmo nível, ou ter nível escolaridade igual ou superior ao do indiciado.Assim, sempre haverá defesa escrita, seja pelo próprio indiciado, pelo seu procurador e a revelia não possuiefeito de confissão.

2.3) RELATÓRIO

Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§ 1o  O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.

§ 2 o  Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou 

a sua instauração, para julgamento.

3) JULGAMENTO

Se houver penalidade a ser aplicada, o julgamento do processo deverá ser feito pela autoridade competentepara aplicar essa penalidade (art. 141)

Prazo para proferir a decisão: 20 dias contados do recebimento do processo (caso não seja cumprido, naacarretará a nulidade do processo)

A autoridade julgadora não está totalmente vinculada à conclusão do relatório da comissão, visto que a leiestabelece que o relatório deve ser acatado, salvo se sua conclusão for contrária à prova dos autos. Nesse

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caso, a autoridade julgadora, motivadamente, poderá agravar ou abrandar a penalidade proposta ou, atémesmo, isentar o servidor de penalidade.

NULIDADE DO PROCESSO

Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a 

constituição de outra comissão para instauração de novo processo 

c) PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RITO SUMÁRIO

Casos:

a) acumulação ilícita de cargos públicosb) abandono de cargo (ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias

consecutivos)c) inassiduidade habitual (falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias, interpoladamente,

durante o período de 12 meses)

A Lei 9527/97, que alterou o texto original da Lei 8.112/90, estabeleceu para esses casos um rito especial deinvestigação e julgamento, denominado de rito sumário.

Prazo para conclusão: será de 30 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão,admitida a sua prorrogação por até 15 dias, quando as circunstâncias o exigirem.Dispositivos aplicados: Lei 8.112/90, arts. 133 e 140 e, subsidiariamente, as disposições pertinentes ao PADordinário.

Relativamente à acumulação de cargos, constatada a qualquer tempo, o servidor deverá ser notificadopara apresentar a opção no prazo improrrogável de 10 dias contados da data da ciência da notificação.Caso o servidor não apresente a opção no prazo, será instaurado processo administrativo, sob procedimentosumário, visando à apuração e regularização da sua situação.

Nessa hipótese, o PAD sumário terá as seguintes fases:

I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por  dois  servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração; 

II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;  

III - julgamento. 

A Comissão lavrará, até 3 dias após a publicação do ato que a constitui, termo de indiciação e promoverá acitação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de 5 dias

apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.

A opção do servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que seconverterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.

Prazo para autoridade julgadora proferir sua decisão: 5 dias, contados do recebimento do processo.

Caracterizada a acumulação de cargos e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão ou cassação deaposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime deacumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.

d) REVISÃO DO PROCESSO

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O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduziremfatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação dapenalidade aplicada. Não pode ser alegada injustiça na aplicação da penalidade aplicadaanteriormente.

Essa revisão do processo não pode ser encarada como uma segunda instância administrativa, visto que só

caberá se houver fatos novos.

Poderá ocorrer de ofício ou a pedido do servidor ou de pessoa da família , caso ele tenha falecido ouencontre-se ausente ou desaparecido.

No processo revisional o ônus da prova cabe ao requerente (art. 175), ao contrário do PAD. Sendo assim, narevisão, inverte-se o ônus da prova.

Caso seja deferida a revisão do processo ( o juízo de admissibilidade compete ao Ministro de Estado ouequivalente), será constituída uma comissão revisora, a qual terá 60 dias, improrrogáveis, para conclusãodos seus trabalhos.

O prazo para julgamento, pela mesma autoridade que aplicou a penalidade é de 20 dias.

Da revisão não poderá resultar o agravamento da penalidade (não se admite o “reformatio in pejus” )

Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos osdireitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida emexoneração.

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES – PARTE 3

1(NCE/AGU/2206) Sobre os deveres e proibições previstos na lei nº 8112/90 para os servidores públicos, éINCORRETO afirmar que:

(A) em razão do princípio da publicidade, o servidor público não deve guardar sigilo sobre assuntos darepartição;(B) o servidor não pode manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge ouparente até o segundo grau civil;(C) o servidor não pode atuar como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando setratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge oucompanheiro;(D) o servidor não pode cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto emsituações de emergência e transitórias;(E) o servidor não pode receber presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições.

2(FCC/TRT-SP/Oficial de Justiça/2008) Nos termos da Lei no 8.112/90, a pena de advertência será aplicada

por escrito, dentre outras hipóteses, quando o agente:(A) praticar usura sob qualquer de suas formas.(B) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funçãopública.(C) receber presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições.(D) coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiaremse a associação profissional ou sindical, ou a partidopolítico.(E) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares.

3(FCC/TRT-AL/Oficial de Justiça/2008) Em matéria de penalidades, analise o comportamento dasservidoras públicas federais efetivas abaixo.

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I. Mariana vem exercendo atividade incompatível com o horário de trabalho.

II. Gabriela vem promovendo manifestação de desapreço no recinto da repartição.

Nesses casos, Mariana e Gabriela estarão sujeitas, respectivamente, às penas de:

(A) advertência verbal e suspensão até quinze dias.(B) demissão e multa na base de cinqüenta por cento por dia de vencimento.(C) suspensão com possibilidade de conversão em multa e advertência por escrito.(D) repreensão e suspensão com conversão em multa.(E) suspensão até noventa dias e destituição do cargo.

4(FCC/TRT-SP./Analista Judiciário/2008) Tício, funcionário público da União, opôs resistência injustificadaao andamento de processo que deveria movimentar. Considerando que foi a primeira vez que praticou talconduta, ele está sujeito à penalidade prevista na Lei que dispõe sobre o regime jurídico dos servidorespúblicos civis da União, que consiste em

(A) demissão.

(B) advertência verbal.(C) suspensão.(D) advertência, por escrito.(E) desconto de um dia dos seus vencimentos.

5(FCC/TRF5ª - Analista Judiciário/2003) Determinado servidor ausenta-se do serviço, sem causa  justificada, pelo período de 45 dias alternados, no prazo de 4 meses. Posteriormente, o servidor retomanormalmente suas atividades. Em razão desse fato, é instaurado processo administrativo disciplinar, quepoderá culminar com a aplicação da pena de:

(A) demissão por inassiduidade habitual.(B) advertência ou suspensão, por inassiduidade habitual.

(C) demissão por abandono de cargo.(D) advertência, sem prejuízo da posterior demissão caso o servidor falte mais 15 dias nos próximos 12meses.(E)) advertência, sem prejuízo da posterior demissão caso o servidor falte mais 15 dias nos próximos 8meses.

6(FCC/TRE-MS/Analista Administrativo/2007) Lúcia, servidora do Tribunal Regional Eleitoral de MatoGrosso do Sul, foi destituída de seu cargo em comissão por ter dilapidado o Patrimônio Nacional. Neste caso,de acordo com a Lei no 8.112/90, Lúcia:

(A) não poderá retornar ao serviço público federal, havendo dispositivo legal expresso neste sentido.

(B) está incompatibilizada para nova investidura em cargo público federal pelo prazo de 5 anos.(C) está incompatibilizada para nova investidura em cargo público federal pelo prazo de 2 anos.(D) está incompatibilizada para nova investidura em cargo público federal pelo prazo de 8 anos.(E) poderá retornar ao serviço público federal, não havendo incompatibilização para nova investidura.

7(FCC/TRE-MS/Técnico Judiciário/2007) De acordo com a Lei no 8.112/90, com relação às penalidadesdisciplinares é correto afirmar:

(A) A ação disciplinar quanto à penalidade de advertência prescreverá em doze meses contados da data emque o fato se tornou conhecido.(B) Entende-se por inassiduidade habitual a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trintadias.

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(C) Quanto à penalidade de demissão, a ação disciplinar prescreverá em dois anos, contados da data em que 

o fato se tornou conhecido .

(D) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casosde infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

(E) A penalidade de advertência terá o seu registro cancelado após o decurso de 5 anos e o respectivocancelamento surtirá efeitos retroativos.

8(FCC/TRF-4a. Oficial de Justiça/2007) O processo administrativo, em matéria disciplinar, admite revisãoque deverá atender, dentre outros requisitos, ao que se afirma em:

(A) Deverá ser requerida até 1 (um) ano após a condenação e quando se aduzirem fatos novos que justifiquem a renovação do processo.(B) Poderá ser pedida a qualquer tempo e quando se aduzirem circunstâncias suscetíveis de justificar ainocência do punido.

(C) Quando da ocorrência de inadequação da pena aplicada, e requerida até 2 (dois) anos após a imposiçãoda pena.(D) Quando da demonstração simples da injustiça da penalidade, podendo ser requerida a qualquer tempo,desde que a pedido do servidor.(E) Quando do pedido de reavaliação de elementos já apreciados no processo originário e simples alegaçãode injustiça em geral.

9(NCE/Delegado Civil RJ/2002) Com relação ao processo administrativo disciplinar adotado no Estado doRio de Janeiro, no Estatuto dos Funcionários Públicos Civis, analise as afirmativas a seguir:

I. É possível a aplicação da punição suspensão por até trinta dias nos autos de sindicância.II. A exoneração será aplicada nas faltas graves superiores as que ensejam a punição de suspensão.III. A aplicação da punição de advertência dispensa a instauração formal de sindicância ou processoadministrativo.

A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:a) Ib) IIc) IIId) I e IIe) I e III

10(ESAF/AFRF/2000) O servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médicadeterminada pela autoridade competente, será punido com:

a) advertênciab) demissãoc) cassação de aposentadoria d) suspensão de até 15 diase) suspensão de até 90 dias

11(ESAF/IRB-Analista/2006) Assinale a opção que descreva hipótese em que a responsabilidadeadministrativa do servidor público será afastada.

a) Sentença civil transitada em julgado que isente o servidor de responsabilidade.b) Sentença penal que absolva o servidor por falta de provas.c) Sentença penal que absolva o servidor por inexistência do fato.

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d) Sentença penal que absolva o servidor por reconhecer que o mesmo atuou em legítima defesa.e) Sentença civil que isente o servidor de responsabilidade por reconhecer a existência de força maior.

12(FCC/TRT-PI/Técnico Judiciário/2004) Considere:

I. José foi absolvido criminalmente em sentença que negou a ocorrência do fato que lhe era imputado, masisso não afasta a sua responsabilidade administrativa.

II. O servidor público que, no exercício do cargo ou função, age ou deixa de agir, dolosa ou culposamente,causando danos ao erário ou a terceiros, pode ser responsabilizado civil, penal e administrativamente.III. O servidor público federal que, no desempenho do cargo ou função, causar dano a terceiros, responderáperante a Fazenda Pública, em ação regressiva, somente se agiu com dolo.IV. Se falecer o servidor devedor, a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra elesserá executada, até o limite do valor da herança recebida.

É correto o que se contém APENAS em:

(A) I e II(B) I e III(C) II e III

(D) II e IV(E) III e IV

13(NCE/Inspetor de Polícia/2001) O ato administrativo que pode ser usado para a instauração de processoadministrativo disciplinar e sindicâncias é:

a) a certidão;b) a portaria;c) o provimento;d) o decreto;e) a ordem de serviço.

14(FCC/TRT-PI/Técnico Judiciário/2004) Antônio foi punido com 3 (três) advertências por infraçõesdisciplinares decorrentes de fatos diversos. A última delas ocorreu em julho de 2001. Em setembro de 2004,Antônio ausentou-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato. Nesse caso,a Administração Pública deverá aplicar a pena de:

(A) suspensão, em razão da reincidência(B) advertência por escrito(C) demissão(D) multa(E) advertência verbal

15(FCC/TRT-PI/Técnico Judiciário/2004) A ação disciplinar em relação a Sérgio, Técnico Judiciário do TRT,

que, sem nenhuma justificativa não comparece há 45 (quarenta e cinco) dias ao trabalho, prescreverá em:

(A) 5 (cinco) anos e a pena será aplicada pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho(B) 5 (cinco) anos e a pena será aplicada pelo Presidente da República.(C) 2 (dois) anos e a pena será aplicada pelo chefe da repartição a que está vinculado.(D) 2 (dois) anos e a pena será aplicada pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho.(E) 180 (cento e oitenta) dias e a pena será aplicada pela autoridade que houver feito a nomeação.

16(ESAF/ Analista de Finanças e Controle - AFC/CGU/2008) A respeito do processo administrativodisciplinar, é correto afirmar que:

a) mesmo que o fato narrado não configure evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia

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não poderá ser arquivada.b) o prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá a sessenta dias, contados da oitiva doinvestigado, admitida a sua prorrogação por prazo não superior a trinta dias.c) no inquérito, o servidor terá que acompanhar o processo pessoalmente.d) não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente doacusado, consangüíneo ou afim, em linha reta, até o segundo grau.e) como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a

autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo,pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

17(CESPE/Analista Administrativo/TRE-PA/2007) Um servidor público praticou crime contra aadministração pública e, por esse mesmo fato, foram instaurados procedimento administrativo disciplinar eprocesso criminal. Ante tais fatos, o advogado do servidor requereu a suspensão do procedimentoadministrativo até que transitasse em julgado a sentença penal. A propósito da situação acima descrita econsiderando a jurisprudência do STF e do Superior Tribunal de Justiça aplicável ao caso, assinale a opçãocorreta.

(A) Será considerada correta eventual decisão no sentido de suspender o procedimento administrativo até otérmino definitivo do processo penal, já que este último conduz a conseqüências jurídicas mais graves, que

interferem na restrição ao direito de liberdade do indivíduo.(B) A absolvição criminal somente terá repercussão no procedimento administrativo se ficar provado, noâmbito judicial, a inexistência do fato ou que o servidor não foi o autor do crime.(C) A falta de provas no processo criminal impede a administração de aplicar penalidade ao servidor.(D) A prescrição administrativa implica, de igual modo, impossibilidade de aplicação de pena no âmbito doprocesso judicial.(E) O correto seria o Ministério Público, como fiscal da aplicação da lei, requerer a suspensão do processo

 judicial até que a administração concluísse o procedimento administrativo.

18(FCC/TRT-AL/Técnico Judiciário/2008) Aretuza, aposentou-se de seu cargo público federal.Posteriormente, foi condenada em processo administrativo por ter recebido propina, em razão de suasatribuições quando estava em atividade. Nesse caso, Aretuza:

(A) responderá apenas criminalmente por ser fato delituoso.(B) continua aposentada por não ter mais vínculo funcional.(C) será notificada para repor o valor da propina sem outras conseqüências.(D) terá cassada sua aposentadoria.(E) responderá apenas civilmente para o ressarcimento de terceiros.

19(FCC/TRT-SP/Técnico Judiciário/2008) A respeito das responsabilidades do servidor público civil daUnião, em conformidade com a Lei no 8.112/90, é correto afirmar:

(A) A responsabilidade penal do servidor abrange tão-só os crimes contra a Administração Pública.(B) A obrigação de reparar o dano não se estende aos sucessores.

(C) A responsabilidade civil do servidor decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulteem prejuízo ao erário ou a terceiros.(D) Sendo independentes as instâncias, a responsabilidade administrativa do servidor não será afastada,mesmo no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato.(E) Tratando-se de dano causado a terceiros, a responsabilidade será da União, respondendo o servidorapenas no âmbito administrativo.

20(FCC/TRT-GO/Técnico Judiciário/2008) Com referência à responsabilidade do servidor, de acordo com aLei que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, é correto afirmar:

(A) Mesmo que o servidor seja absolvido em processo criminal por decisão que negue a existência do fato, oservidor responderá administrativamente.

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(B) O servidor demitido em processo administrativo pela prática de ato irregular no exercício do cargo, nãoresponderá civilmente pelo mesmo ato.(C) A responsabilidade penal abrange apenas os crimes imputados ao servidor, nessa qualidade.(D) A obrigação de reparar o dano causado ao erário ou a terceiros estende-se aos sucessores e contra elesserá executada, até o limite do valor da herança recebida.(E) Se o terceiro prejudicado for ressarcido pelo Poder Público em regular ação judicial, o servidor nãoresponderá pelo dano a ele causado.

21(FCC/ANS-Técnico em Regulação/2007) No que se refere às penalidades previstas para os servidorespúblicos federais, nos termos da Lei no 8.112/90, é correto afirmar que a:

(A) exoneração será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com suspensão e de violação das demais proibições que tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão.(B) destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos deinfração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.(C) suspensão será aplicada nos casos de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentaçãoou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave, não podendo exceder de 30 (trinta)dias.(D) penalidade de destituição de função comissionada terá seu registro cancelado, após o decurso de 2 (dois)

anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.(E) cassação da aposentadoria ou da disponibilidade ocorrerá quando o servidor inativo houver praticado, nainatividade, falta punível com a suspensão. 

22(FCC/TRF-1a./Analista Judiciário/2007) Túlio, servidor público federal sofreu pena disciplinar em julho de2003, sendo que seis meses depois teve declarada sua ausência na esfera cível. Nesse caso, tendo em vistaa Lei no 8.112 de 11/12/1990, esse processo administrativo:(A) não é mais passível de revisão tendo em vista a ocorrência da prescrição e decadência.(B) poderá ser revisto a qualquer tempo, e por requerimento de qualquer pessoa da família.

(C) estará sujeito a revisão desde que o servidor seja encontrado ou justifique seu desaparecimento.(D) não poderá ser revisto porque esse direito é personalíssimo, salvo se houver comprovação de seu

falecimento.(E) não pode ser revisto de ofício, porque depende de pedido formal e exclusivo dos sucessores ou terceirosinteressados.

23(FCC/TRF-1a./Técnico Judiciário/2007) Marco Antonio, técnico judiciário, vem acumulando ilegalmenteseu cargo com outra função na Prefeitura Municipal de sua cidade. Nesse caso, Marco Antonio estará sujeitoà pena de:(A) demissão (B) suspensão até a regularização da situação funcional.(C) advertência por escrito e perda da função municipal.(D) multa de 50% de seus vencimentos.(E) repreensão verbal e afastamento da função municipal. 

24(FCC/TRF-1a./Técnico Judiciário/2007) No que tange às penalidades observa-se que para a configuraçãoda inassiduidade é necessária a falta ao serviço sem causa justificada por:(A) trinta dias consecutivos ou sessenta dias interpolados em dois anos.(B) quarenta e cinco dias, interpoladamente, durante o período de dois anos.(C) quarenta e cinco dias consecutivos ou interpolados durante o período de doze meses.(D) sessenta dias consecutivos ou trinta dias interpolados durante seis meses.(E) sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.

25(FCC/TRF-1a./Técnico Judiciário/2007) Dentre outras, NÃO constitui proibição ao servidor público federal:(A) proceder de forma desidiosa.

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(B) recusar fé a documentos públicos.(C) participar de gerência de sociedade privada, de regra.(D) recusar emprego ou pensão de estado estrangeiro.(E) recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 

GABARITOS

EXERCÍCIOS – PARTE 1

1 E 2 B 3 A 4 C 5 D 6 E B 8 B 9 E 10 E 11 C 12 C 13 D 

14 D 15 B 16 D 17 B 18 B 19 C 20 D 21 E 22 A 23 C 24 E 25 B 

EXERCÍCIOS – PARTE 2

1 E 2 C 3 B 4 A 5 A 6 B 7 B 8 E 9 C 10 C 11 C 12 E 13 C 14 B 15 D 16 E 17 C 18 D 19 B 20 B 21 A 22 C 23 C 24 D 25 C 

EXERCÍCIOS – PARTE 3

1 A 2 D 3 C 4 D 5 E 6 A 7 D 8 B 9 A 10 D 11 C 12 D 13 B 14 B 15 A 16 E 17 B 18 D 19 C 20 D 21 B 22 B 23 A 24 E 25 D