LEI 8.112 COMPLETA.pdf

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    CONTM QUESTES DE CONCURSOS 2013!!!

    ATUALIZADA COM:

    Lei 12.527, de 18/11/11 (DOU 18/11/11).

    Lei 12.764, de 27/12/12 (DOU 28/12/12).

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    1. ESTATUTO DOS SERVIDORES PBLICOS FEDERAIS - LEI 8.112/90

    1.1 INTRODUO: O QUE MESMO REGIME JURDICO? O REGIME JURDICO DOS SERVIDORES PBLICOS

    FEDERAIS NICO?

    Regime jurdico dos servidores pblicos o conjunto de princpios e regras referentes a direitos, deveres e demais normas que regem a sua vida funcional. A lei que rene estas regras

    denominada de Estatuto e o regime jurdico correspondente chamado de estatutrio.

    Segundo o STF no h direito adquirido a regime jurdico, o que significa que as regras do

    regime ao qual est vinculado o servidor podem ser modificadas (resguardando-se, por bvio, os direitos

    adquiridos) unilateralmente pela Administrao Pblica, como ocorreu, p. ex., com a alterao promovida na

    Lei 8.112/90, pela Lei 9.527/97, retirando-se do Estatuto inmeros direitos dos servidores pblicos federais

    como a possibilidade de incorporao de anunios e os chamados quintos das gratificaes, licena prmio,

    venda de 1/3 das frias etc.

    O Regime Jurdico dos Servidores Federais nico? Atualmente, sim!

    ATENO!!! MUITO IMPORTANTE!!! A VOLTA DO REGIME JURDICO NICO

    No Dia 02/08/2007, aps sete anos da propositura da Ao Direta de Inconstitucionalidade n 2.135/2000, o Supremo Tribunal Federal suspendeu, em medida cautelar, atravs de oito votos a favor e trs

    contra, o caput do artigo 39 da Constituio, com a redao dada pela Emenda Constitucional 19/1998,

    restabelecendo o texto original previsto pelo Legislador Constituinte Originrio, que estabelecia regime jurdico

    nico para os servidores pblicos da Administrao Pblica direta, das Autarquias e das Fundaes Pblicas

    (RJU).

    de se notar que a deciso liminar, como de regra, foi concedida com efeitos meramente prospectivos, isto , ex nunc, o que traz como conseqncia que os efeitos advindos da EC 19/98 permanecero em

    vigor at a data da deciso cautelar, isto , 02/08/2007, e, a partir da publicao da deciso, no poder ser

    realizada contratao pelo regime de emprego para a Administrao Pblica direta, das Autarquias e das

    Fundaes Pblicas.

    Como efeito imediato, tem-se a inaplicabilidade da Lei n 9.962/2000, que disciplinou o regime de emprego pblico do pessoal da Administrao federal direta, autrquica e fundacional. Como agora s cabe um

    regime, nico, o estatutrio, no ser mais possvel a existncia de novos empregos pblicos no mbito da

    Administrao federal direta, autrquica e fundacional. Aqueles contratados sob esse regime antes da deciso

    do STF seguem em seus empregos, j que, como se disse, a deciso cautelar teve efeito ex nunc.

    Compare as duas redaes:

    Texto original da CF/88

    (redao vigente atualmente)

    Redao dada pela EC n 19, de 1998

    (suspensa pela ADI 2135/00, j. 02/08/07)

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os

    Municpios instituiro, no mbito de sua

    competncia, REGIME JURDICO NICO e

    planos de carreira para os servidores da

    administrao pblica direta, das autarquias e das

    fundaes pblicas.

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os

    Municpios instituiro conselho de poltica de

    administrao e remunerao de pessoal, integrado

    por servidores designados pelos respectivos Poderes.

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    QUESTES!!! REGIME JURDICO NICO!!!1

    1 (CESPE-TCNICO ADM.-TRE-GO-FEV-2009)2 Tendo em vista o regime jurdico aplicvel aos

    servidores pblicos federais, assinale a opo correta.

    A) O regime estatutrio o regime jurdico aplicvel aos servidores da administrao direta, mas no aos das

    autarquias e fundaes pblicas, pois estas, como entidades que integram a administrao indireta, submetem-

    se ao regime celetista.

    B) Com a Emenda Constitucional n. 19/1998, no mais se exige, para os servidores da administrao direta,

    autrquica e fundacional, que seja observado unicamente o regime estatutrio, podendo esses servidores, alm

    do disposto nos estatutos, ter suas relaes laborais norteadas tambm pela CLT.

    C) Os rgos da administrao direta tm de observar unicamente o regime estatutrio, no qual constam todos

    os requisitos necessrios para investidura, remunerao, promoo, aplicao de sanes disciplinares, entre

    outros.

    D) A Lei n. 8.112/1990 aplicvel tanto aos servidores da administrao direta quanto aos empregados das

    empresas pblicas. Esto sujeitos ao regime geral das empresas privadas apenas os servidores das sociedades

    de economia mista, que tm a natureza de pessoa jurdica de direito privado.

    2 (FCC-PROMOTOR-CE-JAN-2009) Consoante a disciplina constitucional e jurisprudencial relativa aos

    servidores pblicos,

    (A) os servidores pblicos, organizados ou no em carreira, podero ser remunerados por subsdio.

    (B) os conflitos advindos das contrataes temporrias fundadas no art. 37, inciso IX, da Constituio so da

    competncia da Justia Trabalhista.

    (C) a falta de defesa tcnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituio.

    (D) viola a Constituio Federal a nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou

    por afinidade, at o quarto grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica

    investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de

    confiana ou, ainda, de funo gratificada na administrao pblica direta e indireta em qualquer dos poderes

    da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, compreendido o ajuste mediante designaes

    recprocas.

    (E) a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime

    jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das

    fundaes pblicas.

    3 (UNIVERSA-AGENTE DE POLCIA-DF-MAR-2009) Quanto ao disciplinamento dos agentes pblicos,

    assinale a alternativa incorreta.

    (A) No s as carreiras explicitadas na Constituio Federal podem ser remuneradas via subsdio.

    (B) Aos servidores que tiverem seu primeiro vnculo estatutrio ao serem empossados nos seus cargos em

    decorrncia de aprovao no concurso que ora se realiza, no mais se aplica a possibilidade de se aposentarem

    voluntariamente com proventos integrais.

    1 Gabarito: 1.C; 2.E; 3.C; 4.C; 5.E 6.C; 7.E; 8.C; 9.E; 10.E; 11. C; 12.E

    2 CESPE: QUESTO 61 alterada de B para C. A opo B est errada, pois o STF deferiu medida cautelar para o fim de

    suspender a vigncia do art. 39, caput, da Constituio, com redao dada pela EC 19/98, por considerar a existncia de aparentes

    indcios de inconstitucionalidade formal, tendo em vista erro de procedimento na tramitao daquela emenda. Isso rendeu ensejo

    ao retorno da redao anterior do dispositivo constitucional, pela qual havia sido institudo o regime jurdico nico. A opo C

    est certa na medida em que os rgos da Administrao direta tm de observar unicamente o regime estatutrio, exceo feita

    apenas s empresas pblicas e s sociedades de economia mista, que, nos termos do artigo 173, 1, da CF, sujeitam-se ao regime

    geral das empresas privadas o regime celetista. Observe-se que o enunciado da questo remete Administrao direta federal, na qual os servidores integralmente submetidos ao regime estatutrio da Lei n. 8.112/90.

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    (C) No bojo de medidas que visam implementar a Administrao Pblica gerencial, vige, por introduzido pela

    Emenda Constitucional n. 19, de 1998, a possibilidade de contratao de pessoal efetivo em entes de direito

    pblico via Consolidao das Leis do Trabalho. Na prtica, o fim do regime jurdico nico, o RJU.

    (D) No se pode afirmar que todos os cargos pblicos so ocupados exclusivamente aps concurso pblico.

    (E) Posto serem de direito pblico a natureza dos princpios aplicveis, os servidores pblicos no tm direito

    adquirido manuteno de direito previsto em estatuto.

    4 (CESPE-AUDITOR FEDERAL DE C. EXTERNO-AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS-TCU-

    JUL-2009) Acerca da administrao pblica, julgue os itens que se seguem.

    (__) Atualmente, em razo de deciso do Supremo Tribunal Federal, a Unio, os estados, o Distrito Federal

    (DF) e os municpios devem instituir, no mbito de suas competncias, regime jurdico nico e planos de

    carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas.

    5(CESPE-JUIZ-TRT-1R-2010) (___) Em 2007, o STF deferiu medida cautelar, com efeitos retroativos,

    restabelecendo a eficcia da redao original do art. 39, caput, da CF, que previa o regime jurdico nico.

    Com essa deciso, no mais se admite a criao de empregos pblicos no mbito da administrao direta,

    autrquica e fundacional, devendo ser invalidadas as situaes constitudas anteriormente a 2007 que ignorem

    a existncia do regime nico.

    6 (CESPE-JUIZ FEDERAL-TRF1-2011) (__) Segundo deciso liminar exarada pelo STF, permanece em

    vigor a redao original do dispositivo da CF que consagra o regime jurdico nico no mbito da

    administrao direta, das autarquias e das fundaes, tanto na esfera federal como estadual e municipal.

    7 (CESPE-JUIZ FEDERAL-TRF3-DEZ/2011) (__) Tendo o STF deferido medida cautelar para suspender

    a eficcia do art. 39 da CF, com a redao dada pela Emenda Constitucional n. 19/1998, o regime jurdico

    nico voltou a ser obrigatrio em toda a administrao direta e indireta da Unio, dos estados, do DF e dos

    municpios.

    8 (CESPE/TJ-RR/ADMINISTRADOR/2012) Os agentes administrativos vinculam-se profissionalmente ao

    Estado ou s suas entidades autrquicas e fundacionais e se sujeitam hierarquia funcional e ao regime

    jurdico nico da entidade estatal a que servem.

    9 (CESPE/2012/MPE-PI/ANALISTA/REA ADMINISTRATIVA) A Constituio Federal determina a

    obrigatoriedade de a Unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios institurem, no mbito de

    sua competncia, regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao direta e de

    todas as entidades da administrao indireta.

    10 (ESAF/PGFN/PROCURADOR/2012) No que se refere ao chamado Regime Jurdico nico, atinente

    aos servidores pblicos federais, correto afirmar que:

    a) tal regime nunca pde ser aplicado a estatais, sendo caracterstico apenas da Administrao direta.

    b) tal regime, a partir de uma emenda Constituio Federal de 1988, passou a ser obrigatrio tambm para as

    autarquias.

    c) consoante deciso exarada pelo Supremo Tribunal Federal, a obrigatoriedade de adoo de tal regime no

    mais subsiste, tendo-se extinguido com a chamada Reforma Administrativa do Estado Brasileiro, realizada

    por meio de emenda constitucional.

    d) tal regime sempre foi aplicvel tambm s autarquias.

    e) tal regime, que deixou de ser obrigatrio a partir de determinada emenda constitucional, passou a

    novamente ser impositivo, a partir de deciso liminar do Supremo Tribunal Federal com efeitos ex nunc.

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    11 (ESAF-AFRFB-ESAF-2012) A deciso do STF que determinou a suspenso liminar da vigncia da

    norma contida no caput do art. 39 da CF, com a redao dada pela EC 19/98, ressaltou seus efeitos ex nunc,

    subsistindo a legislao editada nos termos da emenda declarada suspensa.

    12 (ESAF-PROCURADOR-PFN-2012) No que se refere ao chamado Regime Jurdico nico, atinente aos

    servidores pblicos federais, correto afirmar que:

    a) tal regime nunca pde ser aplicado a estatais, sendo caracterstico apenas da Administrao direta.

    b) tal regime, a partir de uma emenda Constituio Federal de 1988, passou a ser obrigatrio tambm para as

    autarquias.

    c) consoante deciso exarada pelo Supremo Tribunal Federal, a obrigatoriedade de adoo de tal regime no

    mais subsiste, tendo-se extinguido com a chamada Reforma Administrativa do Estado Brasileiro, realizada

    por meio de emenda constitucional.

    d) tal regime sempre foi aplicvel tambm s autarquias.

    e) tal regime, que deixou de ser obrigatrio a partir de determinada emenda constitucional, passou a

    novamente ser impositivo, a partir de deciso liminar do Supremo Tribunal Federal com efeitos ex nunc.

    Vejamos a seguir o sumrio integral da Lei 8.112/90 e as disposies pertinentes para o

    concurso.

    1.2 SUMRIO INTEGRAL DA LEI 8.112/90

    LEI 8.112/90

    TTULO I (arts. 1 a 4)

    CAPTULO NICO - DAS DISPOSIES PRELIMINARES (arts. 1 a 4)

    TTULO II - DO PROVIMENTO, VACNCIA, REMOO, REDISTRIBUIO E SUBSTITUIO (arts. 5 a 39)

    CAPTULO I - DO PROVIMENTO (arts. 5 a 32)

    Seo I - Disposies Gerais (arts. 5 a 8)

    Seo II - Da Nomeao (arts. 9 a 10)

    Seo III - Do Concurso Pblico (arts. 11 a 12)

    Seo IV - Da Posse e do Exerccio (arts. 13 a 20)

    Seo V - Da Estabilidade (arts. 21 a 22)

    Seo VI - Da Transferncia (art. 23)

    Seo VII - Da Readaptao (art. 24)

    Seo VIII - Da Reverso (arts. 25 a 27)

    Seo IX - Da Reintegrao (art. 28)

    Seo X - Da Reconduo (art. 29)

    Seo XI - Da Disponibilidade e do Aproveitamento (arts. 30 a 32)

    CAPTULO II - DA VACNCIA (arts. 33 a 35)

    CAPTULO III - DA REMOO E DA REDISTRIBUIO (arts. 36 a 37)

    Seo I - Da Remoo (art. 36)

    Seo II - Da Redistribuio (art. 37)

    CAPTULO IV - DA SUBSTITUIO (arts. 38 a 39)

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    TTULO III - DOS DIREITOS E VANTAGENS (arts. 40 a 115)

    CAPTULO I - DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO (arts. 40 a 48)

    CAPTULO II - DAS VANTAGENS (arts. 49 a 76-A)

    Seo I - Das Indenizaes (arts. 51 a 60)

    Subseo I - Da Ajuda de Custo (arts. 53 a 57)

    Subseo II - Das Dirias (arts. 58 a 59)

    Subseo III - Da Indenizao de Transporte (art. 60)

    Subseo IV - Do Auxlio-moradia (arts. 60-A a 60-E)

    Seo II - Das Gratificaes e Adicionais (arts. 61 a 76-A )

    Subseo I - Da Retribuio pelo Exerccio de Funo de Direo, Chefia e Assessoramento (arts. 62 a 62-A)

    Subseo II - Da Gratificao Natalina (arts. 63 a 66)

    Subseo III - Do Adicional por Tempo de Servio (art. 67)

    Subseo IV - Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas (arts. 68 a 72)

    Subseo V - Do Adicional por Servio Extraordinrio (arts. 73 a 74)

    Subseo VI - Do Adicional Noturno (art. 75)

    Subseo VII - Do Adicional de Frias (art. 76)

    Subseo VIII - Da Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso (arts. 76-A)

    CAPTULO III - DAS FRIAS (arts. 77 a 80)

    CAPTULO IV - DAS LICENAS (arts. 81 a 92)

    Seo I - Disposies Gerais (arts. 81 a 82)

    Seo II - Da Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia (art. 83)

    Seo III - Da Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge (art. 84)

    Seo IV - Da Licena para o Servio Militar (art. 85)

    Seo V - Da Licena para Atividade Poltica (art. 86)

    Seo VI - Da Licena para Capacitao (arts. 87 a 90)

    Seo VII - Da Licena para Tratar de Interesses Particulares (art. 91)

    Seo VIII - Da Licena para o Desempenho de Mandato Classista (art. 92)

    CAPTULO V - DOS AFASTAMENTOS (arts. 93 a 96)

    Seo I - Do Afastamento para Servir a Outro rgo ou Entidade (art. 93)

    Seo II - Do Afastamento para Exerccio de Mandato Eletivo (art. 94)

    Seo III - Do Afastamento para Estudo ou Misso no Exterior (arts. 95 a 96)

    Seo IV - Do Afastamento para Participao em Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu no Pas (art. 96-A)

    CAPTULO VI - DAS CONCESSES (arts. 97 a 99)

    CAPTULO VII - DO TEMPO DE SERVIO (arts. 100 a 103)

    CAPTULO VIII - DO DIREITO DE PETIO (arts. 104 a 115)

    TTULO IV - DO REGIME DISCIPLINAR (arts. 116 a 142)

    CAPTULO I - DOS DEVERES (art. 116)

    CAPTULO II - DAS PROIBIES (art. 117)

    CAPTULO III - DA ACUMULAO (arts. 118 a 120)

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    CAPTULO IV - DAS RESPONSABILIDADES (arts. 121 a 126)

    CAPTULO V - DAS PENALIDADES (arts. 127 a 142)

    TTULO V - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (arts. 143 a 182)

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS (arts. 143 a 146)

    CAPTULO II - DO AFASTAMENTO PREVENTIVO (art. 147)

    CAPTULO III - DO PROCESSO DISCIPLINAR (arts. 148 a 182)

    Seo I - Do Inqurito (arts. 153 a 166)

    Seo II - Do Julgamento (arts. 167 a 173)

    Seo III - Da Reviso do Processo (arts. 174 a 182)

    TTULO VI - DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR (arts. 183 a 231)

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS (arts. 183 a 185)

    CAPTULO II - DOS BENEFCIOS (arts. 186 a 229)

    Seo I - Da Aposentadoria (arts. 186 a 195)

    Seo II - Do Auxlio-Natalidade (art. 196)

    Seo III - Do Salrio-Famlia (arts. 197 a 201)

    Seo IV - Da Licena para Tratamento de Sade (arts. 202 a 206-A)

    Seo V - Da Licena Gestante, Adotante e da Licena-Paternidade (arts. 207 a 210)

    Seo VI - Da Licena por Acidente em Servio (arts. 211 a 214)

    Seo VII - Da Penso (arts. 215 a 225)

    Seo VIII - Do Auxlio-Funeral (arts. 226 a 228)

    Seo IX - Do Auxlio-Recluso (art. 229)

    CAPTULO III - DA ASSISTNCIA SADE (art. 230)

    CAPTULO IV - DO CUSTEIO (art. 231)

    TTULO VII

    CAPTULO NICO - DA CONTRATAO TEMPORRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PBLICO (arts. 232 a 235)

    TTULO VIII (arts. 236 a 242)

    CAPTULO NICO - DAS DISPOSIES GERAIS (arts. 236 a 242)

    TTULO IX (arts. 243 a 253 )

    CAPTULO NICO - DAS DISPOSIES TRANSITRIAS E FINAIS (arts. 242 a 253)

    Segue abaixo o texto integral da Lei 8.112/90.

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    1.3 DAS DISPOSIES PRELIMINARES (ARTS. 1. AO 4.)

    Ttulo I

    Captulo nico

    Das Disposies Preliminares

    Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias,

    inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais.

    CESPE 2013!!! (CESPE - 2013 - TRE-MS - Tcnico Judicirio - rea Administrativa )

    3 A Lei n. 8.112/1990 aplica-se

    a) aos servidores temporrios.

    b) aos servidores pblicos efetivos do Distrito Federal.

    c) aos servidores pblicos militares.

    d) aos servidores pblicos das empresas pblicas.

    e) aos servidores pblicos das autarquias

    Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico.

    Art. 3o Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura

    organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

    Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com

    denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em

    comisso.

    Art. 4o proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

    1.4 DO PROVIMENTO

    Ttulo II

    Do Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e Substituio

    Captulo I

    Do Provimento

    Seo I

    Disposies Gerais

    Art. 5o So requisitos BSICOS para INVESTIDURA em cargo pblico:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos polticos;

    III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;

    IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;

    V - a idade mnima de dezoito anos;

    VI - aptido fsica e mental.

    1o As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei.

    3 Gabarito: E

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    ATENO!!!

    Sobre o momento da exigncia dos requisitos para a investidura no cargo, vale registrar o teor da Smula 266

    do STJ:

    O diploma ou habilitao legal para o exerccio do cargo deve ser exigido na posse e no na inscrio para o concurso pblico.

    SMULAS E ENTENDIMENTOS DO STF!!!

    STF: 14 (de 1964) No admissvel, por ato administrativo, restringir, em razo da idade, inscrio em concurso para cargo pblico. (OBS.: Embora o site do STF informe que a Sm. 14 foi cancelada, o

    entendimento permanece vlido)

    ESAF 2012!!!

    (ESAF-MPOG-2012)4 (__) admissvel, por lei ou ato administrativo, restringir em razo da idade, inscrio

    em concurso para cargo pblico.

    STF: 683 (de 2003) O limite de idade para inscrio em concurso pblico s se legitima em face do art. 7., XXX, da Constituio, quando possa ser justificado pela natureza das atribuies do cargo a ser

    preenchido.

    ESAF !!!

    (ESAF-PROCURADOR DO MINISTRIO PBLICO NO TCE/GO-NOV-2007)5 No que tange a

    exigncias estabelecidas para o provimento originrio e efetivo exerccio de cargo pblico, assinale a opo

    que constitui entendimento hoje sedimentado no Supremo Tribunal Federal.

    a) aceitvel, excepcionalmente, o estabelecimento de idade mnima do pretendente ao cargo pblico, mas

    apenas como exigncia para a nomeao no referido cargo.

    b) O limite de idade para a inscrio em concurso pblico legtimo, quando tal limite possa ser justificado

    pela natureza das atribuies do cargo a ser preenchido.

    c) aceitvel, em determinada hiptese, o estabelecimento de idade mnima do pretendente ao cargo pblico,

    mas apenas como exigncia para a posse no referido cargo.

    d) aceitvel, em determinada hiptese, o estabelecimento de idade mnima do pretendente ao cargo pblico,

    mas apenas como exigncia para a efetiva entrada em exerccio no referido cargo.

    e) inaceitvel a exigncia de idade mnima do pretendente a cargo pblico, que seja provido por concurso

    pblico, se esse comprovadamente detm capacidade plena para o exerccio de direitos, e assuno de

    obrigaes, nas esferas civil e penal.

    CESPE !!!

    (CESPE-OAB-SP-SET-2008)6 Assinale a opo correta com relao aos princpios que regem a

    administrao pblica.

    A) No ofende o princpio da moralidade administrativa a nomeao de servidora pblica do Poder Executivo

    para cargo em comisso em tribunal de justia no qual o vice-presidente seja parente da nomeada.

    4 Gabarito: Errado

    5 Gabarito: B

    6 Gabarito: C

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    B) A administrao pblica pode, sob a invocao do princpio da isonomia, estender benefcio ilegalmente

    concedido a um grupo de servidores a outro grupo que esteja em situao idntica.

    C) Ato administrativo no pode restringir, em razo da idade do candidato, inscrio em concurso para cargo

    pblico.

    D) O Poder Judicirio pode dispensar a realizao de exame psicotcnico em concurso para investidura em

    cargo pblico, por ofensa ao princpio da razoabilidade, ainda quando tal exigncia esteja prevista em lei.

    2o s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico

    para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para

    tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

    STJ - SMULA 377

    STJ/377: O portador de viso monocular tem direito de concorrer, em concurso pblico, s vagas reservadas aos deficientes (DJ 05/05/2009)

    STJ Servidor concursado com viso monocular ser indenizado por demora na posse

    Um servidor pblico de Pernambuco ser indenizado em danos materiais porque foi nomeado com atraso depois de passar em concurso. Ele havia sido impedido de tomar posse aps a percia mdica do certame

    entender que a viso monocular do candidato no era suficiente para sua classificao nas vagas destinadas

    aos portadores de deficincia fsica. Por fora de uma deciso do Superior Tribunal de Justia (STJ), em 2008,

    o servidor pblico finalmente assumiu o cargo de tcnico judicirio em rgo do estado.

    (...)

    Com a deciso, os ministros reconheceram o direito do servidor pblico a receber o pagamento das verbas

    remuneratrias que deveriam ter sido conferidas a ele caso tivesse tomado posse na data correta. O valor da

    compensao por danos materiais havia sido estabelecido na sentena de primeira instncia e confirmado no

    acrdo do TJPE.

    Benedito Gonalves destacou que no se trata de determinar o pagamento de remunerao retroativa quele que no trabalhou, mas de fixao de um montante que reflita o dano patrimonial que o autor da ao

    experimentou por no ter tomado posse na poca certa.

    O ministro lembrou que a jurisprudncia tem entendido que o valor a ttulo de indenizao por danos

    materiais, em casos assim, deve considerar os vencimentos e vantagens que o servidor pblico deixou de

    receber no perodo em que lhe era legtima a nomeao. REsp 1213075; RMS 26105)

    STJ 2011 SURDEZ UNILATERAL VAGA DE DEFICIENTE

    1. Nos termos dos arts. 3., inciso I, e 4. do Decreto n. 3.298/99, que regulamentou a Lei n. 7.893/89, e do art. 5. da Lei n. 8.112/90, assegurada, no certame pblico, a reserva de vagas destinadas aos portadores de

    deficincia auditiva unilateral. (AgRg no REsp 1150154/DF, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2011,

    DJe 28/06/2011)

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    STF (NOV/2012)!!!

    CONCURSOS DA PF DEVEM RESERVAR VAGAS PARA PESSOAS COM DEFICINCIA

    A ministra Crmen Lcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou parcialmente

    procedente a Reclamao (Rcl 14145) apresentada pela Procuradoria-Geral da Repblica (PGR)

    reconhecendo a validade de concursos para escrivo, perito criminal e delegado da Polcia Federal desde que a

    Unio garanta a reserva de vagas para pessoas com deficincia.

    3o As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus

    cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta

    Lei.

    CESPE 2013!!!

    (CESPE - 2013 - TRE-MS - Tcnico Judicirio)7 Acerca dos requisitos para a investidura em cargo pblico,

    assinale a opo correta.

    a) As universidades podem prover seus cargos com professores estrangeiros.

    b) A idade mnima para a investidura em cargo pblico dezesseis anos.

    c) A investidura em o cargo pblico concretizada com a publicao da nomeao no Dirio Oficial.

    d) Vinte por cento das vagas de todos os concursos pblicos devem ser reservadas aos portadores de

    deficincia, vedada qualquer alegao de incompatibilidade entre a deficincia e o cargo.

    e) Para ser investido em cargo pblico, o candidato deve ter, ao menos, o ensino fundamental completo.

    Art. 6o O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente de cada

    Poder.

    Art. 7o A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse.

    Art. 8o So formas de PROVIMENTO de cargo pblico:

    I - nomeao;

    II - promoo;

    PROMOO: Lembre-se que, de acordo com o art. 37, 2., da CF, A Unio, os Estados e o Distrito Federal mantero escolas de governo para a formao e o aperfeioamento dos servidores pblicos,

    constituindo-se a participao nos cursos um dos requisitos para a promoo na carreira, facultada, para isso,

    a celebrao de convnios ou contratos entre os entes federados.

    III - (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    IV - (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    V - readaptao;

    VI - reverso;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegrao;

    IX - reconduo.

    7 Gabarito: A

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    ATENO

    As antigas formas de provimento ascenso e transferncia, previstas respectivamente no inc. III e IV, art. 8., da Lei 8.112/90, foram revogadas e, antes mesmo, consideradas inconstitucionais pelo

    Supremo Tribunal Federal.

    A nomeao, ato administrativo pelo qual se atribui um cargo a algum, conforme leciona Odete Medauar, a nica forma de provimento originrio, enquanto todas as demais so derivadas:

    NOMEAO provimento originrio PROMOO

    READAPTAO

    REVERSO provimentos derivados

    APROVEITAMENTO

    REINTEGRAO

    RECONDUO.

    ATENO!!!

    A REMOO E A REDISTRIBUIO NO SO FORMAS NEM DE PROVIMENTO NEM DE

    VACNCIA.

    CESPE 2013!!!

    1(CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judicirio - rea Judiciria)8 (__) De acordo com a legislao

    vigente, a ascenso e a transferncia so consideradas formas de provimento de cargo pblico.

    2(CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judicirio)9 (__) A reintegrao forma de provimento originrio

    de cargo pblico.

    ESAF!!!

    1. (ESAF - ANALISTA DE FINANAS E CONTROLE-CGU-MAR-2008)10

    So formas de provimento

    de cargo pblico, exceto:

    a) aproveitamento.

    b) transferncia.

    c) reconduo.

    d) promoo.

    e) reverso.

    2. (ESAF-ANALISTA-ANA-MAR-2009)11

    De acordo com a Lei n. 8.112/1990, so formas de provimento

    de cargo pblico, exceto:

    8 Gabarito: E

    9 Gabarito: E

    10 Gabarito: B

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    a) Nomeao.

    b) Promoo.

    c) Readaptao.

    d) Reconduo.

    e) Remoo.

    Seo II

    Da Nomeao

    Art. 9o A nomeao far-se-:

    I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

    II - em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos. (Redao dada pela

    Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Pargrafo nico. O servidor ocupante de cargo em comisso ou de natureza especial poder ser

    nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que

    atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da

    interinidade. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    CESPE 2011 (CESPE-TC-TRE-ES-JAN-2011)

    12 (__) Ainda que interinamente, vedado ao servidor pblico exercer

    mais de um cargo em comisso.

    Art. 10. A nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia

    habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o

    prazo de sua validade.

    Pargrafo nico. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira,

    mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na

    Administrao Pblica Federal e seus regulamentos. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    DIREITO NOMEAO: STF E STJ

    DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO, O CANDIDATO APROVADO TEM O DIREITO NOMEAO, QUANDO O CARGO FOR PREENCHIDO SEM OBSERVNCIA DA

    CLASSIFICAO. (Smula 15 do STF, de 1964)

    ADMINISTRATIVO. CONCURSO PBLICO. CANDIDATOS APROVADOS DENTRO DO NMERO DE VAGAS ORIGINARIAMENTE PREVISTAS. DIREITO SUBJETIVO NOMEAO. 1. Esta Corte

    firmou compreenso de que, se aprovado dentro do nmero de vagas previstas no edital, o candidato deixa de

    ter mera expectativa de direito para adquirir direito subjetivo nomeao para o cargo a que concorreu e foi

    habilitado. 2. Recurso provido. (STJ, RMS 15.420/PR, Rel. Ministro PAULO GALLOTTI, 6 T, j. 17.04.2008, DJ 19.05.2008, p. 1)

    CONCURSO PBLICO. NOMEAO. ATO VINCULADO. Servidor pblico. Concurso para o cargo de oficial de justia do Estado de So Paulo. Candidato aprovado dentro do nmero de vagas previstas em edital.

    Direito lquido e certo nomeao. 1. O concurso representa uma promessa do Estado, mas promessa que o

    obriga o Estado se obriga ao aproveitamento de acordo com o nmero de vagas. 2. O candidato aprovado

    11

    Gabarito: E 12

    Gabarito: E

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    em concurso pblico, dentro do nmero de vagas previstas em edital, como na hiptese, possui no simples

    expectativa, e sim direito mesmo e completo, a saber, direito nomeao. 3. Precedentes: RMS-15.034, RMS-

    15.420, RMS-15.945 e RMS-20.718. (STJ, RMS 19478/SP, Rel. Ministro NILSON NAVES, 6 T, j. 06.05.2008, DJ 25.08.2008)

    DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. NOMEAO DE APROVADOS EM CONCURSO PBLICO. EXISTNCIA DE VAGAS PARA CARGO PBLICO COM LISTA DE

    APROVADOS EM CONCURSO VIGENTE: DIREITO ADQUIRIDO E EXPECTATIVA DE DIREITO.

    DIREITO SUBJETIVO NOMEAO. RECUSA DA ADMINISTRAO EM PROVER CARGOS

    VAGOS: NECESSIDADE DE MOTIVAO. ARTIGOS 37, INCISOS II E IV, DA CONSTITUIO DA

    REPBLICA. RECURSO EXTRAORDINRIO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Os candidatos

    aprovados em concurso pblico tm direito subjetivo nomeao para a posse que vier a ser dada nos cargos

    vagos existentes ou nos que vierem a vagar no prazo de validade do concurso. 2. A recusa da Administrao

    Pblica em prover cargos vagos quando existentes candidatos aprovados em concurso pblico deve ser

    motivada, e esta motivao suscetvel de apreciao pelo Poder Judicirio. 3. Recurso extraordinrio ao qual

    se nega provimento. (STF, RE 227480, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, Relator(a) p/ Acrdo: Min. CRMEN LCIA, Primeira Turma, julgado em 16/09/2008)

    STJ/2012: DIREITO NOMEO E CADASTRO DE RESERVA!!!

    No julgamento dos processos RMS 38117 e RMS 37882, em dezembro de 2012, o STJ entendeu que a criao

    de vaga gera direito subjetivo nomeao de candidato aprovado em cadastro de reserva.

    A aprovao de candidato em concurso pblico dentro do cadastro de reservas, ainda que fora do nmero de

    vagas inicialmente previstas no edital, garante o direito subjetivo nomeao se houver o surgimento de

    novas vagas, dentro do prazo de validade do concurso.

    QUESTES SOBRE O DIREITO NOMEO!!!!!13

    1. (JUIZ-TO-CESPE-JUN-2007) Maria, Snia, Joo e Paulo foram aprovados em concurso pblico para

    provimento de 7 vagas de analista judicirio no tribunal de justia de determinado estado da Federao, cujo

    edital, com base em lei estadual, previa que 20% das vagas seriam destinadas aos deficientes fsicos. Maria foi

    classificada em 6. lugar e Snia, em 1. lugar, entre os aprovados s vagas destinadas aos no-deficientes.

    Joo e Paulo classificaram-se em 1. e 2. lugar, respectivamente, entre as vagas destinadas aos deficientes. A

    respeito da situao hipottica apresentada, assinale a opo correta com base no tratamento constitucional

    destinado aos servidores pblicos.

    A) Conforme entendimento do STF, Maria no ter direito sua nomeao, j que devem ser duas as vagas

    destinadas aos deficientes fsicos e somente cinco destinadas aos no-deficientes.

    B) A deficincia fsica de Joo e Paulo pode ser comprovada com atestado mdico particular, o qual no

    poder ser impugnado aps a posse.

    C) Conforme entendimento do STJ, Joo deve ser nomeado somente depois de nomeados os candidatos

    aprovados para as vagas destinadas aos no-deficientes.

    D) Conforme entendimento do STJ, sendo o ato de nomeao um ato discricionrio, Snia no teria direito

    subjetivo nomeao, mas mera expectativa de direito, caso a administrao resolvesse no contratar nenhum

    dos candidatos aprovados.

    13

    Gabarito: 1.A; 2.C; 3.C; 4.C; 5.E; 6.C

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    2. (CESPE - AGENTE DE APOIO FUNO: AGENTE ADMINISTRATIVO - MPE-AM - JAN/2008) A respeito dos servidores pblicos, julgue os seguintes itens.

    (___) O candidato aprovado em concurso pblico dentro do nmero de vagas previsto no edital possui o

    direito subjetivo nomeao, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal.

    3. (CESPE-ACE-TCU-AGO-2008) Julgue os itens a seguir, de acordo com a Lei n. 8.112/1990 e suas

    alteraes.

    (___) O Superior Tribunal de Justia tem entendimento no sentido de que o candidato aprovado em concurso

    pblico dentro das vagas previstas em edital tem direito nomeao, e no mera expectativa de direito.

    4. (CESPE-TCNICO JUD.-ADM.-TRT 17R-ABR-2009) Julgue os seguintes itens de acordo com a Lei

    n. 8.112/1990 e suas posteriores alteraes.

    (___) O Superior Tribunal de Justia entende que o candidato aprovado em concurso pblico dentro do limite

    das vagas previstas em edital tem direito nomeao.

    5. (CESPE-TCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO-TCU-JUL-2009) Acerca dos agentes

    pblicos e da Lei n. 8.112/1990, julgue os itens de 76 a 80.

    (___) Em conformidade com a jurisprudncia do STF, a simples aprovao em concurso pblico, ainda que

    fora do nmero de vagas, gera, para o habilitado, direito adquirido nomeao.

    CESPE 2013!!!

    6(CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judicirio) (__) De acordo com a jurisprudncia majoritria, a

    aprovao em concurso pblico, dentro do nmero de vagas oferecidas pelo edital, gera direito subjetivo

    nomeao.

    Seo III

    Do Concurso Pblico

    Art. 11. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em duas etapas,

    conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do

    candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as

    hipteses de iseno nele expressamente previstas.

    STJ 2011

    Servidor que aceita ocupar cargo em local diverso do escolhido na inscrio perde preferncia.

    27/05/2011

    Servidor que aceita tomar posse em cargo pblico fora da cidade escolhida no ato da inscrio no concurso no tem direito a ocupar posto que venha a surgir no local inicialmente selecionado. (MS 9356; MS 9171)

    Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez,

    por igual perodo.

    1o O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser

    publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao.

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    STF !!! MUDANA DAS REGRAS DO EDITAL

    EMENTA: CONSTITUCIONAL. CONCURSO PBLICO. CURSO DE FORMAO DE SOLDADOS DA

    POLCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N 50/98,

    QUE, APS A CONCLUSO DA PRIMEIRA ETAPA, PASSOU A EXIGIR ESCOLARIDADE DE

    NVEL SECUNDRIO. CONSTITUIO FEDERAL, ART. 5, INCISO XXXVI. DIREITO ADQUIRIDO

    INEXISTENTE. Em face do princpio da legalidade, pode a Administrao Pblica, enquanto no

    concludo e homologado o concurso pblico, alterar as condies do certame constantes do respectivo

    edital, para adapt-las nova legislao aplicvel espcie, visto que, antes do provimento do cargo, o

    candidato tem mera expectativa de direito nomeao ou, se for o caso, participao na segunda

    etapa do processo seletivo. (RE 290346, Relator(a): Min. ILMAR GALVO, Primeira Turma, julgado em 29/06/2001, DJ 29-06-2001

    PP-00058 EMENT VOL-02037-08 PP-01637)

    2o No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo

    de validade no expirado.

    CONSTITUIO FEDERAL

    Art. 37............................. IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico

    de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo

    ou emprego, na carreira;

    SMULAS DO STF:

    15 (de 1964) Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado em concurso tem o direito nomeao, quando o cargo for preenchido sem observncia da classificao.

    684 (de 2003) inconstitucional o veto no motivado participao de candidato a concurso pblico.

    685 (de 2003) inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prvia aprovao em concurso pblico destinado ao seu provimento, em cargo que no integra a

    carreira na qual anteriormente investido.

    ATENO:

    NO H DIREITO ADQUIRIDO REALIZAO DO CONCURSO!!!!

    Como registra MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE PAULO, Conforme nossa jurisprudncia, os candidatos inscritos em concurso publico no tm direito adquirido sua realizao, ou seja, a Administrao pode

    publicar edital prevendo a realizao de concurso, inclusive marcando a data, e deixar de realiz-lo, ou

    cancel-lo, mesmo que no haja verificado qualquer irregularidade. Basta que exista fato superveniente que

    tenha tornado inoportuna, inconveniente ou desnecessria a realizao do concurso. Os candidatos inscritos

    tm apenas expectativa de direito.

    Evidentemente, se houverem pagado taxa de inscrio e o concurso no vier a ser realizado, tero direito a

    pleitear a restituio da quantia paga.

    No mesmo sentido, DIOGO DE FIGUEIREDO MOREIRA NETO: Os candidatos, entretanto, no adquirem direito realizao do concurso pelo mero fato da publicao do edital (...).

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    ESAF!!!

    (ESAF-ANALISTA-ANA-MAR-2009)14

    Sabendo-se que a prvia habilitao em concurso pblico

    condio necessria nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo, e

    considerando o que dispe a Lei n. 8.112/1990, correto afirmar sobre tal instituto que:

    a) poder ser aberto novo concurso ainda que haja candidato aprovado em concurso anterior com prazo de

    validade j expirado.

    b) ser de provas, de ttulos ou de provas e ttulos.

    c) poder ter validade de um ano e ser prorrogado uma nica vez, por mais dois anos.

    d) ter seu prazo de validade e condies de realizao fixados em Decreto Presidencial.

    e) poder ter validade de seis meses e ser prorrogado vrias vezes, por mais seis meses em cada prorrogao,

    at o limite de quatro anos.

    CESPE!!!15

    1. (CESPE-OAB-SP-MAIO-2008) Acerca do regime legal dos concursos pblicos, assinale a opo correta.

    A) Os concursos pblicos sero de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizados em duas etapas,

    conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do

    candidato ao pagamento do valor fixado no edital e impossibilitada a hiptese de iseno dessa taxa.

    B) O concurso pblico ter validade de at dois anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual

    perodo.

    C) O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser

    publicado no Dirio Oficial da Unio ou em jornal dirio de grande circulao.

    D) Ainda que existam, em uma instituio pblica, candidatos aprovados em concurso anterior com prazo de

    validade no expirado, permitida a abertura de novo concurso pblico, nessa mesma instituio, para o

    mesmo cargo, em prejuzo do candidato aprovado no concurso anterior.

    2. (CESPE-OAB-SP-SETEMBRO-2008) Acerca dos atos administrativos relacionados a concursos

    pblicos, assinale a opo correta.

    A) O candidato aprovado em concurso pblico no tem direito garantido nomeao, ainda que dentro do

    prazo de validade do certame, quando o cargo for preenchido sem observncia da classificao.

    B) A nomeao de candidato aprovado em concurso pblico no implica direito posse no cargo a ser

    preenchido.

    C) legtimo o veto no-motivado participao de candidato em concurso pblico, tal como o respaldado

    em prvia investigao da vida pregressa do candidato.

    D) inconstitucional o provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prvia aprovao em concurso

    pblico, em cargo que no integre a carreira na qual fora anteriormente investido.

    (CESPE- TC. JUD.-STM-NOV/2004) O STM realizou concurso pblico de provas e ttulos para o cargo

    de tcnico judicirio em novembro de 2003. O concurso foi homologado em janeiro de 2004, registrando-se a

    aprovao de 30 candidatos. O edital do concurso estabeleceu um prazo de validade de 8 meses.

    Considerando a situao hipottica acima, julgue os itens subseqentes luz da Lei n. 8.112/1990.

    14

    Gabarito: A 15

    Gabarito: 1.B; 2.D; 3.E; 4.E; 5.C

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    3 Considerando-se as disposies da referida lei, o edital apresenta-se eivado de vcio, o que acarreta sua

    nulidade, pois os concursos pblicos devem ter validade por dois anos.

    4 Considere, por hiptese, que Geraldo tenha sido aprovado em terceiro lugar no referido concurso. Nessa

    situao, caso Geraldo no seja convocado oficialmente a tomar posse no prazo de validade estabelecido no

    edital, poder o tribunal preparar novo edital, que prorrogue o prazo do concurso por um perodo de 2 anos.

    5 Considerando-se que o candidato aprovado em 16. lugar no referido certame, at julho de 2004, no tivesse

    sido convocado oficialmente a tomar posse no cargo, no poderia ter sido realizado outro concurso para o

    mesmo cargo naquele ms.

    STF EXAME PSICOTNICO!!!

    686 (de 2003) S por lei se pode sujeitar a exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo pblico.

    O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudncia no sentido de que o exame psicotcnico pode ser estabelecido para concurso pblico desde que por lei, tendo por base critrios objetivos de reconhecido

    carter cientfico, devendo existir, inclusive, a possibilidade de reexame. Precedentes. (STF, RE-AgR 473719 / DF, 2 T, Rel. Min. Eros Grau, j. 17/06/2008, DJ 01/08/2008)

    STJ EXAME PSICOTCNICO Ainda em relao exigncia do exame psicotcnico, o STJ fixou, no AgRg no Ag

    1291819/DF, julgado em 08/06/2010, os trs pressupostos necessrios para sua legalidade:

    1. PREVISO LEGAL;

    2. CIENTIFICIDADE; e

    3. OBJETIVIDADE DOS CRITRIOS ADOTADOS.

    Veja abaixo a ementa da deciso:

    ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL CONCURSO PBLICO EXAME PSICOTCNICO AUSNCIA DE OBJETIVIDADE ANULAO NECESSIDADE DE NOVO EXAME. 1. A legalidade do exame psicotcnico em provas de concurso pblico est condicionada observncia de

    trs pressupostos necessrios: previso legal, cientificidade e objetividade dos critrios adotados, e

    possibilidade de reviso do resultado obtido pelo candidato. 2. Declarada a nulidade do teste psicotcnico, em

    razo da falta de objetividade, deve o candidato submeter-se a novo exame. Agravo regimental parcialmente

    provido. (AgRg no Ag 1291819/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/06/2010, DJe 21/06/2010) (destacamos)

    QUESTES EXAME PSICOTCNICO!!!16

    (CESPE-OFICIAL-ABIN-2008) Na segunda fase do concurso para provimento de cargo de policial, Flvio

    matriculou-se no curso de formao, j que tinha sido aprovado nas provas objetivas, no exame psicotcnico e

    no teste fsico, que compunham a chamada primeira fase. No entanto, a administrao pblica anulou o teste

    fsico, remarcando nova data para a sua repetio, motivo pelo qual foi anulada a inscrio de Flvio no curso

    de formao.

    16

    Gabarito: 1. E; 2.C

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    Acerca dos atos administrativos referentes situao hipottica apresentada, julgue os itens subsequentes.

    1 (___) Conforme entendimento do STF, o exame psicotcnico, para ser admitido em concursos pblicos,

    deve estar previsto em lei e conter critrios objetivos de reconhecido carter cientfico, sendo prescindvel a

    possibilidade de reexame na esfera administrativa.

    2 (FMP-RS-2011-TCE-RS - Auditor Pblico Externo) (___) Em virtude da aplicao do princpio da

    legalidade, segundo o Supremo Tribunal Federal, apenas por ato administrativo, no possvel sujeitar a

    exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo pblico.

    Seo IV

    Da Posse e do Exerccio

    Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os

    deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados

    unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei.

    1o A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento.

    2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena

    prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b",

    "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento.

    ATENO (ART. 13, 2) !!!

    IMPEDIMENTOS LEGAIS QUE AUTORIZAM QUE O

    INCIO DO PRAZO ENTRE A NOMEAO E A POSSE FIQUE OBSTADO (art. 13, 2)

    Licenas: art. 81

    I- por motivo de doena em pessoa da famlia

    III- para o servio militar

    V- para capacitao

    Afastamentos: art. 102

    I- frias

    IV- participao em programa de treinamento regularmente institudo ou em programa de ps-graduao

    stricto sensu no Pas, conforme dispuser o regulamento; (ATENO: REDAO DADA PELA LEI

    N 11.907, DE 02/02/2009)

    VI- jri e outros servios obrigatrios por lei

    VIII- licena:

    "a" gestante, adotante e paternidade

    "b" para tratamento da prpria sade, at o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do

    tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo

    "d" por motivo de acidente em servio ou doena profissional

    "e" para capacitao, conforme dispuser o regulamento

    "f" por convocao para o servio militar

    IX- deslocamento para a nova sede em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou

    posto em exerccio provisrio

    X participao em competio desportiva nacional ou convocao para integrar representao desportiva

    nacional, no Pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica

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    CESPE !!!

    (CESPE-TC-TRE-ES-JAN-2011)17

    (___) Se determinado servidor, na data de publicao do ato de

    provimento de certo cargo pblico, estiver em gozo de licena por motivo de doena em pessoa da famlia, o

    prazo para a posse ser contado do trmino do respectivo impedimento.

    ESAF!!!

    (ESAF-PROC. SELET. INTERNO-MINISTRIO DA FAZENDA-AGO-2008)18

    Determinado candidato

    aprovado em concurso pblico para o provimento de cargo no Ministrio da Fazenda foi nomeado, com

    publicao do ato respectivo em 1 de janeiro. De imediato, o referido candidato informou que encontrava-se

    de frias, por 30 dias e justamente a partir do dia 1 de janeiro, em razo de outro cargo que ento ocupava, no

    Ministrio da Justia. Em vista de tais fatos, correto afirmar que tal candidato:

    a) a despeito de estar de frias, ter que tomar posse no novo cargo, se no quiser perder tal direito, em 30 dias

    a contar da referida publicao de nomeao.

    b) a despeito de estar de frias, ter que tomar posse no novo cargo, se no quiser perder tal direito, em 15

    dias a contar da referida publicao de nomeao.

    c) ainda que, em tese, devesse tomar posse em 30 dias a partir da publicao do ato, poder pedir a

    prorrogao do prazo para posse, por mais 15 dias, para que ocorra at meados de fevereiro.

    d) tem direito a que o prazo para sua posse seja contado somente a partir do trmino de suas frias.

    e) tem direito a que seja feita nova publicao do ato de nomeao, aps o trmino de suas frias.

    3o A posse poder dar-se mediante procurao especfica.

    4o S haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao.

    5o No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio

    e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.

    6o Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1

    o deste

    artigo.

    Art. 14. A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial.

    Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o

    exerccio do cargo.

    ATENO: SMULA 16 DO STF

    Smula 16-STF: FUNCIONRIO NOMEADO POR CONCURSO TEM DIREITO POSSE.

    Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana.

    1o de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados

    da data da posse.

    17

    Gabarito: C 18

    Gabarito: D

    Posse Nomeao Exerccio 30

    dias

    15

    dias

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    CESPE 2013!!!

    (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judicirio)19

    (__) O servidor nomeado para cargo efetivo ter o prazo de

    trinta dias para entrar em exerccio.

    2o O servidor ser exonerado do cargo ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo

    de confiana, se no entrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.

    3o autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor

    compete dar-lhe exerccio.

    4o O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de

    designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese

    em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da

    publicao.

    ESAF !!!20

    1. (ESAF - ANA. FIN. E CONT.-DESENV. INSTIT.-CGU-MAR-2008) Servidor pblico federal, em gozo

    de licena para tratamento da prpria sade, designado para o exerccio de funo de confiana.

    Acerca do tema, assinale a opo correta.

    a) O servidor no poderia ter sido designado em gozo de licena.

    b) O servidor ter quinze dias, contados do ato de designao, para entrar em exerccio.

    c) A designao para o exerccio da funo dever ser tornada sem efeito caso o servidor no entre em

    exerccio imediatamente.

    d) A licena da qual goza o servidor no poder exceder a 30 (trinta) dias, contados da data da publicao da

    designao do servidor para a funo, sob pena de esta ltima ser tornada sem efeito.

    e) O servidor poder entrar em exerccio na funo to logo haja o trmino do impedimento,

    independentemente de prazo, haja vista tratar-se de licena sade.

    2. (ESAF - ANA. FIN. E CONT.-DESENV. INSTIT.-CGU-MAR-2008) Determinado concurso pblico,

    destinado a selecionar candidatos a cargos pblicos na Administrao Federal, teve seu edital publicado em

    02/01/2006, com prazo de validade de um ano, prorrogvel por igual perodo. O concurso foi homologado em

    03/03/2006. No houve prorrogao. Determinado candidato aprovado foi nomeado em 01/03/2007,

    respeitada a ordem de sua classificao. A posse deu-se 30 (trinta) dias depois da nomeao. O exerccio

    ocorreu 15 (quinze) dias depois da posse. Baseado nos fatos acima narrados, assinale a nica opo correta.

    a) A nomeao vlida.

    b) A nomeao nula, vez que realizada fora do prazo de validade do concurso.

    c) A posse nula, vez que ocorrida fora do prazo de validade do concurso.

    d) A nomeao somente seria vlida at 02/01/2007.

    e) A investidura no vlida, pois dois de seus atos ocorreram aps o encerramento da validade do concurso.

    Art. 16. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento

    individual do servidor.

    Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos

    necessrios ao seu assentamento individual.

    Art. 17. A promoo no interrompe o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na

    carreira a partir da data de publicao do ato que promover o servidor.

    19

    Gabarito: E 20

    Gabarito: 1.D; 2.A

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    Art. 18. O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido,

    redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta

    dias de prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do

    cargo, includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede.

    1o Na hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou afastado legalmente, o prazo a que se refere

    este artigo ser contado a partir do trmino do impedimento.

    2o facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput.

    Art. 19. Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das atribuies pertinentes aos

    respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os

    limites mnimo e mximo de seis horas e oito horas dirias, respectivamente.

    1o O ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submete-se a regime de integral

    dedicao ao servio, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse

    da Administrao.

    2o O disposto neste artigo no se aplica a durao de trabalho estabelecida em leis especiais.

    Art. 20. Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a

    ESTGIO PROBATRIO por perodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores

    I - assiduidade;

    II - disciplina;

    III - capacidade de iniciativa;

    IV - produtividade;

    V- responsabilidade.

    ESTABILIDADE X ESTGIO PROBATRIO

    verdade que existe uma certa polmica sobre o prazo do estgio probatrio. Todavia, uma coisa certa, estabilidade e estgio probatrio so institutos diferentes:

    A estabilidade o direito de permanncia no servio pblico; O estgio probatrio o perodo no qual vai ser apurada a aptido do servidor para o cargo.

    Alm do mais, utilizando, em essncia, o quadro elaborado pelo Prof. FELIPE VIEIRA, podemos

    visualizar outras diferenas:

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    ESTABILIDADE ESTGIO PROBATRIO.

    Regime jurdico constitucional. Regime jurdico administrativo.

    Fruto do Poder Constituinte. Fruto do Poder Legislativo.

    Direito. Dever.

    Natureza jurdica de direito de garantia. Natureza jurdica de ordem administrativa.

    Carter objetivo (ou subjetivo por nomeao). Carter subjetivo (ou subjetivo por prerrogativas do

    cargo).

    Opera-se no servio pblico. Opera-se ante o cargo.

    Princpio da continuidade. Princpio da eficincia.

    Atualmente, para fins de concurso, temos as seguintes posies acerca do tema prazo do estgio probatrio:

    PRAZO DO ESTGIO PROBATRIO PARA CONCURSOS FEDERAIS:

    FAZENDO refe-

    rncia expressa

    Lei 8.112/90

    ESAF CESPE FCC FGV FEC FJPF

    24 MESES (Min.

    da Sade-2008)

    ANULADO

    ATENO: O item foi

    anulado no gabarito

    definitivo.

    24 MESES

    (TRE-AP-2011)

    ANULADO

    ATENO: A

    questo foi anulada

    no gabarito defini-

    tivo.

    24 MESES

    (FIOCRUZ

    2010)

    SEM FAZER re-

    ferncia expressa

    Lei 8.112/90

    3 ANOS

    (MPU-

    2004.2)

    3 ANOS, fazendo

    referncia ex-

    pressa ao STJ

    (TRF-5R-2009;

    TCU-2009;

    IBRAM-2009)

    3 ANOS

    (TRT-20R-2006

    e TRT-6R-

    2006)

    3 ANOS

    (Min. Da

    Pesca -

    2010)

    3 ANOS

    (TRT-1R-

    2004)

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    QUESTES - ESTGIO PROBATRIO PRAZO!!!!!21

    ESAF:

    1(TCNICO DO MINISTRIO PBLICO DA UNIO MPU/2004.2 - ESAF) Sobre o estgio probatrio dos servidores pblicos, correto dizer que:

    a) seu perodo de durao igual ao tempo necessrio para a aquisio da estabilidade.

    b) de observncia obrigatria independentemente da forma de provimento do cargo.

    c) se submete a critrios de avaliao da escolha do administrador.

    d) no se suspende.

    e) tem incio com a nomeao do servidor.

    FJPF:

    2(Tcnico Judicirio rea Administrativa TRT 1. Regio 2004 FJPF) Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por um perodo de:

    A) um ano

    B) dois anos

    C) trs anos

    D) quatro anos

    E) cinco anos

    UFBA

    3(UFBA - 2006 - Assistente Administrativo) (___) Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para o cargo

    de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio de 24 meses.

    CESPE:

    4(ANALISTA JUDICIRIO CONTAB. TRE/AP MAIO/2007 CESPE) No que se refere aos servidores pblico federais, assinale a opo correta.

    A) O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo, ao entrar em exerccio, ficar sujeito a estgio

    probatrio por perodo de 24 meses, durante o qual sua aptido e sua capacidade sero objeto de avaliao

    para o desempenho do cargo, observando-se os seguintes fatores: assiduidade, disciplina, capacidade de

    iniciativa, produtividade e responsabilidade.

    B) O servidor que estiver cedido a outro rgo ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta dias, a contar da

    publicao do ato que determina o seu retorno ao cargo para retomar o desempenho das atribuies do cargo

    efetivo, sem se considerar o prazo razovel necessrio para o deslocamento para a nova sede.

    C) O servidor que no for aprovado no estgio probatrio ser demitido por meio de processo administrativo

    disciplinar, no qual lhe sejam assegurados ampla defesa e contraditrio.

    21

    Gabarito: 1.A; 2.C; 3.F (FALSO); 4.A; 5.N (CESPE: anulado em decorrncia de divergncia da doutrina); 6.E; 7.E; 8.E (CESPE: mesmo que se considerasse o cumprimento do estgio de 24 meses, e sua consequente aprovao, a estabilidade no servio pblico no automtica, s sendo adquirida aps 3 anos de efetivo exerccio, nos exatos termos do art. 41 da Constituio

    Federal, com redao dada pela EC n. 19/1998, que, dessa forma, alterou o art. 21 da Lei n. 8.112/1990.); 9.C; 10.D; 11.B; 12.B; 13.B; 14.N

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    D) Na vacncia, sendo o servidor efetivo, ele ter o direito de ser reconduzido ao cargo de origem, caso no

    seja aprovado no estgio probatrio, ao contrrio do que ocorre com a exonerao, ato que no lhe confere tal

    direito.

    E) Prescreve em 5 anos o direito de o servidor requerer reviso dos atos que no afetem seu interesse

    patrimonial.

    5(CESPE-TCNICO NVEL SUPERIOR IV- REA DE ATUAO 8-MS-NOV-2008) Acerca da Lei

    n. 8.112/1990, julgue os itens que se seguem.

    (___) O perodo do estgio probatrio de 3 anos.

    6(CESPE-JUIZ FEDERAL-TRF5-JUN-2009) Com relao administrao pblica e aos servidores

    pblicos, assinale a opo correta.

    (___) Conforme recente entendimento do STJ, o prazo do estgio probatrio de 24 meses, no tendo sido

    modificado ante a alterao constitucional que fixou o prazo de 3 anos como requisito objetivo para a

    obteno da estabilidade.

    7 (CESPE-AUDITOR FEDERAL DE C. EXTERNO-TECNOLOGIA-TCU-JUL-2009) Quanto

    organizao do Estado brasileiro, julgue os itens seguintes.

    (___) Conforme recente entendimento do STJ, o prazo do estgio probatrio dos servidores pblicos de 24

    meses, visto que tal prazo no foi alterado pela Emenda Constitucional n. 19/1998, que trata apenas da

    estabilidade dos referidos servidores.

    8 (CESPE-ESPECIALISTA-ANAC-JUL-2009) A respeito de direito constitucional e administrativo, julgue

    o item.

    (___) De acordo com a Lei n. 8.112/1990, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo fica sujeito a

    estgio probatrio por um perodo de vinte e quatro meses, aps o que, caso aprovado, adquire estabilidade no

    servio pblico.

    9 (CESPE-ADVOGADO-IBRAM-JUL-2009) Para manifestar a sua vontade, o Estado se utiliza de agentes

    pblicos, em sentido amplo. Quanto a esses agentes pblicos, julgue os itens a seguir.

    (___) O atual entendimento do STJ no sentido de que o estgio probatrio compreende o perodo entre o

    incio do exerccio do cargo e a aquisio de estabilidade no servio pblico, que, desde o advento da Emenda

    Constitucional (EC) n. 19/1998, tem a durao de trs anos.

    FEC:

    10(FEC-AGENTE ADM.-MIN. PESCA-JUN-2010) Ferdinando, servidor nomeado para cargo de

    provimento efetivo, ao entrar em exerccio ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de:

    A) 12 (doze) meses.

    B) 24 (vinte e quatro) meses.

    C) 6 (seis) meses.

    D) 36 (trinta e seis) meses.

    E) 18 (dezoito) meses.

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    FGV:

    11(FGV-ANALISTA-GESTO_SADE-OUT-2010) De acordo com a Lei n. 8.112 de 11 de dezembro de

    1990, assinale a opo incorreta:

    (A) a posse do servidor ocorrer no prazo de 30 dias contados da publicao do ato de provimento.

    (B) o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio de 30 dias, contados da data da

    posse.

    (C) ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio

    probatrio por perodo de 24 meses.

    (D) o servidor estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou de processo

    administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

    (E) exonerao, aposentadoria e falecimento so formas de vacncia de cargo pblico.

    FCC:

    12(FCC-ANALISTA JUD. CONTAB. TRT 20. R/SE JUNHO/2006) Em relao posse e ao exerccio INCORRETO afirmar que

    (A) ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo de 30 dias contados da

    publicao do ato de provimento.

    (B) o servidor no aprovado em estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reintegrado a cargo

    disponvel em sua rea de atuao.

    (C) de 15 dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da

    posse.

    (D) ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio

    probatrio por perodo de 3 anos.

    (E) considera-se exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana.

    13(FCC-AUXILIAR JUDICIRIO TRT 6. R/PE SETEMBRO/2006) Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de

    (A) 1 (um) ano.

    (B) 3 (trs) anos.

    (C) 18 (dezoito) meses.

    (D) 24 (vinte e quatro) meses.

    (E) 180 (cento e oitenta) dias.

    14(FCC-TCNICO-TRE-AP-JUN-2011) Segundo a Lei no 8.112/90, ao entrar em exerccio, o servidor

    nomeado para cargo de provimento efetivo

    (A) no ficar sujeito a estgio probatrio tendo em vista que o estgio probatrio s necessrio para o

    exerccio de cargo em comisso.

    (B) ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 24 meses.

    (C) ficar sujeito a estgio probatrio por perodo nico de 12 meses.

    (D) ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 30 meses.

    (E) ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 36 meses.

    1o Quatro meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da

    autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para

    essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem

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    prejuzo da continuidade de apurao dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo. (Redao dada

    pela lei 11.784, de 22/09/2008)

    2o O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao

    cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no pargrafo nico do art. 29.

    FCC 2013!!!

    (FCC-ANA_JUD.-TRT 1R-2013)22

    Durante o estgio probatrio, determinado servidor que acabou de entrar

    no servio pblico, praticou atos incompatveis com a assiduidade e disciplina esperados. Em consequncia,

    nos termos da legislao vigente, ele no deve ser confirmado no cargo e, dessa forma, ser

    (A) readaptado.

    (B) demitido

    (C) reconduzido.

    (D) expulso.

    (E) exonerado.

    3o O servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou

    funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e somente poder ser cedido a

    outro rgo ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comisso do

    Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, de nveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.

    4o Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas e os afastamentos

    previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formao

    decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal.

    ATENO!!! Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas:

    As Licenas (art. 81):

    I - por motivo de doena em pessoa da famlia II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro III - para o servio militar IV - para atividade poltica

    Os Afastamentos:

    art. 94: para exerccio de mandato eletivo art. 95: para estudo ou misso no exterior art. 96: para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal

    CESPE 2013!!!

    (CESPE-TCNICO-TRE-MS-2013)23

    (___) O servidor em estgio probatrio no poder licenciar-se para

    fins de atividade poltica.

    22

    Gabarito: E 23

    Gabarito: E

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    ESAF!!!

    (ESAF-PROC. SELET. INTERNO-MINISTRIO DA FAZENDA-AGO-2008)24

    Considere as seguintes

    licenas e afastamentos:

    I. licena por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;

    II. licena por motivo de doena em pessoa da famlia;

    III. afastamento para exerccio de mandato eletivo;

    IV. afastamento para estudo ou misso no exterior.

    O servidor em estgio probatrio

    a) poder gozar de todas as licenas e afastamentos descritos.

    b) no poder gozar quaisquer de tais licenas ou afastamentos.

    c) poder gozar apenas as licenas acima descritas, mas no os afastamentos.

    d) poder gozar apenas a licena prevista no item II.

    e) poder gozar ambas as licenas descritas, e apenas o afastamento descrito no item III.

    5o O estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 83,

    84, 1o, 86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao, e ser retomado a partir do

    trmino do impedimento.

    ATENO!!! SUSPENSO DO ESTGIO PROBATRIO!!!

    De acordo com o 5, da Lei 8.112/90, as situaes que podem suspender o prazo prescricional so:

    1) Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia (Art. 83)

    2) Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge (Art. 84, 1.)

    3) Licena para Atividade Poltica (Art. 86)

    4) O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual

    coopere dar-se- com perda total da remunerao. (Art. 96)

    5) Participao em curso de formao (Art. 20, 5)

    ATENO: STF GREVE EM ESTGIO PROBATRIO

    04/02/2010 - Segundo o STF, norma alagoana que pune servidor em estgio probatrio envolvido em greve

    inconstitucional (ADI 3235). Gilmar Mendes votou pela procedncia da ao. Segundo o presidente da Corte,

    no existe, na Constituio Federal, base para que se faa esse distinguishing (distino) entre servidores e servidores em estgio probatrio em funo de movimentos grevistas. O ministro citou ainda as decises da Corte em diversos mandados de injuno em que o Plenrio analisou o direito de greve dos servidores

    pblicos.

    CESPE!!!

    (CESPE-PROCURADOR-AGU-MAR-2010)25

    No que concerne aos agentes pblicos, julgue os itens

    subsequentes.

    24

    Gabarito: A 25

    Gabarito: E

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    (___) constitucional o decreto editado por chefe do Poder Executivo de unidade da Federao que

    determine a exonerao imediata de servidor pblico em estgio probatrio, caso fique comprovada a

    participao deste na paralisao do servio, a ttulo de greve.

    IMPORTANTE: SMULAS 21 e 22 DO STF

    Smula 21, do STF: FUNCIONRIO EM ESTGIO PROBATRIO NO PODE SER EXONERADO NEM DEMITIDO SEM INQURITO OU SEM AS FORMALIDADES LEGAIS DE APURAO DE

    SUA CAPACIDADE.

    Smula 22, do STF: O ESTGIO PROBATRIO NO PROTEGE O FUNCIONRIO CONTRA A EXTINO DO CARGO.

    Seo V

    Da Estabilidade

    Art. 21. O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de provimento efetivo

    adquirir estabilidade no servio pblico ao completar 2 (dois) anos de efetivo exerccio.

    ATENO: O prazo da ESTABILIDADE, conforme o art. 41, da CF, de 3 (TRS) ANOS. Veja:

    Art. 41. So estveis aps TRS ANOS de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico.

    Vale lembrar, tambm, que, de acordo com o art. 41, 4., da CF, como condio para aquisio da estabilidade obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa

    finalidade.

    Saliente-se, no entanto, a previso do art. 28, da EC 19/98, publicada no DOU de 05/06/98, que congelou o prazo de dois anos para os atuais servidores em estgio probatrio, poca de sua publicao:

    Art. 28. assegurado o prazo de dois anos de efetivo exerccio para aquisio da estabilidade aos atuais servidores em estgio probatrio, sem prejuzo da avaliao a que se refere o 4 do art. 41 da Constituio

    Federal.

    ESTABILIDADE EXTRAORDINRIA OU EXCEPCIONAL!!!

    Vale registrar a forma excepcional de aquisio da estabilidade, constante do art. 19, do Ato das Disposies

    Constitucionais Transitrias-ADCT:

    Art. 19. Os servidores pblicos civis da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, da administrao direta, autrquica e das fundaes pblicas, em exerccio na data da promulgao da

    Constituio, h pelo menos CINCO ANOS CONTINUADOS, e que no tenham sido admitidos na forma

    regulada no art. 37, da Constituio, so considerados estveis no servio pblico.

    1 - O tempo de servio dos servidores referidos neste artigo ser contado como ttulo quando se

    submeterem a concurso para fins de efetivao, na forma da lei.

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    2 - O disposto neste artigo no se aplica aos ocupantes de cargos, funes e empregos de confiana ou

    em comisso, nem aos que a lei declare de livre exonerao, cujo tempo de servio no ser computado

    para os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor.

    3 - O disposto neste artigo no se aplica aos professores de nvel superior, nos termos da lei.

    Saliente-se, ainda, para fins de clculo, que o texto da atual CF/88 foi publicado no DOU em 05/10/1988. Ou

    seja, adquiriram a estabilidade extraordinria, na forma do art. 19, da ADCT, os servidores admitidos at

    05/10/1983.

    ESAF 2012!!!

    (ESAF-AFRFB-2012)

    26 Determinada cidad brasileira foi contratada por um conselho de fiscalizao

    profissional regional em 07/11/1975, tendo seu contrato sido rescindido em 02/01/2007.

    A cidad sustenta que sua demisso fora ilegal porquanto gozava da estabilidade prevista no art. 19 do Ato

    das Disposies Constitucionais Transitrias ADCT, sendo seu vnculo jurdico estatutrio, que lhe garantiria o direito ao prvio processo disciplinar para fins de demisso.

    Acerca do caso concreto acima narrado e luz da jurisprudncia do STF e STJ, bem como da disciplina

    constitucional aplicvel aos agentes pblicos, assinale a opo incorreta.

    a) A estabilidade prevista no art. 19 do ADCT garante o vnculo estatutrio, que no permite a perda do cargo

    pblico sem o devido processo administrativo disciplinar em que sejam assegurados ao acusado a ampla

    defesa e o contraditrio.

    b) O art. 58, 3 da Lei n. 9.649/98, que submetia os empregados dos conselhos legislao trabalhista,

    permaneceu em vigor enquanto a cidad manteve sua relao de emprego com o referido conselho.

    c) A deciso do STF que determinou a suspenso liminar da vigncia da norma contida no caput do art. 39 da

    CF, com a redao dada pela EC 19/98, ressaltou seus efeitos ex nunc, subsistindo a legislao editada nos

    termos da emenda declarada suspensa.

    d) No h direito adquirido a regime jurdico.

    e) No h que se falar em ilegalidade da demisso por ausncia de prvio processo administrativo, uma vez

    que, poca, a referida cidad no estava submetida a regime estatutrio.

    ATENO: ESTABILIDADE (TEMPO DE SERVIO PBLICO) EFETIVIDADE (CONCURSO PBLICO)

    Art. 22. O servidor estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou

    de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

    DISCIPLINA CONSTITUCIONAL DA ESTABILIDADE!!!

    Art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    1 O servidor pblico estvel s perder o cargo:

    26

    Gabarito: A

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    I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado;

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

    III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar,

    assegurada ampla defesa. (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual

    ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em

    outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio.

    3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com

    remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

    4 Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho

    por comisso instituda para essa finalidade. (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    Outra possibilidade do servidor estvel perder o cargo est prevista no art. 169, da CF:

    Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios no poder exceder os limites estabelecidos em lei complementar. (Redao dada pela Emenda Constitucional

    n 19, de 1998)

    (...)

    3 Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei

    complementar referida no caput, a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios adotaro as seguintes

    providncias:

    I - reduo em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comisso e funes de confiana;

    II - exonerao dos servidores no estveis.

    OBS.: De acordo com a EC 19/98, art. 33, Consideram-se servidores no estveis, para os fins do art. 169, 3, II, da Constituio Federal aqueles admitidos na administrao direta, autrquica e fundacional sem

    concurso pblico de provas ou de provas e ttulos aps o dia 5 de outubro de 1983.

    4 Se as medidas adotadas com base no pargrafo anterior no forem suficientes para assegurar o

    cumprimento da determinao da lei complementar referida neste artigo, o servidor estvel poder perder o

    cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o rgo

    ou unidade administrativa objeto da reduo de pessoal.

    5 O servidor que perder o cargo na forma do pargrafo anterior far jus a indenizao correspondente a um

    ms de remunerao por ano de servio.

    6 O cargo objeto da reduo prevista nos pargrafos anteriores ser considerado extinto, vedada a criao

    de cargo, emprego ou funo com atribuies iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.

    7 Lei federal dispor sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivao do disposto no 4.

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