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DECRETO Nº 049 DE 13 DE MAIO DE 2013. LEI COMPL. Nº 094, DE 13 DE MAIO DE 2013. Altera o Artigo 219 e Parágrafo Único, do Capítulo XIII da Lei Complementar nº 087/2012 de 13 de agosto de 2012, que dispõe sobre o Código de Obras do Município, e dá outras providências”. LEI COMPLEMENTAR N° 087 DE 13 DE AGOSTO DE 2012. “Dispõe sobre o Código de Obras do município de Nova Mutum e dá outras providências.” O Senhor Lírio Lautenschlager, Prefeito do Município de Nova Mutum, Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Artigo 1º - A presente Lei institui o Código de Obras do Município de Nova Mutum, que regula toda construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição efetuada por particular ou entidade pública, obedecidas ainda a legislação federal e estadual pertinente. Parágrafo Único - Para licenciamento das atividades de que trata esta Lei, serão observadas também as disposições da Lei de Zoneamento e Uso do Solo. Artigo 2º - As normas da presente Lei são aplicadas às atividades referidas no artigo anterior, desenvolvidas em todas as áreas do Município. Artigo 3º - A presente Lei tem como objetivos, orientar os projetos e a execução de obras de qualquer natureza, assegurando a observância e promoção da melhoria de padrões mínimos de: I - Segurança; II - Higiene; III - Salubridade; IV - Conforto. CAPÍTULO II DEFINIÇÕES Artigo 4º - Para efeitos desta Lei, são adotadas as seguintes definições: I – ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas; II – Adega: Lugar, geralmente subterrâneo, que por condições de temperatura e luminosidade, serve para guardar bebidas; III – Afastamento: Distância entre o limite externo da edificação e a divisa do lote, medida no pavimento térreo; IV – Alinhamento: Linha divisória legal entre o lote e o logradouro público; V – Alpendre: Área saliente de uma edificação, cuja cobertura é sustentada por colunas, pilares ou consoles;

LEI COMPL. 087 - CÃDIGO DE OBRAS REVOGA … · 2014-07-22 · XXV – Auditório: Recinto de características apropriadas para audição e ... Parte de uma esquadria onde se fixam

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DECRETO Nº 049 DE 13 DE MAIO DE 2013.

LEI COMPL. Nº 094, DE 13 DE MAIO DE 2013.

“Altera o Artigo 219 e Parágrafo Único, do Capítulo XIII da Lei Complementar nº 087/2012 de 13 de agosto de 2012, que dispõe sobre o Código de Obras do Município, e dá outras providências”.

LEI COMPLEMENTAR N° 087 DE 13 DE AGOSTO DE 2012. “Dispõe sobre o Código de Obras do município de Nova Mutum e dá outras providências.”

O Senhor Lírio Lautenschlager, Prefeito do Município de Nova Mutum, Estado de Mato Grosso, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Artigo 1º - A presente Lei institui o Código de Obras do Município de Nova Mutum, que regula toda construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição efetuada por particular ou entidade pública, obedecidas ainda a legislação federal e estadual pertinente. Parágrafo Único - Para licenciamento das atividades de que trata esta Lei, serão observadas também as disposições da Lei de Zoneamento e Uso do Solo. Artigo 2º - As normas da presente Lei são aplicadas às atividades referidas no artigo anterior, desenvolvidas em todas as áreas do Município. Artigo 3º - A presente Lei tem como objetivos, orientar os projetos e a execução de obras de qualquer natureza, assegurando a observância e promoção da melhoria de padrões mínimos de: I - Segurança; II - Higiene; III - Salubridade; IV - Conforto.

CAPÍTULO II DEFINIÇÕES

Artigo 4º - Para efeitos desta Lei, são adotadas as seguintes definições: I – ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas; II – Adega: Lugar, geralmente subterrâneo, que por condições de temperatura e luminosidade, serve para guardar bebidas; III – Afastamento: Distância entre o limite externo da edificação e a divisa do lote, medida no pavimento térreo; IV – Alinhamento: Linha divisória legal entre o lote e o logradouro público; V – Alpendre: Área saliente de uma edificação, cuja cobertura é sustentada por colunas, pilares ou consoles;

VI – Altura da edificação: Distância vertical medida do nível do passeio junto a fachada, até o ponto mais elevado da edificação; VII – Alvará de Construção: Documento expedido pela autoridade municipal, que autoriza a execução da obra sujeita à fiscalização; VIII – Alvenaria: Processo construtivo que utiliza blocos de concreto, tijolos ou pedras rejuntadas ou não com argamassa; IX – Ampliação: Acréscimo de edificação realizada durante a construção ou após a conclusão da mesma, quer no sentido vertical e/ou horizontal; X – Andaime: Obra provisória destinada a sustentar operários e materiais, durante a execução das construções; XI – Ante-sala: Compartimento que antecede à uma sala, sala de espera; XII – Anteprojeto: Solução geral de empreendimento, com a definição do partido adotado, da concepção estrutural e das instalações em geral, possibilitando clara concepção da obra a ser executada; XIII – Aprovação de projeto: Ato administrativo indispensável para licenciamento de obra; XIV – Apartamento: Unidade autônoma de moradia em edificação multifamiliar; XV – Área comum: Área que serve a duas ou mais unidades edificadas; XVI – Área edificada: Superfície do lote ocupada pela projeção da edificação, área construída; XVII – Área Fechada: Área limitada por paredes em todo o seu perímetro; XVIII – Área livre: Superfície do lote não ocupada pela projeção horizontal da edificação; XIX – Área ocupada: Superfície do lote ocupada pela edificação considerada por sua projeção horizontal; XX – Área não computável: É a somatória das áreas construídas que não serão consideradas no cálculo do coeficiente de aproveitamento; XXI – Área do Pavimento: É a soma das áreas cobertas e descobertas, reais, de um determinado pavimento, ou seja, área de superfície limitada pelo perímetro externo da edificação no nível igual ao pavimento imediatamente acima, acrescida das áreas cobertas que tenham recebido tratamento destinado a aproveitá-la para outros fins, não apenas os de ventilação e iluminação; XXII – Área total construída: É a somatória das áreas de todos os pisos de uma edificação, inclusive as áreas ocupadas por paredes e pilares; XXIII – Área Útil: Superfície utilizável de uma edificação, excluídas as paredes e pilares; XXIV – Átrio: Pátio interno de acesso a uma edificação; XXV – Auditório: Recinto de características apropriadas para audição e visualização; XXVI – Balanço: Avanço de edificação em pavimentos superiores, além das paredes externas do pavimento térreo; XXVII – Baldrame: Viga de concreto ou madeira disposta sobre fundações ou pilares, servindo de base para a edificação; XXVIII – Beiral: Prolongamento do telhado além da prumada de uma parede; XXIX – Brise: Conjunto de placas de concreto ou chapas de material opaco que são fixadas nas fachadas expostas ao sol, para evitar o aquecimento excessivo dos ambientes, sem prejudicar a ventilação e a iluminação; XXX – Caixa de escada: Espaço ocupado por uma escada, desde o pavimento inferior até o último pavimento; XXXI – Caixilho: Parte de uma esquadria onde se fixam os vidros; XXXII – Caramanchão: Construção de ripas, bambus ou estacas com objetivo de sustentar trepadeiras; XXXIII – Casa de máquinas: Compartimento em que se instala máquinas comuns da edificação; XXXIV – Certificado de Conclusão de Obra: Documento, expedido pelo Município, que autoriza a ocupação de uma edificação nova ou reformada; XXXV – Compartimento: Cada uma das divisões de uma edificação; XXXVI – Construção: É, de modo geral, a realização de qualquer obra nova; XXXVII – Construção mista: É a edificação executada, no mínimo, com 40% (quarenta por cento) de sua área total em alvenaria; XXXVIII – Corrimão: Peça ao longo e aos lados de uma escada, que serve de resguardo ou apoio para a mão;

XXXIX – Cota: Indicação ou registro numérico de dimensão; XL – Croqui: Esboço preliminar de um projeto; XLI – Declividade: Relação percentual entre a diferença das cotas altimétricas de dois pontos e sua distância horizontal; XLII – Degrau: Desnível formado por duas superfícies horizontais; XLIII – Demolição: Ato de desmanchar edificação de qualquer natureza; XLIV – Dependência de uso comum: Conjunto de dependências da edificação que poderão ser utilizadas em comum por todos ou por parte dos titulares de direito das unidades de moradia; XLV – Dependências de uso privativo: Conjunto de dependências de uma unidade de moradia, cuja utilização é reservada aos respectivos titulares de direito; XLVI – Depósito: Edificação ou compartimento destinado a guarda prolongada de produtos; XLVII – Divisa: Linha que separa o lote de propriedades lindeiras; XLVIII – Edícula: Denominação genérica para compartimento acessório de habitação, separado da edificação principal; XLIX – Elevador: Máquina que executa o transporte vertical de pessoas e mercadorias; L – Embargo: Ato administrativo que determina a paralisação de uma obra; LI – Entulho: Materiais ou fragmentos resultantes de demolição ou construção; LII – Escala: Relação entre as dimensões do desenho e a do que ele representa; LIII – Espelho: Parte vertical do degrau da escada; LIV – Esquadria: Termo genérico para indicar porta, janela, caixilho e veneziana; LV – Fachada: Elevação das paredes externas de uma edificação; LVI – Forro: Revestimento da parte inferior do madeiramento do telhado; LVII – Fossa Séptica: Tanque de concreto ou alvenaria revestida, em que se deposita águas servidas; LVIII – Fundações: Parte da construção destinada a distribuir as cargas sobre o terreno; LIX – Galpão: Construção, com cobertura, fechada em pelo menos três de suas faces, por meio de paredes ou tapumes, não podendo servir para uso residencial; LX – Guarda-corpo: Elemento de pequena altura utilizado como proteção contra quedas instalados nos bordos das sacadas, terraços e pontes; LXI – Habitação Multifamiliar: Edificação ocupada por mais de uma família, com acesso comum; LXII – Habitação Popular: Habitação de tipo econômico, edificada com finalidade social e regida por regulamentação específica; LXIII – Habitação Unifamiliar: Edificação ocupada por uma só família ou indivíduo; LXIV – Hachura: Raiado, que no desenho produz efeitos de sombra ou meio tom; LXV – Hall: Dependência de uma edificação que serve de ligação entre outros compartimentos; LXVI – Infração: Violação da lei; LXVII – Jirau: Piso intermediário dividindo compartimento, com área de até 1/4 da área deste; LXVIII – Kit: Pequeno compartimento de apoio aos serviços de copa de cada pavimento nas edificações comerciais; LXIX – Ladrão: Tubo de descarga colocado nos depósitos de água, banheiros, pias, etc. para escoamento automático do excesso de água; LXX – Lanternim: Telhado sobreposto às cumeeiras, que permite a ventilação e iluminação de grandes compartimentos; LXXI – Lindeiro: Limítrofe; LXXII – Logradouro público: Espaço destinado a uso público, oficialmente reconhecido e com denominação específica; LXXIII – Lote: Porção de terreno que faz frente ou testada para um logradouro, descrito e legalmente assegurado por uma prova de domínio; LXXIV – Manilha: Tubo de barro cozido ou grês, usado para canalização subterrânea de esgoto;

LXXV – Marquise: Cobertura em balanço; LXXVI – Meia-água: Cobertura constituída de um só plano de telhado; LXXVII – Meio-fio: Peça de pedra ou concreto que separa, em desnível, o passeio, da pista de rolamento das vias públicas; LXXVIII – Mezanino: Pavimento intermediário em parte da área do pavimento principal; LXXIX – Muro: Maciço de alvenaria que serve de vedação ou separação entre terrenos contíguos, entre edificações ou entre pátios do mesmo terreno; LXXX – Muro de arrimo: Muro destinado a suportar o empuxo da terra; LXXX – Nicho: Reentrância nas paredes; LXXXI – Pára-Raios: Dispositivo destinado a proteger as edificações contra o efeito dos raios; LXXXII – Parede-cega: Parede sem aberturas; LXXXIII – Parede comum: Parede que separa edificações contíguas, cujo eixo coincide com a linha divisória de unidades habitacionais; LXXXIV – Passeio: Parte do logradouro público destinado ao trânsito de pedestres; LXXXV – Patamar: Superfície intermediária entre dois lances de escada; LXXXVI – Pavimento: Conjunto de compartimentos situados no mesmo nível, numa edificação; LXXXVII – Pé-direito: Distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento; LXXXVIII – Peitoril: Coroamento da parte inferior do vão da janela; LXXXIX – Platibanda: Coroamento superior das edificações formado pelo prolongamento vertical das paredes externas, acima do forro; XC – Play-ground: Local destinado à recreação infantil, aparelhado com brinquedos e/ou equipamentos de ginástica; XCI – Poço de luz: Área livre de cobertura, destinada a iluminar e ventilar compartimento; XCII – Profundidade de compartimento: É a distância entre a face que dispõe de abertura para insolação e a face oposta; XCIII – Quadra: Área limitada por três ou mais logradouros adjacentes; XCIV – Reconstrução: Ato de construir novamente no mesmo local e com as mesmas dimensões, uma edificação ou parte dela que tenha sido demolida; XCV – Reforma: Alteração de uma edificação em suas partes essenciais, sem aumento da área; XCVI – Recuo: É a distância entre o limite externo da edificação e a divisa do lote; XCVII – Sacada: Construção que avança na fachada de uma edificação; XCVIII – Saguão: Parte descoberta, fechada por parede, em parte ou em todo o seu perímetro, pela própria edificação; XCIX – Saliência: Elemento ornamental da edificação, que avança dos planos das fachadas, molduras, frisos; C – Sarjeta: Escoadouro, nos logradouros públicos, para as águas de chuva; CI – Servidão: Encargo, imposto a qualquer propriedade para passagem, proveito ou serviço de outrem que não o dono da mesma; CII – Sobreloja: Pavimento situado acima do pavimento térreo, de uso exclusivo do mesmo; CIII – Soleira: Parte inferior do vão da porta; CIV – Sótão: Área aproveitável sob a cobertura e acima do teto do último piso; CV – Subsolo: Pavimento que tenha, no mínimo, a metade do seu pé-direito abaixo do nível do passeio; CVI – Tapume: Vedação frontal, vertical, executada de madeira ou outro material destinada a isolar uma construção e proteger operários e transeuntes; CVII – Telheiro: Construção coberta, sem forro, suportada por colunas ou pilares, e fechada, no máximo, em duas faces; CVIII – Terraço: Espaço descoberto sobre edificação ou a nível de um pavimento deste, constituído de piso utilizável; CIX – Testada: É a linha que separa o logradouro público da propriedade particular, frente do lote;

CX – Toldo: Proteção contra intempérie para portas e janelas, com armação articulada retrátil, de lona, plástico ou metal; CXI – Verga: Viga que suporta a alvenaria acima das aberturas; CXII – Varanda: Espécie de alpendre à frente e/ou em volta da edificação; CXIII – Vestíbulo: Espaço entre a porta e o acesso à escada, no interior das edificações; CXIV – Vistoria: Diligência efetuada por funcionário habilitado para verificar determinadas condições de uma obra.

CAPITULO III DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS

Artigo 5º – É indispensável, antes da execução de qualquer construção, a obtenção do Alvará de Construção fornecido pelo Município. Artigo 6º – Os projetos a serem submetidos à analise documental deverão ter como responsável, profissional legalmente habilitado e cadastrado junto ao Município. Parágrafo Único – Terão o seu andamento sustado, os processos cujos responsáveis técnicos, sendo pessoa física ou jurídica, estejam em débito com o Município. Artigo 7º – Fica condicionada aos seguintes atos administrativos, a autorização para execução de qualquer construção: I – Certidão de Alinhamento; II – Consulta prévia para construção; III – Análise documental; IV – Certidão de conferencia da locação; V – Alvará de Construção.

SEÇÃO I Alinhamento

Artigo 8º – O interessado em efetuar qualquer construção, inclusive muros, poderá requerer previamente Certidão de Alinhamento junto ao Município, Parágrafo 1º – O Município fará a demarcação do terreno, através de levantamento topográfico, e fornecerá a Certidão de Alinhamento, especificando as medidas e correspondentes confrontações, e poderá tercerizar este serviço. Parágrafo 2º – O Município poderá através de decreto regulamentar a obrigatoriedade do disposto neste artigo.

SEÇÃO II Consulta Prévia

Artigo 9º – Antes de solicitar a análise documental do projeto de construção, reconstrução, reforma ou ampliação, o interessado deverá efetuar Consulta Prévia, através de formulário, Anexo I desta lei. Parágrafo Único – O requerente deverá indicar na Consulta Prévia: A) Nome e endereço do proprietário; B) Endereço da obra (número do lote, número da quadra e denominação do loteamento/bairro);

C) Finalidade da obra (residencial, comercial, industrial etc.); D) Natureza da obra (alvenaria, madeira ou mista); E) Se comercial, qual atividade pretende ser instalada no local; F) Demais informações que o interessado achar pertinente. Artigo 10º – Ao fornecer as informações referentes à Consulta Prévia, o Município indicará, com base na Lei de Zoneamento e Uso do Solo Urbano e demais regulamentos pertinentes, as normas urbanísticas incidentes sobre o lote, tais como zona de uso, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, altura máxima e recuos mínimos da edificação. Parágrafo 1º – O Município terá prazo de 5 (cinco) dias para fornecer as informações solicitadas na Consulta Prévia. Parágrafo 2º – As diretrizes fornecidas na Consulta Prévia terão validade de 90 (noventa) dias. Parágrafo 3º - O Município deverá procurar promover tanto o pedido de consulta prévia quanto a resposta a esta consulta, além do meio físico, com protocolo de papel, como também pelo meio digital on-line, pelo site do Município.

SEÇÃO III Analise Documental

Artigo 11º – Os projetos de construção, reconstrução, ampliação ou reforma deverão ser apresentados devidamente assinados pelo seu autor, pelo proprietário da obra e pelo responsável técnico pelas diversas partes da construção. Artigo 12º – Para encaminhar processo de aprovação do projeto, o interessado deverá apresentar os seguintes elementos: I – Requerimento Padrão constante no Anexo II, solicitando a análise documental e emissão do alvará de construção; II – Título de propriedade do terreno ou autorização do proprietário, com firma reconhecida; III – Certidão de Alinhamento do lote; IV – Consulta Prévia deferida pelo Município; V – Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) do(s) profissional(is) responsável(is) pelos projetos e execução da obra, devidamente assinada com comprovante de pagamento; VI – Projeto Arquitetônico composto de plantas baixa de cada pavimento não repetido, de situação, de localização, de elevação das fachadas voltadas para as vias públicas, de cortes longitudinais e transversais, de cobertura e de corte transversal do terreno, mostrando a declividade em relação à via pública; VII – Projetos complementares, de acordo com normativas expedidas pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia e de Arquitetura e Urbanismo; VIII – Memorial descritivo; IX – Outros detalhes, quando necessários à elucidação do projeto. Parágrafo 1º– No caso de reforma ou ampliação, deverá ser indicado no projeto, o que será demolido, construído ou conservado, com legenda identificando cada um dos itens listados. Parágrafo 2º – As plantas de situação e de localização, deverão obedecer as seguintes normas:

I – A planta de situação (implantação no sítio urbano) deverá caracterizar o lote pelas suas dimensões, indicação das ruas adjacentes, orientação magnética; II – A planta de localização (implantação do prédio no lote), devidamente cotada, deverá caracterizar a locação da construção no lote, indicando sua posição em relação às divisas, bem como as outras construções existentes no mesmo e a orientação magnética e a posição do poste da rede de energia elétrica mais próximo, posição do meio-fio, calçadas, postes, hidrantes, arborização, entrada de veículos, lixeiras e demais equipamentos urbanos em frente ao lote. Parágrafo 3º – As plantas baixas deverão indicar o destino de cada compartimento, áreas destes, tipo de piso, dimensões internas, espessuras de paredes, dimensões de portas e janelas, dimensões externas totais da obra, cotas de nível e posição das linhas dos cortes. Parágrafo 4º – Serão exigidos projetos complementares de acordo com os conselhos responsáveis. Parágrafo 5º – As escalas mínimas serão: I – 1 : 1000 para as plantas de situação; II – 1 : 250 para as plantas de localização; III – 1 : 50 para as plantas baixas; IV – 1 : 50 para os cortes longitudinais e transversais; V – 1 : 50 para as fachadas; VI – 1 : 25 para os detalhes arquitetônicos e construtivos. Parágrafo 6º – Nos casos de projetos para construção de edificações de grandes proporções, em que uma das dimensões externas ultrapassar 100 m (cem metros), as escalas mencionadas no parágrafo anterior poderão ser alteradas, a critério do órgão competente do Município. Artigo 13º – Deverão ser apresentados 05 (cinco) jogos de cópias dos projetos, devidamente assinadas, e um arquivo digital, que, após terão os seguintes fins: I – Uma cópia e o arquivo digital ficarão arquivados junto ao Cadastro Técnico Municipal; II – Quatro cópias serão entregues ao requerente, junto com o Alvará de Construção, para fins de Cartório de Registro de Imóveis, INSS, Obra e Proprietário. Parágrafo 1º – Das cópias entregues ao requerente, uma deverá ser conservada na obra, juntamente com o Alvará de Construção, devendo sempre ser apresentados, quando solicitado por fiscal ou autoridade municipal competente. Parágrafo 2º - O Profissional responsável pelo projeto deverá entregar juntamente com as cópias impressas um arquivo digital, da planta de situação em escala de 1:1000 e da planta de localização, em escala 1:250, que ficará arquivado no Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, da Prefeitura Municipal de Nova Mutum. Artigo 14º – Não serão permitidas emendas ou rasuras nos projetos, sendo que as correções necessárias serão feitas através de errata apresentada pelo profissional responsável. Artigo 15º – Qualquer modificação no projeto deverá ser submetida a análise documental do Município e somente poderá ser executada se forem apresentadas novas plantas, contendo detalhadamente, todas as modificações previstas.

Parágrafo Único – A licença para modificações será concedida sem emolumentos se for requerida antes do embargo da obra e se a mesma não implicar em aumento de área da construção. Artigo 16º – Quando se tratar de construção destinada a fabricação ou manipulação de gêneros alimentícios, frigoríficos ou matadouros, bem como estabelecimentos hospitalares e ambulatoriais, combustíveis e explosivos, deverá ser ouvido o órgão específico encarregado do respectivo controle. Parágrafo Único – As atividades que dependem de exigências de outros Órgãos Públicos, somente poderão ser aprovados pela Município após ter sido dado para cada caso, a aprovação da autoridade competente. Artigo 17º – O Município poderá analisar o projeto arquitetônico sem expedir o Alvará de Construção, se assim for solicitado pelo interessado. Parágrafo 1º – Nas situações previstas no caput deste artigo, o Município poderá dispensar, a seu critério, a Anotação de Responsabilidade Técnica referente à execução da obra e os projetos complementares. Parágrafo 2º – Para iniciar a execução de obra com projeto aprovado na condição expressa no caput deste artigo, o interessado deverá encaminhar requerimento pedindo a expedição do Alvará de Construção, apresentando os elementos eventualmente dispensados conforme disposto no parágrafo anterior. Parágrafo 3º – A aprovação de projeto, independente do Alvará de Construção, valerá pelo prazo de 2 (dois) anos da data de aprovação do mesmo. Parágrafo 4º – A requerimento do interessado será concedida revalidação do projeto por igual período. Parágrafo 5º – Será passível de revalidação, obedecidos os preceitos legais da época sem qualquer ônus para o proprietário da obra, o projeto cuja execução tenha ficado na dependência de ação judicial para retomada do imóvel, nas seguintes condições: A) Ter a ação judicial início comprovado dentro do período de validade do projeto aprovado; B) Ter a parte interessada requerido a revalidação no prazo de 1 (um) mês de trânsito em julgado da sentença concessiva da retomada.

Seção IV Alvará de Construção

Artigo 18º – Após a análise dos documentos e projetos apresentados e, se os mesmos estiverem de acordo com a legislação pertinente, o Município emitirá o Alvará de Construção, que também poderá ser parcial, se assim requerido. Parágrafo 1° – O Alvará de Construção terá validade de 12 (doze) meses, contados da data de sua expedição. Parágrafo 2° - Será emitido antes do Alvará de Construção uma Carta de Aprovação para as obras que necessitam de Alvará do Corpo de Bombeiros. Artigo 19º – Constará no Alvará de Construção: I – Nome do proprietário;

II – Número e data do protocolo de solicitação da análise documental feita através do Requerimento Padrão constante do Anexo II desta Lei; III – Descrição sumária da obra, com indicação da área a ser construída, finalidade e natureza; IV – Local da obra, número do lote, número da quadra, nome do loteamento/bairro e da rua; V – Nome do(s) profissional(is) responsável(is) pelos projetos e execução da obra; VI – Nome e assinatura das autoridades do Município responsáveis pelo departamento e pela análise documental assim como qualquer outra indicação que for julgada necessária; VII – Data da expedição e prazo de validade do mesmo. Artigo 20º – A entrega do Alvará de Construção será feita mediante o pagamento das taxas e impostos devidos. Parágrafo Único – A concessão de licença para construção, reforma ou ampliação não isenta o imóvel do imposto territorial ou predial durante o prazo de duração da obra. Artigo 21º - Uma construção será considerada iniciada quando suas fundações estiverem totalmente concluídas, inclusive o baldrame ou o radier. Parágrafo 1° – Será automaticamente revalidado o Alvará de Construção, se o início da obra estiver na dependência de ação judicial para retomada do imóvel, observadas as condições do artigo anterior. Artigo 22º – Após a caducidade do primeiro Alvará de Construção, salvo ocorrência do parágrafo segundo do artigo anterior, se a parte interessada quiser iniciar as obras, deverá requerer renovação de prazo e pagar novo Alvará de Construção. Artigo 23º – No caso de interrupção da construção licenciada, será considerado válido o Alvará de Construção por um período de 5 (cinco) anos, contados a partir da sua expedição, desde que a paralisação da obra seja comunicada, por escrito, dentro do prazo de execução inicialmente previsto. Artigo 24º – Ficam dispensadas de apresentação de projeto, ficando, contudo, sujeitas à apresentação de croqui e expedição de Alvará de Construção, as seguintes obras e serviços: I – Obras de reparo em fachadas, quando não compreendem alterações das linhas arquitetônicas. Artigo 25º – Estão dispensados de licença: I – Serviço de limpeza, recuperação ou substituição de revestimentos de edificações e muros; II – Impermeabilização de terraços; III – Conserto de pavimentação de passeios públicos; IV – Instalação de fonte decorativa; V – Substituição e reparos de telhas, calhas e condutores em geral; VI – Construção de calçadas no interior de terrenos edificados e muros, na divisa, de até 2,00 m (dois metros) de altura; VII – Rebaixamento de meio-fio, desde que obedecendo disposições desta Lei; VIII – Galpões para obra, desde que comprovada a existência de projeto aprovado para o referido local.

Artigo 26º – Ficam dispensadas da assistência e da responsabilidade técnica de profissionais habilitados, porém dependentes de alvará, as construções assim deliberadas por normativas do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Artigo 27º – Durante a execução da obra, o profissional responsável deverá pôr em prática todas as medidas possíveis para garantir a segurança dos operários, do público e das propriedades vizinhas, providenciando ainda para que o leito do logradouro público, no trecho compreendido pela obra, seja permanentemente mantido em perfeito estado de limpeza. Artigo 28º – De acordo com a legislação federal pertinente, a construção de edifícios públicos, federais ou estaduais não poderá ser executada sem Alvará de Construção expedido pelo Município, devendo obedecer as determinações da presente Lei e demais normas e regulamentos municipais. Parágrafo 1º – Os projetos para as obras referidas no caput deste artigo estão sujeitos às mesmas exigências estabelecidas nesta Lei, gozando, entretanto, de prioridade na tramitação. Parágrafo 2º – Os contratados ou executores das obras de edifícios públicos devem estar devidamente legalizados para o desenvolvimento da atividade, ficando, ainda, sujeitos ao pagamento de tributos e taxas incidentes.

Seção V Alvará de Habite-se

Artigo 29º – Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem ser procedida vistoria pelo Município e expedido o Alvará de Habite-se. Artigo 30º – Uma edificação é considerada concluída quando estiver em condições de ser habitada e atender às normas da presente Lei e demais regulamentos pertinentes. Artigo 31º – A vistoria deverá ser requerida ao Município, após a conclusão das obras, pela equipe de fiscalização. Artigo 32º – O requerimento de vistoria deverá ser acompanhado de: I – Visto de liberação das instalações sanitárias, fornecido pelo órgão de saúde competente, quando necessário; II – Carta de entrega dos elevadores, quando houver, fornecida pela firma instaladora; III – Laudo de Vistoria aprovado, emitido pelo Corpo de Bombeiros, relativo a prevenção contra incêndios, para casos de edificações que possuam mais de 2 (dois) pavimentos e/ou mais de 700,00 m2 (setecentos metros quadrados) de área construída. Artigo 33º – O Município terá prazo de 15 (quinze) dias para efetuar vistoria da edificação e expedir o Alvará de Habite-se, se a mesma estiver de acordo com o projeto que possui o Alvará de Construção. Parágrafo 1º – O Município somente poderá conceder o Alvará de Habite-se para edificações que necessitem de instalações de segurança contra incêndio, se as mesmas forem aprovadas e vistoriadas pelo Corpo de Bombeiros, mediante anexação do respectivo Laudo de Vistoria. Parágrafo 2º – Para expedição do Alvará de Habite-se em terrenos lindeiros a logradouros públicos já dotados de meio-fio e pavimentação asfáltica, o passeio público fronteiriço deverá estar pavimentado segundo especificações definidas pelo Município, além de contar com equipamento para a guarda temporária de lixo. Artigo 34º – O Alvará de Habite-se poderá ser expedido parcialmente, nas seguintes situações: I – Quando se tratar de edificação composta de partes comercial e residencial, desde que cada uma possa ser utilizada independentemente da outra;

II – Quando se tratar de edifício em que estejam completamente concluídas, as áreas de uso comum e removidos os tapumes e andaimes e estando em funcionamento pelo menos um elevador, quando houver; III – Quando se tratar de mais de uma edificação no mesmo lote; IV - Quando se tratar de uma mesma edificação, com mais de uma atividade de forma distinta. Parágrafo Único – As situações não previstas neste artigo serão apreciadas pelo órgão competente do Município, resguardadas as exigências anteriores. Artigo 35º – Por ocasião da vistoria, se for constatado que a edificação foi construída, ampliada, reconstruída ou reformada em desacordo com projeto que possui alvará de construção, o responsável técnico será autuado com base nas disposições desta Lei. Parágrafo Único – No caso de infração conforme especificado no caput deste artigo, o responsável técnico será obrigado a regularizar o projeto, caso as alterações cumpram os dispostos nesta Lei, ou promover a demolição da obra ou efetuar as modificações necessárias para adequar a mesma a legislação em vigor.

Seção VI Vistorias

Artigo 36º – O Município fiscalizará as obras em andamento em todo o seu território, a fim de que as mesmas sejam executadas de acordo com as disposições desta Lei, demais leis pertinentes e conforme projetos que possuam alvará de construção. Parágrafo 1º – Os Técnicos e fiscais do Município terão acesso a todas as obras, mediante apresentação de prova de identidade, independentemente de qualquer outra formalidade. Parágrafo 2º – Os funcionários investidos em função fiscalizadora poderão, observadas as formalidades legais, inspecionar bens e papéis de qualquer natureza, desde que constituam objeto da presente legislação. Artigo 37º – Em qualquer período da execução da obra, o órgão competente do Município poderá exigir que lhe sejam exibidos os projetos, cálculos e demais detalhes que julgar necessário.

Seção VII Alvará de Demolição

Artigo 38º – O interessado em realizar demolição de edificação, ou parte dela, deverá solicitar ao Município, através de requerimento, para que lhe seja concedida licença através do Alvará de Demolição, onde constará: I – Nome do proprietário; II – Número e data do protocolo do requerimento solicitando a demolição; III – Localização da edificação a ser demolida, número do lote e da quadra e denominação do loteamento/bairro; IV – Nome do profissional responsável, quando necessário; V – Características da edificação a ser demolida, especificando área, natureza e utilização; VI – Constar o prazo de validade da autorização que não poderá exceder 360 dias consecutivos. Artigo 39º – Se a edificação ou parte a ser demolida estiver no alinhamento, ou encostada em outra edificação, ou tiver uma altura superior a 8 m (oito metros), será exigido profissional responsável, identificação que deverá figurar no requerimento de Autorização para Demolição.

Artigo 40º – É dispensada a licença para demolição de muros de fechamento com até 2,00 m (dois metros) de altura. Artigo 41º – Para autorizar a demolição, o Município, se julgar necessário, poderá: I – Exigir a construção de tapumes e outros elementos necessários, a fim de garantir a segurança dos vizinhos e pedestres; II – Estabelecer horário durante o qual a demolição deva ou possa ser feita; III – Fixar prazo máximo para execução da demolição. Artigo 42º – Qualquer edificação que, segundo entendimento do órgão competente do Município, estiver ameaçada de desabamento deverá ser demolida pelo proprietário. Parágrafo Único – Em caso de recusa em tomar a providência especificada no caput deste artigo, o Município executará a demolição, cobrando do proprietário, as despesas correspondentes, acrescidas de taxa de 20% (vinte por cento) de administração.

Seção VIII Responsabilidade Técnica

Artigo 43º – Somente poderão projetar, orientar, administrar e executar obra no Município, os profissionais habilitados e registrados nos devidos conselhos e devidamente cadastrados junto ao Município. Artigo 44º – Os profissionais responsáveis pelo projeto e pela execução da obra deverão colocar em lugar apropriado, placa com a indicação de seus nomes, títulos e número de registro nos devidos conselhos. Parágrafo Único – A placa referida no caput deste artigo fica isenta de qualquer tributação. Artigo 45º – Se no decurso da obra, o responsável técnico quiser dar baixa da responsabilidade assumida, deverá comunicar essa pretensão, por escrito, ao Município, que só atenderá esse pedido após vistoria e desde que nenhuma infração seja verificada. Parágrafo 1º – Realizada a vistoria e constatada a inexistência de qualquer infração, será intimado o proprietário para, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de embargo e/ou multa, apresentar novo responsável técnico, o qual deverá satisfazer as condições desta Lei e assinar também a comunicação a ser dirigida ao Município. Parágrafo 2º – A comunicação de baixa de responsabilidade técnica poderá ser feita concomitantemente com a indicação do novo responsável técnico, desde que o proprietário e os dois profissionais assinem conjuntamente. Parágrafo 3º – A alteração de responsabilidade técnica deverá ser anotada no verso do Alvará de Construção. Artigo 46º – Tanto a solicitação de baixa de responsabilidade técnica assumida por ocasião do pedido de emissão do alvará de construção , deverá descrever a fase em que se encontra a construção e informar onde termina a responsabilidade de um e onde começa a de outro.

CAPÍTULO IV CONDIÇÕES GERAIS DAS EDIFICAÇÕES

Seção I

Terrenos, Escavações e Aterros

Artigo 47º – Em terrenos com declive acentuado que por sua natureza estão sujeitos a ação erosiva das águas de chuva e que pela sua localização, possam ocasionar problemas a segurança de edificações próximas, bem como à limpeza e livre trânsito nos logradouros públicos, é obrigatória a execução de obras de proteção visando a contenção e conservação do solo. . Parágrafo Único – As medidas de proteção necessárias serão apresentadas formalmente, por profissional legalmente habilitado ao Município e arquivado após autorização. Artigo 48º – Nas escavações e aterros deverão ser adotadas medidas de segurança para evitar o deslocamento de terra nas divisas do lote em construção ou eventuais danos às construções vizinhas. Artigo 49º – No caso de escavações e aterros de caráter permanente, que modificam o perfil do lote, o responsável técnico é obrigado a proteger as edificações lindeiras e o logradouro público, com obras de proteção que evitam o deslocamento do solo. Artigo 50º – Os responsáveis pelos serviços de escavações e aterros são responsáveis pela manutenção e limpeza das vias e logradouros públicos.

Seção II Fundações e Alicerces

Artigo 51º – Nos terrenos permanentemente úmidos e pantanosos misturados com humos ou substâncias orgânicas, não será permitido edificar sem prévia drenagem, saneamento e autorização do Município. Artigo 52º – As fundações das edificações deverão ser executadas de maneira que: I –Não haja invasão dos logradouros públicos; II – Não prejudiquem os imóveis lindeiros; III – Sejam totalmente independentes das edificações vizinhas já existentes e integralmente situadas dentro dos limites do lote. Artigo 53º – Quando julgar necessário, o Município exigirá verificações por meio de sondagens ou outras provas de capacidade útil do terreno. Artigo 54º – Os alicerces das edificações serão respaldados com camada isoladora de material apropriado. Artigo 55º – As fundações comuns e especiais deverão ser projetadas e executadas de acordo com as especificações da ABNT, de modo que fique perfeitamente assegurada a estabilidade da obra.

Seção III Materiais de Construção

Artigo 56º – Os materiais de construção, seu emprego e técnica de utilização deverão satisfazer as especificações e normas oficiais da ABNT.

Artigo 57º – No caso de materiais cuja aplicação não esteja definitivamente consagrada pelo uso, o Município poderá exigir análises e ensaios comprobatórios de sua adequacidade. Parágrafo 1º – Essas análises ou ensaios deverão ser realizados em laboratório de comprovada idoneidade técnica. Parágrafo 2º – O Município, através de seu órgão competente, reserva-se o direito de impedir o emprego de qualquer material impróprio. Artigo 58º – Para efeito desta Lei, consideram-se "Materiais Resistentes ao Fogo" o concreto simples ou armado, peças metálicas, tijolos, pedras, materiais cerâmicos, e outros cuja resistência ao fogo seja reconhecida pelas especificações da ABNT.

Seção IV Paredes e Pisos

Artigo 59º – As paredes, quando executadas em alvenaria de tijolo comum, com fins estruturais deverão ter espessura mínima de 14cm. Artigo 60º – As paredes internas que constituírem divisão entre economias distintas, deverão ter 20 cm (vinte centímetros) de espessura, no mínimo. Artigo 61º – As paredes de gabinetes sanitários, banheiros, dispensas e cozinhas junto ao fogão e pia, deverão ser revestidas no mínimo até a altura de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) de material impermeável, lavável, liso e resistente, com azulejo ou similar. Artigo 62º – As paredes construídas nas divisas de lotes deverão ser de alvenaria ou material resistente ao fogo e ter a espessura mínima de 15 cm (quinze centímetros). Parágrafo Único – Não serão permitidas paredes de meação. Artigo 63º – As espessuras mínimas de paredes constantes dos artigos anteriores poderão ser alteradas quando forem utilizados materiais de natureza diversa, desde que possuam, comprovadamente, no mínimo, os mesmos índices de resistência, impermeabilidade e isolamento térmico e acústico, conforme o caso, ficando essas garantias sob responsabilidade do profissional que indicou o uso dos mesmos. Artigo 64º – Os pisos deverão ser convenientemente pavimentados com material adequado, segundo os casos e as prescrições desta Lei. Parágrafo 1º – O piso do primeiro pavimento de edificação, quando constituído por assoalho de madeira, deverá ser construído sobre pilares ou embasamento de alvenaria, observando a altura mínima de 40 cm (quarenta centímetros) acima do nível do terreno. Parágrafo 2º – Os pisos de banheiro, cozinha, lavanderia, garagem, despensa, áreas de serviço, depósito e sacada deverão ser impermeáveis e laváveis. Artigo 65º – Os pisos de área de circulação, galerias e espaços de ajardinamento em edificações residenciais múltiplas, casas de diversões e sociedades recreativas deverão ser resistentes ao fogo.

Seção V Coberturas

Artigo 66º – As edificações receberão cobertura de material impermeável e permanente, adequado a sua finalidade. Parágrafo Único – Nas edificações de caráter permanente, a cobertura será em material incombustível, de baixa condutividade calorífica, podendo ser apoiada sobre estrutura de madeira, a não ser em casos especiais previstos nesta Lei. Artigo 67º – Quando a cobertura for constituída por laje de concreto armado, deverá apresentar espessura mínima de 8 cm (oito centímetros) e deverá ser prevista a impermeabilização e garantida a não elevação térmica, por processo considerado eficiente. Artigo 68º – Sempre que pareça conveniente, o Município poderá, por sua repartição competente, exigir detalhes e cálculos justificativos das armações de cobertura, especialmente para os casos de grandes vãos, disposições pouco usuais ou de locais de reunião. Artigo 69º – A não ser em casos de pé-direito acima de 3,00 metros ou de grandes recintos com facilidades especiais de circulação de ar, a cobertura será dotada de dispositivo que evite a irradiação do calor solar. Parágrafo único – O constante no caput do artigo anterior, não poderá ser utilizado para ambientes internos com fins residencial e comercial. Artigo 70º – As chaminés, nas edificações residenciais, terão altura suficiente para que a fumaça, a fuligem e outros resíduos que posam expelir, não incomodem a vizinhança, devendo elevar-se, pelo menos, 0,5m (meio metro) acima da cobertura. Artigo 71º – A altura de chaminés de edificações não residenciais, não poderá ser inferior a 5,00 m (cinco metros) do ponto mais alto das coberturas existentes num raio de 50,00 m (cinqüenta metros). Parágrafo Único – O Município poderá determinar acréscimo de altura ou modificação, quando se tornar necessário. Artigo 72º – A cobertura será completamente independente das edificações vizinhas e deverá sofrer interrupção na linha de divisa. Artigo 73º – As águas pluviais das coberturas deverão escoar dentro dos limites do imóvel, não sendo permitido desaguamento para os lotes vizinhos ou logradouros públicos.

Seção VI Fachadas, Marquises e Saliências

Artigo 74º – As fachadas das edificações deverão apresentar bom acabamento, em todas as partes visíveis dos logradouros públicos. Artigo 75º – As fachadas situadas no alinhamento não poderão ter, até altura de 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros), saliências maiores que 10 cm (dez centímetros) nem poderão abrir para fora persianas, gelosias ou qualquer outro tipo de vedação, abaixo dessa altura.

Artigo 76º – As edificações poderão ser dotadas de marquises, obedecendo os seguintes requisitos: I – Ter altura mínima de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros), medida do nível do solo; II – Ter projeção da face externa do balanço, no máximo, igual a 50% (cinqüenta por cento) da largura do passeio; III – Não poderão prejudicar a arborização, a iluminação pública e placas de nomenclatura oficial dos logradouros; IV – Deverão ser construídas de material resistente ao fogo e à ação do tempo; V – Deverão ser providas de dispositivos que impeçam a queda de águas pluviais sobre o passeio, não sendo permitido o uso de calhas aparentes; VI – Deverão ser providas de cobertura protetora, quando revestidas de vidro ou de qualquer outro material quebrável. Artigo 77º – As fachadas das edificações, quando construídas no alinhamento predial, poderão ter sacadas, floreiras, caixas para condicionadores de ar e brises, se: I – Estiverem situadas acima de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) do nível do solo; II – Tiverem dutos até o solo, para canalização das águas coletadas. Parágrafo Único – Os elementos mencionados no caput deste artigo poderão projetar-se além do alinhamento predial a distância máxima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

Seção VII Portas, Escadas, Corredores e Rampas

Artigo 78º – O dimensionamento das portas deverá obedecer a altura mínima de 2,10 m (dois metros e dez centímetros) e as seguintes larguras mínimas: I – Porta da entrada principal com 90 cm (noventa centímetros), para residência unifamiliar; II – Porta de acesso com 1,20 m (um metro e vinte centímetros), para edificações de uso coletivo; III – Porta de entrada de serviço com 90cm (noventa centímetros); IV – Porta residencial interna secundária e porta de banheiros com 60 cm (sessenta centímetros).

Artigo 79º – As escadas e corredores de uso comum ou coletivo deverão ter largura suficiente para proporcionar o escoamento do número de pessoas que deles dependem, exceto para as atividades específicas detalhadas em seção própria, sendo: I – A largura mínima das escadas e corredores de uso comum ou coletivo será de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) e não inferior às portas e passagens; II – As escadas de uso privativo ou restrito ao compartimento, ambiente ou local, poderão ter largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros); III – As escadas deverão oferecer passagem com vão livre mínimo de 2,10 m (dois metros e dez centímetros); IV – Só serão permitidas escadas helicoidal quando interligarem somente dois pavimentos ou mezanino; V – Nas escadas em leque, a largura mínima do degrau será de 7 cm (sete centímetros), devendo, o mesmo, apresentar, a 50 cm (cinqüenta centímetros) do bordo interno, largura mínima do piso de 25 cm (vinte e cinco centímetros); VI – As escadas deverão ser de material resistente ao fogo, quando atenderem a mais de dois pavimentos; VII – As escadas deverão ter seus degraus com altura máxima de 0,19 m (dezenove centímetros) e largura mínima de 0,25 m (vinte e cinco centímetros); VIII – As escadas deverão ter um patamar intermediário, de pelo menos 0,80 m (oitenta centímetros) de profundidade, quando o lance de escada exceder a 18 degraus;

IX – Todas as escadas deverão ser dotadas de corrimão. Artigo 80º – No caso de emprego de rampas, em substituição às escadas da edificação, aplicam-se as mesmas exigências relativas ao dimensionamento e especificações de materiais fixados para as escadas. Parágrafo 1º – As rampas poderão apresentar inclinação máxima de 20% (vinte por cento) para uso de veículos e de 8,33% (oito virgula trinta e três porcento) para uso de pedestres. Parágrafo 2º – As rampas de acesso, quando externas, serão revestidas com piso antiderrapante. Parágrafo 3º – As rampas de acesso para veículos deverão ter seu início, no mínimo a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) do alinhamento. Artigo 81º – As escadas e rampas deverão observar no que couber as exigências da NBR 90771/1993 ou substituta e NBR 9070 ou substituta. Parágrafo único – As rampas para uso de pedestres deverão ser dotadas de corrimão, observada a NBR 9070 ou substituta.

Seção VIII Reservatórios de Água

Artigo 82º – Toda edificação deverá possuir pelo menos um reservatório de água próprio. Parágrafo 1º – Em toda edificação com mais de 3 (três) pavimentos será obrigatório um reservatório de água com reserva para prevenção contra incêndio. Parágrafo 2º – Nas edificações com mais de uma unidade independente, que possuírem reservatório de água comum, o acesso ao mesmo e ao sistema de controle de distribuição se fará obrigatoriamente através de partes comuns. Artigo 83º – Os reservatórios de água deverão ser dimensionados, tanto para o consumo de água dos usuários da edificação de acordo com a finalidade da mesma, bem como para reserva de prevenção contra incêndios quando for o caso. Artigo 84º – Os projetos dos sistemas de prevenção contra incêndios e dos reservatórios de água deverão atender as exigências da ABNT e demais regulamentos pertinentes. Artigo 85º – Independentemente das exigências desta Lei, em relação a prevenção contra incêndios, os edifícios que, de um modo geral forem destinados a utilização coletiva como: fábricas, oficinas, hangares, aeroportos, garagens, estádios, escolas, enfermarias, hospitais, casas de saúde, casas de diversão, depósitos de materiais combustíveis, igrejas, grandes estabelecimentos comerciais, etc., ficam sujeitos a adotar, em benefício da segurança do público, as medidas que forem julgadas necessárias pelo Corpo de Bombeiros. Parágrafo Único – Esta disposição é aplicável também, nos casos em que apenas uma parte da edificação for destinada a utilização coletiva.

Artigo 86º – Nas edificações já existentes em que se verificar a necessidade de ser feita, em benefício da segurança pública, a instalação contra incêndio, o departamento competente, mediante solicitação do Corpo de Bombeiros, providenciará as necessárias intimações, fixando os prazos para seu cumprimento. Artigo 87º – As instalações de prevenção contra incêndio, deverão ser mantidas com todo equipamento necessário em permanente e rigoroso estado de conservação, e perfeito funcionamento, podendo, o Corpo de Bombeiros, se assim entender, fiscalizar as instalações e submetê-las à provas de eficiência. Parágrafo Único – No caso de não cumprimento das exigências desta Lei, relativas à manutenção das instalações e mediante comunicação ao Corpo de Bombeiros, o departamento competente providenciará a conveniente punição dos responsáveis e a expedição das penalidades que se tornem necessárias.

Seção IX Passeios e Muros

Artigo 88º – Os proprietários de imóveis que tenham frente para ruas pavimentadas ou com meio-fio e sarjeta, são obrigados a pavimentar os passeios à frente de seus lotes, observando declividade transversal de 5% (cinco por cento). Parágrafo 1º – Quando os passeios se acharem em mau estado de conservação, o Município intimará os proprietários a consertá-los e, se estes não os consertarem, realizará o serviço, cobrando do proprietário as despesas totais, acrescidas do valor da multa correspondente. Parágrafo 2º – O revestimento do passeio deverá ser antiderrapante e, em determinadas vias, o Município poderá determinar a padronização da pavimentação dos passeios, por razões de ordem técnica e estética. Parágrafo 3º – Nos acessos de veículo será permitido o rebaixamento da guia ou meio-fio com rampeamento máximo de 50 cm (cinqüenta centímetros) e, na extensão máxima de 4,00m (quatro metros), por testada de unidade imobiliária. Parágrafo 4º – A largura e demais especificações da execução dos passeios serão fornecidos pelo Município, mediante requerimento. Parágrafo 5º - Seguir o disposto na Lei Complementar 070/2010 e suas alterações. Parágrafo 6º Os proprietários de imóveis poderão utilizar até 1/3 (Um terço) da área de passeio para edificar rampas e escadas, garantindo o acesso e a acessibilidade ao interior das construções. Parágrafo 7º Será obrigatório a instalação de piso tátil em passeios públicos, localizados em zonas de serviço, de acordo com as normas previstas na ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Artigo 89º – Os lotes baldios situados em logradouros pavimentados devem ter, nos respectivos alinhamentos, muros em bom estado e aspecto, com altura mínima de 1,00 m (um metro). Parágrafo 1º – Nos terrenos de esquina os muros terão canto chanfrado de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) em cada testada, a partir do ponto de encontro de duas testadas.

Parágrafo 2º – Quando as divisas entre os lotes forem fechadas por muros de alvenaria, estes deverão ser feitos sobre alicerces que permitam condições de estabilidade. Parágrafo 3º – Os terrenos edificados, devidamente ajardinados, poderão ser dispensados da construção de muros junto ao alinhamento predial. Artigo 90º – O Município poderá exigir dos proprietários de lotes, a construção de muros de arrimo e de proteção sempre que o nível do terreno for superior ou inferior ao logradouro público ou quando houver desnível entre os lotes, de maneira que não haja ameaça a segurança das construções existentes. Parágrafo Único – Para instalação de cerca elétrica, deverá ser apresentado projeto, memorial descritivo, ART de projeto assinado por um engenheiro eletricista. Conforme ABNT NBR IEC 60335-2-76 ou substituta.

Seção X Alinhamento e Recuos

Artigo 91º – Todas edificações construídas ou reconstruídas no Distrito Sede do Município deverão obedecer o alinhamento predial, fornecido pelo órgão competente municipal. Artigo 92º – Os recuos frontais, laterais e de fundo, bem como a taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento, estabelecidos em função da zona localização do lote, para implantação de edificações no Distrito Sede do Município serão obedecidos de acordo com o disposto na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo. Artigo 93º – As edificações situadas nos cruzamentos de logradouros públicos, onde não houver recuo frontal obrigatório, serão projetadas de modo que, no pavimento térreo deixem livre um canto chanfrado de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), em cada testada, a partir do ponto de encontro das testadas. Artigo 94º – As edificações comerciais construídas junto ao alinhamento predial, em zonas que não exigem o recuo frontal, deverão obedecer as seguintes condições: I – No caso de possuir acesso a salas comerciais através de passagem lateral, esta nunca poderá ser inferior a 1,50 m (um metro e meio) de largura; II – A passagem lateral que tiver finalidade de acesso público, para o atendimento de mais de três estabelecimentos comerciais, será considerada como galeria comercial e obedecerá os requisitos específicos estabelecidos na Seção I do Capítulo VI desta Lei. Parágrafo Único – As larguras de passagens ou galerias referidas neste artigo devem ser mantidas em toda sua extensão.

Seção XI Áreas de Estacionamento para Veículos

Artigo 95º – Será exigida a área para estacionamento de veículos interno ao lote, nas edificações abaixo relacionadas: I – Edificações comerciais e de prestação de serviços, na relação de 1 (uma) vaga para cada 110,00 m2 (cento e dez metros quadrados) de área de construção; II – Edificações residenciais, unifamiliar ou multifamiliares, na relação mínima de 1 (uma) vaga para cada unidade;

III– Supermercados, Hipermercados, Shopping Centers e similares, 1 (uma) vaga para cada 30,00 m2 (trinta metros quadrados) da área de vendas; IV – Para demais usos não relacionados, caberá análise pelo Município da proposta apresentada pelo autor do projeto. Artigo 96º – As dependências destinadas a estacionamento de veículos deverão atender as seguintes exigências, além das relacionadas no artigo anterior: I – As vagas de garagem não deverão obstruir passagens de pedestre ou qualquer outro uso; II – Possuir pé-direito mínimo de 2,20 m (dois metros e vinte centímetros); III – Possuir sistema de ventilação permanente, proposta pelo autor do projeto; IV – Possuir vão de entrada com largura mínima de 3,00 m (três metros), e vão de saída de 3,00 m (três metros) quando comportarem mais de 50 (cinqüenta) veículos, exceção aos edifícios residenciais, que poderão utilizar um único vão como entrada e saída; V – Possuir vagas de estacionamento para cada veículo locadas em planta e numeradas, com largura mínima de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros) e comprimento mínimo de 5,00 m (cinco metros); VI – Possuir corredor de circulação com largura mínima de 3,00 m (três metros), 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) e 5,00 m (cinco metros), quando o local das vagas de estacionamento formar em relação aos mesmos, ângulos de 30º (trinta graus), 45º (quarenta e cinco graus) ou 90º (noventa graus), respectivamente; VII – Será permitido estacionar veículos atrás de outro, de modo a obstruírem vagas, desde que estas pertençam ao mesmo proprietário.

Seção XII Áreas de Recreação

Artigo 97º – Residências em série e conjuntos residenciais, a partir de 8 (oito) unidades, deverão possuir área de recreação na equivalência de no mínimo 10,00 m2 (dez metros quadrados) por unidade de moradia, sendo que esta área não poderá localizar-se em área de trânsito e estacionamento de veículos, podendo localizar-se, se descoberta, nos recuos. Artigo 98º – Nos edifícios residenciais com mais de 8 (oito) unidades deverá ser prevista área mínima de recreação e lazer na proporção de 1/10 (um para dez) da soma das áreas privativas das unidades.

Seção XIII Áreas não Computáveis

Artigo 99º – São consideradas áreas não computáveis para efeito de cálculo do Coeficiente de Aproveitamento as que seguem: I – Áreas dos pavimentos situados no subsolo, destinadas aos compartimentos considerados de permanência transitória e os sem permanência; II – Áreas ocupadas por poços de elevadores, central de gás, casa de máquinas e outras similares; III – Terraços descobertos e sacadas; IV – Áreas de recreação e lazer em edifícios residenciais e conjuntos residenciais; V – Estacionamentos e garagens de edifícios comerciais e residenciais, exceto edifícios garagem, se descobertos. Parágrafo Único – São considerados edifícios garagem aqueles que destinem para tal fim no mínimo 50% (cinqüenta por cento) de sua área total.

Seção XIV

Compartimentos Artigo 100º – As características mínimas dos compartimentos das edificações residenciais e comerciais estão definidas nas Tabelas I e II respectivamente, partes integrantes e complementares desta Lei. Artigo 101º – Para efeitos desta Lei, o destino do compartimento não será considerado apenas pela sua denominação em plantas, mas também pela sua finalidade lógica, decorrente de sua disposição no projeto. Artigo 102º – Os compartimentos em função de sua utilização classificam-se em: I – De permanência prolongada diurna; II – De permanência prolongada noturna; III – Sem permanência. Artigo 103º – Em locais de uso público, colégios, hospitais, fábricas, etc., serão permitidos sub-compartimentos sanitários com apenas um vaso sanitário ou apenas um chuveiro podendo ter área mínima de 1,00 m2 (um metro quadrado) e dimensão mínima de 90 cm (noventa centímetros). Artigo 104º – No caso da construção ser do tipo habitação popular e menor que 60,00 m2 (sessenta metros quadrados), deverá observar o seguinte: I – Ser composto de no mínimo 3 (três) compartimentos, entre eles, um banheiro e uma cozinha; II – O compartimento destinado a cozinha deverá permitir a inscrição de uma circunferência de diâmetro igual a 1,80 m (um metro virgula oitenta centímetros); III – O compartimento destinado ao banheiro deverá admitir a inscrição de uma circunferência de diâmetro igual a 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

Seção XV Insolação, Iluminação e Ventilação

Artigo 105º – Todos os compartimentos, de qualquer local habitável, para efeitos de insolação, ventilação e iluminação, terão aberturas em qualquer plano, abrindo diretamente para logradouro público ou espaço livre do próprio imóvel.. Parágrafo 1º As aberturas, para efeito deste artigo, devem distar 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) no mínimo, de qualquer parte das divisas do lote medindo-se esta distância na direção perpendicular à abertura, da parede à extremidade mais próxima da divisa. Parágrafo 2º Vãos abertos em varandas, garagens e afins, não serão consideradas como aberturas, podendo estar a menos de 1,50m das divisas, desde que haja uma outra face deste ambiente a uma distância de 1,50m de divisa ou de outra edificação. Artigo 106º – Os compartimentos das edificações de até 2 (dois) pavimentos também poderão ser ventilados e iluminados através de aberturas para pátios internos, descobertos, cujas dimensões não deverão estar abaixo dos seguintes índices: I – Área mínima de 6,00 m2 (seis metros quadrados); II – Diâmetro mínimo do círculo inscrito igual a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros). Parágrafo Único – Os compartimentos de permanência transitória e cozinhas de edificações referidas neste artigo, poderão ser ventilados e iluminados por pátios internos, descobertos, com área mínima de 3,00 m2 (três

metros quadrados), com círculo inscrito de diâmetro mínimo igual a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros). Artigo 107º – Será permitida a utilização de ventilação e iluminação zenital nos seguintes compartimentos: Vestíbulos, banheiros, corredores, depósitos, lavanderias e sótãos. Parágrafo Único – Nos demais compartimentos será permitida iluminação e ventilação zenital desde que pelo menos 50% (cinqüenta por cento) da iluminação e ventilação mínima ocorra por meio de abertura direta para o exterior, no plano vertical. Artigo 108º – Para edificações com mais de 2 (dois) pavimentos deverão ser previstos espaços de áreas livres para iluminação e ventilação, conforme as notas a seguir: Parágrafo 1º – Quando iluminarem e ventilarem compartimentos de permanência prolongada diurna ou noturna (salas, quartos, estúdios, bibliotecas, etc.), deverão obedecer as seguintes condições: I – Quando forem áreas abertas: A) O afastamento de qualquer vão de parede oposta deverá ser, no mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros); B) Ter no pavimento inicial área de 9,00 m2 (nove metros quadrados), acrescendo-se 15% (quinze por cento) a cada novo pavimento; C) Permitir ao nível de cada pavimento, em qualquer de seus pontos inscrição em um círculo cujo diâmetro seja dado pela fórmula: d =½(s)½ (metade da raiz quadrada da área. Podendo ser arredondado para maior ou para menor). II – Quando forem áreas semi-abertas: A) O afastamento de qualquer vão de parede oposta deverá ser, no mínimo, de 1,50 m (um metro cinqüenta centímetros); B) Ter no pavimento inicial 9,00 m2 (nove metros quadrados), acrescendo-se 30% (trinta por cento) a cada novo pavimento; C) Permitir ao nível de cada pavimento, em qualquer de seus pontos a inscrição de um círculo cujo diâmetro seja dado pela fórmula: d = 3/5(s)½ (três quintos da raiz quadrada da área. Podendo ser arredondado para maior ou para menor). III – Quando forem áreas fechadas: A) O afastamento de qualquer vão de parede oposta deverá ser, no mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros); B) Ter no pavimento inicial 9,00 m2 (nove metros quadrados), acrescendo-se 50% (cinqüenta por cento) a cada novo pavimento; C) Permitir ao nível de cada pavimento, em qualquer de seus pontos inscrição em um círculo cujo diâmetro seja dado pela fórmula: d = 3/4(s)½ (três quartos da raiz quadrada da área. Podendo ser arredondado para maior ou para menor). Parágrafo 2º – Quando iluminarem e ventilarem copa, cozinha, ante-sala e lavanderia, consideradas áreas de iluminação e ventilação secundárias, deverão ter no mínimo as seguintes medidas: I – Quando forem áreas abertas: A) O afastamento de qualquer vão de parede oposta deverá ser, no mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros); B) Ter no pavimento inicial 6,00 m2 (seis metros quadrados), acrescendo-se 10% (dez por cento) a cada novo pavimento;

C) Permitir ao nível de cada pavimento, em qualquer de seus pontos inscrição em um círculo cujo diâmetro seja dado pela fórmula: d = 3/5(s)½ (três quintos da raiz quadrada da área. Podendo ser arredondado para maior ou para menor). II – Quando forem áreas semi-abertas: A) O afastamento de qualquer vão de parede oposta deverá ser, no mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros); B) Ter no pavimento inicial 6,00 m2 (seis metros quadrados), acrescendo-se 20% (vinte por cento) a cada novo pavimento; C) Permitir ao nível de cada pavimento, em qualquer de seus pontos inscrição em um círculo cujo diâmetro seja dado pela fórmula: d = 3/5(s)½ (três quintos da raiz quadrada da área. Podendo ser arredondado para maior ou para menor). III – Quando forem áreas fechadas: A) O afastamento de qualquer vão de parede oposta deverá ser, no mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros); B) Ter no pavimento inicial 9,00 m2 (nove metros quadrados), acrescendo-se 30% (trinta por cento) a cada novo pavimento; C) Permitir ao nível de cada pavimento, em qualquer de seus pontos inscrição em um círculo cujo diâmetro seja dado pela fórmula: d =¾(s)½ (três quartos da raiz quadrada da área. Podendo ser arredondado para maior ou para menor). NOTAS EXPLICATIVAS Convenção: d = dimensão do afastamento da parede com abertura à divisa. ÁREAS ABERTAS

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ÁREAS SEMI-ABERTAS

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ÁREAS FECHADAS

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Notas Explicativas do Parágrafo 1º do Artigo 108º (SALA, QUARTO, ESTÚDIO, BIBLIOTECA) PAVIMENTOS I – ABERTA II - SEMI-ABERTA III - FECHADA S = 15% D S = 30% d S = 50% d 1 9,00 1,50 9,00 1,80 9,00 2,25 2 10,35 1,60 11,70 2,05 13,50 2,75 3 11,70 1,70 14,40 2,27 18,00 3,18 4 13,05 1,80 17,10 2,48 22,50 3,56 5 14,40 1,90 19,80 2,67 27,00 3,90 6 15,75 1,98 22,50 2,84 31,50 4,21 7 17,10 2,08 25,20 3,01 36,00 4,50 8 18,45 2,15 27,90 3,17 40,50 4,77 9 19,80 2,23 30,60 3,32 45,00 5,03

Notas explicativas do Parágrafo 2º do Artigo 108º (COPA, COZINHA, ANTE-SALA)

PAVIMENTOS I - ABERTA II - SEMI-ABERTA III - FECHADA S = 10% d S = 20% d S = 30% d 1 6,00 1,50 6,00 1,50 6,00 1,84 2 6,60 1,54 7,20 1,61 7,80 2,09 3 7,20 1,61 8,40 1,74 9,60 2,33 4 7,80 1,67 9,60 1,86 11,40 2,54 5 8,40 1,74 10,80 1,97 13,20 2,72 6 9,00 1,80 12,00 2,08 15,00 2,90 7 9,60 1,86 13,20 2,18 16,80 3,08 8 10,20 1,91 14,40 2,27 18,60 3,23 9 10,80 1,97 15,60 2,37 20,40 3,39

Artigo 109º – São suficientes para a insolação, ventilação e iluminação dos compartimentos, os espaços de aberturas que obedeçam às tabelas I e II desta Lei. Artigo 110º – Os compartimentos sanitários, ante-salas, kit e lavanderias poderão ter iluminação e ventilação forçada através de equipamentos, eletrônicos ou não. Artigo 111º – Quando os compartimentos tiverem aberturas para ventilação e iluminação sob alpendre, terraço ou qualquer cobertura, a área do vão iluminante natural deverá ser acrescida de mais 25% (vinte e cinco por cento), além do mínimo exigido na Tabela I e Tabela II, anexas.

CAPÍTULO V EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Artigo 112º – As unidades residenciais serão constituídas de, no mínimo, BWC, Cozinha, Quarto e Sala. Parágrafo Único – As unidades residenciais poderão ter compartimentos conjugados, desde que o compartimento resultante tenha, no mínimo, a soma das dimensões mínimas exigidas para cada um deles. Artigo 113º – Para cada compartimento das unidades residenciais são definidos o diâmetro mínimo do círculo inscrito, a área mínima, a iluminação mínima, a ventilação mínima, o pé-direito mínimo, os revestimentos de suas paredes, os revestimentos de seu piso e observações conforme Tabela I, parte integrante e complementar desta Lei. Parágrafo Único – Os edifícios residenciais deverão observar, além de todas as exigências cabíveis, especificadas nesta Lei, as exigências da Tabela II, no que couber para as partes comuns. Artigo 114º – A Taxa de Ocupação, o Coeficiente de Aproveitamento, a Altura Máxima, os Recuos e demais parâmetros dos lotes são os definidos na Lei de Zoneamento e Uso do Solo Urbano para a zona onde se situem.

Seção I Residências Isoladas

Artigo 115º – Residências Isoladas são as habitações unifamiliares edificadas sobre lote urbano, devendo obedecer ao disposto na Tabela I desta Lei.

Parágrafo Único – As habitações populares serão regidas por regulamentação específica, a critérios do Poder Público.

Seção II Residências Geminadas

Artigo 116º – Consideram-se residências geminadas, duas unidades de moradia contíguas, que possuam uma parede comum. Parágrafo Único – O lote das residências geminadas, só poderá ser desmembrado, quando cada unidade tiver as dimensões mínimas de lote estabelecidas por lei, e as moradias, isoladamente, estejam de acordo com esta Lei.

Seção III

Residências em Série, Paralelas ao Alinhamento Predial Artigo 117º – Consideram-se residências em série, paralelas ao alinhamento predial as situadas ao longo de logradouros públicos, geminadas ou não, em regime de condomínio, as quais não poderão ser em número superior a 16 (dezesseis) unidades de moradia. Artigo 118º – As residências em série, paralelas ao alinhamento predial deverão obedecer às seguintes condições: I – A testada do lote de uso exclusivo de cada unidade terá, no mínimo 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros); II – Cada unidade deverá possuir área não edificada de no mínimo 30% (trinta por cento) da fração de terreno onde for implantada; III – As áreas de recreação deverão obedecer ao disposto na Seção XII, do Capítulo IV, desta Lei.

Seção IV Residências em Série, Transversais ao Alinhamento Predial

Artigo 119º – Consideram-se residências em série, transversais ao alinhamento predial, geminadas ou não, em regime de condomínio, aquelas cuja disposição exija abertura de corredor de acesso, não podendo ser superior a 8 (oito) o número de unidades no mesmo alinhamento, não ultrapassando a 16 (dezesseis) no total. Artigo 120º – As residências em série, transversais ao alinhamento predial, deverão atender os seguintes critérios: I – O acesso será através de corredor, considerando o trânsito de veículos, pedestre e estacionamento e terá, no mínimo, as seguintes dimensões: A) Quando as unidades se situarem de um só lado do corredor, a largura mínima deste será de 5,00 m (cinco metros), sendo 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) de passeio e 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros) de pista de rolamento; B) Quando as unidade se situarem em ambos os lados do corredor, a largura mínima será de 7,50 m (sete metros e cinqüenta centímetros), sendo 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) para passeio de cada lado do corredor e 4,50 m (quatro metros e cinqüenta centímetros) de pista de rolamento. II – Quando houver mais de 5 (cinco) moradias no mesmo alinhamento, será feito um bolsão de retorno com raio mínimo de 10,00 (dez) metros, onde as condições especificadas no inciso I, deverão ser consideradas; III – Obedecer ao disposto na Seção XII, do Capítulo IV, desta Lei;

IV – Cada unidade deverá possuir área não edificada de no mínimo 30% (trinta por cento) da fração do terreno onde for implantada; V – Se não geminadas e com aberturas para a mesma face, obedecerão uma distância mínima de 3,00 (três) metros a partir da projeção mais avançada da edificação excetuando-se as projeções de beirais.

Seção V Conjuntos Residenciais

Artigo 121º – Considera-se conjunto residencial, o que tenha mais de 16 (dezesseis) unidades de moradia, em lotes individualizados ou em condomínios, respeitadas as seguintes condições: I – O anteprojeto será submetido à apreciação do Município, que recomendará, quando couber, revisão da proposta; II – Obedecer ao disposto na Seção XII, do Capítulo IV, desta Lei; III – Os conjuntos residenciais deverão obedecer, no que couber, ao disposto na Lei de Parcelamento do Solo Urbano, quando implantados em áreas não loteadas; IV – Os conjuntos residenciais deverão obedecer ao disposto na Lei de Zoneamento e Uso do Solo; V – Os conjuntos residenciais deverão obedecer às exigências legais com respeito ao meio ambiente; VI – O acesso às unidades deverá ser revestido com asfalto ou similar; VII – O terreno deverá ser convenientemente drenado; VIII – Os conjuntos poderão ser constituídos de prédios de apartamentos ou residências isoladas, geminadas ou em série; IX – O terreno, no todo ou em parte, poderá ser desmembrado em várias propriedades, de uma só pessoa ou condomínio, desde que cada parcela mantenha as dimensões mínimas permitidas por lei e as construções estejam de acordo com esta Lei.

Seção VI Edifícios Residenciais

Artigo 122º – São edifícios, as construções que possuírem mais de 2 (dois) pavimentos, podendo ser de uso residencial, comercial, de serviços e misto. Artigo 123º – Os edifícios de uso misto deverão ter acesso e circulação horizontal e vertical distintos para cada uso. Parágrafo Único – São exceção em relação ao disposto no caput deste artigo, as galerias comerciais e as escadas de prevenção de incêndio, que poderão ser de uso comum. Artigo 124º – Nos edifícios com mais de 8 (oito) unidades de moradia, deverá ser previsto hall de entrada, conforme Tabela II desta Lei. Artigo 125º – A área de recreação e lazer, nos edifícios, deverá obedecer ao disposto na Seção XII, do Capítulo IV, desta Lei. Artigo 126º – A área de estacionamento, nos edifícios, deverá obedecer ao disposto na Seção XI, do Capítulo IV, desta Lei.

CAPÍTULO VI EDIFICAÇÕES COMERCIAIS, INDUSTRIAIS E OFICINAS

Seção I

Comércio em Geral Artigo 127º – As edificações destinadas ao comércio em geral deverão observar ainda os seguintes requisitos: I – O hall de edificações comerciais atenderá os seguintes requisitos: A) Quando houver um só elevador, o disposto na Tabela II desta Lei; B) A área do hall será aumentada em 30% (trinta por cento) por elevador excedente; II – Todas as unidades das edificações comerciais deverão ter acesso a sanitários, no mesmo pavimento, sendo que quando acima de 150,00 m² (cento e cinqüenta metros quadrados) de área útil ou quando de uso comum a unidades comerciais independentes, será obrigatória a construção de sanitários separados para os dois sexos; III – Os diversos compartimentos das edificações comerciais deverão obedecer as disposições da Tabela II desta Lei, quanto ao diâmetro do círculo inscrito, área, iluminação, ventilação e pé-direito; IV – Nos locais onde houver preparo, manipulação ou depósito de alimentos, os pisos e as paredes deverão ser revestidos, até 2,00 m (dois metros) de altura, com material liso, resistente, lavável e impermeável, e as aberturas deverão ser protegidas com telas; V – Nas farmácias, os compartimentos destinados à guarda de drogas, aviamento de receitas, curativos e aplicação de injeção deverão atender às mesmas exigências do inciso anterior; VI – As lojas situadas em galerias comerciais deverão ter área mínima de 10,00 m2 (dez metros quadrados), podendo ser ventiladas através desta e iluminadas artificialmente; VII – A sobreloja deverá possuir acesso exclusivamente pela loja, obedecendo as disposições da Tabela II, no que couber. Artigo 128º – As galerias comerciais deverão também atender o que segue: I – Ter pé-direito mínimo de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros); II – Ter largura não inferior a 1/10 (um décimo) do seu maior percurso, não podendo ser menor de 4,00 m (quatro metros); III – Quando a galeria possuir mais do que um acesso a logradouro público, terá largura não inferior a 1/20 (um vinte avos) do percurso total, não podendo ser menor de 3,00 m (três metros); IV – O átrio dos elevadores que se ligar à galeria deverá formar um remanso e não interferir na circulação da galeria. Artigo 129º – Será permitida a construção de mezaninos, obedecidas as seguintes condições: I – Não deverão prejudicar as condições de ventilação e iluminação dos compartimentos; II – Sua área não deverá exceder a 70% (setenta por cento) da área do compartimento; III – O pé-direito deverá ter, no mínimo, 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros) na parte superior e 3,00 m (três metros) na parte inferior; IV – Deverão possuir acesso exclusivamente pelo compartimento onde estiverem situados.

Seção II Restaurantes, Bares, Cafés, Confeitarias, Lanchonetes e Congêneres

Artigo 130º – As edificações para restaurantes, bares, cafés, confeitarias, lanchonetes e congêneres deverão observar, no que couber, as disposições da Seção I deste Capítulo. I – Parecer da Vigilância Sanitária. Artigo 131º – As cozinhas, copas, despensas e locais de consumação não poderão ter ligação direta com compartimentos sanitários ou destinados a habitação.

Artigo 132º – Os compartimentos sanitários destinados ao público, para cada sexo, deverão obedecer às seguintes condições: I – Para o sexo feminino, no mínimo 1 (um) vaso sanitário e 1 (um) lavatório para cada 150,00 m² (cento e cinqüenta metros quadrados) de área útil; II – Para o sexo masculino, no mínimo, 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório e 1 (um) mictório para cada 150,00 m² (cento e cinqüenta metros quadrados) de área útil.

Seção III Açougues, Matadouros e Peixarias

Artigo 133º – As edificações de açougues e matadouros, além das demais disposições desta Lei, deverão obedecer o que segue: I – As paredes deverão ser revestidas de material liso, impermeável e lavável; II – Os pisos deverão ser revestidos com material impermeável e resistente a lavagem constante, não sendo permitido piso simplesmente cimentado; III – Deverão ter rodapé com curva de concordância entre piso e parede, para facilitar a limpeza; IV – Deverão ter torneiras e ralos em quantidade suficiente para lavagem de pisos e paredes; V – Deverão ter aberturas de ventilação protegidas com telas milimétricas; VI – Dispor, no mínimo, de 1 (um) banheiro composto de vaso sanitário e lavatório, devendo ser na proporção de 1 (um) para cada grupo de 10 (dez) pessoas; VII – Parecer da Vigilância Sanitária.

Seção IV Indústrias e Oficinas

Artigo 134º – As edificações destinadas a indústria em geral, fábricas e oficinas, além das disposições específicas pertinentes, deverão atender os seguintes requisitos: I – Ser executadas de material resistente ao fogo, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias e estrutura da cobertura; II – Possuir escadas e entrepisos de material resistente ao fogo; III – Possuir dispositivos de prevenção contra incêndio de conformidade com regulamentação específica; IV – As paredes na divisa, quando permitido, deverão ser elevadas a 1,00 m (um metro) acima da cobertura; V – Serem de estrutura metálica ou de concreto armado, quando tiverem 2 (dois) ou mais pavimentos; VI – Os seus compartimentos de produção, quando tiverem área superior a 75,00 m² (setenta e cinco metros quadrados), deverão ter pé-direito mínimo de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros); VII – Ter nos locais de trabalho, iluminação natural através de aberturas, com áreas mínimas de 1/7 (um sétimo) da área do piso, sendo admitidos lanternins ou Scheds; VIII – Ter compartimentos sanitários em cada pavimento devidamente separados para uso de ambos os sexos, conforme normas do ministério do trabalho; IX – Ter vestiários com armários para todos os operários, em espaços separados para cada sexo; X – Quando houver chaminé, a mesma deverá estar a 5,00 m (cinco metros) acima do ponto mais alto de qualquer edificação situada num raio de 50,0 m (cinqüenta metros); XI – Quando seus compartimentos forem destinados à manipulação ou depósito de inflamáveis, os mesmos deverão localizar-se em lugar convenientemente separados, de acordo com as normas específicas relativas a segurança na utilização de inflamáveis líquidos ou gasosos, estabelecidos pelos órgãos competentes. Artigo 135º – Os fornos, máquinas, caldeiras, estufas, fogões ou quaisquer outros aparelhos onde se produza ou concentre calor deverão ser dotados de isolamento térmico, admitindo-se:

I– Uma distância mínima de 1,00 m (um metro) do teto, sendo esta distância aumentada para 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), pelo menos, quando houver pavimento superposto; II – Uma distância mínima de 1,00 m (um metro) das paredes da própria edificação ou das edificações vizinhas. Artigo 136º – Apresentação da licença de operação emitida pelo órgão ambiental competente quando necessário.

CAPÍTULO VII DEPÓSITOS

Artigo 137º – A edificação destinada ao armazenamento de mercadorias, além das disposições da presente Lei que lhe forem aplicadas, deverá, ainda, satisfazer as seguintes condições: I – Ser construída de material resistente ao fogo, sendo tolerado o emprego de madeira ou material similar apenas nas esquadrias, forro e estrutura da cobertura; II – Possuir pé-direito mínimo de 4,00 m (quatro metros); III – Possuir piso revestido com material adequado ao fim a que se destina; IV – Possuir vão de iluminação e ventilação na relação de 1/20 (um vinte avos) da superfície do piso; V – Possuir, no mínimo, uma instalação sanitária, composta de vaso e lavatório; VI – Possuir instalações de prevenção contra incêndio, de acordo com regulamentação específica. Artigo 138º – A edificação destinada para depósito de produtos inflamáveis, além das normas específicas e das disposições da presente Lei que lhe forem aplicáveis, deverá, ainda, satisfazer as seguintes condições: I – Obedecer afastamento mínimo de 4,00 m (quatro metros) entre os pavilhões e de 10,00 m (dez metros) das divisas dos lote; II – Possuir paredes, cobertura e estrutura construídos com material resistente ao fogo; III – Ser dividida em sessões contendo cada uma, no máximo, 200.000 L (duzentos mil litros), devendo, os respectivos recipientes, estarem localizados, no mínimo, a 1,00 m (um metro) das paredes e terem capacidade máxima de 200 L (duzentos litros); IV – Possuir paredes divisórias do tipo corta-fogo, elevando-se, no mínimo, 1,00 m (um metro) acima das calhas ou rufos, não podendo haver continuidade do beiral, vigas, terças e outras peças construtivas; V – Ter portas do tipo corta-fogo, dotadas de dispositivos de fechamento automático, na comunicação entre as sessões e com outras dependências; VI – Ter vãos de iluminação e ventilação na relação de 1/20 (um vinte avos) da área útil do respectivo compartimento; VII – Ter ventilação mediante abertura ao nível do piso, em oposição às portas e janelas, quando o líquido armazenado puder ocasionar a produção de vapores; VIII – Ter instalações elétricas blindadas, com interruptores situados no lado externo do depósito, e devendo, os focos incandescentes, serem providos de globos impermeáveis ao gás e protegidos com tela metálica; IX – Ter instalações de prevenção contra incêndio de acordo com regulamentações específicas. Parágrafo Único – A solicitação de aprovação do projeto deverá ser instruída com a especificação da instalação, mencionando o tipo de inflamável, a natureza e capacidade dos tanques ou recipientes, aparelhos de sinalização, assim como todo aparelho ou equipamento a ser empregado na instalação. Artigo 139º – A edificação destinada a depósito de explosivos, além das normas específicas e das disposições da presente Lei que lhe forem aplicáveis, deverá, ainda, satisfazer as seguintes condições: I – Obedecer afastamento mínimo de 50,00 m (cinqüenta metros) entre os pavilhões e as divisas do lote; II – Possuir paredes, cobertura e a respectiva estrutura de material resistente ao fogo; III – Possuir piso resistente e impermeabilizado;

IV – Ter vãos de iluminação e ventilação na relação de 1/20 (um vinte avos) da área útil do respectivo compartimento; V – Ter instalações de prevenção contra incêndio de acordo com regulamentações específicas; VI – Ter, na área de isolamento, merlões de terra com 2,00 m (dois metros) de altura, no mínimo, onde deverão ser plantadas árvores para formação de cortina florestal de proteção. Artigo 140º – Aprovação dos órgãos competentes, para os depósitos previstos neste capitulo.

CAPÍTULO VIII EDIFICAÇÕES PARA FINS ESPECIAIS

Seção I

Hotéis e Estabelecimentos de Hospedagem

Artigo 141º – Além das disposições desta Lei, que lhes forem aplicáveis, os hotéis e estabelecimentos de hospedagem deverão obedecer às seguintes determinações: I – Os quartos para 2 (dois) leitos deverão ter área mínima de 9,00 m2 (nove metros quadrados), sendo que, em qualquer caso, nenhuma das dimensões poderá ser menor do que 2,5 m (dois metros e cinqüenta centímetros); II – Todos os quartos deverão ser servidos banheiros privativos; III – Deverá haver instalações sanitárias para o pessoal de serviço; IV – Deverão ter, no pavimento térreo, o vestíbulo de entrada, instalação de portaria e recepção, com área mínima de 20,00m2 (vinte metros quadrados) e dimensão mínima de 3,00m (três metros), além da entrada de serviço independente; V – Os corredores não poderão ter largura inferior a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) livre de obstáculos. O corredor da entrada principal deverá obedecer ao disposto para os edifícios e apartamentos; VI – A edificação deverá dispor de compartimento para rouparia; VII – Os banheiros, dispensas, cozinhas e lavanderias deverão possuir paredes impermeáveis. Artigo 142º – Haverá sempre entrada de serviço independente da entrada dos hospedes. Artigo 143º – Sem prejuízo da largura normal do passeio, haverá sempre defronte a entrada principal, área de desembarque de passageiros, com capacidade mínima para dois automóveis. Artigo 144º – A adaptação de qualquer edificação para sua utilização como hotel ou estabelecimento de hospedagem, terá que atender integralmente todos os dispositivos da presente Lei. Artigo 145º – Ter uma vaga de estacionamento para cada quarto, mais uma vaga para cada 110,00m² de área construída com exceção dos quartos.

Seção II Escolas e Estabelecimentos de Ensino

Artigo 146º – Além das disposições desta Lei e das leis e regulamentações federais e estaduais que lhes forem aplicáveis, as escolas e estabelecimentos de ensino deverão obedecer as seguintes determinações: I – As edificações destinadas a escolas do primeiro e segundo graus, ou equivalentes, devem ocupar área do lote de acordo com Lei de Zoneamento; II – Ter dependências especiais para as instalações administrativas;

III – As salas de aula deverão atender os seguintes requisitos: A) Ter pé-direito mínimo de 3,00 m (três metros); B) Ter comprimento mínimo de 8,00 m (oito metros); C) Ter largura mínima de 6,00 m (seis metros); D) Fração mínima de área por aluno, de 1,50 m2 (um metro e cinqüenta centímetros quadrados). IV – As aberturas para iluminação e ventilação deverão atender, no mínimo ¼ (um quarto) da área da sala, devendo ser situadas no lado esquerdo em relação aos alunos; V – Quando destinadas a menores de 15 (quinze) anos, deverão ter área coberta para recreação, além do pátio aberto, nas seguintes proporções: A) A área coberta para recreação deverá ter, no mínimo, 2/3 (dois terços) da área das salas de aula; B) A área destinada aos pátios abertos deverá ser, no mínimo, 2 (duas) vezes a área das salas de aula. VI – A iluminação artificial deverá ser constituída de, no mínimo, 200 (duzentos) lux para salas de aula e 300 (trezentos) lux para salas de trabalhos manuais ou laboratórios; VII – Os corredores e escadas terão largura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros); VIII – As escadas terão, obrigatoriamente, um patamar intermediário de, no mínimo, 1,20 m (um metro e vinte centímetros) e serão revestidas de material anti-derrapante e resistente ao fogo; IX – As escadas não poderão ser executadas em forma de leque ou caracol; X – Nos estabelecimentos com mais de 200 (duzentos) alunos, a largura das escadas será de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), mais 8 mm (oito milímetros) por aluno excedente, se tiver somente uma escada; XI – A distância da porta da sala de aula até a escada de acesso ou aos gabinetes sanitários não poderá exceder a 50,00 m (cinqüenta metros); XII – As escolas mistas deverão ter instalações sanitárias separadas para ambos os sexos, nas seguintes proporções: A) Instalação masculina: um vaso, um lavatório e dois mictórios para cada grupo de 50 (cinqüenta) alunos ou fração; B) Instalação feminina: dois vasos e um lavatório para cada grupo de 50 (cinqüenta) alunas ou fração. XIII – As escolas somente femininas ou somente masculinas, deverão ter instalações sanitárias correspondentes as exigidas no item anterior, para cada 50 (cinqüenta) alunos ou fração; XIV – Deverão possuir bebedouros de água filtrada na proporção de um para cada grupo de 70 (setenta) alunos ou fração. Artigo 147º – Os estabelecimentos que tiverem internatos, além das disposições que lhe forem aplicáveis, deverão atender as seguintes determinações: I – Os dormitórios deverão ter área mínima de 6,00 m2 (seis metros quadrados) por aluno, pé-direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) e área máxima de 60,00 m2 (sessenta metros quadrados); II – Deverão ter salas em tamanho e número suficientes, para que os alunos internos possam ler ou estudar, sendo que as mesmas poderão servir como espaços de recreio ou como auditório; III – As instalações sanitárias mínimas para internatos serão: A) Um vaso sanitário para cada grupo de 7 (sete) alunos internos; B) Um chuveiro para cada grupo de 7 (sete) alunos internos; C) Um lavatório para cada grupo de 5 (cinco) alunos internos; D) Um mictório para cada grupo de 20 (vinte) alunos (internato masculino); E) Um bebedouro de água filtrada para cada grupo de 70 (setenta) alunos internos. IV – Os refeitórios deverão ser dimensionados de modo que corresponda uma área mínima ideal de 6,00 m2 (seis metros quadrados) para cada grupo de 5 (cinco) alunos; V – As cozinhas deverão ter dimensões compatíveis com o equipamento exigido para a preparação do número e tipo de refeições exigidas pelos alunos internos, calculados pela capacidade máxima do internato;

VI – Além da cozinha e instalações sanitários, deverão ter copa, lavanderia, rouparia e despensa, cujas paredes deverão ter revestimento com material impermeável.

Seção III Asilos, Orfanatos e Congêneres

Artigo 148º – Os asilos, orfanatos e congêneres, deverão obedecer além das determinações desta Lei que lhes forem aplicáveis, mais as seguintes disposições: I – O pé-direito dos alojamentos, salas, cozinhas, copas, refeitórios, deverá ser de no mínimo 2,80m (dois metros e oitenta centímetros); II – Os alojamentos deverão ser dimensionados na proporção de, no mínimo 6,00m2 (seis metros quadrados) por leito, tendo no máximo 10 (dez) leitos por alojamento; III – As instalações sanitárias deverão ser separadas para cada sexo e serão previstas na proporção de 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) chuveiro e 1 (um) lavatório para cada grupo de 7 (sete) leitos, devendo ter instalação sanitária independente para o pessoal de serviço; IV – As cozinhas, copas, lavanderias e instalações sanitárias deverão ter as paredes revestidas de material liso, impermeável, lavável e resistente; V – As escadas e corredores deverão ter a largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) e ter pisos de material impermeável, lavável e resistente, sendo que a altura dos degraus e patamares deverão obedecer as prescrições previstas para os hospitais; VI – Quando tiverem mais de um pavimento, deverão ser construídos inteiramente de alvenaria; VII – Aprovação pelo órgão de vigilância competente.

Seção IV Estabelecimentos Hospitalares e Congêneres

Artigo 149º – As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares e congêneres, obedecerão as condições estabelecidas pela Secretaria de Saúde do Estado, observando-se a legislação vigente. Parágrafo Único – Os hospitais e estabelecimentos congêneres deverão obedecer o recuo obrigatório de acordo com Lei de Zoneamento.

Seção V Edificações Destinadas para Reuniões Públicas

Artigo 150º – São considerados locais de reunião, estádios, auditórios, ginásios esportivos, salões de convenções e de exposições, cinemas, teatros, parques de diversões, circos e similares. Artigo 151º – Além dos demais dispositivos desta Lei, as edificações para cinemas, teatros e auditórios deverão atender os seguintes requisitos: I – Deverão ser executadas com material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material combustível apenas na confecção de esquadrias, lambris, corrimões e no revestimento de pisos, desde que os mesmos, na sua aplicação, não deixem vazios; II – Deverão ter pé-direito mínimo de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros); III – Não poderão ter comprimento maior que duas vezes a largura média; IV – O piso deverá possuir rampeamento com inclinação de no máximo 8% (oito por cento) ou escalonamento que permita preencher as mais perfeitas condições de visibilidade dos espectadores, de tal forma que a linha

visual do espectador da fila posterior, até o bordo inferior da tela, não seja obstruída pelos espectadores da fila anterior; V – As poltronas serão em filas, obedecendo as seguintes condições: A) As filas de poltronas de encosto a encosto, deverão ter, no mínimo, espaçamento de 85 cm (oitenta e cinco centímetros), se forem de madeira simples, e de 90 cm (noventa centímetros), se forem de madeira com encosto estofado; B) Se houver escalonamento de pisos, o espaçamento deverá ser aumentado na seguinte razão: - Para espelho de 12 cm (doze centímetros), um acréscimo de 2 cm (dois centímetros); - Para espelho de 48 cm (quarenta e oito centímetros) máximo possível, um acréscimo de 16 cm (dezesseis centímetros); - Para espelho de dimensões intermediárias, computar-se-á o valor interpolado. C) A primeira fila deverá ter a largura mínima de 1,15 m (um metro e quinze centímetros); D) A última fila, se as poltronas estiverem encostadas na parede, terá a largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros); E) O número de filas não poderá ser superior a 16 (dezesseis) sendo intercalada entre as filas, passagem que permita a circulação, sempre que este mínimo for ultrapassado; F) As filas de poltronas que terminarem contra a parede ou que estiverem encostadas contra a parede, deverão ter no máximo 10 (dez) poltronas; G) Os corredores longitudinais, que separam uma série de filas de 16 (dezesseis) poltronas, deverão ter a largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), e se houver um número maior que 20 (vinte) filas, o espaçamento entre as filas deverá ser aumentado em 10 cm (dez centímetros); H) Mantendo-se o espaçamento mínimo entre as filas previstas no item anterior, deverá ser utilizado corredor transversal para cada grupo de 16 (dezesseis) filas, com largura mínima de 1,15 m (um metro e quinze centímetros). VI – A ventilação nos cinemas, teatros e auditórios poderá ser natural ou forçada, obedecendo as seguintes prescrições: A) Deverá permitir a renovação do ar, no mínimo de 45,00 m3 (quarenta e cinco metros cúbicos) por pessoa; B) A velocidade do ar no recinto, não poderá ultrapassar 1,00 m/s (um metro por segundo); C) As aberturas ou tomadas de ar, deverão ser feitas para o exterior, de maneira que, embora não permita entrada de luz, proporcione ventilação uniforme em todo o recinto; D) A renovação e condicionamento do ar, nos auditórios com capacidade superior a 300 (trezentas) pessoas, deverão, obrigatoriamente, ser feitos por equipamento mecânico. VII – As portas, corredores e escadas deverão atender os seguintes requisitos: A) Ter largura proporcional a capacidade da sala, com um mínimo de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros); B) As portas deverão abrir para fora e nunca sobre o passeio; C) A soma das larguras das portas de saída, bem como dos corredores e escadas, deve corresponder a 5 mm (cinco milímetros) por pessoa, considerada lotação prevista e quando esta for superior a 150 (cento e cinqüenta) pessoas. VIII – A construção de balcão deverá atender o que segue: A) Não poderá ser mais do que um; B) O avanço não poderá ser superior a 3 (três) vezes a altura média vertical do ponto mais avançado do balcão sobre a platéia; C) O pé-direito resultante correspondente ao ponto mais distante do observador à tela, não deverá ser inferior a 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros). IX – Deverão ter instalações sanitárias separadas para ambos os sexos, nas seguintes proporções: A) 1 (um) vaso e 1 (um) lavatório, nas instalações de ambos os sexos, proporcionalmente a cada 200 (duzentas) poltronas;

B) 1 (um) mictório para cada 100 (cem) poltronas. X – As cabines de projeção deverão ser construídas inteiramente de material resistente ao fogo e serem completamente independentes da sala de espetáculos, com exceção das aberturas de projeção e visores estritamente necessários; XI – Deverão possuir camarins para ambos os sexos, dotados de instalações sanitárias; XII – Os cinemas, teatros e auditórios deverão ser dotados de sistema de tratamento acústico adequado; XIII – O projeto arquitetônico deverá ser acompanhado de detalhes explicativos de distribuição de poltronas, visibilidade, instalações elétricas, mecânicas, projeção e de equipamento de prevenção contra incêndio. Artigo 152º – Os estádios deverão atender, além das demais disposições desta Lei, os seguintes requisitos: I – As entradas e saídas só poderão ser feitas através de rampas, que terão a soma de suas larguras calculadas à base de 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) para cada 1.000 (um mil) espectadores, e não podendo ser inferior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros); II – Para o cálculo da capacidade das arquibancadas e gerais, serão admitidos para cada metro quadrado, 2 (duas) pessoas sentadas. Artigo 153º – Os ginásios esportivos, salões de convenções e de exposições atenderão os seguintes requisitos: I – Quanto aos assentos: A) Atenderão a todas as condições estabelecidas no artigo 151 desta Lei; B) O piso dos espaços elevados será em degraus com altura mínimo de 20 cm (vinte centímetros) e profundidade mínimo de 50 cm (cinqüenta centímetros). II– Quanto às portas de saída do recinto onde se localizar os assentos: A) Haverá sempre mais de uma porta de saída e cada uma delas não poderá ter largura inferior a 2,00 m (dois metros); B) A soma das larguras de todas as portas de saída equivalerá a uma largura total correspondente a 1,00 m (um metro) para cada 100 (cem) espectadores; C) O dimensionamento das portas de saída deverá ser independente daquele considerado para as portas de entrada; D) Terão inscrição “SAÍDA” sempre luminosa. III – Nos espaços elevados, o guarda-corpo terá altura máxima de 1,00 m (um metro); IV– Os locais de espera terão área equivalente, no mínimo, a 1,00 m2 (um metro quadrado) para cada 8 (oito) espectadores. Artigo 154º – A armação e montagem de parques de diversões deverão atender ainda as seguintes condições: I – Os equipamentos serão de material incombustível; II – Deverá haver, obrigatoriamente, vãos independentes, de entrada e saída; III – A soma total das larguras dos vãos de entrada e saída será proporcional a 1,00 m (um metro) para cada 500 (quinhentas) pessoas, não podendo, todavia, ser inferior a 3,00 m (três metros); IV – A capacidade máxima do público, permitida no interior dos parques de diversões será proporcional a (2) duas pessoas, sentadas, por metro quadrado, do espaço destinado a espectadores; V – Os equipamentos deverão estar em perfeito estado de conservação e funcionamento; VI – Nenhum equipamento ou instalação de qualquer ordem poderá pôr em situação de perigo, os funcionários e o público; VII – A implantação somente será autorizada se atendidas as formalidades legais e mediante a apresentação de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) emitida por profissional responsável pelas instalações; VIII – Liberação do Corpo de Bombeiros.

Artigo 155º – A armação e montagem de circo, com cobertura ou não, atenderão também as seguintes condições: I – Haverá obrigatoriamente, vãos de entrada e saída, independentes; II – A largura dos vãos de entrada e saída será proporcional a 1,00 m (um metro) para cada 100 (cem) pessoas, não podendo , todavia, ser inferior a 3,00 m (três metros); III – A largura das passagens de circulação será proporcional a 1,00 m (um metro) para cada 100 (cem) pessoas, não podendo, todavia, ser inferior a 2,00 m (dois metros); IV – A capacidade máxima de espectadores permitida será proporcional a 2 (duas) pessoas sentadas por metro quadrado do espaço destinado a espectadores; V – Os equipamentos deverão estar em perfeito estado de conservação e funcionamento; VI – Nenhum equipamento ou instalação de qualquer ordem poderá pôr em situação de perigo, os funcionários e o público; VII – A implantação somente será autorizada se atendidas as formalidades legais e mediante a apresentação de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) emitida por profissional responsável pelas instalações; VIII – Liberação do Corpo de Bombeiros.

Seção VI Postos de Abastecimento e Serviços

Artigo 156º – O abastecimento de combustível e lubrificantes para veículos automotores somente será permitido: I – Nos postos de serviço; II – Nas garagens coletivas com capacidade de estacionamento igual ou superior a 50 (cinqüenta) veículos; III – Nos estabelecimentos que tenham frota própria de, no mínimo, 10 (dez) veículos, para abastecimento dos mesmos. Artigo 157º – Considera-se posto de serviço, para efeito desta Lei, a edificação destinada a efetuar abastecimento, lavagem e lubrificação, bem como pequenos reparos de urgência, de veículos automotores. Artigo 158º – As instalações de abastecimento, além dos demais dispositivos desta Lei, que lhes forem aplicáveis, deverão: I – Apresentar projeto detalhado dos equipamentos e instalações; II – Ser construídas com materiais incombustíveis; III – Ter muros de alvenaria de 2,00 m (dois metros) de altura, separando-o da propriedade lindeira; IV – Instalar as bombas com distância mínima de 6,00 m (seis metros) do alinhamento e das divisas do terreno, salvo maiores exigências da Lei de Zoneamento e Uso do Solo Urbano; V – Obedecer afastamento mínimo de 100 m (cem metros) de escolas e hospitais e 500 m (quinhentos metros) de posto de abastecimento de combustíveis já instalado; VI – Ter instalações sanitárias franqueadas ao público, separadas para ambos os sexos; VII – Atender às normas quanto a instalações e equipamentos de prevenção contra incêndio, demonstrado através de aprovação junto ao corpo de bombeiros; VIII – Possuir área de circulação e serviço com pavimentação impermeável, tendo declividade máxima de 3% (três por cento) e mínima de 1% (um por cento), com drenagem que evite o escoamento das águas de lavagem para os logradouros públicos, sendo que as áreas não pavimentadas deverão possuir mureta de proteção (ou solução similar), para contenção de efluentes;

IX – Possuir no mínimo uma entrada e uma saída, com largura máxima de 7,00 m (sete metros) cada uma. Havendo a necessidade de um numero maior de entradas e saídas, deverá ser apresentada proposta ao departamento municipal de planejamento e desenvolvimento urbano, podendo ser aprovado ou não; Parágrafo 1º – Os postos situados às margens das rodovias poderão ter dormitórios localizados em edificação isolada, distante 20,00 m (vinte metros), no mínimo, de sua área de serviço, obedecidas as prescrições desta Lei, referentes aos hotéis e estabelecimentos de hospedagem; Parágrafo 2º – Os depósitos de combustível dos postos de serviços e abastecimento deverão obedecer às normas da ANP ou órgão sucessor. X – Para emissão do Alvará de Habite-se é necessário primeiramente emitir o Alvará do corpo de bombeiros e encaminhá-lo junto ao Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. Artigo 159º – As instalações para lavagem e/ou lubrificação deverão: I – Estar localizadas em compartimentos fechados pelo menos em 2 (dois) de seus lados; II – Ter as partes internas das paredes revestidas de material impermeável, liso e resistente a freqüentes lavagens até a altura de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros), no mínimo; III – Ter pé-direito mínimo de 3,00 m (três metros) ou de 4,50 m (quatro metros e cinqüenta centímetros) quando houver elevador para veículo; IV – Ter as paredes externas fechadas em toda a altura ou ter caixilhos fixos sem abertura; V – Ter as aberturas de acesso distantes, 6,00 m (seis metros), no mínimo, dos logradouros públicos ou das divisas do lote; VI – Ter um filtro de areia destinado a reter óleos e graxas provenientes da lavagem de veículos, localizado antes do lançamento no coletor de esgoto e/ou alternativa proposta pelos órgãos competentes de meio ambiente; VII – A área de serviço terá pavimentação impermeável com declividade mínima de 1% (um por cento) e com drenagem que evite o escoamento das águas servidas para os logradouros públicos.

Seção VII Garagens de Estacionamento

Art. 160º – Considera-se garagem de estacionamento, para efeito desta Lei, a edificação destinada à guarda de veículos automotores, podendo ter serviço de abastecimento de combustível ou não. Parágrafo Único – O abastecimento de combustíveis e lubrificantes somente será permitido nas garagens aludidas no caput deste artigo, quando sua capacidade for maior que 50 (cinqüenta) veículos, devendo as bombas satisfazerem as seguintes condições: A) Ser instaladas no interior da edificação; B) Ter seu número limitado a uma bomba para cada grupo de 100 (cem) veículos estacionados; C) Obedecer às demais exigências prescritas para os postos de abastecimento e serviços. Artigo 161º – Além das demais exigências que couberem na presente Lei, as garagens de estacionamento deverão: I – Ser construídas inteiramente de material resistente ao fogo, salvo o madeiramento da estrutura de cobertura e das esquadrias; II – Ter o pé-direito mínimo de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros); III – Ter assegurada a circulação livre, de entrada e saída, quando estacionados os carros nos respectivos boxes; IV – Ter rampas com largura mínima de 3,00 m (três metros) e declividade máxima de 20% (vinte por cento);

V – Ter sinalização de alarme e aviso de saída junto ao logradouro; VI – Ter assegurada a ventilação permanente, na proporção de 1/20 (um vinte avos) da área construída; VII – Atender às normas de prevenção contra incêndio. Artigo 162º – São considerados edifícios de estacionamento de veículos aqueles que destinarem, para tal fim, mais de 50% (cinqüenta por cento) de sua área construída. Artigo 163º – Os edifícios de estacionamento, com frente para mais de um logradouro público, deverão ter entrada e saída de veículos para a via de menor movimento. Parágrafo Único – Sempre que se apresentar impossibilidade em atender esta exigência, em virtude de exiguidade da testada do terreno para o logradouro de menor movimento, ficará a critério do órgão competente do Município, a dispensa do atendimento do previsto neste artigo. Artigo 164º – O Município poderá negar licença para construção de edifícios de estacionamento, toda vez que os julgar inconveniente.

Seção VIII Lavanderias e Tinturarias

Artigo 165º – Além das demais disposições desta Lei, que lhes forem aplicáveis, as construções destinadas a lavanderias e tinturarias deverão: I – Ser construídas de material resistente ao fogo; II – Ter o pé-direito mínimo de 3,50 m (três metros e cinqüenta centímetros). III – Ter paredes revestidas até 2,00 m (dois metros) de altura, no mínimo, de material liso e impermeável.

Seção IX Pensionatos e congêneres

Artigo 166º – Além das demais disposições desta Lei, que lhes forem aplicáveis, as pensionatos e congêneres deverão: I – Quartos com um número máximo de 6 (seis) leitos; II – Os banheiros poderão estar aglomerados fora dos quartos em uma proporção de 1 (um) conjunto de chuveiro, vaso sanitário e lavatório para cada 6 (seis) leitos; III – As vagas de estacionamento obedecerão a quantidade de 1 (uma) vaga de automóvel para cada 110,00m², 1 (uma) vaga para motocicletas para cada 2(dois) leitos e 1 (uma) vaga para bicicleta para cada 2 (dois) leitos; IV – Deverá haver refeitório na proporção de 1,5m² para cada leito; V – Deverá promover a segurança através de muros e controles de acesso; VI – Deverá haver lavanderia com paredes impermeáveis; VII – Corredores não poderão ter largura inferior a 1,50m livre de obstáculos; VIII – Ter no máximo 02 pavimentos incluso o térreo.

CAPITULO IX INSTALAÇÕES EM GERAL

Artigo 167º – As instalações hidráulico-sanitárias, elétricas, de gás, de antenas coletivas, de pára-raios, de proteção contra incêndio e telefônicas deverão estar de acordo com as normas e especificações da ABNT, salvo os casos previstos nas seções deste Capítulo, onde prevalecerá o determinado por esta Lei.

Parágrafo Único – As entradas ou tomadas das instalações prediais referidas no caput deste artigo deverão obedecer as normas técnicas exigidas pelas concessionárias locais.

Seção I Instalações de Águas Pluviais

Artigo 168º – O escoamento de águas pluviais do lote edificado será feito em canalização construída sob o passeio, até a sarjeta. Parágrafo 1º – Em casos especiais de inconveniência ou impossibilidade de conduzir as águas pluviais às sarjetas, será permitido o lançamento dessas águas nas galerias de águas pluviais, após aprovação, pelo Município, de esquema gráfico apresentado por responsável técnico. Parágrafo 2º – As despesas com a execução da ligação às galerias pluviais correrão integralmente por conta do interessado, devendo, o Município, proceder a fiscalização destas obras e/ou serviços. Parágrafo 3º – A ligação será concedida a título precário, cancelável a qualquer momento pelo Município, caso haja qualquer prejuízo ou inconveniência. Artigo 169º – Nas edificações construídas no alinhamento, as águas pluviais provenientes de telhados, balcões e marquises deverão ser captadas por meio de calhas e condutores. Parágrafo Único – Os condutores nas fachadas lindeiras à via pública serão embutidos até a altura mínima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) acima do nível do passeio. Artigo 170º – Não será permitida a ligação de condutores de águas pluviais à rede de esgotos.

Seção II Instalações Hidráulico-Sanitárias

Artigo 171º – Todas as edificações em lotes com frente para logradouros que possuam redes de água potável e de esgoto deverão, obrigatoriamente, servir-se destes sistemas.

Parágrafo Único – Nas edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos, serão obrigatoriamente instalados reservatórios superior e inferior com bomba de recalque.

Artigo 172º – Em locais em que não houver disponibilização de rede de esgoto sanitário, a edificação deverá ser dotada de fossa séptica, cujo efluente será lançado em poço absorvente.

Artigo 173º – Toda unidade residencial deverá possuir, no mínimo, um tanque, um vaso sanitário, um chuveiro, um lavatório e uma pia de cozinha, que deverão ser ligados à rede geral de esgoto ou à fossa séptica.

Seção III Instalação de Elevadores

Artigo 174º – Será obrigatória a instalação de no mínimo 1 (um) elevador nas edificações que tiverem entre a soleira da porta do pavimento de acesso principal e o piso de maior cota, altura superior a 10,00 m (dez metros), e de, no mínimo, 2 (dois) elevadores no caso desta altura ser superior a 20,00 m (vinte metros).

Parágrafo 1º – Admite-se para soleira, altura máxima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), acima do nível do passeio no ponto onde se caracteriza o acesso principal da edificação. Parágrafo 2º – Os espaços de acesso ou circulação às portas dos elevadores deverão ter dimensão, medida perpendicularmente às portas dos elevadores, não inferior a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) nos edifícios residenciais e não inferior a 2,00 m (dois metros) nos comerciais. Parágrafo 3º – No caso de obrigatoriedade de instalação de elevadores, eles deverão também atender aos pavimentos do subsolo e estacionamentos. Parágrafo 4º – O hall de acesso aos elevadores deverá ter ligação com a escada em todos os pavimentos. Parágrafo 5º – Os elevadores não poderão ser o único meio de acesso aos pavimentos superiores de qualquer edificação. Parágrafo 6º – O sistema mecânico de circulação vertical (número de elevadores, cálculo de tráfego e demais características) está sujeito às normas da ABNT, sempre que for instalado, e deve ter um responsável técnico legalmente habilitado. Parágrafo 7º – Para efeito de altura, não será considerado o último pavimento, quando este for de uso exclusivo do penúltimo, quando destinado a servir de moradia do zelador ou utilizado para área de lazer comunitário. Artigo 175º – Em edifícios com utilização mista, residencial e outra finalidade, deverão existir elevadores exclusivos para cada uma destas atividades. Artigo 176º - Será obrigatória a instalação de no mínimo 1 (um) elevador para cada 6 (seis) apartamentos por andar.

Seção IV Instalações para Depósito de Lixo

Artigo 177º – Todas as edificações – residenciais, comerciais, de prestação de serviços e industriais – deverão prever local com dimensões compatíveis para armazenagem de lixo, onde o mesmo permanecerá até o momento de levar para a lixeira externa para a coleta. Artigo 178º – Para a coleta, o lixo deverá estar embalado conforme exigências da Saúde Pública e será depositado em recipiente próprio, que não interfira no uso das calçadas e/ou pistas da via pública. Artigo 179º – Tanto o local de armazenagem como o recipiente próprio e o local de estacionamento deste deverão estar perfeitamente limpos e higienizados. Parágrafo 1º – Deverá cumprir o disposto no Código de Posturas do Município.

Seção V Instalações Elétricas e Telefônicas

Artigo 180º – As edificações deverão ser providas de instalações elétricas calculadas e executadas de acordo com as normas técnicas vigentes da ABNT, que lhe forem aplicadas. Artigo 181º – Os circuitos de instalações elétricas que atenderem a teatro, cinemas e similares deverão ser inteiramente independentes dos demais circuitos da edificação. Artigo 182º – As edificações destinadas a hospitais deverão ter, obrigatoriamente, geradores de energia para situações de emergência, com potência mínima igual a 25% da potência instalada, visando atender salas de cirurgia, pronto-socorro, equipamentos essenciais, corredores e, no mínimo, um ponto de luz por aposento destinado a enfermos.

CAPÍTULO X

PRECAUÇÕES DURANTE AS OBRAS

Seção I Canteiro de obra e Tapume

Artigo 183º – Enquanto durarem os serviços de construção, reforma ou demolição, o responsável pela obra deverá adotar as medidas necessárias para a proteção e segurança dos trabalhadores, do público, das propriedades vizinhas e dos logradouros públicos, de acordo com as normas oficiais relativas à segurança e medicina do trabalho. Parágrafo 1º – Os serviços, especialmente no caso de demolições, escavações e fundações não deverão prejudicar imóveis e instalações vizinhas, nem os passeios dos logradouros públicos. Parágrafo 2º – A limpeza do logradouro público, em toda a extensão em que for prejudicada em conseqüência dos serviços ou pelo movimento de veículos de transporte de material, será permanentemente mantida pela entidade empreendedora. Parágrafo 3º – Nenhum material de construção poderá permanecer no leito da via pública ou do lado de fora do tapume. Parágrafo 4º – O canteiro de serviços deverá ser dotado de instalações sanitárias e outras dependências para os empregados de acordo com as normas oficiais do ministério do trabalho. Artigo 184º – Nenhuma obra, inclusive demolição, quando feita até 3,00 m (três metros) ou junto ao alinhamento das vias públicas, poderá dispensar o tapume provisório em toda testada do lote. Parágrafo 1º – O tapume deverá ser mantido enquanto perdurarem as obras que possam afetar a segurança dos pedestres que utilizarem do passeio dos logradouros. Parágrafo 2º – O tapume de que trata este artigo deverá atender as seguintes requisitos: A) Poderá ocupar uma faixa de largura máxima igual a 2/3 (dois terços) da largura do passeio, salvo em casos especiais, a juízo do Município e deverá deixar o passeio acessível. B) Quando os tapumes forem construídos em esquinas de logradouros, as placas de nomenclatura dos logradouros e indicadoras do trânsito de veículos, serão nele afixados de forma bem visíveis.

C) Os tapumes deverão ter, no mínimo 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) de altura e acima desta em ângulo de 45º (quarenta e cinco graus), deverá sair uma marquise com no mínimo 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de largura por sobre a calçada e, terá bom acabamento. Parágrafo 3º – Dispensa-se o tapume quando se tratar de: A) Construção ou reparos de muros ou grades com altura não superior a 3,00 m (três metros); B) Pinturas ou pequenos reparos. Parágrafo 4º – Em casos especiais poderá, a juízo do Município, determinar diferentes maneiras e materiais para execução do tapume. Artigo 185º – Os tapumes deverão apresentar perfeitas condições de segurança em seus diversos elementos e garantir efetiva proteção às árvores, aparelhos de iluminação pública, postes e outros dispositivos existentes sem prejuízo da completa eficiência destes. Artigo 186º – Os tapumes das obras paralisadas por mais de 120 (cento e vinte) dias, terão que ser retirados. Artigo 187º – Os tapumes deverão ser vistoriados periodicamente pelo construtor, sem prejuízo de fiscalização pela Prefeitura, a fim de ser verificada sua eficiência e segurança.

Seção II Andaimes

Artigo 188º – Os andaimes, que poderão ser apoiados no solo ou não, deverão: I – Oferecer garantias de perfeitas condições de segurança no trabalho para os operários de acordo com a legislação federal que trata do assunto. II – Possuir faces laterais externas devidamente protegidas a fim de preservar a segurança de terceiros. III – Ter seus passadiços acima da cota de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) em relação ao nível do logradouro fronteiriço ao lote. Artigo 189º – Os andaimes, quando montados no solo, sobre cavaletes, além das exigências estabelecidas no artigo anterior, não poderão ter passadiço com largura inferior a 1,00 m (um metro) e nem superior a 2,00 m (dois metros), respeitando ainda os limites máximos de projeção dos tapumes. Artigo 190º – Os andaimes, além das exigências contidas no artigo 187, obedecerão ainda os seguintes requisitos: I – A largura do passadiço não poderá ser inferior a 1,00 m (um metro); II – Serão fixados por cabos de aço, quando forem suspensos. Artigo 191º– Os andaimes para construção de edifícios, deverão ser protegidos por tela de arame ou proteção similar de modo a evitar a queda de ferramentas ou materiais nos logradouros ou edificações vizinhas. Parágrafo Único – Os andaimes de uma construção paralisada por mais de 120 (cento e vinte) dias deverão ser retirados, mesmo que a obra seja afastada do alinhamento predial.

CAPÍTULO XI CONSTRUÇÕES DE MADEIRA

Artigo 192º – Somente serão licenciadas as construções de madeira que tiverem até 2 (dois) pavimentos. Artigo 193º – Aplicam-se às construções de madeira todas as disposições desta Lei, com exceção das que contrariem as seguintes: I – Deverão estar afastadas, no mínimo, 2,00 m (dois metros) de divisas e, pelo menos, 4,00 m (quatro metros) de qualquer outra edificação autônoma no mesmo lote; II – Será permitida construção de parede na divisa, desde que a mesma seja em alvenaria, com elevação de 1,00 m (um metro) acima do nível da cobertura; III – Deverão ser apoiadas sobre pilares de concreto ou embasamento de alvenaria com, no mínimo, 60 cm (sessenta centímetros) de altura, medidos a partir do nível do solo.

CAPÍTULO XII

INFRAÇÕES E PENALIDADES

Artigo 194º – Constitui infração toda ação ou omissão contrária a disposições desta Lei, a leis complementares, a regulamentos estabelecidos através de decreto e a quaisquer outros atos baixados pelo Município. Artigo 195º – Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar, consentir ou auxiliar alguém a praticar infração, assim como os responsáveis pela aplicação da presente Lei, que, por omissão ou negligência, deixarem praticar atos contrários a mesma, sem que sejam tomadas as medidas cabíveis. Parágrafo 1º – O responsável pela aplicação desta Lei que cometer infração conforme reza o caput deste artigo ficará sujeito: I – Se servidor contratado, às disposições contidas na C.L.T.; II – Se servidor estatutário, às disposições do Regime Jurídico Único ou do Estatuto do Funcionalismo Público Municipal; III – Se agente político, incorrerá em crime de responsabilidade administrativa. Artigo 196º– As infrações às disposições desta Lei, serão punidas com as seguintes penas: I – Multa; II – Embargo da obra; III – Interdição da edificação; IV – Demolição. Parágrafo Único – A aplicação de uma das penas previstas neste artigo, não prejudica a de outra, se cabível. Artigo 197° – O procedimento legal para verificação das penalidades é estabelecido na legislação municipal.

Seção I Notificação e Autuação

Artigo 198º – A fiscalização, no âmbito de sua competência, expedirá notificações e auto de infração para cumprimento de disposto nesta Lei, endereçados ao proprietário da obra ou responsável técnico. Parágrafo 1º – As notificações, serão expedidas apenas para cumprimento de alguma exigência acessória contida em algum processo ou regularização do projeto, obra ou simples falta de cumprimento de disposições desta Lei, e fixará prazo de 10 (dez) dias para ser cumprida.

Parágrafo 2º – Esgotado o prazo fixado na notificação, se a mesma não for atendida, lavrar-se-á o auto de infração, que indicará o valor da multa, de acordo com a(s) infração(ões) cometida(s), sem prejuízo da reparação do dano, quando for o caso. Artigo 199º – Não caberá notificação, devendo o infrator ser imediatamente autuado, nos seguintes casos: I – Quando não cumprir a notificação no prazo regulamentar; II – Quando houver embargo ou interdição. Artigo 200º – O auto de infração, conterá, obrigatoriamente: I – Dia, mês, ano e lugar onde foi lavrado; II – Nome e assinatura do fiscal que o lavrou; III – Nome e endereço do infrator; IV – Discriminação da infração e dispositivo infringido; V – Valor da multa. Artigo 201º – Recusando-se o infrator a assinar o auto, far-se-á menção dessa circunstância, na presença de 2 (duas) testemunhas, podendo ser dois funcionários públicos, mesmo que um deles seja o que aplicou o auto de infração, que assinarão o auto. Parágrafo Único – Na ausência das testemunhas, referidas no “caput” deste Artigo, o funcionario habilitado deverá utilizar do seguinte meio: a) Notificação pelos Correios, com Aviso de Recebimento (AR) e publicação em mural da Prefeitura. Artigo 202º – Os autos de infração serão julgados por equipe técnica de órgão competente do Município.

Seção II Multas

Artigo 203º – Pelas infrações as disposições desta Lei, serão aplicadas ao construtor ou profissional responsável pela execução das obras, ao autor do projeto e ao proprietário, conforme o caso, as seguintes multas: I – Pelo falseamento de medidas, cotas e demais indicações do Projeto: - Ao profissional infrator: 1 (um) salário mínimo. II – Pelo início de execução da obra sem licença: - Ao proprietário infrator: 2 (dois) salários mínimos; - Ao construtor infrator: 2 (dois) salários mínimos. III – Pelo início de obras sem os dados oficiais de alinhamento: - Ao construtor infrator: 1/2 (meio) salário mínimo. IV – Pela execução de obras em desacordo com o projeto aprovado: - Ao profissional infrator: 1 (um) salário mínimo; - Ao proprietário infrator: 1 (um) salário mínimo; - Ao construtor infrator: 1 (um) salário mínimo. V – Pela inobservância das prescrições sobre andaimes e tapumes: - Ao profissional infrator: 1 (um) salário mínimo; - Ao construtor infrator: 1 (um) salário mínimo. VI – Pela desobediência ao embargo Municipal:

- Ao proprietário infrator: 3 (três) salários mínimos; - Ao construtor infrator: 3 (três) salários mínimos. VII – Pela ocupação de prédio sem que a Prefeitura tenha fornecido o “Habite-se”: - Ao proprietário: 4 (quatro) salários mínimos. VIII – Concluída construção ou reforma se não for requerida vistoria: - Ao proprietário: 3 (três) salários mínimos. IX – Quando vencido o prazo de licenciamento, prosseguir a obra sem necessária renovação do prazo: - Ao proprietário infrator: 3 (três) salários mínimos; - Ao construtor infrator: 3 (três) salários mínimos. Artigo 204º – Dobrar-se-ão os valores das multas a cada reincidência das infrações cometidas, previstas no artigo anterior, sem prejuízo a outras penalidades legais cabíveis. Parágrafo Único – Considera-se reincidência, o que implica em duplicação da multa, outra infração de natureza semelhante e o não atendimento do prazo para sanar a infração que originou a multa inicial. Artigo 205º – A infração de qualquer disposição para a qual não haja penalidade expressamente estabelecida nesta Lei, será punida com multa de 0,5 a 1,0 (zero vírgula cinco a um) salário mínimo, a critério do órgão público municipal competente.

Seção III Embargos

Artigo 206º – Obras em andamento, sejam elas construções ou reformas, serão embargadas, quando: I – Estiverem sendo executadas sem Alvará de Construção emitido pelo Município, após o prazo da notificacao; II – Estiverem sendo executadas sem a responsabilidade de profissional legalmente habilitado; III – A sua estabilidade estiver em risco, com perigo para o pessoal que a execute ou para as pessoas e edificações vizinhas; IV – For construída, reconstruída ou ampliada em desacordo com os termos do Alvará de Construção; V – Não for observado o alinhamento predial; VI – O profissional responsável tiver sofrido suspensão ou cassação da carteira pelo CREA; VII – For constatada ser fictícia a assunção de responsabilidade profissional no projeto e/ou pela execução da obra. Parágrafo 1º – Ocorrendo qualquer das infrações especificadas neste artigo, e a qualquer dispositivo desta Lei, o encarregado pela fiscalização comunicará o infrator através de Notificação de Embargo, para regularização da situação no prazo que lhe for determinado, ficando a obra embargada até que isso aconteça. Parágrafo 2º – A Notificação de Embargo será levada ao conhecimento do infrator (proprietário e/ou responsável técnico) para que a assine, e, se recusar a isso, esse ato será testemunhado pela assinatura de duas pessoas , podendo ser dois funcionários públicos, mesmo que um deles seja o que aplicou o auto de infração. Parágrafo 3º – O embargo só será levantado após o cumprimento das exigências do Município, decorrentes do que especifica esta Lei. Parágrafo 4º – Se não houver alternativa de regularização da obra, após o embargo, seguir-se-á a demolição total ou parcial da mesma. Artigo 207º – Será imposta a pena de demolição, total ou parcial, nos seguintes casos:

I – Construção clandestina, entendendo-se como tal, a que for feita sem Alvará de Construção; II – Construção feita sem observância do alinhamento predial e/ou em desacordo com o projeto aprovado, nos seus elementos essenciais; III – Obra julgada como de risco, quando o proprietário não tomar as providências que forem necessárias à sua segurança; IV – Construção que ameace ruir e que o proprietário não queira desmanchar ou não possa reparar por falta de recurso ou por disposição regulamentar. Artigo 208º – A demolição será precedida de vistorias, por uma comissão de 3 (três) engenheiros ou arquitetos designados pelo prefeito, pertencentes ou não ao quadro de servidores do Município. Parágrafo Único – A Comissão adotará os seguintes procedimentos: I – Designará dia e hora para a vistoria, fazendo intimar o proprietário para assistir a mesma, o que poderá ser feito por edital, com prazo de 10 (dez) dias, caso o mesmo não seja encontrado; II – Não comparecendo o proprietário ou seu representante, a comissão fará um rápido exame da construção e, se verificar que a vistoria pode ser adiada, determinará uma nova intimação ao proprietário; III – Não podendo fazer o adiamento ou se o proprietário não atender a segunda intimação, a comissão fará os exames que julgar necessários, concluídos os quais emitirá laudo dentro de 3 (três) dias, devendo constar, do mesmo, o que for verificado, o que o proprietário deve fazer para evitar a demolição e o prazo que julgar conveniente para isso, não inferior a 3 (três) dias e nem superior a 90 (noventa) dias, salvo casos de urgência; IV – Será fornecida cópia do laudo, ao proprietário e aos moradores da edificação, se for alugada, acompanhada da intimação para cumprimento das decisões nela contidas; V – A cópia do laudo e a intimação do proprietário serão entregues mediante protocolo, e, se não for encontrado ou recusar recebê-los, serão publicados, em resumo, por 3 (três) vezes, pela imprensa local e afixados em local de costume; VI – No caso de ruína iminente, a vistoria será feita imediatamente, dispensando-se presença do proprietário, se esse não puder ser encontrado de pronto, levando-se, antes disso, ao conhecimento do prefeito, as conclusões do laudo, para emissão da ordem de demolição. Artigo 209º – Cientificado o proprietário do resultado da vistoria e feita a devida intimação, seguir-se-ão as providências administrativas. Artigo 210º – Se não forem cumpridas as decisões do laudo, nos termos do artigo anterior, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis.

Seção IV Interdição de Edificação

Artigo 211º – Uma edificação ou qualquer de suas dependências, poderá ser interditada pelo Município, provisória ou definitivamente, em qualquer tempo, quando: I – Oferecer ameaça à segurança e à estabilidade das construções próximas; II – Representar risco para o público ou para trabalhadores da obra; III – Em outros casos previstos nesta Lei. Parágrafo Único – Deverá ser afixada na edificação, em ponto visível, placa identificando a condição de obra interditada.

Artigo 212º – A interdição prevista no artigo anterior será imposta por escrito, após vistoria pelos técnicos do Município. Parágrafo Único – Constará da interdição, os motivos, o dispositivo infringido, o local da obra, a assinatura do responsável pelo procedimento e o nome do proprietário e assinatura do mesmo, ou de 2 (duas) testemunhas, caso esse se recusar a receber. Artigo 213º – Não atendida a interdição ou não interposto ou indeferido respectivo recurso, o Município deverá tomar outras providências cabíveis, entre elas, promover ação judicial, se couber.

Seção V Penalidades aos Profissionais

Artigos 214º – Além das sanções previstas pela legislação federal pertinente, os responsáveis técnicos por construções que infringirem dispositivos desta Lei ficam sujeitos às seguintes penalidades: I – Suspensão da matrícula junto ao Município, pelos motivos e prazos a seguir: A) Após regularizar o projeto, 30 dias de suspensão quando apresentarem projetos em desacordo evidente com o local ou falsearem medidas, cotas e demais indicações do desenho; B) 15 dias de suspensão quando executarem obra em flagrante desacordo com o projeto aprovado; C) 15 dias de suspensão quando modificarem os projetos aprovados, introduzindo - lhes alterações na forma geométrica, sem a necessária licença; D) 30 dias de suspensão quando falsearem cálculos, especificações e memórias em evidente desacordo com o projeto; E) 60 dias de suspensão e envio de relatório ao conselho responsável quando acobertarem o exercício ilegal da profissão; F) Após prazo de notificação, 30 dias de suspensão quando iniciarem qualquer obra sem o necessário Alvará de Construção; G) 30 dias de suspensão quando criarem obstruções, de qualquer natureza, ao desenvolvimento das atividades de fiscalização; H) 60 dias de suspensão quando prosseguirem a execução de obra embargada; I) 30 dias de suspensão quando tenha cometido três infrações, diversas das elencadas neste inciso, na mesma obra; J) 30 dias de suspensão quando responsabilizarem-se pela execução de obra que não seja administrada executada efetivamente pelos mesmos. L) 30 dias de suspensão quando cometerem, por imperícia, faltas que venham a comprometer a segurança da obra ou de terceiros; II – Suspensão da matrícula junto ao Município em dobro, quando houver reincidência da falta que tenha ocasionado a suspensão. Artigo 215º – As suspensões serão impostas mediante oficio encaminhado ao interessado, assinado pelo prefeito e pelo técnico responsável do órgão competente do Município, e comunicadas ao Conselho pertinente. Parágrafo 1º – O profissional cuja matrícula estiver suspensa não poderá, enquanto não findar o prazo da mesma, encaminhar projeto ou iniciar obra de qualquer natureza.

Parágrafo 2º – É facultado ao proprietário concluir a obra embargada por infração que implicou na suspensão de seu responsável técnico, desde que seja feita substituição do profissional responsável e sanadas eventuais situações em desacordo com a presente Lei.

Seção VI Recursos

Artigo 216º – Caberá recurso junto ao Município, na forma da legislação vigente, dentro do prazo de 10 (dez) dias, partir da data de notificação, auto de infração, embargo, interdição, multa e/ou suspensão. Parágrafo 1º – O recurso de que trata o caput deste artigo deverá ser julgado no prazo de 30 (trinta) dias corridos, contados da data de sua apresentação ou interposição. Parágrafo 2º – Caso o recurso seja resolvido favoravelmente ao infrator, serão devolvidas as importâncias pagas a título de multa e serão suspensas as penalidades impostas.

CAPÍTULO XIII REGULARIZAÇÃO DE EDIFICAÇÕES

Artígo 217º – As edificações poderão ser regularizadas através de apresentação de documentos técnicos e formais, afim de que possam ser emitidos os Alvarás de Construção para fins de Regularização e Alvará de Habite-se. Artigo 218º – Para fins de apresentação de processo de regularização deverão ser apresentados os seguintes documentos técnicos mínimos: Projetos Arquitetônicos, Memorial Descritivo, ART ou RRT com os devidos comprovantes de pagamento, Locação da fossa séptica e sumidouro no terreno e/ou destinação para rede de coleta de esgoto se houver. Art. 219. O Município deverá regulamentar através de Decreto, o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, para regularização de edificações que contenham irregularidades que impeçam a regularização. Parágrafo Único. O Decreto descrito no caput deste artigo deverá ser publicado imediatamente após a sanção desta Lei.

Artigo 219º - O Município deverá regulamentar por decreto, por uma vez somente, o prazo de 180 dias para regularização de edificações que contenham irregularidades que impeçam a regularização. Paragrafo Único - O decreto descrito no caput deste artigo devera ser publicado no prazo máximo de trinta dias após a sanção desta lei.REDAÇÃO ORIGINAL

Artigo 220º - As irregularidades citadas no artigo anterior que sofreram anistia pelo prazo regulamentado no decreto serão: recuos frontal, laterais e fundo, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, pé direito, iluminação, ventilação, dimensão dos ambientes, dimensão de garagem, quantidade de vagas de estacionamento, vão de entrada/saída.

Artigo 221º – Os pedidos de regularização deverão ser encaminhados ao Chefe do Poder Executivo. Artigo 222º – Os processos deverão ser analisados pelo Departamento Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, que emitirá laudo de avaliação do projeto e passará ao Chefe do Poder Executivo para autorização e homologação da Regularização.

CAPÍTULO XIV

DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 223º – A numeração das edificações, bem como das economias com acesso independente pela via pública, será estabelecida pelo Município, deverá atender ao disposto no Código de Posturas do Município, e será emitida junto ao Alvará de Construção ou de Alvará de Construção para fins de Regularização. Artigo 224º – A numeração dos apartamentos, salas, escritórios, consultórios ou economias distintas internas de uma mesma edificação, caberá ao proprietário, obedecendo o seguinte critério: I – Se mais de uma economia por pavimento, deverão ser numeradas adotando-se para o primeiro pavimento (térreo), os números de 101 (cento e um) a 199 (cento e noventa e nove), para o segundo pavimento, de 201 (duzentos e um) a 299 (duzentos e noventa e nove), e, assim, sucessivamente, e para o primeiro subsolo, de 01 (zero um) a 99 (noventa e nove), para o segundo subsolo, 001 (zero, zero um) a 099 (zero noventa e nove), e, assim, sucessivamente; II – A numeração dessas economias deverá constar das plantas baixas do projeto de construção ou reforma da edificação e não poderá ser alterada sem autorização do Município. Artigo 225º - O Município através do Poder Executivo deverá providenciar no prazo de 360 dias da homologação desta lei a criação do Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, que terá em sua composição prioritariamente funcionários públicos, técnicos da área de Engenharia e Arquitetura e entidades representativas na sociedade. Parágrafo 1º - Este conselho municipal deverá ser criado por Lei específica que regerá suas atividades deliberativas. Parágrafo 2º – Terá como finalidades principais a formação deste conselho, a emissão de parecer consultivo sobre alterações no Plano Diretor Municipal e parecer deliberativo sobre casos omissos em todas as peças do Plano Diretor Municipal. Artigo 226º – Para todos os efeitos, constituir-se-ão como partes integrantes da presente Lei, as disposições, resoluções, normas, recomendações e demais atos da ABNT, assim como normas de prevenção estabelecidas por organismos de prevenção contra incêndio. Artigo 227º – O Município não possui qualquer responsabilidade no caso de aprovação de projetos ou de obras mal executados. Artigo 228º – Os casos omissos e dúvidas, por ventura detectados em relação à presente Lei, serão estudados e normatizados pelo órgão municipal competente, através de leis, decretos e regulamentos especiais. Artigo 229º – São partes integrantes desta Lei, os seguintes anexos: A) Tabela I – Edificações Residenciais;

B) Tabela II – Edificações Comerciais; C) Anexo I – Requerimento para Consulta Prévia; D) Anexo II – Requerimento Padrão. Artigo 230º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente as Leis Complementares nºs 007/2001 de 14/12/2001, 021/2003 de 29/10/2003, 041/2006 de 03/07/2006, 065/2010 de 13/07/2010 e 074/2011 de 16/03/2011.

Gabinete do Prefeito de Nova Mutum, Estado de Mato Grosso, em 13 de agosto de 2012.

Lírio Lautenschlager

Prefeito Municipal

ANEXO I LEI COMP. N° 087 DE 13/08/2012.

REQUERIMENTO PARA CONSULTA PRÉVIA

Eu______________________________________________________________________________,

portador(a) do CPF N° ______.______.______-____, solicito a este departamento uma consulta prévia.

Lote:______________________________________ Quadra:___________________________________

Rua:________________________________________________________________________________

Bairro/Loteamento:____________________________________________________________________

Para que possa exercer neste local a seguinte atividade:

_________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Telefone para contato:__________________________________________________________________

E-mail (se houver):________________________________________________________________

Sem mais,

Nov Mutum – MT, ______ de ______________ de _______.

________________________ Assinatura do requerente

ANEXO II - LEI COMP. 087 DE 13/08/2012

REQUERIMENTO PADRÃO

DADOS DOS INTERESSADOS:

NOME DO PROPRIETÁRIO (IPTU):

ASS: CPF:

NOME DO PROPRIETÁRIO (PROJETO):

ASS: CPF:

NOME RESPONSÁVEL TÉCNICO:

ASS: N° DO REGISTRO CONSELHO:

DADOS DO LOTE:

LOTEAMENTO/BAIRRO: QUADRA: LOTE (S): AREA DO LOTE: [ ]M²

AREA DA CONSTRUÇÃO EXISTENTE: [ ]M² [ ]M² [ ]M² [ ]M²

N° DO ALVARÁ EXISTENTE: N°[ ] N°[ ] N°[ ] N°[ ] N°[ ]

TERRENO VAZIO [ ] N° DO ALVARÁ DE HABITE- SE

EXISTENTE: N°[ ] N°[ ] N°[ ] N°[ ] N°[ ]

DADOS DA OBRA:

EDIFICAÇÃO NOVA[ ] REGULARIZAÇÃO[ ] AMPLIAÇÃO[ ] FUSÃO[ ] DESMEMBRAMENTO[ ] DEMOLIÇÃO[ ] RESIDENCIAL UNIFAMILIAR[ ] RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR[ ] COMERCIAL[ ] COMERCIAL/RESIDENCIAL[ ] INDUSTRIAL[ ] INDUSTRIAL/COMERCIAL[ ]

AREA DO TERREO: [ ]M² AREA DA EDICULA/LAZER RECREAÇÃO: [ ]M²

AREA TOTAL DAS CONSTRUÇÕES: [ ]M²

ZONA: RESIDENCIAL 01[ ] 02[ ] 03[ ] SERVIÇO: 01[ ] 02[ ] 03[ ] 04[ ] INDUSTRIAL[ ]

RECUO FRONTAL DO PROJETO [ ] METROS RECUO FRONTAL EXIGIDO [ ]METROS

RECUO DAS LATERAIS COM ABERTURA NO PROJETO [ ]METROS RECUO DAS LATERAIS COM ABERTURA EXIGIDO [1,50]METROS

ATIVIDADE: 01 [ ] 02 [ ] 03 [ ] 04 [ ] 05 [ ] 06 [ ]

TAXA DE OCUPAÇÃO DO PROJETO: [ ] TAXA DE OCUPAÇÃO MÁXIMA: [ ]

TAXA DE PERMEABILIDADE DO PROJETO: [ ] TAXA DE PERMEABILIDADE MÁXIMA: [ ]

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO DO PROJETO [ ] COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO EXIGIDO [ ]

FOSSA SÉPTICA E SUMIDOURO

AFASTAMENTO EXIGIDO DAS DIVISAS [ 1,50]METROS ATENDE O EXIGIDO SIM [ ] NÃO [ ]

VAGAS DE ESTACIONAMENTO/GARAGEM

AREA DO COMERCIO [ ]M² N° DE VAGAS [ ] ATENDE O EXIGIDO SIM [ ] NÃO [ ]

N° DE EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS [ ] N° DE VAGAS [ ] ATENDE O EXIGIDO SIM [ ] NÃO [ ]

ANEXO III - PROJETO DE LEI COMP. N° 087 DE 13/08/2012.

TABELA I ↑↑↑↑ EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS MÍNIMO EXIGIDO VESTÍB

ULO SALA 1º

QUARTO 2º

QUARTO DEMAIS

QUARTOS LAVABO

(WC) BANHEIRO

(BWC) COZINHA

E COPA LAVANDE

RIA diâmetro circulo inscrito 1,00 2,50 2,80 2,50 2,00 1,10 1,20 1,,80 1,20

área 1,20 12,00 9,00 8,00 7,00 1,50 3,00 5,00 2,40

iluminação -- -- 1/6 1/6 1/6 1/6 -- -- 1/8 1/8 1/8

ventilação -- -- 1/12 1/12 1/12 1/12 1/16 1/16 1/16 1/16

pé-direito 2,20 2,60 2,60 2,60 2,60 2,20 2,20 2,40 2,40

revestimento parede -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- IMPERMEÁVEL

revestimento piso -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- IMPERMEÁVEL

TABELA II ↑↑↑↑ EDIFICAÇÕES COMERCIAIS

MÍNIMO EXIGIDO HALL DO PRÉDIO

HALL DOS PAVIMENTOS

LOJAS E SOBRELOJAS

SALAS SANITÁRIOS KIT

diâmetro circulo inscrito 3,00 1,50 4,00 3,00 1,10 1,20

área 12,00 6,00 20,00 15,00 1,50 1,50

iluminação -- -- -- -- 1/8 1/6 -- -- -- --

ventilação -- -- -- -- 1/16 1/12 1/16 1/16

pé-direito 3,00 2,60 3,00 2,60 2,20 2,20

revestimento parede -- -- -- -- -- -- -- -- IMPERMEÁVEL

revestimento piso IMPERMEÁVEL -- -- -- -- IMPERMEÁVEL

OBSERVAÇÕES: - Todas as dimensões são expressas em metros. - Todas as áreas são expressas em metros quadrados. - Iluminação e ventilação mínima correspondem à relação entre a área de abertura e a área de piso. - Os compartimentos de atividades não relacionadas na Tabela II deverão obedecer as disposições especificadas na seção desta Lei, correspondente às mesmas. - O pé-direito das sobrelojas poderá ser de 2,60 metros.