Lei Complementar 96-10 Paraíba

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  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 1

    LOJELEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS

    DO ESTADO DA PARABA

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    LOJE

    ESTADO DA PARABAPODER JUDICIRIO

    TRIBUNAL DE JUSTIA

    LEI DE ORGANIZAO EDIVISO JUDICIRIAS DO

    ESTADO DA PARABA

    LEI COMPLEMENTAR N 96,DE 03 DE DEZEMBRO DE 2010

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    Lei Complementar n 96, de 03 de dezembro de 2010 (LOJE)

    MESA DIRETORA

    Desembargador Luiz Silvio Ramalho Jnior(Presidente)

    Desembargadora Maria de Ftima Moraes Bezerra Cavalcanti(Vice-Presidente)

    Desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos(Corregedor-Geral de Justia)

    Bel. Robson de Lima Canana(Secretrio-Geral)

    MEMBROS DO TRIBUNAL DE JUSTIA

    Desembargador Luiz Silvio Ramalho JniorDesembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos

    Desembargador Gensio Gomes Pereira FilhoDesembargadora Maria de Ftima Moraes Bezerra Cavalcanti

    Desembargador Nilo Luis Ramalho VieiraDesembargador Manoel Soares MonteiroDesembargador Lencio Teixeira Cmara

    Desembargador Mrcio Murilo da Cunha RamosDesembargador Jos Di Lorenzo Serpa

    Desembargador Saulo Henriques de S e BenevidesDesembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque

    Desembargador Jos de Brito Pereira FilhoDesembargadora Maria das Neves do Egito de A. Duda Ferreira

    Desembargador Arnbio Alves TeodsioDesembargador Romero Marcelo da Fonseca Oliveira

    Desembargador Joo Benedito da SilvaDesembargador Joo Alves da Silva

    Desembargador Frederico Martinho da Nbrega CoutinhoDesembargador Jos Ricardo Porto

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    COMISSO DE ORGANIZAO E DIVISOJUDICIRIAS DO ESTADO

    Desembargador Luiz Silvio Ramalho Jnior(Presidente)

    Desembargador Saulo Henriques de S e Benevides(Membro)

    Desembargador Joo Benedito da Silva(Membro)

    Desembargador Antonio Carlos Coelho da Franca Neto(Membro)

    COLABORAO

    SUBCOMISSO FORMADA POR MEIO DOATO DA PRESIDNCIA N 21/2009:

    Alexandre Targino Gomes Falco Presidente(Juiz Titular da 14 Vara Cvel da Comarca da Capital e Auxiliar da

    Presidncia do Tribunal de Justia)Srgio Moura Martins Membro

    (Juiz Titular do 1 Juizado Especial Cvelda Comarca de Campina Grande)

    Fbio Jos de Oliveira Arajo Membro(Juiz Titular da 8 Vara Cvel da Comarca de Campina Grande)

    Ramonilson Alves Gomes Membro(Juiz Titular da 5 Vara da Comarca de Patos)

    Tcnica Legislativa

    Dionsia Simone Gomes de Lacerda(Analista Judiciria e Chefe de Gabinete da Presidncia

    do Tribunal de Justia)

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    Chefia de Publicaes OficiaisMartinho Sampaio

    Capa e projeto grfico

    Mariana RosalMnica Cristina

    Estagirias

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    Apresentao

    Visando atender ao disposto na Emenda Constitucional n 1,de 17 de outubro de 1969, que conferiu ao Poder Judicirio a prerro-gativa de dispor sobre a sua organizao judiciria ( 5, art. 144), oTribunal de Justia deste Estado editou, nos anos 70, a Resoluo n3/70, ocasio em que o seu ento Presidente, Desembargador LuizSilvio Ramalho, ressaltou que

    Seria inteiramente desnecessria qualquer explicao a respeito davigente Organizao Judiciria, no fsse a singularidade de ter sido,na histria judiciria do Pas, a primeira a ser discutida e aprovadapelo Poder Judicirio. (...) 1

    certo que transcorrida aproximadamente uma dcada da res-pectiva conquista, a Emenda Constitucional n 7, de 13 de abril de1977, suprimiu a possibilidade de os tribunais estaduais organizarema sua justia por meio de ato normativo interno (resoluo). Entretan-to, lhes atribuiu, por outro lado, competncia para a iniciativa das leisque disponham sobre a alterao da organizao e diviso judiciriasdos estados, prerrogativa ratificada pelo Texto Constitucional de 1988(art. 96, II, d).

    Com fundamento na aludida prerrogativa constitucional, queassegura ao Poder Judicirio segurana, liberdade e independncianas suas relaes polticas com os demais Poderes da Repblica, oTribunal de Justia, aps quatro dcadas, decidiu rever os pilares quehaviam alicerado a elaborao daquele primeiro texto normativo,inmeras vezes alterado e, portanto, carente de srio enfrentamento.

    Diante do desafio, indagamos, a princpio, se deveramos so-mente revisar a Lei de Organizao Judiciria em vigor. Porm, apsanalisarmos o texto e confrontarmos o seu disciplinamento com a rea-

    _______________1 RAMALHO. Luiz Silvio. Apresentao. Resoluo n 3/70 do Tribunal de Jus-

    tia do Estado.

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    lidade experimentada pelo Poder Judicirio, que vive um momentode intensa busca pela modernizao dos seus institutos, conclumosque seria mais difcil corrigi-la.

    Isso porque, conforme ressaltado pelo ento Ministro da Justi-a, Alfredo Buzaid

    (...) O grande mal das reformas parciais o de transformar o Cdigoem mosaico, com coloridos diversos que traduzem as mais variadasdirees. Dessas vrias reformas tem experincia o pas; mas, comoobservou Lopes da Costa, umas foram para melhor; mas em outras saiua emenda pior que o soneto. 1 (...). Propondo uma reforma total, podeparecer que queremos deitar abaixo as instituies do Cdigo vigente,substituindo-as por outras inteiramente novas. No. Introduzimosmodificaes substanciais, a fim de simplificar a estrutura do Cdigo,facilitar-lhe o manejo, racionalizar-lhe o sistema e torn-lo um instru-mento dctil para a administrao da justia.

    Entram em jogo dois princpios antagnicos de tcnica legislativa: oda conservao e o da inovao. Ambos se harmonizam, porque, se oprimeiro torna menos perturbadora a mudana, o segundo remedeiaos males observados durante a aplicao do Cdigo. O reformador nodeve olvidar que, por mais velho que seja um edifcio, sempre se obtm,quando demolido, materiais para construes futuras (...).2

    A elaborao do anteprojeto que culminou na presente Lei Com-plementar n 96, de 03 de dezembro de 2010, nos moldes destacadopelo ento ministro, tambm no desprezou institutos consolidados,ao contrrio, conservou, na medida do possvel, vrios materiais utili-zados nas redaes anteriores, ao tempo em que disciplinou novosinstitutos, atendendo, assim, aos ditames da Emenda Constitucionaln 45, de 30 de dezembro de 2004, que introduziu regras de relevo noprocesso de reforma do Poder Judicirio, bem como aos reclamos doConselho Nacional de Justia, rgo que luz da Carta da Repblicade 1988 possui competncia para controlar a atuao administrativados tribunais do Pas ( 4, art. 103).

    _______________2 Exposio de Motivos do Cdigo de Processo Civil Lei n 5869, de 11 de

    janeiro de 1973.

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    Observamos, outrossim, as diretrizes traadas pela Lei Com-plementar n 95, de 26 de fevereiro de 1998, que dispe sobre a elabo-rao, a redao, a alterao e a consolidao das leis, imprimindo presente norma, desse modo, uma adequada tcnica legislativa.

    Inclusive, dentre os princpios da legstica aplicados ao texto,cuidamos de adotar, criteriosamente, o rigor da terminologia na lin-guagem jurdica, primando para que cada palavra assumisse o seu sen-tido denotativo, evitando, assim, as confuses e dubiedades interpreta-tivas, to comuns ao campo da linguagem conotativa e, portanto, res-ponsveis pelo comprometimento da clareza, preciso e objetividadeda norma.

    Nesse campo, seguimos a lio de Reed Dickerson, para quem

    (...) o importante, na redao da lei dizer o que se quer com preciso,coeso, clareza e conciso. A substncia precede a forma, mas as duasvo juntas. A forma importante para a substncia, porque a ambi-gidade e a expresso confusa comprometem os objetivos da legislao.A substncia e a disposio interessam forma, pois nenhuma simpli-ficao de linguagem capaz de tornar clara uma lei concebida demaneira confusa. Clareza e simplicidade comeam com pensamentocerto e terminam com a expresso certa.3

    Destacamos a competncia e o compromisso dos membros dacomisso na conduo dos trabalhos, bem como de todos os demaisdesembargadores que integram o Tribunal de Justia, que imbudosde verdadeiro esprito de Justia e compreenso do dever, comparece-ram s inmeras sesses extraordinrias destinadas, exclusivamente, discusso da matria e se dedicaram, diuturnamente, complexa tare-fa de elaborao do anteprojeto que culminou na sano e publicaodesta Lei, tanto no seu aspecto formal quanto material.

    Ressaltamos, ainda, a legitimidade de que dotada a nova Loje,cuja elaborao contou, tambm, com a participao efetiva da Asso-ciao dos Magistrados do Estado, do Ministrio Pblico, dos sindica-tos e associaes dos servidores do Poder Judicirio do Estado, daOrdem dos Advogados do Brasil Seccional da Paraba , da Associ-ao dos Notrios e Registrados, de juzes, promotores, advogados e

    _______________3 CARVALHO. Kildare Gonalves. Tcnica Legislativa. 4 Ed., Belo Horizonte:

    Del Rey. 2007. P.84.

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    toda sociedade que, de forma democrtica, participaram ativamenteda consulta pblica disponibilizada no endereo eletrnico do Tribu-nal de Justia e encaminharam diversas sugestes para o aprimora-mento dos trabalhos.

    Guardamos, por fim, a certeza de que o carter de impessoali-dade e o esprito de Justia que nortearam a elaborao desta novaLei de Organizao e Diviso Judicirias do Estado permearo aimplementao de todas as conquistas institucionais disciplinadasno seu texto.

    Joo Pessoa, 17 de janeiro de 2011.

    Desembargador Luiz Silvio Ramalho JniorPresidente do TJ/PB

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    APRESENTAO .................................................................................... 7LEI COMPLEMENTAR N. 96, DE 03 DE DEZEMBRO DE 2010 .. 23

    LIVRO IDA ORGANIZAO JUDICIRIA ...................................................... 23TTULO IDO TRIBUNAL DE JUSTIA ............................................................... 24CAPTULO IDOS RGOS DO TRIBUNAL DE JUSTIA ................................... 24Seo IDo Tribunal Pleno .................................................................................... 25Seo IIDas Sees Especializadas ........................................................................ 25Seo IIIDas Cmaras Especializadas ..................................................................... 25Subseo IDa Substituio no Tribunal de Justia .................................................. 25Subseo IIDa Remoo e da Permuta no Tribunal de Justia ............................... 26Subseo IIIDa Estrutura Organizacional Administrativa do Tribunal de Justia ... 26Seo IVDo Conselho da Magistratura .................................................................. 26Seo VDa Presidncia, Vice-Presidncia e Corregedoria-Geral de Justia .... 27Subseo IDas Disposies Gerais ............................................................................ 27Subseo IIDa Presidncia do Tribunal de Justia ................................................... 28Subseo IIIDa Vice-Presidncia do Tribunal de Justia .......................................... 28Subseo IVDa Corregedoria-Geral de Justia ........................................................... 29Seo VIDas Comisses ........................................................................................... 30Seo VIIDa Escola Superior da Magistratura ....................................................... 31Seo VIIIDa Ouvidoria de Justia ........................................................................... 31CAPTULO IIDOS ANTEPROJETOS DE LEI E DOS PROJETOSDE RESOLUO ..................................................................................... 32

    Sumrio

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    TTULO IIDO TRIBUNAL DO JRI ...................................................................... 33TTULO IIIDO JUIZ DE DIREITO E DO JUIZ SUBSTITUTO .......................... 33CAPTULO IDAS DISPOSIES GERAIS ................................................................ 33Seo IDo Juiz de Direito ..................................................................................... 34Seo IIDo Juiz de Direito Auxiliar ..................................................................... 34Seo IIIDo Juiz Substituto ..................................................................................... 34CAPTULO IIDAS FORMAS DE PROVIMENTO DE CARGO DEMAGISTRADO E DA VACNCIA ....................................................... 35Seo IDas Formas de Provimento de Cargo de Magistrado ........................... 35Seo IIDa Vacncia de Cargo de Magistrado ..................................................... 35Subseo IDa Vacncia de Cargo de Magistrado de Carreira ................................ 36Subseo IIDa Vacncia de Cargo de Magistrado Advindo do QuintoConstitucional ............................................................................................ 36CAPTULO IIIDO INGRESSO NA MAGISTRATURA DE CARREIRA .................. 37CAPTULO IVDA NOMEAO E DA INVESTIDURA ............................................. 40Seo IDa Nomeao ............................................................................................. 40Seo IIDa Investidura ........................................................................................... 40CAPTULO VDO PROCESSO DE VITALICIAMENTO ............................................ 41CAPTULO VIDA MOVIMENTAO VOLUNTRIA NA CARREIRA ................. 42CAPTULO VIIDO PROCEDIMENTO PARA PROVIMENTO DE CARGO ............ 44Seo IDo Provimento de Cargo por Merecimento .......................................... 44Seo IIDo Provimento de Cargo por Consecutividade ou Alternncia emLista de Merecimento ................................................................................ 45Seo IIIDo Provimento de Cargo por Antiguidade ............................................ 45CAPTULO VIIIDA PERMUTA .......................................................................................... 46

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    CAPTULO IXDA ANTIGUIDADE E DO MERECIMENTO ..................................... 47Seo IDa Antiguidade .......................................................................................... 47Subseo IDa Lista de Antiguidade ........................................................................... 48Seo IIDo Merecimento ........................................................................................ 48CAPTULO XDA REVERSO E DA REINTEGRAO ........................................... 49Seo IDa Reverso ............................................................................................... 49Seo IIDa Reintegrao ......................................................................................... 50CAPITULO XIDA REMUNERAO ............................................................................. 50Seo IDo Subsdio ................................................................................................ 50Seo IIDas Verbas Remuneratrias e Indenizatrias No Abrangidas peloSubsdio ...................................................................................................... 51Seo IIIDa Comprovao do Exerccio da Funo para Efeito deRecebimento de Subsdio ou Verba Remuneratria .............................. 53Seo IVDa Comprovao das Despesas para Efeito de Recebimento de VerbaIndenizatria .............................................................................................. 54CAPTULO XIIDAS FRIAS, DA LICENA E DA CONCESSO ............................. 54Seo IDas Disposies Gerais ............................................................................ 54Seo IIDas Frias ................................................................................................... 54Seo IIIDa Licena .................................................................................................. 55Seo IVDa Concesso ............................................................................................. 56Subseo IDa Concesso de Afastamento para Fins de AperfeioamentoProfissional ................................................................................................. 57CAPTULO XIIIDO REGIME DE PREVIDNCIA ........................................................ 57Seo IDa Contribuio Obrigatria ................................................................... 57Seo IIDa Aposentadoria ...................................................................................... 57Subseo IDa Aposentadoria por Invalidez ............................................................. 58

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    Subseo IIDa Aposentadoria Compulsria ............................................................... 58Subseo IIIDa Aposentadoria Voluntria ................................................................... 58Seo IIIDa Competncia para a Concesso de Aposentadoria .......................... 58CAPTULO XIVDA DISPONIBILIDADE ......................................................................... 59CAPTULO XVDA RESIDNCIA DO JUIZ ................................................................... 59CAPTULO XVIDAS PENALIDADES E DA PRESCRIO ......................................... 60Seo IDas Penalidades ......................................................................................... 60Seo IIDa Prescrio ............................................................................................. 62CAPTULO XVIIDO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR ....................... 62CAPTULO XVIIIDA COMPETNCIA DA JUSTIA DO PRIMEIRO GRAU DEJURISDIO ............................................................................................ 63Seo IDas Disposies Gerais ............................................................................ 63Seo IIDa Competncia em Geral ....................................................................... 63Subseo IDo Critrio Geral de Fixao de Competncia ..................................... 63Subseo IIDa Competncia de Vara Cvel ................................................................ 64Subseo IIIDa Competncia de Vara da Fazenda Pblica ....................................... 64Subseo IVDa Competncia de Vara de Executivos Fiscais .................................... 65Subseo VDa Competncia do Juizado de Violncia Domstica e Familiarcontra a Mulher ......................................................................................... 65Subseo VIDa Competncia de Vara de Famlia ....................................................... 65Subseo VIIDa Competncia de Vara de Feitos Especiais ........................................ 66Subseo VIIIDa Competncia de Vara de Sucesses ................................................... 67Subseo IXDa Competncia de Vara de Infncia e Juventude ................................ 67Subseo XDa Competncia da Vara de Conflitos Agrrios .................................... 69Subseo XIDa Competncia de Vara Criminal .......................................................... 70

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    Subseo XIIDa Competncia de Vara de Tribunal do Jri ....................................... 70Subseo XIIIDa Competncia de Vara de Execuo Penal ........................................ 70Subseo XIVDa Competncia de Vara de Execuo de Penas Alternativas ............. 71Subseo XVDa Competncia de Vara de Entorpecentes ........................................... 72Subseo XVIDa Competncia dos Juizados Auxiliares .............................................. 72CAPTULO XIXDA SUBSTITUIO NO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIO .... 73Seo IDas Disposies Gerais ............................................................................ 73Seo IIDa Substituio do Juiz Plantonista ....................................................... 73Seo IIIDa Substituio do Juiz Corregedor ....................................................... 74TTULO IVDA JUSTIA MILITAR .......................................................................... 74CAPTULO IDA COMPOSIO E COMPETNCIA .............................................. 74Seo IDa Composio .......................................................................................... 74Seo IIDa Competncia Geral .............................................................................. 74Seo IIIDo Juiz de Direito de Vara Militar ......................................................... 75Seo IVDo Cartrio de Vara Militar .................................................................... 75Seo VDos Atos Judiciais ..................................................................................... 76CAPTULO IIDOS CONSELHOS DA JUSTIA MILITAR ...................................... 76Seo IDas Disposies Gerais ............................................................................ 76Seo IIDa Composio .......................................................................................... 76Seo IIIDa Competncia ........................................................................................ 77Seo IVDa Escolha e Convocao dos Conselhos .............................................. 77CAPTULO IIIDA EXECUO DA PENA .................................................................... 78TTULO VDOS JUIZADOS ESPECIAIS ................................................................. 79CAPTULO IDAS DISPOSIES GERAIS ................................................................ 79

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    CAPTULO IIDA ESTRUTURA DOS JUIZADOS ESPECIAIS ................................ 79Seo IDa Coordenao dos Juizados Especiais Coje ................................... 80Seo IIDa Turma de Uniformizao ................................................................... 80Seo IIIDa Turma Recursal ................................................................................... 80Subseo IDa Substituio de Membro de Turma Recursal ................................... 81Subseo IIDa Competncia de Turma Recursal ...................................................... 81Subseo IIIDas Disposies Gerais ............................................................................ 81Seo IIIDos Juizados Especiais Cveis, Criminais e da Fazenda Pblica ........ 82Seo IVDo Servio de Atendimento Imediato para Acidentes de Trnsito SAI . 83TTULO VIDA JUSTIA DE PAZ ............................................................................. 84TTULO VIIDOS SERVIOS AUXILIARES DA JUSTIA .................................... 84CAPTULO IDOS SERVIOS AUXILIARES DO FORO JUDICIAL .................... 84Seo IDa Diretoria do Frum ............................................................................. 84Seo IIDa Assessoria de Gabinete do Juzo ....................................................... 88Seo IIIDos Cartrios de Justia ........................................................................... 89Seo IVDas Centrais de Mandados ....................................................................... 90Seo VDas Centrais de Distribuio ................................................................... 92Seo VIDas Contadorias Judiciais ........................................................................ 93Seo VIIDos Depsitos Judiciais ............................................................................ 94Seo VIIIDas Disposies Gerais ............................................................................ 94CAPTULO IIDOS SERVIDORES DO FORO JUDICIAL ......................................... 95Seo IDas Atribuies do Servidor do Foro Judicial ...................................... 96Subseo IDas Disposies Gerais ............................................................................ 96Subseo IIDo Analista Judicirio .............................................................................. 96

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    Subseo IIIDo Oficial de Justia ................................................................................. 98Subseo IVDo Tcnico Judicirio .............................................................................. 98Subseo VDo Auxiliar Judicirio .............................................................................. 99Subseo VIDo Distribuidor ......................................................................................... 99Subseo VIIDo Contador Judicirio ............................................................................ 99Subseo VIIIDo Depositrio Judicial ............................................................................. 1 0 0Seo IIDo Impedimento e da Suspeio .............................................................. 1 0 0Seo IIIDa Substituio ........................................................................................... 1 0 1Seo IVDo Funcionamento dos Servios Auxiliares do Foro Judicial ............. 1 0 1Subseo IDo Expediente ............................................................................................ 1 0 1Subseo IIDo Feriado Forense .................................................................................... 1 0 2Subseo IIIDo Recesso Forense ................................................................................... 1 0 2Subseo IVDo Planto Judicirio ................................................................................ 1 0 3Seo VDas Medidas Saneadoras da Prestao Jurisdicional ............................. 1 0 3Subseo IDa Correio Parcial .................................................................................. 1 0 3Subseo IIDo Exerccio Jurisdicional Conjunto ...................................................... 1 0 3CAPTULO IIIDOS SERVIOS AUXILIARES DO FORO EXTRAJUDICIAL ....... 1 0 4Seo IDos Servios Notarial e de Registro ........................................................ 1 0 4Seo IIDos Emolumentos ....................................................................................... 1 0 5LIVRO IIDA DIVISO JUDICIRIA .................................................................... 1 0 5TTULO IDAS CIRCUNSCRIES JUDICIRIAS, COMARCAS ECOMARCAS INTEGRADAS ................................................................... 1 0 5CAPTULO IDAS CIRCUNSCRIES JUDICIRIAS ............................................. 1 0 5CAPTULO IIDAS COMARCAS ...................................................................................... 1 0 6

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    Seo IDas Disposies Gerais ............................................................................. 1 0 6Seo IIDa Classificao das Comarcas ................................................................. 1 0 7CAPTULO IIIDAS COMARCAS INTEGRADAS .......................................................... 1 0 8TTULO IIDA CRIAO, INSTALAO, RECLASSIFICAO EEXTINO DE COMARCA E OUTRAS UNIDADESJUDICIRIAS ............................................................................................ 1 0 8CAPTULO IDA CRIAO DE COMARCA E DE UNIDADE JUDICIRIA ...... 1 0 8Seo IDa Criao de Comarca ............................................................................. 1 0 9Subseo IDa Criao de Comarca Mediante Desmembramento ........................... 1 0 9Seo IIDa Criao de Unidade Judiciria ........................................................... 1 1 0CAPTULO IIDA INSTALAO DE COMARCA E DE UNIDADEJUDICIRIA .............................................................................................. 1 1 0Seo IDas Disposies Gerais ............................................................................. 1 1 0Seo IIDa Instalao de Comarca ......................................................................... 1 1 1Seo IIIDa Instalao de Unidade Judiciria ....................................................... 1 1 1CAPTULO IIIDA RECLASSIFICAO DE COMARCA ............................................ 1 1 1Seo IDa Elevao de Entrncia ......................................................................... 1 1 1Seo IIDo Rebaixamento de Entrncia ................................................................ 1 1 2CAPTULO IVDA EXTINO DE COMARCA E DE UNIDADE JUDICIRIA .... 1 1 2TTULO IIIDA REGIO METROPOLITANA .......................................................... 1 1 3TTULO IVDAS DISPOSIES FINAIS ................................................................... 1 1 3LIVRO IIIDAS DISPOSIES TRANSITRIAS .................................................. 1 1 8TTULO IDA CRIAO E TRANSFORMAO DE COMARCA E DEUNIDADE JUDICIRIA ......................................................................... 1 1 8CAPTULO IDA CRIAO DE COMARCA ............................................................... 1 1 8CAPTULO IIDA CRIAO DE UNIDADE JUDICIRIA ....................................... 1 1 9

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    Seo IDa Criao de Varas e de Juizados Especiais ......................................... 1 1 9Seo IIDa Criao de Juizado Auxiliar Especializado e Misto ........................ 1 2 1CAPTULO IIIDA TRANSFORMAO DE UNIDADE JUDICIRIA .................... 1 2 2Seo IDa Transformao de Varas e Juizados Especiais .................................. 1 2 2Seo IIDa Transformao de Juizado Substituto em Juizado AuxiliarEspecializado ............................................................................................... 1 2 3CAPTULO IVDA CRIAO, DA TRANSFORMAO E DA EXTINO DECARGOS NA ESTRUTURA DO PODER JUDICIRIODO ESTADO .............................................................................................. 1 2 4Seo IDa Criao de Cargos ................................................................................ 1 2 4Subseo INo Segundo Grau de Jurisdio ............................................................... 1 2 4Subseo IINo Primeiro Grau de Jurisdio .............................................................. 1 2 5Seo IIDa Transformao de Cargos .................................................................... 1 2 8Seo IIIDa Extino de Cargos .............................................................................. 1 2 8CAPTULO VDA CRIAO DE FUNO DE CONFIANA NA ESTRUTURADO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIO DO PODERJUDICIRIO DO ESTADO .................................................................... 1 2 9CAPTULO VIDA CRIAO DE UNIDADE ADMINISTRATIVA ............................ 1 3 0CAPTULO VIIDA EXTINO DE OFCIOS DE JUSTIA ....................................... 1 3 1CAPTULO VIIIDas Disposies Gerais ............................................................................. 1 3 1ANEXO I LC N 96 (Arts. 295 a 298 do LIVRO II)CIRCUNSCRIES, COMARCAS E TERMOS JUDICIRIOS ...... 1 3 5ANEXO II LC N 96 (Arts. 305 e 306 do LIVRO II)CLASSIFICAO DAS COMARCAS E DAS UNIDADESJUDICIRIAS QUE INTEGRAM A PRIMEIRA ENTRNCIA ...... 1 3 9ANEXO III LC N 96 (Arts. 305 e 306 do LIVRO II)CLASSIFICAO DAS COMARCAS E DAS UNIDADESJUDICIRIAS QUE INTEGRAM A SEGUNDA ENTRNCIA ....... 1 4 0ANEXO IV LC N 96 (Arts. 305 e 306 do LIVRO II)CLASSIFICAO DAS COMARCAS E DAS UNIDADESJUDICIRIAS QUE INTEGRAM A TERCEIRA ENTRNCIA ...... 1 3 3ANEXO V LC N 96 (Arts. 161 a 179 do LIVRO I) DADISTRIBUIO DE COMPETNCIA DA JUSTIA DOPRIMEIRO GRAU DE JURISDIO ................................................... 1 4 7

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    ANEXO VI LC N 96 (Arts. 6, 11 e 13 do LIVRO III)QUANTITATIVO DE CARGOS DE PROVIMENTO EMCOMISSO CRIADOS E NO PROVIDOS ........................................ 1 5 2ANEXO VII LC N 96 (Art. 16 do LIVRO III) QUANTITATIVODE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSOTRANSFORMADOS ................................................................................. 1 5 2ANEXO VIII LC N 96 (Arts. 17 a 20 do LIVRO III)QUANTITATIVO DE CARGOS DE PROVIMENTO EMCOMISSO EXTINTOS .......................................................................... 1 5 3ANEXO IX LC N 96 (Arts. 21 a 26 do LIVRO III)QUANTITATIVO DE FUNES DE CONFIANA CRIADASNA ESTRUTURA DO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIO .......... 1 5 3ANEXO X LC N 96 (Art. 27 do LIVRO III) CONTADORIASJUDICIAIS ................................................................................................. 1 5 4ANEXO XI LC N 96 (Art. 8 do LIVRO III) BANCO DERECURSOS HUMANOS ESTRUTURA FUNCIONAL MNIMA ... 1 5 6ANEXO XII LC N 96 (Art. 8 do LIVRO III) QUANTITATIVODE CARGOS EFETIVOS QUE INTEGRAM A EQUIPEMULTIDISCIPLINAR QUE PRESTA APOIO AOS JUIZADOSDE VIOLNCIA DOMSTICA E FAMILIAR CONTRAA MULHER ................................................................................................ 1 6 2ANEXO XIII LC N 96 (Art. 8 do LIVRO III) QUANTITATIVODE CARGOS EFETIVOS QUE INTEGRAM A EQUIPEMULTIDISCIPLINAR QUE PRESTA APOIO S VARAS DAINFNCIA E DA JUVENTUDE ............................................................. 1 6 3ANEXO XIV LC N 96 (Art. 183, pargrafo nico,do LIVRO I) TABELA DE SUBSTITUIO DOS JUZESDO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIO ........................................... 1 6 5TABELA DE SUBSTITUTIO LEGAL AUTOMTICA3 ENTRNCIA JOO PESSOA ............................................................ 1 6 5TABELA DE SUBSTITUTIO LEGAL AUTOMTICA3 ENTRNCIA CAMPINA GRANDE ................................................. 1 6 7TABELA DE SUBSTITUTIO LEGAL AUTOMTICA3 ENTRNCIA CABEDELO ................................................................. 1 6 8TABELA DE SUBSTITUTIO LEGAL AUTOMTICA3 ENTRNCIA BAYEUX ....................................................................... 1 6 8TABELA DE SUBSTITUTIO LEGAL AUTOMTICA3 ENTRNCIA SANTA RITA ............................................................... 1 6 8TABELA DE SUBSTITUTIO LEGAL AUTOMTICA1 e 2 ENTRNCIAS ................................................................................ 1 6 9

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    LEI COMPLEMENTAR N. 96,DE 03 DE DEZEMBRO DE 2010

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    LEI COMPLEMENTAR N. 96,DE 03 DE DEZEMBRO DE 2010

    Dispe sobre a Lei de Organizao e Divi-so Judicirias do Estado da Paraba e doutras providncias.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARABA:Fao saber que o Poder Legislativo estadual decreta e eu

    sanciono a seguinte Lei:

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 A organizao e a diviso judicirias do Estadoda Paraba obedecero ao disposto nesta Lei.

    LIVRO IDA ORGANIZAO JUDICIRIA

    Art. 2 So rgos do Poder Judicirio do Estado:I - o Tribunal de Justia;II - o Tribunal do Jri;III - os Juzes Substitutos e de Direito;

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    IV - a Justia Militar;V - os Juizados Especiais;VI - a Justia de Paz.

    Art. 3 So servios auxiliares da Justia do Estado osservios dos foros judicial e extrajudicial.

    TTULO IDO TRIBUNAL DE JUSTIA

    Art. 4 O Tribunal de Justia, com sede na Capital e ju-risdio em todo o territrio do Estado, compe-se de dezenovedesembargadores, sendo presidido por um deles, e tem sua com-petncia disposta na Constituio Federal ( 1, art. 125), naConstituio do Estado e na legislao federal.

    Art. 5 Um quinto dos lugares do Tribunal de Justia composto por membros do Ministrio Pblico e por advoga-dos, na forma disposta na Constituio Federal.

    CAPTULO IDOS RGOS DO TRIBUNAL DE JUSTIA

    Art. 6 So rgos do Tribunal de Justia:I o Tribunal Pleno;II as Sees Especializadas;III as Cmaras Especializadas;IV o Conselho da Magistratura;V a Presidncia do Tribunal de Justia;VI a Vice-Presidncia do Tribunal de Justia;VII a Corregedoria-Geral de Justia;VIII as Comisses;IX a Escola Superior da Magistratura;X a Ouvidoria de Justia.Pargrafo nico. O Regimento Interno do Tribunal de

    Justia dispor sobre a competncia e o funcionamento dos seusrgos.

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    Seo IDo Tribunal Pleno

    Art. 7 O Tribunal Pleno constitudo da totalidade dosdesembargadores, sendo presidido pelo presidente do Tribunalde Justia.

    Seo IIDas Sees Especializadas

    Art . 8 H no Tr ibunal de Jus t ia duas seesespecializadas cveis, sendo cada uma composta pelos mem-bros das cmaras da respectiva rea de especializao.

    1 A primeira Seo Especializada Cvel integradapela primeira e segunda Cmaras Cveis; e a segunda pela ter-ceira e quarta Cmaras Cveis.

    2 Cada Seo Especializada Cvel ser presidida porum dos seus integrantes.

    3 No julgamento pela Seo Especializada Cvel a de-ciso ser tomada pela totalidade dos seus membros.

    Seo IIIDas Cmaras Especializadas

    Art. 9 H no Tribunal de Justia cinco CmarasEspecializadas, sendo quatro com rea de especializao cvele uma com rea de especializao criminal, presididas por umdos seus membros, na forma disposta no Regimento Interno doTribunal de Justia.

    Pargrafo nico. Cada Cmara Especializada Cvel com-posta por trs desembargadores; a Cmara Especializada Cri-minal composta por cinco desembargadores.

    Subseo IDa Substituio no Tribunal de Justia

    Art. 10. Para compor o quorum de julgamento, odesembargador, nas ausncias ou impedimentos eventuais, sersubstitudo por outro da mesma cmara, na ordem de antigui-

  • 26 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    dade, ou, se impossvel, de outra cmara, de preferncia damesma seo especializada, na forma disposta no RegimentoInterno do Tribunal de Justia.

    Art. 11. Em caso de vaga, afastamento, licena e friasde desembargador, por prazo superior a trinta dias, ser convo-cado em substituio juiz titular de vara da Comarca da Capi-tal, escolhido na forma disposta em resoluo do Tribunal deJustia, respeitada a ordem dos quintos sucessivos.

    Pargrafo nico. A escolha do juiz para a substituio dedesembargador ser aprovada pelo voto da maioria absolutados membros do Tribunal de Justia.

    Subseo IIDa Remoo e da Permuta no Tribunal de Justia

    Art. 12. Os desembargadores podero permutar de c-mara ou, voluntariamente, remover-se para aquela em que hajavaga, mediante requerimento aprovado pelo voto da maioriasimples dos membros do Tribunal de Justia.

    1 Em caso de mais de um pedido de remoo, terpreferncia o desembargador mais antigo.

    2 O Regimento Interno do Tribunal de Justia disporsobre o procedimento para os pedidos de remoo e permuta.

    Subseo IIIDa Estrutura Organizacional Administrativa

    do Tribunal de Justia

    Art. 13. Lei de iniciativa do Tribunal de Justia disporsobre a estrutura organizacional e as atribuies das unidadesadministrativas do Tribunal de Justia.

    Seo IVDo Conselho da Magistratura

    Art. 14. O Conselho da Magistratura, rgo de fiscaliza-o e disciplina no primeiro grau de jurisdio, e de planeja-mento da organizao e da administrao judicirias no pri-

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    meiro e segundo graus de jurisdio, tem como rgo superioro Tribunal Pleno e compe-se dos seguintes membros:

    I natos:a) o presidente do Tribunal de Justia;b) o vice-presidente do Tribunal de Justia;c) o corregedor-geral de Justia.II - eleitos:a) trs desembargadores titulares;b) trs desembargadores suplentes.Pargrafo nico. O Conselho da Magistratura presidido

    pelo presidente do Tribunal de Justia.

    Art. 15. Os desembargadores so eleitos na forma dis-posta no Regimento Interno do Tribunal de Justia, para ummandato que coincidir com o mandato dos membros natos,permitida uma reeleio.

    Art. 16. Os desembargadores titulares so substitudos,em suas faltas, licenas e impedimentos, pelos desembargadoressuplentes.

    Seo VDa Presidncia, Vice-Presidncia e

    Corregedoria-Geral de Justia

    Subseo IDas Disposies Gerais

    Art. 17. A direo do Tribunal de Justia exercida pelopresidente, vice-presidente e corregedor-geral de Justia, elei-tos dentre os desembargadores mais antigos do Tribunal de Jus-tia, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, por vota-o secreta, para um mandato de dois anos, proibida a reeleio.

    1 O desembargador que houver exercido quaisquercargos de direo por quatro anos, consecutivos ou alternados,ou o de presidente, no figurar mais entre os elegveis, at quese esgotem todos os nomes, na ordem de antiguidade.

    2 A aceitao do cargo obrigatria, salvo recusa ma-nifestada e aceita antes da eleio.

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    3 O disposto no caput e 1 e 2 deste artigo no seaplica ao desembargador eleito para completar perodo de man-dato inferior a um ano.

    Art. 18. O mandato dos dirigentes do Tribunal de Justiainicia-se no primeiro dia til do ms de fevereiro.

    Art. 19. O presidente e o corregedor-geral de Justia nointegram os rgos fracionrios do Tribunal de Justia.

    Art. 20. vedada a cumulao dos cargos de presidentedo Tribunal de Justia, de vice-presidente e de corregedor-ge-ral de Justia com o exerccio da jurisdio eleitoral.

    Art. 21. A Presidncia e a Vice-Presidncia do Tribunalde Justia podero ser auxiliadas por juzes de terceira entrncia,que sero convocados na forma disposta em resoluo do Tri-bunal de Justia.

    Subseo IIDa Presidncia do Tribunal de Justia

    Art. 22. A Presidncia do Tribunal de Justia, rgo comfuno jurisdicional e administrativa, dirigida pelo presiden-te, a quem compete, tambm, a chefia e a representao do Po-der Judicirio do Estado.

    Art. 23. Junto Presidncia do Tribunal de Justia funcio-nar a Coordenadoria da Infncia e da Juventude do Estado, r-go permanente de assessoramento, dirigido por magistrado comcompetncia jurisdicional ou reconhecida experincia na rea.

    Pargrafo nico. Resoluo do Tribunal de Justia dis-por sobre a composio, o funcionamento e as atribuies daCoordenadoria da Infncia e da Juventude do Estado.

    Subseo IIIDa Vice-Presidncia do Tribunal de Justia

    Art. 24. A Vice-Presidncia do Tribunal de Justia, r-

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 29

    go com funo jurisdicional e administrativa, dirigida pelovice-presidente do Tribunal de Justia.

    Subseo IVDa Corregedoria-Geral de Justia

    Art. 25. A Corregedoria-Geral de Justia, rgo decorreio, disciplina e orientao administrativa, com jurisdi-o em todo o Estado, dirigida por um desembargador, com ottulo de corregedor-geral de Justia, auxiliado por juzescorregedores.

    Art. 26. Os juzes corregedores so indicados pelocorregedor-geral de Justia dentre os juzes de direito de ter-ceira entrncia e aprovados pelo voto da maioria simples dosmembros do Tribunal de Justia, em sesso pblica e por vota-o aberta, nominal e fundamentada.

    1 Uma vez designado para exercer a funo de juizcorregedor, o juiz fica afastado de suas funes ordinrias at ofim do encargo.

    2 vedada a cumulao da funo de juiz corregedorcom o exerccio de jurisdio eleitoral.

    3 A designao do juiz corregedor considerar-se- fin-da com o trmino do mandato do corregedor-geral de Justia.

    4 O juiz corregedor poder ser dispensado da funo apedido ou mediante proposta do corregedor-geral de Justia,dirigida ao Tribunal de Justia.

    5 Em nenhuma hiptese, o juiz corregedor poder ser-vir por mais de quatro anos, consecutivos ou alternados.

    Art. 27. O juiz corregedor exercer suas atribuies re-lativas aos juzes e servidores da Justia em exerccio no pri-meiro grau de jurisdio por delegao do corregedor-geralde Justia.

    Art. 28. O corregedor-geral de Justia, durante o manda-to, fica afastado de suas funes ordinrias, salvo a de vogalperante o Tribunal Pleno e a de relator de processo administra-tivo perante o Tribunal Pleno e o Conselho da Magistratura.

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    Art. 29. O corregedor-geral de Justia visitar, anual-mente, no mnimo, seis comarcas em correio geral ordinria,sem prejuzo das correies extraordinrias, gerais ou parci-ais, que entenda fazer, ou haja de realizar por determinao doConselho da Magistratura.

    Art. 30. O corregedor-geral de Justia atestar, para efeitode percepo de subsdio e dirias, o exerccio e o deslocamen-to, seu e dos juzes corregedores, a servio da Corregedoria-Geral de Justia.

    Pargrafo nico. O corregedor-geral de Justia tambmatestar, para efeito de percepo de vencimentos e dirias, oexerccio e o deslocamento dos servidores lotados naCorregedoria-Geral de Justia.

    Art. 31. Junto Corregedoria-Geral de Justia funciona-r a Comisso Estadual Judiciria de Adoo Ceja, Autorida-de Central Estadual, rgo sujeito sua superviso e controle,que ter composio e competncia dispostas em lei.

    Art. 32. A Corregedoria-Geral de Justia ser ouvida,obrigatoriamente, sobre a convenincia da remoo de presopara cumprimento de pena em estabelecimento prisional loca-lizado em outra unidade da jurisdio, desde que haja divergn-cia entre os juzes envolvidos.

    Art. 33. Resoluo do Tribunal de Justia dispor sobreo Regimento Interno da Corregedoria-Geral de Justia.

    Art. 34. O Tribunal de Justia prover os meios necess-rios Corregedoria-Geral de Justia, para a consecuo de seusfins institucionais, conforme dotao oramentria do PoderJudicirio.

    Seo VIDas Comisses

    Art. 35. O Tribunal de Justia poder constituir comis-ses permanentes ou temporrias.

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 31

    1 O Regimento Interno do Tribunal de Justia dispo-r sobre a constituio e as atribuies das comisses perma-nentes.

    2 As comisses temporrias tero sua composio eatribuies dispostas em Resoluo do Tribunal de Justia.

    Seo VIIDa Escola Superior da Magistratura

    Art. 36. A Escola Superior da Magistratura (Esma), comsede na Capital, dirigida por um magistrado escolhido pelovoto da maioria simples dos membros do Tribunal de Justia,em sesso pblica e por votao aberta e nominal.

    Pargrafo nico. O diretor permanecer na funo pordois anos, permitida uma reconduo.

    Art. 37. O diretor da Esma atestar, para efeito de per-cepo de verba remuneratria (inciso I, alnea b, art. 118 des-ta Lei) e de dirias, respectivamente, o exerccio na funo e oseu deslocamento a servio.

    Pargrafo nico. O diretor da Esma tambm atestar,para efeito de percepo de vencimentos e dirias, o exerccioe o deslocamento dos servidores lotados na Esma.

    Art. 38. Resoluo do Tribunal de Justia dispor so-bre o Regimento Interno da Esma, que definir a composio,a organizao e as atribuies dos integrantes da respectivaescola.

    Art. 39. O Tribunal de Justia prover os meios necess-rios Esma, para a consecuo de seus fins institucionais, con-forme dotao oramentria do Poder Judicirio.

    Seo VIIIDa Ouvidoria de Justia

    Art. 40. A Ouvidoria de Justia tem por misso servir decanal de comunicao direta entre o cidado e o Poder Judici-rio do Estado, com vistas a orientar, transmitir informaes e

  • 32 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    colaborar no aprimoramento das atividades desenvolvidas peloTribunal de Justia.

    Pargrafo nico. Resoluo do Tribunal de Justia dis-por sobre o Regimento Interno da Ouvidoria de Justia, quedefinir a composio, a organizao e as atribuies dos inte-grantes do respectivo rgo.

    CAPTULO IIDOS ANTEPROJETOS DE LEI E DOS PROJETOS

    DE RESOLUO

    Art. 41. Os anteprojetos de lei de iniciativa do Tribunalde Justia e os projetos de resoluo que disponham sobre ma-tria de sua competncia originria sero analisados pela res-pectiva comisso e, em seguida, iro ao plenrio do Tribunalde Justia para discusso e aprovao.

    1 A proposta de anteprojeto de lei e a iniciativa deresoluo ao Tr ibunal de Jus t ia cabero a qualquerdesembargador, salvo quando o respectivo anteprojeto ou ini-ciativa de resoluo dispuserem sobre proposta que impliqueem aumento de despesa, hiptese em que a propositura serexclusiva do presidente do Tribunal de Justia.

    2 Os anteprojetos de lei tero quorum de instalao dedois teros dos membros do Tribunal de Justia e quorum deaprovao de maioria absoluta.

    3 Os projetos de resoluo tero quorum de instalaode trs quintos dos membros do Tribunal de Justia e quorumde aprovao de maioria absoluta.

    4 Se no for alcanada a maioria absoluta, necessria aprovao de anteprojeto de lei ou de resoluo do Tribunalde Justia, estando ausentes desembargadores em nmero quepossa inf luir no resultado, a deliberao ser suspensa, a fimde se aguardar o comparecimento dos desembargadores au-sentes, at que se atinja o nmero necessrio para aprovaoou rejeio.

    5 O Regimento Interno do Tribunal de Justia disporsobre o procedimento para a elaborao e aprovao dos ante-projetos de lei e de resoluo.

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 33

    TTULO IIDO TRIBUNAL DO JRI

    Art. 42. H na sede de cada comarca, pelo menos umTribunal do Jri, com jurisdio em todo o territrio do res-pectivo foro, sendo sua organizao e competncia disciplina-das na Constituio Federal e no Cdigo de Processo Penal.

    Art. 43. O Tribunal do Jri reunir-se- ordinariamente:I - nas comarcas com mais de um Tribunal do Jri, por,

    no mnimo, cinco perodos mensais, nos meses de fevereiro adezembro, ficando a cargo do juiz a designao das sesses deinstruo e julgamento;

    II nas demais comarcas, por quatro perodos mensais,nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro, ficando a car-go do juiz a designao das sesses de instruo e julgamento.

    1 Quando, por motivo de fora maior, no houver reu-nio do Tribunal do Jri na poca determinada, dever reali-zar-se no ms seguinte.

    2 Em carter excepcional, a critrio do juiz-presiden-te ou por determinao do Conselho da Magistratura, o Tribu-nal do Jri reunir-se- extraordinariamente.

    Art. 44. Nas comarcas com mais de um Tribunal do Jri,a pedido do juiz, ouvida a Corregedoria-Geral de Justia, oPresidente do Tribunal de Justia poder designar juiz de di-reito da circunscrio judiciria respectiva para auxiliar nasatividades forenses da vara.

    TTULO IIIDO JUIZ DE DIREITO E DO JUIZ SUBSTITUTO

    CAPTULO IDAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 45. A magistratura estadual de primeiro grau for-mada por juiz de direito, juiz de direito auxiliar e juiz substitu-to, com jurisdio nas reas de competncia dispostas nesta Lei.

  • 34 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    Seo IDo Juiz de Direito

    Art. 46. H, em cada comarca, tantos juzes de direitoquantos forem os juzos nela instalados, devendo as correspon-dentes esferas de competncia ser distribudas na conformida-de do disposto nesta Lei e na legislao federal.

    Seo IIDo Juiz de Direito Auxiliar

    Art. 47. Os juzes de direito auxiliar provero osJuizados Auxiliares da Primeira, Segunda, Terceira, Quarta,Quinta e Sexta Circunscries Judicirias do Estado e terojurisdio nas comarcas integrantes das respectivas circuns-cries.

    Seo IIIDo Juiz Substituto

    Art. 48. O cargo inicial na magistratura de carreira doEstado o de juiz substituto.

    1 Aps ser empossado no cargo, o juiz substituto serdesignado pelo Tribunal de Justia para cumprir o binioprobatrio no exerccio de comarca de primeira entrncia queestiver vaga.

    2 Excepcionalmente, o Tribunal de Justia poder de-signar o juiz substituto para cumprir o binio probatrio noexerccio de unidade judiciria integrante de comarca de se-gunda entrncia, desde que esteja vaga e no haja juiz de direitointeressado no seu provimento.

    Art . 49. Aps cumprir o binio probatrio e servitaliciado, o juiz substituto poder concorrer promoo paracomarca de primeira entrncia.

    Pargrafo nico. A promoo prevista no caput deste ar-tigo observar os princpios expressos na Constituio Federale em lei.

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    CAPTULO IIDAS FORMAS DE PROVIMENTO DE CARGO

    DE MAGISTRADO E DA VACNCIA

    Seo IDas Formas de Provimento de Cargo de Magistrado

    Art. 50. So formas de provimento de cargo de magistra-do estadual:

    I nomeao;II remoo por interesse pblico;III remoo a pedido;IV promoo;V acesso ao Tribunal de Justia;VI permuta;VII reverso;VIII reintegrao.Pargrafo nico. Salvo nos casos dos incisos II, VI e VIII,

    as demais formas de provimento sero precedidas, sob pena denulidade, de ato declaratrio de vacncia do cargo, na formadisposta nesta Lei.

    Seo IIDa Vacncia de Cargo de Magistrado

    Art. 51. A vacncia de cargo de magistrado estadual de-correr de:

    I exonerao;II perda do cargo;III promoo;IV remoo;V aposentadoria;VI disponibilidade por interesse pblico;VII instalao de unidade judiciria;VIII ineficcia da nomeao, se o nomeado no tomar

    posse no prazo legal;IX ineficcia da posse, se o empossado no entrar em

    exerccio no prazo legal;X falecimento.

  • 36 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    Pargrafo nico. Ocorrendo quaisquer das hipteses pre-vistas nos incisos I a X deste artigo, o Tribunal de Justia de-clarar a vacncia do cargo.

    Subseo IDa Vacncia de Cargo de Magistrado de Carreira

    Art. 52. O ato declaratrio de vacncia do cargo de ma-gistrado de carreira ser publicado por edital, numeradosequencialmente, com prazo de cinco dias, do qual constar ocargo a ser provido e a ordem de data da vacncia.

    Pargrafo nico. O edital observar os critrios de anti-guidade e merecimento, e tambm o seguinte:

    I ocorrida a vacncia na mesma data, a precednciaser do cargo vinculado comarca ou vara mais antiga;

    II ocorrendo a instalao de comarca ou vara na mesmadata, a precedncia ser determinada mediante sorteio realiza-do em sesso do Tribunal de Justia.

    Art. 53. Decorrido o prazo do edital de vacncia paraprovimento do cargo sem a habilitao de concorrentes, o mes-mo ficar vago aguardando o surgimento de interessados, opor-tunidade em que o Tribunal de Justia, de ofcio ou a requeri-mento, renovar a publicao do edital obedecidos os mesmosrequisitos do edital anterior.

    Subseo IIDa Vacncia de Cargo de Magistrado Advindo

    do Quinto Constitucional

    Art. 54. Declarado o ato de vacncia do cargo de magis-trado advindo do Ministrio Pblico e da Advocacia, sero ofi-ciados aos rgos de representao das respectivas classes, paraque indiquem, em lista sxtupla, os nomes dos advogados emembros do Ministrio Pblico, para fins de formao de listatrplice pelo Tribunal de Justia.

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 37

    CAPTULO IIIDO INGRESSO NA MAGISTRATURA DE CARREIRA

    Art. 55. O ingresso na magistratura de carreira far-se-mediante concurso pblico.

    Art. 56. O concurso pblico ser de provas e ttulos, coma participao da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccionalda Paraba, em todas as fases.

    Pargrafo nico. As provas sero classificatrias e eli-minatrias; e os ttulos apenas classificatrios.

    Art. 57. A disciplina do concurso para ingresso na ma-gistratura ser feita mediante edital, elaborado conformeregramento nacional vigente.

    Art. 58. O Tribunal de Justia constituir comisso doconcurso, integrada por cinco membros, sendo quatro escolhi-dos dentre desembargadores e juzes que integram a terceiraentrncia e um representante da Ordem dos Advogados do Bra-sil - Seccional da Paraba.

    1 A comisso do concurso ser presidida por umdesembargador indicado pelo Tribunal de Justia.

    2 A comisso do concurso poder designar comissoexaminadora para as provas escrita e oral.

    Art. 59. O magistrado que integrar a comisso do con-curso ou a comisso examinadora, quando designada, poderse afastar das suas funes jurisdicionais por at quinze dias,prorrogveis por igual perodo, para a elaborao das questese correo das provas, salvo a oral.

    Art. 60. A comisso do concurso elaborar o edital, quedever especificar obrigatoriamente:

    I - o prazo para a inscrio, que ser de, no mnimo,trinta dias, contados da ltima ou nica publicao no DirioOficial;

    II o local e o horrio de inscrio;III - o valor da inscrio, que no pode ser superior a um

  • 38 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    por cento do subsdio bruto atribudo em lei para o cargo dis-putado; e as hipteses de iseno de seu pagamento;

    IV o contedo das disciplinas objeto de avaliao;V o cronograma estimado de realizao das provas;VI - o quantitativo dos cargos de juiz substituto vagos;VII - o subsdio inicial da carreira;VIII o quantitativo de vagas destinadas a portadores de

    deficincia, calculado no percentual de cinco por cento do total;IX os requisitos para o ingresso na carreira;X a composio da comisso do concurso e da comis-

    so examinadora, quando designada, com os respectivos su-plentes;

    XI a fixao objetiva da pontuao de cada ttulo.Pargrafo nico. As especificaes enumeradas neste ar-

    tigo no obstam que a comisso do concurso resolva os casosomissos.

    Art. 61. O Tribunal de Justia poder celebrar convnioou contratar os servios de instituio especializada, de not-rio conceito tcnico e de idoneidade reconhecida, para a elabo-rao, aplicao e correo das provas do concurso.

    Art. 62. A comisso do concurso e a comisso examina-dora, quando designada, soberanas em suas avaliaes e deci-ses asseguraro o sigilo das provas escritas, resguardando aidentificao dos candidatos at a publicao dos resultados.

    Art. 63. No poder compor a comisso do concurso, nema comisso examinadora, quando designada, o magistrado que:

    I se enquadrar nos casos de suspeio e de impedimen-to previstos em lei;

    II - exercer atividade de magistrio em cursos formais ouinformais voltados preparao de candidatos a concurso p-blico para ingresso na carreira da magistratura;

    III tiver cnjuge, companheiro ou parente natural, ci-vil ou por vnculo de afinidade, na linha reta ou colateral, at oterceiro grau, inclusive, com candidato inscrito no certame;

    IV tiver servidor que lhe seja hierarquicamente subor-dinado; ou subordinado ao seu cnjuge, companheiro ou paren-

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    te natural, civil ou por vnculo de afinidade, na linha reta oucolateral, at o terceiro grau, inclusive, cuja inscrio haja sidodeferida;

    V participar de sociedade, como administrador ou no,em cursos formais ou informais voltados preparao de can-didatos a concurso pblico para ingresso na carreira da magis-tratura.

    1 O magistrado que exercer a atividade descrita noinciso II deste artigo; ou detiver participao societria na for-ma disposta no inciso V deste artigo, estar impedido de inte-grar a comisso do concurso e a comisso examinadora, quan-do designada, at trs anos contados da cessao das respecti-vas atividades.

    2 Os motivos de suspeio e de impedimento discrimina-dos neste artigo devero ser comunicados por escrito ao presiden-te da comisso do concurso, at cinco dias teis a contar da publi-cao da relao dos candidatos inscritos no Dirio Oficial.

    Art. 64. Se os impedimentos de que tratam os incisos I,II, III, IV e V do art. 63 desta Lei atingir a totalidade dos mem-bros do Tribunal de Justia, a comisso do concurso e a comis-so examinadora, quando designada, sero constitudas exclu-sivamente por juzes que integram a terceira entrncia, os quaissero convocados aps indicao do presidente da comisso doconcurso e aprovao do Tribunal de Justia.

    Pargrafo nico. Sero aplicados ao juiz convocado na for-ma disposta no caput deste artigo os motivos de impedimentodescritos nos incisos I, II, III, IV e V do art. 63 desta Lei.

    Art. 65. vedado ao magistrado impedido pelas razesdispostas nos incisos I, II, III, IV e V do art. 63 desta Lei, estarpresente s sesses e participar do julgamento de eventuaisimpugnaes que envolvam o concurso.

    Art. 66. A homologao do concurso atender ao dispos-to no Regimento Interno do Tribunal de Justia.

    Art. 67. Ao candidato aprovado ser assegurado o di-reito de:

  • 40 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    I renunciar antes da nomeao ordem de classificaopara efeito de nomeao, caso em que ser deslocado para oltimo lugar da lista dos classificados;

    II - escolher a circunscrio judiciria onde houver car-go disponvel na ocasio e, dentro desta, a unidade judiciriade sua preferncia, observada a ordem de classificao.

    CAPTULO IVDA NOMEAO E DA INVESTIDURA

    Seo IDa Nomeao

    Art. 68. A nomeao dos candidatos aprovados no con-curso pblico ser feita pelo Presidente do Tribunal de Justia,observada a ordem de classificao.

    Pargrafo nico. Antes da nomeao, o Tribunal de Jus-tia dever divulgar a relao de todas as unidades judiciriasdisponveis, com a indicao da respectiva circunscrio, paraa escolha dos candidatos.

    Seo IIDa Investidura

    Art. 69. O juiz nomeado tomar posse no prazo de trintadias contados da publicao do ato de nomeao.

    1 O presidente do Tribunal de Justia poder, median-te requerimento escrito do interessado, prorrogar por at trintadias o prazo a que faz referncia o caput deste artigo.

    2 A nomeao ficar sem efeito se a posse no ocorrerno prazo estabelecido no caput deste artigo, ou, se for o caso,quando findo o prazo de prorrogao deferido pelo presidentedo Tribunal de Justia, na forma disposta no 1 deste artigo.

    Art. 70. A posse poder efetivar-se mediante procuraocom poderes especficos.

    Art. 71. No ato da posse, o nomeado apresentar a rela-

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 41

    o de bens e valores que constituem o seu patrimnio e presta-r compromisso legal.

    Art. 72. O ato de posse depender de prvia avaliaomdica e psicolgica oficial, somente podendo ser empossadoaquele que for julgado, em laudo motivado, apto, fsica e men-talmente, para o exerccio do cargo.

    Art. 73. O termo de posse, lanado em livro prprio esubscrito pelo servidor que o lavrar, ser assinado pela autori-dade que presidir o ato e pelo empossando ou seu procurador.

    Art. 74. O empossado entrar no exerccio do cargo den-tro de quinze dias, contados da data da posse, sob pena de serdeclarado sem efeito o ato de posse e a respectiva nomeao.

    CAPTULO VDO PROCESSO DE VITALICIAMENTO

    Art. 75. O processo de vitaliciamento do juiz substituto,com durao de dois anos, se inicia com o efetivo exerccio docargo.

    Art. 76. Constituir etapa obrigatria do processo devitaliciamento a participao do juiz substituto em curso oficialou reconhecido de formao e aperfeioamento de magistrado.

    Pargrafo nico. Resoluo do Tribunal de Justia dis-por sobre as fases e a carga horria do curso de vitaliciamentodo juiz substituto.

    Art. 77. O desempenho funcional do juiz substituto seracompanhado pela Corregedoria-Geral de Justia, que, at cen-to e vinte dias antes de findar o binio, encaminhar relatriocircunstanciado sobre cada magistrado ao Conselho da Magis-tratura.

    Art. 78. O Conselho da Magistratura, no prazo de attrinta dias, a contar do recebimento do relatrio, submete-

  • 42 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    r deciso do Tribunal de Justia parecer sobre a idonei-dade moral, a conduta social, a capacidade intelectual, aadaptao ao cargo e s funes desenvolvidas pelo juizsubstituto.

    1 O parecer valorar a atividade jurisdicional do juizsubstituto no perodo de exerccio do cargo, opinando quanto aquisio ou no da vitaliciedade.

    2 Se o parecer for contrrio ao vitaliciamento do juizsubstituto, ser este intimado, pessoalmente, para apresentardefesa no prazo de dez dias.

    Art. 79. Cumpridas as formalidades dispostas nos arts.77 e 78, 1 e 2, desta Lei, o Tribunal de Justia, pelo votode dois teros de seus membros, deliberar:

    I pelo vitaliciamento; ouII pela perda do cargo do juiz substituto (CF, inciso I,

    art. 95).Pargrafo nico. Deliberando o Tribunal de Justia pela

    perda do cargo, o presidente expedir de imediato, o ato deexonerao, que dever ser publicado antes de completado obinio do estgio probatrio.

    Art. 80. O recebimento pelo Tribunal de Justia de acu-sao formulada contra juiz substituto, em processo adminis-t ra t ivo d i sc ip l inar, suspender o curso do prazo devitaliciamento.

    CAPTULO VIDA MOVIMENTAO VOLUNTRIA NA CARREIRA

    Art. 81. A movimentao voluntria dar-se- por meioda remoo e da permuta de uma unidade judiciria para outrada mesma entrncia, da promoo de uma entrncia para outramais elevada e do acesso ao Tribunal de Justia.

    1 A remoo, a promoo e o acesso far-se-o por anti-guidade e merecimento, alternadamente.

    2 Tratando-se de remoo ou promoo, a antiguidadee o merecimento sero apurados na respectiva entrncia.

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 43

    3 Tratando-se de acesso ao Tribunal de Justia, a anti-guidade e o merecimento sero apurados na terceira entrncia.

    Art. 82. Ao provimento inicial e promoo preceder aremoo.

    Art. 83. A remoo, a promoo e o acesso por mereci-mento pressupem dois anos de efetivo exerccio na respectivaentrncia e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista deantiguidade.

    Pargrafo nico. No havendo magistrado com tais re-quisitos que aceite o lugar vago, podero concorrer os juzesque integram a segunda quinta parte da lista e, assim, sucessi-vamente.

    Art. 84. A movimentao na carreira por antiguidade oumerecimento atender ao disposto na Constituio Federal eem lei.

    Ar t . 85 . No ser movimentado o ju iz que,injustificadamente, retiver autos em seu poder alm do prazolegal, conforme apurado em correio ou procedimento pr-prio, vedada a devoluo dos autos ao cartrio sem o devidodespacho ou deciso.

    1 Na hiptese prevista no caput deste artigo, ao juizsero assegurados a ampla defesa e o contraditrio, median-te deciso da maioria absoluta dos membros do Tribunal deJustia.

    2 No configura reteno injustificada de autos, den-tre outros casos de fora maior, quando:

    I o nmero mensal de sentenas proferidas pelo juizsuperar o nmero de feitos distribudos respectiva unidadejudiciria no mesmo perodo;

    II o efetivo exerccio pelo juiz na unidade judiciriativer ocorrido h menos de seis meses;

    III - houver insuficincia de recursos humanos, repre-sentada pelo no provimento de todos os cargos da unidadejudiciria provida pelo juiz ou o no exerccio efetivo de pelomenos um tero dos seus servidores;

  • 44 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    IV houver insuficincia de recursos materiais;V o juiz exercer as suas funes em mais de uma unida-

    de judiciria por mais de trinta dias consecutivos.

    Art. 86. No se exigir do juiz certido para comprova-o da observncia regular dos prazos processuais.

    CAPTULO VIIDO PROCEDIMENTO PARA PROVIMENTO DE CARGO

    Seo IDo Provimento de Cargo por Merecimento

    Art. 87. No prazo do edital de vacncia de cargo a serprovido por merecimento, o juiz interessado no seu provimen-to requerer ao Tribunal de Justia sua inscrio, conforme ocaso, remoo, promoo ou ao acesso ao cargo vago.

    1 Os requisitos para a inscrio no concurso devero seratendidos na data do trmino do prazo do edital de concorrncia.

    2 O candidato poder desistir da inscrio at o dia davotao, por ato irretratvel e irrevogvel.

    3 Encerrado o prazo do edital de vacncia, o Tribunalde Justia, em sesso pblica e por votao aberta, nominal efundamentada, indicar em lista trplice, quando possvel, osnomes dos candidatos ao provimento do cargo.

    4 Sero classificados para a composio da lista trpliceos juzes que obtiverem, no primeiro escrutnio, a maioria ab-soluta de votos dos membros do Tribunal de Justia.

    5 No completada a lista no primeiro escrutnio, serrealizado um segundo, onde sero classificados os juzes queobtiverem maioria simples de votos.

    6 Ao segundo escrutnio concorrero os juzes maisvotados, em nmero igual ao dobro dos lugares a serem preen-chidos na lista.

    7 Ocorrendo empate entre os concorrentes, quer paraefeito de classificao, quer para efeito de concorrncia a novoescrutnio, ser realizada nova votao, limitando-se os sufr-gios aos nomes dos candidatos que houverem empatado.

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 45

    8 Persistindo o empate, o presidente do Tribunal deJustia proferir voto de desempate.

    Art. 88. O cargo vago ser provido pelo juiz classificadona lista trplice que obtiver o maior nmero de votos dos mem-bros do Tribunal de Justia.

    Art. 89. No poder ser votado para integrar lista trplicepara provimento de cargo por merecimento o juiz que houverrecebido sano administrativo-disciplinar de censura ou su-perior h menos de um ano.

    Seo IIDo Provimento de Cargo por Consecutividade ou

    Alternncia em Lista de Merecimento

    Art. 90. obrigatria a remoo, a promoo ou o aces-so do juiz que figurar por trs vezes consecutivas ou cinco ve-zes alternadas em lista de merecimento.

    1 Havendo mais de um juiz entre os integrantes da listade merecimento, com as condies referidas no caput deste ar-tigo, o cargo vago ser provido pelo juiz mais votado; persis-tindo o empate, o presidente do Tribunal de Justia proferirvoto de desempate.

    2 Na hiptese do 1 deste artigo, ser assegurado aovencido o direito de figurar nas prximas listas de merecimento,se o requerer, constituindo direito subjetivo sua automtica re-moo, promoo ou acesso por merecimento vaga seguinte.

    Art. 91. A consecutividade em lista de merecimento serinterrompida, quando o juiz, havendo figurado em lista anteri-or, requerer a sua inscrio para compor nova lista, tiver seunome submetido votao e no lograr xito.

    Seo IIIDo Provimento de Cargo por Antiguidade

    Art. 92. No prazo do edital de vacncia de cargo a serprovido por antiguidade, o juiz interessado no seu provimento

  • 46 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    requerer ao Tribunal de Justia sua indicao, conforme ocaso, remoo, promoo ou ao acesso ao cargo vago.

    Pargrafo nico. Encerrado o prazo do edital, o Tribunalde Justia, em sesso pblica, por votao aberta, nominal efundamentada, indicar o nome do juiz mais antigo constanteda lista de antiguidade.

    Art. 93. Na apurao da antiguidade para efeito de pro-vimento de cargo, o Tribunal de Justia somente poder re-cusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois ter-os de seus membros, conforme procedimento prprio e as-segurada a ampla defesa, repetindo-se a votao at fixar-sea indicao.

    1 Havendo recusa, o juiz recusado no perder sua co-locao na lista de antiguidade, devendo o Tribunal de Justiaapreciar seu nome sempre que ocorrer vaga a ser provida porantiguidade e qual possa concorrer.

    2 O Regimento Interno do Tribunal de Justia disporsobre o procedimento para a recusa de juiz na forma previstano caput deste artigo.

    CAPTULO VIIIDA PERMUTA

    Art. 94. A permuta dar-se- entre juzes de igual entrnciae atender ao seguinte:

    I os juzes permutantes devero estar em exerccio narespectiva entrncia h pelo menos dois anos;

    II a aferio do merecimento dar-se-, conforme o de-sempenho, pelos critrios objetivos de produtividade e pres-teza no exerccio da jurisdio, bem como pela frequncia eaproveitamento em cursos de aperfeioamento oficiais ou re-conhecidos.

    Art. 95. Ser indeferida a permuta, quando qualquer dosinteressados:

    I retiver autos em seu poder, injustificadamente, almdo prazo legal;

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 47

    II estiver em condies de ser o primeiro promovidopor antiguidade;

    III houver completado tempo para a aposentadoria fa-cultativa;

    IV estiver a menos de um ano da aposentadoria com-pulsria;

    V houver sofrido sano administrativo-disciplinar hmenos de um ano;

    VI houver figurado em lista de promoo ou remoo namesma entrncia da unidade judiciria que se pretende permutar;

    VII estiver inscrito em concurso de promoo ou remoo.

    Art. 96. A permuta somente poder ser realizada umanica vez na entrncia, vedada a reverso entre os permutantes.

    Art. 97. O pedido de permuta ser publicado atravs deedital, consignando-se prazo de dez dias para eventuaisimpugnaes pelos juzes interessados.

    Pargrafo nico. Havendo impugnao, os juzespermutantes sobre ela sero ouvidos no prazo de dez dias.

    Art. 98. O pedido de permuta ser aprovado pelo Tribunalde Justia, pelo voto da maioria simples de seus membros, emsesso pblica e por votao aberta, nominal e fundamentada.

    Art. 99. Os juzes permutantes assumiro o exerccio donovo cargo no prazo de trinta dias, contados da publicao doato que efetivar a permuta, salvo se esta ocorrer na mesmacomarca, quando o prazo ser de dez dias.

    CAPTULO IXDA ANTIGUIDADE E DO MERECIMENTO

    Seo IDa Antiguidade

    Art. 100. A antiguidade do juiz ser apurada:I pelo efetivo exerccio na entrncia;

  • 48 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    II pelo efetivo exerccio na carreira;III pela ordem de classificao no concurso pblico;IV pelo tempo de servio pblico;V pela idade.Pargrafo nico. Sero contados como de efetivo exerc-

    cio, para efeito de antiguidade, os perodos de licena e de afas-tamento autorizados por esta Lei.

    Subseo IDa Lista de Antiguidade

    Art. 101. A lista de antiguidade dos juzes ser revistasemestralmente, devendo ser includos os novos juzes e exclu-dos os juzes falecidos, aposentados, em disponibilidade porinteresse pblico, e os que hajam perdido o cargo.

    1 A lista provisria ser elaborada e homologada peloTribunal de Justia, para o primeiro semestre, at o dia trinta e umde janeiro; e, para o segundo semestre, at o dia trinta e um de julho.

    2 O interessado que se sentir preterido poder ofere-cer impugnao lista provisria no prazo de dez dias, conta-dos de sua publicao.

    3 Oferecida impugnao, ser facultada vista, abrin-do-se prazo de dez dias para apresentao de defesa pelos inte-ressados diretos na alterao da lista.

    4 Julgada procedente a impugnao, ser republicadaa lista com as alteraes efetuadas.

    5 Decorrido o prazo sem impugnao, ou rejeitada aimpugnao oferecida, a lista se tornar definitiva e passar aviger at ser substituda pela nova lista a ser elaborada no se-mestre seguinte.

    Seo IIDo Merecimento

    Art. 102. O merecimento do magistrado, para fins de mo-vimentao voluntria na carreira, consiste na avaliao do seudesempenho, produtividade e presteza, observados os critriosobjetivos estabelecidos na Constituio Federal (alnea c, incisoII, art. 93), e em resoluo do Tribunal de Justia.

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 49

    CAPTULO XDA REVERSO E DA REINTEGRAO

    Seo IDa Reverso

    Art. 103. A reverso dar-se-:I na aposentadoria por invalidez, quando atestado, por

    laudo mot ivado de junta mdica o f ic ia l , o p lenorestabelecimento do magistrado, no subsistindo os motivos daaposentadoria;

    II na aposentadoria voluntria, no interesse da Admi-nistrao, desde que atestada por laudo motivado de junta m-dica oficial, a aptido fsica e mental do magistrado para o exer-ccio do cargo.

    1 Na hiptese do inciso I deste artigo, encontrando-seprovido o cargo, o magistrado ficar em disponibilidade at aocorrncia de cargo vago.

    2 Na hiptese do inciso II deste artigo, a reverso so-mente poder ser deferida mediante solicitao do magistradoe desde que:

    a) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteri-ores solicitao;

    b) haja cargo vago.

    Art. 104. O cargo vago a que faz referncia a alnea b, 2, do art. 103 desta Lei dever pertencer entrncia na qual sedeu a aposentadoria.

    Art. 105. A reverso dar-se- por votao de dois terosdos membros do Tribunal de Justia.

    Art. 106. Tornar-se- sem efeito o ato de reverso se o magis-trado no entrar em exerccio no prazo de quinze dias, contados dapublicao da deciso a que faz referncia o art. 105 desta Lei.

    Art. 107. So assegurados ao magistrado que reverter atividade os mesmos direitos, garantias e vantagens do juiz emefetivo exerccio.

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    Art. 108. No se dar a reverso se houver candidatoaprovado em concurso pblico, em condies de nomeao.

    Art. 109. A reverso, no interesse da Administrao, fi-car sujeita existncia de dotao oramentria e financeira.

    Seo IIDa Reintegrao

    Art. 110. A reintegrao a reinvestidura do magistradono cargo anteriormente ocupado.

    Art. 111. Dar-se- a reintegrao:I - em se tratando de magistrado no vitalcio, quando

    invalidada a sua exonerao ou perda do cargo por meio dedeciso administrativa ou judicial;

    II - em se tratando de magistrado vitalcio, quando inva-lidada ou rescindida, pelo Poder Judicirio, a deciso judicialque decretar a perda do cargo.

    Pargrafo nico. Em qualquer das hipteses, ao magis-trado sero atribudas todas as vantagens a que teria direito, seestivesse no exerccio da funo.

    Art. 112. Quando o cargo anteriormente ocupado hou-ver sido extinto, o magistrado ficar em disponibilidade.

    Art. 113. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventualocupante ser posto em disponibilidade, se no houver possibilida-de de designao para auxiliar em outra comarca de igual entrncia.

    CAPITULO XIDA REMUNERAO

    Seo IDo Subsdio

    Art. 114. O magistrado remunerado exclusivamente porsubsdio fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qual-quer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de represen-

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 51

    tao ou outra espcie remuneratria, nos termos da Constitui-o Federal.

    Art. 115. O subsdio do desembargador de noventa vr-gula vinte cinco por cento do subsdio mensal, em espcie, doministro do Supremo Tribunal Federal.

    Art. 116. O subsdio do juiz de primeiro grau de jurisdi-o ser fixado em lei de iniciativa do Tribunal de Justia eescalonado por entrncia.

    Pargrafo nico. O subsdio mensal do juiz substituto serigual ao subsdio do juiz de primeira entrncia, independente-mente da classificao da entrncia em que exera a jurisdio.

    Art. 117. O juiz substituto ter direito ao subsdio e svantagens do cargo a partir da entrada em exerccio.

    Seo IIDas Verbas Remuneratrias e Indenizatrias

    No Abrangidas pelo Subsdio

    Art. 118. O magistrado ter direito s seguintes verbasremuneratrias e indenizatrias no abrangidas pelo subsdio:

    I verbas remuneratrias:a) pelo exerccio da Presidncia e Vice-Presidncia do

    Tribunal de Justia e da Corregedoria-Geral de Justia, no va-lor correspondente a quinze por cento do subsdio do respecti-vo titular;

    b) pelo exerccio da funo de diretor da Esma, no va-lor correspondente a dez por cento do subsdio do respectivotitular;

    c) pelo exerccio da diretoria de frum, atendido o se-guinte:

    1. nos fruns com at duas unidades judicirias, no valorcorrespondente a cinco por cento do subsdio do respectivotitular;

    2. nos fruns com trs ou quatro unidades judicirias, novalor correspondente a seis por cento do subsdio do respecti-vo titular;

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    3. nos fruns com cinco a doze unidades judicirias, novalor correspondente a oito por cento do subsdio do respecti-vo titular; e

    4. nos fruns com treze ou mais unidades judicirias, novalor correspondente a dez por cento do subsdio do respectivotitular.

    d) pelo exerccio cumulativo de unidade judiciria, namesma ou em outra comarca de entrncia igual ou inferior, porum perodo mnimo de trinta dias, limitada a uma acumulao,no valor correspondente a diferena de entrncia ou instnciasuperior;

    e) pelo exerccio, cumulativo ou no, de unidade judici-ria integrante de comarca de entrncia superior entrncia dorespectivo juiz, por um perodo mnimo de trinta dias, limita-da a uma acumulao, no valor correspondente diferena deentrncia superior;

    f) pelo exerccio em comarca de difcil provimento, as-sim definida nesta Lei (art. 304), no valor correspondente adez por cento do subsdio do respectivo juiz;

    g) pelo exerccio da coordenadoria estadual dos juizadosespeciais e da coordenadoria estadual da infncia e da juventu-de, no valor correspondente a cinco por cento do subsdio dorespectivo titular;

    h) pelo exerccio, em substituio, de funo jurisdicionalno Tribunal de Justia e de funo administrativa de juiz auxi-liar da Presidncia ou da Vice-Presidncia do Tribunal de Jus-tia, por um perodo mnimo de trinta dias, no valor corres-pondente diferena de instncia;

    i) pela participao em turma recursal dos juizados espe-ciais, na forma da lei;

    j) referentes ao dcimo terceiro salrio, no valor de umsubsdio mensal do respectivo magistrado;

    l) referentes a um tero constitucional de frias, na fra-o de um tero do subsdio mensal do respectivo magistrado.

    II verbas indenizatrias:a) ajuda de custo para atender despesas efetivamente rea-

    lizadas e comprovadas com mudana e transporte de umacomarca para outra, decorrentes de promoo, no percentualde at quinze por cento do subsdio do juiz no novo cargo;

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    b) dirias para atender as despesas decorrentes do deslo-camento do magistrado, a servio, dentro ou fora do territriodo Estado ou do territrio nacional, em valor fixado em reso-luo do Tribunal de Justia;

    c) indenizao para atender despesas efetivamente reali-zadas e comprovadas, decorrentes do transporte do magistra-do, a servio, dentro ou fora do territrio do Estado;

    d) abono de permanncia em servio, no mesmo valor dacontribuio previdenciria;

    e) auxlio-funeral, para fazer face s despesas do funeralde magistrado, no valor correspondente a cem por cento dosubsdio mensal ou dos proventos da aposentadoria do respec-tivo magistrado.

    1 A soma das verbas remuneratrias previstas nas al-neas a at i do inciso I deste artigo com o subsdio mensal nopoder exceder o teto remuneratrio constitucional.

    2 As verbas remuneratrias previstas nas alneas j e ldo inciso I deste artigo no podem exceder o valor do tetoremuneratrio constitucional, embora no se somem entre sinem com a remunerao do ms em que se der o pagamento.

    3 As verbas indenizatrias previstas nas alneas a, b, c,d e e do inciso II deste artigo ficam excludas da incidncia doteto remuneratrio constitucional.

    4 Alm das verbas remuneratrias e indenizatriasprevistas neste artigo, o magistrado ter direito a qualquer ou-tro benefcio que lhe for concedido por lei federal.

    Seo IIIDa Comprovao do Exerccio da Funo para Efeito de

    Recebimento de Subsdio ou Verba Remuneratria

    Art. 119. O exerccio da funo de magistrado ser com-provado, para efeito de recebimento de subsdio ou verbaremuneratria, da seguinte forma:

    I no segundo grau de jurisdio, por meio de folha or-ganizada pelo rgo competente do Tribunal de Justia, com ovisto do presidente;

    II no primeiro grau de jurisdio, por meio de folhaorganizada pelo rgo competente do Tribunal de Justia, com

  • 54 | LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE

    base nos dados coletados nas folhas elaboradas em cadacomarca, com o visto do diretor do frum, referendado pelopresidente do Tribunal de Justia.

    Seo IVDa Comprovao das Despesas para Efeito

    de Recebimento de Verba Indenizatria

    Art. 120. A comprovao das despesas para efeito de re-cebimento de verba indenizatria feita perante o rgo com-petente do Tribunal de Justia, em procedimento prprio, dis-posto em resoluo do Tribunal de Justia.

    CAPTULO XIIDAS FRIAS, DA LICENA E DA CONCESSO

    Seo IDas Disposies Gerais

    Art. 121. As frias, as licenas e os afastamentos deferidos aomagistrado atendero ao disposto na legislao federal e nesta Lei.

    Art. 122. As licenas e os afastamentos previstos nestaLei sero concedidos sem prejuzo do subsdio do magistradolicenciado ou afastado de suas funes.

    Art. 123. Resoluo do Tribunal de Justia dispor so-bre o procedimento para o deferimento do pedido de frias,licena e de concesso.

    Seo IIDas Frias

    Art. 124. O magistrado gozar, anualmente, frias indi-viduais pelo perodo fixado em lei federal.

    Art. 125. As frias do magistrado obedecero escalaelaborada pelo Tribunal de Justia.

  • LEI DE ORGANIZAO E DIVISO JUDICIRIAS LOJE | 55

    Art. 126. Os atos de promoo, remoo ou permuta nointerrompero as frias do magistrado.

    Seo IIIDa Licena

    Art. 127. Conceder-se- licena ao magistrado:I para tratamento de sade;II por motivo de doena em pessoa da famlia;III para o gozo de licena-maternidade e paternidade,

    pelo prazo previsto em lei.

    Art. 128. A licena para tratamento de sade ou por mo-tivo de doena em pessoa da famlia ser concedida pelo prazode at trinta dias, mediante atestado mdico.

    1 Excedendo o prazo previsto no caput deste artigo ouj havendo o magistrado gozado licena por igual perodo oupor perodo superior, nos ltimos doze meses, a licena serconcedida mediante inspeo de junta mdica oficial.

    2 Para efeito de concesso de licena ao magistrado,considera-se pessoa da famlia o cnjuge ou companheiro, osparentes em linha reta ou colateral, at o segundo grau, bemcomo o parente colateral em terceiro grau, estando subordina-da a concesso, neste ltimo caso, prova de existncia de de-pendncia econmica do parente em relao ao magistrado.

    3 O parentesco a que faz referncia o 2 deste artigoser natural, civil ou por vnculo de afinidade.

    Art. 129. A licena para tratamento de sade poder serconcedida de ofcio, quando for comprovado, atravs de laudomdico, que o magistrado est incapacitado para requer-la.

    Art. 130. A licena maternidade ser concedida magistrada em razo de nascimento, adoo, tutela ou guardajudicial para fins de adoo, mediante a apresentao de certi-do de nascimento ou de documento equivalente, na forma dalei estadual de regncia.

    1 magistrada que adotar, obtiver a tutela ou a guardajudicial de criana com at um ano de idade, sero concedidosnoventa dias de licena remunerada.

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    2 No caso de adoo, tutela ou de guarda judicial decriana com mais de um ano de idade, o prazo ser de trintadias.

    Art. 131. O magistrado gozar de licena paternidade,pelo prazo de oito dias, em razo de nascimento, adoo, tutelaou guarda para fins de adoo, mediante a apresentao de cer-tido de nascimento ou de documento equivalente, na forma dalei estadual de regncia.

    Art. 132. Quando o magistrado estiver fora do Estado oudo Pas, a licena ou a sua prorrogao ser concedida median-te laudo subscrito por trs mdicos.

    Art. 133. A prorrogao de licena fica subordinada aosmesmos requisitos exigidos para a sua concesso.

    Art. 134. O magistrado poder renunciar, no todo ou emparte, a licena concedida ou a prorrogao, se for o caso.

    Art. 135. A licena ficar sem efeito quando o magistra-do no entrar em seu gozo no prazo de trinta dias.

    Art. 136. O magistrado licenciado no pode exercer fun-o jurisdicional ou administrativa, funo pblica ou priva-da, nem perceber verba remuneratria, salvo as dispostas nasalneas j e l, do inciso I, do art. 118 desta Lei.

    Pargrafo nico. Salvo contra-indicao mdica, o ma-gistrado licenciado poder proferir deciso em processo que,antes da licena, houver sido concluso para julgamento ou hajarecebido o seu visto como relator ou revisor.

    Seo IVDa Concesso

    Art. 137. O afastamento do magistrado de suas funesdar-se- nos seguintes casos:

    I para casamento ou celebrao de unio estvel;II em razo do falecimento de cnjuge, companheiro ou

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    parente em linha reta ou colateral, at o segundo grau, podendoo parentesco ser natural, civil ou por vnculo de afinidade;

    III para exercer a presidncia de associao de classe;IV para fins de aperfeioamento profissional;V para prestao de servios Justia Eleitoral, nos

    casos previstos em lei.Pargrafo nico. Nos casos previstos nos incisos I e II

    deste artigo, o afastamento ser concedido pelo prazo de atoito dias consecutivos, contados da realizao do ato ou dofalecimento.

    Subseo IDa Concesso de Afastamento para Fins

    de Aperfeioamento Profissional

    Art. 138. Resoluo do Tribunal de Justia dispor so-bre o procedimento para a concesso do afastamento de magis-trado para fins de aperfeioamento profissional.

    CAPTULO XIIIDO REGIME DE PREVIDNCIA

    Seo IDa Contribuio Obrigatria

    Art. 139. O magistrado contribuinte obrigatrio do Sis-tema de Previdncia Social dos Servidores do Estado da Paraba.

    Seo IIDa Aposentadoria

    Art. 140. O magistrado abrangido pelo regime de previ-dncia social a que faz referncia o art. 139 desta Lei ser apo-sentado:

    I por invalidez permanente, sendo os proventos pro-porcionais ao tempo de contribuio, salvo se decorrente deacidente em servio, molstia profissional ou doena grave,contagiosa ou incurvel, na forma da lei;

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    II compulsoriamente, aos setenta anos de idade, comproventos proporcionais ao tempo de contribuio;

    III voluntariamente, desde que cumprido o tempo m-nimo de dez anos de efetivo exercci