LEI COMPLEMENTAR N067-Codigo de Obras e Edificacoes

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  • PREFEITURA MUNICIPAL DE PARANAGU

    LEI COMPLEMENTAR N 067, DE 27 DE AGOSTO DE 2007.

    Define o Cdigo de Obras e

    Edificaes do Municpio de

    Paranagu, e d outras

    providncias.

    A CMARA MUNICIPAL DE PARANAGU, Estado do Paran,

    decretou e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei

    Complementar:

    TTULO I

    DAS DISPOSIES

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    SEO I

    OBJETIVOS DO CDIGO

    Art. 1. Este Cdigo, parte integrante do Plano

    Diretor Municipal, estabelece normas de projeto e padres de

    construo em geral no Municpio de Paranagu, Estado do

    Paran.

    Art. 2. Toda construo, reconstruo, reforma,

    ampliao ou demolio efetuada por particulares, entidades ou

    rgos pblicos no Municpio de Paranagu regulamentada por

    este Cdigo, obedecidas as normas Federais e Estaduais

    relativas matria.

    Pargrafo nico. Para o licenciamento das atividades

    de que reza este Cdigo, sero observadas as disposies da

    Lei de Zoneamento de Uso e Ocupao do Solo, incidentes sobre

    os lotes situados na rea urbana municipal, e as disposies

    da Lei do Plano Diretor.

    Art. 3. Este Cdigo tem como objetivos:

    I. Orientar os projetos e a execuo de edificaes no Municpio;

    II. Assegurar a observncia de padres mnimos de segurana, higiene, salubridade e conforto das edificaes de

    interesse para a comunidade;

    III. Promover a melhoria dos padres de segurana, higiene, salubridade e conforto de todas as edificaes em seu

    territrio;

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    IV. Destacar, para rigorosa aplicao, normas tcnicas, visando o progressivo aperfeioamento da construo

    voltado principalmente para a paisagem urbana, para o

    aprimoramento da arquitetura nas edificaes e,

    conseqentemente, para a melhoria da qualidade de vida da

    populao.

    CAPTULO II

    DAS DEFINIES

    Art. 4. Para efeito deste Cdigo, so adotadas as

    seguintes definies:

    I. ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas, cuja finalidade reger as normas tcnicas das edificaes e

    materiais de construo;

    II. ACLIVIDADE - diferena altimtrica entre dois pontos, em que o segundo ponto est acima do ponto de

    referncia;

    III. ACRSCIMO ou AMPLIAO - a obra que resulta no aumento do volume ou da rea construda total da edificao

    existente;

    IV. AEAAL Associao de Engenheiros, Arquitetos e Agrnomos do Litoral do Paran;

    V. AFASTAMENTO - menor distncia entre duas edificaes, ou entre uma edificao e as linhas de divisa do

    lote onde ela estiver inserida;

    VI. GUA termo genrico designado ao plano ou pano do telhado;

    VII. ALICERCE - elemento da construo que transmite ao solo a carga da edificao.

    VIII. ALINHAMENTO linha divisria legal entre o lote e a via ou logradouro pblico;

    IX. ALINHAMENTO PREDIAL - linha divisria legal que limita o lote com a via pblica, projetada e locada pelas

    autoridades municipais;

    X. ALPENDRE - rea coberta saliente da edificao, cuja abertura sustenta-se por colunas, pilares ou consolos;

    XI. ALVAR DE CONSTRUO - documento expedido pela Prefeitura que autoriza a execuo de obras sujeitas sua

    fiscalizao;

    XII. ALVAR DE LOCALIZAO E FUNCIONAMENTO - documento expedido pela Prefeitura que autoriza o

    funcionamento de uma determinada atividade ou servio;

    XIII. ALVAR SANITRIO - documento fornecido pela Autoridade de Sade, que autoriza a ocupao e uso de imvel

    recm construdo ou reformado e/ou funcionamento de

    estabelecimentos comerciais, industriais, agropecurios,

    atravs de vistoria prvia das condies fsico-sanitrias do

    mesmo;

    XIV. ALVENARIAS - so macios construdos de pedras naturais ou artificiais, ligadas entre si de modo estvel,

    pela combinao de juntas de interposio de argamassas, ou

    somente por um desses meios;

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    XV. ANDAIME - plataforma elevada destinada a sustentar os materiais e operrios na execuo de uma

    edificao ou reparos;

    XVI. APARTAMENTO - unidade autnoma de moradia em residncia multifamiliar;

    XVII. APROVAO DO PROJETO - ato administrativo que precede o licenciamento de uma construo;

    XVIII. REA ABERTA - espao no edificado, contguo edificao, com um ou mais acessos ou sadas, diretamente

    via ou logradouro pblico;

    XIX. REA COBERTA - a medida da superfcie da projeo, em plano horizontal, de qualquer rea coberta da

    edificao, nela includa superfcies das projees de

    paredes, pilares, marquises, beirais e demais componentes das

    fachadas;

    XX. REA TOTAL CONSTRUDA - somatrio das reas cobertas de todos os pisos de uma edificao, inclusive as

    reas ocupadas por paredes e pilares;

    XXI. REA COMUM - a medida da superfcie constituda dos locais destinados ao uso de todas as unidades

    e/ou mais de uma unidade que compe um condomnio, tais como:

    estacionamento em qualquer pavimento, lazer, pilotis, rampas

    de acesso, elevadores, circulaes e depsitos comunitrios,

    apartamento de zelador, depsito de lixo, casa de gs,

    guarita, e subsolo quando destinado a estacionamento;

    XXII. REA CONSTRUDA do PAVIMENTO - a rea de construo de piso do pavimento, inclusive as ocupadas por

    paredes e pilares, incluindo-se as reas comuns e excluindo-se

    os vazios de poos de ventilao, iluminao e elevador;

    XXIII. REA DE FRENTE o mesmo que testada do lote; XXIV. REA DE FUNDO rea situada entre a fachada

    posterior e a divisa de fundo do lote;

    XXV. REA LIVRE DO LOTE - a superfcie do lote no ocupada pela projeo da edificao.

    XXVI. REA SOB PILOTIS - rea coberta contendo apenas as colunas de sustentao de uma edificao.

    XXVII. REA NO COMPUTVEL a somatria das reas edificadas que no sero computadas no clculo do coeficiente

    de aproveitamento, com o objetivo de incentivar a construo

    de reas complementares;

    XXVIII. REA "NON AEDIFICANDI" ou NO EDIFICVEL - a rea situada ao longo das guas correntes e dormentes, das

    faixas de ferrovias, rodovias e dutos bem como ao longo de

    equipamentos urbanos, definidas em leis federal, estadual ou

    municipal onde no permitida qualquer edificao;

    XXIX. REA TIL - superfcie utilizvel de uma edificao, excluindo-se a rea ocupada com paredes e

    estruturas;

    XXX. ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica, liberada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

    Agronomia - CREA da regio;

    XXXI. TRIO - ptio interno de acesso a uma edificao;

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    XXXII. TICO projeo da rea coberta sobre a laje de cobertura do ltimo pavimento;

    XXXIII. BALANO - avano da edificao acima do trreo sobre os alinhamentos ou recuos regulares.

    XXXIV. BALCO - varanda ou sacada sada da parede, com balastres ou qualquer tipo de guarda corpo;

    XXXV. BEIRAL - prolongamento do telhado, alm da prumada das edificaes;

    XXXVI. BIOMBO parede de altura interrompida, permitindo ventilao e iluminao pela parte superior;

    XXXVII. BRISE - conjunto de placas ou chapa de material varivel que se coloca nas fachadas expostas ao sol

    para evitar o aquecimento excessivo dos ambientes sem

    prejudicar a ventilao e a iluminao;

    XXXVIII. CASA DE BOMBAS compartimento onde se instalam as bombas de recalque;

    XXXIX. CAIXA DE ESCADA - espao ocupado por uma escada, desde o pavimento inferior at o ltimo pavimento;

    XL. CASA DE MQUINAS compartimento onde se instalam as mquinas comuns de uma edificao;

    XLI. CAIXA DE ROLAMENTO parte dos logradouros destinada ao rolamento de veculos;

    XLII. CALADA - a parte da via, normalmente segregada em nvel diferente, no destinada circulao de

    veculos, reservada ao trnsito de pedestres e quando

    possvel, implantao de mobilirio urbano, sinalizao,

    vegetao e outros;

    XLIII. CANTEIRO - rea destinada a ajardinamento junto ou no aos passeios pblicos;

    XLIV. CARAMANCHO - construo em ripas, canos ou estacas com o objetivo de sustentar vegetao;

    XLV. CENTRO COMERCIAL - reas destinadas a espaos comerciais compostos por um conjunto de lojas ou salas, tambm

    entendido como shopping center ou centro comercial quando de

    grande porte;

    XLVI. CIRCULAES designao genrica dos espaos destinados movimentao de pessoas ou veculos;

    XLVII. CISTERNA - reservatrio de gua situado na poro inferior da edificao;

    XLVIII. COBERTURA ltimo teto de uma edificao; XLIX. CONSTRUO CLANDESTINA - obra feita sem prvia

    aprovao do projeto ou sem alvar de licena;

    L. CONSULTA PRVIA - documento fornecido pela municipalidade informando os usos e parmetros de construo

    vigentes em determinado imvel;

    LI. COMPARTIMENTO - cada uma das divises dos pavimentos de uma edificao.

    LII. COPA compartimento destinado a refeitrio auxiliar;

    LIII. CORRIMO - pea ao longo e ao(s) lado(s) de uma escada ou rampa, que serve de resguardo, ou apoio para a mo,

    de quem sobe ou desce;

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    LIV. COTA indicao ou registro numrico de dimenses, medidas, indicao do nvel de um ponto em relao

    a outro tomado como referncia;

    LV. COTA EMERGENCIAL - cota determinada em metros, em relao ao nvel dos rios, que facilmente alagvel;

    LVI. CUMEEIRA - a parte mais alta de uma edificao; LVII. CREA - Conselho Regional de Engenharia,

    Arquitetura e Agronomia;

    LVIII. CROQUI - esboo preliminar de um projeto; LIX. DECLIVIDADE - diferena altimtrica entre dois

    pontos em que o segundo ponto est abaixo do ponto de

    referncia;

    LX. DECIBEL (DB) - unidade de intensidade fsica relativa a som;

    LXI. DEGRADAO AMBIENTAL - a alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente,

    causado por qualquer forma de energia ou substncia slida,

    gasosa ou combinao de elementos produzidos por atividades

    humanas ou delas decorrentes em nveis capazes de direta ou

    indiretamente:

    a) prejudicar a sade, a segurana e o bem estar da populao;

    b) criar condies adversas s atividades sociais e econmicas;

    c) ocasionar danos relevantes flora, fauna e outros recursos naturais.

    LXII. DEJETOS - resduos, excrementos, restos; LXIII. DEPENDNCIA DE USO COMUM - conjunto de

    dependncias da edificao que podero ser utilizadas em comum

    por todos ou por parte dos titulares de direito das unidades

    de moradia;

    LXIV. DEPENDNCIA DE USO PRIVATIVO - conjunto de dependncias de uma unidade de moradia, cuja utilizao

    reservada aos respectivos titulares de direito;

    LXV. DEPSITO edificao ou espao aberto destinado armazenagem; quando compartimento de uma

    edificao o compartimento no habitado, destinado guarda

    de utenslios e objetos ou materiais de qualquer natureza;

    LXVI. DESMEMBRAMENTO aspecto particular de parcelamento do solo, que se caracteriza pela subdiviso de um

    terreno, sem implicar na abertura de uma via ou logradouro;

    LXVII. DUTO DE VENTILAO - rea de ventilao interna ao corpo de uma edificao, destinado a ventilar

    somente compartimentos de permanncia transitria;

    LXVIII. ECONOMIA unidade autnoma de uma edificao; LXIX. EDCULA edificao complementar edificao

    principal, sem comunicao interna com a mesma;

    LXX. EDIFICAES CONTGUAS ou GEMINADAS aquelas que apresentam uma ou mais paredes contguas s de uma outra

    edificao, e esto dentro do mesmo lote ou em lotes vizinhos;

    LXXI. EDIFCIO COMERCIAL aquele destinado a lojas ou salas comerciais, ou ambas, e no qual somente as

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    dependncias do porteiro ou zelador so utilizadas para fins

    residenciais;

    LXXII. EDIFICAO DE APARTAMENTOS o mesmo que edificao residencial coletiva multifamiliar;

    LXXIII. EDIFCIO GARAGEM - construo destinada ao estacionamento de veculos;

    LXXIV. EDIFCIO MISTO edificao que abriga usos diferentes, e quando um destes for residencial, o acesso s

    unidades residenciais se far sempre atravs de circulao

    independente dos demais usos, desde a via pblica.

    LXXV. EDIFCIO PBLICO aquele no qual so exercidas atividades de governo, administrao, servios pblicos, lazer

    e outros;

    LXXVI. EMBARGO - ato administrativo que determina a paralisao de uma obra;

    LXXVII. ESCALA - relao entre as dimenses de um desenho e objeto representado;

    LXXVIII. ESCRITRIO sala ou grupo de salas destinadas ao exerccio de negcios, das profisses liberais,

    de comrcio e atividades afins.

    LXXIX. ESPECIFICAES - discriminao dos materiais, mo de obra e servios empregados na construo.

    LXXX. ESPELHO parte do degrau da escada; LXXXI. ESTACIONAMENTO - espao reservado para um ou

    mais veculos;

    LXXXII. FACHADA - elevao das paredes externas de uma edificao;

    LXXXIII. FAIXA DE DOMNIO - a rea do terreno destinada ao poder pblico para a implantao e proteo de

    uma rodovia ou ferrovias e seus acessrios;

    LXXXIV. FAIXA DE DRENAGEM faixa de largura varivel, compreendendo a faixa no edificvel de drenagem

    propriamente dita e mais uma faixa de proteo, destinada a

    garantir um perfeito escoamento das guas pluviais da

    respectiva bacia hidrogrfica;

    LXXXV. FEIRA LIVRE - local ao ar livre que funciona com objetivo de facilitar aos produtores a venda de sua

    produo;

    LXXXVI. FILTRO ANAERBIO - unidade de tratamento biolgico do efluente da fossa sptica de fluxo ascendente em

    condies anaerbias, cujo meio filtrante mantm-se afogadas;

    LXXXVII. FOSSA SPTICA tanque de alvenaria ou concreto onde se depositam as guas de esgoto e as matrias

    sofrem processo de desintegrao;

    LXXXVIII. FUNDAO - parte da construo destinada a distribuir as cargas da edificao sobre um terreno;

    LXXXIX. GABARITO perfil transversal de um logradouro, com a definio da largura total, largura dos

    passeios, pistas de rolamento, canteiros, galerias e outros,

    podendo tambm fixar a altura das edificaes;

    XC. GALERIA PBLICA passeio coberto por uma edificao;

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    XCI. GALPO - construo constituda por uma cobertura fechada, total ou parcialmente, pelo menos em trs

    de suas faces por meio de paredes ou tapumes, sem forro, no

    podendo servir para uso residencial. Caso as quatro faces

    sejam fechadas a edificao classifica-se como barraco;

    XCII. GARAGEM abrigo, e oficina para automveis; XCIII. GUARDA CORPO - a vedao de proteo contra

    quedas; parapeito;

    XCIV. GUIA AMARELA documento meramente informativo com as informaes cadastrais, documentais e de parmetros

    construtivos e de usos;

    XCV. GUIA REBAIXADA meio fio na funo desejvel para permitir a transposio do passeio;

    XCVI. HABITAO COLETIVA edificao destinada a abrigar pessoas e atividades assistenciais e comunitrias

    (internatos, asilos, albergues, conventos e similares);

    XCVII. HABITAO COLETIVA MULTIFAMILIAR edificao destinada a servir de moradia para mais de uma famlia,

    contendo duas ou mais unidades autnomas e partes de uso

    comum;

    XCVIII. HABITE-SE - documento expedido pela Prefeitura, que autoriza a ocupao de uma edificao;

    XCIX. HALL - dependncia de uma edificao que serve de ligao entre outros compartimentos;

    C. JIRAU piso elevado no interior de um compartimento, com altura reduzida, sem fechamento ou

    divises, cobrindo apenas parcialmente a rea do mesmo e

    satisfazendo as alturas mnimas exigidas pela legislao;

    CI. KITINETE - unidade residencial formada de sala, quarto, banheiro e pequena cozinha, no necessariamente

    separada da sala;

    CII. LAVABO - instalao sanitria composta de pia e vaso sanitrio;

    CIII. LICENA - ato administrativo, com validades determinadas, que autoriza execuo de obras, instalaes,

    localizao de usos e atividades permitidas;

    CIV. LINDEIRO limtrofe; CV. LOGRADOURO PBLICO - toda parcela de territrio

    de propriedade pblica e de uso comum da populao;

    CVI. LOTE poro do terreno que faz frente para um logradouro pblico, descrito e assegurado por ttulo de

    propriedade;

    CVII. LOTEAMENTO aspecto particular do parcelamento do solo que se caracteriza pela subdiviso de um terreno em

    lotes envolvendo, obrigatoriamente, a abertura de novas vias

    ou logradouros pblicos ou o prolongamento de vias existentes;

    CVIII. MARQUISE - cobertura em balano sobre o logradouro;

    CIX. MATERIAL INCOMBUSTVEL - material de construo como o concreto simples ou armado, peas metlicas, tijolos,

    pedras, materiais cermicos ou de fibrocimento e outros cuja

    incombustibilidade seja reconhecida pelas especificaes da

    ABNT;

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    CX. MEIO-FIO - pea de pedra, concreto ou similar que separa em desnvel o passeio da pista de rolamento;

    CXI. MEMORIAL - texto contendo especificaes sobre materiais e tcnicas construtivas a serem utilizadas numa

    edificao ou parcelamento de solo;

    CXII. MEZANINO - pavimento situado no interior de outro compartimento com acesso exclusivamente atravs deste e

    p direito reduzido;

    CXIII. MOBILIRIO URBANO - so equipamentos de uso comercial, de servios ou urbanos, localizados em logradouro

    pblico;

    CXIV. NBR Norma Tcnica Brasileira, estipulado pela ABNT;

    CXV. NIVELAMENTO regularizao do terreno atravs de cortes ou aterros.

    CXVI. PRA-RAIOS - dispositivo destinado a proteger as edificaes contra os efeitos dos raios;

    CXVII. PAREDE CEGA - parede sem abertura; CXVIII. PASSEIO - superfcie pavimentada ou no,

    ladeando logradouros ou circundando edificaes, destinada

    exclusivamente ao trnsito de pedestres;

    CXIX. PATAMAR - superfcie intermediria entre dois lances de escada;

    CXX. PTIO rea confinada e descoberta, adjacente edificao, ou circunscrita pela mesma.

    CXXI. PAVIMENTO - conjunto de compartimentos situados no mesmo nvel, de uma edificao, entre piso de uma

    edificao, desconsiderados os mezaninos ou sobre lojas;

    CXXII. P DIREITO distncia vertical entre o piso e o forro de um compartimento;

    CXXIII. PLATIBANDA coroamento de uma edificao formada pelo prolongamento;

    CXXIV. PLAYGROUND - local destinado recreao infantil, aparelhado com brinquedos e/ou equipamentos de

    ginstica;

    CXXV. POO DE VENTILAO rea de pequenas dimenses, destinada ventilao de compartimentos de

    utilizao transitria ou especial.

    CXXVI. PORO pavimento de edificao que tem mais de 2/3 (dois teros) da altura total do p direito abaixo do

    nvel do terreno circundante exterior;

    CXXVII. PRODUTO PERIGOSO - substncia que possa ser considerada combustvel, inflamvel, explosiva, txica,

    corrosiva ou radioativa;

    CXXVIII. PROFUNDIDADE DE UM COMPARTIMENTO - a distncia entre a face que dispe de abertura para insolao

    face oposta;

    CXXIX. RECONSTRUIR construir de novo, no mesmo lugar e na forma primitiva, qualquer obra, em parte ou no

    todo;

    CXXX. REFORMA alterao da edificao em seus elementos construtivos essenciais, sem modificar, entretanto,

    a forma, rea ou altura;

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    CXXXI. RUDO - qualquer som que cause ou tenda a causar perturbaes do sossego pblico ou produzir efeitos

    psicolgicos e/ou fisiolgicos negativos em seres humanos e

    animais;

    CXXXII. SACADA - balco de janela, construo que ressai da parede;

    CXXXIII. SAGUO - sala de entrada da edificao onde se encontra o hall e a circulao principal;

    CXXXIV. SALA COMERCIAL - unidade autnoma para comrcio e prestao de servios;

    CXXXV. SARJETA escoadouro, nos logradouros pblicos, para as guas das chuvas;

    CXXXVI. SOBRELOJA - pavimento situado acima da loja, com acesso exclusivo atravs desta e sem numerao

    independente;

    CXXXVII. STO - compartimento de edificao situado no interior do volume formado pelo telhado com inclinao

    mxima de 45 (quarenta e cinco graus);

    CXXXVIII. SUBSOLO - o pavimento semi-enterrado desde que o primeiro piso do pavimento imediatamente superior

    (trreo) no fique acima da cota mais 1,20m em relao ao

    nvel do meio fio ou ao seu nvel mediano, medido do eixo do

    lote; as normas de clculo da cota mediana devero ser

    aplicadas nos seguintes casos:

    a) em terrenos de esquina com testadas iguais ou

    menores que 30m (trinta metros) o nvel mediano dever ser

    calculado pela mdia aritmtica dos nveis medianos das

    testadas;

    b) em terrenos de esquina com testadas superiores a

    30m (trinta metros), cada trecho de no mnimo 15,00m (quinze

    metros) e no mximo 30,00m (trinta metros) dever ser

    considerado como independente para efeito da determinao do

    nvel mediano, ou ser adotado como nvel mediano nico o

    nvel mediano do trecho mais baixo do meio fio, quando se

    tratar de terreno de uma s testada, ou a mdia aritmtica dos

    trechos mais baixos do meio fio quando se tratar de terreno de

    esquina.

    CXXXIX. SUMIDOURO - poo destinado a receber o efluente da fossa sptica e a facilitar sua infiltrao;

    CXL. TAPUME - vedao provisria feita em tbuas ou material similar para proteo de obras;

    CXLI. TELHEIRO - superfcie coberta e sem paredes em todas as faces;

    CXLII. TERRENO BALDIO - terreno no edificado, sem proveito ou uso definido;

    CXLIII. TERRAO - espao descoberto sobre edifcio ou ao nvel de um pavimento desse;

    CXLIV. TESTADA DO LOTE - a linha divisria que separa o logradouro pblico do lote;

    CXLV. UNIDADE AUTNOMA parte da edificao vinculada a uma frao ideal do terreno, sujeita s limitaes

    legais, constitudas de dependncias e instalaes de uso

    privativo e de parcelas das dependncias e instalaes de uso

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    comum da edificao, destinada a fins residenciais ou no,

    assinaladas por designao especial;

    CXLVI. UFM - Unidade Fiscal do Municpio; CXLVII. VARANDA terrao coberto; CXLVIII. VISTORIA - diligncia efetuada por rgo

    competente com a finalidade de verificar as condies de uma

    edificao;

    CXLIX. ZENITAL iluminao e/ou ventilao feita atravs da cobertura.

    SEO III

    DAS REAS COMPUTVEIS E NO COMPUTVEIS

    Art. 5. rea no computvel a somatria das reas edificadas que no sero computadas no clculo do coeficiente

    de aproveitamento, de acordo com o regulamento especfico.

    Art. 6. rea computvel a somatria das reas edificadas que sero computadas no clculo do coeficiente de

    aproveitamento.

    Art. 7. Para fins de clculo do coeficiente de aproveitamento, no sero computadas as seguintes reas:

    I. Elementos em balano, tais como sacadas, balces, varandas e floreiras abertas, desde que a somatria de suas

    reas no seja superior a 5% da rea total do imvel, por

    unidade de habitao;

    II. rea total ocupada por poos de elevadores, escadas enclausuradas, centrais de gs, piscinas descobertas e

    reas de lazer, dentro das reas estabelecidas no presente

    Cdigo;

    III. reas de garagem, independentemente de sua localizao, dentro do limite exigido neste Cdigo;

    IV. Terraos descobertos, em qualquer tipo de edificao, desde que no possuam qualquer estrutura do tipo

    prgula, ou que caracterize cobertura;

    V. tico destinado instalao de casa de mquinas de elevadores, caixas dgua e outros equipamentos de uso comum

    do edifcio.

    SEO IV

    DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANSTICOS

    Art. 8. Coeficiente de aproveitamento o ndice estabelecido pela Lei de Zoneamento de Uso e Ocupao do Solo

    definido para cada zona urbana, que multiplicado pela rea do

    terreno, fornece a rea mxima da construo a ser implantada

    no lote.

    Art. 9. rea construda a somatria das reas computveis e no computveis de todos os pisos de uma

    edificao, inclusive as ocupadas por paredes e pilares.

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    Art. 10. Taxa de ocupao a relao entre a rea ocupada pela edificao e a rea do terreno em que ela

    est inserida.

    Art. 11. A construo e o revestimento de pisos em reas de recuo frontal, mesmo em subsolo, so proibidos,

    exceo de:

    I. Muros de arrimo construdos em funo dos desnveis naturais dos terrenos;

    II. Floreira; III. Vedao nos alinhamentos ou nas divisas laterais; IV. Pisos, escadarias ou rampas de acesso, portarias,

    guaritas, bilheterias e toldos, desde que em conjunto ocupe no

    mximo 6 m2 da rea do recuo frontal e no sejam definitivas,

    com exceo de guaritas e portarias, sempre com anuncia da

    Prefeitura.

    IV - Pisos, escadarias ou rampas de acesso,

    portarias, guaritas, bilheterias e toldos, central de gs,

    lixeira e entrada de energia, desde que em conjunto ocupe no

    mximo 6 m2 da rea do recuo frontal e no sejam definitivas,

    com exceo de guaritas e portarias, sempre com anuncia da

    Prefeitura. );(alterado pela Lei Complementar no 112 de 18 de

    dezembro de 2009)

    Art. 12. permitida a construo de edificaes nas divisas laterais do lote, quando a ocupao

    total do mesmo estiver de acordo com as disposies da Lei de

    Zoneamento de Uso e Ocupao do Solo, no podendo a edificao

    apresentar abertura na parede sobre a divisa.

    Pargrafo nico. Qualquer abertura implica

    afastamento mnimo de 1,50 m (um metro e cinqenta

    centmetros), obedecidas tambm as disposies relativas

    rea de ventilao e iluminao e os parmetros definidos na

    Lei de Zoneamento de Uso e Ocupao do Solo.

    Art. 13. Taxa de permeabilidade a relao entre a rea total do terreno a rea na qual no permitido

    edificar ou revestir o solo com material que impea ou

    dificulte absoro das guas de chuva, conforme disposies da

    Lei de Zoneamento de Uso e Ocupao do Solo.

    Pargrafo nico. As taxas de permeabilidade que

    devero ser obedecidas para cada zona esto definidas na da

    Lei de Zoneamento, Uso e Ocupao do Solo Urbano.

    Art. 14. A altura de uma edificao a mdia em metros, tomada verticalmente entre o menor nvel do

    alinhamento, em relao ao plano horizontal, e o ponto mais

    alto da edificao.

    CAPTULO III

    DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS E TCNICAS

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    SEO I

    DA HABILITAO PROFISSIONAL

    Art. 15. Somente podero ser responsveis tcnicos os profissionais e firmas legalmente habilitadas,

    devidamente registradas na Prefeitura Municipal, e estando

    absolutamente em dia com a Fazenda Municipal e com o CREA.

    Art. 16. A assinatura do profissional nos desenhos, projetos, clculos ou memoriais submetidos

    Prefeitura ser obrigatoriamente precedida da funo que lhe

    couber no caso, e sucedida do ttulo que lhe competir, bem

    como o nmero do registro profissional.

    Art. 17. A substituio de um responsvel tcnico durante a execuo de uma obra ou servio de

    construo dever ser comunicada Prefeitura atravs do

    pedido por escrito, que ser firmado entre o proprietrio com

    a anuncia dos profissionais substituto e substitudo.

    Pargrafo nico. A anuncia do profissional

    substitudo somente ser dispensada quando o mesmo se

    encontrar em local desconhecido, por fora de sentena

    judicial ou em caso de morte.

    Art. 18. Ficam dispensadas de responsabilidade tcnica as construes liberadas por deciso do Conselho

    Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

    Art. 19. No local das obras devero ser afixadas as placas dos profissionais intervenientes, de acordo

    com a legislao do CREA.

    SEO II

    DA RESPONSABILIDADE TCNICA

    Art. 20. A responsabilidade pelos Projetos cabe, exclusivamente, aos profissionais que os assinarem como

    autores e a execuo das obras aos que tiverem assinado como

    seus responsveis, no assumindo a Municipalidade, em

    conseqncia da aprovao, qualquer tipo de responsabilidade.

    Art. 21. As penalidades impostas aos profissionais pelo CREA sero observadas pela Municipalidade

    no que lhe couber.

    Art. 22. Se, no decurso da obra, o responsvel tcnico quiser dar baixa de responsabilidade assumida por

    ocasio da aprovao do Projeto, dever comunicar, por

    escrito, Municipalidade essa pretenso, a qual s ser

    concedida aps vistoria procedida pela Municipalidade e se

    nenhuma infrao for verificada.

    1. Realizada a vistoria, ser intimado o

    interessado para que dentro de 5 (cinco) dias teis, sob pena

  • 13

    de embargo e/ou multa, apresente novo responsvel tcnico, o

    qual dever satisfazer as condies deste Cdigo e assinar

    tambm a comunicao a ser dirigida Municipalidade.

    2. A comunicao da baixa de responsabilidade

    poder ser feita conjuntamente com a assuno do novo

    responsvel tcnico, desde que o interessado e os dois

    responsveis tcnicos assinem conjuntamente.

    Art. 23. Poder, ainda, ser concedida a exonerao de qualquer responsabilidade do autor do projeto,

    desde que este o requeira, fundamentado a ocorrncia de

    alterao feita ao projeto a sua revelia ou contra sua

    vontade, com os servios suspensos de imediato.

    SEO III

    DA ISENO DE ANOTAO DE RESPONSABILIDADE TCNICA

    Art. 24. So obras e servios sujeitos a mera Licena da Prefeitura Municipal e, como tal, isentas, perante

    a Prefeitura, de Anotao do Responsvel Tcnico legalmente

    habilitado pelas mesmas e de taxas de Alvar, alm, dos

    emolumentos relativos ao cadastramento e expedio da

    prpria Licena, os seguintes:

    I. Construes permanentes, desde que no ultrapassem a 20,00 m (vinte metros quadrados) de rea coberta e no

    estejam acopladas a edificaes com rea maior que esse

    limite;

    II. Construes provisrias, destinadas a guarda e depsitos de materiais e ferramentas ou tapumes, durante a

    execuo de obras ou servios de extrao ou construo,

    dentro dos padres regulamentares para esses casos, com prazos

    pr-fixados para a sua demolio;

    III. Erguimento de muros, cercas e grades, at a altura de 1,80 m (um metro e oitenta centmetros) quando

    macios, e 1,20 m (um metro e vinte centmetros) quando

    vazados;

    IV. Construo de moradia de baixo custo ou habitao social, em reas destinadas pela Prefeitura para este fim,

    quando executada dentro de projeto-padro fornecido pelo rgo

    competente da Prefeitura Municipal, se submetendo

    fiscalizao do responsvel tcnico indicado pelo mesmo e no

    ultrapassando 70 m2 (setenta metros quadrados) de rea coberta,

    e um pavimento, desde que exista convnio com o CREA e a AEAAL

    para tal efeito;

    V. Obras de pavimentao, paisagismo e manuteno em vias exclusivamente residenciais, assim definidas na Lei de

    Zoneamento de Uso e Ocupao do Solo, que no interfiram nos

    sistemas de gua, esgoto, escoamento pluvial, energia,

    iluminao pblica, telecomunicaes, coleta de lixo e

    circulao eventual de pessoas e veculos, desde que com

    desenho aprovado previamente no rgo competente da Prefeitura

    Municipal, a qual se responsabilizar por sua fiscalizao;

  • 14

    VI. Demolies que, a critrio da Prefeitura, no se enquadrem nos demais Artigos e Captulos desta Lei.

    SEO IV

    DAS CONDIES RELATIVAS APRESENTAO DE PROJETOS

    Art. 25. Os projetos devero conter os seguintes elementos:

    I. Planta baixa dos pavimentos contendo: a) Indicao de escala; b) Descrio do uso do(s) pavimento(s) e rea(s) til

    (eis);

    c) Indicao da(s) rea(s) do(s) pavimento(s), discriminando reas computveis e total;

    d) Indicao das dimenses de todos os compartimentos, inclusive dos vos de iluminao, ventilao, garagem e reas

    de estacionamento;

    e) Tabela de esquadrias; f) Linha(s) de corte(s), com a indicao do mesmo; g) Nveis; h) Indicao de vistas.

    II. Apresentao de no mnimo dois cortes, um longitudinal e um transversal, indicando:

    a) Cotas de nveis dos pavimentos; b) Cotas de nveis das coberturas; c) Altura dos pavimentos (p-direito); d) Uso dos compartimentos; e) Cotas das aberturas; f) Altura da edificao at a cumeeira; g) Altura livre sobre a(s) rampa(s) ou escada(s)

    quando houver;

    h) Indicao de escala; i) Indicao do corte; j) Cotas dos beirais, quando houver;

    III. Elevao para cada testada do lote, indicando:

    a) Indicao de escala; b) Nome da rua correspondente.

    IV. Perfis do terreno, contendo:

    a) Indicao de escala; b) Indicao do perfil (transversal e longitudinal). c) Cotas.

    V. Implantao, contendo:

    a) Indicao de escala; b) Nome(s) da(s) rua(s) frontal (ais) e tipo de

    pavimento existente;

    c) Recuos frontal e laterais da edificao; d) Projeto do contorno da edificao no lote,

    devidamente cotado;

    e) Cotas de nveis do lotes; f) Dimenses do lote;

  • 15

    g) Acesso de pedestres e veculos; h) Rampa para veculos e portadores de deficincia

    fsica;

    i) Passeio, meio fio, guia rebaixada e ajardinamento; j) Estacionamento descoberto, quando houver; k) Muro, grades, cercas, ou qualquer elemento de

    delimitao do lote (nas testadas e divisas onde houver),

    indicando as suas respectivas alturas;

    l) Indicao do tipo de pavimentao e/ou ajardinamento, com suas respectivas reas.

    VI. Cobertura, contendo:

    a) Sentido de inclinao do telhado; b) Tipo de Cobertura; c) Indicao de escala; d) Platibanda, rufo e calhas; e) Porcentagem de inclinao do(s) telhado(s).

    VII. Planta de situao, contendo:

    a) Indicao de escala: b) Dimenses do terreno, recuos laterais e frontal e

    construo;

    c) Dimenso do terreno esquina mais prxima; d) Indicao Norte Geogrfico; e) Nome(s) da(s) rua(s) que circundam o terreno.

    VIII. Memorial descritivo, contendo:

    a) Descrio objetiva dos acabamentos e execuo da obra, tais como: fundaes, paredes, pisos, cobertura,

    esquadrias, instalao eltrica, instalao hidrulica.

    IX. Quadro de identificao e legenda, contendo:

    a) O quadro de identificao ou legenda dever possuir dimenses mximas de 17,5cm X 9cm;

    b) Finalidade e natureza da construo; c) Nome do proprietrio; d) Nmero da prancha e referncia, como: planta,

    corte, elevao;

    e) Nome do autor do projeto e nmero de registro no CREA;

    f) Nome do responsvel tcnico e nmero de registro no CREA;

    g) Nome da firma construtora, quando for o caso; h) Nome da firma de projeto, quando for o caso; i) Espao reservado a PMP, Consulta Aprovada,

    Secretrio da SEMUR e Diretor do Departamento de Urbanismo.

    1. A primeira prancha dever conter a tabela de

    estatstica e a planta de situao e localizao.

    2. Para condomnios, ser necessrio especificar a

    rea exclusiva construda, a rea comum construda, a rea

    total construda, a rea livre exclusiva, a rea livre comum e

    a frao ideal, em decimal e metros quadrados.

  • 16

    3. Os projetos para anlise e aprovao devero

    obedecer s normas tcnicas brasileiras especificadas na NBR

    8, que regulamenta o maior tamanho tolerado das pranchas em A-

    0. Sero aceitas apenas pranchas normatizadas pela Associao

    Brasileira de Normas Tcnicas ABNT ou seja, em formatos:

    A-0, A-1, A-2, A-3 e A-4.

    4. O papel dever ser obrigatoriamente branco e as

    cotas, desenhos e informaes, em preto, sendo que em hiptese

    alguma sero aceitas rasuras e/ou emendas nos projetos.

    5. Somente sero aceitos para verificao os

    projetos desenhados e escritos com o uso de normgrafos,

    plotados ou equivalentes, obedecidas as escalas especificadas

    no 10 do presente artigo.

    6. Dever ser adotada a ordenao lgica das

    espessuras das linhas como, linhas auxiliares com 0,2mm (dois

    dcimos de milmetro), linha secundrias com 0,4mm (quatro

    dcimos de milmetro) e linha principais com 0,6mm (seis

    dcimos de milmetro). Sero aceitas as linhas com no mnimo

    0,1mm (um dcimo de milmetro), letras e nmeros com no mnimo

    2mm X 2mm (dois milmetros por dois milmetros), e o trao das

    letras e nmeros com no mnimo 0,4mm (quatro dcimos de

    milmetro).Tais especificaes so referncia para elaborao

    de projetos podendo as mesmas ser alteradas desde que seja

    preservada a condio de legibilidade dos desenhos.

    7. No sero aceitas quaisquer informaes nas

    pranchas e/ou descries do(s) compartimento(s) em lngua

    diferente do portugus.

    8. Casos especficos e devidamente justificados,

    que no atendam quaisquer das instrues descritas, somente

    sero tolerados mediante anlise e liberao, com

    justificativa, do departamento de urbanismo.

    9. O projeto de cobertura da edificao,

    especificado no inciso VI, poder ser apresentado em conjunto

    com a planta de implantao.

    10. A escala mnima para a apresentao da Planta

    Baixa, Cortes e Elevaes dever ser de 1:50 (um para

    cinqenta). Para a apresentao da Planta de Situao, a

    escala mnima dever ser de 1:500 (um para quinhentos). Para

    as Plantas de Implantao e Cobertura a escala mnima dever

    ser de 1:100 (um para cem). E para as pranchas de perfil do

    terreno a escala mnima dever ser de 1:200 (um para

    duzentos).

    11. Nos casos de projetos para construo de

    edificaes de grandes propores, as escalas mencionadas

    podero ser alteradas, devendo contudo ser consultado

    previamente o rgo competente da Prefeitura Municipal.

    12. No caso de reforma ou ampliao dever ser

    indicado no projeto o que ser demolido, construdo ou

    conservado, mediante a utilizao da seguinte conveno de

    cores:

    I. cor vermelha para as partes novas a serem acrescidas;

    II. cor amarela para as partes a serem demolidas;

  • 17

    III. cor natural da cpia ou plotagem, para as partes existentes que sero conservadas.

    SEO V

    DA APROVAO DE PROJETO

    Art. 26. Todas as obras e servios de construo, realizadas sobre o territrio do municpio de

    Paranagu, sero executadas, obrigatoriamente, mediante

    licena ou alvar prvios, expedidos pela Prefeitura

    Municipal, obedecidas as normas desta Lei e das Leis Estaduais

    e Federais aplicveis.

    Art. 27. O processo de aprovao dos projetos ser constitudo dos seguintes elementos:

    I. Consulta prvia; II. Requerimento solicitando aprovao do projeto; III. Projeto arquitetnico completo, contendo os

    elementos descritos no artigo 25;

    IV. Memorial Descritivo da Obra; V. Prova de domnio do terreno ou autorizao para

    edificar, fornecida pelo proprietrio;

    VI. Vias da ART, destinada aos rgos pblicos; VII. Projetos de fossa e de sumidouro (em formulrio

    padro prefeitura);

    1. O requerimento e os projetos devero estar

    assinados pelo proprietrio, pelo autor e pelo responsvel

    tcnico da obra.

    Art. 28. Os processos de aprovao de projetos s sero iniciados aps o cumprimento das exigncias

    estabelecidas pela Prefeitura Municipal.

    Art. 29. Estando o projeto deferido, o departamento competente da Prefeitura Municipal entregar ao

    interessado o Alvar de Construo e as cpias, com validade

    estabelecida para 24 (vinte e quatro) meses, prorrogveis.

    Pargrafo nico. Todas as cpias do projeto aprovado

    sero vistadas pelo Diretor e Secretrio do departamento de

    urbanismo, sendo que uma delas permanecer arquivada na

    Prefeitura.

    Art. 30. A responsabilidade dos projetos, especificaes, clculos e outros apresentados cabem aos

    respectivos autores e executores da obra.

    Art. 31. A municipalidade no assumir qualquer responsabilidade em razo da aprovao de projetos, ou de

    obras mal executadas.

    Art. 32. Para fins de fiscalizao, o alvar de construo e o projeto aprovado devero ser mantidos na obra.

  • 18

    Art. 33. O projeto de uma construo ser examinado em funo da utilizao lgica da edificao, e no

    apenas pela sua denominao em planta.

    SEO VI

    DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

    Art. 34. As obras e servios de construo citadas no artigo 2 deste Cdigo, com exceo de demolio,

    estaro sujeitas aos seguintes procedimentos administrativos

    perante a Prefeitura Municipal:

    I. Consulta Prvia, anterior a solicitao de aprovao de projeto, em formulrio prprio, contendo os usos

    e demais intenes do servio ou da edificao pretendida, os

    documentos comprobatrios de sua propriedade.

    Municipalidade, em reposta ao pedido de consulta prvia, cabe

    apontar por escrito as normas urbansticas incidentes sobre o

    lote (zona, taxa de ocupao, coeficiente de aproveitamento,

    nmero mximo de pavimentos permitidos, recuos e afastamentos

    mnimos, diretrizes de arruamento, projeo de vias,

    atingimento, fachos de telefonia, energia e drenagem, croqui

    da localizao). O prazo de entrega ao interessado pela

    Prefeitura de 48 (quarenta e oito) horas;

    II. Elaborao de Projeto Arquitetnico completo, quando obra de construo civil ou de projeto tcnico, quando

    outra modalidade de servio ou obra, com designao do

    projetista legalmente habilitado perante a Prefeitura

    Municipal, onde sejam atendidas todas as exigncias indicadas

    pelo rgo municipal competente na Consulta Prvia, bem como

    nos regulamentos e instrues que complementam a Legislao

    Urbanstica do municpio, com nfase Lei de Zoneamento de

    Uso e Ocupao do Solo, Lei de Parcelamento do Solo, a esta

    Lei e aos Decretos que regulam essas Leis;

    III. Reviso do projeto referido no inciso anterior, perante o rgo municipal competente, se necessrio ajustando-

    o s normas legais e regulamentares que por ventura no tenham

    sido atendidas, at a sua aprovao final, por profissional

    legalmente habilitado perante o CREA-PR. O prazo para a

    reviso de 5 (cinco) dias;

    IV. Elaborao dos projetos complementares completos (Hidro-Sanitrio, Eltrico, Telefnico, Estrutural e o de

    Preveno Contra Incndio) para edificaes em dois pavimentos

    e demais edificaes com rea igual ou superior a 100m,

    conforme o ATO 37-CREA-PR, respeitando-se as Normas Tcnicas

    estabelecidas pela ABNT;

    V. O projeto Hidrulico ser exigido para toda a edificao servida de gua e dever atender ao que dispe o

    Regulamento de Servios de gua e Esgoto Sanitrio da

    Concessionria local;

    VI. Solicitao de Alvar para execuo de obras ou servios o qual sempre ter prazo determinado, fazendo

    acompanhar desta anotao todos os responsveis envolvidos na

  • 19

    propriedade, incorporao, elaborao de projetos

    complementares exigveis, fiscalizao desses projetos e

    execuo das obras, os quais assinaro, em conjunto, o

    solicitado;

    VII. Execuo de obras e servios de construo rigorosamente de acordo com o projeto, na sua verso aprovada

    nos termos do item III deste artigo e objeto de Alvar

    referido no item V deste artigo, bem como nos prazos contidos

    no dito Alvar;

    VIII. Solicitao de Certido de Concluso de Obras, fazendo acompanhar destas as Certides de Habite-se da Sade

    Pblica, e dos demais rgos competentes relacionados

    aprovao de projetos, tanto arquitetnicos quanto

    complementares, tais como os de energia eltrica,

    comunicaes, saneamento, segurana pblica e de proteo do

    meio ambiente ou do patrimnio histrico, Corpo de Bombeiros,

    quando for o caso, todos confirmando a satisfao dos servios

    realizados e concludos, na obra ou servio, dentro da sua

    prpria rea de competncia. Acrescente-se a necessidade da

    Minuta da Incorporao, se for o caso.

    Art. 35. Todos os projetos citados nos itens e pargrafos do Art. 25 desta Lei devero ser elaborados por

    profissionais legalmente habilitados, de acordo com a

    Legislao Estadual e Federal sobre suas atribuies, os quais

    devero estar previamente cadastrados na Prefeitura e em dia

    com a Fazenda Municipal, quer seja pessoa fsica ou jurdica.

    SEO VII

    VALIDADE, APROVAO DO PROJETO E LICENCIAMENTO

    Art. 36. O projeto arquivado, por no ter sido retirado em tempo hbil pelo interessado passvel de

    revalidao, desde que a parte interessada a requeira e, desde

    que as exigncias legais sejam as mesmas vigentes poca do

    licenciamento anterior.

    Art. 37. O alvar fixar o prazo de 90 (noventa) dias para o incio da construo, prorrogvel por

    mais 90 (noventa) dias; findos esse prazos, sem que a obra

    tenha sido iniciada, o licenciamento ser cancelado.

    1. Para efeito da presente Lei, uma construo ser

    considerada iniciada quando estiver evidenciado o incio da

    execuo de servios constantes do projeto aprovado.

    2. Se dentro do prazo fixado, a construo no for

    concluda, dever ser solicitada a prorrogao de prazo, que,

    se deferida, importar no pagamento da taxa de licenciamento

    correspondente a essa prorrogao.

    3. O prazo de validade do alvar de construo de

    2 (dois) anos e das prorrogaes de 1 (um) ano.

  • 20

    Art. 38. A execuo da obra somente poder ser iniciada depois de aprovado o projeto e expedido alvar para a

    construo.

    SEO VIII

    DAS MODIFICAES DOS PROJETOS APROVADOS

    Art. 39. Depois de aprovados os Projetos Arquitetnicos e Complementares e expedido o Alvar de

    Construo, se houver alterao no Projeto, o interessado

    dever requerer nova aprovao.

    Art. 40. Para modificaes em Projeto, assim como para alterao do destino de qualquer compartimento

    constante do mesmo, ser necessria a aprovao de Projeto

    modificado.

    1. O requerimento solicitando a aprovao do

    Projeto modificado dever ser acompanhado de cpia do Projeto

    anteriormente aprovado e, quando j expedido, tambm do

    respectivo Alvar de Construo.

    2. A aprovao do Projeto modificado ser anotada

    no Alvar de Construo, se j houver sido concedido, que

    ser devolvido ao requerente juntamente com o Projeto.

    SEO VIII

    DO HABITE-SE E DA ACEITAO DE OBRAS PARCIAIS

    Art. 41. Nenhuma edificao poder ser ocupada sem que seja procedida a vistoria da Municipalidade e expedido

    o respectivo Habite-se.

    Art. 42. Terminada a obra de construo, modificao ou acrscimo, dever ser requerida sua aceitao,

    pelo proprietrio ou responsvel pela execuo, atravs do

    requerimento do Habite-se.

    1. O Habite-se solicitado Municipalidade pelo

    proprietrio atravs de requerimento assinado por este,

    acompanhado da respectiva certido de Vistoria Sanitria.

    2. A vistoria para expedio da Certido de

    Vistoria Sanitria poder ser solicitada pelo proprietrio

    junto ao Departamento de Vigilncia Sanitria, enquanto os

    elementos que compem o quadro sanitrio estejam a descoberto

    e possibilitem perfeita identificao das solues propostas

    no projeto.

    3. O Habite-se s ser expedido quando a edificao

    apresentar condies de habitabilidade, estando em

    funcionamento as instalaes hidro-sanitrias, eltricas,

    preveno de incndio e demais instalaes necessrias.

    4. A Municipalidade tem um prazo de 20 (vinte) dias

    para vistoriar a obra e para expedir o Habite-se, juntamente

    com a numerao predial.

    5. Poder ser concedido o Habite-se parcial, ou

    seja, a autorizao para utilizao das partes concludas de

    uma obra em andamento desde que:

  • 21

    I. no haja perigo para o pblico ou para os habitantes da edificao;

    II. trate-se de prdio composto de parte comercial e parte residencial e haja utilizao independente destas

    partes;

    III. trate-se de prdio constitudo de unidades autnomas;

    IV. trate-se de prdios licenciados por um s Alvar e construdos no interior de um mesmo lote;

    6. O Habite-se Parcial no ser concedido sem que

    o interessado assine um termo, obrigando-se a concluir a obra

    dentro de prazo estipulado pelo rgo municipal competente.

    7. A Municipalidade s fornecer o Habite-se a

    obras regularizadas atravs de aprovao de Projeto e Alvar

    de Construo.

    7 A Municipalidade s fornecer o Habite-se

    definitivo a obras regularizadas mediante comprovao da

    titularidade. );(alterado pela Lei Complementar no 112 de 18 de

    dezembro de 2009)

    8 Poder ser concedido Certido de Trmino de

    Obra, para obras devidamente construdas de acordo com o

    Projeto aprovado, antes do Habite-se definitivo); (includo pela

    Lei Complementar no 112 de 18 de dezembro de 2009)

    SEO IX

    DAS VISTORIAS

    Art. 43. A Municipalidade fiscalizar as diversas obras requeridas, a fim de que as mesmas estejam de

    acordo com disposies deste Cdigo, demais Leis pertinentes e

    de acordo com os projetos aprovados.

    1. Os fiscais do Municpio de Paranagu tero

    ingresso a todas as obras mediante a apresentao de prova de

    identidade, independentemente de qualquer outra formalidade.

    2. Os funcionrios investidos em funo

    fiscalizadora podero, observadas as formalidades legais,

    inspecionar bens e papis de qualquer natureza, desde que

    constituam objeto da presente legislao.

    Art. 44. Em qualquer perodo da execuo da obra, o rgo competente da Municipalidade poder exigir que

    lhe sejam exibidos as plantas, clculos e demais detalhes que

    julgar necessrio.

    Art. 45. Se, por ocasio da vistoria, for constatado que a edificao no foi construda, ampliada,

    reconstruda ou reformada de acordo com o Projeto aprovado, o

    responsvel tcnico e o proprietrio sero notificados, de

    acordo com as disposies deste Cdigo, e intimados a

    legalizar as obras, caso as alteraes possam ser executadas

  • 22

    ou a fazer a demolio ou modificao necessria para

    regularizar a situao da obra, de acordo com o projeto.

    SEO X

    DAS OBRAS PARALISADAS

    Art. 46. No caso de paralisao de uma obra por mais de 180 (cento e oitenta) dias, dever ser feito o

    fechamento do terreno no alinhamento do logradouro, dotado de

    porto de entrada.

    Pargrafo nico. No caso de continuar paralisada a

    obra, depois de decorridos mais 180 (cento e oitenta) dias, o

    rgo competente da Municipalidade examinar o local, a fim de

    verificar se a construo oferece perigo e promover as

    providncias julgadas convenientes, nos termos deste Cdigo.

    Art. 47. As disposies desta Seo sero aplicadas tambm s obras que j se encontram paralisadas na

    data de vigncia deste Cdigo, contando-se o prazo do artigo

    anterior a partir da data de publicao da presente lei.

    SEO XI

    DA LICENA PARA DEMOLIO

    Art. 48. A demolio de qualquer edificao, excetuados apenas os muros de fechamento de at 3,00m (trs

    metros) de altura, s poder ser executada mediante licena

    expedida pela Municipalidade.

    1. Qualquer edificao que esteja, a juzo do

    departamento competente da Municipalidade, ameaada de

    desabamento, dever ser demolida pelo proprietrio ou, em caso

    de recusa deste, pela Municipalidade, cobrando daquele as

    despesas correspondentes, acrescidas da taxa de 20 % (vinte

    por cento) de administrao.

    2. Tratando-se de edificao com mais de dois

    pavimentos, ou que tenha 6,00m (seis metros) ou mais de

    altura, a demolio s poder ser efetuada sob a

    responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

    3. Tratando-se de edificao situada no Setor

    Histrico Tombado, Setor de rea Envoltria e Setor de

    Proteo, definidas pela Lei de Zoneamento de Uso e Ocupao

    do Solo, a demolio s poder ser efetuada sob

    responsabilidade de profissional legalmente habilitado e a

    critrio do Departamento de Patrimnio Histrico.

    4. No caso de edificao no alinhamento do

    logradouro ou sobre uma ou mais divisas do lote, mesmo que

    seja de um s pavimento, ser exigida a responsabilidade de

    profissional habilitado.

    5. Em qualquer demolio o profissional responsvel

    ou o proprietrio, conforme o caso, providenciar a construo

    de tapumes e demais medidas necessrias e possveis para

    garantir a segurana dos proprietrios e do pblico, das

  • 23

    benfeitorias do logradouro e propriedades vizinhas obedecendo

    ao que dispem, os artigos 249 a 256 do presente Cdigo.

    6. A Municipalidade poder, sempre que julgar

    conveniente, estabelecer horrio dentro do qual uma demolio

    deva ou possa ser executada.

    7. O requerimento em que for solicitada a licena

    para uma demolio ser assinado pelo profissional responsvel

    juntamente com o proprietrio.

    8. No pedido de licena para a demolio dever

    constar o prazo de durao dos trabalhos, o qual poder ser

    prorrogado atendendo solicitao justificada do interessado e

    a juzo da Municipalidade, salvo os casos fortuitos e de fora

    maior, quando o prazo ser prorrogado automaticamente pelo

    tempo do evento.

    9. Caso a demolio no fique concluda dentro do

    prazo prorrogado, o responsvel ficar sujeito s multas

    previstas neste Cdigo.

    10. Em casos especiais, a Municipalidade poder

    exigir obras de proteo para demolio de muro de altura

    inferior a 3,00m (trs metros).

    SEO XII

    DAS OBRIGAES DURANTE A EXECUO DE OBRAS

    Art. 49. Para fins de documentao e fiscalizao, os alvars e licenas para obras em geral,

    devero permanecer no local da obra, juntamente com o Projeto

    aprovado.

    Pargrafo nico. Os documentos referidos no caput

    desse artigo devero ser protegidos contra a ao do tempo e

    facilmente acessveis fiscalizao da Municipalidade,

    durante as horas de trabalho.

    Art. 50. Durante a execuo das obras, o profissional responsvel e/ou proprietrio dever pr em

    prtica todas as medidas possveis para garantir a segurana

    dos operrios, do pblico e das propriedades vizinhas e

    providenciar para que o leito do logradouro no trecho

    abrangido pelas mesmas obras seja permanentemente mantido em

    perfeito estado de limpeza.

    1. Quaisquer detritos cados das obras assim como

    resduos de materiais que ficarem sobre parte do leito do

    logradouro pblico, devero ser imediatamente recolhidos

    sendo, caso necessrio, feita a varredura de todo o trecho do

    mesmo logradouro cuja limpeza ficar prejudicada, alm de

    irrigao para impedir o levantamento do p.

    2. O responsvel por uma obra dever pr em prtica

    todas as medidas possveis no sentido de evitar incmodos para

    a vizinhana pela queda de detritos nas propriedades vizinhas,

    pela produo da poeira ou rudo excessivo.

    CAPTULO IV

    DAS INFRAES E PENALIDADES

  • 24

    SEO I

    GENERALIDADES

    Art. 51. s infraes cometidas ao disposto neste Cdigo sero aplicadas as seguintes penas:

    I. Embargo;

    II. Multa;

    III. Interdio do prdio ou dependncia;

    IV. Demolio.

    SEO II

    DAS AUTUAES E MULTAS

    Art. 52. As multas, independente de outras penalidades legais aplicveis, sero impostas quando:

    I. Forem falseadas cotas e outras medidas no projeto, ou qualquer elemento do processo de aprovao do

    mesmo;

    II. As obras forem executadas em desacordo com o projeto aprovado, com a licena fornecida ou com as normas da

    presente Lei;

    III. A obra for iniciada sem projeto aprovado ou licenciado;

    IV. A edificao for ocupada antes da expedio pela Prefeitura do Habite-se, quer seja pela no solicitao do

    mesmo ou ainda quando da inexistncia de alvar de construo

    a qualquer tempo;

    V. No for obedecido o embargo imposto pela autoridade municipal competente;

    VI. Houver prosseguimento da obra, vencido o prazo de licenciamento, sem que tenha sido concedida a necessria

    prorrogao do prazo;

    VII. Demais penalidades previstas em legislao especfica.

    Art. 53. A multa ser imposta pela autoridade municipal competente, vista do auto de infrao lavrado pelo

    funcionrio habilitado, que apenas registrar a falta ou

    infrao verificada, indicando o dispositivo infringido.

    Art. 54. O auto de infrao, em quatro vias, dever ser assinado pelo funcionrio que tiver constatado a

    existncia da irregularidade e tambm, sempre que possvel,

    pelo prprio autuado; na sua ausncia, poder ser colhida a

    assinatura de representante, preposto, ou de quem lhe fizer

    vezes.

    1. A recusa de assinatura no auto de infrao ser

    anotada pelo autuante perante duas testemunhas, considerando-

    se neste caso, formalizada a autuao.

    2. A ltima via do auto de infrao, quando o

    infrator no for encontrado, ser encaminhada oficialmente ao

    responsvel pela empresa construtora, sendo considerado, para

  • 25

    todos os efeitos legais, como estando o infrator cientificado

    da mesma.

    Art. 55. O auto de infrao dever conter: I. A indicao do dia e lugar em que se deu a

    infrao, ou em que esta foi constatada pelo autuante;

    II. Fato ou ato que constitua a infrao, indicando o dispositivo legal infringido;

    III. Nome e assinatura do infrator, ou, na sua falta, denominao que o identifique, e endereo;

    IV. Nome e assinatura do autuante, bem como a sua funo ou cargo;

    V. Nome, assinatura e endereo das testemunhas, no caso do 1 do artigo anterior.

    Art. 56. Lavrado o ato de infrao, o infrator poder apresentar defesa escrita dirigida autoridade

    municipal competente no prazo mximo de 15 (quinze) dias

    corridos, a contar de seu recebimento, findo o qual ou

    indeferido o recurso interposto o auto ser encaminhado para

    imposio da multa e cobrana.

    Art. 57. Imposta a multa, ser dado conhecimento da mesma ao infrator, no local da infrao ou na

    sede da empresa construtora, mediante entrega da segunda via

    do auto da infrao, na qual dever constar o despacho da

    autoridade municipal competente que a aplicou.

    1. O infrator ter o prazo de 15 (quinze) dias para

    efetuar o pagamento da multa.

    2. Decorridos o prazo estipulado no Pargrafo 1,

    a multa no paga ser cobrada por via executiva, sem prejuzo

    de outras penalidades.

    Art. 58. Ter andamento sustado o processo de aprovao de projeto ou licenciamento de construo cujo

    responsvel tcnico ou empresa construtora esteja em dbito

    com a Prefeitura.

    Art. 59. As multas pelo descumprimento dos dispositivos desta Lei, sero fixadas considerando-se a maior

    ou menor gravidade e natureza da infrao, suas circunstncias

    e os antecedentes do infrator, sendo seu valor estabelecido de

    acordo com a Unidade Fiscal do Municpio.

    Art. 60. O pagamento da multa no isenta o requerente da regularizao da infrao, que dever ser

    atendida de acordo com que dispe a presente Lei.

    Art. 61. Pelas infraes s disposies deste Cdigo sero aplicadas ao construtor ou profissional

    responsvel pela execuo das obras, ao autor do projeto e ao

    proprietrio, conforme o caso, as seguintes multas, em Unidade

    Fiscal do Municpio (UFM):

  • 26

    Item Infrao Multa

    em

    UFM

    I Pelo falseamento de medidas, cotas, e demais

    indicaes do projeto:

    ao profissional infrator

    500

    II Pelo viciamento do projeto aprovado, introduzindo-

    lhe alterao de qualquer espcie:

    ao proprietrio

    ao executor da obra

    ao profissional habilitado responsvel pela execuo

    500

    500

    500

    III Pelo incio da execuo da obra sem licena:

    ao proprietrio

    ao construtor

    500

    500

    IV Pelo incio de obras sem os dados oficiais de

    alinhamento e nivelamento:

    ao proprietrio

    ao construtor

    300

    300

    V Pela execuo da obra em desacordo com o projeto

    aprovado:

    ao proprietrio

    ao construtor

    ao profissional responsvel

    500

    500

    500

    VI Pela falta de projeto aprovado e documentos

    exigidos no local da obra:

    ao proprietrio

    ao construtor

    300

    300

    VII Pela inobservncia das prescries sobre andaimes e

    tapumes:

    ao construtor

    500

    VIII Pela paralisao da obra sem comunicao

    Municipalidade:

    ao proprietrio

    300

    IX Pela desobedincia ao embargo municipal:

    ao proprietrio

    ao construtor

    ao profissional responsvel

    600

    600

    600

    X Pela ocupao da edificao sem que

    Municipalidade tenha fornecido o Habitese:

    ao proprietrio

    500

    XI Concluda a reconstruo ou reforma se no for

    requerida a vistoria:

    ao proprietrio

    300

    Art. 61 Pelas infraes s disposies deste Cdigo sero

    aplicadas ao construtor ou profissional responsvel pela

  • 27

    execuo das obras, ao autor do projeto e ao proprietrio,

    conforme o caso, as seguintes multas: );(alterado pela Lei

    Complementar no 112 de 18 de dezembro de 2009)

    Item Infrao Multa

    em

    UFM

    I Pelo falseamento de medidas, cotas, e demais

    indicaes do projeto:

    ao profissional infrator

    4/m

    II Pelo viciamento do projeto aprovado, introduzindo-

    lhe alterao de qualquer espcie:

    ao proprietrio

    ao construtor

    ao profissional habilitado responsvel pela execuo

    4/m

    4/m

    4/m

    III Pelo incio da execuo da obra sem licena:

    ao proprietrio

    ao construtor

    4/m

    4/m

    IV Pelo incio de obras sem os dados oficiais de

    alinhamento e nivelamento:

    ao proprietrio

    ao construtor

    3/m

    3/m

    V Pela execuo da obra em desacordo com o projeto

    aprovado:

    ao proprietrio

    ao construtor

    ao profissional habilitado responsvel pela execuo

    4/m

    4/m

    4/m

    VI Pela falta do projeto aprovado e documentos

    exigidos no local da obra:

    ao proprietrio

    ao construtor

    3/m

    3/m

    VII Pela inobservncia das prescries sobre andaimes e

    tapumes:

    ao construtor

    4/m

    VIII Pela paralisao da obra sem comunicao

    Municipalidade:

    ao proprietrio

    3/m

    IX Pela desobedincia ao embargo municipal:

    ao proprietrio

    ao construtor

    ao profissional habilitado responsvel pela execuo

    10/m

    10/m

    10/m

    X Pela ocupao da edificao sem que

    Municipalidade tenha fornecido o Habitese:

    ao proprietrio

    4/m

    XI Concluda a reconstruo ou reforma se no for

  • 28

    requerida a vistoria:

    ao proprietrio

    3/m

    SEO III

    DOS EMBARGOS

    Art. 62. Obras em andamento de qualquer natureza sero embargadas, sem prejuzo das multas, quando:

    I. Estiverem sendo executadas sem o respectivo alvar de licenciamento nos casos em que este for necessrio;

    II. Houver desobedincia ao projeto aprovado ou inobservncia de qualquer prescrio essencial do alvar de

    licena;

    III. No for respeitado o alinhamento predial ou recuo mnimo;

    IV. Estiverem sendo executadas sem a responsabilidade de profissional legalmente habilitado e

    matriculado na Prefeitura, quando indispensvel;

    V. Estiver em risco sua estabilidade; VI. Constiturem ameaa para o pblico ou para o

    pessoal que a executa;

    VII. For constatada ser fictcia a assuno de responsabilidade profissional, o seu projeto ou execuo;

    VIII. Profissional responsvel tiver sofrido suspenso ou cassao pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura

    e Agronomia CREA;

    IX. A obra, j autuada, no tenha sido regularizada no tempo previsto.

    Art. 63. Ocorrendo as hipteses do Artigo anterior, a autoridade municipal competente far notificao

    por escrito ao infrator, dando cincia da mesma autoridade

    superior, atravs de Relatrio semanal que conste local,

    horrio e proprietrio da obra.

    Art. 64. Verificada a procedncia da notificao pela autoridade municipal competente, esta

    determinar o embargo em termo prprio que mandar lavrar, e

    no qual far constar as exigncias a serem cumpridas para o

    prosseguimento da obra, sem prejuzo de imposio de multas.

    Art. 65. O termo de embargo ser apresentado ao infrator para que o assine e, no caso deste no ser

    encontrado, o termo ser encaminhado oficialmente ao

    responsvel pela empresa construtora, seguindo-se o processo

    administrativo para a respectiva paralizao da obra.

    Art. 66. O embargo ser levantado aps o cumprimento das exigncias consignadas no respectivo termo e

    satisfeito o pagamento de todos os emolumentos e multas em que

    haja o responsvel incidido.

  • 29

    SEO IV

    DA INTERDIO

    Art. 67. Uma edificao, ou qualquer uma de suas dependncias, poder ser interditada em qualquer tempo,

    com impedimento de sua ocupao, quando oferecer iminente

    perigo de carter pblico.

    Art. 68. A interdio ser imposta por escrito aps vistoria efetuada pela autoridade competente.

    Pargrafo nico. No atendida a interdio, e no

    interposto recurso ou indeferido este, a Prefeitura tomar as

    medidas cabveis.

    SEO V

    DAS DEMOLIES

    Art. 69. A demolio parcial ou total da edificao ser imposta quando:

    I. A obra estiver sendo executada sem projeto aprovado e sem alvar de licenciamento e no puder ser

    regularizada, nos termos da legislao vigente;

    II. Houver desrespeito ao alinhamento.

    SEO VI

    DA DEMOLIO

    Art. 70. A demolio parcial ou total da edificao ser imposta nos seguintes casos:

    I. A obra estiver sendo executada sem projeto

    aprovado e sem alvar de licenciamento, e no houver condies

    de regularizao nos termos da legislao pertinente;

    II. Construo feita sem observncia do alinhamento

    ou nivelamento fornecido pela Municipalidade, ou sem as

    respectivas cotas ou com desrespeito ao projeto aprovado, nos

    seus elementos essenciais, no havendo possibilidade para

    ajust-la legislao pertinente;

    III. Obra julgada em risco, quando o proprietrio se

    recusar a tomar as providncias determinadas pela

    Municipalidade para sua segurana;

    IV. Construo que ameace runa e que o proprietrio

    no queira demolir ou no possa reparar, por falta de

    recursos, ou disposio regulamentar.

    Art. 71. A demolio ser precedida de vistoria por uma comisso composta por 03 (trs) engenheiros e/ou

    arquitetos, designados pelo Chefe do Poder Executivo,

    pertencentes ou no ao quadro de funcionrios da

    Municipalidade.

    Pargrafo nico. A comisso designada proceder da

    seguinte forma:

  • 30

    I. Determinar dia e hora para vistoria, fazendo

    intimar o proprietrio para acompanhar o ato; no sendo o

    mesmo encontrado, far-se- intimao por edital com prazo de

    10 (dez) dias;

    II. No comparecendo o proprietrio ou seu

    representante, a comisso far rpido exame da construo e,

    se verificar que a vistoria pode ser adiada, mandar fazer

    nova intimao ao proprietrio;

    III. No podendo fazer adiamento, ou se o

    proprietrio no atender segunda intimao, a comisso far

    os exames que julgar necessrio, findo os tais dar seu laudo

    dentro de 3 (trs) dias, devendo constar no mesmo o que for

    verificado, o que o proprietrio deve fazer para evitar a

    demolio e o prazo para essas providncias, o qual, salvo em

    caso de urgncia, no poder ser inferior a 3 (trs) dias e

    nem superior a 90 (noventa) dias;

    IV. Sero concedidas cpias do laudo ao

    proprietrio e aos moradores do prdio, se for alugado,

    obrigatoriamente acompanhadas da intimao para o cumprimento

    das decises proferidas;

    V. A cpia do laudo e a intimao do proprietrio

    sero entregues mediante comprovante de recebimento, ou, no

    caso de no ser aquele encontrado ou recusar receb-los, sero

    publicados em resumo, por 3 (trs) vezes, pela imprensa local,

    e afixados no mural de publicaes ou boletim oficial;

    VI. No caso de runa iminente, a vistoria ser

    feita com urgncia, dispensando-se a presena do proprietrio,

    se no houver tempo hbil para encontr-lo, e levando-se ao

    conhecimento do Chefe do Poder Executivo as concluses do

    laudo, para que ordene a demolio.

    Art. 72. Informado o proprietrio do resultado da vistoria e feita a devida intimao, seguir-se-o as

    providncias administrativas.

    Art. 73. Se no forem cumpridas as decises do laudo, nos termos do artigo anterior, sero adotadas as

    medidas judiciais cabveis.

    SEO VI

    DAS SANES

    Art. 74. A Municipalidade poder cancelar a inscrio de profissionais (Pessoa Fsica ou Jurdica), aps

    deciso da Comisso de tica nomeada pelo Chefe do Poder

    Executivo, e comunicar ao CREA especialmente os responsveis

    tcnicos que:

    I. Prosseguirem a execuo de obra embargada pela

    Municipalidade;

    II. No obedecerem aos projetos previamente

    aprovados, ampliando ou reduzindo as dimenses indicadas nas

    plantas e cortes;

  • 31

    III. Hajam incorrido em 3 (trs) multas por infrao

    cometida na mesma obra;

    IV. Alterem as especificaes indicadas no projeto ou

    as dimenses, ou elementos das peas de resistncia

    previamente aprovados pela Municipalidade;

    V. Iniciarem qualquer obra sem o necessrio Alvar

    de Construo;

    VI. Cometerem, por impercia, faltas que venham a

    comprometer a segurana da obra.

    Pargrafo nico. A Comisso de tica referida no

    caput deste artigo ser composta por um representante do CREA,

    um representante da Associao dos Engenheiros e Arquitetos e

    por um funcionrio lotado na Secretaria Municipal de

    Urbanismo.

    TTULO II

    DA CLASSIFICAO DAS EDIFICAES

    Art. 75. Dentro de um lote, uma construo ou edificao considerada isolada das divisas quando a rea

    livre, em torno do volume edificado, contnua em qualquer

    que seja o nvel do piso considerado.

    Art. 76. Dentro de um lote, uma construo ou edificao considerada contgua a uma ou mais divisas,

    quando a rea deixar de contornar, continuamente, o volume

    edificado no nvel de qualquer piso.

    Art. 77. Quando num lote houver duas edificaes, formar-se- o Grupamento de Edificaes, que,

    conforme suas utilizaes, poder ser residencial ou no

    residencial.

    Art. 78. Conforme a utilizao a que se destinam, as edificaes classificam-se em:

    I. residenciais;

    II. no residenciais;

    III. mistas.

    CAPTULO I

    DAS EDIFICAES RESIDENCIAIS

    Art. 79. Segundo o tipo de utilizao, as edificaes residenciais subdividem-se em:

    I. Edificaes residenciais unifamiliares;

    II. Edificaes residenciais multifamiliares.

    Pargrafo nico. Toda unidade residencial ser

    constituda de no mnimo 1 (um) compartimento de permanncia

    prolongada, desde que tenha rea no inferior a 20m (vinte

    metros quadrados), com instalaes sanitrias e uma cozinha.

    SEO I

  • 32

    DAS EDIFICAES RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES

    Art. 80. Uma edificao considerada unifamiliar quando nela existir uma nica unidade residencial,

    podendo ser:

    I. isolada;

    II. geminada.

    Art. 81. Uma residncia considerada isolada quando sozinha ocupar o interior de um lote.

    Art. 82. Consideram-se residncias geminadas duas unidades de residncias contguas, que possam usar uma

    parede comum em alvenaria, alcanando at a altura da

    cobertura, constituindo no seu aspecto externo uma unidade

    arquitetnica homognea, no implicando simetria bilateral.

    1. As residncias geminadas obedecero, alm das

    demais normas dessa lei e da Lei de Parcelamento do Solo

    Urbano, ao que segue:

    I. cada unidade dever ter acesso independente; II. tero no mximo 2 (dois) pavimentos por unidade

    residencial, sendo permitido 1 (um) subsolo, considerado como

    pavimento;

    III. tero instalaes eltricas, hidrosanitrias e complementares independentes.

    2. O lote das residncias geminadas, s poder ser

    desmembrado quando cada unidade estiver de acordo com as leis

    de Parcelamento do Solo Urbano e Zoneamento de Uso e Ocupao

    do Solo Urbano.

    SUBSEO NICA

    DAS EDIFICAES RESIDENCIAIS UNIFAMILIARES EM SRIE

    Art. 83. As edificaes residenciais unifamiliares em srie se caracterizam por 2 (duas) ou mais

    unidades autnomas, at o limite de 20 (vinte), de residncias

    unifamiliares agrupadas horizontalmente, paralelas ou

    transversais ao alinhamento predial.

    Art. 84. As especificaes e os parmetros construtivos das edificaes residenciais unifamiliares esto

    definidos na Lei de Parcelamento do Solo Urbano.

    SEO II

    DAS EDIFICAES RESIDENCIAIS MULTIFAMILIARES

    Art. 85. Uma edificao considerada multifamiliar, quando possuir duas ou mais unidades

    residenciais, podendo ser:

    I. Edificao residencial multifamiliar permanente; II. Edificao residencial multifamiliar especial.

  • 33

    Art. 86. So consideradas edificaes residenciais unifamiliares permanentes aquelas que comportam

    mais de duas unidades residenciais autnomas, agrupadas

    verticalmente, com reas comuns de circulao interna e acesso

    ao logradouro pblico.

    Pargrafo nico. As edificaes referidas neste

    artigo devero possuir:

    I. Local para coleta de resduos slidos;

    II. Equipamentos para extino de incndio, de

    acordo com as exigncias do Corpo de Bombeiros e disposies

    do presente Cdigo;

    III. rea de recreao, nos termos dos artigos 182 e

    183 deste Cdigo;

    VI. Local para estacionamento ou guarda de veculos,

    conforme o disposto no Ttulo VIII do presente regulamento;

    VII. Instalao de pra-raios.

    Art. 87. As edificaes residenciais multifamiliares permanentes podem apresentar-se sob forma de

    conjuntos habitacionais, onde os conjuntos habitacionais so

    constitudos por dois ou mais blocos de edifcios de

    habitao, com rea de uso comum, implantados no mesmo

    terreno.

    Pargrafo nico. O afastamento mnimo entre blocos

    ser de 3 m (trs metros) para edificaes de at 4 (quatro)

    pavimentos, com acrscimo de 0,8 m (oitenta centmetros) a

    cada pavimento adicional.

    SEO III

    DAS EDIFICAES RESIDENCIAIS COLETIVAS

    Art. 88. Edificaes residenciais coletivas so aquelas nas quais as atividades residenciais se desenvolvem em

    compartimentos de utilizao coletiva, como dormitrios,

    sales de refeies, sanitrios comuns, podendo ser:

    internatos, pensionatos, asilos ou orfanatos, e similares.

    SEO IV

    DAS EDIFICAES RESIDENCIAIS TRANSITRIAS

    Art. 89. Entende-se por edificaes residenciais transitrias as edificaes destinadas a hotis, motis,

    apart-hotis e congneres, nas quais devero existir sempre,

    como partes comuns obrigatrias:

    I. Recepo ou espera; II. Quartos de hspedes; III. Instalaes sanitrias; IV. Acesso e circulao de pessoas; V. Servios; VI. Acesso a veculos e estacionamento; VII. rea de recreao, no caso de apart-hotel, hotel

    residencial, camping, colnia de frias e pousadas;

  • 34

    VIII. Acesso e condies de utilizao especial de pelo menos uma unidade de dormitrio para usurios de cadeiras

    de rodas, excetuando-se os motis;

    IX. Equipamentos para extino de incndio, de acordo com as normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros e

    disposies deste Cdigo;

    X. Todas as demais exigncias contidas no Cdigo Sanitrio do Estado;

    XI. Local fechado e interno a edificao para depsito de lixo.

    1. Os hotis devero ter, alm do exigido no artigo

    anterior, salas de estar ou visitas, local para refeies,

    copa, cozinha, despensa, lavanderia, vestirio de empregados e

    escritrio para o encarregado do estabelecimento.

    2. Nos motis, edificaes com caractersticas

    horizontais, cada unidade de hospedagem deve ser constituda

    de, no mnimo, quarto e instalao sanitria, podendo dispor

    de uma garagem abrigo ou vaga para estacionamento.

    Art. 90. A adaptao de qualquer edificao para sua utilizao como hotel, motel, apart-hotel e congneres

    ter que atender integralmente todos os dispositivos do

    presente Cdigo.

    Art. 91. Dever ser previsto o local para embarque e desembarque de usurios, bem como estacionamento de

    veculos, segundo captulo especfico deste Cdigo, que trata

    do tema.

    CAPTULO II

    DAS EDIFICAES NO RESIDENCIAIS

    Art. 92. As edificaes no residenciais so aquelas destinadas a:

    I. Comrcio e prestao de servios; II. Indstrias; III. Edificaes para usos de sade; IV. Estabelecimentos educacionais; V. Usos comunitrios diversos.

    SEO I

    DAS EDIFICAES COMERCIAIS E DE PRESTAO DE SERVIOS

    Art. 93. As unidades destinadas a comrcio e servios so as lojas, salas e escritrios.

    1. Entende-se por loja o espao destinado

    comercializao de produtos;

    2. Entende-se por sala ou escritrio o espao

    destinado a prestao de servios.

    Art. 94. As farmcias, alm de atender o disposto neste cdigo, devero tambm atender as exigncias

  • 35

    contidas no Cdigo Sanitrio do Estado e outras legislaes

    especficas.

    Art. 95. As unidades destinadas ao comrcio de gneros alimentcios devero tambm atender as exigncias

    contidas no Cdigo Sanitrio do Estado e outras legislaes

    especficas.

    Art. 96. As edificaes destinadas a comrcio, servios ou atividades profissionais devero ter dispositivo

    de preveno contra incndio em conformidade com as

    determinaes deste Cdigo e normas especficas do Corpo de

    Bombeiros.

    Art. 97. Todas as edificaes comerciais devero possuir sanitrios nas seguintes propores:

    I. acima de 150,00m (cento e cinqenta metros quadrados) da rea total, sanitrios separados para os dois

    sexos, na proporo de um sanitrio a cada 200,00m (duzentos

    metros quadrados) de rea acrescida considerando a metragem da

    rea de vendas e servios.

    II. quando se tratar de um conjunto de lojas ou salas em um mesmo pavimento, poder ser feito um agrupamento de

    instalaes sanitrias, observado o inciso I deste artigo.

    Art. 98. As galerias comerciais, alm das disposies do presente Cdigo que lhes forem aplicveis,

    devero ter largura mnima igual 2,50m (dois e meio metros).

    Pargrafo nico. O hall de elevadores que se ligar s

    galerias no dever interferir na circulao das mesmas quando

    a edificao exceder 02 (dois) pavimentos atendidos pelos

    elevadores.

    Art. 99. As galerias comerciais, alm das disposies do presente Cdigo que lhes forem aplicveis,

    devero ter p direito mnimo de 3,00m (trs metros).

    Art. 100. Nos locais onde houver preparo, manipulao ou depsito de alimentos, os pisos e as paredes

    at 1,50m (um metro e cinqenta centmetros) devero ser

    revestidos com material liso, resistente, lavvel e

    impermevel.

    Art. 101. As salas de refeies no podero ter ligao direta com os compartimentos sanitrios.

    Art. 102. Os compartimentos sanitrios destinados ao pblico devero obedecer as seguintes condies:

    I. para o sexo feminino, em reas de at 50,00m (cinqenta metros quadrados), 1 (um) vaso sanitrio e 1 (um)

    lavatrio;

  • 36

    II. para o sexo masculino, em reas de at 50,00m (cinqenta metros quadrados) 1 (um) vaso sanitrio, 1 (um)

    mictrio e 1 (um) lavatrio.

    Pargrafo nico. Para cada rea adicional de 50,00m

    (cinqenta metros quadrados) devero ser acrescidas as

    exigncias dos incisos I e II deste artigo.

    SEO II

    DAS OFICINAS MECNICAS

    Art. 103. As edificaes destinadas a oficinas mecnicas devero obedecer as seguintes condies:

    I. ter rea coberta capaz de comportar os veculos em reparo;

    II. ter p direito mnimo de 3,50m (trs metros e cinqenta centmetros), inclusive nas partes inferiores dos

    mezaninos, a menos que os mesmos sejam utilizados como rea de

    apoio (copa, bwc, administrao);

    III. ter compartimentos sanitrios e demais dependncias destinadas aos empregados, de conformidade com as

    determinaes do artigo 99 deste Cdigo;

    IV. ter acessos e sadas devidamente sinalizados e sem barreiras visuais;

    V. ter equipamentos de preveno de incndio; VI. possuir local para depsito do lixo no interior

    do lote;

    VII. possuir as divisas laterais fechadas com muros; VIII. tratamento especial para resduos, leos e

    graxas, conforme legislao estadual especfica.

    Art. 104. Nas edificaes onde houver produo de rudos intensos, estes devero ser tecnicamente isolados no

    podendo haver propagao de rudos para o exterior.

    SEO III

    DAS INDSTRIAS

    Art. 105. As edificaes destinadas a indstrias em geral, fbricas e oficinas, alm das disposies constantes

    nas legislaes federais e estaduais trabalhistas, devero:

    I. ser de material incombustvel, tolerando-se o

    emprego de madeira ou outro material combustvel apenas nas

    esquadrias e estruturas de cobertura;

    II. ter dispositivo de preveno contra incndio de

    conformidade com as determinaes deste Cdigo e do Corpo de

    Bombeiros;

    III. ter, no mnimo, 2 (dois) sanitrios, separados

    por sexo, quando possurem rea superior a 150,00m (cento e

    cinqenta metros quadrados);

    1. Quando os compartimentos das edificaes

    referidas no caput desse artigo forem destinados manipulao

    ou depsito de inflamveis, esses devero estar em

  • 37

    conformidade com as normas de segurana ditadas pelos rgos

    competentes.

    2. Quando os compartimentos das edificaes

    referidas no caput desse artigo tiverem rea superior a

    150,00m (cento e cinqenta metros quadrados), devero ter p

    direito mnimo de 3,20m (trs metros e vinte centmetros).

    Art. 106. As edificaes destinadas ao uso industrial tero tratamento especial para os efluentes lquidos e

    gasosos, quando apresentarem caractersticas fsico-qumicas,

    biolgicas ou bacteriolgicas agressivas, obrigando-se as

    indstrias a esgotarem seus efluentes lquidos e/ou gasosos

    dentro dos padres exigidos pela legislao Municipal,

    Estadual e Federal vigente.

    1. O tratamento de efluentes industriais mencionado

    neste artigo dever estar instalado antes da indstria comear

    a operar e poder ser comum a mais de uma indstria.

    2. O sistema de tratamento proposto, bem como o

    memorial descritivo, planta e relatrio de eficincia, dever

    ser apresentado ao rgo Estadual ou Federal competentes para

    anlise e aprovao e, posteriormente, aprovao da

    Municipalidade.

    3. A Municipalidade poder negar aprovao ou

    aprovar em carter temporrio, se entender que o sistema ser

    inoperante.

    4. Os despejos devero ser emitidos em regime de

    vazo constante, principalmente durante o perodo de

    funcionamento da indstria.

    5. Os resduos slidos sero transportados para

    local designado pelo rgo de limpeza pblica do Municpio.

    6. Nas indstrias a serem instaladas e nas

    indstrias existentes que passem a possuir lanamento de

    efluentes industriais, o tratamento de efluntes dever ser

    feito montante de captao de gua da prpria indstria

    quando ambos se derem em cursos dgua.

    Art. 107. As novas unidades industriais a serem edificadas sero isoladas visualmente da vizinhana atravs de

    um cinturo verde constitudo por rvores e arbustos de no

    mnimo 1,5 m (um metro e meio) de altura.

    SEO IV

    DAS EDIFICAES PARA USOS DE SADE

    Art. 108. Consideram-se edificaes para uso de sade as destinadas prestao de assistncia mdico-

    cirrgica e social, com ou sem internamento de pacientes,

    quais sejam:

    I. hospitais; II. maternidades; III. clnicas, laboratrios de anlises e pronto-

    socorros;

    IV. postos de sade.

  • 38

    Art. 109. As edificaes para uso de sade devero obedecer, alm das normas deste Cdigo, as condies

    estabelecidas pelo Governo Federal, observando ainda as

    legislaes Estadual e Municipal pertinentes matria.

    Art. 110. A edificao para posto de sade - estabelecimento de atendimento primrio destinado prestao

    de assistncia mdico-sanitria a uma populao pertencente a

    um pequeno ncleo - dever ter, no mnimo, compartimentos,

    ambientes ou locais para:

    I. espera; II. guarda de material e medicamentos; III. atendimento e imunizao; IV. curativos e esterilizao; V. material de limpeza; VI. sanitrio pblico e de funcionrios; VII. acesso e estacionamento de veculos.

    Art. 111. A edificao para centro de sade - estabelecimento de atendimento primrio, destinado prestao

    de assistncia mdico-sanitria a uma populao determinada,

    tendo como caracterstica o atendimento permanente por

    clnicos gerais - dever ter, no mnimo, compartimentos,

    ambientes ou locais para:

    I. espera; II. sanitrio pblico e de funcionrios; III. registro e arquivo mdico; IV. administrao e material; V. consultrio mdico; VI. atendimento e imunizao; VII. preparo de pacientes; VIII. curativos e reidratao; IX. laboratrio; X. despensa para medicamentos; XI. esterilizao e roupa limpa; XII. utilidade e despejo; XIII. servios; XIV. acesso e estacionamento de veculos, dependendo

    do porte e conforme regulamento especfico.

    Art. 112. A edificao para clnica sem internamento - destinada a consultas mdicas, odontolgicas ou

    ambas, com dois ou mais consultrios sem internamento - dever

    ter, no mnimo, compartimentos, ambientes ou locais para:

    I. recepo, espera e atendimento; II. esterilizao e roupa limpa; III. utilidade e despejo; IV. acesso e circulao de pessoas; V. instalaes sanitrias; VI. servios; VII. armazenamento de resduos; VIII. acesso e estacionamento de veculos;

  • 39

    IX. administrao; X. material.

    Art. 113. A edificao para clnica com internamento, destinada a consultas mdicas, odontolgicas ou

    ambas, com internamento e dois ou mais consultrios, dever

    ter, no mnimo, compartimentos, ambientes ou locais para:

    I. recepo, espera e atendimento; II. acesso e circulao de pessoas; III. instalaes sanitrias; IV. servios; V. acesso e estacionamento de veculos. VI. administrao; VII. quartos ou enfermarias para pacientes; VIII. servios mdico-cirrgicos; IX. material.

    Art. 114. Os laboratrios de anlises clnicas - edificaes nas quais se fazem exames de tecidos ou lquidos

    do organismo humano - devero ter, no mnimo, compartimentos,

    ambientes ou locais para:

    I. atendimento de clientes; II. coleta de material; III. laboratrio propriamente dito; IV. administrao; V. servios; VI. instalaes sanitrias; VII. acesso e estacionamento de veculos; VIII. material.

    Art. 115. A edificao destinada fabricao ou manipulao de produtos farmacuticos dever ter, no mnimo,

    compartimentos para:

    I. manipulao e fabricao; II. acondicionamento; III. laboratrio de controle; IV. embalagem de produto acabado; V. armazenamento de produtos acabados e de material

    de embalagem;

    VI. depsito de matria-prima; VII. instalaes sanitrias; VIII. servios; IX. acesso e estacionamento de veculos; X. armazenamento de resduos.

    Art. 116. A edificao para hospital - estabelecimento de sade, de atendimento de nv