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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA PORTARIA Nº 55, DE 27 DE JULHO DE 2004 ___________ Prazo encerrado Nota: ___________ O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA SUBSTITUTO, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, uso das atribuições que lhe confere inciso II, do art. 15, do Anexo I, do Decreto nº 4.629, de 21 de março de 2003, e o que consta do Processo nº 21000.004417/2004-53, resolve: Art. 1º Submeter à consulta pública, por um prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data da publicação desta Portaria, o Projeto de Instrução Normativa e anexo, que visa à aprovação das NORMAS REFERENTES À COMPLEMENTAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO VINHO E DOS DERIVADOS DA UVA E DO VINHO. Art. 2º As respostas da consulta pública de que trata o art. 1º, uma vez tecnicamente fundamentadas, deverão ser encaminhadas para o seguinte endereço: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal - DDIV - Coordenação de Inspeção Vegetal - CIV, Esplanada dos Ministérios - Bloco D - Anexo B - Sala 337 - CEP 70.043-900 - FAX (0XX61) 224-8961 - Endereço eletrônico: [email protected]. Art. 3º Findo o prazo estabelecido no art. 1º desta Portaria, a Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio da Coordenação de Inspeção Vegetal - CIV, avaliará as sugestões recebidas e fará as adequações pertinentes, publicando em caráter definitivo no Diário Oficial da União. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação. CEZAR WILSON MARTINS DA ROCHA D.O.U., 30/07/2004 ANEXO COMPLEMENTAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO VINHO E DOS DERIVADOS DA UVA E DO VINHO PARTE I - INTRODUÇÃO 1 OBJETIVO Esta norma tem por objeto complementar os Padrões de Identidade e Qualidade do vinho e dos derivados do vinho e da uva. 2 CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PARA EFEITO DESTA NORMA Fermentados: vinho, jeropiga e o filtrado doce; Destilados: conhaque, brandy, graspa ou bagaceira, destilado alcoólico simples de vinho, pisco; Fermentado acético: vinagre;

Lei Do Vinho e Dos Derivados Do Vinho e Da Uva

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Legislção de vinho e derivados

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  • MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO

    SECRETARIA DE DEFESA AGROPECURIA

    PORTARIA N 55, DE 27 DE JULHO DE 2004___________

    Prazo encerradoNota:___________

    O SECRETRIO DE DEFESA AGROPECURIA SUBSTITUTO, DO MINISTRIO DAAGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO, uso das atribuies que lhe confere inciso II, doart. 15, do Anexo I, do Decreto n 4.629, de 21 de maro de 2003, e o que consta do Processo n21000.004417/2004-53, resolve:

    Art. 1 Submeter consulta pblica, por um prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data da publicaodesta Portaria, o Projeto de Instruo Normativa e anexo, que visa aprovao das NORMASREFERENTES COMPLEMENTAO DOS PADRES DE IDENTIDADE E QUALIDADE DOVINHO E DOS DERIVADOS DA UVA E DO VINHO.

    Art. 2 As respostas da consulta pblica de que trata o art. 1, uma vez tecnicamente fundamentadas,devero ser encaminhadas para o seguinte endereo: Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento- Departamento de Defesa e Inspeo Vegetal - DDIV - Coordenao de Inspeo Vegetal - CIV,Esplanada dos Ministrios - Bloco D - Anexo B - Sala 337 - CEP 70.043-900 - FAX (0XX61) 224-8961 -Endereo eletrnico: [email protected].

    Art. 3 Findo o prazo estabelecido no art. 1 desta Portaria, a Secretaria de Defesa Agropecuria, por meioda Coordenao de Inspeo Vegetal - CIV, avaliar as sugestes recebidas e far as adequaespertinentes, publicando em carter definitivo no Dirio Oficial da Unio.

    Art. 4 Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicao.

    CEZAR WILSON MARTINS DA ROCHA

    D.O.U., 30/07/2004

    ANEXO

    COMPLEMENTAO DOS PADRES DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO VINHO E DOSDERIVADOS DA UVA E DO VINHO

    PARTE I - INTRODUO

    1 OBJETIVO

    Esta norma tem por objeto complementar os Padres de Identidade e Qualidade do vinho e dos derivadosdo vinho e da uva.

    2 CLASSIFICAO DOS PRODUTOS PARA EFEITO DESTA NORMA

    Fermentados: vinho, jeropiga e o filtrado doce;Destilados: conhaque, brandy, graspa ou bagaceira, destilado alcolico simples de vinho, pisco;

    Fermentado actico: vinagre;

  • No alcolicos: suco de uva;

    Alcolicos por mistura: mistela, cooler, mistela composta.

    PARTE II - VINHO

    1DEFINIO

    Vinho exclusivamente a bebida resultante da fermentao alcolica completa ou parcial da uva fresca,esmagada ou no, ou do mosto simples.

    2CLASSIFICAO

    Classes de vinho:

    Vinho leve;

    Vinho de mesa;

    Vinho Espumante;

    Vinho licoroso;

    Vinho composto.

    Tipos de vinho:

    Vinho tinto;

    Vinho rosado ou rose;

    Vinho branco.

    3 VINHO LEVE

    3.1 PADRES DE IDENTIDADE

    Vinho leve o vinho com graduao alcolica de 7 a 9,9%Vol a 20C, obtido exclusivamente dafermentao dos acares naturais de cultivares de uva Vitis vinfera, produzido durante a safra, nasregies produtoras, vedada a elaborao a partir de vinho de mesa.

    Quanto ao teor de acares totais calculado em g/l de glicose, o vinho leve ser designado:

    Max. Min. Seco 5,0 - Meio seco 20,0 5,1 Doce ou suave 80,0 20,1

    3.2 PADRES DE QUALIDADE

    3.2.1 INGREDIENTES:

    Bsicos: uvas frescas, ss e maduras.

    Opcionais: sacarose e/ou mosto de uva para adoamento.

  • 3.2.2 PARMETROS ANALTICOS

    O vinho leve dever obedecer aos limites a seguir fixados:

    Max. Min lcool etlico em %Vol, a 20C 9,9 7,0 Acidez total em meq/l 130,0 55,0 Acidez voltil (corrigida), em meq/l 20,0 - Extrato seco reduzido, em g/l - 13,0 Sulfatos totais, em sulfato de potssio,em g/l 1,0 -

    Anidrido sulfuroso total, em g/l 0,25 - Cloretos totais, em cloreto de sdio, emg/l 0,20 -

    Cinzas, em g/l, tintos - 1,5 Cinzas, em g/l, brancos e rosados - 1,0 lcool metlico, em g/l 0,30 -

    3.2.3 CRITRIOS DE QUALIDADE

    Devero ser observados os critrios de qualidade sobre o vinho de mesa.

    3.2.4 PRTICAS ENOLGICASSo permitidas todas as prticas previstas na Parte XV, exceto a do item 1.7.

    4 VINHO DE MESA

    4.1 PADRES DE IDENTIDADE

    Vinho de mesa o vinho com graduao alcolica de 10 a 13%Vol a 20C.

    Vinho frisante ou gaseificado o vinho de mesa com um contedo de anidrido carbnico mnimo de 0,5atm e mximo de 2 atm de presso a 10C, natural ou gaseificado..

    Vinhos finos ou nobres so os vinhos provenientes de cultivares de Vitis vinfera e que apresentam umcompleto e harmnico conjunto de qualidades organolpticas prprias.Vinhos especiais so os vinhos que, apresentando predominantemente caractersticas organolpticas deVitis vinfera, demonstram presena de uva hbrida e/ou cultivares do grupo das uvas americanas, at omximo de 2/5.

    Vinho comum ou de consumo corrente so os vinhos elaborados com uvas hbridas, ou de cultivares dogrupo das americanas e de outras variedades.

    Quanto ao teor de acares totais calculado em g/l de glicose, o vinho de mesa ser classificado:

    Max. Min. Seco 5,0 - Meio Seco 20,0 5,1 Doce ou suave 80,0 20,1

    4.2 PADRES DE QUALIDADE

    4.2.1 INGREDIENTES:

  • Bsicos: uvas frescas, ss e maduras.

    Opcionais: - para enriquecimento, lcool vnico, mosto concentrado e sacarose;

    - para adoamento, sacarose e mosto concentrado ou no.

    4.2.2 PARMETROS ANALTICOS

    O vinho de mesa dever obedecer aos limites a seguir fixados:

    Max. Min. lcool etlico em graus %vol, a 20C 13,0 10,0 Acidez total em meq/l 130,0 55,0 Acidez voltil (corrigida), em meq/l 20,0 - Sulfatos totais, em sulfato de potssio,em g/l 1,0 -

    Anidrido sulfuroso total, em g/l 0,25 - Cloretos totais, em cloreto de sdio,em g/l 0,20 -

    Cinzas, em g/l, para - vinhos comuns:

    - tinto

    -rosado e branco

    vinhos finos e especiais:

    - tinto

    -rosado e branco

    -

    -

    -

    -

    1,5

    1,3

    1,5

    1,0

    lcool metlico em g/l

    -tinto

    -rosado e branco

    0,30

    0,20

    -

    -

    Relao lcool em peso/extrato

    seco reduzido

    - vinhos comuns:

    tinto

    rosado

    branco

    - vinhos finos e especiais:

    tinto

    rosado

    4,8

    6,0

    6,5

    5,2

    6,5

    6,7

    -

    -

    -

    -

    -

    -

  • branco

    Sorbitol, em mg/l 50,0 - Sdio, em mg/l 80,0 - Potssio, em mg/l

    tinto

    rosado e branco

    -

    -

    800

    400

    Diglicosdeos de malvidina em vinhos finos (Ausncia/Presena) 4.2.3 CRITRIOS DE QUALIDADE

    1. O vinho de mesa no poder apresentar alteraes nas suas caractersticas organolpticas normais.

    2. Ser proibido a comercializao do vinho de mesa atacado por enoxidases, microorganismos e outrosagentes que provoquem turvaes e transformaes nas suas propriedades biolgicas, tais comoacetificao e outras alteraes.

    3. O vinho e o mosto no podero apresentar substncias ou produtos estranhos aos seus constituintesnaturais, salvo os previstos nestes padres.

    4. O vinho de mesa no poder ser obtido por uma segunda fermentao do bagao.

    5. O rendimento do mosto e do vinho resultante, em relao matria-prima uva, aps a separao daborra, no poder ser superior a 80% (volume/peso).

    6. Ser proibido adicionar ao mosto destinado vinificao qualquer produto que no conste dasrespectivas prticas enolgicas lcitas.

    7. Fica proibida a adio ao vinho de aromas naturais ou artificiais, bem como sua extrao noestabelecimento vinificador.

    4.2.4 PRTICAS ENOLGICASSo permitidas as definidas na Parte XV.

    5 VINHO ESPUMANTE

    5.1 PADRES DE IDENTIDADE

    Vinho Espumante Natural Vinho Espumante Natural ou Champanha (Champagne) o vinho espumantecujo anidrido carbnico seja unicamente resultante de uma segunda fermentao alcolica do vinho, emgarrafa ou grande recipiente, com graduao alcolica de 10 a 13%Vol a 20C e presso mnima de 3atm a 10C.

    Vinho Moscatel Espumante (processo Asti) ou Vinho Moscato Espumante o vinho com graduaoalcolica de 7 a 10%Vol, resultante de uma nica fermentao alcolica do mosto da uva da variedademoscatel (moscato), em garrafa ou grande recipiente e com presso mnima de 3 atm a 10C.

    Quanto ao teor de acares totais, calculados em g/l de glicose, o champanhe ser classificado:

    Max. Min. Extra-brut 6,0 - Brut 15,0 6,1 Seco ou sec 20,0 15,1

  • Meio-doce ou demisec 60,0 20,1 Doce 100,0 60,1

    5.2 PADRES DE QUALIDADE

    5.2.1 INGREDIENTES:

    Bsicos: Mosto e/ou vinho proveniente de Vitis vinfera.

    Opcionais: os mesmos admitidos para o vinho de mesa.

    5.2.2 PARMETROS ANALTICOS

    Para o vinho espumante natural, os parmetros so os mesmos para o vinho de mesa, excetuando-se oextrato seco reduzido.

    5.2.3 CRITRIOS DE QUALIDADE

    Sero os mesmos fixados para o vinho de mesa.

    5.2.4 PRTICAS ENOLGICASEmprego de nitrognio na compensao isobrica, por ocasio do engarrafamento.

    Sero admitidas todas as prticas enolgicas definidas na Parte XV, excetuando-se o item 1.17.

    5.3 Espumantes Gaseificados Vinho Gaseificado 5.3.1 PADRES DE IDENTIDADE

    Vinho Gaseificado o vinho resultante da introduo de anidrido carbnico puro, por qualquer processo,devendo apresentar graduao alcolica de 10 a 13%Vol a 20C e presso mnima de 2 e mxima de 3atm a 10C.

    Quanto ao teor de acares totais, calculados em g/l de glicose, ser classificado:

    Max. Min. Seco 20,0 - Meio-seco 60,0 20,1 Doce 100,0 60,1

    5.4 PADRES DE QUALIDADE

    5.4.1 INGREDIENTES:

    Bsicos:

    - Vinho de mesa;

    - anidrido carbnico puro.

    Opcionais:

    - sacarose e/ou mosto de uva para adoamento.

    5.4.2 PARMETROS ANALTICOS

    Para o vinho espumante gaseificado, a composio a mesma exigida para o vinho de mesa, exceto

  • quanto ao extrato seco reduzido.

    5.4.3 CRITRIOS DE QUALIDADE

    Sero os mesmos fixados para o vinho de mesa.

    5.4.4 PRTICAS ENOLGICASSo permitidas as definidas na Parte XV.

    6 VINHO LICOROSO

    6.1 PADRES DE IDENTIDADE

    Vinho Licoroso o vinho doce ou seco, com graduao alcolica de 14 a 18%Vol, adicionado ou no delcool etlico potvel, mosto concentrado, caramelo, acares e mistela simples.

    Quanto ao teor de acares totais calculado em g/l de glicose, o vinho licoroso ser designado:

    Max. Min. Seco 20,0 - Doce - 20,1

    6.2 PADRES DE QUALIDADE

    6.2.1 INGREDIENTES:

    Bsicos: uvas frescas, ss, maduras e/ou vinho de mesa.

    Opcionais:

    - lcool etlico potvel;

    - sacarose e/ou mosto de uva para adoamento;

    - caramelo de uva, de acar ou de milho;

    - mistela.

    6.2.2 PARMETROS ANALTICOS

    O vinho licoroso dever obedecer aos limites a seguir fixados:

    Max. Min. lcool etlico em %Vol, a 20C 18,0 14,0 Acidez total, em meq/l 120,0 50,0 Acidez fixa, em meq/l - 30,0 Acidez voltil (corrigida), em meq/l 20,0 - Sulfatos totais, em sulfato de potssio,em g/l 1,0 -

    Anidrido sulfuroso total, em g/l 0,25 - Cloretos totais, em cloreto de sdio,em g/l 0,20 -

    Cinzas, em g/l, para tintos - 1,2 Cinzas em g/l, para brancos e rosados - 1,0

  • Extrato seco reduzido, em g/l

    tintos

    brancos e rosados

    -

    -

    14,0

    12,0

    lcool metlico, em g/l 0,30 -

    6.2.3 CRITRIOS DE QUALIDADE

    Sero os mesmos fixados para o vinho de mesa, exceto quanto ao rendimento uva/vinho.

    6.2.4 PRTICAS ENOLGICASNo processo de elaborao deste vinho permitido adicionar, em qualquer momento, em conjunto ouseparadamente, qualquer dos seguintes produtos: sacarose, mosto concentrado, mistela, xarope de uva,caramelo, lcool etlico potvel at o limite de 10% sobre o volume final do produto.

    Colorao do produto com caramelo de uva, de acar ou de milho.

    So tambm permitidas as prticas enolgicas definidas na Parte XV.

    7. VINHO COMPOSTO

    7.1 PADRES DE IDENTIDADE

    Vinho composto a bebida com graduao alcolica de 15 a 18%Vol, obtida pela adio ao vinho demacerados ou concentrados de plantas amargas ou aromticas, substncias de origem animal ou mineral,lcool etlico potvel, acares, caramelo e mistela simples.

    8. CLASSIFICAO

    1. Vermute , o que contiver losna (Artemisia absinthium) predominante entre os seus constituintesaromticos.

    2. Quinado, o que contiver quina (Cinchona sp e seus hbridos).

    3. Gemado, o que contiver gema de ovos.

    4. Vinho composto com jurubeba.5. Vinho composto com ferroquina.

    6. Outros.

    Quanto ao teor de acares totais calculado em g/l de glicose, o vinho composto ser classificado:

    Max. Min. Seco ou dry 40,0 - Meio doce ou meio seco 80,0 40,01 Doce - 80,01

    7.3 PADRES DE QUALIDADE

    7.3.1 INGREDIENTES:

  • Bsicos:

    - vinho de mesa;

    - lcool etlico potvel;

    - concentrado, macerados e/ou destilados de plantas amargas ou aromticas.

    Opcionais:

    - sacarose e/ou mosto de uva para adoamento;

    - caramelo de uva, de acar ou de milho.

    7.3.2 PARMETROS ANALTICOS

    O vinho composto dever obedecer aos limites a seguir fixados:

    Max. Min. lcool etlico em %Vol, a 20C 18,0 15,0 Acidez total em meq/l - tintos - 50,0 Acidez total em meq/l - brancos erosados - 40,0

    Acidez fixa, em meq/l - tintos - 40,0 Acidez fixa, em meq/l - brancos erosados - 30,0

    Extrato seco reduzido, em g/l

    tintos

    brancos e rosados

    -

    -

    12,0

    9,0

    Sulfatos totais, em sulfato de potssio,em g/l 1,0 -

    Acidez voltil corrigida, em meq/l 15,0 - Anidrido sulfuroso total, em g/l 0,25 - Cloretos totais, em cloreto de sdio,em g/l 0,20 -

    Cinzas, em g/l - 1,0 lcool metlico, em g/l 0,20 -

    7.3.3 CRITRIOS DE QUALIDADE

    1. Os vinhos considerados base para elaborao do vinho composto devero obedecer s caractersticaspara o vinho de mesa.

    2. O vinho composto dever conter um mnimo de 70% v/v de vinho de mesa.

    3. A adio de lcool etlico potvel, expresso em lcool anidro, no poder ser superior a 60% dagraduao alcolica do vinho composto.

    4. O vinho quinado dever possuir um teor mnimo de 6 e mximo de 10 mg de quinino por 100 ml doproduto, calculado em sulfato de quinino.

    7.3.4 PRTICAS ENOLGICAS

  • Corte entre vinhos e mistela simples, respeitando o mnimo de 70% de vinho de mesa.

    Colorao pela adio de caramelo de uva, de acar ou de milho.

    So permitidas tambm as prticas definidas na Parte XV.

    8 ROTULAGEM

    8.1 Devero ser observadas as normas estabelecidas pelo Decreto n 99.066, de 8 de maro de 1990, elegislao complementar.

    8.2 No rtulo dos vinhos poder ser declarada a safra, desde que composto por 100% de vinho da safradeclarada.

    8.3 O vinho frisante e o vinho gaseificado, quando gaseificado artificialmente, devero indicar com aexpresso Gaseificado Artificialmente, nas mesmas dimenses do maior termo grfico da palavra vinho.

    8.4 O vinho espumante natural poder trazer no rtulo o mtodo empregado na sua elaborao.

    8.5 Dos produtos engarrafados na prpria zona de produo, poder constar o nome respectivo da zonaconforme a classificao prevista no art. 118 do Decreto n 99.066, de 1990.

    8.6 Quando o vinho for engarrafado em zona diferente da zona de produo, no poder fazer referncia mesma no rtulo.

    8.7 As expresses blanc de blanc e blanc de noir podero ser usadas respectivamente para vinhos brancoselaborados exclusivamente com uvas brancas e tintas.

    8.8 Os rtulos de vinhos destinados exportao podero ser escritos no todo ou em parte no idioma dopas de destino.

    8.9 O rtulo no poder conter denominao, smbolo, figura, desenho ou qualquer indicao quepossibilite erro ou equvoco sobre a origem, natureza e composio do produto, nem atribuir-lhefinalidade, qualidade ou caracterstica que no possua.

    8.10 Do rtulo principal devero constar as seguintes informaes obrigatrias:

    - marca;

    - classe e tipo do vinho;

    - graduao alcolica, respeitado o limite de tolerncia +/

    0,5%Vol;

    - contedo lquido;

    - Gaseificado Artificialmente;

    - indstria brasileira.

    PARTE III - FILTRADO DOCE

    1 DEFINIO

    Filtrado doce o produto de graduao alcolica mnima de 2,5 e mxima de 5%Vol, proveniente demosto de uva parcialmente fermentado, ou no, podendo ser adicionado com vinho de mesa e,

  • opcionalmente, ser gaseificado at 3 atm a 10C.

    2 INGREDIENTES

    2.1 INGREDIENTES BSICOS:

    - Mosto de uvas frescas, ss, maduras, atendendo s especificaes.

    2.2 INGREDIENTES OPCIONAIS:

    - Vinho de mesa;

    - Mosto concentrado;

    - Mosto sulfitado.

    3 PARMETROS ANALTICOS:

    O filtrado doce dever obedecer aos limites a seguir fixados:

    Max. Min. lcool etlico, em %Vol, a 20C 5,0 2,5 Acidez total em meq/l 130,0 70,0 Acidez fixa em meq/l - 50,0 Acidez voltil em meq/l 20,0 - Extrato seco reduzido em g/l - 16,0 Acares totais em g/l de glicose 100,0 60,0

    As demais caractersticas ou constantes analticas devero obedecer quelas previstas para o vinho demesa, exceto a relao lcool em peso/extrato seco.

    4 CRITRIOS DE QUALIDADE

    O filtrado doce no poder ter suas caractersticas organolpticas e composio alterada pelos materiaisdos recipientes, utenslios e/ou equipamentos utilizados no seu processamento e comercializao.

    5 ROTULAGEM

    O filtrado doce, quando gaseificado, dever apresentar a expresso Gaseificado Artificialmente, nasmesmas dimenses da maior expresso Filtrado Doce.

    PARTE IV - JEROPIGA

    1 DEFINIO

    Jeropiga a bebida elaborada com mosto de uva, parcialmente fermentado, adicionado de lcool etlicopotvel, com graduao alcolica mxima de 18%Vol a 20C e teor mnimo de acar igual a 70g/l doproduto.

    2 INGREDIENTES

    2.1 INGREDIENTES BSICOS

    - Mosto de uvas frescas, ss, maduras;

    - lcool etlico potvel;

  • - Sacarose na forma slida.

    3 PARMETROS ANALTICOS

    A jeropiga dever obedecer aos limites a seguir fixados:

    Max. Min. lcool etlico, em %Vol, a 20C 18,0 15,0 Acidez total em meq/l - 60,0 Matria redutora em g/l deglicose - 70,0

    Extrato seco reduzido em g/l - 16,0

    As demais caractersticas ou constantes analticas devero obedecer s previstas para o vinho licoroso.

    PARTE V - CONHAQUE

    1 DEFINIO

    Conhaque a bebida com graduao alcolica de 38 a 54%Vol, obtida de destilado alcolico simples devinho e/ou aguardente de vinho e/ou lcool vnico e/ou lcool vnico retificado, envelhecido ou no.

    2 DESIGNAO

    Conhaque o destilado envelhecido ou no.

    Brandy ou Conhaque Fino o destilado envelhecido em tonis de carvalho.

    3 INGREDIENTES

    3.1 INGREDIENTES BSICOS

    Destilados naturais obtidos somente do mosto fermentado da matria-prima mencionada na definio doproduto.

    3.2 INGREDIENTES OPCIONAIS

    3.2.1 gua A gua utilizada na elaborao deste produto ser obrigatoriamente gua potvel,enfatizando-se as seguintes caractersticas de sua composio:

    mg/l Teor mximo de ferro 0,3 Teor mximo de mangans 0,1 Dureza total, teor mximo em carbonato declcio 100,0

    Oxignio necessrio para oxidar a matriaorgnica

    3.2.2 Caramelo 3.2.3 Acares totais em quantidade no superior a 2g/100ml.

    4 PARMETROS ANALTICOS

    Especificamente as impurezas totais volteis no lcool

    devero obedecer aos seguintes limites:

  • Max. Min. Acidez voltil em cido actico emmg/100ml de lcool anidro 100 -

    steres em acetato de etila em mg/100mlde lcool anidro 200 -

    Aldedos em aldedo actico em mg/100mlde lcool anidro 40 3

    Furfural em mg/100 ml de lcool anidro 5 - lcool superior em mg/100ml de lcoolanidro 150 450

    Compostos secundrios no alcolicos emmg/100ml 795 250

    lcool metlico em mg/100ml de lcoolanidro 300 -

    Cobre (Cu) mg/L 5 -

    5 CRITRIOS DE QUALIDADE

    O Brandy ou Conhaque Fino dever ser envelhecido em tonis de carvalho de capacidade mxima de 600litros por um perodo mnimo de 6 meses; tal perodo ser composto pela mdia ponderada de partidascom diferentes idades.

    PARTE VI - GRASPA OU BAGACEIRA OU GRAPPA

    1 DEFINIO

    Graspa ou Bagaceira a bebida com graduao alcolica de 38 a 54%Vol a 20C, obtida de destiladoalcolico simples de bagao de uva fermentado e/ou destilado alcolico simples de borra, podendo seradicionado de acar, em quantidade no superior a 1g/100ml.

    A destilao dever ser efetuada de forma que o destilado tenha o aroma e o sabor dos elementos naturaisvolteis, contidos no mosto fermentado, derivados do processo de fermentao ou formados durante adestilao.

    2 INGREDIENTES

    2.1 INGREDIENTES BSICOS

    Destilados naturais obtidos somente do mosto fermentado da matria-prima mencionada na definio doproduto.

    2.2 INGREDIENTES OPCIONAIS

    2.2.1 gua -A gua utilizada na elaborao deste produto ser obrigatoriamente gua potvel,enfatizando-se as seguintes caractersticas de sua composio:

    mg/l Teor mximo de ferro 0,3 Teor mximo de mangans 0,1 Dureza total, teor mximo em carbonato declcio 100,0

    Oxignio necessrio para oxidar a matriaorgnica 2,0

    2.2.2 Acares - sacarose, na forma slida (acar refinado ou cristal).

  • 3 PARMETROS ANALTICOS

    Especificamente, os componentes secundrios no-alcolicos devero obedecer aos seguintes limites:

    Min. Max Acidez voltil em cido actico emmg/100ml de lcool anidro 200 -

    steres em acetato de etila em mg/100ml delcool anidro 300 -

    Aldedos em aldedo actico em mg/100mlde lcool anidro 80 3

    Furfural em mg/100 ml de lcool anidro 5 - Alcois superiores em mg/100ml de lcoolanidro 600 5

    Compostos secundrios no alcolicos emmg/100ml 1.185 250

    lcool metlico em mg/100ml de lcoolanidro 700 -

    Cobre (Cu) mg/L 5 -

    4 CRITRIOS DE QUALIDADE

    permitido o corte com destilados de igual natureza unicamente na proporo necessria para conduzir oteor de impureza no lcool at os limites admitidos pelo presente ato.

    PARTE VII - DESTILADO ALCOLICO SIMPLES DE VINHO1 DEFINIO

    Destilado Alcolico Simples de Vinho o produto com graduao alcolica de 54,1 a 80%Vol, obtidopela destilao de vinhos com at 13%Vol, sos, limpos ou com suas borras naturais, que mantenha ascaractersticas peculiares de aroma e sabor do vinho.

    2 INGREDIENTES

    Vinho conforme a definio.

    3 PARMETROS ANALTICOS

    Max. Min. Acidez voltil em c.actico em mg/100mlde lcool anidro 100 -

    steres em acetado de etila em mg/100mlde lcool anidro 200 -

    Aldedos em aldedo actico emmg/100ml de lcool anidro 20 3

    Furfural em mg/100ml de lcool anidro 5 - lcool superior em mg/100 ml de lcoolanidro 300 100

    Compostos secundrios no alcolicos emmg/100ml 600 200

    lcool metlico em mg/100ml de lcoolanidro 300 -

    Cobre (Cu) mg/l 5 -

  • PARTE VIII - DESTILADO ALCOLICO SIMPLES DE BAGAO DE UVA1 DEFINIO

    Destilado Alcolico Simples de Bagao de Uva o produto com graduao alcolica de 54,1 a 80%Vol,obtido pela destilao do bagao resultante da produo de vinho e mosto.

    2 INGREDIENTES

    Bagao de uva conforme a definio.

    3 PARMETROS ANALTICOS

    Max. Min. Acidez voltil em c.actico em mg/100mlde lcool anidro 200 -

    steres em acetado de etila em mg/100mlde lcool anidro 300 -

    Aldedos em aldedo actico em mg/100mlde lcool anidro 80 3

    Furfural em mg/100ml de lcool anidro 5 - lcoois superiores em mg/100ml de lcoolanidro 600 150

    Compostos secundrios no alcolicos emmg/100ml - 1.185

    lcool metlico em mg/100ml de lcoolanidro 700 -

    Cobre (Cu) mg/l 5 -

    PARTE IX - PISCO

    1 DEFINIO

    Pisco a bebida de graduao alcolica de 38 a 54% Vol a 20C, obtida do destilado do mostofermentado de uvas aromticas.

    A destilao dever ser efetuada de forma que o destilado tenha o aroma e o sabor dos elementos naturais,volteis contidos no mosto fermentado, derivados do processo de fermentao ou formados durante adestilao.

    2 INGREDIENTES

    2.1 INGREDIENTES BSICOS

    Destilados naturais obtidos somente do mosto fermentado das matrias-primas mencionadas na definiodo produto.

    3 COMPOSIO

    Especificamente, os componentes secundrios no alcolicos devero obedecer aos seguintes limites:

    Max. Min. Acidez voltil em c.actico em mg/100mlde lcool anidro 100 -

    steres em acetado de etila em mg/100ml

  • de lcool anidro 200 - Aldedos em aldedo actico em mg/100mlde lcool anidro 20 -

    Furfural em mg/100ml de lcool anidro 5 - lcoois superiores em mg/100ml de lcoolanidro 300 120

    Compostos secundrios no alcolicos emmg/100ml 500 250

    lcool metlico em mg/100ml de lcoolanidro 200 -

    Cobre (Cu) mg/l 5 -

    PARTE X - VINAGRE

    1. DEFINIO

    Vinagre o produto obtido pela fermentao actica do vinho.

    2 DESIGNAO

    1. Vinagre de vinho ou simplesmente vinagre o produto obtido da fermentao actica do vinho.

    2. Denomina-se vinagre duplo ao fermentado actico com acidez voltil mnima de 8g/100ml, expressoem cido actico.

    3 CLASSIFICAO

    O vinagre ser classificado em branco e tinto de acordo com a matria-prima que lhe deu origem.

    4 INGREDIENTES

    4.1 INGREDIENTES BSICOS

    O fermentado actico dever ser elaborado com vinho de mesa.

    4.2 INGREDIENTES OPCIONAIS

    Na elaborao de fermentado actico, ser permitida a adio de sais nutrientes e acares para odesenvolvimento do fermento.

    Ao vinagre podero ser adicionados vegetais, extratos vegetais aromticos, sucos, aromas naturais oucondimentos.

    5 PARMETROS ANALTICOS

    Os vinagres devero apresentar:

    Max. Min. Acidez voltil em cido actico emg/100ml - 4,00

    lcool em %Vol a 20C 1,00 - Cinzas em g/l - 0,50 Extrato seco reduzido:

    tintos e rosados

    -

    7,00

  • brancos - 6,00

    Sulfatos de potssio em g/l 1,00 - Cloretos em cloreto de sdio, g/l 0,10 - Dixido de enxofre total g/l 0,02 -

    Para os vinagres concentrados vigoraro as mesmas caractersticas e constantes analticas exigidas para ovinagre simples, obedecidas as propores de concentrao.

    6 CRITRIOS DE QUALIDADE

    1. Os fermentados acticos devero apresentar as caractersticas organolpticas seguintes:

    Aspecto: lmpido e sem depsito, exceto os aromatizados ou condimentados;

    Cor: de acordo com a matria-prima que lhe deu origem;

    Cheiro: caracterstico;

    Sabor: cido.

    2. O vinagre poder ser submetido filtrao, colagem, clarificao, aerao e envelhecimento.

    3. Conservao: a conservao do vinagre poder ser feita mediante pasteurizao ou pelo uso de dixidode enxofre.

    7 ROTULAGEM

    O rtulo do vinagre adicionado de substncias condimentares dever apresentar a denominao doproduto acrescido da substncia.

    PARTE XI - SUCO DE UVA

    1 DEFINIO

    Suco de uva a bebida no fermentada, obtida do mosto simples, sulfitado ou concentrado de uva s,fresca e madura, sendo tolerada a graduao alcolica at 0,5%Vol.

    2 TIPOS DE SUCOS

    Suco de Uva;

    Suco de Uva concentrado;

    Suco de Uva desidratado;

    Suco de Uva Reprocessado ou Reconstitudo.

    3 DESIGNAO

    Os sucos de uva sero designados conforme os respectivos tipos:

    Suco de uva o suco apresentado na sua concentrao e composio natural, lmpido ou turvo.

    Suco de uva concentrado o suco parcialmente desidratado, por meio de processo tecnolgico adequado,apresentando concentrao mnima equivalente a 65BRIX em slidos naturais da fruta.

  • Suco de uva desidratado o produto sob a forma slida, obtido pela desidratao do suco de uva, cujoteor de umidade no exceda a 3%.

    Suco de uva reprocessado ou reconstitudo o produto obtido pela diluio do concentrado e/oudesidratado at a sua concentrao natural. A palavra reprocessado ou reconstitudo dever constar dortulo no nome do produto.

    A designao integral ou simples ser privativa do suco de uva sem adio de acares e na suaconcentrao natural.

    O suco de uva, quando adicionado de acares, trar no rtulo a designao suco adoado.

    4 INGREDIENTES

    4.1 INGREDIENTES BSICOS

    Uvas frescas, ss e maduras.

    4.2 INGREDIENTES OPCIONAIS

    Sacarose na forma slida.

    5 PARMETROS ANALTICOS

    O suco integral dever obedecer aos limites abaixo fixados:

    Max. Min. Densidade relativa a 20/20C - 1,057 Slidos solveis, Brix a 20C - 14,00 Relao de slidos solveis em Brix/acideztotal em g% de ac. tartrico 45,50 15,00

    Slidos em suspenso % (V/V) 5,00 - lcool etlico, %Vol 0,50 - Acares totais, naturais da uva, g% 20,00 - Acidez total, g% em cido tartrico 0,90 - Acidez voltil, g% em cido actico 0,025 -

    O Suco de uva, quando obtido por reprocessamento a partir de sucos concentrados e/ou desidratados,dever estar em concordncia com a composio mnima fixada acima.

    6 CRITRIOS DE QUALIDADE

    1. O suco de uva dever apresentar as caractersticas prprias da uva.

    2. O suco de uva concentrado poder ser reincorporado dos seus componentes naturais aromticos,perdidos durante o processamento.

    3. Fica proibida a adio de acar no suco de uva concentrado ou desidratado.

    4. O suco de uva dever ser conservado por meios fsicos adequados ou pelo emprego de conservadoresqumicos autorizados pelos presentes padres.

    5. O suco de uva no poder ter suas caractersticas organolpticas e composio alteradas pelos materiaisdos recipientes, dos utenslios e/ou dos equipamentos utilizados no seu processamento e comercializao.

    6. Ao suco de uva simples ou integral ou reprocessado poder ser adicionado acar na quantidade

  • mxima de 1/10 em peso dos acares.

    PARTE XII - MISTELA

    1 DEFINIO

    Mistela o mosto simples no fermentado e adicionado de lcool etlico potvel at o limite mximo de18%Vol a 20C e teor de acar no inferior a 100g/l, vedada a adio de sacarose ou outro adoante.

    2 INGREDIENTES BSICOS

    - Mosto de uvas frescas, ss, maduras;

    - lcool etlico potvel.

    3 PARMETROS ANALTICOS

    A mistela dever obedecer aos limites a seguir fixados:

    Max. Min. lcool etlico, em %Vol, a20C 18,0 15,0

    Acidez total em meq/l 60,0 - Acares totais em g/l - 100,0 Extrato seco reduzido em g/l - 16,0

    As demais caractersticas ou constantes analticas devero obedecer s previstas para o vinho de mesa,exceto a relao lcool em peso/extrato seco reduzido.

    4 CRITRIOS DE QUALIDADE

    1. A mistela no dever conter glicerina e cido succnico.

    2. A mistela no poder ter suas caractersticas organolpticas e composio alteradas pelos materiais dosrecipientes, utenslios ou equipamentos utilizados no seu processamento e comercializao.

    PARTE XIII - COOLER

    1 DEFINIO

    Cooler com vinho ou bebida refrescante de vinho a bebida com graduao alcolica de 3,0 a 7,0%Vol a20C, obtida pela mistura de vinho de mesa e suco de uma ou mais frutas, podendo ser gaseificado aadicionado de acar.

    2 DESCRIO

    1. A graduao alcolica do cooler com vinho dever ser proveniente exclusivamente do vinho de mesa,sendo proibida a adio de lcool etlico potvel ou outro tipo de bebida alcolica.

    2. O cooler com vinho poder ser gaseificado com dixido de carbono, devendo, para tanto, apresentaruma presso mnima de 1 e mxima de 3 atmosferas a 10C.

    3. O vinho de mesa e o suco de fruta que entram na composio do cooler com vinho devero atender aosrespectivos padres e identidade e qualidade.

    4. Ao cooler com vinho podero ser adicionados acares e gua potvel.

  • 3 INGREDIENTES

    3.1 INGREDIENTES BSICOS

    -Vinho de mesa (mnimo 50%) e suco de frutas (mnimo 10%).

    3.2 INGREDIENTES OPCIONAIS:

    - Gs carbnico, acar, gua mineral e suco de uva.

    4 COMPOSIO

    O cooler com vinho dever obedecer aos limites a seguir fixados:

    Max. Min. Acidez total em meq/l - 30,0 Acidez voltil em meq/l 20,0 - Graduao alcolica %Vol 7,0 3,0

    O vinho de mesa pode ser parcialmente substitudo por suco de uva integral ou reconstitudo,respeitando-se o limite mnimo de graduao alcolica.

    5 CRITRIOS DE QUALIDADE

    1. O cooler com vinho dever apresentar as caractersticas organolpticas prprias das matrias-primasque entram na sua composio.

    2. O cooler com vinho dever ser conservado por meios fsicos adequados ou pelo emprego deconservantes qumicos autorizados.

    3. O cooler com vinho no poder ter suas caractersticas organolpticas e composio alterada pelomaterial dos recipientes, dos utenslios ou equipamentos utilizados no seu processamento ecomercializao.

    4. Ao cooler com vinho no podero ser adicionadas substncias estranhas sua composio.

    6 ROTULAGEM

    O cooler, quando gaseificado, dever apresentar a expresso Gaseificado Artificialmente de maneiravisvel e legvel.

    PARTE XIV - MISTELA COMPOSTA

    1 DEFINIO

    Mistela composta o produto com graduao alcolica 15 a 20%Vol a 20C que contiver um mnimo de70% de mistela e 15% de vinho de mesa adicionado de substncias amargas ou aromticas, permitindo-sea correo do grau alcolico com lcool etlico potvel.

    2 INGREDIENTES

    2.1 INGREDIENTES BSICOS

    - Mistela simples;

    - Vinho de mesa;

  • - Macerados ou destilados de plantas amargas ou aromticas.

    2.2 INGREDIENTES OPCIONAIS

    - sacarose;

    - lcool etlico potvel;

    - mosto concentrado.

    4 PARMETROS ANALTICOS

    As caractersticas ou constantes analticas para a mistela composta so as mesmas exigidas para o vinhotinto composto, exceto as especificamente previstas.

    5 CRITRIOS DE QUALIDADE

    A mistela composta no dever ter suas caractersticas organolpticas e composio alterada pelo materialdos recipientes, utenslios ou equipamentos utilizados no seu processamento e comercializao.

    PARTE XV - PRTICAS ENOLGICAS LCITAS1 ZONA DE PRODUO

    1.1 Vinificao : o conjunto de operaes tecnolgicas para transformar a uva em vinho.1.2 Concentrao de mostos: a prtica destinada concentrao do acar da uva por meio de suadesidratao parcial, podendo ser utilizados os seguintes procedimentos:

    - evaporao a vcuo e a fogo direto;

    - crioconcentrao;

    - osmose inversa.

    1.3 Desidratao parcial de mostos: o procedimento destinado a extrair uma certa quantidade de gua domosto, com a finalidade de reduzir ou eliminar a prtica de chaptalizao.

    1.4 Conservao de mostos: so as prticas utilizadas para garantir a estabilidade biolgica do mosto pormeio das seguintes procedimentos:

    fsicos:

    -tratamento por frio;

    - tratamento por calor;

    - tratamento com atmosfera inerte (anidrido carbnico ou nitrognio);

    - ultrafiltrao.

    qumicos: - adio de anidrido sulfuroso ou seu sal de potssio.

    1.5 Acidificao a prtica utilizada para aumentar a acidez dos mostos e dos vinhos com a finalidade deobter vinhos de composio equilibrada; ser permitida a correo dos mostos e vinhos por meio dosseguintes procedimentos:

  • - adio de cido tartrico e mlico para mostos;

    - adio de cido tartrico, ltico e ctrico para vinhos;

    proibida a adio de cidos minerais e a prtica simultnea da correo do acar (chaptalizao).

    1.6 Desacidificao: a prtica utilizada para diminuir a acidez dos mostos e dos vinhos, com a finalidadede obter vinhos de composio equilibrada; ser permitida a correo dos mostos e vinhos por meio dosseguintes procedimentos:

    - tratamento de frio;

    - uso de carbonato de clcio, tartarato neutro de potssio, carbonato ou bicarbonato de potssio;

    - desacidificao microbiolgica (fermentao maloltica);

    - tratamento por meio de resinas de intercmbio inico para mostos destinados concentrao.

    1.7 Correo de mostos: a prtica enolgica utilizada com o objetivo de corrigir as deficincias do teorde acar do mosto, respeitando os limites estabelecidos por lei (3%Vol), por meio dos seguintesprocedimentos:

    - sacarose (chaptalizao);

    - mosto concentrado retificado;

    - mosto concentrado;

    - lcool vnico.

    1.8 Adoamento de vinhos: a prtica enolgica utilizada para adoar um vinho base seco; seropermitidos os seguintes procedimentos:

    - adio de sacarose na forma slida;

    - adio de mosto de uva;

    - adio de mosto concentrado;

    - adio de mosto concentrado retificado.

    1.9 Uso de frio e calor: o procedimento utilizado para o controle da temperatura de fermentao e/ouestabilizao de mostos e vinhos.

    1.10 Descolorao: o procedimento para corrigir a cor do mosto, vinho branco, rosados e bases paraelaborao de vinhos compostos e espumantes por meio da utilizao de carvo ativado.

    Prescrio: o tratamento no poder ser feito para mudar o tipo do vinho em relao cor.

    1.11 Tratamento com clarificantes: o procedimento utilizado para promover ou auxiliar na clarificaode mostos e vinhos por meio da adio de substncias que favoream a precipitao de materiais emsuspenso, atravs dos seguintes produtos: bentonite, caolin, albumina de ovo, hemoglobina, casena,caseinatos de potssio e de clcio, gelatina, tanino, slica coloidal e clarificantes compostos.

    1.12 Desmetalizao: o procedimento enolgico que consiste na reduo ou diminuio de teores deferro, cobre e metais pesados em mostos e vinhos para prevenir turvaes, por meio do uso doferrocianeto de potssio e do fitato de clcio.

  • 1.13 Tratamento com enzimas: o procedimento enolgico para favorecer a extrao do mosto, matriascorantes e substncias aromticas, atravs de enzimas.

    1.14 Uso de leveduras: o procedimento enolgico com o objetivo de induzir, regularizar e conduzir oprocesso de fermentao, por meio da adio de leveduras selecionadas secas ativas.

    1.15 Uso de ativadores de fermentao: o procedimento enolgico para favorecer a multiplicao dasleveduras por meio da adio de ativadores de crescimento levorianos (vitaminas, fosfatos, sulfato deamnia, carbonato e bicarbonato de amnia).

    1.16 Induo da fermentao maloltica: o procedimento enolgico que visa induzir a fermentaomaloltica para melhorar as caractersticas do vinho, por meio do emprego de bactrias lcticas.

    1.17 Uso de gases inertes: o procedimento enolgico utilizado para auxiliar na conservao de mostos evinhos, proteo nas trasfegas e engarrafamentos de vinhos de mesa, na filtrao, trasfega eengarrafamento isobaromtrico de vinhos espumantes por meio da utilizao de gases inertes.

    1.18 Uso do dixido de enxofre e seus sais: o procedimento enolgico com ao antisptica,antioxidante e conservadora, atravs da adio do dixido de enxofre e seus sais permitidos.

    1.19 Dessulfitao: o procedimento enolgico destinado a reduzir a quantidade de dixido de enxofreinicialmente adicionado, com a finalidade de torn-lo prprio para utilizar como matria-prima deprodutos definidos. Somente ser permitida a dessulfitao por processos fsicos.

    1.20 Uso de cido ascrbico e seu sal de potssio: o procedimento enolgico para proteger o mosto evinho da oxidao, por meio da adio de cido ascrbico e seu sal de potssio.

    1.21 Uso de sorbato de potssio: o procedimento enolgico que promove a estabilizao biolgica dovinho suave, complementando a ao do dixido de enxofre, pela adio do sorbato de potssio.

    1.22 Uso de cido metatartrico: o procedimento enolgico utilizado para prevenir a precipitao de saistartricos, por meio da adio do acido metatartrico.

    1.23 Uso de tartarato de clcio ou bitartarato de potssio:

    o procedimento enolgico utilizado para auxiliar na formao de ncleos de cristalizao, durante oprocesso de estabilizao tartatrica pelo frio, sendo permitida em mosto, suco de uva e vinho, por meiodo uso de tartarato de clcio ou bitartarato de potssio.

    1.24 Filtrao: o procedimento de limpeza e clarificao de mostos e vinhos por meio de processosfsicos tais como: placas e membranas, utilizando tambm coadjuvantes de filtrao tais como:terra diatomceas, perlitas, pastas, placa de celulose e membranas.

    1.25 Os produtos autorizados nas Prticas Enolgicas Permitidas devero cumprir com as condies deuso e com as especificaes analticas da normativa especial, ou seja, o Codex Enolgico Internacional.Os referidos produtos devero estar cadastrados e autorizados perante os rgos competentes, cabendo empresa comercializadora a apresentao do registro com os respectivos laudos analticos ao Ministrioda Agricultura para sua liberao para uso enolgico.

    1.26 Ser requisito de carter geral que os produtos de uso enolgico utilizados para as prticas admitidasno alterem a composio original do produto.

    1.27 proibida qualquer manipulao ou tratamento que tenha por objetivo modificar as qualidadesoriginais do produto com a finalidade de esconder uma alterao do mesmo.

  • 2 ESTABELECIMENTOS ESTANDARDIZADORES

    2.1 - adoamento de vinhos, somente com sacarose 2.2 - uso de frio e de calor (1.9) 2.3 - descolorao(1.10) 2.4 - tratamento com clarificantes (1.11) 2.5 - uso de gases inertes (1.17) 2.6 - uso de dixido deenxofre (1.18) 2.7 - cido ascrbico (1.20) 2.8 - uso de sorbato de potssio (1.21) 2.9 - uso de cidometatartrico (1.22) 2.10 - uso de tartarato de clcio ou bitartarato de potssio (1.23) 2.11 - uso defiltrao (1.24)

    PARTE XVI - ADITIVOS

    Podero ser utilizados os previstos em normas especficas do Ministrio da Sade.

    PARTE XVII - COADJUVANTES DA TECNOLOGIA DE PRODUO

    Podero ser utilizados os aprovados pelos presentes padres e em legislao especfica.

    PARTE XVIII - CONTAMINANTES MINERAIS

    Sero respeitados os limites de tolerncia a seguir indicados:

    Mximo em mg/l Arsnio (As) 0,20 Chumbo (Pb) 0,30 Cobre (Cu) 1,00 Ferro (Fe) 5,00 Zinco (Zn) 2,00 Cdmio (Cd) 0,01 Contedo total de metais, em ferro, preci-

    20,00

    pitados pelo ferrocianeto de potssio (II)

    DEFENSIVOS AGRCOLAS

    Os resduos de defensivos remanescentes no produto final s podero resultar daqueles autorizados namatria-prima que o originou, observados os limites estabelecidos pela legislao especfica.

    PARTE XIX - ROTULAGEM

    INFORMAES OBRIGATRIASO rtulo dever mencionar, em cada unidade, sem prejuzo de outras disposies de lei, em caracteresvisveis e legveis, os seguintes dizeres:

    1. o nome do produtor, fabricante ou engarrafador ou padronizador;

    2. o endereo do estabelecimento de industrializao;

    3. o nmero do registro do produto no Ministrio da Agricultura;

    4. o nome do produto e sua marca comercial;

    5. a expresso indstria brasileira;

    6. o contedo lquido;

    7. os aditivos empregados ou seus cdigos indicativos e, por extenso, a respectiva classe;

  • 8. a graduao alcolica se bebida alcolica;

    9. o grau de concentrao e forma de diluio, quando se tratar de produto concentrado;

    10. o grau de concentrao actica, quando se tratar de vinagre.

    PARTE XX - AMOSTRAGEM E MTODOS DE ANLISE

    1. Os mtodos de anlise so aqueles estabelecidos nos arts.

    127 a 131, do Decreto n 99.066, de 3 de maro de 1990.

    2. Os mtodos oficiais de anlise sero estabelecidos em Atos Administrativos do Ministrio daAgricultura, Pecuria e Abastecimento.

    PARTE XXI - DISPOSIES GERAIS

    Os casos omissos sero resolvidos pelo rgo competente do Ministrio Agricultura, Pecuria eAbastecimento.

    DEPARTAMENTO DE DEFESA ANIMAL

    D.O.U., 30/07/2004