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LEI Nº 649/97 DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ILHABELA, ALTERANDO DE CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO, INSTITUI SISTEMA MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. NILCE SIGNORINI, Prefeita Municipal da Estância Balneária de Ilhabela, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ela sanciona a seguinte Lei: TÍTULO I CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Artigo 1º. O regime jurídico único dos servidores públicos do Município da Estância Balneária de Ilhabela, bem como de suas autarquias e das fundações públicas, é o estatutário instituído por esta Lei. Artigo 2º. Para os efeitos desta Lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público, de provimento efetivo ou em comissão. Artigo 3º. Cargo público, como unidade básica da estrutura organizacional, é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor. Parágrafo Único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros ou equiparados, são criados por Lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos. Artigo 4º. Os cargos de provimento efetivo da administração pública municipal direta, das autarquias e das fundações públicas, serão organizados e providos em carreiras. Artigo 5º. Às carreiras serão organizadas em grupos de cargos dispostos de acordo com a natureza profissional e complexidade de suas atribuições, guardando correlação com a finalidade do órgão ou entidade. Artigo 6º. Quadro é o conjunto de cargos de carreira e em comissão, integrantes das estruturas dos órgãos de administração direta do Município, das Autarquias e das Fundações públicas municipais. Artigo 7º. É proibido o exercício gratuito de cargos públicos, salvo os casos previstos em Lei.

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LEI Nº 649/97

DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ILHABELA, ALTERANDO DE CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO, INSTITUI SISTEMA MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

NILCE SIGNORINI, Prefeita Municipal da Estância Balneária de Ilhabela, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ela sanciona a seguinte Lei:

TÍTULO I CAPÍTULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Artigo 1º. O regime jurídico único dos servidores públicos do Município da Estância Balneária de Ilhabela, bem como de suas autarquias e das fundações públicas, é o estatutário instituído por esta Lei. Artigo 2º. Para os efeitos desta Lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público, de provimento efetivo ou em comissão. Artigo 3º. Cargo público, como unidade básica da estrutura organizacional, é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor. Parágrafo Único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros ou equiparados, são criados por Lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos. Artigo 4º. Os cargos de provimento efetivo da administração pública municipal direta, das autarquias e das fundações públicas, serão organizados e providos em carreiras. Artigo 5º. Às carreiras serão organizadas em grupos de cargos dispostos de acordo com a natureza profissional e complexidade de suas atribuições, guardando correlação com a finalidade do órgão ou entidade. Artigo 6º. Quadro é o conjunto de cargos de carreira e em comissão, integrantes das estruturas dos órgãos de administração direta do Município, das Autarquias e das Fundações públicas municipais. Artigo 7º. É proibido o exercício gratuito de cargos públicos, salvo os casos previstos em Lei.

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TÍTULO II

DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REDISTRIBUIÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E DA JORNADA DE TRABALHO

CAPÍTULO I

DO PROVIMENTO

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 8º. São requisitos básicos para ingresso no Serviço Público: I - a nacionalidade brasileira ou equiparada; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V - a idade mínima de 18 anos; VI - a boa saúde física e mental; VII - não ter sido demitido por justa causa dos serviços públicos, estadual, federal e municipal. Parágrafo Primeiro. Às atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em Lei. Parágrafo Segundo. Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, para as quais serão reservadas até 10% (dez por cento) das vagas oferecidas em concurso. Artigo 9º. O provimento dos cargos públicos far-se-á por ato da autoridade competente de cada Poder, do dirigente máximo da autarquia ou de fundação pública. Artigo 10º. À investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Artigo 11º. São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - progressão; III - promoção; IV - transferência; V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX - recondução.

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SEÇÃO II DA NOMEAÇÃO

Artigo 12. À nomeação far-se-à: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo da classe inicial de carreira, com remuneração prevista na Tabela “I”, em anexo; II - em comissão, para cargos de confiança, declarados em Lei de livre nomeação e exoneração, com remuneração prevista na Tabela II, em anexo. Artigo 13. À nomeação para cargo inicial de carreira depende de previa habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Parágrafo Único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante progressão e promoção serão estabelecidos pela Lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira da administração pública municipal e seus regulamentos.

SEÇÃO III DO CONCURSO PÚBLICO

Artigo 14. O concurso público será de provas, ou de provas e títulos, realizado conforme se dispuser em regulamentos. Artigo 15. O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por até igual período. Parágrafo Único. O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização, serão fixados em edital, que será publicado em Jornal local e na sua inexistência, em Jornal do Município vizinho com circulação obrigatória no município.

Seção IV DA POSSE E DO EXERCÍCIO

Artigo 16. Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossando. Parágrafo Primeiro. À posse ocorrerá no prazo improrrogável de 05 (cinco) dias, contados da publicação do ato de provimento. Parágrafo Segundo. No ato da posse o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração de exercício de outro cargo, emprego ou função pública. Artigo 17. À posse em cargo público dependerá de previa inspeção médica oficial.

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Parágrafo Único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente, para o exercício do cargo, assegurado o direito de recurso a autoridade superior do órgão, em havendo reprovação ao exame clínico. Artigo 18. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo. Parágrafo Primeiro - É de 30 (trinta) dias, improrrogáveis, o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse. Parágrafo Segundo - Será tornado sem efeito o ato de provimento, se não ocorrerem a posse e o exercício, nos prazos previstos nesta Lei. Parágrafo Terceiro - À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete dar-lhe exercício. Artigo 19. O inicio, a interrupção e o reinicio do exercício serão registrados no assentamento individual do servidor. Parágrafo Único. Ao entrar em exercício o servidor apresentará, a Divisão de Recursos Humanos responsável pelo órgão os elementos necessários ao assentamento individual. Artigo 20. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira, a partir da data da publicação do ato que promover o servidor. Artigo 21. Além das hipóteses legalmente admitidas, o servidor pode ser autorizado a afastar-se do exercício do cargo, com prazo certo de duração, para a realização de serviço, missão, atividades sindicais, estudo ou para representar o Município, o Estado ou o País, em competições desportivas oficiais, em qualquer parte do território nacional ou no exterior. Parágrafo Único. Não concedida a autorização prevista no caput deste artigo, e ocorrendo o afastamento serão consideradas faltas injustificáveis ao serviço. Artigo 22. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de dois anos, durante o qual sua adaptabilidade, aptidão e capacidade serão objetos de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes requisitos: I - idoneidade moral; II - assiduidade; III - disciplina; IV - produtividade; V - responsabilidade.

Parágrafo Primeiro - Compete ao chefe imediato fazer o acompanhamento das atividades do servidor em estágio probatório, devendo sob pena de destituição dessa função, pronunciar-se conclusivamente sobre o atendimento dos requisitos fixados para o referido estágio, a cada período de 60 (sessenta) dias;

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Parágrafo Segundo - Fica também o chefe imediato, sob pena de destituição dessa função, incumbido de encaminhar, à autoridade superior do órgão, os relatórios bimestrais de avaliação, contendo a cientificação do servidor avaliado. Parágrafo Terceiro - O relatório referido no parágrafo anterior poderá ser encaminhado a qualquer tempo, no curso do prazo definido no “caput” deste artigo, quando o servidor em estágio probatório não apresentar atendimento satisfatório aos requisitos fixados. Parágrafo Quarto - No caso de acumulação legal, o estágio probatório deve ser cumprido em relação a cada cargo para o qual o servidor tenha sido nomeado. Parágrafo Quinto - O tempo de exercício de outro cargo público não exime o servidor do cumprimento do estágio probatório no novo cargo. Parágrafo Sexto - O servidor não aprovado no estágio será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, devendo o ato ser precedido de processo administrativo, na forma prevista nesta Lei.

Seção V DA ESTABILIDADE

Artigo 23. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de carreira adquirirá estabilidade no serviço público ao completar dois anos de efetivo exercício. Parágrafo Único. Se durante o período de estágio o servidor tiver de ausentar-se do cargo, por mais de 30 (trinta) dias, de forma contínua ou interpolada, além das hipóteses prevista nesta Lei, ficará, enquanto perdurar o afastamento, suspenso o prazo de estágio probatório previsto no “caput” deste artigo. Artigo 24. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. Parágrafo Único - A estabilidade deixará de existir se for tal direito extinto por alteração da Constituição Federal.

Seção VI DA TRANSFERÊNCIA

Artigo 25. Transferência é a passagem do servidor estável do cargo efetivo de carreira, para outro de igual denominação, classe e vencimento, pertencente ao quadro de pessoal. Parágrafo Primeiro. A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendendo o interesse do serviço, mediante o preenchimento de vaga.

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Parágrafo Segundo. Será admitida a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro extinto, para igual ou similar do quadro de outro órgão ou entidade.

Seção VII DA READAPTAÇÃO

Artigo 26. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificado em inspeção médica oficial. Parágrafo Primeiro - Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. Parágrafo Segundo - A readaptação será efetiva em cargo de carreira de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida. Parágrafo Terceiro - Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar redução da remuneração do servidor, nem aumento superior a cinco por cento da remuneração recebida no cargo de origem.

Seção VIII DA REVERSÃO

Artigo 27. Reversão é o retorno à atividade do servidor aposentado por invalidez quando, por junta médica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria. Artigo 28. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. Artigo 29. Não poderá reverter o aposentado que contar setenta anos de idade.

Seção IX

DA REINTEGRAÇÃO Artigo 30. Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demissão, por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. Parágrafo Único. Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização ou aproveitado em outro cargo, ou ainda, posto em disponibilidade remunerada.

Seção X DA RECONDUÇÃO

Artigo 31. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado.

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Parágrafo Primeiro - A recondução decorrerá de: a) inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; e b) reintegração do anterior ocupante. Parágrafo Segundo - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no artigo 33.

Seção XI DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

Artigo 32. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade remunerada, o sem estabilidade, em estágio probatório, será exonerado. Parágrafo único. O servidor exonerado reintegrará a lista de classificação do concurso que prestou na posição de sua classificação, caso não expirado o prazo de validade do concurso. Artigo 33. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Artigo 34. O aproveitamento de servidor que se encontra em disponibilidade há mais de doze meses dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial. Parágrafo Primeiro - Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de aproveitamento. Parágrafo Segundo - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade será aposentado. Artigo 35. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial, contados da cientificação pessoal.

CAPÍTULO II DA VACÂNCIA

Artigo 36. A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - promoção; IV - transferência; V - readaptação;

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VI - aposentadoria; VII - posse em outro cargo inacumulável; VIII - falecimento; e IX - perda de cargo por decisão judicial.

Artigo 37. A exoneração do cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício. Parágrafo Único. A exoneração de ofício será aplicada: a) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; b) quando não entrar no exercício do cargo no prazo estabelecido; c) quando extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade durante o estágio probatório. Artigo 38. A exoneração de cargo em comissão dar-se-á: a) a juízo da autoridade competente; b) a pedido do próprio servidor.

CAPÍTULO III DA REDISTRIBUIÇÃO

Artigo 39. Redistribuição é a movimentação do servidor, com o respectivo cargo, para quadro de pessoal de outro órgão ou entidade, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos, observando sempre o interesse da administração. Parágrafo Primeiro - A Redistribuição dar-se-á exclusivamente para ajustamento de quadros de pessoal as necessidades dos serviços inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. Parágrafo Segundo - Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores que não puderem ser redistribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento.

CAPÍTULO IV DA SUBSTITUIÇÃO

Artigo 40. Há substituição em caso de impedimento temporário do ocupante de cargo em comissão ou função de chefia.

Parágrafo Primeiro - A substituição é automática, se indicada no regimento interno, ou através de ato de autoridade competente. Parágrafo Segundo - A substituição é remunerada pelo cargo ou pela gratificação do substituído, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, com reflexos nas férias e gratificação natalina.

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Parágrafo Terceiro - Durante a substituição, o substituto perde o vencimento de seu cargo de origem, salvo em caso de função de confiança ou de opção.

CAPÍTULO V DA JORNADA DE TRABALHO

Artigo 41. O ocupante do cargo de provimento efetivo fica sujeito a quarenta horas semanais de trabalho, salvo quando disposto diversamente em Lei ou regulamento próprio. Parágrafo Primeiro - Além do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exercício em comissão exige dedicação integral ao serviço por parte do comissionado, no tocante apenas a realização de horas extras, podendo assim ser convocado sempre que seja do interesse da administração. Parágrafo Segundo - É permitida a prestação de serviço extraordinário, desde que previamente autorizada. Artigo 42. A jornada de trabalho pode ser reduzida até a metade com proporcional redução da remuneração, sempre que essa medida for necessária, ouvindo-se o Sindicato da Categoria, dentre elas: a) servidor estudante; b) realização de tarefa especial; c) adequação dos gastos com remuneração de pessoal ativo e inativo, dentre dos tetos constitucionais. Artigo 43. A remuneração da hora de trabalho, de quem realiza jornada em período noturno será acrescida de vinte e cinco por cento. Parágrafo Primeiro - Considera-se trabalho noturno o prestado entre vinte e duas horas de um dia e seis horas do dia seguinte. Parágrafo Segundo - A hora noturna é considerada de cinqüenta e cinco minutos.

CAPÍTULO VI DA JORNADA DO PESSOAL DO MAGISTÉRIO

Artigo 44. Os cargos de pessoal do Magistério, a nível de primeiro grau, tanto de professor como de especialista em educação, correspondem a uma jornada semanal básica normal de vinte horas, que será desenvolvida integralmente, sempre que possível, num dos turnos da manhã, tarde, ou noite, na forma do regulamento. Artigo 45. O professor ou especialista em educação poderá optar pelo Regime Diferenciado de Trabalho - RDT, conforme regulamento, que consiste no número de horas semanais, em que o pessoal da carreira do Magistério, a nível de primeiro grau, exerce atividades inerentes ao cargo, compreendendo: I - hora-aula, que é o período em que desempenha atividades docentes com o aluno; e

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II - hora-atividade, que é o período em que desempenha atividades relacionadas com a docência, no seu local de exercício. Parágrafo Primeiro - O Regime Diferenciado de Trabalho compreende jornada de: a) vinte horas semanais; b) trinta horas semanais; e c) quarenta horas semanais. Parágrafo Segundo - O percentual de hora - atividade do professor optante pelo Regime Diferenciado de Trabalho será de vinte por cento sobre a respectiva jornada de trabalho. Artigo 46. Somente poderá optar pelo Regime Diferenciado de Trabalho, o professor ou especialista de educação que atua a nível de primeiro grau e que se encontrar numa das situações funcionais seguintes: I - detentor de um único cargo de magistério e ministrado até vinte aulas extraordinários semanais; II - detentor de um cargo de magistério ativo e outro inativo, observando o disposto no parágrafo único deste artigo. Parágrafo Único. O Regime Diferenciado de Trabalho não se aplica ao integrante da carreira de Magistério que, em conseqüência da opção, vier a perceber, cumulativamente, remuneração ou provento que ultrapassem o valor correspondente à carga horária de quarenta horas semanais. Artigo 47. As vagas para opção pelas jornadas de trabalho serão ofertadas em número e local que a administração determinar, na forma de regulamento fixado em lei, observando-se para efeito de desempate, havendo dois ou mais interessados na mesma escala de prioridade, o que tenha maior tempo de serviço de magistério, seguindo-se o que tenha mais idade.

CAPÍTULO VII DA JORNADA / DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 48. Não haverá expediente aos sábados, no órgão da administração pública municipal, excetuados aqueles que, pela sua natureza especial, sejam imprescindíveis à comunidade. Artigo 49. O domingo é considerado como descanso semanal remunerado. Artigo 50. Poderá ser compensado o trabalho desenvolvido aos sábados, domingos e feriados, com o correspondente descanso em dias úteis da semana.

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Parágrafo primeiro. A Administração cientificará previamente ao servidor, sempre que possível, se as gratificações por serviços extraordinários serão remuneradas ou compensadas. Parágrafo Segundo. As compensações serão na proporção de uma hora e meia por cada hora extraordinária trabalhada, podendo ser as horas credoras compensadas por faltas justificadas, ou a pedido do interessado, conforme possibilidade de concessão pelo órgão. Artigo 51. O servidor é obrigado a avisar sua chefia imediata no próprio dia em que, por doença ou força maior, não possa comparecer ao serviço, podendo não ser abonada sua falta. Parágrafo Primeiro - As faltas ao serviço por motivo de doença são justificadas para fins disciplinares, de anotação no assentamento individual e pagamento, mediante atestado médico, conforme dispuser o regulamento. Parágrafo Segundo. As faltas ao serviço por doença em pessoa da família mediante atestado médico, são justificadas na forma e para os fins estabelecidos no parágrafo anterior, desde que comprovado que a presença do servidor é indispensável para recuperação do parente enfermo. Artigo 52. As faltas ao serviço imotivadas não são justificadas para qualquer efeito, computando-se como ausência o domingo e feriado, quando intercalados, a exceção dos casos previstos nesta Lei. Parágrafo primeiro. São justificadas as faltas decorrentes de força maior ou caso fortuito, desde que não superiores a uma por mês e doze a cada ano. Parágrafo segundo. As faltas justificadas não serão remuneradas, desconsiderando-se sua ocorrência para o cômputo em férias, licença prêmio e demais efeitos desta lei. Parágrafo terceiro. Considera-se abonada as faltas compensadas.

TÍTULO III DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO Artigo 53. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado nesta Lei. Artigo 54. Vantagens pecuniárias são acréscimos ao vencimento. Artigo 55. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias estabelecidas em Lei.

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Parágrafo Primeiro - A remuneração do servidor investido em cargo de provimento em comissão ou função de chefia será paga na forma dos artigos 72 e 73. Parágrafo Segundo - O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no artigo 105, parágrafo único. Parágrafo Terceiro - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível e observará o princípio da isonomia, quando couber. Artigo 56. Provento é a retribuição pecuniária paga ao servidor aposentado ou em disponibilidade. Artigo 57. Nenhum servidor poderá receber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores fixados como remuneração, em espécie, a qualquer título, para Prefeito Municipal. Artigo 58. A menor remuneração atribuída aos cargos de carreiras não será inferior ao menor salário estabelecido pela legislação federal específica. Artigo 59. O servidor perderá: I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço; II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superior a quinze minutos; ou III - metade da remuneração na hipótese prevista no artigo 141, parágrafo segundo. Artigo 60. Salvo por imposição legal, ou mandato judicial, nenhum desconto incidira sobre a remuneração ou provento. Parágrafo Único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição dos custos. Artigo 61. As reposições e indenizações ao Erário serão descontadas em parcelas mensais não excedentes à décima parte da remuneração ou provento. Artigo 62. O servidor em débito com o Erário, que for demitido, exonerado ou que tiver a sua disponibilidade cassada, deverá quitá-lo no momento da lavratura da rescisão de contrato. Artigo 63. O vencimento, a remuneração e o provento não será objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de homologação ou decisão judicial, regularmente noticiado pelo Juízo.

CAPÍTULO II DAS VANTAGENS

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Artigo 64. Juntamente com o vencimento, poderão ser pagos ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizações; II - gratificações; e III - adicionais. Parágrafo Primeiro - As indenizações não se incorporam ao vencimento provento para qualquer efeito. Parágrafo Segundo - As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicadas em Lei. Artigo 65. As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Seção I DAS INDENIZAÇÕES

Artigo 66. Constituem indenizações ao servidor: I - diárias; II -reembolso por viagens ou locomoções.

Artigo 67. Os valores das indenizações assim como as condições para a sua concessão serão estabelecidos em regulamento, fixado por Decreto do Poder Executivo e Ato da Mesa pelo Poder Legislativo.

Subseção I DAS DIÁRIAS

Artigo 68. O servidor que, a serviço, se afastar da sede em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção, ou reembolso de despesas, na forma prevista no Regulamento. Parágrafo Primeiro - A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede. Parágrafo Segundo - Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias, mas sim de reembolso de despesas. Artigo 69. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de vinte e quatro horas, sujeito à punição disciplinar se de má fé.

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Parágrafo Único . Na hipótese do servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, em igual prazo.

Subseção II DO TRANSPORTE

Artigo 70. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme regulamento.

Seção II DAS GRATIFICAÇÕES

Artigo 71. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidas aos servidores as seguintes gratificações: I - pelo exercício de cargo em comissão ou função de chefia; II - pela prestação de serviços extraordinário; III - por atividades realizadas em local de difícil acesso/comunidades isoladas; IV - pelo trabalho com excepcionais; V - de ferias; e VI - gratificação natalina (décimo terceiro).

Subseção I DA GRATIFICAÇÃO PELO EXERCÍCIO DE CARGO EM COMISSÃO OU

FUNÇÃO DE CHEFIA

Artigo 72. Ao servidor investido em função de chefia, é devida uma gratificação pelo seu exercício. Parágrafo Único. Os valores da gratificação a que se refere este artigo são estabelecidos no anexo II, desta Lei. Artigo 73. Ao servidor nomeado para cargo de provimento em comissão e que opte pelo vencimento do seu cargo efetivo, é devida uma gratificação no valor correspondente a vinte por cento do cargo exercido em comissão.

Subseção II GRATIFICAÇÃO PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Artigo 74. O serviço extraordinário será remunerado:

I - com acréscimo de cinqüenta por cento em relação a hora normal de trabalho, de segunda-feira a sábado. II - com acréscimo de cem por cento, quando realizado aos domingos e feriados.

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Parágrafo Único . Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporárias, conforme se dispuser em regulamento.

Subseção III DA GRATIFICAÇÃO POR ATIVIDADES REALIZADAS EM LOCAL DE DIFÍCIL

ACESSO / COMUNIDADES ISOLADAS

Artigo 75. Será devida aos professores que lecionarem em comunidades isoladas gratificação por atividades em local de difícil acesso, correspondente a 20% (vinte por cento) da remuneração prevista no nível 08, da Tabela de Vencimentos. Parágrafo único. A gratificação prevista no “caput” deste artigo não incorpora-se a remuneração do servidor a qualquer título.

Subseção IV DAS GRATIFICAÇÕES PELO TRABALHO COM EXCEPCIONAIS

Artigo 76. Ao professor ou especialista de educação em exercício de atividade especializada de educação e reabilitação de excepcionais, diretamente com o educando, será paga gratificação pelo trabalho com excepcionais, na base de cinqüenta por cento do valor da referência inicial da carreira do Magistério. Parágrafo Único . A gratificação de que trata este artigo é inacumulável com adicional por atividade penoso a titulo de regência de classe, a que se refere o artigo 86 desta Lei.

Subseção V DA GRATIFICAÇÃO DE FÉRIAS

Artigo 77. Independentemente de solicitação, será paga ao Servidor, por ocasião das férias, uma gratificação de pelo menos um terço da remuneração correspondente ao período de férias. Parágrafo Único . No caso do servidor exercer, ou ter exercido, cargo em comissão, ou de chefia com função gratificada, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo, paga na proporção de um doze avos, por mês trabalhado. Artigo 78. O servidor em regime de acumulação licita perceberá o adicional de férias calculados sobre o vencimento dos dois cargos.

Subseção VI DA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Artigo 79. A gratificação natalina corresponde a um doze avos da remuneração a que o servidor ativo ou inativo, fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano, considerando-se a exceção do art. 77, parágrafo único.

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Parágrafo Único. A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral. Artigo 80. A gratificação será paga até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano, calculada sempre sobre a remuneração ou provento desse mês. Artigo 81. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês de exoneração. Artigo 82. A gratificação natalina não será considerada para calculo de qualquer vantagem pecuniária.

Seção III DOS ADICIONAIS

Artigo 83. Os adicionais por tempo de serviço são acrescidos em caráter definitivo ao vencimento do servidor.

Subseção I DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Artigo 84. O adicional por tempo de serviço é devido à razão de um por cento ao ano de serviço público efetivo, incidente sobre a remuneração de que trata o artigo 55, parágrafo terceiro, desta Lei. Parágrafo Único . O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o anuênio. Artigo 85. O adicional de que trata o artigo anterior será incorporado nos proventos de aposentadoria.

Subseção II DOS ADICIONAIS DE PENOSIDADE,

INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE

Artigo 86. Os servidores que executem atividades penosos ou que trabalhem com habitualidade em locais insalubres, ou em contato permanente com substâncias tóxicas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. Parágrafo Primeiro . A caracterização e a classificação dos graus de insalubridade ou de periculosidade far-se-á através de perícia médica oficial, segundo normas definidas pela legislação federal. Parágrafo Segundo . O valor adicional de que trata este artigo será calculado com base em 50% (cinqüenta por cento) no valor de referência inicial da tabela geral de vencimentos do Município: a) - para atividades penosos, na base de quinze por cento;

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b) - para as atividades insalubres, na base de vinte por cento; c) - para as atividades perigosas, na base de trinta por cento. Artigo 87. O servidor que fizer jus aos adicionais de penosidade, insalubridade e de periculosidade, deverá optar por um deles, não sendo acumuláveis estas vantagens. Parágrafo Único. O direito ao adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade, cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

CAPÍTULO III DAS FÉRIAS

Artigo 88. O servidor fará jus, anualmente, a trinta dias consecutivos de férias, que podem ser acumulados até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. Parágrafo Primeiro . Para cada período aquisitivo de férias serão exigidos doze meses de exercício, contados sempre a partir da data da primeira investidura em cargo público ou da data do retorno, em caso de licença ou afastamento, remunerados. Parágrafo Segundo. É vedado levar em conta de férias, qualquer falta ao serviço. Parágrafo Terceiro. As férias poderão ser fracionadas, a critério da administração, para atender situação emergencial, no máximo em duas partes. Parágrafo Quarto. É vedada a transformação do período de férias em tempo de serviço. Parágrafo Quinto. Se, por necessidade do serviço público, ficarem mais que dois períodos de férias a serem gozadas, poderão ser concedidas as férias por todo o período acumulado, ou o reembolso financeiro, desde que exista conveniência administrativa. Artigo 89. Não terá direito a férias o servidor que, no decurso do período aquisitivo: I - tiver faltas injustificadas iguais ou superiores a 15 (quinze), consecutivas ou interpoladas; II - tiver permanecido em licença para tratamento de saúde em pessoa da família, por período superior a trinta dias, embora descontínuos. III - sofrer pena de suspensão, durante o período aquisitivo, em dias superiores a 30 (trinta). Parágrafo Único. Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando, após a ocorrência de qualquer das condições previstas neste artigo, o servidor retornar ao serviço. Artigo 90. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, ou por motivo de superior interesse público, caso que poderá utilizar-se do fracionamento ou indenização financeira do período não gozado.

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Artigo 91. As férias do professor e do especialista de educação serão de trinta dias consecutivos, usufruídos em período de recesso escolar, segundo o calendário elaborado pelo órgão de controle da Educação.

CAPÍTULO IV DAS LICENÇAS

Seção I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 92. Conceder-se-á licença ao servidor: I - por motivo de doença em pessoa da família; II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - para o serviço militar; IV - para atividade política; V - prêmio por assiduidade; VI - para tratar de interesses particulares; e VII - para desempenho de mandato classista. Parágrafo Primeiro. A licença prevista no inciso I, será precedida de exame por médico ou junta médica oficial. Parágrafo Segundo. O servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos dos incisos III, IV, VII. Parágrafo Terceiro. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I, deste artigo. Parágrafo Quarto. Não são direitos dos servidores públicos ocupantes de cargo em comissão as licenças previstas nos incisos II, III, IV, VI e VII. Artigo 93. A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será considerado como prorrogação.

Seção II DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA

Artigo 94. Poderá ser concedida licença ao servidor, por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação médica. Parágrafo Primeiro. A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado, através de acompanhamento social.

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Parágrafo Segundo. A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até trinta dias, e, excedendo este prazo, sem remuneração.

Seção III DA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE

Artigo 95. Poderá ser concedida licença, sem remuneração, ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que for deslocado para outro ponto do território nacional, para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. Parágrafo Primeiro. A licença será de prazo idêntico ao do mandato eletivo do cônjuge. Parágrafo Segundo. Findo o mandato do cônjuge, o servidor deverá reassumir o exercício de seu cargo. Parágrafo Terceiro. O tempo de licença, de que trata este artigo, não será computado para nenhum efeito.

Seção IV DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Artigo 96. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, sem remuneração, sendo a forma, condições e prazos conforme legislação especifica. Parágrafo Único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até trinta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

Seção V DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA

Artigo 97. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre sua escolha, em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. Parágrafo Único. A partir do registro da candidatura e até o dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença remunerada, como se em efetivo exercício estivesse, mediante simples comunicado de afastamento, para promoção de sua campanha eleitoral. Artigo 98. O servidor será afastado do cargo para exercício de mandato eletivo da União, do Estado e do Município, com observância das seguintes disposições: I. - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado do seu cargo; II. - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III. - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo efetivo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

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IV. - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para progressão; V. - para efeito de beneficio previdenciária, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estiver.

Seção VI DA LICENÇA PRÊMIO POR ASSIDUIDADE

Artigo 99. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a três meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo, admitida a conversão de cinqüenta por cento em espécie, no interesse da Administração Pública. Artigo 100. Não se concederá licença prêmio ao servidor que no período aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão; II - afastar-se do cargo em virtude de:

a) - licença para tratamento em pessoa da família; b) - licença para tratar de interesse particulares; c) - condenação à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; d) - afastamento do cônjuge ou companheiro; e) - desempenho de mandato eletivo.

Parágrafo Único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de um mês para cada falta. Artigo 101. O número de servidores em gozo simultâneo da licença prêmio não poderá ser superior a um terço da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade. Artigo 102. Para efeito de aposentadoria, não será contado em dobro o tempo de licença prêmio que o servidor não houver gozado, devendo ser contados em dias.

Seção VII DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Artigo 103. A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração, não se computando o tempo de licença para nenhum efeito. Parágrafo Primeiro. A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a não ser a pedido do servidor. Parágrafo Segundo. Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos do término da anterior, independentemente do fato de ter sido concedido prazo de licença inferior a dois anos. Parágrafo Terceiro. Não se concederá a licença a servidor nomeado, redistribuído ou transferido, antes de completar dois anos de exercício.

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Seção VIII

DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

Artigo 104. É assegurado ao servidor efetivo e estável a concessão de licença para o desempenho de mandato em sindicato representativo da categoria sem prejuízo dos vencimentos e vantagens, conforme solicitação da respectiva entidade. Parágrafo Primeiro. Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção na referida entidade, até o máximo de três. Parágrafo Segundo. A licença terá duração igual a do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição e por uma única vez.

CAPÍTULO V DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE

Artigo 105. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados e de outros Municípios nas seguintes hipóteses:

a) para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; b) em casos previstos em lei específica.

Parágrafo Único. Na hipótese da alínea “a” deste artigo, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, se Federal, Estadual ou de outros Municípios. Artigo 106. O afastamento de acordo com o Artigo 21, para estudo, atividade sindical, missão oficial ou para competições desportivas no exterior ou em qualquer parte do território nacional, determinado pela administração, se dará sem prejuízos da remuneração e vantagens do cargo do servidor. Artigo 107. O integrante da carreira do Magistério não poderá ser colocado a disposição de órgãos estranhos a Educação, Cultura e Ensino.

CAPÍTULO VI DAS CONCESSÕES

Artigo 108. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

I. - por um dia, para doação de sangue; II. - até dois dias, para se alistar como eleitor; e III. - até cinco dias, por motivo de:

a) casamento; e b) falecimento do cônjuge, pais, madrasta ou padrasto, filhos ou enteados e

irmãos.

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Artigo 109. Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. Parágrafo Único . Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horários na repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.

CAPÍTULO VII DO TEMPO DE SERVIÇO

Artigo 110. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público Municipal. Parágrafo Único. A contagem de tempo a que se refere o caput deste artigo, levara em consideração o provimento do cargo nos termos desta Lei. Artigo 111. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias. Parágrafo Único. Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta e dois, não serão computados, arredondando-se para um ano quando excederem este número, para efeito de aposentadoria. Artigo 112. Além das ausências ao serviço previstas no artigo 108, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: I - férias; II - exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgão ou entidade dos Poderes do Município, da União, dos Estados, e de outros Municípios; III - participação em programas de treinamento regularmente instituídos; IV - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal; V - convocação para o serviço militar; VI - júri e outros serviços obrigatórios por Lei; VII - missão ou estudo no estrangeiro, quando autorizado o afastamento; VIII - de recesso escolar; e IX. - licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade; b) para tratamento da própria saúde, até dois anos; c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de progressão e de

licença prêmio; d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; e e) prêmio por assiduidade.

Artigo 113. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: I. - o tempo de serviço público prestado à União, aos Estados e a outros Municípios; II. - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, até noventa dias;

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III. - a licença para atividade política, no caso do artigo 97, parágrafo único; IV. - o tempo de serviço prestado em administração indireta do Município; V. - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra. Parágrafo Primeiro. O tempo de serviço a que se refere o inciso “I” deste artigo não poderá ser contado com quaisquer acréscimos, ou em dobro. Parágrafo Segundo. O tempo em que o servidor esteve aposentado por invalidez, em caso de reversão, ou em disponibilidade será apenas contado para nova aposentadoria ou disponibilidade. Parágrafo Terceiro. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidade públicas do Município, dos Poderes da União, Estado ou outros Municípios, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública. Artigo 114. Computar-se-á apenas para efeito de aposentadoria o tempo de serviço em atividade privada, rural e urbana, que seja reconhecido por instituto de previdência social, constituído de forma legal, com possibilidade de compensação, conforme prevê o artigo 202, da Constituição Federal.

CAPÍTULO VIII DO DIREITO DE PETIÇÃO

Artigo 115. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou de interesse legítimo, certidões, atestados e informações. Artigo 116. O requerimento, com a devida justificativa, será dirigida à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Artigo 117. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias, sob pena de responsabilidade do agente. Artigo 118. Caberá recursos: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; e II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. Parágrafo Primeiro. O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, as demais autoridades.

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Parágrafo Segundo. O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Artigo 119. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de trinta dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. Artigo 120. O recurso será recebido com efeito suspensivo. Artigo 121. O direito de requerer prescreve: I- em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e créditos, resultantes das relações de trabalho e punições. II- em sessenta dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em Lei. Parágrafo Único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência, pelo interessado, quando o ato não for publicado. Artigo 122. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis interrompem a prescrição. Parágrafo Único. Interrompida a prescrição, o prazo recomeçará a correr pelo restante, no dia em que cessar a interrupção. Artigo 123. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevado pela administração, com exceção dos casos em que comprovadamente o interessado estava incapacitado ou impossibilitado de fazê-lo. Artigo 124. Para o exercício do direito de petição, é assegurado vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído, podendo os processos disciplinares serem extraído cópias, independentemente do pagamento de taxas, emolumentos. Artigo 125. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade, de ofício ou a requerimento de parte interessada. Artigo 126. São decadenciais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo.

TÍTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

DOS DEVERES

Artigo 127. São deveres do servidor: I.- exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo ou função;

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II.- lealdade às instituições a que servir; III.- observância das normas legais e regulamentares; IV.- cumprimento as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais ou abusivas; V.- atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas pelo sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; e

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI.- levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; VII.- zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII.- guardar sigilo sobre assuntos da repartição; IX.- manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X.- ser assíduo e pontual ao serviço; XI.- tratar com urbanidade as pessoas; XII.- representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder; XIII.- manter espírito de cooperação e solidariedade com os colegas; XIV.- freqüentar, quando designado, cursos para treinamento, aperfeiçoamento, atualização; XV.- proceder na vida pública de forma a dignificar sempre a função pública; XVI.- conhecer a legislação específica, relativa as suas atribuições e à sua vida funcional; XVII.- apresentar-se decentemente trajado em serviço ou com uniforme que for destinado para cada caso; XVIII.- utilizar processos de ensino que não se afastem do conceito de educação e aprendizagem; XIX.- incutir nos alunos, pelo exemplo, o espírito de solidariedade humana, de justiça, e cooperação, o respeito às autoridades constituídas e o amor à pátria; XX.- empenhar-se pela educação integral do educando; XXI.- comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho que forem atribuídas e, quando convocado, de acordo com o calendário escolar anual, às de extraordinário, bem como às comemorações cívicas e outras atividades, executando os serviços que lhe competirem; XXII.- sugerir providencias que visem à melhoria do ensino e ao seu aperfeiçoamento; XXIII.- participar no processo de planejamento de atividades relacionadas com a educação para o estabelecimento em que atuar; XXIV.- coibir por iniciativa própria, qualquer sonegação flagrante de que tiver conhecimento. Parágrafo Primeiro. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior contra a qual é formulada, assegurando-se o sigilo do denunciante. Parágrafo Segundo. Além das disposições dos incisos I a XVII, são deveres do professor ou especialista de educação os enumerados pelos incisos de XVIII a XXIII, e dos servidores em exercício de atividade de tributação, arrecadação e fiscalização, o estabelecido pelo inciso XXIV.

CAPÍTULO II

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DAS PROIBIÇÕES

Artigo 128. Ao servidor público municipal é proibido: I.- ausentar-se do serviço durante o expediente, sem previa autorização do superior imediato; II.- recusar fé a documentos públicos; III.- delegar a pessoa estranha à repartição, exceto nos casos previstos em Lei, atribuição que seja de sua competência e responsabilidade ou de seus subordinados; IV.- retirar, sem previa autorização por escrito, da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; V.- opor resistência ao andamento do atendimento, processo ou à execução de serviço; VI.- atuar como procurador ou intermediário junto a repartições públicas; VII.- atribuir a outro servidor público funções ou atividades estranhas às do cargo ou função que ocupa exceto em situação de emergência e transitoriedade; VIII.- manter sob sua chefia imediata cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX.- praticar comércio de compra e venda de bens ou serviços no recinto da repartição, ainda que fora do horário normal de expediente; X.- valer-se ou permitir dolosamente que terceiros tirem proveito de informações, prestígio ou influência, obtidos em função do cargo, para lograr, direta ou indiretamente, proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; XI.- participar da gerência ou da administração de empresa privada e, nessa condição, transacionar com o Município; XII.- utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XIII.- exercer quaisquer atividades incompatíveis com o cargo ou a função pública no horário de trabalho; XIV.- aceitar propinas ou presentes, de qualquer tipo ou valor, bem como empréstimos pessoais ou vantagens de qualquer espécie em razão de suas atribuições; XV.- procedimentos desidiosos, assim entendidos a falta ao dever de diligencia no cumprimento de suas atribuições; XVI.- praticar usura sob qualquer de suas formas. Artigo 129. É lícito ao servidor criticar atos do poder Público do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, desde que o faça, tão somente, através de trabalho assinado.

CAPÍTULO III DA ACUMULAÇÃO

Artigo 130. Ressalvados os casos previstos na Constituição Federal, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. Parágrafo Primeiro. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias e fundações instituídas pelo Poder Público Municipal, abrangendo empresas públicas e sociedades de economia mista municipais.

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Parágrafo Segundo. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada a comprovação da compatibilidade de horários. Artigo 131. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva. Artigo 132. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos de carreira, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, podendo optar pela remuneração na forma que trata o Artigo 73, desta Lei. Parágrafo Primeiro. O afastamento previsto neste artigo ocorrerá apenas em relação aos dois cargos, mesmo que haja compatibilidade de horários. Parágrafo Segundo. O servidor aposentado, quando no exercício de mandato eletivo ou de cargo em comissão, não poderá perceber a remuneração dessa atividade cumulativamente com os proventos de aposentadoria.

CAPÍTULO IV DAS RESPONSABILIDADES

Artigo 133. O servidor responde civil, penal e administrativamente, pelo exercício irregular de suas atribuições. Artigo 134. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao Erário ou a terceiros. Parágrafo Primeiro. A indenização de prejuízo causado ao Erário poderá ser liquidada na forma prevista no artigo 61, desta Lei. Parágrafo Segundo. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública Municipal, em ação regressiva. Parágrafo Terceiro. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, na forma da legislação federal. Artigo 135. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor nessa qualidade. Artigo 136. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Artigo 137. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes. Artigo 138. A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou a sua autoria.

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CAPÍTULO V

DAS PENALIDADES

Artigo 139. São Penalidades disciplinares: I.- advertências; II.- suspensão; III.- demissão; IV.- cassação de aposentadoria ou disponibilidade; e V.- destituição de cargo em comissão. Artigo 140. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade de infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Artigo 141. Serão aplicadas penas de advertência nos casos de violação de proibição constante do artigo 127. Artigo 142. Havendo reincidência, serão aplicadas as penalidades: I.- de suspensão as faltas punidas com advertência; e II.- de demissão as faltas punidas com suspensão, na reincidência. Parágrafo Primeiro. A aplicação de penalidade de suspensão acarreta cancelamento automático do valor da remuneração do servidor durante o período de vigência da suspensão. Parágrafo Segundo. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de cinqüenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. Artigo 143. São faltas administrativas, puníveis com a pena de suspensão, e demissão, a bem do serviço público, na forma indicada pela Comissão de Inquérito: I.- crime contra a administração pública; II.- abandono de cargo; III.- inassiduidade habitual; IV.- improbidade administrativa; V.- incontinência pública e conduta escandalosa; VI.- insubordinação grave em serviço; VII.- ofensa física a servidor público ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII.- aplicação irregular de dinheiro público; IX.- revelação de segredo apropriado em razão do cargo; X.- lesão aos cofres públicos e dilapidação ao patrimônio municipal; XI.- corrupção, passiva, nos termos da Lei Penal; e

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XII.- acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas. Artigo 144. A acumulação de que trata o inciso XII do artigo anterior acarreta a demissão de um dos cargos, empregos ou funções, dando-se ao servidor o prazo de quinze dias para opção. Artigo 145. A demissão nos casos dos incisos IV, VIII e X do artigo 143, implica a indisponibilidade dos bens, com autorização judicial, e o ressarcimento ao Erário, sem prejuízo da ação penal cabível. Artigo 146. Configura abandono do cargo a ausência do servidor ao serviço, por mais de trinta dias consecutivos, quando devidamente notificado, após quinze dias para que compareça ao mesmo. Artigo 147. Entende-se por inassiduidade habitual, caracterizando abandono do cargo, a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, no período de doze meses. Artigo 148. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar, localizando-a no espaço e no tempo. Artigo 149. As penalidades disciplinares serão aplicadas: I.- pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara Municipal, e pelo dirigente superior de autarquia e fundação quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo poder, órgão ou entidade; II.- pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior aquelas mencionadas no inciso “I”, quando se tratar de suspensão superior a trinta dias; III.- pelo chefe da repartição e outra autoridade, na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até trinta dias; IV.- pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão de não ocupante de cargo efetivo. Artigo 150. Não poderá retornar ao serviço público municipal, o servidor que for demitido por infrigência aos artigos 142 e 143, desta Lei. Artigo 151. Será cassada a disponibilidade do inativo: I.- que infringir a proibição constante do artigo 127, inciso “XIV’; e II.- que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. Artigo 152. A ação disciplinar prescreverá: I.- em um ano, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II.- em dois meses, quanto à suspensão; e III.- em um mês quanto à advertência.

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Parágrafo Primeiro - O prazo de prescrição começa a correr da data em que a autoridade superior tomou ciência do ilícito, devendo comprovar tal situação. Parágrafo Segundo - Os prazos de prescrição prevista na Lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime. Parágrafo Terceiro - A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição. Parágrafo Quarto - Interrompido o curso da prescrição, este recomeçará a correr, pelo prazo restante, a partir do dia em que cessar a interrupção.

TÍTULO V DO PROCESSO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 153. A autoridade que tiver ciência ou notícia de irregularidade ou de faltas funcionais no serviço público municipal, é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. Artigo 154. As denúncias sobre irregularidade serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. Parágrafo Único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denuncia será arquivada, por falta de objeto. Artigo 155. Da sindicância instaurada pela autoridade poderá resultar: I.- arquivamento do processo; II.- abertura de inquérito administrativo. Artigo 156. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou ainda destituição de cargo em comissão será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

CAPÍTULO II DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Artigo 157. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do inquérito, sempre que julgar necessário, poderá ordenar o seu afastamento do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, sem prejuízo da remuneração.

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Parágrafo Único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

CAPÍTULO III DO PROCESSO DISCIPLINAR

Artigo 158. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediata com as atribuições do cargo em que se encontre investido. Artigo 159. O processo disciplinar será conduzido por comissão de inquérito temporária ou permanente, composta de três servidores, designados pela autoridade competente que indicará, dentre eles, o seu presidente. Parágrafo Primeiro. A comissão terá como secretário, servidor designado pelo seu presidente, podendo a designação recair em um dos seus membros. Parágrafo Segundo. Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito parente do sindicado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. Artigo 160. A comissão de inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração. Artigo 161. O processo disciplinar inicia-se com a publicação do ato que constituir a comissão e compreenderá: I.- inquérito administrativo; e II.- julgamento do feito.

Seção I DO INQUÉRITO

Artigo 162. O inquérito administrativo será contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito, iniciando-se com a notificação pessoal do acusado, com exposição dos fatos, prazos e cópias do processo. Artigo 163. O relatório da sindicância integrará o inquérito administrativo, como peça informativa da instrução do processo. Parágrafo Único. Na hipótese do relatório da sindicância concluir pela prática de crime, a autoridade competente oficiará à autoridade policial, para abertura do inquérito, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar. Artigo 164. O prazo para a conclusão do inquérito não excederá sessenta dias, contados da data de publicação, no órgão oficial do Município do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

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Parágrafo Primeiro. Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. Parágrafo Segundo. As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas. Artigo 165. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimento, acareações, investigações e diligencias cabíveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. Artigo 166. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos quando se tratar de prova pericial. Parágrafo Primeiro - O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos, por despacho fundamentado. Parágrafo Segundo - Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito. Artigo 167. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos. Parágrafo Único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia e hora marcados para a inquirição. Artigo 168. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo, licito à testemunha trazê-lo por escrito. Parágrafo Primeiro - As testemunhas serão inquiridas separadamente. Parágrafo Segundo - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á acareação entre os depoentes. Artigo 169. A inquirição de testemunhas não ocorrerá antes que seja o interrogatório do acusado realizado. Parágrafo Primeiro - No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles. Parágrafo Segundo - O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como a inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas,

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facultando-lhe porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão, ou apresentar protestos que for cabível. Artigo 170. Quando houver dúvidas sobre a sanidade do acusado, a comissão proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra. Parágrafo Único - O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal, após a expedição do laudo pericial. Artigo 171. Tipificada a infração disciplinar será elaborada a peça de instrução de processo, com a indiciação do servidor. Parágrafo Primeiro - O indiciado será citado por mandato expedido pelo presidente da comissão para comparecer em local e horários preestabelecidos para prestar seu depoimento pessoal. Parágrafo Segundo - Havendo dois ou mais indiciados poderão ser convocados para prestar depoimento no mesmo dia e local. Parágrafo Terceiro - Tomado o depoimento pessoal, serão concedido o prazo de 05 (cinco) dias para apresentação de defesa prévia, que será comum em havendo mais de um indiciado. Parágrafo Quarto - Na defesa prévia poderá o indiciado, solicitar as provas admitidas em direito que entender necessárias. Parágrafo Quinto. Finda a instrução será assegurado o prazo de 10 (dez) dias para apresentação de alegações finais, contados da data da cientificação do interessado ou seu procurador. Em havendo mais de um indiciado os prazos serão comum. Artigo 172. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser encontrado. Artigo 173. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no órgão oficial do Município e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para comparecer a audiência para prestar depoimento. Artigo 174. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não comparecer a audiência de depoimento pessoal. Parágrafo Primeiro.- A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa. Parágrafo Segundo - Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um defensor dativo.

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Artigo 175. Apreciada a defesa, que deverá ser apresentada no prazo de 05 (cinco), a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a convicção. Parágrafo Primeiro - O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor. Parágrafo Segundo - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes, indicando a pena. Artigo 176. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.

Seção II DO JULGAMENTO

Artigo 177 - No prazo de até trinta dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. Parágrafo Primeiro - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. Parágrafo Segundo - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição de pena mais grave. Parágrafo Terceiro - Se a penalidade prevista for a de demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata o Inciso I do Artigo 150, desta Lei. Artigo 178 - O julgamento acatará o relatório da comissão de inquérito, salvo quando contrárias as provas dos autos, remetendo-se o processo a Comissão de Inquérito para que, no prazo de 10 (dez) dias, proceda a revisão de suas conclusões. Artigo 179 - Verificada a existência do vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo. Parágrafo primeiro - O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo ou extinção da punibilidade prevista nesta Lei, quando a prorrogação do prazo deu-se para atender pedido de defesa e nas hipóteses previstas no art. 178, desta Lei. Parágrafo Segundo - A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o Artigo 153, Parágrafo segundo, será responsabilizada na forma do Capítulo IV, do Título IV, desta Lei.

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Artigo 180 - Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor, em sendo a transgressão definida como crime penal. Artigo 181 - Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando translado na repartição. Artigo 182.- O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado, a pedido, do cargo, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada. Parágrafo Único - Se a pena cuminada, ou prevista para o caso for de exoneração a bem do serviço público, poderá, por conveniência da administração pública ser acatado o pedido de exoneração. Hipótese que só não será possível, ser o objeto do inquérito for desvio ou apropriação de bens, receitas ou valores públicos. Artigo 183.- Serão assegurados transportes e diárias: I - ao servidor que tenha residência fora da sede do Município, convocado para prestar depoimento na condição de testemunha, denunciado ou indiciado; e II - aos membros da comissão de inquérito e ao secretário, quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

Seção III DA REVISÃO DO PROCESSO

Artigo 184.- O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. Parágrafo Primeiro - Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo. Parágrafo Segundo - No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador. Artigo 185.- No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. Artigo 186.- A simples alegação de injustiça, sem motivos, da penalidade não constitui fundamento para a revisão que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário. Artigo 187.- O requerimento de revisão do processo será dirigido às autoridades de que trata o Inciso I, do Artigo 151 que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão onde se originou o processo disciplinar.

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Parágrafo Único - Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a constituição de comissão, na forma prevista no Artigo 160 desta Lei. Artigo 188 - A revisão correrá em apenso ao processo originário. Parágrafo Único - Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que arrolar. Artigo 189 - A comissão revisora terá até sessenta dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogáveis por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. Artigo 190 - Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão de inquérito. Artigo 191 - O julgamento caberá à autoridade superior da que aplicou a penalidade, a exceção do Prefeito Municipal e Presidente da Câmara Municipal. Parágrafo Primeiro - O prazo para julgamento será de até trinta dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências. Parágrafo Segundo - Concluídas as diligências, será renovado o prazo para julgamento. Artigo 192 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos atingidos, exceto em relação à destituição de cargo em comissão, hipótese em que ocorrerá apenas a conversão da penalidade em exoneração. Parágrafo Único - Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

TÍTULO VI DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 193 - Fica instituído o sistema de previdência e assistência do Município da Estância Balneária de Ilhabela, que é constituído em benefício dos servidores públicos municipais da administração direta, autarquias e fundações públicas. Parágrafo Primeiro.- O custeio do sistema de previdência social será feito pela contribuição a ser descontada da remuneração dos servidores, a base de 10% (dez por cento) e, dentro do prazo de doze meses, a contar da vigência desta lei, de 5% (cinco por cento), pagos pelo Tesouro Municipal, calculados sobre a soma da remuneração paga individualmente aos servidores abrangidos por esta lei.

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Parágrafo Segundo - Os proventos da inatividade, ou pensão, assim como o prazo para as concessões serão de conformidade com o disposto no artigo 40, incisos I, II, III, da Constituição Federal. Parágrafo Terceiro - As alterações que vierem a ocorrer na Constituição Federal, relativa a previdência dos servidores públicos civis, serão aplicadas de imediato ao sistema previdenciário, criado no “caput”, deste artigo. Parágrafo Quarto. Regulamentado o art. 202, da Constituição Federal, ou deferida a compensação de que trata esse artigo por decisão judicial transitada em julgado, no prazo de 90 (noventa) dias, será instituído, por Lei, o Instituto gestor do sistema de previdência municipal. Parágrafo Quinto. Constitui crime político administrativo dar destinação diversa ao seu objeto as receitas do sistema de previdência municipal. Parágrafo Sexto. Mensalmente será informado pelo gestor financeiro do sistema de previdência municipal ao sindicato da categoria e câmara municipal, suas disponibilidades financeiras.

TÍTULO VII DA ADMISSÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO

Artigo 194.- A contratação de servidores por tempo determinado só poderá ser realizada nas seguintes hipóteses: I - para atender a termos de convênio, acordo ou ajuste para execução de obras ou prestação de Serviços durante o período e vigência de Convênio, acordo ou ajuste; II - para execução de programas especiais de trabalho instituídos por Lei para atender as necessidades conjunturais que demandem a atuação do poder Público. III - para suprir a falta de servidores do quadro efetivo decorrentes de licenças ou exonerações. Parágrafo Primeiro - No caso de afastamentos temporários regulamentados por Lei, não superiores a 30 (trinta) dias, fica autorizada a contratação independentemente de seleção pública pelo mesmo período de duração dos afastamentos, dispensando-se automaticamente o contratado assim que o Servidor retornar às atividades regulares. Parágrafo Segundo - O prazo máximo de duração dos contratos de prestação de serviços terá seus limites no prazo de duração de convênio ou programa. Parágrafo Terceiro - o servidor admitido para atender as necessidades temporárias será inscrito como contribuinte obrigatório do sistema previdenciário do Município, ao qual compete os encargos das prestações providenciarias constantes do respectivo contrato. Artigo 195.- As contratações de servidores por tempo determinado, conforme previsto no artigo anterior, inciso I a III, dependerão sempre, da elaboração prévia de um cronograma do

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qual constará a estimativa de prazo para execução das obras e/ou serviços assim como o número e a qualificação do pessoal a ser envolvido, permanecendo a documentação em arquivo especial do executivo municipal. Artigo 196 - A remuneração dos servidores contratados por prazo determinado será idêntica a paga aos cargos existentes na estrutura administrativa dos poderes e órgãos, tomando-se por base o piso inicial da carreira. Parágrafo Único - Na contratação de servidores para cumprir jornada de trabalho diversas dos demais servidores de mesmo cargo e função, os salários serão proporcionais à carga horária estabelecida. Artigo 197 - Ao admitido para atender a necessidade temporárias será pago, além da remuneração as gratificações e benefícios devidos aos servidores efetivos. Artigo 198 - Ao admitido para atender necessidades temporárias será concedida licença para tratamento de saúde, nos termos previsto nesta Lei, não podendo a concessão da referida licença ir além do prazo de duração previsto no ato da admissão. Parágrafo Único - A concessão de licenças não remuneradas é vedada, haja visto a excepcionalidade da concessão, bem como a necessidade de efetiva prestação dos serviços. Artigo 199 - A admissão será precedida de teste seletivo, nas condições estabelecidas em edital, exceto nas hipóteses previstas no §1º, do artigo 194, desta Lei e calamidade pública. Artigo 200 - A admissão somente será realizada após a comprovação do estado de saúde, mediante laudo de perícia médica expedido pelo sistema pericial do Município. Artigo 201 - O servidor admitido nos termos deste título, quando vítima de acidente em serviço, fará jus à aposentadoria por invalidez, com proventos integrais. Artigo 202 - Em caso de falecimento do admitido, os seus dependentes farão jus a uma pensão mensal, inacumulável com qualquer outro tipo de pensão recebida, a ser paga pelo sistema previdenciário do Município, correspondente a totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido. Artigo 203 - É vedado o desvio de função de pessoa admitida na forma deste título, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade da autoridade solicitante da admissão.

TÍTULO VIII CAPÍTULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 204 - Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, os seguintes incentivos funcionais, além daqueles que poderão ser previstos nos respectivos planos de carreira:

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I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento da produtividade e a redução dos custos operacionais; II - concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito, condecoração e elogio. Artigo 205 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente. Artigo 206 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, nenhum servidor poderá ser privado de quaisquer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres. Artigo 207 - São assegurados ao servidor público os direitos de associação profissional ou sindical e o de greve. Parágrafo Único - O direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em Lei Federal.

TÍTULO IX CAPÍTULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Artigo 208 - Ficam submetidos ao regime jurídico desta Lei os atuais empregados da administração direta, das autarquias e das fundações instituídas pelo Poder Público Municipal, regidos pelo Decreto-Lei 5.452, de 1 de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho), e os que obtiveram estabilidade conforme dispõe o artigo 19, das Disposições Transitórias da Constituição Federal, assim como a Lei Municipal nº 357 de 17 de abril de 1990, que institui o regime jurídico único. Parágrafo Primeiro - Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime estatutário, ficam transformados em cargos, na data da publicação desta lei. Parágrafo Segundo - As funções de confiança exercidas por pessoas não integrantes de tabela permanente do órgão ou entidade onde tem exercício, ficam transformadas em cargos em comissão, e mantidas enquanto não for implantado o plano de cargos dos órgãos ou entidades, na forma da Lei. Parágrafo Terceiro - Os contratos individuais de trabalho se extinguem automaticamente pela transformação dos empregos ou funções, ficando assegurados aos respectivos ocupantes e continuidade da contagem do tempo de serviço para fins de férias, gratificação natalina, licença prêmio, aposentadoria e disponibilidade. Artigo 209 - O saque dos saldos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, em nome dos servidores regidos pela CLT, submetidos ao regime estatutário, em decorrência desta lei, ocorrerão na forma que dispõe a Lei Federal.

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Artigo 210 - As disposições contidas nesta Lei não atingirão a coisa julgada, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito e acabado. Artigo 211 - O Chefe do Poder Executivo assim como a Mesa Diretora da Câmara Municipal, poderão, por Decreto ou Ato da Mesa, respectivamente, instituir o regimento interno, para regulamentar a aplicação desta Lei, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados da vigência desta Lei. Artigo 212 - As férias não gozadas em períodos aquisitivos anteriores a vigência desta lei, deverão ser imediatamente gozadas ou pagas, conforme possibilidade financeira da administração. Parágrafo único. O disposto no “caput” aplica-se aos casos de duas ou mais férias. Artigo 213 - Fica instituído o dia primeiro de maio como data-base da categoria para subscrição de protocolo, que será objeto de projeto de lei, para encaminhamento de apreciação do Poder Legislativo Municipal no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data de assinatura do protocolo. Artigo 214 - Os servidores integrantes do quadro funcional não contemplados no art. 208, desta Lei, serão mantidos em seus cargos/empregos até efetivação por concurso público. Artigo 215 - Os instituto da lotação, carreira e jornadas especiais de trabalho serão objeto de lei regulamentadora específica. Parágrafo único. Serão mantidas as jornadas especiais realizadas por força da Lei Municipal nº 15/70 até regulamentação prevista no “caput” deste artigo. Artigo 216 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as Leis nºs 15/70; 45 de 15 de fevereiro de 1979; 357 de 17 de abril de 1990; 477 de 19 de fevereiro de 1993; 497 de 16 junho de 1993; e os Anexos I e II constantes da Lei nº 498 de 30 de junho de 1993; 514 de 02 de setembro de 1993; 537 de 30 de dezembro de 1993 e 580 de 02 de maio de 1995, e demais disposições em contrário.

Ilhabela, 29 de julho de 1997

NILCE SIGNORINI Prefeita Municipal

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QUADRO DE PESSOAL PARTE PERMANENTE

ARTIGO 12 – I

CARGO/FUNÇÃO JOR/SEMANAL NÚMERO REFERÊNCIA

Vigia 40 10 01

Servente de Escola 40 35 01

Servente de Limpeza Pública 40 70 01

Servente de Coleta de Lixo 40 10 01

Servente de Cemitério 40 02 01

Servente de Pedreiro 40 10 01

Servente de Jardineiro 40 05 01

Servente Contínuo 40 05 01

Servente Copa 40 04 01

Zelador 40 10 02

Desinsetizador 40 10 02

Lavador/Lubrificador 40 02 02

Merendeira/Cozinheira 40 02 02 e 03

Servente/Auxiliar de Serv. Gerais 40 22 03 à 05

Inspetor de Aluno 40 04 04

Atendente/Recepcionista 40 05 04

Auxiliar de Topografia 40 02 06

Borracheiro 40 02 06

Eletricista 40 04 07

Almoxarife 40 01 07

Encanador 40 04 07

Pintor 40 04 07

Canteiro 40 05 07

Calceteiro 40 05 07

Padeiro 40 03 07

Coveiro 40 02 07

Carpinteiro 40 02 07

Pedreiro 40 10 07

Agente Saúde 40 10 07

Telefonista 40 03 07

Agente Administrativo I a VI 40 70 07 a 12

Funileiro 40 04 08

Soldador 40 02 08

Mecânico 40 04 08

Professor Ensino Fundamental I 20/30/40 25 08 Inicial

Professor Educ. Infantil I 20/30/40 35 08 Inicial

Operador de Máquina I 40 07 08

Operador de Máquina II 40 08 09

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Professor Ens. Fundamental III 20/30/40 15 09 inicial

Professor Educ. Infantil III 20/30/40 05 09 inicial

Técnico Desportivo 20 05 09

Motorista de Veículo Leve I e II 40 15 07* com diária viagem

Motorista de Veículo Pesado 40 10 08

Motorista de Ambulância 40 10 09* com diária viagem

Motorista de Ônibus 40 04 09

Fiscal de Postura 40 05 09

Fiscal Sanitário 40 05 10

Fiscal de Obras 40 05 11

Fiscal de Tributos 40 05 12

Auxiliar de Enfermagem 40 15 10

Desenhista 40 05 12

Técnico de Laboratório 40 02 12

Secretária 40 10 12

Topógrafo 40 02 13

Enfermeiro 40 02 14

Fonoaudiólogo 30 01 14

Fisioterapeuta 30 01 14

Farmacêutico 40 01 14

Veterinário 30 02 14

Psicólogo 20/30 05 20 h = 14

Bibliotecário 40 01 14

Assistente Social 20/30 06 20 h = 14

Médico 20/30 15 20 h = 15

Dentista 20 10 15

Agrimensor 40 02 15

Desenhista Projetista 40 02 15

Secretário da Junta Militar 40 01 15

Médico especialista 20/30 10 20 h = 16

Engenheiro Civil 40 01 16

Engenheiro Agrônomo 40 01 16

Arquiteto 40 01 16

Procurador 30 01 17

QUADRO DE PESSOAL

ARTIGO 12 - II

CARGO/FUNÇÃO JOR/SEMANAL NÚMERO REFERÊNCIA

Motorista de Gabinete 40 02 11

Encarregado de Setor 40 19 11

Chefe de Seção 40 25 12

Supervisor de Equipe 40 05 12

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Secretária de Gabinete 40 02 13

Assistente de Gabinete 40 02 14

Assessor de Gabinete 40 02 15

Assessor Técnico 40 03 17

Diretor de Divisão 40 23 17

Procurador Chefe *Período integral 01 19

Secretário Municipal *Período integral 09 19

Chefe de Gabinete *Período integral 01 19

QUADRO DE PESSOAL ESTATUTÁRIO INATIVO

CARGO/FUNÇÃO JOR/SEMANAL NÚMERO REFERÊNCIA

Servente 01 (pensão) 01

Auxiliar de Serviços Gerais 01 (pensão) 04

Motorista 01 (pensão) 06

Agente Administrativo III 03 11

Encarregado de Limpeza 01 11

Obs.: Inclua-se no Quadro Permanente Artigo 12 - I os Cargos criados pela Lei 648/97.

CARGO/FUNÇÃO Nº DE CARGOS/FUNÇÕES

JORNADA SEMANAL

REFERÊNCIA

Professor I 20 20 08

Médico Especialista 10 20 15

Assistente Social 04 20 14

Psicólogo 02 20 14

Atendente Recepcionista 10 40 04

Auxiliar de Enfermagem 10 40 10

Enfermeira 02 40 14