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LEI Nº 6463, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2007. "INSTITUI O CÓDIGO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE E ZONEAMENTO AMBIENTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS." ARY JOSÉ VANAZZI, Prefeito Municipal de São Leopoldo. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte, LEI: CÓDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E ZONEAMENTO AMBIENTAL TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO I DA POLÍTICA MUNICIPAL INTEGRADA DE SANEAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL Art. 1º Esta lei institui o Código Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento de São Leopoldo, regulando os direitos e obrigações concernentes ao controle, recuperação, conservação e preservação do meio ambiente no município, integrando- o ao Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e ao Sistema Estadual de Proteção Ambiental - SISEPRA, coerente com a Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental. Art. 2º A Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental e esta lei, respeitadas as competências da União e do Estado do Rio Grande do Sul, têm por objetivo assegurar a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de São Leopoldo, mediante o licenciamento e o controle de todas as formas de poluição, fiscalização, recuperação e preservação dos recursos ambientais, considerando o meio ambiente um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo das atuais e futuras gerações. Art. 3º O meio ambiente é bem de uso comum do povo, patrimônio comum de toda coletividade, e sua proteção é dever do município e de todas as pessoas e entidades que, para tanto, no uso da propriedade, no manejo dos meios de produção e no exercício de atividades produtivas, deverão respeitar as limitações administrativas e demais determinações estabelecidas pelo Poder Público Municipal, com vistas a assegurar um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações. Art. 4º As áreas verdes, morros, parques, jardins, praças, arroios, nascentes, banhados, Unidades de Conservação - UC`s - e reservas ecológicas municipais são patrimônio público inalienáveis. Art. 5º As pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que exerçam atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, são responsáveis, direta ou indiretamente, pelo tratamento, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos, efluentes e emissões industriais produzidos. Art. 6º O causador de poluição ou dano ambiental, em todos os níveis, independente de culpa, será responsabilizado e deverá reparar e/ou indenizar o dano, sem prejuízo da aplicação de penalidades administrativas estabelecidas em lei federal, estadual ou municipal. Parágrafo Único - A reparação prevista no caput deste artigo deverá ser a mais completa possível, sendo prioritária a recuperação integral do meio ambiente e, não sendo esta viável, haverá indenização pelo dano causado. Art. 7º Qualquer cidadão poderá, e o serviço público deverá provocar a iniciativa do município ou do Ministério Público, para fins de propositura de ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente ou a bens de valor histórico, artístico, cultural e paisagístico. Art. 8º Para a implementação e acompanhamento da política ambiental e do presente lei, deverão ser observados os seguintes princípios, além daqueles previstos na Política Municipal Integrada de Saneamento e Gestão Ambiental: I - compatibilização com a legislação ambiental nacional e estadual; II - unidade na política e na gestão ambientais, sem prejuízo da descentralização das ações; III - compatibilização entre as políticas setoriais e demais ações ambientais; IV - continuidade, no tempo e no espaço, das ações básicas de gestão ambiental; V - estabelecimento de diretrizes específicas para o gerenciamento dos recursos hídricos do município, através de uma política complementar às políticas nacional e estadual de recursos hídricos e de planos de uso e gestão ambiental das bacias hidrográficas. Art. 9º Ficam sob o controle do órgão ambiental do município as atividades industriais, comerciais, rurais e de prestação de serviços, tanto públicas quanto privadas, caracterizadas como fontes fixas de poluição ambiental.

LEI Nº 6463.2007 Código Ambiental

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Legislação do município de São Leopoldo-RS, Código Ambiental

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  • LEI N 6463, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2007. "INSTITUI O CDIGO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE E ZONEAMENTO AMBIENTAL E D OUTRAS PROVIDNCIAS." ARY JOS VANAZZI, Prefeito Municipal de So Leopoldo. Fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte, LEI: CDIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E ZONEAMENTO AMBIENTAL TTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES CAPTULO I DA POLTICA MUNICIPAL INTEGRADA DE SANEAMENTO E GESTO AMBIENTAL Art. 1 Esta lei institui o Cdigo Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento de So Leopoldo, regulando os direitos e obrigaes concernentes ao controle, recuperao, conservao e preservao do meio ambiente no municpio, integrando-o ao Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e ao Sistema Estadual de Proteo Ambiental - SISEPRA, coerente com a Poltica Municipal Integrada de Saneamento e Gesto Ambiental.

    Art. 2 A Poltica Municipal Integrada de Saneamento e Gesto Ambiental e esta lei, respeitadas as competncias da Unio e do Estado do Rio Grande do Sul, tm por objetivo assegurar a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de So Leopoldo, mediante o licenciamento e o controle de todas as formas de poluio, fiscalizao, recuperao e preservao dos recursos ambientais, considerando o meio ambiente um patrimnio pblico a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo das atuais e futuras geraes.

    Art. 3 O meio ambiente bem de uso comum do povo, patrimnio comum de toda coletividade, e sua proteo dever do municpio e de todas as pessoas e entidades que, para tanto, no uso da propriedade, no manejo dos meios de produo e no exerccio de atividades produtivas, devero respeitar as limitaes administrativas e demais determinaes estabelecidas pelo Poder Pblico Municipal, com vistas a assegurar um ambiente sadio e ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras geraes.

    Art. 4 As reas verdes, morros, parques, jardins, praas, arroios, nascentes, banhados, Unidades de Conservao - UC`s - e reservas ecolgicas municipais so patrimnio pblico inalienveis.

    Art. 5 As pessoas fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, que exeram atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, so responsveis, direta ou indiretamente, pelo tratamento, acondicionamento, transporte e destinao final dos resduos, efluentes e emisses industriais produzidos.

    Art. 6 O causador de poluio ou dano ambiental, em todos os nveis, independente de culpa, ser responsabilizado e dever reparar e/ou indenizar o dano, sem prejuzo da aplicao de penalidades administrativas estabelecidas em lei federal, estadual ou municipal. Pargrafo nico - A reparao prevista no caput deste artigo dever ser a mais completa possvel, sendo prioritria a recuperao integral do meio ambiente e, no sendo esta vivel, haver indenizao pelo dano causado.

    Art. 7 Qualquer cidado poder, e o servio pblico dever provocar a iniciativa do municpio ou do Ministrio Pblico, para fins de propositura de ao civil pblica de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente ou a bens de valor histrico, artstico, cultural e paisagstico.

    Art. 8 Para a implementao e acompanhamento da poltica ambiental e do presente lei, devero ser observados os seguintes princpios, alm daqueles previstos na Poltica Municipal Integrada de Saneamento e Gesto Ambiental: I - compatibilizao com a legislao ambiental nacional e estadual; II - unidade na poltica e na gesto ambientais, sem prejuzo da descentralizao das aes; III - compatibilizao entre as polticas setoriais e demais aes ambientais; IV - continuidade, no tempo e no espao, das aes bsicas de gesto ambiental; V - estabelecimento de diretrizes especficas para o gerenciamento dos recursos hdricos do municpio, atravs de uma poltica complementar s polticas nacional e estadual de recursos hdricos e de planos de uso e gesto ambiental das bacias hidrogrficas. Art. 9 Ficam sob o controle do rgo ambiental do municpio as atividades industriais, comerciais, rurais e de prestao de servios, tanto pblicas quanto privadas, caracterizadas como fontes fixas de poluio ambiental.

  • CAPTULO II DOS CONCEITOS Art. 10 Para os efeitos desta lei consideram-se: I - agrotxicos e afins como os produtos e os agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso nos setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas, e tambm de ambientes urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora ou da fauna, a fim de preserv-las da ao danosa de seres vivos considerados nocivos; II - guas dominiais como aquelas o que o Poder Pblico detm como qualquer particular, no estando destinados nem ao uso comum, nem a uso especial, sendo, portanto, bens disponveis, podendo ser alienados, sob determinadas condies; III - guas subterrneas como as guas do subsolo que ocorrem na zona saturada dos aqferos passveis de serem captadas para fins de abastecimento; IV - ambiente urbano como as relaes da populao e das atividades humanas, organizadas pelo processo social, de acesso, apropriao e uso e ocupao do espao urbanizado e construdo; V - anelamento como o corte da casca circundando o tronco da rvore, impedindo a circulao da seiva bruta e elaborada, podendo levar o vegetal morte; VI - animais da fauna urbana como todos aqueles adaptados ao meio antropizado, que procurem alimento ou sejam alimentados por interferncia humana; VII - animais silvestres como todas as espcies, terrestres ou aquticas, representantes da fauna autctone e migratria de uma regio do pas; VIII - anncios como quaisquer indicaes executadas sobre veculos de divulgao presentes na paisagem, visveis de locais pblicos, cuja finalidade seja promover estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, empresas, produtos de qualquer espcie, idias, pessoas ou coisas, classificando-se em anncio orientador, anncio promocional, anncio institucional e anncio misto; IX - aqfero como massas rochosas, com alta porosidade e permeabilidade, contidas entre pacotes de rochas impermeveis, capaz de acumular gua; X - arborizao urbana como aquela adequada ao meio urbano, visando melhoria da qualidade paisagstica e ambiental, com o objetivo de recuperar aspectos da paisagem natural e urbana alm de atenuar os impactos decorrentes da urbanizao; XI - rea Construda Computvel - ACC - como a rea total construda descontada da rea de garagem; XII - rea de Preservao Permanente - APP - como a faixa de preservao situada ao longo dos cursos d`gua, nascentes, reservatrios e em topos e encostas de morros, destinada manuteno da qualidade do solo, das guas e tambm para funcionar como "corredor de fauna"; XIII - rea Total Construda - ATC - como a soma das reas de todos os pavimentos; XIV - rea verde como todo o espao livre, urbano, com piso permevel, de interesse ambiental e/ou paisagstico, de domnio pblico ou privado, sendo sua conservao e preservao justificada pelo rgo ambiental do municpio; XV - reas alagadias como reas ou terrenos que se encontram temporariamente saturados de gua decorrentes das chuvas, devido a m drenagem; XVI - reas no edificveis como as reas comprometidas e atingidas pelas faixas de drenagem, situadas nas reas urbanas do municpio, em cada uma das margens dos rios, crregos, arroios e riachos que compreendem as guas correntes, os banhados e as nascentes; XVII - banhados como qualquer rea que tenha gua superficial ou que o solo seja saturado por tempo suficientemente longo para o desenvolvimento de plantas aquticas e solos hidromrficos; XVIII - bens de uso e interesse comum de todos os cidados e do municpio, com as limitaes que a legislao em geral e especialmente a Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965 estabelecem, como: a) a vegetao de porte arbreo, em logradouro pblico do permetro urbano do municpio; b) as mudas de espcie arbreas e as demais formas de vegetao natural, plantadas em reas urbanas de domnio pblico; c) a vegetao de porte arbreo de preservao permanente, de acordo com a Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965 e suas alteraes; XIX - colorimetria como o procedimento analtico atravs do qual se determina a concentrao de espcies qumicas mediante a variao de cor, isto , a absoro de energia radiante - luz; XX - COMAR como o Comando Areo Regional da Fora Area Brasileira; XXI - conservao como o manejo da biosfera, compreendendo a preservao, manuteno, utilizao sustentvel, restaurao e melhoria do ambiente natural; XXII - degradao ambiental como a alterao adversa das caractersticas ambientais necessrias para a manuteno da qualidade de vida, resultante, direta ou indiretamente de atividades que: a) prejudiquem a sade, o sossego, a segurana e o bem-estar da populao; b) atentem contra as condies estticas e sanitrias do meio ambiente;

  • c) atentem desfavoravelmente os recursos naturais, tais como a fauna, flora, os demais organismos vivos, a gua, o ar e o solo; d) lancem materiais ou energia em desacordo com os padres e parmetros estabelecidos pela legislao federal, estadual e municipal; XXIII - demais organismos vivos como os representantes dos reinos Fungi, Monera e Protista; XXIV - derivao da gua como o uso da gua que demande desvio do respectivo curso natural; XXV - desenvolvimento sustentvel como a condio de atender as necessidades de recursos da atual gerao sem comprometer o direito de acesso das futuras geraes aos mesmos ou a semelhantes recursos; XXVI - Dimetro Altura do Peito - DAP - como o dimetro do caule da rvore em uma altura de 1,30m - um metro e trinta centmetros do solo; XXVII - distrbio por rudo ou distrbio sonoro como qualquer som que: a) ponha em perigo ou prejudique a sade de seres humanos ou animais; b) cause danos de qualquer natureza propriedade pblica ou privada; c) possa ser considerado incmodo ou que ultrapasse os nveis mximos fixados nesta lei; XXVIII - ecossistema como o conjunto de interaes entre os seres vivos e o ambiente que caracteriza determinada rea; XXIX - ecossistemas de So Leopoldo como as formaes de Floresta Estacional Semidecidual e sua zona de tenso com a Floresta Ombrfila Mista, os banhados e as reas de campo, todos pertencentes ao bioma Mata Atlntica, alm de todas as formas de vida que deles dependem; XXX - empresa de grande porte como a pessoa jurdica que tiver receita bruta anual superior a R$ 12.000.000,00 - doze milhes de Reais; XXXI - empresa de mdio porte como a pessoa jurdica que tiver receita bruta anual superior a R$ 1.200.000,00 - um milho e duzentos mil reais - e igual ou inferior a R$ 12.000.000,00 - doze milhes de Reais; XXXII - empresa de pequeno porte como a pessoa jurdica e a firma mercantil individual que, no enquadrada como microempresa, tiver receita bruta anual superior a R$ 244.000,00 - duzentos e quarenta e quatro mil Reais - e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 - um milho e duzentos mil Reais; XXXIII - Escala de Ringelmann como a escala grfica utilizada para promover a avaliao colorimtrica da densidade de fumaa, sendo constituda de seis padres com variaes uniformes de tonalidades entre o branco e o preto; XXXIV - espaos territoriais especialmente protegidos como as reas geogrficas pblicas ou privadas, dotadas de atributos ambientais relevantes, sujeitos a regime jurdico especial, que impliquem utilizao sustentada; XXXV - espcie extica como espcie que no nativa da regio considerada; XXXVI - espcies autctones ou nativas como aquelas representativas da fauna ou flora nativa do Rio Grande do Sul; XXXVII - Estao Rdio Base - ERB - como o conjunto de equipamentos ou aparelhos, dispositivos e demais meios necessrios realizao de telecomunicao, seus acessrios e perifricos, instalados em contineres, e/ou outras construes que os abrigam e complementam, localizados em ambientes externos ou de uso comum de edificaes ou associados a estruturas de sustentao; XXXVIII - estado de emergncia como qualquer situao de excepcionalidade, que possa ocasionar danos irreversveis ao meio ambiente, integridade fsica ou psquica da populao ou bens materiais; XXXIX - Estudo Prvio de Impacto de Vizinhana - EIV - como o documento que apresenta o conjunto dos estudos e informaes tcnicas relativas identificao, avaliao, preveno, mitigao e compensao dos impactos na vizinhana de um empreendimento ou atividade, de forma a permitir a anlise das diferenas entre as condies que existiriam com a implantao do mesmo e as que existiriam sem essa ao; XL - Estudos de Impacto Ambiental - EIA - como um conjunto de atividades cientficas ou tcnicas que incluem o diagnstico ambiental, a autenticao, previso e medio dos impactos, a definio de medidas mitigadoras e programas de monitorao dos impactos ambientais; XLI - faixas de drenagem como as reas no edificantes situadas ao longo dos cursos d`gua, dimensionadas para garantir o perfeito escoamento das guas pluviais das bacias hidrogrficas; XLII - fauna como o conjunto de espcies animais; XLIII - flora como conjunto de espcies vegetais; XLIV - floresta como associao de espcies vegetais arbreas nos diversos estgios sucessionais, onde coexistem outras espcies, que variam em funo das condies climticas e ecolgicas; XLV - fonte de poluio como toda e qualquer atividade, instalao, processo, operao ou dispositivo, mvel ou no, que independentemente de seu campo de aplicao ou possam induzir, produzir ou gerar poluio do meio ambiente; XLVI - fonte efetiva ou potencialmente poluidora como toda a atividade, processo, operaes, as maquinarias, equipamentos ou dispositivo, mvel ou no, que possa causar emisso ou lanamento de poluentes; XLVII - fontes mveis como os meios de transporte, em especial os veculos automotores, providos de motores com combusto interna, emissores de gases ditos poluentes; XLVIII - horrio diurno como aquele compreendido entre as 7:00 horas e 19:00 horas dos dias teis; XLIX - horrio noturno como aquele compreendido entre as 22:00 horas e s 7:00 horas; L - horrio vespertino como aquele compreendido entre as 19:00 horas e s 22:00 horas; LI - impacto ambiental como qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada

  • por qualquer forma de matria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a) a sade, a segurana e o bem-estar da populao; b) as atividades sociais e econmicas; c) a biota; d) as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; e) a qualidade dos recursos ambientais; LII - impacto de vizinhana como a significativa repercusso ou interferncia que constitua impacto no sistema virio, impacto na infra-estrutura urbana ou impacto ambiental e social, causada por um empreendimento ou atividade, em decorrncia de seu uso ou porte, que provoque a deteriorao das condies de qualidade de vida da populao vizinha, requerendo estudos adicionais para anlise especial de sua localizao, que poder ser proibida, independentemente do cumprimento das normas de uso e ocupao do solo para o local; LIII - impacto na infra-estrutura urbana como a demanda estrutural causada por empreendimentos ou atividades que superem a capacidade das concessionrias nos abastecimentos de energia, gua, telefonia, esgotamento sanitrio ou pluvial; LIV - impacto no sistema virio como as interferncias causadas por um grande nmero de viagens e/ou trnsito intenso, gerando conflitos na circulao de pedestres e veculos; LV - impacto sobre a morfologia urbana como as edificaes, cuja forma, tipo ou porte, implique e conflito com a morfologia natural ou edificada local; LVI - incomodidade como o estado de desacordo de uso ou atividade com os condicionantes locais, causando reao adversa sobre a vizinhana, tendo em vista suas estruturas fsicas e vivncias sociais; LVII - infrao como toda ao ou omisso que importe na inobservncia de preceitos estabelecidos ou na desobedincia de determinaes de carter normativo dos rgos e das autoridades administrativas competentes; LVIII - infrator, com responsabilidade solidria, o executor, o mandante e quem, de qualquer modo, contribua para a infrao; LIX - licena ambiental como instrumento do rgo ambiental competente que estabelece as condies, restries e medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos ambientais; LX - Licena de Instalao - LI - como a autorizao para a instalao do empreendimento ou atividade de acordo com as especificaes constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; LXI - Licena de Operao - LO - como a autorizao para a operao da atividade ou empreendimento, aps a verificao do efetivo cumprimento do que consta das licenas anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operao; LXII - Licena Prvia - LP - como a autorizao concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sua localizao e concepo, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos bsicos e condicionantes a serem atendidos nas prximas fases de sua implementao; LXIII - licenciamento ambiental como procedimento administrativo pelo qual o rgo ambiental competente licencia a localizao, instalao, ampliao e a operao de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental, considerando as disposies legais e regulamentares e as normas tcnicas aplicveis ao caso; LXIV - lindeiro como o lote de terreno contguo a outro; LXV - linhas de cumeada como a linha que une os pontos mais altos de uma seqncia de morros ou montanhas, constituindo o divisor de guas; LXVI - logstica reversa como o sistema de coleta no retorno dos produtos, atravs do fluxo inverso do ponto de consumo at onde o produto teve seu inicio de produo; LXVII - medidas compatibilizadoras como as destinadas a compatibilizar o empreendimento com a vizinhana nos aspectos relativos paisagem urbana, rede de servios pblicos e infra-estrutura; LXVIII - medidas compensatrias como as destinadas a compensar impactos irreversveis que no podem ser evitados; LXIX - medidas de emergncia como aquelas que visam a evitar ocorrncia ou impedir a continuidade de uma situao crtica ou de calamidade; LXX - medidas mitigadoras como as destinadas a prevenir impactos adversos ou a reduzir aqueles que no podem ser evitados; LXXI - meio ambiente como o conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; LXXII - microempresa como a pessoa jurdica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00 - duzentos e quarenta e quatro mil Reais; LXXIII - muda como o exemplar jovem de espcies vegetais; LXXIV - nascente como ponto ou rea no solo ou numa rocha de onde a gua flui naturalmente para a superfcie do terreno ou para uma massa de gua; LXXV - orla como a faixa de cem metros a partir da linha de margem do corpo d`gua; LXXVI - padres como limites quantitativos e qualitativos oficiais regularmente estabelecidos; LXXVII - parmetros como um valor qualquer de uma varivel independente, referente a elemento ou tributo que configura a situao qualitativa e/ou quantitativa de determinada propriedade de corpos fsicos a caracterizar, sendo estes capazes de

  • servir como indicadores para restabelecer a situao inicial de determinado corpo fsico quanto a uma certa propriedade; LXXVIII - pesca como todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espcimes dos grupos dos peixes, crustceos, moluscos e vegetais hidrbios, suscetveis ou no de aproveitamento econmico, ressalvadas as espcies ameaadas de extino, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora; LXXIX - plano de manejo como um projeto dinmico que determina o zoneamento de uma Unidade de Conservao - UC, caracterizando cada uma de suas zonas e propondo seu desenvolvimento fsico, de acordo com suas finalidades, estabelecendo diretrizes bsicas para o manejo da unidade; LXXX - poo tubular profundo como o poo de dimetro reduzido, perfurado com equipamento especializado; LXXXI - poda drstica como a eliminao total das ramificaes tercirias, secundrias ou primrias de qualquer espcie arbrea ou arbustiva; LXXXII - poluente como toda e qualquer forma de matria ou energia que, direta ou indiretamente, cause ou possa causar poluio do meio ambiente; LXXXIII - poluio como toda e qualquer alterao dos padres de qualidade e da disponibilidade dos recursos ambientais e naturais, resultantes de atividades ou de qualquer forma de matria ou energia que, direta ou indiretamente, mediata ou imediatamente: a) prejudique a sade, a segurana e o bem-estar das populaes ou que possam vir a comprometer seus valores culturais; b) criem condies adversas s atividades sociais e econmicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) comprometam as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; e) alterem desfavoravelmente os patrimnios genticos e culturais - histrico, arqueolgico, paleontolgico, turstico, paisagstico e artstico; f) lancem matrias ou energia em desacordo com os padres ambientais estabelecidos; g) criem condies inadequadas de uso do meio ambiente para fins pblicos, domsticos, agropecurios, industriais, comerciais, recreativos e outros; LXXXIV - poluio sonora como toda emisso de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva sade, segurana e ao bem-estar da coletividade ou transgrida as disposies fixadas nesta lei; LXXXV - poluidor como a pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, responsvel direta ou indiretamente por atividade causadora poluio; LXXXVI - preservao como a manuteno de um ecossistema em sua integridade, eliminando do mesmo ou evitando nele qualquer interferncia humana, salvo aquelas destinadas a possibilitar ou auxiliar a prpria preservao; LXXXVII - qualidade ambiental como a manuteno da adequada intensidade, concentrao, quantidade e caractersticas de toda e qualquer forma de matria e energia ou matria presente nos recursos ambientais; LXXXVIII - recursos ambientais como o ar atmosfrico, as guas superficiais e subterrneas, o solo, o sub solo, os elementos da biosfera e os demais componentes dos ecossistemas, com todas as suas inter-relaes, necessrias manuteno do equilbrio ecolgico; LXXXIX - Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA - como o documento do processo de avaliao de impacto ambiental que deve esclarecer, em linguagem corrente, todos os elementos de proposta e de estudo, de modo que estes possam ser utilizados na tomada de deciso e divulgados para o pblico em geral; XC - Relatrio de Impacto de Vizinhana - RIV - como o relatrio sobre as repercusses significativas dos empreendimentos sobre o ambiente urbano, apresentado atravs de documento objetivo e sinttico dos resultados do Estudo Prvio de Impacto de Vizinhana - EIV, em linguagem adequada e acessvel compreenso dos diversos segmentos sociais; XCI - resduo slido especial como os resduos slidos que, por sua composio, peso ou volume, necessitam de tratamento especfico, ficando assim classificados: a) resduos produzidos em imveis, residenciais ou no, que no possam ser dispostos na forma estabelecida para coleta regular; b) resduos provenientes de estabelecimentos que prestem servios de sade; c) resduos gerados em estabelecimentos que realizam o abastecimento pblico; d) resduos provenientes de estabelecimento que comercializam alimentos para consumo imediato; e) resduos produzidos por atividades ou eventos instalados em logradouros pblicos; f) resduos gerados pelo comrcio ambulante; g) outros que, por sua composio, se enquadrem na classificao acima, inclusive veculos inservveis, excetuando-se o resduo industrial e radioativo, objeto de legislao prpria; XCII - resduo slido ordinrio domiciliar, para fins de coleta regular, como os resduos slidos produzidos em imveis, residenciais ou no, que possam ser acondicionados em sacos plsticos, e dispostos coleta conforme volumes, nos dias e horrios estabelecidos pela programao do Poder Pblico Municipal; XCIII - resduo slido pblico como os resduos slidos provenientes dos servios de limpeza urbana executados nas vias pblicas; XCIV - resduos de servios de sade como aqueles provenientes de atividades de natureza mdico-assistencial, de centros de pesquisa e de desenvolvimento e experimentao na rea de sade, farmcias e drogarias, laboratrios de anlises clnicas, consultrios mdicos e odontolgicos, hospitais e clnicas mdicas e outros prestadores de servios de sade, que

  • requeiram condies especiais quanto ao acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposio final, por apresentarem periculosidade real ou potencial sade humana, animal e ao meio ambiente; XCV - resduos slidos como todos aqueles que resultam das atividades humanas em sociedade, a inclusos os de origem industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e de limpeza pblica, e que esto no estado slido, semi-slido ou lquido, no possuindo, neste ltimo caso, forma de tratamento convencional; XCVI - resduos slidos industriais como aqueles provenientes de atividades de pesquisa e de transformao de matrias primas e substncias orgnicas ou inorgnicas em novos produtos, por processos especficos, bem como, os provenientes das atividades de minerao, de montagem e manipulao de produtos acabados e aqueles gerados em reas de utilidade, apoio e administrao das indstrias; XCVII - resduos slidos perigosos como aqueles que, em funo de suas propriedades fsicas, qumicas ou infectantes, possam apresentar riscos sade pblica ou qualidade do meio ambiente; XCVIII - resduos slidos reversos como aqueles restitudos ao gerador, atravs da logstica reversa, visando ao seu reaproveitamento, tratamento e disposio final da forma ambiental e economicamente mais adequada possvel; XCIX - rudo como qualquer som que causa ou tende a causar perturbaes ao sossego pblico, ou produzir efeitos psicolgicos e/ou fisiolgicos negativos aos seres humanos; C - rudo de fundo como todo e qualquer som que esteja sendo emitido durante o perodo de medies, que no aquele objeto das medies; CI - salubridade ambiental como o estado de qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrncia de doenas relacionadas ao meio ambiente e de promover o equilbrio das condies ambientais e ecolgicas que possam proporcionar o bem-estar da populao; CII - saneamento ambiental como o conjunto de aes que visam a alcanar nveis crescentes de salubridade ambiental, por meio do abastecimento de gua potvel, coleta e disposio sanitria de resduos lquidos, slidos e gasosos, promoo da disciplina sanitria do uso e ocupao do solo, preveno e controle do excesso de rudos, manejo de guas pluviais, controle de vetores de doenas transmissveis e demais obras e servios especializados; CIII - servios de construo civil como qualquer operao em canteiro de obra, montagem, elevao, reparo substancial, alterao ou ao similar, demolio ou remoo no local, de qualquer estrutura, instalao ou adio a estas, incluindo todas as atividades relacionadas, mas no restritas limpeza do terreno, movimentao, detonao e paisagismo; CIV - som como o fenmeno fsico provocado pela propagao de vibraes de mecnicas em um meio elstico, dentro de faixa de freqncia de 16Hz a 20kHz e possvel de excitar o aparelho auditivo humano; CV - som incmodo como toda e qualquer emisso de som medida dentro dos limites reais de propriedade da parte supostamente incomodada, a 1,50m - um metro e cinqenta centmetros - da divisa e a 1,20m - um metro e vinte de centmetros - do solo, que: a) ultrapasse em mais de 10 dB - A, B, C o valor do rudo de fundo, em resposta lenta, sem trfego ou; b) ultrapasse os seguintes limites: 1 - horrio diurno: 70 dB - A, B, C; 2 - horrio vespertino: 60 dB - A, B, C; 3 - horrio noturno: 50 dB - A, B, C; CVI - sub-bacia hidrogrfica como parte de uma bacia hidrogrfica de um rio maior, correspondente a um de seus afluentes ou tributrio e seu entorno, considerada rea de Preservao Permanente - APP; CVII - tratamento de esgoto como o processo ao qual o esgoto submetido com o objetivo de eliminar seus constituintes nocivos sade; CVIII - Unidade de Conservao - UC - como espaos territoriais com limites definidos e seus recursos ambientais, incluindo as guas jurisdicionais, com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, com objetivos de preservao e conservao, sob regime especial de administrao, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteo; CIX - vegetao como flora caracterstica de uma regio; CX - vegetao de porte arbreo como vegetal lenhoso que apresenta, quando adulto, o caule com dimetro altura do peito - DAP=8 - oito - centmetros; CXI - vegetao de porte arbreo de preservao permanente como aquela que, por sua localizao, extenso ou composio floristca, constitua elemento de importncia ao solo e a outros recursos naturais e paisagsticos, podendo estar em rea de domnio pblico ou privado, de acordo com a legislao vigente; CXII - vegetao natural como aquela que se desenvolve sem interferncia humana, podendo ser primria ou secundria; CXIII - vegetao primria como a vegetao de mxima expresso local, com grande diversidade biolgica, sendo os efeitos das aes antrpicas mnimas, a ponto de no afetar significativamente suas caractersticas originais de estrutura e espcies; CXIV - vegetao secundria ou em regenerao como a vegetao resultante de processos naturais de sucesso, aps supresso total ou parcial da vegetao primria por aes antrpicas ou causas naturais, podendo ocorrer rvores remanescentes da vegetao primria; CXV - veculos de trao animal como aqueles com circulao permitida nas vias municipais, meio de transporte de carga de duas rodas - carroa - ou transporte de pessoas - charrete e similares - tracionado por eqinos; CXVI - vetores como os seres vivos que veiculam o agente infeccioso, sendo capazes de transmiti-lo de um hospedeiro a outro;

  • CXVII - vibrao como movimento de oscilao transmitido pelo solo, ou por uma estrutura qualquer, perceptvel por uma pessoa; CXVIII - vizinhana como as imediaes do local onde se prope o empreendimento ou atividade considerada uma rea de at cem metros a partir dos limites do terreno; CXIX - zona de mistura como a regio do corpo receptor onde ocorre a diluio inicial de um efluente; CXX - zona sensvel a rudo ou zona de silncio como aquela que, para atingir seus propsitos, necessita que lhe seja assegurado um silncio excepcional; CXXI - zona sensvel a rudos como as reas situadas no entorno de hospitais, escolas, creches, unidades de sade, bibliotecas, asilos e rea de preservao ambiental; CXXII - zoneamento de uso do solo como aquele definido nos termos da Lei Municipal n 6.125, de 19 de dezembro de 2006, que dispe sobre o Plano Diretor do Municpio de So Leopoldo; CXXIII - zoonoses como as doenas transmitidas por animais ao homem e que so comuns aos homens e animais. CXXIV - Estiagem: perodo no qual no ocorrem precipitaes ou estas so reduzidas. Diz-se tambm do tempo seco logo aps perodo de chuvas. (Redao acrescida pela Lei n 7571/2011) CXXV - Seca: perodos nos quais ocorrem estiagem e escassez de chuva suficientemente prolongadas para provocar desequilbrios hdricos de uma regio, podendo causar prejuzos econmicos e sociais. (Redao acrescida pela Lei n 7571/2011) CXXVI - reas de conservao ambiental - ACA - o espao territorial de proteo dos recursos naturais, como ar, guas, solo, minerais e seres vivos, e sua utilizao racional e sustentvel, garantindo a qualidade de vida e a renovao natural dos recursos, assegurando a sobrevivncia das espcies animais e vegetais, e a manuteno da biodiversidade. (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXVII - abiticos - aquilo que desprovido de vida; elementos inanimados de um ecossistema; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXVIII - reas protegidas - conjunto das unidades de conservao e das reas de conservao ambiental; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXIX - plano municipal de gesto ambiental - PLANGEA - um instrumento complementar ao Plano Diretor Municipal com a finalidade de subsidiar os rgos ambientais municipais e de saneamento, bem como suas polticas setoriais, num processo contnuo que envolve coleta, organizao e anlise sistematizada das informaes, por meio de procedimentos e mtodos, para se chegar a decises ou escolhas acerca das melhores alternativas para o aproveitamento dos recursos disponveis em funo de suas potencialidades, e com a finalidade de atingir metas especficas no futuro, tanto em relao a recursos naturais quanto sociedade. (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXX - biticos - conjunto de seres vivos do ecossistema; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXI - conservao da natureza - o manejo sustentvel dos recursos naturais, compreendendo a preservao, a manuteno, a utilizao, a restaurao e a recuperao do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefcio, em bases sustentveis, s atuais geraes, garantindo seu potencial de satisfazer as necessidades e as aspiraes das geraes futuras e resguardando a sobrevivncia dos seres vivos em geral; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXII - conservao in situ - a conservao dos seres vivos e demais elementos de especial interesse em um ecossistema natural, sejam nas unidades de conservao ou nas reas de conservao ambiental. (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXIII - diversidade biolgica - a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, em seus ecossistemas terrestres ou aquticos e dentro da mesma populao; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXIV - espao urbanizado - rea com equipamentos e estruturas destinadas ao lazer e desenvolvimento social e/ou cultural, com traado definido (passeios e canteiros) e dotados de vegetao; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXV - espcies exticas ou espcies alctones - animais ou vegetais que no ocorrem naturalmente em um determinado local, mas que so introduzidos ou adaptam-se naturalmente a um novo ambiente; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXVI - lei complementar n 140/2011 - fixa normas relativas fiscalizao e licenciamento, de acordo com a competncia comum do artigo 23 da Constituio Federal; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXVII - manejo ou gesto - o ato de intervir ou no no meio natural com base em conhecimentos tcnicos e cientficos, com o propsito de promover e garantir a conservao da natureza, inclusive por meio de medidas de proteo aos recursos, sem atos de interferncia direta nestes; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXVIII - parque urbano - espao territorial urbanizado com equipamentos sociais, que permite atividades de lazer, cultura e educao, bem como a preservao de reas verdes com caractersticas naturais, no necessariamente original, legalmente institudo pelo Poder Pblico e limites definidos sob regime especial de administrao, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteo; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXXXIX - plano de gesto - o documento tcnico por meio do qual, com fundamento nos objetivos gerais, bem como na legislao vigente, de reas de Conservao Ambiental, se estabelecem o zoneamento e as normas que devem presidir o uso das respectivas reas e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantao das estruturas fsicas necessrias gesto das mesmas; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXL - populao tradicional - grupo de pessoas que vivem em determinadas condies sociais, culturais e econmicas e que utilizam os recursos naturais como forma de subsistncia, por meio de conhecimentos e prticas gerados pela comunidade e transmitidos pela tradio; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012)

  • CXLI - preservao - o conjunto de mtodos, procedimentos e polticas que visam proteo, permanente, das espcies, do habitat e dos ecossistemas, alm da manuteno dos processos ecolgicos, prevenindo a simplificao dos sistemas naturais; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXLII - proteo integral - preservao e manuteno dos ecossistemas livres de alteraes causadas por interferncia humana, admitindo apenas o uso indireto de seus atributos naturais; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXLIII - recuperao - o processo artificial ou natural de recomposio de um ecossistema, ou de uma populao silvestre degradada, que pode ser diferente de sua condio original; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXLIV - restaurao - o processo artificial de recomposio de um ecossistema, ou de uma populao silvestre degradada, o mais prximo possvel de sua condio original; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXLV - riqueza biolgica - a diversidade de espcies que ocorre dentro de determinada rea; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXLVI - uso direto - aquele que envolve de forma sustentvel a coleta e uso, comercial ou no, dos recursos naturais; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXLVII - uso indireto - o que no envolve, de forma sustentvel, o consumo, a coleta, o dano ou a destruio dos recursos ambientais; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXLVIII - uso sustentvel - a explorao do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renovveis e dos processos ecolgicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecolgicos e garantindo a harmonizao com a sociedade, com o desenvolvimento econmico local, e o entorno; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CXLIX - zona de amortecimento - faixa limite ao entorno de uma unidade de conservao, no qual as atividades humanas esto sujeitas a normas, restries e usos especficos, com o propsito de evitar, minimizar e compensar os impactos negativos sobre a unidade, priorizando usos sustentveis; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CL - zona de transio - as reas intermedirias entre dois ou mais ecossistemas distintos, as quais se diferem por apresentar especificidades no que se refere biodiversidade que as compe; (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CLI - zoneamento - a definio de setores ou zonas em uma Unidade de Conservao e/ou de uma rea de Conservao Ambiental, com objetivos de manejo e normas especficas, com o propsito de proporcionar os meios e as condies para que, possam ser alcanados de forma harmnica, eficaz e sustentvel, os objetivos conforme cada categoria. (Redao acrescida pela Lei n 7745/2012) CAPTULO III DAS DIRETRIZES Art. 11 Para o cumprimento das atribuies da presente lei, o municpio de So Leopoldo desenvolver aes permanentes de planejamento, proteo e fiscalizao do meio ambiente, incumbindo-lhe: I - estabelecer normas e padres de qualidade ambiental; II - prevenir, combater e controlar a poluio e as fontes poluidoras, assim como qualquer outra prtica que cause degradao ambiental; III - fiscalizar e disciplinar a produo, o armazenamento, o transporte, o uso e o destino final de produtos, embalagens e substncias potencialmente perigosas sade pblica e aos recursos naturais; IV - fiscalizar, cadastrar, pesquisar e proteger a vegetao remanescente e fomentar o plantio de rvores; V - incentivar e promover a recuperao das margens e leito do Rio dos Sinos, banhados, arroios, nascentes e outros corpos d`gua e das encostas erodidas ou sujeitas eroso. Art. 12 O municpio incentivar o uso de fontes alternativas de energia e de recursos naturais, tendo em vista diminuir o impacto causado por estas atividades.

    Art. 13 O municpio desenvolver programas de arborizao com as seguintes metas: I - implantar e manter hortos florestais destinados recomposio da flora nativa e a produo de espcies vegetais diversas, destinadas arborizao urbana; II - promover ampla arborizao dos logradouros pblicos da rea urbana, utilizando, preferencialmente, espcies nativas. 1 de competncia do municpio o plantio de rvores em logradouros pblicos, sendo que este definir o padro de muda, as medidas do canteiro e a espcie vegetal mais apropriada a ser plantada. 2 Obedecidas as normas regulamentares do rgo ambiental municipal, a pessoa fsica ou jurdica poder plantar espcies vegetais na via pblica, assumindo, conjuntamente, a responsabilidade por sua manuteno e cuidados. 3 Nos casos em que se fizer necessrio o corte ou a poda de rvores em reas particulares ou pblicas, a pessoa fsica ou jurdica dever pedir autorizao prvia ao rgo ambiental do municpio. 4 A populao tambm responsvel pela conservao da arborizao da vias pblicas, devendo denunciar cortes ou podas irregulares ao rgo ambiental.

  • CAPTULO IV DA COMPETNCIA MUNICIPAL

    Art. 14 So atribuies do rgo municipal de meio ambiente: I - participar do planejamento das polticas pblicas e da proposta oramentria do municpio no que tange ao meio ambiente; II - atuar como rgo gestor da coordenao do Sistema Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA - e das respectivas aes integradas planejadas pelo mesmo; III - implementar, seguir e normatizar os projetos existentes no Sistema Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA - e sugerir as leis complementares, decretos e emendas relacionadas ao meio ambiente; IV - realizar o controle e o monitoramento das atividades produtivas e dos prestadores de servios quando potencial ou efetivamente poluidores ou degradadores do meio ambiente; V - propor, acompanhar e avaliar os Estudos de Impacto Ambiental - EIA`s - e Relatrios de Impacto Ambiental - RIMA`s, executados em territrio municipal; VI - manifestar-se mediante estudos e pareceres tcnicos sobre questes de interesse ambiental para a populao do municpio; VII - promover a educao ambiental integrada; VIII - articular-se com organismos federais, estaduais, municipais e organizaes no governamentais - ONG`s - para a execuo coordenada e a obteno de financiamentos para a implantao de programas relativos preservao, conservao e recuperao dos recursos ambientais, naturais ou no; IX - apoiar as aes das organizaes da sociedade civil que tenham a questo ambiental entre seus objetivos; X - propor a criao e gerenciar as Unidades de Conservao - UC`s, implementando os planos de manejo; XI - autorizar, acompanhar e ter acesso aos resultados de pesquisas cientficas efetuadas em reas de preservao do municpio; XII - propor e acompanhar a realizao de exames laboratoriais para fins de diagnstico ambiental ou relacionados com sade pblica; XIII - recomendar ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA - normas, critrios, parmetros, padres, limites, ndices e mtodos para o uso dos recursos ambientais do municpio; XIV - desenvolver, com a participao dos rgos e entidades do Sistema Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA, o zoneamento ambiental; XV - fixar diretrizes ambientais para elaborao de projetos de parcelamento do solo urbano, bem como para a instalao de atividades e empreendimentos no mbito da coleta e disposio dos resduos; XVI - promover as medidas administrativas e requerer as judiciais cabveis para coibir, punir e responsabilizar os agentes poluidores e degradadores do meio ambiente; XVII - atuar de forma integrada e em carter permanente, na recuperao de reas e recursos ambientais poludos ou degradados; XVIII - fiscalizar, monitorar, avaliar e proteger os recursos naturais do municpio, especialmente as reas de Preservao Permanente - APP`s, assim como exemplares de valor da fauna, flora e demais organismos vivos; XIX - executar a fiscalizao e o controle das atividades poluidoras, vistoriando os estabelecimentos e atividades produtivas, comerciais, de prestao de servios e do uso de recursos ambientais pelo setor pblico ou privado, emitindo pareceres tcnicos quanto operacionalizao e funcionamento das mesmas; XX - exercer o poder de polcia administrativa para condicionar e restringir o uso e gozo dos bens, atividades e direitos, em benefcio da preservao, conservao, defesa, melhoria, recuperao e controle do meio ambiente; XXI - emitir notificaes e auto de infrao e aplicar multas, quando da constatao e/ou prova testemunhal de infrao s leis ambientais; XXII - dar incio a processo administrativo ou judicial para apurao de infraes decorrentes da inobservncia da legislao ambiental em vigor; XXIII - estabelecer padres para descarte de resduos, efluentes lquidos e emisses atmosfricas industriais e as normas para transporte, disposio e destino final de qualquer tipo de resduo resultante de atividades industriais e comerciais; XXIV - conceder licenciamento para atividades industriais, comerciais, de prestao de servios, de minerao, cortes, podas e plantios de espcies vegetais em reas pblicas e privadas, de competncia do municpio; XXV - licenciar a localizao, a instalao, a operao e a ampliao das obras e atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente; XXVI - determinar as penalidades disciplinares e compensatrias pelo no cumprimento das medidas necessrias preservao e/ou correo de degradao ambiental causada por pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada; XXVII - propor e discutir com outros rgos pblicos medidas necessrias gesto ambiental integrada no municpio; XXVIII - incentivar o uso de tecnologias no agressivas ao ambiente; XXIX - dar apoio tcnico, administrativo e financeiro ao Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA; XXX - dar apoio tcnico e administrativo ao Ministrio Pblico, nas suas aes institucionais em defesa do meio ambiente; XXXI - elaborar projetos ambientais, de forma integrada e participativa; XXXII - aplicar os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente - FUNDEMA, nos aspectos tcnicos, administrativos e

  • financeiros, segundo as diretrizes fixadas pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA; XXXIII - executar outras atividades correlatas atribudas pela administrao municipal, pelo Sistema Estadual de Proteo Ambiental - SISEPRA e/ou pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA. TITULO II DO SISTEMA MUNICIPAL INTEGRADO DE SANEAMENTO E GESTO AMBIENTAL CAPTULO I DA ORGANIZAO E FINALIDADE

    Art. 15 Para organizar e coordenar os projetos, programas e aes comuns em saneamento e meio ambiente fica institudo o Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA. 1 O Sistema Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA - prope-se a organizar um conjunto de iniciativas institucionais que, respeitadas as respectivas competncias, atribuies, prerrogativas e funes, integram-se, de modo articulado e cooperativo, para a formulao e viabilizao de projetos e programas comuns, materializados atravs da execuo de aes conjuntas em saneamento e meio ambiente. 2 A atuao articulada e cooperativa do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA - voltar-se- para viabilizar a toda populao nveis crescentes de qualidade e salubridade ambiental, tendo o compromisso de defender, proteger e conservar os recursos naturais para o benefcio das geraes atuais e futuras.

    Art. 16 O Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA - composto pelos rgos da administrao direta e indireta do Municpio que guardam algum tipo de relao com o saneamento e o meio ambiente, vinculado organicamente instncia governamental do desenvolvimento urbano, sanitrio e ambiental. 1 A coordenao do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA - ser integrada pelos rgos afins: o Servio Municipal de gua e Esgotos - SEMAE, o rgo ambiental do municpio, a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenao - SEPLAN, a Secretaria Municipal de Habitao - SEMHAB, a Secretaria Municipal da Educao, Esporte e Lazer - SMED, a Secretaria Municipal da Sade - SEMSAD, a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econmico e Social - SEMEDES, a Secretaria Municipal de Segurana Pblica - SEMUSP, a Secretaria Municipal de Obras Virias e Servios - SEMOV, a Secretaria Municipal Oramento Participativo - SECOP - e tambm pela Procuradoria Geral do Municpio - PGM, divididos em rgos gestores e rgos co-gestores do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA: I - o rgo ambiental do municpio atuar como rgo central, tcnico, de planejamento e execuo da poltica de meio ambiente, recursos hdricos, sub-bacias e de resduos slidos; II - o Servio Municipal de gua e Esgotos - SEMAE atuar como rgo central, tcnico, de planejamento e execuo da poltica de abastecimento de gua e esgotos; III - as Secretarias Municipais de Planejamento e Coordenao - SEPLAN, de Habitao - SEMHAB, da Sade - SEMSAD, da Educao, Esporte e Lazer - SMED, de Segurana Pblica - SEMUSP, de Desenvolvimento Econmico e Social - SEMEDES, de Obras Virias e Servios - SEMOV, do Oramento Participativo - SECOP - e a Procuradoria Geral do Municpio - PGM atuaro como rgos setoriais e co-gestores do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA.

    Art. 16 - O Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA - composto pelos rgos da administrao direta e indireta do Municpio que guardam algum tipo de relao com o saneamento e o meio ambiente, vinculado organicamente instncia governamental do desenvolvimento urbano, sanitrio e ambiental. (Redao dada pela Lei n 7571/2011) 1 A coordenao do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA - ser instituda por decreto municipal. (Redao dada pela Lei n 7571/2011) 2 Caber ao rgo ambiental do municpio e ao Servio Municipal de gua e Esgotos - SEMAE - a tarefa de gestores da coordenao do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA.

    Art. 17 O rgo ambiental do municpio o rgo central do meio ambiente do municpio, integrante do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, em conformidade com a Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981.

    Art. 18 O Servio Municipal de gua e Esgotos - SEMAE, criado pela Lei Municipal n 1.648, de 31 de dezembro de 1971 e alteraes, o rgo central do saneamento do municpio, integrante do Sistema Estadual de Saneamento - SESAN, em conformidade como a Lei Estadual n 12.037, de 19 de dezembro de 2003 CAPTULO II DA ATUAO MUNICIPAL INTEGRADA

    Art. 19 Cabe aos rgos gestores do Sistema Municipal Integrado de Saneamento e Gesto Ambiental - SINGEA -

  • implementar os instrumentos da Poltica Municipal Integrada de Saneamento e Gesto Ambiental e, prioritariamente: I - participar da elaborao e acompanhar a implementao do Plano Municipal de Gesto Integrada do Saneamento Ambiental - PLAMASA; II - participar da elaborao e acompanhar a implementao do Plano Municipal de Gesto Integrada das Sub-Bacias do Rio dos Sinos; III - participar da elaborao e acompanhar a implementao desta lei; IV - promover o controle ambiental integrado: licenciamento e fiscalizao ambiental; V - promover a educao ambiental integrada; VI - viabilizar e coordenar a elaborao anual do Relatrio Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA; VII - difundir e consolidar o controle social, potencializando a atuao do Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA. CAPTULO III DOS INSTRUMENTOS

    Art. 20 So instrumentos da Poltica Municipal Integrada de Saneamento e Gesto Ambiental: I - o Plano Municipal de Gesto Integrada de Saneamento Ambiental - PLAMASA; II - o Plano Municipal de Gesto Integrada das Sub-Bacias do Rio dos Sinos; III - o controle ambiental integrado e a adequao de atividades efetiva ou potencialmente degradadoras ou poluidoras; IV - a poltica municipal de regularizao fundiria sustentvel; V - a gesto unificada em Educao Ambiental; VI - o estabelecimento de normas, padres, critrios e parmetros de qualidade ambiental; VII - Relatrio Municipal de Qualidade Ambiental - RMQA; VIII - os diagnsticos ambientais; IX - o Plano Diretor Municipal - PDM, Lei Municipal n 6.125, de 19 de dezembro de 2006, as leis de parcelamento, uso e ocupao do solo e demais instrumentos de controle do desenvolvimento urbano; X - a avaliao de impactos ambientais e as anlises de riscos; XI - as auditorias ambientais e audincias pblicas; XII - os incentivos criao ou absoro e desenvolvimento de novas tecnologias voltadas melhoria da qualidade e salubridade ambiental; XIII - a estruturao das Unidades de Conservao Municipal; XIV - o cadastro tcnico de atividades e o Sistema de Informaes Ambientais, unificado com o cadastro multifinalitrio previsto no Plano Diretor Municipal - PDM, Lei Municipal n 6.125, de 19 de dezembro de 2006; XV - a prestao de informaes relativas ao saneamento ambiental; XVI - a adoo de critrios e indicadores de sustentabilidade para seleo de empresas e prestadores de servios, nas aquisies e contrataes do Poder Pblico Municipal; XVII - os acordos, convnios, consrcios e outros mecanismos associados de gerenciamento de recursos ambientais; XVIII - o Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA; XIX - o Fundo Municipal do Meio Ambiente - FUNDEMA; XX - a Conferncia Municipal de Meio Ambiente e Saneamento. TTULO III DO MEIO AMBIENTE CAPTULO I DO AR Art. 21 Na implementao desta lei, para o controle da poluio atmosfrica, devero ser observadas as seguintes diretrizes: I - exigncia da adoo das melhores tecnologias tcnica e ambientalmente disponveis nos processos industriais e de controle de emisso, visando a assegurar a reduo progressiva dos nveis de poluio; II - melhoria na qualidade ou substituio dos combustveis e otimizao da eficincia do balano energtico; III - implantao de procedimentos operacionais adequados, incluindo a implementao de programas de manuteno preventiva e corretiva dos equipamentos de controle da poluio; IV - adoo de sistema de monitoramento peridico ou contnuo das fontes por parte das empresas responsveis, sem prejuzo das atribuies de fiscalizao dos rgos competentes; V - proibio de implantao ou expanso de atividades que possam resultar em violao dos padres fixados; VII - seleo de reas mais propcias disperso atmosfrica para a implantao de fontes de emisso, quando do processo de licenciamento, e a manuteno de distncias mnimas em relao a outras instalaes urbanas, em particular hospitais, creches, escolas, residncias e reas naturais protegidas, conforme Plano Diretor Municipal - PDM, Lei Municipal n 6.125,

  • de 19 de dezembro de 2006.

    Art. 22 Devero ser respeitados, entre outros, os seguintes procedimentos gerais para o controle de emisso de material particulado: I - a estocagem a cu aberto de materiais que possam gerar emisso por transporte elico dever obedecer a critrios constantes em projeto, a serem licenciados pelo rgo competente; II - as vias de trfego interno das instalaes comerciais e industriais devero ser pavimentadas, ou lavadas, ou umectadas com a freqncia necessria para evitar acmulo de partculas sujeitas a arraste elico; III - as reas adjacentes s fontes de emisso de poluentes atmosfricos, quando descampadas, devero ser objeto de programa de reflorestamento e arborizao, por espcies e manejos adequados, com nfase a espcies nativas; IV - sempre que tecnicamente possvel, os locais de estocagem e transferncia de materiais que possam estar sujeitos ao arraste pela ao dos ventos devero ser mantidos sob cobertura, ou enclausurados, evitando sua disperso; V - as chamins, equipamentos de controle de poluio do ar e outras instalaes que se constituam em fontes de emisso, efetivas ou potenciais devero ser construdas ou adaptadas para permitir o acesso de tcnicos encarregados de avaliaes relacionadas ao controle da poluio.

    Art. 23 As fontes de emisso devero, a critrio tcnico fundamentado pelo rgo competente, apresentar relatrios peridicos de medio, com intervalos no superiores a 01 - um - ano, dos quais devero constar os resultados dos diversos parmetros ambientais a serem regulamentados, a descrio da manuteno dos equipamentos, bem como a representatividade destes parmetros em relao aos nveis de produo. 1 Devero ser utilizadas metodologias de coleta e anlise estabelecidas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, pelo rgo ambiental do municpio ou pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA. 2 O Poder Pblico Municipal poder reduzir este prazo nos casos em que os nveis de emisso ou os incmodos causados populao sejam significativos. 3 O Poder Pblico Municipal poder ampliar os prazos por motivos que no dependam dos interessados, desde que devidamente justificado.

    Art. 24 Todas as fontes de emisso existentes no municpio devero se adequar ao disposto nesta lei, nos prazos estabelecidos pelo rgo ambiental do municpio, no podendo exceder o prazo mximo de 24 - vinte e quatro - meses a partir da sua publicao.

    Art. 25 As empresas de transporte de carga e/ou passageiros, bem como as empresas com frota prpria e os responsveis pela manuteno da regulagem de motores e seus componentes, devero apresentar informaes e dados, necessrios para as aes de fiscalizao, quando solicitado pelo rgo ambiental do municpio. Pargrafo nico - A critrio do rgo ambiental do municpio podero ser exigidos testes e ensaios necessrios para aferio e comprovao dos servios de manuteno e regulagem realizados.

    Art. 26 O rgo ambiental do municpio, baseado em parecer tcnico, proceder a elaborao peridica de proposta de reviso dos limites de emisso previstos nesta lei, de forma a incluir outras substncias e adequ-los aos avanos das tecnologias de processo industrial e controle da poluio.

    Art. 27 Os padres de qualidade do ar e as concentraes de poluentes atmosfricos ficam restritos, at ulterior regulamentao municipal, aos termos e parmetros estabelecidos pela legislao federal e estadual.

    Art. 28 Durante a situao de agravamento, as fontes fixas ou mveis de poluio do ar, na rea atingida, ficaro sujeitas s restries emergenciais impostas. CAPTULO II DO SOLO E SUBSOLO

    Art. 29 A utilizao do solo e do subsolo, para quaisquer fins, far-se- atravs da adoo de tcnicas, processos e mtodos que visem a sua conservao, melhoria e recuperao, observadas as caractersticas geomorfolgicas, fsicas, qumicas, biolgicas, ambientais e suas funes scio-econmicas. 1 O Poder Pblico Municipal, atravs dos rgos competentes, e conforme regulamento, elaborar planos e estabelecer normas, critrios, parmetros e padres de utilizao adequada do solo e do subsolo, cuja inobservncia, caso caracterize degradao ambiental, sujeitar os infratores s penalidades previstas nesta lei, bem como a exigncia de adoo de todas as medidas e prticas necessrias recuperao da rea degradada. 2 A utilizao do solo e do subsolo compreender seu manejo, cultivo, parcelamento, minerao e ocupao.

  • Art. 30 O planejamento do uso adequado do solo e do subsolo e a fiscalizao de sua observncia por parte do usurio responsabilidade do governo municipal.

    Art. 31 A proteo do solo e do subsolo no municpio visa a: I - garantir o uso racional do solo urbano e do subsolo, atravs dos instrumentos de gesto competentes, observadas as diretrizes ambientais contidas no Plano Diretor Municipal - PDM, Lei Municipal n 6.125, de 19 de dezembro de 2006; II - garantir o uso do solo cultivvel, atravs do uso e fomento de tecnologias limpas e manejo agroecolgico; III - priorizar o controle da eroso, a conteno de encostas e o reflorestamento das reas degradadas; IV - priorizar a utilizao do manejo biolgico de pragas. Art. 32 Os planos pblicos ou privados de uso de recursos naturais do municpio de So Leopoldo, bem como os de uso, ocupao, extrao de substncias minerais e parcelamento do solo, devem respeitar as necessidades do equilbrio ecolgico e as diretrizes e normas de proteo ambiental.

    Art. 33 Na anlise de projetos de uso, ocupao ou parcelamento do solo ou do subsolo, o rgo ambiental do municpio, no mbito de sua competncia, dever manifestar-se, dentre outros, necessariamente sobre os seguintes aspectos: I - usos propostos, densidade de ocupao, desempenho de assentamento e acessibilidade; II - reserva de reas verdes e proteo de interesses paisagsticos, ecolgicos, arquitetnicos, culturais ou histricos; III - utilizao de reas com declividade igual ou superior a 30% - trinta por cento, bem como de terrenos alagadios ou sujeitos a inundaes; IV - saneamento de reas aterradas com material nocivo sade; V - ocupao de reas onde o nvel de poluio local impea condies sanitrias mnimas; VI - proteo do solo, da fauna, da flora e demais organismos vivos e das guas superficiais, subterrneas, fluentes, emergentes e reservadas; VII - sistema de abastecimento de gua; VIII - coleta, tratamento e disposio final de efluentes lquidos, resduos slidos e emisses atmosfricas; IX - viabilidade geotcnica, quando o projeto atingir reas de risco geolgico, assim definidas pelo rgo competente. CAPTULO III DAS GUAS

    Art. 34 So objetivos do Cdigo Municipal de Meio Ambiente e Zoneamento Ambiental no tocante proteo das guas: I - proteger a sade, o bem-estar e a qualidade de vida da populao; II - proteger e recuperar os ecossistemas aquticos, com especial ateno para as nascentes, os banhados, as bacias de retardo e outras relevantes para a manuteno dos ciclos biolgicos; III - reduzir, progressivamente, a toxicidade e as quantidades dos poluentes lanados nos corpos d`gua; IV - compatibilizar e controlar os usos efetivos e potenciais da gua, tanto qualitativa quanto quantitativamente; V - controlar os processos erosivos que resultem no transporte de slidos, no assoreamento dos corpos d`gua e da rede pblica de drenagem; VI - assegurar o acesso e o uso pblico s guas superficiais e marginais, exceto em reas de nascentes e outras de preservao permanente, quando expressamente disposto em norma especfica; VII - o adequado tratamento dos efluentes lquidos, visando a preservar a qualidade dos recursos hdricos.

    Art. 35 As diretrizes desta lei aplicam-se a lanamentos de quaisquer efluentes lquidos provenientes de atividades efetiva e potencialmente poluidoras instaladas no municpio de So Leopoldo, em guas interiores, superficiais ou subterrneas, diretamente ou atravs de quaisquer meios de lanamento, incluindo redes de coleta e emissrios.

    Art. 36 Os critrios e padres estabelecidos em legislao devero ser atendidos, tambm, por etapas ou reas especficas do processo de produo ou gerao de efluentes, de forma a impedir a sua diluio e assegurar a reduo das cargas poluidoras totais.

    Art. 37 Os lanamentos de efluentes lquidos no podero conferir aos corpos receptores caractersticas em desacordo com os critrios e padres de qualidade de gua em vigor, ou que criem obstculos ao trnsito de espcies migratrias, exceto na zona de mistura.

    Art. 38 As zonas de mistura que estiverem fora dos padres de qualidade, devero adequar-se, atendendo critrios a serem estabelecidos pelo rgo ambiental do municpio. Pargrafo nico - O rgo ambiental do municpio promover o enquadramento das guas interiores na sua classificao e fixar padres de qualidade para cada classe, atravs de normatizao, dentro de sua competncia.

  • Art. 39 A captao de gua, superficial ou subterrnea, dever atender aos requisitos estabelecidos pela legislao especfica, sem prejuzos s demais exigncias legais, sob avaliao tcnica e licena ambiental do rgo ambiental do municpio.

    Art. 40 As atividades efetiva ou potencialmente poluidoras ou degradadoras e de captao de gua implementaro programas de monitoramento de efluentes e da qualidade ambiental em suas reas de influncia, previamente estabelecidos ou aprovados pelo rgo ambiental do municpio. 1 A coleta e anlise dos efluentes lquidos devero ser baseadas em metodologias aprovadas pelo rgo ambiental do municpio ou pelas normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT. 2 Todas as avaliaes relacionadas aos lanamentos de efluentes lquidos devero ser feitas para as condies de disperso mais desfavorveis, sempre includa a previso de margens de segurana. 3 Os tcnicos do rgo ambiental do municpio tero acesso a todas as fases do monitoramento que se refere o caput deste artigo, incluindo procedimentos laboratoriais.

    Art. 41 Os rgos e entidades responsveis pela operao dos sistemas de abastecimento pblico de gua devero adotar as normas e o padro de potabilidade da gua estabelecidos pelo Ministrio da Sade, pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA - e pela Secretaria Estadual de Sade, complementadas pelos rgos competentes do municpio de So Leopoldo.

    Art. 42 obrigao do proprietrio do imvel a execuo de adequadas instalaes domiciliares de abastecimento, armazenagem, distribuio e esgotamento de gua, cabendo ao usurio do imvel a necessria conservao.

    Art. 43 Fica obrigatrio a obteno de Autorizao Ambiental para as atividades de uso de veculos nuticos movidos propulso por suco de gua do Rio dos Sinos, tais como jet ski, jet boat, dentre outros.

    Art. 44 A classificao das guas interiores situadas no territrio do municpio, para os efeitos desta lei, ser aquela adotada pela correspondente resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, e no que couber, pela legislao estadual.

    Art. 45 Todo e qualquer estabelecimento industrial ou de prestao de servios potencialmente poluidor de guas dever possuir sistema de tratamento de efluentes lquidos, cujo projeto dever ser avaliado e aprovado pelo rgo ambiental do municpio.

    Art. 46 As construes de unidades industriais, de estruturas ou de depsitos de armazenagem de substncias de alto risco aos recursos hdricos, devero localizar-se a uma distncia mnima de 300 - trezentos - metros dos corpos d`gua, dotados de dispositivos de segurana e preveno de acidentes. Pargrafo nico - Verificando a impossibilidade tcnica de ser mantida a distncia, de que trata este artigo, a execuo do projeto poder ser autorizada, desde que oferecidas medidas concretas de segurana ambiental, aceitos pelo rgo ambiental do municpio.

    Art. 47 Os padres de qualidade das guas e as concentraes de poluentes ficam restritos, at ulterior regulamentao municipal, aos termos e parmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA - e pela legislao estadual. CAPTULO IV DOS SONS E RUDOS

    Art. 48 O controle da emisso sonora no municpio visa a garantir o sossego e bem-estar pblico, evitando sua perturbao por emisses excessivas ou incmodas de sons de qualquer natureza ou que contrariem os nveis mximos fixados em lei ou regulamento.

    Art. 49 Considera-se poluio sonora a emisso de sons, rudos e vibraes, em decorrncia de atividades industriais, comerciais, de prestao de servios, domsticas, sociais, de trnsito e de obras pblicas ou privadas que causem desconforto ou excedam os limites estabelecidos pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, pelas posturas municipais, pelas Resolues do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA - e demais dispositivos legais em vigor, no interesse da sade, da segurana e do sossego pblico.

    Art. 50 Os rgos municipais competentes devero, para fins de cumprimento desta lei e demais legislaes pertinentes, determinar restries a setores especficos de processos produtivos, instalao de equipamentos de preveno, limitaes de horrios e outros instrumentos administrativos correlatos, aplicando-os isolada ou combinadamente.

  • Pargrafo nico - Todas as providncias previstas no caput deste artigo devero ser tomadas pelo empreendedor, s suas expensas, e devero ser discriminadas nos documentos oficiais de licenciamento da atividade.

    Art. 51 A realizao de eventos que causem impactos de poluio sonora em Unidades de Conservao - UC`s - e seu entorno depender de prvia autorizao do rgo ambiental responsvel pela respectiva unidade.

    Art. 52 Compete ao Poder Pblico Municipal: I - divulgar populao matria educativa e sensibilizadora sobre os efeitos prejudiciais causados pelo excesso de rudo; II - incentivar a fabricao e uso de mquinas, motores, equipamentos e outros dispositivos com menor emisso de rudos; III - incentivar a capacitao de recursos humanos e apoio tcnico e logstico para recebimento de denncias e a tomada de providncias de combate poluio sonora, em todo o territrio municipal; IV - estabelecer convnios, contratos e instrumentos afins com entidades que, direta ou indiretamente, possam contribuir com o desenvolvimento dos programas a atividades federais, estaduais ou municipais, de preveno e combate poluio sonora; V - ouvidas as autoridades e entidades cientficas pertinentes, submeter os programas reviso peridica, dando prioridade s aes preventivas; VI - estabelecer o programa de controle dos rudos urbanos para fins de controle e monitoramento e exercer o poder de controle e fiscalizao das fontes de poluio sonora; VII - aplicar sanes e interdies, parciais ou integrais, previstas na legislao vigente; VIII - exigir das pessoas fsicas ou jurdicas, responsveis por qualquer fonte de poluio sonora, apresentao dos resultados de medies e relatrios, podendo, para a consecuo dos mesmos, serem utilizados recursos prprios ou de terceiros; IX - impedir a localizao, ou limitar o horrio de funcionamento, de estabelecimentos industriais, fbricas, oficinas ou outros que produzam ou possam vir a produzir rudos em unidades territoriais, residenciais ou em zonas sensveis a rudos; X - organizar programas de educao e conscientizao a respeito de: a) causas, efeitos e mtodos de atenuao e controle de rudos e vibraes; b) esclarecimentos sobre as proibies relativas s atividades que possam causar poluio sonora; XI - outras atividades previstas em lei.

    Art. 53 A emisso de sons, rudos e vibraes produzidos por veculos automotores e os produzidos nos interiores dos ambientes de trabalho, obedecero s normas expedidas, respectivamente, pelo Conselho Nacional de Trnsito - CONTRAN - e pelo Ministrio do Trabalho e Emprego - MTE.

    Art. 54 As medies devero ser efetuadas com aparelho medidor de nvel de som que atenda as recomendaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT.

    Art. 55 A ningum lcito, por ao ou omisso, dar causa ou contribuir para a ocorrncia de rudo em desconformidade com a legislao vigente.

    Art. 56 Os dispositivos que estabelecerem padres, critrios e diretrizes sobre a emisso ou proibio de emisso de sons e rudos produzidos por quaisquer meios ou de qualquer espcie, levaro em considerao, sempre, os locais, horrios e a natureza das atividades emissoras, com vistas a compatibilizar o exerccio da atividade com a preservao da sade, da segurana e do sossego pblico, bem como do meio ambiente.

    Art. 57 Estabelecimentos comerciais, sociais e recreativos, que possuam local para estacionamento, devero manter, s suas expensas e em nmero compatvel com a fluncia do pblico, guardas ou vigilantes com funo de orientar a mobilizao e o estacionamento de veculos e manter a vigilncia de modo a impedir tumulto, algazarras ou aes que perturbem a ordem e o sossego pblico.

    Art. 58 Para exame e anlise dos projetos, planos e dados caractersticos de interesse das entidades registradas, bem como para vistoria das instalaes ou as providncias que se fizerem necessrias, o Poder Pblico Municipal poder utilizar, alm dos recursos tcnicos de que dispem, outros de entidades pblicas ou privadas, com as quais mantenha ou no convnio.

    Art. 59 Para proceder ao exame, anlise e demais providncias que se refere o artigo anterior e garantir o cumprimento das demais disposies, normas e regulamentos, fica assegurada, aos agentes credenciados do municpio, a entrada em qualquer estabelecimento pblico ou privado. Art. 60 Caber ao rgo competente da administrao municipal fazer cumprir o disposto nesta lei, no que tange ao controle da poluio sonora do meio ambiente, bem como fiscalizar os estabelecimentos e propriedades responsveis.

  • SEO I DOS NVEIS DE PRESSO SONORA EM RELAO AO USO DO SOLO

    Art. 61 Consideram-se prejudiciais sade, segurana e ao sossego pblico, a emisso de sons e rudos por quaisquer atividades residenciais, industriais, comerciais, sociais ou recreativas, que ultrapassem os seguintes nveis permitidos: I - atinjam, no ambiente exterior do recinto, em que tem origem, nvel de som de mais de 10 - dez - decibis - dB - A, B, C acima do rudo de fundo sem trfego; II - alcancem, no interior do recinto em que so produzidos, nveis de som superiores aos considerveis aceitveis pela Norma NB 95, da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, ou das que lhe sucederem. 1 Na execuo dos projetos de construo ou de reforma de edificaes, para atividades heterogneas, o nvel de som produzido por uma delas no poder ultrapassar os nveis de som estabelecidos no inciso II deste artigo. 2 A medio dos nveis de som incmodo ser no perodo noturno, efetuado dentro do domiclio ou estabelecimento prejudicado, com as janelas e portas fechadas, sem prejuzo da ventilao necessria e distncia de 1 - um - metro da parede, e no devero exceder os limites estabelecidos na legislao vigente. 3 Para efeitos desta lei, as medies devero ser efetuadas com aparelho medidor de nvel de som que atenda s da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT.

    Art. 62 Os estabelecimentos que pretendam funcionar no horrio noturno, aqui compreendidas as casas de comrcio ou diverso pblica em geral, devero, alm de obedecer aos critrios estabelecidos nesta lei, apresentar projeto de isolamento acstico, assinado por responsvel tcnico credenciado. Pargrafo nico - A concesso de licena para funcionamento do estabelecimento fica condicionada aprovao do referido projeto.

    Art. 63 As atividades que determinam a existncia de zonas sensveis a rudos incluem escolas, bibliotecas pblicas, hospitais e creches, reservas biolgicas e parques urbanos e naturais, ou reas que sejam ou venham a ser consideradas como habitat natural da flora ou da fauna, passvel de preservao ecolgica.

    Art. 64 Ato Administrativo estabelecer normas e critrios que se fizerem necessrios para o cumprimento desta lei, bem como os procedimentos administrativos para a aplicao das penalidades cabveis. CAPTULO V DA FLORA

    Art. 65 A proteo e a utilizao dos ecossistemas do municpio de So Leopoldo tm por objetivo geral o desenvolvimento sustentvel e, por objetivos especficos, a salvaguarda da biodiversidade, da sade humana, dos valores paisagsticos, estticos e tursticos, do regime hdrico e da estabilidade social.

    Art. 66 O Poder Pblico Municipal fomentar o enriquecimento ecolgico da vegetao dos ecossistemas de So Leopoldo, bem como o plantio e o reflorestamento com espcies nativas, em especial as iniciativas voluntrias de proprietrios rurais.

    Art. 67 O corte e a supresso de vegetao primria ou secundria ficam vedados quando: I - a vegetao: a) abrigar espcies da flora, fauna silvestre e demais organismos vivos ameaados de extino e a interveno ou o parcelamento puserem em risco a sobrevivncia dessas espcies; b) exercer a funo de proteo de mananciais ou de preveno e controle de eroso; c) formar corredores entre remanescentes de vegetao primria ou secundria; d) proteger o entorno das Unidades de Conservao - UC`s; e) ou possuir valor paisagstico, reconhecido pelos rgos executivos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA; f) exercer a funo de proteo de encostas e topos de morros; g) estiver localizada em reas de Preservao Permanente - APP`s. II - o proprietrio ou posseiro no cumprir os dispositivos da legislao ambiental, em especial as exigncias da Lei n 4.771, de 15 de setembro de 1965, no que respeita s reas de Preservao Permanente - APP`s - e reserva legal. Pargrafo nico - Verificada a ocorrncia do previsto na alnea a, do inciso I, deste artigo, os rgos competentes do Poder Executivo Municipal adotaro as medidas necessrias para proteger tais espcies caso existam fatores que o exijam, ou fomentaro e apoiaro as aes e os proprietrios de reas que estejam mantendo ou sustentando a sobrevivncia destas.

  • Art. 68 Os novos empreendimentos que impliquem o corte ou a supresso de vegetao dos ecossistemas do municpio de So Leopoldo devero ser implantados preferencialmente em reas j substancialmente alteradas ou degradadas.

    Art. 69 A supresso de vegetao primria e secundria no estgio avanado de regenerao somente poder ser autorizada em caso de utilidade pblica, sendo que a vegetao secundria em estgio mdio de regenerao poder ser suprimida nos casos de utilidade pblica e interesse social, em todos os casos devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo prprio, quando inexistir alternativa tcnica e locacional ao empreendimento proposto. 1 A supresso de que trata o caput deste artigo depender de autorizao do rgo ambiental competente. 2 A supresso de vegetao no estgio mdio de regenerao situada em rea urbana depender de autorizao do rgo ambiental do municpio, mediante anuncia prvia do rgo ambiental competente fundamentada em parecer tcnico.

    Art. 70 A vegetao nativa, elemento necessrio do meio ambiente e dos ecossistemas, considerada bem de interesse comum a todos e fica sob a proteo do Poder Pblico Municipal, sendo seu uso, manejo e proteo regulados por esta lei e demais documentos legais pertinentes.

    Art. 71 O Poder Pblico Municipal poder declarar de preservao permanente ou de uso especial a vegetao e as reas destinadas a: I - proteger o solo da eroso; II - formar faixas de proteo ao longo de rodovias, ferrovias e dutos; III - proteger stios de excepcional beleza ou de valor cientfico, histrico, cultural, paisagstico e ecolgico; IV - asilar populaes da fauna, flora e demais organismos vivos ameaados ou no de extino, bem como servir de pouso ou reproduo de espcies migratrias; V - assegurar condies de bem-estar pblico; VI - proteger paisagens notveis; VII - preservar e conservar a biodiversidade; VIII - proteger as zonas de contribuio de nascentes; IX - proteger as reas de recarga dos aqferos.

    Art. 72 Na utilizao dos recursos da flora sero considerados os conhecimentos ecolgicos de modo a se alcanar sua explorao racional e sustentvel, evitando-se a degradao e destruio da vegetao e o comprometimento do ecossistema dela dependente.

    Art. 73 Qualquer espcie ou determinados exemplares da flora, isolados ou em conjunto, podero ser declarados imunes ao corte, explorao ou supresso, mediante ato da autoridade competente, por motivo de sua localizao, raridade, beleza, importncia para a fauna ou condio de porta-semente.

    Art. 74 A utilizao de recursos provenientes de floresta ou outro tipo de vegetao lenhosa nativa ser feita de acordo com projeto que assegure manejo sustentado do recurso, atravs do sistema de regime jardinado, de acordo com a legislao vigente.

    Art. 75 Na construo de quaisquer obras, pblicas ou privadas, devem ser tomadas medidas para evitar a destruio ou degradao da vegetao original, ou, onde isto for impossvel, obrigatria a implementao de medidas compensatrias que garantam a conservao de reas significativas desta vegetao.

    Art. 76 A explorao, transporte, depsito e comercializao, beneficiamento e consumo de produtos florestais e da flora nativa poder ser feita por pessoas fsicas ou jurdicas, desde que devidamente licenciadas no rgo competente e com o controle e fiscalizao deste. Pargrafo nico - O municpio de So Leopoldo, observando a Poltica Municipal Integrada de Saneamento e Gesto Ambiental, compromete-se a utilizar, nas obras e servios pblicos, apenas madeira de origem legal. Art. 77 As matrculas de imveis devero informar, a partir da vigncia desta lei, obrigatoriamente, em sua descrio, a existncia de reas de Preservao Permanente - APP`s, cursos d`gua, nascentes e rvores protegidas. SEO I DA VEGETAO PBLICA URBANA

    Art. 78 A implantao, conservao, reforma e supresso de canteiros, praas e jardins em espaos pblicos devero ter acompanhamento tcnico do rgo ambiental do municpio. Pargrafo nico - Sob autorizao e acompanhamento tcnico, a implantao, conservao e reforma de canteiros podero

  • ser realizadas pela iniciativa privada ou pela sociedade civil organizada, em forma de parceria, com a possibilidade de explorao de mensagens comerciais cujo formato ser regulamentado.

    Art. 79 O manejo da vegetao de porte arbreo das reas pblicas ser gerenciado pelo rgo ambiental do municpio. 1 A poda ou supresso da vegetao de porte arbreo de que trata o caput deste artigo ser permitida de forma a garantir a sanidade vegetal, a segurana da populao e o interesse pblico, de acordo com a orientao tcnica do rgo ambiental do municpio. 2 A poda ou supresso de rvores em reas pblicas ser realizada pelo rgo ambiental do municpio, ou sob sua orientao e acompanhamento tcnico, atravs de: I - empresas concessionrias de servios pblicos ou autarquias, desde que autorizados pelo rgo municipal competente; II - Corpo de Bombeiros nos casos de emergncia, em que haja risco iminente vida ou ao patrimnio pblico ou privado; III - particulares treinados, desde que autorizados pelo rgo ambiental do municpio. 3 A vegetao de porte arbreo removida dever ser reposta em rea pblica adequada, o mais prximo possvel do local removido, com a mxima brevidade e respeitando as caractersticas da mesma. SEO II DAS PRAAS PBLICAS E REAS VERDES COMPLEMENTARES

    Art. 80 As reas verdes urbanas e sua biodiversidade desempenham um papel fundamental no ecossistema urbano, proporcionando significativas funes, ecolgicas, econmicas e sociais.

    Art. 81 Para efeitos de conservao, preservao e manuteno so compreendidas como reas verdes: I - de domnio pblico: a) praas, jardins, parques, hortos florestais e fragmentos de mata nativa; b) arborizao constante dos sistemas virios; II - de domnio privado: a) chcaras no permetro urbano e correlatos; b) condomnios e loteamentos fechados. CAPTULO VI DA ARBORIZAO URBANA Art. 82 Este captulo disciplina a arborizao urbana e as reas verdes do permetro urbano do municpio, impondo ao cidado a co-responsabilidade com o Poder Pblico Municipal na proteo da flora e ainda estabelece os critrios e padres relativos arborizao urbana.

    Art. 83 O rgo ambiental do municpio o rgo responsvel pela fiscalizao da arborizao urbana, visando ao cumprimento desta lei. Pargrafo nico - O titular do rgo ambiental do municpio poder, desde que expressamente autorizado pelo Prefeito Municipal, delegar a outros rgos da administrao direta ou indireta, ou entidades particulares, em caso de interesse pblico, a competncia para realizao de servios necessrios ao cumprimento desta lei.

    Art. 84 Compete, exclusivamente, ao rgo ambiental municipal publicar normas tcnicas e resolues que auxiliem na aplicao desta lei.

    Art. 85 competncia privativa do rgo ambiental municipal o manejo e cadastramento tcnico da arborizao de ruas, reas verdes e reas de Preservao Permanente - APP`s - em logradouros pblicos, respeitando as normas tcnicas adequadas. SEO I DO PLANEJAMENTO DA ARBORIZAO MUNICIPAL

    Art. 86 Os novos projetos, para execuo dos sistemas de infra-estrutura urbana e sistema virio, devero compatibilizar-se com o sistema de arborizao j existente. Pargrafo nico - Nas reas j estruturadas, as rvores existentes que apresentarem interferncia com o sistema acima mencionado sero submetidas ao procedimento adequado e a fiao area dever ser convenientemente isolada, de acordo

  • com anlise do rgo ambiental municipal.

    Art. 87 Os projetos de instalao de equipamentos pblicos ou privados, em reas j arborizadas, devero estar de acordo com a vegetao arbrea existente e empregar a melhor tecnologia possvel, de modo a evitar futuras podas ou a supresso das rvores, sendo que os referidos projetos sero submetidos anlise do rgo ambiental do municpio.

    Art. 88 Os projetos referentes ao loteamento urbano, projetos de edificaes e empreendimentos industriais em reas de vegetao natural devero ser submetidos apreciao do rgo ambiental do municpio, em conjunto com a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenao - SEPLAN.

    Art. 89 Os projetos, para serem analisados, devero estar instrudos em conformidade com as normas expedidas pelo rgo ambiental do municpio.

    Art. 90 O rgo ambiental do municpio, no usufruto de suas atribuies, emitir parecer tcnico objetivando: I - a melhor alternativa que corresponda mnima destruio da vegetao natural; II - os recursos paisagsticos da obra em estudo, devendo definir os agrupamentos vegetais significativos preservao.

    Art. 91 O rgo ambiental do municpio dever elaborar, para os loteamentos pblicos j existentes, legalizados e que no haja arborizao, projeto que defina de forma adequada arborizao urbana da regio.

    Art. 92 O rgo ambiental do municpio dever manifestar-se, no menor prazo possvel, sobre a viabilidade tcnica dos projetos citados no artigo 87.

    Art. 93 Em caso de nova edificao, o alvar de "habite-se" do imvel s ser fornecido aps o plantio de mudas adequadas, de acordo com o projeto de arborizao aprovado conforme critrios estabelecidos pelo rgo ambiental do municpio, cuja fiscalizao ser realizada em conjunto com a Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenao - SEPLAN. (Revogado pela Lei n 6628/2008)

    Art. 94 As edificaes com fins comerciais devero adaptar-se arborizao j existente, sendo proibida supresso de rvores para fins publicitrios. SEO II DO CRITRIO DE ARBORIZAO

    Art. 95 Para a arborizao, em bens de domnio pblico urbano do municpio de So Leopoldo, devero ser plantadas as seguintes rvores: I - de pequeno porte - nas caladas que do suporte rede eltrica, com largura igual ou superior a 1,5m - um metro e cinqenta centmetros; II - de porte mdio - nas caladas opostas rede eltrica, com largura igual ou superior a 2,40m - dois metros e quarenta centmetros; III - de grande porte - nas caladas opostas rede eltrica, com largura igual ou superior a 3m - trs metros; IV - de pequeno, mdio ou grande porte - nas avenidas que possuem canteiros centrais com larguras igual ou superior a 3,5 m - trs metros e cinqenta centmetros; V - de pequeno, mdio, ou do tipo colunares ou palmares de estipe - nas avenidas que possuem canteiros centrais com largura inferior a 3,5m - trs metros e cinqenta centmetros. 1 A distribuio espacial das rvores dever observar as peculiaridades de cada espcie empregada. 2 A arborizao das caladas que circundam as praas de carter facultativo. 3 A distncia mnima das rvores aresta externa das guias ser de 0,50m - meio metro. 4 As mudas podero ter proteo a sua volta. 5 A rea livre permevel no entorno de rvores ser: a) para as de pequeno porte, no mnimo de 1m - um metro quadrado; b) para as de mdio e grande porte, no mnimo de 2m - dois metros quadrados.

    Art. 96 Arborizao, em reas privadas do municpio de So Leopoldo, dever ser proporcional s dimenses do local, respeitando-se o paisagismo da regio ao qual pertence e os critrios do artigo anterior. Pargrafo nico - Caber ao empreendedor as custas, o projeto e a execuo da arborizao das ruas e reas verdes, com a

  • devida autorizao e inspeo do rgo ambiental do municpio. Art. 97 As mudas de rvores podero ser doadas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente - SEMMAM, podendo o muncipe efetuar o plantio em rea de domnio pblico ou privado, junto a sua residncia ou terreno, com a devida licena da Prefeitura, desde que observadas as exigncias desta lei e normas tcnicas elaboradas e fornecidas pelo rgo ambiental do municpio. Pargrafo nico - Visando ao conforto ambiental da cidade, a Prefeitura Municipal poder exigir do proprietrio do imvel o plantio de rvores no respectivo passeio pblico. SEO III DA PODA Art. 98 A poda de rvore em domnio pblico somente ser permitida a: I - servidor da Prefeitura, devidamente treinado, mediante ordem de servio expedida pelo rgo ambiental do municpio; II - empresas responsveis pela infra-estrutura urbana, em ocasies de risco efetivo ou iminente populao e/ou patrimnio pblico ou privado, desde que as mesmas possuam pessoas credenciadas e treinadas, atravs de curso de poda em arborizao urbana, realizado ou fiscalizado pelo rgo ambiental do municpio; III - equipe do Corpo de Bombeiros, nas mesmas condies acima referidas, devendo, posteriormente, emitir comunicado ao rgo ambiental do municpio, com todas as especificaes; IV - pessoas credenciadas pelo rgo ambiental do municpio, atravs de curso de poda em arborizao urbana realizado periodicamente pela mesma.

    Art. 99 O muncipe que solicitar a poda de qualquer rvore de logradouro pblico dever justificar a necessidade deste procedimento.

    Art. 100 A poda em exemplares de logradouro privado depende de prvia autorizao do rgo ambiental do municpio, que, aps vistoria, atestar a real necessidade desta ao. Pargrafo nico - Se autorizada, esta ser realizada pelo proprietrio seguindo estritamente as instrues tcnicas fornecidas pelo referido rgo.

    Art. 100 - O manejo de vegetao (poda, supresso e transplante) em exemplares arbreos em logradouro pblicos e privados depende de prvia autorizao do rgo ambiental do municpio, que, aps vistoria, atestar a real necessidade desta ao. 1 - Para a solicitao da autorizao de que trata este artigo, fica criada a tarifa para anlise tcnica de viabilidade de autorizao ambiental para o manejo de vegetao (poda, supresso e transplante) em exemplares arbreos, somente para logradouro privado, no intuito de custear as despesas administrativas relativas a esta atividade. 2 - A tarifa ser cobrada conforme tabela de porte constante do anexo F desta Lei. 3 - Autorizado o manejo da vegetao (poda, supresso e transplante) em exemplares arbreos, este ser realizada pelo proprietrio em logradouros particulares e pelo poder pblico em logradouros pblicos, seguindo estritamente as instrues tcnicas fornecidas pelo referido rgo, ficando o recolhimento e disposio final dos resduos produzidos a cargo do gerador. 4 - Ficam isentos da tarifa de autorizao para manejo da vegetao (poda, supresso e transplante) em exemplares arbreos, de que trata o caput deste artigo a administrao municipal pblica direta, bem como o manejo em vegetao de atividades sujeitas ao licenciamento ambiental, desde que constante na documentao licenciatria. (Redao dada pela Lei n 6879/20