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LEI Nº 7227 INSTITUI O CÓDIGO DE POSTURAS E DE ATIVIDADES URBANAS DO MUNICÍPIO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, Estado do Espírito Santo, APROVA e o Prefeito Municipal SANCIONA a seguinte Lei: TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º – Este Código contém as normas de posturas destinadas ao Município de Cachoeiro de Itapemirim em que define e estabelece a implantação de atividades urbanas, visando à organização e preservação do meio urbano e rural. § 1º. Considera-se meio urbano o logradouro público e sua paisagem, locais públicos ou privados que permitam o livre acesso da população, ainda que não gratuito, e que sejam visíveis por qualquer observador, situado em áreas de uso comum do povo. § 2º. Para fins deste Código, entende-se por logradouro público: I – o conjunto formado pelo passeio e pela via pública, no caso da avenida, rua e alameda; II – escadarias, becos, praças, quarteirão fechado e calçadões; III – passagem de uso exclusivo de pedestres e, excepcionalmente de ciclistas. § 3º. Entende-se por via pública o conjunto formado pela pista de rolamento e pelo acostamento e, se existentes, pelas faixas de estacionamento, ilhas e canteiros centrais. Art. 2º – Constituem posturas municipais o uso de bens públicos e privados, e ainda o exercício de atividades praticadas no meio urbano e rural que afetem o interesse coletivo. Parágrafo único. O Código de Posturas visa disciplinar: I – as licenças e os procedimentos de fiscalização; II – as operações de construção, conservação, manutenção, uso e

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LEI Nº 7227

INSTITUI O CÓDIGO DE POSTURAS E DEATIVIDADES URBANAS DO MUNICÍPIO DECACHOEIRO DE ITAPEMIRIM E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS.

A Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim,Estado do Espírito Santo, APROVA e o PrefeitoMunicipal SANCIONA a seguinte Lei:

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º – Este Código contém as normas de posturas destinadas aoMunicípio de Cachoeiro de Itapemirim em que define e estabelece a implantaçãode atividades urbanas, visando à organização e preservação do meio urbano erural.

§ 1º. Considera-se meio urbano o logradouro público e sua paisagem,locais públicos ou privados que permitam o livre acesso da população, ainda quenão gratuito, e que sejam visíveis por qualquer observador, situado em áreas deuso comum do povo.

§ 2º. Para fins deste Código, entende-se por logradouro público:

I – o conjunto formado pelo passeio e pela via pública, no caso daavenida, rua e alameda;

II – escadarias, becos, praças, quarteirão fechado e calçadões;

III – passagem de uso exclusivo de pedestres e, excepcionalmente deciclistas.

§ 3º. Entende-se por via pública o conjunto formado pela pista derolamento e pelo acostamento e, se existentes, pelas faixas de estacionamento,ilhas e canteiros centrais.

Art. 2º – Constituem posturas municipais o uso de bens públicos eprivados, e ainda o exercício de atividades praticadas no meio urbano e rural queafetem o interesse coletivo.

Parágrafo único. O Código de Posturas visa disciplinar:

I – as licenças e os procedimentos de fiscalização;

II – as operações de construção, conservação, manutenção, uso e

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ocupação do logradouro público;

III – as condições de higiene pública;

IV – a ordem e segurança pública;

V – a localização e o funcionamento dos estabelecimentos de comércio,indústria e prestação de serviço;

VI – os anúncios publicitários e demais mensagens na paisagem urbana;

VII – o uso do espaço aéreo e do subsolo;

VIII – as operações de construção, conservação e manutenção e o usoda propriedade pública ou particular, quando tais operações e uso afetarem ointeresse público;

IX – as penalidades.

Art. 3º – Caberá à Administração Pública Municipal, por meio deAuditores competentes, o exercício da fiscalização de tais posturas, fazendo usodo poder de polícia que lhe é conferido.

§ 1º. A aplicabilidade das normas previstas neste Código estará emharmonia com o Plano Diretor Municipal, o Código de Obras, o Código Sanitário,o Código de Meio Ambiente, o Código Tributário, o Código de Trânsito Brasileiroe legislações correlatas.

§ 2º. As sanções e penalidades cabíveis estarão dispostas neste Código.

Art. 4º – Ficam sujeitas ao cumprimento deste Código:

I – as pessoas físicas residentes, domiciliadas ou em trânsito peloTerritório Municipal;

II – as pessoas jurídicas, de direito público ou privado, localizadas noMunicípio ou em trânsito neste.

TÍTULO II

DOS PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO E DO LICENCIAMENTO

CAPÍTULO I

DO PODER DE POLÍCIA

Art. 5º – Considera-se poder de polícia a atividade que limita oudisciplina direito, interesse ou liberdade, regula ato ou abstenção de fato emassuntos concernentes à ordem, aos costumes e a segurança da coletividade.

Parágrafo único. O poder de polícia fundamenta-se na supremacia do

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interesse público.

Art. 6º – O poder de polícia agirá preventivamente observando regras, eregressivamente cassando direitos que sejam prejudiciais à coletividade.

Parágrafo único. A razoabilidade e a proporcionalidade são critérios aserem considerados diante da ação do Poder Público e de seus representantes.

CAPÍTULO II

DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

Art. 7º – Considera-se infrator quem cometer, constranger, auxiliar,ordenar ou concorrer para a prática de uma infração administrativa.

Art. 8º – As sanções aplicáveis neste Código são:

I – notificação;

II – multa pecuniária;

III – apreensão de bens;

IV – suspensão da licença;

V – cassação da licença;

VI – interdição e fechamento do estabelecimento, atividade ouequipamento;

VII – embargo de obra ou serviço;

VIII – demolição parcial e ou total.

Art. 9º – A notificação compreende o ato de advertir o infrator para ocumprimento das exigências deste Código.

§ 1º. A notificação será feita em 03 (três) vias e registrará a ciência donotificado.

§ 2º. A notificação conterá:

I – dados pessoais e endereço do infrator;

II – localização e data da sindicância;

III - indicação do fato com os dispositivos legais infringidos;

IV – prazo para regularização;

V – identificação e assinatura do notificante e notificado.

§ 3º. Caso o notificado não aceite ou não seja encontrado, a notificação

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poderá ser lavrada mediante duas testemunhas ou ser enviada por AR;

§ 4º. Decorrido o prazo da notificação, e não sendo satisfeitas asexigências apontadas, será lavrado o auto de infração.

Art. 10 – Aplicar-se-á multa pecuniária quando o infrator não sanar airregularidade notificada pela auditoria de posturas.

§ 1º. A multa deverá ser paga pelo infrator, conforme determinar oCódigo Tributário Municipal.

§ 2º. Aplicada a multa, não fica o infrator desobrigado do cumprimentodas exigências que houver determinado.

Art. 11 - VETADO.

Art. 12 – Considera-se em infração continuada o contribuinte que, apósa lavratura do primeiro auto de infração, permanecer infringindo o respectivodispositivo legal.

Parágrafo único. A cada verificação de infração continuada, seráaplicada multa em dobro, sem necessidade de nova notificação, e sem prejuízodos artigos 16, 17, 18 e 19.

Art. 13 – Tem competência para autuar, através da presente Lei, oAuditor Fiscal de Posturas vinculado à Administração Direta Municipal edevidamente aprovado em concurso público, em pleno exercício de suasatribuições e com funções estabelecidas pela estrutura administrativa desteMunicípio.

Parágrafo único. Incluem-se na respectiva competência, os atuaisauditores fiscais de posturas com vínculo celetista.

Art. 14 – As multas impostas serão calculadas no valor de referênciamonetária municipal, Unidade Fiscal de Cachoeiro de Itapemirim (UFCI),estabelecida pelo Código Tributário Municipal em vigor.

Art. 15 – Os valores das multas serão fixados nas seguintes proporções:

INFRAÇÃO NÍVEL VALOR (UFCI)*

Leve I 15

Média II 30

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Moderada III 50

Grave IV 100

Gravíssima V 200

Parágrafo único. A gravidade da infração será escalonada em níveis,considerando-se o grau de comprometimento do interesse público, da saúde, dasegurança pública, da paisagem urbana, do trânsito público, do sossego públicoe do meio ambiente.

Art. 16 – A apreensão de bens será aplicada quando a comercializaçãoou utilização estiver em desacordo com o licenciamento ou sem a devida licença.

Parágrafo único. O bem/produto apreendido será restituído mediante acomprovação do depósito/pagamento do valor correspondente à multa aplicada,acrescida pelo preço público da remoção, transporte e guarda do mesmo,definido em decreto, desde que comprovada a origem legal do produto, nosseguintes prazos:

I – decorrido o prazo máximo de 30 (trinta) dias, sem a manifestação doproprietário, os objetos apreendidos não perecíveis serão doados a instituiçõesassistenciais e/ou tornar-se-ão patrimônio do Município, com a devidaregulamentação posterior;

II – os bens perecíveis, próprios para consumo, ficarão guardados noprazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, contados da apreensão. Nãohavendo manifestação do proprietário serão doados ao órgão de assistênciasocial do Município.

III – VETADO.

Art. 17 – Os bens e equipamentos oriundos de falsificação, contrabandoou que possuam substâncias tóxicas deverão ser encaminhados aos órgãoscompetentes.

§ 1º. Os bens móveis e equipamentos após análise pelos órgãoscompetentes poderão ser doados à assistência social do Município para posteriordestinação.

§ 2º. Os eventuais procedimentos de inutilização dos bens previstosneste caput respeitarão as exigências da legislação vigente.

Art. 18 – A suspensão da licença será aplicada quando:

I – da segunda reincidência após a aplicação das demais penalidades;

II – o licenciado estiver exercendo atividade diversa da sua licença;

III – o licenciado violar as normas exigidas quanto ao trânsito, a

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segurança, ao meio ambiente e ao sossego público.

§ 1°. A suspensão será devidamente comunicada ao infrator através doinstrumento cabível.

§ 2°. A comunicação poderá ser:

I – pessoal;

II – por correspondência (AR) no endereço tributado;

III – por edital.

Art. 19 – A cassação do documento de licenciamento ocorrerá após apenalidade de suspensão ou nas reincidências em faltas já punidas comsuspensão de acordo com o artigo anterior.

Art. 20 – A interdição e fechamento do estabelecimento, atividade ouequipamento ocorrerão quando o mesmo estiver funcionando em desacordo coma legislação vigente.

§ 1°. A interdição persistirá enquanto permanecer a irregularidade,devendo o lugar ficar lacrado.

§ 2°. Poderá ser o lacre removido mediante ordem judicial ouautorização da auditoria de posturas.

Art. 21 – A contagem dos prazos estabelecidos neste Código se dará apartir do primeiro dia útil após a notificação da ocorrência do ato infracional, atéo dia do seu final, inclusive, e, não havendo expediente nesse dia, prorrogar-se-á automaticamente o término da contagem para o dia útil posterior.

CAPÍTULO III

DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

Art. 22 – Da aplicação de medidas elencadas neste Código caberá aoinfrator o direito de apresentar defesa, em primeira instância à Junta deJulgamento de Recursos Administrativos (JJRA), no prazo de 15 (quinze) dias, acontar da data de recebimento do auto de infração.

Parágrafo único. A defesa conterá:

I – nome da autoridade que a julgará;

II – qualificação do recorrente;

III – fundamentação do fato e de direito do recurso;

IV – pedido pertinente ao caso.

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Art. 23 – Caberá à Junta de Julgamento de Recursos Administrativos(JJRA) avaliar, através de recurso interposto pelo requerente, processosreferentes à aplicação de penalidades previstas neste Código.

§ 1º. A análise do recurso realizar-se-á através de instrumentoprotocolado e endereçado à Junta de Julgamento de Recursos Administrativos(JJRA).

§ 2º. Enquanto perdurar a interposição do recurso, será suspenso oprazo para o pagamento da multa.

§ 3°. A atividade continuará sendo realizada enquanto o recurso estiverem apreciação, caso a atividade não ofereça risco ou dano à população e aointeresse público.

Art. 24 – A Junta de Julgamento de Recursos Administrativos (JJRA)será constituída por:

I – um Auditor Fiscal designado pela Secretaria do Departamento queaplicou a penalidade;

II – um servidor efetivo indicado pelo Prefeito e sem vínculo com o setorde fiscalização;

III – um representante da PGM;

IV – VETADO;

V – um representante da OAB;

VI – VETADO;

VII – VETADO.

Art. 25 – O processo será encaminhado ao Auditor Fiscal autuante paraque se manifeste via relatório motivado, no prazo de 07 (sete) dias, contados dorecebimento da defesa, não devendo ir a julgamento sem o devido parecer.

§ 1º. O relatório motivado será anexado ao processo, que seráencaminhado à Junta de Julgamento de Recursos Administrativos (JJRA), paradevida análise e decisão no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 2°. O relatório técnico apresentado pela Junta de Julgamento deRecursos Administrativos (JJRA) subsidiará a análise em segunda instância, epoderá, se necessário, ser suplementado pela LOM.

§ 3º. Após decisão final do recurso o processo deverá ser encaminhadoao Auditor Fiscal autuante para ciência.

Art. 26 – Caso o julgamento do recurso seja deferido, a ação fiscaltornar-se-á insubsistente, devendo sua anulação ser comunicada de ofício ao

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infrator.

Art. 27 – Caso o julgamento do recurso seja indeferido, deve o infratorser comunicado “de ofício”, e pagar a multa aplicada no prazo de 60 dias.

CAPÍTULO IV

DO LICENCIAMENTO

Art. 28 – Considera-se estabelecimento, para os efeitos desta Lei, olocal público ou privado, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde sãoexercidas, de modo permanente ou temporário, as atividades:

I – de comércio, indústria, agropecuária ou prestação de serviços emgeral;

II – desenvolvidas por entidades, sociedades ou associações civis,desportivas, culturais ou religiosas;

III – decorrentes do exercício de profissão, arte ou ofício.

§ 1º. São, também, considerados estabelecimentos:

I – a residência de pessoa física, quando de acesso ao público em razãodo exercício de atividade profissional;

II – o local onde forem exercidas atividades de diversões públicas denatureza itinerante;

III – o veículo, de propriedade de pessoa física, utilizado no transportede pessoas ou cargas, no comércio ambulante, ou em atividades de propagandaou publicidade.

§ 2º. São irrelevantes para a caracterização do estabelecimento asdenominações de sede, filial, agência, sucursal, escritório de representação oucontato, depósito, caixa eletrônico, cabina, quiosque, barraca, banca, “stand”,“outlet”, ou quaisquer outras que venham ser utilizadas.

§ 3º. A circunstância da atividade, por sua natureza, ser exercida,habitual ou eventualmente, fora do estabelecimento, não o descaracteriza comoestabelecimento para fins de incidência da taxa.

Art. 29 – O exercício de atividade ou uso de bem que configure posturamunicipal depende de prévio licenciamento.

Art. 30 – Cabe à parte interessada requerer licenciamento junto aoórgão competente da Administração Pública Municipal, com a devidadocumentação exigida.

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Art. 31 – Toda atividade sujeita a licenciamento, conforme o artigo 28,quer seja estabelecimento privado, quer sejam órgãos públicos, deve,obrigatoriamente exibir em local e posição de imediata visibilidade:

I – o documento de licenciamento;

II – a Certidão de Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Estado doEspírito Santo;

III – cartaz com o número do telefone dos órgãos de defesa doconsumidor e da ordem econômica;

IV – cartaz com o número do telefone do órgão de defesa da saúdepública, conforme exigência no regulamento, considerada a natureza daatividade;

V – certificado de regularidade, emitido pelo órgão competente,referente a equipamento de aferição de peso ou medida, no caso da atividadeexercida utilizar tal equipamento;

VI– demais documentos elencados no documento de licenciamento quecondicionem a sua validade.

§ 1º. Os tipos de licença a que se refere o caput deste artigo são:

I – alvará de autorização de uso;

II – alvará de permissão de uso;

III – concessão de uso;

IV – alvará de localização e funcionamento.

§ 2º. Deverá ser especificado de forma visível no alvará o nome doresponsável pelo exercício da atividade ou uso do bem, o tipo de atividade, olocal, prazo de vigência e demais aspectos exigidos por este Código.

Art. 32 – Na infração do artigo 31 deste capítulo será aplicada multa denível I.

SEÇÃO I

DO ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE USO

Art. 33 – O alvará de autorização de uso caracteriza-se pela aplicaçãoem atividades eventuais e as atividades de menor relevância de interesseexclusivo de particulares.

§ 1º. É um ato unilateral, discricionário e de caráter precário, podendoser sumariamente revogado pela Administração Pública Municipal, a qualquertempo, sem lhe causar ônus.

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§ 2º. A emissão do alvará de autorização de uso supre a necessidade daemissão do alvará de localização e funcionamento.

Art. 34 – O alvará poderá ser renovado a partir do vencimento,mediante pagamento de taxas, na forma que dispuser o Código TributárioMunicipal.

SEÇÃO II

DO ALVARÁ DE PERMISSÃO DE USO

Art. 35 – O alvará de permissão de uso caracteriza-se por facultar aparticular o uso privativo de atividades de interesse coletivo.

§ 1º. É um ato unilateral, discricionário e de caráter precário, podendoser sumariamente revogado pela Administração Pública Municipal, a qualquertempo, sem lhe causar ônus, e por tempo não superior a 05 (cinco) anos,podendo ser prorrogado por mais 05 (cinco) anos.

§ 2º. A emissão do alvará de permissão de uso supre a necessidade daemissão do alvará de localização e funcionamento.

§ 3º. Somente será concedido um único alvará de permissão de usopara cada requerente, sendo este pessoal e intransferível.

§ 4º. Dependem obrigatoriamente do alvará de permissão de uso osseguintes itens:

I – instalação de mobiliário urbano para uso por particulares ou por concessionárias de serviços públicos;

II – utilização de áreas públicas para instalação de equipamentos;III - feiras livres, comunitárias e similares;IV – quiosques, veículos e trailers;V – execução de obras e edificações executadas por concessionárias de

serviços públicos;VI – demais atividades eventuais de interesse coletivo que não

prejudiquem a comunidade e nem embaracem o serviço público.

§ 5º. Fica dispensada de licenciamento a instalação de mobiliário urbanoexecutado pela própria Administração Pública Municipal.

Art. 36 – O alvará deverá ser renovado anualmente, mediantepagamento de taxas, na forma que dispuser o Código Tributário do Município.

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SEÇÃO III

DA CONCESSÃO DE USO

Art. 37 – A concessão de uso é obrigatória para a utilização exclusiva dobem público, segundo destinação específica, sempre precedida de autorizaçãolegal e licitação para o contrato.

§ 1º. Possui caráter estável na outorga do uso ao particular.

§ 2º. Obriga o concessionário a cumprir as cláusulas firmadas nocontrato administrativo, sob pena das sanções previstas neste Código.

§ 3º. O prazo de vigência da concessão será determinado, através deinstrumento particular, pelas partes envolvidas.

Art. 38 – Ainda que sob regime de concessão de uso, será obrigatório olicenciamento prévio de toda atividade comercial, industrial ou prestadora deserviço para o local específico.

SEÇÃO IV

DO ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Art. 39 – O alvará de localização e funcionamento será concedido eemitido pela Administração Pública Municipal, a requerimento prévio dointeressado.

Parágrafo único. Todo estabelecimento com atividade comercial,industrial e prestação de serviços e demais atividades exercidas em áreaprivada, dependerá do alvará de localização e funcionamento.

Art. 40 – O alvará deverá ser renovado anualmente, mediantepagamento de taxas, na forma que dispuser o Código Tributário do Município.

TÍTULO III

DOS BENS PÚBLICOS

Art. 41 – Para efeito de aplicação desta Lei, constituem bens públicosmunicipais:

§ 1º. Os bens de uso comum do povo, tais como: logradouros públicos,estradas, equipamentos e mobiliário urbano público.

§ 2º. Os bens de uso especial, tais como: edificações destinadas àsrepartições, terrenos aplicados aos serviços públicos, cemitérios e áreas

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remanescentes de propriedade pública municipal.§ 3º. Os bens dominiais do Município que são os bens patrimoniais

disponíveis.

Art. 42 – Fica garantido o livre acesso e trânsito da população noslogradouros públicos, exceto nos casos de interdição pela Administração PúblicaMunicipal ou por ela autorizada, quando da realização de intervenções e eventosde interesse público ou privado.

§ 1º. É permitida a utilização por todos, dos bens de uso comum dopovo, respeitados os costumes, a tranquilidade, a higiene e as normas legaisvigentes.

§ 2º. É permitido o acesso aos bens de uso especial, nas horas deexpediente ou de visitação pública, respeitados os regulamentos e aconveniência da Administração.

§ 3º. A Administração Pública Municipal poderá utilizar livremente osbens de uso comum do povo, respeitadas as restrições específicas de cada local,implantando obras e equipamentos ou prestando serviços que venham aoalcance das suas obrigações e interesse institucional, objetivando a preservaçãodo interesse público.

CAPÍTULO I

DA NOMENCLATURA E NUMERAÇÃO DOS LOGRADOUROS

E BENS PÚBLICOS

Art. 43 – O Município fará uso de forma padronizada da denominaçãodos logradouros e bens públicos, obedecendo aos requisitos da Lei Municipal nº5.445 de 2003.

Parágrafo único. Os nomes de logradouros públicos deverão conter nomáximo 38 (trinta e oito) caracteres, exceto nomes próprios de personalidades.

Art. 44 – A numeração das edificações já existentes ou que vierem a serconstruídas devem obedecer às orientações do Cadastro Imobiliário da PrefeituraMunicipal, conforme disposto no artigo 12 da Lei n.º 5445 de 02 de julho de2003.

Art. 45 – Todo bem público deverá ter denominação própria e oficial.

§ 1º. Considera-se denominação oficial aquela outorgada por meio delei.

§ 2º. Excluem-se do caput deste artigo os bens públicos classificadoscomo mobiliário urbano.

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Art. 46 – A proposição de lei que tratar da denominação de logradourose bens públicos deve assegurar a preservação da denominação existente econsagrada, mas não outorgada oficialmente, podendo somente ser substituídaem caso de:

I – duplicidade;

II – nomes de difícil pronúncia, de eufonia duvidosa, ou significaçãoimprópria;

III – nomes que se confundam com outra denominação anteriormenteoutorgada.

Parágrafo único. Não será considerada duplicidade a denominação delogradouros públicos de diferentes tipos, desde que o seu acesso se dê pelologradouro principal que tenha recebido igual denominação.

Art. 47 – Haverá mudança de nomenclatura quando essa ocorrer emcaso de substituição a nome provisório do logradouro.

Art. 48 – O serviço de emplacamento de orientação e identificação doslogradouros e bens públicos é privativo da Administração Pública Municipal.

§ 1º. A Administração Publica Municipal poderá conceder, medianteprocesso licitatório, a permissão para confecção e emplacamento dasinformações do logradouro e a mensagem publicitária respectiva.

§ 2º. Os imóveis, públicos e privados, receberão numeração definidapela Administração Pública Municipal, sendo obrigatória a colocação desta àsexpensas do proprietário.

§ 3º. A Administração Pública Municipal regulamentará, no prazomáximo de 180 (cento e oitenta) dias após a publicação desta Lei, apadronização das placas de identificação e numeração oficial.

Art. 49 – Na infração a qualquer artigo deste capítulo será aplicadamulta de NÍVEL I.

TÍTULO IV

DO USO E OCUPAÇÃO DA ÁREA PÚBLICA

Art. 50 – Denomina-se área pública, o espaço livre pertencente àmunicipalidade destinado a circulação de pessoas e bens, tráfego de veículos,comunicação e lazer público, bem como o respectivo espaço aéreo esubterrâneo.

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§ 1º. O uso da área pública é facultado a todos e o acesso a ela é livre,respeitando as regras deste Código e de seu regulamento.

§ 2º. A estética urbana deverá ser observada no uso do espaço público.

Art. 51 – Compete exclusivamente à Auditoria Fiscal de Posturas aanálise e autorização do exercício de atividade em área pública, bem como suarespectiva fiscalização.

CAPÍTULO I

DO COMÉRCIO AMBULANTE

Art. 52 – Considera-se vendedor ambulante pessoa física que realizaindividualmente atividade de venda de alimentos e ou de mercadorias em vias elogradouros públicos com mobiliário ou equipamento removível.

§ 1º. O comércio ambulante é exercido para a venda de produtos depequeno porte e artesanais utilizando o sistema “camelô”.

§ 2°. O comércio ambulante tem caráter contínuo, sendo exercido semendereço fixo, de maneira sistemática e continuada.

Art. 53 – Aquele que comercializar produtos em desacordo com o quepreceitua o artigo 52 deverá ser autuado e ter suas mercadorias recolhidas e, senecessário for, utilizar-se-á força policial.

Art. 54 – Denomina-se comércio ambulante eventual aquele exercidoem determinadas épocas do ano, em local fixo e autorizado pela AdministraçãoPública Municipal, por ocasião de festividades ou comemorações, dependendoobrigatoriamente de alvará de autorização de uso.

Art. 55 – Na infração aos artigos 53 e 54 será aplicada multa de NÍVELII.

CAPITULO II

DOS PERMISSIONÁRIOS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 56 – É considerado permissionário pessoa física ou jurídica,

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devidamente autorizada pelo Município, a utilizar o espaço em logradouro públicopara exercício de atividades.

Parágrafo único. O prazo para as permissões será de 5 (cinco) anos,podendo ser prorrogado uma única vez por igual período, desde que atendidasas exigências legais.

Art. 57 – Para solicitar autorização/permissão de uso da área pública, orequerente deverá apresentar em formulário próprio de petição instruído com osseguintes documentos:

I – cópia do CPF e do R.G.;

II – cópia do comprovante de endereço residencial;

III – croqui da área;

IV – certidão negativa de dívida ativa municipal.

Parágrafo único. O requerente deverá ainda especificar a atividadepretendida, mencionando o local em que almeja se estabelecer.

Art. 58 – De posse do termo, o permissionário deverá proceder asolicitação do número de inscrição municipal, obedecendo ao que prevê o CódigoTributário Municipal, estabelecido pela Lei Municipal nº. 5.394 de 2002.

Art. 59 – Mediante avaliação dos requisitos do processo, quando couberautorização específica de outro órgão municipal, deverá ser encaminhado paraanálise das normas específicas da legislação municipal vigente.

Art. 60 – Cabe à Administração Pública Municipal a definição de locaispara a construção de centros de comércio popular.

Art. 61 – A Administração Pública Municipal poderá autorizar ainstalação de bancas móveis em veículos utilitários sem localização fixa paraatendimento a eventos, enquanto estes perdurarem.

Art. 62 – A propriedade do bem concedido ou permitido pertence aoMunicípio, sendo indelegável e intransferível sua propriedade.

Art. 63 – Fica estabelecida nesta Lei a adoção de um modelo único paraas bancas e uniformes, devendo o licenciado providenciar a adequaçãoimediatamente após a concessão da licença.

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Art. 64 – A revogação da permissão de uso ocorrerá:

I – por morte do permissionário;

II – por requerimento do permissionário;

III – caso a atividade não esteja sendo exercida pelo permissionário oupreposto;

IV – se o permissionário, sem motivo justificado, não iniciar o exercícioda atividade no prazo determinado;

V – quando o permissionário for proprietário de mais de um ponto devenda de mercadorias.

Art. 65 – Ao ser detectada a impossibilidade de permanência dopermissionário em determinado local, a Administração Municipal poderádeterminar a desocupação da área e disponibilizar outro local para uso dopermissionário.

§ 1º. O permissionário fica obrigado a respeitar a determinação daAdministração Municipal, devendo cumpri-la no prazo máximo de 30 dias.

§ 2º. Findo o prazo previsto no parágrafo anterior, a AdministraçãoPública Municipal procederá ao recolhimento das mercadorias à venda, bemcomo os equipamentos utilizados, dando destino adequado aos produtosrecolhidos.

Art. 66 – A permissão de uso se tornará sem efeito nos seguintes casos:

I – por morte do permissionário;

II – se o permissionário for acometido de invalidez permanente queimpossibilite o exercício pessoal da atividade permitida;

III – por aposentadoria do permissionário.

Parágrafo único. Ocorrendo os casos previstos nos incisos I e no II,desde que neste o permissionário não obtenha o benefício previdenciário deaposentadoria por invalidez, a licença perdurará pelo período de um ano contadoa partir da ocorrência do evento.

Art. 67 – Na ocorrência das hipóteses previstas nos incisos I e II, eparágrafo único do artigo anterior, a continuidade da atividade no período de umano posterior ao evento, poderá ser exercida:

I – pelo cônjuge ou companheiro estável;

II – por um descendente de primeiro grau;

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III – por um irmão do permissionário, caso não tenha filhos;

IV – pelo preposto, na impossibilidade dos demais, desde que autorizadopor estes.

Art. 68 – Cada titular do documento de licenciamento indicará umapessoa para ser seu preposto.

§ 1º. O preposto não pode ser titular de documento de licenciamento damesma natureza, ainda que exerça atividade distinta.

§ 2º. Cada licenciamento terá um preposto somente, ou seja, nãopoderá ter o mesmo preposto em dois licenciamentos.

Art. 69 – Cumpridas todas as exigências previstas para a liberação daatividade, o requerente terá direito a um crachá de identificação e autorização.

Parágrafo único. É obrigatório ao permissionário o uso de crachá deidentificação com foto e autorização no exercício da atividade fornecido peloMunicípio.

Art. 70 – Os permissionários são obrigados a:

I – estar devidamente inscrito no Município e manter o cadastroatualizado;

II – manter a área de circulação sempre livre para o público, sendovedada a colocação de qualquer utensílio ou mercadoria nesse espaço;

III – não comprometer a circulação de pedestres e veículos;

IV – entregar a área outorgada em perfeitas condições de utilizaçãoquando, por qualquer motivo, extinta a permissão;

V – manter em local visível o alvará de permissão de uso;

VI – cumprir as normas de postura desta Lei, de saúde pública, desegurança pública, de trânsito, de meio ambiente e outras estipuladas para cadatipo de atividade a ser exercida, nos termos da legislação específica;

VII – usar de urbanidade no tratamento com o público e com os demaispermissionários;

VIII – manter rigorosa higiene pessoal, das mercadorias, dosequipamentos, dos boxes e similares;

IX – respeitar e cumprir os horários de funcionamento e de carga edescarga de mercadorias estabelecidos por este regulamento;

X – depositar utensílios como caixas, carrinhos de descarga eengradados nos locais para tanto reservados;

XI – atender, no prazo fixado, as determinações da Administração

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Pública Municipal;

XII – assumir a responsabilidade por quaisquer danos causados ao locale ao público decorrentes de sua atividade;

XIII – pagar os preços públicos estabelecidos pela Administração PúblicaMunicipal pelo uso da área outorgada bem como a sua quota no rateio dasdespesas relativas às taxas e impostos referentes ao consumo de água, energiaelétrica, telefone, coleta de esgoto e demais tributos municipais, estaduais oufederais, que incidam ou venham incidir sobre a área permitida a uso, ouatividade comercial ali exercida;

XIV – manter conservada e limpa a área permitida e seus arredores;

XV – obedecer às exigências de padronização impostas pelo poderconcedente.

Art. 71 – Fica terminantemente proibido ao permissionário:

I – utilizar equipamentos de som para divulgação do produto e apregoarmercadoria em voz alta;

II – vender produto diferente do constante em seu licenciamento;

III – comercializar seus produtos em locais não autorizados peloMunicípio;

IV – fazer uso do passeio, da arborização pública, da fachada ou dequalquer outra área das edificações lindeiras para exposição, depósito,estocagem de mercadoria ou vasilhame, ou ainda para colocação de apetrechosdestinados à afixação de cartazes ou assemelhados, bem como suporte de toldosou mesas;

V – fazer propaganda de caráter político ou religioso durante a realizaçãoda atividade;

VI – expor qualquer tipo de publicidade de material pornográfico;

VII – vender bebidas alcoólicas;

VIII – vender produtos de contrabando ou falsificados;

IX – expor folhetos e encartes promocionais, exceto quando inclusos emperiódicos;

X – embaraçar ou impedir o trânsito de veículos e pedestres nas vias oulogradouros públicos;

XI – utilizar a área concedida para exploração de publicidade deterceiros, exceto bancas de jornais e revistas;

XII – estabelecer profissional que não seja o seu preposto no espaço quelhe foi outorgado;

XIII – ser representado pelo seu preposto por prazo superior a 30(trinta), exceto em caso de afastamento por doença devidamente comprovada e

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mediante comunicação por escrito à Administração Municipal, e nas hipótesesprevistas no artigo 67.

Art. 72 – Na infração a qualquer dispositivo desta seção será aplicadamulta de NÍVEL II, com exceção dos incisos V a XV do artigo 70, que seráaplicada multa de NÍVEL I, e dos incisos VI, VII e VIII do artigo 71, que seráaplicada multa de NÍVEL IV.

SEÇÃO II

DOS MERCADOS PÚBLICOS E FEIRAS LIVRES

Art. 73 – Compreendem-se como instalação do Mercado Municipal osboxes destinados ao exercício dos diversos ramos de comércio ali autorizados.

Art. 74 – Os boxes serão localizados, preferencialmente, em grupos domesmo gênero de comércio, de modo a facilitar aos consumidores o exame econfrontação da qualidade dos produtos expostos e a verificação dos respectivospreços.

Art. 75 – As modalidades de feiras no Município são:

I – feira livre que se destina ao comércio a varejo de frutas, legumes,aves vivas e abatidas, ovos, gêneros alimentícios que compõem a cesta básica,pescado, doces, laticínios, cereais, produtos artesanais, produtos de lavoura eindústria rural;

II – plantas e flores naturais;

III – artes plásticas e artesanato;

IV – alimentos típicos;

V – feira de negócios.

Art. 76 – Denomina-se feirante pessoa física capaz, cooperativas,associações de produtores ou artesãos e instituições assistenciais, devidamentelicenciados que comercializem em feiras livres.

Parágrafo único. Para o exercício da sua atividade, o feirante deveráobter a permissão de uso, respeitando as exigências definidas pelaAdministração Pública Municipal.

Art. 77 – SUPRIMIDO.

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Art. 78 – A localização das feiras livres será definida pela AdministraçãoPública Municipal.

Parágrafo único. As áreas públicas destinadas a este fim serão abertasem caráter precário e com mobiliário removível a realizar-se no máximo 02(dois) dias por semana em cada local.

Art. 79 – Será de responsabilidade da Administração Pública Municipal aregulamentação quanto ao funcionamento das feiras livres, no que diz respeitoao local, horário, produtos e suas condições de comercialização.

Parágrafo único. Será de competência da Administração PúblicaMunicipal regulamentar ainda:

I – a padronização dos mobiliários e equipamentos, vistoriados pelosetor responsável pela atividade agrícola;

II – as condições mínimas de higiene do local, vistoriado pela vigilânciasanitária, bem como os cuidados para garantir a saúde;

III – a forma de identificação dos feirantes, realizado pelo setorresponsável pela atividade agrícola;

IV – as condições de armazenamento dos resíduos sólidos, vistoriadaspela vigilância sanitária;

V – o sossego público, vistoriado pelo setor responsável e auxiliado pelaguarda municipal;

VI – identificação do feirante através de crachá, vistoriado pelo setorresponsável.

Art. 80 – Os mercados públicos municipais terão seus horários econdições de funcionamento regulamentadas pela Administração PúblicaMunicipal.

Parágrafo único. O feirante que estiver atuando dentro do mercadodeverá munir-se de todas as documentações exigidas pela Administração PúblicaMunicipal.

Art. 81 – Todo feirante é obrigado a manter limpa a área de localizaçãoda sua banca, devendo ainda, acondicionar os detritos para coleta e transportepelo órgão responsável.

§ 1º. Cada feirante deverá manter em sua banca recipiente para odevido recolhimento de detritos e lixos acumulados no período de funcionamentoda atividade.

§ 2º. Encerradas as atividades, o serviço de limpeza urbana municipalcoletará o lixo já acondicionado e realizará a limpeza das áreas utilizadas pelosfeirantes, mantendo-as devidamente limpas para os transeuntes.

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Art. 82 – As feiras de artesanato poderão comercializar produtos defabricação manual com valor cultural, utilitário, patrimonial ou estético.

Art. 83 - A coordenação das feiras ficará sob responsabilidade de umacomissão paritária com representantes da Administração Pública Municipal e dosfeirantes eleitos entre os licenciados.

Parágrafo único. Lei posterior determinará composição, estrutura ecompetência da comissão paritária.

Art. 84 – Compete à Administração Pública Municipal fazer cumprir comrigor e sob pena das punições administrativas previstas, todas as exigênciascontidas neste Código.

§ 1º. Compete ao Departamento de Vigilância Sanitária fiscalizar aqualidade e as condições de armazenamento dos gêneros alimentícioscomercializados nos mercados do Município, bem como a higiene dos boxes.

§ 2º. Os mercados públicos e feiras livres, localizados inclusive nassedes dos Distritos, deverão cumprir as mesmas exigências previstas nestaseção.

Art. 85 – Para a promoção de feiras de negócios nos logradourospúblicos ou em recintos fechados de livre acesso ao público, será obrigatória alicença prévia, concedida pela Administração Pública Municipal.

§ 1º. A duração das feiras de negócios será de, no máximo, 07 (sete)dias consecutivos, podendo a licença ser renovada por igual período.

§ 2º. A licença deverá ser solicitada ao órgão competente daAdministração Pública Municipal com antecedência de 30 (trinta) dias darealização deste evento.

Art. 86 – O feirante deverá respeitar as regras previstas nos artigos 70e 71 e o seu descumprimento acarretará multa prevista no artigo 72 desteCódigo.

Art. 87 – Na infração ao artigo 81 será aplicada multa de NÍVEL I, e aoartigo 85, multa de NÍVEL IV.

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SEÇÃO III

DAS BANCAS DE JORNAIS E REVISTAS

Art. 88 – As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se às bancasinstaladas em logradouros públicos.

Art. 89 – Define-se banca, nesta seção, aquela que comercializa todotipo de material impresso de cunho informativo, jornalístico e cultural, podendoainda expor à venda os seguintes itens:

I – mídias gravadas e similares de cunho informativo, cultural eeducacional;

II – cartões telefônicos e de recarga de aparelhos celulares esucedâneos;

III – cartões-postais e informativos de utilidade pública.

Art. 90 – O direito à ocupação do logradouro público para esta práticaserá concedido pela Administração Pública Municipal, por meio de alvará depermissão de uso.

Art. 91 – São condições para a instalação das bancas em logradouropúblico:

I – facilidade de remoção das mesmas;

II – não impossibilitar o tráfego de transeuntes ou veículos.

Art. 92 – Caberá à Administração Municipal regulamentar a qualquermomento a padronização das bancas, devendo os permissionários acatarem asdecisões no prazo de 90 (noventa) dias.

Parágrafo único. A Administração Municipal poderá, a qualquermomento, determinar a relocação da banca, quando julgar de interesse público,desde que comunique com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias aopermissionário.

Art. 93 – Quanto à padronização das bancas, e seu local defuncionamento, a Administração Pública Municipal deve:

I – multar e suspender a licença do permissionário que, por contaprópria, alterar o local ou o modelo de sua banca;

II – suspender a licença do permissionário que não se adequar àsdeterminações;

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III - no caso de permanência da infração será cassada a licença.

Art. 94 – O permissionário que abandonar ou mantiver inativa suabanca injustificadamente por mais de 30 (trinta) dias será notificado para reinícioda atividade no prazo de 10 (dez) dias. Permanecendo a irregularidade, serálavrado auto de infração, cassada a licença e removida a banca.

Art. 95 – A exposição de material pornográfico nas bancas éconsiderada infração gravíssima, devendo o permissionário ser multado enotificado para retirada imediata do material.

Art. 96 – O comércio de mercadorias de origem ilegal é consideradoinfração gravíssima, cabendo à Administração Pública Municipal recolhê-las parainutilização.

Art. 97 - SUPRIMIDO.

Art. 98 – O permissionário descrito nesta seção deverá respeitar asregras previstas nos artigos 70 e 71 e o seu descumprimento acarretará multaprevista no artigo 72 deste Código.

Art. 99 – Na infração ao artigo 91 será aplicada multa de NÍVEL II e aosartigos 93 e 94 multa de NÍVEL III.

SEÇÃO IV

DAS BANCAS DE FLORES E PLANTAS

Art. 100 – A banca de flores e plantas poderá ser estabelecida sob 03(três) formas:

a) eventual;

b) permanente;

c) itinerante.

Art. 101 – Denomina-se eventual a banca licenciada para vender florese plantas em ocasiões especiais, tais como, Dia das Mães, Finados, entre outros.

Parágrafo único. Será permitida a comercialização desde que hajaautorização da Administração Pública Municipal.

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Art. 102 – Denomina-se banca permanente, aquela com licenciamentopara venda de flores e plantas comercializáveis com localização fixa.

Art. 103 – Denomina-se banca itinerante aquela realizada por veículos,devidamente autorizada, com intervalo de uma semana entre uma e outra, alémda variação de localização.

Art. 104 – Será permitida a comercialização, além de flores e plantas,produtos utilizados no cultivo domiciliar de pequeno porte, tais como, terravegetal, adubo e sementes para as bancas eventuais, permanentes e itinerantes.

Art. 105 – O permissionário descrito nesta seção deverá respeitar asregras previstas nos artigos 70 e 71 e o seu descumprimento acarretará multaprevista no artigo 72 deste Código.

SEÇÃO V

Do Comércio de Alimentos

Art. 106 – Os veículos automotores adaptados e os veículos depropulsão humana destinados à comercialização de comidas e bebidas estarãosujeitos às normas da vigilância sanitária e às restrições deste Código.

Art. 107 – A permissão de uso dos veículos adaptados e dos veículos depropulsão humana se sujeitam a prévio processo de licenciamento em quedeverá ser observado o atendimento das exigências da legislação sobre oparcelamento, ocupação e uso do solo no que diz respeito à localização deatividades e ao afastamento frontal.

Art. 108 – Os veículos não poderão permanecer por mais de 12 horasno mesmo local, exceto em festas tradicionais de longa duração medianteautorização da Administração.

Art. 109 – Os veículos automotores adaptados não poderão ocupar áreatotal superior a 12,00m² (doze metros quadrados), incluídos nesta metragem ascoberturas, mesas e cadeiras utilizadas.

Art. 110 – Os quiosques e trailers fixos só poderão ser instalados empropriedades particulares e serão considerados estabelecimentos comerciais,

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sujeitos às normas que regem bares, lanchonetes e similares, com as restriçõesdeste Código.

Art. 111 – Não será permitido o estacionamento dos veículosautomotores:

I – sobre os passeios;

II – a menos de 50 (cinquenta) metros de estabelecimentos epermissionários que vendam os mesmos produtos ou similares;

III – estacionar a menos de 15 (quinze) metros das portas deestabelecimentos bancários, repartições públicas, escolas, quartéis, hospitais,templos religiosos, pontos de paradas de coletivos e praças.

Art. 112 – O permissionário descrito nesta seção deverá respeitar asregras previstas nos artigos 70 e 71 e o seu descumprimento acarretará multaprevista no artigo 72 deste Código.

Art. 113 – Na infração a qualquer dispositivo desta seção será aplicadaa multa de NÍVEL II.

SEÇÃO VI

DOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS EM ÁREA PÚBLICA

Art. 114 – Fica proibida a instalação de anúncio em área pública,exceto:

I – de faixas, galhardetes ou estandartes instaladas no logradouro ou emáreas públicas como propaganda de eventos de caráter assistencial, cívico,educacional, científico ou turístico autorizados pela Administração PúblicaMunicipal;

II – em faixas rebocadas por aviões;

III – em balões dirigíveis;

IV – veículos automotores ou de propulsão humana;

V – em telefones públicos quando se tratar de publicidade da própriaoperadora;

VI – durante a realização de eventos, restringindo-se exclusivamente aolocal de sua realização, sem prejuízo dos critérios estabelecidos no ato dolicenciamento.

§ 1º. É permitida a veiculação da marca do patrocinador da divulgação

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das mensagens, desde que para tanto se respeite o limite de 10% (dez porcento) da área total da faixa ou estandarte.

§ 2º. A faixa e o estandarte destinados à divulgação de campanha deinteresse público poderão permanecer instalados por período máximo de 30(trinta) dias, desde que a entidade do Poder Público responsável pela campanhaencaminhe ao órgão municipal competente a relação de endereços de instalaçãoe dos respectivos prazos de exposição, com antecedência mínima de 24 (vinte equatro) horas da instalação.

Art. 115 – Em qualquer hipótese é vedada a instalação de anúnciospublicitários:

I – em local que prejudique a identificação e preservação dos marcosreferenciais urbanos;

II – em árvores;

III – em local que, de qualquer maneira, prejudique a sinalização detrânsito ou outra destinada à orientação pública, ou ainda, cause insegurança aotrânsito de veículo e pedestre, especialmente em viaduto, ponte, canal, túnel,pontilhão, passarela de pedestre, passarela de acesso, trevo, entroncamento,trincheira, elevado e similares;

IV – em desconformidade com o que determina o Código de TrânsitoBrasileiro, Planos Diretores do Município e demais regramentos legais sobre amatéria;

V – em placa indicativa de trânsito;

VI – em faixa de domínio de rodovias, nos seguintes pontos:

a) no trevo e no trecho em curva;

b) em distância inferior a 100m (cem metros) da entrada e saída detúnel;

c) em distância inferior a 50m (cinquenta metros) de elevado e rótula;

VII – em postes de sinalização e identificação de logradouro público(exceto para patrocinador do mobiliário).

Art. 116 – Será permitida a instalação de anúncios publicitários emmobiliário urbano, devendo ser precedida de licitação na formas das LeisFederais, Estaduais e Municipais que regem a matéria, obedecidos os critérios aserem estabelecidos pelo Poder Executivo.

Art. 117 – A publicidade realizada nos veículos do transporte coletivo eindividual sob concessão do Município deverá obedecer aos critériosestabelecidos pelo órgão competente, a quem caberá a sua fiscalização.

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Art. 118 – Na infração a qualquer dispositivo desta seção será aplicadaa multa de NÍVEL IV.

CAPÍTULO III

DO SERVIÇO DE TELECOMUNICAÇÕES, ENERGIA ELÉTRICA E SIMILARES

Art. 119 – As concessionárias, prestadoras de serviços e empresas detelecomunicações, de energia elétrica e similares são responsáveis pelamanutenção e ordem de seus equipamentos, visando preservar a estética doMunicípio e o bom funcionamento do serviço prestado.

§ 1º. As empresas deverão efetuar os reparos determinados pelaAdministração Pública Municipal, transformar redes aéreas em subterrâneasquando solicitado e fixar os postes de modo a garantir a segurança pública eestrutural.

§ 2º. As empresas ficam proibidas de manter cabeamento inativo,rompido, afrouxado e enrolado, bem como manter estruturas em máconservação.

§ 3º. As empresas poderão apenas manter uma sobra por poste parafutura expansão de rede, sendo que deverão ficar na posição vertical, enroladono suporte que leva o nome de cruzeta, ou na horizontal, na posição chamadafiberloop, entre um poste e outro.

Art. 120 – As estações e armários de distribuição de linhas telefônicasdeverão ser instalados em posição contígua à testada do imóvel de modo a nãoprejudicar a circulação no passeio público.

Art. 121 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada a multa de NÍVEL V.

TÍTULO V

DAS ATIVIDADES DE DIVERSÃO

Art. 122 – Considera-se diversão pública a promoção de festejos noslogradouros públicos ou em recintos fechados, inclusive particulares, de acessoao público.

Parágrafo único. Denomina-se evento, para fins deste Código,qualquer realização, sem caráter de permanência, de atividade recreativa, social,cultural, religiosa ou esportiva.

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Art. 123 – A instalação e funcionamento dos parques de diversão ecircos, shows e eventos, inclusive os eventos culturais e festivos eassemelhados, dependem de solicitação prévia da licença do órgão competente,com antecedência mínima de 10 (dez) dias, relacionando-se o que será montadoe utilizado para exploração da atividade.

§ 1º. O funcionamento dos parques de diversão e circos só serãopermitidos após vistoria da Administração Pública Municipal quanto aocumprimento da legislação vigente e da vistoria do Corpo de Bombeiros eapresentação de comunicação aos seguintes órgãos: Polícia Militar, Polícia Civil,Conselho Tutelar mediante juntada de contrarrecibo ao processo.

§ 2º. Aquele que exercer atividade de maneira irregular, ou em local nãopermitido, será notificado para desocupar a área no prazo de 24 (vinte e quatro)horas.

Art. 124 – Ao conceder o licenciamento, a Administração PúblicaMunicipal deverá estabelecer restrições que forem convenientes, no intuito deassegurar o decoro, o sossego e a ordem pública.

Art. 125 – Os locais pretendidos à instalação dos parques de diversão,circos e assemelhados, deverão apresentar fluidez de tráfego e área paraestacionamento nas suas proximidades, salvo se o local apresentar espaço paraeste fim.

Art. 126 – Os parques de diversão, circos e assemelhados são obrigadosa instalar banheiros químicos para cada gênero em quantidade proporcional àexpectativa de público, devendo ainda zelar pela higiene, segurança ecomodidade do usuário.

§ 1º. O quantitativo de banheiros químicos deverá obedecer àexpectativa do público a ser atendido na proporção de 01 (um) banheiro paracada grupo de 200 (duzentas) pessoas, respeitada a proporção de acessibilidadeno percentual de 5% (cinco por cento).

§ 2º. Os organizadores do evento são os licenciados responsáveis pelodisposto no caput deste artigo.

Art. 127 – Será de responsabilidade dos proprietários e realizadores doevento a limpeza do local ocupado, bem como de suas imediações.

Parágrafo único. A limpeza compreende remoção do lixo, entulhos edetritos, aterramento e eventual demolição de quaisquer instalações.

Art. 128 – É vedado ao parque de diversão, circo e assemelhadosalterar ou adicionar novos aparelhos ou mecanismos, sem autorização da

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Administração Pública Municipal.

§ 1º. A utilização de mecanismos ou aparelhos novos só será permitidaapós vistoria quanto a sua segurança e mediante autorização do Corpo deBombeiros, tendo em vista o risco e o comprometimento da segurança dousuário.

§ 2º. O licenciado que desrespeitar o que prevê o caput deste artigoserá devidamente notificado e poderá sofrer interdição do local e suspensão dalicença.

§ 3º. Concomitantemente à interdição e à suspensão, será lavrado autode infração, multando pecuniariamente o infrator.

Art. 129 – A autorização de uso para os parques de diversão, circos eassemelhados só será concedida se não estiver no raio de 200 (duzentos) metrosde distância dos templos religiosos, estabelecimentos de saúde, escolas erepartições públicas.

Art. 130 – É obrigatório aos clubes recreativos e salões de festapreservar a vizinhança de incômodo de qualquer natureza, respondendo os seusproprietários pelas sanções e penalidades previstas neste Código.

Art. 131 – As atividades de circos e parques só poderão ser exercidasno território municipal por um período máximo de 60 (sessenta) dias por ano,sendo este prazo comum aos dois.

Art. 132 – Na infração a qualquer dispositivo deste título será aplicadamulta de NÍVEL II para os artigos 125, 126 e 127, multa de NÍVEL III para oartigo 128 e multa de NÍVEL IV para os artigos 123 e 130.

TÍTULO VI

DOS CEMITÉRIOS, CREMATÓRIOS E CAPELAS MORTUÁRIAS

Art. 133 – Cabe à Administração Pública Municipal legislar sobre oscemitérios, crematórios e capelas mortuárias, sejam eles públicos ou privados.

Art. 134 – A implantação de cemitérios e cemitérios de animais serásempre precedida de estudo e licenciamento ambiental pela Secretaria Municipalde Meio Ambiente, e obedecerá à Resolução CONAMA nº. 335, de 03 de abril de2003.

§ 1º. A Administração Pública Municipal poderá manter, direta ou

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indiretamente, cemitérios públicos ou licenciar cemitérios particulares, na formada lei, incumbindo-se sempre de sua fiscalização.

§ 2º. A licença de localização e funcionamento só será concedida aorequerente após a aprovação das exigências mencionadas neste artigo.

Art. 135 – A Administração Pública Municipal deverá responsabilizar-sepela ordem e funcionamento dos cemitérios públicos municipais, no que dizrespeito a:

I – manutenção da limpeza do ambiente;

II – regulação de atos de contrariedade ao sentimento religioso,independente da crença religiosa;

III – proibição da venda de alimentos como qualquer objeto e deprodutos atinentes às cerimônias funerárias dentro dos recintos do cemitério;

IV – manter o serviço de segurança diurno e noturno;

V – manter cadastro digital, atualizado e à disposição para consultapública.

Art. 136 – As empresas prestadoras de serviços funerários sófuncionarão mediante licenciamento concedido pela Administração PúblicaMunicipal.

Art. 137 – Nos casos em que os cemitérios forem propriedade particularcaberá a seu proprietário o cumprimento de todas as exigências dispostas nosartigos citados neste título.

Parágrafo único. À Administração Pública Municipal compete o exercíciodo Poder de Polícia, disciplinando e acompanhando o cumprimento de taisnormas.

Art. 138 – As capelas mortuárias deverão funcionar em edificaçãoprópria, com tamanho adequado e ambiente ventilado de no mínimo 30,00m²(trinta metros quadrados) por recinto, sanitários, e espaço suficiente parareceber no mínimo, e de forma adequada, dois funerais.

§ 1º. Toda capela mortuária a ser construída no Município deverárespeitar à distância de no máximo 100 (cem) metros de afastamento doscemitérios e crematórios.

§ 2º. Todo projeto de construção de capela mortuária deverá contemplaras condições adequadas para usuários portadores de necessidades especiais equando for o caso, existindo a possibilidade, deverá realizar adaptação àsnecessidades desse grupo.

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Art. 139 – As regras previstas neste título são aplicáveis às novasinstalações.

Art. 140 – Na infração a qualquer dispositivo deste título será aplicadamulta de NÍVEL II.

TÍTULO VII

DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE PÚBLICA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 141 – A Administração Pública Municipal de Cachoeiro deItapemirim tem o dever de zelar pela higiene pública de todo o seu território deacordo com legislação municipal e demais normas estaduais e federais, visando àmelhoria do ambiente e o bem-estar da população.

Art. 142 – Objetivando proteger a saúde da comunidade aAdministração Pública Municipal cuidará:

I – da higienização das áreas e edificações públicas;

II – da limpeza de terrenos públicos;

III – da limpeza urbana;

IV – de outras ocorrências que afetem a higiene pública.

SEÇÃO I

DA HIGIENIZAÇÃO DAS VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 143 – O serviço de limpeza das vias e logradouros públicos serádesenvolvido pela Administração Pública Municipal ou por empresa credenciada.

Art. 144 – Será de responsabilidade dos ocupantes, locatário ouproprietário a limpeza do passeio fronteiriço, com ou sem pavimentação àsresidências, estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviçose de terreno baldio, sem prejuízo aos transeuntes, devendo o lixo ser recolhidopara o depósito particular, bem como todos os detritos oriundos da limpeza.

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Art.145 – A limpeza em áreas comerciais deverá ser feita em horárioscom pouco trânsito e sempre conveniente ao transeunte, antes ou depois dohorário comercial, não excedendo ao limite das 9h, no período matutino, nem seantecipando às 18h, exceto o serviço de limpeza pública.

Art. 146 – Todas as precauções devem ser tomadas pelo responsávelinteressado na carga ou descarga de materiais para que seja preservada ahigiene das vias e dos logradouros públicos.

§ 1º. O interessado pela carga ou descarga será responsável pelalimpeza do trecho afetado, recolhendo os detritos e encaminhando-o para odepósito que lhe é devido.

§ 2º. O interessado e o transportador responderão solidariamente porpossíveis danos causados administrativa e civilmente.

Art. 147 – Visando preservar a estética e a higiene dos logradourospúblicos, é expressamente proibido:

I – jogar resíduos ou outras impurezas do interior das residências, dosveículos ou terrenos;

II – jogar substâncias líquidas, sólidas ou gasosas através de janelas,portas e aberturas similares de edificações;

III – conduzir veículos abertos com materiais que por meio de trepidaçãoou da ação do vento possam comprometer o asseio das vias e logradourospúblicos;

IV – fazer a retirada de materiais e entulhos de construção ou demoliçãode edificações, sem o atendimento das normas de segurança;

V – despejar quaisquer detritos provenientes da lavagem de canis;

VI – arremessar qualquer tipo de resíduo ou objeto no rio, córregos,nascentes e nas vias públicas do Município ou terrenos a eles adjacentes;

VII – construir chaminés que afetem ou incomodem os vizinhos comfumaça ou emanações nocivas.

Art. 148 – Na infração a qualquer dispositivo desta seção será aplicadamulta de NÍVEL I.

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SEÇÃO II

DOS EDIFÍCIOS E HABITAÇÕES INDIVIDUAIS E COLETIVAS

Art. 149 – É expressamente proibido aos usuários das edificações ehabitações individuais ou coletivas:

I – arremessar qualquer tipo de resíduo ou objeto do interior dasedificações no rio, córregos, nascentes e nas vias públicas do Município outerrenos a eles adjacentes;

II – adaptar canaletas ou quaisquer outros dispositivos que escoem águanas calçadas ou em terrenos adjacentes, inclusive de aparelhos de arrefrigerado;

III – dispor de varais nas fachadas das edificações, ou ainda faixas quedesconfigurem a paisagem projetada.

Art. 150 – É expressamente proibido, em qualquer caso, varrer lixos oudetritos sólidos de qualquer natureza para os bueiros, boca de lobos, ralos elogradouros públicos.

Art. 151 – Torna-se obrigatório a implantação do método em braille nointerior e exterior de todos os elevadores instalados no Município.

Art. 152 – Na infração aos artigos 149 e 150 será aplicada multa deNÍVEL III e ao artigo 151 multa de NÍVEL II.

SEÇÃO III

DOS TERRENOS E LOTES

Art. 153 – Caracterizam infraestrutura básica os itens a seguir:

I – meio-fio, calçamento e equipamentos urbanos de escoamento daságuas pluviais;

II – iluminação pública com rede de energia;

III – rede de abastecimento de água potável e rede de esgoto sanitário.

Art. 154 – SUPRIMIDO.

Art. 155 – É expressamente proibido o depósito de detritos tais como:

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entulhos, galhos de árvore, animais mortos, areia, terra, lixo, entre outros emterrenos ou lotes não edificados.

Parágrafo único. O proprietário de terreno ou lote não edificados éobrigado a mantê-lo limpo, capinado e drenado, independente de licenciamentopara essa conservação.

Art. 156 – Cabe ao proprietário de imóvel lindeiro a logradouro públicoa construção do passeio em frente à testada respectiva, a sua manutenção e asua conservação em perfeito estado, respeitando as medidas previstas peloPlano Diretor Municipal e pelo Código de Obras.

§ 1º. Em se tratando de lote com mais de uma testada, a obrigaçãoestabelecida no caput se estende a todas elas.

§ 2º. O prazo para atendimento ao que dispõe o caput deste artigo seráde no máximo 60 (sessenta) dias.

§ 3º. A obrigatoriedade de construir o passeio não se aplica aos casosem que a via pública não esteja pavimentada ou em que não tenha sidoconstruído o meio-fio correspondente.

§ 4º. No caso de não cumprimento do disposto no caput deste artigo,poderá o Poder Executivo realizar a obra, cujo custo será ressarcido peloproprietário, acrescido da taxa de administração, sem prejuízo das sançõescabíveis.

Art. 157 – A limpeza, conservação e manutenção dos terrenos e doselementos físicos delimitadores é de responsabilidade dos proprietários oupossuidores dos terrenos, devendo estes ainda executar as melhorias quandoforem exigidas pela Administração Pública Municipal, sob pena de incidirem nassanções previstas nesta Lei.

Art. 158 – É proibida a utilização de terrenos, quintais, pátios ou outraspropriedades particulares:

I – servindo como aterro sanitário ou depósito de lixo ou entulho,quando não autorizado;

II – servindo de depósito de materiais que possam ser nocivos à saúdepública ou ao meio ambiente;

III – que, devido as suas condições, se constituam em focos de vetoresde doenças.

Art. 159 – Fica proibida a prática do uso de fogo para limpeza dosterrenos dentro do perímetro urbano dos Distritos e da Sede do Município, bemcomo a queima de lixo no interior dos mesmos.

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Art. 160 – O prazo para retirada de detritos depositados de formairregular, nos terrenos e lotes vagos, será de 10 (dez) dias.

Art. 161 – O Município poderá, a seu exclusivo critério, executarserviços de modo a cumprir o disposto nos artigos anteriores, caso o infratortenha sido comunicado previamente, e não tome as providências devidas noprazo estipulado, efetuando cobrança do serviço executado.

Art. 162 – Na infração a qualquer dispositivo desta seção será aplicadamulta de NÍVEL II.

TÍTULO VIII

DA OBRA NA PROPRIEDADE E DE SUA INTERFERÊNCIA EM LOGRADOUROPÚBLICO

CAPÍTULO I

DO TAPUME

Art. 163 – O responsável pela execução de obra, reforma ou demoliçãodeverá instalar, ao longo do alinhamento, tapume de proteção.

§ 1º. O tapume terá altura mínima de 1,80m (um metro e oitentacentímetros) e poderá ser construído com qualquer material que cumprafinalidade de vedação e garanta a segurança do pedestre.

§ 2º. A instalação do tapume é dispensada:

I – em caso de obra interna à edificação;

II – em obra cujo vulto ou posição não comprometam a segurança depedestre ou de veículo, desde que autorizada pelo Poder Executivo;

III – em caso de obra em imóvel fechado com muro ou gradil.

§ 3°. O tapume deverá ser mantido em bom estado de conservação.

Art. 164 – O tapume não poderá prejudicar a arborização pública, omobiliário urbano instalado, nem a visibilidade de placa de identificação delogradouro público ou de sinalização de trânsito.

Art. 165 – O tapume poderá avançar sobre o passeio correspondente à

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testada do imóvel em que será executada a obra, desde que o avanço nãoultrapasse a metade da largura do passeio, sem prejuízo a segurança dopedestre.

Parágrafo único. Nos casos em que, segundo a devida comprovaçãopelo interessado, as condições técnicas da obra exigirem a ocupação de áreamaior no passeio, poderá ser tolerado avanço superior ao permitido neste artigo,mediante o pagamento do preço público relativo à área excedente, excetuando-se o trecho de logradouro de grande trânsito, a juízo do órgão competente doPoder Executivo. Deverá, ainda, conter faixas refletivas diurna, e, em casosexcepcionais, luz de alerta noturna para sinalizar os pedestres e o trânsito local.

Art.166 – A instalação de tapume sobre o passeio se sujeita a processoprévio de licenciamento, nos termos do regulamento deste Código.

Art. 167 – O documento de licenciamento para a instalação de tapumeterá validade pelo prazo de duração da obra.

§ 1º. No caso de ocupação de mais da metade da largura do passeio, odocumento de licenciamento vigerá pelo prazo máximo e improrrogável de 1(um) ano, variando conforme a intensidade do trânsito de pedestre no local.

§ 2°. No caso de paralisação da obra, o requerente deverá comunicar aFiscalização de Posturas. O tapume colocado sobre passeio deverá ser recuadopara o alinhamento do terreno no prazo máximo de 07 (sete) dias corridos,contados da respectiva paralisação.

§ 3°. Decorridos 120 (cento e vinte) dias de paralisação da obra, otapume deverá ser substituído por muro de alvenaria ou gradil no alinhamento.

Art. 168 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa de NÍVEL II.

CAPÍTULO II

DO BARRACÃO DE OBRA

Art. 169 – A instalação de barracão de obra suspenso sobre o passeioserá admitida quando se tratar de obra executada em imóvel localizado emlogradouro público de intenso trânsito de pedestre, conforme classificação feitapelo órgão responsável pela gestão do trânsito.

Art. 170 – A instalação de barracão de obra suspenso se sujeita aprocesso prévio de licenciamento, sendo de 01 (um) ano o prazo máximo devigência do documento do respectivo licenciamento.

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Parágrafo único. O documento de licenciamento de que trata o caputficará automaticamente cancelado, independentemente do prazo transcorrido,quando concluída a construção do terceiro piso acima do nível do passeio.

Art. 171 – O barracão de obra suspenso será instalado a pelo menos2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de altura em relação ao passeio,não prejudicando a arborização pública, o mobiliário urbano instalado, nem avisibilidade de placa de identificação de logradouro público ou de sinalização detrânsito.

Art. 172 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa de NÍVEL II.

CAPÍTULO III

DA CAÇAMBA

Art. 173 - Caçamba é o mobiliário destinado à coleta de terra e entulhoprovenientes de obra, construção, reforma ou demolição de qualquer natureza.

Art. 174 – A colocação, a permanência, a utilização e o transporte decaçamba em logradouro público sujeitam-se a prévio licenciamento, em processoa ser definido no regulamento deste Código.

§ 1º. A unidade licenciada será o conjunto de 01 (um) caminhão e 15(quinze) caçambas.

§ 2º. O licenciamento previsto pelo §1º deste artigo estará condicionadoao licenciamento local de guarda das caçambas.

§ 3º. É vedada à utilização de logradouro público para guarda decaçamba.

Art. 175 – A caçamba obedecerá a modelo próprio, que terá asseguintes características, entre outras a serem definidas em regulamento:

I – capacidade máxima de 7m³ (sete metros cúbicos);

II – cores vivas, preferencialmente combinando amarelo e azul oualaranjado e vermelho;

III – tarja refletora com área mínima de 1,00 (um metro quadrado) emcada extremidade, para assegurar a visibilidade noturna;

IV – identificação destacada e visível do nome do licenciado e do númerodo telefone da empresa nas faces laterais externas.

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Art. 176 – O local para a colocação de caçamba em logradouro públicopoderá ser:

I – a via pública, ao longo do alinhamento da guia do meio-fio, emsentido longitudinal;

II - o passeio, desde que deixe livre, junto ao alinhamento, faixa paracirculação de pedestre de no mínimo 1,50m (um metro e cinquenta centímetros)de largura;

III – o passeio, na faixa destinada a mobiliário urbano ou faixa gramada,desde que deixe livre faixa para circulação de pedestre de no mínimo 1,50m (ummetro e cinquenta centímetros) de largura.

Art. 177 – Não será permitida a colocação de caçamba:

I – a menos de 5m (cinco metros) dos lotes de esquina;

II – no local sinalizado com placa que proíba parar e estacionar;

III – junto ao hidrante e sobre registro de água ou tampa de poço deinspeção de galeria subterrânea;

IV – inclinada em relação ao meio-fio, quando ocupar espaço maior que2,70m (dois metros e setenta centímetros) de largura.

Art. 178 – Poderão ser formados grupos de até 02 (duas) caçambas nologradouro público, desde que obedecido ao espaço mínimo de 10m (dez metros)entre os grupos.

Art. 179 – O tempo de permanência máximo por caçamba em ummesmo local, exceto o previsto no artigo 185 deste Código, será de 3 (três) diasúteis.

Art. 180 – Na Zona Hipercentral (ZHIC), o horário de colocação, depermanência e de retirada das caçambas será:

I – das 20h às 07h nos dias úteis;

II – das 14h de sábado às 07h de segunda-feira;

III – livre nos feriados.

Art. 181 – Na operação de colocação e retirada da caçamba, deverá serobservada a legislação referente à limpeza urbana, ao meio ambiente e àsegurança de veículo e pedestre, cuidando-se para que sejam utilizados:

I – sinalização com 03 (três) cones refletores;

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II – calços nas rodas traseiras dos veículos, no caso de logradouro comdeclividade;

III – quando do recolhimento das caçambas, essas deverão ter uma lonacobrindo o material transportado.

Art. 182 – O Poder Executivo poderá determinar a retirada da caçamba,mesmo no local para o qual ela tenha sido liberada, quando, devido a algumaexcepcionalidade, o mobiliário venha a prejudicar o trânsito de veículo epedestre.

Art. 183 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa de NÍVEL II.

CAPÍTULO IV

DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Art. 184 – Durante a execução de obra, reforma ou demolição, oresponsável técnico e o proprietário, visando à proteção de pedestre ou deedificação vizinha, deverão instalar tela protetora envolvendo toda a fachada daedificação, nos termos do regulamento, e dispositivos de segurança, conformecritérios definidos na legislação específica sobre a segurança do trabalho.

§ 1°. A obrigação prevista neste artigo estende-se a qualquer serviçoexecutado na fachada da edificação, mesmo que tal serviço não tenha naturezade construção ou similar.

§ 2°. No caso de obra paralisada, os dispositivos que não apresentarembom estado de conservação deverão ser retirados ou reparados imediatamente.

Art. 185 - O dispositivo de segurança não poderá prejudicar aarborização pública, o mobiliário urbano instalado, nem a visibilidade de placa deidentificação de logradouro público ou de sinalização de trânsito.

Art. 186 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa de NÍVEL II.

CAPÍTULO V

DA DESCARGA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Art. 187 – A descarga de material de construção será feita no canteiro

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da respectiva obra, admitindo-se excepcionalmente o uso do logradouro públicopara tal fim, observadas as determinações contidas no Regulamento de LimpezaUrbana.

§ 1º. Na exceção admitida no caput, o responsável pela obra deveráiniciar imediatamente a remoção do material descarregado para o respectivocanteiro, tolerando-se prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas dafinalização da descarga, para total remoção. Sendo obras realizadas na ZONAHIPERCENTRAL (ZHIC), a tolerância será de, no máximo, de 05 (cinco) horas.

§ 2º. O responsável pela obra é obrigado a manter o passeio lindeiro aoimóvel em que está sendo executada a obra em bom estado de conservação eem condições de ser utilizado para trânsito de pedestres.

Art. 188 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa de NÍVEL II.

TÍTULO IX

DA LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 189 – Entende-se por sistema de limpeza urbana e manejo deresíduos sólidos:

I – o conjunto de meios físicos, materiais e humanos que executamatividades de limpeza, coleta, remoção e transporte dos resíduos sólidosdomiciliares;

II – a varrição e limpeza de vias e logradouros públicos;

III – a remoção e transporte de resíduos das atividades de limpeza;

IV – a remoção de resíduos volumosos e de entulhos lançados em vias elogradouros públicos;

V – a prestação de serviços de operação e manutenção dos sistemas detransferência de resíduos sólidos urbanos (tais como sofás, geladeiras, colchões,etc.), incluindo seu envio ao destino final disposto de forma correta, utilizandoaterros sanitários em conformidade com a legislação ambiental de acordo com asprevisões legais no que diz respeito ao meio ambiente e às condições sanitárias.

Parágrafo único. Cabe à Administração Pública Municipal ou aoprestador de serviço contratado para este fim, a execução das atividades delimpeza urbana.

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Art. 190 – Os resíduos podem ser classificados em Resíduos SólidosUrbanos e Resíduos Sólidos Especiais.

§ 1º. Denominam-se Resíduos Sólidos Urbanos (RSU):

I – o lixo domiciliar;

II – os resíduos de poda de manutenção de jardim, pomar, horta dehabitação individual ou coletiva, tais como aparos, galhadas e afins;

III – o lixo público, oriundo da limpeza de logradouros e demais espaçospúblicos;

IV – os excrementos de animais em logradouros;

V – o lixo produzido por feiras livres e eventos em geral;

VI – o lixo produzido por estabelecimentos comerciais e de serviços,unidades industriais, instituições, entidades públicas ou privadas, ou aindaunidades de tratamento da saúde humana ou animal e outras edificações nãoresidenciais, cuja natureza ou composição dos resíduos sejam semelhantesàquelas do lixo domiciliar, cujo volume seja no máximo de 25Kg (vinte e cincoquilogramas).

§ 2º. Denominam-se Resíduos Sólidos Especiais (RSE) e, segundo oCódigo Sanitário deste Município, aqueles provenientes de:

I – hospitais, laboratórios de análises e patologia clínica;

II – farmácias e drogarias;

III – clínicas e hospitais veterinários;

IV – lixos radioativos;

V – lixos químicos;

VI – lixos produzidos extraordinariamente, quando excederem os limitesestabelecidos no parágrafo 1°, inciso VI, deste artigo;

VII – lixos industriais;

VIII – materiais utilizados em embalagens de mercadorias que ofereçamriscos ao meio ambiente;

IX – resíduos da construção civil;

X – consultórios que realizem procedimentos geradores de resíduosespeciais, como odontológicos.

CAPÍTULO II

DA COLETA DE LIXO

Art. 191 – Todo lixo acumulado deverá ser removido para o localestabelecido pela Administração Pública Municipal sendo expressamente proibidoo acúmulo ou remoção dos mesmos para local não autorizado.

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Parágrafo único. O órgão público ou entidade municipal competentepoderá remover o lixo depositado em local indevido, não isentando o responsávelpelo acúmulo dos resíduos de responder pelas sanções e penalidades cabíveis eprevistas neste Código.

Art. 192 – O sistema de limpeza urbana estabelecerá dia e horário pararecolhimento do lixo domiciliar e comercial, dando-lhe destinação adequada e,nos casos em que assim couber utilizar a coleta seletiva.

Parágrafo único. Os recipientes de acondicionamento de lixo deverãoser colocados nas calçadas das ruas e/ou logradouros públicos apenas nos dias ehorários previstos para coleta, caso contrário o munícipe poderá vir a sofrerpenalidades.

Art. 193 – O lixo deverá ser colocado em recipiente próprio, tais como:ecopostos, lixeiras e similares, sendo vedada a colocação de lixo nos elementosfixos, fora do dia da escala para a devida coleta.

§ 1º. Todos os artefatos ou objetos utilizados para coleta de lixo deverãorespeitar as diretrizes da Calçada Cidadã.

§ 2º. Os resíduos sólidos aqui referidos podem ser provenientes dedomicílios ou estabelecimentos comerciais.

§ 3º. Os resíduos provenientes da coleta seletiva serão regulados porlegislação específica.

§ 4º. Os realizadores de eventos ficam obrigados a instalar recipientescoletores de lixo dentro do local do evento.

Art.194 – As coletas de lixo em edifícios e em prédios de habitaçõescoletivas ou de atividade mista deverão dotar-se de instalações adequadas.

Parágrafo único. O ambiente de depósito deverá ser vedado e dotadode dispositivo para limpeza, lavagem e de fácil acesso para o transportador,sendo, nesta hipótese, cabível para somente os edifícios com mais de 05 (cinco)andares e para todos os conjuntos habitacionais do Município.

Art.195 – As regras estabelecidas para os edifícios e prédios são ascabíveis aos estabelecimentos comerciais.

Art. 196 – Nas edificações de difícil acesso será permitida a disposiçãoexclusiva de contentores municipais ou privados de apoio à coleta de resíduossólidos, apenas em dia e hora de coleta.

Parágrafo único. Imediatamente após a coleta regular, os contentoresmunicipais e privados deverão ser devidamente recolhidos pelos proprietários.

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Art.197 – A limpeza dos logradouros e a remoção dos resíduos nelelançados devem ser feitas por veículos adequados a esta atividade.

Parágrafo único. A atividade acima mencionada abrange a coleta deresíduos procedentes da varrição, capina, poda de árvores e afins.

Art. 198 – Devem ser eliminados previamente da coleta do lixo osresíduos líquidos, assim como providenciar embrulho adequado a elementoscortantes.

Parágrafo único. Não é permitida prática do uso de fogo paraeliminação do lixo ou resíduos de poda, na área urbana deste Município.

Art. 199 – Deverão ser instalados recipientes de coleta seletiva empontos estratégicos do Município, tais como prédios públicos, educacionais, desaúde e em logradouros públicos.

Art. 200 – Denomina-se processo de coleta seletiva do lixo ofracionamento, acondicionamento, manuseio e transporte em veículo apropriadodos resíduos sólidos urbanos passíveis de reciclagem, ou disposição finalespecial.

Parágrafo único. As frações recicláveis serão acondicionadas emrecipientes ou locais apropriados, atendendo ao fim a que destinam.

Art. 201 – É proibido manter, abandonar ou descarregar bensinservíveis em logradouros públicos e em zonas de proteção ambiental doMunicípio ou em qualquer propriedade particular não edificada.

Art. 202 – A disposição de caixas estacionárias particulares paradepósito de lixo não poderá obstruir a circulação de pedestres, de veículos e acoleta de lixo.

Art. 203 – O recolhimento de resíduos industriais, entulhos, resíduos deconstruções, galhos de árvores de quintais particulares, não será realizado peloserviço de coleta de lixo domiciliar.

Parágrafo único. Atribui-se ao gerador do lixo a responsabilidade porsua coleta e destinação a local apropriado, sem prejuízo da legislação específicaquanto a destinação final.

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Art. 204 – É de inteira responsabilidade dos estabelecimentos quecomercializam todo tipo de material considerado tóxico ou radioativo, tais comopilhas, pneus, lâmpadas fluorescentes, monitores de computador, lixo eletrônicose similares, a adoção de mecanismos de depósitos para este lixo, além deorientar aos usuários sobre o procedimento adequado a ser utilizado, conforme alegislação específica.

Art. 205 – O serviço de coleta programada regular de lixo não domiciliarserá realizado pelo órgão competente em data, hora e local devidamentedefinido, observadas as normas sanitárias e ambientais vigentes.

Art. 206 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa de NÍVEL I.

CAPÍTULO III

DO MOVIMENTO DE TERRA E ENTULHO

Art. 207 – O movimento de terra e entulho se sujeita a processo préviode licenciamento, devendo o respectivo requerimento ser instruído com:

I – projeto de terraplenagem ou cópia do documento de licenciamento dedemolição, previamente emitido pela secretaria competente;

II – declaração de inexistência de material tóxico ou infectocontagioso nolocal, emitida pelo requerente.

Art. 208 – A terra e o entulho decorrentes de terraplenagem ou dedemolição serão levados para local de bota-fora devidamente autorizado peloPoder Executivo.

Art. 209 – É proibida a utilização de logradouro público, de parque, demargens de curso d’água e de área verde para bota-fora ou empréstimo.

Art. 210 – Caberá ao infrator remover imediatamente o materialdepositado em local não autorizado, sem prejuízo das demais penalidadesprevistas neste Código.

Art. 211 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa NÍVEL III.

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TÍTULO X

DA ORDEM E SEGURANÇA PÚBLICA

CAPÍTULO I

DO SOSSEGO PÚBLICO

Art. 212 – É dever de a Administração Pública Municipal zelar pelamanutenção da ordem e do sossego público em todo o território do Município noque couber, promovendo a ordenação, regulamentação e a garantia da qualidadede vida da população.

Art. 213 – A emissão de ruídos em decorrência de atividades industriais,comerciais, religiosas, de entretenimento, e ainda as de propaganda, devemobedecer aos padrões estabelecidos por lei.

Parágrafo único. Os níveis máximos fixados em lei seguem asResoluções CONAMA nº. 001 e 002, de 8 de março de 1990, e nas normas ABNTNBR 10.151/87 e NBR 10.152/87.

Art. 214 – É competência da Secretaria Municipal de Meio Ambientelicenciar e fiscalizar a intensidade do volume de aparelhos e equipamentos dedivulgação publicitária e/ou entretenimento, que produzam sons e ruídos quepossam perturbar o sossego público.

§ 1º. Não será permitida a emissão de ruídos acima dos padrões ehorários estabelecidos na CONAMA nº. 001 e 002, de 8 de março de 1990, e nasnormas ABNT NBR 10.151/87 e NBR 10.152/87 em áreas que careçam deproteção sonora.

§ 2º. É de responsabilidade da Administração Pública Municipal, atravésde órgão competente, a sinalização de áreas consideradas sensíveis a ruídos.

§ 3º. As atividades religiosas estão isentas de Licenciamento pelaSecretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA.

Art. 215 – SUPRIMIDO.

Art. 215-A – Não será permitida as autoridades de fiscalização,interromper atividade religiosa, em decorrência de alguma denúncia, sendo aliderança responsável notificada para comparecimento ao órgão fiscalizador noprazo determinado, não menos que 48 horas.

Art. 216 – SUPRIMIDO.

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Art. 217 – SUPRIMIDO.

Art. 218 – A emissão de som proveniente de fonte móvel ou fixa noperímetro urbano dependerá de parecer técnico da Secretaria Municipal de MeioAmbiente que estabelecerá padrões de emissões de ruídos de acordo com aslegislações Federais e Municipais vigente.

Art. 219 – Fica estabelecido o horário de funcionamento até 22h, paraqualquer atividade noturna que produza ruído e que possa comprometer osossego público, nas proximidades de estabelecimentos de saúde, escolas,asilos, igrejas, teatros e habitações individuais ou coletivas.

Art. 220 – O isolamento acústico para impedir a propagação do som emníveis acima do previsto na legislação vigente, é uma obrigatoriedade para todosos estabelecimentos que produzam ou reproduzam sons e ruídos que possamperturbar o sossego público desde que tais estabelecimentos sejam licenciadospela Secretaria de Meio Ambiente - SEMMA.

Art. 221 – Desde que autorizados e licenciados pela AdministraçãoPública Municipal, observados os limites legais, será permitida a permanência deveículos equipados com amplificadores de som em parques, circos e interior deestádios.

Art. 222 – Os estabelecimentos que comercializam e consertamaparelhos sonoros são obrigados a manter os níveis estabelecidos em suasdependências conforme preconiza o § 1º do Art. 214 deste código.

Art. 223 – Será permitida excepcionalmente, desde que observados oslimites estabelecidos, a utilização de sons de qualquer natureza ou ruídos parapropaganda, diversão ou atividade religiosa por ocasião de festas tradicionais oudurante o carnaval, respeitadas as áreas onde há restrição legal de barulho,ruído ou poluição sonora.

Art. 224 – Em áreas residenciais é proibido perturbar o bem-estarpúblico com ruídos antes das 07h da manhã e após as 22h, exceto nos seguintescasos:

I – de veículos de assistência à saúde e segurança pública;

II – de alarmes automáticos de segurança em seu funcionamentoregular;

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III – apitos de ronda com o objetivo de garantir a segurança pública,acionados por vigilantes públicos ou particulares;

IV – utilização de explosivos em arrebentamento de pedreiras, rochas oudemolições desde que detonados nos horários permitidos por lei.

Art. 225 – Será permitido em áreas predominantemente industriais oNÍVEL de decibéis para ambientes externos, de acordo com as ResoluçõesCONAMA nºs. 001/1986 e 002/1990, nas normas ABNT NBR 10.151 e 10.152,ambas de 1987 e Decreto Municipal nº 23.875/2013.

Art. 226 – Com o devido licenciamento da Administração PúblicaMunicipal, será permitida a circulação de propaganda sonora móvel na ZONAHIPERCENTRAL (ZHIC) das 08h às 18h nos dias úteis e aos sábados das 09h às13h, desde que respeitados os níveis sonoros e de velocidade previstos em leipara esta atividade.

Art. 227 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa NÍVEL II.

CAPÍTULO II

DAS PROPAGANDAS SONORAS

Art. 228 – Entende-se por propaganda sonora aquela realizada em localfixo ou móvel, por meio de veículo automotor, motocicleta, bicicleta e similares,devendo obedecer aos padrões de emissão de ruídos conforme prevê o artigo213 deste título.

Art. 229 – A licença para o exercício da propaganda em área públicaserá concedida pela Auditoria de Posturas mediante apresentação da devidadocumentação, após parecer da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ondedeverá constar a medição dos níveis sonoros realizada por Auditor Fiscal do MeioAmbiente.

§ 1º. Para autorização da propaganda sonora em local fixo será exigido:

I – CPF e R.G. do requerente, quando tratar de pessoa física, ou CPNJ eR.G. do representante legal, quando tratar de pessoa jurídica;

II – comprovante de endereço do requerente, e do estabelecimento,quando tratar de pessoa jurídica;

III – alvará de funcionamento, quando tratar de pessoa jurídica e/oufísica.

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§ 2º. Para autorização da propaganda sonora móvel será exigido:

I – CPF e R.G. do requerente, quando tratar de pessoa física, ou do CNPJe R.G do representante legal, quando tratar de pessoa jurídica;

II – comprovante de endereço do requerente, e do estabelecimento,quando tratar de pessoa jurídica;

III – CNH do condutor, quando tratar de veículo cuja habilitação sejaexigida por legislação federal;

IV– Certidão Negativa de Débitos junto ao Município de Cachoeiro deItapemirim-ES.

Art. 230 – O veículo utilizado para propaganda volante deverá ter o seualvará de licença afixado no para-brisa e em suas laterais terá o númeroexpedido pelo Poder Executivo identificando-o como veículo cadastrado noMunicípio de Cachoeiro de Itapemirim.

Art. 231 – Fica proibido o trânsito de veículos de propaganda volante amenos de 200m (duzentos metros) de: repartições públicas Municipais,Estaduais, Federais, hospitais, clínicas médicas, postos de saúde, escolas,delegacias, fóruns, cartórios e templos religiosos.

Art. 232 – A propaganda sonora, móvel ou fixa, deverá obedecer ao quedispõe a Lei Municipal nº. 5.913, de 14 de dezembro de 2006.

Art. 233 – Será permitida a propaganda sonora fixa apenas noambiente interno do estabelecimento que vier a utilizá-la, devendo o proprietáriocertificar-se de que o equipamento de som esteja voltado para dentro do recinto,desde que o som não se propague para fora.

Art. 234 – É permitido o funcionamento de aparelhos sonoros, musicais,reprodutores de discos e similares no interior dos estabelecimentos comerciaisespecializados, desde que o som não se propague para fora do recinto.

Art. 235 – Nos logradouros públicos são expressamente proibidosanúncios, pregões ou propaganda comercial, por meio de aparelhos ouinstrumentos, de qualquer natureza, produtores ou amplificadores, individuais oucoletivos, de som ou ruídos, tais como: trompas, apitos, tímpanos, campainhas,buzinas, sinos, sereias, matracas, cornetas, amplificadores, alto-falantes,tambores, fanfarras, banda, conjuntos musicais e similares.

Parágrafo único. Exceto dias festivos municipais e inaugurações deestabelecimentos comerciais devidamente autorizados.

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Art. 236 – Respondem solidariamente pelos danos e perturbações quevierem a causar, os proprietários do estabelecimento, assim como aqueles quepor eles forem contratados para atuação direta nesta atividade.

Art. 237 – A periodicidade da licença para propaganda sonora seráanual, ou por período solicitado ao Município, mediante pagamento das taxasdevidas.

Art. 238 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa NÍVEL III, com exceção do artigo 229 que será aplicada multa deNÍVEL II e do artigo 230 de NÍVEL I.

CAPÍTULO III

DOS ANIMAIS EM LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 239 – Caberá ao Poder Executivo, por meio da Secretaria Municipalde Saúde, em interface com outros órgãos do Governo, elaborar e implementarpolíticas públicas de controle de zoonoses e bem estar do animal, com umconjunto de ações para prevenir, reduzir e eliminar a morbidade e mortalidade,bem como o sofrimento dos animais, causados por maus tratos e doenças,preservando a saúde da população, protegendo-a contra zoonoses e agressõesdos animais, mediante contingenciamento de recursos, empregandoconhecimentos especializados e experiências em saúde pública.

Art. 240 – Todo guardião será responsabilizado, nos termos da lei, poragressões que seu animal cometer contra pessoas ou animais.

§ 1º. Os imóveis que possuírem animais de guarda ou decomportamento agressivo deverão ter placas indicativas da presença dessesanimais em local visível e que permita a sua perfeita leitura.

§ 2º. Os cães de guarda e de comportamento agressivo deverão sermantidos fora do alcance de compartimentos de coleta de correspondência e dosmedidores do consumo de água e luz para garantir a segurança daqueles querealizam esses serviços.

Art. 241 – Ao proprietário de animais é obrigatório:

I – recolher os excrementos de seus animais, durante o passeio diárioem vias públicas;

II – equipar o animal com coleira para manutenção do controle por alçade guia ligada por um mosquetão, enforcador ou caraná;

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III – no caso de cães de médio e grande porte, de guarda ou policiais,deverão estar equipados com focinheira capaz de impedir a mordedura.

§ 1º. O descumprimento destas regras, além das multas previstas nestecapítulo, obrigará o proprietário ao pagamento de indenização pelos custos como animal, caso este venha a ser apreendido.

§ 2º. Poderá, ainda, o proprietário responder civil e administrativamentepelas perdas e danos resultantes da inobservância desta Lei.

Art. 242 – É proibida a passagem de tropas ou rebanhos no centro dacidade, exceto em festividades devidamente autorizados pela AdministraçãoPública Municipal.

Art. 243 – Os proprietários de animais soltos em logradouros públicosresponderão conforme legislação específica de acordo com o artigo 13 doDecreto Lei 13.602 de 2001.

Art. 244 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa NÍVEL I.

CAPÍTULO IV

DA OCUPAÇÃO DE PASSEIOS, VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 245 – A regulamentação do trânsito no âmbito municipal tem oobjetivo de garantir a segurança, a ordem e o bem-estar da população, emconsonância com as leis vigentes e o Código de Trânsito Brasileiro, estabelecidopela Lei Federal 9.503 de 1997.

Art. 246 – É proibido embaraçar o trânsito ou prejudicar os pedestrespelos seguintes meios:

I – transportar volumes de grande porte nos passeios públicos;

II – conduzir nos passeios públicos veículos de qualquer espécie, excetocarro de bebê ou de locomoção de portadores de necessidades especiais;

III – amarrar animais e/ou bicicletas em postes, grades ou portas;

IV – expor produtos nas calçadas dificultando a circulação dos pedestres;

V – lavar e consertar carros em vias e passeios públicos.

Art. 247 – As atividades e operações do lavador de carro somentepoderão ser exercidas em propriedades particulares, sendo proibida a ocupação

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e utilização de passeios e vias públicas.

Art. 248 – É proibido dificultar por qualquer meio o livre trânsito depedestres ou de veículos, exceto para efeito de intervenções públicas e eventos,ou quando as exigências de segurança, emergência ou o interesse público assimdeterminar.

§ 1º. A Administração Pública Municipal poderá, em caso denecessidade, autorizar a interdição parcial ou total do logradouro público.

§ 2º. Sempre que a interrupção do trânsito se fizer necessária, aAdministração Pública Municipal colocará ou determinará a disposição desinalização, inclusive, com luminosidade noturna conforme as cores definidas noCTB, em distância compatível com a segurança do trânsito:

I – qualquer obstáculo a livre circulação e à segurança de veículos epedestres deve ser imediatamente sinalizado, tanto nas vias públicas quanto nascalçadas;

II – toda e qualquer obra ou evento, que possa perturbar ou interrompera livre circulação de veículos e pedestres, só será iniciada com a préviapermissão do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a viapública.

Art. 249 – A carga e descarga de mercadorias só serão permitidas das18h até as 09h do dia seguinte.

Parágrafo único. Administração Pública Municipal deverá providenciarpontos de carga e descarga delimitando seu espaço físico.

Art. 250 – Não é permitido nas vias e logradouros públicos:

I – conduzir veículos de tração animal e propulsão humana nas vias detrânsito rápido e arterial, exceto nas vias coletoras e locais de acordo com oCódigo de Trânsito Brasileiro;

II – encobrir, retirar ou danificar, reproduzir meios de sinalização oficial,colocados para advertência de perigo ou impedimento de trânsito;

III – efetuar construções que venham impedir ou dificultar o livretrânsito de pedestres ou veículos em logradouros públicos, exceto as efetuadaspela Administração Pública Municipal ou por ela autorizadas, desde que seja derelevante interesse público;

IV – efetuar escavações, remover ou alterar a pavimentação, levantar ourebaixar pavimento, passeios ou meios-fios, sem prévia licença da AdministraçãoPública Municipal;

V – depositar contêineres sem prévia autorização da AdministraçãoMunicipal.

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Art. 251 – A utilização do passeio público deverá priorizar a circulaçãode pedestres, com segurança, conforto e acessibilidade.

Parágrafo único. É assegurada aos pedestres a utilização dos passeiosdesde que não seja prejudicial ao fluxo.

Art. 252 – Os passeios dos logradouros públicos e áreas de afastamentofrontal poderão ser utilizados por bares para colocação de mesas e cadeiras,desde que respeitada uma faixa livre de 1,50m (um metro e cinquentacentímetros) para a circulação, e mediante pagamento de taxa referente aocupação da área.

§ 1º. Os estabelecimentos responsáveis pela colocação das mesas ecadeiras ficam obrigados a:

I – impedir o deslocamento dos equipamentos por parte dos usuáriospara além da área de ocupação autorizada;

II – manter, durante todo o horário de funcionamento, um serviço delimpeza da calçada ocupada e das áreas próximas.

§ 2º. Cabe ao proprietário do estabelecimento realizar a retirada domobiliário da área pública, após o horário de funcionamento, além de fazer alimpeza do local, sem prejuízo ao transeunte.

Art. 253 – Fica terminantemente proibido no passeio público:

I – a exposição de mercadorias de estabelecimento comercial, industrialou prestador de serviço sob marquise, toldos ou suporte, cuja proteção recaiasobre o passeio público;

II – conduzir ou estacionar veículos de qualquer espécie;

III – conduzir, trafegar ou estacionar animais de tração;

IV – utilizar dispositivos que ofereçam perigo aos pedestres, tais como:balizadores, tubos de metal, jardineiras, canteiros, prismas, cilindros deconcreto, “fradinhos” ou similares;

V – a colocação de qualquer elemento que obstrua, total ouparcialmente, o logradouro público, exceto o mobiliário urbano que atenda asdisposições desta Lei.

Parágrafo único. Fica facultado à Administração Pública Municipal odireito de determinar a utilização de dispositivos quando julgar necessário àmanutenção da segurança dos pedestres.

Art. 254 – SUPRIMIDO.

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Art. 255 - A instalação de toldo ocorrerá somente mediante autorizaçãoda Administração Pública Municipal em conformidade com as exigências previstasneste Código e no Código de Obras.

§ 1º. Define-se como toldo o mobiliário acrescido à fachada daedificação e projetado sobre o afastamento do passeio público.

I – denomina-se toldo passarela aquele utilizado exclusivamente paraproteger o acesso a edificações, sendo colocado no sentido perpendicular ouoblíquo à fachada;

II – denomina-se toldo em balanço aquele apoiado apenas na fachada;

III – denomina-se toldo cortina aquele instalado sobre marquises oulajes, com extensão vertical “planejamento”.

§ 2º. Além das exigências previstas no Código de Obras do Município, ainstalação dos toldos deverá obrigatoriamente respeitar:

I – a arborização e à iluminação pública;

II – a utilização da largura de 80% (oitenta por cento), no máximo, dalargura do passeio;

III – as áreas mínimas de iluminação e ventilação;

IV – a sinalização turística ou de trânsito, a nomenclatura do logradouroe a numeração da edificação;

V – a altura mínima de 2,5m (dois metros e cinquenta centímetros) parao trânsito de pedestres;

VI – os toldos deverão ser mantidos em perfeito estado de conservação.

Art. 256 – Deverá o Município recolher todo e qualquer material queprejudicar o livre trânsito de pedestre no logradouro público, independente denotificação.

§ 1º. Deverá o infrator arcar com todas as despesas relacionadas aotransporte e depósito dos materiais apreendidos.

§ 2º. O Município dará destinação própria ao material apreendido noprazo de 72 (setenta e duas) horas encaminhando à Receita Estadual, PolíciaFederal e Polícia Civil.

Art. 257 - Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa NÍVEL II.

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CAPÍTULO V

DO ESTACIONAMENTO

Art. 258 – O estacionamento privativo será objeto de licenciamentomediante alvará de funcionamento.

Art. 259 – É obrigatória a instalação de alarme sonoro e visual na saídadas edificações com garagens de uso coletivo, estacionamento privativo eestacionamento privado de uso comercial.

Art. 260 – O estabelecimento dedicado à atividade de estacionamentoserá responsável pela proteção dos veículos nele estacionados, respondendopelos danos a eles causados, enquanto estiverem sob sua guarda, conformelegislação pertinente.

Art. 261 – O estabelecimento comercial que presta serviço por tempodecorrido terá de tomar como fração, para fins de cobrança, o tempo de 15(quinze) minutos.

§ 1º. O valor cobrado na primeira fração, ou seja, nos primeiros 15(quinze) minutos, tem de ser o mesmo nas frações subsequentes e,necessariamente, representar parcela aritmética proporcional ao custo da horaintegral.

§ 2º. Deverá ser afixada placa, próximo à entrada do estabelecimento,com os valores devidos por permanência de 15 (quinze), 30 (trinta), 45(quarenta e cinco) e 60 (sessenta) minutos.

Art. 262 – Ficam proibidos os estacionamentos de uso privativolocalizados em vias públicas.

Parágrafo único. Na previsão do caput deste artigo, são exceções, osestacionamentos próximos aos órgãos públicos ou particulares que prestamserviços relevantes à comunidade, tais como:

a) Corpo de Bombeiros Militar;

b) Delegacias de Polícia Civil ou Polícia Federal;

c) Postos Policiais Militares;

d) Guarda Municipal;

e) Hospitais, pronto-socorro e clínicas médicas com serviço de urgênciaou emergência.

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Art. 263 – O sistema de estacionamento rotativo será permitido na sededo Município, de acordo com a Lei Municipal nº 3.972 de 1994.

Art. 264 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa NÍVEL III, com exceção dos artigos 260 e 261 que será aplicadamulta de NÍVEL IV.

TÍTULO XI

DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES

CAPÍTULO I

DA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DECOMÉRCIO, INDÚSTRIA E

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Art. 265 – Todo estabelecimento com atividade comercial, industrial,prestação de serviços e demais atividades exercidas em área privada, dependeráde prévia licença da Administração Pública Municipal no que diz respeito àinstalação, localização e funcionamento. Somente estará licenciado após aaprovação da auditoria de posturas e posterior inscrição na tributação municipal.

§ 1º. O licenciamento para estas atividades deverá ser requerido antesdo início delas.

§ 2º. Todas as atividades exercidas no Município respeitarão o queprevêem as legislações e normas municipais, estaduais e federais.

Art. 266 – O disposto neste Título complementa o previsto na legislaçãode parcelamento, ocupação e uso do solo no que diz respeito à localização deusos e ao exercício de atividades na propriedade pública e privada.

Art. 267 – A licença deverá ser requerida pelo interessado ao órgãocompetente, especificando as atividades exercidas e o local de funcionamento.

Art. 268 – O processo de licenciamento será analisado por meio daviabilidade.

Art. 269 – A licença será precedida de inspeção local e, quandonecessário, haverá aprovações de outros órgãos competentes da AdministraçãoPública Municipal.

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Art. 270 – A licença para o funcionamento, concedida pelaAdministração Pública Municipal, dependerá da atividade a que se destina, dotipo das edificações e das instalações de todo e qualquer estabelecimento.

Parágrafo único. Deverá, ainda, ser vistoriada pelo órgão competentequanto às condições:

I – compatibilidade da atividade com o que prevê o Plano DiretorMunicipal;

II – adequação às exigências previstas no Código de Obras;

III – vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, quanto àprevenção de incêndios e à manutenção da segurança no local;

IV – adequação ao Código de Posturas relativo à segurança, à moral e aosossego público;

V – adequação quanto à higiene pública e proteção ambientalconcernente ao Código Sanitário do Município e ao Código Municipal de MeioAmbiente.

Art. 271 – Para efeito de fiscalização, o alvará de localização efuncionamento devidamente atualizado, deverá estar em local visível ao público,devendo ainda ser apresentado à autoridade competente sempre que solicitado.

Parágrafo único. O documento de licenciamento terá validade máximade 01 (um) ano.

Art. 272 – Os estabelecimentos de que trata este capítulo deverãosolicitar permissão à Administração Pública Municipal que verificará, por meio deseus órgãos competentes, as exigências da legislação em vigor no que se referea:

I – mudança de endereço;

II – alteração de atividade desenvolvida;

III – SUPRIMIDO.

IV – alteração da área de anúncios publicitários;

V – alteração de área do estabelecimento.

Art. 273 – A abertura e o funcionamento dos estabelecimentosprestadores de serviço, com prazo determinado, deverão respeitar os preceitosda legislação federal que regula o contrato de duração e as condições detrabalho.

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Art. 274 – A edificação destinada total ou parcialmente às atividadesque atraiam um alto número de pessoas está sujeita à elaboração de laudotécnico descritivo de suas condições de segurança.

§ 1º. O laudo previsto no caput deve ser de autoria de profissionalcompetente, com a respectiva anotação de responsabilidade técnica junto aoConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Espírito Santo(CREA/ES).

§ 2º. O regulamento deste Código estabelecerá, com relação ao laudotécnico:

I – a listagem das atividades, conforme o porte e características;

II – a relação e o NÍVEL de detalhamento mínimos dos itens desegurança que deverão constar na análise para cada tipo de atividade;

III – o prazo de validade será de 01 (um) ano.

§ 3º. O laudo técnico e suas respectivas renovações, em inteiro teor,serão arquivados no órgão competente do Poder Executivo, para fins defiscalização.

§ 4º. SUPRIMIDO.

Art. 275 – A licença será suspensa quando o estabelecimento nãocumprir as exigências e pagamentos de multas previstas nesta Lei. Caso oestabelecimento permaneça no descumprimento da previsão legal descritasneste Código, sua licença será cassada.

Art. 276 – A licença de localização poderá ser cassada: I – por solicitação de autoridade competente, mediante provas de

irregularidades; II – quando a atividade exercida diferir da requerida; III – como medida de prevenção à saúde, à moral, à segurança, ao

sossego público, ou ainda por necessidade de preservação ambiental;IV – caso o licenciado se recuse a apresentar o alvará de localização e

funcionamento quando solicitado.

Art. 277 – A cassação da licença resultará na interdição e nofechamento imediato do estabelecimento, independente da aplicação da multa.

Art. 278 – Na infração ao artigo 271 será aplicada multa NÍVEL I; aosartigos 265 e 272, multa de NÍVEL II; e, ao artigo 274, multa NÍVEL IV.

SEÇÃO I

DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS

Art. 279 – É vedada aos estabelecimentos comerciais, a venda de

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produtos alcoólicos, derivados do tabaco, e produtos à base de solventes amenor de 18 (dezoito) anos.

Parágrafo único. O comerciante deverá afixar aviso destadeterminação em local visível, no interior do seu estabelecimento.

Art. 280 – É expressamente proibido fumar no interior de bares,restaurantes, bibliotecas, cinemas, teatros, casas de espetáculo e demaisrecintos abertos ao público.

Parágrafo único. A exceção deste caput será permitida em locais quepossuam áreas reservadas para fumantes.

Art. 281 – Todo estabelecimento comercial ou prestador de serviço,cujo atendimento diário seja superior a 200 (duzentas) pessoas, deverá disporem seu interior, em local de fácil acesso, de água filtrada para consumo dosusuários durante seu horário de funcionamento.

Art. 282 – SUPRIMIDO.

Art. 283 – É permitida a exposição de produto fora do estabelecimento,nos afastamentos laterais, frontal, de fundo ou da respectiva edificação, desdeque se utilizem para tanto vitrine, banca ou similares, sem que a projeçãohorizontal avance sobre o passeio público ou comprometa o trânsito e asegurança de pedestres.

Parágrafo único. A exposição de produto fora do estabelecimento nãopode avançar sobre o passeio, mesmo quando se tratar de edificação construídasobre o alinhamento, sem afastamento frontal.

Art. 284 – Ressalvadas as hipóteses autorizadas neste Código, éproibido:

I – apregoar a prestação de serviços e a venda de mercadorias nologradouro público;

II – prestar serviços ou vender mercadorias no logradouro público;

III – afixar produtos em toldos;

IV – afixar produtos e publicidade em postes, exceto mobiliário urbano,conforme dispuser o regulamento.

Art. 285 – Na infração a qualquer artigo desta Seção será aplicadamulta de NÍVEL II exceto ao artigo 279 que será aplicada multa de NÍVEL IV.

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SEÇÃO II

DA ATIVIDADE PERIGOSA

Art. 286 - A atividade perigosa é aquela relacionada à fabricação, àguarda, ao armazenamento, à comercialização, à utilização ou o transporte deproduto explosivo, inflamável ou químico de fácil combustão.

Parágrafo único. SUPRIMIDO.

Art. 287 – O exercício de atividade perigosa se sujeita a processo préviode licenciamento, devendo o requerimento inicial estar instruído com:

I – laudo de responsabilidade técnica de profissional habilitado, queateste o atendimento às normas de segurança pertinentes;

II – comprovação de contratação de seguro de responsabilidade civil emfavor de terceiros.

§ 1º. O laudo de responsabilidade técnica de profissional habilitadopoderá determinar a adaptação do equipamento, da instalação e do veículo,conforme o caso, por motivo de segurança, fixando o prazo para suaimplementação.

§ 2º. O licenciado deverá apresentar comprovação de renovação doseguro e do laudo de responsabilidade técnica de profissional habilitado, ao finaldo prazo de validade respectiva.

§ 3º. Aplicam-se as regras deste artigo mesmo que a atividade perigosanão seja a única exercida no local.

Art. 288 – A atividade relacionada com fabricação, guarda,armazenamento, comercialização, utilização ou transporte de produto explosivo,inflamável ou químico, de fácil combustão, contratará seguro contra incêndio emfavor de terceiros.

§ 1º. A apólice de seguro cobrirá qualquer dano material causado aterceiros instalados ou residentes no imóvel onde tenha ocorrido o incêndio.

§ 2º. A estocagem máxima de pólvora permitida no estabelecimentovarejista que comercializa fogos de artifício é de 20 kg (vinte quilogramas).

Art. 289 – O transporte de produto perigoso deverá atender àsexigências da legislação específica.

Art. 290 – Na infração a qualquer artigo desta seção será aplicadamulta de NÍVEL IV.

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SEÇÃO III

DAS AGÊNCIAS BANCÁRIAS

Art. 291 – É obrigatória a instalação de porta eletrônica de segurançaindividualizada em agências bancárias e instituições financeiras, nos acessosdestinados ao público, com detector de metais, travamento, retorno automáticoe abertura para entrega de metais ao vigilante, e também a instalação debiombos ou estruturas similares nas bocas de caixas e caixas eletrônicos.

Parágrafo único. Todas as agências bancárias e instituições financeirasdeverão realizar as adequações no prazo de 120 (cento e vinte) dias após apublicação desta Lei.

Art. 292 – Todas as agências bancárias e instituições financeirasdeverão adequar o acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais ouque apresentem dificuldades de mobilidade e saúde.

Art. 293 – Na infração a qualquer artigo desta seção será aplicadamulta de NÍVEL V.

SEÇÃO IV DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS

Art. 294 – Os postos de combustíveis deverão respeitar o que prevê oCódigo de Meio Ambiente quanto à instalação e funcionamento, assim como oPlano Diretor Municipal, o Código de Obras e as normas Federais pertinentes.

Art. 295 – Além do rebaixamento do meio-fio, os postos decombustíveis, com acesso direto por meio de logradouro público, são obrigados aprovidenciar a sinalização e definição dos locais de entrada e saída de veículos.

Art. 296 – Os postos deverão disponibilizar a tabela de preços aoconsumidor, instalando-a em lugar visível.

Art. 297 – É expressamente proibido:

I – instalação e a operação de bombas do tipo auto-serviço deabastecimento de combustível em todo o Município;

II – o uso do espaço físico para festas e eventos de qualquer naturezaque venham trazer aglomeração de público;

III – permitir que frequentadores de festas e eventos realizados nasproximidades utilizem-se da área dos postos de combustíveis para

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estacionamento.

Art. 298 – No caso de locação ou arrendamento de postos de gasolina,o locador e o locatário responderão solidariamente pela infração, e a penalidadeaplicada será conforme o que prevê o artigo 304 desta Lei.

Art. 299 – Na infração a qualquer dispositivo desta seção será impostamulta de NÍVEL IV.

SEÇÃO V

DAS CASAS DE ENTRETENIMENTO E CASAS DE SHOWS

Art. 300 – As casas de diversão, de shows, salão de eventos, clubessociais e recreativos, incluindo as casas de jogos eletrônicos, lan houses esimilares, deverão obedecer às normas estabelecidas nesta seção e às normasdo Juizado da Infância e Juventude do Município e o Estatuto da Criança e doAdolescente.

Art. 301 – Os proprietários de estabelecimentos comerciais, casas deshows, clubes recreativos e similares serão responsáveis pela manutenção daordem pública no interior do estabelecimento.

Art. 302 – Nos casos de eventos e shows, será obrigatória a contrataçãode serviço particular de segurança e guarda devidamente legalizado e licenciadopela autoridade competente. A cópia autenticada do contrato da prestação deserviço e do alvará de funcionamento da empresa de segurança deverá serprotocolada junto à fiscalização de Posturas no prazo máximo de 10 (dez) diasantes da realização do evento e show.

Parágrafo único. No caso de descumprimento deste artigo serásuspenso o evento e, concomitantemente, será aplicada a multa.

Art. 303 – É proibido colar cartazes de propagandas de shows e eventosem fachadas de edificações, postes, tapumes, pontos de ônibus, placas desinalização e muros.

§ 1º. Responderão solidariamente pela infração o estabelecimento ondeo evento será realizado, os promotores e os responsáveis pela divulgação doevento.

§ 2º. Os responsáveis pela infração serão notificados para retirar oscartazes no prazo de 24 horas, sem prejuízo da multa prevista no artigo 306.

Art. 304 – Todo estabelecimento destinado ao entretenimento e

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diversão do público deverá colocar em local visível o alvará de funcionamento, oalvará de vistoria e liberação do corpo de bombeiros, bem como a capacidademáxima de ocupação, e dispor de todos os equipamentos de segurança exigidospelo Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo.

§ 1º. É expressamente proibido extrapolar a lotação máxima emqualquer estabelecimento de diversão e entretenimento.

§ 2º. Os equipamentos de segurança deverão conter instruções de uso,devendo o local dispor de rotas de fuga, inclusive em caso de sinistro e pânico.

§ 3º. Caso o estabelecimento venha a ser motivo de reclamações quantoao ruído excessivo, ele poderá vir a sofrer alterações quanto ao seu horário defuncionamento pela Auditoria de Posturas, sem prejuízo às sanções do artigo 8ºdesta Lei.

§ 4º. Em realização de shows e eventos fica proibida a cobrança deestacionamento em via pública de qualquer espécie.

§ 5º. Fica concomitantemente responsável por todo e qualquer dano ouinfração a esta seção o locador e o locatário dos referidos espaços físicos usados.

Art. 305 – Torna-se obrigatório a presença de Salva Vidas em locaisvisíveis e próximos às piscinas e ou represas de Clubes, Parques Aquáticos esimilares no âmbito do Município.

Art. 306 – Na infração aos artigos 301 e 302 desta seção será aplicadamulta de NÍVEL IV, ao artigo 303 multa de NÍVEL III e aos artigos 304 e 305multa de NÍVEL I.

TÍTULO XII

DOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E DEMAIS MENSAGENS NA PAISAGEM URBANA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 307 – Esta Lei dispõe sobre a ordenação dos elementos decomunicação na paisagem urbana do Município, visando assegurar o bem-estarestético, cultural e ambiental da população, disciplinando a exibição depublicidade por meio de anúncio visual que se revele ao público, valendo-se aqualquer título de áreas públicas ou particulares.

§ 1º. Considera-se paisagem urbana o espaço aéreo e a superfícieexterna de qualquer elemento natural ou construído, visíveis por qualquerobservador situado em áreas de uso comum.

§ 2°. Entende-se por publicidade a promoção ou divulgação de marca,nome, produto ou serviço próprio ou de terceiro.

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§ 3°. Consideram-se anúncios quaisquer instrumentos ou veículos decomunicação visual, inclusive aqueles que contiverem apenas dizeres, desenhos,cores, siglas, dísticos ou logotipos indicativos ou representativos de nomes,marcas, produtos, serviços, locais ou atividades de pessoas físicas, jurídicas ououtras unidades econômicas ou profissionais mesmo aqueles fixados em veículosde transporte de qualquer natureza.

§ 4°. Revela-se público qualquer anúncio exibido em locais expostos aopúblico, inclusive no interior de edificações e de veículos de transporte público,individual ou coletivo, de passageiros.

Art. 308 – Compete ao Prefeito, ao Secretário Municipal da Fazenda e àSecretaria Municipal a qual a Auditoria de Posturas estiver vinculada, autorizar aexibição de publicidade na forma deste Código.

Parágrafo único. Após a outorga da autorização, as guias parapagamento da Taxa de Autorização de Publicidade serão emitidas pela SecretariaMunicipal de Fazenda.

Art. 309 – A concessão de autorização para exibição de anúncios seráoutorgada a título precário, discricionário e intransferível, em consonância comas medidas de proteção ambiental e defesa paisagística, e com critérios deconveniência e oportunidade aplicáveis, podendo ser revogada a qualquer tempopela autoridade competente, mediante despacho fundamentado no interessepúblico, e não importará:

I – o reconhecimento de direitos e obrigações concernentes a relaçõesjurídicas de direito privado;

II – a quitação ou prova de regularidade do cumprimento de obrigaçõesadministrativas ou tributárias.

Art. 310 – Deferida a concessão e após o pagamento da Taxa deAutorização de anúncios publicitários deverá ser aposto carimbo no projetoaprovado, contendo as seguintes informações:

I – número do processo de autorização;

II – nome e cargo da autoridade que concedeu a autorização;

III – nata do deferimento;

IV – número da guia de recolhimento da Taxa de Autorização dePublicidade;

V – assinatura e matrícula do Auditor Fiscal de Posturas que apôs ocarimbo.

Art. 311 – As publicidades serão fiscalizadas a qualquer tempo, a fim dese verificar a manutenção das condições que possibilitaram a autorização, bemcomo o cumprimento das obrigações tributárias, nos termos da Lei n.° 5.394 de

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2002 (Código Tributário do Município).

Parágrafo único. Compete exclusivamente aos Auditores Fiscais dePosturas a fiscalização, segurança e exibição de publicidade no Município deCachoeiro de Itapemirim.

Art. 311-A – VETADO.

CAPÍTULO II

DA CLASSIFICAÇÃO DOS ANÚNCIOS

Art. 312 – Anúncio é todo e qualquer veículo de comunicação visualpresente na paisagem visível do logradouro ou em qualquer lugar de acesso aopúblico, composto de área de exposição e estrutura, subdividindo-se em:

I – anúncio indicativo: aquele que visa identificar, no próprio local daatividade, os estabelecimentos, profissionais, marcas e serviços;

II – anúncio publicitário: aquele destinado à veiculação de publicidade,instalado e/ou divulgado fora do local onde se exerce a atividade;

III – anúncio especial: aquele que possui características específicas taiscomo:

a) culturais – quando for parte de programa cultural, de revitalização ouembelezamento da cidade, ou fizerem alusão a datas de valor histórico;

b) educativos – quando forem de cunho informativo ou de orientaçãosocial, religiosa, ou ainda de programas político-ideológicos em caso deplebiscitos ou referendos populares, respeitada a legislação eleitoral;

c) eleitorais – quando destinados à propaganda de partidos políticos oude seus candidatos, em conformidade com a legislação eleitoral;

d) imobiliários – quando destinados à informação para aluguel ou vendade imóvel e devem estar afixados no imóvel e sua área não pode ultrapassar2m² (dois metros quadrados).

§ 1º. Os anúncios indicativos somente serão permitidos nas fachadasdas edificações, nas testadas das marquises, sobre e sob essas edificações, emtoldos e bambinelas, respeitadas as restrições existentes nas áreas onde houverlegislação específica.

§ 2º. A veiculação de anúncios especiais com finalidade cultural não serásuperior a 30 (trinta) dias. Os casos excepcionais serão regulamentadosmediante decreto do Poder Executivo.

§ 3º. Cabe à Administração Pública Municipal determinar o espaçoreservado para o patrocinador nos anúncios especiais com finalidade cultural oueducativa em eventos organizados pela municipalidade.

Art. 313 – São considerados anúncios publicitários os cartazes,

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panfletos, banners, engenhos de publicidade e similares.

Art. 314 – De acordo com as características que possuem, os anúnciosclassificam-se em:

I – simples, os que, cumulativamente:

a) veiculem mensagem indicativa ou institucional;

b) possuam área igual ou inferior a 1,00m² (um metro quadrado);

c) não possuam dispositivo de iluminação ou animação;

d) não possuam estrutura própria de sustentação;

II – complexos: todos os demais anúncios que não se enquadrem nadescrição contida no inciso I deste artigo.

Art. 315 – Quanto à iluminação, os anúncios serão classificados como:

I – simples – anúncios sem iluminação ou com iluminação externa;

II – luminosos – quando a fonte luminosa é parte integrante do conjuntode veiculação do anúncio.

Art. 316 – É considerada publicidade obrigatória aquela cuja instalaçãoe exibição está determinada em legislação Federal, Estadual ou Municipal.

Parágrafo único. Em face da obrigatoriedade de exibição, talpublicidade não se inclui nas disposições deste Código, desde que não veiculemensagem publicitária.

Art. 317 – Para os efeitos desta Lei, não são considerados anúncios:

I – denominações de prédios e condomínios;

II – mensagens obrigatórias por legislação Federal, Estadual ouMunicipal;

III – mensagens indicativas da Administração Pública Municipal.

Art. 318 – Para efeito desta Lei, consideram-se engenhos de divulgaçãode propaganda e publicidade:

I – “outdoor” – engenho fixo, de uma ou mais faces, destinado àcolocação de cartazes em papel ou lona, substituíveis periodicamente, com ousem iluminação artificial;

II – painel ou placa – engenho fixo ou móvel, de uma ou mais faces,constituída por materiais que, expostos por longo período de tempo, não sofremdeterioração física substancial, caracterizando-se pela baixa rotatividade demensagem, sendo iluminada ou não;

III – painel luminoso tipo “front light”, “back light” – engenhopublicitário, de dimensão variável, com lâmpadas que iluminam a mensagem,

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frontalmente ou internamente, apoiado sobre estrutura própria, feita de materialresistente e com área publicitária;

IV - painel luminoso tipo “front light triedro” – engenho publicitário, dedimensão variável, com lâmpadas que iluminam a mensagem, frontalmente,apoiado sobre estrutura própria, feito de material resistente; dispõe de diversostriedros em linha, que rodam ao mesmo tempo, permitindo a visualização de trêsmensagens em sequência;

V – “busdoor” – é a publicidade veiculada no vidro traseiro dos ônibus dosistema público do transporte coletivo;

VI - “taxidoor” – publicidade veiculada no vidro traseiro dos veículos detransporte individual de passageiros (táxis);

VII – painéis em empena cega- são grandes estruturas para a veiculaçãode propagandas em paredes cegas (paredes sem janelas) de edifícios;

VIII – É mídia de utilidade de distribuição de mensagens publicitárias einformações de utilidade pública, com formato semelhante ao de uma grandetelevisão.

§1º - Fica garantido a Administração Pública a utilização de parte doespaço de engenho de publicidade, descrito no Artigo 324 – VII painel eletrônicoou digital para informações gratuita de utilidade pública, tais como: campanhade vacinação, saúde preventiva, eventos culturais, meio ambiente e similares.

§2º - A rede hospitalar do município, sem fins lucrativos, terágratuidade para divulgação em saúde preventiva, campanha de doação desangue e de combate ao câncer.

CAPÍTULO III

DOS LOCAIS DE INSTALAÇÃO

Art. 319 – Em qualquer hipótese é vedada a instalação e manutençãode anúncios publicitários:

I – em árvores;

II – nos semáforos e outras sinalizações de trânsito;

III – em parques e jardins;

IV – em área florestada;

V – nos corpos d’água, tais como rios, lagoas, lagos e congêneres,

VI – nos dutos de abastecimento de água, hidrantes e caixas d’água;

VII – sobre faixas de domínio nas rodovias e ferrovias;

VIII – em edificação de uso exclusivamente residencial e na parteresidencial da edificação de uso misto, exceto em empena cega, desde que aedificação tenha, no mínimo, 05 (cinco) andares e esteja localizada em via

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arterial ou principal;

IX – nos afastamentos laterais e de fundos das edificações, ressalvada ahipótese prevista no inciso VI do artigo 320;

X – em toldos, exceto anúncios classificados como indicativo na testeirafrontal do toldo, limitado à altura máxima de 0,30m (trinta centímetros);

XI – em gradis ou em qualquer elemento translúcido utilizado paravedação;

XII – em coberturas de edificações de qualquer tipologia;

XIII – cobrindo total, ou parcialmente, portas e janelas ou em posiçãoque altere as condições de circulação, ventilação ou iluminação da edificação;

XIV – na área de afastamento frontal do lote em obras;

XV – na área de afastamento frontal mínimo do lote edificado localizadonas vias arterial e principal;

XVI – em obra paralisada e tapumes em geral;

XVII – onde obstruam a visão de referenciais simbólicos como edifícioshistóricos e obras de arte;

XVIII – em obras públicas de arte, salvo para identificação do autor;

XIX – que veicule mensagem:

a) de apologia à violência, ao sexo ou crime de qualquer natureza;

b) contrária ao pluralismo filosófico, ideológico, religioso ou político;

c) que promova a exclusão social ou discriminação de qualquer tipo;

XX – em postes e muros situados em qualquer local da cidade, excetoaqueles destinados à veiculação de programação de eventos culturaispromovidos pelo Município;

XXI – em local que prejudique a visão de sinalização de trânsito e deorientação à população;

XXII – nas edificações tombadas, conjuntos urbanos protegidos e emmonumentos públicos, salvo os anúncios classificados como culturais eeducativos.

Art. 320 – Respeitado o disposto nesta Lei e as regras previstas nestecapítulo, a instalação de anúncios somente será permitida nos seguintes locais:

I – em terreno ou lote vago lindeiro à via arterial ou principal, limitada02(dois) anúncios por face de quadra;

II – em empena cega de edificações situadas em vias arterial ouprincipal;

III – sobre o solo na área de afastamento frontal em lotes edificados,localizados nas vias classificadas como arterial ou principal, exceto noafastamento frontal mínimo, limitado a dois anúncios por face de quadra;

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IV – na fachada frontal das edificações, em paralelo, perpendicular ouoblíquo;

V – em terrenos não parcelados, limitado a 2 (dois) anúncios a cada100m (cem metros);

VI – em imóvel destinado exclusivamente a fins comerciais que possuamárea lateral não edificada, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintescondições:

a) a área lateral não edificada tenha, no mínimo, 150,00m² (cento ecinquenta metros quadrados);

b) esteja situado em via arterial ou principal;

c) o anúncio seja instalado inteiramente na área lateral e não avancesobre o afastamento frontal do imóvel.

Art. 321 – É permitida a instalação de anúncios publicitários no espaçoaéreo da propriedade, em caráter provisório, durante o evento que nela serealize, desde que licenciado para esse fim.

Art. 322 – Na infração à qualquer dispositivo deste capítulo seráaplicada multa de NÍVEL IV.

CAPÍTULO IV

DAS CONDIÇÕES PARA INSTALAÇÃO

Art. 323 – A altura máxima para instalação do engenho de publicidade éde 15m (quinze metros), exceto quando instalado:

I – em empena cega e painel front;

II – em pedestal com logotipo ou logomarca na extremidade, nos postosde abastecimento de combustíveis e concessionárias de automóveis, com alturamáxima de 18 m (dezoito metros).

§ 1°. A altura a que se refere este artigo é contada do ponto médio dopasseio no alinhamento.

§ 2°. A projeção do engenho de publicidade deve estar contida noslimites do lote no qual ele estiver instalado, não sendo admitido avançar sobrelote vizinho ou sobre logradouro público.

Art. 324 – O anúncio luminoso não poderá ser instalado em posição quepermita a reflexão de luz nas fachadas laterais e de fundos dos imóveiscontíguos ou que interfira na eficácia dos sinais luminosos de trânsito.

Art. 325 – O engenho de publicidade instalado sobre empena cega

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poderá ocupar até 50% (cinquenta por cento) da área da empena sobre a qualse apoia.

§ 1°. É permitida a fixação de apenas 01 (um) engenho de publicidadena empena cega da edificação.

§ 2°. É permitida a utilização de apenas 01 (uma) empena cega poredificação.

§ 3°. A iluminação em empena cega deverá ser direcionadaexclusivamente ao engenho de publicidade.

Art. 326 – O anúncio instalado em paralelo à fachada deverá atenderaos seguintes requisitos:

I – Um anúncio para cada estabelecimento, observada a altura máximade 15 m (quinze metros);

II – estar alinhado com a fachada, não podendo se projetar além desta;

III – apresentar espessura máxima de 0,20m (vinte centímetros);

IV – apresentar altura mínima de 2,30m (dois metros e trintacentímetros), medida entre o ponto mais baixo do anúncio e o ponto mais altodo passeio.

Art. 327 – O anúncio instalado em posição perpendicular ou oblíquo àfachada obedecerá ao seguinte:

I – 1 (um) anúncio para cada estabelecimento observada a alturamáxima permitida de 9,00 m (nove metros);

II – ter projeção com comprimento máximo de 2/3 (dois terços) dalargura do passeio limitada a 1,50m (um metro e cinquenta centímetros);

III – apresentar espessura máxima igual a 0,05m (cinco centímetros), seiluminado, e de até 0,20m (vinte centímetros), se luminoso;

IV – estar instalado a uma altura mínima de 2,30m (dois metros e trintacentímetros), medidos entre o ponto mais baixo do anúncio e o passeio.

Art. 328 – A área máxima de exposição do anúncio indicativo nafachada da edificação será de:

I – 2,50m² (dois metros e cinquenta centímetros quadrados) paraedificações com até 10,00 m(dez metros) de testada;

II – 5,00m² (cinco metros quadrados) para edificações que apresentementre 10,01 m (dez metros e um centímetro) e 50,00 m (cinquenta metros) detestada;

III- 10,00m² (dez metros quadrados) para edificações que apresentementre 50,01m (cinquenta metros e um centímetro) e 100,00m (cem metros) detestada;

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IV- 14,00m² (quatorze metros quadrados) para edificações com mais de100,01 (cem metros e um centímetro) de testada.

Parágrafo único. Fica autorizada a instalação de plotagem adicional emportas de vidros e vitrines dos estabelecimentos térreos limitada à área de 50%(cinquenta por cento) de cada vitrine.

Art. 329 – Visando assegurar condições estéticas e de segurança, oPoder Executivo poderá regulamentar a utilização de materiais de execução eacabamento dos anúncios de publicidade.

Art. 330 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráimposta multa de NÍVEL II.

CAPÍTULO V

DO LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO

Art. 331 – A instalação de anúncios se sujeita a processo prévio delicenciamento, mediante requerimento ao Poder Executivo, do qual resultarádocumento de licenciamento próprio, expedido a título precário.

§ 1°. Ficam dispensados da exigência de que trata o caput deste artigoos anúncios classificados como indicativo.

§ 2°. Para o licenciamento dos engenhos de publicidade descritos nosincisos I, III, IV, VII e VIII do artigo 318 desta lei serão exigidos requerimentoassinado por empresa que tenha como objeto social a exploração de atividadesrelacionadas à exploração de publicidade e/ou mídia externa, e a indicação doresponsável técnico pela sua instalação, devidamente registrado no CREA.

§ 3°. A publicidade divulgada em mobiliários urbanos será submetida aregulamento próprio.

§ 4º. Com exceção da indicação do responsável técnico, ficamdispensadas das exigências inseridas no caput e nos parágrafos anteriores osanúncios e engenhos de divulgação de propaganda e publicidade instalados porigrejas e templos religiosos em suas dependências, desde que para fins dedivulgação de suas atividades e programações, ou de Associações, Convençõesou outras Instituições das quais seja participante.

Art. 332 – Expedido o documento de licenciamento, será obrigatória,em espaço do próprio anúncio publicitário, a indicação da sua respectivainscrição municipal e do nome do licenciado.

Art. 333 – Qualquer alteração quanto ao local de instalação, à dimensãoe à propriedade do anúncio publicitário implica novo e prévio licenciamento.

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Art. 334 – Não poderá permanecer instalado o engenho publicitário:

I – com alvará vencido;

II – que veicule mensagem relativa a estabelecimento desativado;

III – que esteja em mau estado de conservação nos aspectos visual eestrutural;

IV – que acarrete risco à segurança dos ocupantes das edificações e àpopulação em geral;

V – não atenda aos requisitos desta Lei;

VI – não obedeça ao padrão fixado pelo Poder Executivo.

Art. 335 – Ocorrendo a retirada do engenho, fica o responsávelobrigado a providenciar sua baixa, junto ao órgão municipal competente.

Art. 336 – Para fins de fiscalização, serão considerados corresponsáveispelo anúncio publicitário:

I – a pessoa física ou jurídica titular do estabelecimento onde seencontra instalado o anúncio e qualquer pessoa que nele figure comoanunciante;

II – o proprietário do imóvel, edificado ou não, onde se encontrainstalado o anúncio e o anunciante;

III – o condomínio e a empresa administradora do condomínio, em casode anúncio instalado em edifício condominial;

IV – o titular da permissão para exploração do serviço de transportepúblico individual de passageiros, em se tratando de anúncio instalado emveículo;

V – o subconcessionário e a empresa concessionária do Sistema deTransporte Público do Município de Cachoeiro de Itapemirim, em se tratando deanúncio instalado em veículo de transporte público coletivo de passageiros;

VI – a concessionária do mobiliário urbano;

VII – o anunciante, em se tratando de engenho de publicidade instaladono mobiliário urbano, no momento da diligência fiscal;

VIII – o promotor do evento e o proprietário do imóvel, em se tratandode engenho de publicidade instalado em feira, exposição, festival, congresso esimilares;

IX – o promotor do evento realizado em logradouro público, em setratando de engenho de publicidade instalado no local.

§ 1°. No caso de anúncio indicativo instalado irregularmente, serãoresponsabilizados o proprietário do anúncio e, subsidiariamente, o proprietáriodo imóvel.

§ 2°. Nos demais casos de engenhos de publicidade instalados

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irregularmente, serão responsabilizados, individualmente, o anunciante, aagência de publicidade, o proprietário do engenho, o dono do imóvel e oresponsável pela sua instalação no que couber.

§ 3°. No caso de edificações de múltiplos usuários, o condomínio seráconsiderado responsável pelo anúncio instalado no local, pelo que respondemsolidariamente os coproprietários do imóvel, mesmo quando não constituídoformalmente o condomínio.

Art. 337 – Constatada a irregularidade do engenho, ficam osresponsáveis obrigados a removê-lo no prazo fixado na notificação, sob pena deaplicação de multa, conforme dispuser o regulamento desta Lei.

§ 1°. Não removido o engenho irregular pelo responsável, o PoderPúblico procederá à remoção, mantendo, em qualquer hipótese, a multa.

§ 2°. Enquanto não realizada a remoção do engenho, nos termos dodisposto no § 1° deste artigo, o Poder Público poderá sobrepor a ele tarja alusivaà irregularidade ou cobri-lo total ou parcialmente.

Art. 338 – Os panfletos, anúncios e similares a serem distribuídos emvias e logradouros públicos estarão sujeitos à autorização da Auditoria dePosturas mediante pagamento de taxas, desde que protocolados em até 3 (três)dias antes do evento e deverão conter a identificação fiscal do anunciante (CNPJou Inscrição Municipal).

§ 1º. No ato da distribuição, quando solicitada, a autorização deverá serapresentada ao Auditor Fiscal.

§ 2º. Todo anúncio distribuído em área pública deverá conter amensagem “não jogue este impresso em via pública”.

Art. 339 – Na infração a qualquer dispositivo deste capítulo seráimposta multa de NÍVEL III.

CAPÍTULO VI

DO CADASTRO

Art. 340 – O engenho de publicidade deverá integrar cadastro municipalespecífico e será disponibilizado um número de inscrição para cada engenho,cujos elementos darão suporte ao exercício do poder de polícia.

Art. 341 – A inscrição individual do engenho de publicidade no cadastroserá feita:

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I – mediante solicitação do responsável;

II – de ofício, com base nas informações obtidas pelo Poder Executivo;

III – por órgãos da Administração Pública direta ou indireta do Município,em se tratando do anúncio instalado em ônibus, táxi ou mobiliário urbanovinculado àquele serviço.

Parágrafo único. A área do engenho de publicidade será arbitrada peloagente público responsável quando sua apuração for impedida ou dificultada.

TÍTULO XIII

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 342 – Na aplicação dos dispositivos desta Lei e no exame,apreciação e decisão relativa aos atos administrativos nela previstos, aAdministração Pública Municipal valer-se-á dos preceitos, institutos, categoriasjurídicas e princípios gerais de direito constitucional, civil, processual,administrativo, tributário e jurisprudência consolidada.

Art. 343 – O Poder Executivo Municipal regulamentará via Decreto apresente Lei, cujo conteúdo guardará o restrito alcance legal.

Art. 344 – VETADO.

Art. 345 – Ficam revogadas às disposições contrárias a esta Lei, emespecial Lei nº 1.124/67 e suas posteriores alterações.

Cachoeiro de Itapemirim, 02 de julho de 2015.

CARLOS ROBERTO CASTEGLIONE DIAS

Prefeito Municipal

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SUMÁRIO

TÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (ART. 1 AO 4)

TÍTULO II – DOS PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO E DO LICENCIAMENTOCAPÍTULO I – DO PODER DE POLÍCIA (ART. 5 E 6)CAPÍTULO II – DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS (ART. 7 AO 21) CAPÍTULO III – DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS (ART. 22 AO 27)CAPÍTULO IV – DO LICENCIAMENTO (ART. 28 AO 32)SEÇÃO I – DO ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO DE USO (ART. 33 E 34) SEÇÃO II – DO ALVARÁ DE PERMISSÃO DE USO (ART. 35 E 36)SEÇÃO III– DA CONCESSÃO DE USO (ART. 37 E 38) SEÇÃO IV – DO ALVARÁ DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO (ART. 39 E 40)

TÍTULO III – DOS BENS PÚBLICOS (ART. 41 E 42)CAPÍTULO I – DA NOMENCLATURA E NUMERAÇÃO DOS LOGRADOUROS E BENSPÚBLICOS (ART. 43 A 49)

TÍTULO IV – DO USO E OCUPAÇÃO DA ÁREA PÚBLICA (ART. 50 E 51)CAPÍTULO I – DO COMÉRCIO AMBULANTE (ART.52 A 55)CAPÍTULO II – DOS PERMISSIONÁRIOSSEÇÃO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (ART.56 A 72) SEÇÃO II – DOS MERCADOS PÚBLICOS E FEIRAS LIVRES (ART. 73 A 87)SEÇÃO III – DAS BANCAS DE JORNAIS E REVISTAS (ART. 88 A 99)SEÇÃO IV – DAS BANCAS DE FLORES E PLANTAS (ART. 100 A 105)SEÇÃO V – DO COMÉRCIO DE ALIMENTOS (ART. 106 A 113)SEÇÃO VI – DOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS EM ÁREA PÚBLICA (ART. 114 A118)CAPÍTULO III – DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, ENERGIA ELÉTRICAE SIMILARES (ART.119 A 121)

TÍTULO V – DAS ATIVIDADES DE DIVERSÃO (ART. 122 A 132)

TÍTULO VI – DOS CEMITÉRIOS, CREMATÓRIOS E CAPELAS MORTUÁRIAS (ART.133 A 140)

TÍTULO VII – DAS CONDIÇÕES DA HIGIENE PÚBLICACAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (ART. 141 E 142)SEÇÃO I – DA HIGIENIZAÇÃO DAS VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS (ART. 143A 148)SEÇÃO II – DOS EDIFÍCIOS E HABITAÇÕES INDIVIDUAIS E COLETIVAS (ART.149 A 152)SEÇÃO III – DOS TERRENOS E LOTES (ART. 153 A 162)

TÍTULO VIII – DA OBRA NA PROPRIEDADE E DE SUA INTERFERÊNCIA EM

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LOGRADOURO PÚBLICOCAPÍTULO I – DO TAPUME (ART. 163 A 168)CAPÍTULO II – DO BARRACÃO DE OBRA (ART. 169 A 172)CAPÍTULO III – DA CAÇAMBA (ART. 173 A 183)CAPÍTULO IV – DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA (ART. 184 A 186)CAPÍTULO V – DA DESCARGA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO (ART. 187 E188)

TÍTULO IX – DA LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOSCAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (ART. 189 E 190)CAPÍTULO II – DA COLETA DE LIXO (ART. 191 A 206)CAPÍTULO III – DO MOVIMENTO DE TERRA E ENTULHO (ART. 207 A 211)

TÍTULO X – DA ORDEM E SEGURANÇA PÚBLICACAPÍTULO I – DO SOSSEGO PÚBLICO (ART. 212 A 227)CAPÍTULO II – DAS PROPAGANDAS SONORAS (ART. 228 A 238)CAPÍTULO III – DOS ANIMAIS EM LOGRADOUROS PÚBLICOS (239 A 244)CAPÍTULO IV – DA OCUPAÇÃO DOS PASSEIOS, VIAS E LOGRADOUROSPÚBLICOS (ART. 245 A 257)CAPÍTULO V – DO ESTACIONAMENTO (ART. 258 A 264)

TÍTULO XI – DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADESCAPÍTULO I – DA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOSDE COMÉRCIO, INDÚSTRIA E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO (ART. 265 A 278)SEÇÃO I – DOS ESTABELECIMENTO COMERCIAIS (ART. 279 A 285)SEÇÃO II – DA ATIVIDADE PERIGOSA (ART. 286 A 290)SEÇÃO III – DA AGÊNCIAS BANCÁRIAS (ART. 291 A 293)SEÇÃO IV – DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS (ART. 294 A 299)SEÇÃO V – DAS CASAS DE ENTRETENIMENTO E CASAS DE SHOWS (ART. 300 A306)

TÍTULO XII – DOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS E DEMAIS MENSAGENS NAPAISAGEM URBANACAPÍTULO I – DISPOSIÇÃO PRELIMINARES (ART. 307 A 311)CAPÍTULO II –DA CLASSIFICAÇÃO DOS ANÚNCIOS (ART. 312 A 318)CAPÍTULO III – DOS LOCAIS DE INSTALAÇÃO (ART. 319 A 322)CAPÍTULO IV – DAS CONDIÇÕES PARA INSTALAÇÃO (ART. 323 A 330)CAPÍTULO V – DO LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO (ART. 331 A 339)CAPÍTULO VI – DO CADASTRO (ART. 340 E 341)

TÍTULO XIII – DISPOSIÇÕES FINAIS (ART. 342 A 345).

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LEI Nº 7227

CÓDIGOMUNICIPAL DE

POSTURAS

DO MUNICÍPIO DECACHOEIRO DE ITAPEMIRIM