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LEI ORGÂNICA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU/SC. PREÂMBULO A Comunidade Blumenauense, sob a proteção de Deus e consciente da sua responsabilidade, promulga e adota, através dos Vereadores eleitos e integrantes do Poder Legislativo, a seguinte Lei Orgânica do Município de Blumenau, conclamando a todos para assegurar a autonomia municipal, os direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, a unidade, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade, a justiça, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, o pluralismo político, o território próprio, a defesa da democracia, a proteção ao meio ambiente, o repúdio ao terrorismo, à violência, ao tóxico e ao racismo, a cooperação entre os Municípios, a solução política dos conflitos, a integração econômica, política, social, educacional, cultural da nossa gente e a administração pública local transparente e voltada ao bem-estar de todos cidadãos. “Vale, assim, uma palavra, ainda que brevíssima, ao Preâmbulo da Constituição, no qual se contém a explicitação dos valores que dominam a obra constitucional de 1988 (...). Não apenas o Estado haverá de ser convocado para formular as políticas públicas que podem conduzir ao bem-estar, à igualdade e à justiça, mas a sociedade haverá de se organizar segundo aqueles valores, a fim de que se firme como uma comunidade fraterna, pluralista e sem preconceitos (...). E, referindo-se, expressamente, ao Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988, escolia José Afonso da Silva que ‘O Estado Democrático de Direito destina-se a assegurar o exercício de determinados valores supremos. ‘Assegurar’, tem, no contexto, função de garantia dogmático- constitucional; não, porém, de garantia dos valores abstratamente considerados, mas do seu ‘exercício’. Este signo desempenha, aí, função pragmática, porque, com o objetivo de ‘assegurar’, tem o efeito imediato de prescrever ao Estado uma ação em favor da efetiva realização dos ditos valores em direção (função diretiva) de destinatários das normas constitucionais que dão a esses valores conteúdo específico’ (...). Na esteira destes valores supremos explicitados no Preâmbulo da Constituição brasileira de 1988 é que se afirma, nas normas constitucionais vigentes, o princípio jurídico da solidariedade” (ADI 2.649, voto da Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 8-5-2008, Plenário, DJE de 17-10-2008.) TÍTULO I OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º O Município de Blumenau, pessoa jurídica de direito público interno, integra a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil e a divisão administrativa do Estado, com a autonomia assegurada pela Constituição da República. “A Constituição Federal conferiu ênfase à autonomia municipal ao mencionar os Municípios como integrantes do sistema federativo (art. 1º da CF/1988) e ao fixá-la junto com os Estados e o Distrito Federal (art. 18 da CF/1988). A essência da autonomia municipal contém primordialmente (i) autoadministração, que implica capacidade decisória quanto aos interesses locais, sem delegação ou aprovação hierárquica; e (ii) autogoverno, que determina a eleição do chefe do Poder Executivo e dos representantes

LEI ORGÂNICA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE … · "Os Municípios são competentes para legislar sobre questões que respeitem a ... constitucional – a nova redação conferida

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  • LEI ORGNICA

    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE BLUMENAU/SC.

    PREMBULO

    A Comunidade Blumenauense, sob a proteo de Deus e consciente da sua

    responsabilidade, promulga e adota, atravs dos Vereadores eleitos e integrantes do

    Poder Legislativo, a seguinte Lei Orgnica do Municpio de Blumenau, conclamando a

    todos para assegurar a autonomia municipal, os direitos sociais e individuais, a

    liberdade, a segurana, a unidade, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade, a

    justia, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre

    iniciativa, o pluralismo poltico, o territrio prprio, a defesa da democracia, a proteo

    ao meio ambiente, o repdio ao terrorismo, violncia, ao txico e ao racismo, a

    cooperao entre os Municpios, a soluo poltica dos conflitos, a integrao

    econmica, poltica, social, educacional, cultural da nossa gente e a administrao

    pblica local transparente e voltada ao bem-estar de todos cidados.

    Vale, assim, uma palavra, ainda que brevssima, ao Prembulo da Constituio, no

    qual se contm a explicitao dos valores que dominam a obra constitucional de 1988

    (...). No apenas o Estado haver de ser convocado para formular as polticas pblicas

    que podem conduzir ao bem-estar, igualdade e justia, mas a sociedade haver de

    se organizar segundo aqueles valores, a fim de que se firme como uma comunidade

    fraterna, pluralista e sem preconceitos (...). E, referindo-se, expressamente, ao

    Prembulo da Constituio brasileira de 1988, escolia Jos Afonso da Silva que O

    Estado Democrtico de Direito destina-se a assegurar o exerccio de determinados

    valores supremos. Assegurar, tem, no contexto, funo de garantia dogmtico-

    constitucional; no, porm, de garantia dos valores abstratamente considerados, mas

    do seu exerccio. Este signo desempenha, a, funo pragmtica, porque, com o

    objetivo de assegurar, tem o efeito imediato de prescrever ao Estado uma ao em

    favor da efetiva realizao dos ditos valores em direo (funo diretiva) de

    destinatrios das normas constitucionais que do a esses valores contedo especfico

    (...). Na esteira destes valores supremos explicitados no Prembulo da Constituio

    brasileira de 1988 que se afirma, nas normas constitucionais vigentes, o princpio

    jurdico da solidariedade (ADI 2.649, voto da Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em

    8-5-2008, Plenrio, DJE de 17-10-2008.)

    TTULO I

    OS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS

    Art. 1 O Municpio de Blumenau, pessoa jurdica de direito pblico interno, integra a

    organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil e a diviso

    administrativa do Estado, com a autonomia assegurada pela Constituio da Repblica.

    A Constituio Federal conferiu nfase autonomia municipal ao mencionar os

    Municpios como integrantes do sistema federativo (art. 1 da CF/1988) e ao fix-la

    junto com os Estados e o Distrito Federal (art. 18 da CF/1988). A essncia da autonomia

    municipal contm primordialmente (i) autoadministrao, que implica capacidade

    decisria quanto aos interesses locais, sem delegao ou aprovao hierrquica; e (ii)

    autogoverno, que determina a eleio do chefe do Poder Executivo e dos representantes

  • no Legislativo. O interesse comum e a compulsoriedade da integrao metropolitana

    no so incompatveis com a autonomia municipal. O mencionado interesse comum no

    comum apenas aos Municpios envolvidos, mas ao Estado e aos Municpios do

    agrupamento urbano. (ADI 1.842, rel. min.Gilmar Mendes, julgamento em 6-3-2013,

    Plenrio, DJE de 16-9-2013.)

    Art. 2 O Municpio de Blumenau rege-se pelos princpios fundamentais da

    Constituio da Repblica Federativa do Brasil e fundamenta sua existncia

    principalmente:

    I - na autonomia;

    II - na dignidade do homem;

    III - na liberdade da pessoa humana;

    IV - na justia social;

    V - na livre iniciativa;

    VI - na igualdade perante a lei;

    VII - na democracia com responsabilidade, segurana e justia;

    VIII - no respeito ordem constitucional e lei moral;

    IX - no territrio prprio;

    X - no direito vida em ambiente ecologicamente equilibrado.

    TTULO II

    DISPOSIES FUNDAMENTAIS

    Art. 3 A sede do Municpio d-lhe o nome e tem categoria de cidade, enquanto a sede

    do Distrito tem a categoria de Vila.

    A instituio de regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies,

    constitudas por agrupamentos de Municpios limtrofes, depende, apenas, de lei

    complementar estadual. (ADI 1.841, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 1-8-

    2002, Plenrio, DJ de 20-9-2002.) No mesmo sentido: ADI 1.842, rel. p/ o ac.

    min.Gilmar Mendes, julgamento em 6-3-2013, Plenrio, DJE de 16-9-2013.

    Art. 4 Constituem bens municipais todas as coisas mveis e imveis, direitos e aes

    que, a qualquer ttulo, pertenam ao Municpio.

    Pargrafo nico - Lei Municipal dispor sobre administrao, alienao, aquisio e

    uso dos bens municipais.

    (Assunto tratado no art. 14, IX e X)

    Pargrafo nico. A desapropriao dos bens do Municpio de Blumenau somente

    se dar mediante lei justificada pela necessidade, utilidade pblica ou por interesse

    social, conforme previsto no plano diretor e devida notificao prvia ao

    proprietrio do imvel;

  • Seguindo a jurisprudncia adotada pelo STF.

    "Imvel urbano. Desapropriao por utilidade pblica e interesse social. Acrdo que

    declarou a sua ilegalidade, por ausncia de plano diretor e de notificao prvia ao

    proprietrio para que promovesse seu adequado aproveitamento, na forma do art. 182 e

    pargrafos da Constituio. Descabimento, entretanto, dessas exigncias, se no se est

    diante da desapropriao-sano prevista no art. 182, 4, III, da Constituio de 1988,

    mas de ato embasado no art. 5, XXIV, da mesma Carta, para o qual se acha

    perfeitamente legitimada a Municipalidade." (RE 161.552, rel. min.Ilmar Galvo,

    julgamento em 11-11-1997, Primeira Turma, DJ de 6-2-1998.

    Art. 5 O Municpio defender o direito participao no resultado da explorao de

    petrleo ou gs natural, de recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica e de

    outros recursos minerais de seu territrio.

    Art. 6 So smbolos do Municpio de Blumenau o Braso, a Bandeira e o Hino.

    Pargrafo nico - Lei Municipal determinar normas sobre os smbolos do Municpio e

    as caractersticas histrico-culturais de Blumenau que devam simbolizar.

    CF ART. 13, 2 Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero ter smbolos

    prprios.

    TTULO III

    COMPETNCIAS MUNICIPAIS

    Art. 7 Compete ao Municpio:

    I - legislar sobre assuntos de interesse local;

    competente o Municpio para fixar o horrio de funcionamento de estabelecimento

    comercial. (Smula Vinculante 38.)

    Competncia do municpio para legislar em matria de segurana em estabelecimentos

    financeiros. Terminais de autoatendimento. (ARE 784.981-AgR, rel. min. Rosa

    Weber, julgamento em 17-3-2015, Primeira Turma, DJE de 7-4-2015.)

    O Municpio competente para legislar sobre meio ambiente com Unio e Estado, no

    limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja e harmnico com a

    disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI c/c 30, I e II da

    CRFB). (RE 586.224, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 5-3-2015, Plenrio, DJE de

    8-5-2015, com repercusso geral.)

    "Os Municpios so competentes para legislar sobre questes que respeitem a

    edificaes ou construes realizadas no seu territrio, assim como sobre assuntos

    relacionados exigncia de equipamentos de segurana, em imveis destinados a

    atendimento ao pblico." (AI 491.420-AgR, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 21-

    2-2006, Primeira Turma, DJ de 24-3-2006.) No mesmo sentido: RE 795.804-AgR, rel.

    min. Gilmar Mendes, julgamento em 29-4-2014, Segunda Turma, DJE de 16-5-2014.

    http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?classe=RE&processo=161552&origem=IT&cod_classe=437http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=38.NUME.%20E%20S.FLSV.&base=baseSumulasVinculanteshttp://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8144907http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8399039http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?classe=AI-AgR&processo=491420&origem=IT&cod_classe=510http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5883944

  • "Atendimento ao pblico e tempo mximo de espera na fila. Matria que no se

    confunde com a atinente s atividades fim das instituies bancrias. Matria de

    interesse local e de proteo ao consumidor. Competncia legislativa do Municpio."

    (RE 432.789, rel. min. Eros Grau, julgamento em 14-6-2005, Primeira Turma DJ de 7-

    10-2005.) No mesmo sentido: RE 285.492-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa,

    julgamento em 26-6-2012, Segunda Turma, DJE de 28-8-2012; RE 610.221-RG, rel.

    min. Ellen Gracie, julgamento em 29-4-2010, Plenrio, DJE de 20-8-2010, com

    repercusso geral.

    II - suplementar a legislao federal e a estadual, no que couber;

    Deixando a Unio de editar normas gerais, exerce a unidade da Federao a

    competncia legislativa plena 3 do art. 24, do corpo permanente da Carta de 1988

    , sendo que, com a entrada em vigor do sistema tributrio nacional, abriu-se Unio,

    aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios a via da edio de leis necessrias

    respectiva aplicao 3 do art. 34 do ADCT da Carta de 1988. (AI 167.777-AgR,

    rel. min. Marco Aurlio, julgamento em 4-3-1997, Segunda Turma,DJ de 9-5-

    1997.) No mesmo sentido: RE 601.247-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski,

    julgamento em 29-5-2012, Segunda Turma, DJE de 13-6-2012.

    III - atuar em cooperao com a Unio e o Estado, no exerccio das competncias

    comuns, tendo em vista o equilbrio e desenvolvimento e o bem-estar da Comunidade

    local, regional e nacional, preservados os interesses municipais;

    IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual pertinente;

    IV - criar, organizar e suprimir distritos mediante consulta prvia por plebiscito

    envolvendo a populao diretamente interessadas, observando-se a legislao

    estadual.

    "A criao, a organizao e a supresso de distritos, da competncia dos Municpios,

    faz-se com observncia da legislao estadual (CF, art. 30, IV). Tambm a competncia

    municipal, para promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante

    planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano CF,

    art. 30, VIII por relacionar-se com o direito urbanstico, est sujeita a normas federais

    e estaduais (CF, art. 24, I). As normas das entidades polticas diversas Unio e Estado-

    membro devero, entretanto, ser gerais, em forma de diretrizes, sob pena de tornarem

    incua a competncia municipal, que constitui exerccio de sua autonomia

    constitucional." (ADI 478, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 9-12-1996,

    Plenrio, DJ de 28-2-1997.) No mesmo sentido:ADI 512, rel. min. Marco Aurlio,

    julgamento em 3-3-1999, Plenrio, DJ de 18-6-2001.

    Aps a alterao promovida pela EC 15/1996, a Constituio explicitou o alcance do

    mbito de consulta para o caso de reformulao territorial de Municpios e, portanto, o

    significado da expresso populaes diretamente interessadas, contida na redao

    originria do 4 do art. 18 da Constituio, no sentido de ser necessria a consulta a

    toda a populao afetada pela modificao territorial, o que, no caso de

    desmembramento, deve envolver tanto a populao do territrio a ser desmembrado,

    quanto a do territrio remanescente. Esse sempre foi o real sentido da exigncia

    constitucional a nova redao conferida pela emenda, do mesmo modo que o art. 7 da

    http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?classe=RE&processo=432789&origem=IT&cod_classe=437http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2641874http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=613639http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=167777&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=Mhttp://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2174192http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=266374http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=266394

  • Lei 9.709/1998, apenas tornou explcito um contedo j presente na norma originria. A

    utilizao de termos distintos para as hipteses de desmembramento de Estados-

    membros e de Municpios no pode resultar na concluso de que cada um teria um

    significado diverso, sob pena de se admitir maior facilidade para o desmembramento de

    um Estado do que para o desmembramento de um Municpio. (ADI 2.650, rel.

    min. Dias Toffoli, julgamento em 24-8-2011, Plenrio, DJE de 17-11-2011.)

    V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso os

    servios pblicos;

    a) o servio pblico de gua atribuio precpua do Municpio que dever estend-lo

    progressivamente a toda populao. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n

    40/2009)

    b) o servio pblico de que trata a alnea anterior, ser organizado, prestado, explorado

    e fiscalizado diretamente pelo Municpio, vedada a outorga mediante concesso,

    permisso ou autorizao, exceto entidade pblica municipal existente ou que venha a

    ser criada para tal fim. (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 19/2001)

    A competncia para organizar servios pblicos de interesse local municipal, entre os

    quais o de transporte coletivo (...). O preceito da Constituio amapaense que garante o

    direito a meia passagem aos estudantes, nos transportes coletivos municipais, avana

    sobre a competncia legislativa local. A competncia para legislar a propsito da

    prestao de servios pblicos de transporte intermunicipal dos Estados-membros.

    No h inconstitucionalidade no que toca ao benefcio, concedido pela Constituio

    estadual, de meia passagem aos estudantes nos transportes coletivos intermunicipais.

    (ADI 845, rel. min. Eros Grau, julgamento em 22-11-2007, Plenrio, DJE de 7-3-

    2008.)

    VI - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas,

    sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas nos prazos fixados em lei;

    (...) os valores arrecadados com tributos servem para custear atividades de interesse

    pblico. Porm, a circunstncia no imuniza o Estado de assumir responsabilidades e a

    responder por sua conduta. Os princpios da moralidade, da legalidade e da propriedade

    impedem que o argumento seja levado s ltimas consequncias, de modo a impedir

    pura a simplesmente qualquer restituio de indbito tributrio. Dessa forma, compete

    ao ente federado demonstrar com exatido numrica o risco continuidade do servio

    pblico, causada pela reparao devida. Meras conjecturas ou ilaes caem na vala das

    falcias ad terrorem. Alis, o ltimo argumento tambm um apelo catstrofe. Como

    os entes federados atuam no contexto republicano, todos os custos so repartidos pelos

    administrados. A opo pelo aumento da carga tributria ou pela gesto mais eficiente ,

    antes de tudo, poltica e que deve ser partilhada com os administrados pelos caminhos

    prprios do sistema poltico-legislativo. Abstrados outros tipos de problema, a escolha

    pelo aumento da carga tributria para custeio da correo de erros imputveis

    administrao, se legitimada pelo processo legislativo correto, no interfere no direito

    de ressarcimento das pessoas lesadas pelos erros. (AI 607.616-AgR, voto do rel. min.

    Joaquim Barbosa, julgamento em 31-8-2010, Segunda Turma, DJE de 1-10-2010.)

    http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=629700http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=513619&codigoClasse=504&numero=845&siglaRecurso=&classe=ADIhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=614958

  • VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas

    de educao pr-escolar e de ensino fundamental;

    VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado,

    programas de educao infantil e de ensino fundamental;

    CF, Art. 30, VI - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do

    Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental;

    VIII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de

    atendimento sade da populao;

    O Estado deve criar meios para prover servios mdico-hospitalares e fornecimento de

    medicamentos, alm da implementao de polticas pblicas preventivas, merc de os

    entes federativos garantirem recursos em seus oramentos para implementao delas .

    (RE 607.381-AgR, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 31-5-2011, Primeira

    Turma, DJE de 17-6-2011.)

    IX - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante

    planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano;

    Instalao de torres de telefonia celular. Competncia Legislativa Municipal para

    disciplinar o uso e a ocupao do solo urbano. (RE 632.006-AgR, rel. min. Crmen

    Lcia, julgamento em 18-11-2014, Segunda Turma, DJE de 1-12-2014.)

    X - promover a proteo do patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico, natural e

    paisagstico local, observada a legislao e ao fiscalizadora federal e estadual;

    "Federao: competncia comum: proteo do patrimnio comum, includo o dos stios

    de valor arqueolgico (CF, arts. 23, III, e 216, V): encargo que no comporta demisso

    unilateral. Lei estadual 11.380, de 1999, do Estado do Rio Grande do Sul, confere aos

    Municpios em que se localizam a proteo, a guarda e a responsabilidade pelos stios

    arqueolgicos e seus acervos, no Estado, o que vale por excluir, a propsito de tais bens

    do patrimnio cultural brasileiro (CF, art. 216, V), o dever de proteo e guarda e a

    consequente responsabilidade no apenas do Estado, mas tambm da prpria Unio,

    includas na competncia comum dos entes da Federao, que substantiva incumbncia

    de natureza qualificadamente irrenuncivel. A incluso de determinada funo

    administrativa no mbito da competncia comum no impe que cada tarefa

    compreendida no seu domnio, por menos expressiva que seja, haja de ser objeto de

    aes simultneas das trs entidades federativas: donde, a previso, no pargrafo nico

    do art. 23, CF, de lei complementar que fixe normas de cooperao (v. sobre

    monumentos arqueolgicos e pr-histricos, a Lei 3.924/1961), cuja edio, porm, da

    competncia da Unio e, de qualquer modo, no abrange o poder de demitirem-se a

    Unio ou os Estados dos encargos constitucionais de proteo dos bens de valor

    arqueolgico para descarreg-los ilimitadamente sobre os Municpios." (ADI 2.544, rel.

    min. Seplveda Pertence, julgamento em 28-6-2006, Plenrio, DJ de 17-11-2006.)

    http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=624235http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7343504http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=390990&PROCESSO=2544&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2256

  • XI - instituir a guarda municipal destinada proteo de seus bens, servios e

    instalaes, conforme dispuser a lei;

    (...) constitucional a atribuio s guardas municipais do exerccio de poder de

    polcia de trnsito, inclusive para imposio de sanes administrativas legalmente

    previstas. (RE 658.570, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, julgamento em 6-8-2015,

    Plenrio, DJE de 30-9-2015, com repercusso geral.)

    XII - elaborar e executar o Plano Diretor;

    XIII - elaborar e executar as diretrizes oramentrias, os planos plurianuais e

    oramentos anuais;

    XIV - administrar seus bens mveis e imveis;

    XV - executar obras de interesse local no mbito de sua competncia tcnica, cientfica,

    financeira e constitucional;

    XVI - conceder licenas para atividades econmicas, sociais, culturais, esportivas,

    cientficas, tursticas, tecnolgicas de interesse local;

    XVII - planejar e executar medidas de defesa civil e ambiental em coordenao com a

    Unio e o Estado;

    XVIII - fixar tarifas dos servios pblicos.

    XIX - determinar horrios de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de

    servios;

    "A fixao de horrio de funcionamento de estabelecimento comercial matria de

    competncia municipal, considerando improcedentes as alegaes de ofensa aos

    princpios constitucionais da isonomia, da livre iniciativa, da livre concorrncia, da

    liberdade de trabalho, da busca do pleno emprego e da proteo ao consumidor." (AI

    481.886-AgR, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 15-2-2005, Segunda

    Turma, DJ de 1-4-2005.)

    XX - sinalizar as vias pblicas urbanas e rurais para garantia da segurana;

    XXI - regulamentar a utilizao de vias e logradouros pblicos;

    XXII - fomentar e apoiar o ensino superior local de acordo com o interesse da

    Comunidade;

    XXIII - constituir, finalmente, uma Comunidade livre, justa, solidria, desenvolvida e

    principalmente:

    a) promover a erradicao da pobreza, da marginalizao e do analfabetismo;

    a) combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a

    integrao social dos setores desfavorecidos;

    CF Art. 23, X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao,

    promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

    http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9486497http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=481886&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M&EMENTA=2185http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=481886&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M&EMENTA=2185

  • b) reduzir as desigualdades sociais;

    c) aperfeioar a Comunidade prioritariamente pela sade, pela educao formal e

    informal visando tambm sentimentos e atitudes de vivncia comunitria;

    d) promover o bem-estar da populao;

    e) assegurar a associao com os Municpios limtrofes e da micro-regio para

    planejamento integrado de interesse regional;

    f) promover a defesa da flora e da fauna;

    f) proteger o meio ambiente, preservar as florestas, a fauna e a flora e combater a

    poluio em qualquer de suas formas;

    O Municpio competente para legislar sobre meio ambiente com Unio e Estado, no

    limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja e harmnico com a

    disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI c/c 30, I e II da

    CRFB). (RE 586.224, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 5-3-2015, Plenrio, DJE de

    8-5-2015, com repercusso geral.)

    g) garantir a promoo da cultura e do lazer;

    h) assegurar apoio s produes agropecurias e econmicas de ordem geral,

    principalmente micro e pequena empresa, estabelecendo, neste caso, tratamento

    diferenciado;

    i) prestar servios de assistncia social e de sade, nas reas urbana e rural, criana, ao

    adolescente, ao adulto e ao idoso, conforme a lei municipal de diretrizes da sade e do

    bem-estar social;

    j) adotar poltica de apoio e de desenvolvimento prtica desportiva;

    l) promover e incentivar o turismo como fonte de desenvolvimento social e econmico;

    m) promover a criao de instituio de Previdncia Social para os servidores pblicos

    municipais, preferentemente de carter micro-regional;

    n) adotar poltica na rea da informtica visando a formao de polo de

    desenvolvimento;

    o) promover a descentralizao da administrao pblica municipal;

    p) fomentar a participao popular na administrao pblica pelos Conselhos

    Municipais de carter consultivo, pela consulta popular, pela iniciativa de propor

    projetos de lei, nos termos da legislao pertinente, entre outros procedimentos;

    q) definir em lei complementar municipal as infraes poltico-administrativas do

    Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos Servidores Pblicos Municipais;

    http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8399039

  • r) conceder auxlio financeiro, nos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes

    Oramentrias anual, a entidades sociais privadas sem fins lucrativos, desde que

    declaradas de utilidade pblica por Lei deste Municpio ou por Lei Estadual e que

    tenham sede e foro jurdico neste Municpio. (Redao acrescida pela Emenda Lei

    Orgnica n 8/1998)

    XXIV publicar as normas jurdicas e atos administrativos, bem como divulgar,

    em tempo real, as informaes relativas execuo oramentria e financeira na

    rede mundial de computadores, bem como garantir o acesso dos usurios a atos e

    registros administrativos e informaes tornadas pblicas, observado o disposto no

    art. 5, X e XXXII, da Constituio Federal.

    Comentrio: Concebe-se a Lei n 12.965, de 2014 (Marco Civil da Internet) que

    estabelece princpios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.

    O art. 24 fixa as diretrizes para a atuao da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios no desenvolvimento da Internet no Brasil, inclusive na

    publicidade e disseminao de dados e informaes pblicos, de forma aberta e

    estruturada.

    O 4 do art. 8, da Lei n 12.527, de 2011 (LAI), informa que os Municpios com

    populao de at 10.000 (dez mil) habitantes ficam obrigados divulgao, em

    tempo real, de informaes relativas execuo oramentria e financeira, nos

    critrios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 de maio

    de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

    XXV - fomentar programas de proteo a vtimas de violncia domstica e contra

    a mulher;

    XXVI - proporcionar os meios de acesso cultura, educao, cincia,

    tecnologia, pesquisa e inovao;

    CF - EC 85/2015 - Art. 23, Inciso V

    XXVII - promover programas de construo de moradias e a melhoria das

    condies habitacionais e de saneamento bsico;

    CF Art. 23, X - promover programas de construo de moradias e a melhoria das

    condies habitacionais e de saneamento bsico;

    O interesse comum inclui funes pblicas e servios que atendam a mais de um

    Municpio, assim como os que, restritos ao territrio de um deles, sejam de algum

    modo dependentes, concorrentes, confluentes ou integrados de funes pblicas,

    bem como servios supra municipais. (...) O art. 23, IX, da CF conferiu

    competncia comum Unio, aos Estados e aos Municpios para promover a

    melhoria das condies de saneamento bsico. Nada obstante a competncia

    municipal do poder concedente do servio pblico de saneamento bsico, o alto

    custo e o monoplio natural do servio, alm da existncia de vrias etapas como

    captao, tratamento, aduo, reserva, distribuio de gua e o recolhimento,

    conduo e disposio final de esgoto que comumente ultrapassam os limites

    territoriais de um Municpio, indicam a existncia de interesse comum do servio

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art73bhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art73b

  • de saneamento bsico. A funo pblica do saneamento bsico frequentemente

    extrapola o interesse local e passa a ter natureza de interesse comum no caso de

    instituio de regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies, nos

    termos do art. 25, 3, da CF.

    XXVIII - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao,

    promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

    CF Art. 23, X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao,

    promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;

    XIX - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e

    explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;

    CF Art. 23, XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de

    pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;

    XXX - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito.

    CF Art. 23, XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana

    do trnsito.

    1 O municpio de Blumenau pode celebrar convnios com a Unio, o Estado e

    Municpios, para a execuo de suas leis, servios e decises, bem como para

    executar encargos anlogos dessas esferas.

    2 O municpio de Blumenau poder celebrar convnios ou consrcios com

    outros municpios da mesma mesorregio e criar entidades intermunicipais para a

    realizao de obras, atividades ou servios especficos de interesse comum,

    mediante prvia aprovao em lei dos municpios participantes.

    3 A segurana viria, exercida para a preservao da ordem pblica e da

    incolumidade das pessoas e do seu patrimnio nas vias pblicas:

    I - compreende a educao, engenharia e fiscalizao de trnsito, alm de outras

    atividades previstas em lei, que assegurem ao cidado o direito mobilidade

    urbana eficiente; e

    II - compete, no mbito do municpio de Blumenau, ao rgo de trnsito municipal

    e seus agentes de trnsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.

    CF EC 82/2014 - Art. 144, 10. A segurana viria, exercida para a preservao

    da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimnio nas vias

    pblicas:

    I - compreende a educao, engenharia e fiscalizao de trnsito, alm de outras

    atividades previstas em lei, que assegurem ao cidado o direito mobilidade

    urbana eficiente; e

  • II - compete, no mbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, aos

    respectivos rgos ou entidades executivos e seus agentes de trnsito, estruturados

    em Carreira, na forma da lei.

    TTULO IV

    GOVERNO MUNICIPAL

    CAPTULO I

    PODERES MUNICIPAIS

    Art. 8 So Poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Poder

    Legislativo e o Poder Executivo.

    "O postulado da segurana jurdica, enquanto expresso do Estado Democrtico de

    Direito, mostra-se impregnado de elevado contedo tico, social e jurdico, projetando-

    se sobre as relaes jurdicas, mesmo as de direito pblico (RTJ 191/922), em ordem a

    viabilizar a incidncia desse mesmo princpio sobre comportamentos de qualquer dos

    Poderes ou rgos do Estado, para que se preservem, desse modo, sem prejuzo ou

    surpresa para o administrado, situaes j consolidadas no passado. A essencialidade do

    postulado da segurana jurdica e a necessidade de se respeitarem situaes

    consolidadas no tempo, especialmente quando amparadas pela boa-f do cidado,

    representam fatores a que o Poder Judicirio no pode ficar alheio. (RE 646.313-AgR,

    rel. min. Celso de Mello, julgamento em 18-11-2014, Segunda Turma, DJE de 10-12-

    2014.)

    As restries impostas ao exerccio das competncias constitucionais conferidas ao

    Poder Executivo, includa a definio de polticas pblicas, importam em contrariedade

    ao princpio da independncia e harmonia entre os Poderes. (ADI 4.102, rel. min.

    Crmen Lcia, julgamento em 30-10-2014, Plenrio, DJE de 10-2-2015.) Vide: RE

    436.996-AgR, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 22-11-2005, Segunda Turma,

    DJ de 3-2-2006.

    CAPTULO II

    PODER LEGISLATIVO

    SEO I

    CMARA MUNICIPAL

    Art. 9 O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal.

    Art. 10 A Cmara Municipal composta de Vereadores eleitos pelo voto direto e

    secreto para cada legislatura entre cidados maiores de 18 (dezoito) anos e no exerccio

    dos direitos polticos.

    Pargrafo nico - Cada legislatura tem a durao de 4 (quatro) anos.

    Art. 11 O nmero de Vereadores da Cmara Municipal fixado em 15 (quinze), a partir

    da legislatura 2009/2012. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 37/2007)

  • Art. 11. O nmero de Vereadores proporcional populao do Municpio,

    obedecidos os limites da Constituio Federal;

    Populao estimada 2015 (1) 338.876

    Populao 2010 309.011

    Fonte:

    http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=420240&search=santa

    -catarina|blumenau|infograficos:-informacoes-completas

    CF EC 58/2009 Art. 29, IV, h) 23 (vinte e trs) Vereadores, nos Municpios de

    mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de at 450.000 (quatrocentos e

    cinquenta mil) habitantes; (Includa pela EC 58/2009)

    CE SC Art. 111, V - nmero de Vereadores proporcional populao do Municpio,

    obedecidos os limites da Constituio Federal;

    "A aprovao de norma municipal que estabelece a composio da Cmara de

    Vereadores sem observncia da relao cogente de proporo com a respectiva

    populao configura excesso do poder de legislar, no encontrando eco no sistema

    constitucional vigente. Parmetro aritmtico que atende ao comando expresso na CF,

    sem que a proporcionalidade reclamada traduza qualquer afronta aos demais princpios

    constitucionais e nem resulte formas estranhas e distantes da realidade dos municpios

    brasileiros. Atendimento aos postulados da moralidade, impessoalidade e

    economicidade dos atos administrativos (CF, art. 37). Fronteiras da autonomia

    municipal impostas pela prpria Carta da Repblica, que admite a proporcionalidade da

    representao poltica em face do nmero de habitantes." (RE 197.917, rel.

    min. Maurcio Corra, julgamento em 6-6-2002, Plenrio, DJ de 7-5-2004.)

    Art. 12 As deliberaes da Cmara Municipal e das Comisses Permanentes e

    Temporrias sero tomadas por maioria de votos presente a maioria absoluta de seus

    membros, salvo disposio em contrrio desta Lei Orgnica.

    Art. 13 Nenhuma deliberao sobre projetos em trmite no Plenrio da Cmara

    Municipal ou nas Comisses Legislativas Permanentes e Temporrias ser tomada por

    voto de lideranas dos partidos, do governo e de blocos parlamentares.

    SEO II

    ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL

    Art. 14 Compete Cmara Municipal com sano do Prefeito Municipal, legislar sobre

    as matrias de competncia do municpio, especialmente sobre:

    I - assuntos de interesse local;

    II - suplementao da legislao federal e da estadual;

    III - tributos municipais;

    IV - autorizao de isenes e anistias fiscais e remisses de dvidas;

    http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=420240&search=santa-catarina|blumenau|infograficos:-informacoes-completashttp://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=420240&search=santa-catarina|blumenau|infograficos:-informacoes-completashttp://www.stf.jus.br/Jurisprudencia/It/frame.asp?classe=RE&processo=197917&origem=IT&cod_classe=437

  • V - oramento anual, plurianual e diretrizes oramentrias, bem como autorizao de

    abertura de crditos suplementares e especiais;

    VI - autorizao para obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem

    como a forma e os meios de pagamento;

    VII - concesso de auxlios e subvenes;

    VIII - concesso e permisso para prestao de servios pblicos;

    IX - concesso de direito real de uso de bens municipais;

    Sob pena de ofensa aos princpios constitucionais da segurana jurdica e da proteo

    confiana legtima, no podem ser anuladas, meio sculo depois, por falta de necessria

    autorizao prvia do Legislativo, concesses de domnio de terras pblicas, celebradas

    para fins de colonizao, quando esta, sob absoluta boa-f e convico de validez dos

    negcios por parte dos adquirentes e sucessores, se consolidou, ao longo do tempo, com

    criao de cidades, fixao de famlias, construo de hospitais, estradas, aeroportos,

    residncias, estabelecimentos comerciais, industriais e de servios, etc. (ACO 79, rel.

    min. Cezar Peluso, julgamento em 15-3-2012, Plenrio, DJE de 28-5-2012.)

    X - alienao e concesso de bens imveis;

    XI - aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem encargo;

    XII - criao, alterao e extino de cargos, empregos e funes pblicas e fixao da

    respectiva remunerao;

    XIII - criao, organizao e supresso de distritos, observada a legislao estadual;

    XIV - elaborao do Plano Diretor Fsico-Territorial de Desenvolvimento Integrado;

    XV - criao da Guarda Municipal nos termos da Constituio Federal;

    XVI - delimitao do permetro urbano;

    XVII - organizao e prestao de servios pblicos;

    XVIII - autorizao de convnios com entidades pblicas ou particulares e consrcios

    com outros municpios;

    XIX - denominao de prprios municipais, de vias e logradouros pblicos;

    XX - criao, transformao, extino e estruturao de empresas pblicas, sociedades

    de economia mista, autarquias e fundaes pblicas municipais;

    XXI - instituio de penalidades e multas pela infrao de leis e regulamentos

    municipais;

    XXII - fixao dos subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos

    Secretrios Municipais, observado o disposto na Constituio Federal e nesta Lei

    Orgnica. (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 9/1998)

  • XXII - fixao dos subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos

    Secretrios Municipais, observado o disposto na Constituio Federal,

    Constituio Estadual e nesta Lei Orgnica.

    XXX - Propor projetos de lei que fixem ou atualizem o subsdio do Prefeito, Vice-

    Prefeito, Secretrios Municipais e Vereadores na forma estabelecida na Lei

    Orgnica Municipal;

    E esse o entendimento jurisprudencial do STF:

    A fixao dos subsdios de vereadores de competncia exclusiva da

    Cmara Municipal, a qual deve respeitar as prescries estabelecidas na Lei

    Orgnica Municipal, na Constituio do respectivo Estado, bem como na

    CF. (RE 494.253-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-2-2011,

    Segunda Turma, DJE de 15-3-2011.)

    1. Para os efeitos do disposto no art. 111, V, da Carta Estadual, tem-se como fixado o

    subsdio dos agentes polticos pela Cmara quando esta houver aprovado o projeto de lei

    no prazo de seis meses antes do trmino da legislatura, na forma regimental.

    2. Se a municipalidade no concluir o processo legislativo de fixao dos subsdios dos

    agentes polticos dentro do atual mandato, devem ser mantidos os subsdios fixados para

    a legislatura anterior, admitindo-se apenas a reviso geral anual, prevista no inciso X do

    art. 37 da Constituio Federal.

    http://www.tce.sc.gov.br/noticia/6791/tce-responsabiliza-ex-prefeito-e-ex-presidente-da-

    c%C3%A2mara-de-canelinha-por-aumentos-de

    As explicaes sobre subsdios dos agentes polticos municipais (quadro 2) so prestadas

    com base em exposio do assessor da Presidncia, Neimar Paludo. No espao dedicado

    ao assunto, a cartilha destaca que os subsdios dos vereadores devem ser fixados de uma

    legislatura para outra - atravs de lei municipal - e dos prefeitos, vice-prefeitos e dos

    secretrios municipais podem ser determinados a cada ano - por meio de lei de iniciativa

    das Cmaras.

    No caso dos subsdios dos vereadores, o TCE chama ateno para a necessidade de ser

    observado o chamado princpio da anterioridade. "O subsdio dos vereadores deve ser

    fixado no ltimo ano da legislatura para vigorar na legislatura seguinte", aponta a

    cartilha. Tambm h orientaes sobre a concesso de 13 subsdio, reajustes e frias,

    alm da proibio de pagamento aos vereadores por participao em sesses legislativas

    extraordinrias.

    http://www.tce.sc.gov.br/noticia/7031/tce-publica-cartilha-para-orientar-gestores-

    p%C3%BAblicos-em-final-de-mandato

    Deve ser fixado no ltimo ano do mandato anterior, por meio de lei municipal, para

    vigorar na legislatura seguinte;

    - A Lei deve ser de iniciativa da Cmara de Vereadores e editada at seis meses

    antes do trmino da legislatura, devendo ser sancionada ou promulgada at 30 de junho

    do ltimo ano do mandato. Se a Lei Orgnica Municipal estabelecer prazo maior,

    prevalece a lei local;

    - O subsdio individual no pode ser superior ao do Prefeito;

    - O total da remunerao no poder ultrapassar o montante de 5% da receita do

    municpio;

    - O subsdio individual dever ficar entre 20 e 75% do subsdio de Deputado

    Estadual, de acordo com o nmero de habitantes do municpio;

    http://www.tce.sc.gov.br/noticia/6791/tce-responsabiliza-ex-prefeito-e-ex-presidente-da-c%C3%A2mara-de-canelinha-por-aumentos-dehttp://www.tce.sc.gov.br/noticia/6791/tce-responsabiliza-ex-prefeito-e-ex-presidente-da-c%C3%A2mara-de-canelinha-por-aumentos-dehttp://www.tce.sc.gov.br/noticia/7031/tce-publica-cartilha-para-orientar-gestores-p%C3%BAblicos-em-final-de-mandatohttp://www.tce.sc.gov.br/noticia/7031/tce-publica-cartilha-para-orientar-gestores-p%C3%BAblicos-em-final-de-mandato

  • - vedado alterar o valor do subsdio dos Vereadores no curso da legislatura,

    perodo de quatro anos - salvo a reviso geral anual concedida aos servidores;

    - A concesso de 13 subsdio permitida desde que esteja prevista na lei que fixar

    o subsdio, de uma legislatura para a seguinte;

    - A lei que fixa os subsdios pode prever uma parcela adicional, de carter

    indenizatrio, exclusivamente para o Presidente da Cmara;

    - vedado qualquer pagamento por participao em sesses legislativas

    extraordinrias, ainda que durante o recesso parlamentar.

    Art. 15 Compete, privativamente, Cmara Municipal, entre outras atribuies:

    I - elaborar o Regimento Interno;

    II - eleger sua Mesa Diretora, bem como, destitu-la na forma da Lei Orgnica e do

    Regimento Interno;

    III - dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao ou

    extino dos cargos, empregos ou funes de seus servios e a iniciativa da lei para a

    fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na

    Constituio Federal e na Lei de Diretrizes Oramentrias; (Redao dada pela Emenda

    Lei Orgnica n 13/1998)

    IV - dar posse ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores, conhecer de sua renncia

    e afast-los definitivamente do exerccio do cargo;

    CE SC Art. 111, IV - posse do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores no dia 1

    de janeiro do ano subsequente ao da eleio;

    V - fixar os subsdios do Prefeito, Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos Secretrios

    Municipais, atravs de lei de sua iniciativa, observados os termos da Constituio

    Federal e desta Lei Orgnica. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 13/1998)

    (REPETIO DO ART. 14 XXII)

    "A Lei Maior imps tratamento jurdico diferenciado entre a classe dos servidores

    pblicos em geral e o membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os ministros

    de Estado e os secretrios estaduais e municipais. Estes agentes pblicos, que se situam

    no topo da estrutura funcional de cada poder orgnico da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal e dos Municpios, so remunerados exclusivamente por subsdios, cuja

    fixao ou alterao matria reservada lei especfica, observada, em cada caso, a

    respectiva iniciativa (incisos X e XI do art. 37 da CF/1988). O dispositivo legal

    impugnado, ao vincular a alterao dos subsdios do governador, do vice-governador e

    dos secretrios de Estado s propostas de refixao dos vencimentos dos servidores

    pblicos em geral ofendeu o inciso XIII do art. 37 e o inciso VIII do art. 49 da CF de

    1988." (ADI 3.491, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 27-9-2006, Plenrio, DJ de

    23-3-2007.) No mesmo sentido: RE 411.156-AgR, rel. min. Celso de Mello,

    julgamento em 29-11-2011, Segunda Turma, DJE de 19-12-2011

    VI - exercer, com auxlio do Tribunal de Contas a fiscalizao financeira, oramentria,

    operacional e patrimonial do Municpio;

    http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=410798&PROCESSO=3491&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2269http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1641548

  • VI - exercer, com auxlio do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, a

    fiscalizao CONTBIL, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do

    Municpio;

    VII - julgar as contas anuais do Municpio e apreciar os relatrios sobre a execuo dos

    planos de governo;

    VII - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, e apreciar os relatrios sobre

    a execuo dos planos de governo;

    CE SC Art. 40, IX - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Governador, e

    apreciar os relatrios sobre a execuo dos planos de governo;

    Prefeito municipal. Contas rejeitadas pela Cmara municipal. Direito ao contraditrio e

    ampla defesa. (...) pacfica a jurisprudncia desta nossa Casa de Justia no sentido

    de que de ser assegurado a ex-prefeito o direito de defesa quando da deliberao da

    Cmara municipal sobre suas contas. (RE 414.908-AgR, rel. min. Ayres Britto,

    julgamento em 16-8-2011, Segunda Turma, DJE de 18-10-2011.) No mesmo sentido:

    RE 682.011, rel. min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 8-6-2012,

    DJE de 13-6-2012.

    VIII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder

    regulamentar ou dos limites de delegao legislativa;

    VIII - sustar, por Decreto Legislativo, os atos normativos do Poder Executivo que

    exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa;

    "O abuso de poder regulamentar, especialmente nos casos em que o Estado atua contra

    legem ou praeter legem, no s expe o ato transgressor ao controle jurisdicional, mas

    viabiliza, at mesmo, tal a gravidade desse comportamento governamental, o exerccio,

    pelo Congresso Nacional, da competncia extraordinria que lhe confere o art. 49, V, da

    Constituio da Repblica e que lhe permite sustar os atos normativos do Poder

    Executivo que exorbitem do poder regulamentar (...). Doutrina. Plausibilidade jurdica

    da impugnao validade constitucional da Instruo Normativa STN 01/2005." (RE

    318.873-AgR/SC

    IX - autorizar o Prefeito, por necessidade de servio, a ausentar-se do Pas ou do

    Municpio, e neste ltimo caso, por mais de 15 (quinze) dias;

    X - convidar e ou solicitar informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes

    administrao, marcando prazo de 30 (trinta) dias, prorrogvel por igual perodo, a

    pedido, pela complexidade da matria ou pela dificuldade de obteno de dados

    solicitados, para que preste as referidas informaes pessoalmente ou encaminhe os

    documentos requisitados pela Cmara Municipal na forma desta Lei Orgnica;

    (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 36/2007)

    "A Lei Maior imps tratamento jurdico diferenciado entre a classe dos servidores

    pblicos em geral e o membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os ministros de

    Estado e os secretrios estaduais e municipais. Estes agentes pblicos, que se situam no

    topo da estrutura funcional de cada poder orgnico da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, so remunerados exclusivamente por subsdios, cuja fixao

    http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=338491&PROCESSO=318873&CLASSE=RE-AgR&cod_classe=539&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2096http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=338491&PROCESSO=318873&CLASSE=RE-AgR&cod_classe=539&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2096

  • ou alterao matria reservada lei especfica, observada, em cada caso, a respectiva

    iniciativa (incisos X e XI do art. 37 da CF/1988). O dispositivo legal impugnado, ao

    vincular a alterao dos subsdios do governador, do vice-governador e dos secretrios

    de Estado s propostas de refixao dos vencimentos dos servidores pblicos em geral

    ofendeu o inciso XIII do art. 37 e o inciso VIII do art. 49 da CF de 1988." (ADI 3.491,

    rel. min. Ayres Britto, julgamento em 27-9-2006, Plenrio, DJ de 23-3-2007.) No

    mesmo sentido: RE 411.156-AgR, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 29-11-2011,

    Segunda Turma, DJE de 19-12-2011

    XI - convocar e solicitar informaes sobre matria de sua competncia nas mesmas

    condies e prazos do Prefeito, aos responsveis pelos rgos da administrao direta,

    indireta e fundacional do Municpio para que prestem as informaes pessoalmente e ou

    encaminhem os documentos requisitados pela Cmara Municipal nos termos desta Lei

    Orgnica;

    XII - fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo, incluindo os da

    administrao indireta e fundacional;

    XII - "Do relevo primacial dos pesos e contrapesos no paradigma de diviso dos

    poderes, segue-se que norma infraconstitucional a includa, em relao Federal, a

    Constituio dos Estados-membros , no dado criar novas interferncias de um Poder

    na rbita de outro que no derive explcita ou implicitamente de regra ou princpio da

    Lei Fundamental da Repblica. O poder de fiscalizao legislativa da ao

    administrativa do Poder Executivo outorgado aos rgos coletivos de cada Cmara do

    Congresso Nacional, no plano federal, e da Assembleia Legislativa, no dos Estados;

    nunca, aos seus membros individualmente, salvo, claro, quando atuem em

    representao (ou presentao) de sua Casa ou comisso." (ADI 3.046, rel. min.

    Seplveda Pertence, julgamento em 15-4-2004, Plenrio, DJ de 28-5-2004.)

    XIII - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio

    normativa do Poder Executivo;

    a Constituio mesma que resguarda o 'funcionamento parlamentar' dos partidos, 'de

    acordo com a lei' (inciso IV do art. 17), e assim mais intensamente participando das

    experincias do parlamento sobretudo no altaneiro plano da produo das leis e na

    viglia dos atos normativos dos demais poderes (inciso XI do art. 49 da CF que essas

    pessoas jurdico-eleitorais que so os partidos polticos desfrutam de habilitao

    processual para o ajuizamento das aes diretas de inconstitucionalidade. (ADI 3.059-

    MC).

    XIV - mudar temporariamente a sua sede;

    XV - proceder tomada de contas do Prefeito Municipal, quando no apresentadas

    Cmara dentro do prazo determinado nesta Lei Orgnica;

    XV - proceder tomada de contas do Prefeito Municipal, quando no apresentadas

    Cmara Municipal dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa;

  • CF - Art. 51, II - proceder tomada de contas do Presidente da Repblica, quando

    no apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias aps a abertura

    da sesso legislativa

    XVI - processar e julgar os Vereadores na forma desta Lei Orgnica;

    XVI - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e o Secretrio Municipal, bem como

    ocupante de cargo de mesma hierarquia deste, nas infraes poltico-administrativas;

    CE SC Cabe ao Tribunal de Justia de Santa Catarina: Art. 83 processar e julgar,

    originariamente: XI, b) nos crimes comuns e de responsabilidade, os secretrios de

    Estado, salvo a hiptese prevista no art. 75, os juzes e os membros do Ministrio

    Pblico, os prefeitos, bem como os titulares de fundaes, autarquias e empresas

    pblicas, nos crimes de responsabilidade, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral;

    (NR) (Redao dada pela EC/42, de 2005).

    XVI-A - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados

    na Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na Legislao Federal aplicada;

    "O inciso XIV do art. 29 da CB/1988 estabelece que as prescries do art. 28 relativas

    perda do mandato de governador aplicam-se ao prefeito, qualificando-se, assim, como

    preceito de reproduo obrigatria por parte dos Estados-membros e Municpios. No

    permitido a esses entes da federao modificar ou ampliar esses critrios. Se a

    Constituio do Brasil no sanciona com a perda do cargo de governador ou o prefeito

    que assuma cargo pblico em virtude de concurso realizado aps sua eleio, no

    podem faz-los as Constituies estaduais." (ADI 336, voto do rel. min. Eros Grau,

    julgamento em 10-2-2010, Plenrio, DJE de 17-9-2010.)

    XVII - representar ao Procurador Geral da Justia, mediante aprovao de dois teros

    dos seus membros, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito, e os Secretrios ou ocupantes de

    cargos da mesma natureza, pela prtica de crime contra a Administrao Pblica de que

    tiver conhecimento;

    XVII - representar ao Ministrio Pblico, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito, e os

    Secretrios ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prtica de crime contra a

    Administrao Pblica de que tiver conhecimento ou quaisquer outras irregularidades a

    serem investigadas pelo Ministrio Pblico;

    O que uma representao?

    toda notcia de irregularidade levada ao conhecimento do Ministrio Pblico.

    Qualquer cidado pode representar ao MPF, podendo faz-lo por escrito ou prestando

    depoimento pessoal na prpria procuradoria. Tambm as pessoas jurdicas, entidades

    privadas, entidades de classe, associaes civis e rgos da administrao pblica

    podem comunicar irregularidades para que o Ministrio Pblico as investigue.

    http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=614230

  • http://cidadao.mpf.mp.br/perguntas-frequentes/sobre-o-ministerio-publico

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm

    LEI N 8.429/1992 LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

    (...)

    Art. 14. Qualquer pessoa poder representar autoridade administrativa competente

    para que seja instaurada investigao destinada a apurar a prtica de ato de improbidade.

    1 A representao, que ser escrita ou reduzida a termo e assinada, conter a

    qualificao do representante, as informaes sobre o fato e sua autoria e a indicao

    das provas de que tenha conhecimento.

    2 A autoridade administrativa rejeitar a representao, em despacho

    fundamentado, se esta no contiver as formalidades estabelecidas no 1 deste artigo. A

    rejeio no impede a representao ao Ministrio Pblico, nos termos do art. 22 desta

    lei.

    Art. 22. Para apurar qualquer ilcito previsto nesta lei, o Ministrio Pblico, de ofcio,

    a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representao formulada de

    acordo com o disposto no art. 14, poder requisitar a instaurao de inqurito policial ou

    procedimento administrativo.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm

    XVIII - criar comisses de inqurito sobre fato determinado que se inclua na

    competncia da Cmara Municipal sempre que o requerer pelo menos um tero dos

    membros da Cmara;

    XIX - autorizar referendo e convocar plebiscito;

    XX - decidir sobre a perda de mandato de vereador, por voto da maioria absoluta, nas

    hipteses previstas nesta Lei Orgnica,. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n

    15/2001)

    XXI - aprovar a escolha de titulares de cargos que a lei determinar previamente;

    (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 16/2001)

    XXII - deliberar sobre adiamentos e suspenso de suas reunies;

    XXIII - conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagem a pessoa ou

    entidade que tenham prestado relevantes servios ao Municpio, mediante Decreto

    Legislativo, aprovado pela maioria de dois teros de seus membros; (Redao dada pela

    Emenda Lei Orgnica n 17/2001)

    XXIV - solicitar interveno do Estado no Municpio;

    XXIV - solicitar interveno do Estado no Municpio, mediante representao

    fundamentada da maioria absoluta de seus membros;

    http://cidadao.mpf.mp.br/perguntas-frequentes/sobre-o-ministerio-publicohttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm

  • CE SC Art. 11. 1 A interveno no Municpio se dar por decreto do Governador

    do Estado: I - de ofcio, ou mediante representao fundamentada da maioria absoluta

    da Cmara Municipal ou do Tribunal de Contas, nos casos dos incisos I, II e III;

    XXV - alterar a presente Lei Orgnica, por iniciativa de pelo menos a maioria absoluta

    dos membros da Cmara Municipal com aprovao de 2/3 ( dois teros ) de sua

    composio.

    XXV - alterar a presente Lei Orgnica mediante aprovao de 2/3 ( dois teros ) de

    sua composio.

    CF - Art. 29. O Municpio reger-se- por lei orgnica, votada em dois turnos, com

    o interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da

    Cmara Municipal, que a promulgar, atendidos os princpios estabelecidos nesta

    Constituio, na Constituio do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

    Princpio da simetria:

    CF Art. 60. A Constituio poder ser emendada mediante proposta:

    I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara dos Deputados ou do Senado

    Federal;

    II - do Presidente da Repblica;

    III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federao,

    manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros

    XXVI - decidir sobre o acatamento da convocao extraordinria do Prefeito Municipal,

    justificada pela urgncia ou relevncia da matria, com a aprovao da maioria absoluta

    dos seus membros. (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 33/2007)

    XXVII conhecer do veto e sobre ele deliberar;

    ADPF 1-QO/2003. "No processo legislativo, o ato de vetar, por motivo de

    inconstitucionalidade ou de contrariedade ao interesse pblico, e a deliberao

    legislativa de manter ou recusar o veto, qualquer seja o motivo desse juzo, compem

    procedimentos que se ho de reservar esfera de independncia dos poderes polticos

    em apreo. No , assim, enquadrvel, em princpio, o veto, devidamente

    fundamentado, pendente de deliberao poltica do Poder Legislativo que pode,

    sempre, mant-lo ou recus-lo, no conceito de 'ato do Poder Pblico', para os fins do

    art. 1 da Lei 9.882/1999. Impossibilidade de interveno antecipada do Judicirio, eis

    que o projeto de lei, na parte vetada, no lei, nem ato normativo, poder que a ordem

    jurdica, na espcie, no confere ao Supremo Tribunal Federal, em via de controle

    concentrado".

    XXVIII - elaborar, publicar e divulgar o seu relatrio de gesto fiscal, nos termos e na

    forma determinada pela Lei Complementar Federal n 101, de 04 de maio de 2000 (Lei

    de Responsabilidade Fiscal).

    O Relatrio de Gesto Fiscal um instrumento imprescindvel no acompanhamento das

    atividades financeiras e de gesto do Estado e est previsto no artigo 54 da Lei Complementar

    n 101, de 4 de maio de 2000, intitulada Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF. Essa Lei

  • Complementar estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na

    gesto fiscal e determina que a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero

    elaborar e publicar o Relatrio de Gesto Fiscal, com o propsito de assegurar a transparncia

    dos gastos pblicos e a consecuo das metas fiscais com a observncia dos limites fixados

    pela lei.

    XXIX - manifestar-se, por maioria de seus membros, a favor de proposta de emenda

    Constituio do Estado.

    CE-SC ART. 49, III - de mais da metade das Cmaras Municipais do Estado,

    manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;

    Pargrafo nico - O no atendimento no prazo estipulado nos incisos X e XI faculta ao

    Presidente da Cmara Municipal solicitar, de acordo com a legislao vigente, a

    interveno do Poder Judicirio para fazer cumprir a legislao

    SEO III

    SESSES DA CMARA

    Art. 16 A Cmara reunir-se- em Sesses Ordinrias, Extraordinrias, Solenes,

    Secretas, Itinerantes e de Instalao de Legislatura, conforme dispuser o seu Regimento

    Interno, e remuner-las- de acordo com o estabelecido nesta Lei Orgnica e na

    legislao especfica. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 5/1998)

    Art. 16. A Cmara reunir-se- em sesses preparatrias, em 1 de janeiro, no

    primeiro ano de legislatura, para a posse de seus membros e eleio da Mesa e, em

    sesso solene para a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito.

    1 POSSE DOS VEREADORES

    2 ELEIO DA MESA DIRETORA

    3 POSSE DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

    Art. 29, III CF/88 e Art. 111, IV CE necessidade de sesses

    SEO IV

    MESA DIRETORA

    Art. 17 A Mesa Diretora da Cmara Municipal composta de Presidente, Vice-

    Presidente, de Primeiro e Segundo Secretrios.

    Pargrafo nico - As competncias, atribuies, formas de substituio, de destituio

    da Mesa Diretora sero definidas no Regimento Interno da Cmara Municipal.

    SEO V

  • A ELEIO DA MESA

    Art. 18 Imediatamente aps a posse, os Vereadores reunir-se-o sob a Presidncia do

    Vereador mais votado entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da

    Cmara, elegero os componentes da Mesa, que ficaro automaticamente empossados.

    (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 6/1998)

    MAIS IDOSO DENTRE OS DE MAIOR NMERO DE LEGISLATURAS. Simetria

    com o Regimento da Cmara dos Deputados.

    1 O mandato da Mesa ser de 2 (dois) anos, vedada a reconduo para o mesmo

    cargo na eleio imediatamente subseqente na mesma legislatura.

    2 O Regimento Interno regulamentar:

    I - a forma da eleio;

    II - os procedimentos de eleio.

    SEO VI

    COMISSES

    Art. 19 A Cmara ter Comisses Legislativas Permanentes e Temporrias e de

    Inqurito na forma e com as atribuies e competncias definidas nesta Lei Orgnica,

    no Regimento Interno ou no ato de que resultar a sua criao.

    1 assegurada, em cada Comisso, tanto quanto possvel a representao

    proporcional dos partidos e dos blocos parlamentares que participam da Cmara

    Municipal.

    2 As Comisses Legislativas Permanentes devem exarar parecer, fundamentado,

    sobre todos os projetos de leis, de decretos legislativos e de resolues, devidamente

    instrudos com parecer jurdico da Procuradoria Geral da Cmara Municipal quando

    solicitado por qualquer membro da Comisso de Constituio, Legislao e Justia.

    (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 34/2007)

    3 Se os pareceres, fundamentados, forem favorveis aos projetos, por maioria simples

    ou, se for o caso, por maioria qualificada dos membros das Comisses Legislativas

    Permanentes, sero os mesmos considerados aprovados em primeiro turno, devendo ser

    remetidos ao Plenrio da Cmara Municipal para discusso e votao em segundo turno.

    4 Havendo pareceres, fundamentados, de oposio aos projetos, por maioria simples

    ou, se for o caso, por maioria qualificada dos membros das Comisses Legislativas

    Permanentes, sero os mesmos objeto de discusso e votao em dois turnos pelo

    Plenrio da Cmara Municipal.

    5 Se qualquer das Comisses Legislativas Parlamentares propuser emenda aos

    projetos, seguiro estes o trmite do 4 deste artigo.

    6 Se o parecer fundamentado da Comisso de Constituio, Legislao e Justia, com

    deliberao por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, for

    contrrio, por inconstitucionalidade ou ilegalidade "in totum", o projeto ser arquivado;

    quando a inconstitucionalidade ou ilegalidade for parcial, o projeto poder receber

  • mensagem aditiva do Poder Executivo ou emenda do Vereador autor para sanar o vcio.

    (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 38/2007)

    Art. 20 A Cmara poder ter Comisso Legislativa Permanente de Interesse

    Comunitrio, composta pelos Presidentes das Comisses Legislativas Permanentes, com

    atribuies definidas neste artigo, alm de outras definidas no Regimento Interno:

    I - dar encaminhamento s sugestes de proposies encaminhadas por entidades civis,

    como sindicatos, rgos de classe, associaes e organizaes no-governamentais

    (ONG`s);

    II - fiscalizar e acompanhar o cumprimento das leis aprovadas no municpio de

    Blumenau;

    III - promover estudos e debates sobre temas jurdicos, ticos, sociais de interesse da

    comunidade. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 27/2005)

    Art. 20 A - A Cmara Municipal poder ter Frentes Parlamentares, de carter

    permanente ou temporrio, com a finalidade de firmar parcerias com o Movimento

    Social Organizado, Organizaes No Governamentais e rgos Governamentais para a

    aglutinao de foras necessrias ao enfrentamento de problemas sociais determinados.

    1 A Frente Parlamentar ser composta por, no mnimo, 1/5 (um quinto) e, no

    mximo, 1/3 (um tero) dos membros da Cmara, observada a forma regimental para a

    constituio de comisses permanentes, com as competncias e atribuies definidas no

    Decreto Legislativo de que resultar a sua criao, iniciado por qualquer Vereador e

    aprovado por maioria simples de votos.

    2 Fica limitada em 3 (trs), a quantidade de Frentes Parlamentares, permanentes e

    temporrias, em funcionamento na Cmara Municipal. (Redao acrescida pela Emenda

    Lei Orgnica n 39/2008)

    SEO VII

    VEREADORES

    SUBSEO I

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 21 Os Vereadores so inviolveis por suas opinies, palavras e votos no exerccio

    do mandato e na circunscrio do Municpio.

    "A interpretao da locuo no exerccio do mandato deve prestigiar as diferentes

    vertentes da atuao parlamentar, dentre as quais se destaca a fiscalizao dos outros

    Poderes e o debate poltico. Embora indesejveis, as ofensas pessoais proferidas no

    mbito da discusso poltica, respeitados os limites trazidos pela prpria Constituio,

    no so passveis de reprimenda judicial. Imunidade que se caracteriza como proteo

    adicional liberdade de expresso, visando a assegurar a fluncia do debate pblico e,

    em ltima anlise, a prpria democracia. A ausncia de controle judicial no imuniza

    completamente as manifestaes dos parlamentares, que podem ser repreendidas pelo

    Legislativo. Provimento do recurso, com fixao, em repercusso geral, da seguinte

    tese: nos limites da circunscrio do Municpio e havendo pertinncia com o exerccio

  • do mandato, os vereadores so imunes judicialmente por suas palavras, opinies e

    votos." (RE 600.063, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, julgamento em 25-2-2015,

    Plenrio, DJE de 15-5-2015, com repercusso geral.)

    Art. 22 Os Vereadores no so obrigados a testemunhar, perante a Cmara, sobre

    informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as

    pessoas a quem confiaram ou de quem receberam informaes.

    A garantia constitucional da imunidade parlamentar em sentido material (CF, art. 29,

    VIII, c/c art. 53, caput) exclui a responsabilidade civil (e tambm penal) do membro do

    Poder Legislativo (vereadores, deputados e senadores), por danos eventualmente

    resultantes de manifestaes, orais ou escritas, desde que motivadas pelo desempenho

    do mandato (prtica in officio) ou externadas em razo deste (prtica propter officium).

    Tratando-se de vereador, a inviolabilidade constitucional que o ampara no exerccio da

    atividade legislativa estende-se s opinies, palavras e votos por ele proferidos, mesmo

    fora do recinto da prpria Cmara Municipal, desde que nos estritos limites territoriais

    do Municpio a que se acha funcionalmente vinculado. (...) A EC 35/2001, ao dar nova

    frmula redacional ao art. 53, caput, da Constituio da Repblica, consagrou diretriz,

    que, firmada anteriormente pelo STF (...), j reconhecia, em favor do membro do Poder

    Legislativo, a excluso de sua responsabilidade civil, como decorrncia da garantia

    fundada na imunidade parlamentar material, desde que satisfeitos determinados

    pressupostos legitimadores da incidncia dessa excepcional prerrogativa jurdica. Essa

    prerrogativa poltico-jurdica que protege o parlamentar (como os vereadores, p. ex.)

    em tema de responsabilidade civil supe, para que possa ser invocada, que exista o

    necessrio nexo de implicao recproca entre as declaraes moralmente ofensivas, de

    um lado, e a prtica inerente ao ofcio legislativo, de outro, salvo se as declaraes

    contumeliosas houverem sido proferidas no recinto da Casa legislativa, notadamente da

    tribuna parlamentar, hiptese em que ser absoluta a inviolabilidade constitucional. (...)

    Se o membro do Poder Legislativo, no obstante amparado pela imunidade parlamentar

    material, incidir em abuso dessa prerrogativa constitucional, expor-se- jurisdio

    censria da prpria Casa legislativa a que pertence (CF, art. 55, 1). (AI 631.276, rel.

    min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 1-2-2011, DJE de 15-2-

    2011.) No mesmo sentido: Inq 3.215, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 4-4-2013,

    Plenrio, DJE de 25-9-2013.

    Art. 23 incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no

    Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a

    percepo, por estes, de vantagens indevidas.

    SUBSEO II

    INCOMPATIBILIDADES

    Art. 24 O Vereador no poder:

    "Condio de vereador que no garante ao paciente tratamento diferenciado

    relativamente aos demais corrus. Os edis, ao contrrio do que ocorre com os membros

    do Congresso Nacional e os deputados estaduais no gozam da denominada

  • incoercibilidade pessoal relativa (freedom from arrest), ainda que algumas Constituies

    estaduais lhes assegurem prerrogativa de foro. (HC 94.059, rel. min. Ricardo

    Lewandowski, julgamento em 6-5-2008, Primeira Turma, DJE de 13-6-2008.)

    I - desde a expedio do diploma:

    a) firmar ou manter contrato com o Municpio, suas autarquias, empresas pblicas,

    sociedades de economia mista, fundaes ou empresas concessionrias de servios

    pblicos municipais, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes e houver

    permisso constitucional;

    b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam

    demissveis ad nutum, nas entidades constantes da alnea anterior, salvo o exerccio de 1

    (um) cargo de professor;

    II - desde a posse:

    a) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de

    contrato celebrado com o Municpio ou nela exercer funo remunerada;

    b) ocupar cargo ou funo de que sejam demissveis ad nutum nas entidades referidas na

    alnea "a" do inciso I, salvo o cargo de Secretrio Municipal ou equivalente;

    c) patrocinar causas em que seja parte interessada qualquer das entidades a que se refere

    a alnea "a", do inciso I;

    d) ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.

    Art. 25 Perder o mandato o Vereador:

    I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;

    II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar;

    "Ato da Mesa da Cmara dos Deputados, confirmado pela Comisso de Constituio e

    Justia e Redao da referida Casa legislativa, sobre a cassao do mandato do

    impetrante por comportamento incompatvel com o decoro parlamentar. (...) No cabe,

    no mbito do mandado de segurana, (...) discutir deliberao, interna corporis, da Casa

    Legislativa. Escapa ao controle do Judicirio, no que concerne a seu mrito, juzo sobre

    fatos que se reserva, privativamente, Casa do Congresso Nacional formul-lo." (MS

    23.388, rel. min. Nri da Silveira, julgamento em 25-11-1999, Plenrio, DJ de 20-4-

    2001.)

    III - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses

    ordinrias da Cmara ou das reunies das Comisses Legislativas Permanentes, salvo

    em caso de licena ou de misso oficial autorizada;

    IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

    V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio Federal;

    VI - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado;

  • VII - que deixar de residir no Municpio;

    VIII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado dentro do prazo estabelecido

    no Regimento Interno.

    "O membro do Congresso Nacional que se licencia do mandato para investir-se no

    cargo de ministro de Estado no perde os laos que o unem, organicamente, ao

    Parlamento (CF, art. 56, I). (...). (...) ainda que licenciado, cumpre-lhe guardar estrita

    observncia s vedaes e incompatibilidades inerentes ao estatuto constitucional do

    congressista, assim como s exigncias tico-jurdicas que a Constituio (CF, art. 55,

    1) e os regimentos internos das casas legislativas estabelecem como elementos

    caracterizadores do decoro parlamentar." (MS 25.579-MC, rel. p/ o ac. min. Joaquim

    Barbosa, julgamento em 19-10-2005, Plenrio, DJ de 24-8-2007.)

    1 Extingue-se o mandato, e assim ser declarado pelo Presidente da Cmara, quando

    ocorrer falecimento ou renncia por escrito do Vereador.

    1 Extingue-se o mandato do Vereador, e assim ser declarado pelo Presidente da

    Cmara, quando ocorrer falecimento ou renncia por escrito, tornando-se efetiva depois

    de lida na primeira sesso ordinria da Cmara Municipal.

    2 Nos casos dos incisos I, II, VI e VII deste artigo, a perda do mandato ser decidida

    pela Cmara, por maioria absoluta, mediante iniciativa da Mesa Diretora ou de Partido

    Poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa. (Redao dada pela Emenda

    Lei Orgnica n 15/2001)

    2 Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato ser decidida pelo plenrio,

    por voto nominal e maioria absoluta de seus membros, mediante provocao da Mesa

    Diretora ou de partido poltico com representao na Cmara Municipal, assegurada

    ampla defesa.

    "Parlamentar. Perda de mandato. Processo de cassao. Quebra de decoro parlamentar.

    Inverso da ordem das provas. Reinquirio de testemunha de acusao ouvida aps as

    da defesa. Indeferimento pelo Conselho de tica. Inadmissibilidade. Prejuzo

    presumido. Nulidade consequente. Inobservncia do contraditrio e da ampla defesa.

    Vulnerao do justo processo da lei (due process of law). Ofensa ao art. 5, LIV e LV, e

    art. 55, 2, da CF. (...) Em processo parlamentar de perda de mandato, no se admite

    aproveitamento de prova acusatria produzida aps as provas de defesa, sem

    oportunidade de contradio real." (MS 25.647-MC, rel. min. Cezar Peluso, julgamento

    em 30-11-2005, Plenrio, DJ de 15-12-2006.)

    3 Nos casos previstos pelos incisos III, IV, V e VIII, a perda do mandato ser

    declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de qualquer

    Vereador ou de partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa.

    3 Nos casos previstos nos incisos III, IV, V, VII e VIII, a perda do mandato ser

    declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de qualquer dos seus

    membros ou de partido poltico representado na Casa, assegurada ampla defesa.

    "Eficcia imediata das decises da Justia Eleitoral, salvo excees previstas em lei.

    Comunicada a deciso Presidncia da Cmara dos Deputados, cabe a esta dar posse

    http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=480550&PROCESSO=25579&CLASSE=MS%2DMC&cod_classe=382&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2286

  • imediata ao suplente do parlamentar que teve seu diploma cassado." (MS 25.458, rel. p/

    o ac. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 7-12-2005, Plenrio, DJ de 9-3-2007.) No

    mesmo sentido: MS 27.613, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 28-10-

    2009, Plenrio, DJE de 4-12-2009.

    4 A renncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar

    perda do mandato, nos termos deste artigo, ter seus efeitos suspensos at as

    deliberaes finais nos casos de perda do mandato do vereador.

    A renncia do ru produz plenos efeitos no plano processual, o que implica a

    declinao da competncia do STF para o juzo criminal de primeiro grau. Ausente o

    abuso de direito que os votos vencidos vislumbraram no ato. Autos encaminhados ao

    juzo atualmente competente. (AP 333, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 5-

    12-2007, Plenrio, DJE de 11-4-2008.) Vide: AP 396, rel. min. Crmen Lcia,

    julgamento em 28-10-2010, Plenrio, DJE de 28-4-2011.

    Art. 26 Aplicam-se as normas da Constituio Federal ao servidor pblico no exerccio

    da vereana, inclusive a inamovibilidade de ofcio pelo tempo de durao de seu

    mandato quando ocupante o Vereador de cargo, emprego ou funo pblica municipal.

    SUBSEO III

    LICENAS E SUPLENTES

    Art. 27 O Vereador pode licenciar-se:

    I - para tratamento de sade, devidamente comprovados;

    II - para tratar de assuntos de interesse particular, apenas quando o perodo de licena

    no for superior a 120 (cento e vinte) dias por Sesso Legislativa. (Redao dada pela

    Emenda Lei Orgnica n 48/2016)

    III - para ser investido no cargo de Secretrio Municipal ou equivalente, Presidente de

    Autarquia ou Fundao Municipal, Estadual ou Federal, Ministro de Estado, Secretrio

    de Estado, Secretrio Adjunto de Estado, Secretrio de Estado de Desenvolvimento

    Regional, Secretrio de Estado Adjunto de Desenvolvimento Regional, sendo, nestes

    casos, automaticamente licenciado. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n

    47/2016)

    (...) embora licenciado para o desempenho de cargo de secretrio de estado, nos termos

    autorizados pelo art. 56, I, da CR, o membro do Congresso Nacional no perde o

    mandato de que titular e mantm, em consequncia, nos crimes comuns, a prerrogativa

    de foro, ratione muneris, perante o STF. (Inq 3.357, rel. min. Celso de Mello, deciso

    monocrtica, julgamento em 25-3-2014, DJE de 22-4-2014.)

    IV - para assumir mandato de deputado estadual, deputado federal ou senador, na

    condio de suplente, sendo, nestes casos, automaticamente licenciado. (Redao

    acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 46/2016)

    1 Nos casos dos incisos I e II no pode o Vereador reassumir antes de esgotado o

    prazo de sua licena.

  • 2 No tem direito remunerao o Vereador licenciado para tratar de assuntos de

    interesse particular.

    3 Pode o Vereador optar pela remunerao da vereana, quando investido no cargo

    de Secretrio Municipal ou equivalente.

    4 O Vereador afastado, com devida aprovao do Plenrio, para o desempenho de

    misses temporrias de interesse do Municpio no ser considerado licenciado, fazendo

    jus remunerao estabelecida.

    5 A Vereadora gestante poder licenciar-se, por 120 dias, sem prejuzo da

    remunerao. (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 7/1998)

    5 A Vereadora ter direito a licena gestante ou adotante de 120 (cento e vinte) dias,

    podendo ser prorrogada por mais 60 (sessenta) dias, sem prejuzo de recebimento do

    subsdio integral.

    5-A. O Vereador ter direito a licena paternidade ou adotante de 5 (cinco) dias,

    podendo ser prorrogada por mais 15 (quinze) dias, sem prejuzo de recebimento do

    subsdio integral.

    6 - Possibilidade de 180 dias. Lei n 13.257, de 8 de maro de 2016, que dispe sobre

    as polticas pblicas para a primeira infncia. Conforme o art. 38, pode ser prorrogada a

    licena-gestante ou adotante por mais 60 dias, totalizando 180 dias.

    Ementa: PERODO DE LICENA-MATERNIDADE. SERVIDORAS PBLICAS.

    EQUIPARAO ENTRE GESTANTES E ADOTANTES. PRESENA DE

    REPERCUSSO GERAL. 1. Constitui questo constitucional saber se a lei pode ou

    no instituir prazos diferenciados para a licena-maternidade concedida s servidoras

    gestantes e s adotantes, especialmente luz do art. 227, 6, da CF/88. 2. Repercusso

    geral reconhecida. (RE 778889 RG, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, julgado

    em 20/11/2014, ACRDO ELETRNICO DJe-046 DIVULG 10-03-2015 PUBLIC

    11-03-2015 )

    6 O Vereador licenciado para tratamento de sade receber, da Cmara Municipal, a

    diferena entre o valor do subsdio mensal e o valor do auxliodoena pago pelo INSS.

    (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 45/2016)

    7 O Vereador licenciado para tratamento de sade receber, da Cmara Municipal, a

    diferena entre o valor do subsdio mensal e o valor do auxlio-doena pago pelo INSS.

    (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 45/2016)

    Art. 28 O Suplente de Vereador ser convocado pelo Presidente da Cmara no caso de

    vaga, licena igual ou superior a 30 dias ou de investidura do Vereador no cargo de

    Secretrio Municipal ou equivalente.

    1 O Suplente convocado dever tomar posse dentro de 15 ( quinze ) dias, salvo

    motivo justo aceito pela deliberao da Cmara, sob pena de ser considerado

    renunciante.

  • 1 O Suplente convocado dever tomar posse no prazo de 24 horas, contadas da data

    de convocao, salvo justo motivo aceito pela Cmara, quando se prorrogar o prazo

    por igual perodo.

    1 - (...) os direitos inerentes suplncia abrangem, unicamente, (a) o direito de

    substituio, em caso de impedimento, e (b) o direito de sucesso, na hiptese de vaga.

    Antes de ocorrido o fato gerador da convocao, quer em carter permanente (resultante

    do surgimento de vaga), quer em carter temporrio (decorrente da existncia de

    situao configuradora de impedimento), o suplente dispe de mera expectativa de

    direito, no lhe assistindo, por isso mesmo, qualquer outra prerrogativa de ordem

    parlamentar, pois no custa enfatizar o suplente, enquanto tal, no se qualifica como

    membro do Poder Legislativo. (AP 511, rel. min. Celso de Mello, deciso monocrtica,

    julgamento em 25-11-2009, DJE de 3-12-2009.)

    2 Na ocorrncia de vaga no havendo Suplente, o Presidente da Cmara comunicar

    o fato no prazo de 48 (quarenta e oito) horas ao Tribunal Regional Eleitoral.

    3 Enquanto a vaga a que se refere o pargrafo anterior, no for preenchida, calcula-se

    o quorum em funo dos Vereadores remanescentes.

    SUBSEO IV

    PRESIDNCIA, VICE-PRESIDNCIA E SECRETRIOS

    Art. 29 O Presidente da Cmara Municipal representa o Poder Legislativo judicial e

    extrajudicialmente.

    Art. 30 Ao Vice-Presidente cabe substituir o Presidente da Cmara em suas faltas,

    ausncias, impedimentos ou licenas.

    Presidente da Cmara Municipal que substitui ou sucede o prefeito nos seis meses

    anteriores ao pleito inelegvel para o cargo de vereador. CF, art. 14, 6.

    Inaplicabilidade das regras dos 5 e 7 do art. 14, CF. (RE 345.822, rel. min.Carlos

    Velloso, julgamento em 18-11-2003, Segunda Turma, DJ de 12-12-2003.)

    Art. 31 As atribuies e procedimentos do Presidente, do Vice-Presidente e dos

    Secretrios sero definidos no Regimento Interno da Cmara Municipal.

    SEO VIII

    PROCESSO LEGISLATIVO

    SUBSEO I

    DISPOSIO GERAL

    Art. 32 O Processo Legislativo Municipal compreende a elaborao de:

    I - emendas Lei Orgnica Municipal;

    II - leis complementares;

    III - leis ordinrias;

    IV - leis delegadas;

  • V - decretos legislativos;

    VI - resolues.

    Pargrafo nico - O Regimento Interno da Cmara Municipal dispor sobre o decreto

    legislativo e sobre a resoluo, que no dependem da sano ou do veto do Prefeito

    Municipal.

    "A disciplina jurdica do processo de elaborao das leis tem matriz essencialmente

    constitucional, pois residem, no texto da Constituio e nele somente , os princpios

    que regem o procedimento de formao legislativa, inclusive aqueles que concernem ao

    exerccio do poder de iniciativa das leis. A teoria geral do processo legislativo, ao versar

    a questo da iniciativa vinculada das leis, adverte que esta somente se legitima

    considerada a qualificao eminentemente constitucional do poder de agir em sede

    legislativa se houver, no texto da prpria Constituio, dispositivo que, de modo

    expresso, a preveja. Em consequncia desse modelo constitucional, nenhuma lei, no

    sistema de direito positivo vigente no Brasil, dispe de autoridade suficiente para impor,

    ao chefe do Executivo, o exerccio compulsrio do poder de iniciativa legislativa." (MS

    22.690, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 17-4-1997, Plenrio, DJ de 7-12-

    2006.)

    SUBSEO II

    EMENDAS LEI ORGNICA MUNICIPAL

    Art. 33 A Lei Orgnica Municipal ser emendada mediante proposta:

    A eficcia das regras jurdicas produzidas pelo poder constituinte (redundantemente

    chamado de originrio) no est sujeita a nenhuma limitao normativa, seja de ordem

    material, seja formal, porque provm do exerccio de um poder de fato ou suprapositivo.

    J as normas produzidas pelo poder reformador, essas tm sua validez e eficcia

    condicionadas legitimao que recebam da ordem constitucional. Da a necessria

    obedincia das emendas constitucionais s chamadas clusulas ptreas. (ADI 2.356-

    MC e ADI 2.362-MC, rel. p/ o ac. min. Ayres Britto, julgamento em 25-11-2010,

    Plenrio, DJE de 19-5-2011.)

    I - da maioria absoluta, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal;

    I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal;

    O incio da tramitao da proposta de emenda no Senado Federal est em harmonia

    com o disposto no art. 60, I, da CF, que confere poder de iniciativa a ambas as Casas

    Legislativas. (ADI 2.031, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 3-10-2002, Plenrio,

    DJ de 17-10-2003.)

    II - da unanimidade das lideranas de bancadas, de blocos parlamentares e de Governo;

    PARA REVOGAR POR NO ENCONTRAR SIMETRIA COM AS

    CONSTITUIES FEDERAL E ESTADUAL.

    CE SC. Art. 49. A Constituio poder ser emendada mediante proposta: I - de um tero, no

    mnimo, dos membros da Assembleia Legislativa; II - do Governador do Estado; III - de mais da

    metade das Cmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria

  • relativa de seus membros; IV - de pelo menos dois e meio por cento do eleitorado estadual,

    distribudo por no mnimo quarenta Municpios, com no menos de um por cento dos eleitores

    de cada um deles.

    III - do Prefeito Municipal;

    IV - de iniciativa popular, subscrita por, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do

    Municpio;

    V - de mais da metade das Comisses Legislativas Permanentes, manifestando-se, cada

    uma delas, pela maioria absoluta dos seus membros.

    PARA REVOGAR POR NO ENCONTRAR SIMETRIA COM AS

    CONSTITUIES FEDERAL E ESTADUAL.

    1 A proposta de emenda Lei Orgnica ser votada em dois turnos de discusso e

    votao, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, dois teros dos votos dos

    membros da Cmara.

    1 A proposta de emenda Lei Orgnica Municipal ser discutida e votada em 2

    (dois) turnos, com interstcio mnimo de 10 (dez) dias, cons