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LEI ORGNICA
LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE BLUMENAU/SC.
PREMBULO
A Comunidade Blumenauense, sob a proteo de Deus e consciente da sua
responsabilidade, promulga e adota, atravs dos Vereadores eleitos e integrantes do
Poder Legislativo, a seguinte Lei Orgnica do Municpio de Blumenau, conclamando a
todos para assegurar a autonomia municipal, os direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurana, a unidade, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade, a
justia, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa, o pluralismo poltico, o territrio prprio, a defesa da democracia, a proteo
ao meio ambiente, o repdio ao terrorismo, violncia, ao txico e ao racismo, a
cooperao entre os Municpios, a soluo poltica dos conflitos, a integrao
econmica, poltica, social, educacional, cultural da nossa gente e a administrao
pblica local transparente e voltada ao bem-estar de todos cidados.
Vale, assim, uma palavra, ainda que brevssima, ao Prembulo da Constituio, no
qual se contm a explicitao dos valores que dominam a obra constitucional de 1988
(...). No apenas o Estado haver de ser convocado para formular as polticas pblicas
que podem conduzir ao bem-estar, igualdade e justia, mas a sociedade haver de
se organizar segundo aqueles valores, a fim de que se firme como uma comunidade
fraterna, pluralista e sem preconceitos (...). E, referindo-se, expressamente, ao
Prembulo da Constituio brasileira de 1988, escolia Jos Afonso da Silva que O
Estado Democrtico de Direito destina-se a assegurar o exerccio de determinados
valores supremos. Assegurar, tem, no contexto, funo de garantia dogmtico-
constitucional; no, porm, de garantia dos valores abstratamente considerados, mas
do seu exerccio. Este signo desempenha, a, funo pragmtica, porque, com o
objetivo de assegurar, tem o efeito imediato de prescrever ao Estado uma ao em
favor da efetiva realizao dos ditos valores em direo (funo diretiva) de
destinatrios das normas constitucionais que do a esses valores contedo especfico
(...). Na esteira destes valores supremos explicitados no Prembulo da Constituio
brasileira de 1988 que se afirma, nas normas constitucionais vigentes, o princpio
jurdico da solidariedade (ADI 2.649, voto da Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em
8-5-2008, Plenrio, DJE de 17-10-2008.)
TTULO I
OS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1 O Municpio de Blumenau, pessoa jurdica de direito pblico interno, integra a
organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil e a diviso
administrativa do Estado, com a autonomia assegurada pela Constituio da Repblica.
A Constituio Federal conferiu nfase autonomia municipal ao mencionar os
Municpios como integrantes do sistema federativo (art. 1 da CF/1988) e ao fix-la
junto com os Estados e o Distrito Federal (art. 18 da CF/1988). A essncia da autonomia
municipal contm primordialmente (i) autoadministrao, que implica capacidade
decisria quanto aos interesses locais, sem delegao ou aprovao hierrquica; e (ii)
autogoverno, que determina a eleio do chefe do Poder Executivo e dos representantes
no Legislativo. O interesse comum e a compulsoriedade da integrao metropolitana
no so incompatveis com a autonomia municipal. O mencionado interesse comum no
comum apenas aos Municpios envolvidos, mas ao Estado e aos Municpios do
agrupamento urbano. (ADI 1.842, rel. min.Gilmar Mendes, julgamento em 6-3-2013,
Plenrio, DJE de 16-9-2013.)
Art. 2 O Municpio de Blumenau rege-se pelos princpios fundamentais da
Constituio da Repblica Federativa do Brasil e fundamenta sua existncia
principalmente:
I - na autonomia;
II - na dignidade do homem;
III - na liberdade da pessoa humana;
IV - na justia social;
V - na livre iniciativa;
VI - na igualdade perante a lei;
VII - na democracia com responsabilidade, segurana e justia;
VIII - no respeito ordem constitucional e lei moral;
IX - no territrio prprio;
X - no direito vida em ambiente ecologicamente equilibrado.
TTULO II
DISPOSIES FUNDAMENTAIS
Art. 3 A sede do Municpio d-lhe o nome e tem categoria de cidade, enquanto a sede
do Distrito tem a categoria de Vila.
A instituio de regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies,
constitudas por agrupamentos de Municpios limtrofes, depende, apenas, de lei
complementar estadual. (ADI 1.841, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 1-8-
2002, Plenrio, DJ de 20-9-2002.) No mesmo sentido: ADI 1.842, rel. p/ o ac.
min.Gilmar Mendes, julgamento em 6-3-2013, Plenrio, DJE de 16-9-2013.
Art. 4 Constituem bens municipais todas as coisas mveis e imveis, direitos e aes
que, a qualquer ttulo, pertenam ao Municpio.
Pargrafo nico - Lei Municipal dispor sobre administrao, alienao, aquisio e
uso dos bens municipais.
(Assunto tratado no art. 14, IX e X)
Pargrafo nico. A desapropriao dos bens do Municpio de Blumenau somente
se dar mediante lei justificada pela necessidade, utilidade pblica ou por interesse
social, conforme previsto no plano diretor e devida notificao prvia ao
proprietrio do imvel;
Seguindo a jurisprudncia adotada pelo STF.
"Imvel urbano. Desapropriao por utilidade pblica e interesse social. Acrdo que
declarou a sua ilegalidade, por ausncia de plano diretor e de notificao prvia ao
proprietrio para que promovesse seu adequado aproveitamento, na forma do art. 182 e
pargrafos da Constituio. Descabimento, entretanto, dessas exigncias, se no se est
diante da desapropriao-sano prevista no art. 182, 4, III, da Constituio de 1988,
mas de ato embasado no art. 5, XXIV, da mesma Carta, para o qual se acha
perfeitamente legitimada a Municipalidade." (RE 161.552, rel. min.Ilmar Galvo,
julgamento em 11-11-1997, Primeira Turma, DJ de 6-2-1998.
Art. 5 O Municpio defender o direito participao no resultado da explorao de
petrleo ou gs natural, de recursos hdricos para fins de gerao de energia eltrica e de
outros recursos minerais de seu territrio.
Art. 6 So smbolos do Municpio de Blumenau o Braso, a Bandeira e o Hino.
Pargrafo nico - Lei Municipal determinar normas sobre os smbolos do Municpio e
as caractersticas histrico-culturais de Blumenau que devam simbolizar.
CF ART. 13, 2 Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero ter smbolos
prprios.
TTULO III
COMPETNCIAS MUNICIPAIS
Art. 7 Compete ao Municpio:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
competente o Municpio para fixar o horrio de funcionamento de estabelecimento
comercial. (Smula Vinculante 38.)
Competncia do municpio para legislar em matria de segurana em estabelecimentos
financeiros. Terminais de autoatendimento. (ARE 784.981-AgR, rel. min. Rosa
Weber, julgamento em 17-3-2015, Primeira Turma, DJE de 7-4-2015.)
O Municpio competente para legislar sobre meio ambiente com Unio e Estado, no
limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja e harmnico com a
disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI c/c 30, I e II da
CRFB). (RE 586.224, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 5-3-2015, Plenrio, DJE de
8-5-2015, com repercusso geral.)
"Os Municpios so competentes para legislar sobre questes que respeitem a
edificaes ou construes realizadas no seu territrio, assim como sobre assuntos
relacionados exigncia de equipamentos de segurana, em imveis destinados a
atendimento ao pblico." (AI 491.420-AgR, rel. min. Cezar Peluso, julgamento em 21-
2-2006, Primeira Turma, DJ de 24-3-2006.) No mesmo sentido: RE 795.804-AgR, rel.
min. Gilmar Mendes, julgamento em 29-4-2014, Segunda Turma, DJE de 16-5-2014.
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?classe=RE&processo=161552&origem=IT&cod_classe=437http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=38.NUME.%20E%20S.FLSV.&base=baseSumulasVinculanteshttp://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8144907http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8399039http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?classe=AI-AgR&processo=491420&origem=IT&cod_classe=510http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5883944
"Atendimento ao pblico e tempo mximo de espera na fila. Matria que no se
confunde com a atinente s atividades fim das instituies bancrias. Matria de
interesse local e de proteo ao consumidor. Competncia legislativa do Municpio."
(RE 432.789, rel. min. Eros Grau, julgamento em 14-6-2005, Primeira Turma DJ de 7-
10-2005.) No mesmo sentido: RE 285.492-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 26-6-2012, Segunda Turma, DJE de 28-8-2012; RE 610.221-RG, rel.
min. Ellen Gracie, julgamento em 29-4-2010, Plenrio, DJE de 20-8-2010, com
repercusso geral.
II - suplementar a legislao federal e a estadual, no que couber;
Deixando a Unio de editar normas gerais, exerce a unidade da Federao a
competncia legislativa plena 3 do art. 24, do corpo permanente da Carta de 1988
, sendo que, com a entrada em vigor do sistema tributrio nacional, abriu-se Unio,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios a via da edio de leis necessrias
respectiva aplicao 3 do art. 34 do ADCT da Carta de 1988. (AI 167.777-AgR,
rel. min. Marco Aurlio, julgamento em 4-3-1997, Segunda Turma,DJ de 9-5-
1997.) No mesmo sentido: RE 601.247-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski,
julgamento em 29-5-2012, Segunda Turma, DJE de 13-6-2012.
III - atuar em cooperao com a Unio e o Estado, no exerccio das competncias
comuns, tendo em vista o equilbrio e desenvolvimento e o bem-estar da Comunidade
local, regional e nacional, preservados os interesses municipais;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual pertinente;
IV - criar, organizar e suprimir distritos mediante consulta prvia por plebiscito
envolvendo a populao diretamente interessadas, observando-se a legislao
estadual.
"A criao, a organizao e a supresso de distritos, da competncia dos Municpios,
faz-se com observncia da legislao estadual (CF, art. 30, IV). Tambm a competncia
municipal, para promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano CF,
art. 30, VIII por relacionar-se com o direito urbanstico, est sujeita a normas federais
e estaduais (CF, art. 24, I). As normas das entidades polticas diversas Unio e Estado-
membro devero, entretanto, ser gerais, em forma de diretrizes, sob pena de tornarem
incua a competncia municipal, que constitui exerccio de sua autonomia
constitucional." (ADI 478, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 9-12-1996,
Plenrio, DJ de 28-2-1997.) No mesmo sentido:ADI 512, rel. min. Marco Aurlio,
julgamento em 3-3-1999, Plenrio, DJ de 18-6-2001.
Aps a alterao promovida pela EC 15/1996, a Constituio explicitou o alcance do
mbito de consulta para o caso de reformulao territorial de Municpios e, portanto, o
significado da expresso populaes diretamente interessadas, contida na redao
originria do 4 do art. 18 da Constituio, no sentido de ser necessria a consulta a
toda a populao afetada pela modificao territorial, o que, no caso de
desmembramento, deve envolver tanto a populao do territrio a ser desmembrado,
quanto a do territrio remanescente. Esse sempre foi o real sentido da exigncia
constitucional a nova redao conferida pela emenda, do mesmo modo que o art. 7 da
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?classe=RE&processo=432789&origem=IT&cod_classe=437http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2641874http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=613639http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=167777&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=Mhttp://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2174192http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=266374http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=266394
Lei 9.709/1998, apenas tornou explcito um contedo j presente na norma originria. A
utilizao de termos distintos para as hipteses de desmembramento de Estados-
membros e de Municpios no pode resultar na concluso de que cada um teria um
significado diverso, sob pena de se admitir maior facilidade para o desmembramento de
um Estado do que para o desmembramento de um Municpio. (ADI 2.650, rel.
min. Dias Toffoli, julgamento em 24-8-2011, Plenrio, DJE de 17-11-2011.)
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso os
servios pblicos;
a) o servio pblico de gua atribuio precpua do Municpio que dever estend-lo
progressivamente a toda populao. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n
40/2009)
b) o servio pblico de que trata a alnea anterior, ser organizado, prestado, explorado
e fiscalizado diretamente pelo Municpio, vedada a outorga mediante concesso,
permisso ou autorizao, exceto entidade pblica municipal existente ou que venha a
ser criada para tal fim. (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 19/2001)
A competncia para organizar servios pblicos de interesse local municipal, entre os
quais o de transporte coletivo (...). O preceito da Constituio amapaense que garante o
direito a meia passagem aos estudantes, nos transportes coletivos municipais, avana
sobre a competncia legislativa local. A competncia para legislar a propsito da
prestao de servios pblicos de transporte intermunicipal dos Estados-membros.
No h inconstitucionalidade no que toca ao benefcio, concedido pela Constituio
estadual, de meia passagem aos estudantes nos transportes coletivos intermunicipais.
(ADI 845, rel. min. Eros Grau, julgamento em 22-11-2007, Plenrio, DJE de 7-3-
2008.)
VI - instituir e arrecadar os tributos de sua competncia, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuzo da obrigatoriedade de prestar contas nos prazos fixados em lei;
(...) os valores arrecadados com tributos servem para custear atividades de interesse
pblico. Porm, a circunstncia no imuniza o Estado de assumir responsabilidades e a
responder por sua conduta. Os princpios da moralidade, da legalidade e da propriedade
impedem que o argumento seja levado s ltimas consequncias, de modo a impedir
pura a simplesmente qualquer restituio de indbito tributrio. Dessa forma, compete
ao ente federado demonstrar com exatido numrica o risco continuidade do servio
pblico, causada pela reparao devida. Meras conjecturas ou ilaes caem na vala das
falcias ad terrorem. Alis, o ltimo argumento tambm um apelo catstrofe. Como
os entes federados atuam no contexto republicano, todos os custos so repartidos pelos
administrados. A opo pelo aumento da carga tributria ou pela gesto mais eficiente ,
antes de tudo, poltica e que deve ser partilhada com os administrados pelos caminhos
prprios do sistema poltico-legislativo. Abstrados outros tipos de problema, a escolha
pelo aumento da carga tributria para custeio da correo de erros imputveis
administrao, se legitimada pelo processo legislativo correto, no interfere no direito
de ressarcimento das pessoas lesadas pelos erros. (AI 607.616-AgR, voto do rel. min.
Joaquim Barbosa, julgamento em 31-8-2010, Segunda Turma, DJE de 1-10-2010.)
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=629700http://www.stf.jus.br/portal/inteiroTeor/obterInteiroTeor.asp?id=513619&codigoClasse=504&numero=845&siglaRecurso=&classe=ADIhttp://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=614958
VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas
de educao pr-escolar e de ensino fundamental;
VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado,
programas de educao infantil e de ensino fundamental;
CF, Art. 30, VI - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do
Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental;
VIII - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios de
atendimento sade da populao;
O Estado deve criar meios para prover servios mdico-hospitalares e fornecimento de
medicamentos, alm da implementao de polticas pblicas preventivas, merc de os
entes federativos garantirem recursos em seus oramentos para implementao delas .
(RE 607.381-AgR, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 31-5-2011, Primeira
Turma, DJE de 17-6-2011.)
IX - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo urbano;
Instalao de torres de telefonia celular. Competncia Legislativa Municipal para
disciplinar o uso e a ocupao do solo urbano. (RE 632.006-AgR, rel. min. Crmen
Lcia, julgamento em 18-11-2014, Segunda Turma, DJE de 1-12-2014.)
X - promover a proteo do patrimnio histrico, cultural, artstico, turstico, natural e
paisagstico local, observada a legislao e ao fiscalizadora federal e estadual;
"Federao: competncia comum: proteo do patrimnio comum, includo o dos stios
de valor arqueolgico (CF, arts. 23, III, e 216, V): encargo que no comporta demisso
unilateral. Lei estadual 11.380, de 1999, do Estado do Rio Grande do Sul, confere aos
Municpios em que se localizam a proteo, a guarda e a responsabilidade pelos stios
arqueolgicos e seus acervos, no Estado, o que vale por excluir, a propsito de tais bens
do patrimnio cultural brasileiro (CF, art. 216, V), o dever de proteo e guarda e a
consequente responsabilidade no apenas do Estado, mas tambm da prpria Unio,
includas na competncia comum dos entes da Federao, que substantiva incumbncia
de natureza qualificadamente irrenuncivel. A incluso de determinada funo
administrativa no mbito da competncia comum no impe que cada tarefa
compreendida no seu domnio, por menos expressiva que seja, haja de ser objeto de
aes simultneas das trs entidades federativas: donde, a previso, no pargrafo nico
do art. 23, CF, de lei complementar que fixe normas de cooperao (v. sobre
monumentos arqueolgicos e pr-histricos, a Lei 3.924/1961), cuja edio, porm, da
competncia da Unio e, de qualquer modo, no abrange o poder de demitirem-se a
Unio ou os Estados dos encargos constitucionais de proteo dos bens de valor
arqueolgico para descarreg-los ilimitadamente sobre os Municpios." (ADI 2.544, rel.
min. Seplveda Pertence, julgamento em 28-6-2006, Plenrio, DJ de 17-11-2006.)
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=624235http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7343504http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=390990&PROCESSO=2544&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2256
XI - instituir a guarda municipal destinada proteo de seus bens, servios e
instalaes, conforme dispuser a lei;
(...) constitucional a atribuio s guardas municipais do exerccio de poder de
polcia de trnsito, inclusive para imposio de sanes administrativas legalmente
previstas. (RE 658.570, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, julgamento em 6-8-2015,
Plenrio, DJE de 30-9-2015, com repercusso geral.)
XII - elaborar e executar o Plano Diretor;
XIII - elaborar e executar as diretrizes oramentrias, os planos plurianuais e
oramentos anuais;
XIV - administrar seus bens mveis e imveis;
XV - executar obras de interesse local no mbito de sua competncia tcnica, cientfica,
financeira e constitucional;
XVI - conceder licenas para atividades econmicas, sociais, culturais, esportivas,
cientficas, tursticas, tecnolgicas de interesse local;
XVII - planejar e executar medidas de defesa civil e ambiental em coordenao com a
Unio e o Estado;
XVIII - fixar tarifas dos servios pblicos.
XIX - determinar horrios de funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de
servios;
"A fixao de horrio de funcionamento de estabelecimento comercial matria de
competncia municipal, considerando improcedentes as alegaes de ofensa aos
princpios constitucionais da isonomia, da livre iniciativa, da livre concorrncia, da
liberdade de trabalho, da busca do pleno emprego e da proteo ao consumidor." (AI
481.886-AgR, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 15-2-2005, Segunda
Turma, DJ de 1-4-2005.)
XX - sinalizar as vias pblicas urbanas e rurais para garantia da segurana;
XXI - regulamentar a utilizao de vias e logradouros pblicos;
XXII - fomentar e apoiar o ensino superior local de acordo com o interesse da
Comunidade;
XXIII - constituir, finalmente, uma Comunidade livre, justa, solidria, desenvolvida e
principalmente:
a) promover a erradicao da pobreza, da marginalizao e do analfabetismo;
a) combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao, promovendo a
integrao social dos setores desfavorecidos;
CF Art. 23, X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao,
promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9486497http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=481886&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M&EMENTA=2185http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=481886&CLASSE=AI%2DAgR&cod_classe=510&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M&EMENTA=2185
b) reduzir as desigualdades sociais;
c) aperfeioar a Comunidade prioritariamente pela sade, pela educao formal e
informal visando tambm sentimentos e atitudes de vivncia comunitria;
d) promover o bem-estar da populao;
e) assegurar a associao com os Municpios limtrofes e da micro-regio para
planejamento integrado de interesse regional;
f) promover a defesa da flora e da fauna;
f) proteger o meio ambiente, preservar as florestas, a fauna e a flora e combater a
poluio em qualquer de suas formas;
O Municpio competente para legislar sobre meio ambiente com Unio e Estado, no
limite de seu interesse local e desde que tal regramento seja e harmnico com a
disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI c/c 30, I e II da
CRFB). (RE 586.224, rel. min. Luiz Fux, julgamento em 5-3-2015, Plenrio, DJE de
8-5-2015, com repercusso geral.)
g) garantir a promoo da cultura e do lazer;
h) assegurar apoio s produes agropecurias e econmicas de ordem geral,
principalmente micro e pequena empresa, estabelecendo, neste caso, tratamento
diferenciado;
i) prestar servios de assistncia social e de sade, nas reas urbana e rural, criana, ao
adolescente, ao adulto e ao idoso, conforme a lei municipal de diretrizes da sade e do
bem-estar social;
j) adotar poltica de apoio e de desenvolvimento prtica desportiva;
l) promover e incentivar o turismo como fonte de desenvolvimento social e econmico;
m) promover a criao de instituio de Previdncia Social para os servidores pblicos
municipais, preferentemente de carter micro-regional;
n) adotar poltica na rea da informtica visando a formao de polo de
desenvolvimento;
o) promover a descentralizao da administrao pblica municipal;
p) fomentar a participao popular na administrao pblica pelos Conselhos
Municipais de carter consultivo, pela consulta popular, pela iniciativa de propor
projetos de lei, nos termos da legislao pertinente, entre outros procedimentos;
q) definir em lei complementar municipal as infraes poltico-administrativas do
Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos Servidores Pblicos Municipais;
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8399039
r) conceder auxlio financeiro, nos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes
Oramentrias anual, a entidades sociais privadas sem fins lucrativos, desde que
declaradas de utilidade pblica por Lei deste Municpio ou por Lei Estadual e que
tenham sede e foro jurdico neste Municpio. (Redao acrescida pela Emenda Lei
Orgnica n 8/1998)
XXIV publicar as normas jurdicas e atos administrativos, bem como divulgar,
em tempo real, as informaes relativas execuo oramentria e financeira na
rede mundial de computadores, bem como garantir o acesso dos usurios a atos e
registros administrativos e informaes tornadas pblicas, observado o disposto no
art. 5, X e XXXII, da Constituio Federal.
Comentrio: Concebe-se a Lei n 12.965, de 2014 (Marco Civil da Internet) que
estabelece princpios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.
O art. 24 fixa as diretrizes para a atuao da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios no desenvolvimento da Internet no Brasil, inclusive na
publicidade e disseminao de dados e informaes pblicos, de forma aberta e
estruturada.
O 4 do art. 8, da Lei n 12.527, de 2011 (LAI), informa que os Municpios com
populao de at 10.000 (dez mil) habitantes ficam obrigados divulgao, em
tempo real, de informaes relativas execuo oramentria e financeira, nos
critrios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 de maio
de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
XXV - fomentar programas de proteo a vtimas de violncia domstica e contra
a mulher;
XXVI - proporcionar os meios de acesso cultura, educao, cincia,
tecnologia, pesquisa e inovao;
CF - EC 85/2015 - Art. 23, Inciso V
XXVII - promover programas de construo de moradias e a melhoria das
condies habitacionais e de saneamento bsico;
CF Art. 23, X - promover programas de construo de moradias e a melhoria das
condies habitacionais e de saneamento bsico;
O interesse comum inclui funes pblicas e servios que atendam a mais de um
Municpio, assim como os que, restritos ao territrio de um deles, sejam de algum
modo dependentes, concorrentes, confluentes ou integrados de funes pblicas,
bem como servios supra municipais. (...) O art. 23, IX, da CF conferiu
competncia comum Unio, aos Estados e aos Municpios para promover a
melhoria das condies de saneamento bsico. Nada obstante a competncia
municipal do poder concedente do servio pblico de saneamento bsico, o alto
custo e o monoplio natural do servio, alm da existncia de vrias etapas como
captao, tratamento, aduo, reserva, distribuio de gua e o recolhimento,
conduo e disposio final de esgoto que comumente ultrapassam os limites
territoriais de um Municpio, indicam a existncia de interesse comum do servio
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art73bhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art73b
de saneamento bsico. A funo pblica do saneamento bsico frequentemente
extrapola o interesse local e passa a ter natureza de interesse comum no caso de
instituio de regies metropolitanas, aglomeraes urbanas e microrregies, nos
termos do art. 25, 3, da CF.
XXVIII - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao,
promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;
CF Art. 23, X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizao,
promovendo a integrao social dos setores desfavorecidos;
XIX - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e
explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;
CF Art. 23, XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de
pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios;
XXX - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito.
CF Art. 23, XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana
do trnsito.
1 O municpio de Blumenau pode celebrar convnios com a Unio, o Estado e
Municpios, para a execuo de suas leis, servios e decises, bem como para
executar encargos anlogos dessas esferas.
2 O municpio de Blumenau poder celebrar convnios ou consrcios com
outros municpios da mesma mesorregio e criar entidades intermunicipais para a
realizao de obras, atividades ou servios especficos de interesse comum,
mediante prvia aprovao em lei dos municpios participantes.
3 A segurana viria, exercida para a preservao da ordem pblica e da
incolumidade das pessoas e do seu patrimnio nas vias pblicas:
I - compreende a educao, engenharia e fiscalizao de trnsito, alm de outras
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidado o direito mobilidade
urbana eficiente; e
II - compete, no mbito do municpio de Blumenau, ao rgo de trnsito municipal
e seus agentes de trnsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
CF EC 82/2014 - Art. 144, 10. A segurana viria, exercida para a preservao
da ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do seu patrimnio nas vias
pblicas:
I - compreende a educao, engenharia e fiscalizao de trnsito, alm de outras
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidado o direito mobilidade
urbana eficiente; e
II - compete, no mbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, aos
respectivos rgos ou entidades executivos e seus agentes de trnsito, estruturados
em Carreira, na forma da lei.
TTULO IV
GOVERNO MUNICIPAL
CAPTULO I
PODERES MUNICIPAIS
Art. 8 So Poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Poder
Legislativo e o Poder Executivo.
"O postulado da segurana jurdica, enquanto expresso do Estado Democrtico de
Direito, mostra-se impregnado de elevado contedo tico, social e jurdico, projetando-
se sobre as relaes jurdicas, mesmo as de direito pblico (RTJ 191/922), em ordem a
viabilizar a incidncia desse mesmo princpio sobre comportamentos de qualquer dos
Poderes ou rgos do Estado, para que se preservem, desse modo, sem prejuzo ou
surpresa para o administrado, situaes j consolidadas no passado. A essencialidade do
postulado da segurana jurdica e a necessidade de se respeitarem situaes
consolidadas no tempo, especialmente quando amparadas pela boa-f do cidado,
representam fatores a que o Poder Judicirio no pode ficar alheio. (RE 646.313-AgR,
rel. min. Celso de Mello, julgamento em 18-11-2014, Segunda Turma, DJE de 10-12-
2014.)
As restries impostas ao exerccio das competncias constitucionais conferidas ao
Poder Executivo, includa a definio de polticas pblicas, importam em contrariedade
ao princpio da independncia e harmonia entre os Poderes. (ADI 4.102, rel. min.
Crmen Lcia, julgamento em 30-10-2014, Plenrio, DJE de 10-2-2015.) Vide: RE
436.996-AgR, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 22-11-2005, Segunda Turma,
DJ de 3-2-2006.
CAPTULO II
PODER LEGISLATIVO
SEO I
CMARA MUNICIPAL
Art. 9 O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal.
Art. 10 A Cmara Municipal composta de Vereadores eleitos pelo voto direto e
secreto para cada legislatura entre cidados maiores de 18 (dezoito) anos e no exerccio
dos direitos polticos.
Pargrafo nico - Cada legislatura tem a durao de 4 (quatro) anos.
Art. 11 O nmero de Vereadores da Cmara Municipal fixado em 15 (quinze), a partir
da legislatura 2009/2012. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 37/2007)
Art. 11. O nmero de Vereadores proporcional populao do Municpio,
obedecidos os limites da Constituio Federal;
Populao estimada 2015 (1) 338.876
Populao 2010 309.011
Fonte:
http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=420240&search=santa
-catarina|blumenau|infograficos:-informacoes-completas
CF EC 58/2009 Art. 29, IV, h) 23 (vinte e trs) Vereadores, nos Municpios de
mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de at 450.000 (quatrocentos e
cinquenta mil) habitantes; (Includa pela EC 58/2009)
CE SC Art. 111, V - nmero de Vereadores proporcional populao do Municpio,
obedecidos os limites da Constituio Federal;
"A aprovao de norma municipal que estabelece a composio da Cmara de
Vereadores sem observncia da relao cogente de proporo com a respectiva
populao configura excesso do poder de legislar, no encontrando eco no sistema
constitucional vigente. Parmetro aritmtico que atende ao comando expresso na CF,
sem que a proporcionalidade reclamada traduza qualquer afronta aos demais princpios
constitucionais e nem resulte formas estranhas e distantes da realidade dos municpios
brasileiros. Atendimento aos postulados da moralidade, impessoalidade e
economicidade dos atos administrativos (CF, art. 37). Fronteiras da autonomia
municipal impostas pela prpria Carta da Repblica, que admite a proporcionalidade da
representao poltica em face do nmero de habitantes." (RE 197.917, rel.
min. Maurcio Corra, julgamento em 6-6-2002, Plenrio, DJ de 7-5-2004.)
Art. 12 As deliberaes da Cmara Municipal e das Comisses Permanentes e
Temporrias sero tomadas por maioria de votos presente a maioria absoluta de seus
membros, salvo disposio em contrrio desta Lei Orgnica.
Art. 13 Nenhuma deliberao sobre projetos em trmite no Plenrio da Cmara
Municipal ou nas Comisses Legislativas Permanentes e Temporrias ser tomada por
voto de lideranas dos partidos, do governo e de blocos parlamentares.
SEO II
ATRIBUIES DA CMARA MUNICIPAL
Art. 14 Compete Cmara Municipal com sano do Prefeito Municipal, legislar sobre
as matrias de competncia do municpio, especialmente sobre:
I - assuntos de interesse local;
II - suplementao da legislao federal e da estadual;
III - tributos municipais;
IV - autorizao de isenes e anistias fiscais e remisses de dvidas;
http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=420240&search=santa-catarina|blumenau|infograficos:-informacoes-completashttp://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=420240&search=santa-catarina|blumenau|infograficos:-informacoes-completashttp://www.stf.jus.br/Jurisprudencia/It/frame.asp?classe=RE&processo=197917&origem=IT&cod_classe=437
V - oramento anual, plurianual e diretrizes oramentrias, bem como autorizao de
abertura de crditos suplementares e especiais;
VI - autorizao para obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem
como a forma e os meios de pagamento;
VII - concesso de auxlios e subvenes;
VIII - concesso e permisso para prestao de servios pblicos;
IX - concesso de direito real de uso de bens municipais;
Sob pena de ofensa aos princpios constitucionais da segurana jurdica e da proteo
confiana legtima, no podem ser anuladas, meio sculo depois, por falta de necessria
autorizao prvia do Legislativo, concesses de domnio de terras pblicas, celebradas
para fins de colonizao, quando esta, sob absoluta boa-f e convico de validez dos
negcios por parte dos adquirentes e sucessores, se consolidou, ao longo do tempo, com
criao de cidades, fixao de famlias, construo de hospitais, estradas, aeroportos,
residncias, estabelecimentos comerciais, industriais e de servios, etc. (ACO 79, rel.
min. Cezar Peluso, julgamento em 15-3-2012, Plenrio, DJE de 28-5-2012.)
X - alienao e concesso de bens imveis;
XI - aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem encargo;
XII - criao, alterao e extino de cargos, empregos e funes pblicas e fixao da
respectiva remunerao;
XIII - criao, organizao e supresso de distritos, observada a legislao estadual;
XIV - elaborao do Plano Diretor Fsico-Territorial de Desenvolvimento Integrado;
XV - criao da Guarda Municipal nos termos da Constituio Federal;
XVI - delimitao do permetro urbano;
XVII - organizao e prestao de servios pblicos;
XVIII - autorizao de convnios com entidades pblicas ou particulares e consrcios
com outros municpios;
XIX - denominao de prprios municipais, de vias e logradouros pblicos;
XX - criao, transformao, extino e estruturao de empresas pblicas, sociedades
de economia mista, autarquias e fundaes pblicas municipais;
XXI - instituio de penalidades e multas pela infrao de leis e regulamentos
municipais;
XXII - fixao dos subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos
Secretrios Municipais, observado o disposto na Constituio Federal e nesta Lei
Orgnica. (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 9/1998)
XXII - fixao dos subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos
Secretrios Municipais, observado o disposto na Constituio Federal,
Constituio Estadual e nesta Lei Orgnica.
XXX - Propor projetos de lei que fixem ou atualizem o subsdio do Prefeito, Vice-
Prefeito, Secretrios Municipais e Vereadores na forma estabelecida na Lei
Orgnica Municipal;
E esse o entendimento jurisprudencial do STF:
A fixao dos subsdios de vereadores de competncia exclusiva da
Cmara Municipal, a qual deve respeitar as prescries estabelecidas na Lei
Orgnica Municipal, na Constituio do respectivo Estado, bem como na
CF. (RE 494.253-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-2-2011,
Segunda Turma, DJE de 15-3-2011.)
1. Para os efeitos do disposto no art. 111, V, da Carta Estadual, tem-se como fixado o
subsdio dos agentes polticos pela Cmara quando esta houver aprovado o projeto de lei
no prazo de seis meses antes do trmino da legislatura, na forma regimental.
2. Se a municipalidade no concluir o processo legislativo de fixao dos subsdios dos
agentes polticos dentro do atual mandato, devem ser mantidos os subsdios fixados para
a legislatura anterior, admitindo-se apenas a reviso geral anual, prevista no inciso X do
art. 37 da Constituio Federal.
http://www.tce.sc.gov.br/noticia/6791/tce-responsabiliza-ex-prefeito-e-ex-presidente-da-
c%C3%A2mara-de-canelinha-por-aumentos-de
As explicaes sobre subsdios dos agentes polticos municipais (quadro 2) so prestadas
com base em exposio do assessor da Presidncia, Neimar Paludo. No espao dedicado
ao assunto, a cartilha destaca que os subsdios dos vereadores devem ser fixados de uma
legislatura para outra - atravs de lei municipal - e dos prefeitos, vice-prefeitos e dos
secretrios municipais podem ser determinados a cada ano - por meio de lei de iniciativa
das Cmaras.
No caso dos subsdios dos vereadores, o TCE chama ateno para a necessidade de ser
observado o chamado princpio da anterioridade. "O subsdio dos vereadores deve ser
fixado no ltimo ano da legislatura para vigorar na legislatura seguinte", aponta a
cartilha. Tambm h orientaes sobre a concesso de 13 subsdio, reajustes e frias,
alm da proibio de pagamento aos vereadores por participao em sesses legislativas
extraordinrias.
http://www.tce.sc.gov.br/noticia/7031/tce-publica-cartilha-para-orientar-gestores-
p%C3%BAblicos-em-final-de-mandato
Deve ser fixado no ltimo ano do mandato anterior, por meio de lei municipal, para
vigorar na legislatura seguinte;
- A Lei deve ser de iniciativa da Cmara de Vereadores e editada at seis meses
antes do trmino da legislatura, devendo ser sancionada ou promulgada at 30 de junho
do ltimo ano do mandato. Se a Lei Orgnica Municipal estabelecer prazo maior,
prevalece a lei local;
- O subsdio individual no pode ser superior ao do Prefeito;
- O total da remunerao no poder ultrapassar o montante de 5% da receita do
municpio;
- O subsdio individual dever ficar entre 20 e 75% do subsdio de Deputado
Estadual, de acordo com o nmero de habitantes do municpio;
http://www.tce.sc.gov.br/noticia/6791/tce-responsabiliza-ex-prefeito-e-ex-presidente-da-c%C3%A2mara-de-canelinha-por-aumentos-dehttp://www.tce.sc.gov.br/noticia/6791/tce-responsabiliza-ex-prefeito-e-ex-presidente-da-c%C3%A2mara-de-canelinha-por-aumentos-dehttp://www.tce.sc.gov.br/noticia/7031/tce-publica-cartilha-para-orientar-gestores-p%C3%BAblicos-em-final-de-mandatohttp://www.tce.sc.gov.br/noticia/7031/tce-publica-cartilha-para-orientar-gestores-p%C3%BAblicos-em-final-de-mandato
- vedado alterar o valor do subsdio dos Vereadores no curso da legislatura,
perodo de quatro anos - salvo a reviso geral anual concedida aos servidores;
- A concesso de 13 subsdio permitida desde que esteja prevista na lei que fixar
o subsdio, de uma legislatura para a seguinte;
- A lei que fixa os subsdios pode prever uma parcela adicional, de carter
indenizatrio, exclusivamente para o Presidente da Cmara;
- vedado qualquer pagamento por participao em sesses legislativas
extraordinrias, ainda que durante o recesso parlamentar.
Art. 15 Compete, privativamente, Cmara Municipal, entre outras atribuies:
I - elaborar o Regimento Interno;
II - eleger sua Mesa Diretora, bem como, destitu-la na forma da Lei Orgnica e do
Regimento Interno;
III - dispor sobre sua organizao, funcionamento, polcia, criao, transformao ou
extino dos cargos, empregos ou funes de seus servios e a iniciativa da lei para a
fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na
Constituio Federal e na Lei de Diretrizes Oramentrias; (Redao dada pela Emenda
Lei Orgnica n 13/1998)
IV - dar posse ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores, conhecer de sua renncia
e afast-los definitivamente do exerccio do cargo;
CE SC Art. 111, IV - posse do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores no dia 1
de janeiro do ano subsequente ao da eleio;
V - fixar os subsdios do Prefeito, Vice-Prefeito, dos Vereadores e dos Secretrios
Municipais, atravs de lei de sua iniciativa, observados os termos da Constituio
Federal e desta Lei Orgnica. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 13/1998)
(REPETIO DO ART. 14 XXII)
"A Lei Maior imps tratamento jurdico diferenciado entre a classe dos servidores
pblicos em geral e o membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os ministros
de Estado e os secretrios estaduais e municipais. Estes agentes pblicos, que se situam
no topo da estrutura funcional de cada poder orgnico da Unio, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municpios, so remunerados exclusivamente por subsdios, cuja
fixao ou alterao matria reservada lei especfica, observada, em cada caso, a
respectiva iniciativa (incisos X e XI do art. 37 da CF/1988). O dispositivo legal
impugnado, ao vincular a alterao dos subsdios do governador, do vice-governador e
dos secretrios de Estado s propostas de refixao dos vencimentos dos servidores
pblicos em geral ofendeu o inciso XIII do art. 37 e o inciso VIII do art. 49 da CF de
1988." (ADI 3.491, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 27-9-2006, Plenrio, DJ de
23-3-2007.) No mesmo sentido: RE 411.156-AgR, rel. min. Celso de Mello,
julgamento em 29-11-2011, Segunda Turma, DJE de 19-12-2011
VI - exercer, com auxlio do Tribunal de Contas a fiscalizao financeira, oramentria,
operacional e patrimonial do Municpio;
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=410798&PROCESSO=3491&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2269http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1641548
VI - exercer, com auxlio do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, a
fiscalizao CONTBIL, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do
Municpio;
VII - julgar as contas anuais do Municpio e apreciar os relatrios sobre a execuo dos
planos de governo;
VII - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, e apreciar os relatrios sobre
a execuo dos planos de governo;
CE SC Art. 40, IX - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Governador, e
apreciar os relatrios sobre a execuo dos planos de governo;
Prefeito municipal. Contas rejeitadas pela Cmara municipal. Direito ao contraditrio e
ampla defesa. (...) pacfica a jurisprudncia desta nossa Casa de Justia no sentido
de que de ser assegurado a ex-prefeito o direito de defesa quando da deliberao da
Cmara municipal sobre suas contas. (RE 414.908-AgR, rel. min. Ayres Britto,
julgamento em 16-8-2011, Segunda Turma, DJE de 18-10-2011.) No mesmo sentido:
RE 682.011, rel. min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 8-6-2012,
DJE de 13-6-2012.
VIII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegao legislativa;
VIII - sustar, por Decreto Legislativo, os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegao legislativa;
"O abuso de poder regulamentar, especialmente nos casos em que o Estado atua contra
legem ou praeter legem, no s expe o ato transgressor ao controle jurisdicional, mas
viabiliza, at mesmo, tal a gravidade desse comportamento governamental, o exerccio,
pelo Congresso Nacional, da competncia extraordinria que lhe confere o art. 49, V, da
Constituio da Repblica e que lhe permite sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar (...). Doutrina. Plausibilidade jurdica
da impugnao validade constitucional da Instruo Normativa STN 01/2005." (RE
318.873-AgR/SC
IX - autorizar o Prefeito, por necessidade de servio, a ausentar-se do Pas ou do
Municpio, e neste ltimo caso, por mais de 15 (quinze) dias;
X - convidar e ou solicitar informaes ao Prefeito sobre assuntos referentes
administrao, marcando prazo de 30 (trinta) dias, prorrogvel por igual perodo, a
pedido, pela complexidade da matria ou pela dificuldade de obteno de dados
solicitados, para que preste as referidas informaes pessoalmente ou encaminhe os
documentos requisitados pela Cmara Municipal na forma desta Lei Orgnica;
(Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 36/2007)
"A Lei Maior imps tratamento jurdico diferenciado entre a classe dos servidores
pblicos em geral e o membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os ministros de
Estado e os secretrios estaduais e municipais. Estes agentes pblicos, que se situam no
topo da estrutura funcional de cada poder orgnico da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios, so remunerados exclusivamente por subsdios, cuja fixao
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=338491&PROCESSO=318873&CLASSE=RE-AgR&cod_classe=539&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2096http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=338491&PROCESSO=318873&CLASSE=RE-AgR&cod_classe=539&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2096
ou alterao matria reservada lei especfica, observada, em cada caso, a respectiva
iniciativa (incisos X e XI do art. 37 da CF/1988). O dispositivo legal impugnado, ao
vincular a alterao dos subsdios do governador, do vice-governador e dos secretrios
de Estado s propostas de refixao dos vencimentos dos servidores pblicos em geral
ofendeu o inciso XIII do art. 37 e o inciso VIII do art. 49 da CF de 1988." (ADI 3.491,
rel. min. Ayres Britto, julgamento em 27-9-2006, Plenrio, DJ de 23-3-2007.) No
mesmo sentido: RE 411.156-AgR, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 29-11-2011,
Segunda Turma, DJE de 19-12-2011
XI - convocar e solicitar informaes sobre matria de sua competncia nas mesmas
condies e prazos do Prefeito, aos responsveis pelos rgos da administrao direta,
indireta e fundacional do Municpio para que prestem as informaes pessoalmente e ou
encaminhem os documentos requisitados pela Cmara Municipal nos termos desta Lei
Orgnica;
XII - fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo, incluindo os da
administrao indireta e fundacional;
XII - "Do relevo primacial dos pesos e contrapesos no paradigma de diviso dos
poderes, segue-se que norma infraconstitucional a includa, em relao Federal, a
Constituio dos Estados-membros , no dado criar novas interferncias de um Poder
na rbita de outro que no derive explcita ou implicitamente de regra ou princpio da
Lei Fundamental da Repblica. O poder de fiscalizao legislativa da ao
administrativa do Poder Executivo outorgado aos rgos coletivos de cada Cmara do
Congresso Nacional, no plano federal, e da Assembleia Legislativa, no dos Estados;
nunca, aos seus membros individualmente, salvo, claro, quando atuem em
representao (ou presentao) de sua Casa ou comisso." (ADI 3.046, rel. min.
Seplveda Pertence, julgamento em 15-4-2004, Plenrio, DJ de 28-5-2004.)
XIII - zelar pela preservao de sua competncia legislativa em face da atribuio
normativa do Poder Executivo;
a Constituio mesma que resguarda o 'funcionamento parlamentar' dos partidos, 'de
acordo com a lei' (inciso IV do art. 17), e assim mais intensamente participando das
experincias do parlamento sobretudo no altaneiro plano da produo das leis e na
viglia dos atos normativos dos demais poderes (inciso XI do art. 49 da CF que essas
pessoas jurdico-eleitorais que so os partidos polticos desfrutam de habilitao
processual para o ajuizamento das aes diretas de inconstitucionalidade. (ADI 3.059-
MC).
XIV - mudar temporariamente a sua sede;
XV - proceder tomada de contas do Prefeito Municipal, quando no apresentadas
Cmara dentro do prazo determinado nesta Lei Orgnica;
XV - proceder tomada de contas do Prefeito Municipal, quando no apresentadas
Cmara Municipal dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa;
CF - Art. 51, II - proceder tomada de contas do Presidente da Repblica, quando
no apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias aps a abertura
da sesso legislativa
XVI - processar e julgar os Vereadores na forma desta Lei Orgnica;
XVI - processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e o Secretrio Municipal, bem como
ocupante de cargo de mesma hierarquia deste, nas infraes poltico-administrativas;
CE SC Cabe ao Tribunal de Justia de Santa Catarina: Art. 83 processar e julgar,
originariamente: XI, b) nos crimes comuns e de responsabilidade, os secretrios de
Estado, salvo a hiptese prevista no art. 75, os juzes e os membros do Ministrio
Pblico, os prefeitos, bem como os titulares de fundaes, autarquias e empresas
pblicas, nos crimes de responsabilidade, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral;
(NR) (Redao dada pela EC/42, de 2005).
XVI-A - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados
na Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na Legislao Federal aplicada;
"O inciso XIV do art. 29 da CB/1988 estabelece que as prescries do art. 28 relativas
perda do mandato de governador aplicam-se ao prefeito, qualificando-se, assim, como
preceito de reproduo obrigatria por parte dos Estados-membros e Municpios. No
permitido a esses entes da federao modificar ou ampliar esses critrios. Se a
Constituio do Brasil no sanciona com a perda do cargo de governador ou o prefeito
que assuma cargo pblico em virtude de concurso realizado aps sua eleio, no
podem faz-los as Constituies estaduais." (ADI 336, voto do rel. min. Eros Grau,
julgamento em 10-2-2010, Plenrio, DJE de 17-9-2010.)
XVII - representar ao Procurador Geral da Justia, mediante aprovao de dois teros
dos seus membros, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito, e os Secretrios ou ocupantes de
cargos da mesma natureza, pela prtica de crime contra a Administrao Pblica de que
tiver conhecimento;
XVII - representar ao Ministrio Pblico, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito, e os
Secretrios ou ocupantes de cargos da mesma natureza, pela prtica de crime contra a
Administrao Pblica de que tiver conhecimento ou quaisquer outras irregularidades a
serem investigadas pelo Ministrio Pblico;
O que uma representao?
toda notcia de irregularidade levada ao conhecimento do Ministrio Pblico.
Qualquer cidado pode representar ao MPF, podendo faz-lo por escrito ou prestando
depoimento pessoal na prpria procuradoria. Tambm as pessoas jurdicas, entidades
privadas, entidades de classe, associaes civis e rgos da administrao pblica
podem comunicar irregularidades para que o Ministrio Pblico as investigue.
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=614230
http://cidadao.mpf.mp.br/perguntas-frequentes/sobre-o-ministerio-publico
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm
LEI N 8.429/1992 LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
(...)
Art. 14. Qualquer pessoa poder representar autoridade administrativa competente
para que seja instaurada investigao destinada a apurar a prtica de ato de improbidade.
1 A representao, que ser escrita ou reduzida a termo e assinada, conter a
qualificao do representante, as informaes sobre o fato e sua autoria e a indicao
das provas de que tenha conhecimento.
2 A autoridade administrativa rejeitar a representao, em despacho
fundamentado, se esta no contiver as formalidades estabelecidas no 1 deste artigo. A
rejeio no impede a representao ao Ministrio Pblico, nos termos do art. 22 desta
lei.
Art. 22. Para apurar qualquer ilcito previsto nesta lei, o Ministrio Pblico, de ofcio,
a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representao formulada de
acordo com o disposto no art. 14, poder requisitar a instaurao de inqurito policial ou
procedimento administrativo.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm
XVIII - criar comisses de inqurito sobre fato determinado que se inclua na
competncia da Cmara Municipal sempre que o requerer pelo menos um tero dos
membros da Cmara;
XIX - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XX - decidir sobre a perda de mandato de vereador, por voto da maioria absoluta, nas
hipteses previstas nesta Lei Orgnica,. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n
15/2001)
XXI - aprovar a escolha de titulares de cargos que a lei determinar previamente;
(Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 16/2001)
XXII - deliberar sobre adiamentos e suspenso de suas reunies;
XXIII - conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagem a pessoa ou
entidade que tenham prestado relevantes servios ao Municpio, mediante Decreto
Legislativo, aprovado pela maioria de dois teros de seus membros; (Redao dada pela
Emenda Lei Orgnica n 17/2001)
XXIV - solicitar interveno do Estado no Municpio;
XXIV - solicitar interveno do Estado no Municpio, mediante representao
fundamentada da maioria absoluta de seus membros;
http://cidadao.mpf.mp.br/perguntas-frequentes/sobre-o-ministerio-publicohttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm
CE SC Art. 11. 1 A interveno no Municpio se dar por decreto do Governador
do Estado: I - de ofcio, ou mediante representao fundamentada da maioria absoluta
da Cmara Municipal ou do Tribunal de Contas, nos casos dos incisos I, II e III;
XXV - alterar a presente Lei Orgnica, por iniciativa de pelo menos a maioria absoluta
dos membros da Cmara Municipal com aprovao de 2/3 ( dois teros ) de sua
composio.
XXV - alterar a presente Lei Orgnica mediante aprovao de 2/3 ( dois teros ) de
sua composio.
CF - Art. 29. O Municpio reger-se- por lei orgnica, votada em dois turnos, com
o interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da
Cmara Municipal, que a promulgar, atendidos os princpios estabelecidos nesta
Constituio, na Constituio do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
Princpio da simetria:
CF Art. 60. A Constituio poder ser emendada mediante proposta:
I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara dos Deputados ou do Senado
Federal;
II - do Presidente da Repblica;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federao,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros
XXVI - decidir sobre o acatamento da convocao extraordinria do Prefeito Municipal,
justificada pela urgncia ou relevncia da matria, com a aprovao da maioria absoluta
dos seus membros. (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 33/2007)
XXVII conhecer do veto e sobre ele deliberar;
ADPF 1-QO/2003. "No processo legislativo, o ato de vetar, por motivo de
inconstitucionalidade ou de contrariedade ao interesse pblico, e a deliberao
legislativa de manter ou recusar o veto, qualquer seja o motivo desse juzo, compem
procedimentos que se ho de reservar esfera de independncia dos poderes polticos
em apreo. No , assim, enquadrvel, em princpio, o veto, devidamente
fundamentado, pendente de deliberao poltica do Poder Legislativo que pode,
sempre, mant-lo ou recus-lo, no conceito de 'ato do Poder Pblico', para os fins do
art. 1 da Lei 9.882/1999. Impossibilidade de interveno antecipada do Judicirio, eis
que o projeto de lei, na parte vetada, no lei, nem ato normativo, poder que a ordem
jurdica, na espcie, no confere ao Supremo Tribunal Federal, em via de controle
concentrado".
XXVIII - elaborar, publicar e divulgar o seu relatrio de gesto fiscal, nos termos e na
forma determinada pela Lei Complementar Federal n 101, de 04 de maio de 2000 (Lei
de Responsabilidade Fiscal).
O Relatrio de Gesto Fiscal um instrumento imprescindvel no acompanhamento das
atividades financeiras e de gesto do Estado e est previsto no artigo 54 da Lei Complementar
n 101, de 4 de maio de 2000, intitulada Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF. Essa Lei
Complementar estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na
gesto fiscal e determina que a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero
elaborar e publicar o Relatrio de Gesto Fiscal, com o propsito de assegurar a transparncia
dos gastos pblicos e a consecuo das metas fiscais com a observncia dos limites fixados
pela lei.
XXIX - manifestar-se, por maioria de seus membros, a favor de proposta de emenda
Constituio do Estado.
CE-SC ART. 49, III - de mais da metade das Cmaras Municipais do Estado,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;
Pargrafo nico - O no atendimento no prazo estipulado nos incisos X e XI faculta ao
Presidente da Cmara Municipal solicitar, de acordo com a legislao vigente, a
interveno do Poder Judicirio para fazer cumprir a legislao
SEO III
SESSES DA CMARA
Art. 16 A Cmara reunir-se- em Sesses Ordinrias, Extraordinrias, Solenes,
Secretas, Itinerantes e de Instalao de Legislatura, conforme dispuser o seu Regimento
Interno, e remuner-las- de acordo com o estabelecido nesta Lei Orgnica e na
legislao especfica. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 5/1998)
Art. 16. A Cmara reunir-se- em sesses preparatrias, em 1 de janeiro, no
primeiro ano de legislatura, para a posse de seus membros e eleio da Mesa e, em
sesso solene para a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito.
1 POSSE DOS VEREADORES
2 ELEIO DA MESA DIRETORA
3 POSSE DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
Art. 29, III CF/88 e Art. 111, IV CE necessidade de sesses
SEO IV
MESA DIRETORA
Art. 17 A Mesa Diretora da Cmara Municipal composta de Presidente, Vice-
Presidente, de Primeiro e Segundo Secretrios.
Pargrafo nico - As competncias, atribuies, formas de substituio, de destituio
da Mesa Diretora sero definidas no Regimento Interno da Cmara Municipal.
SEO V
A ELEIO DA MESA
Art. 18 Imediatamente aps a posse, os Vereadores reunir-se-o sob a Presidncia do
Vereador mais votado entre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da
Cmara, elegero os componentes da Mesa, que ficaro automaticamente empossados.
(Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 6/1998)
MAIS IDOSO DENTRE OS DE MAIOR NMERO DE LEGISLATURAS. Simetria
com o Regimento da Cmara dos Deputados.
1 O mandato da Mesa ser de 2 (dois) anos, vedada a reconduo para o mesmo
cargo na eleio imediatamente subseqente na mesma legislatura.
2 O Regimento Interno regulamentar:
I - a forma da eleio;
II - os procedimentos de eleio.
SEO VI
COMISSES
Art. 19 A Cmara ter Comisses Legislativas Permanentes e Temporrias e de
Inqurito na forma e com as atribuies e competncias definidas nesta Lei Orgnica,
no Regimento Interno ou no ato de que resultar a sua criao.
1 assegurada, em cada Comisso, tanto quanto possvel a representao
proporcional dos partidos e dos blocos parlamentares que participam da Cmara
Municipal.
2 As Comisses Legislativas Permanentes devem exarar parecer, fundamentado,
sobre todos os projetos de leis, de decretos legislativos e de resolues, devidamente
instrudos com parecer jurdico da Procuradoria Geral da Cmara Municipal quando
solicitado por qualquer membro da Comisso de Constituio, Legislao e Justia.
(Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 34/2007)
3 Se os pareceres, fundamentados, forem favorveis aos projetos, por maioria simples
ou, se for o caso, por maioria qualificada dos membros das Comisses Legislativas
Permanentes, sero os mesmos considerados aprovados em primeiro turno, devendo ser
remetidos ao Plenrio da Cmara Municipal para discusso e votao em segundo turno.
4 Havendo pareceres, fundamentados, de oposio aos projetos, por maioria simples
ou, se for o caso, por maioria qualificada dos membros das Comisses Legislativas
Permanentes, sero os mesmos objeto de discusso e votao em dois turnos pelo
Plenrio da Cmara Municipal.
5 Se qualquer das Comisses Legislativas Parlamentares propuser emenda aos
projetos, seguiro estes o trmite do 4 deste artigo.
6 Se o parecer fundamentado da Comisso de Constituio, Legislao e Justia, com
deliberao por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros, for
contrrio, por inconstitucionalidade ou ilegalidade "in totum", o projeto ser arquivado;
quando a inconstitucionalidade ou ilegalidade for parcial, o projeto poder receber
mensagem aditiva do Poder Executivo ou emenda do Vereador autor para sanar o vcio.
(Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 38/2007)
Art. 20 A Cmara poder ter Comisso Legislativa Permanente de Interesse
Comunitrio, composta pelos Presidentes das Comisses Legislativas Permanentes, com
atribuies definidas neste artigo, alm de outras definidas no Regimento Interno:
I - dar encaminhamento s sugestes de proposies encaminhadas por entidades civis,
como sindicatos, rgos de classe, associaes e organizaes no-governamentais
(ONG`s);
II - fiscalizar e acompanhar o cumprimento das leis aprovadas no municpio de
Blumenau;
III - promover estudos e debates sobre temas jurdicos, ticos, sociais de interesse da
comunidade. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n 27/2005)
Art. 20 A - A Cmara Municipal poder ter Frentes Parlamentares, de carter
permanente ou temporrio, com a finalidade de firmar parcerias com o Movimento
Social Organizado, Organizaes No Governamentais e rgos Governamentais para a
aglutinao de foras necessrias ao enfrentamento de problemas sociais determinados.
1 A Frente Parlamentar ser composta por, no mnimo, 1/5 (um quinto) e, no
mximo, 1/3 (um tero) dos membros da Cmara, observada a forma regimental para a
constituio de comisses permanentes, com as competncias e atribuies definidas no
Decreto Legislativo de que resultar a sua criao, iniciado por qualquer Vereador e
aprovado por maioria simples de votos.
2 Fica limitada em 3 (trs), a quantidade de Frentes Parlamentares, permanentes e
temporrias, em funcionamento na Cmara Municipal. (Redao acrescida pela Emenda
Lei Orgnica n 39/2008)
SEO VII
VEREADORES
SUBSEO I
DISPOSIES GERAIS
Art. 21 Os Vereadores so inviolveis por suas opinies, palavras e votos no exerccio
do mandato e na circunscrio do Municpio.
"A interpretao da locuo no exerccio do mandato deve prestigiar as diferentes
vertentes da atuao parlamentar, dentre as quais se destaca a fiscalizao dos outros
Poderes e o debate poltico. Embora indesejveis, as ofensas pessoais proferidas no
mbito da discusso poltica, respeitados os limites trazidos pela prpria Constituio,
no so passveis de reprimenda judicial. Imunidade que se caracteriza como proteo
adicional liberdade de expresso, visando a assegurar a fluncia do debate pblico e,
em ltima anlise, a prpria democracia. A ausncia de controle judicial no imuniza
completamente as manifestaes dos parlamentares, que podem ser repreendidas pelo
Legislativo. Provimento do recurso, com fixao, em repercusso geral, da seguinte
tese: nos limites da circunscrio do Municpio e havendo pertinncia com o exerccio
do mandato, os vereadores so imunes judicialmente por suas palavras, opinies e
votos." (RE 600.063, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, julgamento em 25-2-2015,
Plenrio, DJE de 15-5-2015, com repercusso geral.)
Art. 22 Os Vereadores no so obrigados a testemunhar, perante a Cmara, sobre
informaes recebidas ou prestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as
pessoas a quem confiaram ou de quem receberam informaes.
A garantia constitucional da imunidade parlamentar em sentido material (CF, art. 29,
VIII, c/c art. 53, caput) exclui a responsabilidade civil (e tambm penal) do membro do
Poder Legislativo (vereadores, deputados e senadores), por danos eventualmente
resultantes de manifestaes, orais ou escritas, desde que motivadas pelo desempenho
do mandato (prtica in officio) ou externadas em razo deste (prtica propter officium).
Tratando-se de vereador, a inviolabilidade constitucional que o ampara no exerccio da
atividade legislativa estende-se s opinies, palavras e votos por ele proferidos, mesmo
fora do recinto da prpria Cmara Municipal, desde que nos estritos limites territoriais
do Municpio a que se acha funcionalmente vinculado. (...) A EC 35/2001, ao dar nova
frmula redacional ao art. 53, caput, da Constituio da Repblica, consagrou diretriz,
que, firmada anteriormente pelo STF (...), j reconhecia, em favor do membro do Poder
Legislativo, a excluso de sua responsabilidade civil, como decorrncia da garantia
fundada na imunidade parlamentar material, desde que satisfeitos determinados
pressupostos legitimadores da incidncia dessa excepcional prerrogativa jurdica. Essa
prerrogativa poltico-jurdica que protege o parlamentar (como os vereadores, p. ex.)
em tema de responsabilidade civil supe, para que possa ser invocada, que exista o
necessrio nexo de implicao recproca entre as declaraes moralmente ofensivas, de
um lado, e a prtica inerente ao ofcio legislativo, de outro, salvo se as declaraes
contumeliosas houverem sido proferidas no recinto da Casa legislativa, notadamente da
tribuna parlamentar, hiptese em que ser absoluta a inviolabilidade constitucional. (...)
Se o membro do Poder Legislativo, no obstante amparado pela imunidade parlamentar
material, incidir em abuso dessa prerrogativa constitucional, expor-se- jurisdio
censria da prpria Casa legislativa a que pertence (CF, art. 55, 1). (AI 631.276, rel.
min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 1-2-2011, DJE de 15-2-
2011.) No mesmo sentido: Inq 3.215, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 4-4-2013,
Plenrio, DJE de 25-9-2013.
Art. 23 incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no
Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a
percepo, por estes, de vantagens indevidas.
SUBSEO II
INCOMPATIBILIDADES
Art. 24 O Vereador no poder:
"Condio de vereador que no garante ao paciente tratamento diferenciado
relativamente aos demais corrus. Os edis, ao contrrio do que ocorre com os membros
do Congresso Nacional e os deputados estaduais no gozam da denominada
incoercibilidade pessoal relativa (freedom from arrest), ainda que algumas Constituies
estaduais lhes assegurem prerrogativa de foro. (HC 94.059, rel. min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 6-5-2008, Primeira Turma, DJE de 13-6-2008.)
I - desde a expedio do diploma:
a) firmar ou manter contrato com o Municpio, suas autarquias, empresas pblicas,
sociedades de economia mista, fundaes ou empresas concessionrias de servios
pblicos municipais, salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes e houver
permisso constitucional;
b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam
demissveis ad nutum, nas entidades constantes da alnea anterior, salvo o exerccio de 1
(um) cargo de professor;
II - desde a posse:
a) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato celebrado com o Municpio ou nela exercer funo remunerada;
b) ocupar cargo ou funo de que sejam demissveis ad nutum nas entidades referidas na
alnea "a" do inciso I, salvo o cargo de Secretrio Municipal ou equivalente;
c) patrocinar causas em que seja parte interessada qualquer das entidades a que se refere
a alnea "a", do inciso I;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.
Art. 25 Perder o mandato o Vereador:
I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar;
"Ato da Mesa da Cmara dos Deputados, confirmado pela Comisso de Constituio e
Justia e Redao da referida Casa legislativa, sobre a cassao do mandato do
impetrante por comportamento incompatvel com o decoro parlamentar. (...) No cabe,
no mbito do mandado de segurana, (...) discutir deliberao, interna corporis, da Casa
Legislativa. Escapa ao controle do Judicirio, no que concerne a seu mrito, juzo sobre
fatos que se reserva, privativamente, Casa do Congresso Nacional formul-lo." (MS
23.388, rel. min. Nri da Silveira, julgamento em 25-11-1999, Plenrio, DJ de 20-4-
2001.)
III - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses
ordinrias da Cmara ou das reunies das Comisses Legislativas Permanentes, salvo
em caso de licena ou de misso oficial autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;
V - quando o decretar a Justia Eleitoral, nos casos previstos na Constituio Federal;
VI - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado;
VII - que deixar de residir no Municpio;
VIII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado dentro do prazo estabelecido
no Regimento Interno.
"O membro do Congresso Nacional que se licencia do mandato para investir-se no
cargo de ministro de Estado no perde os laos que o unem, organicamente, ao
Parlamento (CF, art. 56, I). (...). (...) ainda que licenciado, cumpre-lhe guardar estrita
observncia s vedaes e incompatibilidades inerentes ao estatuto constitucional do
congressista, assim como s exigncias tico-jurdicas que a Constituio (CF, art. 55,
1) e os regimentos internos das casas legislativas estabelecem como elementos
caracterizadores do decoro parlamentar." (MS 25.579-MC, rel. p/ o ac. min. Joaquim
Barbosa, julgamento em 19-10-2005, Plenrio, DJ de 24-8-2007.)
1 Extingue-se o mandato, e assim ser declarado pelo Presidente da Cmara, quando
ocorrer falecimento ou renncia por escrito do Vereador.
1 Extingue-se o mandato do Vereador, e assim ser declarado pelo Presidente da
Cmara, quando ocorrer falecimento ou renncia por escrito, tornando-se efetiva depois
de lida na primeira sesso ordinria da Cmara Municipal.
2 Nos casos dos incisos I, II, VI e VII deste artigo, a perda do mandato ser decidida
pela Cmara, por maioria absoluta, mediante iniciativa da Mesa Diretora ou de Partido
Poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa. (Redao dada pela Emenda
Lei Orgnica n 15/2001)
2 Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato ser decidida pelo plenrio,
por voto nominal e maioria absoluta de seus membros, mediante provocao da Mesa
Diretora ou de partido poltico com representao na Cmara Municipal, assegurada
ampla defesa.
"Parlamentar. Perda de mandato. Processo de cassao. Quebra de decoro parlamentar.
Inverso da ordem das provas. Reinquirio de testemunha de acusao ouvida aps as
da defesa. Indeferimento pelo Conselho de tica. Inadmissibilidade. Prejuzo
presumido. Nulidade consequente. Inobservncia do contraditrio e da ampla defesa.
Vulnerao do justo processo da lei (due process of law). Ofensa ao art. 5, LIV e LV, e
art. 55, 2, da CF. (...) Em processo parlamentar de perda de mandato, no se admite
aproveitamento de prova acusatria produzida aps as provas de defesa, sem
oportunidade de contradio real." (MS 25.647-MC, rel. min. Cezar Peluso, julgamento
em 30-11-2005, Plenrio, DJ de 15-12-2006.)
3 Nos casos previstos pelos incisos III, IV, V e VIII, a perda do mandato ser
declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de qualquer
Vereador ou de partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa.
3 Nos casos previstos nos incisos III, IV, V, VII e VIII, a perda do mandato ser
declarada pela Mesa da Cmara, de ofcio ou mediante provocao de qualquer dos seus
membros ou de partido poltico representado na Casa, assegurada ampla defesa.
"Eficcia imediata das decises da Justia Eleitoral, salvo excees previstas em lei.
Comunicada a deciso Presidncia da Cmara dos Deputados, cabe a esta dar posse
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?SEQ=480550&PROCESSO=25579&CLASSE=MS%2DMC&cod_classe=382&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=&EMENTA=2286
imediata ao suplente do parlamentar que teve seu diploma cassado." (MS 25.458, rel. p/
o ac. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 7-12-2005, Plenrio, DJ de 9-3-2007.) No
mesmo sentido: MS 27.613, rel. min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 28-10-
2009, Plenrio, DJE de 4-12-2009.
4 A renncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar
perda do mandato, nos termos deste artigo, ter seus efeitos suspensos at as
deliberaes finais nos casos de perda do mandato do vereador.
A renncia do ru produz plenos efeitos no plano processual, o que implica a
declinao da competncia do STF para o juzo criminal de primeiro grau. Ausente o
abuso de direito que os votos vencidos vislumbraram no ato. Autos encaminhados ao
juzo atualmente competente. (AP 333, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 5-
12-2007, Plenrio, DJE de 11-4-2008.) Vide: AP 396, rel. min. Crmen Lcia,
julgamento em 28-10-2010, Plenrio, DJE de 28-4-2011.
Art. 26 Aplicam-se as normas da Constituio Federal ao servidor pblico no exerccio
da vereana, inclusive a inamovibilidade de ofcio pelo tempo de durao de seu
mandato quando ocupante o Vereador de cargo, emprego ou funo pblica municipal.
SUBSEO III
LICENAS E SUPLENTES
Art. 27 O Vereador pode licenciar-se:
I - para tratamento de sade, devidamente comprovados;
II - para tratar de assuntos de interesse particular, apenas quando o perodo de licena
no for superior a 120 (cento e vinte) dias por Sesso Legislativa. (Redao dada pela
Emenda Lei Orgnica n 48/2016)
III - para ser investido no cargo de Secretrio Municipal ou equivalente, Presidente de
Autarquia ou Fundao Municipal, Estadual ou Federal, Ministro de Estado, Secretrio
de Estado, Secretrio Adjunto de Estado, Secretrio de Estado de Desenvolvimento
Regional, Secretrio de Estado Adjunto de Desenvolvimento Regional, sendo, nestes
casos, automaticamente licenciado. (Redao dada pela Emenda Lei Orgnica n
47/2016)
(...) embora licenciado para o desempenho de cargo de secretrio de estado, nos termos
autorizados pelo art. 56, I, da CR, o membro do Congresso Nacional no perde o
mandato de que titular e mantm, em consequncia, nos crimes comuns, a prerrogativa
de foro, ratione muneris, perante o STF. (Inq 3.357, rel. min. Celso de Mello, deciso
monocrtica, julgamento em 25-3-2014, DJE de 22-4-2014.)
IV - para assumir mandato de deputado estadual, deputado federal ou senador, na
condio de suplente, sendo, nestes casos, automaticamente licenciado. (Redao
acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 46/2016)
1 Nos casos dos incisos I e II no pode o Vereador reassumir antes de esgotado o
prazo de sua licena.
2 No tem direito remunerao o Vereador licenciado para tratar de assuntos de
interesse particular.
3 Pode o Vereador optar pela remunerao da vereana, quando investido no cargo
de Secretrio Municipal ou equivalente.
4 O Vereador afastado, com devida aprovao do Plenrio, para o desempenho de
misses temporrias de interesse do Municpio no ser considerado licenciado, fazendo
jus remunerao estabelecida.
5 A Vereadora gestante poder licenciar-se, por 120 dias, sem prejuzo da
remunerao. (Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 7/1998)
5 A Vereadora ter direito a licena gestante ou adotante de 120 (cento e vinte) dias,
podendo ser prorrogada por mais 60 (sessenta) dias, sem prejuzo de recebimento do
subsdio integral.
5-A. O Vereador ter direito a licena paternidade ou adotante de 5 (cinco) dias,
podendo ser prorrogada por mais 15 (quinze) dias, sem prejuzo de recebimento do
subsdio integral.
6 - Possibilidade de 180 dias. Lei n 13.257, de 8 de maro de 2016, que dispe sobre
as polticas pblicas para a primeira infncia. Conforme o art. 38, pode ser prorrogada a
licena-gestante ou adotante por mais 60 dias, totalizando 180 dias.
Ementa: PERODO DE LICENA-MATERNIDADE. SERVIDORAS PBLICAS.
EQUIPARAO ENTRE GESTANTES E ADOTANTES. PRESENA DE
REPERCUSSO GERAL. 1. Constitui questo constitucional saber se a lei pode ou
no instituir prazos diferenciados para a licena-maternidade concedida s servidoras
gestantes e s adotantes, especialmente luz do art. 227, 6, da CF/88. 2. Repercusso
geral reconhecida. (RE 778889 RG, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, julgado
em 20/11/2014, ACRDO ELETRNICO DJe-046 DIVULG 10-03-2015 PUBLIC
11-03-2015 )
6 O Vereador licenciado para tratamento de sade receber, da Cmara Municipal, a
diferena entre o valor do subsdio mensal e o valor do auxliodoena pago pelo INSS.
(Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 45/2016)
7 O Vereador licenciado para tratamento de sade receber, da Cmara Municipal, a
diferena entre o valor do subsdio mensal e o valor do auxlio-doena pago pelo INSS.
(Redao acrescida pela Emenda Lei Orgnica n 45/2016)
Art. 28 O Suplente de Vereador ser convocado pelo Presidente da Cmara no caso de
vaga, licena igual ou superior a 30 dias ou de investidura do Vereador no cargo de
Secretrio Municipal ou equivalente.
1 O Suplente convocado dever tomar posse dentro de 15 ( quinze ) dias, salvo
motivo justo aceito pela deliberao da Cmara, sob pena de ser considerado
renunciante.
1 O Suplente convocado dever tomar posse no prazo de 24 horas, contadas da data
de convocao, salvo justo motivo aceito pela Cmara, quando se prorrogar o prazo
por igual perodo.
1 - (...) os direitos inerentes suplncia abrangem, unicamente, (a) o direito de
substituio, em caso de impedimento, e (b) o direito de sucesso, na hiptese de vaga.
Antes de ocorrido o fato gerador da convocao, quer em carter permanente (resultante
do surgimento de vaga), quer em carter temporrio (decorrente da existncia de
situao configuradora de impedimento), o suplente dispe de mera expectativa de
direito, no lhe assistindo, por isso mesmo, qualquer outra prerrogativa de ordem
parlamentar, pois no custa enfatizar o suplente, enquanto tal, no se qualifica como
membro do Poder Legislativo. (AP 511, rel. min. Celso de Mello, deciso monocrtica,
julgamento em 25-11-2009, DJE de 3-12-2009.)
2 Na ocorrncia de vaga no havendo Suplente, o Presidente da Cmara comunicar
o fato no prazo de 48 (quarenta e oito) horas ao Tribunal Regional Eleitoral.
3 Enquanto a vaga a que se refere o pargrafo anterior, no for preenchida, calcula-se
o quorum em funo dos Vereadores remanescentes.
SUBSEO IV
PRESIDNCIA, VICE-PRESIDNCIA E SECRETRIOS
Art. 29 O Presidente da Cmara Municipal representa o Poder Legislativo judicial e
extrajudicialmente.
Art. 30 Ao Vice-Presidente cabe substituir o Presidente da Cmara em suas faltas,
ausncias, impedimentos ou licenas.
Presidente da Cmara Municipal que substitui ou sucede o prefeito nos seis meses
anteriores ao pleito inelegvel para o cargo de vereador. CF, art. 14, 6.
Inaplicabilidade das regras dos 5 e 7 do art. 14, CF. (RE 345.822, rel. min.Carlos
Velloso, julgamento em 18-11-2003, Segunda Turma, DJ de 12-12-2003.)
Art. 31 As atribuies e procedimentos do Presidente, do Vice-Presidente e dos
Secretrios sero definidos no Regimento Interno da Cmara Municipal.
SEO VIII
PROCESSO LEGISLATIVO
SUBSEO I
DISPOSIO GERAL
Art. 32 O Processo Legislativo Municipal compreende a elaborao de:
I - emendas Lei Orgnica Municipal;
II - leis complementares;
III - leis ordinrias;
IV - leis delegadas;
V - decretos legislativos;
VI - resolues.
Pargrafo nico - O Regimento Interno da Cmara Municipal dispor sobre o decreto
legislativo e sobre a resoluo, que no dependem da sano ou do veto do Prefeito
Municipal.
"A disciplina jurdica do processo de elaborao das leis tem matriz essencialmente
constitucional, pois residem, no texto da Constituio e nele somente , os princpios
que regem o procedimento de formao legislativa, inclusive aqueles que concernem ao
exerccio do poder de iniciativa das leis. A teoria geral do processo legislativo, ao versar
a questo da iniciativa vinculada das leis, adverte que esta somente se legitima
considerada a qualificao eminentemente constitucional do poder de agir em sede
legislativa se houver, no texto da prpria Constituio, dispositivo que, de modo
expresso, a preveja. Em consequncia desse modelo constitucional, nenhuma lei, no
sistema de direito positivo vigente no Brasil, dispe de autoridade suficiente para impor,
ao chefe do Executivo, o exerccio compulsrio do poder de iniciativa legislativa." (MS
22.690, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 17-4-1997, Plenrio, DJ de 7-12-
2006.)
SUBSEO II
EMENDAS LEI ORGNICA MUNICIPAL
Art. 33 A Lei Orgnica Municipal ser emendada mediante proposta:
A eficcia das regras jurdicas produzidas pelo poder constituinte (redundantemente
chamado de originrio) no est sujeita a nenhuma limitao normativa, seja de ordem
material, seja formal, porque provm do exerccio de um poder de fato ou suprapositivo.
J as normas produzidas pelo poder reformador, essas tm sua validez e eficcia
condicionadas legitimao que recebam da ordem constitucional. Da a necessria
obedincia das emendas constitucionais s chamadas clusulas ptreas. (ADI 2.356-
MC e ADI 2.362-MC, rel. p/ o ac. min. Ayres Britto, julgamento em 25-11-2010,
Plenrio, DJE de 19-5-2011.)
I - da maioria absoluta, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal;
I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal;
O incio da tramitao da proposta de emenda no Senado Federal est em harmonia
com o disposto no art. 60, I, da CF, que confere poder de iniciativa a ambas as Casas
Legislativas. (ADI 2.031, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 3-10-2002, Plenrio,
DJ de 17-10-2003.)
II - da unanimidade das lideranas de bancadas, de blocos parlamentares e de Governo;
PARA REVOGAR POR NO ENCONTRAR SIMETRIA COM AS
CONSTITUIES FEDERAL E ESTADUAL.
CE SC. Art. 49. A Constituio poder ser emendada mediante proposta: I - de um tero, no
mnimo, dos membros da Assembleia Legislativa; II - do Governador do Estado; III - de mais da
metade das Cmaras Municipais do Estado, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros; IV - de pelo menos dois e meio por cento do eleitorado estadual,
distribudo por no mnimo quarenta Municpios, com no menos de um por cento dos eleitores
de cada um deles.
III - do Prefeito Municipal;
IV - de iniciativa popular, subscrita por, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do
Municpio;
V - de mais da metade das Comisses Legislativas Permanentes, manifestando-se, cada
uma delas, pela maioria absoluta dos seus membros.
PARA REVOGAR POR NO ENCONTRAR SIMETRIA COM AS
CONSTITUIES FEDERAL E ESTADUAL.
1 A proposta de emenda Lei Orgnica ser votada em dois turnos de discusso e
votao, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, dois teros dos votos dos
membros da Cmara.
1 A proposta de emenda Lei Orgnica Municipal ser discutida e votada em 2
(dois) turnos, com interstcio mnimo de 10 (dez) dias, cons