77
Lei Orgânica Municipal de Mangaratiba de 05 de abril de 1990 Câmara Municipal de Mangaratiba Estado do Rio de Janeiro Lei Orgânica do Município de Mangaratiba Índice - Preâmbulo - Título I – Dos Princípios Fundamentais - Título II – Da Organização Municipal - Título III – Da Organização dos Poderes - Título IV – Da Tributação Municipal, da Receita e Despesa e do Orçamento - Título V – Da Ordem Econômica, Financeira e do Meio Ambiente - Título VI - Da Ordem Social - Título VII - Das Disposições Gerais e Transitórias Preâmbulo Nós, os representantes do povo de Mangaratiba, com as atribuições previstas no artigo 29 e usando dos poderes outorgados pelo parágrafo único do artigo 11 do Ato das Disposições constitucionais Transitórias, da Constituição da República Federativa do Brasil, votamos e promulgamos a seguinte LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA

Lei Organica - Mangaratiba

Embed Size (px)

Citation preview

  • Lei Orgnica Municipal de Mangaratiba de 05 de abril de 1990Cmara Municipal de Mangaratiba

    Estado do Rio de Janeiro

    Lei Orgnica do Municpio de Mangaratiba

    ndice

    - Prembulo- Ttulo I Dos Princpios Fundamentais- Ttulo II Da Organizao Municipal- Ttulo III Da Organizao dos Poderes- Ttulo IV Da Tributao Municipal, da Receita e Despesa e do Oramento- Ttulo V Da Ordem Econmica, Financeira e do Meio Ambiente- Ttulo VI - Da Ordem Social- Ttulo VII - Das Disposies Gerais e Transitrias

    Prembulo

    Ns, os representantes do povo de Mangaratiba, com as atribuies previstas no artigo29 e usando dos poderes outorgados pelo pargrafo nico do artigo 11 do Ato dasDisposies constitucionais Transitrias, da Constituio da Repblica Federativa doBrasil, votamos e promulgamos a seguinte LEI ORGNICA DO MUNICPIO DEMANGARATIBA

  • TTULO IDos Princpios Fundamentais

    Art. 1 - O Municpio de Mangaratiba e pessoa jurdica de direito pblico interno,entidade dotada de autonomia poltica, administrativa e financeira, integrante do Estadodo Rio de Janeiro e da unio indissolvel da Repblica Federativa do Brasil.Pargrafo nico - O Municpio rege-se por esta Lei Orgnica e pelas leis que adotar,observados os princpios Constitucionais da Repblica Federativa do Brasil e do Estadodo Rio de Janeiro.

    Art. 2- Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitosou diretamente, nos termos da Constituio Federal, da Constituio Estadual e destaLei Orgnica.

    Art. 3 - So objetivos fundamentais dos cidados deste Municpio e de seusrepresentantes:I - assegurar a construo de uma sociedade livre, justa e solidria;II - garantir o desenvolvimento local e regional sem prejuzo da ecologia e do meioambiente;III - contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional;IV - erradicar a pobreza e marginalizao e reduzir as desigualdades sociais na reaurbana e na rea rural;V - promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raa, sexo, cor, idade equaisquer outras formas de discriminao.

    Art. 4- A soberania popular, que se manifesta quando a todos so asseguradascondies dignas de existncia, ser exercida:I - pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos;II - pelo plebiscito;III - pelo referendo;IV - pela iniciativa popular do processo legislativo.

    Art. 5 - Os direitos e deveres individuais e coletivos, na forma prevista na ConstituioFederal, integram esta Lei orgnica e devem ser afixados em todas as repartiespblicas do Municpio, nas escolas, nos hospitais ou em qualquer local de acesso pblico,para que todos possam, permanentemente, tomar cincia, exigir o seu cumprimento porparte das autoridades e cumprir, por sua parte, o que cabe a cada cidado habitante desteMunicpio ou que em seu territrio transite.

    Art. 6 - O Municpio garantir a plena efetividade dos direitos e garantias individuais ecoletivos, observando:I - ningum ser discriminado, prejudicado ou privilegiado em razo do nascimento,idade, etnia, raa, cor, sexo, estado civil, trabalho rural ou urbano, religio, convicespolticas ou filosficas, deficincia fsica ou mental, por ter cumprido pena, nem porqualquer particularidade ou condio.II - sero proibidas as diferenas salariais para trabalho igual, assim como critrios deadmisso e estabilidade profissional discriminatrios por qualquer dos motivos previstosno item I e atendidas as qualificaes das profisses estabelecidas em lei.

  • Art. 7 - A populao do Municpio poder organizar-se em associaes, observadas asdisposies da Constituio Federal e do Estado, desta Lei orgnica, da legislaoaplicvel e do estatuto prprio, o qual fixar o objetivo da atividade associativa.Pargrafo nico - Podero ser criadas associaes com os seguintes objetivos, entreoutros:I - proteo e assistncia criana, ao adolescente, aos desempregados, aos idosos, aospobres, mulher, gestante, aos doentes e aos portadores de deficincia;II - proteo e desenvolvimento da cultura, das artes, do esporte e do lazer;III - cooperar no planejamento municipal, especialmente nas reas da educao e dasade;IV - representao dos interesses dos moradores de bairros e distritos, de consumidores,de donas-de-casa, de pais de alunos, de alunos, de professores e de contribuintes.

    Art. 8. - Ficam isentas do pagamento de impostos e taxas municipais s associaescomunitrias e organizaes sindicais com sede no Municpio.

    TTULO IIDa Organizao Municipal

    CAPTULO IDa Organizao Poltica-Administrativa

    Art. 9 - O Municpio de Mangaratiba, com sede no distrito que lhe d o nome, temcomo limites geogrficos os existentes na data de promulgao desta Lei Orgnica.

    Art. 10 - So Poderes do Municpio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativoe o Executivo.

    Art. 11 - So smbolos do Municpio sua Bandeira, seu Hino e seu Braso,representativos de sua histria e cultura.Pargrafo nico - A lei poder estabelecer outros smbolos, dispondo sobre o seu uso noterritrio do Municpio.

    Art. 12 - No exerccio de sua autonomia, o Municpio editar leis, expedir decretos,praticar atos e adotar medidas pertinentes aos seus interesses, s necessidades daadministrao e ao bem-estar de seu povo.Pargrafo nico - o Municpio poder celebrar convnios com a Unio, Estado e outrosMunicpios ou respectivos rgos da administrao indireta, inclusive fundacional, paraexecuo de suas leis, servios ou decises por servidores federais, estaduais oumunicipais.

    Art. 13 - Incluem-se entre os bens do Municpio:I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribudos;II - as reas, nas ilhas ocenicas e costeiras, que estiverem em seu domnio, excludas assob domnio da Unio, do Estado ou de terceiros;III - os mananciais de gua potvel localizados em seu territrio, assegurados como bensnaturais, incluindo os de uso comum do povo e aqueles que so parte de contratos ouconvnios com rgos estaduais e federais;IV - os atracadouros pblicos.

  • CAPTULO IIDa Diviso Administrativa do Municpio

    Art. 14 - O Municpio de Mangaratiba est dividido administrativamente em seisdistritos:I - Distrito-sede: Mangaratiba;II - 2 distrito : Conceio de Jacare;III - 3 distrito : Itacuru;IV - 4 distrito : Muriqui;V - 5 distrito : So Joo Marcos; eVI - 6 distrito : Praia Grande. 1 - o 6 distrito composto das localidades de Praia Grande e Sahy.2 - Lei complementar dispor sobre a fixao dos limites dos distritos criados por estaLei Orgnica, bem como a dos que tiveram suas reas territoriais alteradas.

    Art. 15 - O distrito parte integrante do territrio do Municpio, com denominaoprpria, dotado de rgo de descentralizao administrativa, na forma da lei.Pargrafo nico - facultada a criao de sub-distritos e bairros, representando merasdivises geogrficas dos distritos.

    Art. 16 - A criao, supresso ou fuso de distritos depende de lei, aps consultaplebiscitria s populaes diretamente interessadas, observada a legislao estadualespecfica.

    Art. 17 - Na fixao das divisas distritais devem ser observadas as seguintes normas:I - sempre que possvel sero evitadas formas assimtricas, estrangulamentos ealongamentos exagerados;II - preferncia, para a delimitao, s linhas naturais, facilmente identificveis;III - na inexistncia de linhas naturais, utilizao de linha reta, cujos extremos, pontosnaturais ou no, sejam facilmente identificveis;IV - vedada a interrupo da continuidade territorial do Municpio ou do distrito deorigem.Pargrafo nico - As divisas distritais devem ser descritas trecho a trecho, salvo se paraevitar duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais.

    Art. 18 - A participao do Municpio em uma regio metropolitana, aglomeraourbana ou microrregio depender de prvia aprovao pela Cmara Municipal.

    CAPTULO IIIDa Competncia do Municpio

    Seo IDa Competncia Privativa

    Art. 19 - Compete ao Municpio:I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislao federal e estadual, no que couber;

  • III - elaborar o oramento anual, o plano plurianual de investimentos e a lei de diretrizesoramentrias;IV - instituir e arrecadar os tributos municipais, bem como aplicar suas rendas, semprejuzo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixadosem lei;V - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preos pblicos;VI - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislao estadual;VII - dispor sobre organizao, administrao e execuo dos servios municipais;VIII - dispor sobre administrao, utilizao e alienao dos bens pblicos;IX - instituir o quadro, os planos de carreira e o regime jurdico nico dos servidorespblicos;X - organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concesso ou permisso, osservios pblicos locais, inclusive o de transporte coletivo, que tem carter essencial;XI - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programa deeducao pr-escolar e de ensino fundamental;XII - instituir, executar e apoiar programas educacionais e culturais que propiciem opleno desenvolvimento da criana e do adolescente;XIII - amparar, de modo especial, os idosos e os portadores de deficincia;XIV - estimular a participao popular na formulao de polticas pblicas e sua aogovernamental, estabelecendo programas de incentivo a projetos de organizaocomunitria nos campos social e econmico, cooperativas de produo e mutires;XV - prestar, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, servios deatendimento sade da populao, atendendo prioritariamente assistncia mdica eodontologia preventivas e emergncias mdico-hospitalares de pronto-socorro;XVI - planejar e controlar o uso, o parcelamento e a ocupao do solo em seu territrio,especialmente o de sua zona urbana;XVII - estabelecer normas de edificao, de loteamento, de desmembramento, dearruamento e de zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes urbansticasconvenientes ordenao do seu territrio, observadas as diretrizes da lei federal;XVIII - instituir, planejar e fiscalizar programas de desenvolvimento urbano nas reas dehabitao e saneamento bsico, de acordo com as diretrizes estabelecidas na lei, semprejuzo do exerccio da competncia comum correspondente;XIX - prover sobre a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino do lixodomiciliar ou no, bem como de outros detritos e resduos de qualquer natureza;XX - conceder licena para localizao e funcionamento de estabelecimentos industriais,comerciais, prestadores de servio e quaisquer outros;XXI - cassar a licena que houver concedido ao estabelecimento cuja atividade venha ase tornar prejudicial sade, higiene, segurana, ao sossego, aos bons costumes e aomeio ambiente;XXII - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrios para funcionamentode estabelecimentos industriais, comerciais, de servios e outros, atendidas as normas dalegislao aplicvel;XXIII - organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio do seupoder de polcia administrativa;XXIV - fiscalizar, nos locais de venda, peso, preo, medidas e condies sanitrias dosgneros alimentcios, observada a legislao federal pertinente;XXV - dispor sobre o depsito e venda de animais e mercadorias apreendidos emdecorrncia de transgresso da legislao municipal;

  • XXVI - dispor sobre registro, guarda, vacinao e captura de animais, com a finalidadeprecpua de controlar e erradicar molstias de que possam ser portadores outransmissores;XXVII - disciplinar os servios de carga e descarga, bem como fixar a tonelagemmxima permitida a veculos que circulem em vias pblicas municipais, inclusive nasvicinais cuja conservao seja de sua competncia;XXVIII - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar efiscalizar sua utilizao;XXIX - regulamentar a utilizao dos logradourospblicos e, especialmente no permetro urbano, determinar o itinerrio e os pontos deparada obrigatria de veculos de transporte coletivo;XXX - fixar e sinalizar as zonas de silncio e de trnsito e trfego em condiesespeciais;XXXI - regular as condies de utilizao dos bens pblicos de uso comum;XXXII - regular, executar, licenciar, fiscalizar, conceder, permitir ou autorizar, conformeo caso:a) o servio de carros de aluguel, inclusive o uso de taxmetro;b) os servios funerrios e os cemitrios;c) os servios de mercados, feiras e matadouros pblicos;d) os servios de construo e conservao de estradas, ruas, vias ou caminhosmunicipais, independentemente de serem reconhecidos oficialmente;e) os servios de iluminao pblica;f) a afixao de cartazes e anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios depublicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de policia municipal;XXXIII - fixar os locais de estacionamento pblico de txis e demais veculos;XXXIV - estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios,inclusive a de seus concessionrios;XXXV - adquirir bens, inclusive por meio de desapropriao;XXXVI - assegurar a expedio de certides, quando requeridas s repartiesmunicipais, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes. 1 - As competncias previstas neste artigo no esgotam o exerccio privativo deoutras, na forma da lei, desde que atendam ao peculiar interesse do Municpio e ao bem-estar de sua populao e no conflitem com a competncia federal e estadual. 2 - As normas de edificao, de loteamento, desmembramento e arruamento a que serefere o incisoXVII deste artigo devero exigir reserva de reas destinadas a :a) zonas verdes, praas e demais logradouros pblicos;b) vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas, de esgotos e de guaspluviais;c) passagem de canalizaes pblicas de esgotos e de guas pluviais nos fundos doslotes, obedecidas as dimenses e demais condies estabelecidas na legislao;d) faixas de preservao marginais aos rios, crregos, canais e quaisquer cursos dgua. 3 - A lei complementar que dispuser sobre a guarda municipal, destinada proteodos bens, servios e instalaes municipais, estabelecer sua organizao e competncia. 4 - A poltica de desenvolvimento urbano, com o objetivo de ordenar as funessociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes, deve ser consubstanciada emPlano Diretor de Desenvolvimento integrado, nos termos do art. 182, 1 daConstituio Federal.

  • Art. 20 - O Municpio de Mangaratiba, atravs de consrcio, poder organizar e prestardiretamente ou sob regime de concesso ou permisso o servio de transporte coletivointermunicipal de carter essencial, com os municpios vizinhos da rea do litoral sul ezona oeste, conforme dispuser a lei, de acordo com o art. 76 da Constituio Estadual.

    Art. 21 - Mediante proposio fundamentada de 1/3 (um tero) dos vereadores, de 5%(cinco por cento) dos eleitores inscritos na jurisdio distrital de 3%(trs por cento) dototal de eleitores do Municpio, aprovada por maioria qualificada dos membros daCmara Municipal, ser submetida a plebiscito questo de relevante interesse local.Pargrafo nico - A lei regulamentar o processo plebiscitrio.

    Seo IIDa Competncia Comum

    Art. 22 - da competncia comum do Municpio, da Unio e do Estado, na formaprevista em lei complementar federal:I - zelar pela guarda da Constituio, das leis e das instituies democrticas e conservaro patrimnio pblico;II - cuidar da sade e assistncia pblica, da proteo e garantia das pessoas portadorasde deficincia;III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histrico e cultural, osmonumentos, as paisagens naturais notveis e os stios arqueolgicos;IV - impedir a evaso, a destruio e a descaracterizao de obras de arte e de outrosbens de valor histrico, artstico ou cultural;V - proporcionar meios de acesso cultura, educao e cincia;VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas;VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;VIII - fomentar a produo agropecuria e organizar o abastecimento alimentar;IX - promover programas de construo de moradias e a melhoria das condieshabitacionais e de saneamento bsico;X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalizaro, promovendo aintegrao social dos setores desfavorecidos;XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e exploraode recursos hdricos e minerais em seu territrio;XII - estabelecer e implantar poltica de educao para a segurana do trnsito.

    Art. 23 - o Municpio, no mbito de sua competncia colaborar com o Estado para ocumprimento do artigo 335 da Constituio do Estado do Rio de Janeiro.

    Seo IIIDa Competncia Suplementar

    Art. 24 - compete ao Municpio suplementar a legislao federal e a estadual no quecouber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse, visando adapt-la realidade e s necessidades locais.

    CAPTULO IVDas Vedaes

  • Art. 25 - Alm de outros casos previstos nesta Lei Orgnica, ao Municpio vedado:I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes ofuncionamento ou manter com eles ou seus representantes relaes de dependncia oualiana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao de interesse pblico;II - recusar f aos documentos pblicos;III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si;IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer forma, com recursos pblicos, quer seja pelaimprensa, rdio, televiso, servio de alto-falantes, cartazes, anncios ou outro meio decomunicao, propaganda poltico-partidria ou a que se destinar a campanhas ouobjetivos estranhos administrao e ao interesse pblico.

    CAPTULO VDa Administrao Pblica

    Seo IDisposies Gerais

    Art. 26 - A administrao pblica direta, indireta ou fundacional do Municpio obedeceaos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, tambm, aoseguinte:I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preenchamos requisitos estabelecidos em lei;II. - a investidura em cargo ou emprego pblico da administrao direta, indireta oufundacional depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas ettulos, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livrenomeao e exonerao;III - no haver limite mximo de idade para a inscrio em concurso pblico,constituindo-se, entretanto, em requisito de acessibilidade ao cargo ou emprego apossibilidade de permanncia por cinco anos no seu efetivo exerccio;IV - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel umavez, por igual perodo;V - tanto no prazo de validade quanto no de sua prorrogao, previstos no edital deconvocao, o aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser,observada a classificao, convocado com prioridade sobre novos concursados paraassumir cargo ou emprego, na carreira;VI - a convocao do aprovado em concurso far-se- mediante publicao oficial e porcorrespondncia pessoal;VII - a classificao em concurso pblico, dentro do nmero de vagas obrigatoriamentefixado no respectivo edital, assegura o provimento no cargo no prazo mximo de cento eoitenta dias, contado da homologao do resultado;VIII - os cargos em comisso e as funes de confiana devem ser exercidos,preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira tcnica ou profissional,nos casos e condies previstos em lei ;IX - os cargos de natureza tcnica s podero ser ocupados pelos profissionaislegalmente habilitados e de comprovada atuao na rea;X - garantido ao servidor pblico o direito livre associao sindical, observado, noque couber, o disposto no art. 8 da constituio Federal.XI - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em leicomplementar federal;

  • XII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoasportadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso;XIII - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender necessidade temporria de excepcional interesse pblico;XIV - a reviso geral da remunerao dos servidores pblicos far-se- sempre na mesmadata;XV - a lei fixar o limite mximo entre a maior e a menor remunerao dos servidorespblicos, observado, como limite mximo, os valores percebidos como remunerao, emespcie, pelo Prefeito;XVI - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo no podero ser superiores aospagos pelo Poder Executivo;XVII - vedada .a vinculao ou equiparao de vencimentos para efeito deremunerao de pessoal do servio pblico, ressalvado o disposto no inciso anterior e no 1 do art. 33, desta Lei orgnica;XVIII - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no serocomputados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores, sob omesmo titulo ou idntico fundamento;XIX - o servidor pblico poder gozar de licena especial e frias na forma da lei ou deambas dispor, sob a forma de direito de contagem em dobro para efeito de aposentadoriaou t-las transformadas em pecnia indenizatria, segundo sua opo;XX - os vencimentos dos servidores pblicos so irredutveis e a remunerao observaro que dispem os incisos XV e XVI deste artigo, bem como os artes. 150, II.; 153, II. E153, 2, I, da Constituio Federal;XXI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houvercompatibilidade de horrios:a) a de dois cargos de professor, assim considerado o de especialista de educao;b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico ;c) a de dois cargos privativos de mdico;XXII - a proibio de acumular no se aplica a proventos de aposentadoria, mas seestende a empregos e funes e abrange autarquias, empresas pblicas, sociedades deeconomia mista e fundaes mantidas pelo Poder Pblico;XXIII - somente por lei especfica podero ser criadas empresa pblica, sociedade deeconomia mista, autarquia ou fundao pblica;XXIV - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias dasentidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delasem empresa privada;XXV - ressalvada a legislao federal aplicvel, ao servidor pblico municipal proibidosubstituir, sob qualquer pretexto, servidores pblicos federais e estaduais outrabalhadores de empresas privadas em greve;XXVI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras ealienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegureigualdade de condies e de pagamentos a todos os concorrentes, com previso deatualizao monetria para os pagamentos em atraso, penalidades para osdescumprimentos contratuais,permitindo-se, no ato convocatrio, somente as exigncias de qualificao tcnica,jurdica e econmico-financeira indispensveis garantia do cumprimento dasobrigaes;

  • XXVII - os servidores pblicos no podero ser colocados disposio de outrossetores da Unio, do Estado e dos Municpios, antes de completarem dois anos deefetivo exerccio funcional no rgo de origem;XXVIII- os servidores da administrao pblica direta, colocados disposio daadministrao pblica indireta ou fundacional, quando da transferncia para a inatividade,incorporaro aos proventos a complementao de vencimentos que venham percebendo,desde que caracterizada essa situao h, no mnimo, oito anos consecutivos. 1 - Compreende-se da administrao direta os servios sem personalidade jurdicaprpria, integrados na estrutura administrativa de qualquer dos Poderes do Municpio; naadministrao indireta constituda de entidades dotadas de personalidade jurdica prpria,as autarquias, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista, bem como assubsidirias dessas entidades e as fundaes institudas ou mantidas pelo Poder Pblico. 2 - So autarquias, empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaespblicas as assim definidas no art. 77, 2, da Constituio Estadual, com aplicao parao Municpio. 3 - A publicidade dos atos e programas, obras e servios dos rgos pblicos somentepoder ser feita em carter educativo e de orientao social, dela no podendo constarnomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ouservidores pblicos. 4 - A no observncia do disposto nos incisos II e V deste artigo implicar nulidadedo ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da lei. 5- As reclamaes relativas prestao de servios pblicos sero disciplinadas emlei. 6 - Os atos de improbidade administrativa importaro perda da funo pblica, suspenso dos direitos polticos , a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento aoerrio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel. 7 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras deservios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem aterceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ouculpa. 8 - Os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ouno, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes de ressarcimento,so os estabelecidos em lei federal. 9 - vedado ao Poder Pblico, direta ou indiretamente, a publicidade de qualquernatureza para fins de propaganda governamental, fora dos limites do Municpio.

    Art. 27 - Aplicam-se s licitaes do Municpio as regras da legislao federal ou dalegislao estadual, se mais restritivas.Pargrafo nico - Os limites para dispensa de licitao ou para o estabelecimento desuas modalidades, fixados na lei federal, tero aplicabilidade para o Municpio reduzidos metade.

    Art. 28 - O Municpio, do interesse da administrao e do aperfeioamento dacapacitao de seus servidores, garantir, a cada binio, no mnimo, a participao deseus servidores de nvel tcnico e superior em cursos de aprimoramento profissional.

    Art. 29 - Qualquer que seja a causa mortis do servidor pblico, ser de cem por cento daremunerao total o valor mnimo da penso devida a seus dependentes na forma da lei.

  • Seo IIDo Controle Administrativo

    Art. 30 - O controle dos atos administrativos do Municpio ser exercido pelo PoderLegislativo, pelo Ministrio Pblico, pela sociedade, pela prpria administrao e, no quecouber, pelo Conselho Estadual de contas dos Municpios.1 - Haver uma instncia colegiada administrativa para dirimir controvrsias entre oMunicpio e seus servidores pblicos. 2 - Fica assegurada a participao das entidades de classe dos servidores no rgocolegiado de que trata o pargrafo anterior.

    Art. 31 - A administrao pblica tem o dever de anular os prprios atos, quandoeivados de vcios que os tornem ilegais, bem como a faculdade de revog-los, pormotivo de convenincia ou oportunidade, respeitados neste caso os direitos adquiridos,alm de observado, em qualquer circunstncia, o devido processo legal.

    Art. 32 - A autoridade que, ciente de vcio invalidador de ato administrativo, deixar desan-lo, incorrer nas penalidades da lei pela omisso, sem prejuzo das sanesprevistas no artigo 37, 4, da Constituio da Repblica, se for o caso.

    Seo IIIDos Servidores Pblicos

    Art. 33 - O Municpio instituir regime jurdico nico e planos de carreira para osservidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas. 1 - A lei assegurar, aos servidores da administrao direta, isonomia de vencimentospara cargos de atribuies iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidoresdos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de carter individual e asrelativas natureza ou ao local de trabalho. 2 - O benefcio da penso por morte corresponder totalidade dos vencimentos ouproventos do servidor falecido, at o limite estabelecido em lei, observado o disposto noartigo 38, 5, desta Lei Orgnica. 3 - O pagamento dos servidores ativos e inativos do Municpio ser feito,impreterivelmente, at o dia 05 (cinco) de cada ms, sendo cominada multa equivalente aum dia de vencimento por dia de atraso. 4 - O prazo previsto no pargrafo anterior ser, obrigatoriamente, inserido noCalendrio Anual de Pagamento dos Servidores do Municpio.

    Art. 34 - Aos servidores pblicos municipais ficam assegurados, alm de outros que a leiestabelecer, os seguintes direitos:I - salrio mnimo;II. - irredutibilidade do salrio;III - garantia de salrio, nunca inferior ao mnimo, para os que percebem remuneraovarivel;IV - dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor daaposentadoria, pago at o dia 20 de dezembro ou, se for do interesse do servidor, emduas parcelas, sendo a primeira entre o dia 1 de fevereiro e 30 denovembro, juntamente com o pagamento de frias, e a segunda at o dia 20 de dezembrode cada ano.

  • V - remunerao do trabalho noturno superior do diurno;VI - remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinqenta por cento do normal;VII - salrio-famlia para os seus dependentes;VIII - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta semanais,facultada a compensao de horrios;IX - incidncia da gratificao adicional por tempo de servio sobre o valor dosvencimentos;X - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;XI - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que osalrio normal;XII - licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, com durao de cento evinte dias;XIII - licena-paternidade, nos termos fixados em lei;XIV - licena especial para os adotantes, nos termos fixados em lei;XV - proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nostermos da lei;XVI - reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene esegurana;XVII - indenizao em caso de acidente de trabalho, na forma da lei;XVIII - reduo da carga horria adicional de remunerao para as atividades penosas,insalubres ou perigosas, na forma da lei;XIX - proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio deadmisso por motivo de sexo, idade, etnia ou estado civil;XX - o de opo, na forma da lei, para os efeitos de contribuio mensal, tanto aossubmetidos a regime jurdiconico quanto aos contratados sob o regime da legislao trabalhista que sejam,simultaneamente, segurados obrigatrios de mais de um instituto de Previdncia Social;XXI - reduo em cinqenta por cento da carga horria de servidor municipal,responsvel legal por portador de necessidades especiais que requeira atenopermanente;XXII - o de relotao aos membros do magistrio pblico, no caso de mudana deresidncia, observados os critrios de distncia estabelecidos em lei, a disponibilidade devaga e o interesse e a convenincia da administrao;** Nova redao dada pela emenda 02/97 de 14.04.97.XXIII - licena-casamento, sem prejuzo do salrio, com durao de sete dias;XXIV - o de incorporao ao vencimento ou aos proventos do exerccio da funogratificada, computado o tempo de servio prestado ao Municpio nessa condio,considerado na forma da lei, ficando vedado terminantemente, a incorporao do cargoem comisso;** Nova redao dada pela emenda 01/97 de 24.03.97.XXV - o de soluo, pelo deferimento ou no, de peties interpostas junto aos rgospblicos da administrao direta, indireta ou fundacional, no prazo de 30 (trinta) dias, seoutro no for o fixado pela lei;XXVI - o de enquadramento no cargo que esteja exercendo pelo prazo de dois anos,desde que possua habilitao, quando exigida por lei, para o exerccio do cargo;XXVII - o de disponibilidade, relotao ou transferncia, para outros rgos pblicos,da administrao direta, indireta ou fundacional do Municpio, ou para outras sees nomesmo rgo, atendido o interesse e a convenincia do servio pblico. *

  • * Nova redao dada pela emenda 02/97 de 14.04.97.Pargrafo nico - sero responsabilizados, na forma da lei, os servidores ou agentespolticos que obstrurem, retardarem o cumprimento ou deixarem de reconhecer osdireitos assegurados neste artigo.

    Art. 35 - O desconto em folha de pagamento relativo s contribuies para a entidade declasse sem fins lucrativos, pelos rgos competentes da Administrao Pblica, serfacultativo, realizado mediante convnio, desde que o desconto seja expressamenteautorizado pelo associado. ** Nova redao dada pela emenda 08/97 de 22.12.97.

    Art. 36 - Ao servidor pblico em exerccio de mandato eletivo aplicam-se as seguintesdisposies:I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficar afastado de seucargo, emprego ou funo; .II - investido no mandato de Prefeito ou Vice-Prefeito, ser afastado do cargo, empregoou funo, sendo-lhe facultado optar pela remunerao;III - investido no mandato de Vereador ou Juiz de Paz, havendo compatibilidade dehorrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo daremunerao do cargo eletivo, e no havendo compatibilidade, aplicar-se- a norma doinciso anterior;IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seutempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo pormerecimento;V - para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores serodeterminados como se no exerccio estivesse.

    Art. 37 - A assistncia previdenciria e social ser prestada aos servidores pblicosmunicipais, em suas diferentes modalidades, conforme dispuser a lei.

    Art. 38 - O servidor ser aposentado:I - por invalidez permanente, com os proventos integrais, quando decorrente de acidenteem servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadasem lei, e proporcionais nos demais casos;II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais aotempo de servio;III - voluntariamente:a) aos trinta e cinco anos de servio, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventosintegrais;b) aos trinta anos de efetivo exerccio em funes de magistrio, se professor, assimconsiderado especialista em educao, e vinte e cinco, se professora, nas mesmascondies, com proventos integrais;c) aos trinta anos de servio, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventosproporcionais a esse tempo;d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, comproventos proporcionais ao tempo de servio. 1 - Sero observadas as excees ao disposto no inciso III, "a" e "c", no caso deexerccio de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, bem como as

  • disposies sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporrios, na formaprevista na legislao federal. 2 - O tempo de servio pblico federal, estadual ou municipal ser computadointegralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade. 3 - assegurada, para efeito de aposentadoria, a contagem reciproca do tempo deservio nas atividades pblicas e privadas, inclusive do tempo de trabalhocomprovadamente exercido na qualidade de autnomo, fazendo-se a compensaofinanceira, segundo critrios estabelecidos em lei. 4 - Os proventos de aposentadoria sero revistos na mesma proporo e na mesmadata, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade, sendo tambmestendidos aos inativos quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidosaos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformao oureclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria. 5 - O valor incorporado a qualquer ttulo pelo servidor ativo ou inativo, como direitopessoal, pelo exerccio de funes de confiana ou de mandato, ser revisto na mesmaproporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao do cargo que lhedeu causa. 6 - Na hiptese de extino do cargo que deu origem incorporao de que trata opargrafo anterior, o valor incorporado pelo servidor ser fixado de acordo com aremunerao de cargo correspondente. 7 - A aposentadoria por invalidez poder, a requerimento do servidor, sertransformada em seguro- reabilitao, custeado pelo Municpio, visando a reintegr-loem novas funes compatveis com suas aptides. 8 - Ao servidor referido no pargrafo anterior garantida a irredutibilidade de seusproventos, ainda que na nova funo venha a ser aproveitado com remunerao inferiora recebida a ttulo de seguro-reabilitao. 9 - considera-se como proventos de aposentadoria o valor resultante da soma de todasas parcelas a eles incorporadas pelo Poder Pblico. 10 - O Municpio providenciar para que os processos de aposentadoria sejamsolucionados definitivamente dentro de 90 (noventa) dias, contados da data doprotocolo, responsabilizando-se o servidor ou agente poltico que der causa ao atraso ouretardamento. 11 - Os direitos assegurados nos pargrafos 4, 5, e 6, deste artigo sero concedidosindependentemente de requerimentos ou apostilas.

    Art. 39 - So estveis, aps dois anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados emvirtude de concurso pblico. 1 - O servidor pblico estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicialtransitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja asseguradaampla defesa. 2 - invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser elereintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direitoa indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. 3 - Ocorrendo extino do cargo, o funcionrio estvel ficar em disponibilidaderemunerada, com vencimentos e vantagens integrais, pelo prazo mximo de seis meses,at seu aproveitamento obrigatrio em funo equivalente no servio pblico.

    TTULO IIIDa Organizao dos Poderes

  • CAPTULO IDo Poder Legislativo

    Seo IDa Cmara Municipal

    Art. 40 - O Poder Legislativo exercido pela Cmara Municipal.Pargrafo nico - Cada legislatura tem a durao de quatro anos, correspondendo cadaano a uma sesso legislativa.

    Art. 41 - A Cmara Municipal compe-se de vereadores eleitos pelo sistemaproporcional, como representantes do povo, com mandato de quatro anos. 1 - O nmero de Vereadores, em cada legislatura, ser fixado pela Cmara Municipal,tendo em vista a populao do Municpio, apurada pelo rgo oficial de estatstica at 31de dezembro do ano anterior ao da eleio, obedecendo a seguinte proporo:a) 9 Vereadores at 15.000 habitantes;b) 11 Vereadores de 15.001 a 30.000 habitantes;c) 13 Vereadores de 30.001 a 50.000 habitantes;d) 15 Vereadores de 50.001 a 100.000 habitantes;e) 17 Vereadores de 100.001 a 200.000 habitantes;f) 19 Vereadores de 200.001 a 500.000 habitantes;g) 21 Vereadores de 500.001 a 1.000.000 de habitantes. 2 - So condies de elegibilidade para o exerccio do mandato de Vereador, na formada lei federal:I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exerccio dos direitos polticos;III - o alistamento eleitoral;IV - o domiclio eleitoral na circunscrio;V - a filiao partidria;VI - a idade mnima de dezoito anos;VII - ser alfabetizado.

    Art. 42 - A Cmara Municipal reunir-se-, anual e ordinariamente, na sede do Municpio,de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro. 1 - As reunies marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia tilsubseqente, quando coincidirem com sbados, domingos e feriados. 2 - A Cmara reunir-se-, ainda, em sesses extraordinrias e sesses solenes, naforma e nos casos previstos em seu Regimento Interno. 3 - A convocao extraordinria da cmara far-se-:I - pelo Prefeito, quando este a entender necessria;II - pelo Presidente da cmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito;III - pelo Presidente da cmara ou a requerimento da maioria dos membros desta, emcasos de urgncia ou interesse pblico relevante;IV - pela comisso Representativa da cmara, conforme previsto no art. 50, V, desta LeiOrgnica. 4 - Na sesso legislativa extraordinria, a cmara Municipal somente deliberar sobrea matria para a qual foi convocada.

  • Art. 43 - As deliberaes da cmara sero tomadas por maioria de votos, presente amaioria de seus membros, salvo disposio em contrrio prevista na constituio Federale nesta Lei Orgnica.

    Art. 44 - A sesso legislativa ordinria no ser interrompida sem a deliberao sobre oprojeto de lei oramentria.

    Art. 45 - As sesses da cmara realizar-se-o em recinto destinado ao seufuncionamento, observado o disposto no art. 49, XII, desta Lei Orgnica. 1 - O horrio das sesses ordinrias e extraordinrias da cmara Municipal oestabelecido em seu Regimento Interno. 2 - Podero ser realizadas sesses solenes fora do recinto da cmara.

    Art. 46 - As sesses sero pblicas, salvo deliberao em contrrio, de dois teros (2/3)dos Vereadores, adotada em razo de motivo relevante.

    Art. 47 - As sesses somente sero abertas com a presena de, no mnimo, um tero(1/3) dos membros da cmara.

    Seo IIDas Atribuies da Cmara Municipal

    Art. 48 - Cabe cmara Municipal, com a sano do Prefeito, dispor sobre todas asmatrias de competncia do Municpio: *I - tributos municipais, arrecadao e dispndio de suas rendas;II - iseno e anistia em matria tributria; *III - oramento anual, plano plurianual, diretrizes oramentrias e autorizao paraabertura de crditos suplementares e especiais;IV - planos e programas municipais de desenvolvimento, em conformidade com planos eprogramas estaduais;V - operaes de crdito, auxlios e subvenes, servios pblicos; *VI -alienao de bens pblicos; *VII - organizao administrativa municipal; criao, transformao e extino de cargos,empregos e funes pblicas, bem como a fixao e reajustes dos respectivosvencimentos ou remunerao; *VIII - criao e estruturao de Secretarias Municipais e demais rgos daAdministrao Pblica, bem assim a definio das respectivas atribuies; *IX - aprovao do Plano Diretor; *X - autorizao para mudana de denominao de prprios, vias e logradourospblicos*;XI - normas urbansticas, particularmente as relativas zoneamento e loteamento; ** Nova redao dada pela emenda 04/97 de 14.04.97.

    Art. 49 - da competncia exclusiva da Cmara Municipal:I - eleger os membros de sua Mesa Diretora;II - elaborar o Regimento Interno;III - organizar os servios administrativos internos, bem como criar, prover, transformare extinguir os cargos respectivos e fixar e alterar sua remunerao;

  • IV - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores;V - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio, quando a ausncia exceder a quinzedias;VI - exercer a fiscalizao contbil, financeira e oramentria do Municpio, com oauxlio do Conselho Estadual de contas dos Municpios;VII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do conselho decontas no prazo mximo de sessenta dias de seu recebimento, observados os seguintespreceitos:a) o parecer do conselho de contas somente deixar de prevalecer por deciso de doisteros dos membros da cmara;b) decorrido o prazo de sessenta dias, sem deliberao pela cmara, as contas seroconsideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a concluso do parecer doconselho de contas;c) no decurso do prazo previsto na alnea anterior, as contas do Prefeito ficaro disposio de qualquer contribuinte do Municpio, para exame e apreciao, o qualpoder questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei;d) rejeitadas as contas, sero estas, por deciso do Plenrio, remetidas ao MinistrioPblico para os fins de direito.VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos vereadores, noscasos indicados na Constituio Federal, nesta Lei Orgnica e na legislao federalaplicvel;IX - autorizar a realizao de emprstimo ou de crdito interno ou externo de qualquernatureza, de interesse do Municpio;X - proceder a tomada de contas do Prefeito, atravs de comisso especial, quando noapresentadas cmara, dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa;XI - ratificar convnio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Municpiocom a Unio, o Estado, outros Municpios ou qualquer outra pessoa jurdica de direitopblico interno, de direito privado, instituies estrangeiras ou multinacionais, quando setratar de matria assistencial, educacional, cultural ou tcnica e houver exigncia porparte do conveniado de tal ratificao; ** Nova redao dada pela emenda 04/97 de 14.04.97.XII - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reunies;XIII - convocar o Prefeito e os Secretrios Municipais para prestar esclarecimentos,aprazando dia e hora para o comparecimento, importando a ausncia sem justificaoadequada infrao poltico-administrativa, punvel na forma da legislao federal;XIV - encaminhar pedidos escritos de informao e documentos ao Prefeito e aSecretrios Municipais, importando infrao poltico-administrativa a recusa ou noatendimento no prazo de quinze dias, bem como a prestao de informaes falsas.XV - ouvir Secretrios Municipais ou autoridades equivalentes, quando, por suainiciativa e mediante entendimentos prvios com a Mesa, comparecerem cmaraMunicipal para expor assuntos de relevncia da Secretaria ou do rgo da administraode que forem titulares;XVI - deliberar sobre o adiamento e a suspenso de suas reunies;XVII - criar comisso parlamentar de inqurito sobre fato determinado e prazo certo,mediante requerimento de um tero (1/3) de seus membros;XVIII - conceder titulo de cidado honorrio ou conferir homenagem a pessoas que,reconhecidamente, tenham prestado relevantes servios ao Municpio ou nele se tenhamdestacado pela atuao exemplar na vida pblica e particular, mediante proposta pelovoto de dois teros (2/3) dos membros da cmara;

  • XIX - solicitar a interveno do Estado no Municpio, nos termos do art. 353, I, daconstituio Estadual;XX - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em leifederal;XXI - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da administraoindireta;XXII - convocar audincia pblica;XXIII - fixar, observado o que dispe os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, 2, I, daConstituio Federal, a remunerao dos Vereadores, em cada legislatura para asubseqente, sobre a qual incidir imposto sobre a renda e proventos de qualquernatureza; .XXIV - fixar, observado o que dispem os arts. 150, II, 153, III, e 153, 2, I, daConstituio Federal, em cada legislatura para a subseqente, a remunerao do Prefeito,do Vice-Prefeito e dos secretrios Municipais. 1 - A remunerao dos Vereadores, de que trata o item XXIII, deste artigo, serfixada por resoluo da cmara, obedecidos os seguintes critrios:a) aprovao at o final do primeiro perodo legislativo ordinrio do ltimo ano delegislatura;b) remunerao dividida em partes fixa e varivel, expressa no padro monetrio vigente,garantida sua irredutibilidade atravs da atualizao de seu valor, at entrada em vigor,pelos ndices oficiais de correo monetria ou pelos ndices de reajustamento salarial, aqualquer ttulo, dos servidores municipais, se superiores, no perodo;c) parte varivel da remunerao no inferior fixa, correspondendo ao efetivocomparecimento do Vereador s sesses e participao nas votaes;d) remunerao no superior a 50% (cinqenta por cento) do que for percebido comoremunerao, em espcie , pelo Prefeito;e) reajuste da remunerao nos mesmos ndices e nas mesmas pocas dos reajustesconcedidos aos servidores pblicos municipais, a partir de sua vigncia;f) fixao de verba de representao a que far jus o Presidente da Cmara, em at 2/3(dois teros) da remunerao do Vereador. 2 - A remunerao do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos secretrios Municipais serfixada por decreto legislativo, obedecidos os seguintes critrios:a) aprovao at o final do primeiro perodo legislativo ordinrio do ltimo ano dalegislatura;b) remunerao expressa no padro monetrio vigente, garantida sua irredutibilidadeatravs da atualizao de seu valor, at entrada em vigor, pelos ndices oficiais decorreo monetria ou pelos ndices de reajustamento salarial, a qualquer ttulo, dosservidores municipais, se superiores, no perodo;c) remunerao do Vice-Prefeito no superior a 60% (sessenta por cento) do que forpercebido como remunerao, em espcie, pelo Prefeito;d) remunerao dos Secretrios no superior a 40% (quarenta por cento) do que forpercebido como remunerao, em espcie, pelo Prefeito;e) reajuste da remunerao nos mesmos ndices e nas mesmas pocas dos reajustesconcedidos aos servidores municipais, a partir de sua vigncia;f) fixao de verba de representao a que far jus o Prefeito, em at 2/3 (dois teros) deseu subsdio.

    Art. 50 - Ao trmino de cada sesso legislativa a cmara eleger, dentre os seusmembros, em votao secreta, uma Comisso Representativa, cuja composio

  • reproduzir, tanto quanto possvel, a proporcionalidade da representao partidria oudos blocos parlamentares na casa, que funcionar nos interregnos das sesses legislativasordinrias, com as seguintes atribuies:I - reunir-se ordinariamente uma vez por semana e, extraordinariamente, sempre queconvocada pelo Presidente da cmara; .II - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;III - zelar pela observncia da Lei Orgnica e dos direitos e garantias individuaisprevistos na constituio Federal;IV - autorizar o Prefeito a se ausentar do Municpio por mais de quinze dias, observadoo disposto nesta Lei Orgnica;V - convocar extraordinariamente a cmara em caso de urgncia ou interesse pblicorelevante. 1 - A Comisso Representativa constituda de nmero mpar de vereadores. 2 - A Comisso Representativa deve apresentar relatrio circunstanciado dostrabalhos por ela realizados, quando do reinicio do perodo de funcionamento ordinrioda cmara;

    Seo IIIDos Vereadores

    Art. 51 - Os Vereadores so inviolveis, no exerccio do mandato e na circunscrio doMunicpio, por suas opinies, palavras e votos. 1 - Desde a expedio do diploma, os membros da cmara Municipal no podero serpresos, salvo em flagrante de crime inafianvel, nem processados criminalmente, semprvia licena da casa. 2 - O indeferimento do pedido de licena ou a ausncia de deliberao suspende aprescrio, enquanto durar o mandato. 3 - No caso de flagrante de crime inafianvel, os autos sero remetidos, dentro devinte e quatro horas, cmara Municipal, para que, pelo voto secreto da maioria de seusmembros, resolva sobre a priso e autorize, ou no, a formao de culpa. 4 - os Vereadores sero submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justia. 5 - As imunidades dos Vereadores subsistiro durante o estado de stio, s podendoser suspensas mediante voto de dois teros dos membros da casa, no caso de atospraticados fora do recinto da cmara, que sejam incompatveis com a execuo damedida. 6 - os Vereadores no sero obrigados a testemunhar sobre informaes recebidas ouprestadas em razo do exerccio do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaramou deles receberam informaes. 7 - Poder o Vereador, mediante licena da Cmara Municipal, desempenhar missestemporrias de carter diplomtico ou cultural.

    Art. 52 - Os Vereadores no podero:I - desde a expedio do diploma:a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico, autarquia, empresapblica, sociedade de economia mista ou empresa concessionria de servio pblico,salvo quando o contrato obedecer a clusulas uniformes;b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de confiana,nas entidades constantes da alnea anterior, salvo mediante aprovao em concursopblico;

  • II - desde a posse:a) ser proprietrios, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrentede contrato com pessoa jurdica de direito pblico, ou nela exercer funo remunerada;b) ocupar cargo, funo ou emprego, na administrao pblica direta ou indireta doMunicpio, de que sejam demissveis "ad nutum", salvo o cargo de secretrio Municipalou cargo equivalente;c) exercer outro cargo eletivo municipal, estadual ou federal;d) patrocinar causa junto ao Municpio em que seja interessada qualquer das entidades aque se refere a alnea "a" do inciso I.

    Art. 53 - Perder o mandato o Vereador:I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;II - cujo procedimento seja declarado incompatvel com o decoro parlamentar ouatentatrio s instituies vigentes;III - que utilizar-se do mandato para a prtica de atos de corrupo ou de improbidadeadministrativa;IV - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa anual, tera parte dassesses ordinrias da Cmara, salvo doena comprovada, licena ou misso autorizadapela Cmara Municipal;V - que fixar residncia fora do municpio;VI - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;VII - quando o decretar a justia eleitoral, noscasos previstos na Constituio da Repblica;VIII - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado. 1 - incompatvel com o decoro parlamentar, alm dos casos definidos no RegimentoInterno, o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepo devantagens ilcitas ou imorais. 2 - Nos casos dos incisos I, II e VIII, a perda do mandato ser decidida pela CmaraMunicipal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocao da Mesa Diretoraou de Partido Poltico com representao na Casa, assegurada ampla defesa. 3 - Nos casos previstos nos incisos III a VII, a perda ser declarada pela Mesa, deofcio ou mediante provocao de qualquer de seus membros, ou de Partido Polticorepresentado na Cmara, assegurada plena defesa.

    Art. 54 - No perder o mandato o Vereador:I - investido no cargo de Secretrio de Estado, da Prefeitura, ou de Chefe de missodiplomtica temporria;II - licenciado por motivo de doena, ou para tratar, sem remunerao, de interesseparticular, desde que, o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sessolegislativa;III - licenciado para desempenhar misses temporrias, de carter cultural ou deinteresse do Municpio. 1 - O suplente ser convocado nos casos de vaga, de investidura nos cargos oufunes previstas neste artigo, ou de licena. 2 - Ocorrendo vaga e no havendo suplente, far-se- eleio para preench-la sefaltarem mais de doze meses para o trmino do mandato. 3 - Na hiptese do inciso I deste artigo, o Vereador pode optar pela remunerao domandato.

  • 4 - Ao Vereador licenciado por motivo de doena, a Cmara poder determinar opagamento, no valor que estabelecer e na forma que especificar, de auxlio-doena. 5 - O auxilio de que trata o pargrafo anterior poder ser fixado no curso daLegislatura e no ser computado para o efeito do clculo da remunerao dosVereadores. 6 - A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a trinta dias e oVereador no poder reassumir o exerccio do mandato antes do trmino da licena. 7 - O suplente convocado dever tomar posse no prazo de quinze dias, contados dadata da convocao, salvo motivo justo aceito pela Cmara, quando se prorrogar oprazo. 8 - Estando a Cmara em recesso, a posse se dar perante o Presidente.

    Seo IVDo Funcionamento da Cmara

    Art. 55 - A Cmara reunir-se- extraordinariamente no dia 1 de janeiro do primeiro anode legislatura, independente de nmero, presente o Juiz Eleitoral, sob a presidncia doVereador mais idoso dentre os presentes, para o compromisso e posse de seus membros. 1 - No ato de posse os Vereadores prestaro o compromisso de cumprir dignamente omandato, guardar a Constituio e a Lei Orgnica, trabalhando pelo engrandecimento deMangaratiba. 2 - O Vereador que no tomar posse na sesso prevista no pargrafo anterior deverfaz-lo dentro do prazo de quinze dias do incio do funcionamento ordinrio da Cmara,sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dosmembros da Cmara. 3 - Imediatamente aps a posse, os Vereadores reunir-se-o sob a presidncia do maisidoso dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Cmara, elegeroos componentes da Mesa Diretora, que sero automaticamente empossados. 4 - Inexistindo nmero legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes permanecerna Presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa. 5 - A eleio da Mesa da Cmara, para o segundo binio, far-se- no dia 1 de janeirodo terceiro ano de cada legislatura, em sesso extraordinria, considerando-seautomaticamente empossados os eleitos.

    Art. 56 - No ato da posse e ao trmino do mandato, os Vereadores devero fazerdeclarao de seus bens junto Secretaria Administrativa da Cmara, ali ficandoarquivada.

    Art. 57 - O mandato da Mesa ser de dois anos, vedada a reconduo para o mesmocargo na eleio imediatamente subsequente.

    Art. 58 - A Mesa Diretora da Cmara se compe do Presidente, do Vice-Presidente, doPrimeiro secretrio e do segundo secretrio, os quais se substituiro nessa ordem. 1- Na constituio da Mesa assegurada, tanto quanto possvel, a representaoproporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa. 2 - Na ausncia dos membros da Mesa, o Vereador mais idoso assumir a Presidncia. 3 - Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo da mesma, pelo voto de doisteros (2/3) dos membros da Cmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no

  • desempenho de suas atribuies, elegendo-se outro Vereador para a complementao domandato.

    Art. 59 - A Cmara ter comisses permanentes e especiais. 1 - As comisses permanentes em razo da matria de sua competncia, cabe:I - opinar e apresentar pareceres sobre as proposies apresentadas, na forma doRegimento Interno:II - realizar audincias pblicas com entidades representativas da sociedade civil;III - convocar os secretrios Municipais e dirigentes de rgos da administrao indiretapara prestar informaes sobre assuntos inerentes s suas atribuies;IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contraatos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas;V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidado; .VI - exercer, no mbito de sua competncia, a fiscalizao dos atos do Executivo,includos os de seus rgos da administrao direta, indireta ou fundacional, bem comoos da Mesa da cmara ou de qualquer de seus integrantes.VII - emitir parecer sobre os balancetes mensais apresentados pelo Poder Executivo epela Mesa Diretora da cmara. 2 - As comisses especiais, criadas por deliberao do Plenrio, sero destinadas aoestudo de assuntos especficos e representao da cmara em congressos, solenidadesou outros atos pblicos. 3 - Na formao das comisses, assegurar-se-, tanto quanto possvel, a representaoproporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participem da Cmara. 4 - As comisses parlamentares de inqurito, que tero poderes de investigaoprprios das autoridades judiciais, alm de outros previstos no Regimento Interno daCasa, sero criadas pela Cmara Municipal, mediante requerimento de um tero de seusmembros, para apurao de fato determinado e por prazo certo, sendo suas concluses,se for o caso, encaminhadas ao Ministrio Pblico, para que promova a responsabilidadecivil ou criminal dos infratores.

    Art. 60 - As Representaes partidrias, mesmo com apenas um membro, e os blocosparlamentares tero Lder e, quando for o caso, Vice-Lider. 1 - A indicao dos Lideres ser feita em documento subscrito pelos membros dosPartidos Polticos ou blocos parlamentares Mesa, nas vinte e quatro horas que seseguirem instalao do perodo legislativo anual. 2 - Os lideres indicaro os respectivos Vice-Lideres, se for o caso, dandoconhecimento Mesa da Cmara dessa designao.

    Art. 61 - Alm de outras atribuies previstas no Regimento Interno, os Lideresindicaro os representantes partidrios nas comisses da Cmara.Pargrafo nico - Ausente ou impedido o Lder, suas atribuies sero exercidas peloVice-Lider.

    Art. 62 - A Cmara Municipal, observado o disposto nesta Lei orgnica, competeelaborar seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organizao, policia e provimentode cargos de seus servios e, especialmente, sobre:I - sua instalao e funcionamento;II - posse de seus membros;III - eleio da Mesa, sua composio e suas atribuies;

  • IV - periodicidade das reunies;V - comisses;VI - sesses;VII - deliberaes; eVIII - todo e qualquer assunto de sua administrao interna.

    Art. 63 - A Mesa, dentre outras atribuies compete:I - tomar todas as medidas necessrias regularidade dos trabalhos legislativos;II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos servios da Cmara e fixem osrespectivos vencimentos;III - apresentar projeto de lei dispondo sobre abertura de crditos suplementares ouespeciais, atravs do aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentarias daCmara;IV - promulgar as emendas a esta Lei orgnica;V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna;VI - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, pessoal para atender necessidade temporria de excepcional interesse pblico.

    Art. 64 - Dentre outras atribuies, compete ao Presidente da Cmara:I - representar a Cmara em juzo e fora dele;II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara;III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;IV- fazer publicar os atos da mesa, as resolues, decretos legislativos e as leis que vier apromulgar;V - promulgar as leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenrio,desde que no aceita esta deciso em tempo hbil, pelo Prefeito;VI - promulgar as resolues e decretos legislativos;VII - autorizar as despesas da Cmara;VIII - representar, por deciso da Cmara, sobre a inconstitucionalidade de lei ou atomunicipal;IX - solicitar, por deciso da maioria absoluta da Cmara, a interveno no Municpionos casos admitidos pela Constituio Federal e Constituio Estadual;X - encaminhar, para parecer prvio, a prestao de contas do Municpio ao conselhoEstadual de contas dos Municpios;XI - apresentar ao Plenrio, at o dia 10 (dez) de cada ms, o balancete referente. ao msanterior, devendo ainda efetuar sua publicao em jornal de circulao no Municpio.

    Art. 65 - As despesas efetuadas pela Cmara podem ser impugnadas, medianterequerimento fundamentado Mesa Diretora. 1 - Recebido o requerimento, este ser imediatamente encaminhado comisso deFinanas e Oramento, que sobre ele apresentar parecer no prazo de 5 (cinco) dias. 2 - Acatada a impugnao pelo voto da maioria absoluta dos membros da cmara,ser a despesa cancelada, devolvendo-se, pelo servidor ou agente que a autorizou, aoscofres pblicos a quantia despendida, sem prejuzo de eventual responsabilidade.

    Art. 66 - A Cmara Municipal reservar uma parte de seu expediente para manifestaode representantes de entidades civis e da populao em geral, na forma que dispuser oRegimento Interno.

  • Seo VDo Processo Legislativo

    Art. 67 - O processo legislativo compreende a elaborao de :I - emendas Lei Orgnica Municipal;II - leis complementares;III - leis ordinrias;IV - resolues; eV - decretos legislativos.

    Art. 68 - A Lei Orgnica Municipal poder ser emendada mediante proposta:I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal;II - do Prefeito Municipal. 1 - A proposta ser votada em dois turnos com interstcio mnimo de dez dias, eaprovada por dois teros dos membros da cmara Municipal. 2 - A emenda Lei Orgnica Municipal ser promulgada pela Mesa da Cmara com orespectivo nmero de ordem. 3 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia de estado de sitio ou deinterveno no Municpio.

    Art. 69 - A iniciativa das Leis complementares e ordinrias cabe a qualquer Vereador,comisso Permanente da Cmara, ao Prefeito e aos cidados, que a exercero na formadesta Lei Orgnica.

    Art. 70 - As leis complementares somente sero aprovadas se obtiverem maioria absolutados votos dos membros da cmara Municipal, observados os demais termos de votaodas Leis Ordinrias.Pargrafo nico - Sero leis complementares dentre outras previstas nesta Lei Orgnica:I - cdigo Tributrio do Municpio;II - cdigo de Obras;III - cdigo de Posturas;IV - Lei instituidora do regime jurdico e do regime previdencirio dos servidoresmunicipais;V - Lei orgnica instituidora da guarda municipal;VI - Lei de estruturao administrativa;VII - Lei de criao de rgos, autarquias, sociedades de economia mista, empresaspblicas ou fundaes;VIII - Lei de criao de cargos, empregos ou funes pblicas;IX - Lei que instituir o Plano Diretor do Municpio, regulando, inclusive, o zoneamento eparcelamento do solo urbano.

    Art. 71 - So de iniciativa do Prefeito as leis que disponham sobre:I - criao, transformao ou extino de cargos, funes ou empregos pblicos naadministrao direta e autrquicas ou aumento de sua remunerao;II - servidores pblicos do Poder Executivo, da administrao indireta e autarquias, seuregime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;III - criao, estruturao e atribuies das secretarias, Departamentos ou Diretoriasequivalentes e rgos da Administrao Pblica;

  • IV - matria oramentria, e a que autorize a abertura de crditos, ressalvado o dispostono art. 63, III, desta Lei Orgnica, ou conceda auxlios e subvenes.Pargrafo nico - No ser admitido aumento da despesa prevista nos projetos deiniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no inciso IV, primeiraparte, deste artigo.

    Art. 72 - da competncia exclusiva da Mesa da Cmara a iniciativa das leis quedisponham sobre:I - autorizao para abertura de crditos suplementares ou especiais, atravs doaproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da Cmara;II - organizao dos servios administrativos da Cmara, criao, transformao ouextino de seus cargos, empregos e funes e fixao da respectiva remunerao.Pargrafo nico - Nos projetos de competncia exclusiva da Mesa da Cmara no seroadmitidas emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvado o disposto na parte finaldo Inciso II deste artigo, se assinada pela metade dos vereadores.

    Art. 73 - O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao de projetos de suainiciativa. 1 - solicitada a urgncia a Cmara dever se manifestar em at quarenta e cinco diassobre a proposio, contados da data em que for feita a solicitao. 2 - Esgotado o prazo previsto no pargrafo anterior sem deliberao da Cmara, sera proposio includa na Ordem do Dia, sobrestando-se as demais proposies, para quese ultime a votao. , 3 - O prazo do pargrafo 1 no corre no perodo de recesso da Cmara nem se aplicaaos projetos de lei complementar.

    Art. 74 - Aprovado o projeto de lei, ser este enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, osancionar. 1 - O Prefeito, considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional oucontrrio ao interesse pblico, veta-lo- total ou parcialmente, no prazo de quinze diasteis, contados da data do recebimento. 2 - Decorrido o prazo do pargrafo anterior, o silncio do Prefeito importar sano. 3 - o veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de pargrafo, de incisoou de alnea. 4 - A apreciao do veto, pelo plenrio da cmara, ser feita dentro de trinta dias acontar do seu recebimento, em uma s discusso e votao, com parecer ou sem ele,considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos .Vereadores, em escrutniosecreto. 5 - Rejeitado o veto, ser o projeto enviado ao Prefeito para promulgao. 6 - Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no 4, o veto ser colocado naordem do Dia da sesso imediata, sobrestadas as demais proposies, at sua votaofinal, ressalvadas as matrias de que trata o art. 73 desta Lei orgnica. 7 - A no promulgao da Lei no prazo de quarenta e oito horas pelo Prefeito, noscasos dos pargrafos 2 e 5, autoriza o Presidente da Cmara a faz-lo em igual prazo.

    Art. 75 - Os projetos de resoluo disporo sobre matrias de interesse interno daCmara e os projetos de decreto legislativo sobre os demais casos de sua competnciaprivativa .

  • Pargrafo nico - Nos casos de projeto de resoluo e de projeto de decreto legislativo,considerar-se- concluda a deliberao com a votao final elaborao da normajurdica, que ser promulgada pelo Presidente da Cmara.

    Art. 76 - A matria constante de projeto de lei rejeitado somente poder ser objeto denovo projeto, na mesma sesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dosmembros da cmara.

    Art. 77 - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentao Cmara Municipalde Projeto de Lei devidamente articulado e subscrito por, no mnimo, trs por cento dototal do nmero de eleitores do Municpio.

    Seo VIDa Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria.

    Art. 78 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial doMunicpio ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo, e pelossistemas de controle interno do Executivo, institudos em Lei. 1 - O controle externo da cmara ser exercido com o auxlio do Conselho Estadualde Contas dos Municpios, e compreender a apreciao das contas do Prefeito e daMesa da Cmara, o acompanhamento das atividades financeiras e oramentrias, bemcomo o julgamento das contas dos administradores e demais responsveis por bens evalores pblicos . 2 - Prestar contas qualquer pessoa fsica ou entidade pblica que utilize, arrecade,guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores pblicos, ou pelos quais oMunicpio responda, ou que em nome deste, assuma obrigaes de natureza pecuniria. 3 - As contas do Prefeito e da Cmara Municipal, prestadas anualmente, serojulgadas pela cmara dentro de sessenta dias aps o recebimento do parecer prvio doconselho de contas, considerando-se julgadas nos termos das concluses desse parecer,se no houver deliberao dentro desse prazo. 4 - somente por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal deixar deprevalecer o parecer emitido pelo conselho de contas. 5 - As contas do Municpio ficaro, no decurso do prazo previsto no 3, desteartigo, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poderquestionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 6 - As contas relativas aplicao dos recursos transferidos pela Unio e Estado seroprestadas na forma da legislao federal e estadual, podendo o Municpio suplement-las,sem prejuzo de sua incluso na prestao anual de contas.

    Art. 79 - O controle externo da Cmara ser exercido, entre outros meios, atravs doenvio de cpias de todos os atos dos procedimentos licitatrios e de todos os contratosfirmados pelo Poder Executivo, em 72 (setenta e duas) horas de sua efetivao, Cmara Municipal.

    Art. 80 - O Executivo manter sistema de controle interno, a fim de :I - criar condies indispensveis para assegurar eficcia ao controle externo eregularidade da receita e despesa;II - acompanhar as execues de programas de trabalho e do oramento;III - avaliar os resultados alcanados pelos administradores;

  • IV - verificar a execuo dos contratos.Pargrafo nico - os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento dequalquer irregularidade ou ilegalidade, dela daro cincia Cmara e ao Conselho deContas dos Municpios, sob pena de responsabilidade solidria.

    CAPTULO IIDo Poder Executivo

    Seo IDo Prefeito e do Vice-Prefeito

    Art. 81 - O Poder Executivo Municipal exercido pelo Prefeito, auxiliado pelossecretrios Municipais.Pargrafo nico - Aplica-se elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o disposto no 2 do art. 41 desta Lei Orgnica, no que couber, e a idade mnima de vinte e um anos.

    Art. 82 - A eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se- simultaneamente com ade Vereadores, nos termos estabelecidos no art. 29, incisos I e II da ConstituioFederal. 1 - A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele registrado. 2 - Ser considerado eleito Prefeito o candidato que, registrado por partido poltico,obtiver maioria dos votos vlidos.

    Art. 83 - O Prefeito e Vice-Prefeito tomaro posse no dia 1 de janeiro do anosubsequente eleio em sesso da Cmara Municipal, prestando o compromisso demanter , defender e cumprir a Lei Orgnica, observar as leis da Unio, do Estado e doMunicpio, promover o bem geral dos muncipes e exercer o cargo sob inspirao dademocracia, da legitimidade e da legalidade.Pargrafo nico - Decorridos dez dias da data fixada para a posse, se o Prefeito ou oVice-Prefeito, salvo motivo de fora maior, no tiver assumido o cargo, este serdeclarado vago.

    Art. 84 - Na ocasio da posse e ao trmino do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeitofaro declarao de seus bens, que ficaro arquivadas na Cmara Municipal.

    Art. 85 - Substituir o Prefeito, no caso de impedimento e sucerder-lhe-, no de vaga, oVice-Prefeito. 1 - O Vice-Prefeito no poder recusar-se a substituir o Prefeito, sob pena de extinodo mandato. 2 - O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por lei,auxiliar o Prefeito, sempre que por ele for convocado para misses especiais.

    Art. 86 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacncia do cargo,assumir a administrao municipal o Presidente da Cmara.Pargrafo nico - A recusa do Presidente da Cmara, por qualquer motivo, a assumir ocargo de Prefeito, importar em automtica renncia sua funo de dirigente doLegislativo, ensejando, assim, a eleio de outro membro para ocupar, como Presidenteda Cmara, a chefia do Poder Executivo.

  • Art. 87 - Verificando-se a vacncia do cargo de Prefeito e inexistindo Vice-Prefeito,observar-se- o seguinte:I - ocorrendo a vacncia nos trs primeiros anos do mandato, dar-se- eleio noventadias aps sua abertura, cabendo aos eleitos completar o perodo de seus antecessores;II - ocorrendo a vacncia no ltimo ano de mandato, assumir o Presidente da Cmara,que completar o perodo.

    Art. 88 - O mandato do Prefeito de quatro anos, e ter incio em 1 de janeiro do anoseguinte ao da sua eleio, permitida a reeleio, para um nico perodo subsequente, emconformidade com a Emenda Constitucional n 16, de 04 de junho de 1997 e demaisnormas aplicveis espcie. ** Nova redao dada pela emenda 08/97 de 22.12.97.

    Art. 89 - O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exerccio do cargo, no podero, semlicena da Cmara Municipal, ausentar-se do Municpio por perodo superior a quinzedias, sob pena de perda do cargo ou de mandato.Pargrafo nico - o Prefeito regularmente licenciado ter direito a perceber aremunerao, quando:I - impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada;II - em gozo de frias;III - a servio ou em misso de representao do Municpio.IV - em gozo de licena maternidade, por 120(cento e vinte) dias.

    Art. 90 - O Prefeito gozar frias anuais de trinta dias, sem prejuzo da remunerao,ficando a seu critrio a poca para usufruir do descanso.Pargrafo nico - Fica facultada a converso das frias, na mesma forma prevista paraos servidores pblicos municipais, conforme art. 35 da Lei n 05 de 03.05.91, desde queseu titular assim o requeira. ** Nova redao dada pela emenda 08/97 de 22.12.97.

    Art. 91 - A remunerao do Prefeito ser estipulada na forma do inciso XXIV e do 2do art. 49 desta Lei Orgnica.

    Seo IIDas Atribuies do Prefeito

    Art. 92 - Compete ao Prefeito, entre outras atribuies:I - iniciar o processo legislativo, na forma e casos previstos nesta Lei Orgnica;II - representar o Municpio em juzo e fora dele;III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Cmara e expedir osregulamentos para sua fiel execuo;IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Cmara;V - nomear e exonerar os Secretrios Municipais, os Diretores e Dirigentes dos rgosda Administrao Pblica direta, indireta e fundacional e demais ocupantes de cargos oufunes de confiana;VI - decretar, nos termos da lei, a desapropriao por necessidade ou utilidade pblica,ou por interesse social;VII - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;VIII - permitir ou autorizar, na forma da lei, o uso de bens municipais por terceiros;

  • IX - prover os cargos pblicos e expedir os demais atos referentes situao funcionaldos servidores;X - enviar Cmara, at noventa dias antes do trmino do exerccio, os projetos de leirelativos ao oramento para o exerccio seguinte e ao plano plurianual, do Municpio edas autarquias, bem como, at 30 de junho, o projeto de relativo s diretrizesoramentrias;XI - encaminhar Cmara, at 15 de abril, a prestao de contas, bem como os balanosdo exerccio findo;XII - encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as prestaes decontas exigidas em razo de ajuste, convnio ou lei,XIII - fazer publicar os atos oficiais;XIV - encaminhar Cmara, dentro de quinze dias, as informaes e documentos pelamesma solicitados, salvo prorrogao, a seu pedido e por prazo determinado, em face dacomplexidade da matria ou da dificuldade de obteno, nas respectivas fontes, de dadosnecessrios ao atendimento do pedido;XV - prover os servios e obras da administrao pblica;XVI - superintender a arrecadao dos tributos, bem como a guarda e aplicao dareceita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades oramentariasou dos crditos votados pela Cmara;XVII - colocar disposio da Cmara, dentro de dez dias de sua requisio, as quantiasque devam ser despendidas de uma s vez e, at o dia vinte de cada ms, os recursoscorrespondentes s suas dotaes oramentrias, compreendendo os crditossuplementares e especiais.;XVIII - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como rev-las quando impostasirregularmente;XIX - resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou representaes que lhe foremdirigidas;XX - oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradourospblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara;XXI - convocar extraordinariamente a Cmara quando o interesse da administrao oexigir;XXII - aprovar projetos de edificaes e planos de loteamento e arruamento urbano oupara fins urbanos;XXIII - apresentar anualmente Cmara, juntamente com a prestao de contas e osbalanos do exerccio findo, relatrio circunstanciado sobre o estado das obras e dosservios municipais, bem assim o programa da administrao para o ano em curso;XXIV - organizar os servios internos das reparties criadas por lei, com observnciado limite das dotaes a elas destinadas;XXV - contrair emprstimos e realizar operaes de crdito, mediante prviaautorizao da Cmara;XXVI - providenciar sobre a administrao dos bens do Municpio e sua alienao, naforma da lei;XXVII - organizar e dirigir, nos termos da lei, os servios relativos s terras doMunicpio;XXVIII - desenvolver o sistema virio do Municpio;XXIX - conceder auxlios, prmios e subvenes, nos limites das respectivas verbasoramentrias e o plano de distribuio, prvia e anualmente aprovado pela Cmara;XXX - providenciar sobre o incremento de ensino;XXXI - estabelecer a diviso administrativa do Municpio, de acordo com a lei;

  • XXXII - solicitar o auxlio das autoridades policiais do Estado para garantia documprimento de seus atos;XXXIII - solicitar, obrigatoriamente, autorizao Cmara para ausentar-se doMunicpio por tempo superior a quinze dias;XXXIV - adotar providncias para a conservao e salvaguarda do patrimniomunicipal;XXXV - publicar, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrioresumido da execuo oramentria;XXXVI - encaminhar Cmara e publicar, at o dia 15 de cada ms, o balancete dareceita e despesa relativo ao ms anterior;XXXVII - comparecer audincia pblica convocada pela Cmara, por entidaderepresentativa da sociedade civil ou pela populao, mediante assinatura de trs porcento do eleitorado para esclarecimento de determinado ato ou projeto da administraoque envolva impacto ambiental, conversao ou modificao do patrimnioarquitetnico, histrico, artstico ou cultural, ou obra que comprometa mais de vinte porcento do oramento municipal;XXXVIII - estimular a participao popular e estabelecer programa de incentivo para osfins previstos no art. 19, XIV, desta Lei Orgnica;XXXIX - permitir, na forma da lei, a cooperao das entidades representativas noplanejamento municipal;XL - delegar, por decreto, a seus auxiliares, as funes administrativas previstas nosincisos IX, XV e XXIV deste artigo.

    Seo IIIDa Perda e Extino do Mandato

    Art. 93 - vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou funo na Administrao Pblicadireta, indireta ou fundacional, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico eobservado o disposto no art. 38, II, IV e V, da Constituio Federal, e no art. 36 destaLei Orgnica. 1 - Ao Prefeito e ao Vice-Prefeito vedado desempenhar funo, a qualquer ttulo,em empresa privada. 2 - a infrigncia ao disposto neste artigo e em seu pargrafo 1 implicar perda domandato.

    Art. 94 - As incompatibilidades declaradas no art. 52, seus incisos e letras desta LeiOrgnica, estendem-se, no que forem aplicveis, ao prefeito e aos Secretrios Municipaisou autoridades equivalentes.

    Art. 95 - So crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em lei federalPargrafo nico - O Prefeito ser julgado, pela prtica de crime de responsabilidade,perante o Tribunal de Justia do Estado.

    Art. 96 - So infraes poltico-administrativas do Prefeito as previstas em lei federal 1 - O Prefeito ser julgado, pela prtica de infraes poltico-administrativas, perantea Cmara. 2 - A denncia de infrao poltico-administrativa, exposta de forma circunstanciadacom a indicao de provas, ser apresentada ao Presidente da Cmara Municipal:

  • I - por qualquer Vereador que ficar, neste caso, impedido de votar sobre a denncia ede integrar a comisso processante, podendo, todavia, praticar todos os atos deacusao;II - por partido poltico;III - por qualquer eleitor inscrito no Municpio. 3 - De posse de denncia, o Presidente da Cmara Municipal, na primeira reunio,determinar sua leitura, consultando o Plenrio sobre seu recebimento, pelo voto damaioria dos presentes. 4 - Recebida a denncia, na mesma reunio, ser constituda Comisso Especial, detrs Vereadores, que dentro de dois dias, notificar pessoalmente o denunciado, comremessa de cpia de todas as peas do processo, para que no prazo de 5 (cinco dias),oferea defesa prvia, indicando as provas que pretende produzir e rol de testemunhas,at o mximo de 10 (dez). 5 - Decorrido o prazo de defesa prvia, a Comisso Processante emitir parecerdentro de 3 (trs) dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denncia, oqual ser submetido apreciao da Cmara Municipal, que conhecer ou no dadenncia pelo voto da maioria absoluta dos seus membros. 6 - Conhecida a denncia, poder a Cmara Municipal, pelo voto de 2/3 (dois teros)de seus membros, afastar o Prefeito de suas funes. 7 - O Presidente da Comisso Processante designar , desde logo, o incio dainstruo e determinar, no prazo mximo de 72 (setenta e duas) horas , os atos,diligncias e audincias que se fizerem necessrios para o depoimento do denunciado,inquirio das testemunhas e produo das demais provas. 8 - O denunciado dever ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente, ouna pessoa de seu procurador, com antecedncia, pelo menos, de 24(vinte e quatro)horas, sendo-lhe permitido assistir diligncias de audincias, bem como inquirir astestemunhas e requerer o que for de interesse da defesa. 9 - Concluda a instruo, ser aberta vista do processo ao denunciado para razesfinais escritas, no prazo de 5 (cinco) dias e, aps, a Comisso processante emitir parecerfinal, pela procedncia da acusao e solicitar ao Presidente da Cmara Municipalconvocao da sesso para julgamento. 10 - Na sesso de julgamento o processo ser lido integralmente e, a seguir, osvereadores que desejarem podero manifestar-se, verbalmente, pelo tempo mximo de15 (quinze) minutos cada um e, no final, o denunciado ou o procurador ter prazomximo de 2 (duas) horas para produzir sua defesa. 11 - Concluda a defesa, proceder-se- a tantas votaes nominais e secretas quantoforem as infraes articuladas da denncia. 12 - Declarado o denunciado, pelo voto de 2/3 (dois teros) ,pelo menos, dos membrosda Cmara Municipal, incurso em qualquer das infraes especificadas na denncia, serdecretada a perda do cargo, considerando-se afastado definitivamente. 13 - Se o resultado da votao for absolutrio, o Presidente da Cmara Municipaldeterminar o arquivamento do processo. 14 - em qualquer dos casos, o Presidente da Cmara Municipal comunicar JustiaEleitoral o resultado do julgamento. 15 - se o julgamento no estiver concludo no prazo de 90 (noventa) dias, a contar dadata de notificao do Prefeito acusado, para a produo de sua defesa, o processo serarquivado sem prejuzo de nova denncia, ainda que sobre os mesmos fatos.

    Art. 97 - Ser declarado vago, pela Cmara Municipal, o cargo de Prefeito quando:

  • I - ocorrer falecimento, renncia ou condenao por crime eleitoral ou funcional;II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Cmara, dentro do prazo de dezdias;III - infringir as normas dos artigos 52 e 89, desta Lei Orgnica;IV - perder ou tiver suspensos os direitos polticos.

    Seo IVDos Auxiliares Diretos do Prefeito

    Art. 98 - So auxiliares diretos do Prefeito:I - os Secretrios Municipais;II - os Diretores de rgos da Administrao Pblica direta;III - os assim considerados na lei de estruturao administrativa da Prefeitura.Pargrafo nico - Os cargos so de livre nomeao e demisso do Prefeito.

    Art. 99 - A lei municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares diretos do Prefeito,definindo-lhes a competncia, deveres e responsabilidades.

    Art. 100 - So condies essenciais para a investidura no cargo de Secretrio ou Diretor:I - ser brasileiroII - estar no exerccio dos direitos polticos;III - ser maior de vinte e um anos.

    Art. 101 - Alm das atribuies fixadas em lei, compete aos Secretrios ou Diretores:I - subscrever decretos, atos e regulamentos referentes aos seus rgos;II - expedir instrues para a boa execuo das leis, decreto regulamentos;III - apresentar ao Prefeito relatrio anual dos servios realizados por Secretarias ourgos;IV - comparecer Cmara Municipal, sempre que convocados pela mesa para prestaode esclarecimentos oficiais. 1 - Os decretos, atos e regulamentos referentes aos servios autnomos ouautrquicos sero referendados pelo Secretrio ou Diretor de Administrao. 2 - A infringncia ao inciso IV deste artigo, sem jurisdio implica poltico-administrativa, nos termos de lei federal.

    Art. 102 - Os Secretrios ou Diretores so solidariamente responsveis com o Prefeitopelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.

    Art. 103 - Os auxiliares diretos do Prefeito apresentaro declarao de bens no ato daposse e no trmino do exerccio do cargo, que constar dos arquivos da Prefeitura.

    CAPTULO IIIDos Atos Municipais

    Seo IDa Publicidade dos Atos Municipais

    Art. 104 - A publicao das leis e atos municipais far-se- em rgo da imprensa local ouregional e por afixao na sede da Prefeitura ou da Cmara conforme o caso.

  • 1 - A escolha do rgo de Imprensa para divulgao das leis e atos administrativosfar-se- atravs de licitao, em que se levaro em conta no s as condies de preo,como as circunstncias de freqncia, horrio, tiragem e distribuio. 2 - Nenhum ato produzir efeito antes de sua publicao. 3 - A publicao dos atos no normativos, pela imprensa, poder ser resumida.

    Art. 105 - O Prefeito far publicar:I - diariamente, por Edital afixado em local prprio e de acesso pblico na sede daPrefeitura, o movimento de caixa do dia anterior;II - mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;III - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursosrecebidos;IV - bimestralmente, o relatrio resumido da execuo oramentria;V - anualmente, at 15 de maro, pelo rgo oficial do Estado, as contas daadministrao, constitudas do balano financeiro, do balano patrimonial do balanooramentrio e demonstrativo das variaes patrimoniais, em forma sinttica.

    Seo IIDos Livros

    Art. 106 - O Municpio manter os livros que foram necessrios no registro de suasatividades e de seus servios. 1 - Os livros sero abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidenteda Cmara, conforme o caso, ou por funcionrio designado para tal fim. 2 - So obrigatrios os livros de:I - termo de compromisso e posse;II - declarao de bens;III - atas das sesses da Cmara;IV - registro de leis, decretos, resolues, regulamentos, instrues e portarias.V - cpia de correspondncia oficial;VI - protocolo, ndice de papis e livros arquivados;VII - licitaes e contratos para compras, obras e servios;VIII - contratos de servidores;IX - contratos em geral;X - contabilidade e finanas;XI - concesses e permisses de bens imveis e de servios;XII - tombamento de bens imveis;XIII - registro de loteamentos aprovados. 3 - Os livros mencionados neste artigo estaro abertos a consulta de qualquer cidado,bastando, para tanto, apresentar requerimento.

    Seo IIIDos Atos Administrativos

    Art. 107 - Os atos administrativos de competncia do Prefeito devem ser expedidos comobedincia s seguintes normas:I - decreto, numerado em ordem cronolgica, em seqncia ininterrupta nos seguintescasos:a) regulamentao de lei;

  • b) instituio, modificao ou extino de atribuies no constantes de lei;c) regulamentao interna dos rgos que forem criados na administrao municipal;d) abertura de crditos especiais e suplementares, at o limite autorizado por lei, assimcomo de crditos extraordinrios;e) declarao de utilidade ou necessidade pblica, ou interesse social para fins dedesapropriao ou de instituio de servido administrativa;f) aprovao de regulamento ou de regimento das entidades que compem administraomunicipal;g) permisso de uso dos bens municipais.h) medidas executrias do Plano Diretor do Municpio;i) normas de efeitos externos, no privativas da lei;j) fixao e alterao de preos.II - portaria, nos seguintes casos:a) provimento e vacncia de cargos pblicos e demais atos de efeitos individuais;b) lotao e relotao nos quadros de pessoal;c) abertura de sindicncias e processos administrativos, aplicao de penalidades edemais atos individuais de efeitos internos;d) outros casos determinados em lei ou decreto.III - contrato, nos seguintes casos:a) admisso de servidores para servios de carter temporrio, nos termos do art. 26,XIII, desta Lei Orgnica;b) execuo de obras e servios municipais, nos termos da lei. 1 - Os ato constantes dos itens II e III deste artigo podero ser delegados. 2 - Os casos no previstos neste artigo obedecero a forma de atos, instrues ouavisos da autoridade responsvel.

    Seo IVDas proibies

    Art. 108 - O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, os Secretrios, Diretores eservidores municipais, bem como as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimnio ouparentesco consangneo ou afins, at o segundo grau, ou por adoo, no poderocontratar com Municpio, subsistindo a proibio at seis meses aps findas asrespectivas funes.Pargrafo nico - No se incluem nesta proibio os contratos cujas clusulas econdies sejam uniformes para todos os interessados.

    Art. 109 - A pessoa jurdica em dbito com o sistema de seguridade social comoestabelecido em lei federal, no poder contratar com o Poder Pblico municipal nemdele receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios.

    Seo VDas Certides

    Art. 110 - A Prefeitura e a Cmara so obrigadas a fornecer a qualquer interessado, noprazo mximo de quinze dias, certides dos atos, contratos e decises, desde querequeridos par