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Centro Espírita Léon Denis 21 o Encontro Espírita sobre XáÑ|Ü|à|áÅÉ Çt TÜàx x Çt _|àxÜtàâÜt Gioachino Antonio Rossini — Nasceu na cidade de Pesaro (Itália) em 29 de fevereiro de 1792. Foi um compositor erudito italiano, muito popular em seu tempo. Criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e de câmara. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão: O Barbeiro de Sevilha, La Cenerentola e Guilherme Tell. Faleceu na cidade de Passy (Paris) em 13 de novembro de 1868.

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Centro Espírita Léon Denis

21o Encontro Espírita sobre XáÑ|Ü|à|áÅÉ Çt TÜàx

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Gioachino Antonio Rossini — Nasceu na cidade de Pesaro (Itália) em 29 de fevereiro de 1792. Foi um compositor erudito italia no, muito popular em seu tempo. Criou 39 óperas, assim como diversos trabalh os para música sacra e de câmara. Entre seus trabalhos mais conhecidos est ão: O Barbeiro de Sevilha, La Cenerentola e Guilherme Tell. Faleceu n a cidade de Passy (Paris) em 13 de novembro de 1868.

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Coordenação Geral: Clenir Lucca

Coordenação Imediata: Janaína Antunes

Organização do Conteúdo: Equipe de Estudo do Encont ro

Finalização: Setor Editorial do CELD

CENTROS PARTICIPANTES LOCAL Data da Realização

Centro Espírita Léon Denis Bento Ribeiro 8/11/15 Centro Espírita Luiz S érgio Bento Ribeiro 29/11/15

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1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

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2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Arte Pagã, Arte Cristã e Arte Espírita

Leonardo da Vinci e Beethoven

Rafael, Chopin e a Reencarnação

Victor Hugo e a Mediunidade Gloriosa

A Grécia e a Missão de Sócrates

Roma e o Barroco Mineiro de Aleijadinho

O Antigo Egito e o Espiritismo

O Espiritismo e a Arte – Maestro Rossini

O Impressionismo e o Espiritismo

A Arte Moderna e as Vanguardas Europeias

Cândido Portinari e o Espiritismo

A Semana de Arte Moderna – Tarsila e o Espiritismo

Giotto di Bondone e o Pré-Renascimento

Leonardo, o Grande Inventor

Michelângelo: Da Grécia a Ouro Preto, “A Trajetória de um Espírito”

A Espiritualidade do Século de Ouro na Pintura Espa nhola

Iluminismo, a Idade da Razão

O Iluminismo e o Advento da Doutrina Espírita

O Impressionismo na Era do Espiritismo

Arte – O Belo Criando o Bem

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SUMÁRIO

TEMA 1

APRESENTAÇÃO DE “O ESTETA” ........................................ 7

O ESPÍRITO E SUA PARCELA DO PODER CRIADOR ......... 8

TIPOS DE ARQUITETURA EXISTENTES NO ESPAÇO ..... 11

TEMA 2

A ESSÊNCIA DA ARTE, SEUS DOMÍNIOS ......................... 16

TEMA 3

COMPOSIÇÃO VIRTUAL DE OBRAS ARTÍSTICAS —

ECLOSÃO DA INSPIRAÇÃO ................................................ 19

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OBJETIVO GERAL

Refletir sobre como a Doutrina Espírita nos ajuda a entender o processo criador do espírito, possuidor que é de uma centelha da Inteligência Divina.

Analisar as diferenças que existem entre as criações artísticas da Terra e as do Espaço.

Mostrar a arte como uma das alavancas da educação e progresso do espírito. Divulgar a arte através dos princípios doutrinários.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Refletir sobre o belo, um dos atributos de Deus. • Observar que o artista também é médium. • Meditar sobre o tema: Arte Espírita. • Refletir sobre a influência do Espiritismo na Arte. • Identificar que a Arte é instrumento de elevação e de renovação do

espírito.

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INTRODUÇÃO

“O pensamento é criador. Assim como o pensamento eterno projeta, ininterruptamente, no Espaço, os germens dos seres e dos mundos, também o do escritor, do orador, do poeta, do artista, faz brotar um incessante florescer de ideias, de obras, de concepções, que vão influenciar, impressio-nar, para o bem ou para o mal, segundo sua natureza, a imensa multidão humana.

É por isso que a missão dos obreiros do pensamento é, ao mesmo tempo, grande, perigosa e sagrada.

Grande e sagrada, pois o pensamento dissipa as sombras do caminho, resolve os enigmas da vida e traça a rota da Humanidade; é a sua chama que aquece as almas e embeleza os desertos da existência. É, também, perigosa, porque seus efeitos são tão poderosos para a descida quanto para a ascensão.”

“O que há de nobre e de elevado, no domínio da inteligência, emana de uma causa eterna, viva e pensante. Quanto maior é a impulsão do pensamento em direção a esta causa, mais alto ele paira, mais radiosas são, também, as claridades entrevistas, mais inebriantes as alegrias sentidas, mais poderosas as forças adquiridas, mais geniais as inspirações! Depois de cada voo, o pensamento retorna, vivificado, esclarecido, ao campo terrestre, para retomar a tarefa, através da qual continuará crescendo, pois é o trabalho que faz a inteligência, como é a inteligência que faz a beleza, o esplendor da obra concluída.”

“Em todo poeta, artista, escritor, há germens de mediunidade, incons-cientes, insuspeitos, e que só querem eclodir; por eles, o operário do pensa-mento entra em relação com a fonte inesgotável e recebe sua parcela de revelação. Esta revelação de estética apropriada à sua natureza, a seu gênero de talento, ele tem por missão exprimi-la em obras que farão penetrar, na alma das multidões, uma vibração das forças divinas, uma radiação das verdades eternas.”

(Léon Denis – O Problema do Ser e do Destino , cap. XXIII – “O Pensamento”.)

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TEMA 1

A) APRESENTAÇÃO DE “O ESTETA”

Do livro – Espiritismo na Arte , de Léon Denis

“De acordo com nossos pedidos reiterados, e a fim de nos ensinarem, os guias nos anunciaram uma entidade que se apresenta sob este nome: o Esteta, cuja personalidade verdadeira só nos será revelada ao final deste estudo. Imediatamente tivemos a impressão de que nos encontrávamos em presença de um espírito de alto valor.

O fenômeno produziu-se sob a forma de incorporações. Desde o momento em que a entidade toma posse do médium em transe, os traços deste, que é um rapaz cego, tomam uma expressão de calma, de serenidade quase angélica, e que contrasta com a maneira de ser dos outros espíritos. A palavra é suave, penetrante, e, quando a sessão termina, os assistentes se encontram sob uma impressão de serena paz, de profunda quietude. O médium, ao despertar, ignora completamente o que foi dito por sua boca durante o transe e declara encontrar-se como mergulhado em um ‘banho de radiações’. Ele experimenta uma sensação de bem-estar inexprimível.”

– Comportamento de outros espíritos diante de o Esteta

“As duas lições de o Esteta que vamos ler, têm por assunto a inspiração, considerada em sua causa e em seus efeitos gerais, tanto na Terra como no Espaço.

Em nossas reuniões, essas lições prosseguem com regularidade a cada semana, porém, ainda ignoramos o nome e a personalidade verdadeira do seu autor. No entanto, observamos que os espíritos familiares do nosso grupo afastam-se com respeito e apenas se calam diante dele; o guia do médium vem, após a partida de o Esteta, e nos diz algumas palavras de amizade e de encorajamento, declarando-se ‘acanhado pela superioridade e a irradiação desse grande espírito’.”

“Qualquer que seja o valor do estilo, nós nos empenhamos em reproduzir fielmente o pensamento do autor, evitando com cuidado tudo o que pudesse alterar o seu sentido, mesmo em benefício da forma.”

“As duas últimas lições de o Esteta, que se encontrarão mais adiante, nos levam em direção às serenas alturas da arte. Elas terminam a série de comunicações que recebemos desse grande espírito, do qual conhecemos agora a personalidade.

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Ele foi um dos mais eminentes artistas da Renascença italiana, ao mesmo tempo arquiteto, pintor e escultor. A música também não lhe foi estranha. Hoje ele vive nas esferas superiores onde o Belo e o Bem reinam sem reservas, nelas ele procura a realização das suas grandiosas concepções. Nossos guias nos dizem que devemos considerar como um favor único a participação de o Esteta em nossos trabalhos, assim, queremos expressar-lhe toda a nossa gratidão, bem como ao poder soberano que permitiu tal intervenção.”

B) O ESPÍRITO E SUA PARCELA DO PODER CRIADOR

“A inteligência é rica de méritos para o futuro, de sde que seja bem empregada. Se todos os homens, que são bem dotados em inteligência, se servissem dela de acordo com a vontade de Deus, a t arefa dos espíritos, para fazer a humanidade avançar, seria fácil.”

Ferdinando, espírito protetor (Bordéus,1862). O Evangelho Segundo o Espiritismo , capítulo 7, item 13.

Do livro – Espiritismo na Arte , de Léon Denis

“Lembramos aqui que todo espírito emanado de Deus não possui somente uma centelha da inteligência divina, ele desfruta ainda de uma parcela do poder criador, poder que ele é chamado a manifestar mais e mais no decorrer da sua evolução, tanto nas encarnações planetárias quanto na vida do Espaço.

Na Terra, sob o véu da carne, essa inteligência e esse poder são diminuídos; no entanto, não é maravilhoso constatar até que ponto o talento do homem tem conseguido subjugar as forças brutais da matéria, vencer sua resistência, sua hostilidade, submetê-las às suas fantasias? O homem forja o ferro, funde o bronze e o vidro, esculpe a pedra, ergue estátuas, constrói palácios e templos; o homem perfura montanhas e reúne os mares.”

O Espírito Hammed, na introdução do livro “A Imensi dão dos Sentidos” (psicografado por Francisco do Espírito S anto Neto), fala-nos assim:

“De tempos em tempos, o Mundo Maior espalha inspirações-sementes, que são pensamentos em germe. Desde que encontrem terra fértil, desabrocham em nós novas formas de ver e analisar as verdades eternas. Repentinamente, vemos com olhos renovados e compreendemos sem nada forçar.

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Essa germinação pode ocorrer em nossa intimidade, recapturando o senso perdido de perceber a imensidão de nossos sentidos, que exalta o encanto e a riqueza da vida dentro e fora de nós.”

Mais adiante, falando no capítulo “Criatividade”, nos diz o seguinte: “Todos somos, em princípio, criativos, mas essa criatividade inata vai

sendo descortinada à medida que encontra, em nossa própria intimidade, um ambiente propício. (...)

O reino da criatividade é amplo e de múltiplas faces. Ele tem raízes profundas nas estruturas psicológicas do ser e age de forma involuntária ou automática nas criaturas. De uma maneira simples e sintética e para melhor entendimento, podemos descrever esse reino como a capacidade de desestruturar uma concepção ou informação conhecida para reestruturá-la de uma maneira nova. Esse é o processo de toda criação ou invenção, na arte, na ciência, na mediunidade ou na vida diária. (...)

O ser criativo mantém estrita ligação com a inspiração, porque olha o mundo com ampla visão de liberdade íntima. (...)

Os Espíritos Superiores inspiram os medianeiros que desejam aumentar seus valores criativos e desenvolver uma crescente receptividade às lições da Natureza, a qual nos transmite uma sabedoria que percorre caminhos não racionais.

Ensinam-nos, sobretudo, que a “Voz de Deus” em nós é a fonte inesgotável de toda a criatividade e que, quase sempre, esse diálogo divino acontece em nosso âmago, através de uma linguagem não convencional.”

Vamos encontrar no livro “Qual a Medida do seu Amor ”, no capítulo

sobre Criatividade, pelo Espírito Ermance Dufaux (psicografado por Divaldo Pereira Franco), a seguinte afirmação:

“Criatividade é a capacidade de dar existência a al go não existente.”

“Fruto da inteligência, a faculdade de criar implica utilizar diversos potenciais da alma para impulsionar o ser para frente, destinando-o ao seu grande objetivo de progredir e cooperar na obra do Pai-Criador.

O pintor passa para a tela a ideia original nascida nas profundezas de sua mente. Ele mesmo, enquanto cria, delicia-se com a sua criação, porque, por meio dos pincéis e das tintas, encontra algo incomum de sua personalidade, vê na tela uma expressão profunda de si mesmo, descobre-se naquilo que executa.

Criatividade é a expansão do bom e do belo que exis te de forma

latente em nossa intimidade. Ser criativo é permiti r ao deus-criador que

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dormita nos recessos da vida mental refletir-se em obras de beleza e paz, pelo bem de todos e de tudo.

Utilizar a criatividade é criar o novo, descobrir o inusitado, oferecer opções, apresentar soluções, ter atitudes incomuns, falar de forma inesperada. Em cada gesto, em cada passo, uma semente do bem é plantada no solo árido dos corações, gerando bem-estar e alegria, disposição de crescer e atração para amar.”

E finalizando o assunto, Ermance nos diz:

“A utilização da inteligência para captar a vontade de Deus leva a humanidade, mais rapidamente, ao avanço. A razão disso é muito simples: Deus, na condição de Criador, é riqueza e fartura p ara o bem de todos; portanto, compete-nos saber como sintonizar nossa m ente nesse infinito oceano de bondade e beleza, a fim de apren dermos a arte de criar o bem em cada passo do caminho ”.

No livro O Grande Enigma , o mestre Léon Denis, nos dá um roteiro a ser seguido para que possamos desenvolver nossa criatividade a serviço do bem. Através do estudo da Natureza, compreendemos a necessidade da ideia de Deus em nossas vidas. No capítulo III, “Solidariedade; Comunhão Universal”, ele observa que:

“Cada Alma é irradiação da grande alma universal, uma centelha emanada do foco eterno. Nós, porém, ignoramos a nós mesmos, e esta ignorância é a causa de nossa fraqueza e de todos os nossos males.

(...) Deus, Espírito Universal, manifesta-se na Natureza, e o homem é, na Terra, a mais elevada expressão da Natureza. Somos a obra e a expressão de Deus, que é a fonte do bem. Mas esse bem, nós o possuímos somente em estado de gérmen, e nossa tarefa é de desenvolvê-lo. (...)

A obra que a cada um de nós cabe realizar resume-se em três palavras: saber, crer, querer; quer dizer: saber que temos em nós recursos incalculáveis; crer na eficácia de nossa ação sobre os dois mundos, o da matéria e do espírito; querer o bem dirigindo nossos pensamentos para o que é belo e grande, conformando nossas ações às leis eternas do trabalho, da justiça e do amor.”

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E prosseguindo em suas observações, no capítulo IV, “As Harmonias do Universo” , nos oferece estas sábias considerações:

“Quando, pois, saberemos desligar nossos pensamentos das banalidades quotidianas em direção aos cumes? (...)

Quando, pois, compreenderemos que é de lá, nesse Universo esplêndido, que nosso próprio destino se desenrola, e que estudá-lo é estudar o próprio meio onde somos chamados a reviver, a evoluir sem cessar, penetrando-nos cada vez com as harmonias que o preenchem? Que por toda parte a vida se desabrocha em florações de Almas? (...)

Pois desses magníficos estudos, a ideia de Deus sobressai mais majestosa, mais serena. (...)

Ideia de Deus, centro inefável para onde convergem e se fundem, numa síntese sem limites, todas as ciências, todas as artes, todas as verdades superiores, tu és a primeira e a última palavra das coisas presentes ou passadas; tu és a própria Lei, a única causa de todas as coisas, a união absoluta, fundamental, do Bem e do Belo, que o pensamento reclama, que a consciência exige e em que a alma humana encontra sua razão de ser e a fonte inesgotável de suas forças, de suas luzes, de suas inspirações!”

C) TIPOS DE ARQUITETURA EXISTENTES NO ESPAÇO

Do livro – Espiritismo na Arte , de Léon Denis

“ No espaço, porém, esse poder criador afirma-se tanto mais

intensamente quanto mais sutil é a matéria fluídica e quanto mais o espírito tenha aprendido a combinar os elementos etéreos que são a própria substância do Universo. Lá, todas as dificuldades da obra terrestre desaparecem; basta uma ação mental firme para dar aos fluidos as formas que o espírito quer realizar e tornar duráveis. (...)

Em um grau mais elevado, por exemplo, nas materializações de

espíritos, a vontade destes cria formas, rostos, vestimentas, atributos semelhantes àqueles que eles possuíam na Terra e que permitem reconhecê-los, identificá-los. Nesse caso, o pensamento, ajudado pela lembrança, reconstitui os detalhes da existência que lhes eram próprios: vestuário, armas. A vontade lhes dá a consistência necessária para impressionar os sentidos dos observadores. (...) Nossos guias nos asseguram que no Espaço encontramos as arquiteturas mais estranhas, mais variadas, pois elas ultrapassam, em grandiosidade e em beleza, todas as criações dos nossos sonhos. (...) Os Espíritos Mozart, Victorien Sardou e

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outros construíram palácios ornados de plantas e de flores. Antigos arquitetos terrestres, dizem-nos, edificam santuários onde se celebram os ritos de tal ou tal culto. Os espíritos se comprazem em reconstituir meios semelhantes, porém superiores em beleza, àqueles que frequentavam na Terra, e isso com muito mais facilidade, porquanto eles podem dispor de materiais bem mais flexíveis e mais maleáveis.” Do livro – IMAGENS DO ALÉM – Capítulo 9, pelo Espírito Lucius (Psicografado por Heigorina Cunha). PALÁCIO DOS CISNES

“— Vamos iniciar a memorização pela cúpula — disse-nos o Benfeitor Amigo.

Trata-se de uma semicircunferência, formando uma abóboda de finíssimo cristal, em cuja extensão existem notas musicais dispersas, uma partitura de “O Canto do Cisne”. O colorido é de uma beleza indescritível.

Em cima da cúpula há uma linda harpa. Debaixo dela, o amplo salão redondo, aberto em sua volta, com

pilares, formando espécie de sacada, dando visão total do Campo da Música. Em seguida a outro salão, inteirinho de paredes de cristal e, logo

abaixo, aquele onde se acha o Cisne, dentro da piscina, em uma flor translúcida.

A orquestra costuma ficar dentro do Cisne. A ornamentação varia segundo as músicas celestes que são

executadas naquele castelo de luz e flores. Ficamos a meditar na sublimidade das músicas que devem ser

ouvidas ali, uma vez que lhe têm acesso apenas os espíritos mais elevados. (...)

Encerrando o diálogo, convidou: — Vamos acabar de fazer o registro dos detalhes do Castelo,

terminando no saguão, com seus pilares e pisos maravilhosos, em volta do Palácio da Música, e os mosaicos de mármores, com a bela clave de sol desenhada neles.

Deparando a clave de sol, recordamos nosso Chico e sua suave advertência para que retomássemos o trabalho.

Foi no enlevo dessa grata recordação que acordamos, trazendo nítida visão do Castelo da Música, que nos possibilitou a feitura do desenho que ilustra este livro.”

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A CATEDRAL TERRESTRE E A CATEDRAL FLUÍDICA

Do livro – Espiritismo na Arte , de Léon Denis

“Assim como na Terra, a música representa a arte viva, a harmonia móvel e vibrante; a arquitetura representa a arte imóvel e passiva em suas formas imponentes e rígidas. Porém, enquanto que no âmago dos espaços o espírito modela, à sua vontade, a matéria fluídica e lhe dá as aparências, as cores, os contornos que lhe agradam, em nosso planeta a matéria opõe mais resistência à vontade do homem. O bloco resiste ao cinzel do escultor como à ferramenta do maçom. Às vezes, são precisos longos e pacientes esforços, um trabalho persistente para dar ao mármore, ao granito, a expressão da beleza.

As lições de o Esteta fazem ressaltar a diferença que existe entre os procedimentos em uso na Terra e os do Espaço para realizar criações artísticas. Enquanto que na Terra a catedral, tomada como modelo da arquitetura, é a obra paciente de uma coletividade laboriosa, desde o humilde talhador de pedra, até o grande artista que traçou o plano do conjunto, ela é, no Espaço, a obra particular de um mestre que, instantaneamente, e a seu bel-prazer, pôde edificá-la ou destruí-la, auxiliado somente por um grupo de alunos que procuram assimilar e imitar sua ideia criadora. Aqui na Terra, o monumento é a obra da multidão humana, o trabalho dos séculos.

Gerações de artistas e de operários trabalharam para elevar colunas, telhados, torres, fundiram vitrais, pintaram imagens, esculpiram estátuas. Assim foram se constituindo, lentamente, a pirâmide, o palácio, a catedral. Eis por que, em sua majestosa unidade, simbolizam o pensamento de um povo, o gênio de uma raça, a alma de uma religião. (...)

Assim são edificados esses “livros” imponentes que são as catedrais e que, durante séculos, foram suficientes para guiar, para instruir, para consolar o espírito humano.

A catedral terrestre serve de moldura a todas as artes. A música faz as suas imensas naves vibrarem, a pintura decora as suas paredes, a escultura a povoa de estátuas. No entanto, em seu conjunto, ela conserva a imobilidade fria e a opacidade do granito.” Do livro – O MUNDO QUE ENCONTREI – Capítulo “A Catedral do Som”, pelo Espírito Luiz Sérgio (Psicografado por Alayde de Assunção e Silva). “(...) de repente, avistaram-se reluzentes cúpulas irradia ndo luz diáfana.” (...)

“Com bastante alegria venho dar minha mensagem hoje, porque estou realmente satisfeito com os progressos que consigo, graças ao auxílio de

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todos os amigos: os de cá e os de lá; os daqui e os d’além, ou, como você poderá dizer, os vivos e os que já não o são, isto é, relativamente ao nosso ponto de apoio ou ao nosso estado atual. O que é vivo para você é passado para mim e vice-versa.

Assim é a vida, uma continuidade cada vez mais impressionante, não porque provoque medo, mas porque nos traz incessantes novidades e coisas belas que jamais imaginaríamos encontrar.

Veja só o que fomos descobrir! Num vasto platô, como o que acharíamos no cimo dos montes Urais,

rodeado de belos píncaros nevados, de repente, avistaram-se reluzentes cúpulas, irradiando luz diáfana em lugar onde nunca imaginei houvesse alguém morando.

"É uma cidade perdida", pensei. Não, não era. Chegamos mais perto e vimos que as construções eram

belas obras de arte. "Quem teria feito aquilo?" Aproximamo-nos ainda mais. As cores que eram irradiadas dos

lavores artisticamente arquitetados produziam um efeito de estrelas reful-gindo ao brilho do sol, com tal intensidade que quase não conseguia fixar a vista.

Procurava lembrar-me se havia estudado aquele lugar, quando me ocorreu que já era Espírito e que, portanto, aquela linda cidade ou construções seria de matéria fluídica e não densa. Como vê, às vezes, ainda a gente esquece que já é Espírito. Acerquei-me com os outros do local. Lá estivemos muito tempo rodeando e tentando aclimatação para podermos penetrar, até que conseguimos, vagarosamente, chegar a um majestoso edifício todo recamado de refulgentes gemas, ou pedras brilhantes azuis, tendo dentro uma luz diáfana que não se sabia de onde vinha, mas que fazia cintilar o teto, de onde prendiam espécies de estalactites de formas artísticas e originais. A obra era feita pela mente de Espíritos de grande capacidade artística e de grande conhecimento.

Era uma catedral — a catedral do som. Isso porque ali tudo era transmitido através de sons harmoniosos,

suaves, que nos diziam ou nos faziam sentir exatamente o que queriam exprimir. Logo que entramos ouviu-se um alegre murmurar de sons que pareciam nos dar as boas-vindas. Depois houve uma conversa entre nós e os sons. Eu não entendia o que queriam dizer, mas senti como uma intuição que me levava a crer que alguém que eu não via dizia que o momento era solene para nós, pois estávamos admirando uma obra de grande elevação artística a qual só Espíritos de escol poderiam ter arquitetado. Os "constru-tores" deveriam ter qualidades excepcionais para conseguirem aquele resultado. Isso não sei se pensei ou se ouvi, mas tenho a certeza de que senti através dos sons cristalinos que chegavam ao meu espírito.

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Depois senti um convite à oração. Recolhi-me em prece e conforme me elevava fui divisando brancas e

esvoaçantes formas que emitiam de si sublime música, como se assim estivessem conversando. Delas saíam jorros de luz de várias cores, que se refletiam no ambiente, dando colorações diversas, conforme os sons que emitiam. O som saía como se aquelas formas o emitissem de si, do seu todo, pois não era pronunciado por órgão vocal, mas era "vibrado" por elas (as formas).

Fiquei extasiado e logo que procurei investigar aquilo que via, desliguei-me do contato que estava tendo e deixei de observar a causa dos sons que distinguia. Nosso Espírito estava tão enlevado que não era possível trocarmos nenhuma observação, enquanto durou nossa permanência no local. Aliás, este assunto ficou somente em observação. Disse-nos o mentor que havíamos recebido uma rara oportunidade de conhecermos o grau de evolução que teremos de alcançar para podermos dominar cientificamente os problemas da Física ou mais particularmente da Eletrônica, a fim de conseguirmos imprimir, quando na Terra novamente, maior impulso aos conhecimentos.

Eu não podia deixar de vir dizer essas coisas. Acho que você nunca ouviu falar nelas. Ainda estou sob a influência da impressão que tive.”

Mensagem de 6/5/1974. TEMA 2

A) A ESSÊNCIA DA ARTE, SEUS DOMÍNIOS

Do livro – Espiritismo na Arte , de Léon Denis “Tendes cem vezes razão em defender a causa da arte e colocá-la em

paralelo na Terra e no Espaço. A arte é de essência divina, é uma manifestação do pensamento de Deus, uma radiação do cérebro e do coração de Deus transmitida sob a forma artística.

No entanto, muitas coisas do plano divino não podem ser transmitidas aos homens. A arte, sob forma de inspiração, faz parte desse todo maravilhoso que compõe o Universo. É o relâmpago, ou antes, é a centelha que estabelece a relação entre Deus e suas criaturas.

Vós podeis vos perguntar quais são os reflexos que guardamos da arte após haver passado séries de existências em diferentes mundos. Eu vou tentar vos dizer.

Em vossa Terra, a arte ainda é uma coisa pouco importante e vos contentais com isso. A arte existe em todos os domínios: no do pensamento, no da escultura, no da música. É neste último que ela se manifesta melhor e

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torna-se acessível a mais cérebros. Primeiro, quando o espírito humano encarna na Terra e que traz, seja da sua vida no Espaço, seja em consequência de um trabalho anterior nas vidas terrestres, uma certa noção do ideal estético, quando chega à maturidade na sua vida terrestre, sua bagagem artística se exterioriza sob a forma de inspirações ligadas a uma qualidade mestra que nós chamaremos de o gosto junto ao sentido do belo. Eis aí, pois, o artista criado e pronto para trabalhar sobre a matéria.

Quando esse artista realizou uma vida de trabalho, ele retorna ao Espaço. Lá se libertará do seu ser uma quantidade imensa de pensamentos que ele deseja concretizar. Nesse meio fluídico, ele terá todos os materiais necessários para reconstituir o que seu pensamento aprisionado na carne não pôde realizar em uma só existência.

O espírito não possui órgão visual, mas o pensamento reúne todos os sentidos. Primeiro, ele recebe em sua memória as mais belas coisas que sensibilizaram seu cérebro na existência precedente. Se ele viveu em um meio elevado, graças às diretrizes adquiridas, os quadros que passarão em seu pensamento serão verdadeiramente inspirados pelo culto do belo. Portanto, nosso ser espiritual, em nome do seu trabalho, será, em pouco tempo, transferido a um meio fluídico suficientemente puro, livre de parcelas materiais, e de lá poderá receber, pela lembrança, o reflexo artístico de suas vidas anteriores. Por um simples querer, tudo se concretizará com a ajuda dos fluidos ambientes. Esse espírito era pintor? Seu pensamento refletirá os quadros dos mestres que ele conheceu e amou. Era escultor? As formas antigas ou clássicas, ou aquelas da sua época, aparecerão sobre a tela do seu pensamento. (...)

Devo acrescentar que os espíritos, por trocas de pensamentos, podem criar formas com a ajuda da sucessão de cores que é infinita no Espaço: quanto mais os planos são elevados, mais a sucessão de cores é desenvolvida.”

Do livro – OBREIROS DA VIDA ETERNA – Capítulo III “O Sublime Visitante”, pelo Espírito de André Luiz (Psicografa do por Francisco Cândido Xavier). 13.ed. FEB

“Após longo intervalo, destinado à nossa preparação, tornou ele, sem afetação:

— Projetemos nossas forças mentais sobre a tela cristalina. O quadro a formar-se constará de paisagem simbólica, em que águas mansas, personificando a paz, alimentem vigorosa árvore, a representar a vida. Assumirei a responsabilidade da criação do tronco, enquanto os chefes das missões entrelaçarão energias criadoras fixando o lago tranquilo.

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E dirigindo-se especialmente a nós outros, os colaboradores mais humildes, acrescentou:

— Formarão vocês a veste da árvore e a vegetação que contornará as águas serenas, bem como as características do trecho de firmamento que deverá cobrir a pintura mental.

Após ligeira pausa, concluía: — Este, o quadro que ofereceremos ao visitante excepcional que nos

falará em breves minutos. Atendamos aos sinais. — Dois auxiliares postaram-se ao lado da pequena câmara, em

posição de serviço, e, ao soar de harmonioso aviso, pusemo-nos todos em concentração profunda, emitindo o potencial de nossas forças mais íntimas.

— Senti, à pressão do próprio esforço, que minha mente se deslocava na direção do gabinete de cristal, onde acreditei penetrar, colocando tufos de grama junto ao desenho do lago que deveria surgir...

Utilizando as vigorosas energias da imaginação, recordei a espécie de planta que desejava naquela criação temporária, trazendo-a do passado terrestre para aquela hora sublime. Estruturei todas as minúcias das raízes, folhas e flores, e trabalhei, intensamente, na intimidade de mim mesmo, revivendo a lembrança e fixando-a no quadro, com a fidelidade possível...

Fornecido o sinal de interrupção, retomei a postura natural de quem observa, a fim de examinar os resultados da experiência, e contemplei, oh! maravilha! .... Jazia o gabinete fundamente transformado. Águas de indefiní-vel beleza e admirável azul-celeste refletiam uma nesga de firmamento, banhando as raízes de venerável árvore, cujo tronco dizia, em silêncio, da própria grandiosidade. Miniaturas prodigiosas de cúmulos e nimbos estacio-navam no céu, parecendo pairar muito longe de nós. As bordas do lago, contudo, figuravam-se quase nuas e os galhos do tronco apresentavam-se vestidos escassamente.

O instrutor, célere, retomou a palavra, e dirigiu-se a nós com firmeza: — Meus amigos, a vossa obrigação não foi integralmente cumprida.

Atentai para os detalhes incompletos e exteriorizai vosso poder dentro da eficiência necessária. Tendes ainda, quinze minutos para terminar a obra.

Entendemos, sem maiores explicações, o que desejava ele dizer e concentramo-nos, de novo, para consolidar as minudências de que deveria revestisse a paisagem.

Procurei imprimir mais energia à minha criação mental e, com mais presteza, busquei colocar as flores pequeninas nas ramagens humildes...”

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Do livro – FAZ PARTE DO MEU SHOW – Capítulo “O Show deve Continuar”, pelo Espírito Ângelo Inácio (Psicografi a Robson Pinheiro).

“Telas vivas eram elaboradas e pintadas na atmosfera acima de nós, criando imagens difíceis de descrever em palavras. Van Gogh, Picasso, Mondrian, Renoir e a glamorosa Tarsila do Amaral, além de muitos outros espíritos, estavam ali presentes. Através do pensamento, transformavam suas emoções em pincéis e tingiam, nos fluidos do ambiente astral, a sua arte viva, em movimento, dando assim sua contribuição para a atividade que realizaríamos. A seguir, esculturas que pareciam vivas erguiam-se aqui e ali, enriquecendo a composição do ambiente que, aos poucos, era criado no astral. Rodin, Ataíde e Lisboa, o conhecido Aleijadinho, junto de outros espíritos, integravam as equipes espirituais..."

TEMA 3

COMPOSIÇÃO VIRTUAL DE OBRAS ARTÍSTICAS —

ECLOSÃO DA INSPIRAÇÃO

Do livro – Espiritismo na Arte , de Léon Denis

“Tentarei vos fazer compreender como reunimos as moléculas

necessárias para que a nossa vontade possa projetar os fluidos capazes de se transformarem em obras que simbolizem a beleza sob todas as formas. Essas obras serão sentidas e percebidas por outros seres fluídicos que não são criadores.

Os seres imateriais que flutuam nas regiões fluídicas, infinitamente ricas e sutis, só as alcançaram por uma longa e progressiva evolução pela qual adquiriram conhecimentos e aptidões suficientes para eles mesmos poderem criar, no mundo onde vivem, entre suas existências humanas.

Vejamos um exemplo. Um grande escultor, um grande pintor ou um grande artista parte da Terra. Ele ainda está sob a impressão dos trabalhos que executou durante sua existência anterior; chegado ao Espaço, não estando mais o seu espírito limitado pela matéria, ele revê o caminho percorrido desde o dia em que recebeu a essência criadora divina e adquire a certeza de que poderá, nas novas existências, desenvolver e completar o que vós podeis chamar de parcela genial.

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Ele vai ver, no Espaço, desenrolarem-se todos os fatos proeminentes que presidiram a eclosão da sua inspiração.

Se ele era arquiteto ou escultor, imediatamente, de acordo com sua vontade, sua memória voltará a traçar os monumentos ou as obras de arte que ele criou. Admitimos que ele plane nesse meio do qual acabamos de falar; após um apelo a Deus, seu pensamento encontrará, por suas radiações, fluidos suficientes para reconstituir todas as suas obras.

Se elas têm um caráter verdadeiro de beleza, se a inspiração é pura, se o ideal é elevado, os outros seres que rodeiam o artista sentirão despertar em si mesmos um desejo de imitação e, pouco a pouco, o véu material sendo levantado, seu pensamento pessoal será fecundado pelo do artista.

Assim, um grande mestre-escultor fará reviver esses belos monumentos nos quais a glória do Altíssimo foi cantada durante séculos. Então, imensas catedrais serão reedificadas; mas o artista não se limita sempre à obra que criou, sua visão a distância também reencontra as obras dos seus discípulos, e algumas vezes sua inspiração continua no Espaço para formar de novo obras que tomam a diversos autores as partes mais bem-sucedidas de suas concepções. Se vós penetrásseis no Espaço, no plano elevado a que me refiro, poderíeis perceber que monumentos, que não são semelhantes àqueles erigidos no vosso mundo, são reconstituídos pelo pensamento fluídico de seres inspirados por Deus.

O Criador supremo dá a cada um de seus filhos uma parcela animadora que se exterioriza quando o culto do belo e do ideal desperta neles. Vossos monumentos religiosos são as imagens vivas desse fato. Esses telhados arrojados, lançando-se em direção ao céu, não são uma imagem fiel do pensamento do ser humano elevando-se em uma prece derradeira a esse Deus que nos criou? Quer seja uma catedral ou um templo da Antiguidade; quer seja na Grécia, em Roma, em Florença ou em vosso país, procurai e sempre encontrareis a confirmação de que o pensamento superior preside a eclosão das obras arq uitetônicas .”

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CONCLUSÃO

Como bem nos esclarece o mestre Léon Denis “ignoramos a nós mesmos”, isto é, desconhecemos ou relegamos a um detalhe sem tanta importância em nossas vidas, o imenso manancial de possibilidades de criação de beleza que habita em nossas almas. E por que isto ocorre?

Fica a pergunta ressoando no ar, convidando-nos à reflexão de que, na maioria das vezes, não nos vemos como espíritos imortais, detentores de um conhecimento que adormece no mais recôndito de nossas almas e que necessita, por um esforço contínuo, ser despertado através de tentativas que incluem experiências sensíveis na interação com a Natureza, como também o cultivo ao gosto do belo, ao observar e sentir a beleza de obras de grandes artistas.

Todos nós somos criativos e não é necessário ser um grande artista para ter esta bênção divina desenvolvida, pois até mesmo nos pequenos trabalhos domésticos podemos utilizar a nossa criatividade, preparando-nos para voos maiores como espíritos imortais.

E toda vez que usarmos nossa criatividade a serviço do bem (nosso e de nossos semelhantes) estaremos louvando a Deus, esse Pai de amor infinito e misericordioso que nos concedeu a graça de sermos seus co-criadores, pois somos sementes divinas de seu amor.

Procuremos desenvolver nossa criatividade nos gestos mais pequeninos de nossa vida, agradecendo a Deus que nos concedeu a oportunidade de, tendo conhecido a Doutrina Espírita nesta encarnação, sermos abençoados com as lições tão sensíveis de Léon Denis e outros espíritos que vêm nos estimulando a pensar, vivenciar o bem e o belo, fortalecendo a nossa vontade na senda do progresso.

E que se registre a nossa profunda gratidão a Léon Denis, que está sempre nos lembrando de que “Viver é sempre subir, sempre crescer, sempre acrescentar em si o sentimento e a noção do belo.”

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ANOTAÇÕES _________________________________________________________________

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