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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA LETÍCIA DO CARMO DUTRA DIAS FLORA DA MATA DO KRAMBECK, JUIZ DE FORA, (MG): BROMELIACEAE JUIZ DE FORA-MG 2012

LETÍCIA DO CARMO DUTRA DIAS FLORA DA MATA DO … · que possui a maior variedade biológica, abrigando entre 15 e 20% de toda a biodiversidade mundial, além de possuir cerca de

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA

LETÍCIA DO CARMO DUTRA DIAS

FLORA DA MATA DO KRAMBECK, JUIZ DE FORA, (MG):

BROMELIACEAE

JUIZ DE FORA-MG

2012

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LETÍCIA DO CARMO DUTRA DIAS

FLORA DA MATA DO KRAMBECK, JUIZ DE FORA, (MG):

BROMELIACEAE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Departamento de Botânica da Universidade

Federal de Juiz de Fora, como requisito para a

obtenção do grau de bacharel em Ciências

Biológicas.

Orientadora: Profª Drª Ana Paula Gelli de Faria

JUIZ DE FORA-MG

2012

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LETÍCIA DO CARMO DUTRA DIAS

FLORA DA MATA DO KRAMBECK, JUIZ DE FORA, (MG):

BROMELIACEAE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Botânica da

Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito para a obtenção do grau de

bacharel em Ciências Biológicas.

Orientadora: Profª Drª Ana Paula Gelli de Faria

Aprovado em 27 de junho de 2012.

COMISSÃO EXAMINADORA

________________________________________

Profª Drª Ana Paula Gelli de Faria

Universidade Federal de Juiz de Fora

Orientadora

________________________________________

Profª Drª Fátima Regina Gonçalves Salimena

Universidade Federal de Juiz de Fora

________________________________________

Prof. Dr Luiz Menini Neto

Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora

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Dedico este trabalho à minha mãe Marcia.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus por iluminar meus caminhos. A minha

amada mãe, que sempre acreditou em mim e fez tudo o que estava ao seu alcance para

que esse momento chegasse.

A toda a minha família e amigos de longa data que estiveram ao meu lado nessa

caminhada. Aos novos amigos, que fiz na faculdade, por terem tornado os dias na

universidade mais divertidos.

Ao Breno pela ótima companhia nas aulas, trabalhos de campo, congressos e por

todo amor que me dedica.

A todos os professores do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal

de Juiz de Fora que enriqueceram meus conhecimentos de biologia e colaboraram com

meu amadurecimento durante o curso. Aos funcionários do herbário e departamento de

botânica que sempre me ajudaram quando eu precisei.

Agradeço à Profª Fatinha, por ter me apresentado à Ana Paula e me ajudado a

ampliar os conhecimentos na área de botânica.

À Ana Paula Gelli de Faria por me apresentar às bromélias e por toda a

paciência e orientação.

À UFJF pelo financiamento do projeto.

Agradeço a todos que de alguma maneira contribuíram para que este dia

chegasse.

Obrigada!

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“Se algo pode dar errado, com certeza dará!”

Lei de Murphy

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1. Área de estudo: Mata do Krambeck, Juiz de Fora (MG), Brasil. (A) principais

fragmentos florestais do município, com destaque para a localização da Mata do Krambeck

(Fonte: Google Earth). (B) delimitação de parte da Mata do Krambeck, onde o estudo foi

desenvolvido, em conectividade ao remanescente formando a Área de Proteção Ambiental

(Fonte: Fontes et al. 2008). (C) Destaque de parte da vegetação da área de estudo (Foto:

A.P.G.de Faria).......................................................................................................................14

Figura 2. (A) Ananas bracteatus, (B) Billbergia horrida, (C) detalhe da flor de B.

horrida, (D) B. zebrina, (E) Portea petropolitana, (F) detalhe da flor de P.

petropolitana, (G) detalhe da flor de Tillandsia geminiflora e (H) T. geminiflora.........21

Figura 3. (A) Tillandsia polystachia, (B) detalhe da flor de T. polystachia, (C) T.

recurvata, (D) detalhe da flor de T. stricta, (E) T. stricta, (F) T. tricholepis e (G)

Vriesea sp........................................................................................................................24

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RESUMO

Bromeliaceae Juss. possui aproximadamente 3.172 espécies distribuídas em 58 gêneros,

sendo uma das famílias de monocotiledôneas mais representativas da flora neotropical.

Reconhecidas por sua importância ecológica, as chamadas “bromélias-tanque” agem

como espécies-chave para a manutenção da biodiversidade e da complexidade estrutural

de diversos ambientes. As bromélias também merecem destaque entre as principais

famílias tropicais que abrigam representantes ornamentais, sendo muitas vezes suas

espécies ilegalmente extraídas de seus ambientes naturais para venda. Considerando a

relevância do estado de Minas Gerais como detentor de grande diversidade de

Bromeliaceae e a problemática da perda dessa diversidade devido à fragmentação de

habitats, a área de estudo escolhida foi a Mata do Krambeck, um dos maiores e mais

importantes fragmentos urbanos de Floresta Atlântica, no município de Juiz de Fora,

região da Zona da Mata Mineira. O objetivo desse trabalho é contribuir para ampliar o

conhecimento da diversidade taxonômica e conservação da flora do município de Juiz

de Fora, através do levantamento das espécies de Bromeliaceae ocorrentes na Mata do

Krambeck. Foi registrado um total de 10 táxons na área de estudo, distribuídos em cinco

gêneros e abrangendo duas das três subfamílias reconhecidas para Bromeliaceae

(Bromelioideae e Tillandsioideae). O gênero com maior riqueza de espécies foi

Tillandsia (5 spp.), seguido por Billbergia (2 spp.), Portea (1 sp.), Ananas (1 sp.) e

Vriesea (1 sp.). São apresentados descrições, chave de identificação e fotografias das

espécies levantadas.

Palavras-chave: Bromelioideae, Floresta Atlântica, Levantamento Florístico,

Morfologia, Tillandsioideae.

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ABSTRACT

Bromeliaceae Juss. presents approximately 3172 species distibuted into 58 genera, and

is considered one of the most representative families of monocots of the neotropical

flora. Recognized for their ecological importance, the so-called "tank bromeliads" act as

key species for maintaining biodiversity and structural complexity of many

environments. Bromeliads also deserve mention among the families of tropical flora

with ornamental representatives, and often their species are illegally collected from their

natural environments for sale. Considering the importance of the state of Minas Gerais

as having a great diversity of bromeliads and the problem of loss of this diversity due to

fragmentation of habitats, we have chosen the Mata do Krambeck as the study area, one

of the largest and most important urban fragments of Atlantic Forest, situated at the

municipality of Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira The aim of this study is to expand

knowledge of the taxonomic diversity and conservation of the flora of the Juiz de Fora,

through a survey of Bromeliaceae species occurring in the Mata do Krambeck. A total

of ten taxa were registered in the study area, distributed in five genera and covering two

of the three subfamilies recognized for Bromeliaceae (Bromelioideae and

Tillandsioideae). The genus with the highest species richness was Tillandsia (5 spp.),

followed by Billbergia (2 spp.) Portea (1 sp.), Ananas (1 sp.) and Vriesea (1 sp.).

Descriptions, a key of identification and photographs are presented for the surveyed

species.

Keywords: Atlantic Forest, Bromelioideae, Floristic Survey, Morphology,

Tillandsioideae.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................10

1.1 Caracterização geral da família Bromeliaceae...............................................10

1.2 Diversidade e conservação da família Bromeliaceae no estado de Minas

gerais................................................................................................................................11

2. OBJETIVOS................................................................................................................13

3. MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................14

3.1. Área de estudo..............................................................................................14

3.2. Estudo Taxonômico......................................................................................15

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................16

4.1. Chave de identificação das espécies de Bromeliaceae da Mata do

Krambeck.........................................................................................................................17

4.2. Descrição das espécies de Bromeliaceae da Mata do Krambeck ................18

1 Ananas bracteatus.................................................................................18

2 Billbergia horrida.................................................................................18

3 Billbergia zebrina.................................................................................19

4 Portea petropolitana.............................................................................19

5 Tillandsia geminiflora...........................................................................20

6 Tillandsia polystachia...........................................................................21

7 Tillandsia recurvata..............................................................................22

8 Tillandsia stricta...................................................................................22

9 Tillandsia tricholepis............................................................................23

10 Vriesea sp............................................................................................23

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................25

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................26

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Caracterização geral da família Bromeliaceae

Bromeliaceae Juss. possui aproximadamente 3.172 espécies divididas em 58

gêneros (Luther 2008), sendo uma das famílias de monocotiledôneas mais

representativas da flora neotropical. Representantes da família, como o abacaxi (Ananas

comosus (L.) Merril) já eram conhecidos e cultivados pelos índios das Américas há

séculos. Bromeliaceae foi inicialmente reconhecida por Jussieu, em 1789, sob a

denominação “Bromeliae”, porém só recebeu status taxonômico de família em 1805

após ser descrita por Jaume Sant-Laire (Benzing, 1980).

A família Bromeliaceae é tradicionalmente dividida nas subfamílias

Pitcairnioideae, Tillandsioideae e Bromelioideae (Smith & Downs, 1974, 1977, 1979),

que podem ser diferenciadas basicamente pelos tipos de hábito, posição do ovário, tipos

de frutos e sementes.

A subfamília Pitcairnoideae é caracterizada pelo hábito terrícola, possuindo

raízes funcionais. As folhas são normalmente aculeadas, o ovário é súpero ou raramente

ínfero, os frutos são cápsulas deiscentes onde as sementes geralmente possuem

apêndices alados (Mez, 1891-1894; Smith & Downs, 1974).

Na subfamília Bromelioideae, a maioria das espécies é epífita e geralmente

formam rosetas com os tanques de armazenamento de água. As folhas são aculeadas, o

ovário é comumente ínfero e seus frutos são bagas com sementes nuas (Smith &

Downs, 1979).

Na subfamília Tillandsioideae a maioria dos membros possui hábito epifítico,

com diversas adaptações aos ambientes xéricos. Todos possuem folhas sem acúleos,

ovário súpero e seus frutos são cápsulas secas com sementes apresentando apêndices

plumosos (Smith & Downs, 1977).

Reconhecidas por sua importância ecológica, as chamadas “bromélias-tanque”

agem como espécies-chave para a manutenção da biodiversidade e da complexidade

estrutural de diversos ambientes (Gilbert, 1980; Benzing, 2000). Os reservatórios de

água e a matéria orgânica acumulada na base de suas folhas sustentam verdadeiros

microambientes, funcionando como abrigo, locais de procriação e fonte de alimento

para uma grande variedade de animais, protistas, fungos e procariontes, bem como sítios

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de germinação de sementes de várias espécies vegetais (Dunn, 1937; Frank, 1983;

Hagler et al., 1993; Madeira et al., 1995).

As bromélias também merecem destaque entre as principais famílias tropicais

que abrigam representantes ornamentais, sendo muitas vezes suas espécies extraídas

ilegalmente de seus ambientes naturais para venda (Pereira et al., 2008). Tal fato, aliado

à crescente fragmentação de habitats naturais, vem contribuindo de forma significativa

para o declínio de muitas populações de bromélias em diversas regiões do Brasil.

1.2 Diversidade e conservação da família Bromeliaceae no estado de Minas

Gerais

O Brasil abrange climas desde o tropical até o temperado, propiciando um dos

ambientes mais diversos do mundo. Dentre os 17 países megadiversos, o Brasil é aquele

que possui a maior variedade biológica, abrigando entre 15 e 20% de toda a

biodiversidade mundial, além de possuir cerca de 30% das florestas tropicais, as mais

ricas em heterogeneidade (Santos & Câmara, 2002).

A Floresta Atlântica está entre as mais importantes florestas tropicais do mundo,

sendo considerada prioridade em termos de conservação devido à grande fragmentação

a que foi submetida ao longo dos anos. Acredita-se que esse bioma abrigue

aproximadamente 20.000 espécies de plantas, das quais 40% são endêmicas (Stehmann

et al., 2009).

A família Bromeliaceae Juss. possui grande diversidade no Brasil, que engloba

aproximadamente 73% de seus gêneros e 38% das espécies (Forzza et al., 2010). As

áreas de Floresta Atlântica que cobrem parte da costa leste do país e a porção leste e

sudeste do estado de Minas Gerais também são consideradas centros de diversidade e

endemismo para diversos táxons da família (Smith, 1934; Benzing, 2000). Segundo

Versieux & Wendt (2007), Minas Gerais possui mais gêneros de Bromeliaceae do que

qualquer outro estado brasileiro ou país da América do Sul e Central.

Apesar da expressiva diversidade de Bromeliaceae registrada para Minas Gerais,

diversas espécies encontram-se seriamente ameaçadas de extinção no estado. A

histórica ocupação do solo mineiro para o estabelecimento de áreas de cultivo,

pastagens, mineração, além do desenvolvimento urbano, provocou grande fragmentação

das áreas florestais. Versieux & Wendt (2007) ressaltaram que dentre os 283 táxons de

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Bromeliaceae ocorrentes em Minas Gerais, mais da metade encontra-se enquadrada em

alguma categoria de ameaça.

Considerando a relevância do estado de Minas Gerais como hotspot de

diversidade de Bromeliaceae e a problemática da perda dessa diversidade devido à

fragmentação de habitats, a área de estudo escolhida foi a Mata do Krambeck,

localizada no município de Juiz de Fora, região da Zona da Mata mineira. O município

de Juiz de Fora possui área de 1.429,875 km2, dos quais 446.551 km2 são ocupados pela

malha urbana, sendo a estimativa de cobertura florestal pouco mais de 20% de sua área

total (Scolforo & Carvalho, 2006). Estudos fitofisionômicos indicam que a região está

inserida na formação de Floresta Estacional Semidecidual (Veloso, 1992), sendo

considerada prioritária para conservação da flora no estado por apresentar grande

importância biológica devido ao alto potencial de conectividade entre seus fragmentos

de florestas urbanas (Drummond et al., 2005).

Na região destacam-se alguns fragmentos florestais, como os localizados nas

Reservas Biológicas Municipais de Santa Cândida (113,3 ha) e do Poço d’Anta (277

ha), Parque Municipal da Lajinha (88 ha), Reserva Particular do Patrimônio Natural

Vale de Salvaterra (263, 3 ha), Morro do Imperador (78 ha) e a Mata do Krambeck (375

ha).

Poucos inventários florísticos (Freitas, 2006; Pifano et. al, 2007) foram

realizados no município e focaram a composição e a estrutura do componente arbóreo.

Em Minas Gerais, grande parte dos inventários florísticos de Bromeliaceae tem se

concentrado em áreas de campos rupestres e de altitude (Wanderley & Martinelli, 1987;

Wanderley & Forzza, 2003; Monteiro & Forzza, 2008; Coser et al., 2010; Guarçoni et

al., 2010), sendo o trabalho aqui proposto de grande importância para ampliar o

conhecimento taxonômico da família no domínio da Floresta Atlântica no estado.

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2. OBJETIVOS

• Contribuir para o conhecimento da diversidade taxonômica e conservação da

flora do município de Juiz de Fora, Minas Gerais, através do levantamento das

espécies de Bromeliaceae ocorrentes na Mata do Krambeck;

• Prover informações sobre a morfologia e ecologia das espécies inventariadas,

contribuindo com dados para futuros estudos taxonômicos e sistemáticos na

família.

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3. METODOLOGIA

3.1 Área de estudo:

Localizada na região central de Juiz de Fora, a Mata do Krambeck possui grande

importância ecológica e paisagística, com aproximadamente 370 hectares de floresta

contínua. O estudo foi realizado em um trecho da Mata do Krambeck (ca. 80 ha),

recentemente adquirido pela Universidade Federal de Juiz de Fora para a implantação

de um Jardim Botânico. A área possui quase sua totalidade coberta por vegetação nativa

em estágio médio a avançado de regeneração, com presença de diversas espécies

arbóreas de grande porte, epífitas, cipós e um sub-bosque bastante denso (Fontes et al.,

2008).

Figura 1. Área de estudo: Mata do Krambeck, Juiz de Fora (MG), Brasil. (A) principais fragmentos

florestais do município, com destaque para a localização da Mata do Krambeck (Fonte: Google Earth).

(B) delimitação de parte da Mata do Krambeck, onde o estudo foi desenvolvido, em conectividade ao

remanescente formando a Área de Proteção Ambiental (Fonte: Fontes et al. 2008). (C) Destaque de parte

da vegetação da área de estudo (Foto: A.P.G.de Faria).

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De acordo com a classificação de Köppen (1948), a região possui clima do tipo

Cwa, com verões quentes e invernos secos, e estações secas e chuvosas bem definidas.

Este clima pode também ser definido, genericamente, como Tropical de Altitude, por

corresponder a um tipo tropical influenciado pelos fatores altimétricos, em vista do

relevo local apresentar altitudes médias entre 700 e 900 m, que contribuem para a

amenização da temperatura. Os índices pluviométricos anuais, obtidos pela Estação

Climatológica Principal da UFJF/ 5° DISME (nº 83692), nas últimas décadas, acusaram

médias próximas a 1.536 mm e a média térmica anual oscila em torno de 18,9ºC

(CESAMA, 2011).

3.2 Estudo taxonômico:

Para a coleta dos espécimes, foram realizadas excursões mensais à área de

estudo entre agosto de 2010 e agosto de 2011. As excursões foram conduzidas

procurando abranger as estações secas e chuvosas. As coletas foram realizadas através

de caminhadas aleatórias (Filgueiras et al., 1994), buscando cobrir a maior extensão

possível da área de estudo. Flores e/ou frutos foram fixadas em álcool 70% para

posterior análise morfológica em laboratório.

Os espécimes coletados foram fotografados e herborizados segundo técnicas

usuais em taxonomia vegetal (Fidalgo & Bononi, 1989) e depositados no Herbário

Leopoldo Krieger da Universidade Federal de Juiz de Fora (Herbário CESJ).

As identificações taxonômicas foram realizadas através de consultas à

bibliografia e comparação com exsicatas depositadas em herbário. As descrições

morfológicas e a chave para identificação foram confeccionadas para os táxons

coletados em estágio fértil (em flor e/ou fruto) e basearam-se nas exsicatas e estruturas

fixadas em álcool 70%, tendo sido complementadas com consulta a bibliografia de

referência (Smith & Downs, 1974, 1977, 1979; Reitz, 1983; Radford et al., 1986).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi registrado um total de 10 espécies na área de estudo, distribuídos em cinco

gêneros e abrangendo as subfamílias Bromelioideae e Tillandsioideae. Os indivíduos

apresentam hábito epifítico ou terrestre (Tabela 1). Todos foram coletados em locais

antropizados.

O gênero com maior riqueza de espécies foi Tillandsia (5 spp.), seguido por

Billbergia (2 spp..), Portea (1 sp.), Ananas (1 sp.) e Vriesea (1 sp.).

Tabela 1. Lista dos táxons de Bromeliaceae registrados para a Mata do Krambeck, município de Juiz de

Fora, MG.

Táxon Subfamília* Hábito**

Ananas bracteatus (Lindl.) Schult. f. B T

Billbergia horrida Regel B E

Billbergia zebrina (Herbert) Lindl. B E

Portea petropolitana (Wawra) Mez B E

Tillandsia geminiflora Brongn. T E

Tillandsia polystachia (L.) L. T E

Tillandsia recurvata (L.) L. T E

Tillandsia stricta Sol. ex Sims T E

Tillandsia tricholepis Baker T E

Vriesea sp. T E

*Subfamília correspondente: B- Bromelioideae, T- Tillandsioideae.

**Preferência por substrato: E- epífita, T- terrestre.

Segundo Pifano et al. (2007), no Morro do Imperador, foram registradas cinco

espécies de Bromeliaceae Bromelia antiacantha Bertol., Pitcairnia flammea Lindl.,

Tillandsia gardneri Lindl., Ananas bracteatus e Portea petropolitana, sendo as duas

últimas também encontradas na Mata do Krambeck.

De acordo com Nogueira (2011), ocorrem na Reserva Biológica Municipal do

Poço D’Anta 10 espécies de Bromeliaceae: Aechmea ramosa Mart. ex Schult. &

Schult.f., A. bracteatus, Billbergia euphemiae E.Morren, B. horrida, B. zebrina, P.

petropolitana, Quesnelia indecora Mez, Tillandsia recurvata, T. stricta e T. usneoides

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(L.) L., sendo quatro delas não encontradas na Mata do Krambeck (A. ramosa, B.

euphemiae, Q. indecora e T. usneoides).

Quando comparado aos dois fragmentos citados acima, podemos considerar que

há, na porção estudada da Mata do Krambeck, uma riqueza de espécies considerável.

Apesar de abranger uma área de amostragem menor (ca. de 80 ha), a mesma apresentou

o mesmo número de espécies encontrado na Reserva Biológica Municipal do Poço

D’Anta (277 ha) e uma riqueza maior que a registrada para o Morro do Imperador (78

ha).

A seguir é apresentada a chave para identificação das espécies levantadas e suas

respectivas descrições morfológicas.

4.1. Chave para identificação das espécies de Bromeliaceae da Mata do Krambeck,

município de Juiz de Fora, MG.

1. Lâmina foliar com margens aculeadas, fruto do tipo baga

2. Sépalas com ápice mucronado ............................... 4. Portea petropolitana

2’. Sépalas com ápice não mucronado

3. Roseta tubular, escapo pendente................ 3. Billbergia zebrina

3’. Roseta infundibuliforme, escapo ereto

4. Hábito epifítico, pétalas verdes......2. Billbergia horrida

4’.Hábito terrícola, pétalas lilases..... 1. Ananas bracteatus

1‘. Lâmina foliar com margens inteiras, fruto do tipo cápsula

5. Inflorescência composta

6. Flores com 1,8-1,9 cm de comprimento, pétalas rosa-escuras.................

........................................................................... 5. Tillandsia geminiflora

6’. Flores com 3,8 cm de comprimento, pétalas roxas.................................

.............................................................................6. Tillandsia polystachia

5’. Inflorescência simples

7. Brácteas do escapo ausentes ou muito reduzidas.....................................

................................................................................7. Tillandsia recurvata

7’. Brácteas do escapo presentes e conspícuas

8. Brácteas do escapo com máculas roxas................10. Vriesea sp.

8’. Brácteas do escapo sem máculas

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9. Brácteas florais rosas, pétalas roxo-azuladas ..................

...............................................................8. Tillandsia stricta

9’. Brácteas florais verde-avermelhadas, pétalas verde-

amareladas......................................9. Tillandsia tricholepis

4.2. Descrição das espécies de Bromeliaceae da Mata do Krambeck, município de

Juiz de Fora, Minas Gerais.

1. Ananas bracteatus (Lindl.) Schult. f., Syst. Veg. 7(2): 1286. 1830. Fig. 2 (A).

Planta terrestre, 29,7 cm de altura quando florida. Roseta infundibuliforme. Folhas

com bainhas 4,4 x 3,2 cm, castanhas em ambas as faces; lâminas 148,1 x 3,3 cm,

lineares, planas, verdes, concolores, ápice acuminados, mucronados, margens aculeadas,

acúleos pretos 0,5 cm de comprimento. Escapo ereto, avermelhado, 28,5 cm de

comprimento, 0,7 cm de diâmetro. Brácteas do escapo 44,9 x 1,7 cm, avermelhadas.

Inflorescência 9.8 x 6,3 cm. Flores 2,3 cm de comprimento, sésseis. Brácteas florais

2,8 x 1,8 cm,. Sépalas róseas. Pétalas 2,2 x 0,6 cm, lilases, arredondadas; apêndices

petalíneos ausentes, calosidades longitudinais ausentes. Estames com filetes 1,2 cm

de comprimento; anteras 0,3 cm, exsertas, brancas. Ovário cilíndrico.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

VII/2011, Dias et al. 21 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Ananas bracteatus ocorre no Paraguai,

Argentina e Brasil (Smith & Downs, 1979). No Brasil é encontrada nos domínios do

Cerrado e Floresta Atlântica nos estados de Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais,

Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

(Forzza et al. 2010). Floresce no período de agosto a fevereiro (Versieux & Wendt,

2006). Na área de estudo possui hábito terrícola.

2. Billbergia horrida Regel, Ind. Sem. Hort. Petrop. 1856: 17. 1857. Fig. 2 (B,C).

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Planta epífita, 44,3-57,1 cm de altura quando florida. Roseta infundibuliforme. Folhas

com bainhas 8,8–15,7 x 4,8-7,1 cm, largo-elípticas, roxas na face adaxial, cremes na

face abaxial; lâminas 14,7-29,3 x 3,6-3,7 cm, lineares, planas, verdes, concolores, face

abaxial com bandas transversais de tricomas brancos, ápice arredondado, cuspidado,

recurvado, margens aculeadas, acúleos pretos 0,1-0,4 cm de comprimento. Escapo

ereto, verde, 34,4-35,2 cm de comprimento, 0,2-0,4 cm de diâmetro. Brácteas do

escapo 8,5-10,4 x 1,7-2,3 cm, cremes. Inflorescência simples, 8,9-13,8 x 5,7-9,4 cm.

Flores 5-6,2 cm de comprimento, sésseis. Brácteas florais muito reduzidas, 4-1 X 1

mm, ausentes nas flores do ápice da inflorescência. Sépalas 1,7-1,9 x 0,3-0,6 cm,

levemente assimétricas, agudas, esverdeadas com ápice azul. Pétalas 3,8-4,6 x 0,3-0,8

cm, verdes, lineares, arredondadas; apêndices petalíneos cupuliformes, calosidades

longitudinais ausentes. Estames verdes com filetes 3,2-3,3 cm de comprimento;

anteras 0,8-0,9 cm, exsertas, amarelas. Ovário 0,5 cm de comprimento, cilíndrico,

verde.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

21/IX/2010, Dias et al. 03 (CESJ); idem, 22/X/2010, Dias et al. 04, 05, 06 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Billbergia horrida é endêmica da

Floresta Atlântica dos estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais (Forzza et al.

2010). Floresce entre setembro e outubro (Versieux & Wendt, 2006). Na área de estudo

possui hábito epífito.

3. Billbergia zebrina (Herbert) Lindl., Bot. Reg. 13: t. 1068. 1827. Fig. 2 (D).

Planta epífita, 52,4 cm de altura. Roseta tubular. Folhas com bainhas 17,5 x 7,9 cm,

lâminas verdes, 35,1 x 4,9 cm, com bandas transversais de tricomas brancos, acúleos

pretos 0,2 cm de comprimento. Escapo pendente, densamente coberto por tricomas

brancos, 36,8 cm de comprimento, 0,3 cm de diâmetro, Brácteas do escapo rosas,

13,9x3,3 cm. Inflorescência 15,9 x 7,8 cm, simples. Flores 8,1 cm. Brácteas florais

ausentes. Sépalas 1,2 x 07 cm, simétricas, arredondadas, densamente cobertas por

tricomas brancos. Pétalas 6,2 x 0,8 cm, amarelo-esverdeadas, lineares, arredondadas,

espiraladas; apêndices petalíneos espatulados com o ápice fimbriado, calosidades

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longitudinais ausentes. Estames com filetes azuis, 3,8 cm de comprimento,

concrescidos na base das pétalas; anteras 1,9 cm, exsertas, azuis. Ovário 1,2 cm de

comprimento, azul escuro, te densamente coberto por tricomas brancos.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck, V/2011,

Dias et al. 20 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Billbergia zebrina ocorre no Paraguai,

Uruguai, Argentina e Brasil (Smith & Downs, 1979). No Brasil é encontrada no

domínio da Floresta Atlântica nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Forzza et al. 2010). Floresce de setembro a

fevereiro (Versieux & Wendt, 2006). Na área de estudo possui hábito epífito.

4. Portea petropolitana (Wawra) Mez, Fl. Bras. 3(3): 296, pl. 64. 1892. Fig. 2 (E,F).

Planta epífita, 91,8-102,5 cm de altura quando florida. Roseta infundibuliforme.

Folhas com bainhas 15,4–20,5 x 6,6–10,3 cm, castanho-arroxeadas em ambas as faces,

lâminas 41,2–62,1 x 2,6–2,7 cm lanceoladas a estreito-triangulares, planas, verdes,

ápices acuminados, mucronados, margens aculeadas. Acúleos pretos 0,1–0,2 cm.

Escapo ereto, rosa, 45,6–51,8 cm de comprimento, 0,6–0,8 cm de diâmetro. Brácteas

do escapo 25,2–28,3 x 4,1–4,4, margens aculeadas próximo ao ápice Inflorescência

44,3–62,3 x 17,8–18,5, composta, paniculada, raque densamente coberta por tricomas

brancos. Flores 3,8-5,4 cm de comprimento, pediceladas. Brácteas florais 3,1 x 0,3

cm, linear-triangulares, rosas. Sépalas 1–1,9 x 0,6–0,8 cm, fortemente assimétricas,

roxo-rosadas, ápice agudo, mucronado. Pétalas 1,6–3,3 x 0,3–0,6 cm, roxo-azuladas,

espatuladas, ápice agudo; apêndices petalíneos espatulados, calosidades longitudinais

presentes, 1,6 cm de comprimento. Estames com filetes 1,7–2,7 cm de comprimento;

anteras 0,6–0,7 cm. Ovário 0,3–0,4 cm de comprimento, roxo-rosado, cilíndrico.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

21/VIII/2010, Dias et al. 02 (CESJ); idem, 22/X/2010, Dias et al. 07 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Portea petropolitana é endêmica da

Floresta Atlântica dos estados da Bahia, Espirito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais

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(Forzza et al. 2010). Floresce entre setembro e outubro (Versieux & Wendt, 2006). Na

área de estudo possui hábito terrícola e epífito.

5. Tillandsia geminiflora Brongn., Voy. Monde 186. 1829. Fig. 2 (G,H).

Planta epífita, 18,7 cm de altura. Roseta infundibuliforme. Folhas com bainhas 0,9 x 1

cm, verde-claras, cobertas por tricomas brancos; lâminas 11,1 x 0,3 cm linear-

triangulares, verde-claras, avermelhadas em direção ao ápice, agudas, margens inteiras.

Escapo ereto, 2,6 cm de comprimento, 0,1 cm de diâmetro. Brácteas do escapo 4,3 x

0,1, verdes com ápice avermelhado. Inflorescência 2,9 x 1,6, composta. Flores 1,8-1,9

cm, sésseis. Brácteas florais 1,1 x 0.6 cm, verde-avermelhadas, com ápices e margens

vermelhas, ovadas, agudas, carenadas. Sépalas 2,1 x 0,5 cm, simétricas, verde-

avermelhadas com margens vermelhas, agudas. Pétalas 1,8 x 0,3 cm, espatuladas,

acuminadas, rosa-escuras, apêndices petalíneos ausentes, calosidades longitudinais

ausentes. Estames com filetes 1,4 cm de comprimento; anteras 0,4 cm. Ovário verde,

0,3 cm de comprimento, cilíndrico.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

22/X/2010, Dias et al. 15 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Tillandsia geminiflora ocorre na

Argentina e Brasil (Smith & Downs, 1977). No Brasil é encontrada nos domínios da

Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica nos estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia,

Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo,

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Forzza et al. 2010). Seu pico de

florescimento é de julho a novembro, sua frutificação ocorre de maio a novembro

(Versieux & Wendt, 2006). Na área de estudo possui hábito epífito.

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Figura 2. (A) Ananas bracteatus, (B) Billbergia horrida, (C) detalhe da flor de B. horrida, (D) B.

zebrina, (E) Portea petropolitana, (F) detalhe da flor de P. petropolitana, (G) detalhe da flor de

Tillandsia geminiflora e (H) T. geminiflora.

6. Tillandsia polystachia (L.) L., Sp. Pl. (ed. 2) 1: 410. 1762. Fig. 3 (A,B).

Planta epífita, 47,2-55,8 cm de altura. Roseta infundibuliforme. Folhas com bainhas

7,8–8,9 x 4,2–4,3 cm, castanhas na face adaxial; lâminas 37,3–40,2 x 1,6–1,7 cm,

linear-triangulares, planas, verdes, concolores, cobertas por tricomas acinzentados,

ápice agudo, margens inteiras. Escapo ereto, 27,9–30,2 cm de comprimento, 0,4 cm de

diâmetro. Brácteas do escapo 19,8–29,5 x 0,5–1,3, patentes, castanho-avermelhadas

até o meio, verdes em direção ao ápice. Inflorescência 15,1–25,9 x 3,6–8,2, composta,

bipinada, ramos com flores dísticas Flores 3,8 cm de comprimento, sésseis. Brácteas

florais 1,8-2,1 x 0,8-0,9 cm, agudas, carenadas, verdes com ápice avermelhados.

Sépalas 1,6-1,8– x 0,4–0,5 cm, agudas, carenadas, verdes com acúleos vermelhos,

simétricas. Pétalas 2,6–3,3 x 0,5–0,6 cm, espatuladas, agudas, roxo-escuras na base,

tornando-se lilases em direção ao ápice; apêndices petalíneos ausentes, calosidades

longitudinais ausentes. Estames com filetes lilases, 2–3,9 cm de comprimento,

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concrescidos na metade de seu comprimento às pétalas; anteras 0,2–0,5 cm, pretas.

Ovário 0,1–0,2 cm de comprimento, verde.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

22/X/2010, Dias et al. 09, 10, 11 (CESJ). idem, X/2010, Tagliati et al. 08, 09 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Tillandsia polystachia ocorre nos

Estados Unidos, Ilhas do Caribe e do México ao Brasil e Bolívia (Smith & Downs,

1977). No Brasil é encontrada nos domínios da Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica

nos estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro,

Espírito Santo e Paraná (Forzza et al. 2010). Floresce de julho a dezembro com pico em

outubro, frutifica em abril (Versieux & Wendt, 2006). Na área de estudo possui hábito

epífito.

7. Tillandsia recurvata (L.) L., Sp. Pl. (ed. 2) 1: 410. 1762. Fig. 3 (C).

Planta epífita, 8,9-11,2 cm de altura. Roseta infundibuliforme. Folhas com bainhas

0,7–0,8 x 0,2 cm, verde-escuras, densamente cobertas por tricomas cinzas, lâminas 8,9–

9,5 x 0,1 cm lineares, verde-escuras densamente cobertas por tricomas cinzas, ápice

agudo, margens inteiras. Escapo ereto, verde-avermelhado, densamente cobertas por

tricomas cinzas, 4,8–7,5 cm de comprimento, 0,5 mm de diâmetro. Brácteas do escapo

linear-lanceoladas ou ausentes. Inflorescência 0,6–1,2 x 0,2–0,3, simples, com poucas

flores. Flores 0,9-1,1 cm, sésseis. Brácteas florais semelhantes às brácteas do escapo,

porém menores, igualando ou mais curtas que as sépalas, verde-avermelhadas,

densamente cobertas por tricomas cinzas. Sépalas 4-9 mm de comprimento, verde-

avermelhadas densamente recobertas por tricomas cinzas. Pétalas branco-arroxeadas;

apêndices petalíneos ausentes, calosidades longitudinais ausentes. Estames inseridos

na corola.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

09/I/2011, Dias et al. 16, 17 (CESJ). idem, X/2010, Tagliati et al. 11 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Tillandsia recurvata ocorre desde os

Estados Unidos até a Argentina (Smith & Downs, 1977). No Brasil é encontrada nos

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domínios da Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica nos estados do Ceará, Rio Grande

do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro,

Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná (Forzza et al.

2010). Floresce de setembro a março, frutifica ao longo do ano (Versieux & Wendt,

2006). Na área de estudo possui hábito epífito.

8. Tillandsia stricta Sol. ex Sims, Bot. Mag. 37: t. 1529. 1813. Fig. 3 (D,E).

Planta epífita, 12,9-14,5 cm de altura. Roseta infundibuliforme. Folhas com bainhas

1,2–1,4 x 0,4–0,6 cm, verde-escuras densamente cobertas por tricomas brancos,

lâminas 8,9–11,1 x 0,3–0,4 cm linear- triangulares, verde-escuras densamente cobertas

por tricomas brancos, ápice agudo, margens inteiras. Escapo ereto, 4,8–5,4 cm de

comprimento, 0,1 cm de diâmetro. Brácteas do escapo 4,1–5,2 x 0,4–0,6, rosa-claras

cobertas por tricomas brancos. Inflorescência 3,3–4,6 x 1,5–2,1, simples. Flores 1,5-

1,6 cm, sésseis. Brácteas florais 2,1-2,2 x 0,9-1 cm, rosa-claras, caudadas nas base da

inflorescência e acuminadas em direção ao ápice. Sépalas 0,9-1,1 x 0,3–0,4 cm, verde-

esbranquiçadas, agudas, carenadas, simétricas. Pétalas 1,5–1,8 x 0,2–0,3 cm, roxo-

azuladas, lineares, arredondadas; apêndices petalíneos ausentes calosidades

longitudinais ausentes. Estames com filetes brancos, 0,9–1 cm de comprimento

anteras 0,2–0,3 cm, branco-amareladas. Ovário 0,1–0,2 cm de comprimento, verde.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

22/X/2010, Dias et al. 12, 13, 14 (CESJ). idem, XI/2010, Tagliati et al. 10 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Tillandsia stricta é encontrada na

Venezuela, Trinidad e Tobago, Guianas, Suriname, Paraguai, Uruguai, Argentina e

Brasil (Smith & Downs, 1977). No Brasil é encontrada nos domínios da Caatinga,

Cerrado e Floresta Atlântica nos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia,

Alagoas, Sergipe, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas

Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul (Forzza

et al., 2010). Floresce nos meses de julho a março com picos em setembro e fevereiro,

frutifica no período de abril a maio (Versieux & Wendt, 2006). Na área de estudo possui

hábito epífito.

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9. Tillandsia tricholepis Baker, J. Bot., 16: 237. 1878. Fig. 3 (F).

Planta epífita, 6,5-9,4 cm de altura. Roseta infundibuliforme. Folhas com bainhas

0,2–0,4 x 0,1-0,2 cm, verde-claras densamente cobertas por tricomas brancos, lâminas

1,3–2 x 0,1 cm lineares, verde-claras, densamente cobertas por tricomas brancos,

agudas, margens inteiras. Escapo ereto, verde-claro, densamente coberto por tricomas

brancos, 3,1–4,7 cm de comprimento, 0,1 cm de diâmetro. Brácteas do escapo 4,1-5,2

x 0,4-0,6 cm, verde-claras, densamente cobertas por tricomas brancos. Inflorescência

3,3–4,6 x 1,5–2,1 cm, simples, com poucas flores. Flores 1,1-1,2 cm, sésseis. Brácteas

florais verde-avermelhadas, densamente cobertas por tricomas brancos, 6 mm de

comprimento. Sépalas verde-claras, densamente cobertas por tricomas brancos 6,5 mm

decomprimento, agudas. Pétalas verde-amareladas, lineares agudas, apêndices

petalíneos ausentes calosidades longitudinais ausentes. Estames inseridos na corola.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

09/I/2011, Dias et al. 18, 19 (CESJ).

Distribuição geográfica, fenologia e habitat: Tillandsia tricholepis é encontrada na

Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil (Smith & Downs, 1977). No Brasil é encontrada

nos domínios da Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica nos estados do Ceará, Paraíba,

Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul (Forzza et al.,

2010). Frutifica no período de junho a outubro (Versieux & Wendt, 2006). Na área de

estudo possui hábito epífito.

10. Vriesea sp. Fig. 3 (G).

Planta epífita, 42,4 cm de altura. Roseta infundibuliforme. Folhas com bainhas 7,3 x

5,9 cm, verde-claras, lâminas 28 x 3,2 cm lineares, verdes, margens inteiras. Escapo

ereto, verde, 29,5 cm de comprimento, 0,7 cm de diâmetro. Brácteas do escapo 3,5 x

2,2 cm, verdes com máculas roxas. Inflorescência 12,9 x 9,8 cm, simples, dística.

Brácteas florais verdes com máculas roxas. Flores passadas.

Material examinado: Brasil, Minas Gerais, Juiz de Fora, Mata do Krambeck,

VIII/2011, Dias et al. 22 (CESJ).

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Figura 3. (A) Tillandsia polystachia, (B) detalhe da flor de T. polystachia, (C) T. recurvata, (D) detalhe

da flor de T. stricta, (E) T. stricta, (F) T. tricholepis e (G) Vriesea sp.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo taxonômico da família Bromeliaceae na Mata do Krambeck, demonstra

que a mesma está representada na área de estudo por 10 espécies, sendo necessário uma

maior investigação do táxon Vriesea sp. para definição sobre sua identidade

taxonômica.

Este trabalho trouxe uma importante contribuição para o conhecimento da

diversidade da flora do município de Juiz de Fora. Os resultados oferecem uma amostra

da riqueza de espécies de Bromeliaceae encontradas na região, ampliando o

conhecimento taxonômico da família na Zona da Mata mineira e gerando dados úteis

que auxiliem na conservação de seus fragmentos florestais, os quais apresentam grande

importância biológica devido ao seu potencial de conectividade, sendo importantes na

criação e manutenção de corredores ecológicos.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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