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8/14/2019 LEVANDO O EVANGELHO AOS CATÓLICOS http://slidepdf.com/reader/full/levando-o-evangelho-aos-catolicos 1/32 LEVANDO EVANDO EVANDO EVANDO EVANDO O EVANGELHO VANGELHO VANGELHO VANGELHO VANGELHO AOS AOS AOS AOS AOS CATÓLICOS ATÓLICOS ATÓLICOS ATÓLICOS ATÓLICOS 1 LEVANDO EVANDO EVANDO EVANDO EVANDO O EVANGELHO VANGELHO VANGELHO VANGELHO VANGELHO AOS AOS AOS AOS AOS CATÓLICOS ATÓLICOS ATÓLICOS ATÓLICOS ATÓLICOS Richard Benett Richard Benett Richard Benett Richard Benett Richard Benett Preletor da XX Conferência Fiel para Pastores e Líderes - outubro 2004 NTRODUÇÃO NTRODUÇÃO NTRODUÇÃO NTRODUÇÃO NTRODUÇÃO Durante os meus 14 anos de bus- ca pela verdade do evangelho, como padre, tive grande dificuldade em ouvir os pregadores do evangelho. Programas de rádio evangélicos me falavam constantemente sobre mui- tas coisas que eu tinha de fazer para aceitar Jesus em meu coração. De maneira semelhante, os folhetos evangelísticos me falavam a respeito de quanta dedicação e compromisso eu necessitava, para tomar uma de- cisão por Cristo. Depois de uma bus- ca agonizante, em face de haver sido ensinado no que tinha de fazer para ser salvo, descobri que a primeira verdade a ser biblicamente compre- endida a respeito do evangelho é que ele se refere à pessoa do Senhor Je- sus Cristo, conforme disse Paulo em Romanos 1.3. Enquanto é proclama- do a todos, o evangelho nada fala a respeito de Cristo ser aceito no cora- ção; ele está centralizado no Senhor Jesus Cristo, sua fidelidade, sua morte e ressurreição, e no fato de nós sermos aceitos nEle, por intermédio da sua graça. Descobri também que o evange- lho é um fato histórico. A fé bíblica não se preocupa com técnicas reco- mendáveis, quer sejam místicas, quer sejam éticas, por meio das quais a salvação pode ser obtida — pois isto é uma preocupação peculiar das fal- sas religiões. Pelo contrário, a Bí- blia proclama que Deus, em fatos concretos na História, salvou todo o seu povo da condenação eterna. O evangelho por meio do qual somos salvos (1 Coríntios 15.1-4) é a obra perfeita e consumada do Senhor Je- sus Cristo. OMO OMO OMO OMO OMO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO DEVEMOS DEVEMOS DEVEMOS DEVEMOS DEVEMOS EVANGELIZAR EVANGELIZAR EVANGELIZAR EVANGELIZAR EVANGELIZAR O grande obstáculo do evange- lho é o silêncio. Por nos mantermos calados, esperando que nossa vida cristã testemunhe por si mesma, fa-

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AOSAOSAOSAOSAOS CCCCCATÓLICOSATÓLICOSATÓLICOSATÓLICOSATÓLICOS

Richard Benett Richard Benett Richard Benett Richard Benett Richard Benett 

Preletor da XX Conferência Fiel para Pastores e Líderes - outubro 2004 

I I I I I NTRODUÇÃO NTRODUÇÃO NTRODUÇÃO NTRODUÇÃO NTRODUÇÃO 

Durante os meus 14 anos de bus-ca pela verdade do evangelho, como

padre, tive grande dificuldade emouvir os pregadores do evangelho.Programas de rádio evangélicos mefalavam constantemente sobre mui-tas coisas que eu tinha de fazer paraaceitar Jesus em meu coração. Demaneira semelhante, os folhetosevangelísticos me falavam a respeito

de quanta dedicação e compromissoeu necessitava, para tomar uma de-cisão por Cristo. Depois de uma bus-ca agonizante, em face de haver sidoensinado no que tinha de fazer paraser salvo, descobri que a primeiraverdade a ser biblicamente compre-endida a respeito do evangelho é queele se refere à pessoa do Senhor Je-sus Cristo, conforme disse Paulo emRomanos 1.3. Enquanto é proclama-do a todos, o evangelho nada fala arespeito de Cristo ser aceito no cora-ção; ele está centralizado no Senhor

Jesus Cristo, sua fidelidade, suamorte e ressurreição, e no fato de nóssermos aceitos nEle, por intermédioda sua graça.

Descobri também que o evange-lho é um fato histórico. A fé bíblicanão se preocupa com técnicas reco-mendáveis, quer sejam místicas, quersejam éticas, por meio das quais asalvação pode ser obtida — pois istoé uma preocupação peculiar das fal-sas religiões. Pelo contrário, a Bí-

blia proclama que Deus, em fatosconcretos na História, salvou todo oseu povo da condenação eterna. Oevangelho por meio do qual somossalvos (1 Coríntios 15.1-4) é a obraperfeita e consumada do Senhor Je-sus Cristo.

C C C C C OMO OMO OMO OMO OMO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO DEVEMOS DEVEMOS DEVEMOS DEVEMOS DEVEMOS EVANGELIZAR EVANGELIZAR EVANGELIZAR EVANGELIZAR EVANGELIZAR O grande obstáculo do evange-

lho é o silêncio. Por nos mantermoscalados, esperando que nossa vidacristã testemunhe por si mesma, fa-

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Fé para Hoje2

lhamos em cumprir o mandamentodo Senhor. O mandamento “ide portodo o mundo e pregai o evangelhoa toda criatura” significa sair e anun-ciar a Palavra aos católicos. A maio-

ria das freiras, padres e ex-católicosque eu conheço e que já foram sal-vos do catolicismo testemunham quenenhum crente evangélico jamais seaproximou deles, para lhes falar so-bre a salvação. O mandamento deCristo que nos ordena anunciar asboas-novas é um mandamento e não

 um pedido!Ao evangelizar um católico, o

crente precisa estar absolutamenteconsciente de não apresentar qualquermensagem que envolva um proces- so . O católico tem sido constante-mente ensinado a respeito de comofazer coisas para tornar-se agradávela Deus. As primeiras sextas-feiras,

os primeiros sábados, o escapulárioazul, “o caminho estreito de SantaTereza”, as aparições, etc., estãorepletos de mensagens sobre o quefazer. A vida religiosa do católicoestá cheia do que fazer.

Quando nos aproximamos de umcatólico, temos de falar-lhe sobre o

que Cristo fez e sobre o simples man-damento de crer e descansar. Utili-zar expressões como “aceite a Jesusno coração” e “entregue sua vida aJesus” é muito semelhante ao que oscatólicos romanos ouvem em sua re-ligião; e, às vezes, eles ouvemexatamente essas palavras. Essasmensagens têm de ser deixadas delado completamente, se temos deevangelizá-los. Portanto, é necessá-rio discutir algumas destas maneiraserradas de evangelizar que causamprejuízo ao verdadeiro evangelho.

“Aceite a Jesus em seu coração”é uma das frases mais utilizadas en-tre os evangélicos contemporâneos.Este conceito humanista não é bíbli-co. O conceito bíblico da salvação é

que, por meio da graça, o crente éaceito em Cristo. Todo o ensino deEfésios 1 se resume nas palavras doversículo 6: “Para louvor da glóriade sua graça, que ele nos concedeugratuitamente no Amado”. A frase“aceite a Jesus” segue em direçãocontrária ao ensino das Escrituras.Ela pressupõe que a salvação se en-contra no poder do coração huma-no. Nas Escrituras, a salvação é apre-sentada como algo que está em Cris-to, e somente em Cristo.

É antibíblico pensar que a salva-ção começa pela vinda de Cristo aocoração pecaminoso de um ser hu-mano. A pessoa espiritualmente

morta e ímpia pode ser tornada acei-tável somente quando está “emCristo” — isto é o que testifica todoo ensino dos apóstolos Paulo, João ePedro. É tão-somente nesta situaçãoque Cristo vem ao coração humano,para santificar aquele que já está sal-vo. Ele vem realmente ao nosso

coração quando cremos; assim nosdiz a sua Palavra: “Permanecei emmim, e eu permanecerei em vós.Como não pode o ramo produzir fru-to de si mesmo, se não permanecerna videira, assim, nem vós o podeisdar, se não permanecerdes em mim”(João 15.4). Este é o processo desantificação em nós que não deve serconfundido com a salvação inicialque está em Cristo.

Os versículos que mencionamosem seguida são freqüentemente uti-lizados de maneira errônea para

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evangelizar. Eles foram dirigidos es-pecificamente aos crentes da igrejade Laodicéia — “Ao anjo da igrejaem Laodicéia escreve.... Eis que es-tou à porta e bato; se alguém ouvir a

minha voz e abrir a porta, entrareiem sua casa e cearei com ele, e ele,comigo. Aovencedor, dar-lhe-ei sentar-secomigo no meutrono” (Apoca-lipse 3.14,20-21). Esta utili-zação errônea deApocalipse 3.20— que fala sobresantificação —para ensinar a

 justificação é in-desculpável. A

 justificação difere da santificação. A

santificação é interna e experimen-tal; a justificação é objetiva e legal.A justificação é instantânea e imutá-vel; a santificação é gradual e pro-gressiva. Muitos dos que usam estesversículos erroneamente, conhecemseu verdadeiro significado; todavia,por causa daquilo que chamam de

“sucesso na evangelização” eles per-sistem. Visto que este abuso das Es-crituras é tão sério e prejudicial àspessoas, é importante oferecermosexemplos. Com freqüência, as pes-soas ouvem o seguinte:

“Estou aqui, à porta, e bato! Sealguém ouvir a minha voz e abrir aporta, entrarei em sua casa e ceareicom ele, e ele, comigo (verApocalipse 3.20). Jesus Cristo dese-

  ja ter um relacionamento pessoalcom você. Imagine que Jesus está àporta de seu coração (a porta das

emoções, do intelecto e da vontade).Convide-O a entrar. Ele espera quevocê o receba em seu coração e emsua vida”.

O Senhor Jesus, que é completa-

mente santo, não está à espera deentrar em qualquer coração pecami-noso. Ele orde-na que todos oshomens, em to-dos os lugares,creiam nEle. Éa fé exclusiva-mente em Cristoque salva e nãoa fé em qualquerprocesso sutil-mente apresen-tado em lugar dafé em Cristo. Otexto de santifi-

cação (Apocalipse 3.20) proferido

pelo Senhor àqueles que já fazemparte da Igreja é utilizado de manei-ra completamente errônea. (Não ésurpresa que alguns pastores que oempregam incorretamente tambémendossam a “conversão como umprocesso”, nos termos de um docu-mento chamado Evangélicos e 

Católicos Unidos e outros documen-tos ecumênicos falsos e similares.)Muitos são enganados neste assuntovital, acreditando sinceramente quereceberam a Cristo como seu Salva-dor pessoal, quando, na realidade,creram em um ritual.

Os católicos podem ser engana-dos neste assunto vital, crendosinceramente que receberam a Jesusem seus corações. Eles ainda perma-necem na Igreja Católica, crendo queacrescentaram algo recomendado pelopróprio evangelho aos muitos rituais

Por nos mantermos calados, esperando que 

nossa vida cristã 

testemunhe por si mesma, falhamos em 

cumprir o mandamento do Senhor.

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do seu catolicismo. É bastante sérioapresentar uma mensagem de salva-ção que engana as pessoas.

“Dê a Jesus o controle de suavida, para que você seja salvo” é

outra abordagem antibíblica. Este en-sino é um erro porque o soberanoDeus do universo controla a sua cri-ação. Deus é Aquele que “faz todasas coisas conforme o conselho da suavontade” (Efésios 1.11). Nada que

 um pessoa imagina que pode ofere-cer a Deus em troca da salvação éaceitável diante dEle. “Não porobras de justiça praticadas por nós,mas segundo sua misericórdia, ele nossalvou” (Tito 3.5). Jesus Cristo mes-mo foi o único sacrifício pelospecados, o único sacrifício aceitávela Deus; e este sacrifício pelos peca-dos foi realizado completamente nacruz. O sacrifício pelos pecados está

acabado. Uma pessoa é salva pelagraça, por meio da fé em Jesus, enão por meio de uma promessa de“comportamen-to controlado”.O controle nocomportamentoé um processo

que acompanhaa salvação e nãoa causa inicialda salvação.

“Dê a suavida a Jesus,para que seja sal-vo” — este é um ensino errado porvárias razões. Primeiramente, a vidaeterna é um dom gratuito (Efésios2.8-9, Romanos 5.15-18, 6.23).Uma pessoa não dá nada em troca de

 um dom gratuito. Deus outorga estedom gratuito quando coloca a pes-

soa em Cristo Jesus. Juntamente como dom da salvação, Deus outorga odom da fé, para que a pessoa creiaque isto é o que Ele realmente fez(ver também João 5.24-25). O pe-

cado é aquilo que causa separaçãoentre Deus e o homem (Romanos3.23). Em segundo lugar, frases taiscomo “entregue sua vida a Jesus”pressupõem, erroneamente, que apessoa tem algo digno para oferecera Deus. Pessoas espiritualmente mor-tas não podem oferecer qualquercoisa que as salvará de seus pecados.Visto que o homem está morto empecados, Jesus Cristo deu a sua vidaem favor dos pecados do seu povo(Gálatas 1.4). Não existe qualquerversículo na Bíblia que afirme ou en-sine que uma pessoa perdida eespiritualmente morta “dá” algumacoisa, inclusive sua própria vida, para

que seja salva.Se um católico é ensinado a

“dar” sua vida a Jesus, para que sejasalvo, ele podeimaginar quetem de dar seuculto, seu tem-po, suas obras,

seu dinheiro,etc., para sersalvo. Isto podelevar aquela pes-soa a um evan-gelho de obras,que jamais po-

de salvar. Ser salvo não é uma“transação” pela qual a pessoa dá algoa Jesus, para ser salva. Uma pessoa ésalva exclusivamente pela graça deDeus, por meio da fé em Cristo — epor nada mais (ver Efésios 2.8-9).

O evangelho não é enaltecido e

O Senhor Jesus, que é completamente santo, não 

está à espera de entrar em qualquer coração 

 pecaminoso.

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6. Deus é totalmente santo. Nóssomos completamente pecadores.Então, como podemos nos relacio-nar com Ele?

7. Por que Jesus disse aos ju-

deus: “Se não crerdes que EU SOU,morrereis nos vossos pecados” (João8.24)?

AAAAA SALVAÇÃO SALVAÇÃO SALVAÇÃO SALVAÇÃO SALVAÇÃO ESTÁESTÁESTÁESTÁESTÁ EM EM EM EM EM C C C C C RISTO RISTO RISTO RISTO RISTO 

Nas Escrituras, é evidente que asalvação é apresentada como algoque está em Cristo. Por exemplo, emEfésios 1 e 2, expressões como “emCristo”, “nele”, “em quem” e “noAmado” se repetem 18 vezes. Istotambém acontece em todas as epís-tolas de Paulo. A salvação está emCristo. Citamos o testemunho dopróprio apóstolo Paulo, emFilipenses 3.9: “E ser achado nele,

não tendo justiça própria, que pro-cede de lei, senão a que é mediante afé em Cristo, a justiça que procedede Deus, baseada na fé”. De manei-ra semelhante, nos escritos doapóstolo João a vida eterna se encon-tra em Cristo e em crer nEle —“Também sabemos que o Filho de

Deus é vindo e nos tem dado enten-dimento para reconhecermos overdadeiro; e estamos no verdadei-ro, em seu Filho, Jesus Cristo. Esteé o verdadeiro Deus e a vida eterna”(1 João 5.20).

Na época da Reforma, quandomilhões de católicos vieram ao Se-nhor, isto aconteceu precisamente porcausa de um dos princípios funda-mentais da Reforma: o princípio queafirmava a verdade bíblica de que asalvação está em Cristo. Todos osmandamentos dizem: “Crer”; “Olhar

para”; “Vir a Cristo”; “Crê no Se-nhor Jesus e serás salvo”; ou, naspalavras do próprio Senhor Jesus:“Quem crer e for batizado será sal-vo” (Marcos 16.16); “A obra de

Deus é esta: que creiais naquele quepor ele foi enviado” (João 6.29). Ofato de que a salvação está em Cristoe não no crente é extremamente im-portante, quando evangelizamos umcatólico. O verbo “receberam” emJoão 1.12 é explicado como sendo

 uma referência àqueles que “crêem”nEle; portanto, o receber equivale aoconhecimento de Cristo, pelo qualcremos nEle. “Mas, a todos quantoso receberam, deu-lhes o poder de se-rem feitos filhos de Deus, a saber,aos que crêem no seu nome” (João1.12). Na evangelização, qualquerterminologia que focaliza o coraçãohumano, e não a Cristo, é ineficaz,

porque não se harmoniza com a Pa-lavra de Deus. O princípio bíblicode olhar para Cristo, a fim de seraceito nEle, é crucial.

O ato de vir a Cristo é iniciadopelo Pai, que atrai cada pessoa a Cris-to (João 6.37). A salvação é realizadaexclusivamente pela graça de Deus;

é um dom gratuito de Deus, por meioda fé (Efésios 2.8-9). Vir a Cristosignifica ter a vida eterna agora mes-mo; e esta vida será plenamenteglorificada no céu. Na evan-gelização, falar sobre “ir para o céu”altera a ênfase do assunto, ao deixarde ressaltar aquilo que Deus é e des-tacar as realizações do homem;também erra por não deixar claroque, por meio da fé preciosa, a qualpossuímos como crentes, já temos avida eterna. Em vez de falarem so-bre alcançar o céu, os que já são

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salvos devem proclamar aos perdi-dos: “E a vida eterna é esta: que teconheçam a ti, o único Deus verda-deiro, e a Jesus Cristo, a quemenviaste” (João 17.3). As palavras

da Bíblia têm de ser igualmente pro-clamadas aos católicos, quer seja nosupermercado, quer seja por meio dotelefone. “Estas coisas vos escrevi,a fim de saberdes que tendes a vidaeterna, a vós outros que credes em onome do Filho de Deus” (1 João5.13). Quando todo o crédito é atri-buído a Deus e à sua graça; quando asua Palavra, que é poderosa, é utili-zada, ele salva o pecador. E aqueleque transmitiu a Palavra de Deus éhumilhado, por meio de uma de-monstração do poder e da mise-ricórdia de um Deus santo. Ambasas pessoas são beneficiadas, para aglória de Deus. Tudo isso está afir-

mado em Efésios 1.6: “Para louvorda glória de sua graça”.

AAAAA FIDELIDADE FIDELIDADE FIDELIDADE FIDELIDADE FIDELIDADE DE DE DE DE DE C C C C C RISTO RISTO RISTO RISTO RISTO APRESEN APRESEN APRESEN APRESEN APRESEN - - - - - TADATADATADATADATADA

As Escrituras declaram que a jus-tiça de Cristo se manifestou sem a

Lei; a justiça de Cristo é o propósitodo evangelho. O que as Escriturasapresentam não é qualquer tipo deobra humana; pelo contrário, o queelas revelam é a justiça de Deus emCristo Jesus. O evangelho é a de-monstração, em fatos históricosconcretos, da perfeita satisfação, re-

alizada por Cristo, de todas as exi-gências da Lei — e Deus atribui estasatisfação a todo verdadeiro crenteem Cristo. Diante da natureza santade Deus, o pecado tinha de ser puni-

do e a verdadeira justiça, esta-belecida. Isto foi realizado por meioda completa obediência do SenhorJesus Cristo e do seu sacrifíciopropiciatório. É assim que a fideli-dade de Cristo é proclamada emRomanos 3.22: “Justiça de Deusmediante a fé em Jesus Cristo”.

Quando a Bíblia declara que a justificação é um dom de Deus parao crente, ela também mostra, empoucas palavras, o que a justificaçãosignifica. A justificação está em Cris-to e pertence a Ele. A justificação éa demonstração da fidelidade de Je-sus Cristo, até à morte. Essa perfei-ta retidão é de Deus e procede dEle

— “justiça de Deus mediante a fé emJesus Cristo” (Romanos 3.22). E amaravilhosa notícia é que esta justi-ça absoluta é “para todos [e sobretodos] os que crêem”. Este é o tipode evangelização bíblica que exaltaa gloriosa e sublime pessoa de JesusCristo. Através da sua obra perfeita

e da sua fidelidade, o Senhor Jesusaniquila a idéia de obras de justiça etodo o sistema sacramental que aIgreja de Roma defende. Somente oSenhor é exaltado e mantido glorio-samente nas alturas, e as almas sãosalvas para a glória de sua graça.

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Fé para Hoje8

AAAAADORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃO

SSSSSIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVA

John MacArthur Jr.John MacArthur Jr.John MacArthur Jr.John MacArthur Jr.John MacArthur Jr.

Se você visitar Londres, nãoterá qualquer problema em reconhe-cer a Catedral de São Paulo. Ela é

considerada uma das dez mais belasconstruções do mundo e domina oscéus de Londres. Aquela venerávelconstrução permanece como um mo-numento ao seu criador — o as-trônomo e arquiteto ChristopherWren. A Cadetral de São Pauloé a mais famosa realização de

Christopher Wren, mas existe umainteressante história a respeito de umaconstrução menos famosa que eleprojetou.

Wren recebeu a incumbência deprojetar o interior da Câmara Muni-cipal, em Windsor, ao oeste do cen-tro de Londres. Seu projeto exigiacolunas largas para suportar o tetoelevado. Quando a construção foiterminada, os vereadores vistoriaramo edifício e expressaram preocupa-ção a respeito de um problema: ascolunas. O problema não era que eles

estavam preocupados com a utilida-de das colunas; eles apenas queriam

 um número maior de colunas.

A solução de Wren foi tão mal-dosa quanto a sua inspiração. Ele fezexatamente como lhe haviam pedi-do, instalando quatro novas colunase satisfazendo as exigências de seuscríticos. Aquelas colunas permane-cem na Câmara Municipal, emWindsor, até hoje; e não são difí-

ceis de identificar. Elas são as úni-cas que não suportam qualquer pesoe, na realidade, nem alcançam oteto. Aquelas colunas são imitações.Wren as instalou para satisfazerem

 um único propósito — proporcionarmelhor aparência. Elas são umembelezamento construído paraagradar os olhos. No que diz res-peito a suportar o edifício e a forta-lecer a estrutura, elas se mostram tão

 úteis quanto os quadros penduradosnas paredes.

Embora me entristeça ao dizer

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AAAAADORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃO SSSSSIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVA 9

isto, creio que muitas igrejas têmconstruído as suas próprias colunasdecorativas, especialmente no culto.Vocês já observaram que na adora- ção congregacional —aquilo que os 

crentes fazem quando se reúnem — não é difícil achar crentes que a ado- ração tenha deixado vazios? Algu-ma coisa está faltando — alguma coi-sa importante.

Será que estamos colhendo asconseqüências de abandonarmos omodelo bíblico de adoração e cons-truindo um modelo simplesmentedecorativo? É possível que tenhamosconstruído uma fachada que não ofe-rece qualquer suporte, não sustentaqualquer peso e está muito aquém dealcançar as alturas que Deus proje-tou e desejou que caracterizassem aadoração?

A verdadeira e genuína adoração

não é uma opção para o povo deDeus. Não é uma sugestão; não é umaproposição do tipo “pegar ou largar”.A adoração no Dia do Senhor deve-ria ser a maior alegria de nossa se-mana. É a nossa oportunidade deengajarmos nossa mente nas coisasde Deus; de nos regozijarmos com o

povo de Deus; de nos aquecermos napresença dEle; de bebermos cor-porativamente da sua Palavra; dededicarmos nossos talentos e recur-sos; de encorajarmos e sermos enco-rajados e de Lhe oferecermos os nos-sos louvores.

A ênfase na adoração bíblica enos elementos que constituem umculto rico e transformador tem sidosubstituída, em anos recentes, poraquilo que é superficial. A substân-cia tem sido trocada por aquilo que éa sombra. O conteúdo foi lançado

fora, para dar lugar ao estilo. O sig-nificado foi banido, o método to-mou-lhe o lugar. O culto talvez pa-reça correto, mas traz consigo pou-co valor espiritual.

Essa tendência talvez seja maisevidente em uma área muito íntimaao meu coração — o ensino da Pala-vra de Deus. Os exemplos mais ób-vios são igrejas que menosprezamfrancamente a Bíblia e o ensino doseu verdadeiro significado, ao mes-mo tempo que enfatizam o ritual e atradição.

No entanto, esse é um exemplomuito fácil de citarmos. O que po-demos dizer sobre as igrejas evangé-licas, conservadoras que tomaram

  um caminho um pouco diferente,mas igualmente perigoso?

Os cultos, que antes centraliza-vam-se no ensino da Bíblia, têm sido

substituídos por entretenimento os-tentoso e mini-sermões . A luz das Escrituras tem sido perdida e em seu lugar há luzes de shows e efeitos es- 

 peciais . A presença do pastor no pal- co é mais examinada do que o seusermão. O tempo que antes era re-servado ao ensino do pastor tem sido

reduzido a alguns desprezíveis mi-nutos de humor e bate-papo. Isto pa-rece uma coluna decorativa que nãosuporta muito peso e nunca alcançao teto.

As ordenanças constituem outraárea que foi deixada de lado nos cul-tos. Por ordenanças, eu me refiro aobatismo em água e à Ceia do Senhor— a comunhão. A Bíblia é clara. Obatismo e a comunhão são integraisà vida da igreja e devem ter um pa-pel elevado na adoração.

Mas algumas igrejas abandona-

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Fé para Hoje10

ram completamente o batismo e aCeia do Senhor, relegando-as aoscultos do meio da semana, quandoprovavelmente ofendem menos osincrédulos. Além disso, o signifi-

cado do batismo e da Ceia do Se-nhor raramente é ensinado; e isto oscondena à morte lenta nas mãos daobscuridade e da negligência.

Talvez você fique surpreso coma outra área que perdeu muito do seusignificado na adoração. É um as-sunto sobre o qual não falo comfreqüência, mas tem sido vital à mi-nha igreja e ao seu ministério.

Creio que a música tem perdidoo seu devido lugar na adoração e tor-nou-se uma coluna ornamental.

Em vez de nos conduzir a umaresposta ativa e pessoal à verdade deDeus, a música se tornou um baru-lho de segundo plano cujo objetivo é

manter-nos ocupa-dos, enquanto ospratos de coleta sãopassados. Em vezde elevar nossospensamentos a res-peito de Deus,além do nível que

podemos fazê-losozinhos, a músicase tornou uma ro-tina sem significa-do que raramenteobservamos. Emvez de desprender-nos das pompas da vida diária e deatrair nossos pensamentos para o alto,a música se tornou um intervalo co-locado antes da pregação. Em vez deglorificar a Deus, a música se tor-nou um estimulante para o ego dealguns cantores. Em vez de envol-

ver nossas mentes na verdade a res-peito de quem Deus é e do que Eletem feito, a música é um carrosselemocional onde subimos e descemosquando queremos.

Mas o segredo de tornarmos maissignificativa a música da adoração é uma questão de escolhermos músi-cas antigas e/ou músicas de estilo di-ferente? Não necessariamente.Martinho Lutero disse que a músicaé um servo criado e outorgado porDeus. Lutero estava correto. A mú-sica em si mesma — as notas, os sons,o ritmo — é apenas um instrumentopara ajudar-nos a transmitir a verda-de. Enquanto o estilo não contradiznem obscurece a verdade, e a men-sagem está correta, a música é umaquestão de preferência.

O verdadeiro âmago da músicaé o seu significado — é a verdade

contida em suamelodia. A verda-de é a fonte da qual

 jorra toda a verda-deira adoração. Averdade é aquiloque torna a música

 uma coluna de sus-

tentação e não ape-nas um ornamentona igreja. Quandoa nossa música estáfundamentada naverdade, ela elevanossos pensamen-

tos a Deus; impulsiona nosso cora-ção em direção ao céu, de um modoque nenhuma outra coisa pode fazê-lo. A música nos emociona e, aomesmo tempo, escava profundamen-te o solo empedernido de nosso co-ração. Acima de tudo, a música nos

A ênfase na adoração bíblica e nos elementos que constituem um cul- to rico e transformador tem sido substituída,em anos recentes, por aquilo que 

é superficial.

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AAAAADORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃODORAÇÃO SSSSSIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVAIGNIFICATIVA 11

faz deixar de olhar para nós mesmose atribui a glória a Deus. A músicaeleva nossa consciência da santidadede Deus e intensifica tanto o nossosenso de completa indignidade como

o nosso senso de desventura.Certamente, a música pode edeve produzir emoções. No entanto,as emoções devem surgir em respos-ta à verdade, e não ao custo da ver-dade. Por si mesmas, as emoçõesnunca se qualificam como adoração.

Tenho receio de que, enquantonão reconhecermos o devido lugar damúsica e nos treinarmos para escolhê-la e utilizá-la com cuidado, a músicapermanecerá como nada mais do que

 um simples ornamento, contribuin-do muito pouco para a edificação daigreja. E o que é pior: teremos per-dido o verdadeiro poder que a ado-ração tem a oferecer — o poder quetransforma nossas vidas e nos atrai amaior intimidade com Deus.

DDDDDEUSEUSEUSEUSEUS

OUOUOUOUOU

ASASASASAS

DDDDDIVERSÕESIVERSÕESIVERSÕESIVERSÕESIVERSÕES

?????David Brainerd David Brainerd David Brainerd David Brainerd David Brainerd 

Aqui está a diferença entre as minhas atuais dis-trações e aquelas que segui no passado, em meu estadonatural. Naquele tempo, fiz um deus das minhas diver-

sões, vindo delas a minha maior satisfação, ao mesmotempo em que negligenciava as coisas de Deus. Ago-ra, porém, só lanço mão delas para que me ajudem aviver para Deus. Deleito-me em Deus continuamentee não nas diversões, extraindo do Senhor a minha maisalta satisfação. No passado, aquelas coisas eram o meutudo ; mas agora são apenas meios para que eu chegue

ao meu tudo . Aquelas coisas que tomam meu tempo,quando vistas por esse ângulo, não tendem a impedirminha espiritualidade e sim a promovê-la.

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CCCCCRISTORISTORISTORISTORISTO ÉÉÉÉÉ OOOOO SEUSEUSEUSEUSEU SSSSSENHOR ENHOR ENHOR ENHOR ENHOR ????? 13

Ele primeiramente a convence de pe-cado. Ele mostra a autêntica ehorrenda natureza do pecado . Eleleva a perceber que o pecado é umaespécie de rebelião e desafio contra

a autoridade de Deus; é antepor a pró-pria vontade contra a vontade deDeus. Ele mostra que, ao desviar-me 

 pelo caminho (Is 53.6), ao agradara mim mesmo , estou apenas lutandocontra Deus. E quando meus olhossão abertos, para que eu veja comotenho sido um rebelde durante a vidainteira, como tenho sido indiferentepara com a hon-ra de Deus,como tenho sidodespreocupadoacerca de sua vontade, ficocheio de angús-tia e horror, sen-

do levado a ma-r a v i l h a r - m ecom o fato deque Aquele queé três vezes San-to ainda não melançou há muitotempo no infer-

no. Meu caro leitor, você já passoupor essa experiência? Em caso nega-tivo, há grave motivo para temer-seque você continue espiritualmentemorto !

A conversão, a conversão autên-tica, a conversão salvadora , consisteem voltar-se do pecado para Deus,em Cristo. É lançar por terra as ar-mas da minha luta contra Ele; é acessação do desprezo e da ignorân-cia sobre sua autoridade. A conversãono Novo Testamento é descrita as-sim: “Deixando os ídolos, vos

convertestes a Deus, para servirdes[estardes em sujeição, obedecerdes]o Deus vivo e verdadeiro” (1 Ts 1.9).“Ídolo” é qualquer objeto ao qual da-mos aquilo que é devido exclusi-

vamente a Deus – o lugar supremoem nossas afeições, a influênciatransformadora de nosso coração, opoder dominante em nossa vida. Aconversão é uma volta de 180 graus,quando o coração e a vontade repu- diam o pecado, o “eu” e o mundo.A conversão genuína é sempreevidenciada por aquela atitude

que diz: “Quefarei, Senhor?”(At 22.10). É arendição sem re-servas de nósmesmos à suasanta vontade.Você já se ren-

deu a Ele? (VejaRomanos 6.13.)

E x i s t e mmuitas pessoasque gostariam deser salvas do in-ferno, mas quenão querem ser

salvas de sua vontade própria, quenão querem ser salvas de seus pró-prios caminhos, de uma vida (ou dealguma forma) de mundanismo.Deus, porém, não as salvará de con-formidade com as condições que elasmesmas estabelecem. Para sermossalvos, precisamos submeter-nos àscondições de Deus . Escute agora es-tas condições: “Deixe o perverso oseu caminho, o iníquo, os seus pen-samentos; converta-se ao SENHOR 

[pois se revoltou contra Ele emAdão], que se compadecerá dele, e

Aqueles que não rece- beram a Cristo Jesus como o seu “Senhor” 

e, apesar disso,

supõem que Ele seja o seu “Salvador” estão iludidos, e sua esperan- 

ça se baseia em um alicerce de areia.

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Fé para Hoje14

volte-se para o nosso Deus, porque érico em perdoar” (Is 55.7). E JesusCristo disse: “Assim, pois, todoaquele que dentre vós não renuncia atudo quanto tem [que seja contrário

a Mim] não pode ser meu discípulo”(Lc 14.33). É preciso que os homenssejam convertidos “das trevas para aluz e da potestade de Satanás para Deus ”, antes que possam receber “re-missão de pecados e herança entre osque são santificados” (At 26.18).

“Ora, como recebestes a CristoJesus, o Senhor, assim andai nele”(Cl 2.6). Esta é uma exortaçãodirigida a crentes, como se Paulo ti-vesse dito: “Continuai como come-çastes”. Porém, como haviam eles“começado”? Recebendo a “CristoJesus, o Senhor ”, rendendo-se a Ele,deixando de agradar a si mesmos. Aautoridade de Cristo tornou-se reco-

nhecida, os mandamentos dEle setransformaram na regra de suas vi-das. O amor de Cristo os constrangiaa uma obediência exultante e sem re-servas. “Deram-se a si mesmosprimeiro ao Senhor ” (2 Co 8.5).Caro leitor, você já fez isso? Já mes-mo? Os detalhes de sua vida eviden-

ciam isso? Aqueles com quem vocêmantém contato podem ver, agora,que você não está vivendo para simesmo? (2 Co 5.15)

Ó, meu caro leitor, não seengane: a conversão produzida peloEspírito Santo é algo completamenteradical . É um milagre da graça . É aentronização de Cristo na vida doindivíduo. E tais conversões sãoraras. Multidões de pessoas têm“religião” suficiente apenas para fazê-las sentirem-se infelizes. É claro queestão se esforçando por servir a dois

senhores. Recusam-se a abandonartodo pecado conhecido – e não háverdadeira paz para uma almaenquanto ela faz isso. Tais pessoas

 jamais receberam a “Cristo Jesus, o

Senhor” (Cl 2.6). Tivessem feitoisso, e a “alegria do SENHOR ” seria aforça delas (Ne 8.10). Porém, alinguagem existente no coração e navida dessas pessoas (embora não emseus “lábios”) é: “Não queremos queeste reine sobre  nós” (Lc 19.14).Será este o seu caso?

O grande milagre da graça con-siste na transformação de um rebeldeiníquo em um súdito leal e amoroso.Trata-se de uma “renovação” do co-ração, de tal maneira que seu donoveio a enojar-se daquilo que amava,e as coisas que julgava desagradáveis,agora lhe parecem atraentes (2 Co5.17). Ele se deleita , segundo o “ho-

mem interior”, na “lei de Deus” (Rm7.22). Descobre que os “mandamen-tos” de Cristo “não são penosos” (1Jo 5.3) e, que, “em os guardar, hágrande recompensa” (Sl 19.11). Estaé a sua experiência? Seria, se rece-besse a Cristo Jesus, o SENHOR !

Entretanto, receber a Cristo, o 

Senhor , é algo completamente impos-sível para o poder humano sozinho.Esta é a última coisa que o coraçãonão-renovado deseja deseja deseja deseja deseja  fazer. Devehaver necessariamente uma transfor- mação sobrenatural do coração, antesque apareça até mesmo o desejo deque Cristo ocupe o trono. E essatransformação só pode ser realizadapelo próprio Deus (1 Co 12.3). Porconseguinte, “buscai o SENHOR  en-quanto se pode achar” (Is 55.6),“Buscar-me-eis e me achareis, quan-do me buscardes de todo o vosso

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CCCCCRISTORISTORISTORISTORISTO ÉÉÉÉÉ OOOOO SEUSEUSEUSEUSEU SSSSSENHOR ENHOR ENHOR ENHOR ENHOR ????? 15

coração” (Jr 29.13). Caro leitor, tal-vez você seja alguém que professaser crente há muitos anos, sendo bas-tante sincero em sua profissão de fé.Porém, se Deus tiver condescendido

em usar este artigo para mostrar-lheque você nunca recebeu verdadeira-mente a “Cristo Jesus, o Senhor ”; seagora, em sua própria alma e cons-ciência, você percebe que o EU tem

governado sua vida até este momen-to, não deseja prostrar-se de joelhose confessar a Deus sua vontade pró-pria, sua rebelião  contra Ele epedir-Lhe que opere de tal modo em 

você, que, sem demora, você seja ca-pacitado a render-se completamenteà vontade dEle, tornando-se um sú-dito, um servo, um amoroso escravodEle, em ações e em verdade?

IIIIINSTRUÇÃONSTRUÇÃONSTRUÇÃONSTRUÇÃONSTRUÇÃO R R R R R ELIGIOSAELIGIOSAELIGIOSAELIGIOSAELIGIOSA

NANANANANA FFFFFAMÍLIAAMÍLIAAMÍLIAAMÍLIAAMÍLIA

Richard C. Halverson Richard C. Halverson Richard C. Halverson Richard C. Halverson Richard C. Halverson 

É indiscutível que uma cultura não pode suportar inde-finidamente a desintegração do casamento, da família e dolar. A família é central para a perpetuação e a preservaçãoda humanidade; é básica para a ordem social e o principalambiente para a instrução e o crescimento. O mandamentode Deus a Israel incluía a responsabilidade de instrução

religiosa na família (Deuterônomio 6.4-9). Na família seestabelecem sistemas de valor; aprende-se a respeito daautoridade, disciplina, amor, respeito; toma-se direção navida. Embora o filho possa parecer, anos mais tarde, repu-diar grandemente o que foi aprendido no lar, certamenteele leva grande vantagem sobre aquele que não recebeuorientação bíblica em casa. Na crise, geralmente, o filho

retorna às suas raízes.

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Fé para Hoje16

OOOOOSSSSS PPPPPERIGOSERIGOSERIGOSERIGOSERIGOS DADADADADA SSSSSEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇA CCCCCARNALARNALARNALARNALARNAL

John Bunyan John Bunyan John Bunyan John Bunyan John Bunyan 

Na cidade de Alma do Homem ,vivia um homem cujo nome era Se- gurança Carnal . Este homem, ape-sar de toda a misericórdia concedidapelo Príncipe, colocou Alma do Ho- mem em terrível servidão.

Quando Diabo tomou posse da

cidade de Alma do Homem , ele trou-xe consigo um grande número deseus descendentes. Entre estes seachava o Sr. Presunção . Diabo, per-cebendo que Presunção  era muitoativo e ousado, enviou-o em muitasmissões perigosíssimas. Presunção semostrou bem-sucedido em suas rea-

lizações e agradou o seu senhor, maisdo que muitos que o serviam. Reco-nhecendo que Presunção era conve-niente aos seus propósitos, Diabo otornou o segundo no comando, sobas ordens do grande lorde Vontade- Própria .

Naqueles dias, o lorde Vontade- Própria agradou-se de Presunção ede suas realizações, de modo que lhedeu sua filha, Srta. Não-Teme-Nada ,como esposa. Ora, Não-Teme-Nada e Presunção  tiveram um filho quechamaram Segurança Carnal . Hou-

ve muitos casamentos mistos emAlma do Homem , e, em alguns ca-sos, dificilmente se podia determi-nar quem era natural da cidade equem não o era. Segurança Carnal era parente do lorde Vontade-Pró- 

 pria , por parte de mãe, embora seu

pai fosse descendente do Diabo, pornatureza.

Segurança Carnal nasceu com ostraços de seu pai e sua mãe. Ele erapresunçoso, destemido e bastanteativo. De um modo ou de outro,qualquer idéia nova, filosofia estra-nha ou entretenimento incomum na

cidade era instigado por ele. Nas con-tendas, ele rejeitava os que eram con-siderados fracos e sempre ficava dolado da facção mais forte.

Quando Shadai e Emanuel guer-rearam contra Alma do Homem , Se- gurança Carnal estava na cidade. Elese mostrou bastante ativo entre aspessoas, encorajando-as em sua re-belião e endurecendo-as em sua re-sistência contra as forças do Rei.Quando a cidade de Alma do Homem foi conquistada pelo Príncipe glorio-so, Segurança Carnal viu Diabo ser

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Fé para Hoje18

que o povo de Alma do Homem con-sidere e reconheça a sua ofensa”.

O coração de Emanuel estavaferido, porque eles não o visitavammais em seu palácio real, como o

faziam antes. Na realidade, os mo-radores de Alma do Homem  nemmesmo percebiam que ele não esta-va mais vindo para bater na porta dascasas deles. O Príncipe ainda prepa-rava festas de amor e os convidava aparticipar, mas desprezavam os con-vites dele e não queriam mais se de-leitar na sua companhia. Os habitan-tes de Alma do Homem não procura-vam os conselhos do Príncipe, nemesperavam por tais conselhos. Em vezdisso, se tornaram confiantes em simesmos, concluindo que eram for-tes e invencíveis. Acreditavam queAlma do Homem era segura e estavafora do alcance de qualquer inimi-

go.Emanuel percebeu que, por cau-

sa da astúcia de Segurança Carnal , acidade de Alma do Homem não de-pendia mais dele ou de seu Pai. Emvez disso, confiavam nas bênçãos quehaviam recebido. A princípio, ele seentristeceu por causa da condição pe-

caminosa dos moradores. Por isso,tentou fazê-los compreender que ocaminho que agora seguiam era pe-rigoso. O Príncipe enviou seuNobilíssimo Secretário , para proibi-los de continuar em seu caminho.Mas, nas duas ocasiões em que eleveio, encontrou os moradores jantan-do na casa de Segurança Carnal . OSecretário compreendeu que não es-tavam dispostos a ouvi-lo argumen-tando a respeito da felicidade deles.Depois, ele se retirou entristecido emseu coração. Quando ele narrou ao

Príncipe a indiferença do povo,Emanuel também se sentiu ofendidoe entristeceu-se. Assim, ele fez pla-nos de retornar à corte de seu Pai.

Durante o restante do tempo que

permaneceu em Alma do Homem ,antes de sua partida, o Príncipe de-dicou-se a si mesmo, mais do que ofizera anteriormente. Se procurava acompanhia dos moradores, a conver-sa dele não era mais tão agradávelcomo havia sido. Quando os homensda cidade vinham à casa do Prínci-pe, não o encontravam tão disponí-vel como em tempos passados. An-tes, ao ouvir os passos deles, o Prín-cipe se apressava a encontrá-los nomeio do caminho e os envolvia emseus braços. Agora, porém, eles ba-tiam uma ou duas vezes, e pareciaque o Príncipe não os ouvia.

Emanuel continuou a agir desta

maneira, esperando que as pessoas deAlma do Homem  reconsiderassemsuas atitudes e retornassem para ele.No entanto, elas não perceberam estasua nova maneira de comportar-separa com elas, nem se comoveramcom as lembranças dos antigos favo-res do Príncipe.

Por conseguinte, o Príncipe seretirou deles: primeiramente, em seupalácio; depois, nos portões da cida-de; e, por último, saindo de Alma do Homem . Ele se ausentaria da ci-dade até que os moradores reconhe-cessem sua ofensa e buscassem sin-ceramente a face dele. O Sr. Paz- de-Deus também se retirou de sua po-sição e, até ao presente, não cum-priu mais seus deveres em Alma do Homem .

Por esse tempo, os moradores dacidade estavam tão endurecidos em

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OOOOOSSSSS PPPPPERIGOSERIGOSERIGOSERIGOSERIGOS DADADADADA SSSSSEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇAEGURANÇA CCCCCARNALARNALARNALARNALARNAL 19

seus caminhos e tão doutrinados porSegurança Carnal , que a partida doPríncipe não lhes comoveu o cora-ção. Na verdade, os moradores deAlma do Homem nem se lembraram

do Príncipe, depois que ele partiu, e

sua ausência não teve qualquer im-portância para eles.

____________Extraído de The Holy War ,

escrito por John Bunyan.

O PO PO PO PO PECADOECADOECADOECADOECADO

John Bunyan 

O pecado é um grande empecilho e obstáculo à nossa felici-

dade; é a causa de todas as misérias do homem, tanto no presentequanto no porvir. Removamos o pecado de nossa existência e nadanos afligirá, visto que a morte temporal, espiritual e eterna é osalário do pecado.

O pecado, e não o homem, é o objeto da ira de Deus. Quãoterrível, portanto, deve ser a situação daquele que permanece nopecado, pois quem pode suportar e lutar contra a ira de Deus?

Nenhum pecado contra Deus pode ser considerado pequeno ,visto que todo pecado é cometido contra o grande Deus do céu e daterra. Mas, se o pecador puder encontrar um Deus pequeno , seráfácil encontrar pecados pequenos .

O pecado transforma a graça de Deus em libertinagem. Opecado é o desafio à justiça de Deus; é o rapto da sua misericór-dia; é o escárnio da sua paciência; é o menosprezo do seu poder; éo desdém do seu amor.

Acautele-se de não se entregar à libertinagem de cometer umpecado, pois este o levará a outro, até que, por costume, o pecadose torne natural.

Começar a pecar é o primeiro passo em direção a continuarpecando; e a continuação é a mãe do costume, que, por fim, resul-tará em impudência.

A morte de Cristo nos proporcionou a melhor descoberta acercade nós mesmos. Estávamos em tal condição que nada nos poderiaajudar, exceto a morte de Cristo e a descoberta evidente da terrí-vel natureza de nossos pecados. Se o pecado é algo tão horrível,que traspassou o coração do Filho de Deus, como poderia um mi-serável pecador dar apoio ao pecado?

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Fé para Hoje20

A VA VA VA VA VONTADEONTADEONTADEONTADEONTADE DEDEDEDEDE DDDDDEUSEUSEUSEUSEUS,,,,, AAAAA VVVVVONTADEONTADEONTADEONTADEONTADE DODODODODO

HHHHHOMEMOMEMOMEMOMEMOMEM EEEEE OOOOO LLLLLIVREIVREIVREIVREIVRE-A-A-A-A-ARBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIO

Ernest Reisinger Ernest Reisinger Ernest Reisinger Ernest Reisinger Ernest Reisinger 

Um assunto muito importantemas negligenciado na igreja moder-na é o livre-arbítrio. É vital com-preender em que sentido a vontade élivre e reconhecer a importância desteassunto para a fé cristã.

Será que a salvação depende da

disposição do homem para ser sal-vo, independentemente de uma obraprévia do Espírito Santo? Ninguémé salvo contra sua própria vontade;entretanto, Deus transforma o peca-dor de maneira a torná-lo desejoso.O assunto do livre-arbítrio está nocerne do cristianismo e tem um pro-

fundo efeito em nossa mensagem eem nosso método de evangelização.Ao mesmo tempo que é verdade:“Quem quiser, venha”, a Bíblia en-sina que a salvação depende não dadisposição do homem, e sim da dis-posição, da graça e do poder de Deus.Além do mais, se Deus não tivessepoder sobre a vontade humana, omundo inteiro iria para o inferno.Deus não exclui ninguém de seu con-vite; entretanto, os próprios peca-dores excluem a si mesmos.

Philip P. Bliss escreveu um hino

que traduzido no português se cha-ma “Quem Quiser”.

Quem ouvir as novas, vá proclamar:Salvação de graça, vinde desfrutar! Oh! Que o mundo inteiro ouça a anun- ciar: Quem quiser, venha! 

Quem quiser agora, venha aceitar;Eis a porta aberta, já podeis entrar;É Jesus caminho para ao céu chegar;Quem quiser, venha! 

Que fiel promessa tens, pecador! Queres tu a vida? Vem ao Salvador! 

Ele a todos fala com mui terno amor:Quem quiser, venha! 

Todo o que quiser, venha receber! Possamos todos essa boa-nova ouvir.É o Pai celeste que convida assim:Quem quiser, venha! 

Se você não pode cantar esse hinodo fundo do seu coração, então, nãocompreende o ensino bíblico sobre olivre-arbítrio. O escritor foi muitoprudente e sábio quando escreveu“quem quiser, venha ”. Ele não dis-

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AAAAA VONTADEVONTADEVONTADEVONTADEVONTADE DEDEDEDEDE DDDDDEUSEUSEUSEUSEUS,,,,, AAAAA VVVVVONTADEONTADEONTADEONTADEONTADE DODODODODO HHHHHOMEMOMEMOMEMOMEMOMEM EEEEE OOOOO LLLLLIVREIVREIVREIVREIVRE-A-A-A-A-ARBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIO 21

se “quem quiser, pode vir”.Uma das primeiras perguntas

que encaramos em um estudo sério,quanto à liberdade da vontade, é seexiste poder na vontade para obede-

cer a Deus e para fazer o que éespiritualmente bom. Esta perguntaestá intimamente ligada ao assuntoda condição es-piritual do ho-mem diante deDeus. Precisa-mos começarconsiderando omodo como ohomem foi cria-do e o seu esta-do como um sernão-regenerado.Também é necessário conhecermosa capacidade que o homem possuíaantes da Queda e a capacidade que

ele perdeu por causa da Queda. Adoutrina do livre-arbítrio nos leva aalgumas considerações, não sobre acapacidade do homem, e sim sobre asua fraqueza, miséria e incapacidadepara fazer aquilo que é espiritualmen-te bom.

Nenhum homem é salvo contra

a sua vontade. Nenhum homem éperdoado, enquanto odeia o simplespensar no perdão. Nenhum homemterá alegria no Senhor, se disser: “Eunão quero me regozijar no Senhor”.Não pense, por um só instante, queos anjos haverão de empurrar pesso-as através dos portais do céu. Nósnão somos salvos contra a nossa von-tade; nem a nossa vontade é arran-cada de nós, mas o agir (a operação)do Espírito de Deus se realiza no sen-tido de transformar a vontadehumana e, assim, fazer com que al-

guns homens estejam dispostos no diado poder de Deus (Sl 110.3), efetu-ando neles tanto o seu querer comoo realizar, segundo sua boa vontade(Fp 2.13). “O vento sopra onde quer,

ouves a sua voz, mas não sabes don-de vem, nem para onde vai; assim étodo o que é nascido do Espírito” (Jo

3.8). O Espíri-to vivifica aalma e lhe faztais revelaçõesda verdade, ca-pacitando-a aenxergar as coi-sas por umprisma diferentedo que jamaisenxergou. A

vontade alegremente curva suacerviz, que um dia foi tão dura quan-to o ferro, e se dispõe a vestir o jugo

que um dia desprezou, usando-o comalegria. O homem não é como a má-quina que meramente obedece acomandos; ele não é polido como umpedaço de mármore. Ele não é lixa-do como um pedaço de madeira, massobre a sua mente age o Espírito davida. O homem é tornado uma nova

criatura em Cristo, pela vontade deDeus, e a sua própria vontade é le-vada a ceder, com alegria e doçura.Se você está disposto, pode ter cer-teza de que foi Deus que o tornoudisposto. Se você tem uma faísca deamor por Ele, essa faísca vem do fogodo amor de Deus por você. “Nósamamos porque ele nos amou primei-ro” (1 Jo 4.19).Trazemos a coroa edizemos: “Em que cabeça devemoscolocá-la?” Todo o filho de Deushaverá de dizer: “Coroai-o, Ele édigno, Ele nos fez diferentes”. “Pois

É vital compreender em que sentido a vontade 

é livre e reconhecer a importância deste 

assunto para a fé cristã.

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AAAAA VONTADEVONTADEVONTADEVONTADEVONTADE DEDEDEDEDE DDDDDEUSEUSEUSEUSEUS,,,,, AAAAA VVVVVONTADEONTADEONTADEONTADEONTADE DODODODODO HHHHHOMEMOMEMOMEMOMEMOMEM EEEEE OOOOO LLLLLIVREIVREIVREIVREIVRE-A-A-A-A-ARBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIORBÍTRIO 23

Em sua fertilidade de pensamen-to, seu vigor de linguagem, suapercepção teológica profunda, suaforça de argumento muito bemsustentada e na excepcionalidade

de sua exposição, este tratadopermanece não-superado entre osescritos de Lutero. É o represen-tante mais digno de seu pensa-mento maduro, deixado para nós;é um memorial muito mais refi-nado de sua perícia teológica doque os pequenos folhetos de anosanteriores, que são bem mais co-nhecidos.

Seu caráter se destaca quan-do o comparamos com o livreteque ele se propôs a responder. Adiatribe de Erasmo foi escrita deforma elegante e graciosa, masnão é, de maneira alguma, quan-to ao seu significado, uma pro-

dução digna. Há ampla evidên-cia de que Erasmo não tinha odesejo de escrevê-la e nenhum in-teresse no assunto. Seu livrosugere que esta é a realidade. Eleexibe muita cultura, mas poucodiscernimento. A obra deixa cla-ro aquilo que o autor jamais

estaria preocupado em negar:Erasmo de Rotterdam, um estu-dioso da Bíblia bastante versado,não era teólogo. Ele foi breve,superficial e deliberadamente eva-sivo na questão que abordou.Escreveu acerca do debate sobre“o livre-arbítrio”, conforme elemesmo nos informa, como umcomentador e crítico, não comoalguém que prestava contribuiçãoao assunto. Seu ponto principal éque não se trata de uma questãomuito significativa, de uma for-

ma ou de outra; e sua reclamaçãoprincipal contra Lutero foi sim-plesmente que este demonstrava

 um censo defeituoso de propor-ção, ao colocar tanta ênfase em

 uma opinião que é extrema e im-provável em si mesma e serelaciona a um assunto que tantoé obscuro como insignificante. AEscravidão da Vontade , por ou-tro lado, é um tratado importantesobre o que Lutero viu ser o cernedo evangelho. Não era uma obrade literatura inferior executadacom objetivos financeiros. Luterorecebeu, com satisfação, a opor-tunidade que a aparição daDiatribe  lhe ofereceu para umacompleta discussão escrita, acer-ca daquelas porções de seusensinamentos que para ele real-mente importavam; e, dedi-

cando-se, atirou-se ao assuntocom gosto. “Somente você”, eledisse a Erasmo, “atacou o que re-almente importa, ou seja, aquestão central. Você não se preo-cupou com aquelas questõesirrelevantes — acerca do papado,purgatório, indulgências e coisas

semelhantes — a respeito dasquais até o dia de hoje a minhamorte tem sido procurada...Você, e apenas você, enxergou adobradiça sobre a qual tudo re-volve e acertou no pontonevrálgico. Por isso, agradeço-lhe de todo o coração; pois é maisgratificante para mim lidar comessa questão...” “Livre-arbítrio”não era uma questão acadêmicapara Lutero; o evangelho da gra-ça de Deus, ele defendia, estavapreso nisso e permaneceria de pé

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ou cairia de acordo com o que sedecidisse a esse respeito em AEscravidão da Vontade . Portan-to, Lutero acreditava estar lu-tando em favor da verdade de

Deus, a única esperança para ohomem; e sua determinação e se-riedade, ao perseguir o argu-mento, dá testemunho da força desua convicção de que a fé umavez entregue aos santos e, por con-seqüência, as almas preciosasestão em jogo. “Quanto ao ter-me permitido argumentar umtanto vigorosamente” ele escre-veu, “reconheço minha falha, seé uma falha — mas não; sinto tre-menda alegria de que este tes-temunho veio ao mundo a partirda minha conduta na causa deDeus. Que Deus mesmo confir-me este testemunho no último

dia!” Lutero argumentou que nãofaz parte da conduta de um ver-dadeiro teólogo o despreocu-par-se, ou o parecer despreocu-pado, quando o evangelho estácorrendo o risco de ser mal inter-pretado. Esta é a explicação queWarfield chama de “o vigor sur-

preendente” da linguagem deLutero. O evangelho de Deus es-tava em risco; as fontes da re-ligião de Lutero foram tocadas;o homem foi movido; o vulcãocomeçou a sua erupção; os argu-mentos se derramaram de Luterocomo lava fervendo. Em nenhumlugar, Lutero chega mais próxi-mo, quer em espírito ou emsubstância, de Paulo, em Roma-nos e Gálatas, do que em AEscravidão da Vontade .

Por que Erasmo e Lutero

abordaram a questão “do livre ar-bítrio” com atitudes tão contras-tantes em suas mentes? Não é di-fícil encontrar a resposta. Suasatitudes divergentes brotaram de

duas concepções diferentes decristianismo. Erasmo argumenta-va que as questões de doutrinaeram todas comparativamenteirrelevantes e que estar ou não ohomem livre era o menos impor-tante de todos os assuntos.Lutero, por outro lado, acredita-va que as doutrinas eram es-senciais e construtivas à religiãocristã e que a doutrina de A Es- cravidão da Vontade , em especial,era a pedra angular do evangelhoda fé...

Esse assunto ressurgiu com in-tenso vigor no século XVII, durante

o Grande Despertamento. O assuntodo livre-arbítrio estava na base doerro teológico de Charles Finney eseus métodos evangelísticos e antibí-blicos. A batalha ainda existe entreos Reformados e os Fundamen-talistas, bem como entre seus res-pectivos métodos e mensagem do

evangelho.Todo o estudante sério das Es-crituras deveria compreender quãovital e importante é este assunto, emrelação a outras doutrinas importan-tes da fé cristã, tais como a depra-vação total, a eleição e a chamadaeficaz. Um ponto de vista correto dolivre-arbítrio afeta profundamentenossos métodos de evangelismo._________1 Nascido Escravo (um resumo de AEscravidão da Vontade ), MartinhoLutero, Editora Fiel, 1992.

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O NO NO NO NO NOVOOVOOVOOVOOVO NNNNNASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTO 25

O NO NO NO NO NOVOOVOOVOOVOOVO NNNNNASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTO

Joe Nesom Joe Nesom Joe Nesom Joe Nesom Joe Nesom 

D urante o início do ministériode nosso Senhor, um fariseu, cha-mado Nicodemos, veio ao seuencontro e envolveu-O numa conver-

sa.Após o reconhecimento de Nico-

demos no sentido de que Jesus era um verdadeiro mestre e que viera daparte de Deus, o Senhor Jesus come-çou a falar sobre a necessidade donovo nascimento. Ele disse a Nico-demos: “Em verdade, em verdade te

digo que, se alguém não nascer denovo, não pode ver o reino de Deus”(Jo 3.3).

Existem aqui duas palavras gre-gas que podem transmitir um duplosignificado, quando traduzidas paranosso idioma. Estas duas palavrascomumente são traduzidas “nascer denovo”, mas poderiam ser traduzidas“gerado” e “de cima”. Portanto, aafirmação poderia ser traduzida des-te modo: “A menos que alguém sejagerado [isto é, receba vida] de cima,não pode ver o reino de Deus”.

Temos de possuir vida nova.Esta nova vida tem de vir de cima,ou seja, de Deus. Ele precisa geraresta vida em nós. Sem o novo nasci-

mento, não podemos ver o reino deDeus. O Senhor Jesus gravou namente de Nicodemos a verdade deque, se Deus não agir para salvar-nos, não poderemos ser salvos.

Jesus ensinou a Nicodemos quenada menos do que nos tornarmosnovas criaturas poderá nos salvar.

Não podemos ver a Deus no estadoem que nos encontramos. Tem dehaver uma mudança radical, descri-ta na Bíblia como um novo nasci-mento.

DDDDDEUSEUSEUSEUSEUS AAAAAGEGEGEGEGE SSSSSOZINHOOZINHOOZINHOOZINHOOZINHO

Visto que somos pecadores di-ante de Deus, todos nós estamosmortos em ofensas e pecados. Nadamenos do que a intervenção de Deuspode trazer-nos à vida espiritual.Visitar pecadores indignos e aplicar

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a Palavra da vida ao coração deles é uma obra especial do Espírito Santo.

Nicodemos pensou que um mi-lagre estranho tinha de acontecer. Dealguma maneira, um homem preci-

sava retornar ao ventre materno enascer pela segunda vez! Nosso Se-nhor reconheceu que temos de sernascidos de uma mulher (descreven-do isso como ser nascido da “car-ne”); todavia, Ele insistiu que temosde ser nascidos do Espírito de Deus.

O que podemos fazer para con-seguir esse novo nascimento da partede Deus? A resposta é: “Nada”.Muitos livros já foram escritos porpessoas bem intencionadas que rei-vindicam instruir outras sobre comonascer de novo.

No entanto, se somos fiéis à Pa-lavra de Deus, temos de reconhecerque não podemos ensinar a alguém

como nascer de novo. Isso era o queos apóstolos de Cristo não faziam,quando evangelizavam. Eles nuncachegavam em uma cidade e anuncia-vam que o tema do sermão daqueledia seria “Como Nascer de Novo”.Pelo contrário, eles exortavam aspessoas a se converterem de seus pe-

cados e crerem em Cristo.

TTTTTORNANDOORNANDOORNANDOORNANDOORNANDO DDDDDISPOSTOISPOSTOISPOSTOISPOSTOISPOSTO

Certamente, podemos ensinar àspessoas como vir a Cristo, para se-rem salvas. Elas têm de se arrependerde seus pecados e pôr sua confiançaem Cristo, para salvá-las. Mas o ar-rependimento e a fé resultam do novonascimento.

Em outras palavras, quando umapessoa é nascida de novo, ela é capa-citada, por meio da nova vida que

lhe foi transmitida, a arrepender-see crer em Cristo. Arrepender e creré o que nós fazemos. O novo nasci-mento, porém, é algo que somenteDeus pode fazer; e Ele precisa

realizá-lo em primeiro lugar. A Con- fissão de Fé de Westminster , dospresbiterianos, e a Confissão de Fé de 1689 , dos batistas, descrevem onovo nascimento como uma obra doEspírito Santo, “iluminando-lhes amente de maneira espiritual esalvadora, para que compreendam ascoisas de Deus, tirando-lhes o cora-ção de pedra e dando-lhes um coraçãode carne; renovando-lhes a vontadee, pela sua onipotência, predispon-do-os para o bem e trazendo-osirresistivelmente a Jesus Cristo. Noentanto, eles vêm a Cristo espontâ-nea e livremente, porque a graça deDeus lhes dispõe o coração para isso”.

O NO NO NO NO NOVOOVOOVOOVOOVO NNNNNASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTO VVVVVEMEMEMEMEM EEEEEMMMMMPPPPPRIMEIRORIMEIRORIMEIRORIMEIRORIMEIRO LLLLLUGAR UGAR UGAR UGAR UGAR 

O que vem em primeiro lugar, oarrependimento ou o novo nascimen-to? Em primeiro lugar, acontece aregeneração, ou seja, o novo nasci-

mento, por intermédio do EspíritoSanto. Depois vêm o arrependimen-to e a fé em Cristo como resultadosda obra de Deus.

A Confissão de Fé da Conven-ção Batista do Sul (The Baptist Faith and Message ) afirma-o nestas pala-vras: “A regeneração, ou seja, onovo nascimento, é uma obra da gra-ça de Deus mediante a qual os crentesse tornam novas criaturas em CristoJesus. É uma mudança do coração,realizada pelo Espírito Santo atravésda convicção de pecado, à qual o

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O NO NO NO NO NOVOOVOOVOOVOOVO NNNNNASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTOASCIMENTO 27

pecador reage em arrependimentopara com Deus e fé no Senhor JesusCristo. O arrependimento e a fé sãoexperiências inseparáveis realizadaspela graça divina”.

Se você já nasceu de novo, vocêse arrependerá e crerá em Jesus.Deus nos outorgou a capacidade denos arrependermos, quando não o feza outras pessoas. Ele nos deu a fé emCristo, quando outros não crêem. OSenhor Jesus disse a alguns de seusinimigos que eles não criam nEle,porque o Pai não os havia capacita-do a fazer isso (Jo 6.60-65).

CCCCCONTROLAR ONTROLAR ONTROLAR ONTROLAR ONTROLAR  OOOOO VVVVVENTOENTOENTOENTOENTO?????Alguém poderia argumentar:

“Eu pensava que Deus nos concedea vida porque nos arrependemos. Oarrependimento não é a condição

para alguém ser nascido de novo?”Não, de conformidade com o ensi-no do Senhor Jesus. Ele disse aNicodemos: “O vento sopra ondequer, ouves a sua voz, mas não sa-bes donde vem, nem para onde vai;assim é todo o que é nascido do Es-pírito” (Jo 3.8).

Você e eu podemos controlar ovento? Nós nos levantamos a cadadia e decidimos quão velozmente ovento soprará ou de que direção elevirá? Podemos impedir um tornadode causar destruição, enquanto elepassa por um povoado indefeso? Éclaro que não. O vento sopra ondelhe agrada.

Também não podemos controlarou dirigir o Espírito Santo em suaobra de transmitir vida nova aos pe-cadores. Ele nos regenera, nosressuscita para uma nova vida e nos

faz “nascer de novo”. O vento doEspírito tem de soprar.

Essa é a razão por que oramos afim de que o Espírito de Deus venhasobre nossos amigos e parentes que

não conhecem a Jesus. Pedimos queDeus os salve. Sabemos que, se elestêm de vir a Cristo, deverão ser atraí-dos a Ele pela obra de Deus.

O Senhor Jesus disse: “Em ver-dade, em verdade vos digo: quemouve a minha palavra e crê naqueleque me enviou tem a vida eterna, nãoentra em juízo, mas passou da mortepara a vida. Em verdade, em verdadevos digo que vem a hora e já chegou,em que os mortos ouvirão a voz doFilho de Deus; e os que a ouviremviverão” (Jo 5.24-25).

A OA OA OA OA OBRABRABRABRABRA DODODODODO EEEEESPÍRITOSPÍRITOSPÍRITOSPÍRITOSPÍRITO SSSSSANTOANTOANTOANTOANTO

Por natureza, estamos mortos emnossos pecados. Não podemos salvara nós mesmos. Deus tem de agir pararesgatar-nos. Ele fez isso, ao enviarseu Filho para morrer em lugar dospecadores na cruz. No entanto, aobra expiatória de Cristo precisa seraplicada a cada um de nós: esta é a

obra do Espírito Santo.O Pai, desde a eternidade, nosescolheu. O Filho morreu em favorde seu povo, no tempo e na Histó-ria. O Espírito Santo nos traz obenefício da morte de Cristo, bemcomo nos traz em Si mesmo à res-surreição e à vida de Cristo.

Servindo-se do mesmo podercom que ressuscitou a Jesus dentreos mortos, o Espírito Santo nos toca,quando ainda estamos espiritualmen-te desamparados, mortos diante deDeus. Repentinamente, ressurgimos

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SSSSSALVOSALVOSALVOSALVOSALVOS PELAPELAPELAPELAPELA MMMMMISERICÓRDIAISERICÓRDIAISERICÓRDIAISERICÓRDIAISERICÓRDIA,,,,, NÃONÃONÃONÃONÃO POR POR POR POR POR OOOOOBRASBRASBRASBRASBRAS 31

A ÚA ÚA ÚA ÚA ÚLTIMALTIMALTIMALTIMALTIMA CCCCCARTAARTAARTAARTAARTA DEDEDEDEDE UMUMUMUMUM SSSSSOLDADOOLDADOOLDADOOLDADOOLDADO

Um soldado mortalmente ferido na Batalha de Bunker’s Hill (1775),durante a Guerra da Independência Americana, escreveu à sua esposana Inglaterra, pouco antes de morrer, a seguinte carta:

Meu querido amor,

Antes que recebas estas linhas, a morte cruel já me terá varrido do palcoda vida. Nunca mais repousarás nestes braços; nem estes olhos, que agoramergulham nas sombras da morte, poderão vislumbrar tua gentil figura ouencher-se de encantamento, ao contemplar-te em companhia de nossos que-ridos filhos.

Ontem, entramos em obstinado e sangrento combate, onde muitos dosnossos foram feridos ou mortos. Recebi dois balaços, um na virilha e outro

no peito. Estou tão fraco com a perda de sangue, que mal posso escrever-teestas poucas linhas, último tributo de meu amor imutável por ti. O cirur-gião informou-me que três horas são o máximo que poderei sobreviver.

Quando viajava da Inglaterra para a América dispus-me a ler a Bíblia,por ser esse o único livro que possuía. Pela doce atração de sua graça, oOnipotente Pai de toda a humanidade se deleitou em atrair meu coração aEle mesmo, iluminando, para isso, a minha mente.

Em nosso regimento, havia um cabo que professava a verdadeira fé

cristã. Eu não tinha conhecimento de sua existência, até certa noite em que,através de oração fervorosa, pedi a Deus que me guiasse pelos caminhos dapaz. Enquanto dormia, sonhei com esse homem e me dirigi a ele, chaman-do-o pelo nome, que era Samuel Pierce. O sonho impressionou-me tanto,que na manhã seguinte procurei informar-me se no regimento havia alguémcom esse nome; e, atônito, fui encontrá-lo. Contei-lhe meu sonho, que oagradou muito. Nasceu entre nós uma forte amizade, e logo ele se deleitavaem contar-me do grande amor de Deus pelos homens, em ter dado seu filhoJesus Cristo para derramar o seu sangue e morrer pela humanidade. Eledesvendou, diante de mim, os mistérios da salvação, a natureza do novonascimento, a grande necessidade de santidade de coração e vida; e, resu-mindo, tornou-se meu pai espiritual. A ele, pela graça de Deus, devo todoo bem que conheço. Meu querido amor, desejo que conheças este abençoa-do modo de vida.

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Fé para Hoje32

Logo que aportamos, aprouve a Deus falar de paz ao meu coração. Oh!Que encantamento, que alegria perene senti, através do sangue do Cordei-ro! Agora, anseio contar ao mundo inteiro o que Jesus fez por mim. Ecomo desejo, com grande ardor, meu bem, ser capaz de levar-te a sentir econhecer o amor de Deus em Cristo Jesus! Daria o mundo para estar conti-

go e informar-te sobre a pérola de grande preço.Meu querido amor, como não nos veremos mais neste vale de lágrimas,deixa-me expor-te este último desejo: se algum dia fui querido por ti, supli-co-te que não negligencies este último conselho de teu marido, que estámorrendo, isto é: rende-te a Deus. Lê a Bíblia e bons livros, freqüenta oscultos de um povo chamado evangélico; e que Deus te guie em seus cami-nhos.

Esforça-te por criar nossos filhos no temor do Senhor. Não prendas oteu coração às coisas vãs e materiais deste mundo. O céu e o amor de Deussão as únicas coisas que demandam nosso coração e merecem possuí-lo.

És ainda jovem e não posso desejar que, estando eu frio debaixo daterra, não te cases novamente. Mas deixa-me dar-te um conselho: não tecases com alguém, por mais simpático ou rico que seja, que não ame e temaa Deus; esta é a única coisa necessária.

Fui um marido mau para ti, um filho desobediente para meus pais, umrebelde para Deus. Que Deus tenha misericórdia de mim, pecador! Morroem paz com todo o mundo. Morro na plena segurança da glória eterna.

Mais uns momentos, minha alma se juntará às fileiras dos espíritosdesencarnados, na grande assembléia da Igreja do Unigênito, que estáestabelecida no céu. Meu único amor, eu te peço, eu te peço, eu te imploro,eu te suplico que venhas ter comigo no reino da glória! Ó! corre para osbraços, uma vez ensangüentados, de Jesus. Clama por Ele, dia e noite, eEle te ouvirá e te abençoará!

A vida de um soldado é sangue e crueldade; a de um marinheiro, perigoe morte. A vida de uma cidade é cheia de confusão e lutas; a vida de um

país é carregada de labor e fadiga, porém, o maior de todos os males pro-vém de nossa própria natureza pecadora. O mundo, por si mesmo, até agora,nunca tornou ninguém feliz. Somente Deus é a ventura de uma alma justa.Ele está presente em toda a parte, e a Ele temos livre acesso em todos oslugares. Aprendei, pois, queridos filhos, quando crescerdes, a procurar afelicidade permanente em Deus, através do Redentor Crucificado.

Meu querido amor, mais eu diria, porém a vida se me esvai. Meussentimentos cessam de executar suas funções. Anjos de luz rodeiam a relvaensangüentada em que estou deitado, prontos a escoltar-me para os braçosde meu Jesus. Santos curvados mostram-me minha brilhante coroa e ace-nam-me de longe. Sim, penso que meu Jesus me convida a ir. Adeus, adeus,

id