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liahona_2008-07
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A I G R E J A D E J E S U S C R I S T O D O S S A N T O S D O S L T I M O S D I A S J U L H O D E 2 0 0 8
De Nossas Mospara as Suas, p. 38Conhea o Presidente Eyring e oPresidente Uchtdorf, pp. 6, 14
Uma Caminhada de 40 Quilmetros at a Igreja, p. 22
Deus Capaz de Guiar as Naes Ele Pode Guiar Voc, p. 30
Um Missionrio de Nove Anos, p. A12
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A LiahonaA Liahona
A LIAHONA, JULHO DE 2008
IDIAS PARA A NOITE FAMILIAR
Estas idias podem ser usadasem sala de aula ou paraensinar em casa.
Receita para um Lar
Feliz, p. 26: Conte ahistria da famlia Ronndahl,que procura os ingredi-entes para fazer seular feliz. Sugere-se uma refeioespecial para a famlia antes danoite familiar. Ao prepararem essarefeio, conversem sobre comocada ingrediente contribui paraque a comida fique gostosa, e com-pare a como cada membro da
famlia necessrio para que o larseja feliz.
A Mo Orientadora de
Deus, p. 30: Comee con-tando algumas das expe-rincias que o lder Paul teve
com a orao. Leia emvoz alta as promessas
que ele fez na seo Guiar aVida das Pessoas. Leia Alma
34:1826 e converse sobre o queAmuleque ensinou aos Zoramitassobre a orao. Pea aos membrosda famlia que contem experinciasnas quais a orao os ajudou.
14 Um Homem de Famlia, um Homem de F, umHomem Preordenado
38A Criao dasRevistas da Igreja
6 Chamado por Deus
P A R A O S A D U L T O S2 Mensagem da Primeira Presidncia:
Dar Ouvidos Voz dos Profetas Presidente Dieter F. Uchtdorf
6 Presidente Henry B. Eyring: Chamado por Deuslder Robert D. Hales
14 Presidente Dieter F. Uchtdorf: Um Homem deFamlia, um Homem de F, um HomemPreordenado lder Russell M. Nelson
22 F a Cada Passo e o Cntico no CoraoDeirdre M. Paulsen
25 Mensagem das Professoras Visitantes: Todos osSeres Humanos Foram Criados Imagem de Deus
38 A Criao das Revistas da Igreja44 Vozes da Igreja
Samaritano com Chave de Fenda Heidi Bartle Sombra de Suas Asas Paul B. HatchA Moedinha do Muchacho Natalie RossJesus Visitou Mesmo as Amricas? Carlos Ren Romero
48 Comentrios
Julho de 2008 Vol. 61 N. 7A LIAHONA 02287 059Publicao oficial em portugus de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos ltimos DiasA Primeira Presidncia: Thomas S. Monson, Henry B. Eyring,Dieter F. UchtdorfQurum dos Doze Apstolos: Boyd K. Packer, L. Tom Perry, Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, Joseph B. Wirthlin, Richard G. Scott, Robert D. Hales, Jeffrey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook, D. Todd ChristoffersonEditor: Jay E. JensenConsultores: Gary J. Coleman, Yoshihiko Kikuchi, Gerald N. Lund, W. Douglas ShumwayDiretor Gerente: David L. FrischknechtDiretor Editorial: Victor D. CaveEditor Snior: Larry Hiller Diretor Grfico: Allan R. LoyborgGerente Editorial: R. Val JohnsonGerente Editorial Assistente: Jenifer L. GreenwoodEditores Associados: Ryan Carr, Adam C. OlsonEditor(a) Adjunto: Susan BarrettEquipe Editorial: Christy Banz, Linda Stahle Cooper, David A. Edwards, LaRene Porter Gaunt, Carrie Kasten, JenniferMaddy, Melissa Merrill, Michael R. Morris, Sally J. Odekirk, JudithM. Paller, Joshua J. Perkey, Jan U. Pinborough, Richard M.Romney, Don L. Searle, Janet Thomas, Paul VanDenBerghe,Julie WardellSecretrio(a) Snior: Laurel TeuscherGerente Grfico da Revista: M. M. KawasakiDiretor de Arte: Scott Van KampenGerente de Produo: Jane Ann PetersEquipe de Diagramao e Produo: Cali R. Arroyo, ColletteNebeker Aune, Howard G. Brown, Julie Burdett, Thomas S.Child, Kim Fenstermaker, Reginald J. Christensen, KathleenHoward, Eric P. Johnsen, Denise Kirby, Scott M. Mooy, Ginny J. NilsonPr-impresso: Jeff L. MartinDiretor de Impresso: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuio: Randy J. BensonA Liahona:Diretor Responsvel: Andr B. SilveiraProduo Grfica: Eleonora BahiaEditor: Luiz Alberto A. Silva (Reg. 17.605)Traduo: Edson LopesAssinaturas: Marco A. Vizaco 2008 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados.Impresso no Brasil.O texto e o material visual encontrados na revista A Liahonapodem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar,no para uso comercial. O material visual no poder sercopiado se houver qualquer restrio indicada nos crditosconstantes da obra. As dvidas sobre direitos autoraisdevem ser encaminhadas para Intellectual Property Office,50 East North Temple Street, Salt Lake City, UT 84150, USA;e-mail: [email protected] Liahona pode ser encontrada na Internet, em vrios idio-mas, no site www.lds.org. Para v-la em ingls, clique emGospel Library. Para v-la em outro idioma, clique emLanguages.REGISTRO: Est assentado no cadastro da DIVISO DECENSURA DE DIVERSES PBLICAS, do D.P.F., sob n1151-P209/73, de acordo com as normas em vigor.A Liahona, 1977 de A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos ltimos Dias, acha-se registrada sob o nmero93 do Livro B, n 1, de Matrculas e Oficinas Impressorasde Jornais e Peridicos, conforme o Decreto n 4857, de9-11-1930. Impressa no Brasil por Prol Editora Grfica Avenida Papaiz, 581 Jardim das Naes Diadema CEP 09931-610 SP.ASSINATURAS: A assinatura dever ser feita pelo telefone 0800-130331 (ligao gratuita); pelo e-mail [email protected]; pelo fax 0800-161441 (ligao gratuita); ou correspondncia para a Caixa Postal26023, CEP 05599-970 So Paulo SP.Preo da assinatura anual para o Brasil: R$ 22,00. Preo doexemplar avulso em nossas lojas: R$ 2,00. Para Portugal Centro de Distribuio Portugal, Rua Ferreira de Castro, 10 Miratejo, 2855-238 Corroios. Assinatura Anual: 16 Euros;para o exterior: exemplar avulso: US$ 3.00; assinatura: US$ 30.00. As mudanas de endereo devem ser comuni-cadas indicando-se o endereo antigo e o novo.Notcias do Brasil: envie para [email protected] manuscritos e perguntas para: Liahona, Room2420, 50 East North Temple Street, Salt Lake City, UT 84150-3220, USA; ou mande e-mail para: [email protected] Liahona, termo do Livro de Mrmon que significa bssola ou orientador, publicada em albans, alemo, armnio, bislama, blgaro, cambojano, cebuano,chins, coreano, croata, dinamarqus, esloveno, espanhol,estoniano, fijiano, finlands, francs, grego, haitiano, hindi,hngaro, holands, indonsio, ingls, islands, italiano,japons, leto, lituano, malgaxe, marshalls, mongol,noruegus, polons, portugus, quiribati, romeno, russo,samoano, sinhala, sueco, tagalo, tailands, taitiano, tmil,tcheco, tlugo, tongans, ucraniano, urdu e vietnamita. (A periodicidade varia de um idioma para outro.)
TPICOS NESTA EDIO
A=O Amigo
Batismo, 34
Bnos, 30
Converso, A12
Corpo, 25
Criao, 25
Criatividade, 38
Dedicao, 22
Esprito Santo, 44, 45, 47
Exemplo, 34
Famlia, 2, 26
F, 30, 34
Inspirao, 38, 44, 45
Jejum, A15
Jesus Cristo, 47
Natureza divina, 25, A10
Noite familiar, 1, 26
O Livro de Mrmon, 47
Obra missionria, 22, 34,
46, A2, A4, A10, A12,
A16
Oferta de jejum, 46
Orao, 30, 45, 47, A10
Pioneiros, A8
Primria. A12
Profetas, 2
Sacerdcio, A10
Servio, 34, 44
Smith, Joseph, A6
Templo, A6
Testemunho, 34, 47
A LIAHONA JULHO DE 2008 1
Agora o Momento, p. 34: Falem das trs maneiras que Sasha utilizou para ler o Livro de Mrmon. Em que a terceiramaneira era diferente das outrasduas? Leiam Morni 10:45, e dis-cutam a promessa de Morni.
Quer Ir Primria Comigo?
p. A12: Converse com os seus filhos sobre o que eles gostam naPrimria. Resuma a histria desseartigo junto com sua famlia. Serque existe algum que seus filhosgostariam de convidar para ir Primria? Faam a meta de convidar
algum para ir reunio dominicalda Primria ou a uma de suas atividades.
Jejum da Famlia, p. A15:Leia o artigo e considere a possibi-lidade de criar uma jarra da corte-sia com sua famlia. Conversemsobre como o sacrifcio e o jejumde Leonardo e de Mariana foramuma bno para eles e paraoutras pessoas. Outra idia seriajejuar em famlia por algum queprecisa de uma bno especial e,depois, fazer algo para ajudar apessoa.
Enquanto voc procura pelo anel indonsio do CTR que est escondido nesta edio, pense no que poderia fazer para escolher o que certo e
partilhar o evangelho.
P A R A O S J O V E N S26 Receita para um Lar Feliz Paul VanDenBerghe30 A Mo Orientadora de Deus lder Wolfgang H. Paul34 Agora o Momento Janessa Cloward
A Mo Orientadora de Deus
30
O A M I G O : P A R A A S C R I A N A SA2 Vinde ao Profeta Escutar: A Ddiva do Evangelho
Presidente Henry B. EyringA5 Tempo de Compartilhar: Um Missionrio J Eu
Posso Ser Linda ChristensenA6 Da Vida do Profeta Joseph Smith:
Joseph Muda-se para OhioA8 Crie o Seu Prprio Carrinho de Mo
A10 De um Amigo para Outro: Filhos e Filhas de Deuslder Paul K. Sybrowsky
A12 Quer Ir Primria Comigo? Rene HardingA15 Procurar Ser Como Jesus: Jejum da Famlia
Regina Moreira MonteiroA16 Pgina para Colorir
A12 Quer Ir PrimriaComigo?
NA CAPAIlustraes fotogrficas: John Luke.
CAPA DE O AMIGOTravessia do Sweetwater: DavidKoch, reproduo proibida.
Os nmeros representam a primeira pgina de cada artigo.
26 Receita para um LarFeliz
A8 Crie o Seu PrprioCarrinho de Mo
A LIAHONA JULHO DE 2008 3
Dar Ouvidos Voz dos ProfetasP R E S I D E N T E D I E T E R F. U C H T D O R FSegundo Conselheiro na Primeira Presidncia
M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D N C I A
Devido aogrande amorque nos tem, oPai deu-nos profetaspara liderar-nos emnossa poca em umasucesso ininter-rupta desde aRestaurao destaobra grandiosa noincio do sculo XIXpor meio do ProfetaJoseph Smith.
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Restaurao desta obra grandiosa, realizadapor intermdio do Profeta Joseph Smith no incio do sculo XIX. Sempre recordare-mos com carinho e gratido os pioneiros daRestaurao: seus sacrifcios, pesares e lgri-mas, mas tambm sua coragem, f e con-fiana no Senhor ao seguirem o profetaDele em sua poca.
No tenho antepassados entre os pionei-ros do sculo XIX. Contudo, desde que metornei membro da Igreja, senti-me muitoprximo desses santos que atravessaram asplancies norte-americanas. So meus ante-passados espirituais, como o so para todosos membros da Igreja, seja qual for suanacionalidade, lngua ou cultura. Eles nos estabeleceram um refgio no Oeste, masfirmaram tambm os alicerces para a edifi-cao do reino de Deus em todo o mundo.
Somos Todos Pioneiros
medida que a mensagem do evangelhorestaurado aceita mundo afora, somostodos pioneiros em nossa prpria esfera e circunstncia. Eu vivia na Alemanha nos tem-pos conturbados que se seguiram II GuerraMundial quando minha famlia conheceu AIgreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimosDias. George Albert Smith (18701951) era opresidente na poca. Eu era criana, e minhafamlia perdera todos os bens materiais duas
Que alegria e privilgio fazermosparte desta Igreja mundial e sermosensinados e edificados por profetas,videntes e reveladores! Ns, membros daIgreja, falamos muitos idiomas diferentes esomos procedentes das mais diversas cultu-ras, mas desfrutamos as mesmas bnos doevangelho.
A Igreja verdadeiramente universal,com membros espalhados pelas naes aproclamar a mensagem universal do evange-lho de Jesus Cristo a todos, sem distino delngua, raa ou origem tnica. Somos todosfilhos espirituais de um Deus vivo e amo-roso, nosso Pai Celestial, que deseja quetenhamos sucesso em nossa jornada devolta presena Dele.
Em Sua bondade, concedeu-nos profetaspara nos ensinar Suas verdades eternas eguiar-nos para que soubssemos comoseguir Seu evangelho. Este ano, despedimo-nos de um profeta amado, o PresidenteGordon B. Hinckley (19102008), que nosliderou durante muitos anos at que oSenhor o chamou para junto de Si. Agoraprosseguimos sob a direo do novo pro-feta que o Senhor chamou para nos condu-zir, o Presidente Thomas S. Monson. Devidoa Seu grande amor por ns, o Pai nos man-dou profetas em nossa poca para nos diri-gir numa sucesso ininterrupta desde a
vezes no espao de apenas sete anos. ramosrefugiados e tnhamos um futuro incerto. Noentanto, durante esses mesmos sete anos,ganhamos algo cujo valor transcende o dequalquer tesouro terreno. Encontramos ummaravilhoso refgio, um antdoto contra odesespero: o evangelho restaurado de JesusCristo e Sua Igreja, dirigida por um profetaverdadeiro e vivo.
As boas novas de que Jesus Cristo reali-zara a Expiao perfeita por toda a humani-dade, redimindo todos da morte fsica e recompensandocada um segundo suas obras, foram o blsamo benignoque devolveu esperana e paz a minha vida.
Sejam quais forem os desafios da nossa vida, nossos far-dos podem ser aliviados se crermos em Cristo e em Suacapacidade e poder de nos purificar e consolar. Nossa vida curada ao aceitarmos Sua paz.
O Presidente David O. McKay (18731970) era o pro-feta durante a minha adolescncia. Tinha a impresso deconhec-lo pessoalmente. Sentia seu amor, sua bondade edignidade; ele me inspirou confiana e coragem na minhamocidade. Embora morasse na Europa, a milhares de qui-lmetros de distncia, eu sentia que ele confiava em mime no queria decepcion-lo.
Outra fonte de revigoramento era a epstola redigidapelo Apstolo Paulo na priso e destinada a Timteo, seuassistente e amigo mais leal. Ele escreveu:
Porque Deus no nos deu o esprito de temor, mas defortaleza, e de amor, e de moderao.
Portanto, no te envergonhes do testemunho de nossoSenhor (II Timteo 1:78).
Essas palavras de um dos antigos apstolos do nossoSalvador tiveram uma importncia toda especial para mimno ps-guerra e ainda tm hoje. Contudo, quantos de ns
permitem que nossos temores assumam o controle denossa vida nesta poca de tenso internacional, incertezaseconmicas e polticas e desafios pessoais?
Uma Voz Constante
Deus nos fala constantemente. Interageigualmente com toda a famlia humana. Podeser que pertenamos a uma ala grande ou umpequeno ramo, o clima ou a vegetao podemudar, a origem cultural e a lngua podemvariar e a cor da nossa pele pode diferir. Mas o poder e as bnos universais do evangelhorestaurado esto ao alcance de todos, indepen-dentemente de cultura, nacionalidade, sistemapoltico, tradies, idioma, situao econmicaou grau de instruo.
Hoje em dia, temos mais uma vez apsto-los, videntes e reveladores que so atalaias natorre, mensageiros da sublime e alentadora
verdade. Deus fala conosco por intermdio deles. Elesconhecem a fundo as diferentes circunstncias vividas por ns membros. Esto neste mundo, mas no so dele. Mostram o caminho e oferecem auxlio para nossasdificuldades no por meio da sabedoria do mundo, masda que provm de uma Fonte divina.
H poucos anos, numa Mensagem da PrimeiraPresidncia, o Presidente Thomas S. Monson afirmou:Os problemas de nossos dias pendem ameaadora-mente sobre ns. Cercados pela sofisticao da vidamoderna, olhamos para o cu para encontrar aqueleinfalvel senso de direo a fim de traarmos e seguirmosum curso sbio e adequado. Aquele a quem chamamosde nosso Pai Celestial no deixar nossa sincera solicita-o sem resposta.1
Temos novamente um profeta vivo na Terra, sim, oPresidente Thomas S. Monson. Ele conhece nossos desa-fios e receios. Tem respostas inspiradas. No h motivopara temer. Podemos ter paz no corao e no lar. Cada deum de ns pode exercer influncia positiva no mundoguardando os mandamentos de Deus e valendo-se doverdadeiro arrependimento, do poder da Expiao e domilagre do perdo.
Os profetas falam a ns em nome do Senhor e com
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Estamosseguindoos conse-lhos inspiradosdos profetas? Ofortalecimento de nossa prpriafamlia umexemplo muitobenfico a serdeixado para ahumanidadecomo um todo.
simplicidade divina. Como confirma o Livro de Mrmon:Pois o Senhor Deus d luz ao entendimento; porque falaaos homens de acordo com sua lngua, para que compreen-dam (2 Nfi 31:3).
Cabe a ns no s ouvir, mas tambm agir de acordocom Sua palavra a fim de fazermos jus s bnos associa-das s ordenanas e aos convnios do evangelho restau-rado. Ele garantiu: Eu, o Senhor, estou obrigado quandofazeis o que eu digo; mas quando no o fazeis, no tendespromessa alguma (D&C 82:10).
H momentos em que nos sentimos sobrecarregados,magoados ou desanimados em nosso grande empenho deser membros perfeitos da Igreja. Mas no se preocupem:h blsamo em Gileade. Demos ouvidos aos profetas denossa poca, que nos ajudam a nos concentrar nos aspec-tos primordiais do plano do Criador para o destino eternode Seus filhos. O Senhor nos conhece, nos ama, desejaque tenhamos sucesso e nos incentiva, dizendo: E vedeque todas [as] coisas sejam feitas com sabedoria e ordem;porque no se exige que o homem [ou a mulher] corramais rapidamente do que suas foras o permitam. ()[Mas] necessrio que () seja diligente (Mosias 4:27).
Seguir os Conselhos Deles
Ser que somos diligentes na observncia dos manda-mentos de Deus, sem darmos passos maiores que as per-nas? Ou estamos oferecendo menos do que poderamos?Estamos utilizando nosso tempo, talentos e recursoscom sabedoria? Dedicamos a devida ateno ao que mais importante? Acatamos os conselhos inspirados dosprofetas?
O fortalecimento de nossa prpria famlia um exem-plo muito benfico a ser deixado para a humanidadecomo um todo. O princpio da noite familiar nos foi apre-sentado em 1915. O Presidente McKay relembrou os paisem 1964: Nenhum sucesso na vida compensa o fracassono lar.2 Em 1995, os profetas modernos convidaram omundo inteiro a fortalecer a famlia como unidade funda-mental da sociedade.3 E em 1999, a Primeira Presidnciae o Qurum dos Doze Apstolos nos exortaram comamor: Aconselhamos os pais e os filhos a darem omximo de prioridade orao familiar, noite familiar,estudo e ensino do evangelho e atividades familiares
sadias. A despeito de quo dignas e adequadas sejamoutras exigncias ou atividades, no se deve permitir quesubstituam os deveres divinamente determinados que spodem ser desempenhados adequadamente pelos pais epelas famlias.4
Renovemos, com humildade e f, nossa dedicao ecomprometimento na obedincia diligente aos profetas,videntes e reveladores. Escutemos aqueles que possuemtodas as chaves do reino e sejamos instrudos e edificadospor eles. medida que lhes damos ouvidos e os segui-mos, que nosso corao se transforme a ponto de termoso grande desejo de fazer o bem continuamente (ver Alma19:33). Assim, seremos pioneiros na edificao de um ali-cerce espiritual sobre o qual a Igreja se estabelecer emtodo o mundo, a fim de que o evangelho de Jesus Cristose torne uma bno para cada filho de Deus e una e for-talea a nossa famlia. NOTAS
1. Navegando em Segurana pelos Mares da Vida, A Liahona, novembro de 1999, p. 7.
2. Citado em J. E. McCulloch, Home: The Savior of Civilization, 1924,p. 42; Conference Report, abril de 1964, p. 5.
3. Ver A Famlia: Proclamao ao Mundo, A Liahona, outubro de 2004,p. 49.
4. Carta da Primeira Presidncia, A Liahona, dezembro de 1999, p. 1.
I D I A S PA R A O S M E S T R E S F A M I L I A R E SEm esprito de orao, estude esta mensagem e transmita-a
usando um mtodo que incentive a participao das pessoas quevoc estiver ensinando. Seguem-se alguns exemplos:
1. Pergunte s crianas o que precisariam fazer se estivessemnum local distante e tivessem de viajar de volta para casa. Mostrecomo um mapa e um guia podem ser teis. Explique-lhes que osprofetas so guias mandados pelo Pai Celestial para nos ajudar aregressar Sua presena. Leia um trecho da mensagem quesaliente essa idia.
2. Relate uma lembrana sua sobre o homem que era presi-dente da Igreja na poca da sua infncia ou adolescncia. Digacomo os ensinamentos dos profetas vivos o guiaram no decorrerda sua vida.
A LIAHONA JULHO DE 2008 5
L D E R R O B E R T D. H A L E SDo Qurum dos Doze Apstolos
A lguns anos depois de setornar reitor da RicksCollege (hoje UniversidadeBrigham Young Idaho), HenryBennion Eyring recebeu uma pro-posta de emprego de elevadaremunerao e prestgio no sul da Califrnia.
Parece uma oportunidadeexcelente, comentou o Presidente Spencer W. Kimballquando Henry descreveu a oferta e seus benefcios. Se um dia precisarmos de voc, saberemos onde oencontrar.
Henry achava que o Presidente Kimball, seu tio, lhepediria que ficasse na Ricks. Na verdade, ficou bvioque caberia a Henry e sua esposa, Kathleen, orar ejejuar para tomar a deciso, e foi o que fizeram.Dentro de uma semana, o Esprito sussurrou a Henryque ele teria o privilgio de ficar na Ricks Collegepor mais algum tempo.
Assim, telefonou para Jeffrey R. Holland, na pocaComissrio do Sistema Educacional da Igreja, e con-tou-lhe que recusara a proposta. Na mesma noite,Henry recebeu um telefonema do PresidenteKimball.
Vejo que decidiu ficar, constatou oPresidente Kimball.
verdade, respondeu Henry.
Acha que fez um sacrifcio?,perguntou o Presidente Kimball.
No, replicou Henry.Tem razo!, tranqilizou-o o
Presidente Kimball. Com isso, oPresidente Kimball encerrou aconversa.
Para quem conhece Henry B.Eyring, sua disposio de seguiros sussurros do Esprito (mesmoquando isso significa abrir mo
do que o mundo considera importante) no constituisurpresa alguma. Ele aprendeu por si mesmo que a f e
a humildade, aliadas obedin-cia, tornam os filhos de Deusdignos de bnos mais precio-sas do que todas as riquezas domundo.
Aps o falecimento doPresidente Gordon B. Hinckley em 27 de janeiro de 2008, oPresidente Thomas S. Monson
chamou o Presidente Eyring para servir comoprimeiro conselheiro na Primeira Presidncia.Anteriormente, o Presidente Eyring serviracomo segundo conselheiro durante quatromeses, ocupando a vaga deixada pela mortedo Presidente James E. Faust.
Hal, como conhecido pelos familiares eamigos, nasceu em 31 de maro de 1933, em
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Presidente Henry B. Eyring
Chamado por Deus
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Princeton, Nova Jersey. Foi o segundo dos trs filhos deHenry Eyring e Mildred Bennion Eyring, sua famlia davagrande valor tanto instruo secular como espiritual.
Seu pai era um qumico renomado que lecionava naUniversidade de Princeton. A me, professora adjunta quechefiara o departamento feminino de Educao Fsica naUniversidade de Utah, tirara licena para fazer um douto-rado na Universidade de Wisconsin quando conheceu ofuturo marido. Juntos, transmitiram aos filhos sua con-fiana no Senhor e a f em Seu evangelho.
Legado de F
O Presidente Eyring atribui a origem do legado de f da famlia a antepassados que ouviram e seguiram os
sussurros do Esprito e a orientao dos lderes do sacer-dcio. Seu bisav, Henry Eyring, que sara da Alemanhaem 1853 aos 18 anos de idade, conheceu a Igreja no anoseguinte em St. Louis, Missouri. Seu desejo de receberuma revelao sobre a Igreja foi concedido em umsonho no qual o lder Erastus Snow, do Qurum dos Doze Apstolos, que s viria a conhecer mais tarde, ordenava a ele que se batizasse. Umsonho semelhante, no qual viu o PresidenteBrigham Young pela primeira vez, adveiodepois em 1860, durante a poca em queservia como missionrio na rea quehoje constituda pelos estados deOklahoma e Arkansas.1
Aps a misso, esse seu bisav conhe-ceu a imigrante sua Mary Bommeli ao seintegrar mesma companhia de pioneirosque ela, a caminho de Utah. Mary, cuja famliase filiara Igreja quando ela estava com 24anos, fora presa em Berlim, Alemanha,por pregar o evangelho. Na noite em quefoi detida, escreveu uma carta ao juizresponsvel por seu caso. Falou a ele(que era um homem do mundo) sobrea Ressurreio e o mundo espiritual,incentivando-o a arrepender-se para pou-par grande pesar a ele e a sua famlia. Logodepois o juiz arquivou o caso e Mary foi posta emliberdade.2 Henry e Mary se casaram pouco depois dechegarem ao Vale do Lago Salgado.
Da Europa aos desertos do sul de Utah e do Arizonas colnias do norte do Mxico, os antepassados doPresidente Eyring desbravaram o deserto, propagaram oevangelho, fugiram de perseguies, fundaram escolas eeducaram os filhos.
A Influncia da Esposa
Com a ecloso da Segunda Guerra Mundial, o raciona-mento de gasolina impedia a famlia Eyring de fazer o tra-jeto de 27 quilmetros at o Ramo de New Brunswickpara as reunies dominicais. Assim, receberam autoriza-o para fazer as reunies em casa, em Princeton, NovaJersey. Hal dizia em tom de brincadeira que nunca faltou a
Pgina ao lado, a partir do alto: A famlia do Presidente
Eyring. A partir da esquerda: seu pai, Henry; seus irmos,
Ted e Harden; o jovem Henry ou Hal; e a me, Mildred.
Hal, num anurio da escola secundria de 1951. direita:
Os bisavs, Henry Eyring e Mary Bommeli.
A LIAHONA JULHO DE 2008 7
uma reunio da Primria l uma faanha no to difcil,pois ela foi realizada apenas uma vez na casa deles.
O Presidente Eyring sempre recorda o agradvel Espritoque reinava nas reunies sacramentais desse pequenoramo, composto por sua famlia e visitantes ocasionais. Eleno se importava que seus familiares fossem os nicos pre-sentes s reunies ou que ele e seus irmos constitussem a totalidade do Sacerdcio Aarnico do ramo. Contudo, medida que os meninos chegavam adolescncia, sua mepassou a almejarviver com a famlianum local commaior concentra-o de membrosda Igreja.
Em 1946,Henry estava feliz com sua vida profissional eo sucesso que alcanara em Princeton.Recebera vrios ttulos de doutor honoriscausa e a maior parte dos grandes prmiosde qumica. Graas a seu aplicado trabalhoacadmico com cientistas de renome interna-cional, tinha excelentes chances de ser indi-cado ao Prmio Nobel.
Nessa poca, Henry recebeu um telefo-nema de A. Ray Olpin, reitor da Universidadede Utah, que o convidava para ser o coordena-dor da ps-graduao l e continuar suas pesquisas na reada qumica. Sua esposa, Mildred, deixou a deciso nas mosde Henry, mas lembrou-o de uma promessa que ele lhefizera anos antes: mudar-se com a famlia para mais perto dasede da Igreja quando os meninos crescessem. QuandoHenry recusou a proposta, Mildred, que se criara em Utah,pediu-lhe que orasse a respeito da deciso e entregou-lheuma carta para que lesse ao chegar ao laboratrio.
Depois de ler a carta, na qual Mildred expressava suadecepo, e depois de orar e ponderar, Henry telefonoupara o reitor e aceitou a misso de reforar o departa-mento de cincias da Universidade de Utah. O aparentesacrifcio de deixar Princeton revelou-se uma bno paraele e a famlia. Uma dessas bnos foi a disposio de Hal
de seguir o exemplo do pai quando se deparou com umdilema semelhante, anos depois.
Preparao para o Futuro
Na adolescncia, percebi o quanto meu irmo era dife-rente dos demais jovens, conta Harden Eyring, que consi-dera o irmo mais velho tanto um mentor quanto umamigo. Na poca da escola secundria, lembra Harden,Hal mergulhou nas escrituras e leu o Livro de Mrmoncinco vezes.
Hal no se considerava superior aos outros, mas recu-sava-se a participar de atividades que perturbassem suaespiritualidade. Apesar de jogar basquetebol no time daescola (a East High School em Salt Lake City), sua priori-dade eram os estudos.
Quando adolescente, eu ia s sorveteriasque eram o ponto de encontro dos jovens,recorda Harden. Hal, por sua vez, no saa noite com os amigos. Preferia ler e estudar.
Seu irmo mais velho, Ted (hoje profes-sor de Qumica na Universidade de Utah),estava no ltimo ano de estudos na institui-o quando cursou algumas disciplinas comHal. Observou que o jovem Hal no ficavaatrs de ningum na classe. Quando Hal sededica, consegue qualquer coisa, ressalta.Ele muito divertido e mantm o bomhumor mesmo em situaes srias e difceis. muito parecido com o nosso pai.
Com o passar dos anos, porm, Hal descobriu umagrande diferena entre ele e o pai.
Henry Eyring incentivou os filhos a estudarem fsica e ase prepararem para uma carreira cientfica. Obediente, Halmatriculou-se nesse curso na Universidade de Utah, mascerto dia, quando pediu ajuda ao pai para um complexoproblema matemtico, Henry percebeu claramente queHal no partilhava sua paixo.
Meu pai estava escrevendo no quadro-negro que tnha-mos no poro, lembra o Presidente Eyring. De repente,parou. Hal, disse ele, lidamos com o mesmo tipo de pro-blema semana passada. No me parece que esteja enten-dendo melhor agora. No estudou nesse meio tempo?
Hal disse que no. Ento, admitiu ao pai que a fsica no
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ocupava seus pensamentosconstantemente. O pai fez uma pausa e, emseguida, com palavras ter-nas que liberavam o filhopara seguir seu prpriocaminho profissional,declarou: Escolha umarea que o atraia a talponto que, quando notiver nada para pensar, sejaela que lhe venha mente.3
Ainda assim, Hal se formou em fsica em1955 antes de ingressar na Fora Area ameri-cana. A Guerra da Coria acabara fazia poucotempo e o nmero de rapazes chamados paraserem missionrios de tempo integral emcada ala fora limitado. A Casa da Misso deSalt Lake City permaneceu fechada durantealgum tempo e nenhum missionrio partiupara o campo. Contudo, numa bno, seubispo prometeu-lhe que o servio militarseria sua misso. Duas semanas depois dechegar Base Sandia perto de Albuquerque,Novo Mxico, Hal foi chamado para ser mis-sionrio de distrito na Misso dos Estados doOeste um chamado que cumpriu noite enos fins de semana durante os dois anos deservio militar.
Depois de dar baixa da Fora Area, Halmatriculou-se na Escola de Ps-Graduaoem Administrao de Harvard, onde obteve omestrado em 1959 e o doutorado em 1963,ambos em Administrao de Empresas.Embora tivesse capacidade intelectual parabrilhar numa carreira cientfica, Hal descobriuque sua paixo era ensinar, inspirar e fortale-cer os outros.
Dar Ouvidos ao
Esprito
Quando ainda estu-dava em Harvard, no
semestre de vero de 1961, Hal conheceu Kathleen Johnson, filha de J. Cyril e LaPrele Lindsay Johnson, de PaloAlto, Califrnia. Ela estava fazendo um cursode frias em Boston e, para Hal, foi amor primeira vista. Na presena dela, sentia odesejo instantneo de dar o melhor de si e esse desejo no esmoreceu ao longo desua vida em comum.
Eles namoraram no vero e continuaram orelacionamento por telefone e cartas depoisdo retorno de Kathleen Califrnia. Casaram-se em julho de 1962 no Templo de Logan, e o selador foi o lder Spencer W. Kimball. Nomesmo ano, Hal tornou-se professor adjuntona Escola de Ps-Graduao em Administraode Stanford.
Nove anos depois, Hal era professor titu-lar em Stanford e servia como bispo da AlaStanford I; e, como os familiares da esposamoravam nas redondezas, tudo parecia per-feitamente nos eixos, recorda. Contudo, em1971, Kathleen o acordou no meio da noitecom duas perguntas inusitadas. A primeira:Tem certeza de estar fazendo a coisa certacom a sua vida?
Sem saber como poderiam ser ainda mais
Pgina ao lado: Os pais
do Presidente Eyring e
um retrato de seu pai
em 1969. No alto: Na
poca em que era reitor
da Ricks College.
esquerda: Com a esposa,
Kathleen, na recepo de
seu casamento. No alto,
esquerda: Como reitor
da Ricks College na
entrega do Prmio Mulher
Exemplar do Ano Irm
Donna Packer, em 1973.
Na foto tambm se
encontram o Presidente
Boyd K. Packer e Denece
Hansen Johnson, na
poca presidente da
Associated Women
Students.
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felizes, Hal indagou: O que quer dizer comisso?
Kathleen respondeu: No poderia fazerestudos para Neal Maxwell?
Neal A. Maxwell acabara de ser nomeadoComissrio do Sistema Educacional daIgreja. Nem Hal nem Kathleen o conheciam,mas Kathleen sentiu que talvez o maridopudesse fazer mais para mudar a vida daspessoas.
Fazer estudos para Neal Maxwell nesteestgio da minha carreira?, admirou-se Hal.Afinal de contas, pensou, fazer estudos
coisa para os jovens ps-graduandos.Depois de alguns instantes de silncio,
Kathleen pediu: Vai orar a respeito?A essa altura de seu casamento, Hal sabia
muito bem que no devia ignorar os conse-lhos da esposa. Levantou-se da cama, ajoe-lhou-se e fez uma orao. No obtiveresposta, conta ele, e adorei, pois notinha vontade de ir para lugar algum.
No dia seguinte, durante a reunio de bispado, Hal ouviu mentalmente uma vozque viria a conhecer muito bem e que orepreendeu por no levar a srio a inspiraoda esposa. No sabes o que te aguarda emtua carreira, foi-lhe dito. Caso recebas outraproposta de emprego, apresenta-a a mim.
Desconcertado com a experincia, Hal vol-tou imediatamente para casa. Temos um pro-blema, anunciou ele a Kathleen. Achava queerrara ao recusar vrias propostas de trabalhorecebidas enquanto estava em Stanford.Nunca orei a respeito de nenhuma delas,admitiu. Consciente de seus limites, comeoua orar acerca de seu futuro.
Menos de uma semana depois dos ques-tionamentos levantados por Kathleen nomeio da noite, o Comissrio Maxwell telefo-nou para Hal e o convidou para uma reunioem Salt Lake City. Ele pegou o avio namanh seguinte, e os dois homens se
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No alto: Como membro
do Qurum dos Doze
Apstolos em 1997.
direita: Durante uma
visita recente ao sul de
Utah. Na extrema direita:
Com o lder M. Russell
Ballard, do Qurum dos
Doze Apstolos numa reu-
nio mundial de treina-
mento de liderana em
junho de 2004. Pgina ao
lado: Retrato da famlia
em 1995. Sentados, a
partir da esquerda: Mary
Kathleen, o Presidente e
a esposa, e Elizabeth. Em
p, a partir da esquerda:
John, Matthew, Stuart e
Henry.
encontraram na casa dos pais de Hal. As primeiras palavras sadas da boca doComissrio Maxwell foram: Gostaria de convid-lo para ser o reitor da Ricks College.
Nem mesmo a inspirao da esposa ou acensura espiritual que recebera o haviam pre-parado para tal surpresa. Avisou ao ComissrioMaxwell que precisaria orar a respeito. Afinal,sabia muito pouco sobre a Ricks College. Namanh seguinte, reuniu-se com a PrimeiraPresidncia. Depois disso, o Comissrio Maxwell confir-mou que a vaga seria dele caso a aceitasse.
Ao voltar para a Califrnia, Hal continuou a orar comfervor. A resposta veio, mas por pouco no passou desper-cebida. Ouvi uma voz to sutil que mal lhe dera ateno,recorda. A voz dizia: minha escola. Telefonou para oComissrio Maxwell e anunciou: Estou a caminho.
Sem hesitar, Hal abriu mo de sua situao confortvelcomo professor titular em Stanford para viver num trailerem Rexburg, Idaho. S depois da posse como reitor daRicks College, em 10 de dezembro de 1971, que se mudoucom a famlia para a nova casa, que ajudara a construir.
Fui para Ricks consciente de algumas coisas, conta.Uma delas que eu no era to importante quantoachava devido a minha posio de destaque em Stanford.Outra que eu tinha cincia de que minha esposa rece-bera a revelao antes de mim. E, por fim, sabia que tinhasorte de estar ali. Assim, no respondo pergunta: Comoeu poderia abandonar minha carreira em Stanford? Na ver-dade, digo: O Pai Celestial est por trs disso. Nunca tive aimpresso de que foi um sacrifcio.
Os seis anos que o Presidente Eyring foi reitor emRexburg revelaram-se uma bno para sua famlia e a facul-dade. Os conselhos sbios de um humilde mestre familiarajudaram a tornar esse perodo memorvel. O mestre fami-liar, um fazendeiro de grande f, incentivou-o a sair de seugabinete na reitoria para conhecer e incentivar os professo-res, funcionrios e alunos e para expressar-lhes sua gratido.
Hal orou acerca desse conselho, sentiu-se inspirado asegui-lo e comeou a passar mais tempo com os alunos,professores e funcionrios dedicados da faculdade. Com aajuda de outro professor, at deu aulas de religio. Em seuempenho diligente para moldar os alicerces espirituais e
acadmicos da instituio, ele e Kathleen aprenderam aamar a comunidade do campus e os moradores deRexburg.
A Famlia em Primeiro Lugar
Durante os anos que passou em Rexburg, a famliaEyring tornou-se ainda mais unida. A essa altura, Hal eKathleen tinham quatro filhos: Henry J., Stuart, Matthew eJohn. Depois foram abenoados com duas filhas: Elizabethe Mary Kathleen. Mesmo numa cidadezinha da zona rural,Hal e Kathleen precisavam ser vigilantes. Uma das preocu-paes era a quantidade e a qualidade da programao aque os filhos assistiam na televiso. Henry J., o filho maisvelho, lembra-se de uma experincia que fez uma dife-rena significativa no esprito da famlia Eyring.
Eu e meu irmo estvamos assistindo televiso numanoite de sbado por volta da meia-noite, conta Henry J.Era um programa humorstico de gosto duvidoso que nodeveramos ver. Estvamos no escuro: a nica luz no poroera a do televisor. Nossa me chegou sem avisar. Estavausando uma camisola branca e esvoaante, com umatesoura na mo. Sem fazer barulho, foi para trs do televi-sor, pegou o fio e ento cortou-o com um nico golpe.Voaram fascas e o aparelho parou de funcionar, mas antes,ela j dera meia volta e se retirara sorrateiramente.
Sem se alterar, Henry J. se preparou para ir deitar-se.Contudo, seu criativo irmo cortou o fio de um aspiradorquebrado e ligou-o televiso. Pouco depois, os meninosestavam de novo sentados em frente televiso, semterem perdido quase nada do programa.
Porm, foi nossa me que riu por ltimo, conta Henry J.Ao voltarmos da escola na segunda-feira seguinte, acha-mos o televisor no cho com um uma rachadura enorme E
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no espesso vidro da tela. Desconfiamos imediatamente danossa me. Quando a consultamos, respondeu com aexpresso mais sria do mundo: Estava passando o espa-nador embaixo da televiso, e ela escorregou.
O Presidente Eyring atendeu ao desejo da esposa; e os filhos, o da me.E esse foi o fim dateleviso na casa dafamlia Eyring. Emgeral, nossa melidera pelo exemplosereno, observaHenry J. Contudo,tambm inspirada e destemida.Sua firmeza uma grande bn-o para seus filhos e netos.Tanto em momentos crticoscomo no dia-a-dia, ela mudou parasempre o curso de nossa vida.
O Presidente Eyring tambmressalta que foi a esposa que des-pertou nele o desejo de dar sempreo mximo de si e ser o melhor poss-vel como pessoa, e grato por ela ter suscitadonos filhos o mesmo desejo. Ele sempre reconhece e elogiao seu exemplo e a influncia espiritual que ela exercesobre a famlia. E ela faz o mesmo, externando gratidopela sensibilidade dele ao Esprito e seu modo eficaz deensinar e viver o evangelho no lar.
No havia dvidas na mente de Hal sobre quem tinhaprioridade em seu corao, garante ela. Ele trabalhavanum ambiente competitivo e cheio de colegas competentesem Stanford, mas sempre colocava a famlia em primeirolugar. Ao fim de cada dia, quando nos encontrvamos aocair da noite, ele perguntava: Para quem no telefonamos?Ento, guiado pelo Esprito, ia ao telefone e falava com ummembro da famlia que precisava de contato naquela noite.
Sem televiso em casa, os membros da famlia tinhammais tempo para se dedicar uns aos outros e a interessesdiversos, desenvolver talentos, praticar esportes e reali-zar outras atividades em famlia. Ao longo dos anos, oPresidente Eyring aperfeioou suas aptides culinrias(faz seu prprio po), descobriu um talento para a
escultura em madeira e aprendeu a pintar aquarelas. svezes, manda um carto de agradecimento ou uma aqua-rela como lembrana.
Hoje, a casa da famlia Eyring cheia de quadros, escul-turas e mveis que ele criou com o auxlio de mestrestalentosos. Muitos desses objetos foram inspirados porconceitos morais ou impresses espirituais. Alm disso, eleacha tempo para mandar e-mails todos os dias, algo quechama afetuosamente de Placas Menores, para a famlia,
que hoje conta com 25 netos.O dirio da famlia redigido por nosso
pai e enviado por e-mail diariamente comfotos e contribuies dos filhos nos d aimpresso de estarmos juntos mesa dojantar todas as noites, contando hist-
rias, declara Henry J.
Disposio para Servir
Na poca, o Presidente Eyringainda no sabia, mas ao aceitar o
cargo de reitor da Ricks College abandonaradefinitivamente sua carreira secular. Sua atuao na reito-
ria e o servio simultneo como representante regional emembro da Junta Geral da Escola Dominical propiciarammaior contato entre ele e os lderes da Igreja, que reconhe-ceram seus talentos e dons espirituais. O Senhor, por Suavez, conhecia a disposio dele para servir.
Ao confiarem ao Presidente Eyring importantes chama-dos aps seus seis anos na Ricks College, os lderes daIgreja simplesmente seguiram a inspirao que pediram aDeus. Durante o perodo de preparao para esses chama-dos, ele era instrudo pelo Esprito ao trabalhar, buscavaconhecer a vontade do Senhor, ouvia respostas e, comoseus antepassados, agia segundo a inspirao recebida.Quando os chamados chegavam, ele estava pronto.
Em 1977, Jeffrey R. Holland, novo Comissrio do SEI,chamou o Presidente Eyring para servir como ComissrioAdjunto. Trs anos depois, quando o Comissrio Holland setornou reitor da Universidade Brigham Young, Hal substi-tuiu-o como Comissrio do SEI. Serviu nesse cargo at serchamado para ser o primeiro conselheiro no BispadoPresidente em abril de 1985. Nessa atribuio, usou seusmuitos talentos para fazer contribuies importantes nas
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reas de administrao e superviso de pro-priedades, planejamento, projetos, construode templos e outros assuntos temporais. Emsetembro de 1992, voltou a ser o Comissriodo SEI e, um ms depois, foi chamado para oPrimeiro Qurum dos Setenta.
Em 1 de abril de 1995, Henry B. Eyring foiapoiado para integrar o Qurum dos DozeApstolos. Desde essa poca, vem buscandouma poro maior do Esprito do Senhor evem abenoando os membros da Igreja emtodo o mundo com seus discursos sinceros,servio amoroso e testemunho contundentedo Salvador e de Seu evangelho.
Uma Qualificao nica
Na conferncia geral de outubro de 2007,ao dar testemunho das bnos resultantesde buscarmos a mo de Deus em nossa
vida, o Presidente Eyring faloupor experincia prpria. Ele manteve um dirio das intervenes do PaiCelestial em sua vida e,com isso, sentiu seu teste-munho crescer e adquiriuuma certeza ainda maior deque o Pai Celestial ouve e res-ponde a nossas oraes.4
A chave para ouvir essas respostas e saber que Deus Se interessa por nossa vida,reala ele, desenvolvermosum ouvido atento. Devemosficar calmos, em silncio, eouvir. Sempre que deixei dereceber uma impresso ine-quvoca ou de ouvir a voz doEsprito porque estava dema-siado ocupado, com os pensa-mentos muito inquietos ouimerso em meu prpriomundo.
O Presidente Eyring sempre viveu os preceitos da dcima terceira regra de f. Os membros da Igreja tm mesmo muitasorte por contarem com ele para servir aolado do Presidente Thomas S. Monson e do Presidente Dieter F. Uchtdorf. Uma raracombinao de talentos, seu legado de f,sua vida de preparao, sua dedicao aoservio e determinao de buscar a Deus e Sua vontade o qualificam de modo nicopara servir na Primeira Presidncia.
NOTAS1. Ver Henry J. Eyring, Mormon Scientist: The Life and
Faith of Henry Eyring (2007), pp. 127130.2. Ver Henry B. Eyring, A Fora da Doutrina,
A Liahona, julho de 1999, pp. 8588.3. Ver Gerald N. Lund, lder Henry B. Eyring:
Moldado por Influncias Determinantes, A Liahona, abril de 1996, p. 28.
4. Henry B. Eyring, Oh! Lembrai-vos, Lembrai-vos, A Liahona, novembro de 2007, p. 67.
Pgina ao lado: Cpia
impressa das Placas
Menores da famlia,
busto de madeira
talhado pelo Presidente
Eyring e algumas de
suas aquarelas. No alto:
Com a esposa, aps a
conferncia geral de
outubro de 2007.
esquerda: A Primeira
Presidncia: o Presidente
Thomas S. Monson (no
centro); o Presidente
Henry B. Eyring,
Primeiro Conselheiro;
e o Presidente Dieter F.
Uchtdorf, Segundo
Conselheiro.
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L D E R R U S S E L L M . N E L S O NDo Qurum dos Doze Apstolos
Conseguem imaginar o terror no corao deDieter Uchtdorf aos 11 anos de idade quandosua famlia abandonou suacasa na Alemanha Oriental1 em 1952 em busca de liberdade naAlemanha Ocidental? Por motivospolticos, a vida de seu pai corriaextremo perigo. Teria de fugir sozi-nho para diminuir os riscos para aesposa e os filhos. Para no levan-tar suspeitas, os outros membrosda famlia no poderiam viajar juntos, mas fariam a tentativaseparadamente.
Assim, elaboraram um plano. Os dois irmosmais velhos de Dieter, Wolfgang e Karl-Heinz,tomaram o rumo norte ao sarem de sua cidadenatal de Zwickau. A irm, Christel, embarcou com duasoutras jovens num trem que faria uma breve passagempela Alemanha Ocidental a caminho do destino final naAlemanha Oriental. Quando o trem passou pela AlemanhaOcidental, elas convenceram o condutor a abrir a porta esaltaram.
Dieter, o caula, que na poca tinha 11 anos de idade,seguiu uma rota diferente com a corajosa me. Levaramapenas um pouco de comida e preciosos retratos de
famlia que tinham sido preserva-dos da destruio durante a IIGuerra Mundial. Depois de anda-rem longas horas, os joelhos dame de Dieter comearam a seenfraquecer. Dieter carregou ospertences de ambos e ajudou ame a subir a ltima colina rumo
liberdade. Pararam ento parafazer uma parca refeio e foi a que perceberam, ao veremmilitares russos, que ainda nohaviam cruzado a fronteira.Me e filho terminaram o lanche, pegaram as bagagense subiram ainda mais altoantes de atingirem sua meta.
Dieter e a me conti-nuaram a jornada como refugiados, pedindo
carona e caminhando at chegarem ao destino: umsubrbio perto de Frankfurt. Depois de muitos longos eperigosos dias de separao, a famlia finalmente estavareunida. Os irmos chegaram primeiro e o pai veio logodepois. Dieter e a me chegaram em seguida e a irm foia ltima a unir-se a eles. A grandiosa reunio da famliafoi um momento de jbilo.
O fato de terem deixado para trs quase todos os seusbens era para eles secundrio.
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Presidente Dieter F. Uchtdorf
Um Homem de Famlia, um Homem de F, um Homem Preordenado
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Sete anos antes, perto do fim da II Guerra Mundial, jtinham fugido uma vez, devido aproximao de tropasestrangeiras. Agora eram refugiados de novo.Mais uma vez, estavam totalmente privadosde recursos materiais. Mais uma vez, tinhamque comear do nada. Mas tinham uns aosoutros. Tinham tambm profunda f emDeus e tinham A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos ltimos Dias, da qual erammembros havia apenas cinco anos.
O apartamento de um cmodo da famlia perto deFrankfurt era pequeno e infestado de ratos. O jovemDieter ficava intrigado com esses roedores que circulavampela casa. Os transportes coletivos em Frankfurt eram rela-tivamente baratos, mas as condies da famlia no permi-tiam que todos fossem Igreja todas as semanas. Assim,revezavam-se.
No de admirar que o Presidente Uchtdorf tenha sen-timentos to fortes pela instituio sagrada da famlia. Comgrande sinceridade, testifica que a famlia foi ordenada porDeus. A famlia tem suma importncia para ele. Foi no seioda famlia que as sementes da sua f inabalvel foram plan-tadas, germinaram e cresceram. Com ela, comeou a sepreparar para o cumprimentode sua preordenao paralder do sacerdcio na Igrejade Deus.
Um Homem de Famlia
Dieter Friedrich Uchtdorfnasceu de bons pais,Karl Albert e HildegardElse Opelt Uchtdorf, no dia 6 de novembro de 1940 em Mhrisch-Ostrau, Tchecoslovquia.A famlia saiu desse pasem 1944 e mudou-se para Zwickau, naAlemanha. Entre 1949 e1990, a cidade de Zwickaupertenceu Alemanha Oriental e era um centro de pro-duo de carvo. Devido a sua importncia estratgicadurante a II Guerra Mundial, tornou-se um dos principaisalvos dos bombardeios dos aliados. Dieter, aos quatro
anos de idade, sentia medo, mas tambm fasci-nao ao ver a luz dos aviesque sobrevoavam a cidade.Recorda-se de sua me levando-oa abrigos antiareos para se pro-tegerem. O marido da IrmUchtdorf fora convocado peloexrcito alemo, e ela cuidou
A LIAHONA JULHO DE 2008 15
esquerda, a partir do alto: Os pais do Presidente Uchtdorf,
Hildegard e Karl, no Templo de Berna Sua. Aos 12 anos de
idade. Aos 2 anos de idade (o segundo a partir da direita)
com a irm, Christel ( direita) e dois amigos. direita, a
partir do alto: Dieter ( direita) com amigos na frente da
capela de Frankfurt. Numa reunio de jovens adultos soltei-
ros (fileira de trs, na extrema esquerda); Harriet, sua futura
esposa, est na frente, a segunda a partir da esquerda. Com
o carro de um amigo em Frankfurt.
corajosamente da famlia enquanto a guerra na Europaseguia seu curso implacvel.
Depois da guerra, o pai de Dieter trabalhou nas minasde carvo e urnio de Zwickau em condies insalubres, oque o predisps a uma enfermidade maligna que lhe tiroua vida aos 62 anos de idade, na Alemanha. O PresidenteUchtdorf recorda que o pai era um homem afvel e amo-roso, forte e terno, um portador do sacerdcio que honrou suas responsabilidades de dicono,mestre, sacerdote e lder.
Sua me, Hildegard, falecida em1991, no era apenas corajosa, mastambm uma verdadeira conversa aoevangelho e uma discpula dedicadaque serviu em inmeros chamadosna Igreja.
A famlia foi selada no Templo deBerna, na Sua em 1956. De l para c,Wolfgang e Karl-Heinz, seus irmos,faleceram. A irm, Christel UchtdorfAsh, que serviu como missionria naAlemanha, atualmente reside no Texas, nosul dos Estados Unidos.
O Presidente Uchtdorf conheceu suafutura esposa, Harriet Reich, nas reunies daAssociao de Melhoramentos Mtuos da Igreja.Harriet foi batizada com quase 13 anos deidade, juntamente com a me e a irm, depois de os mission-rios baterem a sua porta elhes ensinarem o evangelho.O pai de Harriet morrera de
cncer apenas oito meses antes. Tanto a me como airm j so falecidas.
Uma bno notvel adveio ao lder Gary Jenkins, um dos missionrios que ensinaram e batizaram a famliaReich. Que imensa alegria sentiu quando, dcadasdepois, no dia 16 de fevereiro de 2008, sua neta, Crystal,foi selada ao marido, Steven, no Templo de Salt Lake por um membro da Primeira Presidncia, o Presidente
Dieter F. Uchtdorf.Harriet e Dieter foram selados em
14 de dezembro de 1962, no Templo deBerna, na Sua. Ele diz que Harriet
o sol da sua vida. O apoio dela umafonte contnua de fora. Ela o amorda vida dele. Harriet diz que o maridotem um grande corao. Ele bon-doso. um lder bom e compassivo.
Esse elogio feito com freqnciapor seus antigos colegas de trabalhoe tambm por amigos da Igreja. um marido maravilhoso, sempre
em busca de maneiras de me apoiar. um homem de grande humor e
perspiccia. Sou muito aben-oada por ser sua
esposa.Os Uchtdorf tm
dois filhos. Antje, afilha, casada comDavid A. Evans e ocasal tem trs filhos:os gmeos Daniel e
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Patrick, de 19 anos, e Eric, de oito anos.Vivem em Darmstadt, Alemanha.
O filho do casal Uchtdorf, Guido, serviu naMisso Washington D.C. Sul. Casou-se comCarolyn Waldner, de Basilia, na Sua. Guidoe Carolyn hoje moram perto de Zurique, naSua, onde ele o bispo da Ala Wetzikon, da Estaca St. Gallen Sua. So pais de trsfilhos: Jasmim, de sete anos de idade; Robin,de cinco; e Niklas Ivan, de um ano.
Ao lhe perguntarem sobre seu pai e onovo chamado que recebeu, Antje declarou:Somos abenoados por termos pais tomaravilhosos. Quando eu era mais nova,nem me dava conta do quanto meu pai eraatarefado, pois sempre tinha tempo parans. Nunca ramos relegados ao segundoplano. Quando temos um problema, pedi-mos conselhos a ele e nossos filhos sentemque seu Opa (av) ter resposta para qual-quer pergunta. Agora que ele faz parte daPrimeira Presidncia, sentimos uma res-ponsabilidade ainda maior de dar o melhor de ns.
Guido tem lembranas semelhantes. Citauma ocasio h muitos anos em que ele, airm, a me e o pai fizeram aulas de esqui. Foio incio de uma agradvel tradio familiar:
esquiar juntos. Guido sabia que a profissode aviador exigia que seu pai se ausentassepor longos perodos. Mas quando nosso paivoltava para casa, brincvamos, conversva-mos e ramos juntos, ressalta Guido. Isso que era tempo de qualidade!
Guido e Antje aprenderam com os pais a importncia de dedicar tempo famlia.Instrutivos ou recreativos, os passeios ajuda-vam a fortalecer os laos familiares. A atuaode Dieter e Harriet Uchtdorf como pais eavs distncia agora facilitada pela tecno-logia moderna. A troca de e-mails e telefone-mas complementada pela transmisso declipes de vdeo e fotografias pela Internet.
No entanto, continuam a valorizar osmomentos passados juntos. Algo de signifi-cado especial para Guido foi comparecer conferncia geral de abril de 2008 e ver o pai ao plpito do Centro de Conferncias.
Ao ensinar a famlia, o PresidenteUchtdorf sempre salientou os princpiosfundamentais. Como explicou Guido:Nosso pai nos ensina quais as bnosadvindas da orao, do estudo das escritu-ras, da obedincia aos mandamentos e deuma atitude positiva. Isso muito maisimportante para ele do que conjecturassobre a localizao de Colobe.
Por ocasio de seu aniversrio de 40 anos de casamento, o Presidente e a Irm
A LIAHONA JULHO DE 2008 17
Pgina ao lado: Depois
de seis anos na Fora
Area Alem, Dieter foi
tambm credenciado
como piloto pela Fora
Area dos Estados
Unidos e recebeu o
Trofu de Comandante.
No alto: Embora a pro-
fisso de piloto exigisse
longos perodos de
ausncia, seus dois
filhos (na fotografia
com os pais) lembram
que o pai sempre dava
prioridade a ficar com
a famlia.
Uchtdorf se reuniram no Templo de BernaSua com os filhos, o genro, a nora e osnetos mais velhos para realizarem juntosordenanas sagradas. Harriet e Dieter tmenorme carinho por esse templo, pois seus pais, eles e seus filhos foram todos selados nele.
Um Homem de F
No se pode estudar a vida desse grandehomem sem perceber sua f nica e inaba-lvel. Ele tem f absoluta em Deus, f noSenhor Jesus Cristo, f na Igreja e f em que receber auxlio celeste quando necessrio.
Seus pais arriscaram a prpria vida porsua liberdade e f. Seu pai honrou o sacerd-cio que lhe fora confiado. Aprendeu com ame principalmente durante a arriscadafuga da Alemanha Oriental a orar e a con-fiar no Senhor.
O Presidente Uchtdorf qualifica sua mede brilhante. Explica que ela era capaz deefetuar mentalmente clculos matemticose ensinou-o a fazer o mesmo. Embora porduas vezes, na condio de refugiados deguerra, tivessem perdido todos os bensmateriais, observavam a lei do dzimo.Sabiam que o Senhor abriria as janelas docu e derramaria bnos sobre os cumpri-dores fiis desse mandamento.2
O Presidente Uchtdorf tem um afetoespecial pelo falecido lder Theodore M.Burton (19071989), que foi presidente daMisso Alem Ocidental. Numa poca emque muitos bons membros da Igreja estavamemigrando, a famlia Uchtdorf deu ouvidosao conselho do lder Burton de ficar naAlemanha e edificar a Igreja ali. Foi o lderBurton que ordenou Dieter F. Uchtdorf aoofcio de lder e deu instrues memorveisque Dieter seguiu risca. A Irm HarrietUchtdorf compreendeu a importncia deseguir o conselho do lder Burton e perma-necer na Europa com a famlia para fortale-cer a Igreja local. Eles levaram a srio esseconselho, bem como seus filhos. Agora, emtom de brincadeira, os filhos repreendem os pais por terem ido morar nos EstadosUnidos, enquanto eles ficaram na Europa.
18
Antes de ser chamado
para o Primeiro
Qurum dos Setenta
em 1996, o Presidente
Uchtdorf trabalhava
para a companhia
area Lufthansa.
Pgina ao lado: A
famlia Uchtdorf em
2006. De p, a partir
da esquerda: Patrick
Evans (neto), Harriet,
Dieter e Daniel Evans
(neto). Sentados: David
Evans (genro), Antje
Evans (filha), Eric
Evans (neto), Robin
Uchtdorf (neto), Carolyn
Uchtdorf (nora), Guido
Uchtdorf (filho) e
Jasmin Uchtdorf (neta).
O neto mais novo do
Presidente e da Irm
Uchtdorf, Niklas Ivan
Uchtdorf, nasceu em
2007.
claro que o lder Burton no foi o nico lder a exercer uma influncia determinante sobre o PresidenteUchtdorf. Dieter se lembra de seu presidente de ramo napoca em que foi designado presidente do qurum de di-conos. O presidente do ramo deu instrues detalhadassobre os deveres e responsabilidades de um novo presi-dente de qurum. Dieter recorda o grande impacto quetiveram esses ensinamentos, algo que um lder menosdedicado teria simplesmente negligenciado, pois haviasomente mais um membro no qurum de diconos.
A f dessa famlia exemplificada pela f da av doPresidente Uchtdorf. Ela estava numa fila para conseguircomida aps a II Guerra Mundial quando uma irm sol-teira idosa, que no tinha famlia, a convidou para umareunio sacramental. A av e os pais dele aceitaram o con-vite. Foram Igreja, sentiram o Esprito, foram edificadospela bondade e gentileza dos membros e inspirados peloshinos da Restaurao.3 Em 1947, os pais de Dieter se bati-zaram em Zwickau; Dieter foi batizado quase dois anosdepois, aos oito anos de idade. O compromisso da famliapara com a Igreja tornou-se slido e duradouro.
O alicerce de f de Dieter contribuiu para sua con-fiana em sua capacidade de ter xito. Sua carreira come-ou com estudos de engenharia e, depois, seis anos naFora Area alem. Em seguida, graas a acordos firma-dos entre o governo da Alemanha e dos Estados Unidos,fez curso de piloto em Big Spring, no Texas, onde rece-beu credenciamento de aviador na fora area de ambosos pases. Ganhou o cobiado Trofu de Comandante porser o aluno de destaque da classe. Em 1970, aos 29 anosde idade, Dieter F. Uchtdorf recebeu o grau de capito na companhia area Lufthansa. Com o passar do tempo,tornou-se piloto-chefe e vice-presidente snior das operaes areas da companhia.
Em 2004, antes de ser chamado para o Qurum dosDoze e por pura coincidncia, eu e o lder Uchtdorf viaja-mos juntos num vo da Lufthansa para a Europa. No raro que passageiros reconheam e venham cumprimen-tar uma autoridade geral presente no mesmo vo. Masdessa vez, as saudaes foram bem diferentes. Quasetodos os membros da tripulao da Lufthansa vieramcumprimentar entusiasticamente o antigo piloto-chefe.
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Fizeram fila para ter o privilgio de apertar-lhe a mo.Ficou clara para mim a profunda e merecida admiraoque eles tinham a ele. Pareciam perceber sua grande f,bem como o carinho que nutria por eles.
A f do Presidente Uchtdorf no Senhor transparecia medida que aceitava chamados para servir na Igreja.Em 1985, foi chamado para ser o presidente da Estaca Frankfurt Alemanha. Em seguida, quando os limites mudaram, foi chamado para presidir a EstacaMannheim Alemanha. Em 1994, foi chamado para oSegundo Qurum dos Setenta, embora tenha conti-nuado na Alemanha e frente de suas responsabilidadesprofissionais na Lufthansa. Em 1996, tornou-se autori-dade geral em tempo integral para servir no PrimeiroQurum dos Setenta. Trs anos depois, o lder e a IrmUchtdorf mudaram-se para Utah, algo que encararamcomo sua vez de receber um cargo no exterior.
Quando o lder Uchtdorf foi chamado para o santoapostolado em outubro de 2004, alguns veculos deimprensa o chamaram de Apstolo alemo. Mas elesalientou, com toda a razo, que foi chamado para repre-sentar o Senhor perante as pessoas, e no o contrrio.Essa de fato a sua misso sagrada. Ele deve ensinar e
dar testemunho do Senhor Jesus Cristo a toda nao,tribo, lngua e povo.4
O lder David A. Bednar foi chamado para o Qurumdos Doze Apstolos na mesma poca que o lderUchtdorf. Quando o Presidente Uchtdorf foi chamadopara a Primeira Presidncia, o lder Bednar comentou:Sentar-me ao lado do Presidente Uchtdorf e servir eaprender com ele foram bnos grandiosas na minhavida. Seus ensinamentos e sua personalidade envolventee afvel me inspiram a trabalhar com maior diligncia e ame aperfeioar. Amo e apio o Presidente Uchtdorf emsuas responsabilidades sagradas.
Um Homem Preordenado
No possvel estudar a vida desse grande homem semtambm se dar conta de sua preordenao para as grandesresponsabilidades a ele confiadas. Essa doutrina ensinadapor profetas antigos e modernos. Alma afirmou que o oslderes do sacerdcio foram ordenados sendo chama-dos e preparados desde a fundao do mundo, segundo aprescincia de Deus.5
O Presidente Joseph F. Smith (18381918) revelou queos lderes (como o Presidente Uchtdorf) tambm estavamentre os grandes e nobres que foram escolhidos no princ-pio para serem governantes na Igreja de Deus.
Mesmo antes de nascerem, eles, com muitos outros,receberam suas primeiras lies no mundo dos espritose foram preparados para nascer no devido tempo doSenhor, a fim de trabalharem em sua vinha pela salvaoda alma dos homens.6
No seria interessante poder perguntar me doPresidente Uchtdorf se pressentira que seu filho maisnovo viria um dia a servir na Primeira Presidncia daIgreja? O que ser que ela sentiu ao cri-lo, proporcio-nar-lhe a liberdade e salvar-lhe a vida? Certa vez, ela e osfilhos estavam num auditrio pblico. Ela foi inspirada aretirar-se imediatamente. Por causa desse sentimentourgente, pegou um carrinho, colocou Dieter dentro esaiu correndo com as crianas o mais rpido possvel.Pouco depois, o edifcio foi destrudo por um bombar-deio durante a guerra. A maioria dos ocupantes do auditrio morreu. A Irm Uchtdorf e seus filhos forampoupados.
20
Como passou a infncia no ps-guerra, oPresidente Uchtdorf se lembra de brincar emrunas de casas e descobrir pistolas, munioe outras armas na floresta prxima. Todosesses anos, conviveu com os efeitos onipre-sentes da II Guerra Mundial e a conscinciade que seu prprio pas infligira terrveis aflies a outras naes. E ele e sua famliaforam igualmente vtimas de uma ditaduraopressora.
Tempos depois, quase perdeu a vidaquando, ao pilotar um avio, o mancheparou de funcionar como deveria. Se nofosse solucionado, esse problema faria oavio perder totalmente o controle e cair.Ele fez vrias tentativas infrutferas de des-travar o manche. Repetidas vezes, seu ins-trutor de vo lhe deu a ordem de saltar. Porfim, Dieter F. Uchtdorf, um piloto de forafora do comum, conseguiu vencer a resis-tncia e fez uma aterrissagem de emergn-cia bem-sucedida. O Presidente Uchtdorfreconhece a mo do Senhor, que lhe permi-tiu sobreviver a tal provao.7
A probabilidade matemtica de ummenino nascido na Tchecoslovquia numafamlia de conversos e que sobreviveu a uma
vida cheia de riscos ser chamado na faseadulta para servir na Primeira Presidncia nfima. Mas o Senhor conhece e ama essehomem extraordinrio desde antes da cria-o do mundo. Sim, ele foi preordenadopara seus deveres como lder na Igreja deJesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias.
Agora ele est ao lado do PresidenteThomas S. Monson em seu chamadosagrado. O Presidente Henry B. Eyring e oPresidente Dieter F. Uchtdorf so grandesservos do Senhor, dedicados e capazes deaconselhar o Presidente da Igreja. Esses trs sumos sacerdotes presidentes se complementam. Os membros da Igrejaseguiro com alegria e gratido sua lide-rana inspirada.
NOTAS1. O nome oficial do pas era Repblica Democrtica
Alem.2. Ver Malaquias 3:10; 3 Nfi 24:10.3. Ver Dieter F. Uchtdorf, A Oportunidade de
Testificar, A Liahona, novembro de 2004, p. 74.4. Mosias 3:20; ver tambm Apocalipse 14:6; 1 Nfi
19:17; 2 Nfi 26:13; Mosias 15:28; 16:1; Alma 37:4;D&C 133:37.
5. Alma 13:3.6. D&C 138:5556.7. Ver Jeffrey R. Holland, lder Dieter F. Uchtdorf:
Rumo a Novos Horizontes, A Liahona, maro de2005, p. 13.
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Pgina ao lado: O
Presidente Uchtdorf e o
lder David A. Bednar
foram chamados para
o Qurum dos Doze
Apstolos em outubro
de 2004. No alto:
A nova Primeira
Presidncia foi anun-
ciada numa entrevista
coletiva em Salt Lake
City no dia 4 de feve-
reiro de 2008.
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F a Cada Passo...
Quarenta quilmetros de caminhadano era o bastante para impedir omembro brasileiro Paulo Tvuarte defreqentar a Igreja.
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Sempre que canto ou ouo as palavras Semeando dia adia, semeando o bem e o mal ou Aonde mandaresirei, Senhor, impossvel no pensar em PauloTvuarde.
Conheci o Paulo num dia quente no Sul do Brasil. Asreunies da Igreja tinham acabado, e a capela estava quasevazia, com exceo de alguns membros sentados nosaguo. Meu marido, que na poca servia como presidenteda Misso Brasil Curitiba, estava reunido com EdsonLustoza Arajo, presidente do Distrito de Guarapuava,Paran.
Irm Paulsen, disse o Irmo Jason Sousa, que serviacomo conselheiro do meu marido, viu o irmo sentadona entrada com as botas cheias de lama?
H muitas estradas de terra vermelha no Sul do Brasil,assim no incomum ter lama nos sapatos.
Refere-se ao homem magro e moreno com poucomenos de 30 anos?, indaguei.
Exatamente. O nome dele Paulo Tvuarde. Ele vem ap para a Igreja quase todos os domingos, exceto quandoa lama est espessa demais e o impede de caminhar. Elefaz isso h 14 anos: desde os 15 anos de idade.
Que distncia ele percorre?, perguntei, sem fazer amenor idia da resposta que ouviria do Irmo Sousa.
Ah, 40 quilmetros, respondeu ele sem se alterar. Elesai de casa s 3h da madrugada para chegar na hora s reu-nies. Leva oito horas.
Ao converter rapidamente quilmetros em milhas,
percebi que o Irmo Tvuarde andava 25 milhas para assistirs reunies da Igreja em Guarapuava!
Por que ele faz isso?, perguntei, incrdula.Por acreditar que a Igreja verdadeira.Claro, respondi, um pouco constrangida por ter for-
mulado uma pergunta to bvia. O que eu queria dizerera: por que ele tem de andar tanto?
...e o Cntico no Corao
Ao arar seus campos no Sul do Brasil, Paulo Tvuarde planta
sementes do evangelho cantando hinos da Igreja a plenos
pulmes, o que desperta o interesse dos vizinhos.
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O Irmo Sousa explicou que Paulo morava no interior,administrando a fazenda da famlia para permitir que suame, de 74 anos de idade e com problemas cardacos,morasse em Guarapuava a fim de receber atendimentomdico. O Presidente Lustoza era o cardiologista dela.
O Paulo mora sozinho, cuida da lavoura e alimenta ospoucos animais que eles possuem, prosseguiu o IrmoSousa. A fazenda no tem eletricidade nem gua encanadae fica a oito quilmetros do ponto de nibus mais pr-ximo. Mas o pior que no h nibus no sbado oudomingo. Ento ele vem a p para a Igreja.
O Presidente Lustoza, que estava em reunio com meumarido, disse que o Paulo costumava comparecer pelomenos trs domingos por ms. Ele nunca falta, a menosque as estradas estejam intransitveis, contou. Ele per-noita na cidade no domingo para voltar de nibus nasegunda.
Se Paulo ia Igrejapelo menos trs domin-gos por ms, passava porano mais de 300 horasandando quase 1.600quilmetros s para fre-qentar as reunies!
Quando est nafazenda, Paulo achouuma maneira de partilharo evangelho. Decidi
que, ao arar a terra com meu cavalo, cantaria hinos a ple-nos pulmes, disse, sorrindo. Os vizinhos que esto tra-balhando em seus campos me ouvem e perguntam o queestou cantando. Assim posso falar do evangelho.
A caminhada para a Igreja no era o nico trajeto regu-lar que Paulo fazia como demonstrao de sua f. Duasvezes por ano, viajava 530 quilmetros para freqentar o Templo de So Paulo Brasil. Numa dessas viagens, foiapresentado a Rita de Cssia de Oliveira, que trabalhava no templo. A Irm Odete, esposa do Presidente Lustoza,conhecera Rita anteriormente no templo e incentivaraPaulo a escrever para ela.
Rita estava acostumada com a vida na cidade grande egostava de seus amigos e das bnos de ser membro de
uma ala com uma capela prxima. Contudo, depois de umnamoro distncia que culminou com seu casamento comPaulo no Templo de So Paulo em 2003, Rita foi morar comele na fazenda.
Ela se adaptou bem vida no interior e grata pela bn-o de um casamento no templo. O mais difcil foi acharum marido, conta. Posso me habituar ao restante.
Hoje, ao trabalhar em sua propriedade, Paulo aindatenta plantar sementes do evangelho cantando hinospara os vizinhos. E continua a percorrer 40 quilme-tros at a capela em Guarapuava. Mas agora, viaja acompanhado de Rita e do filho, Saulo. Em vez de sa-rem domingo de madrugada, tomam o ltimo nibus da semana na sexta-feira noite. Depois de um fim de semana de reunies e convvio com os membros da Igreja, tomam a conduo de volta para a fazendasegunda-feira de manh felizes por terem indo aonde mandou o Senhor.
NOTAS1. Semeando, Hinos, 165.2. Aonde Mandares Irei, Hinos, 167.
Paulo estuda o evangelho luz do lampio em sua fazenda,
situada a 40 quilmetros da capela da Igreja mais prxima.
Paulo e Rita Tvuarde com o
filho, Saulo.
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vive. Somos Seus filhos, criados aSua imagem. Parecemo-nos com Ele,e Ele Se parece conosco. (I KnowThat My Redeemer Lives, Tambuli,abril de 1988, p. 6).
Como o Fato de Saber que Fui
Criada Imagem de Deus Pode Ter
uma Influncia Positiva na Minha
Vida?
lder LeGrand Richards (1886
1983), do Qurum dos Doze
Apstolos: Muitos acham que ocorpo lhes pertence e que podemfazer com ele o que bem entende-rem, mas Paulo esclareceu que no o caso, pois fomos comprados por bom preo. Ensinou ainda: Sealgum destruir o templo de Deus,Deus o destruir; porque o templode Deus, que sois vs, santo [I Corntios 3:17] (A MarvelousWork and a Wonder, edio revi-sada em 1966, p. 380).
Ensine as escrituras ecitaes que atendams necessidades dasirms que voc for
visitar. Preste testemunho da dou-trina. Convide as irms visitadas a externarem o que sentiram eaprenderam.
O que Sabemos sobre o Fato de
Sermos Criados Imagem de
Deus?
Moiss 2:27: E eu, Deus, criei ohomem a minha prpria imagem, naimagem de meu Unignito criei-o;homem e mulher criei-os.
Presidente Gordon B. Hinckley
(19102008): Nosso corpo sagrado. Foi criado imagem deDeus. maravilhoso, o pice da cria-o divina. Cmera alguma jamais se igualou maravilha que o olhohumano. Nunca se fabricou umabomba capaz de funcionar por tantotempo e de modo to intenso comoo corao humano. O ouvido e ocrebro so um milagre. () Essesrgos, juntamente com as outraspartes do corpo, exemplificam ognio divino e onipotente de Deus(Be Ye Clean, Ensign, maio de1996, p. 48).
Presidente Thomas S. Monson:
Deus, nosso Pai, tem ouvidos paraescutar nossas oraes. Tem olhospara ver nossos atos. Tem boca parafalar conosco. Tem corao para sen-tir compaixo e amor. Ele real. Ele
lder Joseph B. Wirthlin, do
Qurum dos Doze Apstolos:
Devemos conhecer o nico Deusverdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem[Ele enviou] (Joo 17:3). ()Conhecer a Deus pensar como Ele pensa, sentir como Ele sente, tero poder que Ele tem, compreenderas verdades que Ele compreende efazer o que Ele faz. Quem conheceDeus se torna semelhante a Ele etem o tipo de vida que Ele tem, ouseja, a vida eterna. () Ele ensinoua Seus discpulos nefitas: Que tipode homens devereis ser? Em verdadevos digo que devereis ser como eusou (3 Nfi 27:27) (Our Lord andSavior, Ensign, novembro de 1993,p. 7).
Susan W. Tanner, ex-presidente
geral das Moas: Sua me ou seupai alguma vez j lhes disse, ()lembre-se de que voc filha deDeus e precisa agir de modo condi-zente[?] Os missionrios usam umaplaqueta como constante lembrete() [de] que devem vestir-se demodo recatado e asseado. Tratar aspessoas com educao e esforar-separa ter a imagem de Cristo em seusemblante. () Por convnio, todostambm tomamos sobre ns o nomede Cristo. Seu nome deveria estargravado em nosso corao. Damesma forma, espera-se que ajamoscomo filhas dignas do Pai Celestial,que nos enviou Terra com estaadmoestao, ao menos figurativa-mente: Lembrem-se de quem vocsso! (Filhas do Pai Celestial, ALiahona, maio de 2007, p. 107).
Para aprofundar o estudo, ver J7:17; D&C 110:23; Joseph Smith Histria 1:17.
Todos os Seres Humanos ForamCriados Imagem de Deus
M E N S A G E M D A S P R O F E S S O R A S V I S I T A N T E S
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A unio, o evangelho e adiverso em conjunto: eis os ingredientes desta famlia sueca para umbem-sucedido modelo de amor.
PA U L V A N D E N B E R G H ERevistas da Igreja
Suponha que acorde de manh aosom de uma msica cantada em falsete por uma vozinha fina e estranhana cozinha. bem provvel que fique umpouco confuso e pense numa das seguintespossibilidades: (1) a minha irmzinha procu-rando bolachas na cozinha ou (2) Vim parar nacasa errada. Mas se por acaso voc pertencer fam-lia Ronndahl em Kavlinge, Sucia, no h motivo paraespanto. Na verdade, voc aguarda com ansiedade essemomento todas as semanas: no necessariamente amsica, mas o que a famlia chama de desjejum de hotel.
Adoro o desjejum do sbado de manh, entusiasma-se Isabelle Ronndahl, de 14 anos, quando lhe perguntamquais so algumas das coisas de que mais gosta na suafamlia. o meu pai que sempre prepara, e toda vez delicioso. Os outros filhos da famlia Ronndahl dizemque sim em coro, confirmando entusiasmados.
Acordamos com nosso pai cantando, explica Andreas,de 16 anos. Alguns dos irmos logo se encarregam de imitar, e todos riem, inclusive os pais, Brynolf e Kristina.
Na casa da famliaRonndahl as risadas so uma constante. Descrevem entocomo, depois da msica, o cheiro de bacon e ovos frescosimpele a famlia a saltar da cama todos os sbados demanh. Ainda mais do que partilhar a refeio, eles gostam de simplesmente estar juntos.
26
Receita para umLar Feliz
Citam outro ingrediente para a sua receitade lar feliz: a noite familiar. Mas nem semprefoi to simples. Recordo quando nossas noi-tes familiares se resumiam a longas aulas,conta Christoffer, de 18 anos, lanando umolhar maroto para a me.
s vezes, eu ficava entediado e dormia,acrescenta Andreas, que na poca tinha ape-nas cinco anos. Mas depois, acordava para o
lanche.O irmo Ronndahl explica que,
quando os filhos eram pequenos, aesposa costumava preparar lies
de mais de uma hora de durao,e as crianas pequenas tinhamdificuldade para acompanhar.
Agora, a famlia Ronndahl temoito filhos, com idades entre 8 e 23
anos. A mais velha, Rebecka, serviu comomissionria de tempo integral e agora fazfaculdade nos Estados Unidos.
Os pais decidiram mudar a maneira de realizar a noite familiar. Reunimos afamlia e perguntamos: O que gostariamde fazer?, conta a irm Ronndahl. Os paisno ficaram nada surpresos ao verificaremque as crianas gostavam do lanche, dasbrincadeiras e dos hinos. Elas at gostavamda idia de uma lio, desde que fossecurta. O irmo Ronndahl resume bem asituao ao dizer que os ingredientes cer-tos estavam presentes, mas talvez no naquantidade correta. Constatamos que erapreciso tambm enfocar o lado divertido,afirma.
A irm Ronndahl decidiu preparar umjantar mais caprichado do que o de cos-tume para que a noite de segunda-feira j comeasse de uma maneira especial.
CARIDADEA escritura favorita deIsabelle, de 14 anos, Morni 7:4548. So ver-sculos que tratam dacaridade, o puro amor deCristo. E gosto principal-mente do versculo 45,diz Isabelle. Nele apren-demos sobre as qualida-des maravilhosas dacaridade e do amor. Issome ajuda a lembrar que a caridade o que real-mente importa para vol-tarmos presena do Pai Celestial.
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Acrescentaram tambm muitas brincadei-ras, canes e hinos. Alm disso, diminu-ram a lio para uns 10 minutos. A receitadeu certo. As crianas comearam a aguar-dar a segunda-feira com ansiedade, reju-bila-se Kristina. Todos passaram a adorar.
Agora que os filhos esto maiores, aslies ficaram um pouco mais longas e profundas. Rosanna, de 20 anos, comenta:Hoje conseguimos dar lies excelentes.Adoramos falar do evangelho e outrosassuntos. empolgante, pois temos muitasopinies e idias. mais interessante agoraporque falamos sobre o que temos vontadede falar. Mas a msica, as brincadeiras e o lanche ainda fazem parte integrante dareceita.
Minhas partes prediletasso o lanche e as brincadei-ras, revela Josefin, de 12anos.
O lanche e as brincadeiras,sem dvidas, concordaChristoffer.
Para mim, a melhor parte a msica, diz Rosanna.
A lio, sugere Isabelletimidamente. De imediato, osirmos pem em dvida, emtom de brincadeira, a sinceri-dade de Isabelle. Mas ver-dade, garante ela, sria.
A minha parte preferida a noite familiarinteira, afirma Andreas. A lio, as msicas,as brincadeiras, o lanche tudo junto muito divertido. Se fizssemos a noite fami-liar sem lio ou sem brincadeiras ou hinos,pareceria estar faltando algo.
Adoro quando eu e o Brynolf no temos
nenhuma incumbncia nanoite familiar, diz a irmRonndahl. Podemos, ento, sermeros espectadores enquanto as crian-as dirigem, do aula e se encarregam dolanche. Eles fazem tudo. So meus dias preferidos.
Outro ingrediente essencial na receita da famlia Ronndahl para um lar feliz o conselho de famlia que realizam todos osdomingos depois das reunies da Igreja. Elestratam das atribuies de cada pessoa para a noite familiar seguinte. Como alternam os
encargos, todos tm a oportunidade de fazertudo da lio ao lanche, passando pelasescrituras. Nessa ocasio, falam tambm dastarefas domsticas regulares e de como estcada membro da famlia.
Contudo, as reunies no acontecem s no domingo e na segunda-feira. TantoSamuel, de 10 anos, como Johannes, de
28
COMO BRINCARDE GUIA CEGOA brincadeira favorita danoite familiar de Josefin,de 12 anos, simples emuito divertida. Todosformam um crculo, euma pessoa escolhidapara ser o guia. Recebeuma venda nos olhos evai para o centro da roda.Apontando o dedo, o guiamanda as pessoas do crculo andarem para adireita ou para a esquerda mudando o sentido derotao do crculo sempreque mudar a direo deseu dedo. Quando o guialevanta as mos, todosparam. Ento, o guiaaponta, s cegas, para o crculo. A pessoa que o guia apontar precisafazer um barulho qual-quer: forte ou fraco,engraado ou o que seja.Se o guia adivinhar quemfoi a pessoa que fez orudo, ela se torna o novo guia. Caso noacerte, o jogo continuacom o mesmo guia.
8 (o caula), declaram que gostamdos passeios e piqueniques emfamlia. O pai concorda. Todos ns adoramos nadar, seja onde for: lagos, mar, rios, conta o irmoRonndahl. Tambm se renem paracantar e tocar instrumentos, for-mando um conjunto musical, poisquase todos tocam um ou mais instrumentos.
Toda essa unio acabou por trans-form-los em melhores amigos, eno apenas membros da mesmafamlia. Eles se amam e se apiammutuamente. Fortalecem uns aosoutros. Talvez seja por isso que pas-sam tanto tempo juntos.
Ao se fortificarem mutuamente,os membros da famlia Ronndahltambm fortalecem a ala e a estaca.Vamos a todas as atividades da estaca e todos os passeiose conferncias para os jovens, ressalta o irmo Ronndahl.Incentivamos nossos filhos a participarem de todos oseventos da estaca e ala. Como as alas aqui no so muitograndes, h atividades de estaca para reunir os jovens com a maior freqncia possvel. Os filhos mais velhos
tambm freqentam o seminrio.No passado, tanto o pai como ame serviram como professoresdesse programa, e claro que tam-bm participam ativamente de suasclasses e quruns na Igreja.
Esses so os ingredientes que,misturados com cuidado, ajudamessa famlia a ter tanta harmonia.Do mais novo ao mais velho, depai a filho, todos adoram estarjuntos, pois se amam. E so in-meras as atividades familiares preferidas, como nadar no mar ou brincar de guia cego na noitefamiliar (ver detalhe). Uma das coisas de que mais gosto nanossa famlia a msica,revela a irm Ronndahl.Somos uma famlia
musical. Adoramos cantar. verdade: todos na famlia Ronndahl
adoram cantar. Gostam tambm de ouvir osoutros cantarem principalmente a hilriavozinha em falsete que ecoa na cozinha nosbado de manh.
U N I OF A M I L I A RA famlia deve orar junta,ajoelhando-se noite e demanh para agradecer pelas
bnos e fazer pedidos relativos a problemascomuns a todos.
A famlia deve adorar o Senhor junta, parti-cipando das reunies da Igreja e devocionaisda famlia.
Os membros da famlia devem estudar eaprender juntos. ()
A famlia deve trabalhar em conjunto. ()Deve tambm se divertir em conjunto, para queexperincias recreativas felizes sejam associa-das s atividades familiares.
A famlia deve reunir-se em conselho, abor-dando todos os assuntos que digam respeito aela e seus integrantes.
A famlia deve fazer as refeies reunida. Ahora das refeies um momento privilegiadopara a famlia se reunir e se comunicar.
lder Dallin H. Oaks, do Qurum dos DozeApstolos, Parental Leadership in the Family,Ensign, junho de 1985, pp. 1011.
A LIAHONA JULHO DE 2008 29
L D E R W O L F G A N G H . PA U LDos Setenta
C omo vai ser a sua vida daqui a 10 ou20 anos? Que tipo de emprego oucarreira voc vai ter? Que chamadosvai receber na Igreja? Como vai ser a suafamlia?
Posso responder a todas essas perguntascom certeza absoluta: tenho certeza de queno sei. Mas estou igualmente convicto deque Deus, por Sua vez, o sabe. E se vocconfiar Nele e entregar sua vida nas mosDele, ver que Ele o levar em direes ines-peradas, dando-lhe experincias e oportuni-dades maravilhosas.
Confia no Senhor de todo o teu cora-o, e no te estribes no teu prprio enten-dimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos,e ele endireitar as tuas veredas (Provrbios3:56).
O mesmo Deus que comanda o destinodas naes Se importa o bastante comvoc, um de Seus filhos, para abeno-lo
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O Senhor moldar asua vida segundo ospropsitos Dele, sevoc permitir. Egrandes bnosresultaro.
A MoOrientadorade Deus
individualmente. Testemunhei e vivencieiesses dois exemplos da mo orientadora deDeus.
Abenoar Naes Inteiras
Na minha infncia e adolescncia, aAlemanha era uma nao dividida. A parteocidental, onde eu vivia, era livre e demo-crtica e se tornou prspera. A metadeoriental era governada por um regimecomunista aliado Unio Sovitica. Umafronteira separava a Alemanha Oriental daAlemanha Ocidental, com muros, arame far-pado, campos minados e torres vigiadas porguardas com metralhadoras. Encurraladosno Leste e separados por essa fronteirahavia vrios santos dos ltimos dias queansiavam por liberdade de culto e pelasbnos do templo.
Ns, membros da Igreja, sabamos queum dia como cumprimento de profecias o evangelho seria pregado em todas asnaes (ver Mateus 24:14). Mas como osexrcitos pareciam to poderosos e os ILU
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governos, to duros de corao, temamosque somente um grande conflito interna-cional ou outra calamidade planetriapudesse provocar as mudanas necessriasna Alemanha Oriental, Polnia e demais pa-ses sob dominao sovitica.
Mas o Senhor sabia que no seria assim. OPresidente Spencer W. Kimball (18951985)desafiou todos os membros da Igreja a ora-rem para que as fronteiras se abrissem. E de modo lento, mas decerto miraculoso, as coisas comearam a mudar. O governo da Alemanha Oriental permitiu a construode um templo em seu territrio, e o Templode Freiberg Alemanha foi dedicado em 1985.Ento, em 1988, depois de solicitaes doslderes da Igreja, o governo concordou emdeixar os missionrios entrarem no pas e os missionrios da Alemanha Oriental servi-rem no exterior. Em novembro de 1989, ogoverno da Alemanha Oriental abriu o Murode Berlim, que logo foi demolido. O governocaiu, e a Alemanha se reunificou sob umregime democrtico.
Os historiadores apontam muitas causaspara esses eventos extraordinrios. Contudo,no tenho dvidas de que, por trs de tudoisso, o Senhor estava guiando o destino des-sas naes a fim de cumprir Seus desgnios.
Guiar a Vida das Pessoas
Esse mesmo Deus