O Esprito de Senhor sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de corao
Lc 4.18 O Esprito de Senhor sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de corao
Lc 4.18
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A verdadeira prosperidade no reside no acmulo de bens
materiais, mas se encontra na abundncia dos bens espirituais que a
Graa de Nosso Senhor Jesus Cristo nos proporciona.
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1- Jesus, vendo a multido, subiu a um monte, e, assentando-se,
aproximaram-se dele os seus discpulos; 2- e, abrindo a boca, os
ensinava, dizendo: 3- Bem-aventurados os pobres de esprito, porque
deles o Reino dos cus; 4- bem-aventurados os que choram, porque
eles sero consolados; 5- bem-aventurados os mansos, porque eles
herdaro a terra; 6- bem-aventurados os que tm fome e sede de
justia, porque eles sero fartos;
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7- bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcanaro
misericrdia; 8- bem-aventurados os limpos de corao, porque eles
vero a Deus; 9- bem-aventurados os pacificadores, porque eles sero
chamados filhos de Deus; 10- bem-aventurados os que sofrem
perseguio por causa da justia, porque deles o Reino dos cus; 11-
bem-aventurados sois vs quando vos injuriarem, e perseguirem, e,
mentindo, disserem todo o mal contra vs, por minha causa. 12-
Exultai e alegrai-vos, porque grande o vosso galardo nos cus;
porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vs.
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Ter paz e comunho com Deus I Co 1.9 ter a certeza de que Jesus
supre todas as necessidades Sl 23.1 ter alegria em toda e qualquer
situao I Ts 1.6; Hc 3.17-18 cantar e adorar ao Senhor em todo o
tempo At 16.23-25 Ser regenerado Tt 3.5 Experimentar uma mudana
interior - II Co 5.17
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1 O significado das bem-aventuranas. O Sermo da Montanha do
Evangelho de Mateus o texto mais importante do Novo Testamento.
Aqui esto expressos os principais conceitos do cristianismo e
contm, sem dvida, a sntese da mensagem de Jesus. Afirmava Mahatma
Gandi que se toda a literatura ocidental de perdesse e restasse
apenas o Sermo da Montanha, nada se teria perdido. O Sermo comea
com as Bem-aventuranas, que so a sntese dos passos da iniciao
crist, que o processo de evoluo do esprito em sua jornada
terrena.
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Aqui esto descritos, de um modo impressionante e com uma
clareza cristalina, os passos que o homem deve seguir para chegar
ao Reino dos Cus. Consiste da afirmao do passo iniciativo, seguida
da afirmativa que se refere conseqncia desse passo. Seguem uma
ordem ascendente. Os passos so citados iniciando da condio terrena
e material, que leva o esprito encarnado at sua libertao da cadeia
evolutiva deste Eon. Inicia, pois, com o homem terreno, puramente
materialista. que vive exclusivamente a matria.
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2 Bem-aventurados os pobres Mt 5.3 No primeiro momento
evolutivo, do homem material, preciso perceber que existe nele algo
mais do que a matria que conhece. Que existe nele um esprito. Que
existe um mundo que no matria, que algo que no conhece. Neste
instante inicia-se sua evoluo espiritual. Passa a buscar as coisas
espirituais! Torna-se um mendigo do esprito (uma das tradues usadas
para a frase). Como no conhece nada deste mundo novo ou do seu
esprito, apercebe-se neste instante que um pobre de esprito. Pe o p
na Seara Evolutiva que vai trilhar neste seu perodo evolutivo
terreno.
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Esta j por si s uma assertiva maravilhosa, mostrando de que
modo o homem entra no caminho evolutivo deste Eon. Mais maravilhosa
a afirmativa seguinte, conseqncia deste passo: "Porque dele o Reino
dos Cus". Aqui est claro, aquele que pe o p na seara
inevitavelmente chegar ao fim! Quando o homem se inicia no caminho
de mendigo do esprito fatalmente chegar ao Reino. Por bem ou por
mal, aquele que iniciou a seara chegar ao fim, porque nele est a
potencialidade divina que foi acordada pela sua vontade. A realizao
inevitvel, simplesmente questo de mais ou menos tempo. Esta
consolao maravilhosa que se encontra na primeira bem-aventurana,
vem para nos confortar, a ns que estamos neste caminho. Como
pode-se ver, existe um sentido muito mais profundo em cada palavra
do Evangelho de Jesus. Basta que se tenha "olhos de ver"!
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3 Bem-aventurados os que choram Mt 5.4 Tendo colocado o p no
caminho, o homem inicia sua espiritualizao. Passa a sentir-se como
um estranho no mundo material. As coisas do mundo no lhe do mais a
mesma satisfao e, no tendo ainda a consolao das coisas do esprito,
chora e sofre! Neste momento o ser em evoluo encontra- se em total
desespero; sente-se abandonado. Saiu de um mundo mas no encontrou
ainda outro.
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Muitos de ns nos encontramos neste estgio. Sentimos que existe
um mundo maior, alm do mundo, mas no conseguimos penetrar nele.
Permanecemos presos ao mundo em que vivemos, aos seus valores. Por
isto sofremos. Mas, exatamente devido a este sofrimento, somos
impelidos a buscar o entendimento e a consolao. Buscando,
certamente encontraremos "Busca e achars". A consolao est em todo
canto; basta que tenhamos "olhos de ver" Desta forma, a consolao
est clara aqui nessas palavras do Evangelho pelas quais j passamos
tantas vezes sem nunca termos visto a consolao que existe nelas. Os
que sofrem sero consolados!
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1 Bem-aventurados os mansos Mt 5.5 Esta bem-aventurana j foi
muito mal interpretada por ignorantes e interesseiros, que atribuem
a ela a afirmao de que o homem deve ser submisso instituio
religiosa, ser manso, e que acena com a possibilidade de assim
obterem ganhos materiais. "Se aceitares as coisas da igreja, neste
mundo mesmo recebers a recompensa" isto foi muito usado para
beneficiar aquele que "colaboravam". Vamos interpretao inicitica
crist. O homem que ps o p no caminho, sentiu-se sozinho e buscou a
consolao. Este homem no mais luta com as coisas do mundo. Adquiriu
a compreenso de que mundo material nada mais do que a manifestao de
um mundo astral. Que no adianta bater de frente com as coisas do
mundo, elas tm uma Lei. Que a natureza tem um ritmo, contra o qual
no possvel lutar.
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Com este entendimento torna-se manso. No luta contra as coisas
do mundo, coloca-se na posio em que a corrente do mundo flui.
Coloca-se no "caminho perfeito". Nesta situao, as coisas terrenas
passam a acontecer de modo a benefici-lo. A natureza passa a
trabalhar para este homem manso. Ele usa suas foras para colocar-se
na direo de receber o que deseja, porque entende como a Lei se
cumpre. Este homem manso, mas no covarde; um grande lutador, que
luta com sabedoria. A conseqncias de ser assim manso herdar a
terra. Os bens materiais lhe so dados em acrscimo. impressionante a
seqncia do passo com a conseqncia dele. Neste estgio encontram-se
os homens que sabem viver com o que possuem podem ser ricos que
usam bem sua riqueza, e podem ser pobres que esto em harmonia com o
que tm.
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2 Bem-aventurados os que tm fome e sede de justia Mt 5.6 O
homem que herdou a terra, que vive em paz com as coisas materiais,
passa a ter uma aspirao tica mais ampla. J entendeu a Justia do
mundo. Procura encontrar no mundo a presena de Deus. Busca encontra
a Justia em tudo o que v: tem fome de Justia! Este j um homem
superior a mdia, o homem que do fundo do seu corao procura ser
justo.
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Nesta busca vai encontrar a mo e Deus em tudo que ocorre no
mundo. Vai entender a Lei do Carma. Este homem entende que o
momento que vive foi criado por ele mesmo no passado. Com este
entendimento encontra a Justia. No passo anterior, conheceu a
Justia do mundo, e aprendeu como as leis da natureza fazem a sua
Justia. Neste passo entende a Justia de Deus, a Justia que comanda
tudo que independe do mundo.
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3 Bem-aventurados os misericordiosos Mt 5.7 Quem olha para fora
SONHA; quem olha para dentro DESPERTA. Neste quinto passo
inicitico, o homem inicia-se no esprito de Deus. Passa a ter a
compreenso de que existe algo alm da Justia. Que h uma fora maior
do que a Lei. Que h alguma coisa que o une aos outros homens. Este
algo mais alm da Justia a Misericrdia! A semente dessa Misericrdia
existia em seu corao desde o incio, mas o homem s tem condio de
perceber a Misericrdia depois de conhecer a Justia. A Misericrdia
antes da Justia gera a desarmonia e o caos.
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O sentimento de Misericrdia, que estava escondido dentro de seu
corao, manifesta-se neste momento e o homem se torna
misericordioso. Torna-se naturalmente misericordioso, como ocorre a
cada passo, confirmando a afirmao inicial de que quem pe o p no
caminho chegar ao Reino dos Cus. A conseqncia deste passo que
encontrar a Misericrdia. S sendo misericordioso que se pode
entender a Misericrdia de Deus, pois esta no est em qualquer lgica
ou raciocnio humanos. Sendo misericordioso o homem encontrar a
Misericrdia para elev-lo no caminho de Deus. No por seus mritos que
chegou aqui e nem ser por eles que seguir adiante, simplesmente
pela Misericrdia de Deus! Encontramos poucos exemplos de homens
neste quinto passo inicitico. A verdadeira Misericrdia vem depois
da Justia. S misericordioso quem foi Justo, fora disto temos pena e
d de nossos semelhante, por egosmo, porque vemos na sua mazela a
possibilidade de sofremos igual mazela. A Misericrdia divina, por
outro lado, transcende nosso entendimento de Justia terrena podemos
ter uma compreenso disto no Livro de J.
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1 Bem-aventurados os limpos de corao Mt 5.8 Neste sexto passo o
homem se identifica com Deus! J no passo anterior o homem
transcendeu ao mundo, j se encontra caminhando em terrenos do
corao, onde a lgica e o raciocnio humanos no alcanam. Aqui o homem
saiu de si, j no mais sozinho, encontrou Misericrdia por tudo e por
todos. Este tudo e estes todos fazem parte dele neste momento
evolutivo. Todo o egosmo saiu do seu corao, e o homem torna-se um
"puro de corao"! Este o momento evolutivo em que o peregrino pode
dizer "Eu e o Pai somos um"!
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Neste momento a vontade do Homem a vontade de Deus! Homem com H
maisculo, porque neste estgio se encontra o verdadeiro Homem, o
unignito, o primeiro nascido. O Mestre Jesus, saindo de sua iniciao
no deserto para ser batizado e iniciar sua visa pblica. Este passo
inicitico corresponde ao Amor! S existe o verdadeiro amor depois
que se vence o mundo, que se conhece a Justia e que se teve a
Misericrdia. Antes disto o amor egosmo! A conseqncia deste passo
clara": "ver a face de Deus". O peregrino deste passo identifica-se
com Deus, mas no Deus. "Eu e o Pai somos Um, minha vontade a
vontade do Pai, mas eu no sou o Pai". Nada mais claramente expressa
estas afirmaes do que "ver a face de Deus".
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2 Bem-aventurados os pacificadores Mt 5.9 Poderamos supor que o
Homem que est diante da face de Deus, que uno com Ele, tivesse
terminado sua peregrinao evolutiva neste Eon. O evangelho ainda lhe
reserva mais um passo. Este Homem que verdadeiramente amou o mundo,
no poderia simplesmente partir liberto sozinho! Tem que levar
consigo os seus amados. No pode terminar sua peregrinao sem que
todos seus amados sejam tambm libertos. Tem que trazer a Paz aos
que ficaram para trs! "Bem- aventurados os pacificadores".
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Este o stimo passo inicitico, que representado pela "Paixo de
Cristo". O Homem veio trazer a Paz a ns todos que ficamos: "Eu vos
dou a minha Paz", "Eu vos deixo a minha Paz". No possvel deixar de
voltar para trazer a Paz quele que verdadeiramente amou. A
conseqncia deste passo aqui expressa de uma maneira clara e
cristalina. Eis o verdadeiro pacificador, que ser chamado "Filho de
Deus "! O filho de Deus est um passo adiante daquele que v a face
de Deus. Alm de ser uno em vontade uno em essncia: filho!
impressionante como pode estar contido tanto em to poucas palavras,
e de modo to claro. Porm mais impressionante de que modo tais
palavras tm sido distorcidas da realidade, visando interesses
terrenos e escusos.
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3 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justia Mt 5.10-11
Este o passo do sofrimento de Jesus na cruz. Ali estava o filho de
Deus perseguido por causa da Justia, sendo crucificado. necessrio
que se seja crucificado por causa desta Justia e que nesta
crucificao o iniciado seja capaz de perdoar: "Pai perdoai os porque
no sabem o que fazem". Para ser filho de Deus necessrio ser
pacificador, mas para entrar no Reino necessrio este oitavo passo,
que decorre naturalmente de ser pacificador. O pacificador
perseguido por causa da Justia, e crucificado porque no mais deste
reino terreno. do Reino dos Cus! bem-aventurado o que sofre esta
perseguio. Esta perseguio ocorre exatamente do atraso evolutivo dos
amados que ficaram. A grandeza do ato do iniciado fica expressa
nesta perseguio, tanto maior quanto maior for o desnvel evolutivo
entre este Homem e seus amados.
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Esta oitava bem-aventurana vem a ser tambm a afirmao de que
todos ns que habitamos neste mundo seremos libertos e atingiremos o
Reino dos Cus. Por bem ou por mal, cada um de ns ser um dia um
Filho de Deus! Esta uma consolao que Evangelho nos traz, para que
tenhamos nimo na peregrinao terrena. Mesmo os que no mendigaram
pelas coisas do esprito e dessa forma puseram o p na Seara, mesmos
estes tero o Reino, porque a Justia os persegue. Habita em cada um
de ns o Deus vivo e, mesmo que no tenhamos qualquer conscincia
disso, far-se- a Justia. justo que todos sejamos libertos! Pela dor
ou pelo amor trilharemos cada um de ns esses passos iniciticos at
que o Cristo se manifeste em ns. Neste passo praticamente se
encerra a peregrinao do iniciado neste Eon. Este oitavo passo
inicitico termina com a afirmao idntica inicial: "Porque dele o
Reino dos Cus".
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O cristo tem uma vantagem. Podemos entrar nas dificuldades da
vida, na batalhas e situaes aparentemente impossveis, sabendo que
Deus nos ajudar. (Is 64.4). Apesar de termos uma vida cheia de
provaes e lutas temos a certeza de que somos mais que vencedores.
Rm 8.37 No podemos esquecer que se estamos no topo da vida
material, temos um Deus que nos colocou l pela Sua vontade, no foi
por mritos nosso. se formos infiis, ele permanece fiel; no pode
negar- se a si mesmo. II Tm 2.13; imaginem se no mnimo tentarmos
ser fiis ao Senhor como Ele nos vai abenoar.