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LICITAÇÕES E CONTRATOS Gabinete Procurador-Geral de Contas José Aêdo Camilo

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LICITAES E CONTRATOSGabinete Procurador-Geral de ContasJos Ado Camilo

01. Licitaes e Contratos02. Contratos e o novo Regimento Interno;03. Primeira, segunda e terceira fases autuados com a formalizao de processo nico: 2.1. Hipteses de aprovao; 2.2. Hipteses de no aprovao;04 Primeira, segunda e terceira fases. Procedimento licitatrio gerador de mais de uma contratao: 3.1. Hipteses de aprovao; 3.2. Hipteses de no aprovao;05. Ato Nulo;06. Outros Instrumentos Hbeis; 07. Sobrestamento08 Termo Aditivo;09 Das Medidas Cautelares;10. Plano Plurianual;11. Pareceres;12. Jurisprudncias. TPICOS

LICITAES E CONTRATOS A Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, Lei de Licitaes e Contratos Administrativos, e a Lei n. 10.520, de 17 de julho de 2002, Lei do Prego, constituem a legislao bsica sobre licitaes e contratos para a Administrao Pblica. Regulamentao: Lei n. 8.666/1993 e Art. 37, XXI, da CF/88 que institui normas para licitaes e contratos da Administrao Pblica.

Legislao que rege as licitaes:

Constituio Federal/88 - Art. 22, XXVII e Art. 37, XXI;Lei n. 8.666, de 21/06/1993 - Lei de Licitaes e ContratosLei n. 10.520, de 17/07/2002 - Instituiu a modalidade pregoDecreto n. 3.555, de 08/08/2000 - regula o pregoDecreto n. 5.450, de 31/05/2005 - regula o prego eletrnicoDecreto 7.892, de 23/01/2013 - regulamenta o sistema de registro de preo.

LICITAO Licitao o procedimento administrativo formal em que a Administrao Pblica convoca, por meio de condies estabelecidas em ato prprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentao de propostas para o oferecimento de bens e servios. Objetiva garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administrao, de maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e a possibilitar o comparecimento ao certame do maior nmero possvel de concorrentes. A Lei n 8.666/1993, ao regulamentar o artigo 37, inciso XXI, da Constituio Federal, estabeleceu normas gerais sobre licitaes e contratos administrativos pertinentes a compras, obras, servios, inclusive de publicidade, alienaes e locaes no mbito dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios

Nas licitaes pblicas vedado aos agentes pblicos: admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocao, clusulas ou condies que comprometam, restrinjam ou frustrem o carter competitivo e estabeleam preferncias ou distines em razo da naturalidade, da sede ou domiclio dos licitantes ou de qualquer outra circunstncia impertinente ou irrelevante para o especfico objeto do contrato; estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciria ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agncias internacionais, ressalvado o disposto no 2 do art. 3 da Lei n 8.666/1993. Orientaes bsicas, com base na legislao em vigor, inclusive roteiro de procedimentos a adotar para realizar as diversas modalidades, dispensa e inexigibilidade de licitao. A licitao deve atender trs exigncias pblicas: - Proteo aos interesses e recursos pblicos; - Respeito aos princpios da isonomia e impessoalidade; - Obedincia aos reclamos da probidade administrativa

A licitao no deve perder seu objetivo principal, que obter a proposta mais vantajosa Administrao, mediante ampla competitividade, a teor do art. 3, caput, da Lei 8.666/1993. Acrdo TCU 1734/2009 Plenrio (Sumrio)

Princpios da Administrao Pblica Previstosno Artigo 37 da Constituio Federal

LegalidadeImpessoalidadeMoralidadePublicidadeEficinciaCONTRATO Contrato Administrativo o ajuste que a Administrao, agindo nessa qualidade, firma com o particular ou outra entidade administrativa para a consecuo de objetivos de interesse pblico, nas condies estabelecidas pela prpria Administrao, pelo disposto na Lei Federal n 8.666/1993, Regimento Interno n76/2013 e Lei Complementar n 160/2012. A Lei Federal n 8.666/1993, estabelece em seu Artigo 2 - Pargrafonico.Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre rgos ou entidades da Administrao Pblica e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formao de vnculo e a estipulao de obrigaes recprocas, seja qual for a denominao utilizada. Em atendimento ao Regimento Interno n 76/2013 em seu inciso II do artigo 120:

segunda fase, na qual sero realizados o exame e o julgamento da matria relativa regularidade do contrato administrativo firmado, quanto ao teor do seu termo ou do instrumento que o substituiu, tal como carta contrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra ou ordem de execuo de servio;

Estimativa do Valor da Contratao As Contrataes pblicas podero ser efetivadas somente aps estimativa prvia do respectivo valor, que deve obrigatoriamente ser juntada ao processo de contratao e ao ato convocatrio divulgado. Estimativa do valor da contratao o principal fator para escolha da modalidade de licitao a ser adotada, exceto quanto concorrncia ou ao prego, que podem ser utilizados independentemente do valor a ser contratado. Essa estimativa tambm tem por finalidade, especialmente: verificar se existem recursos oramentrios suficientes para o pagamento da despesa com a contratao; e servir de parmetro objetivo para julgamento das ofertas apresentadas.

Com referncia as obras e servios, a estimativa ser detalhada em planilhas que expressem a composio de todos os custos unitrios, ou seja, a estimativa do valor da contratao deve estar disposta sob a forma de oramento estimado em planilha de quantitativos e preos unitrios.

Art.23 da Lei Federal n. 8.666/93:

As modalidades de licitao a que se referem os incisos I a III do artigo anterior sero determinadas em funo dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratao:

TIPOCONVITETOMADA DE PREOCONCORRNCIAObras e servios de engenhariaAt 150 milDe 150 mil a 1.500.000,00Acima de 1.500.000,00Compras e servios At 80 milDe 80 mil a 650 milAcima de 650 milMODALIDADES DE LICITAO O estatuto de Licitaes e Contratos estabelece em seu artigo 22 as modalidades de licitao:

- Concorrncia ( Art. 22 1); - Tomada de Preos (Art. 22 2); - Convite (Art. 22 3) ; - Concurso (Art. 22 4); - Leilo (Art. 22 5); - Prego (Lei Federal n 10.520/2002 Art. 9 Aplicam-se subsidiariamente, para a modalidade de prego, as normas da Lei n. 8.666/1993.) EXCEES: Dispensa e Inexigibilidade de LicitaoCONTRATOS E O NOVO REGIMENTO INTERNO TC/MS O novo Regimento Interno aprovado pela Resoluo Normativa TC/MS n. 76, de 11 de dezembro de 2013, ocasionou mudanas significativas nos contratos celebrados pela Administrao Pblica.

Dentre as modificaes, passaram a ser previstas mudanas no mbito das fases do contrato, com a incluso da 3 fase, conforme atesta o artigo 120, incisos I, a e b, II e III, do citado dispositivo legal, destacando-se, no caso, o artigo em questo:

Art. 120. O controle externo dos atos de contratao pblica e de execuo do objeto do contrato ser exercido, pelo Tribunal, nos mbitos das seguintes fases:

I - primeira fase, na qual sero realizados o exame e o julgamento da matria relativa regularidade do procedimento:

a) licitatrio, inclusive, conforme o caso, da formalizao ou da adeso ata de registro de preos;

b) de dispensa ou de inexigibilidade de licitao;

II - segunda fase, na qual sero realizados o exame e o julgamento da matria relativa regularidade do contrato administrativo firmado, quanto ao teor do seu termo ou do instrumento que o substituiu, tal como carta contrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra ou ordem de execuo de servio;

III - terceira fase, na qual sero realizados o exame e o julgamento da matria relativa regularidade dos atos de execuo do objeto do contrato, especialmente quanto:

- Por conseguinte, as fundamentaes tambm sofreram alteraes substanciais, passando a vigorar com as seguintes redaes:

PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA FASES REGULARES, AUTUADOS COM A FORMALIZAO DE PROCESSO NICO - legalidade e regularidade do procedimento licitatrio, nos termos do artigo 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, inciso I, a, e artigo 121, inciso I, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;1 fase- legalidade e regularidade da formalizao do contrato, nos termos do artigo 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o inciso II do artigo 120, e inciso II do artigo 121, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

2 fase- legalidade e regularidade da prestao de contas da execuo financeira do contrato, nos termos do art. 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com os artigos 120 inciso III e 121 inciso III, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

3 fase

HIPTESES DE NO APROVAO O art. 312 do Regimento Interno anterior definia com clareza o julgamento dos processos ilegais, atravs de seu inciso II.

O novo Regimento Interno no faz meno aos processos ilegais, razo pela qual adotamos o art. 59, da Lei Complementar n. 160/2012, em destaque:

Art. 59. As prestaes de contas sero consideradas:

I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatido dos demonstrativos contbeis e a legalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gesto do responsvel;

II - regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade de natureza meramente formal, assim consideradas as condutas no compreendidas nas disposies do inciso III;

III - irregulares, quando for comprovada a prtica de infrao, nos termos do disposto no art. 42.

Desta forma, so as seguintes as fundamentaes elementares utilizadas para os processos ilegais autuados com a formalizao de processo nico:

- ilegalidade e irregularidade do procedimento licitatrio, nos termos do artigo 59, inciso III, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o inciso I, a, do artigo 120, e inciso I do artigo 121, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;1 fase- ilegalidade e irregularidade da formalizao do contrato, nos termos do artigo 59, inciso III, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, inciso II, e artigo 121, inciso II, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

2 fase- ilegalidade e irregularidade da prestao de contas da execuo financeira do contrato, nos termos do art. 59, inciso III, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120 inciso III e artigo 121 inciso III, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

3 fase De acordo com o art. 121, inciso IV da RN/TC/MS n. 76/2013, o julgamento da matria compreendida no mbito da terceira fase, observado o disposto no art. 120, 1, 2 e 3, poder:

a) ser feito em conjunto com as matrias compreendidas nos mbitos das primeira e segunda fases (inc. II), se, pelo desfecho da tramitao processual, for vivel tal proceder;

b) dever ser feito isoladamente, se no for vivel o julgamento conjunto previsto nas disposies da alnea a.

PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA FASES. PROCEDIMENTO LICITATRIO GERADOR DE MAIS DE UMA CONTRATAO

Resoluo Normativa TC/MS n. 76, de 11 de dezembro de 2013.

Art. 122. Tratando-se de nico procedimento licitatrio gerador da contratao de mais de uma pessoa fsica ou jurdica:

I - os documentos relativos matria compreendida no mbito da primeira fase (procedimento licitatrio ou dispensa ou inexigibilidade de licitao) sero recebidos e autuados com a formalizao de processo nico;

II - o julgamento da matria compreendida no mbito da primeira fase ser isolado e especfico para decidir sobre a regularidade do procedimento licitatrio ou da dispensa ou da inexigibilidade da licitao;

III - os documentos relativos s matrias compreendidas nos mbitos:

a) da segunda fase (contrato) sero recebidos e autuados com a formalizao de processos distintos do processo relativo matria compreendida no mbito da primeira fase, considerando cada uma das contrataes;

b) da terceira fase (execuo do objeto do contrato) sero recebidos e juntados aos autos de cada um dos processos relativos s matrias compreendidas no mbito da segunda fase (alnea a);

IV - os julgamentos das matrias compreendidas nos mbitos das segunda e terceira fases, considerando os processos relativos a cada uma das contrataes (inc. III, a e b) e observado o disposto no art. 120, 1, 2 e 3: a) podero ser feitos em conjunto, se, pelo desfecho da tramitao processual, for factvel tal proceder;

b) devero ser feitos isoladamente, se no for factvel o julgamento conjunto previsto nas disposies da alnea a.

-legalidade e regularidade do procedimento licitatrio, nos termos do artigo 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, inciso I, a, e artigo 122, incisos I e II, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

1 fase- legalidade e regularidade da formalizao do contrato, nos termos do artigo 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, inciso II, e artigo 122, inciso III, a, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

2 fase- legalidade e regularidade da prestao de contas da execuo financeira do contrato, nos termos do art. 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, inciso III e artigo 122, inciso III, b, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

3 faseHIPTESES DE NO APROVAO -ilegalidade e irregularidade do procedimento licitatrio, nos termos do artigo 59, inciso III, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, inciso I, a e artigo 122, incisos I e II, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

1 fase- ilegalidade e irregularidade da formalizao do contrato, nos termos do artigo 59, inciso III, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, inciso II, e artigo 122, inciso III, a, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

2 fase-ilegalidade e irregularidade da prestao de contas da execuo financeira do contrato, nos termos do art. 59, inciso III, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, inciso III e artigo 122, inciso III, b, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

3 fase Os julgamentos das matrias compreendidas nos mbitos das segunda e terceira fases, considerando os processos relativos a cada uma das contrataes (inc. III, a e b, do art. 122, da RN 76/2013) e observado o disposto no art. 120, 1, 2 e 3, podero ser feitos em conjunto, se, pelo desfecho da tramitao processual, for vivel tal proceder ou isoladamente se no for vivel. NULIDADE DO CONTRATO nulo de pleno direito o contrato decorrente de licitao que contenha vcio ou ilegalidade. A nulidade do procedimento licitatrio induz do contrato.

A nulidade ocorre quando verificada ilegalidade no contrato. A declarao de nulidade do contrato administrativo torna o contrato inexistente e invalida seus efeitos passados ou futuros. A Administrao tem o dever de indenizar o contratado pelo que ele tiver executado e por outros prejuzos devidamente comprovados at o momento em que a nulidade for declarada. No cabe indenizao quando for comprovada a responsabilidade do contratado por esses prejuzos.

Observada a ilegalidade do ato administrativo ele h de ser declarado nulo de pleno direito, nos termos do art. 59 da Lei Federal n. 8.666/93, combinado com o artigo 42, Inciso IX, da Lei Complementar n. 160/2012.

Acerca da matria, o mestre Hely Lopes Meirelles em sua Obra Direito Administrativo Brasileiro, (12edio, p. 132), ensina:

Ato nulo o que nasce afetado de vcio insanvel por ausncia ou defeito substancial em seus elementos constitutivos, ou no procedimento formativo. A nulidade pode ser explcita ou virtual. explcita quando a lei comina expressamente, indicando os vcios que lhe do origem; virtual quando a invalidade decorre da infringncia de princpios pblicos especficos do direito pblico, reconhecidos por interpretao das normas concernentes ao ato. Em qualquer destes casos, porm, o ato ilegtimo ou ilegal e no produz qualquer efeito vlido entre as partes, pela evidente razo de que no pode adquirir direitos contra a lei.

H que se destacar, ainda, que a Lei n. 4.717/1965 que regula a AO POPULAR trata da matria nos seguintes termos: Art. 2 So nulos os atos lesivos ao patrimnio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:a) incompetncia; b) vcio de forma; c) ilegalidade do objeto d) inexistncia dos motivos; e) desvio de finalidade.

Pargrafo nico. Para a conceituao dos casos de nulidade observar-se-o as seguintes normas:

a) a incompetncia fica caracterizada quando o ato no se incluir nas atribuies legais do agente que o praticou; b) o vcio de forma consiste na omisso ou na observncia incompleta ou irregular de formalidades indispensveis existncia ou seriedade do ato; c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violao de lei, regulamento ou outro ato normativo; d) a inexistncia dos motivos se verifica quando a matria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explcita ou implicitamente, na regra de competncia. (grifamos)

SUBSTITUIO DO TERMO DE CONTRATO POR OUTROS INSTRUMENTOS HBEIS A celebrao do termo de contrato dispensvel nas compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, das quais no resultem obrigaes futuras (inclusive assistncia tcnica), independentemente do valor pactuado, bem como nos casos em que a Administrao puder substitu-lo por outros instrumentos hbeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra ou ordem de execuo de servio. Nesses casos, aplicam-se, no que couber, as clusulas necessrias para os contratos. Caso no se trate de compras com entrega imediata e integral, das quais no resultem obrigaes futuras (inclusive assistncia tcnica), a celebrao do termo de contrato obrigatria nas contrataes efetivadas por meio da realizao dos seguintes procedimentos:

- Licitaes da modalidade concorrncia e tomadas de preos;

- Dispensas e inexigibilidades cujos preos estejam compreendidos nos limites das duas modalidades de licitao citadas.

Em outras palavras, o instrumento contratual s exigido nas licitaes nas modalidades concorrncia ou tomada de preos, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preos compreendam os valores das duas modalidades citadas.

Nesse sentido, o artigo 62 caput e 4, ambos da Lei n. 8.666/93, estabelecem, in verbis: Art. 62. O instrumento de contrato obrigatrio nos casos de concorrncia e de tomada de preos, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preos estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitao, e facultativo nos demais em que a Administrao puder substitu-lo por outros instrumentos hbeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra ou ordem de execuo de servio.

4. dispensvel o "termo de contrato" e facultada a substituio prevista neste artigo, a critrio da Administrao e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais no resultem obrigaes futuras, inclusive assistncia tcnica.

H que se destacar, inclusive, que acerca das obrigaes futuras, tais como assistncia tcnica, tem-se o Parecer- C n. 02/2012 (TC/58728/2011), que responde a consulta formulada pelo Tribunal de Justia de MS nos seguintes termos:

Indagaes do Consulente:

1. o pargrafo 4 do artigo 62 da Lei n 8.666/93 dispensa o termo de contrato e faculta a substituio prevista neste artigo, a critrio da Administrao e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais no resultem obrigaes futuras, inclusive assistncia tcnica.2. O Tribunal de Justia formaliza o termo de contrato em todas as aquisies de produtos que possuem garantia de assistncia tcnica do fabricante por exigncia de algumas Inspetorias desse Tribunal.

3. As Inspetorias do Tribunal de Contas do Estado vem adotando a exigncia do termo de contrato em determinados momentos, sendo que em outros de casos correlatos faculta tal termo.

Resposta:

No caso, o padronizado termo escrito (ou certificado) que o fornecedor deve preencher e entregar ao consumidor no ato da tradio do produto, cumprindo as prescries do pargrafo nico do art. 50 do CDC, suficiente para assegurar a garantia complementar legal, resultando assim desnecessrio lavrar parte mais um instrumento formal de contrato para cumprir a mesma finalidade.

Mas deve ser esclarecido que diante do interesse ou da necessidade de o consulente contratar outra garantia cabvel ao produto, ou contratar a ampliao da garantia complementar legal que lhe esteja outorgada nos termos do disposto no art. 50 do CDC, deve ser formalizada apropriadamente a contrao, pois que em qualquer de tais casos exigida a instrumentalizao formal ou o termo de contrato, sem viabilidade de dispensa.

DO SOBRESTAMENTO A Resoluo Normativa n. 76/2013 em seu artigo 120, 1, incisos I e II, 2 e 3, incisos I e II, trata da matria da seguinte forma:

1. Os julgamentos das matrias nos mbitos das primeira, segunda e terceira fases so juridicamente distintos; todavia, em decorrncia da cronologia dos eventos:

I - a matria compreendida no mbito da fase subsequente no poder ser julgada antes do julgamento da matria compreendida no mbito da fase antecedente;

II - ser sobrestado o julgamento de matria no mbito da fase subsequente, se houver matria compreendida no mbito da fase antecedente na pendncia de julgamento.

2. Competir ao Conselheiro que relatou a matria no mbito da primeira fase relatar tambm as matrias nos mbitos das segunda fase e terceira fase (art. 84, p. nico, II, a).

3. O sobrestamento do julgamento de matria no mbito de determinada fase ( 1, II), bem como a suspenso de determinado trmite processual, no obstam:

I - a aplicao de medida cautelar, nos termos dos arts. 56, 57 e 58 da Lei Complementar n. 160, de 2012, e do art. 148 deste Regimento;

II - os exames e manifestaes das unidades de auxlio tcnico e administrativo competentes e, no que couber, os exames e pareceres da Auditoria ou do Ministrio Pblico de Contas, que sejam necessrios para evitar a paralisao de qualquer outro trmite processual.

TERMOS ADITIVOS As alteraes (acrscimos ou supresses) devem ser formalizadas atravs de termo aditivo, mediante processo administrativo no qual conste justificativa tcnica, com numerao sequencial. ALTERAES CONTRATUAIS - Alteraes de prazo - Alteraes do valor - Alteraes do objeto: quantitativas e qualitativas

Inicialmente, expressamente vedada a contratao pblica por prazo indeterminado (art. 57, 3 LCC).

Regra: A durao dos contratos regidos pela Lei 8.666/93 ficam adstritos vigncia dos respectivos crditos oramentrios.

ALTERAO DE VALOR1) reajuste (art. 40, inc. XI); 2) atualizao financeira em razo do atraso no pagamento (art. 40, inc XIV, alnea "c"); e 3) restabelecimento do equilbrio da equao econmico-financeira do contrato (art. 65, inc. II, alnea "d"). - Atualizao monetria por atraso no pagamento, tambm denominada correo monetria, a alterao do valor contratual em face da desvalorizao nominal da moeda, durante do atraso no pagamento (art. 40, inc. XIV, alnea "c"). - O REAJUSTE deve retratar a variao efetiva do custo de produo, desde a data da apresentao da proposta at a data do adimplemento de cada parcela. - Em sntese, o reajuste a alterao do valor contratual em razo da elevao do custo de produo de seu objeto, tendo por base ndices previamente fixados no edital.

Obs.: Pode ser formalizado por mero apostilamento.

- A REVISO DE PREO (reequilbrio) pressupe um acontecimento imprevisvel ou previsvel, mas de consequncias incalculveis, que desequilibra a equao econmico-financeira do contrato, configurando lea econmica extraordinria e extracontratual. Obs.: No h periodicidade mnima.

- ALTERAO QUANTITATIVA - Os acrscimos puramente quantitativos (simples aumento das quantidades previamente estipuladas) esto limitadas aos percentuais previstos no 1 do art. 65.

- ALTERAO QUALITATIVA - As alteraes qualitativas, as que decorrem de modificao do projeto ou de especificaes, exigem, para a sua efetivao, os seguintes requisitos mnimos:existncia de fato superveniente, ou pelo menos de conhecimento superveniente, capaz de ensej-la; b) justificativa tcnica adequada e suficiente; c) no-transmutao ou desnaturao do objeto; e d) respeito aos direitos do contratado.

[email protected]

Todo Termo Aditivo deve ser precedido das justificativas cabveis, parecer tcnico/jurdico e respectiva publicao.

JUSTIFICATIVA O Termo Aditivo deve ser justificado e previamente autorizado por fora do que estabelece o 2 do art. 57 da Lei Federal das Licitaes e Contratos da Administrao Pblica (Lei 8.666/93). A falta de justificativa invalida o aditamento eventualmente ajustado entre as partes.

PARECER JURDICOT.A (Professor Digenes Gasparini) APROVAO DA ASSESSORIA JURDICA. Tal qual ocorre com o contrato, a minuta do termo de prorrogao deve ser examinada e aprovada pela assessoria jurdica. Com efeito, a prorrogao um acordo e todo acordo deve ser analisado e aprovado por esse rgo da Administrao conforme inferido do pargrafo nico do art. 38, ainda que esse dispositivo no se refira a termo de aditamento, termo aditivo ou termo de prorrogao.

PUBLICAO - Termo Aditivo PUBLICAO. A publicao alm de outras, tem por finalidade dar eficcia prorrogao, consoante enuncia o pargrafo nico do art. 61 da Lei federal das Licitaes e Contratos da Administrao Pblica. Deve ser feita na imprensa oficial, segundo o rito fixado nesse pargrafo, ou seja, deve ser providenciada at o quinto dia til do ms seguinte ao da sua assinatura, tendo sua publicao que ocorrer dentro dos vinte dias subseqentes.

Pelo antigo Regimento Interno os Termos Aditivos s contrataes constituam atos pertinentes a sua execuo (art. 320).

No Regimento Interno atual os termos aditivos fazem parte da 2 fase, uma vez que alteram as Clusulas Contratuais.

- legalidade e regularidade da formalizao do termo aditivo, com fulcro no inciso I do art. 59, da Lei Complementar n. 160/2012, Combinado com o 4 do art. 120, e inciso II do art. 121, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

TERMO ADITVO REGULAR AUTUADO COM FORMALIZAO DE PROCESSO NICO- legalidade e regularidade da formalizao do termo aditivo, nos termos do artigo 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o 4 do artigo 120, e artigo 122, inciso III, a, ambos do regimento interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

RERMO ADITIVO REGULAR PROCEDIMENTO LICITATRIO GERADOR DE MAIS DE UMA CONTRATAO*Termo Aditivo Ilegal: nos termos artigo 59, inciso III, da Lei Complementar n. 160/2012. Legalidade e regularidade com ressalva e multa ao Jurisdicionado, com fulcro no artigo 44, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, pela infringncia ao pargrafo nico do art. 61, da Lei Federal n. 8.666/93;

Publicao intempestivaT. A.

Legalidade e regularidade com ressalva, com fulcro no artigo 59, inciso II, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o 4 da Resoluo Normativa n. 76/2013, pela infringncia a Instruo Normativa n. 035/2011 - Seo I, Captulo III, 1.2.2 - Letra A;

Remessa Intempestiva

T.AAPOSTILAMENTO O Apostilamento se diferencia do termo aditivo, pois, o primeiro, utilizado para registrar variaes no valor do contrato que no caracterizem alterao do mesmo. Outras pequenas alteraes que no tenham maiores implicaes na execuo contrato, como mudana de endereo das partes, retificaes de CNPJ, tambm podem ser feitas por apostila.

J o termo aditivo deve ser usado para efetuar acrscimos ou supresses no objeto, prorrogaes, alm de outras modificaes admitidas em lei que possam ser caracterizadas como alteraes do contrato.

A indispensabilidade do Termo Aditivo decorre da regra consubstanciada no 8 do artigo 65 da Lei de Licitaes e Contratos, que tornou obrigatria a celebrao do termo de aditamento para toda e qualquer alterao contratual.

DAS MEDIDAS CAUTALARES Na inteligncia do artigo 148 da Resoluo Normativa n. 76/2013 As medidas cautelares sero aplicadas ou determinadas pelo conselheiro relator, incidentalmente, de ofcio ou atendendo ao pedido, nas matrias em que se pretender assegurar a efetividade do controle externo (LC n. 160, de 2012, arts. 56 a 58):

Sendo assim, de acordo com o 1 do citado dispositivo legal a medida cautelar poder ser:

I - requerida pelo Procurador-Geral do Ministrio Pblico de Contas ou pelo jurisdicionado ou interessado;

II - aplicada:

a) a qualquer tempo, independente da fase ou instncia em que se encontrar o processo, inclusive como ato inaugural de processo de iniciativa do Tribunal, nos termos dos arts. 134 e 135 (Pedido de Informao e Proposio de Averiguao Prvia) e do art. 144 (Relatrio-Destaque);

b) liminarmente, pelo Conselheiro relator, independentemente de prvia manifestao do jurisdicionado por ela afetado;

III - revogada a qualquer tempo.

3. Transcorrido o prazo para a manifestao do jurisdicionado, com ou sem a apresentao dela, o Conselheiro relator dever, em relao matria:

I - submet-la ao exame do Ministrio Pblico de Contas, para manifestao no prazo de cinco dias;

II - julg-la em carter prioritrio.

4. Sero sobrestados os atos do processo relativo matria sobre a qual foi aplicada ou determinada medida cautelar, at que ela seja julgada.

Acerca da matria, o artigo 172 do citado Regimento Interno preconiza que No caso de apurao de irregularidade nas contas prestadas pelo jurisdicionado, ou dele tomadas, inclusive quanto s contrataes pblicas (LC n. 160, de 2012, arts. 42, 59, caput, III, e 61), compete ao Conselheiro, Cmara ou ao Tribunal Pleno, conforme a respectiva competncia:

I - aplicar:

a) medida cautelar (art. 148), inclusive liminarmente, observado o disposto nos arts. 56, 57 e 58 da Lei Complementar n. 160, de 2012;

PLANO PLURIANUAL Na dico do artigo 165 da Constituio Federal/88, as Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero:

I - o plano plurianual;

1. - A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.

De acordo com o artigo 167, 1, da Legislao Ptria, nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.

REGRA: A lei estabelece que os contratos tenham sua vigncia limitada aos respectivos crditos oramentrios, em observncia ao princpio da anualidade do oramento. Sendo assim, os contratos vigoram at 31 de dezembro do exerccio financeiro em que foi formalizado, independentemente de seu incio. EXCEES: Em alguns casos, os contratos podem ultrapassar a vigncia dos respectivos crditos oramentrios. A lei admite as seguintes excees:

1. projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, que podem ser prorrogados, se houver interesse da Administrao e previso no ato convocatrio. Exemplo: construo de um hospital de grande porte;

2. servios a serem executados de forma contnua, que podero ter a sua durao prorrogada por at 60 meses. Exemplo: servios de limpeza e conservao;

3. aluguel de equipamentos e utilizao de programas de informtica, que podem ser prorrogados pelo prazo de at 48 meses. Exemplo: aluguel de computadores.

PARECERESAUTUADO COM FORMALIZAO DE PROCESSO NICO. 1, 2 e 3 FASES REGULARES

SUMRIO: CONTRATAO DIRETA. INEXIGIBILIDADE DE LICITAO. PREFEITURA MUNICIPAL DE .............. EXAME DA 1, 2 E 3 FASES. CONTRATAO DE DE EMPRESA ESPECIALIZADA EM EVENTOS E SHOWS ARTSTICOS.LEGALIDADE E REGULARIDADE DA INEXIGIBILIDADE E DA EXECUO FINANCEIRA LEGALIDADE E REGULARIDADE COM RESSALVA DA F0RMALIZAO COTRATUAL, DEVIDO A REMESSA INTEMPESTIVA A ESTA CORTE DE CONTAS. MULTA AO JURISDICIONADO.

Referem-se os presentes autos ao contrato acima identificado, cuja documentao foi encaminhada a esta Corte de Contas para anlise preliminar, nos termos da Resoluo Normativa n. 076/2013.

Em anlise s fls..........., a Equipe Tcnica da .......Inspetoria de Controle Externo concluiu pela legalidade e regularidade da inexigibilidade de licitao, da formalizao do contrato e de sua execuo financeira.

Aps, vieram os autos a este Ministrio Pblico de Contas para parecer.

a sntese dos autos. Trata o presente processo do exame da 1, 2 e 3 fases do contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de................. e a empresa ...................., cujo objeto a contratao de empresa especializada em eventos e shows artsticos para tender a .................., tendo sido dispensada a realizao de processo licitatrio, com base no inciso III, do artigo 25, da Lei Federal n. 8.666/93, que assim dispe:

Art. 25. inexigvel a licitao quando houver inviabilidade de competio, em especial: (...) III - para contratao de profissional de qualquer setor artstico, diretamente ou atravs de empresrio exclusivo, desde que consagrado pela crtica especializada ou pela opinio pblica.

Foram encaminhados a esta Corte de Contas a justificativa para a Inexigibilidade de Licitao; o Parecer Tcnico ou Jurdico sobre Inexigibilidade; as razes da escolha do fornecedor; o Atestado de Exclusividade; a justificativa do preo; a comunicao a autoridade competente e respectiva ratificao; a publicao da ratificao na imprensa oficial; a Certido Negativa de Dbito (CND) com o FGTS, a Certido Negativa de Dbito (CND) com o INSS e a Certido Negativa de Dbito Trabalhista (CNDT).

O instrumento contratual possui todas as clusulas necessrias elencadas no art. 55 da Lei Federal n. 8.666/93, atravs das quais estabelece as condies fundamentais para a sua execuo, definindo com clareza o objeto, as obrigaes e os direitos de cada uma das partes.

Insta ressaltar que a sua publicao ocorreu no prazo legal, tendo sido veiculado no jornal Dirio MS, conforme determina as diretrizes legais traadas no Estatuto de Licitaes e Contratos. Por outro lado, sua remessa a esta Corte de Contas ocorreu de forma intempestiva, fato que justifica a ressalva na sua formalizao, devido infringncia a Instruo Normativa n. 035/2011 - Seo I, Captulo III, 1.1.1 - Letra A.

Na esfera da execuo financeira, conforme se depreende da anlise feita pela Equipe Tcnica, seguiu os seguintes estgios:

Valor inicial do contrato: R$ 69.850,00 Total empenhado (NE): R$ 69.850,00 Despesa liquidada (NF): R$ 69.850,00 Pagamento efetuado (OB/OP): R$ 69.850,00

A prestao de contas do contrato guarda conformidade com a Lei Federal n. 4.320/64 e se encontra contabilmente correta, comprovando a execuo integral nos moldes do objeto pactuado.

Ante o exposto, este Ministrio Pblico de Contas opina que o egrgio Tribunal de Contas adote o seguinte julgamento: I pela legalidade e regularidade da inexigibilidade de licitao, nos termos do artigo 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o inciso I b, do artigo 120, e inciso I, do artigo 121, ambos do Regimento Interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

II - pela legalidade e regularidade com ressalva da formalizao do contrato, nos termos do artigo 59, inciso II, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o inciso II, do artigo 120, e inciso II, do artigo 121, ambos do Regimento Interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013, pela infringncia a Instruo Normativa n. 035/2011 - Seo I, Captulo III, 1.1.1 - Letra A;

III pela legalidade e regularidade da prestao de contas da execuo financeira do contrato, nos termos do art. 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com os artigos 120, inciso III e 121, inciso III, ambos do Regimento Interno aprovado pela Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

IV multa ao Jurisdicionado, Senhor ......................, inscrito no CPF n. ......................., com fulcro nos artigos 59, II, e 44, I, ambos da Lei Complementar n. 160/2012, pela infringncia a Instruo Normativa 035/2011 - Seo I, Captulo III, 1.1.1 - Letra A;

V - pela comunicao do resultado do julgamento aos interessados, na forma regimental.

o parecer. Em .................

JOS ADO CAMILOProcuradorZSVPREGO

SUMRIO: CONTRATAO PBLICA. PREGO PRESENCIAL. PREFEITURA MUNICIPAL DE............. EXAME DA 1 E 2 FASES. AQUISIO DE GNEROS ALIMENTCIOS. CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS EXIGIDOS NA LEGISLAO VIGENTE. LEGALIDADE E REGULARIDADE.

Referem-se os presentes autos ao contrato acima identificado, cuja documentao foi encaminhada a esta Corte de Contas para anlise preliminar, nos termos da Resoluo Normativa n. 076/2013.

Em anlise s fls. ..........., a Equipe Tcnica da ......... Inspetoria de Controle Externo concluiu pela legalidade e regularidade do procedimento licitatrio e da formalizao do contrato.

Aps, vieram os autos a este Ministrio Pblico de Contas para parecer.

a sntese dos autos. Trata-se do exame da 1 e 2 fases do contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de ....................e a empresa ..............., mediante prego presencial, tendo como objeto a aquisio de gneros alimentcios para atender as unidades educacionais do municpio participantes do PNAE (Programa Nacional de Alimentao Escolar). Foram encaminhados a esta Corte de Contas a autorizao para realizao da licitao; a indicao do objeto e do valor estimado; a indicao da existncia de Dotao Oramentria e a Nota de Reserva Oramentria; o edital e seus respectivos anexos; a minuta contratual; o parecer jurdico sobre a licitao; a lei que estabeleceu o veculo oficial de divulgao dos atos da Administrao Pblica; o ato de designao da comisso de licitao e sua respectiva publicao; o comprovante de publicao do aviso da licitao; a documentao de habilitao dos licitantes, incluindo a Certido Negativa de Dbitos Trabalhistas, a Certido Negativa de Dbito com o INSS e Certificado de Regularidade com o FGTS; cpia das propostas; ata de abertura e julgamento do prego; os atos de adjudicao e homologao e o instrumento de contrato com a respectiva publicao.

Insta ressaltar que a publicao do aviso de licitao ocorreu no prazo legal, tendo sido veiculado no Jornal Dirio de MS, proporcionando ampla divulgao ao certame.

O instrumento contratual possui todas as clusulas necessrias elencadas no art. 55 da Lei Federal n. 8.666/93, atravs das quais estabelece as condies fundamentais para a sua execuo, definindo com clareza o objeto, as obrigaes e os direitos de cada uma das partes. Sua publicao ocorreu no prazo legal, em conformidade, portanto, com as diretrizes legais traadas na Lei de Licitaes e Contratos.

Os documentos acostados aos autos demonstram que o procedimento licitatrio e a formalizao do contrato guardam conformidade com a Lei Federal n. 8.666/93 e alteraes, Lei Federal n. 10.520/02, Lei Complementar n. 160/2012 e normas regimentais desta Corte de Contas.

Ante o exposto, este Ministrio Pblico de Contas opina pela legalidade e regularidade do procedimento licitatrio e da formalizao do contrato, nos termos do artigo 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com os incisos I a e II, do artigo 120, e incisos I, b, e II, do artigo 121, ambos da Resoluo Normativa TC/MS n. 76, de 11 de dezembro de 2013, por estarem de acordo com a legislao vigente. o parecer. Em ....................

JOS ADO CAMILOProcuradorZSVPREGO ILEGAL ASSESSORAMENTO

SUMRIO: CONTRATO ADMNISTRATIVO. PREGO PRESENCIAL. PREFEITURA MUNICIPAL DE .............. EXAME DA 1 E 2 FASES. NO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS EXIGIDOS NA LEGISLAO VIGENTE. CONTRATAO DE EMPRESA PARA PRESTAO DE SERVIO DE ASSESSORIA CONTBIL, ORAMENTRIA, FINANCEIRA, TRIBUTRIA, GESTO PATRIMONIAL, CONTROLE INTERNO, ASSESSORAMENTO E REPRESENTAO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, REVESTIDOS DE NATUREZA ESPECIALIZADA, NO SENDO POSSVEL SER REALIZADO POR MEIO DE PREGO, POR NO SE SUJEITAR AO CONCEITO DE SERVIOS COMUNS, MAS SIM ATIVIDADE-FIM, A QUAL DEVER SER REALIZADA POR MEIO DE PROFISSIONAIS LEGALMENTE CONTRATADOS ATRAVS DE CONCURSO PBLICO, CONFORME PRECONIZA O ART. 37, INCISO II, DA CONSTITUIO FEDERAL. ILEGALIDADE E IRREGULARIDADE. MULTA AO JURISDICIONADO.

Referem-se os presentes autos ao contrato acima identificado, cuja documentao foi encaminhada a esta Corte de Contas para anlise preliminar, nos termos da Resoluo Normativa n. 76/2013.

Em anlise s fls. 297/300, aps o cumprimento da intimao e da juntada de documentos, a Equipe Tcnica da 5 Inspetoria de Controle Externo concluiu pela legalidade e regularidade do procedimento licitatrio e da formalizao do contrato.

Aps, vieram os autos a este Ministrio Pblico de Contas para parecer. a sntese dos autos.

Tratam os autos do exame da 1 e 2 fases do contrato n. ..........., firmado entre a Prefeitura Municipal de ...............e a empresa ......................, tendo como objeto a contratao de empresa especializada para prestao de servio de assessoria contbil, oramentria, financeira, tributria, gesto patrimonial, controle interno, assessoramento e representao junto ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, com fundamentos na Lei Federal n. 10.520/02 e, subsidiariamente, na Lei Federal n. 8.666/93 e alteraes.

Analisando os documentos ofertados nos autos, esta Procuradoria de Contas verificou que a exigncia imposta pela Lei Federal n. 10.530/02, em seu pargrafo nico, artigo 1 no foi atendida com a modalidade licitatria aqui adotada: Prego Presencial, visando contratao de empresa para prestao de servios de assessoria, cujo objeto revestido de complexidade tcnica de natureza especializada que envolve servio intelectual, no sendo possvel, portanto, ser realizado por meio de Prego, por no se sujeitar ao conceito de servios comuns, destacando-se, no caso, o artigo em questo: Art. 1. Para aquisio de bens e servios comuns, poder ser adotada a licitao na modalidade de prego, que ser regida por esta Lei. Pargrafo nico. Consideram-se bens e servios comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padres de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificaes usuais no mercado.

Nessa tica, colocando fim a qualquer dvida que ainda possa existir necessrio se faz pontuar os ensinamentos do Professor Armando Moutinho Perin[1], que em sua obra: Prego: breves consideraes sobre a nova modalidade de licitao, sintetiza o conceito de bens e servios comuns da seguinte maneira:

[1] Prego: breves consideraes sobre a nova modalidade de licitao, na forma presencial. In Interesse Pblico, Ano 5, n 18, maro/abril de 2003. Porto Alegre: Nota dez, 2003, p. 174 (...) somente podero ser classificados como "comuns" os bens e servios de fcil identificao e descrio, cuja caracterizao tenha condies de ser feita mediante a utilizao de especificaes gerais, de conhecimento pblico, sem prejuzo da qualidade do que se pretende comprar. Bem comum, para fins da Lei n 10.520, , por exemplo, um automvel, em que a indicao de apenas algumas caractersticas, de conhecimento pblico e notrio, mostra- se suficiente para identificao plena do objeto.

Ainda, acerca da matria, impe-se ressaltar que o art. 13 da Lei Federal n. 8.666/93 elencou os servios de assessorias ou consultorias tcnicas e auditorias financeiras ou tributrias como servios tcnicos profissionais especializados, conforme destaque: Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se servios tcnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: (...) III assessorias ou consultorias tcnicas e auditorias financeiras ou tributrias; (grifamos). Logo, por questo de lgica e excluso, no h como admitir que os servios, objeto do certame em questo, sejam considerados comuns, tendo em vista a natureza intelectual da qual se revestem. H que se destacar, inclusive, que considerando a natureza predominantemente intelectual do objeto licitado, a escolha do tipo de licitao deve recair somente sobre a melhor tcnica ou tcnica e preo, sendo vedado o uso do tipo menor preo.

O rgo Jurisdicionado, quando intimado acerca da relao dos funcionrios efetivos na rea contbil com cpia do PCC, realizao do ltimo concurso pblico; valor do subsdio do Prefeito; forma como os servios ora contratado eram realizados antes da presente contratao e; em caso de terceirizao informaes sobre os contratos realizados (vigncia, valor etc.), apresentou os documentos solicitados, bem como justificativas esclarecendo que o ltimo concurso foi homologado em 18/07/2012, com o resultado final, que o valor do subsdio do Prefeito Municipal de R$ 20.055,00 e que os servios contbeis eram realizados por meio de cargos comissionados.

Em que pesem tais argumentos, este rgo Ministerial entende que os servios licitados so revestidos de natureza especializada, no sendo possvel ser realizado por meio de prego, por no se sujeitar ao conceito de servios comuns. Alia-se, ainda, ao fato de que os referidos servios devem ser executados por servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, mediante concurso pblico. Admite-se a contratao de assessoria externa somente para defesa dos interesses do ente em questes de alta complexidade, servios singulares ou que exijam notria especializao na matria.

Importante deixar claro que no uma prtica saudvel contratar os servios licitados, independentemente do procedimento licitatrio utilizado, quando possvel a contratao mediante concurso pblico, por se tratar de uma atividade essencial e de carter permanente para o rgo. (art. 37, Inciso II, da Constituio Federal/88). Desta forma, resta claro, portanto, que o contrato em apreo no se encontra devidamente instrudo com os elementos necessrios sua instaurao, de forma a garantir a sua legalidade. H que se destacar, inclusive, que a falta de cuidado com esses detalhes so relevantes e no se tratam apenas de simples falhas burocrticas, uma vez que violam as diretrizes legais traadas na Lei Federal n. 10.520/02.

Ante todo o exposto, este Ministrio Pblico de Contas opina que a egrgia Corte de Contas adote o seguinte julgamento:

I - ilegalidade e irregularidade do procedimento licitatrio e da formalizao do contrato, nos termos do artigo 59, inciso III, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o artigo 120, incisos I a e II, e artigo 121, incisos I e II, ambos da Resoluo Normativa TC/MS n. 76, de 11 de dezembro de 2013, pela infringncia ao pargrafo nico do artigo 1, da Lei Federal n. 10.520/02;

II - multa ao Jurisdicionado, Senhor ......................, inscrito no CPF n. ................., com fulcro no artigo 44, I, da Lei Complementar n. 160/2012, pela infringncia ao pargrafo nico do artigo 1, da Lei Federal n. 10.520/02;

III - comunicao do resultado do julgamento aos interessados, nos termos do art. 5, LV, da Constituio Federal/ 88.

o parecer. Em .................. JOS ADO CAMILOProcuradorZSV1 e 2 FASES ILEGAIS E 3 FASE LEGAL SUMRIO: CONTRATAO PBLICA. TOMADA DE PREOS. PREFEITURA MUNICIPAL DE ........................... EXAME DA 3 ETAPA. NO CUMPRIMENTO DOS REQUI- SITOS LEGAIS EXIGIDOS NA LEGISLAO VIGENTE. PRESTAO DE CONTAS DA EXECUO FINANCEIRA DO CONTRATO IRREGULAR EM VIRTUDE DO JULGA- MENTO QUE DECLAROU A ILEGALIDADE E IRREGULA- RIDADE DO PROCEDIMENTO LICITATRIO.

Referem-se os presentes autos ao Contrato acima identificado, cuja documentao foi remetida a esta Corte de Contas para anlise preliminar, nos termos da Resoluo Normativa n. 76/2013.

Consta dos autos a Deciso Simples n. ......... s fls. ........, pela ilegalidade e irregularidade do procedimento licitatrio e da formalizao contratual.

Em anlise s fls............, a Equipe Tcnica da ...... Inspetoria de Controle Externo concluiu pela legalidade e regularidade da execuo financeira do contrato.

Aps, vieram os autos a este Ministrio Pblico de Contas para parecer.

a sntese dos autos.

Tratam os autos do exame da prestao de contas da execuo financeira do contrato, realizado mediante tomada de preos, para fornecimento de materiais de consumo odontolgico para a Prefeitura Municipal de ............., com fundamentos na Lei Federal n. 8.666/93.

Analisando os documentos ofertados nos autos, esta Procuradoria de Contas verificou que o procedimento licitatrio e a formalizao do contrato foram declarados ilegais e irregulares atravs da r. Deciso Simples n. .............

Os contratos administrativos regulam-se pelas normas da Lei de Licitaes e pelos preceitos de Direito Pblico. Estando ausentes os requisitos essenciais que a Lei Federal n.8.666/93 exige para o procedimento licitatrio e formalizao do contrato, toda prestao de contas dele decorrente estar ilegal.

Desta feita, no obstante o corpo tcnico ter se pronunciado por meio da Anlise n. ........., pela legalidade e regularidade da prestao de contas da execuo financeira do contrato, em face da documentao que comprova a execuo integral nos moldes do objeto pactuado, este Ministrio Pblico de Contas entende que no h como consider-la regular, mesmo estando contabilmente correta, em virtude da declarao de ilegalidade e irregularidade do procedimento licitatrio e da formalizao do contrato.

Estando ilegal e irregular o procedimento licitatrio e a formalizao do contrato no se pode falar em aprovao da execuo financeira, tendo em vista que o vcio da licitao contamina toda a contratao. O procedimento licitatrio, o contrato e a execuo do objeto pactuado so indissociveis no plano da legalidade, ou seja, o que invalidar o primeiro, inevitavelmente invalidar as fases subsequentes.

Sendo assim, no se pode considerar regular um contrato fundado em licitao ilegal e que foi executado com transgresso norma legal, todavia, considerando-se que a liquidao da despesa est comprovada nos autos, deixamos de sugerir a impugnao, nos termos da Smula TC/MS n. 021 desta Corte de Contas.

Ante o exposto, este Ministrio Pblico de Contas opina que o egrgio Tribunal de Contas adote o seguinte julgamento:

I ilegalidade e irregularidade da prestao de contas da execuo financeira do contrato, nos termos art. 59, inciso III, da Lei Complementar n 160/2012, combinado com o art. 120, III, da Resoluo Normativa TC/MS n 76/2013;

II comunicao do resultado do julgamento aos interessados, nos termos do art. 5, LV, da Constituio Federal/ 88. o parecer Em .............. JOS ADO CAMILOProcuradorZSV2 E 3 FASES - PROCEDIMENTO LICITATRIO GERADOR DE MAIS DE UMA CONTRATAO.

SUMRIO: CONTRATAO PBLICA. PREGO PRESENCIAL. PREFEITURA MUNICIPAL DE ............... EXAME DA 2 E 3 FASES. CUMPRIMENTO DOS DOS REQUISITOS LEGAIS EXIGIDOS NA LEGISLAO VIGENTE. EXECUO INTEGRAL NOS MOLDES DO OBJETO PACTUADO. LEGALIDADE E REGULARIDADE.

Referem-se os presentes autos ao contrato acima identificado, cujos documentos foram encaminhados a esta Corte de Contas para anlise preliminar, nos termos da Resoluo Normativa n. 76/2013.

Os documentos atinentes ao procedimento licitatrio que originou o contrato em apreo se encontram acostados ao TC/MS n. ...................., cujo julgamento declarou sua legalidade e regularidade atravs da Deciso Singular n. ..............

Em anlise s fls............, a Equipe Tcnica da ....... Inspetoria de Controle Externo concluiu pela legalidade e regularidade da formalizao do contrato e de sua execuo financeira.

a sntese dos autos. Trata-se do exame da formalizao e da execuo financeira do contrato, firmado entre a Prefeitura Municipal de ........................... e a empresa ................................, mediante prego presencial, tendo como objeto aquisio pelo municpio de leite pasteurizado tipo c para consumo junto s unidades de sade do municpio atravs do FMS e do Programa PETI.

O contrato possui todas as clusulas necessrias elencadas no art. 55 da Lei Federal n. 8.666/93, atravs das quais estabelece as condies fundamentais para a sua execuo, definindo com clareza o objeto, as obrigaes e os direitos de cada uma das partes. Insta ressaltar que a publicao do seu extrato ocorreu no prazo legal, tendo sido veiculado no Jornal Dirio MS, proporcionando ampla divulgao ao certame, conforme determina o Estatuto de Licitaes e Contratos.

Na esfera da execuo financeira, conforme se depreende da anlise feita pela Equipe Tcnica, seguiu os seguintes estgios:

Valor Inicial Contrato: R$ 36.888,00 Valor Empenhado: R$ 36.888,00 Total de Notas Fiscais: R$ 36.888,00 Total de Pagamentos Efetuados: R$ 36.888,00

Os documentos acostados aos autos demonstram que a prestao de contas do contrato atende s diretrizes legais traadas na Lei Federal n. 4.320/64 e se encontra contabilmente correta, comprovando a execuo integral nos moldes do objeto pactuado.

Ante o exposto, este Ministrio Pblico de Contas opina que o egrgio Tribunal de Contas adote o seguinte julgamento:

I - pela legalidade e regularidade da formalizao do contrato, nos termos do artigo 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, c/ os artigos 120, inciso II, e artigo 122, inciso III, a, ambos da Resoluo Normativa TC/MS n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

II - pela legalidade e regularidade da prestao de contas da execuo financeira do contrato, nos termos do art. 59, inciso I, da Lei Complementar n. 160/2012, c/c os artigos 120, inciso III e 122, inciso III, b, ambos da Resoluo Normativa TC/MS n. 76, de 11 de dezembro de 2013;

III pela comunicao do resultado do julgamento aos interessados, na forma regimental. o parecer. Em.................

JOS ADO CAMILOProcuradorZSVNULIDADE DO CONTRATO ADMNISTRATIVO

SUMRIO: CONTRATAO PBLICA. CONVITE. PREFEITURA MUNICIPAL DE .............................. AQUISIO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS DE USO HOSPITALAR. EXAME DA 1 E 2 FASES. NO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS EXIGIDOS NA LEGISLAO VIGENTE. AUSNCIA DE DOCUMENTOS DA FASE LICITATRIA. NULIDADE DO CONTRATO ADMNISTRATIVO E DE TODOS OS ATOS SUBSEQUENTES. IMPUGNAO TOTAL DA DESPESA. MULTA AO JURISDICIONADO.

Referem-se os presentes autos ao empenho acima identificado, cujos documentos foram encaminhados a esta Corte de Contas para anlise preliminar, nos termos da Resoluo Normativa n. 76, de 11 de dezembro de 2013.

A matria foi trazida considerao deste Agente Ministerial, em cumprimento ao estatudo no artigo 11, inciso III, da Lei Complementar n. 148/2010.

Em anlise s fls. .........., a ..... Inspetora de Controle Externo constatou que no foram encaminhados os documentos para a anlise do Procedimento Licitatrio e nem a cpia da comprovao da publicao do Extrato de Empenho, motivos pelos quais sugeriu a intimao do rgo Jurisdicionado.

Devidamente intimado, o jurisdicionado, senhor.................., no compareceu nos autos, deixando o prazo regimental transcorrer in albis, conforme certido de revelia s fls............

Em vista da revelia, a Equipe Tcnica manifestou-se atravs da anlise n. ............., concluindo pela ilegalidade e irregularidade do procedimento licitatrio e da formalizao do contrato.

Aps, vieram os autos a este Ministrio Pblico de Contas para parecer.

a sntese dos autos.

Trata-se de contratao pblica, realizada mediante convite, para a aquisio de medicamentos e materiais de uso hospitalar, para atender as Unidades de Sade do Municpio de ................, com fundamentos na Lei Federal n. 8.666/93.

Analisando os documentos ofertados nos autos, esta Procuradoria de Contas verificou que as exigncias impostas pela Lei Federal n. 8.666/93 em seu artigo 38, incisos I a XII e pargrafo nico no foram atendidas, uma vez que o rgo encaminhou os documentos referentes execuo financeira do empenho, mas no encaminhou os documentos referentes ao procedimento licitatrio realizado, caracterizando, desta forma, que houve tratamento no isonmico na conduo do certame, destacando-se, no caso, o artigo em questo:

Art. 38. O procedimento da licitao ser iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, proto-colado e numerado, contendo a autorizao respectiva, a indicao sucinta de seu objeto e do recurso prprio para a despesa, e ao qual sero juntados oportunamente:

I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;II - comprovante das publicaes do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite;III - ato de designao da comisso de licitao, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsvel pelo convite;IV - original das propostas e dos documentos que as instrurem;V - atas, relatrios e deliberaes da Comisso Julgadora;VI - pareceres tcnicos ou jurdicos emitidos sobre a licitao, dispensa ou inexigibilidade;VII - atos de adjudicao do objeto da licitao e da sua homologao;VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestaes e decises;IX - despacho de anulao ou de revogao da licitao, quando for o caso, fundamentado circunstanciadamente;X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;XI - outros comprovantes de publicaes;XII - demais documentos relativos licitao.Pargrafo nico. As minutas de editais de licitao, bem como as dos contratos, acordos, convnios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurdica da Administrao.

A habilitao uma das etapas mais importantes para participar nos processos de licitaes e dever da Administrao Pblica, ao realizar procedimentos licitatrios, exigir documentos de habilitao compatveis com o ramo do objeto licitado, especialmente aqueles que comprovem a qualificao tcnica e a capacidade econmico-financeira para participar da licitao. O convite, embora seja uma modalidade de licitao mais simples, no dispensa a necessidade de se seguir todas s exigncias dispostas na Lei n. 8.666/93, em especial quanto aos princpios que devem nortear os procedimentos licitatrios.

H que se destacar, inclusive, que no se pode dispensar a comprovao de regularidade junto ao FGTS, a prova de regularidade para com a Seguridade Social, por meio da Certido Negativa de Dbitos - CND, expedida pela Previdncia Social e a Certido Negativa de Dbitos Trabalhistas.

Ainda, dentre as irregularidades, verifica-se que houve a conduo da Carta Convite sem que tivessem sido apresentadas ao menos trs propostas vlidas ou justificativas formais para a ausncia desse nmero; ausncia do comprovante da afixao da cpia do instrumento convocatrio em local apropriado e ausncia da publicao do extrato do empenho, em grave infrao as normas legais, devido inobservncia as disposies contidas no art. 22, III, 3 e art. 61, pargrafo nico, da Lei de Licitaes e Contratos.

Nesta tica, o artigo 3 do citado dispositivo legal preconiza que a licitao destina-se a garantir a observncia do princpio constitucional da isonomia, a seleo da proposta mais vantajosa para a administrao e a promoo do desenvolvimento nacional sustentvel e ser processada e julgada em estrita conformidade com os princpios bsicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo e dos que lhes so correlatos.

Diante da intimao que restou infrutfera e da ausncia de elementos suficientes para se proferir uma deciso segura acerca da matria examinada, este rgo Ministerial constata que o presente processo no se encontra devidamente instrudo, de forma a garantir sua legalidade.

A Autoridade interessada ao dispensar a apresentao de documentos ordenados por lei fere os princpios constitucionais da legalidade e moralidade, pois a eficcia de toda atividade administrativa est condicionada ao atendimento da lei. Assim, a falta de apresentao de qualquer documento institudo em lei vicia toda a licitao e, por conseguinte, o contrato dela derivado.

O administrador pblico est vinculado letra da lei. Seu facere ou non facere decorre da vontade expressa do Estado, manifestada por lei. Nesse sentido a lio do mestre Celso Ribeiro Bastos:

J quando se trata de analisar o modo de atuar das autoridades administrativas, no se pode fazer a aplicao do mesmo princpio, segundo o qual tudo o que no for proibido permitido. que, com relao Administrao Pblica, no h princpio de liberdade nenhum a ser obedecido. ela criada pela Constituio e pelas leis como mero instrumento de atuao e aplicao do ordenamento jurdico. Assim sendo, cumprir melhor o seu papel quanto mais atrelada estiver prpria lei, cuja vontade deve sempre prevalecer. CELSO R. BASTOS e IVES GANDRA MARTINS, Comentrios a Const. Bras., Saraiva, 92, p. 26).

Razo pela qual o constituinte de 1988 achou por bem elencar, expressamente, o Princpio da Legalidade no artigo 37 da Carta Magna:

Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:

Desta feita, observada a ilegalidade do ato administrativo, ou como no caso em apreo, do procedimento licitatrio e formalizao do empenho, o ato h de ser declarado nulo. Nesse diapaso arremata Hely Lopes Meirelles:

Ato nulo o que nasce afetado de vcio insanvel por ausncia ou defeito substancial em seus elementos constitutivos, ou no procedimento formativo. A nulidade pode ser explcita ou virtual. explcita quando a lei comina expressamente, indicando os vcios que lhe do origem; virtual quando a invalidade decorre da infringncia de princpios pblicos especficos do direito pblico, reconhecidos por interpretao das normas concernentes ao ato. Em qualquer destes casos, porm, o ato ilegtimo ou ilegal e no produz qualquer efeito vlido entre as partes, pela evidente razo de que no pode adquirir direitos contra a lei. (Direito Administrativo Brasileiro, 12a edio, p. 132).

Na dico do artigo 59 do Estatuto das Licitaes, a declarao de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente, impedindo os efeitos jurdicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, alm de desconstituir os j produzidos. Tal inteleco autoriza a assertiva de que a execuo contratual derivada de um processo invlido tambm est ilegal, pois o vcio na formalizao do contrato torna nula a contratao pblica celebrada.

Art. 59

Pargrafo nico. A nulidade no exonera a Administrao do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado at a data em que ela for declarada e por outros prejuzos regularmente comprovados, contanto que no lhe seja imputvel, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

Ante o exposto, este Ministrio Pblico de Contas opina que o egrgio Tribunal de Contas adote o seguinte julgamento:

I com fundamento no artigo 59 da Lei Federal n. 8.666/1993, combinado com o artigo 42, Inciso IX, da Lei Complementar n. 160/2012 JULGAR NULO DE PLENO DIREITO o procedimento licitatrio e todos os atos subsequentes;

II - impugnar o valor total do contrato, com fundamento no artigo 61, inciso I, 1, da Lei Complementar n. 160/2012, combinado com o o art. 172, II, da Resoluo Normativa TC/MS n. 76/2013, responsabilizando o Ordenador de Despesas a restituir o referido valor devidamente corrigido aos cofres pblicos, fixando-lhe prazo para comprovao nos autos;

III - multa ao jurisdicionado, Senhor .......................inscrito no CPF n. .................................., com fulcro no art. 77, VIII, da Constituio Estadual do Estado de Mato Grosso do Sul, combinado co o art. 44, I, da Lei Complementar n. 160/2012 e art. 170, 3, I, da Resoluo Normativa TC/MS n. 76/2013, pela infringncia aos princpios contidos no art. 37, caput, da Constituio Federal e artigos 3; 22, III, 3; 38, incisos I a XII e pargrafo nico e; 61, pargrafo nico, todos da Lei Federal n. 8.666/93;

IV comunicao do resultado do julgamento aos interessados, nos termos do art. 5, LV, da Constituio Federal/ 88.

o parecer Em ................................

JOS ADO CAMILOProcurador

ZSV

AUSNCIA DE LIQUIDAO

SUMRIO: CONTRATAO PBLICA. PREGO PRESENCIAL. PREFEITURA MUNICIPAL DE................. EXAME DA 2 E 3 FASES. AQUISIO DE MATERIAIS DIDTICOS E PEDAGGICOS. LEGALIDADE E REGULARIDADE DA FORMALIZAO DO CONTRATO. ILEGALIDADE E IRREGULARIDADE DA EXECUO FINANCEIRA, DEVIDO A AUSNCIA DE DOCUMENTOS QUE COMPROVEM A EXECUO INTEGRAL NOS MOLDES DO OBJETO PACTUADO. IMPUGNAO. MULTA AO JURISDICIONADO.

Referem-se os presentes autos ao Contrato acima identificado, cuja documentao foi remetida a esta Corte de Contas para anlise preliminar, nos termos da Resoluo Normativa n. 76/2013.

Os documentos atinentes ao procedimento licitatrio que originou o contrato em apreo se encontram acostados ao TC/MS n. ............, cujo julgamento declarou sua legalidade e regularidade atravs da Deciso Singular n. ........................

Em analise s fls. ..............., aps o cumprimento da intimao e da juntada de documentos, a Equipe Tcnica da 2 Inspetoria de Controle Externo concluiu pela legalidade e regularidade da formalizao do contrato e pela ilegalidade e irregularidade de sua execuo financeira.

Aps, vieram os autos a este Ministrio Pblico de Contas para parecer.

a sntese dos autos.

Tratam os autos do exame da 2 e 3 fases do contrato n. .................., firmado entre a Prefeitura Municipal de .....................e a empresa ..........................., mediante prego presencial, tendo como objeto a aquisio de materiais didticos e pedaggicos para a manuteno das escolas municipais do ensino fundamental e educao infantil, com fundamentos na Lei Federal n. 10.520/02 e, subsidiariamente, na Lei Federal n. 8.666/93 e alteraes.

Analisando os documentos ofertados nos autos, esta Procuradoria de Contas verificou que o contrato possui todas as clusulas necessrias elencadas no art. 55 da Lei Federal n. 8.666/93, atravs das quais estabelece as condies fundamentais para a sua execuo, definindo com clareza o objeto, as obrigaes e os direitos de cada uma das partes.

Insta ressaltar que a sua publicao ocorreu no prazo legal, tendo sido veiculado no jornal ...................., em conformidade com as diretrizes legais traadas na Lei de Licitaes e Contratos.

Por outro lado, no que tange a execuo financeira, verifica-se que as exigncias impostas pela Lei Federal n. 4.320/64 em seus artigos 62, 63 e 64 no foram atendidas, devido ausncia de documentos que comprovem a execuo integral nos moldes do objeto pactuado. H que se destacar, inclusive, que conforme se depreende da anlise feita pela Equipe Tcnica, na esfera da execuo financeira a contratao seguiu os seguintes estgios:

Valor Inicial do Contrato: R$ 32.126,20 Notas de Empenho: R$ 32.126,20 Anulao de Empenho: R$ 22.722,16 Saldo Notas de Empenho: R$ 9.404,04 Ordens de Pagamento: R$ 9.404,04 Notas Fiscais: R$ 8.659,04

Diante do confronto de dados, verifica-se que no houve a liquidao total da despesa devido ausncia de Notas Fiscais no valor de R$ 745,00 (setecentos e quarenta e cinco reais), configurando, desta forma, falha no processo de liquidao da despesa, em infrao norma legal de natureza contbil, financeira e oramentria.

As despesas pblicas devem obrigatoriamente obedecer fase trade de empenho, liquidao e pagamento, sob pena de configuraram despesas irregulares. A lei no deixa margem para especulaes acerca da liquidao, que a fase mais importante da despesa pblica. Nesse sentido, os arts. 62, 63 e 64, da Lei Federal n. 4.320/1964 dispem, in verbis:

Art. 62. O pagamento da despesa s ser efetuado quando ordenado aps sua regular liquidao.

Art. 63. A liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito.

1 Essa verificao tem por fim apurar: I - a origem e o objeto do que se deve pagar; II - a importncia exata a pagar; III - a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao. 2 A liquidao da despesa por fornecimentos feitos ou servios prestados ter por base: I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo; II - a nota de empenho; III - os comprovantes da entrega de material ou da prestao efetiva do servio.

Em consonncia com o citado dispositivo legal, o art. 113, da Lei Federal n. 8.666/93 preconiza que o controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por esta Lei ser feito pelo Tribunal de Contas competente, ficando os rgos interessados da Administrao responsveis pela demonstrao da legalidade e regularidade da despesa e execuo, destacando-se, no caso, o artigo em questo: Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por esta Lei ser feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislao pertinente, ficando os rgos interessados da Administrao responsveis pela demonstrao da legalidade e regularidade da despesa e execuo, nos termos da Constituio e sem prejuzo do sistema de controle interno nela previsto.

Importa salientar que mesmo intimado, o jurisdicionado no trouxe nos autos nenhum documento ou justificativa plausvel capaz de elidir as falhas imputadas. Cabe ao administrador pblico ter o controle de sua prpria gesto, pois esse controle caracteriza maior zelo com a coisa pblica e possibilita a busca imposta ao agente pblico pela eficincia, eficcia e economicidade.

Diante desses pressupostos e pela falta de fidedignidade dos nmeros contidos