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CURSO DE DIREITO CIVIL Especial para o portal Concurseiros Ligados na TRT PROFESSOR IGOR MOREIRA Prof. Igor Moreira 1 AMIGOS, BRASILEIROS, CONCURSEIROS… SAUDAÇÕES!!! É com muito prazer que venho com você, meu caríssimo concurseiro ligado no TRT, uma matéria bem inicial e que, por isso, você não pode errar, para não perder aqueles preciosos pontos que fazem uma grande diferença na hora da classificação: é a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB. Nossa banca será a FCC – Fundação Carlos Chagas. Esta é uma banca tradicionalmente conhecida por cobrar muito conteúdo de lei em suas provas. Normalmente os candidatos mostram certa hostilidade pela banca paulista por esse motivo, dizendo que ela só pede “decoreba”. Alerto, no entanto, para uma recente tendência da FCC no sentido de cobrar uns conceitos e temas não tão literais, principalmente em Direito Constitucional. Não subestimem a Carlos Chagas. Como disse um amigo: a FCC deixou de ser “Fundação Copia e Cola” e está virando a “Fundação Cuidado Comigo” rsrs... Devo reconhecer que em Direito Civil a FCC mantém e justifica sua fama de legalista mesmo. E eu sei como é cansativo, as vezes, ficar lendo e relendo os textos legais. É super cansativo, ainda mais pra quem chega do trabalho e vai estudar em casa, depois de um dia cansativo. É dose, verdade. Mas NÃO DESISTA, meu mano, minha mana. Tua hora tá perto, perto de chegar! E mais, estou aqui exatamente para facilitar a compreensão dessas matérias! Se conseguir isso, pronto, cumpri minha missão, e mais importante: você vai acertar as questões na tua prova! Em nosso curso o objetivo é exatamente esse: facilitar o estudo das leis para vocês. Teremos, sempre que possível, resumos, esquemas, dicas e bizus [alguns até um pouco estranhos] enfim, tentarei ao máximo deixar tudo mastigado pra vocês, facilitando a compreensão, e consequentemente, a memorização do conteúdo dessas leis. Inclusive por esse motivo e tendo essa facilitação como objetivo, decidi dividir bem nosso curso, com duas aulas para cada lei, para que não reste nenhuma dúvida e vocês não se cansem da matéria.

LINDB COMENTADA

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AMIGOS, BRASILEIROS, CONCURSEIROS… SAUDAÇÕES!!!

É com muito prazer que venho com você, meu caríssimo concurseiro

ligado no TRT, uma matéria bem inicial e que, por isso, você não

pode errar, para não perder aqueles preciosos pontos que fazem uma

grande diferença na hora da classificação: é a Lei de Introdução às

Normas do Direito Brasileiro – LINDB.

Nossa banca será a FCC – Fundação Carlos Chagas. Esta é uma banca

tradicionalmente conhecida por cobrar muito conteúdo de lei em suas

provas. Normalmente os candidatos mostram certa hostilidade pela

banca paulista por esse motivo, dizendo que ela só pede “decoreba”.

Alerto, no entanto, para uma recente tendência da FCC no sentido de

cobrar uns conceitos e temas não tão literais, principalmente em

Direito Constitucional. Não subestimem a Carlos Chagas.

Como disse um amigo: a FCC deixou de ser “Fundação Copia e Cola”

e está virando a “Fundação Cuidado Comigo” rsrs...

Devo reconhecer que em Direito Civil a FCC mantém e justifica sua

fama de legalista mesmo. E eu sei como é cansativo, as vezes, ficar

lendo e relendo os textos legais. É super cansativo, ainda mais pra

quem chega do trabalho e vai estudar em casa, depois de um dia

cansativo. É dose, verdade. Mas NÃO DESISTA, meu mano, minha

mana. Tua hora tá perto, perto de chegar!

E mais, estou aqui exatamente para facilitar a compreensão dessas

matérias! Se conseguir isso, pronto, cumpri minha missão, e mais

importante: você vai acertar as questões na tua prova!

Em nosso curso o objetivo é exatamente esse: facilitar o estudo das

leis para vocês. Teremos, sempre que possível, resumos, esquemas,

dicas e bizus [alguns até um pouco estranhos] enfim, tentarei ao

máximo deixar tudo mastigado pra vocês, facilitando a compreensão,

e consequentemente, a memorização do conteúdo dessas leis.

Inclusive por esse motivo e tendo essa facilitação como objetivo,

decidi dividir bem nosso curso, com duas aulas para cada lei, para

que não reste nenhuma dúvida e vocês não se cansem da matéria.

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Antes de começar o curso, vale uma apresentação.

Pra quem ainda não me conhece, vou me apresentar melhor. Sou

natural do Rio de Janeiro, resido em Nova Iguaçu [ninguém é

perfeito], onde ministro aulas em cursos preparatórios desde 2010.

Apesar do pouco tempo, tenho certeza que minha experiência não é

irrisória. Logo no começo de minha vida docente, ministrei para uma

turma com quase 100 pessoas inscritas que mantinha a fiel e um

pouco assustadora média de 80 a 90 pessoas toda noite.

Estou concluindo Direito na Universidade Federal Rural do Rio de

Janeiro. Sim, ainda não concluí o curso e já atuo como docente. Isso

se deve ao fato de que a minha vivência com o Direito é bem anterior

à faculdade, sendo inclusive por causa dos concursos que escolhi me

graduar em tal curso.

Comecei a fazer concursos em 2008, para o Tribunal de Justiça,

época em que tive meu primeiro contato com o Direito e com as leis.

Desde então não parei mais. Fiz vários concursos e depois de muitas

reprovações, fui obtendo minhas aprovações e classificações até ser

aprovado nos concursos da Infraero, TRF – 2ª Região, TRE-RJ, MPE-

RJ, PROCON-RJ, dentre outros, dos quais estou no aguardo de

convocação. Atualmente atuo como estagiário na Procuradoria Geral

do Estado do Rio de Janeiro, tendo sido aprovado no 27º Concurso de

admissão.

Mas “deixemos de ‘entretantos’ e vamos direto aos ‘finalmentes’”,

como diria Odorico Paraguaçu. Falemos agora de nossa aula.

Hoje nosso objetivo é acabar com suas dúvidas sobre a LINDB,

questão praticamente certa na tua prova e que (repito) você não

pode perder! Ou melhor, você não vai perder.

Teremos ao final da exposição teórica alguns exercícios comentados,

todos da FCC, para que você tire qualquer dúvida remanescente.

Muito bem, dadas as informações iniciais, vamos começar.

Tá na hora, pessoal, ou como diria o inconfundível anunciador do

UFC, Bruce Buffer: IiiiiiiiiIIIIIIt’s TIIIIME!

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“No cornner vermelho, pesando milhões de concursos anteriores, com

tradição legalista e com um hitórico de incontáveis concurseiros

reprovados…. De São Paulo, Brasil… Fundação Carlos Chagas!!!

E no cornner azul, o desafiante, pesando toda a ansiedade e desejo

de melhorar de vida e ter uma carreira estável, cheio de dívidas no

cartão de tanto comprar material para estudar, o concurseiro

brasileiro… [seu nome]!!!!!”

Olha: eu aposto no desafiante, hein!

Café forte na mesa e vamos que vamos!

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Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB

Muito bem, guerreiros(as), começaremos nossa jornada com esse

assunto bem comum em provas de Direito Civil e com um grau de

dificuldade relativamente baixo.

Todos os tópicos do edital que estão dentro do Conteúdo de nossa

aula 1: Lei; Eficácia da lei; Aplicação da lei no tempo e no espaço;

Interpretação da lei; tudo isso está disciplinado pela LINDB.

Como nossa banca é FCC, vocês verão nas questões que, nesse

ponto, há muito pouco o que se preocupar com questões

doutrinárias, 90% das questões você resolve com a própria LINDB.

Por isso recomendo a leitura da referida lei para reforçar nosso

estudo. E mais: na nossa aula veremos toda a LINDB.

Mas não se preocupe, você não estará 90% preparado. O que

precisar de um aprofundamento doutrinário será visto e entendido.

Introdução

Conhecendo a LINDB

A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro tinha outro nome até 2010, era chamada de “Lei de Introdução ao Código Civil” – LICC.

Bom, de fato o nome era restritivo demais, pois o Decreto-Lei

4.657/42 não se restringia a uma mera introdução à matéria tratada no Código Civil. A LINDB fala em Direito Internacional, por exemplo.

Mas principalmente, a principal característica e que justifica a alteração na nomenclatura é o fato de que a LINDB é uma lei que

trata de um assunto essencial a todo o Direito: a lei!

Isso mesmo: uma lei que disciplina as leis! Há quem chame a LINDB de “metanorma” ou “metalei”.

Aqui encontraremos regras sobre o início e término da vigência da lei,

sua aplicação, integração e interpretação, dentre outras coisas.

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Vigência da Lei

Antes de vermos as regras que a lei traz sobre a vigência da lei, vamos a uma rápida definição de lei. Segundo definição clássica,

repetida e pacífica em toda doutrina, lei é um comando geral e

abstrato.

“Não entendi nada, professor”

Calma, amigão! A aula só começou!

Diz-se da lei que esta se perfaz num comando geral, pois as

determinações da lei não se destinam a uma pessoa ou a um grupo específico. A lei obriga a todos os que se encontrarem na situação em

questão. Essa generalidade de sua obrigatoriedade é uma de suas características essenciais.

Essa obrigatoriedade geral está expressa no artigo 3° da lei de

introdução, que já virou brocardo popular: “Ninguém se escusa de

cumprir a lei, alegando que não a conhece.”

Essa regra geral. No Direito penal há uma regra específica, que nem chega a ser exceção a essa regra, mas não vou entrar nesse mérito.

Para nós: ninguém, absolutamente ninguém pode usar em sua defesa o argumento de que não conhecia a lei.

Por sua vez, dizer que a lei é um comando abstrato significa dizer que a lei cria uma situação hipotética para regular a conduta do ser

humano. O exemplo sempre usado é do artigo 121 do Código Penal que traz a conduta de homicídio: “matar alguém”. Não está se

dizendo que se X matar Y será considerado crime, qualquer pessoa que matar outrem cometerá o crime.

No entanto há leis que, apesar desse nome não possuem essas

características apontadas. São por isso chamadas de leis puramente formais.

Essa nomenclatura se deve a fato de que, apesar de não terem conteúdo de lei [generalidade e abstração], elas são criadas pelos

órgãos competentes [do Poder Legislativo] e passam por todo o processo de elaboração, votação, aprovação e promulgação que toda

lei passa.

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Bom, dada essa explanada inicial, vamos ver agora o que a LINDB

fala sobre a vigência da lei.

Vigência da lei no tempo

Como já indicado acima, as leis passam por um processo de criação

chamado “processo legislativo”.

De modo muito resumido, o processo legislativo pode ser assim narrado:

1º FASE DE INICIATIVA: é o início do processo onde há a proposição do projeto de lei. Pode ser parlamentar (a maioria dos

casos), onde o próprio deputado, senador ou vereados propõe a lei, ou extraparlamentar, quando outras pessoas o fazem, como o

Presidente da República, o STF, ou até mesmo nós, a própria sociedade recebe legitimidade para propor uma lei.

Claro que essa iniciativa não é dada aleatoriamente, a própria Constituição Federal elenca várias competências legislativas para as

diferentes matérias.

2º FASE DE DISCUSSÃO E APROVAÇÃO: depois de proposto o PL – projeto de lei – pelo respectivo legitimado, ele será votado e o órgão

legislativo deliberará sobre a matéria, fazendo conforme o caso, as

devidas alterações ou acréscimos. Após a deliberação leva-se ao plenário do respectivo órgão e é recolhido o voto dos parlamentares

sobre a aprovação ou não daquele projeto.

No caso do Congresso Nacional, essa fase é observada nas duas casas: Câmara dos Deputados e Senado Federal.

3º SANÇÃO OU VETO aqui já não estamos nos órgãos legislativos, mas sim no Executivo. Apos a elaboração e consequente

discussão e deliberação, o Projeto de Lei [ainda não é lei] vai para as mãos do chefe do Poder Executivo para que este aprove o mesmo

[sancionando o projeto] ou o desaprove [vetando] no todo ou em parte.

Juntamente com a sanção ocorre a promulgação. Quando a lei

considera-se iniciada, ou seja: a lei nasce com a promulgação.

Não confunda com publicação. Antes de publicar é preciso que a lei

seja promulgada. A promulgação é o mesmo que sanção. Quando o

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chefe do Executivo sanciona uma lei ele está, concomitantemente,

promulgando a mesma.

4º PUBLICAÇÃO: aqui que eu queria chegar. A publicação é o

momento em que a lei, já promulgada é divulgada por meio de órgão oficial de imprensa – Diário Oficial.

Por que essa fase é especialmente importante para nós? Simples, nosso estudo se foca aqui.

Vacatio Legis

Vacatio legis é um termo em latim que indica o tempo no qual a lei ficará em “stand by”, esperando para entrar em vigor. Nesse período

a lei ainda não está em vigor, ainda não obriga ninguém ao cumprimento de suas normas.

A primeira regra sobre a vigência da lei, inscrita no 1° artigo da

LINDB é que esta começa a vigorar em todo o país 45 dias após ser publicada. Eu já vi questões dizendo que esse prazo de 45 dias era

contado desde a promulgação, dizendo que a lei passaria a vigorar 45 dias após promulgada… tá errado, hein, pessoal? Acabamos de ver

[mesmo que de forma resumida] o processo de formação da lei. a

promulgação é antes da publicação.

Lembre-se disso: a lei só passa a estar em vigor no país 45 dias após a publicação!

Essa regra vale sempre? Claro que não! Se tem uma regra no Direito que vale sempre é: nenhuma regra vale sempre! Rs

O artigo 1° da LINDB traz expressamente que “salvo disposição

contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”.

E há vários exemplos dessas disposições em contrário. Quem já está estudando alguma lei, com certeza já viu, lá no final, geralmente no

último artigo a seguinte expressão “essa lei entrará em vigor xx dias após sua publicação”.

Essas são as disposições em contrário que a lei nos fala. Cada lei vai

trazer um período de vacatio legis diferente.

Ou seja, o período de vacatio será de 45 dias só vale quando a lei

não delimita um período próprio de vacância.

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Isso vale aqui no Brasil. Veremos mais adiante, no entanto, que em

alguns casos a lei brasileira terá aplicação extraterritorial, ou seja,

fora do Brasil. E aí? Como fazer? Se uma lei é publicada hoje, em quanto tempo ela entrará em vigor no país estrangeiro?

Lá o prazo é fixo 3 meses!

Então imagine uma lei X que foi publicada hoje: 23/04/2013. Se ela

nada disser sobre o período de vacância, quando ela entrará em

vigor? Daqui a 45 dias, dia 07 de junho, se não me engano.

Agora essa mesma lei X, quando passará a vigorar em Cuba, nos EUA, no Zimbábue, no Turcomenistão? Daqui a 3 meses:

23/07/2013.

Atenção, a lei não fala em 90 dias, mas sim três meses!!! Quando a

lei der prazos em meses ou anos, os prazos são contados de dia a dia. Quando for em dias (tipo, 45 dias, 30 dias, 90 dias), aí tem de

fazer a conta mesmo.

Muito bem. Se durante esse período de vacância, o legislador verificar que o texto precisa se corrigido e publicar um novo texto para a

correção, o prazo volta a correr a partir da nova publicação.

ATENÇÃO para um detalhe: essa nova publicação da lei no período de

vacatio não é considerada nova lei. Somente é considerada lei nova as alterações feitas em lei já em vigor.

Princípio da continuidade das leis no tempo

Qual é o “prazo de validade” de uma lei? Essa pergunta causa

estranheza por si mesma.

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Por quê? Simples: as leis foram feitas para perpetuarem-se no

tempo. Isso em regra, claro, pois, há algumas leis que são

temporárias por sua própria natureza. Um exemplo de lei temporária são as leis orçamentárias.

Todo ano é publicada a LOA – Lei Orçamentária Anual, onde o

respectivo ente federal estabelecerá o orçamento daquele ano, o que temos de obrigações, para gastar, e de onde viram nossas receitas.

Não dá pra imaginar um orçamento que valha eternamente! Imagine só: quando eu era criança vivíamos tranquilamente com 20 reais por

semana. E SOBRAVA! Já pensou se a “regra” lá em casa fosse ainda 20 reais por semana?

É por isso que o Orçamento público é publicado anualmente.

No entanto, uma lei temporal é exceção! A regra é que as leis vigorem ad eternum, ou seja, potencialmente até a eternidade. Uma

lei só será modificada quando vier uma outra lei, que a revogue ou mude o modo de tratar certo assunto.

É o que nos diz o artigo 2º da Lei de Introdução: “Não se destinando

à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.”

Revogação

“Tá bom, professor, mas como funciona esse lance de revogação?”

O parágrafo 1º do mesmo artigo 2° nos responde: “A lei posterior

revoga a anterior quando expressamente o declare¹, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria² de

que tratava a lei anterior.”

1. É a chamada revogação expressa. Nesse caso a lei traz a expressão “revogam-se os artigos x, y, z da lei tal tal tal”. É

expressa porque vem no texto da lei. 2. Essa é a chamada revogação tácita. Nesse caso não há nada

escrito na lei que diga que uma lei está sendo revogada. O que determina a revogação aqui é a matéria da lei nova. Haverá

revogação tácita quando a lei posterior for imcompatível com a

anterior, geralmente nesse caso aparece no final da lei a seguinte frase “revogam-se todas as disposições em contrário”.

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Podemos classificar a revogação também quanto ao seu alcance.

Nesse aspecto a revogação pode ser total ou parcial. Denomina-se

respectivamente ab-rogação e derrogação.

Na ab-rogação a lei posterior revoga toda a lei anterior, não restando nada na lei anterior com qualquer força obrigatória. Já na derrogação

a lei anterior continua em vigor, só um ou mais artigos são revogados e perdem a eficácia.

ATENÇÃO não pode haver revogação de parte de um artigo. A revogação parcial pode retirar um artigo, mas não suprimir parte de

um artigo.

Como lembrar disso? Mnemônico simples: AB-rogação revogação

Absoluta; Derrogação revogação de parte DE uma lei.

Agora toma cuidado: o que revoga a lei tacitamente é a total regulação da matéria ou a incompatibilidade causada por lei

posterior.

Se uma nova lei estabelece disposições gerais ou

especiais, a par das já existentes, não há revogação

nem modificação!

Ok?! Não esquece disso!

Repristinação

O nome é feio e muita gente se embola na hora de entender o fenômeno.

É simples. A repristinação ocorre quando uma lei, que foi revogada

por outra, volta a ter validade porque a lei revogadora foi revogada.

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Eu não disse que era fácil!? rs

Para quem não entendeu nada, observe o esquema abaixo

Esse é o fenômeno da repristinação, é o retorno de uma lei revogada pela revogação da lei revogadora. É um retorno automático.

Esse fenômeno, esse “efeito repristinatório” não é a regra no nosso

ordenamento jurídico. Pelo contrário, isso é a exceção!

Em regra, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora

perdido a vigência, conforme o parágrafo 3º do artigo 2º da LINDB. Esse efeito só ocorrerá se houver expressa previsão nesse sentido.

Ocorre com a dicção da lei no sentido de que “a lei X, revogada pela lei Y voltará a vigorar a partir da entrada em vigor dessa lei”.

Irretroatividade da lei

Retroatividade, como o próprio nome já sugere é uma atividade no passado. A lei, depois que entra em vigor, terá efeito imediato e

geral.

Ou seja, a lei não surtirá efeitos quanto a situações passadas, salvo

algumas exceções legalmente previstas. Assim a regra é pela segurança jurídica. As situações firmadas e consolidadas não são

afetadas por uma lei superveniente. A essas “situações firmadas e consolidadas” chamamos ato jurídico perfeito, direito adquirido,

e coisa julgada.

ATO JURÍDICO PERFEITO: é aquele que já se encontra

consumado, levando-se em conta a lei vigente ao tempo em que foi praticado. Por exemplo, José se aposenta em determinado ano,

quando o tempo de contribuição é de, digamos, 29 anos. Três anos depois surge uma nova lei e aumenta o período para 35. José

precisará voltar para cumprir mais 6 anos, porque a lei mudou?

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Claro que não. a lei não pode interferir no ato jurídico perfeito. A

aposentadoria [documentalmente falando] de José é exemplo desse

ato jurídico perfeito, pois, como a lei de sua época exigia 29 anos e ele os cumpriu, está consumado.

DIREITO ADQUIRIDO: diz-se que o direito adquirido é aquele que

já se integrou ao patrimônio e à personalidade de seu titular. A lei

define o direito adquirido como aquele que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer. É o direito a que alguém faz jus e pode

exercer quando e como quiser. Outro requisito que a lei traz como caracterizador do direito adquirido é o começo com termo pré-fixo, ou

condição pré-estabelecida.

Evoco como exemplo a mesma situação da aposentadoria do José.

Ele não poderá retornar, pois sua situação de aposentado é seu direito adquirido!

COISA JULGADA: chamamos de coisa julgada a decisão judicial da

qual não caiba mais recurso. Uma sentença pode ser recorrida e o

sistema recursal brasileiro é uma verdadeira ZONA! Vide o processo do mensalão: depois de tanta labuta, os excelentíssimos ladrões

ainda podem recorrer!

Enfim, quando uma decisão judicial percorre todo esse caminho e se torna imutável, diz-se que ela transitou em julgado, ou, formou

coisa julgada.

Vigência da Lei no Espaço

A regra no nosso Direito é a do Domicílio! O que quer dizer isso?

A determinada pessoa se aplica a lei de seu domicílio,

especialmente no que diga respeito às regras sobre o Começo e fim de personalidade

o Nome o Capacidade e

o Direitos de família

Entretanto, o Brasil também admite aplicação extraterritorial, tanto

de sua lei em território estrangeiro, quanto da lei estrangeira em território nacional.

Por isso se diz que em nosso país vigora o princípio da

“territorialidade temperada” ou “mitigada”.

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Antes de vermos as regras específicas que a LINDB traz sobre as

aplicações extraterritoriais da lei, atentemo-nos para uma importante

regra, explicitada no artigo 17 da metanorma brasileira.

Qualquer manifestação de vontade de outros países, como leis, sentenças, entre outros atos, que ofenderem a soberania brasileira, a

ordem pública e os bons costumes não terão eficácia.

A extraterritorialidade não vale para qualquer coisa, senão não

haveria um governo soberano. A soberania se expressa exatamente pelo fazer valer dentro de seu território suas decisões.

O Brasil, de fato, é um país muito aberto ao estrangeiro. Para que

isso não acarrete uma intervenção nociva a nosso Estado, a LINDB delimitou um mínimo protecionista, excluindo quaisquer

manifestações estrangeiras contrárias às bases de nossa sociedade.

Não veremos todas as regras da LINDB pois algumas são muito

específicas. Caso vocês queiram saber delas todas, leiam a lei e podem me contatar sem medo! rs

[email protected]

Casamento e domicílio

Estrangeiros podem se casar no Brasil? Claro! Eles podem realizá-lo perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os

nubentes.

Se os nubentes tiverem domicílios diferentes [noivo paraguaio e

noiva argentina], os casos de invalidade do casamento será regido pela lei do primeiro domicílio conjugal.

Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira

em relação aos impedimentos dirimentes e às formalidades da

celebração.

Já o regime de bens, obedece à lei do país do domicílio do casal. Não importa onde o casamento foi realizado, para o regime de bens

importa o domicílio dos nubentes, e só.

Agora, a regra se repete, domicílios diversos primeiro domicílio

conjugal.

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Muito estamos falando de domicílio. Teremos uma aula só sobre esse

assunto, veremos mais detalhes a seu tempo.

Mas e se a pessoa simplesmente não tem domicílio, ou porque tem

vários, de modo que não há lugar certo para encontrá-la ou, sei lá, ela não tem domicílio, simplesmente…

Nesse caso, a LINDB nos adianta uma regra geral sobre domicílio

civil: quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada

no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.

Bens e obrigações

Lembra que acabamos de ver que para reger o regime de bens do

casal, o que vale é o domicílio do mesmo?

Pois bem, essa regra é reflexo da regra geral sobre a regulação dos bens, encontrada no artigo 8° da LINDB.

Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. Essa é a

regra geral, vejamos as exceções:

Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o

proprietário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se

destinarem a transporte para outros lugares.

O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa em

cuja posse se encontre a coisa penhorada.

***

Já quanto às obrigações, aos acordos firmados, vale a regra de

regência do país em que este acordo, esta obrigação for firmada.

Exceções:

A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no

lugar em que residir o proponente. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o

réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

IMÓVEIS SITUADOS NO BRASIL Só à autoridade

judiciária brasileira é competente.

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Sucessão

Sucessões é a parte do Direito que regula a transmissão de bens por conta da morte de seu titular. É onde vemos as regras sobre herança

e tudo mais…

“mas professor, isso não tá no programa”

Eu sei criança, só que como a LINDB fala sobre esse tema, e tem até

questões sobre isso, achei melhor não deixar de falar. São regras simples. Vejamos:

A sucessão por morte ou por ausência [não cai ausência na nossa prova, GRAÇAS a DEUS] obedece à lei do país em que

domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

Então vejam só: uma exceção forte quanto ao princípio do foro da situação dos bens.

A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será

regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não

lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus [falecido].

Ou seja a regra sempre é: o que for mais favorável!

Para regular a capacidade para ser sucessor [herdeiro] vale a lei do domicílio do herdeiro ou legatário, sempre.

Aplicação e Integração da Lei

A função primordial e principal do Poder Judiciário [vocês já sabem disso do Direito Constitucional] é exercer a jurisdição. Jurisdição, vem

do latim juris ditcio, que numa interpretação livre pode ser entendida como “dizer o direito”.

O Poder Judiciário, na figura do magistrado detém o poder-dever de

resolver os conflitos que lhes são apresentados, aplicando a lei ao

caso concreto.

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Não podemos, licitamente, exercer a justiça com nossas próprias

mãos. Há algumas exceções previstas na própria lei, como o caso da

legítima defesa, mas são hipóteses excepcionais. A regra é que esses conflitos sejam levados ao Judiciário, que decidirá de forma justa e

imparcial, aplicando a lei ao caso apresentado, dizendo “com quem está o direito”.

Com efeito, o artigo 4° da LINDB nos diz que “na aplicação da lei, o

juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.”

Em outras palavras, a lei está dizendo que o juiz não pode se acomodar a ser um mero repetidor da lei. Se fosse assim não

precisaríamos de juízes, com certeza já haveria um aplicativo, um software para julgar as causas! rs

Não basta aplicar a lei, tem de haver justiça! O que o cidadão busca

no judiciário não é a repetição da lei, mas a justiça que não pode ele fazer com suas próprias mãos.

Para deixar as coisas um pouco mais objetivas, o legislador estabeleceu como essa “justiça” será materializada. O juiz fará seu

trabalho quando aplicar a lei levando em contra os fins sociais a que essa lei se destina e quando atender às exigências do bem comum,

ou se preferirem, do interesse público.

***

Lembra da regra geral pela qual ninguém pode se escusar de cumprir

a lei alegando que não a conhece? Ótimo. Mas e quando a lei simplesmente não existe?

Pode acontecer. E ocorre principalmente nos casos que são levados a

juízo. O juiz tem como função principal a aplicação da lei ao caso

concreto, visando solucionar o conflito social que lhe é apresentado. Mas e quando o caso concreto é tão específico que, simplesmente,

não há uma lei que se adéque ao caso?

O juiz pode deixar de julgar por que não há uma lei específica sobre o caso?

NEEEGATIVO!

Olha que isso é comum perguntarem em prova hein! Não, o juiz não

se escusa de aplicar a lei ao caso concreto pela ausência de norma específica para o caso.

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Como ele fará então? Aí entra a chamada integração. O juiz fará uso

dos mecanismos de integração do Direito quando não puder aplicar a

lei diretamente.

A LINDB elenca 3 mecanismos de integração: analogia, costumes e princípios gerais do Direito.

Não é atoa que os mecanismos estão nessa ordem. Ela tem de ser

obedecida. Quando a lei for omissa, o juiz deverá recorrer,

primeiramente à analogia, depois aos costumes e só então, aos princípios gerais do Direito.

ANALOGIA: é o mecanismo de integração pelo qual o juiz, na

ausência de norma aplicável ao caso concreto, recorre a uma norma

semelhante. É um processo que demanda uma certa ponderação lógica do magistrado. Ele deverá analisar e pesquisar uma norma que

possa ser aplicável ao caso.

Um caso recente foi a ação da Polícia Civil contra o jogo do bicho. A

prática de jogo do bicho não é crime, e sim contravenção. Qual o problema: ninguém ia preso. Não adiantava prender. Então tínhamos

uma situação ilícita e potencialmente perigosa (fica devendo ao jogo do bicho pra você ver…) que estava protegido pela não previsão. Sim,

ela estava prevista na lei de contravenções, mas não no Código Penal. Só é crime o que a lei denomina como tal ou aquelas condutas

previstas no Código Penal.

E o que a Polícia Civil fazia e os juízes acabavam acatando? Indiciava

os responsáveis não por prática de jogo do bicho, mas por outros crimes, previstos no código penal, cujas condutas se assemelhavam à

prática em si: corrupção ativa, a corrupção passiva, a quadrilha armada.

Quando o juiz condena os acusados nesses crimes está procedendo à

analogia.

Podemos classificar a analogia em:

Analogia legis: aplicação de uma norma semelhante uma

norma somente.

Analogia juris: aplicação de um conjunto de normas.

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COSTUMES: É isso mesmo que vocês estão pensando. O juiz pode

se basear nos costumes para decidir certo caso. O que eu preciso

chamar a atenção de vocês é que o magistrado somente poderá utilizar-se do costume quando não puder fazer a analogia.

Lembre-se: há hierarquia entre as formas de integração!

Claro, não é todo e qualquer costume que pode ser utilizado!

Para que o costume tenha esse status de fonte integradora do

Direito, ele deve preencher dois requisitos:

1. Reiteração: para ser costume deve ser repetido [consciente ou

inconscientemente] por uma determinada sociedade. 2. Presunção de obrigatoriedade: de que adiantaria uma conduta

ser repetida se as pessoas não crêem que aquilo seja realmente obrigatório? Veja que o critério nem é a obrigatoriedade em si,

mas a presunção, a crença de que certa conduta é obrigatória.

Por exemplo, não há lei nenhuma dizendo que é obrigatório, o pagamento do pedágio. É, não tem uma lei que nos obrigue a

pagar pedágio. Procure. Eu não achei. No entanto, todos pagam

[reiteração] e acham que devem pagar, que o pagamento é obrigatório [presunção].

Podemos ainda classificar o costume em três tipos

Costume secundum legem – segundo a lei: é aquele que a

própria lei reconhece e se reporta ao costume. Por exemplo o

pagamento do aluguel, que o código civil diz que deve acontecer “segundo o costume local”.

Costume praeter legem – na falta da lei: é esse que estudamos, que supre uma lacuna legal.

Costume contra legem – contrário à lei: pode ocorrer em dois casos, pelo desuso da lei, quando se diz que a lei virou “letra

morta; ou quando o costume cria nova regra contrária à lei, por exemplo: o “costume” de furar o sinal vermelho, muito comum

nas cidades grandes! rs

PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: Se não der para resolver a

lacuna pela analogia nem pelos princípios gerais do direito,

recorreremos aos princípios gerais do Direito. Não há muito que se falar aqui.

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Os princípios são parâmetros que norteiam a atuação de todos os

operadores do Direito. Eles inspiram a criação de normas e servem de

parâmetro de legalidade. Estão implícitos em todo o ordenamento jurídico.

ATENÇÃO: a equidade não é forma de integração. Isso costuma cair em prova. Eles sempre afirmam

que as formas de integração são analogia, costumes, princípios e equidade… tá errado!

Equidade nada mais é do que o bom senso, e se relaciona com a APLICAÇÃO da lei, não com sua

integração.

Bom, meus amigos, é isso aí.

Espero que a revisão de hoje tenha servido a alguém. Vocês estão no

caminho certo e a vitória é só uma questão de tempo e constância de

propósito.

Não desanime, quando a preguiça bater, lembre da remuneração

inicial e da tranquilidade que é ser servidor público.

E mais: podem contar comigo para tirar qualquer dúvida e para

ajudar na preparação de vocês. Estou aqui pra isso!

Aquele abraço!!!

Contato:

Email: [email protected]

Facebook: Igor Celestino

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

1 – [FCC - 2013 - TJ-PE - Juiz] No caso de publicação para

corrigir texto de lei publicado com incorreção,

a) deverá, necessariamente, ser estabelecido um prazo para

sua nova entrada em vigor, além de disciplinar as relações

jurídicas estabelecidas antes da nova publicação.

b) deve o conflito entre os textos ser resolvido pelo juiz por

equidade, porque a Lei de Introdução às Normas do Direito

Brasileiro não regula os efeitos da nova publicação de texto de

lei.

c) não haverá novo prazo de vacatio legis depois da nova

publicação, se ocorrer antes de a lei ter entrado em vigor.

d) tratando-se de lei já em vigor, as correções consideram-se

lei nova.

e) não se considerarão lei nova as correções, tenha ou não já

entrado em vigor o texto incorreto.

COMENTÁRIOS:

Para responder a essa questão basta lembrar daquele esqueminha

que fizemos na aula de hoje.

E olha que a prova era pra juiz, hein! Vocês vão arrebentar nessa

prova!

GABARITO: D

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2 – [FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -

Área Judiciária] Ryan, inglês, em uma de suas viagens a lazer

pelo Brasil e pelo Estado do Espírito Santo, conheceu Perla,

brasileira nata, e ambos iniciaram relacionamento amoroso e

casaram-se na cidade de Vitória, onde residiram por cerca de

dez anos e adquiriram um imóvel residencial de alto padrão e

dois conjuntos comerciais. Do relacionamento entre Ryan e

Perla nasceram Pedro e Mariana, também na cidade de

Vitória. No mês de Janeiro de 2012 Ryan e Perla mudaram-se

definitivamente para a Inglaterra e, no mês de Julho, Ryan

faleceu em decorrência de um infarto fulminante. Neste caso,

em regra, a sucessão de bens amealhados pelo casal e que

estão no Brasil, será regulada pela lei

a) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,

independentemente de eventual conteúdo favorável aos

herdeiros da lei inglesa.

b) inglesa, tendo em vista a nacionalidade de Ryan.

c) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,

ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais

favorável a lei pessoal do de cujus.

d) inglesa, tendo em vista o local do falecimento de Ryan.

e) brasileira ou inglesa, cabendo aos herdeiros exercer a

opção no momento da abertura da sucessão.

COMENTÁRIOS:

Em relação à sucessão a regra de ouro é: sempre o que for mais

favorável.

A lei brasileira é mais favorável? Aplica ela. A lei do de cujus é mais

favorável? Esquece a lei brasileira, aplica a estrangeira.

GABARITO: C

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3 – [FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho]

“Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se

restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. Este

enunciado é

a) verdadeiro e caracteriza derrogação legal.

b) verdadeiro e caracteriza o princípio da irretroatividade

legal.

c) falso e caracteriza a vacância legal.

d) falso e configura a abrogação legal.

e) verdadeiro e configura a regra sobre repristinação legal.

COMENTÁRIOS:

Lembram da repristinação?

A regra não é o efeito repristinatório automático, mas sim o que

ocorre mediante expressa autorização. Não se esqueça disso!

GABARITO: E

4 – [FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho]

As regras estabelecidas na Constituição Federal e na Lei de

Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a respeito do

direito intertemporal

a) preservam a coisa julgada dos efeitos da lei nova, mas não

o direito adquirido, nem o ato jurídico perfeito.

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b) permitem sempre a prevalência das normas de ordem

pública, em relação ao direito adquirido.

c) estabelecem a coexistência da regra do efeito imediato da

lei com a vedação de ela prejudicar o direito adquirido, o ato

jurídico perfeito e a coisa julgada.

d) não admitem em qualquer hipótese lei com efeito

retroativo.

e) impedem o efeito imediato da lei, apenas para não atingir o

ato jurídico perfeito.

COMENTÁRIOS:

Sobre o “direito intertemporal”, ou as regras de vigência da lei no

tempo, a regra principal é: o efeito é imediato e geral, respeitado o

direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

Essa harmonização é base de nosso ordenamento.

GABARITO: C

5 – [FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário -

Área Administrativa] Dispõe a Lei de Introdução às Normas

do Direito Brasileiro que a obrigação resultante do contrato

reputa-se constituída no lugar em que residir o

proponente(art. 9º , § 2º ) e o Código Civil que reputar-se-á

celebrado o contrato no lugar em que for proposto (art. 435).

Neste caso,

a) ambas as disposições legais se acham em vigor e não se

contradizem.

b) o Código Civil foi revogado nessa disposição pela Lei de

Introdução às Normas do Direito Brasileiro.

c) aquela regra estabelecida na Lei de Introdução às Normas

do Direito Brasileiro foi revogada pelo Código Civil.

d) ambas as disposições se revogam reciprocamente.

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e) tendo o juiz dúvida sobre qual das normas legais deve

aplicar, possui a faculdade de considerar revogada qualquer

das duas regras, aplicando a outra.

COMENTÁRIOS:

Perceba a maldade: a LINDB fala na celebração do contrato? Não,

senhores, fala da obrigação resultante do contrato. É diferente.

Por isso, não fiquem procurando pelo em ovo! Código Civil revogado?

LINDB revogada? Tudo revogado? Po… pera lá né?

GABARITO: A

6 – [FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário -

Área Judiciária] Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade

da lei brasileira, quando admitida, se inicia, depois de

oficialmente publicada, em

a) três meses.

b) noventa dias.

c) um mês.

d) trinta dias.

e) quarenta e cinco dias.

COMENTÁRIOS:

Tá vendo a maldade? Tá vendo o VANDALISMO??? rs

3 meses ou 90 dias?

Como estudante de Direito tá mais acostumado com prazos em dias,

muita gente marcou letra B, ainda mais porque três meses era logo a

letra A, aí nego pensou: ahaaaaa, eu não vou cair na pegadinha da

letra A!!!

Dançaram os “espertões”.

GABARITO: A

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7 – [FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário -

Execução de Mandados] Considere as seguintes assertivas a

respeito da Lei de Introdução às normas do Direito

brasileiro:

I. As correções a texto de lei já em vigor consideram- se lei

nova.

II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais

a par das já existentes, revoga a lei anterior.

III. A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a

capacidade para suceder.

IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a

lei vigente ao tempo em que se efetuou.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e III.

b) I, III e IV.

c) III e IV.

d) II e IV.

e) I, II e IV.

COMENTÁRIOS:

A única assertiva errada e a II, pois a lei nova que estabeleça apenas

disposições gerais ou especiais sobre o tema não revoga nem altera

a anterior.

GABARITO: B

8 – [FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário - Área

Judiciária] NÃO se destinando a vigência temporária, a lei

a) terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

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b) vigorará enquanto não cair em desuso.

c) só poderá ser revogada pela superveniência de nova ordem

constitucional.

d) somente vigorará, até que outra lei expressamente a

revogue.

e) não poderá ser revogada.

COMENTÁRIOS:

A regra é a validade ad eternum da lei. somente uma lei deixará de

estar em vigor depois que uma outra a modifique ou a revogue!

Enquanto não houver alteração ou revogação, a lei tá valendo.

O Código Penal Por exemplo é da década de 40!!!

GABARITO: A

9 – [FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas]

Desempenhando diferentes funções, classifica-se o costume,

conforme seu conteúdo, do seguinte modo:

I. praeter legem.

II. secundum legem.

III. contra legem.

Sobre eles, é correto afirmar que o primeiro

a) exerce função supletiva; o segundo é interpretativo; e o

terceiro não é admitido pelo sistema, embora possa induzir o

legislador a modificar leis anacrônicas ou injustas.

b) não é admitido pelo sistema, embora possa induzir o

legislador a modificar leis anacrônicas ou injustas; o segundo

é interpretativo; e o terceiro exerce função supletiva.

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c) é interpretativo; o segundo exerce função supletiva; e o

terceiro não é admitido pelo sistema, todavia pode induzir o

legislador a modificar leis anacrônicas ou injustas.

d) não é admitido pelo sistema, embora possa induzir o

legislador a modificar leis anacrônicas ou injustas; o segundo

exerce função supletiva; e o terceiro é interpretativo.

e) é interpretativo; o segundo não é admitido pelo sistema,

embora possa induzir o legislador a modificar leis anacrônicas

ou injustas; e o terceiro exerce função supletiva.

COMENTÁRIOS:

Essa foi mais doutrinária. Vamos lá.

O primeiro [praeter legem] é supletivo, porque é ele que serve de

método de integração da norma. Na ausência da lei e na

impossibilidade de aplicação da analogia costume praeter legem.

O segundo [secundum legem] é interpretativo… Por quê? Simples: ele

serve para aplicar a lei, não para suprir sua falta. Lembram so

exemplo do preço do aluguel? A lei remete ao costume, o aplicador

então toma este como forma de aplicar, interpretar a lei.

O terceiro [contra legem] não é admitido, mas como a questão

acertadamente fala, pode induzir o legislador a modificar leis

anacrônicas ou injustas, como está acontecendo, exatamente com o

Código Penal que está prestes a ser reformado.

GABARITO: A

10 – [FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador] É correto afirmar

que,

a) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o

País, 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente

promulgada.

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b) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei

brasileira, quando admitida, se inicia 90 (noventa) dias depois

de oficialmente promulgada.

c) se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação

de seu texto, destinada a correção, o prazo de início de sua

vigência começará a correr da data da primeira publicação.

d) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor

até que outra a modifique ou a revogue.

e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a

par das já existentes, sempre revoga a anterior.

COMENTÁRIOS:

Eu não falei que a FCC ia trocar publicada por promulgada? E não

falei que ela ia mudar de 3 meses para 90 dias? Rs

C: não é a partir da primeira, mas sim da última publicação.

E: a lei com disposições gerais ou especiais não revoga nem modifica.

GABARITO: D

11 – [FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário

- Área Administrativa] De acordo com a Lei de Introdução ao

Código Civil brasileiro (Decreto-Lei no 4.657, de 04/09/1942

e modificações posteriores):

a) o penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa

em cuja posse se encontre a coisa apenhada.

b) o conhecimento da lei estrangeira é dever do magistrado

sendo defeso ao juiz exigir de quem a invoca prova do texto e

da vigência.

c) reputa-se ato jurídico perfeito o ato que estiver de acordo

com as regras, costumes e princípios gerais de direito

vigentes em uma comunidade.

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d) chama-se coisa julgada a pretensão constante de ação

judicial já julgada por sentença passível de recurso.

e) a lei do país em que a pessoa tiver nascido determina as

regras sobre os direitos de família.

COMENTÁRIOS:

O penhor é um direito real se vincula à coisa e não à pessoa.

E a regra geral para ações reais [sobre coisas] é a da situação da

coisa, a letra A está certa pois o possuidor está com a coisa, no final

acaba se mantendo a regra geral.

B: não falamos isso na aula, mas a resposta é não. o juiz é obrigado

a conhecer a lei de seu país. Caso a parte alegue Direito estrangeiro

[ou alienígena, como pode aparecer na prova também] deve provar a

existência.

C: não em uma comunidade, em um determinado tempo, no qual o

ato se consumou.

D: não, é exatamente a que é irrecorrível, se tornou imutável.

E: Cuidado. A lei de onde a pessoa nasceu? NÃO! onde ela tem

DOMICILIO! Ela pode nascer aqui e ir morar no Zimbábue!

GABARITO: A

13 – [FCC - 2007 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal

do Município - Prova 1]

Na lacuna da lei, o juiz

a) decidirá com base na analogia, nos costumes e nos

princípios gerais de direito.

b) decidirá com base na eqüidade e na jurisprudência.

c) decidirá o caso apenas se houver precedentes judiciais

vinculantes dos tribunais superiores.

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d) arbitrará a solução que lhe parecer mais justa, de forma

motivada.

e) poderá escusar-se de proferir decisão.

COMENTÁRIOS:

O único cuidado e o único alerta que eu lhes faço: equidade não é

para suprir lacuna na lei, é para interpretá-la e aplicá-la!

Por favor entendam a diferença. Se eu tenha uma lacuna, não tem o

que interpretar, concordam?

Aí sim entra a analogia, os costumes e os PGD, para suprir a norma,

para que, aí sim, eu possa aplicá-la.

GABARITO: A

14 – [FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo -

Direito] De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil, é

correto afirmar que

a) a sucessão por morte obedece à lei do país em que

estiverem situados os bens deixados pelo falecido.

b) regerá os casos de invalidade do matrimônio, tendo os

nubentes domicílios diversos, a lei do domicílio do marido.

c) chama-se coisa julgada o ato já consumado segundo a lei

vigente ao tempo em que se efetuou.

d) a lei começa a vigorar em todo o país, salvo disposição

contrária, na data de sua publicação.

e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a

par das já existentes, não revoga nem modifica a anterior.

COMENTÁRIOS:

A: sucessão por morte: qual é a lei a que for mais favorável!

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B: nubentes com domicílios diversos primeiro domicílio conjugal.

C: não, essa definição é a de ato jurídico perfeito. Coisa julgada é

decisão judicial da qual não cabe mais recurso.

D: E a vacatio legis? 45 dias, salvo disposição em contrário.

GABARITO: E

15 – [FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador] O servidor X contava

treze (13) anos de serviço público estadual, quando entrou

em vigor nova lei, que aboliu adicionais sobre os vencimentos

a cada cinco (05) anos de serviço. Neste caso, X

a) manterá sem seu patrimônio o equivalente aos dois (02)

adicionais pelos dez (10) anos completos e mais 30% (trinta

por cento) do adicional pelo período seguinte de cinco (05)

anos que estava em curso.

b) a partir da nova lei, perderá os adicionais que havia

conquistado, pois só tem direito adquirido àqueles vencidos,

que, eventualmente, estivessem pendentes de pagamento.

c) continuará adquirindo o direito aos adicionais a cada cinco

(05) anos de serviço, que se completarem.

d) adquirirá apenas mais um adicional, quando se completar o

terceiro período de cinco (05) anos.

e) manterá em seu patrimônio dois (02) adicionais, mas não

obterá o terceiro.

COMENTÁRIOS:

Simples: o direito adquirido do servidor se restringe aos dois

adicionais que ele já adquiriu.

O direito adquirido não é aquele que se integrou ao patrimônio ou

personalidade do titular? Então, como ele não tinha completado mais

5 anos, não fará jus a 3 adicionais.

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Essa história de 30% é pra banca se divertir pensando nas pessoas

que vão achar que esta tá certa! Eles se divertem!

GABARITO: E

***

Muito bem, queridos, chegamos ao final de nossa aula. Deixarei mais

alguns exercícios para vocês treinarem. Um abraço e até uma

próxima oportunidade!

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

NÃO FECHA A APOSTILA NÃO! PARA

DE PREGUIÇA! VAMOS TREINAR!!! =]

16 – [FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário -

Área Judiciária] João ajuizou ação de cobrança contra José, com

base em lei vigente na época do negócio jurídico que gerou a

correspondente obrigação, e obteve ganho de causa. A sentença

transitou em julgado no dia 18 de maio de 2008. No dia 18 de abril

de 2010, foi publicada outra lei, que expressamente revogou a lei

vigente na época do negócio jurídico que gerou a obrigação. Nesse

caso,

a) a lei nova não será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque violaria o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

b) a lei nova será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque não ocorreu a coisa julgada, nem o ato jurídico perfeito.

c) a lei nova não será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque, embora não caracterizado o ato jurídico perfeito, ocorreu a

coisa julgada.

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d) a lei nova não será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque, embora não tenha ocorrido a coisa julgada, ficou

caracterizado o ato jurídico perfeito.

e) a lei nova será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque a lei nova foi publicada antes do prazo de dois anos da data

do trânsito em julgado da sentença que decidiu a relação jurídica.

17 – [FCC - 2011 - TJ-AP - Titular de Serviços de Notas e de

Registros] Quanto às leis é correto afirmar:

a) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País,

45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada.

b) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,

quando admitida, se inicia 90 (noventa) dias depois de oficialmente

promulgada.

c) Se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu

texto, destinada a correção, o prazo de início de sua vigência

começará a correr da data da primeira publicação.

d) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que

outra a modifique ou a revogue, ou venha a cair em desuso

devidamente reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal em ação

específica.

e) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a anterior.

18 – [FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário

- Execução de Mandados] A Lei no XX/09 foi revogada pela Lei

no YY/10. Posteriormente, a Lei no ZZ/10 revogou a Lei no YY/10.

Nesse caso, salvo disposição em contrário, a Lei no XX/09

a) não se restaura por ter a Lei revogadora perdido a vigência.

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b) só se restaura se a Lei no YY/10 tiver sido expressamente

revogada pela Lei no ZZ/10.

c) restaura-se integralmente, independentemente, de novo diploma

legal.

d) só se restaura se a revogação da Lei no YY/10 for decorrente de

incompatibilidade com a Lei no ZZ/10.

e) só se restaura se a Lei no ZZ/10 tiver regulamentado inteiramente

a matéria de que tratava a Lei no YY/10.

19 – [FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área

Administrativa] A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou

especiais a par das já existentes,

a) modifica a lei anterior, apenas.

b) revoga a lei anterior, apenas.

c) não revoga nem modifica a lei anterior.

d) derroga a lei anterior.

e) revoga ou modifica a lei anterior.

20 – [FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área

Administrativa] A lei do país em que for domiciliada a pessoa

determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o

nome, a capacidade e os direitos de família. No caso de casamento,

tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade

do matrimônio a lei do

a) primeiro domicílio conjugal.

b) último domicílio conjugal.

c) qualquer domicílio conjugal estabelecido por mais de um ano.

d) domicílio da mulher anterior ao casamento.

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e) qualquer domicílio conjugal estabelecido por mais de três anos.

21 – [FCC - 2011 - TJ-PE - Juiz] No Direito brasileiro vigora a

seguinte regra sobre a repristinação da lei:

a) não se destinando a vigência temporária, a lei vigorará até que

outra a modifique ou revogue.

b) se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação da lei,

destinada a correção, o prazo para entrar em vigor começará a correr

da nova publicação.

c) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

d) salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por

ter a lei revogadora perdido a vigência.

e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

22 – [FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal] Sobre

a repristinação é a regra vigente no direito brasileiro:

a) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por

ter a lei revogadora perdido a vigência.

b) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

c) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que

outra a modifique ou revogue.

d) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare.

e) A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível.

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23 – [ FCC - 2010 - TCE-RO - Procurador] Em relação à aplicação da

lei no tempo, é correto afirmar:

a) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia- se a partir

de sua publicação oficial.

b) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia- se no país

quarenta e cinco dias depois de publicada oficialmente.

c) Exceto disposição contrária, a lei revogada restaura- se ao ter a lei

revogadora perdido a vigência.

d) A vigência da lei começa a partir da sanção presidencial, ou da

promulgação da Medida Provisória.

e) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das

já existentes, poderá eventualmente revogar ou alterar a lei anterior.

24 – [FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público] Segundo a Lei de

Introdução ao Código Civil Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/42):

a) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a

analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.

b) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país

quarenta e cinco dias depois de oficialmente promulgada.

c) nos Estados, a obrigatoriedade da lei federal iniciase três meses

depois de oficialmente publicada, salvo disposição contrária.

d) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

e) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a

lei revogadora perdido a vigência.

25 – [FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2] No direito

brasileiro, a repristinação da lei se regula pela seguinte regra:

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a) a lei nova que estabelecer disposição geral revoga a lei especial já

existente.

b) a vigência das leis, que os governos estaduais elaboram por

autorização do Governo Federal, depende da aprovação deste e

começará no prazo que a legislação fixar.

c) a lei posterior só revoga a anterior se expressamente o declarar ou

se com esta for incompatível.

d) a lei revogada só se restaura se o seu texto for nova e

integralmente publicado.

e) salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por

ter a lei revogadora perdido a vigência.

26 – [FCC - 2009 - DPE-MT - Defensor Público] Segundo a Lei de

Introdução ao Código Civil brasileiro,

a) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a

lei revogadora perdido a vigência.

b) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em to do o país

três meses depois de oficialmente publicada.

c) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se

três meses depois de oficialmente promulgada, salvo disposição

contrária.

d) a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare,

quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a

matéria de que tratava a lei anterior.

e) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a

analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.

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27 – [FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área

Judiciária] A respeito da vigência da lei, em Direito Civil, pode-se

afirmar que

a) a lei nova que estabeleça disposições especiais a par das já

existentes não revoga nem modifica a lei anterior.

b) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,

quando admitida, se inicia quarenta e cinco dias depois de

oficialmente publicada.

c) não se consideram lei nova as correções a texto de lei já em vigor.

d) a lei revogada, salvo disposição em contrário, se restaura se a lei

nova tiver perdido a vigência.

e) a lei começa a vigorar em todo o país, na data em que foi

oficialmente publicada.

28 – [FCC - 2006 - SEFAZ-PB - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais]

Considere as seguintes afirmações:

I. A lei posterior somente revogará a lei anterior quando

expressamente o declare.

II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

III. Para qualificar e reger as obrigações, aplica-se a lei do país em

que devem ser cumpridas.

IV. A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as

regras sobre o começo e o fim da personalidade.

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V. A capacidade e os direitos de família se regulam pela lei

correspondente à nacionalidade das pessoas.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) II e III.

c) II e IV.

d) III e V.

e) IV e V.

29 – [FCC - 2007 - TRF-2R - Analista Judiciário - Área Judiciária -

Execução de Mandados] Paulo é equatoriano, domiciliado no Peru e

casou-se, no Uruguai, com Maria, Argentina, domiciliada no Uruguai.

Logo após a celebração do matrimônio, fixaram domicílio no Brasil.

De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, o

regime de bens entre os cônjuges obedecerá a lei

a) equatoriana.

b) brasileira.

c) peruana.

d) argentina.

e) uruguaia.

30 – [FCC - 2007 - TRF-2R - Analista Judiciário - Área

Administrativa] Maurice, francês, casou-se com Jeanne, espanhola.

Morou algum tempo no Brasil, onde adquiriu bens imóveis. Dessa

união nasceu um filho brasileiro, José. Posteriormente, Maurice

faleceu na França, onde era domiciliado. Nesse caso, de acordo com

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a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, a sucessão dos bens

que Maurice adquiriu em vida no Brasil será regulada pela lei

a) brasileira, se a lei francesa não for mais favorável a José.

b) brasileira, seja ou não mais favorável a José.

c) francesa, seja ou não mais favorável a José.

d) espanhola, se for mais favorável a José.

e) espanhola, seja ou não mais favorável a José.

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LISTA DOS EXERCÍCIOS COMENTADOS

1 – [FCC - 2013 - TJ-PE - Juiz] No caso de publicação para corrigir

texto de lei publicado com incorreção,

a) deverá, necessariamente, ser estabelecido um prazo para sua

nova entrada em vigor, além de disciplinar as relações jurídicas

estabelecidas antes da nova publicação.

b) deve o conflito entre os textos ser resolvido pelo juiz por equidade,

porque a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro não regula

os efeitos da nova publicação de texto de lei.

c) não haverá novo prazo de vacatio legis depois da nova publicação,

se ocorrer antes de a lei ter entrado em vigor.

d) tratando-se de lei já em vigor, as correções consideram-se lei

nova.

e) não se considerarão lei nova as correções, tenha ou não já entrado

em vigor o texto incorreto.

2 – [FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área

Judiciária] Ryan, inglês, em uma de suas viagens a lazer pelo Brasil

e pelo Estado do Espírito Santo, conheceu Perla, brasileira nata, e

ambos iniciaram relacionamento amoroso e casaram-se na cidade

de Vitória, onde residiram por cerca de dez anos e adquiriram um

imóvel residencial de alto padrão e dois conjuntos comerciais. Do

relacionamento entre Ryan e Perla nasceram Pedro e Mariana,

também na cidade de Vitória. No mês de Janeiro de 2012 Ryan e

Perla mudaram-se definitivamente para a Inglaterra e, no mês de

Julho, Ryan faleceu em decorrência de um infarto fulminante. Neste

caso, em regra, a sucessão de bens amealhados pelo casal e que

estão no Brasil, será regulada pela lei

Page 42: LINDB COMENTADA

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42

a) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,

independentemente de eventual conteúdo favorável aos herdeiros da

lei inglesa.

b) inglesa, tendo em vista a nacionalidade de Ryan.

c) brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de

quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei

pessoal do de cujus.

d) inglesa, tendo em vista o local do falecimento de Ryan.

e) brasileira ou inglesa, cabendo aos herdeiros exercer a opção no

momento da abertura da sucessão.

3 – [FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho] “Salvo

disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei

revogadora perdido a vigência”. Este enunciado é

a) verdadeiro e caracteriza derrogação legal.

b) verdadeiro e caracteriza o princípio da irretroatividade legal.

c) falso e caracteriza a vacância legal.

d) falso e configura a abrogação legal.

e) verdadeiro e configura a regra sobre repristinação legal.

4 – [FCC - 2012 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Juiz do Trabalho] As

regras estabelecidas na Constituição Federal e na Lei de Introdução

às Normas do Direito Brasileiro, a respeito do direito intertemporal

a) preservam a coisa julgada dos efeitos da lei nova, mas não o

direito adquirido, nem o ato jurídico perfeito.

b) permitem sempre a prevalência das normas de ordem pública, em

relação ao direito adquirido.

c) estabelecem a coexistência da regra do efeito imediato da lei com

a vedação de ela prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito

e a coisa julgada.

d) não admitem em qualquer hipótese lei com efeito retroativo.

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e) impedem o efeito imediato da lei, apenas para não atingir o ato

jurídico perfeito.

5 – [FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Técnico Judiciário - Área

Administrativa] Dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito

Brasileiro que a obrigação resultante do contrato reputa-se

constituída no lugar em que residir o proponente(art. 9º , § 2º ) e o

Código Civil que reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que

for proposto (art. 435). Neste caso,

a) ambas as disposições legais se acham em vigor e não se

contradizem.

b) o Código Civil foi revogado nessa disposição pela Lei de Introdução

às Normas do Direito Brasileiro.

c) aquela regra estabelecida na Lei de Introdução às Normas do

Direito Brasileiro foi revogada pelo Código Civil.

d) ambas as disposições se revogam reciprocamente.

e) tendo o juiz dúvida sobre qual das normas legais deve aplicar,

possui a faculdade de considerar revogada qualquer das duas regras,

aplicando a outra.

6 – [FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área

Judiciária] Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei

brasileira, quando admitida, se inicia, depois de oficialmente

publicada, em

a) três meses.

b) noventa dias.

c) um mês.

d) trinta dias.

e) quarenta e cinco dias.

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7 – [FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Execução

de Mandados] Considere as seguintes assertivas a respeito da Lei de

Introdução às normas do Direito brasileiro:

I. As correções a texto de lei já em vigor consideram- se lei nova.

II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, revoga a lei anterior.

III. A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade

para suceder.

IV. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei

vigente ao tempo em que se efetuou.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e III.

b) I, III e IV.

c) III e IV.

d) II e IV.

e) I, II e IV.

8 – [FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário - Área Judiciária] NÃO

se destinando a vigência temporária, a lei

a) terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

b) vigorará enquanto não cair em desuso.

c) só poderá ser revogada pela superveniência de nova ordem

constitucional.

d) somente vigorará, até que outra lei expressamente a revogue.

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e) não poderá ser revogada.

9 – [FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas]

Desempenhando diferentes funções, classifica-se o costume,

conforme seu conteúdo, do seguinte modo:

I. praeter legem.

II. secundum legem.

III. contra legem.

Sobre eles, é correto afirmar que o primeiro

a) exerce função supletiva; o segundo é interpretativo; e o terceiro

não é admitido pelo sistema, embora possa induzir o legislador a

modificar leis anacrônicas ou injustas.

b) não é admitido pelo sistema, embora possa induzir o legislador a

modificar leis anacrônicas ou injustas; o segundo é interpretativo; e o

terceiro exerce função supletiva.

c) é interpretativo; o segundo exerce função supletiva; e o terceiro

não é admitido pelo sistema, todavia pode induzir o legislador a

modificar leis anacrônicas ou injustas.

d) não é admitido pelo sistema, embora possa induzir o legislador a

modificar leis anacrônicas ou injustas; o segundo exerce função

supletiva; e o terceiro é interpretativo.

e) é interpretativo; o segundo não é admitido pelo sistema, embora

possa induzir o legislador a modificar leis anacrônicas ou injustas; e o

terceiro exerce função supletiva.

10 – [FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador] É correto afirmar que,

a) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País,

45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada.

Page 46: LINDB COMENTADA

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46

b) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,

quando admitida, se inicia 90 (noventa) dias depois de oficialmente

promulgada.

c) se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu

texto, destinada a correção, o prazo de início de sua vigência

começará a correr da data da primeira publicação.

d) não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que

outra a modifique ou a revogue.

e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, sempre revoga a anterior.

11 – [FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário -

Área Administrativa] De acordo com a Lei de Introdução ao Código

Civil brasileiro (Decreto-Lei no 4.657, de 04/09/1942 e modificações

posteriores):

a) o penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa em cuja

posse se encontre a coisa apenhada.

b) o conhecimento da lei estrangeira é dever do magistrado sendo

defeso ao juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.

c) reputa-se ato jurídico perfeito o ato que estiver de acordo com as

regras, costumes e princípios gerais de direito vigentes em uma

comunidade.

d) chama-se coisa julgada a pretensão constante de ação judicial já

julgada por sentença passível de recurso.

e) a lei do país em que a pessoa tiver nascido determina as regras

sobre os direitos de família.

12 – [FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça] Constitui, dentre

outros, requisito para execução no Brasil de sentença proferida no

estrangeiro:

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a) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades

necessárias para a execução de acordo com a lei brasileira, ainda que

assim não esteja no lugar em que foi proferida.

b) terem sido as partes citadas e não ter ocorrido revelia.

c) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal, após parecer

favorável do Procurador-Geral da República.

d) haver sido proferida por juiz competente.

e) estar traduzida por intérprete do país de origem ou pelo advogado

que representar o requerente.

13 – [FCC - 2007 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do

Município - Prova 1]

Na lacuna da lei, o juiz

a) decidirá com base na analogia, nos costumes e nos princípios

gerais de direito.

b) decidirá com base na eqüidade e na jurisprudência.

c) decidirá o caso apenas se houver precedentes judiciais vinculantes

dos tribunais superiores.

d) arbitrará a solução que lhe parecer mais justa, de forma motivada.

e) poderá escusar-se de proferir decisão.

14 – [FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo - Direito]

De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil, é correto afirmar

que

a) a sucessão por morte obedece à lei do país em que estiverem

situados os bens deixados pelo falecido.

b) regerá os casos de invalidade do matrimônio, tendo os nubentes

domicílios diversos, a lei do domicílio do marido.

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c) chama-se coisa julgada o ato já consumado segundo a lei vigente

ao tempo em que se efetuou.

d) a lei começa a vigorar em todo o país, salvo disposição contrária,

na data de sua publicação.

e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a anterior.

15 – [FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador] O servidor X contava treze

(13) anos de serviço público estadual, quando entrou em vigor nova

lei, que aboliu adicionais sobre os vencimentos a cada cinco (05)

anos de serviço. Neste caso, X

a) manterá sem seu patrimônio o equivalente aos dois (02) adicionais

pelos dez (10) anos completos e mais 30% (trinta por cento) do

adicional pelo período seguinte de cinco (05) anos que estava em

curso.

b) a partir da nova lei, perderá os adicionais que havia conquistado,

pois só tem direito adquirido àqueles vencidos, que, eventualmente,

estivessem pendentes de pagamento.

c) continuará adquirindo o direito aos adicionais a cada cinco (05)

anos de serviço, que se completarem.

d) adquirirá apenas mais um adicional, quando se completar o

terceiro período de cinco (05) anos.

e) manterá em seu patrimônio dois (02) adicionais, mas não obterá o

terceiro.

16 – [FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário -

Área Judiciária] João ajuizou ação de cobrança contra José, com

base em lei vigente na época do negócio jurídico que gerou a

correspondente obrigação, e obteve ganho de causa. A sentença

transitou em julgado no dia 18 de maio de 2008. No dia 18 de abril

de 2010, foi publicada outra lei, que expressamente revogou a lei

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vigente na época do negócio jurídico que gerou a obrigação. Nesse

caso,

a) a lei nova não será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque violaria o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

b) a lei nova será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque não ocorreu a coisa julgada, nem o ato jurídico perfeito.

c) a lei nova não será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque, embora não caracterizado o ato jurídico perfeito, ocorreu a

coisa julgada.

d) a lei nova não será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque, embora não tenha ocorrido a coisa julgada, ficou

caracterizado o ato jurídico perfeito.

e) a lei nova será aplicada à relação jurídica entre João e José,

porque a lei nova foi publicada antes do prazo de dois anos da data

do trânsito em julgado da sentença que decidiu a relação jurídica.

17 – [FCC - 2011 - TJ-AP - Titular de Serviços de Notas e de

Registros] Quanto às leis é correto afirmar:

a) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País,

45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente promulgada.

b) Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,

quando admitida, se inicia 90 (noventa) dias depois de oficialmente

promulgada.

c) Se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu

texto, destinada a correção, o prazo de início de sua vigência

começará a correr da data da primeira publicação.

d) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que

outra a modifique ou a revogue, ou venha a cair em desuso

devidamente reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal em ação

específica.

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e) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a anterior.

18 – [FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário

- Execução de Mandados] A Lei no XX/09 foi revogada pela Lei

no YY/10. Posteriormente, a Lei no ZZ/10 revogou a Lei no YY/10.

Nesse caso, salvo disposição em contrário, a Lei no XX/09

a) não se restaura por ter a Lei revogadora perdido a vigência.

b) só se restaura se a Lei no YY/10 tiver sido expressamente

revogada pela Lei no ZZ/10.

c) restaura-se integralmente, independentemente, de novo diploma

legal.

d) só se restaura se a revogação da Lei no YY/10 for decorrente de

incompatibilidade com a Lei no ZZ/10.

e) só se restaura se a Lei no ZZ/10 tiver regulamentado inteiramente

a matéria de que tratava a Lei no YY/10.

19 – [FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área

Administrativa] A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou

especiais a par das já existentes,

a) modifica a lei anterior, apenas.

b) revoga a lei anterior, apenas.

c) não revoga nem modifica a lei anterior.

d) derroga a lei anterior.

e) revoga ou modifica a lei anterior.

20 – [FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área

Administrativa] A lei do país em que for domiciliada a pessoa

determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o

nome, a capacidade e os direitos de família. No caso de casamento,

tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade

do matrimônio a lei do

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a) primeiro domicílio conjugal.

b) último domicílio conjugal.

c) qualquer domicílio conjugal estabelecido por mais de um ano.

d) domicílio da mulher anterior ao casamento.

e) qualquer domicílio conjugal estabelecido por mais de três anos.

21 – [FCC - 2011 - TJ-PE - Juiz] No Direito brasileiro vigora a

seguinte regra sobre a repristinação da lei:

a) não se destinando a vigência temporária, a lei vigorará até que

outra a modifique ou revogue.

b) se, antes de entrar em vigor, ocorrer nova publicação da lei,

destinada a correção, o prazo para entrar em vigor começará a correr

da nova publicação.

c) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.

d) salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por

ter a lei revogadora perdido a vigência.

e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

22 – [FCC - 2010 - PGM-TERESINA-PI - Procurador Municipal] Sobre

a repristinação é a regra vigente no direito brasileiro:

a) Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por

ter a lei revogadora perdido a vigência.

b) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

c) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que

outra a modifique ou revogue.

d) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare.

e) A lei posterior revoga a anterior quando seja com ela incompatível.

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23 – [ FCC - 2010 - TCE-RO - Procurador] Em relação à aplicação da

lei no tempo, é correto afirmar:

a) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia- se a partir

de sua publicação oficial.

b) Salvo disposição em contrário, a vigência da lei inicia- se no país

quarenta e cinco dias depois de publicada oficialmente.

c) Exceto disposição contrária, a lei revogada restaura- se ao ter a lei

revogadora perdido a vigência.

d) A vigência da lei começa a partir da sanção presidencial, ou da

promulgação da Medida Provisória.

e) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das

já existentes, poderá eventualmente revogar ou alterar a lei anterior.

24 – [FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público] Segundo a Lei de

Introdução ao Código Civil Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/42):

a) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a

analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.

b) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país

quarenta e cinco dias depois de oficialmente promulgada.

c) nos Estados, a obrigatoriedade da lei federal iniciase três meses

depois de oficialmente publicada, salvo disposição contrária.

d) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

e) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a

lei revogadora perdido a vigência.

25 – [FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2] No direito

brasileiro, a repristinação da lei se regula pela seguinte regra:

a) a lei nova que estabelecer disposição geral revoga a lei especial já

existente.

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b) a vigência das leis, que os governos estaduais elaboram por

autorização do Governo Federal, depende da aprovação deste e

começará no prazo que a legislação fixar.

c) a lei posterior só revoga a anterior se expressamente o declarar ou

se com esta for incompatível.

d) a lei revogada só se restaura se o seu texto for nova e

integralmente publicado.

e) salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por

ter a lei revogadora perdido a vigência.

26 – [FCC - 2009 - DPE-MT - Defensor Público] Segundo a Lei de

Introdução ao Código Civil brasileiro,

a) salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a

lei revogadora perdido a vigência.

b) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em to do o país

três meses depois de oficialmente publicada.

c) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei federal inicia-se

três meses depois de oficialmente promulgada, salvo disposição

contrária.

d) a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare,

quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a

matéria de que tratava a lei anterior.

e) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a

analogia, os costumes, a equidade e os princípios gerais de direito.

27 – [FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área

Judiciária] A respeito da vigência da lei, em Direito Civil, pode-se

afirmar que

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a) a lei nova que estabeleça disposições especiais a par das já

existentes não revoga nem modifica a lei anterior.

b) nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,

quando admitida, se inicia quarenta e cinco dias depois de

oficialmente publicada.

c) não se consideram lei nova as correções a texto de lei já em vigor.

d) a lei revogada, salvo disposição em contrário, se restaura se a lei

nova tiver perdido a vigência.

e) a lei começa a vigorar em todo o país, na data em que foi

oficialmente publicada.

28 – [FCC - 2006 - SEFAZ-PB - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais]

Considere as seguintes afirmações:

I. A lei posterior somente revogará a lei anterior quando

expressamente o declare.

II. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.

III. Para qualificar e reger as obrigações, aplica-se a lei do país em

que devem ser cumpridas.

IV. A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as

regras sobre o começo e o fim da personalidade.

V. A capacidade e os direitos de família se regulam pela lei

correspondente à nacionalidade das pessoas.

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Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) II e III.

c) II e IV.

d) III e V.

e) IV e V.

29 – [FCC - 2007 - TRF-2R - Analista Judiciário - Área Judiciária -

Execução de Mandados] Paulo é equatoriano, domiciliado no Peru e

casou-se, no Uruguai, com Maria, Argentina, domiciliada no Uruguai.

Logo após a celebração do matrimônio, fixaram domicílio no Brasil.

De acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, o

regime de bens entre os cônjuges obedecerá a lei

a) equatoriana.

b) brasileira.

c) peruana.

d) argentina.

e) uruguaia.

30 – [FCC - 2007 - TRF-2R - Analista Judiciário - Área

Administrativa] Maurice, francês, casou-se com Jeanne, espanhola.

Morou algum tempo no Brasil, onde adquiriu bens imóveis. Dessa

união nasceu um filho brasileiro, José. Posteriormente, Maurice

faleceu na França, onde era domiciliado. Nesse caso, de acordo com

a Lei de Introdução ao Código Civil brasileiro, a sucessão dos bens

que Maurice adquiriu em vida no Brasil será regulada pela lei

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a) brasileira, se a lei francesa não for mais favorável a José.

b) brasileira, seja ou não mais favorável a José.

c) francesa, seja ou não mais favorável a José.

d) espanhola, se for mais favorável a José.

e) espanhola, seja ou não mais favorável a José.

Gabaritos

01-D 02-C 03-E 04-C 05-A

06-A 07-B 08-A 09-A 10-D

11-A 12-D 13-A 14-E 15-E

16-A 17-E 18-A 19-C 20-A

21-D 22-A 23-B 24-D 25-E

26-D 27-A 28-C 29-B 30-A