LÍNGUA PORTUGUESA

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LNGUA PORTUGUESA Compreenso de TextosOs concursos apresentam questes interpretativas que tm por finalidade a identificao de um leitor autnomo. Portanto, o candidato deve compreender os nveis estruturais da lngua por meio da lgica, alm de necessitar de um bom lxico internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que esto inseridas. Torna-se, assim, necessrio sempre fazer um confronto entre todas as partes que compem o texto. Alm disso, fundamental apreender as informaes apresentadas por trs do texto e as inferncias a que ele remete. Este procedimento justificase por um texto ser sempre produto de uma postura ideolgica do autor diante de uma temtica qualquer. Denotao e Conotao - Sabe-se que no h associao necessria entre significante (expresso grfica, palavra) e significado, por esta ligao representar uma conveno. baseado neste conceito de signo lingstico (significante + significado) que se constroem as noes de denotao e conotao. O sentido denotativo das palavras aquele encontrado nos dicionrios, o chamado sentido verdadeiro, real. J o uso conotativo das palavras a atribuio de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreenso, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construo frasal, uma nova relao entre significante e significado. Os textos literrios exploram bastante as construes de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espao do texto e provocar reaes diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no signo lingstico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significaes). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem mltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de nibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz. Neste caso, no se est atribuindo um sentido fantasioso palavra ponto, e sim ampliando sua significao atravs de expresses que lhe completem e esclaream o sentido. Como Ler e Entender Bem um Texto - Basicamente, deve-se alcanar a dois nveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informaes sobre o contedo abordado e prepara-se o prximo nvel de leitura. Durante a interpretao propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idia central de cada pargrafo. Este tipo de procedimento agua a memria visual, favorecendo o entendimento. No se pode desconsiderar que, embora a interpretao seja subjetiva, h limites. A preocupao deve ser a captao da essncia do texto, a fim de responder s interpretaes que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literrios, preciso conhecer a ligao daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestaes de arte da poca em que o autor viveu. Se no houver esta viso global dos momentos literrios e dos escritores, a interpretao pode ficar comprometida. Aqui no se podem dispensar as dicas que CEPCON - Centro Educacional para Concursos aparecem na referncia bibliogrfica da fonte e na identificao do autor. A ltima fase da interpretao concentra-se nas perguntas e opes de resposta. Aqui so fundamentais marcaes de palavras como no, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferena na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretao, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto , o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder pergunta, mas no ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questes apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de anlise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente parea ser perda de tempo. A descontextualiza co de palavras ou frases, certas vezes, so tambm um recurso para instaurar a dvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter idia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta ser mais consciente e segura. Elementos constitutivos Texto narrativo As personagens: So as pessoas, ou seres, viventes ou no, foras naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar dos fatos. Toda narrativa tem um protagonista que a figura central, o heri ou herona, personagem principal da histria. O personagem, pessoa ou objeto, que se ope aos designos do protagonista, chama-se antagonista, e com ele que a personagem principal contracena em primeiro plano. As personagens secundrias, que so chamadas tambm de comparsas, so os figurantes de influncia menor, indireta, no decisiva na narrao. O narrador que est a contar a histria tambm uma personagem, pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor importncia, ou ainda uma pessoa estranha histria. Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de personagem: as planas: que so definidas por um trao caracterstico, elas no alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e tendem caricatura; as redondas: so mais complexas tendo uma dimenso psicolgica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reaes perante os acontecimentos.

Seqncia dos fatos (enredo): Enredo a seqncia dos fatos, a trama dos acontecimentos e das aes dos personagens. No enredo podemos distinguir, com maior ou menor nitidez, trs ou quatro estgios progressivos: a exposio (nem sempre ocorre), a complicao, o clmax, o desenlace ou desfecho. Na exposio o narrador situa a histria quanto poca, o ambiente, as personagens e certas circunstncias. Nem sempre esse estgio ocorre, na maioria das vezes, principalmente nos textos literrios mais recentes, a histria comea a ser narrada no meio dos acontecimentos (in mdia), ou seja, no estgio da complicao quando ocorre e conflito, choque de interesses entre as personagens. O clmax o pice da histria, quando ocorre o estgio de maior tenso do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, ou seja, a concluso da histria com a resoluo dos conflitos.

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LNGUA PORTUGUESA Os fatos: So os acontecimentos de que as personagens participam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gnero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano constitui uma crnica, o relato de um drama social um romance social, e assim por diante. Em toda narrativa h um fato central, que estabelece o carter do texto, e h os fatos secundrios, relacionados ao principal. Espao: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lugares, ou mesmo em um s lugar. O texto narrativo precisa conter informaes sobre o espao, onde os fatos acontecem. Muitas vezes, principalmente nos textos literrios, essas informaes so extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos narrativo. Tempo: Os fatos que compem a narrativa desenvolvem-se num determinado tempo, que consiste na identificao do momento, dia, ms, ano ou poca em que ocorre o fato. A temporalidade salienta as relaes passado/presente/futuro do texto, essas relaes podem ser linear, isto , seguindo a ordem cronolgica dos fatos, ou sofre inverses, quando o narrador nos diz que antes de um fato que aconteceu depois. O tempo pode ser cronolgico ou psicolgico. O cronolgico o tempo material em que se desenrola ao, isto , aquele que medido pela natureza ou pelo relgio. O psicolgico no mensurvel pelos padres fixos, porque aquele que ocorre no interior da personagem, depende da sua percepo da realidade, da durao de um dado acontecimento no seu esprito. Narrador: observador e personagem: O narrador, como j dissemos, a personagem que est a contar a histria. A posio em que se coloca o narrador para contar a histria constitui o foco, o aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracterizado por : - viso por detrs : o narrador conhece tudo o que diz respeito s personagens e histria, tendo uma viso panormica dos acontecimentos e a narrao feita em 3a pessoa. - viso com: o narrador personagem e ocupa o centro da narrativa que feito em 1a pessoa. - viso de fora: o narrador descreve e narra apenas o que v, aquilo que observvel exteriormente no comportamento da personagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narrador um observador e a narrativa feita em 3a pessoa. Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de apresentar um foco narrativo, isto , o ponto de vista atravs do qual a histria est sendo contada. Como j vimos, a narrao feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.Formas de apresentao da fala das personagens. Como j sabemos, nas histrias, as personagens agem e falam. H trs maneiras de comunicar as falas das personagens. Porm, quando as falas das personagens so curtas ou rpidas os verbos de locuo podem ser omitidos.

Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas prprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. Exemplo:Z Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passados, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os menos sombrios por vir. Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se mistura fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narrao. Exemplo: Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram, sem chapu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doido. Como poderia andar um homem quela hora , sem fazer nada de cabea no tempo, um branco de ps no cho como eles? S sendo doido mesmo. (Jos Lins do Rego) Texto Descritivo - Descrever fazer uma representao verbal dos aspectos mais caractersticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc. As perspectivas que o observador tem do objeto, muito importante, tanto na descrio literria quanto na descrio tcnica. esta atitude que vai determinar a ordem na enumerao dos traos caractersticos para que o leitor possa combinar suas impresses isoladas formando uma imagem unificada. Uma boa descrio vai apresentando o objeto progressivamente, variando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a pouco. Podemos encontrar distines entre uma descrio literria e outra tcnica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:

Descrio Literria: A finalidade maior da descrio literria transmitir a impresso que a coisa vista desperta em nossa mente atravs do sentidos. Da decorrem dois tipos de descrio: a subjetiva, que reflete o estado de esprito do observador, suas preferncias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e no o que v realmente; j a objetiva traduz a realidade do mundo objetivo, fenomnico, ela exata e dimensional. Descrio de Personagem: utilizada para caracterizao das personagens, pela acumulao de traos fsicos e psicolgicos pela enumerao de seus hbitos, gestos, aptides e temperamento, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, social e econmico . Descrio de Paisagem: Neste tipo de descrio, geralmente o observador abrange de uma s vez a globalidade do panorama, para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as partes mais tpicas desse todo. Descrio do Ambiente: Ela d os detalhes dos interiores, dos ambientes em que ocorrem as aes, tentando dar ao leitor uma visualizao das, suas particularidades, de seus traos distintivos e tpicos. Descrio da Cena: Trata-se de uma descrio movimentada que se desenvolve progressivamente no

Discurso Direto: a representao da fala das personagens atravs do dilogo.Exemplo: Z Lins continuou: carnaval festa do povo. O povo dono da verdade. Vem a polcia e comea a falar em ordem pblica. No carnaval a cidade do povo e de ningum mais. No discurso direto freqente o uso dos verbo de locuo ou descendi: dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de travesses. CEPCON - Centro Educacional para Concursos

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LNGUA PORTUGUESAtempo. a descrio de um incndio, de uma briga, de um naufrgio.

TIPOLOGIA TEXTUALTextos literrios - So textos que privilegiam a mensagem pela prpria mensagem. Neles, interessa primordialmente como se combinam de acordo com padres estticos, os diferentes elementos da lngua, para dar uma impresso de beleza. No processo de construo dos textos literrios, o verbo "escrever", tal como expressou Barthes, converte-se em verbo intransitivo: o escritor detm-se na prpria escrita, joga com os recursos lingsticos, transgredindo, com freqncia, as regras da linguagem para liberar sua imaginao e fantasia na criao de mundos fictcios. Diferentemente dos textos informativos, nos quais o referente transparente, os textos literrios so textos opacos, no explcitos, com muitos vazios ou espaos em branco, indeterminados. Os leitores, ento, devem unir todas as peas em jogo: a trama, as personagens e a linguagem; tm de preencher a informao que falta para construir o sentido, fazendo interpretaes congruentes com o texto e com seus conhecimentos prvios do mundo. Os textos literrios exigem que o leitor compartilhe do jogo da imaginao para captar o sentido de coisas no ditas, de aes inexplicveis, de sentimentos no expressos. Embora todos os textos tenham um "repertrio", um territrio que nos familiar, porque envolvem realidades extra-textuais (lugar e tempo das aes; normas e valores representados; aluses ou referncias a pessoas, lugares e coisas que existem fora do texto; elementos e tradies literrias, etc.), no basta conhecer estas realidades para compreender o texto literrio: necessrio fundamentalmente extrair as mltiplas perspectivas e os mltiplos nveis de associao que o texto nos oferece. O texto literrio, que permite o desenvolvimento de todas as virtualidades da linguagem e, portanto, que o espao de liberdade da linguagem, sem as restries das normas, permite-nos ler "para nada", para no fazer nada depois da leitura; somente nos leva pela imaginao; porm, tambm pode permitir-nos analisar os mecanismos empregados pelo autor para produzir beleza, tentar recriar estes mecanismos em novas criaes, desentranhar os smbolos que estruturam a mensagem, brincar com a musicalidade das palavras liberadas de sua funo designativa, etc. O Conto - um relato em prosa de fatos fictcios. Consta de trs momentos perfeitamente diferenciados: comea apresentando um estado inicial de equilbrio; segue com a interveno de uma fora, com a apario de um conflito, que d lugar a uma srie de episdios; encerra com a resoluo desse conflito que permite, no estgio final, a recuperao do equilbrio perdido. Todo conto tem aes centrais, ncleos narrativos, que estabelecem entre si uma relao causal. Entre estas aes, aparecem elementos de recheio (secundrios ou catalticos), cuja funo manter o suspense. Tanto os ncleos como as aes secundrias colocam em cena personagens que as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresentao das caractersticas destes personagens, assim como para as indicaes de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos. Um recurso de uso freqente nos contos a introduo do dilogo das personagens, apresentado com

Descrio Tcnica: Ela apresenta muitas das caractersticas gerais da literatura, com a distino de que nela se utiliza um vocabulrio mais preciso, se salientando com exatido os pormenores. predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanismos, a fenmenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc.Texto Dissertativo - Dissertar significa discutir, expor, interpretar idias. A dissertao consta de uma srie de juzos a respeito de um determinado assunto ou questo, e pressupe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever com clareza, coerncia e objetividade. A dissertao pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir o leitor a respeito dos seus pontos de vista, ou simplesmente, ter com finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questo. A linguagem usada a referencial, centrada, na mensagem, enfatizando o contexto. Quanto forma, ela pode ser tripartida em :

Introduo: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados fundamentais do assunto que est tratando. a enunciao direta e objetiva da definio do ponto de vista do autor. Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as idias colocadas na introduo sero definidas com os dados mais relevantes.Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de idias articuladas entre si, de forma que a sucesso deles resulte num conjunto coerente e unitrio que se encaixa na introduo e desencadeia a concluso.

Concluso: o fenmeno do texto, marcado pela sntese da idia central. Na concluso o autor refora sua opinio, retomando a introduo e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto.Para haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer em um dissertao, cabe fazermos a distino entre fatos, hiptese e opinio. - Fato: o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; a obra ou ao que realmente se praticou. - Hiptese: a suposio feita a cerca de uma coisa possvel ou no, e de que se tiram diversas concluses; uma afirmao sobre o desconhecido, feita com base no que j conhecido. - Opinio: Opinar julgar ou inserir expresses de aprovao ou desaprovao pessoal diante de acontecimentos, pessoas e objetos descritos, um parecer particular,um sentimento que se tem a respeito de algo.

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LNGUA PORTUGUESAos sinais grficos correspondentes (os travesses, para indicar a mudana de interlocutor). A observao da coerncia temporal permite ver se o autor mantm a linha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na apresentao dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanos ao futuro). A demarcao do tempo aparece, geralmente, no pargrafo inicial. Os contos tradicionais apresentam frmulas caractersticas de introduo de temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...". Os tempos verbais desempenham um papel importante na construo e na interpretao dos contos. Os pretritos imperfeito e o perfeito predominam na narrao, enquanto que o tempo presente aparece nas descries e nos dilogos. O pretrito imperfeito apresenta a ao em processo, cuja incidncia chega ao momento da narrao: "Rosrio olhava timidamente seu pretendente, enquanto sua me, da sala, fazia comentrios banais sobre a histria familiar." O perfeito, ao contrrio, apresenta as aes concludas no passado: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhou sua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala". A apresentao das personagens ajusta-se estratgia da definibilidade: so introduzidas mediante uma construo nominal iniciada por um artigo indefinido (ou elemento equivalente), que depois substitudo pelo definido, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou apressadamente na sala de embarque e olhou volta, procurando algum impacientemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romntico dos anos 40." O narrador uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que constituem o relato, a voz que conta o que est acontecendo. Esta voz pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos na primeira pessoa ou, tambm, pode ser a voz de uma terceira pessoa que no intervm nem como ator nem como testemunha. Alm disso, o narrador pode adotar diferentes posies, diferentes pontos de vista: pode conhecer somente o que est acontecendo, isto , o que as personagens esto fazendo ou, ao contrrio, saber de tudo: o que fazem, pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes acontecer. Estes narradores que sabem tudo so chamados oniscientes. A Novela - semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior nmero de complicaes, passagens mais extensas com descries e dilogos. As personagens adquirem uma definio mais acabada, e as aes secundrias podem chegar a adquirir tal relevncia, de modo que terminam por converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes. A Obra Teatral - Os textos literrios que conhecemos como obras de teatro (dramas, tragdias, comdias, etc.) vo tecendo diferentes histrias, vo desenvolvendo diversos conflitos, mediante a interao lingstica das personagens, quer dizer, atravs das conversaes que tm lugar entre os participantes nas situaes comunicativas registradas no mundo de fico construdo pelo texto. Nas obras teatrais, no existe um narrador que conta os fatos, mas um leitor que vai conhecendo-os atravs dos dilogos e/ ou monlogos das personagens. Devido trama conversacional destes textos, torna-se possvel encontrar neles vestgios de oralidade (que se manifestam na linguagem espontnea das CEPCON - Centro Educacional para Concursos personagens, atravs de numerosas interjeies, de alteraes da sintaxe normal, de digresses, de repeties, de diticos de lugar e tempo. Os sinais de interrogao, exclamao e sinais auxiliares servem para moldar as propostas e as rplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem os turnos de palavras. As obras de teatro atingem toda sua potencialidade atravs da representao cnica: elas so construdas para serem representadas. O diretor e os atores orientam sua interpretao. Estes textos so organizados em atos, que estabelecem a progresso temtica: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada contato apresentado. Cada ato contm, por sua vez, diferentes cenas, determinadas pelas entradas e sadas das personagens e/ou por diferentes quadros, que correspondem a mudanas de cenografias. Nas obras teatrais so includos textos de trama descritiva: so as chamadas notaes cnicas, atravs das quais o autor d indicaes aos atores sobre a entonao e a gestualidade e caracteriza as diferentes cenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ao. Estas notaes apresentam com freqncia oraes unimembres e/ou bimembres de predicado no verbal. O Poema - Texto literrio, geralmente escrito em verso, com uma distribuio espacial muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe do relevncia aos espaos em branco; ento, o texto emerge da pgina com uma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos misteriosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, para captar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pretende extrair a significao dos recursos estilsticos empregados pelo poeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoes, sua verso da realidade, ou para criar atmosferas de mistrio de surrealismo, relatar epopias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apresentar ensinamentos morais (como nas fbulas). O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sonoro das palavras e s pausas para dar musicalidade ao poema, parte essencial do verso: o verso uma unidade rtmica constituda por uma srie mtrica de slabas fnicas. A distribuio dos acentos das palavras que compem os versos tem uma importncia capital para o ritmo: a musicalidade depende desta distribuio. Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente distncia sonora das slabas. As slabas fnicas apresentam algumas diferenas das slabas ortogrficas. Estas diferenas constituem as chamadas licenas poticas: a direse, que permite separar os ditongos em suas slabas; a sinrese, que une em uma slaba duas vogais que no constituem um ditongo; a sinalefa, que une em uma s slaba a slaba final de uma palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ou h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais tambm incidem no levantamento das slabas do verso. Se a ltima palavra paroxtona, no se altera o nmero de slabas; se oxtona, soma-se uma slaba; se proparoxtona, diminuise uma. A rima uma caracterstica distintiva, mas no obrigatria dos versos, pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso freqente na poesia moderna). A rima consiste na coincidncia total ou parcial dos ltimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a consoante (coincidncia total de vogais e

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LNGUA PORTUGUESAconsoante a partir da ltima vogal acentuada) e a assonante (coincidncia unicamente das vogais a partir da ltima vogal acentuada). A mtrica mais freqente dos versos vai desde duas at dezesseis slabas. Os versos monosslabos no existem, j que, pelo acento, so considerados disslabos. As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas diferentes combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se progresso temtica do texto: com freqncia, desenvolvem uma unidade informativa vinculada ao tema central. Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, atravs dos mecanismos de substituio e de combinao, respectivamente, culminam com a criao de metforas, smbolos, configuraes sugestionadoras de vocbulos, metonmias, jogo de significados, associaes livres e outros recursos estilsticos que do ambigidade ao poema. Textos jornalsticos - Os textos denominados de textos jornalsticos, em funo de seu portador (jornais, peridicos, revistas), mostram um claro predomnio da funo informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento em que acontecem. Esta adeso ao presente, esta primazia da atualidade, condena-os a uma vida efmera. Propem-se a difundir as novidades produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais variados temas. De acordo com este propsito, so agrupados em diferentes sees: informao nacional, informao internacional, informao local, sociedade, economia, cultura, esportes, espetculos e entretenimentos. A ordem de apresentao dessas sees, assim como a extenso e o tratamento dado aos textos que incluem, so indicadores importantes tanto da ideologia como da posio adotada pela publicao sobre o tema abordado. Os textos jornalsticos apresentam diferentes sees. As mais comuns so as notcias, os artigos de opinio, as entrevistas, as reportagens, as crnicas, as resenhas de espetculos. A publicidade um componente constante dos jornais e revistas, medida que permite o financiamento de suas edies. Mas os textos publicitrios aparecem no s nos peridicos como tambm em outros meios amplamente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos referiremos a eles em outro momento. Em geral, aceita-se que os textos jornalsticos, em qualquer uma de suas sees, devem cumprir certos requisitos de apresentao, entre os quais destacamos: uma tipografia perfeitamente legvel, uma diagramao cuidada, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informao lingstica, incluso de grficos ilustrativos que fundamentam as explicaes do texto. pertinente observar como os textos jornalsticos distribuem-se na publicao para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente, a primeira pgina, as pginas mpares e o extremo superior das folhas dos jornais trazem as informaes que se quer destacar. Esta localizao antecipa ao leitor a importncia que a publicao deu ao contedo desses textos. O corpo da letra dos ttulos tambm um indicador a considerar sobre a posio adotada pela redao. A Notcia - Transmite uma nova informao sobre acontecimentos, objetos ou pessoas. CEPCON - Centro Educacional para Concursos As notcias apresentam-se como unidades informativas completas, que contm todos os dados necessrios para que o leitor compreenda a informao, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo, no necessrio ter lido os jornais do dia anterior para interpret-la), ou de lig-la a outros textos contidos na mesma publicao ou em publicaes similares. comum que este texto use a tcnica da pirmide invertida: comea pelo fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de trs partes claramente diferenciadas: o ttulo, a introduo e o desenvolvimento. O ttulo cumpre uma dupla funo sintetizar o tema central e atrair a ateno do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal El Pas, 1991) sugerem geralmente que os ttulos no excedam treze palavras. A introduo contm o principal da informao, sem chegar a ser um resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes que no aparecem na introduo. A notcia redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se margem do que conta, razo pela qual no permitido o emprego da primeira pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, alm de omitir o eu ou o ns, tambm no deve recorrer aos possessivos (por exemplo, no se referir Argentina ou a Buenos Aires com expresses tais como nosso pas ou minha cidade). Esse texto se caracteriza por sua exigncia de objetividade e veracidade: somente apresenta os dados. Quando o jornalista no consegue comprovar de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a certas frmulas para salvar sua responsabilidade: parece, no est descartado que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte, recorre ao discurso direto, como, por exemplo: O ministro afirmou: "O tema dos aposentados ser tratado na Cmara dos Deputados durante a prxima semana . O estilo que corresponde a este tipo de texto o formal. Nesse tipo de texto, so empregados, principalmente, oraes enunciativas, breves, que respeitam a ordem sinttica cannica. Apesar das notcias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, tambm freqente o uso da voz passiva: Os delinqentes foram perseguidos pela polcia; e das formas impessoais: A perseguio aos delinqentes foi feita por um patrulheiro. A progresso temtica das notcias gira em tomo das perguntas o qu? quem? como? quando? por qu e para qu?. O Artigo de Opinio - Contm comentrios, avaliaes, expectativas sobre um tema da atualidade que, por sua transcendncia, no plano nacional ou internacional, j considerado, ou merece ser, objeto de debate. Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de anlise ou pesquisa e as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a posio adotada pelo jornal ou revista em concordncia com sua ideologia, enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opinies de seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opinies divergentes e at antagnicas em uma mesma pgina. Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identificao do tema em questo, acompanhado de seus antecedentes e alcance, e que segue com uma tomada de posio, isto , com a formulao de uma tese; depois, apresentam-se os

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LNGUA PORTUGUESAdiferentes argumentos de forma a justificar esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmao da posio adotada no incio do texto. A efetividade do texto tem relao direta no s com a pertinncia dos argumentos expostos como tambm com as estratgias discursivas usadas para persuadir o leitor. Entre estas estratgias, podemos encontrar as seguintes: as acusaes claras aos oponentes, as ironias, as insinuaes, as digresses, as apelaes sensibilidade ou, ao contrrio, a tomada de distncia atravs do uso das construes impessoais, para dar objetividade e consenso anlise realizada; a reteno em recursos descritivos - detalhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa esto bem especificadas com uma minuciosa enumerao das fontes da informao. Todos eles so recursos que servem para fundamentar os argumentos usados na validade da tese. A progresso temtica ocorre geralmente atravs de um esquema de temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tpico com seus respectivos comentrios. Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresentam uma preeminncia de oraes enunciativas, embora tambm incluam, com freqncia, oraes dubitativas e exortativas devido sua trama argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor da informao de base, o assunto em questo; as ltimas, para convencer o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes artigos, opta-se por oraes complexas que incluem proposies causais para as fundamentaes, consecutivas para dar nfase aos efeitos, concessivas e condicionais. Para interpretar estes textos, indispensvel captar a postura ideolgica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que circunstncias e com que propsito foi organizada a informao exposta. Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar estratgias tais como a referncia exofrica, a integrao crtica dos dados do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das entrelinhas a fim de converter em explcito o que est implcito. Embora todo texto exija para sua interpretao o uso das estratgias mencionadas, necessrio recorrer a elas quando estivermos frente a um texto de trama argumentativa, atravs do qual o autor procura que o leitor aceite ou avalie cenas, idias ou crenas como verdadeiras ou falsas, cenas e opinies como positivas ou negativas. A Reportagem - uma variedade do texto jornalstico de trama conversacional que, para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma figura-chave para o conhecimento deste tpico. A conversao desenvolve-se entre um jornalista que representa a publicao e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a ateno dos leitores. A reportagem inclui uma sumria apresentao do entrevistado, realizada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o dilogo. As perguntas so breves e concisas, medida que esto orientadas para divulgar as opinies e idias do entrevistado e no as do entrevistador. A Entrevista - Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente mediante uma trama conversacional, mas combina com freqncia este tecido com fios argumentativos e descritivos. CEPCON - Centro Educacional para Concursos Admite, ento, uma maior liberdade, uma vez que no se ajusta estritamente frmula pergunta-resposta, mas detm-se em comentrios e descries sobre o entrevistado e transcreve somente alguns fragmentos do dilogo, indicando com travesses a mudana de interlocutor. permitido apresentar uma introduo extensa com os aspectos mais significativos da conversao mantida, e as perguntas podem ser acompanhadas de comentrios, confirmaes ou refutaes sobre as declaraes do entrevistado. Por tratar-se de um texto jornalstico, a entrevista deve necessariamente incluir um tema atual, ou com incidncia na atualidade, embora a conversao possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas destas entrevistas se ajustem a uma progresso temtica linear ou a temas derivados. Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, no existe uma garantia de dilogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez de quem fala, a progresso temtica no se ajusta ao jogo argumentativo de propostas e de rplicas. Textos de informao cientfica - Esta categoria inclui textos cujos contedos provm do campo das cincias em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-se tanto nas Cincias Sociais como nas Cincias Naturais. Apesar das diferenas existentes entre os mtodos de pesquisa destas cincias, os textos tm algumas caractersticas que so comuns a todas suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos, as oraes enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem sinttica cannica (sujeitoverbo-predicado). Incluem frases claras, em que no h ambigidade sinttica ou semntica, e levam em considerao o significado mais conhecido, mais difundido das palavras. O vocabulrio preciso. Geralmente, estes textos no incluem vocbulos a que possam ser atribudos um multiplicidade de significados, isto , evitam os termos polissmicos e, quando isso no possvel, estabelecem mediante definies operatrias o significado que deve ser atribudo ao termo polissmico nesse contexto.

Denotao e ConotaoA significao das palavras no fixa, nem esttica. Atravs da imaginao criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (bsica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associaes, dependendo de sua colocao numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos: A menina est com a cara toda pintada. Aquele cara parece suspeito. No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabea, conforme consta nos dicionrios. J no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma srie de associaes, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivduo". Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretao. Veja: Marcos quebrou a cara.

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LNGUA PORTUGUESAEm seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos no se deu bem", tentou realizar alguma coisa e no conseguiu. Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades: a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionrio. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotao - do signo lingustico. b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passvel de interpretaes diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotao do signo lingustico. Obs.: a linguagem potica faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contnuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana tambm comum a explorao do sentido conotativo, como consequncia da nossa forte carga de afetividade e expressividade. 03) Escreveremos com -ar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce. Exemplos: alcance = alcanar lance = lanar

S1) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e ndir Exemplos: pretender = pretenso defender = defesa, defensivo despender = despesa compreender = compreenso fundir = fuso expandir = expanso02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir. Exemplos: perverter = perverso converter = converso reverter = reverso divertir = diverso aspergir = asperso imergir = imerso 03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr. Exemplos: expelir = expulso impelir = impulso compelir = compulsrio concorrer = concurso discorrer = discurso percorrer = percurso 04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceo de gozo. Exemplos: gostosa glamorosa saboroso horroroso 05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceo de gaze e deslize. Exemplos: fase crase tese osmose 06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa. Exemplos: poetisa profetisa Helosa Marisa 07) Escreveremos com -s- toda a conjugao dos verbos pr, querer e usar. Exemplos:

Ortografia: emprego das letras e acentuao grfica.ORTOGRAFIAAo escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Lngua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada.

01) Escreveremos com -o as palavras derivadas de vocbulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposio do -o ao tema de um verbo (Tema o que sobra, quando se retira a desinncia de infinitivo - r - do verbo). Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -o. Por exemplo: Donde provm a palavra conjuno? Resposta: provm de conjunto. Por isso, escrevemo-la com . Exemplos: erudito = erudio exceto = exceo setor = seo intuitivo = intuio redator = redao ereto = ereo educar - r + o = educao exportar - r + o = exportao repartir - r + o = repartio 02) Escreveremos com -teno os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. Exemplos: manter = manuteno reter = reteno deter = deteno conter = conteno

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LNGUA PORTUGUESA Eu pus Ele quis Ns usamos Eles quiseram Quando ns quisermos Se eles usassem asinha portuguesinho camponesinha Teresinha Inesita

ou S?Aps ditongo, escreveremos com --, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. Exemplos: eleio traio Neusa coisa

03-b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva no possuir -s- no final do radical. Exemplos: mulherzinha arvorezinha alemozinho aviozinho pincelzinho corzinha

S ou Z?01-a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -s e -esa que indicarem nacionalidades, ttulos ou nomes prprios. Exemplos: portugus norueguesa marqus duquesa Ins Teresa 01-b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provm de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existncia de uma qualidade. Exemplos: embriaguez limpeza lucidez nobreza acidez pobreza 02-a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva j possuir o -s-. Exemplos: anlise = analisar pesquisa = pesquisar paralisia = paralisar 02-b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva no possuir -s-. Exemplos: economia = economizar terror = aterrorizar frgil = fragilizar Cuidado: catequese = catequizar sntese = sintetizar hipnose = hipnotizar batismo = batizar 03-a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva j possuir o -s- no final do radical. Exemplos: casinha CEPCON - Centro Educacional para Concursos

SS01) Escreveremos com -cess- as derivadas de verbos terminados em -ceder. Exemplos: anteceder = antecessor exceder = excesso conceder = concesso 02) Escreveremos com -press- as derivadas de verbos terminados em -primir. Exemplos: imprimir = impresso comprimir = compressa deprimir = depressivo 03) Escreveremos com -gress- as derivadas de verbos terminados em -gredir. Exemplos: agredir = agresso progredir = progresso transgredir = transgressor palavras

palavras

palavras

04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter. Exemplos: comprometer = compromisso intrometer = intromisso prometer = promessa remeter = remessa

S ou SSEm relao ao verbos terminados em -tir, teremos: 01) Escreveremos com -o, se apenas retirarmos a desinncia de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. Exemplo: curtir - r + o = curtio 02) Escreveremos com -so, quando, ao retirarmos toda a terminao -tir, a ltima letra for consoante. Exemplo: divertir - tir + so = diverso 03) Escreveremos com -sso, quando, ao retirarmos toda a terminao -tir, a ltima letra for vogal. Exemplo: discutir - tir + sso = discusso

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LNGUA PORTUGUESA1) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. Exemplos: trajar = traje, eu trajei. encorajar = que eles encorajem viajar = que eles viajem 2) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocbulos terminados em -ja. Exemplos: loja = lojista gorja = gorjeta canja = canjica 3) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular. Exemplos: jeca jibia jil paj cheio = encher, enchente charco = encharcar chiqueiro = enchiqueirar

3) Escreveremos -x- aps ditongo, com exceo de recauchutar e guache. Exemplos: ameixa deixar queixa feixe peixe gueixa

UIR e OEROs verbos terminados em -uir e -oer tero as 2 e 3 pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-. Exemplos: tu possuis ele possui tu constris ele constri tu mis ele mi tu ris ele ri

G1) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gio, -gio, -gio, -gio, -gio. Exemplos: pedgio colgio sacrilgio prestgio relgio refgio

UAR e OAROs verbos terminados em -uar e -oar tero todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com -eExemplos: Que eu efetue Que tu efetues Que ele atenue Que ns atenuemos Que vs entoeis Que eles entoem

2) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceo de pajem, lambujem e a conjugao dos verbos terminados em -jar. Exemplos: a viagem a coragem a personagem a vernissagem a ferrugem a penugem

USO DO PORQUH quatro maneiras de se escrever o porqu: porqu, porque, por que e por qu. Vejamo-las: 1) Porqu: um substantivo, por isso somente poder ser utilizado, quando for precedido de artigo (o, os), pronome adjetivo (meu(s), este(s), esse(s), aquele(s), quantos(s)...) ou numeral (um, dois, trs, quatro) Exemplo: Ningum entende o porqu de tanta confuso. Este porqu um substantivo. Quantos porqus existem na Lngua Portuguesa? Existem quatro porqus. 2) Por qu: Sempre que a palavra que estiver em final de frase, dever receber acento, no importando qual seja o elemento que surja antes dela. Exemplo: Ela no me ligou e nem disse por qu. Voc est rindo de qu? Voc veio aqui para qu?

X1) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceo de mecha. Exemplos: mexilho mexer mexerica Mxico mexerico mexido 2) Escreveremos com -x- as palavras iniciadaspor enx-, com exceo das derivadas de vocbulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos: enxada enxerto enxerido enxurrada mas: CEPCON - Centro Educacional para Concursos

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LNGUA PORTUGUESA3) Por que: Usa-se por que, quando houver a juno da preposio por com o pronome interrogativo que ou com o pronome relativo que. Para facilitar, dizemos que se pode substitu-lo por por qual razo, pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, por qual. Exemplo: - Por que no me disse a verdade? = por qual razo - Gostaria de saber por que no me disse a verdade. = por qual razo - As causas por que discuti com ele so particulares. = pelas quais - Ester a mulher por que vivo. = pela qual 04) Porque: uma conjuno subordinativa causal ou conjuno subordinativa final ou conjuno coordenativa explicativa, portanto estar ligando duas oraes, indicando causa, explicao ou finalidade. Para facilitar, dizemos que se pode substitu-lo por j que, pois ou a fim de que. Exemplo: No sa de casa, porque estava doente. = j que uma conjuno, porque liga duas oraes. = pois Estudem, porque aprendam. = a fim de que Todas as proparoxtonas so acentuadas graficamente: abbora, bssola, cntaro, dvida, lquido, mrito, nrdico, poltica, relmpago, tmpora etc. Acento Diferencial: O acento diferencial utilizado para distingir uma palavra de outra que se grafa de igual maneira. Usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo - nos vocbulos da coluna esquerda para diferenciar dos da direita: ca/cas (verbo coar) coa/coas (com + a/as) pra (3. pessoa do sing. do pres. do ind. de parar) para (preposio) pla/plas e pla (verbo pelar e subst.) pela/pelas (per + a/as) plo/plos e plo (subst. e verbo pelar) pelo/pelos (per + o/os) pra (arcasmo-subst. pedra) pera (arcasmo-prep. para) pra (subst. fruto da pereira) pera (arcasmo-prep. para) pde (pret. perf. do ind. de poder) pode (pres. do ind. de poder) plo/plos (subst. eixo em torno do qual uma coisa gira) polo/polos (aglutinao da prep. por e dos arts. Arcaicos- lo/las) pr (verbo) por (preposio)

ACENTUAO GRFICAOXTONAS 1. So assinaladas com acento agudo as palavras oxtonas que terminam em a, e e o abertos, e com acento circunflexo as que terminam em e e o fechados, seguidos ou no de s: a j, caj, vatap as s, anans, mafus e f, caf, jacar es ps, pajs, pontaps o p, cip, mocot os ns, ss, retrs e cr, dend, v es fregus, ingls, ls o av, bord, metr os bisavs, borders, props PAROXTONAS Assinalam-se com acento agudo ou circunflexo as paroxtonas terminadas em: i dndi, jri, txi is lpis, tnis, Clvis /s m, rf, ms o/os bno, rfo, rgos us bnus, nus, vrus l amvel, fcil, imvel um/uns lbum, mdium, lbuns n albmen, hfen, Nlton ps bceps, frceps, trceps r Csar, mrtir, revlver x fnix, ltex, trax PROPAROXTONAS

Classes de palavras e suas flexes.Introduo H em portugus (10) classes de palavras Substantivo Adjetivo Pronome Advrbio Conjuno Artigo Numeral Verbo Preposio Interjeio As classes de palavras podem ser: a) variveis b) invariveis So variveis as que se flexionam em gnero, nmero e grau, So elas: substantivo, artigo, adjetivo, numeral , verbo e pronome. So invariveis as que no se flexionam . So elas: advrbios, preposio, conjuno e interjeio. Algumas observaes; 1 - A mesma palavra pode figurar em mais de uma classe: a) O cu azul (azul adjetivo) b) O azul alegre das guas profundas.(azul substantivo) c) O srio deve ser tratado com respeito (Srio substantivo) d) Gosto de tratar com homem srio (srio adjetivo) e) Vamos falar srio (srio advrbio) f) O pouco com Deus muito. (pouco substantivo)

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LNGUA PORTUGUESAg) Trouxe pouco dinheiro. (pouco indefinido) h) Ele estudou pouco (pouco advrbio) i) Que fazer? (que pronome interrogativo) j) Urge que ela volte. (que conjuno subordinativa integrante) k) O qu s no verbo. (que substantivo) l) Que! J falaste!? (que interjeio) 2 - No poucos substantivos, numerais e pronomes so invariveis: lpis, pires, frias, dez, vinte, trinta, tudo, isto, ningum, etc. 3 - Alguns advrbios admitem flexes de grau: cedo = cedinho agora = agorinha muito = muitssimo pouco = pouqussimo tarde = tardinha noite = noitinha PRIMITIVO d origem a outro substantivo. Exemplo: Carro, terra... DERIVADO quando se origina de outro substantivo, primitivo. Exemplo: Carroa, carroceiro, carretel, carruagem, terreiro, terreno, terremoto... CONCRETO quando indica um ser de existncia independente, real ou no. Exemplo: Menino, Deus, alma, terreiro, couveflor... ABSTRATO quando indica um ser de existncia dependente, isto , ser que no existe no mundo exterior, mas apenas em nossa conscincia. Exemplo: Amor, saudade, inveja, entrada, dor... Classificao dos Substantivos Podem ser: a) Concreto b) Abstratos Substantivos concretos So os que designam os seres propriamente ditos, tm existncia real em si, isto , os nomes de pessoas, animais, plantas, lugares, vegetais, coisas ou quaisquer objetos. Ou ainda podemos dizer que os substantivos CONCRETOS designam seres de existncia independente, ou que o pensamento apresenta como real. Exemplo: Mulher, Pedro, Benedito, Deus, Stella, Giovanni, co, cavalo, burro, gua, boi, macaco, elefante, capela, tronco, galho, ip, folha, fruto, diabo, Paris, Belm, Piau, Maranho, Braslia, Mato Grosso, borracha, tinta, prato, lpis, saci, rgua, caneta, papel, livro etc. Substantivos abstratos So os que designam seres cuja existncia depende de outro ser. No tm existncia, real em si. Ou ainda: designam atributos, qualidades e atos prprios dos seres, porm como se fossem outras entidades, como se estivessem separados dos seres. Exemplo: Prazer, beijo, sada, beleza, glria, dor, formosura, alegria, tristeza, doena, firmeza, quentura, largura, coragem, opinio, franqueza, polidez, juventude, pessimismo, otimismo, ociosidade, brancura, feiura, entrada, sada, etc. Substantivos "PRPRIOS" e "COMUNS": Comuns So os substantivos que pertencem ou apresentam os seres da mesma espcie. Prprios aplicam-se a um determinado indivduo (exemplar) da espcie. O substantivo prprio o nome com que se distingue a todos os seres, um ser de entre outros da mesma espcie. Exemplo: Jos, Pedro, Paraguai, Argentina, Antnio, Brasil, Amazonas, Cames, Atenas, etc. Formao do feminino Forma-se o feminino: Regra geral, mudando a terminao "o" em "a". boneco boneca menino menina macaco macaca filho filha aluno aluna gato gata As palavras terminadas em "e", mudam-se esta final em "a": mestre mestra parente parenta

SUBSTANTIVO todo nome com que designamos os seres " a palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral ". (Celso Cunha) So portanto, substantivo: 1 - Os nomes de pessoas, animais, legumes, verduras, frutas, lugares, coisas. Exemplo: Pedro, Mrio, boi, cavalo, chuchu, beterraba, repolho, couve, laranja, manga, Vitria, Argentina, Brasil, caderno, mesa, livro, lpis, etc Nota Qualquer palavra precedida de artigo um substantivo, ou seja, pode ser uma palavra substantivada Exemplo; O sim, o no, o porqu, o s, o amar, o querer, o triste, o alegre, etc. So palavras substantivadas por derivao imprpria, Exemplo: O no uma palavra amarga. 2 - Os nomes tomados como seres, indicando ao, estado ou qualidade: Exemplo: Tristeza, bondade, patriotismo, velhice, colheita, limpeza, firmeza, inteligncia, etc. Tipos de substantivos Podem ser: COMUM quando se refere a todos os seres de uma mesma espcie. Exemplo: Revista (esse nome se refere a toda a espcie de revista) Cidade (esse nome identifica toda a espcie de cidade) PRPRIO: quando se refere a um s ser de uma mesma espcie. Exemplos: A GAZETA (esse nome se refere a um s ser da espcie jornal). Recife; (esse nome identifica um ser da espcie cidade). SIMPLES quando o substantivo for formado por um s radical. Exemplo: rvore, flor, repolho, menino, p, mo... COMPOSTO quando o substantivo for formado por mais de um radical Exemplo: Salrio-famlia; Azul-marinho; P-demoleque CEPCON - Centro Educacional para Concursos

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LNGUA PORTUGUESAalfaiate elefante infante monge alfaiata elefanta infanta monja abade duque etope papa baro bispo pton poeta profeta sacerdote visconde dicono cnsul abadessa duquesa etiopisa papisa baronesa episcopisa pitonisa poetisa profetisa sacerdotisa viscondessa diaconisa consulesa

Apenas acrescentando "a" em: leitor leitora professor professora eleitor eleitora bacharel bacharela zagal zagala oficial oficiala juiz juza doutor doutora As palavras terminadas em "o", mudando por "", "o" ou "ona": ano an irmo irm folio foli leo leoa valento valentona anfitrio anfitrioa ou anfitri cidado cidad ermito ermitoa choro chorona hortelo horteloa valento valentona Aparecem substantivos que tm uma s forma para os dois sexos. So chamados COMUM DE DOIS, distingue-se o sexo, quando se lhe antepe o "o" para o masculino e o "a" para o feminino: o camarada a camarada o estudante a estudante o mrtir a mrtir o capitalista a capitalista o doente a doente Muitos substantivos com os nomes de animais empregamos as palavras: MACHO e FMEA para distino do sexo: cobra macho cobra fmea jacar macho jacar fmea Observao: Estes nomes de animais so chamados EPICENOS So SOBRECOMUNS os nomes de um s gnero gramatical que se aplicam, indiferentemente, a homens e a mulheres: o cnjugue, o ser, o algoz, o carrasco, a testemunha, a vtima. Certos nomes de animais: bode cabra boi vaca co cadela carneiro ovelha cavalo gua Certos nomes de pessoas: cavaleiro amazona cavalheiro dama compadre comadre genro nora marido mulher padrasto madrasta padrinho madrinha pai me Certos nomes formam os femininos das terminaes "esa", "essa", "isa": CEPCON - Centro Educacional para Concursos

Certos substantivos irregulares na formao do feminino, no se enquadrando em nenhum dos casos precedentes: av av capiau capioa confrade confreira czar czarina dom dona grou grua judeu judia maestro maestrina pierr pierrete rei rainha sandeu sandia embaixador embaixatriz europeu europia frade freira guri guria ilhu ilhoa maraj marani pigmeu pigmia rapaz rapariga ru r tabaru tabaroa heri herona Ateno: a mulher embaixadora no cargo de embaixador

Plural dos substantivos Forma-se o plural dos substantivos, acrescentando-se um "s " ao singular quando terminados em vogal ou ditongo Exemplos: Cadeira/cadeiras Livro/livros Ba/bas Boi/bois Pai/pais Rap/raps Caderno/cadernos Chapu/chapus Vaca/vacas Cavalo/cavalos Bon/bons Boneca/bonecas Observao Podemos incluir nesta relao os substantivos terminados em "m", havendo simplesmente a troca do "m" por "n" e o acrscimo do "s". Exemplo: lbum/lbuns Bem/bens Som/sons Flautim/flautins

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LNGUA PORTUGUESABoletim/boletins Plural dos nomes terminados em ZINHO, ZITO. Regra: Pe-se, no plural, os dois elementos e suprime-se o ''s'' do primeiro Flor+zinha = folores+zinha = florezinhas Papel = zinho = papis+zinho = papeizinhos Colar+zito = colares+zitos = colarezitos Rptil+zito = rpteis+zitos = repteizitos Corao+zito = coraes+zito = coraezitos Plural dos Substantivos 1 - Os terminados em "O "fazem o plural. a) em "AES" Alemo/alemes Capito/capites Catalo/catales Escrivo/escrives Po/pes Tabelio/tabelies b) em "ES" Cano/canes Mamo/mames Limo/limes Eleio/eleies 2 - Quando os substantivos terminarem am "al", "el", "il", "ol" e "ul", regra geral, troca-se o "l" por "is". Coronel/coronis Nvel/nveis Jornal/jornais Papel/papis Lenol/lenis Paul/pauis 3 - Os substantivos terminados em "il" Sendo o vocbulo oxtono, muda-se "il" por "is" Barril/barris Canil/canis Covil/covis Fuzil/fuzis Observao: a) Rptil e projtil, como paroxtona, fazem plural rpteis e projteis como oxtonos, fazem o plural: reptis e projetis 4 - Os substantivos terminados em "r" ou "z" acrescentase a terminao "es" Altar/altares Acar/acares Rapaz/rapazes Exemplar/exemplares Cartaz/cartazes ter/teres 5 - Os substantivos terminados em "s", sendo monosslabos, acrescentam-se-lhes "es" ms/meses campons/camponeses francs/franceses portugus/portugueses ingls/ingleses chins/chineses holands/holandeses Sendo os substantivos paroxtonos ficam invariveis, o adjunto adnominal indicar-lhe- o nmero O lpis/os lpis O cais/os cais CEPCON - Centro Educacional para Concursos O xis/os xis Observao 2: O mesmo acontecendo com as palavras que s se usam no plural. So chamadas "pluralia tantum" o Estados unidos/os Estados Unidos O lpis/os lpis O pires/os pires 6 - Os substantivos terminados em "x", ficam invariveis O nix-os nix O fnix-os fnix O trax-os trax Plural metafnico de alguns adjetivos Gostoso-gostosos Feioso-feiosos Dengoso-dengosos Precioso-preciosos Portentoso-portentosos Gnero do Substantivo Os substantivos podem ser dos gneros: a) Masculino b) Feminino Os masculinos so: Homem, menino, rapaz, boi, etc. Os femininos so: Mulher, menina, moa, vaca, etc. Grau Os substantivos podem apresentar diferentes graus, porm grau no uma flexo nominal. So trs: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser formados atravs de dois processos: analtico - associando os adjetivos (grande x pequeno) ao substantivo sinttico - anexando-se ao substantivo sufixos indicadores de grau (menino x menininho) Observaes: o grau nos substantivos tambm pode denotar sentido afetivo e carinhoso ou pejorativo, irnico. (Ele um velhinho legal / Que mulherzinha implicante) certos substantivos, apesar da forma, no expressam a noo aumentativa ou diminutiva. (carto, cartilha)

ADJETIVOSPalavra varivel que acompanha o substantivo, indicando qualidades e caractersticas deste. Mantm com o substantivo que determina relao de concordncia de gnero e nmero. Adjetivos ptrios: indicam a nacionalidade ou a origem geogrfica, normalmente so formados pelo acrscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas: alagoano). Podem ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regies; nestes ltimos casos assumem sua forma reduzida e erudita, com exceo do ltimo elemento (franco-talo-brasileiro). Locues adjetivas: expresses, geralmente, formadas por preposio e substantivo que equivalem a adjetivos (anel de prata = anel argnteo). Flexo dos adjetivos:

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LNGUA PORTUGUESAGnero Uniforme ou biforme (inteligente x honesto [a]) Nmero Os adjetivos simples formam o plural segundo os mesmos princpios dos substantivos simples, em funo de sua terminao (agradvel x agradveis). Os substantivos utilizados como adjetivos ficam invariveis (blusas cinza). Os adjetivos terminados em -OSO, alm do acrscimo do -S de plural, mudam o timbre do primeiro -O, num processo de metafonia. Grau So trs: normal, comparativo e superlativo Comparativo: mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais qualidades de um mesmo ser. - igualdade - to ... quanto (como) - superioridade - mais ... (do) que - inferioridade - menos ... (do) que Superlativo: exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso. - absoluto - quando a qualidade no se refere de outros elementos. Pode ser analtico (acrscimo de palavra modificadora - muito) ou sinttico (-ssimo, -rrimo, -limo). (muito veloz X velocssimo) - relativo - qualidade relacionada, favorvel ou desfavoravelmente, de outros elementos. Pode ser de superioridade (o mais ... que) ou de inferioridade (o menos ... que) casos, o pronome no tem funo sinttica (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.) formas rizotnicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas arrizotnicas (tonicidade fora do radical ns cantaramos) Flexes verbais Nmero - singular ou plural pessoa gramatical- 1, 2 ou 3 tempo - referncia ao momento em que se fala (pretrito, presente ou futuro) Modo - indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realizao de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertncia ou pedido) Voz - ativa, passiva e reflexiva Tempos

Primitivos: presente e pretrito perfeito do indicativo e o infinitivo derivados: Presente do Indicativo - presente do subjuntivo e imperativo negativo (da 1 pes. sing.); imperativo afirmativo (2as pes. sem S e demais = pres. do subjuntivo) Pret. Perfeito do Indicativo - pret. mais-queperfeito do indicativo (3 pess. plural sem M + DNPs), fut. do subjuntivo (3 pes. plural sem AM + DNPs.), pret. imperfeito do subjuntivo (3 pes. plural sem RAM + DMT SSE e DNPs) Infinitivo Impessoal - fut. do presente (+ -ei, -s, -, -emos, -eis, -o), fut. do pretrito (+ -ia, -ias, -ia, -amos, -eis, -iam) e pret. imperfeito (se 1 conj. + DMT=VA, de 2 ou 3 conj. + DMT=IA), sendo todos do indicativoVozes

VERBOSPalavra varivel que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ao, estado ou fenmeno da natureza. Tipos de verbos Conforme visto nos elementos mrficos, os verbos apresentam trs conjugaes. Em funo da vogal temtica (-a/-e/-i), podem-se criar 3 paradigmas verbais. De acordo com a relao dos verbos com esses paradigmas, obtm-se a seguinte classificao:

ser analtica ou sinttica: Analtica - verbo auxiliar (TD) + particpio do verbo principal Sinttica - verbo (TD) na 3 pes. do singular SE (partcula apassivadora) Reflexiva: sujeito agente e paciente da ao verbal. Tambm pode ser recproca ao mesmo tempo (acrscimo de SE = pronome reflexivo) Na transformao da voz ativa na passiva, a variao temporal indicada pelo verbo ser. Entretanto, nas locues verbais, o ser assume a forma do verbo principal na voz ativa. Ex.: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pret. perf. do ind.) O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerndio do verbo principal) Verbos notveis Encontram-se listados aqui alguns verbos que podem apresentar problemas de conjugao. Desta maneira, dedique uma ateno especial a este grupo. Abolir (defectivo): no possui a 1 pes. do sing. do pres. do indicativo, por isso no possui pres. do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinqir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir) Acudir (alternncia voclica o/u): pres. ind. - acudo, acodes... e / pret. perf do ind. - com u (=bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir)

Ativa: sujeito agente da ao verbal Passiva: sujeito paciente da ao verbal. Pode

conjugao Irregulares: no seguem o paradigma verbal da conjugao a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinncias (ouvir - ouo/ouve, estar - estou/esto) Anmalos: verbos irregulares com mudanas profundas nos radicais (ser/ir) Defectivos: no so conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no pres. do ind. s apresenta a 1 e a 2 pes. do plural) Abundantes: apresentam mais de uma forma para uma mesma flexo. Mais freqente no particpio, devendose usar o particpio regular com ter e haver; j o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso) Auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significao. Presentes nos tempos compostos e locues verbais Obs.: - certos verbos possuem pron. pessoais tonos que se tornam partes integrantes deles. Nestes CEPCON - Centro Educacional para Concursos

Regulares: seguem o paradigma verbal de sua

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LNGUA PORTUGUESAAdequar (defectivo): s possui a 1 e a 2 pes. do plural no pres. do ind. Aderir (alternncia voclica e/i): pres. ind. - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir) Agir (acomodao grfica g/j): pres. ind. - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir) Agredir (alternncia voclica e/i): pres. ind. - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir) Aguar (reg.): pres. ind. - guo, guas..., / pret. perf do ind. - ago, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar) Apiedar-se (pronominal) Aprazer (irreg.): pres. ind. - aprazo, aprazes, apraz... / pret. perf do ind. - aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram Argir (irregular com alternncia voclica o/u): pres. ind. - arguo (), argis, argi, argimos, argis, argem / pret. perf - argi, argiste... (com trema ) Atrair (irreg.): pres. ind. - atraio, atrais... / pret. perf atra, atraste... (=abstrair, cair, distrair, sair, subtrair) Atribuir (irreg.): pres. ind. - atribuo, atribuis, atribui, atribumos, atribus, atribuem / pret. perf. - atribu, atribuste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, excluir, , instruir, possuir, usufruir) Averiguar (alternncia voclica o/u): pres. ind. averiguo (), averiguas (), averigua (), averiguamos, averiguais, averiguam () / pret. perf. - averigei, averiguaste... (= apaziguar) Caber (irreg.): pres. ind. - caibo, cabes... / pret. perf. - coube, coubeste... Cear (irreg.): pres. ind. - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam / pret. perf. ind. - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear, passear... - alguns apresentam pronncia aberta: estrio, estria...) Coar (irreg.): pres. ind. - co, cas, ca, coamos, coais, coam / pret. perf. - coei, coaste, coou... (= abenoar, magoar, perdoar) Comerciar (reg.): pres. ind. - comercio, comercias... / pret. perf. - comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar) Compelir (alternncia voclica e/i): pres. ind. compilo, compeles... / pret. perf. ind. - compeli, compeliste... Compilar (reg.): pres. ind. - compilo, compilas, compila... / pret. perf. ind. - compilei, compilaste... Construir (irregular e abundante): pres. ind. construo, constris (ou construis), constri (ou constui), construmos, construs, constroem (ou construem) / pret. perf. ind. - constru, construste... Crer (irreg.): pres. ind. - creio, crs, cr, cremos, credes, crem / pret. perf. ind. - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram / imp. ind. - cria, crias, cria, cramos, creis, criam Dignar-se (pronomina): (= persignar-se) Dizer (irreg.): pres. ind. - digo, dizes, diz... / pret. perf. ind. - disse, disseste... Falir (defectivo): pres. ind. - falimos, falis / pret. perf. ind. - fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir) Frigir (acomodao grfica g/j e alternncia voclica e/i): pres. ind. - frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem / pret. perf. ind. - frigi, frigiste... Ir (irreg.): pres. ind. - vou, vais, vai, vamos, ides, vo / pret. perf. ind. - fui, foste... / pres. subj. - v, vs, v, vamos, vades, vo CEPCON - Centro Educacional para Concursos Jazer (irreg.): pres. ind. - jazo, jazes... / pret. perf. ind. - jazi, jazeste, jazeu... Mobiliar (irreg.): pres. ind. - moblio, moblias, moblia, mobiliamos, mobiliais, mobliam / pret. perf. ind. mobiliei, mobiliaste... Obstar (reg.): pres. ind. - obsto, obstas... / pret. perf. ind. - obstei, obstaste... Pedir (irreg.): pres. ind. peo, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem / pret. perf. ind. - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir) Polir (alternncia voclica e/i): pres. ind. - pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem / pret. perf. ind. - poli, poliste... Precaver-se (defectivo e pronominal): pres. ind. precavemo-nos, precaveis-vos / pret. perf. ind. - precavime, precaveste-te... Prover (irreg.): pres. ind. - provejo, provs, prov, provemos, provedes, provem / pret. perf. ind. - provi, proveste, proveu... Reaver (defectivo): pres. ind. - reavemos, reaveis / pret. perf. ind. - reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas s conjugado nas formas verbais com a letra v) Remir (defectivo): pres. ind. - remimos, remis / pret. perf. ind. - remi, remiste... Requerer (irreg.): pres. ind. - requeiro, requeres... / pret. perf. ind. - requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 1 pess. sing. do pres. ind. e no pret. perf. do ind. e derivados, sendo regular) Rir (irreg.): pres. ind. - rio, rir, ri, rimos, rides, riem / pret. perf. ind. - ri, riste... (= sorrir) Saudar (alternncia voclica) pres. ind. - sado, sadas... / pret. perf. ind. - saudei, saudaste... Suar (reg.): pres. ind. - suo, suas, sua... / pret. perf. ind. - suei, suaste, ... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar) Valer (irreg.): pres. ind. - valho, vales, vale... / pret. perf. ind. - vali, valeste, valeu... Ver (irreg.): pres. ind. - vejo, vs, v, vemos, vedes, vem / Pret. perf. ind. - vi, viste, viu... (= antever, prever, rever etc.) Vir (irreg.): pres. ind. - venho, vens, vem, vimos, vindes, vm / pret. perf. ind. - vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram (= advir, convir, intervir, provir, sobrevir etc.) Infinitivo Pessoal ou Impessoal? O emprego do infinitivo no obedece a regras bem definidas: Impessoal: sentido genrico ou indefinido, no relacionado a nenhuma pessoa Pessoal: refere-se s pessoas do discurso, dependendo do contexto Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessrio dar frase maior clareza e nfase. Usa-se o impessoal: Sem referncia a nenhum sujeito - proibido fumar na sala Nas locues verbais - Devemos avaliar a sua situao Quando o infinitivo exerce funo de complemento de adjetivos - um problema fcil de solucionar Quando o infinitivo possui valor de imperativo - Ele respondeu: "Marchar!" Usa-se o pessoal:

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LNGUA PORTUGUESAQuando o sujeito do infinitivo diferente do sujeito da orao principal - Eu no te culpo por sares daqui Quando por meio de flexo se quer realar ou identificar a pessoa do sujeito - Foi um erro responderes dessa maneira. Quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3 pes. do pl.) - Escutei baterem porta Emprego Os fracionrios tm como forma prpria meio, metade e tero, todas as outras representaes de diviso correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos da palavra avos (quarto, dcimo, milsimo, quinze avos etc.) designando sculos, reis, papas e captulos, utilizase na leitura ordinal at dcimo; a partir da usam-se os cardinais. (Lus XIV - quatorze, Papa Paulo II - segundo) Observao: se o numeral vier antes do substantivo, ser obrigatrio o ordinal (XX Bienal vigsima, IV Semana de Cultura - quarta) zero e ambos (as) tambm so numerais cardinais dzia, centena... so chamados numerais coletivos, por designarem um conjunto de seres um - numeral ou artigo? Nestes casos, a distino feita pelo contexto. Numeral indicando quantidade e artigo quando se ope ao substantivo indicando-o de forma indefinida

ARTIGOSPalavra colocada antes do substantivo para determin-lo, mantendo com ele relao de concordncia. Pode ser classificado em: definido: o, a, os, as - determinam o substantivo de modo preciso, especfico indefinido :um, uma, uns, umas - determinam o substantivo de modo vago, impreciso Podem aparecer combinados com preposies. (numa, do, ...) O artigo tem a propriedade de substantivar qualquer palavra precedida por ele. Esse processo chama-se substantivao. (fumar-verbo / O fumar faz mal sade) Observao: - para se certificar de que uma palavra artigo, troque o gnero do substantivo posterior. Se o suposto artigo no mudar de gnero, pertence outra classe. Emprego No se deve usar artigo depois de cujo e suas flexes No se usa artigo diante de expresses de tratamento iniciadas por possessivos obrigatrio o uso do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere (ambos os cnjuges) Diante do possessivo adjetivo o uso facultativo; mas se o pronome for substantivo, torna-se obrigatrio Antes de nomes de pessoas, geralmente, no se utiliza o artigo No se usa artigo diante das palavras casa (=lar, moradia) e terra (=cho firme) a menos que essas palavras sejam especificadas Diante de alguns nomes de cidade no se usa artigo, a no ser que venham modificados Usa-se artigo definido antes dos nomes de estados brasileiros, exceto: AL, GO, MT, MG, PE, SC, SP e SE No se combina com preposio o artigo que faz parte de nomes de jornais, revistas e obras literrias (li em Os Lusadas) Depois de todo, emprega-se o artigo para conferir idia de totalidade (Toda a sociedade poder participar).

Flexo Variam em gnero e nmero Gnero Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e fracionrios, quando expressam uma idia adjetiva em relao ao substantivo Nmero: Cardinais terminados em -o; todos os ordinais; os multiplicativos, quando tm funo adjetiva; os fracionrios, dependendo do cardinal que os antecede Os cardinais, quando substantivos, vo para o plural se terminarem por som voclico.

PRONOMESPronome a palavra varivel em gnero, nmero e pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome substantivo. Ele chegou. (ele ) Convidei-o (o) Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a extenso de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. Esta casa antiga. (esta) Meu livro antigo. (meu ) Classificao dos Pronomes H, em Portugus, seis espcies de pronomes: pessoais: eu, tu, ele/ela, ns, vs, eles/elas e as formas oblquas de tratamento: possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexes; demonstrativos: este, esse, aquele e flexes; isto, isso, aquilo; relativos: o qual, cujo, quanto e flexes; que, quem, onde; indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vrios, tanto quanto, qualquer e flexes; algum, ningum, tudo, outrem, nada, cada, algo. interrogativos: que, quem, qual, quanto,

NUMERAISPalavra que indica quantidade, nmero de ordem, mltiplo ou frao. Classifica-se como: cardinal (1, 2, 3, ...), ordinal (primeiro, segundo, terceiro, ...), multiplicativo (dobro, duplo, triplo, ...), fracionrio (meio, metade, tero) Valor do Numeral Podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem acompanhando e modificando um substantivo, tero valor adjetivo. J se estiverem substituindo um substantivo e designando seres, tero valor substantivo. Ex.: Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) Ele ser o primeiro desta vez. (valor substantivo) CEPCON - Centro Educacional para Concursos

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LNGUA PORTUGUESAempregados em frases interrogativas. Pronomes Pessoais Pronomes pessoais so aqueles que representam as pessoas do discurso: 1 pessoa: quem fala, o emissor. Eu sai (eu) Ns samos (ns) Convidaram-me (me) Convidaram-nos (ns) 2 pessoa: com quem se fala, o receptor. Tu saste (tu) Vs sastes (vs) Convidaram-te (te) Convidaram-vos (vs) 3 pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Ele saiu (ele) Eles saram (eles) Convidei-o (o) Convidei-os (os) Os pronomes pessoais so os seguintes. Pronomes de Tratamento Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento. Referem-se pessoa a quem se fala, embora a concordncia deva ser feita com a terceira pessoa. Convm notar que, exceo feita a voc, esses pronomes so empregados no tratamento cerimonioso. Veja a seguir alguns desses pronomes. PRONOME ABREVIATURA EMPREGO Vossa Alteza V. A. prncipes, duques Vossa Eminncia V .Ema Cardeais Vossa Excelncia V.Exa Altas autoridades em geral Vossa Magnificncia V. Mag a Reitores de universidades Vossa Reverendssima V. Revma Sacerdotes em geral Vossa Santidade V.S. Papas Vossa Senhoria V.Sa Funcionrios graduados Vossa Majestade V.M. Reis, imperadores So tambm pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, voc, vocs Emprego dos Pronomes Pessoais Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele/ela, ns. vs. eles/elas) devem ser empregados na funo sinttica de sujeito. Considera-se errado seu emprego como complemento. Convidaram ele para a festa (errado) Receberam ns com ateno (errado) Eu cheguei atrasado (certo) Ele compareceu festa (certo) Na funo de complemento, usam-se os pronomes oblquos e no os pronomes retos. Convidei ele ( errado) Chamaram ns ( errado) Convidei-o (certo) Chamaram-nos (certo) Os pronomes retos (exceto eu e tu), quando antecipados de preposio, passam a funcionar como oblquos. Neste caso, considera-se correto seu emprego como complemento: Informaram a ele os reais motivos CEPCON - Centro Educacional para Concursos Emprestaram a ns os livros Eles gostam muito de ns As formas eu e tu s podem sujeito. Considera-se errado seu complemento. Nunca houve desentendimento (errado) Nunca houve desentendimento (certo) funcionar como emprego como entre eu e tu entre mim e ti

Como regra prtica, podemos propor o seguinte: quando precedidas de preposio no se usam as formas retas eu e tu, mas as formas oblquas mim e ti: Ningum ir sem eu ( errado) Nunca houve discusses entre eu e tu (errado) Ningum ir sem mim (certo) Nunca houve discusses entre mim e ti (certo) H, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas eu e tu mesmo precedidas por preposio: quando essas formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo. Deram o livro para EU ler ( ler: sujeito) Deram o livro para TU leres( leres: sujeito) Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas eu e tu obrigatrio, na medida em que tais pronomes exercem a funo sinttica de sujeito. Os pronomes oblquos se, si, consigo devem ser empregados somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construo em que os referidos pronomes no sejam reflexivos: Querida, gosto muito de si. (errado) Preciso muito falar consigo. (errado) Querida, gosto muito de voc. (certo) Preciso muito falar com voc. (certo) Observe que nos exemplos que seguem no h erro algum, pois os pronomes se, si, consigo foram empregados como reflexivos: Ele feriu-se Cada um faa por si mesmo a redao O professor trouxe as provas consigo Os pronomes oblquos conosco e convosco so utilizados normalmente em sua forma sinttica. Caso haja palavra de reforo, tais pronomes devem ser substitudos pela forma analtica: Queriam falar conosco = Queriam falar com ns dois Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vs prprios Os pronomes oblquos podem aparecer me+o=mo te+o=to lhe+o=lho nos + o = no-lo vos + o = vo-lo lhes + o = lho me + os = mos te + os = tos lhe + os = lhos nos + os = no-los vos + os = vo-los lhes + os = lhos

combinados entre si. As combinaes possveis so as seguintes: A combinao tambm possvel com os pronomes oblquos femininos a, as. me+a=ma te+a=ta me + as = mas te + as = tas

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LNGUA PORTUGUESA- Voc pagou o livro ao livreiro? Sim, paguei-lho. Verifique que a forma combinada LHO resulta da fuso de LHE (que representa o livreiro) com O (que representa o livro). As formas oblquas O, AS, OS, AS so sempre empregadas como complemento verbos transitivos diretos, ao passo que as formas LHE, LHES so empregadas como complemento de verbos transitivos indiretos: O menino convidou-a (V.T.D ) O filho obedece-lhe (V.T. l ) Consideram-se erradas construes em que o pronome O (e flexes) aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as construes em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de verbos transitivos diretos: Eu lhe vi ontem (errado) Nunca o obedeci (errado) Eu o vi ontem (certo) Nunca lhe obedeci (certo) 9. H pouqussimos casos em que o pronome oblquo pode funcionar como sujeito.Ocorre com os verbos deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver seguidos de infinitivo: o nome oblquo ser sujeito desse infinitivo: Deixei-o sair. Vi-o chegar. Sofia deixou-se estar janela. fcil perceber a funo do sujeito dos pronomes oblquos, desenvolvendo as oraes reduzidas de infinitivo: Deixei-o sair = deixei que ele sasse No se considera errada a repetio de pronomes oblquos: A mim, ningum me engana. A ti tocou-te a mquina mercante. Nesses casos, a repetio do pronome oblquo no constitui pleonasmo vicioso, e sim nfase. Muitas vezes os pronomes oblquos equivalem a pronomes possessivo exercendo funo sinttica de adjunto adnominal: Roubaram-me o livro = roubaram meu livro No escutei-lhe os conselhos = no escutei os seus conselhos As formas plurais ns e vs podem ser empregadas para representar uma nica pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de modstia: Ns - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes. Vs sois minha salvao, meu Deus! Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de vossa, quando nos dirigimos pessoa representada pelo pronome, e por sua, quando falamos dessa pessoa: Ao encontrar o governador, perguntou-lhe: - Vossa Excelncia j aprovou os projetos? Sua Excelncia, o governador, dever estar presente na inaugurao. Voc e os demais pronomes de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Alteza, embora se refiram pessoa com quem falamos (2 pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como pronomes de CEPCON - Centro Educacional para Concursos terceira pessoa: Voc trouxe seus documentos? Vossa Excelncia no precisa incomodar-se com seus problemas.

ADVRBIOSPode modificar um verbo, um adjetivo, outro advrbio ou uma frase inteira. Classificam-se de acordo com as circunstncias que expressam: lugar: longe, junto, acima, atrs, alhures... tempo: breve, cedo, j, dentro, ainda... modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente negao: no, tampouco, absolutamente... dvida: qui, talvez, provavelmente, possivelmente... intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, to... afirmao: sim, certamente, realmente, efetivamente... Obs.: as palavras onde (de lugar), como (de modo), por que (de causa) e quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, so classificadas como advrbios interrogativos. So locues adverbiais: direita, frente, vontade, de cor, em vo, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manh, de repente, de vez em quando, em breve, etc. So classificadas, tambm, em funo da circunstncia que expressam. Grau Apesar de pertencer categoria das palavras invariveis, o advrbio pode apresentar variaes de grau comparativo ou superlativo. Comparativo: igualdade: to+adv+quanto superioridade: mais+adv+(do) que inferioridade: menos+adv+(do) que Superlativo: sinttico: + sufixo -ssimo analtico: muito+adv. Obs.: bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sinttico: melhor e pior. As formas mais bem e mais mal so usadas diante de particpios adjetivados. (Ele est mais bem informado do que eu) Emprego Na linguagem coloquial, o advrbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, embora ocorra o diminutivo, o advrbio assume valor superlativo A repetio de um mesmo advrbio tambm assume valor superlativo Quando os advrbios terminados em -mente estiverem coordenados, comum o uso do sufixo s no ltimo Antes de particpios, bem e mal aparecem nas formas analticas do comparativo de superioridade (mais bem e mais mal) e no como melhor e pior Muito e bastante podem aparecer como advrbio (invarivel) ou pron. indefinido (varivel - determina subst.) Adjetivos adverbializados mantm-se invariveis (terminaram rpido o trabalho) Palavras denotativas Srie de palavras que se assemelham ao advrbio.

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LNGUA PORTUGUESAA NGB considera-as apenas como palavras denotativas, no pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. Classificam-se em funo da idia que expressam: adio: ainda, alm disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais) afastamento: embora (Foi embora daqui) afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano) aproximao: quase, l por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. ( quase 1h a p) designao: eis (Eis nosso carro novo) excluso: apesar, somente, s, unicamente, inclusive, exceto, seno, sequer, apenas etc. (Todos saram, menos ela) explicao: isto , por exemplo, a saber etc. (Li vrios livros, a saber, os clssicos) incluso: at, ainda, tambm, inclusive etc. (Eu tambm vou) limitao: s, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu) realce: que, c, l, no, mas, porque etc. (E voc l sabe essa questo?) retificao: alis, isto , ou melhor, ou antes etc. (Somos trs, ou melhor, quatro) situao: ento, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?) instrumento - escrever a lpis / ferir-se com a faca companhia - sair com amigos meio - voltar a cavalo / viajar de nibus matria - anel de prata / po com farinha posse - carro de Joo oposio - Flamengo contra Fluminense contedo - copo de (com) vinho preo - vender a (por) R$ 300, 00 origem - descender de famlia humilde destino - ir a Roma

CONJUNESPalavra que liga oraes, estabelecendo entre elas alguma relao (subordinao ou coordenao). As conjunes classificam-se em: Coordenativas: ligam duas oraes independentes (coordenadas), ou dois termos que exercem a mesma funo sinttica dentro da orao. Apresentam 5 tipos: aditivas (adio) - e, nem, mas tambm, mas ainda etc. adversativas (adversidade, oposio) - mas, porm, todavia, contudo etc. alternativas (alternncia, excluso, escolha) - ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer etc. conclusivas (concluso) - logo, portanto, pois (depois do verbo) etc. explicativas (justificao) - pois (antes do verbo), porque, que etc. Subordinativas: ligam duas oraes dependentes, subordinando uma outra. Apresentam 10 tipos. causais - porque, visto que, j que, uma vez que etc. comparativas - como, que (precedido de mais ou menos) etc. condicionais - se, caso, contanto que, desde que etc. consecutivas (conseqncia, resultado, efeito) que (precedido de tal, tanto, to etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que etc. conformativas (conformidade, adequao) conforme, segundo, consoante, como etc. concessiva - embora, se bem que, ainda que, mesmo que etc. temporais - quando, enquanto, logo, desde que etc. finais - a fim de que, para que, que etc. proporcionais - medida que, proporo que, ao passo que etc. integrantes - que, se As conjunes integrantes introduzem as oraes subordinadas substantivas, enquanto as demais iniciam oraes subordinadas adverbiais. Muitas vezes a funo de interligar oraes desempenhada por locues conjuntivas.

PREPOSIESPalavra invarivel que liga dois termos entre si, estabelecendo relao de subordinao (regente - regido). Divide-se em: essenciais (maioria das vezes so preposies): a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trs acidentais (podem exercer funo de preposio): afora, conforme, consoante, durante, exceto, salvo, segundo, seno etc. preposies essenciais regem pron. obl. tnicos; enquanto preposies acidentais regem as formas retas dos pron. pessoais. (Falei sobre ti/Todos, exceto eu, vieram) So locues prepositivas: abaixo de, acerca de, a fim de, alm de, ao lado de, apesar de, atravs de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de etc. Obs.: a ltima palavra da loc. prepositiva sempre uma preposio, enquanto a ltima palavra de uma loc. adverbial nunca preposio Emprego combinao: preposio + outra palavra sem perda fontica (ao/aos) contrao: preposio + outra palavra com perda fontica (na/quela) no se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (Est na hora de ele falar) Pronome pessoal oblquo x preposio x artigo Preposio - liga dois termos, sendo invarivel Pron. oblquo - substitui um substantivo Artigo - antecede o substantivo, determinando-o Relaes estabelecidas pelas preposies autoria - msica de Caetano lugar - cair sobre o telhado / estar sob a mesa tempo - nascer a 15 de outubro / viajar em uma hora modo - chegar aos gritos / votar em branco causa - tremer de frio / preso por vadiagem assunto - falar sobre poltica fim ou finalidade - vir em socorro / vir para ficar CEPCON - Centro Educacional para Concursos

INTERJEIESExpressa estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto emocional. Podem expressar: alegria: ah!, oh!, oba! etc. advertncia: cuidado!, ateno etc. afugentamento: fora!, rua!, passa!, x! etc. alvio: ufa!, arre! animao: coragem!, avante!, eia! aplauso: bravo!, bis!, mais um! etc. chamamento: al!, ol!, psit! etc. desejo: oxal!, tomara! etc. dor: ai!, ui! etc. espanto: puxa!, oh!, chi!, u! etc.

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LNGUA PORTUGUESAimpacincia: hum!, hem! etc. silncio: silncio!, psiu!, quieto! So locues interjeitivas: puxa vida!, no diga!, que horror!, graas a Deus!, ora bolas!, cruz credo! etc.

Processos de formao de palavrasAs palavras esto em constante processo de evoluo, o que torna a lngua um fenmeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocbulos caem em desuso (arcasmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado com o passar do tempo. Na Lngua Portuguesa, em funo da estruturao e origem das palavras encontramos a seguinte diviso: palavras primitivas - no derivam de outras (casa, flor) palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha) palavras simples - s possuem um radical (couve, flor) palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente) Para a formao das palavras portuguesas, necessrio o conhecimento dos seguintes processos de formao: Composio - processo em que ocorre a juno de dois ou mais radicais. So dois tipos de composio. justaposio: quando no ocorre a alterao fontica (girassol, sexta-feira); aglutinao: quando ocorre a alterao fontica, com perda de elementos (pernalta, de perna + alta). Derivao - processo em que a palavra primitiva (1 radical) sofre o acrscimo de afixos. So cinco tipos de derivao. prefixal: acrscimo de prefixo palavra primitiva (in-til); sufixal: acrscimo de sufixo palavra primitiva