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http://www.flickr.com/photos/cassimano/6760722685/in/photostream Cursos de Especialização para o quadro do Magistério da SEESP Ensino Fundamental II e Ensino Médio Rede São Paulo de Linguagem Química d03

linguagem química

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Linguagem Q uímica

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    Cursos de Especializao para o quadro do Magistrio da SEESPEnsino Fundamental II e Ensino Mdio

    Rede So Paulo de

    Linguagem Qumica d03

  • Rede So Paulo de

    Cursos de Especializao para o quadro do Magistrio da SE-ESP

    Ensino Fundamental II e Ensino Mdio

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    Sumrio1. Linguagem ................................................................................1

    2. A Linguagem Qumica ..............................................................2

    3. Os Smbolos Qumicos ..............................................................7

    4. O Nome dos Elementos ..........................................................15

    5. Frmula Qumica .....................................................................20

    6. As equaes qumicas ............................................................28

    7. Nomenclatura dos compostos qumicos ...................................31

    8. Nomenclatura da IUPAC para compostos inorgnicos ............34

    9. Nomenclatura dos Compostos Orgnicos ..............................39

    Bibliografia Consultada .......................................................... 51

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    1. Linguagem

    Segundo a definio do dicionrio, linguagem corresponde ao uso da palavra articulada ou escrita como meio de expresso e de comunicao entre as pessoas. Corresponde tambm: i) vocabulrio especfico de uma cincia, de uma arte, de uma profisso, ii) qualquer sistema de signos capaz de servir comunicao entre os indivduos, e iii) em informtica, sistema lgico utilizado para comunicar ao computador os processos fsicos por efetuar.

    Portanto, o termo linguagem uma forma de comunicao, troca de informaes e, na cincia uma forma de expressar conhecimentos e saberes.

    Esta uma definio bastante abrangente do significado do termo linguagem, dentro de um contexto geral.

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    2 . A Linguagem Qumica

    As transformaes da matria fazem parte de processos naturais, que chamavam a aten-o do homem desde os primrdios da humanidade. A necessidade de interpretar e descrever os fenmenos fsicos e qumicos, observados ao longo dos tempos, conduziu a criao de uma linguagem especfica para interpretao dos fenmenos qumicos observados e estudados.

    Com o desenvolvimento da Cincia Qumica, foi necessrio desenvolver smbolos, pala-vras, com o objetivo de referncia e de sistematizao de informaes advindas de estudos, experimentos e reflexes executados pelo homem. Assim foi criada uma linguagem qumica, permitindo a explicao dos saberes descobertos, comprovados, previstos, entre os homens, independente do local onde reside.

    Exemplos de linguagens em diferentes campos de atuao:

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    futebol automobilismo matemtica informtica

    gol frmula 1 nmero hardware

    impedimento ultrapassagem logartimo download

    escanteio linha de largada co-seno web

    tiro de meta pit stop ngulo site

    2.1 A importncia da linguagem qumica

    Roque & Silva1, 2005, descreveram que: As transformaes materiais reaes qumicas fazem parte dos processos naturais, e esto presentes no dia-a-dia do ser humano desde tempos ime-moriais. Um dos fenmenos qumicos mais comuns a transformao do dixido de carbono (CO2) e da gua (H2O) presentes na atmosfera em folhas, galhos, razes, frutos e flores, em suma, no corpo dos vegetais. A combusto tambm outra transformao da matria muito comum. Entre as reaes de combusto esto as queimas da lenha, do carvo, dos combustveis dos veculos, e do gs de cozinha. A corroso de metais, como a do ferro produzindo a ferrugem , tambm, uma transformao facilmente observvel.

    No entanto, somente h cerca de 200 anos surgiu uma teoria que explicasse e descrevesse satisfatoriamente essas transformaes, bem como tantos outros fenmenos qumicos.

    Vrias teorias foram propostas para explicar a formao e a transformao da matria, no transcorrer das civilizaes. A teoria atmica empregada hoje s comeou a ser considerada aps as argumentaes de Dalton (1766-1844).

    Uma grande dificuldade para o entendimento dos fenmenos qumicos est em se conhecer a constituio das substncias que formam os organismos vivos e os objetos.

    O tomo veio possibilitar uma descrio mais ampla e profunda do mundo material, justi-ficando sua enorme diversidade. Aps muitas investigaes, teorias, comprovaes experimen-tais, a cincia qumica hoje considera que a matria constituda por substncias que por sua vez so compostas por tomos, que se ligam formando molculas ou ons. Somente determi-

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    nados gases, conhecidos como gases nobres, so constitudos de tomos isolados. Os outros tomos se unem de vrias formas especficas, formando espcies como molculas isoladas, metais, substncias inicas.

    As pores de matria que podemos perceber correspondem aos aglomerados de quinti-lhes, ou mais, de tomos (partculas muito pequenas).

    Atravs dos sentidos, no se pode perceber as estruturas de tomos e molculas (partculas minsculas). Portanto, o estudo do imperceptvel foi um grande obstculo para o homem. Constitui ainda um grande desafio da Cincia Qumica, a correlao entre o comportamento de tomos e molculas (microcosmo), e as propriedades das substncias (sistema macroscpi-co) e, consequentemente, do Ensino de Qumica.

    Para estabelecer essa correlao o homem precisou criar uma linguagem para discutir to-mos, ons e molculas. De acordo com Vigotski1 : toda linguagem desenvolve-se na mesma me-dida que as estruturas do pensamento evoluem do concreto para o abstrato e vice-versa. A linguagem da Qumica descreve atravs de modelos, representados por frmulas estruturais, equaes, grficos e figuras, as coisas do mundo como compreendidas pelo qumico. Para estudar e entender a cincia qu-mica necessrio em primeiro lugar aprender essa linguagem. As dificuldades de aprendizagem da linguagem da qumica esto associadas distino em relao linguagem comum, sua especifici-dade quase hermtica e, muito provavelmente, s dificuldades em se estabelecer as necessrias relaes entre os entes qumicos do mundo microscpico e do macroscpico.

    2.2 Aplicando a linguagem qumica

    A importncia da criao e do uso da linguagem qumica para descrever uma transformao pode ser ilustrada, por exemplo, com a ocorrncia de uma reao de combusto. Esse exemplo bastante interessante porque alm de ser uma transformao qumica de grande importncia social e cultural, o fenmeno da combusto usualmente est presente na vivncia das pessoas, e sobre ele, principalmente os alunos, tm idias ou conhecem alguns conceitos do cotidiano.

    A reao de combusto do etanol na presena do gs oxignio (O2), presente no ar que respiramos, mesmo que os reagentes estejam em contato e na temperatura ambiente, s ser

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    iniciada, por exemplo, na presena da chama de um fsforo. Por meio da linguagem qumica, representamos as espcies (reagentes) participantes do processo por: etanol e gs oxignio e/ou C2H6O(l) e O2(g).

    A partir do conhecimento estabelecido, o fato dessas substncias estarem em contato condio necessria, mas no suficiente, para que uma reao se inicie. Nesse caso, a reao s se inicia quando, alm dos reagentes em contato, existirem certas condies no meio reacional, como por exemplo, o calor proveniente da chama de um fsforo aceso.

    Ao se processar a reao qumica a combusto do etanol crucial o entendimento de que as substncias originais ou de partida (denominadas reagentes) deixam de existir e que ocorra produo de novas substncias (denominadas produtos).

    O uso da uma seta () conveniente para indicar o que se tem de um lado e do outro lado da seta, ou seja, as substncias reagentes antes da transformao qumica deixam de existir (ao menos parte delas) para dar lugar a novas substncias (produtos). Em resumo, a direo da seta indica o processo de produo de novas substncias (os produtos) custa do consumo das substncias reagentes. Os produtos no surgem do nada, mas das substncias reagente, por-tanto tm algo a ver com elas. Refora-se, assim, a idia de que algo permanece no decorrer da transformao qumica: os tomos.

    Representaes do fenmeno da combusto do etanol:

    (I) As substncias etanol [C2H6O(l)] e gs oxignio [O2(g)], em contato, reagem entre si ao se iniciar a combusto com uma chama (fsforo aceso). Essas substncias so consumidas e a reao para quando um dos reagentes termina. medida que os reagentes so consumidos h a formao de gua [H2O(l)] e gs carbnico [CO2(g)];

    (II) Etanol + Gs Oxignio iniciada a reao com chama gua + Gs Carbnico

    (III) C2H6O(l) + O2(g) em certas condies H2O(l) + CO2(g)

    Toda a complexidade de entendimento do que seja uma transformao qumica s poss-vel pelo uso dos verdadeiros conceitos qumicos. A linguagem de representao do fenmeno da combusto do etanol foi feita para facilitar a constituio do pensamento e dos conceitos

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    qumicos.

    Tal reao pode ser mais descritiva, expressando uma seqncia mais observvel (I) ou mais abstrata, atravs da simbologia qumica usual (III). A representao mais usual de uma reao qumica (ver tem III), embora incompleta por no contemplar ainda o acerto de coeficientes, utiliza uma simbologia prpria da qumica. A utilizao dos smbolos (letras) que compem as frmulas qumicas (C para carbono, H para hidrognio e O para oxignio), destaca que os mesmos smbolos que aparecem nos reagentes aparecem nos produtos, mas em arranjos mo-leculares diferentes. A preocupao em mostrar equao da referida reao, foi escrita apenas com o tipo de smbolo, no com o nmero de vezes que este aparecia. Esses smbolos (letras), que representam estruturas fundamentais e que no se modificam na transformao qumica, passaram a ser chamados de tomos

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    3. Os Smbolos Qumicos

    Diversos ramos do conhecimento humano por vezes se utilizam de cdigos para expressar as idias de maneira concisa.

    A Qumica, assim como a Msica, a Computao e a Eletrnica (apenas paracitar alguns exemplos), utiliza-se de representaes que podem ser entendidas por qualquer pessoa fami-liarizada com elas.

    Os smbolos qumicos so os diferentes signos abreviados, de uma ou duas letras, utilizados para identificar e evitar a representao grfica dos tomos de um elemento em lugar dos seus nomes completos. A Qumica uma cincia e como a notao cientfica universal. Os sm-bolos so tambm universais. Assim, em qualquer lngua e em qualquer alfabeto, o smbolo do elemento qumico, por exemplo, ferro Fe. No entanto, em ingls o nome do elemento ferro iron, enquanto em portugus ferro.

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    Os primeiros registros da utilizao de cdigos associados linguagem qumica remota ao tempo dos alquimistas. Os alquimistas, apesar de serem influenciados por idias msticas como a busca da pedra filosofal e do elixir da longa vida, buscavam explicaes racionais para alguns fatos, bem como o segredo da transformao da matria, que os levaram ao conhecimento do comportamento e das propriedades de vrias substncias puras.

    3.1 Evoluo histrica

    3.1.1 Os smbolos dos alquimistas Osalquimistasfizeramtodooesforoparaconservaremsecretosseusconhecimentos,tornando

    seuofcioumaprofissomisteriosa.Elessabiamqueperderiamaposiodedestaqueeprestgiose

    aprticadaAlquimiasetornasseconhecida.Emconseqncia,introduziramsmbolosestranhose

    enigmticosparaqueapenasalgunspudesseminterpretaraquelaescritamisteriosa,quepormuito

    tempoobscureceuahistriadosprimeirospassosdaQumica.Apresentamosemseguidaexemplos

    desmbolosestranhoseenigmticosutilizadosnapocadosalquimistas.

    http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/em/artigos/2004/imagem/art48a.gif

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    http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/quimica/imagens/nomenclatura_1.gif

    No havia uniformidade entre os smbolos empregados por diferentes autores e nem qual-quer lgica em suas criaes. Essa confuso de smbolos e nomes misteriosos precisava ser abandonada para que se pudesse organizar um sistema racional de notao qumica, de fcil entendimento por todos, que facilitasse a comunicao entre cientistas, com vistas a o estudo e o progresso da Cincia Qumica mais rpido e mais amplo.

    http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTOvr2iGoDz1CcR5mlbiDw_uIWjupPjLZ_1eestRjMJjxlNJ1Au

    3.1.2 Os smbolos do Mthode de Nomenclature Chimie

    Nesta importante obra foram descritos os novos smbolos dos elementos qumicos que foram inventados especificamente pelos qumicos franceses Jean Henri Hassenfratz (1755-

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    1827) e Pierre Auguste Adet (1762- 1832)* e que so linhas, crculos, tringulos, etc. tambm tm smbolos especficos independentes da sua composio.

    *http://www.scs.uiuc.edu/~mainzv/exhibit/morveau.htm

    No final do sculo XVIII e princpios do XIX propostas foram feitas com o objetivo de racionalizar os smbolos dos elementos qumicos. Entre as principais propostas/tentativas, destacamos as que apareceram no livro dos qumicos franceses Guyton de Morveau, Berthol-let, Fourcroy e Lavoisier, do ano 1787, Mthode de Nomenclature Chimie * onde se estabeleceu o sistema de nomenclatura qumica racional atual. Esta referida, e importante, obra apresenta descritos os novos smbolos dos elementos qumicos que foram inventados especificamente pelos qumicos franceses Jean Henri Hassenfratz (1755-1827) e Pierre Auguste Adet (1763-1832)** , que so lnhas, crculos, tringulos, etc. Os grupos, conhecidos hoje como sulfato, oxalato, fosfato, entre outros, tambm tm smbolos especficos independentes da sua com-posio.

    * http://www.scs.uiuc.edu/~mainzv/exhibit/morveau.htm** http://books.google.com.br/books?id=kwQQaltqByAC&pg=PA245&lpg=PA245&dq=historical+Studies+in+the+language+of+chemistry+Hassenfratz+adet&source=bl&ots=Z6f-9BTCcK&sig=bCVnc1vzBRUSfZ_0lNBhhsfNbl4&hl=pt-BR&ei=dq_uTLPzBYH-

    -8Ab1zMCRDA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBYQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false

    3.1.3 Os smbolos de John Dalton

    O qumico ingls John Dalton (1766-1844), no seu livro A new system of chemical philosophy (1808), tambm fez uma tentativa de racionalizao da linguagem qumica. Utilizou crculos, com diferentes figuras no seu interior, para as representaes dos elementos qumicos. Alm disso, representou os compostos mediante combinaes dos smbolos dos elementos e no por smbolos especficos por grupos.

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    http://webs.ono.com/jcarlos.palacios/simbodalton.gif

    http://www.kalipedia.com/kalipediamedia/cienciasnaturales/media/200709/24/fisicayquimica/20070924klpcnafyq_9.Ees.SCO.png

    http://3.bp.blogspot.com/_FrUnBS-tTfY/TEG_FehSVqI/AAAAAAAACMk/YtgFeIBfCKo/s1600/simbolos_Dalton.jpg

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    http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/6quimica/3elementedalton.jpg

    3.1.4 Os smbolos de Berzelius

    Nos Sculos XVIII e XIX, os qumicos da poca utilizavam uma variedade de smbolos e abreviaturas, de certa forma confusa e com interpretaes diferentes para o mesmo smbolo. Como exemplo dessa poca, citamos a frmula H2O2 que para alguns qumicos representava gua e, para outros, perxido de hidrognio. Os relatos mostram que no havia uma nica re-presentao de uma dada molcula, adotada por todos.

    John Jacob Berzelius (qumico sueco, 1779-1848) props que os elementos fossem desig-nados por abreviaturas baseadas nos respectivos nomes em grego ou latim. Detalhou ento na sua escrita que, por exemplo, o elemento fsforo, em latim escrito como phosphorum fosse representado pela letra P, e o elemento prata, argentum em latim, representado pelas letras Ag. Como na poca o latim era falado em grande parte do mundo ocidental, era natural que os smbolos/abreviaturas ou representaes dos elementos qumicos fossem derivados de seus nomes latinos.

    Com essa proposta, Berzelius introduziu uma linguagem geral para os elementos e com-postos qumicos, independente da lngua do pas, como exemplo, o caso do elemento oxignio: o smbolo proposto O, em holands escrito como zuurstof, em italiano ossigeno, em chins yang qi, e em portugus oxignio. A partir dessa proposta os qumicos foram incorporando a nova forma de representao, e a linguagem qumica passou a ter uniformizao de escrita, que todos entendiam o que era escrito nos trabalhos dos cientistas (independente da lngua

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    do pas).

    Assim, cada elemento qumico, natural ou sintetizado, deve ser representado por um sm-bolo que o identifique universalmente.

    A representao dos elementos qumicos proposta por Berzelius, em 1813, tem as caracte-rsticas (a maior parte do nome em latim):

    Ossmbolosdoselementosqumicosdevemserrepresentadosporletras.

    Oselementosdenominadosnometaisforamrepresentadoscomapenasumaletra.

    Pararepresentaroselementosdenominadosmetlicos,Berzeliusempregouduasle-tras.Aprimeiraletrado smboloemmaiscula,easegundaemminscula.Exem-plos: cuprum-Cu-cobre,aurum Au-ouro,stannumSn-estanho.

    Ascombinaesdeelementosnoscompostoscriouumsistemaquenosemanteve.Porexemplo,oxidodecobrefoisugeridoserrepresentadocomoC,quesimboliza-riaoelementooxidado.Hojeosxidossosimbolizadoscomooxignio.

    Indicaodonmerodetomosnumcomposto, foiproposto ndicessobrescritos.Porexemplo:H2O,representaodamolculagua(doishidrognioseumoxignio).

    AessnciadapropostadeBerzeliusaindautilizada.

    3.2 Os smbolos modernos

    Atualmente, como regra geral, utilizamos o sistema de Berzelius com modificaes, a saber: Helementosqumicosquesometaisesedenominamscomumaletra,soopo-tssio,K,ovandio,V,otungstnio,W,otrio,Yeournio,U.Masamaioriasegue

    osistemadeBerzelius.

    Halgunselementosnometlicosquesoindicadoscomduasletras:osgasesno-bres(He,Ne,Ar,Kr,XeeRn),oselnio,Se,obromo,Breoastato,At.Ossemime-tais(Si,Ge,As,...)sosimbolizadoscomduasletras.

    Ossmbolosdoselementossomantidosnosseuscompostos,porexemplo,osulfatodecobre(II)sesimbolizaporCuSO4,ondeseindicamostrselementosquefazem

    partedocomposto:cobre,enxofreeoxignio.

    Onmerodetomosnumcompostoindica-secomumsubndice.Assimatualmenterepresentamosaguaformadapordoistomosdehidrognioeumdeoxigniocomo

    H2O.

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    Os nomes e os smbolos redefinidos no foram usados extensivamente at boa parte do sculo XIX. Eles ajudaram, entretanto, a compreender as grandes descobertas do sculo XVIII. Ainda hoje, restam vestgios de nomes que resistiram a evoluo da linguagem qumica (Tabela 1).

    Nome Popular Nome cientficoacetileno etino anilina fenilamina azinavre sulfeto de mercriobauxita xido de alumnioblenda sulfato de zincobrax borato de sdio

    branco de prata hidrocarbonato de chumbobranco de troyes carbonato de clciobrancodezinco xido de zinco

    calextinta hidrxido de clciocalviva xido de clcio

    carborundum carbureto de silciocarbureto carbureto de clciocianureto cianeto de potssio

    cr carbonato de clciogalena sulfeto de chumbo IIgesso sulfato de clcio

    glicerina 1,2,3 propanotriolgrisu metano

    litargrio xido de chumbomagnsia xido de magnsio

    mniozarco tetrxido de trichumbopotassa custica hidrxido de potssio

    propana propanosal amargo sulfato de sdio

    saldecozinha cloreto de sdio

    Tabela 1- Nomes de compostos que no foram adequadas as regras de nomenclatura atuais.

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    4. Os Nomes dos Elementos

    A origem dos nomes dos elementos qumicos bastante variada. Muitas vezes os nomes foram relacionados a propriedades fsicas dos elementos como a cor, o odor; outras vezes ho-menageando seus descobridores.

    4.1. Nomes dos elementos at o Frmio (Fm, nmero atmico 100)

    Como fator histrico, vamos destacar que a descoberta dos elementos, sua linguagem smbolos -, e sua classificao que levou a proposta de uma tabela, constituindo mais tarde a tabela peridica dos elementos, temos a fase de elementos at o elemento frmio, nmero atmico 100, e a de elementos classificados em sequncia ao frmio, ou seja, nmero atmico maior que 100, classificados ou entendidos como elementos transfrmios.

    Assim, apresentaremos alguns elementos e respectivos nomes/origem at o elemento

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    frmio. Os elementos ouro, prata, estanho, mercrio, cobre, chumbo, ferro, enxofre e carbono, descobertos at a Idade Mdia, receberam seus smbolos (linguagem) a partir de seus nomes em latim. Apresentamos em seguida, na tabela 2, tais elementos e respectivos smbolos, e sig-nificados.

    Tabela 2- Elementos, smbolos, nomes e significadosElemento Nome em latim Significado Smbolo

    Ouro Aurun Amarelo AuPrata Argentun Brilhante Ag

    Carbono Carbon Carvo C

    Estanho StanumFcil de fundir

    Sn

    Outros elementos descobertos tiveram seu nome associado a deuses mitolgicos e planetas, e particularidade ou caracterstica, como por exemplo, o mercrio: deus grego associado rapidez, astcia e aos exerccios ginsticos.

    Em funo desse desenvolvimento de descobertas e nomes designados, era crescente o aca-so da denominao de nomes, principalmente por no relacionar com a propriedade de cada elemento. Assim, Lavoisier, em 1787 qumico Frances-, props que os nomes a serem dados aos elementos (novos/descobertos), a partir desse momento, deveriam estar associados s suas propriedades.

    Ento, os novos elementos descobertos receberam seus smbolos e nomes segundo a re-comendao de Lavoisier. Nessa sequencia, ocorreu que: i) alguns nomes tiveram origem do grego para proposio do smbolo, a saber: hidrognio (H) de hydros-gen, gerador de gua, oxignio (O) de oksys-gen, gerador de cidos, nitrognio (N) de nitron-gen, gerador de salitre, bromo (Br) de bromos, mau cheiro e argnio (Ar) de a-ergon, no reage, ii) alguns nomes, alm da origem do nome em latim do elemento, tambm foram associados cor das substncias formadas, por exemplo: cloro (Cl) de khloros, amarelo-esverdeado, iodo (I) de iodes, violeta, irdio (Ir) de ris, deusa grega mensageira que vinha Terra pelo arco-ris, apre-senta vrias cores, rdio (Rh) de rhodon, rosa e cromo (Cr) de khroma, cor numa aluso s muitas cores dos compostos do metal.

    Tabela 3- Significado do nome de alguns elementos

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    Elemento Nome em grego Significado SmboloHidrognio Hydros-gen gerador de gua H

    Oxignio Oksys-gen gerador de cidos O

    Nitrognio Nitron-gen gerador de salitre N

    Bromo Bromos mau cheiro Br

    Argnio A-ergon noreage Ar

    Cloro Khloros amarelo-esverdeado Cl

    Iodo Iodes, Violeta I

    Irdio ris deusa grega mensageira que vinhaTerrapeloarco-ris

    Ir

    Rdio Rhodon Rosa Rh

    Cromo Khromacor,numaalusosmuitas

    cores dos compostos do metalCr

    Como esperado, a denominao de nomes de alguns elementos descobertos, contraria-mente sugesto de Lavoisier, tiveram seus nomes associados a planetas, figuras mitolgicas, supersties, homenagens ou lugares. A tabela 4 apresenta elementos qumicos descobertos e denominao de nomes de origem celeste. Interessante destacar que na evoluo das descober-tas de elementos, os elementos Netnio e Plutnio receberam esses nomes visto seus nmeros atmicos estarem em sequncia a do Urano, todos nomes com origem celeste (planetas). A denominao do elemento Crio foi em referencia a descoberta, dois anos antes, do primeiro asteride que recebeu o nome de Ceres (deusa romana do milho e da colheita).

    Tabela 4- Elementos com nomes relacionados a corpos celestes Elemento Corpo celeste relacionado Smbolo

    Hlio Sol He

    Telrio Terra Te

    Selnio Lua Se

    Urnio Urano U

    Netnio Netuno Nu

    Plutnio Pluto Pu

    Crio Ceres Ce

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    Como j mencionado, a denominao de nomes a elementos qumicos descobertos conti-nuou ainda tendo como referencia entidades mitolgicas, a saber: i) promcio, de Prometeu, personagem da mitologia grega; ii) vandio, de Variadis, deusa escandinava da beleza; iii) titnio, de Tits, os primeiros filhos da terra; iv) tntalo, de Tntalo da mitologia grega; v) nibio, de Nobe filha de Tntalo, devido a ser muito parecido com tntalo e ambos encontra-dos na mesma rocha; vi) trio, de Thor, deus escandinavo da guerra.

    Alm disso, alguns nomes fizeram referencia a espritos demonacos, como: i) o elemento cobalto que vem de Kobolt, esprito demonaco germnico que acreditavam estar presente quando a minerao de cobre tinha baixos rendimentos; e ii) o elemento nquel, nome que deriva de Nickel, nome em alemo para o diabo.

    Se juntando a nomes mitolgicos, espritos demonacos, ocorreram tambm nomes em homenagem a lugares e cientistas. No caso de lugares, apresentamos os elementos qumicos: amercio, que homenageou a Amrica, califrnio, homenageando a Califrnia, e o germnio, homenagem para a Alemanha. No caso de cientistas, apresentamos os elementos qumicos: einstnio, homenageando Albert Einstein e mendelvio, que homenageou Dmitri Mende-leev.

    Analisando os nomes dados aos elementos qumicos descobertos, podemos constatar uma diversidade que nos mostra aspectos interessantes da histria da Qumica, mostrando hoje como os interesses, e modo de ver o mundo, dos cientistas mudaram com o passar dos tempos.

    4.2 Elementos transfrmios

    A IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) atravs do CNIC (Com-mittee on Nomenclature of Inorganic Chemistry) comunicou, em 30 de agosto de 1997, que os nomes e os smbolos dos elementos transfrmios (nmero atmico maior que o do Frmio) seriam:

    101-Mendelvio(Mendelevium)-Md

    102-Noblio(Nobelium)-No

    103-Laurncio(Lawrencium)-Lr

    104-Ruterfrdio(Rutherfordium)-Rf

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    105-Dbnio(Dubnium)-Db

    106-Seabgio(Seaborgium)-Sg

    107-Bhrio(Bhorium)-Bh

    108-Hssio(Hassium)-Hs

    109-Meitnrio(Meitnerium)-Mt

    110-FoidenominadoprovisoriamentepelaIUPACdeununnilium,finalmentedeDarmstdio(smboloDs),emagostode2003,emhomenagemacidadedeDarmstadt

    111-OnomeRoentgnio (smboloRg) foiaceitocomopermanenteem1 deno-vembrode2004emhomenagemaWilhelmConradRoentgen.Antesdestadata,o

    elementoeraconhecido,sobasrecomendaesdaIUPAC,pelonomeununnio,

    smboloUuu.Algumaspesquisasatribuam-lheonomeeka-ouro,pelasemelhana

    comascaractersticasdoouro.

    112 Foi denominado provisoriamente de ununbio, representado por Uub. Em2010,recebeuonomedeCoprnio(smboloCn),emhomenagemaNicolausCoper-nicus.

    Os istopos com nmeros atmicos 113 e superiores ainda no foram nomeados, adotando nomes provisrios relativos a seu nmero atmico em latim como Ununtrio (sm-bolo Uut), um-um-trs, elemento 113, e assim por diante, at o Ununoctio ( Uuo), um-um--oito, elemento 118, que encerra a tabela, completando a ltima famlia da tabela peridica.

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    5. Frmula Qumica

    Sempre que nos referimos a uma espcie qumica devemos usar a simbologia adequada que represente claramente do que se trata. Para os elementos usamos os smbolos qumicos e para os compostos, de qualquer natureza, usamos as frmulas qumicas.

    Os elementos qumicos descobertos receberam denominao com letras (simbolos deles), como foi mencionado nos tens anteriores. Para representar a composio qumica das subs-tancias, so utilizados os smbolos qumicos dos elementos, constituindo a linguagem qumica do composto.

    Na escrita da frmula qumica de um composto qumico, ou substncia, so colocados os simbolos dos elementos qumicos constituintes desse composto, seguidos individualmente por nmeros subescritos (exceto no caso quando for o nmero 1), indicando a quantidade relati-va ou a proporo molar ou atmica de cada elemento presente na substncia. Por exemplo: i) substancia cloreto de sdio ser representado como NaCl (frmula qumica), que indica a proporo molar ou atmica de 1 de Na:1 de Cl, podemos ver que o nmero 1 omitido, e ii)

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    substancia gua, frmula qumica H2O, indicando subscrito 2 para o elemento H (hidrognio) e 1 para o elemento O (oxignio), significando proporo molar ou atmica de 2 hidrognio : 1 oxignio. Destacamos que os nmeros subscrito 1 (omitido) e 2 (subscrito), denominados de ndices, indicam a quantidade de tomos de cada elemento constituinte da substncia ou molcula da gua (2 de O e 1 de H).

    ComestudomaisaprofundadosobreQumicaafrmulatambmtemcomorepresentar,

    porexemplo,otipodeligaoqumicaqueocorreentreostomosformadoresdasubstncia.

    Paraisso,halgunstiposderepresentaesadequadas,asquaisveremosaseguir.

    5.1 Frmula Molecular

    Constitui a que informa apenas o nmero de tomos em uma molcula, considerada, portanto, incompleta, pois priva-nos da compreenso das ligaes entre estes tomos e a dis-tribuio eletrnica em tais ligaes.

    A carga em um tomo particular pode ser representada com um sobrescrito do lado direito. Por exemplo, Na+, ou Cu2+. A carga total em uma molcula ou em um on poliatmico pode tambm ser mostrada nesta maneira. Por exemplo: carbonato, CO32- ou sulfato, SO42-.

    Para ons mais complexos, os colchetes [ ] so usados frequentemente para incluir a fr-mula inica, como do dodecarborato [B12H12]2-. Os parnteses ( ) podem ser agrupados den-tro dos colchetes para indicar uma unidade repetida, como no exemplo, [Co(NH3)6]3+. Aqui (NH3)6 indica que o on contem seis grupos NH3, e os colchetes [ ] incluem a frmula inteira do on com a carga +3.

    Para construir a frmula molecular dos compostos inorgnicos, em geral, associa os consti-tuintes dos compostos de acordo com a classe a que pertencem.

    xidos inico ou molecular: so compostosbinriosformadosporoxignioeoutroelementoqumico.Afrmulaexibeooxignioprecedidopelosmbolodooutroele-mento.Exemplos: MgO, CO,SiO2,H2O2.

    cidos: afrmulaconstituida pelo hidrognioseguidodonometal,oudeumgru-poaninico.Exemplos:HCl,H2SO4.

    Hidrxidos: afrmulaconstituidapeloctionmetlicoprecedendooonhidrxido.Exemplos: Mg(OH)2,Al(OH)3.

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    Sais: a frmula exibe o ction seguido pelo anion.Exemplos:KCl,ZnBr2,

    PbCO3,

    FeCl3.6H2O.

    Hidretos: afrmulaexibeoctionseguidopeloonhidreto.Exemplos:NaH,BeH2.

    A frmula dos compostos orgnicos, como dos inorgnicos, deve contemplar todos os to-mos que constituem o composto, envolvendo os tomos da cadeia de hidrocarbonetos, todas as ramificaes e grupos funcionais presentes. No entanto, em alguns casos a frmula mole-cular no est relacionada a uma nica substncia.

    Veja a seguinte frmula molecular C3H6O. A partir dela, pode-se concluir que em um mol dessa substncia existem 3 mols de tomos de carbono, 6 de hidrognio e 1 de oxignio. Po-rm, no podemos saber a qual substncia ela se refere.

    Observe dois exemplos de substncias que possuem essa frmula:

    Uma cetona: Propanona (Dimetilcetona ou Acetona) (H3CCOCH3)

    Um aldedo: Propanal (Propaldedo) (H3CCH2CHO)

    Pode-se observar que a Frmula Molecular pode gerar, s vezes, engano, quando necessita--se determinar a substncia principalmente na qumica orgnica. Porm ela pode ser muito til quando deseja-se simplificar equaes de reaes qumicas.

    Frmulas mais completas que a molecular, mais utilizadas na qumica orgnica so a frmu-la estrutural e a frmula estrutural eletrnica ou de Lewis.

    5.2 Frmula Estrutural

    Denominada, tambm, de frmula de Couper. Representa todos os tomos do composto e suas ligaes. H dois tipos de frmula estrutural, a completa e a condensada

    Completa: apresenta todos os tomos do composto, o tipo de ligao entre eles (simples, dupla ou tripla) indicada por traos ou linhas, alm de mostrar o grupo funcional, desenhada de forma no linear e apresentando cada tomo de cada elemento como si ligam entre si.

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    Condensada apresenta de forma linear, colocando os simbolos dos elementos com subs-crito relativo, na sequncia correta do composto ou substancia qumica.

    Propanona (Dimetilcetona ou Acetona): H3C-CO-CH3

    Propanal (Propaldedo): H3C-CH2-CHO

    Condensada Linear nesse caso, a frmula apresentada na forma de segmento de retas (linhas), nos quais os carbonos e os hidrognios ligados a eles ficam subentendidos (cada ex-tremidade da linha subtende-se ter um tomo de carbono, como cada tomo de carbono pode ser ter 4 ligaes, quando no especificado deve ser subentendido ter ligaes com tomo de H, completando as quatro ligaes com o C). Os heterotomos so representados, assim como grupos funcionais, quando necessrios.

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    5.3 Frmula eletrnica ou de Lewis

    A frmula eletrnica ou representao de Lewis um tipo de frmula mais completa, mes-mo que no muito utilizada, pois dispende de muito tempo para ser representada. Representa todos os eltrons da ltima camada de cada tomo, bem como cada ligao (covalente simples, covalente mltipla e inica). Tal frmula tem sua origem na regra do octeto : cada tomo tende a ter sua camada de valncia (ltima camada contendo eltrons) completa.

    Observao : veremos posteriormente que h muitas substncias estveis nas quais a regra do octeto no obedecida.

    Representao de Lewis para o elemento qumico a representao dos eltrons da l-tima camada do tomo por (), ao redor do smbolo do elemento qumico.

    Hidrognio1eltronnaltimacamadaeletrnica.H

    Hlio2eltronsnaltimacamadaeletrnicaHe

    Oxignio6eltronsnaltimacamadaeletrnicaO

    Representao de Lewis para o composto para a representao nos compostos, utili-zado a sua frmula estrutural completa, onde os eltrons so mostrados na forma de pontos colocados na extremidade de cada trao que representa a ligao estabelecida entre os tomos. Nesse tipo de representao no so colocados os eltrons que no estabelecem ligaes qu-mica entre os tomos.

    Compostomolecular,ligaescovalentes.Comojmencionamos,umtraorepresen-taligaosimples,doistraosligaoduplaetrestraossligaotripla.

    Propanona

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    Compostoinico,ligaesinicas

    Iodeto de potssio

    cido sulfrico

    5.4 Frmula emprica

    Em qumica, frmula emprica de um produto qumico uma expresso simples do nmero relativo de cada tipo de tomo ou de relao dos elementos no composto. A frmula emprica constitui um padro para os compostos inicos, tais como o CaCl2, e para as macromolculas, tais como SiO2. Uma frmula emprica no faz nenhuma referncia a isomerismo ( GLOS-SARIO) , estrutura, ou nmero absoluto dos tomos.

    Por exemplo, hexano tem uma frmula molecular de C6H14, ou estrutural CH3CH2CH2 CH2CH2CH3, implicando que tem uma estrutura de cadeia de 6 tomos de carbono, e 14 tomos de hidrognio. Entretanto, a frmula emprica para o hexano C3H7. Do mesmo modo a frmula emprica para perxido de hidrognio, H2O2, simplesmente HO que expres-sa a relao de 1:1 de elementos componentes.

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    5.5 Outras representaes importantes numa frmula qumica

    Polmeros

    Polmero constitui repetio de uma unidade de estrutura molecular, por exemplo: uma molcula orgnica que descrita pela frmula CH3(CH2)50CH3. Ela indica que uma mol-cula com 50 unidades (CH2) repetidas.

    No caso do composto ter repeties de unidades ( por ex. CH2-), e o nmero unidades repetitivas for desconhecido ou varivel, a letra n pode ser usada como indicativo: exemplo CH3(CH2)nCH3.

    Istopos

    Para falarmos sobre istopos, inicialmente precisamos falar sobre nmero de massa (A) e nmero atmico (Z). O nmero de massa (A) corresponde soma do nmero de prtons e nutrons presentes no ncleo de um determinado tomo. O nmero atmico (Z) corresponde quantidade de prtons contidos no ncleo de um determinado tomo. tomos com um mes-mo nmero atmico correspondem ao mesmo elemento qumico, independentemente do n-mero de massa que apresentam. A representao de um determinado tomo X, que apresenta nmero atmico Z e nmero de massa A, segundo regras da IUPAC, dada pelo smbolo zaX.

    Istopos corresponde a um determinado elemento qumico com diferentes nmeros de massa. Os tomos podem ser classificados em radioativos (que em geral so mais instveis) e no radioativos. Por exemplo:

    11H, denominado de prtio o mais abundante na natureza (99,9%)e o mais estvel;

    12H, denominado de deutrio, presente cerca de 0,017% na natureza, istopo radiotivo e d origem s bombas de hidrognio;

    13H, denominado trtio, ocorre em quantidades menores e tambm radioativo.

    Outrosexemplosdeistoposradioativosesuaaplicao:

    235U92 usado para construir reatores nucleares e bombas atmicas.

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    60Co27 utilizado no tratamento de tumores.

    614C est presente numa proporo constante nos seres vivos, pelo seu tempo de meia--vida (~5600 anos) utilizado para verificar a provvel poca do cadver ou do fssil animal e vegetal.

    Os compostos na sua constituio tambm podem conter istopo radioativo, nesse caso esse deve ser mencionado na frmula. Por exemplo: o on fosfato que contem fsforo-32 radioativo deve ser escrito como: 32PO43-.

    Ao escrever equaes para as reaes nucleares, a indicao correta do istopo muito im-portante para mostrar claramente as variaes que ocorrem durante o processo.

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    6. As equaes qumicas

    Quando discutimos ou falamos de reaes qumicas, representamos as reaes atravs de equaes qumicas.

    A equao qumica o modo adequado de expressar a transformao qumica, quali e quan-titativamente, de maneira precisa e breve. Essa ferramenta tem como objetivo usar frmulas, dos reagentes e dos produtos, para representar o rearranjo dos tomos que ocorre nas reaes qumicas. Atravs de notaes especficas uma equao qumica tambm indica as trocas tr-micas que acompanham o fenmeno qumico, ou seja, se uma reao desprende ou absorve calor. Qualquer que seja a equao, porm, imprescindvel que represente os fenmenos que realmente ocorrem; contenha todas as substncias envolvidas na transformao, e obedea Lei da Conservao da Matria, enunciada por Lavoisier.

    As reaes nucleares (GLOSSRIO) so representadas atravs de equaes nucleares exi-bindo a transmutao (GLOSSRIO) de um elemento em outro, bem como todas as part-

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    culas envolvidas no processo nuclear. Num processo nuclear ocorre a conservao da soma da (massa + energia) envolvidas no processo. Qualquer que seja a equao, porm, imprescind-vel que represente os fenmenos que realmente ocorrem; contenha todas as substncias envol-vidas na transformao; e obedea lei da conservao da matria, enunciada por Lavoisier.

    6.1 Ferramentas das equaes qumicas

    Utilizando a equao qumica (equao simples) quando o hidrognio (H2) reage com o oxignio (O2) do ar para formar gua (H2O) (combusto).

    Escrevemos a equao qumica para essa reao, a saber:

    2 H2 + O2 2 H2O ou H2 + O2 H2O ( Equao 1 )

    Interpretamos o sinal + como reage com e a seta como produz. A esquerda da seta esto as frmulas das substncias de partida e a direta a frmula da substncia produzida, o produto. O uso da seta simples na equao qumica indica, tambm, que se trata de uma reao irreversvel.

    Uma dupla seta informa que a reao reversvel, ou seja, a reao ocorre nos dois sentidos. Nesse caso, a reao da esquerda para a direita dita direta; e a da direita para a es-querda inversa. Como exemplo, podemos citar a reao de produo da amnia a partir dos gases nitrognio e hidrognio.

    N2(g) + 3/2 H2(g) 2 NH3(g) (Equao 2)

    Os nmeros diantes das frmulas so os coeficientes, obtidos quando se faz o balanceamen-to da equao, que representam a quantidade relativa de cada substancia, ou seja, a equao est devidamente balanceada.

    Para especificar o estado fsico dos participantes da reao qumica usamos os smbolos (s), (l), (g), e (aq) para slido, lquido, gs e solues aquosas, respectivamente. Portanto a equao 1 pode ser escrita como:2H

    2(g) + O2(g) 2H2O(l)(Equao3)

    Algumas vezes as condies (como temperatura ou presso) sob as quais a reao ocorre

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    aparecem acima ou abaixo da seta da reao. O smbolo ( delta) , em geral, colocado acima da seta para indicar o uso de aquecimento. Por exemplo, a converso de calcrio em cal ocorre a 800C pode ser representada por:

    CaCO3(s)

    CaO(s) + CO2(g)(Equao4)

    Algumas vezes, um catalisador, substncia que aumenta a velocidade de uma reao, adi-cionado. Por exemplo, pentxido de vandio, V2O5, um catalisador usado numa das etapas do produo industrial do cido sulfrico. A presena do catalisador indicada escrevendo a sua frmula sobre a flecha da reao:

    2 SO2(g) + O2(g)

    52OV 2SO3(g)(Equao5)

    Equao termoqumica uma forma de se representar uma reao qumica, semelhante a uma equao qumica comum, no entanto ela informa a variao de entalpia resultante do processo, a presso e a temperatura ambiente, podendo informar tambm os estados fsicos dos reagentes e produtos. Quando no so informadas a presso e a temperatura, considera-se as condies ambiente (tambm chamada de estado ou condio padro de uma substncia), ondeP ( presso) = 1 atm e temperatura = 25C, ou 298K. Exemplo de reao termoqumica:

    H2(g)+O2(g)H2O(g)H=-240kJ/mol(Equao6)

    Onde:H=variaodaentalpiadosistemakJ/mol=unidadedeenergia

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    7. Nomenclatura dos compostos qumicos

    A Unio Internacional de Qumica Pura e Aplicada (International Union of Pure and Applied Chemistry, IUPAC) uma organizao no governamental internacional dedicada ao avano da Qumica. Foi criada em maro de 1919, em Genebra e tem como membros as so-ciedades nacionais de qumica. A IUPAC a autoridade reconhecida no desenvolvimento de padres para a denominao dos compostos qumicos, mediante o seu Comit Interdivisional de Nomenclatura e Smbolos (Interdivisional Committee on Nomenclature and Symbols).

    O sistema de nomeao dos compostos qumicos denominado Nomenclatura IUPAC. Todas as regras para se nomear um composto e as recomendaes menos extensas so publi-cadas regularmente no Journal of Pure and Applied Chemistry.

    Site de acesso a IUPAC www.iupac.org

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    7.1 Objetivos da nomenclatura qumica

    A funo primria da nomenclatura qumica garantir que cada nome se refira a apenas uma nica substncia. O nmero CAS (Glossrio) forma um exemplo extremo de nomes que no atendem a esta funo: cada um se refere a um nico composto simples mas nenhum contm informao sobre a estrutura ou formula quimica. Podemos adicionar [7647-14-5] alimentao, mas no [133-43-9]. A primeira forma o cloreto de sdio, a ltima o cianeto de sdio.

    Um nome comum muitas vezes ser suficiente para identificar um composto num conjunto particular de circunstncias. A palavra sal deve ser bem explicitado em relao a aplicao com o tipo e frmula qumica/nome, o que recomenda a IUPAC, pelas suas regras da no-menclatura, para compostos inorgnicos, que a frmula do composto sal de cozinha NaCl. Isso impede que qualquer outro sal seja confundido, como por exemplo o cianeto de sdio que tambm um sal.

    7.2 Alguns aspectos do desenvolvimento histrico

    Os nomes usados pelos alquimistas para vrios compostos qumicos no estavam efeti-vamente de acordo com os objetivos descritos no texto acima. Nomes como p de Algarrotti, sal de Alembroth, gua fagednica ou colcotar nada revelavam sobre os componentes de um produto qumico, ou sobre a relao entre os diferentes produtos. Termos como leo de trtaro pelo sino, leo de vitrolo, manteiga de antimnio ou flores de zinco so ainda mais indesejveis, porque nos conduzem a idias erradas. Longe de se relacionarem com leo, manteiga ou flores, tais produtos so, em sua maior parte, venenos violentos

    O primeiro sistema moderno de nomenclatura surgiu ao mesmo tempo que o de distino por Lavoisier entre elementos e compostos, no sculo XVIII. O qumico francs Louis--Bernard Guyton de Morveau publicou suas recomendaes em 1782, esperando que seu mtodo constante de denominao iria ajudar a inteligncia e aliviar a memria. O sistema foi refinado com a colaborao de Berthollet, de Fourcroy e Lavoisier, e promovido posteriormente num livro-texto. O projeto foi exposto por Berzelius, que adaptou as idias para a lingua alem. As recomendaes de Guyton cobriam apenas o que hoje conhecera-

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    mos como compostos inorgnicos. Com a expanso massiva da qumica orgnica por volta do final do sculo XIX e um maior entendimento das estruturas dos compostos orgnicos, a necessidade por um sistema de nomenclatura menos ad hoc foi sentida assim as ferramentas tericas se tornaram disponveis para tornar isto possvel. Uma conferncia internacional ocorreu em Genebra no ano de 1892, pelas sociedades de qumicas nacionais, os quais acei-taram amplamente as propostas de padronizao levantadas. Uma comisso foi formada em 1913 pelo Conselho Internacional de Associaes de Sociedades de Qumica, mas seu trabalho foi interrompido pela primeira guerra.

    Aps a guerra, a tarefa passou para a recm formada IUPAC, que inicialmente indicou comisses para nomenclatura orgnica, inorgnica e bioqumica, em 1921, e continua a faz-lo at hoje em dia. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Nomenclatura_IUPAC ).

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    8. Nomenclatura da IUPAC para compostos inorgnicos

    Os compostos inorgnicos esto agrupados em famlias qumicas segundo a sua es-trutura, ou seja, de acordo com determinados grupos de tomos neles existentes, os quais so responsveis pelos seus comportamentos qumicos.

    Foram estabelecido, assim, as seguintes famlias: xidos; cidos; hidrxidos; sais; hidretos.

    O nome do composto vem em funo da famlia qumica a que pertence de acordo com regras de nomenclatura oriundas da IUPAC.

    8 .1 Nomenclatura IUPAC para as classes de compostos inorgnicos

    Nomenclatura dos xidos

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    Os xidos so compostos binrios formados por oxignio e outro elemento qumico, podendo ser tanto de natureza inica como de natureza molecular.

    Os xidos inicos so formados por ons xido (O2-) e ions metlicos nas devidas pro-pores estequiomtricas, sendo o nome formado pelo termo xido seguido do nome do ion metlico presente.

    Exemplos de xidos metlicosFrmula qumica Frmula inica Nome

    Na2O (Na+)2O

    2- xidodesdio

    MgO Mg2+O2- xidodemagnsioZnO Zn2+O2- xidodezincoCuO Cu2+O2- xidodecobre(II)Fe2O3 (Fe

    3+)2(O2-)3 xidodeferro(III)

    Os xidos moleculares so formados por molculas em que entra, para alm do elemento oxignio, um elemento no metlico, tendo o seu nome o termo xido seguido do nome do no-metal, acrescentando um prefixo indicativo do nmero de tomos de oxignio ou do no-metal presentes na molcula.

    Exemplos de xidos molecularesFrmula qumica NomeCO monxidodecarbonoCO2 dixidodecarbonoSO2 dixidodeenxofreSO3 trixidodeenxofreSiO2 dixidodesilcioN2O4 tetrxidodedinitrognio

    Pode haver casos em que os xidos tenham presente o on O22-, o on superxido.Frmula qumica Frmula inica NomeNa2O2 (Na

    +)2O22- perxidodesdio

    CaO2 Ca2+O2

    2- perxidodeclcio

    H2O2 (H+)2O2

    2- perxidodehidrognio

    O perxido de hidrognio no sendo um composto inico, mas sim molecular, tem o seu nome escrito de acordo com as regras utilizadas para as frmulas inicas.

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    Nomenclatura dos cidos

    Os cidos so designados de hidrcidos, caso sejam substncias formados por hidrog-nio e no-metais, ou de oxocidos, caso contenham oxignio e no-metais.

    Por ao da gua, as suas molculas sofrem uma ionizao, com extenso varivel consoante a fora do cido, originando ions hidrognio, H+, isto , protons, e ons correspondentes ao resto da molcula.

    Substncia molecular Equao de ionizao

    HCl(cloretodehidrognio) cidoclordrico:HCl(aq)H+

    (aq) + Cl-

    (aq)

    HClO(hipocloritodehidrognio) cidohipocloroso:HClO(aq)H+

    (aq) + ClO-

    (aq)

    HClO2(cloritodehidrognio) cidocloroso:HClO2(aq)H+(aq)

    + ClO2-(aq)

    HClO3(cloratodehidrognio) cidoclrico:HClO3(aq)H+(aq)

    + ClO3-(aq)

    HClO4(percloratodehidrognio) cidoperclrico:HClO4(aq)H+(aq)

    + ClO4-(aq)

    HNO3 (nitratodehidrognio) cidontrico:HNO3(aq)H+(aq)+NO3

    -(aq)

    H3PO4 (fosfatodehidrognio) cidofosfrico:H3PO4(aq)3H+(aq)

    + PO43-(aq)

    H2SO3 (sulfitodehidrognio) cidosulfuroso:H2SO3(aq)2H+(aq)

    + SO32-(aq)

    H2SO4 (sulfatodehidrognio) cidosulfrico:H2SO4 (aq)2H+(aq)

    + SO42-(aq)

    Pela definio de Arrhenius, cido toda a substncia que em soluo aquosa fornece pr-tons. A nomenclatura do cido:

    quando o nome do cido termina em drico,onomedoanionterminaemeto

    quando o nome do cido termina em ico,onomedoanionterminaemato

    quando o nome do cido termina em oso,onomedoanionterminaemito

    Algumas vezes o mesmo no-metal forma cidos diferentes, deste modo haver um nmero de tomos de oxignio presentes na molcula diferente.

    Se forem apenas dois os cidos que divergem no nmero de tomos de oxignio, o mais oxigenado termina em ico e o menos oxigenado termina em oso. Se forem mais de dois os cidos nestas condies, a fim de os distinguir a todos, acrescenta-se ao nome respectivo o prefixo hipo, para o que tiver menos tomos de oxignio e o prefixo per, para o que tiver mais tomos de oxignio.

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    Nomenclatura dos hidrxidos

    Os hidrxidos so constitudos por ions metlicos (ctions) e ions hidrxido (anions) OH-, possuindo as suas solues aquosas propriedades bsicas ou alcalinas.

    O seu nome forma-se acrescentando ao termo hidrxido o nome do ction metlico pre-sente.

    Por definio, base toda a substncia que em soluo aquosa origine ions hidrxido, OH-, embora numa definio mais abrangente base seja toda a substncia que funcione como um aceitador de prtons.

    Frmula qumica Frmula inica NomeNaOH Na+OH- hidrxidodesdio

    KOH K+OH- hidrxidodepotssio

    Mg(OH)2 Mg2+(OH-)2 hidrxidodemagnsio

    Ca(OH)2 Ca2+(OH-)2 hidrxidodeclcio

    Al(OH)3 Al3+(OH-)3 hidrxidodealumnio

    Nomenclatura dos sais

    Os sais so compostos inicos constitudos por ctions, excetuando o on hidrognio H+, e por anions, excetuando o on hidrxido OH-.

    O nome de um sal obtm-se acrescentando ao nome do anion o nome do ction.Frmula

    qumicaAnion presente Cation presente Nome

    KCl Cl- - on cloreto K+ cloreto de potssio

    CuSO4 SO42- - on sulfato Cu2+ sulfatodecobre(II)

    NaNO3 NO3- - on nitrato Na+ nitrato de sdio

    PbCO3 CO32- - on carbonato Pb2+ carbonato de chumbo

    CaF2 F--onfluoreto Ca2+ fluoretodeclcio

    AlPO4 PO43- - on fosfato Al3+ fosfato de alumnio

    ZnBr2 Br- - on brometo Zn2+ brometodezinco

    Se a estrutura cristalina de um sal no contiver molculas de gua incorporadas ele deno-minado anidro. o caso dos sais citados no quadro anterior.

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    Se a estrutura possuir molculas de gua incorporadas este denomionado hidratado. O nome destes sais igual ao dos sais anidros mas acrescido do prefixo indicativo do nmero de molculas de gua representadas na frmula qumica.

    Frmula qumica NomeCuCl2.2H2O cloretodecobre(II)dihidratado

    MnSO4.4H2O sulfatodemanganstetrahidratado

    Mg(NO3)2.7H2O nitratodemagnsioheptahidratado

    FeCl3.6H2O cloretodeferro(III)hexahidratado

    CuSO4.5H2O sulfatodecobre(II)pentahidratado

    Nomenclatura dos hidretos

    Os hidretos so compostos, alguns de natureza inica, outros de natureza molecular, de-pendendo da ligao estabelecida entre os tomos, funo da diferena de electronegatividade entre eles.

    Um hidreto inico caracteriza-se pela presena do on hidreto, anion H-, acompanhado de um ction metlico, sendo o seu nome formado atravs da adio ao termo hidreto ao nome do ction metlico presente na substncia.

    Frmula qumica Frmula inica NomeNaH Na+H- hidreto de sdio

    KH K+H- hidreto de potssio

    CaH2 Ca2+(H-)2 hidreto de clcio

    Hidreto molecular um hidreto em que a diferena de electronegatividade entre o tomo de hidrognio e o tomo metlico a que se liga determina a formao de uma ligao cova-lente, sendo a frmula qumica igual frmula molecular. O nome obtm-se acrescentando o nome do tomo metlico ao termo hidreto.

    Frmula qumica Nome

    LiH hidreto de ltio

    BeH2 hidreto de berlio

    BH3 hidreto de boro

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    9. Nomenclatura dos Compostos Orgnicos

    A nomenclatura oficial para compostos orgnicos comeou a ser criada em 1892 em um congresso internacional em Genebra. Desde ento as regras da nomenclatura sistemtica de compostos orgnicos vem sendo continuamente aprimoradas. Tais regras so muito abran-gentes e, por vezes, de uso complexo em conseqncia das variaes possveis em estruturas orgnicas.

    Nas descries das regras de nomenclatura para compostos orgnicos aparecem as ter-minologias Funo Orgnica e Grupo funcional, as quais significam:

    Funo Orgnica: um conjunto de substncias com propriedades qumicas semelhantes (pro-priedades funcionais).

    Grupo funcional: o tomo ou grupo de tomos responsvel(eis) pelas propriedades qumicas dos compostos pertencentes a uma determinada funo qumica.

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    Apesar de a nomenclatura IUPAC ser a oficial, existe outros tipos de nomenclatura como, por exemplo, a nomenclatura usual (nome no sistemtico). Mais de um sculo aps a primei-ra reunio da IUPAC visando a unificao das regras de nomenclatura, muitos nomes triviais ainda persistem e alguns so aceitos pela IUPAC.

    9.1 Fundamentos da Nomenclatura para Compostos Orgnicos:

    Segundo as regras, o nome de um composto orgnico formado unindo trs fragmentos:

    Prefixo + Sufixo + Afixo

    Prefixo: indica o nmero de tomos de carbono pertencentes a cadeia principal.

    1C=met 6C=hex 11C=undec

    2C=et 7C=hept 12C=dodec

    3C=prop 8C=oct 13C=tridec

    4C=but 9C=non 15C=pentadec

    5C=pent 10C=dec 20C=eicos

    Infixo ou Afixo: indica o tipo de ligao entre os carbonos: todassimples=an duasduplas=dien

    umadupla=en trsduplas=trien

    umatripla=in duastriplas=diin

    Sufixo: indica a funo qumica do composto orgnico: Funo Sufixo

    hidrocarboneto olcool olaldedo alcetona ona

    cidocarboxlico icoamina aminater xi

    9.2 Regras de Nomenclatura

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    A nomenclatura dos compostos orgnicos ser apresentada com base nas regras estabeleci-das pela IUPAC para os hidrocarbonetos em geral e para as principais funes orgnicas.

    9.2.1 Hidrocarbonetos (CxHy)

    Os hidrocarbonetos so constitudos exclusivamente por carbono e hidrognio, portanto possuem frmula geral: CxHy.

    Os hidrocarbonetos so muito importantes porque formam o esqueleto das demais fun-es orgnicas. Os hidrocarbonetos esto divididos em vrias classes, dentre as quais merecem destaque os alcanos, alcenos (alquenos), alcinos (alquinos), alcadienos, cicloalcanos, cicloalce-nos e os hidrocarbonetos aromticos.

    Nomenclatura dos alcanos de cadeia normal

    Junta-se o prefixo + o infixo + o sufixo o. Por exemplo: metano, etano, propano, butano, pentano, hexano, heptano, octano, nonano, decano, undecano, dodecano etc.

    CH3CH3 - etano : et an o funo hidrocarboneto

    ligao simples na cadeia

    2 tomos de carbono

    Grupos ou Grupamentos derivados dos alcanos.

    Grupamento: a estrutura que resulta ao se retirar um ou mais tomos de uma molcula. Grupamento alquil(a) ou alcoil(a) o grupamento formado a partir de um alcano pela retirada de um tomo de hidrognio.

    Apesar de a palavra radical ser muito usada ela est errada, o nome correto grupo ou grupamento: grupo metil (correto), radical metil (errado).

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    Para dar nome a um alcano ramificado, basta voc seguir as seguintes regras estabeleci-das pela IUPAC:

    1) Considerarcomocadeiaprincipal,acadeiacarbnicamaislongapossvel;seh

    maisdeumacadeiademesmocomprimento,escolhacomocadeiaprincipalamais

    ramificada.

    2)Numeraracadeiaprincipaldeformaqueasramificaesrecebamosmenoresn-merospossveisregra dos menores nmeros(Glossrio).

    3)Elaboraronomedohidrocarbonetocitandoasramificaesemordemalfabtica,

    precedidospelos seusnmerosde colocaona cadeiaprincipal e finalizar como

    nomecorrespondenteacadeiaprincipal.

    4)Osnmerosdevemserseparadosunsdosoutrosporvrgulas.

    5)Osnmerosdevemserseparadosdaspalavrasporhfens.

    No caso de haver dois, trs, quatro, etc. grupos iguais ligados na cadeia principal, devem ser utilizados os prefixos di, tri, tetra, etc. na frente dos nomes dos grupos. Os prefixos di, tri, tetra, iso, sec, terc, neo no so levados em considerao na colocao dos nomes em ordem alfabtica.

    Nomenclatura dos Alcenos ou Olefinas

    Alcenos, alquenos, olefinas ou hidrocarbonetos etenilnicos so hidrocarbonetos de cadeia aberta (acclicos) contendo uma nica dupla ligao. Possuem frmula geral CnH2n .

    Nomenclatura dos alcenos de cadeia normal e de cadeia ramificada

    muito semelhante nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminao ano do alcano por eno .

    1)Acadeiaprincipalamaislongaquecontmaduplaligao.

    2)Anumeraodacadeiaprincipalsemprefeitaa partir da extremidade mais prxima

    da dupla ligao,independentementedasramificaespresentesnacadeia.Nonome

    doalcenoaposiodadupladadapelonmerodoprimeirocarbonodadupla;esse

    nmeroescritoantesdonomedoalceno.

    3)Sehouvermaisdeumapossibilidadeparaacadeiaprincipaladota-searegrados

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    menoresnmeros.

    Nomenclatura dos Alcinos ou Alquinos

    Alcinos, alquinos ou hidrocarbonetos acetilnicos so hidrocarbonetos acclicos contendo uma nica ligao tripla. Possuem frmula geral CnH2n-2.

    Nomenclatura dos alcinos de cadeia normal e de cadeia ramificada

    semelhante a nomenclatura utilizada para os alcanos. Troca-se a terminao ano do alcano por ino.

    1)Acadeiaprincipalamaiorcadeiaquecontenhaaligaotripla.

    2)Anumeraodacadeiafeitaapartirdaextremidademaisprximadaligao

    tripla.(Asoutrasregrasvistasparaosalcenostambmvalemparaosalcinos).

    Nomenclatura dos Alcadienos

    So hidrocarbonetos acclicos (abertos) contendo duas duplas ligaes. Possuem frmula geral: CnH2n-2.

    Nomenclatura dos alcadienos de cadeia normal e de cadeia ramificada 1)AnomenclaturaIUPACfeitacomaterminaodieno.

    2)Acadeiaprincipalamaislongapossveledeveconterasduasduplasligaes.

    3)Anumeraodacadeiaseiniciapelaextremidademaisprximadasduplasliga-esdeformaqueasduplasligaesfiquemcomosmenoresnmerospossveis.

    4)Emcasodeempatenaposiodasduplasligaes,deve-senumeraracadeiade

    formaqueasramificaesfiquemcomosmenoresnmerospossveis;

    Nomenclatura dos Ciclanos ou Cicloalcanos ou Ciclo-parafinas

    So hidrocarbonetos de cadeia cclica (fechada) e saturada. Possuem frmula geral CnH2n onde n deve ser maior ou igual a 3.

    Nomenclatura dos ciclanos de cadeia normal e de cadeia ramificada 1)Onomedadoadicionando-seoprefixocicloaonomedoalcanocorrespondente;

    2)Quandoacadeiaforramificada,anumeraodacadeiaseiniciaapartirdarami-ficaomais simplese segue-seosentidohorrioouanti-horrio,demaneiraa se

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    respeitararegradosmenoresnmeros;

    3)Asramificaesdevemsercitadasemordemalfabtica;

    Nomenclatura dos Ciclenos ou Ciclo-Alquenos ou Ciclo-Olefinas

    So hidrocarbonetos cclicos com uma dupla ligao. A frmula geral CnH2n-2;

    Nomenclatura dos ciclenos de cadeia normal e de cadeia ramificada 1)Onomedadoadicionando-seoprefixocicloaonomedoalcenocorrespondente;

    2)Quandoacadeiaforramificada,anumeraodacadeiaseiniciaapartirdocarbono

    daligaodupla(adupladeveficarentreocarbono1e2)esegue-seosentidohorrio

    ouanti-horrio,demaneiraaserespeitararegradosmenoresnmeros;

    3)Asramificaesdevemsercitadasemordemalfabtica;

    Nomenclatura dos Hidrocarboneto Aromtico

    So os hidrocarbonetos que possuem um ou mais anis benznicos, que tambm so cha-mados de anis aromticos.

    1)AnomenclaturaIUPACconsideraoshidrocarbonetosaromticoscomoderivados

    dobenzeno;

    2)Quandooanelbenznicopossuimaisdeumaramificao,anumeraodacadeia

    seiniciaapartirdaramificaomaissimplesesegue-seosentidohorrioouanti--horrio,demaneiraaserespeitararegradosmenoresnmeros;

    3)Quandooanelbenznicopossuirduasramificaes,iguaisoudiferentes,pode-se

    usar a nomenclatura orto,meta, para,aoinvsdenumeraroanelbenznico.Aposi-o1,2passaaserindicadaporortoousimplesmenteporo,aposio1,3passaaser indicada por metaousimplesmentepormefinalmenteaposio1,4passaaserindicada por paraousimplesmenteporp.

    4)Asramificaesdevemsercitadasemordemalfabtica.

    9.2.2 Nomenclatura das Principais Funes Orgnicas:

    lcool (R-OH) (OH ligado a carbono saturado)

    Onde R= grupo ou grupamento orgnico.

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    Nomenclatura oficial da IUPAC:1)Troca-seaterminaodohidrocarbonetocorrespondenteporol;

    2)Acadeiaprincipalamaiorfiladetomosdecarbonoquecontenhaahidroxila;

    3)Quandohouvermaisdeumapossibilidadeparaaposiodahidroxila,estadeve

    sernumerada;

    4)Anumeraodahidroxilaseiniciapelaextremidademaisprximadamesma.

    Em molculas complexas, a hidroxila pode ser considerada como uma ramificao cha-mada hidrxi. Nos lcoois insaturados a regra estabelece que destaca-se a posio da insatura-o + hidrocarboneto correspondente + posio do OH + ol. Para dilcool (terminao: diol); trialcool (terminao: triol) etc.

    Nomenclatura usual - Usa-se a palavra lcool + nome do grupo ligado a hidroxila + termi-nao ico . Exemplo: lcool etlico.

    ter (R-O-R ou Ar-O-Ar)

    Onde R= grupo ou grupamento orgnico; Ar = anel aromtico ou anel benznico.

    Nomenclatura oficial da IUPAC - Nome do grupo menor seguido do sufxo xi + hidrocar-boneto correspondente ao grupo maior.

    Nomenclatura usual - A palavra ter o nome do grupo menor + o nome do grupo maior + sufixo ico

    Fenol (Ar-OH)

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    prefixo hidroxi + nome do hidrocarboneto.

    Havendo necessidade de numerao, esta se inicia pela hidroxila e segue o sentido dos me-nores nmeros. O nmero 1 atribudo a hidroxila pode ser omitido.

    Nomenclatura usual - O hidrxi-benzeno chamado de Fenol e todos os outros fenis so considerados como seus derivados.

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    Aldedo (H-COH ou R-COH ou Ar-COH)

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    Troca-se a terminao do hidrocarboneto correspondente por al. A numerao se inicia pelo carbono do grupo funcional.

    Nomenclatura usual

    Os aldedos possuem nomes usuais correspondentes aos nomes usuais dos cidos carbox-licos: metanal (aldedo frmico ou formaldedo); etanal (aldedo actico ou acetaldedo); etanodial (aldedo oxlico ou axaldedo); fenil-metanal (aldedo benzico ou benzaldedo) etc.

    Cetona (R-CO-R ou R-CO-Ar ou Ar-CO-Ar)

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    Troca-se a terminao do hidrocarboneto correspondente por ona. A numerao da cadeia se inicia pela extremidade mais prxima da carbonila (-CO-).

    As cetonas insaturadas tm o nome iniciado pela posio da insaturao + hidrocarboneto correspondente + posio da carbonila + ona.

    Nomenclatura usual

    Usa-se o nome do grupo menor seguido pelo do grupo maior e depois a palavra cetona

    cido Carboxlico (H-COOH ou R-COOH ou Ar-COOH)

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    Troca-se a terminao do hidrocarboneto correspondente por ico. Inicia-se pela palavra cido + hidrocarboneto correspondente + ico;

    Nomenclatura usual

    A nomenclatura usual dos cidos carboxlicos est relacionada com a origem do cido ou de suas propriedades: cido metanico (cido frmico); cido etanico (cido actico); cido propa-nico (cido propinico); cido butanico (cido butrico); cido etanodiico(cido oxlico) etc.

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    ster (H-COO-R ou R-COO-R ou Ar-COO-R ou Ar-COO-Ar)

    Nomenclatura o ficial da IUPAC

    Substitui-se a terminao ico do cido carboxlico correspondente por ato e acrescenta-se o nome do grupamento ligado ao oxignio. O nome do grupamento deve terminar com ila e no com il. Ex.: metila, etila etc.

    Nomenclatura usual

    A exemplo dos aldedos est baseada na nomenclatura dos cidos carboxlicos: metanoato = formiato; etanoato = acetato; propanoato = propionato.

    Amina (R-NH2 ou R-NH-R ou R-NR-R)

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    Nome do grupo ligado ao N + palavra amina. Os grupamentos ligados ao N devem ser colo-cados em ordem alfabtica. Em molculas complexas o grupamento caracterstico das aminas pode ser considerado uma ramificao chamada de amino.

    Amida (H-CONH2 ou R-CONH2 ou Ar-CONH2; ou H-CONH-R ou R-CONH-R ou Ar--CONH-R; ou H-CONR-R ou R-CONR-R ou Ar-CONR-R)

    So compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    Troca-se a terminao ico do cido carboxlico correspondente por amida.

    Nitrila (R-CN ou Ar-CN)

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    D-se o nome do hidrocarboneto correspondente, acrescentando-lhe a terminao nitrila,

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    (hidrocarboneto correspondente + nitrila).

    Nomenclatura Usual Cianeto de (nome do grupamento ligado ao -CN).

    Nitrocompostos (R-NO2 ou Ar-NO2)

    Nomenclatura oficial da IUPAC - Usa-se o prefixo Nitro antecedendo o nome do hidrocarboneto que origina o nitrocomposto (Nitro + hidrocarboneto correspondente)

    Haleto Orgnico (Compostos derivados dos hidrocarbonetos pela substituio de um ou mais hidrognios por halognios(F, Cl, Br, I).

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    Os haletos so considerados como derivados dos hidrocarbonetos correspondentes. O nome do halognio antecede ao nome do hidrocarboneto como se fosse um grupamento qualquer. Se na cadeia existir apenas halognios como ramificaes, a numerao da cadeia se inicia pela extremidade mais prxima destes, mas se existir qualquer outro grupo ligado a cadeia princi-pal a numerao se inicia pela extremidade onde seja possvel se obter os menores nmeros possveis.

    Nomenclatura usual: Usam-se as palavras cloreto de, brometo de, etc., seguidas do nome do gru-pamento orgnico ligado ao halognio. Anidrido- So compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:

    Os anidridos so considerados como derivados dos cidos carboxlicos. Nos anidridos com cadeias carbnicas iguais, deve-se mencionar o nome do cido correspondente, precedido da palavra Anidrido. Quando o anidrido possuir cadeias diferentes deve-se escrever primeiro o nome do menor cido existente;

    Sal Orgnico- Compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:

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    Nomenclatura oficial da IUPAC

    Substitui-se a terminao ico do cido carboxlico correspondente por ato e acrescenta-se o nome do metal ligado ao oxignio.

    Nomenclatura usual

    Est baseada na nomenclatura usual dos cidos carboxlicos: metanoato = formiato; etanoato = acetato; propanoato = propionato;

    Compostos de Grignard - Compostos que apresentam o seguinte grupo funcional:

    Nomenclatura Oficial da IUPAC

    Usa-se o nome do haleto (cloreto, brometo, iodeto) de (grupo ligado ao Mg) + Magnsio.

    cidos sulfnicos (R-SO3H ou Ar-SO3H)

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    Nomenclatura oficial da IUPAC

    cido +(nomedohidrocarbonetocorrespondente)+sulfnico

    Tiol ou Tioalcool (R-SH). O oxignio da funo lcool substitudo pelo enxofre.

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    Oprefixotio indicaasubstituiodeumoxignioporumenxofre.Anomenclaturasemelhanteadoslcooiscorrespondentestrocando-seaterminaool por tiol.

    Nomenclatura usual

    Ogrupo-SHdenominadomercaptana:(nomedogrupo)+mercaptana;

    Tioter (R-S-R ou Ar-S-Ar). O oxignio da funo ter substitudo pelo enxofre.

    Nomenclatura oficial da IUPAC

    O prefixo tio indica a substituio de um oxignio por um enxofre. A nomenclatura se-melhante a dos teres correspondentes trocando-se a terminao xi por tio.

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    Bibliografia Consultada

    SACKS, O. W. Tio tungstnio:memrias de uma infncia qumica; traduo Laura Tei-xeira Motta. So Paulo: Companhia das Letras, 2002.

    RUSSEL, J. B. Qumica Geral; traduo de Marcia Guekezian ... [et al.]. v. I e II; 2 ed. So Paulo: Makron Books, 1994.

    PERUZZO, F. M. e CANTO, E. L. Qumica uma abordagem do cotidiano; 4 ed. V. I, II, III. So Paulo: Editora Moderna , 2006.

    RUIZ, A. G. , GUERRERO, J. A. C. Qumica; traduo de Giovanni S. Crisci. So Pau-lo: Pearson Education do Brasil, 2002.

    VANIN, J. A. Alquimistas e qumicos: o passado, o presente e o futuro. So Paulo: Mo-derna, 2005.

    LAVOISIER, A-L.,1743-1794 Tratado elementar de qumica; traduo Flvio Lubisco. So Paulo: Madras, 2007.

    DICIONRIO DA LNGUA PORTUGUESA. Enciclopdia Barsa Universal, So Paulo: Barsa Planeta Internacional Ltda., 2010. ISBN 85-7518-255-2 (volume 2).

    MACHADO, A. H. Aula de qumica: discurso e conhecimento. Iju; Ed. Uniju, 1999.

    http://www.knoow.net/ciencsociaishuman/filosofia/linguagem.htm

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Nomenclatura_IUPAC

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    Autoria:

    Vnia Martins Nogueira

    Camila Silveira da Silva

    Olga Maria Mascarenhas Faria Oliveira

    Ficha da Disciplina:

    Linguagem Qumica

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    Vnia Martins Nogueira

    Doutora em Qumica. UNESP , Instituto de Qumica, Departamento de Qumica Ge-ral e Inorgnica, Araraquara-SP.

    Camila Silveira da Silva

    Mestre em Educao para a Cincia. Doutoranda do Programa Educao para a Cincia da UNESP, Faculdade de Cincias, Bauru-SP. Professora (Bolsista Didtico) da UNESP, Instituto de Qumica, Departamento de Qumica Geral e Inorgnica, Araraquara-SP.

    Olga Maria Mascarenhas Faria Oliveira

    Livre-Docente em Qumica. UNESP, Instituto de Qumica, Departamento de Bioqu-mica e Tecnologia Qumica, Araraquara-SP.

    Resumo

    Na disciplina abordamos o tema Linguagem Qumica com o objetivo de destacar a im-portncia do conhecimento dos termos e ferramentas adequadas para o entendimento da Qumica. Desse modo, teremos condies de aprender e transmitir melhor os conceitos e fenmenos qumicos. A disciplina inicia com a definio geral do conceito linguagem, extrap-ola para linguagem qumica e destaca a importncia do uso correto de termos e representaes em qumica. Atravs de um breve relato histrico mostramos a evoluo dos smbolos dos elementos qumicos, desde os alquimistas at os tempos mais recentes, bem como dos nomes desses elementos. As representaes dos compostos tambm so abordadas, apresentando as que caram em desuso e passando as regras das frmulas atuais. Finalizando a disciplina apre-sentamos as regras de nomenclatura definidas pela IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry ) para os compostos inorgnicos e orgnicos.

    Palavras chave:

    linguagem, smbolos qumicos, frmulas qumicas, regras de nomenclatura.

  • UNESP Universidade Estadual PaulistaPr-Reitoria de Ps-GraduaoRua Quirino de Andrade, 215CEP 01049-010 So Paulo SPTel.: (11) 5627-0561www.unesp.br

    Governo do Estado de So Paulo Secretaria de Estado da EducaoCoordenadoria de Estudos e Normas PedaggicasGabinete da CoordenadoraPraa da Repblica, 53CEP 01045-903 Centro So Paulo SP

  • GOVERNODOESTADODESOPAULOGovernador

    GeraldoAlckmin

    SECRETARIADEDESENVOLVIMENTOECONMICO,CINCIAETECNOLOGIA

    SecretrioPauloAlexandreBarbosa

    UNIVERSIDADEESTADUALPAULISTA

    ReitorAfastadoHermanJacobusCornelisVoorwald

    Vice-ReitornoExercciodaReitoriaJulioCezarDurigan

    ChefedeGabineteCarlosAntonioGamero

    Pr-ReitoradeGraduaoSheilaZambellodePinho

    Pr-ReitoradePs-GraduaoMarilzaVieiraCunhaRudge

    Pr-ReitoradePesquisaMariaJosSoaresMendesGiannini

    Pr-ReitoradeExtensoUniversitriaMariaAmliaMximodeArajo

    Pr-ReitordeAdministraoRicardoSamihGeorgesAbiRached

    SecretriaGeralMariaDalvaSilvaPagotto

    FUNDUNESP - Diretor Presidente LuizAntonioVane

  • Pr-Reitora de Ps-graduaoMarilza Vieira Cunha Rudge

    Equipe CoordenadoraElisa Tomoe Moriya Schlnzen

    Coordenadora PedaggicaAna Maria Martins da Costa Santos

    Cludio Jos de Frana e SilvaRogrio Luiz Buccelli

    Coordenadores dos CursosArte: Rejane Galvo Coutinho (IA/Unesp)

    Filosofia: Lcio Loureno Prado (FFC/Marlia)Geografia: Raul Borges Guimares (FCT/Presidente Prudente)

    Antnio Cezar Leal (FCT/Presidente Prudente) - sub-coordenador Ingls: Mariangela Braga Norte (FFC/Marlia)

    Qumica: Olga Maria Mascarenhas de Faria Oliveira (IQ Araraquara)

    Equipe Tcnica - Sistema de Controle AcadmicoAri Araldo Xavier de Camargo

    Valentim Aparecido ParisRosemar Rosa de Carvalho Brena

    Secretaria/AdministraoMrcio Antnio Teixeira de Carvalho

    NEaD Ncleo de Educao a Distncia(equipe Redefor)

    Klaus Schlnzen Junior Coordenador Geral

    Tecnologia e InfraestruturaPierre Archag Iskenderian

    Coordenador de Grupo

    Andr Lus Rodrigues FerreiraGuilherme de Andrade Lemeszenski

    Marcos Roberto GreinerPedro Cssio Bissetti

    Rodolfo Mac Kay Martinez Parente

    Produo, veiculao e Gesto de materialElisandra Andr Maranhe

    Joo Castro Barbosa de SouzaLia Tiemi Hiratomi

    Lili Lungarezi de OliveiraMarcos Leonel de Souza

    Pamela GouveiaRafael Canoletti

    Valter Rodrigues da Silva

    Marcador 11. Linguagem 2 . A Linguagem Qumica3. Os Smbolos Qumicos4. O Nome dos Elementos5. Frmula Qumica6. As equaes qumicas 7. Nomenclatura dos compostos qumicos8. Nomenclatura da IUPAC para compostos inorgnicos9. Nomenclatura dos Compostos Orgnicos Bibliografia Consultada

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