Linguistica Da Internet Introduc o

  • Upload
    deb

  • View
    8

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O presente trabalho origina-se, parcialmente, de tese dedoutorado, defendida na Universidade de Brasília (UnB). Além disso,incorpora outros textos decorrentes da prática da pesquisadora.O livro estrutura-se em cinco capítulos, que abordam desde oconceito de letramento informacional até estratégias de ensino--aprendizagem e questões práticas. Trata-se de uma publicação delivre acesso, em caráter experimental.

Citation preview

  • IntroduoPor uma Lingustica da Internet

    Tnia G. SalisTania G. Shepherd

    A histria j demonstrou que a sociedade muda quando novas invenes so intro-duzidas no nosso dia a dia. Antes de integrarem nossas vidas de forma imperceptvel, tecnologias como a TV, o celular e o computador causaram um imenso impacto: o que era previsvel e confortvel tornou-se instvel e imprevisvel. Hoje, quando olhamos para essas tecnologias, raramente nos perguntamos qual a sua contribuio. S que no conseguimos viver sem elas.

    A ltima fronteira na qual o tecnolgico vem impactando a sociedade a internet. Nela h mais de 1.000 lnguas representadas. Segundo estatsticas publicadas pelo site Internet World Stats, as dez lnguas mais usadas at 2011 foram o ingls, o chins, o espanhol, o japons, o portugus, o alemo, o rabe, o francs, o russo, o coreano, nessa ordem, so-mando aproximadamente sete milhes de internautas engajados social e culturalmente na construo do sentido. Na internet h tambm uma crescente expanso de mdias de toda natureza: as mais colaborativas, como as wikis, as mais dedicadas ao compartilhamento, como o YouTube, e as mais interacionais, como os Blogs, Twitter, Tumblr e Facebook. medida que a internet expande essa infra-estrutura, atende a necessidades de comunicao, criando novas formas de colaborao, compartilhamento e interao.

    A Lingustica no poderia ignorar esse espao. Que rea de conhecimento analisaria o discurso dos blogs? Ou discutiria as vozes presentes na internet e as identidades nela projetadas discursivamente? Ser que os instrumentos descritivos e metodolgicos dis-ponibilizados para anlise da comunicao face a face proveem adequao explanatria para o que acontece na interao em mdia digital? E conceitos tericos, como piso conversacional, sincronia, diacronia, fluxo de tpico, do conta dos processos de cons-truo de sentido na Comunicao Mediada por Computador (CMC)? Este livro aborda essas questes, examinando o uso da linguagem em meios digitais, assim como questes tericas e metodolgicas prementes, em face do desafio oferecido pela internet e pelo internets. Nessa tarefa, alinhamo-nos a David Crystal, que contribui para o volume, e propomos no uma Lingustica atuando na internet, mas uma internet com uma Lingus-tica prpria que d conta da crescente produo discursiva digital em lngua portuguesa.

  • 8 Lingustica da Internet

    Mas o que afinal vem a ser a Lingustica da Internet?

    Uma resposta reducionista : uma Lingustica de base emprica, de natureza aplicada, cujo ponto de partida o uso da linguagem e no os linguistas. Apoia-se em todas as subreas da prpria Lingustica, examinando o discurso, a sintaxe, a semn-tica, a sociolingustica, a pragmtica e a psicolingustica da internet. Dessa forma, busca entender como, por que e atravs de quem e de que output d-se a construo do sentido em ambientes digitais.

    Isso implica suspender dicotomias consagradas pela Lingustica como fala versus escrita, pois o meio as implodiu, e estudar as propriedades tpicas da linguagem na internet, assim como seus propsitos e efeitos. Uma anlise capi-taneada pela Lingustica da Internet incluiria uma gramtica do meio eletrnico (e-gramtica) e anlises dos efeitos gerados por lnguas e culturas em contato a partir das perspectivas sociolingustica e pragmtica. Como fenmeno global, a internet exige um olhar holstico, comparativo; mas como a Lingustica da Internet encontra-se em seus estgios iniciais, ainda precisa dar conta de mincias relati-vas aos usos que participantes de culturas especficas fazem de suas ferramentas: por exemplo, falantes de lnguas menos presentes na internet parecem us-la de maneiras culturalmente inscritas.

    Essa necessidade de desenvolvermos novos conceitos e posturas metodolgicas para a anlise da linguagem em ambientes digitais j havia sido apontada por David Crystal. Em vrias de suas publicaes mais recentes, demonstrou perplexidade diante da incapacidade dos atuais instrumentos descritivos em lidar com o fenme-no da comunicao em meios digitais ou CMD. Demonstrou ainda a necessidade de os linguistas trabalharem nessa seara especialmente em outras lnguas que no o ingls , tendo em vista que o assunto carece de direcionamentos. A ideia deste livro surgiu da, ao constatarmos essa lacuna na literatura em Lingustica, principalmente no contexto brasileiro.

    Questes ainda por investigar, motivadas por nossa prpria experincia com as novas tecnologias no contexto educacional e na anlise de discurso digital, proporcio-naram ao projeto uma direo em seus vrios estgios de desenvolvimento. Igualmente importante foi nossa crena que entender contextos e padres interacionais, registros, rituais pragmticos e os recursos discursivos da CMD constitui condio sine qua non para darmos conta da sociedade em que vivemos e de questes inerentes Lingustica, como a relao entre linguagem, sociedade e cognio.

  • Introduo 9

    Organizao do volume

    Os estudos aqui reunidos discutem mdias interacionais, o internets, conceitos e terminologia associados ao estudo da linguagem nos meios digitais; caractersticas lingusticas do discurso e da interao nas comunidades digitais em ingls e portugus; analisam chats, blogs, twitters, mensagens instantneas e anncios pessoais eletrni-cos luz de conceitos lingusticos e da multidimensionalidade da linguagem. Alm disso, avanam ideias sobre os tipos de letramento surgidos na era digital e design de atividades acadmicas on-line no ensino de lnguas a distncia. Embora tenhamos organizado o volume em trs partes, de acordo com o tipo de anlise e contribuio que cada autor oferece, os captulos so autnomos e abordam temticas especficas. O leitor pode escolher l-los em sequncia ou individualmente.

    Parte I: Desvelando a Lingustica da Internet

    Esta parte do volume tem natureza histrica, descritiva e situacional, pois in-troduz o internets, as caractersticas da linguagem em meios digitais qualitativa e quantitativamente, alm de parmetros fundamentais para o fazer da pesquisa em Lingustica da Internet. Constituda por quatro captulos, tem incio com a entrevista concedida virtualmente por David Crystal s organizadoras. Crystal foi um dos primeiros a estudar a linguagem da internet, examinando as variaes lingusticas e estilsticas da linguagem na rede e transformando seus achados em glossrios, livros e artigos, que marcaram o incio do que hoje chamamos de Lingustica da Internet. Seu interesse pela linguagem em meios digitais teve incio ainda na dcada de 1990. Na entrevista, traa o percurso histrico dos estudos sobre a linguagem em meios digitais, parmetros metodolgicos e os desafios do internets e da pesquisa na rea. Sua contribuio para o livro que ora introduzimos valiosa, e a escolha de todos os nossos colaboradores de uma forma ou de outra estabelece dilogo com ele. Restringindo-nos apenas parte I, Rajagopalan, no captulo Como o internets desafia a Lingustica, por exemplo, busca em Crystal respaldo para problematizar a necessidade de ir alm dos conceitos de fala e escrita na descrio do internets, que desestabiliza at a nossa noo de lngua. J Berber Sardinha, no captulo Variao entre registros da Internet, preenche a lacuna detectada por Crystal em relao s caracterizaes superficiais da CMC como modalidade falada ou escrita. O autor passa ao largo dessa questo, que tanto assola os livros introdutrios sobre a internet, e contrasta dados empricos em corpora digitalizados contendo textos pro-

  • 10 Lingustica da Internet

    duzidos on-line e off-line. Dessa forma, vai ao encontro de uma agenda de pesquisa proposta por Crystal que cobra mais profundidade dos estudos comparativos sobre a linguagem digital. Carvalho e Kramer, no captulo A linguagem no Facebook, conversam com Crystal para mostrar como as notcias na mdia jornalstica da rede social Facebook apresentam caractersticas simplesmente diferentes, pois abrem com chamadas interao marcadas linguisticamente por perguntas e usos mais flexveis da linguagem como Curtiu?.

    Mais especificamente, Rajagopalan teoriza sobre o internets a partir de fatos da atualidade, como o movimento Ocupe Wall Street e outros como a queda de Hosni Mubarak no Egito, afirmando que o internets reflete e sintetiza o estado evolutivo no qual nos encontramos, tendo mudado a definio do que ser humano. Ao fazer de qualquer usurio um potencial criador de notcias e mobilizador de massas, diz o autor, a comunicao na internet vem se transformando na prpria notcia e agindo em prol do exerccio da cidadania. Com isso, coloca a Lingustica na obrigao de encarar o fenmeno e rever a prpria noo de lngua. Trata-se de um desafio mpar, do qual no podemos nos abster.

    A revoluo de que fala Rajagopalan vem modificando as relaes humanas e imprimindo marcas sociopolticas, culturais e identitrias no uso material da lngua em contextos situados. Berber Sardinha explora essas marcas ao comparar vrios registros digitais a outros surgidos antes do advento da internet, como cartas, conversao tele-fnica e artigos de jornais e revistas. Usa o mtodo da anlise multidimensional (AMD) para compreender como se d a variao entre esses registros no Twitter, Facebook, e-mail, webpages e blogs. Dentre os achados, destaca principalmente a distante relao da linguagem com a conversa espontnea nas trs primeiras mdias e a proximidade com a escrita tcnica, jornalstica e de entretenimento nas duas ltimas. Assim, ao invs de organizar registros ao longo do contnuo da fala versus escrita, constitui dois grupos: um marcado pelo envolvimento interpessoal (Twitter, Facebook e e-mail) e outro pela natureza informacional (webpages e blogs).

    Enquanto Berber Sardinha faz uma anlise quantitativa das dimenses lingusti-cas dos registros da era da internet, Carvalho e Kramer examinam qualitativamente e luz de uma anlise de discurso francfona como essas marcas se projetam no uso da linguagem pela mdia jornalstica no Facebook. A anlise demonstra que as mdias ainda tentam se adequar s possibilidades da rede e agncia dos leitores na construo da informao, j que os leitores podem aprovar ou no uma notcia, tecer crticas etc. Demonstra tambm que os internautas ainda se questionam sobre o que e o que no permitido em termos de uso da lngua. Enquanto rejeitam formas lingusticas tpicas de estratos sociais menos privilegiados, abraam com vigor outros usos que adentraram a rede e que se afastam igualmente do uso da lngua padro.

  • Introduo 11

    Parte II: As vozes da internet

    A segunda parte aborda as vozes da internet em quatro captulos, explorando os chats, as mensagens instantneas (MIS), os blogs e anncios pessoais eletrnicos em perspectivas variadas: os captulos Piso conversacional e gnero na CMC e Enun-ciados segmentados em MIS partem de construtos da Anlise da Conversao para verificar se e como eles se aplicam s interaes em mdia digital; o captulo Anncios pessoais eletrnicos usa a Gramtica Sistmico-Funcional e o Interaes na blo-gosfera a Anlise da Conversao conjugada com os princpios da Etnometodologia para entender como os sujeitos se apresentam nesses contextos.

    Talvez o leitor se pergunte por que inserimos tradues de trabalhos de Herring e Baron, duas autoras estrangeiras, no livro. A escolha originou-se do desejo de compartilhar anlises sistemticas e compreensivas de interaes digitais realizadas por dois nomes consagrados na rea da Lingustica da Internet. Herring, seguindo vis quantitativo, analisa as marcas da comunicao em meio digital na estrutura de participao de listas de discusso acadmicas. Mostra que h tipos distintos de pisos conversacionais nessas listas de discusso. Recortes de dados com participao predo-minantemente masculina exibem caractersticas do piso F1 de Edelsky (hierrquicos), enquanto os predominantemente femininos conjugam caractersticas de pisos F1 e F2 (colaborativos). Acima de tudo, Herring postula que h correlao entre gnero biolgico e prticas de poder, pois mesmo em recortes predominantemente femini-nos, o status profissional correlaciona-se significativamente com pisos hierrquicos e lineares. Portanto, nem sempre o que acontece na comunicao face a face aplica-se a contextos digitais, como discute Crystal em sua entrevista.

    Por exemplo, por muito tempo julgou-se que e-mails e mensagens instantneas espelhavam a linguagem informal. Baron, no captulo Enunciados segmentados em MIS, examina a validade dessa crena, analisando conversas em plataformas de men-sagens instantneas mantidas por alunos de universidades americanas. Compara-as s caractersticas do discurso oral paradigmtica e empiricamente, partindo do conceito de unidades entonacionais oriundas de trabalhos sobre a conversa face a face. Cunha o termo unidade de transmisso para dar conta de como os participantes dos chats on-line segmentam suas mensagens. Mostra que conversas on-line mantidas por da-des masculinas tendem a se assemelhar ao discurso oral no que tange s unidades de transmisso. No entanto, conversas mantidas por dades femininas assemelham-se mais linguagem escrita. O trabalho de Baron nos leva a especular se esta segmentao seria produto da interao em lngua inglesa ou se seria produto do software de chat. A pergunta que se faz ao fim do captulo : ser que o mesmo fenmeno marcaria dades no contexto brasileiro?

  • 12 Lingustica da Internet

    Esse mesmo contexto brasileiro objeto de investigao do captulo Interaes na blogosfera, que discute os blogs institucionais de jornais (j-blog). Teoricamente, os blogs permitem a coexistncia de uma multiplicidade de vozes atravs das pos-sibilidades de interao oferecidas por suas interfaces de comentrios. Entretanto, percebe-se que a maior parte dos leitores que publicam comentrios participa uma nica vez das trocas interacionais, manifestando algum tipo de reao ao tpico trata-do na postagem e utilizando estratgias discursivas que no deixam muito espao para negociao e continuidade do debate. Esse comportamento tpico sugere que esses leitores consideram a janela de comentrios um espao para publicao de opinies, sem necessariamente terem a pretenso de posteriormente debat-las com outros lei-tores ou at mesmo de questionar os argumentos e posicionamentos adotados pelos mesmos. Dessa maneira, e ao contrrio do que os tericos da Comunicao afirmam, o j-blog, aparentemente, no visto por essas pessoas como um espao voltado para a discusso de ideias em que uns incentivam os outros a apresentarem diversos pontos de vista. O j-blog, portanto, faz o leitor, mas o comentarista faz o j-blog.

    Agora, quem faria o anncio pessoal eletrnico? Seria o anunciante ou os leitores? Esse o tema do captulo Anncios pessoais eletrnicos (APEs), que analisa os perfis autodescritos dos anunciantes e de seus objetos de desejo. Para tal, examina 20 APEs de gays e heterossexuais do sexo masculino quanto ao efeito do meio digital sobre a descrio dos perfis. Investiga se o processo digital de autoapresentao diferente das formas tradicionais de autoavaliao em papel. Constata que os usurios dos sites de relacionamento estudados tm propsitos diversos, que vo desde uma amizade, passando por uma relao estvel, at sexo casual. Apesar da incluso de fotografias, os anunciantes fixam-se em descries detalhadas de seus corpos, que parecem des-necessrias, j que h a informao visual. Quem molda o anncio o prprio anun-ciante, a despeito dos programas da internet que abrem espaos para preenchimento de informaes especficas no relacionadas aos atributos fsicos.

    Parte III: e-educao

    Os trs ltimos captulos afastam-se da anlise descritiva das vozes da internet; ao mesmo tempo, avanam prticas pedaggicas informadas por ela, enveredando pelos caminhos da e-educao. Os autores teorizam sobre o fazer pedaggico em ambientes on-line, contribuindo produtivamente para a rea de ensino-aprendizagem de idiomas por meio de aes pedaggicas informadas pela pesquisa na rea de lnguas (aquisio de lnguas adicionais, interao como locus da construo do sentido, pedagogia de

  • Introduo 13

    ensino-aprendizagem de lnguas etc.). Os trs captulos fazem o que poderamos chamar de Lingustica Aplicada da Internet, pois como postulam Paiva, Martins e Braga no captulo Design de atividades acadmicas on-line, elaborar cursos on-line envolve, alm de uma teoria de aprendizagem, uma teoria de lingua(gem), o planejamento de atividades, recursos da web e/ou bibliogrficos e uma seleo de ferramentas adequadas ao desenvolvimento dos objetivos propostos. Os autores discutem alguns princpios norteadores do design de cursos mediados por computador e apresentam propostas de design ancoradas na teoria sociocultural, nos princpios da aprendizagem colabo-rativa e na teoria da aprendizagem situada. Apesar de privilegiarem a aprendizagem colaborativa, entendem que existem alguns contedos, como o ensino de estratgias de leitura, que podem ser desenvolvidos em um design mais centrado na relao do aprendiz com o material e a mediao pela tecnologia.

    Tais formas de pensar o design de cursos on-line voltam a ser abordadas no ca-ptulo Exemplos da prtica pedaggica em EAD, no contexto de produo de texto em nvel universitrio. Nesse captulo, Tavares discute e ilustra a diferena entre interao e interatividade, ressaltando que a presena on-line por si s no garante oportunidades de aprendizagem de fato. Em contextos digitais, essas oportunidades emergem de prticas de linguagem sociointeracionalmente ancoradas, que posicionem a construo de sentido na interao social, levando em considerao o contexto, e no apenas as interfaces e/ou o texto.

    Fechando ainda mais o foco de anlise na e-educao, o captulo A web no le-tramento de crianas em lngua materna defende que o uso das novas tecnologias de informao e comunicao (TIC) pode ser produtivo na alfabetizao de crianas com dificuldades na leitura e escrita em lngua materna. Mostra dados de uma pesquisa-ao que interveio na sala de aula dessas crianas com recursos on-line, como cartes virtuais e troca de e-mails. Tais atividades contemplaram no apenas as necessidades educacionais das crianas, mas tambm oportunizaram a apropriao e ampliao de mltiplos letramentos por meio das novas tecnologias disponveis na escola, pois letramento e tecnologia devem sempre caminhar de mos dadas.

    No captulo final retomamos alguns pontos discutidos ao longo das sees do livro e ilustramos o que seria uma Lingustica que tem como ponto de partida a prpria internet em lngua portuguesa. Alm disso, o captulo olha para o futuro, refletindo sobre possveis implicaes metodolgicas e sociais, e levantando questes que merecem a ateno de linguistas interessados em entender a linguagem em uso nas novas tecnologias. O objetivo propor reflexo crtica sobre o leque de pesquisas j realizadas na rea e motivar pesquisadores a buscarem respostas para as inmeras questes ainda no respondidas.

    Crystal comeou seu livro Internet Linguistcs: a Students Guide se perguntando como escrever um guia para alunos sobre um assunto que nem existe. Organizamos este

  • 14 Lingustica da Internet

    volume com a mesma dvida: como compilar um volume em lngua portuguesa sobre uma rea da Lingustica que no existe oficialmente e cuja pesquisa est dispersa sob outros rtulos? Esperamos que o livro possa avanar entendimento do que seria essa nova rea e inspirar o leitor a se juntar a um grupo j vasto de linguistas dedicados a esse contexto de uso em lngua portuguesa.

    Agradecimentos

    Agradecemos aos autores dos estudos deste volume, que trabalharam diligen-temente desde a ideia inicial at o fim do processo de reviso para que o livro se concretizasse. Agradecemos tambm a Naomi Baron e Susan Herring por nos terem autorizado a incluir a traduo/adaptao para lngua portuguesa de seus artigos Dis-course Structures in Instant Messaging: the Case of Utterance Breaks (Language@Internet, 7, article 4, 2010); e Whos Got the Floor in Computer-mediated Conversa-tion? Edelskys Gender Patterns Revisited (Language@Internet, 7, article 8, 2010). Alm disso, contamos com o apoio do Centro Filolgico Clvis Monteiro (CEFIL) do Instituto de Letras da UERJ na reviso do texto e preparao dos originais. Ao CEFIL o nosso reconhecimento. O CNPq e a Faperj nos deram bolsas de pesquisa sem as quais o trabalho no teria sado do rascunho inicial. Sinceros e especiais agradecimentos a nossa editora por ter acreditado no projeto e facilitado sua viabilizao. Como de praxe, nossas famlias foram os esteios para que pudssemos conclu-lo. Dedicamos a elas o produto do nosso esforo. Por fim, nosso especial e carinhoso obrigada a David Crystal, por ter nos inspirado atravs de sua pesquisa e inmeras publicaes. Sem suas ideias este livro no teria se materializado. A ele tambm dedicamos este volume.