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Universidade do Oeste de Santa Catarina Professora: Adriana Biasi Vanin Curso: Medicina Disciplina: Bioquímica II LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS

Lipoproteínas plasmáticas

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Page 1: Lipoproteínas plasmáticas

Universidade do Oeste de Santa Catarina

Professora: Adriana Biasi Vanin

Curso: Medicina

Disciplina: Bioquímica II

LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS

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• Lipídios são, em geral, partículas apolares que não se dissolvem bem na água.

• Os lipídios anfipáticos, que possuem partes hidrofílica e hidrofóbica, possuem boa

dissolução na água quando formam micelas, em que as partes hidrofóbicas situam-se na

região interior dessas “cápsulas” .

• Os lipídios e ácidos graxos que precisam transitar pelo corpo se associam à lipídios

anfipáticos e/ou proteínas.

•A maioria dos ácidos graxos se associam a proteínas chamadas albuminas séricas, mas uma

pequena parte delas se associam as lipoproteínas para seu transporte.

• Lipoproteínas são aglomerados de lipídios anfipáticos, triglicerídeos, colesteróis, ácidos

graxos e proteínas especiais chamadas apolipoproteínas.

Introdução

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• Sua função é solubilizar no plasma sanguíneos o interior de suas cápsulas, que deve ser

entregado em regiões distintas do corpo. Para que essa entrega seja feita de modo certo,

existem receptores nas apolipoproteínas que definem o lugar específico de “entrega” dos

conteúdos das lipoproteínas.

-O que são lipoproteínas?

Composto que contém lipídios e proteínas e que podem transportar o colesterol na

corrente sangüínea. As lipoproteínas possuem classificação definida quanto a sua

densidade e função. Há 5 tipos diferentes que numa ordem crescente de densidade são os

quilomícrons, VLDL, IDL, LDL e HDL. Quanto menor a densidade, maior o tamanho dessas

partículas. São assim classificados: de alta densidade (HDL), de baixa densidade (LDL).

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Introdução

-Qual é a importância das lipoproteínas?

Os níveis plasmáticos de colesterol das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) estão

diretamente relacionados com a incidência de eventos coronários e mortalidade

cardiovascular. O colesterol circula no nosso organismo através das vias metabólicas

das lipoproteínas que são complexas, podendo ser divididas em quatro partes para

fins didáticos: as vias exógena e endógena da síntese lipoproteica, dependendo se

transportam lípidios de origem dietética ou hepática, a via intracelular do receptor

das LDL e a via do transporte reverso de colesterol; esta última envolvendo as

lipoproteínas de alta densidade.

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Introdução- AG saturados: gorduras animais

- AG insaturados: gorduras vegetais

Problema: AG saturados inibem a captação do colesterol pelos tecidos...

-O que fazer?

Talvez mudar os hábitos alimentares......

Consumir menos gorduras animais....

LDL é resultante do excesso de carboidratos e também de gorduras.

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Estrutura das lipoproteínas

(apoproteínas)

(hidrófobo)

(lecitina)

- As proteínas possuem predomínio estrutural hidrófilo (APRESENTAM GRUPOS

POLARES LIVRES) para interagirem com a água.

-Semelhante a síntese da QM.

ENVELOPAMENTO: Tornar o diâmetro menor do que qualquer vaso sanguíneo do

corpo e também, as cargas negativas se repelem.

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Origem• TG (intestino) = MG + AG = TG

• TG = QM (quilomicra no plasma) 1:1

• Excesso de carboidratos (glicídios) na alimentação = glicogênio ou TG (tecido adiposo

ou fígado)

Tecido adiposo: GLI lipogênese = TG(armazenado)

Fígado: GLI lipogênese = TG = lipoproteína VLDL (passa para o plasma)

• VLDL perde AG dos seus TG recebendo o colesterol

• Acumula colesterol e pouco TG

• A VLDL não tem mais nada a ver com o transporte de gordura para ser depositada,

por isso seu nome muda para LDL . Como é captada por todos os tecidos, leva

colesterol para todos eles.

• A LDL é o que sobra da VLDL depois que esta perde seus triglicerídeos e recebe

colesterol.

•A HDL (fígado e intestino) capta o colesterol excedente do sangue e transporta até o

fígado para transformá-los em sais biliares.

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Metabolismo

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Metabolismo

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Metabolismo

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Fisiologia- As lipoproteínas se agrupam em 2: a QM e a VLDL têm por função colocar TG no

plasma evitando embolia.

- A HLD e a LDL servem para transportar colesterol do sangue: 1º para o fígado e 2º

para os outros tecidos

- O fígado possui receptores de LDL mas se o consumo de glicídios for exagerado, o

mau colesterol irá subir no plasma.

- O único TG do plasma está nas QM ou VLDL.

- O colesterol que interessa está como éster, dentro da HDL ou da LDL.

- O colesterol plasmático (ligado a albumina) está diluído e intercambia com as

lipoproteínas de acordo com a atividade que a LCAT possui.

-A dosagem destas proteínas permite avaliar o estados clínicos.

- Se existem muitas QM é porque o paciente está ingerindo muita gordura;

- Bom colesterol HDL é porque está em via de excreção.Se existe muita HDL é porque

o colesterol em excesso no plasma esta sendo muito bem canalizado no fígado.

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- Se muita LDL é porque o colesterol destinado aos tecidos não está chegando bem

ou está sendo produzido em excesso.

- As LDL possuem maior teor de ésteres de colesterol quando comparadas a oultras

lipoproteínas. Por isso, ao acumular-se no plasma e chocar-se com paredes

vasculares, são capazes de se aderir a elas, porque estas paredes tem também

estrutura lipoproteica. O acúmulo gera um êmbolo, que pode desprender-se,

circular e encontrar um vaso com diâmetro inferior, onde provocará uma embolia,

um infarto.

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Os quilimícrons são muito ricos em triglicerídeos pois partem diretamente do intestino,

transportando componentes exógenos, adquiridos na alimentação. O VLDL tem ação

paralela aos quilomícrons e transportam componentes endógenos, sintetizados no

fígado, às outras partes do corpo. Eles dão origem ao LDL e ao IDL. Ambos são

compostos principalmente de colesterol, transportando-o para várias partes do corpo a

partir do fígado, com destaque para o LDL, de grande atuação nessa função.

Finalizando, o HDL tem função contrária ao LDL. Ele transporta, em direção ao fígado, o

colesterol vindo de várias partes do corpo.

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Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação

de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas

especialmente por lipídios e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. O

volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total

em algum ponto do vaso. A aterosclerose em geral é fatal quando afeta as artérias do

coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigênio.

Aterioesclerose é um espessamento das paredes vasculares que também está

relacionado ao teor plasmático de LDL. Neste caso, as LDL atravessam os endotélios e,

uma vez na região subendotelial, são oxidados. Esta oxidação, altera-lhes a estrutura e

elas passam a ser consideradas corpos estranhos pelo organismo, sendo então, captadas

pelos macrófagos. O conjunto macrófago/LDL constitui as células em espuma que, ao se

acumularem, diminuem o diâmetro do vaso, através de um espessamento que ocorre da

região serosa em direção à luz vascular.

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Vários fármacos têm sido desenvolvidos para interferirem em determinados passos das

diferentes vias metabólicas, de forma a reduzirem o colesterol das LDL plasmáticas:

• As estatinas, potentes inibidores da hidroxi-metil-glutaril-CoA reductase (HMG CoA

redutase), atualmente são os medicamentos mais utilizados para a redução dos níveis de

colesterol das LDL.

• A ezetimiba, um fármaco recentemente comercializado, com um bom perfil de segurança

e tolerabilidade, inibe seletivamente a absorção do colesterol a nível intestinal, reduzindo

a quantidade de colesterol aportada ao fígado.

A dupla inibição da absorção e síntese do colesterol através da co-administração da

ezetimiba e uma estatina proporciona uma redução do colesterol LDL maior do que a

inibição de qualquer uma das vias em separado, constituindo uma boa opção terapêutica

nos casos de hiper colesterolemia grave ou de difícil controle em monoterapia.