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Interbits – SuperPro ® Web 1. (Uepb 2014) Do texto, abaixo, é possível concluir que o termo “chatear” foi usado: a) De maneira ambígua, sem nenhuma pista que possa ajudar na busca dos sentidos do termo. b) De forma figurada, exemplificando unicamente a polissemia da linguagem. c) Com o sentido literal do termo, ocasionando uma redundância. d) Com mais de um sentido, cuja alteração se faz perceber pelos recursos linguísticos e visuais que servem de pistas para o entendimento do texto. e) De forma equivocada, pois não existe um destinatário declarado a quem se dirige a mensagem. 2. (Ufsm 2014) Guia verde politicamente incorreto Nem ecochatos nem ecocéticos. Não existem verdades absolutas na sustentabilidade. Há sempre alguma sujeira escondida debaixo do tapete - e soluções em lugares que ninguém esperava. HORTA, Maurício. “Guia verde politicamente incorreto”. Superinteressante, dez. 2011, p. 57. Considerando eco como um radical grego que significa casa, hábitat, as palavras “ecochatos” e “ecocéticos” são formadas por __________. A primeira representa o grupo dos __________ e a outra, o grupo dos __________ no que se refere a atividades sustentáveis. Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas. a) composição – enfadonhos – descrentes b) derivação prefixal – insistentes – desconfiados c) aglutinação – desgostosos – descrentes d) neologismo – aborrecidos – preocupados e) derivação parassintética – insistentes – críticos. 3. (Espcex (Aman) 2014) Assinale a alternativa que contém um grupo de palavras cujos prefixos possuem o mesmo significado. a) compartilhar – sincronizar Página 1 de 16

Lista Estrutura e Formação das Palavras

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Lista de exercícios sobre Morfologia - Estrutura e Formação das Palavras

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1. (Uepb 2014) Do texto, abaixo, possvel concluir que o termo chatear foi usado:

a) De maneira ambgua, sem nenhuma pista que possa ajudar na busca dos sentidos do termo. b) De forma figurada, exemplificando unicamente a polissemia da linguagem. c) Com o sentido literal do termo, ocasionando uma redundncia. d) Com mais de um sentido, cuja alterao se faz perceber pelos recursos lingusticos e visuais que servem de pistas para o entendimento do texto. e) De forma equivocada, pois no existe um destinatrio declarado a quem se dirige a mensagem. 2. (Ufsm 2014) Guia verde politicamente incorreto

Nem ecochatos nem ecocticos. No existem verdades absolutas na sustentabilidade. H sempre alguma sujeira escondida debaixo do tapete - e solues em lugares que ningum esperava.

HORTA, Maurcio. Guia verde politicamente incorreto. Superinteressante, dez. 2011, p. 57.

Considerando eco como um radical grego que significa casa, hbitat, as palavras ecochatos e ecocticos so formadas por __________. A primeira representa o grupo dos __________ e a outra, o grupo dos __________ no que se refere a atividades sustentveis.

Assinale a alternativa que preenche adequadamente as lacunas. a) composio enfadonhos descrentes b) derivao prefixal insistentes desconfiados c) aglutinao desgostosos descrentes d) neologismo aborrecidos preocupados e) derivao parassinttica insistentes crticos. 3. (Espcex (Aman) 2014) Assinale a alternativa que contm um grupo de palavras cujos prefixos possuem o mesmo significado. a) compartilhar sincronizar b) hemiciclo endocarpo c) infeliz encfalo d) transparente adjunto e) benevolente difano 4. (Espcex (Aman) 2014) A alternativa que apresenta vocbulo onomatopaico : a) Os ramos das rvores brandiam com o vento. b) Hum! Este prato est saboroso. c) A fera bramia diante dos caadores. d) Raios te partam! Voltando a si no achou que dizer. e) Mas o tempo urgia, deslacei-lhe as mos... 5. (Espcex (Aman) 2014) Ao se alistar, no imaginava que o combate pudesse se realizar em to curto prazo, embora o ribombar dos canhes j se fizesse ouvir ao longe.

Quanto ao processo de formao das palavras sublinhadas, correto afirmar que sejam, respectivamente, casos de a) prefixao, sufixao, prefixao, aglutinao e onomatopeia. b) parassntese, derivao regressiva, sufixao, aglutinao e onomatopeia. c) parassntese, prefixao, prefixao, sufixao e derivao imprpria. d) derivao regressiva, derivao imprpria, sufixao, justaposio e onomatopeia. e) parassntese, aglutinao, derivao regressiva, justaposio e onomatopeia. 6. (Espcex (Aman) 2014) So palavras primitivas: a) poca engarrafamento peito suor b) sala quadro prato brasileiro c) quarto chuvoso dia hora d) casa pedra flor feliz e) temporada narcotrfico televiso passatempo TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: Casimiro de Abreu pertence gerao dos poetas que morreram prematuramente, na casa dos vinte anos, como lvares de Azevedo e outros, acometidos do mal byroniano. Sua poesia, reflexo autobiogrfico dos transes, imaginrios e verdicos, que lhe agitaram a curta existncia, centra-se em dois temas fundamentais: a saudade e o lirismo amoroso. Graas a tal fundo de juvenilidade e timidez, sua poesia saudosista guarda um no sei qu de infantil.

(Massaud Moiss. A literatura brasileira atravs dos textos, 2004. Adaptado.) 7. (Unifesp 2014) Os substantivos do texto derivados pelo mesmo processo de formao de palavras so: a) juvenilidade e timidez. b) gerao e byroniano. c) reflexo e imaginrios. d) prematuramente e autobiogrfico. e) saudade e infantil. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: No mundo dos animais

As relaes entre os humanos e as demais espcies viventes tm merecido a ateno de escritores, artistas e intelectuais. Essas relaes, que no primam pela tica, so o objeto de estudo da professora e escritora mineira Maria Esther Maciel.

Quando os estudos sobre animais e literatura passaram a ser feitos de modo sistemtico no Brasil?

Maria Esther Maciel: S recentemente; antes, havia trabalhos esparsos. Alm disso, a abordagem se circunscrevia viso do animal como smbolo, metfora ou alegoria do humano, mais restrita anlise textual. Hoje, percebe-se uma ampliao desse enfoque, que deixa os limites do texto literrio para ganhar um vis transdisciplinar, em dilogo com a filosofia, biologia, antropologia, psicologia. Alis, esse entrelaamento de saberes em torno da questo animal cresceu em vrias partes do mundo, propiciando a difuso de um novo campo de investigao crtica denominado 'estudos animais'. A literatura tem conquistado espao importante nesse campo, graas sobretudo a escritores/pensadores como John M. Coetzee, John Berger e Jacques Derrida, que souberam aliar, de modo criativo, literatura, tica e poltica no trato da questo animal.

Como a senhora explica esse interesse crescente pelo tema?

H um conjunto de fatores. Impossvel no considerar as preocupaes de ordem ecolgica, que movem a sociedade contempornea. H tambm uma tomada de conscincia mais explcita por parte de escritores, artistas e intelectuais dos problemas ticos que envolvem nossa relao com os animais e com o prprio conceito de humano. Alm disso, a noo de espcie e a diviso hierrquica dos viventes tm provocado discusses tico-polticas relevantes, que acabam por contaminar as artes e a literatura. A isso se soma a tentativa, por parte dos humanos, de recuperar sua prpria animalidade, que por muito tempo foi reprimida em nome da razo e do antropocentrismo.

Por que importante para a humanidade refletir sobre a animalidade?

Ao refletir sobre a animalidade, a humanidade pode repensar o prprio conceito de humano e reconfigurar a noo de vida. Por muito tempo, nosso lado animal foi recalcado em nome da razo e de outros atributos tidos como prprios do homem. Quem ler os tratados de filosofia e teologia escritos ao longo dos sculos ver que a definio de humano e humanidade se forjou custa da negao da animalidade humana e da excluso/marginalizao dos demais seres que compartilham conosco o que chamamos de vida. Acho que os humanos precisam se reconhecer animais para se tornarem verdadeiramente humanos. possvel identificar modos diferentes de explorar a figura do animal na produo literria?

Na literatura brasileira, podemos falar de trs momentos incisivos. No primeiro, est Machado de Assis, que escreveu no auge do racionalismo cientificista do sculo 19, quando os princpios cartesianos j tinham legitimado no Ocidente a ciso entre humanos e no humanos, e os animais eram vistos como mquinas. No sculo 20, a partir dos anos 30, autores como Graciliano Ramos, Joo Alphonsus, Guimares Rosa e Clarice Lispector marcam um novo momento, ao lidar, cada um a seu modo, com as relaes entre homens e animais sob um enfoque libertrio, manifestando cumplicidade com esses outros viventes e a recusa da violncia contra humanos e no humanos. J os escritores do final do sculo 20 e incio do 21 lidam com a questo dos animais sob o peso de uma realidade marcada por catstrofes ambientais, extino de espcies, experincias biotecnolgicas, expanso das granjas e fazendas industriais etc.

Como a senhora v o futuro dos animais?

Pelo jeito como as coisas andam, preocupo-me com a possibilidade de os animais livres desaparecerem da face da Terra. Ficariam apenas os bichos criados em reservas e cativeiros, os expostos em zoolgicos, os produzidos em granjas e fazendas industriais para viver uma vida infernal e morrer logo depois, alm dos animais domsticos, adestrados e humanizados ao extremo.

H quem diga que at mesmo estes esto fadados a desaparecer, dando lugar a animais-robs, que j existem no Japo.

A humanidade tem destrudo florestas, dizimado povos indgenas, exterminado espcies animais. Apesar da preocupao de ativistas com o destino do planeta, falta empenho poltico dos governos para frear essa destruio generalizada.

Minha utopia que a humanidade possa um dia fazer mea-culpa em relao aos crimes j cometidos contra os ndios, os animais, a natureza. Mas, pelo que vejo, essa questo continuar a ser um grande desafio tico e poltico para a nossa civilizao.

Seus estudos sobre animalidade a influenciaram em seu modo de vida?

No consigo desvincular o trabalho do meu modo de vida. Se cheguei ao tema dos animais, foi por causa do meu apreo por eles. H anos no como carne, por causa da memria do tempo em que passava temporadas na fazenda do meu pai, no interior de Minas Gerais. Vivia perto de vacas, porcos, aves, cavalos, cachorros. Toda vez que via carne de vaca na mesa, me lembrava do olhar bovino. J a viso da carne de porco me trazia a imagem dos porquinhos espertos e afetuosos com que eu brincava. Foi assim tambm com as aves, os coelhos e outros bichos. Como fui sempre muito tocada pelo olhar animal, decidi no com-los mais. Ainda mantive peixes e frutos do mar, mas deixei de comer vrias espcies ao saber de seus hbitos. Recuso tambm ovos de granja, em repdio situao absurda das aves nos espaos de confinamento das fazendas industriais. Meu projeto de vida, certamente influenciado por meus estudos, parar de consumir tambm carne de peixe. Chegarei l.

MACIEL, Maria Esther. No mundo dos animais. Entrevista a Roberto B. de Carvalho. Cincia Hoje, 21 nov. 2012. Disponvel em . Acesso em: 05 nov. 2013 (Texto Adaptado). 8. (Cefet MG 2014) Entre os vocbulos extrados do texto, aquele no qual a slaba re funciona como um prefixo que traduz ideia de repetio a) recusa. b) refletir. c) recuperar. d) relevantes. e) reconfigurar. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: O que havia de to revolucionrio na Revoluo Francesa? Soberania popular, liberdade civil, igualdade perante a lei 1as palavras hoje so ditas com tanta facilidade que somos incapazes de imaginar seu carter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo Regime, 6os homens eram 8desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada ordem hierrquica que 2fora posta na natureza pela prpria obra de Deus. A liberdade significava privilgio isto , literalmente, 12lei privada, uma prerrogativa 13especial para fazer algo negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei, distribua privilgios, 3pois havia sido 19ungido como 16o agente de Deus na terra.

Durante todo 17o sculo XVIII, os filsofos do Iluminismo questionaram esses 9pressupostos, e os panfletistas profissionais conseguiram 14empanar 20a aura sagrada da coroa. Contudo, a desmontagem do quadro mental do Antigo Regime demandou violncia iconoclasta, destruidora do mundo, revolucionria.

7Seria timo se pudssemos associar 18a Revoluo exclusivamente Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado, mas ela nasceu na violncia e imprimiu seus princpios em um mundo violento. Os conquistadores da Bastilha 24no se limitaram a destruir 21um smbolo do despotismo real. 4Entre eles, 150 foram mortos ou feridos no assalto priso e, quando os sobreviventes apanharam o diretor, cortaram sua cabea e desfilaram-na por 25Paris 22na ponta de uma lana.

Como podemos captar esses momentos de loucura, quando tudo parecia possvel e o mundo se afigurava como uma tbula rasa, apagada por uma onda de comoo popular e pronta para ser redesenhada? Parece incrvel que um povo inteiro fosse capaz de se levantar e transformar as condies da vida cotidiana. Duzentos anos de experincias com admirveis mundos 26novos tornaram-nos 15cticos quanto ao 10planejamento social. 27Retrospectivamente, a Revoluo pode parecer um 23preldio ao 11totalitarismo.

Pode ser. Mas um excesso de viso 28histrica retrospectiva pode distorcer o panorama de 1789. Os revolucionrios franceses no eram nossos contemporneos. E eram um conjunto de pessoas no excepcionais em circunstncias excepcionais. Quando as coisas se 29desintegraram, eles reagiram a uma necessidade imperiosa de dar-lhes sentido, ordenando a sociedade segundo novos princpios. Esses princpios ainda permanecem como uma denncia da tirania e da injustia. 5Afinal, em que estava empenhada a Revoluo Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade.

Adaptado de: DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. In: ____. O beijo de Lamourette: mdia, cultura e revoluo. So Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39. 9. (Ufrgs 2014) Na coluna da esquerda, esto quatro palavras retiradas do texto; na coluna da direita, descries relacionadas formao dessas palavras.

Associe corretamente a coluna da esquerda da direita.( ) desiguais (ref. 8) 1. contm sufixo que forma substantivos a partir de verbos

( ) pressupostos (ref. 9)2. contm prefixo com sentido de negao

( ) planejamento (ref. 10)3. contm prefixo que designa anterioridade

( ) totalitarismo (ref. 11)4. contm sufixo que designa movimentos ideolgicos

A sequncia correta de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo, a) 4 2 3 1. b) 3 1 2 4. c) 2 3 1 4. d) 1 4 2 3. e) 1 2 3 4. 10. (Insper 2013) Paralimpadas a me

Certamente eu descobriria no Google, mas me deu preguia de pesquisar e, alm disso, no tem importncia saber quem inventou essa palavra grotesca, que agora a gente ouve nos noticirios de televiso e l nos jornais. O surpreendente no a inveno, pois sempre houve besteiras desse tipo, bastando lembrar os que se empenharam em no jogarmos futebol, mas ludopdio ou podoblio. O impressionante a quase universalidade da adoo dessa palavra (ainda no vi se ela colou em Portugal, mas tenho dvidas; os portugueses so bem mais ciosos de nossa lngua do que ns), cujo uso parece ter sido objeto de um decreto imperial e faz pensar em por que no classificamos isso imediatamente como uma aberrao deseducadora, desnecessria e inaceitvel, alm de subserviente a ditames sados no se sabe de que cabea desmiolada ou que interesse obscuro. Imagino que temos autonomia para isso e, se no temos, deveramos ter, pois jornal, telejornal e radiojornal implicam deveres srios em relao lngua. Sua escrita e sua fala so imitadas e tidas como padro e essa responsabilidade no pode ser encarada de forma leviana.

Que cretinice essa? Que quer dizer essa palavra, cuja formao no tem nada a ver com nossa lngua? Faz muitos e muitos anos, o ento ministro do Trabalho, Antnio Magri, usou a palavra "imexvel" e foi gozado a torto e a direito, at porque ele no era bem um intelectual e era visto como um alvo fcil. Mas, no neologismo que talvez tenha criado, aplicou perfeitamente as regras de derivao da lngua e o vocbulo resultante no est nada "errado", tanto assim que hoje encontrado em dicionrios e tem uso corrente. J o vi empregado muitas vezes, sem aluso ao ex-ministro. Infutucvel, inesculhambvel e impaquervel, por exemplo, so palavras que no se acham no dicionrio, mas qualquer falante da lngua as entende, pois esto dentro do esprito da lngua, exprimem bem o que se pretende com seu uso e constituem derivaes perfeitamente legtimas.

Por que ser que aceitamos sem discutir uma excrescncia como "paralimpada"?

(Joo Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 23/09/2012)

O que motivou a indignao do autor com a palavra paralimpadas foi o(a): a) imposio da palavra, formada por um mecanismo que dispensa elementos conhecidos da lngua. b) aceitao irrestrita do termo por parte da mdia, especialmente pela televiso. c) fato de que, ao contrrio do neologismo imexvel, a palavra no foi incorporada aos dicionrios. d) tentativa de resgatar palavras arcaicas tal como se fossem decretos imperiais. e) recusa adoo do neologismo pelos portugueses, cuja atitude revela-se conservadora. 11. (Unifesp 2013) Examine a tira.

O efeito de humor na situao apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que carinho e caro sejam vocbulos a) derivados de um mesmo verbo. b) hbridos. c) derivados de vocbulos distintos. d) cognatos. e) formados por composio. 12. (Espm 2013) Assinale o item em que o par de prefixos grifados no possua equivalncia de significado: a) dilema / bienal b) disenteria / discordar c) hemisfrio / semicrculo d) sinestesia / companhia e) endoscopia / ingerir TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: GATES E JOBS

Quando as rbitas se cruzam

7Em astronomia, quando as rbitas de duas estrelas se entrecruzam por causa da interao gravitacional, tem-se um sistema binrio. Historicamente, ocorrem situaes anlogas quando uma era moldada pela relao e rivalidade de dois grandes astros orbitando: Albert Einstein e Niels Bohr na fsica no sculo XX, por exemplo, ou Thomas Jefferson e Alexander Hamilton na conduo inicial do governo americano. Nos primeiros trinta anos da era do computador pessoal, a partir do final dos anos 1970, o sistema estelar binrio definidor foi composto por dois indivduos de grande energia, que largaram os estudos na universidade, ambos nascidos em 1955.

Bill Gates e Steve Jobs, apesar das ambies semelhantes no ponto de convergncia da tecnologia e dos negcios, 5tinham origens bastante diferentes e personalidades radicalmente distintas.

diferena de Jobs, Gates entendia de programao e tinha uma mente mais prtica, mais disciplinada e com grande capacidade de raciocnio analtico. Jobs era mais intuitivo, romntico, e dotado de mais instinto para tornar a tecnologia usvel, o design agradvel e as interfaces amigveis. Com sua mania de perfeio, era extremamente exigente, alm de administrar com carisma e intensidade indiscriminada. 3Gates era mais metdico; as reunies para exame dos produtos tinham horrio rgido, e ele chegava ao cerne das questes com uma habilidade mpar. Jobs encarava as pessoas com uma intensidade custica e ardente; Gates s vezes no conseguia fazer contato visual, mas era essencialmente bondoso.

4Cada qual se achava mais inteligente do que o outro, mas Steve em geral tratava Bill como algum levemente inferior, sobretudo em questes de gosto e estilo, diz Andy Hertzfeld. Bill menosprezava Steve porque ele no sabia de fato programar. Desde o comeo da relao, 6Gates ficou fascinado por Jobs e com uma ligeira inveja de seu efeito hipntico sobre as pessoas. Mas tambm o considerava essencialmente esquisito e estranhamente falho como ser humano, e se sentia desconcertado com a grosseria de Jobs e sua tendncia a funcionar ora no modo de dizer que voc era um merda, ora no de tentar seduzi-lo. Jobs, por sua vez, via em Gates uma estreiteza enervante.

2Suas diferenas de temperamento e personalidade 1iriam lev-los para lados opostos da linha fundamental de diviso na era digital. Jobs era um perfeccionista que adorava estar no controle e se comprazia com sua ndole intransigente de artista; ele e a Apple se tornaram exemplos de uma estratgia digital que integrava solidamente o hardware, o software e o contedo numa unidade indissocivel. Gates era um analista inteligente, calculista e pragmtico dos negcios e da tecnologia; dispunha-se a licenciar o software e o sistema operacional da Microsoft para um grande nmero de fabricantes.

Depois de trinta anos, Gates desenvolveu um respeito relutante por Jobs. De fato, ele nunca entendeu muito de tecnologia, mas tinha um instinto espantoso para saber o que funciona, disse. Mas Jobs nunca retribuiu valorizando devidamente os pontos fortes de Gates. Basicamente Bill pouco imaginativo e nunca inventou nada, e por isso que acho que ele se sente mais vontade agora na filantropia do que na tecnologia, disse Jobs, com pouca justia. Ele s pilhava despudoradamente as ideias dos outros.

(ISAACSON, Walter. Steve Jobs: a biografia. So Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 189-191. Adaptado) 13. (Epcar (Afa) 2013) Assinale a opo correta quanto anlise das palavras abaixo, em destaque, retiradas do texto a) Os termos indissocivel e intransigente so formadas somente pelo processo de derivao prefixal. b) As palavras mpar e sada seguem a regra de acentuao grfica das vogais i e u tnicas dos hiatos. c) Na frase, ... tinham... personalidades radicalmente distintas. (ref. 5), o termo distintas sinnimo de notveis. d) Nas palavras destacadas em ... Gates ficou fascinado por Jobs e com uma ligeira inveja de seu efeito hipntico... (ref. 6), h, respectivamente, dgrafo, dgrafo e encontro consonantal. TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: VELHO MARINHEIRO

Homenagem aos marinheiros de sempre... e para sempre.

28Sou marinheiro porque um dia, muito jovem, estendi meu brao diante da bandeira e jurei lhe dar minha vida.

Naquele dia de sol a pino, com meu novo uniforme branco, 21senti-me homem de verdade, como se estivesse dando adeus aos tempos de garoto. 29Ao meu lado, as vozes de outros jovens soavam em unssono com a minha, vibrantes, e terminamos com emoo, de peitos estufados e orgulhosos. 5Ao final, minha me veio em minha direo, apressada em me dar um beijo. 20Acariciou-me o rosto e disse que eu estava lindo de uniforme. 6O dia acabou com a famlia em festa; 11eu lembro-me bem, fiquei de uniforme at de tarde...

Sou marinheiro, porque aprendi, naquela Escola, o significado nobre de companheirismo. 7Juntos no sofrimento e na alegria, um safando o outro, leais e amigos. Aprendi o que civismo, respeito e disciplina, no princpio, exigidos a cada dia; depois, como parte do meu ser e, assim, para sempre. 23A cada passo havia um novo esforo esperando e, depois dele, um pequeno sucesso. 26Minha vida, agora que olho para trs, foi toda de pequenos sucessos. A soma deles foi a minha carreira.

19No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. Todos sabiam das coisas mais do que eu havia aprendido. S que agora me davam tarefas, incumbncias, e esperavam que eu as cumprisse bem. 2Pouco a pouco, passei a ser parte da equipe, a ser chamado para ajudar, a ser necessrio. 8Um dia vi-me ensinando aos novatos 12e dei-me conta de que me tornara marinheiro, de fato e de direito, um profissional! 32O navio passou a ser minha segunda casa, onde eu permanecia mais tempo, s vezes, do que na primeira. Conhecia todos, alguns mais at do que meus parentes. Sabia de suas manhas, cacoetes, preocupaes e de seus sonhos. Sem dar conta, meu mundo acabava no costado do navio.

9A soma de tudo que fazemos e vivemos, pelo navio, 14 uma das coisas mais belas, que s h entre ns, em mais nenhum outro lugar. 24Por isso sou marinheiro, porque sei o que esprito de navio.

Bons tempos aqueles das viagens, dvamos um duro danado no mar, em servio, postos de combate, adestramento de guerra, dia e noite. 30O interessante que em toda nossa vida, 15quando buscamos as boas recordaes, elas vm desse tempo, das viagens e dos navios. 16At 13as durezas por que passamos so saborosas 1ao lembrar, talvez porque as vencemos e fomos adiante.

aquela histria dos pequenos sucessos.

A volta ao porto era um acontecimento gostoso, sempre figurando a mulher. Primeiro a me, depois a namorada, a noiva, a esposa. Muita coisa a contar, a dizer, surpresas de carinho. A comida preferida, o abrao apertado, o beijo quente... e o filho que, na ausncia, foi ensinado a dizer papai.

31No incio, eu voltava com muitos retratos, principalmente quando vinha do estrangeiro, depois, com o tempo, eram poucos, at que deixei de levar a mquina. 10Engraado, 22vocs j perceberam que marinheiro velho dificilmente baixa a terra com mquina fotogrfica? Foi assim comigo.

34Hoje os navios so outros, os marinheiros so outros - sinto-os mais preparados do que eu era - mas a vida no mar, as viagens, os portos, a volta, estou certo de que so iguais. Sou marinheiro, por isso sei como .

Fico agora em casa, querendo saber das coisas da Marinha. E a cada pedao que ouo de um amigo, que leio, que vejo, me d um orgulho que s vezes chega a entalar na garganta. 4H pouco tempo, voltei a entrar em um navio. Que coisa linda! 35Sofisticado, limpssimo, nas mos de uma tripulao que s pode ser muito competente para mant-lo pronto. 33Do que me mostraram eu no sabia muito. Basta dizer que o ltimo navio em que servi j deu baixa. 17Quando sa de bordo, parei no portal, voltei-me para a bandeira, inclinei a cabea... e, minha garganta entalou outra vez.

Isso corporativismo; no aquele enxovalhado, que significa o bem de cada um, protegido custa do desmerecimento da instituio; mas o puro, que significa o bem da instituio, protegido pelo merecimento de cada um.

27Sou marinheiro e, portanto, sou corporativista.

Muitas vezes 25a lembrana me retorna aos dias da ativa e morro de saudades. 18Que bom se pudesse voltar ao comeo, vestir aquele uniforme novinho at um pouco grande, ainda recordo Jurar Bandeira, ser beijado pela minha falecida me...

3Sei que, quando minha hora chegar, no ltimo instante, verei, em velocidade desconhecida, o navio com meus amigos, minha mulher, meus filhos, singrando para sempre, indo aonde o mar encontra o cu... e, se So Pedro estiver no portal, direi:

Sou marinheiro, estou embarcando.

Autor desconhecido. In: Lngua portuguesa: leitura e produo de texto. Rio de Janeiro: Marinha do Brasil, Escola Naval, 2011. p. 6-8)

Glossrio- Portal: abertura no casco de um navio, ou passagem junto balaustrada, por onde as pessoas transitam para fora ou para dentro, e por onde se pode movimentar carga leve. 14. (Esc. Naval 2013) Em que opo o autor, ao reportar-se ao passado, emprega um termo cujo sufixo tem valor intensificador? a) At as durezas por que passamos so saborosas ao lembrar [...]. (ref. 16) b) Quando sa de bordo, parei no portal, voltei-me para a bandeira [...]. (ref. 17) c) Que bom se pudesse voltar ao comeo, vestir aquele uniforme novinho [...]. (ref. 18) d) No meu primeiro navio, logo cedo, percebi que era novamente aluno. (ref. 19) e) Acariciou-me o rosto e disse que eu estava lindo de uniforme. (ref. 20) 15. (Insper 2012) Leia a tirinha a seguir.

Os mesmos processos de formao dos termos em negrito aparecem, respectivamente, em a) anoitecer, votao, intil, violao e tristemente. b) reteno, suavidade, desmatamento, infelizmente e firmamento. c) enlatado, ajuda, remisso, dignidade e abolio. d) reao, gerao, absteno, lio e afrontamento. e) magreza, medidor, firmamento, dignidade e violao. Gabarito: Resposta da questo 1: [D]A imagem da Mnica em frente ao computador sugere que, na segunda ocorrncia, o termo chatear adquire o valor semntico de conversar. Trata-se de um neologismo originado do ingls chat e que, emportugus,significaconversao oubate-papopara designaraplicaes de conversao na internet emtempo real. Resposta da questo 2: [A]Composio o processo de formao de palavras a partir da juno de dois ou mais radicais, como acontece, por justaposio, com as palavras ecochatos e ecocticos. Est com noo semntica de enfadonhos (desinteressantes, montonos) e aquela, com sentido de descrentes (que no acreditam). Assim, correta a alternativa [A]. Resposta da questo 3: [A]O prefixo com (de compartilhar) indica contiguidade, companhia, agrupamento; e o prefixo sin (de sincronizar) significa ao conjunta, companhia, reunio, simultaneidade. Assim, ambos so semelhantes semanticamente. Resposta da questo 4: [C]O verbo bramir onomatopaico, pois sua pronncia imita o som emitido por animais bravios. Resposta da questo 5: [B]Alistar: parassntese. Foram acrescentados, simultaneamente, um prefixo e um sufixo palavra primitiva.

Combate: derivao regressiva. A parte final da palavra primitiva (combater) foi retirada, gerando, como palavra derivada, um nome de ao.

Realizar: sufixao. Foi acrescentado o sufixo ar ao radical do substantivo realizao, levando-o a mudar de classe gramatical, de substantivo para verbo.

Embora: aglutinao. Os elementos que formam o composto se ligam e h perda da integridade sonora de ao menos um deles. Assim, em boa hora torna-se embora.

Ribombar: onomatopeia. A palavra formada atravs da imitao de um som. Resposta da questo 6: [D]Em [A], engarrafamento derivada; em [B], brasileiro; em [C], chuvoso; e, em [E], todas so derivadas. Assim, a nica alternativa em que todas as palavras so primitivas [D]. Resposta da questo 7: [A]A nica alternativa que contm dois substantivos a [A], ambos formados por sufixao. Resposta da questo 8: [E]Os termos das alternativas [A], [B], [C] e [D] mantm os seus radicais de origem latina (recusare, reflectere, recuperare e relevans, respectivamente). Apenas a alternativa [E] apresenta uma palavra em que a primeira slaba funciona como prefixo indicador de repetio. Resposta da questo 9: [C]Apenas em [C] se enumeram, de forma adequada, as descries relacionadas formao das palavras inseridas na coluna da esquerda. Em desiguais e pressupostos, os prefixos des- e pre- indicam negao e anterioridade, respectivamente. As palavras planejamento e totalitarismo so formadas por sufixos, sendo que o primeiro d origem a um substantivo a partir de um verbo (planejar) e o segundo indica movimento ideolgico. Resposta da questo 10: [A]

Considerando legtimos os neologismos que respeitaram a estrutura lingustica e o nexo semntico dos elementos que os compunham, Joo Ubaldo Ribeiro indigna-se com a imposio do termo paralimpadas por no respeitar as regras de derivao da lngua. Assim, correta a opo [A]. Resposta da questo 11: [D]No ltimo quadro, a frase da personagem permite inferir que ela considerou carinho e caro como vocbulos cognatos, ou seja, apresentam um mesmo radical primrio (car), pertencendo a uma mesma famlia de significao: carinho apresenta noo de semntica de afeto, e caro, o que querido, estimado. Assim, correta a opo [D]. Resposta da questo 12: [B]Em disenteria, o prefixo dis- indica separao/diluio; em discordar, o prefixo dis significa negao, oposio. Resposta da questo 13: [D]

Existem afirmaes incorretas nas opes [A], [B] e [C], pois

[A] na formao dos termos indissocivel e intransigente tambm esto presentes os sufixos -vel e -nte;

[B] a palavra mpar acentuada por se tratar de paroxtona terminada em r e sada, porque o hiato constitudo pela vogal i isolada e no seguida de s ou nh assim o exige;

[C] no contexto, o termo distintas significa diferentes.

Assim, correta apenas [D], pois em fascinado, inveja e hipntico h, respectivamente, dgrafo [s], dgrafo [] e encontro consonantal [pn]. Resposta da questo 14: [C]Em [A], apenas saborosas apresenta sufixo (sabor + -osa), o qual remete ideia de abundncia.

Em [B] e [E], encontram-se apenas desinncias verbais e nominais.

Em [C], a palavra novinho apresenta sufixo (novo + -inho), formador do grau diminutivo. Neste caso, em especfico, o sufixo agrega valor afetivo, intensificando a caracterstica do uniforme.

Em [D], a palavra novamente apresenta sufixo (nova + -mente), o qual remete circunstncia de modo. Resposta da questo 15: Todas as palavras em negrito - excitao (de excitar), perverso (de perverso), alucinao (de alucinar) e deslumbramento (de deslumbrar) - so formadas por derivao sufixal, exceto a segunda da sequncia - obsesso - que palavra primitiva de raiz latina (obsessio). Em nenhuma das opes existe sequncia de palavras que acompanhe o modelo do enunciado, pois na segunda posio de cada alternativa no existe palavra primitiva (votao-derivao sufixal, suavidade-derivao sufixal, ajuda- derivao regressiva, gerao- derivao sufixal e medidor-derivao sufixal). Assim, no existe alternativa possvel que atenda ao solicitado pela banca. Resumo das questes selecionadas nesta atividade

Data de elaborao:10/02/2015 s 11:26

Nome do arquivo:Lista Morfologia - Formao - Livro 01 - Cap 02Legenda:

Q/Prova = nmero da questo na prova

Q/DB = nmero da questo no banco de dados do SuperPro

Q/provaQ/DBGrau/Dif.MatriaFonteTipo1132454BaixaPortugusUepb/2014Mltipla escolha2134236MdiaPortugusUfsm/2014Mltipla escolha3127677ElevadaPortugusEspcex (Aman)/2014Mltipla escolha4127689MdiaPortugusEspcex (Aman)/2014Mltipla escolha5127681MdiaPortugusEspcex (Aman)/2014Mltipla escolha6127695BaixaPortugusEspcex (Aman)/2014Mltipla escolha7130765BaixaPortugusUnifesp/2014Mltipla escolha8131851BaixaPortugusCefet MG/2014Mltipla escolha9132609MdiaPortugusUfrgs/2014Mltipla escolha10122176MdiaPortugusInsper/2013Mltipla escolha11123003MdiaPortugusUnifesp/2013Mltipla escolha12125864ElevadaPortugusEspm/2013Mltipla escolha13119947ElevadaPortugusEpcar (Afa)/2013Mltipla escolha14133641ElevadaPortugusEsc. Naval/2013Mltipla escolha15109451MdiaPortugusInsper/2012Mltipla escolhaPgina 13 de 13