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Dentre os ensinamentos transmitidos pela espiritualidade através de Allan Kardec no “Livro dos Espíritos”, existe a afirmação de que o espírito possui o livre arbítrio. Este ensinamento ficou entendido como a capacidade que possui o ser encarnado de decidir o que deseja praticar. Pela compreensão que foi dada a este ensinamento pelos seres humanos, o homem possui o direito de praticar o ato que bem entender. Na verdade, este entendimento deu ao ser encarnado o papel de “senhor do seu destino”. Esta visão, no entanto, conflita com a realidade do Universo e, principalmente, com os atributos de Deus, como descrito no mesmo livro. No primeiro capítulo de “O Livro dos Espíritos”, o próprio Allan Kardec, analisando as informações trazidas pela espiritualidade, afirma que Deus é “Todo-Poderoso” e que este poder é um atributo Seu porque “se não tivesse o soberano poder, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa como Ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seriam obras de um outro deus”. Portanto, se o ser humano possui o livre arbítrio para executar os atos que quiser, é tão poderoso quanto Deus e se trata de um novo “deus”... Pelo próprio conhecimento trazido por Kardec, isto não seria possível, pois outro dos atributos de Deus é ser “único”, para que possa haver “unidade de vistas” e “unidade de poder” no Universo. Além do mais, se o ser humano possuísse realmente o livre arbítrio de praticar o ato que quisesse, jamais seria contrariado. Todos teriam que ter sua vontade imposta sobre os demais e o caos existiria, pois jamais todos poderiam ser contemplados ao mesmo tempo. Teríamos um planeta como nos termos da “Torre de Babel” da Gênesis, onde ninguém se entenderia. Para que não houvesse o caos, seria necessário que cada um tivesse a consciência do ferimento que poderia causar ao outro ao impor a sua vontade o que, convenhamos, ainda não é deste mundo. Para que este fosse um planeta organizado e servisse ao seu propósito (campo para evolução dos seres) seria preciso, dentro do conceito atual de livre arbítrio, que todos os seres fossem evoluídos. Aí, para que serviria o planeta de provas e expiações? Quando um ser humano consegue colocar fim à encarnação de outro ser (assassinato), os espíritas afirmam que ele assim agiu porque fez mau uso do seu livre arbítrio. Porém pergunto: onde ficou o livre arbítrio de quem morreu? O ser estava levando a sua vida e não desejava morrer (livre arbítrio), mas viu o seu direito ferido por outro... O que aconteceu neste momento? Pode existir um livre arbítrio mais forte do que outro, ou seja, que seja capaz de impor-se? Neste caso, quem deu este poder para o assassino, se Deus criou todos os seres iguais, com os mesmos direitos?

Livre Arbitrio Completo

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Dentre os ensinamentos transmitidos pela espiritualidade através de Allan Kardec no “Livro dos Espíritos”, existe a afirmação de que o espírito possui o livre arbítrio. Este ensinamento ficou entendido como a capacidade que possui o ser encarnado de decidir o que deseja praticar.

Pela compreensão que foi dada a este ensinamento pelos seres humanos, o homem possui o direito de praticar o ato que bem entender. Na verdade, este entendimento deu ao ser encarnado o papel de “senhor do seu destino”. Esta visão, no entanto, conflita com a realidade do Universo e, principalmente, com os atributos de Deus, como descrito no mesmo livro.

No primeiro capítulo de “O Livro dos Espíritos”, o próprio Allan Kardec, analisando as informações trazidas pela espiritualidade, afirma que Deus é “Todo-Poderoso” e que este poder é um atributo Seu porque “se não tivesse o soberano poder, haveria alguma coisa mais poderosa ou tão poderosa como Ele; não teria feito todas as coisas e as que não tivesse feito seriam obras de um outro deus”.

Portanto, se o ser humano possui o livre arbítrio para executar os atos que quiser, é tão poderoso quanto Deus e se trata de um novo “deus”...

Pelo próprio conhecimento trazido por Kardec, isto não seria possível, pois outro dos atributos de Deus é ser “único”, para que possa haver “unidade de vistas” e “unidade de poder” no Universo.

Além do mais, se o ser humano possuísse realmente o livre arbítrio de praticar o ato que quisesse, jamais seria contrariado. Todos teriam que ter sua vontade imposta sobre os demais e o caos existiria, pois jamais todos poderiam ser contemplados ao mesmo tempo. Teríamos um planeta como nos termos da “Torre de Babel” da Gênesis, onde ninguém se entenderia.

Para que não houvesse o caos, seria necessário que cada um tivesse a consciência do ferimento que poderia causar ao outro ao impor a sua vontade o que, convenhamos, ainda não é deste mundo. Para que este fosse um planeta organizado e servisse ao seu propósito (campo para evolução dos seres) seria preciso, dentro do conceito atual de livre arbítrio, que todos os seres fossem evoluídos. Aí, para que serviria o planeta de provas e expiações?

Quando um ser humano consegue colocar fim à encarnação de outro ser (assassinato), os espíritas afirmam que ele assim agiu porque fez mau uso do seu livre arbítrio. Porém pergunto: onde ficou o livre arbítrio de quem morreu? O ser estava levando a sua vida e não desejava morrer (livre arbítrio), mas viu o seu direito ferido por outro...

O que aconteceu neste momento? Pode existir um livre arbítrio mais forte do que outro, ou seja, que seja capaz de impor-se? Neste caso, quem deu este poder para o assassino, se Deus criou todos os seres iguais, com os mesmos direitos?

Quando uma história se forma antes do ato (motivos que levam ao assassinato), pode-se até afirmar que aquele que desencarnou teria dado motivos para que houvesse o assassinato. Mas e quando o assassinato ocorre sem que a vítima sequer conheça o agressor?

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Como pode um elemento negativo (bandido) conseguir ferir mortalmente uma criança? O ser encarnado em corpo infantil pode ainda não estar de posse de todos os direitos materiais que a idade lhe traz, mas já possui todos os seus direitos espirituais. Assim, esta “criança” (espírito encarnado) também possui o livre arbítrio como espírito que é e este direito não poderá ser menosprezado por outra pessoa.

Será que Deus, apesar de toda sua Onipotência não poderia zelar pela integridade da encarnação que foi criada sob Seus auspícios? Nada poderia fazer para impedir que o ser que habita o corpo infantil não perdesse sua encarnação? São muitas perguntas que não poderiam ser respondias da forma que o são atualmente, sem se ferir o próprio “O Livro dos Espíritos”.

Os espíritas acham que para todas estas perguntas só existe uma resposta: mau uso do livre arbítrio. No entanto, existem duas questões em “O Livro dos Espíritos” que podem trazer alguma luz sobre o assunto.

Continuemos com o exemplo da criança que teve seu desencarne realizado através do livre arbítrio de outro ser humano (assassinato). Sobre o tema “morte fatal” (sem motivo aparente), a pergunta 853 de “O Livro dos Espíritos” é perfeita. Existem duas informações na resposta: há um momento pré-determinado e um gênero programado para a morte e os dois são de conhecimento de Deus.

A criança que foi “vítima” da agressão de outro ser humano, não “morreu” em um momento diferente, nem de forma diferente do que Deus tinha conhecimento. Isto jamais poderia ocorrer senão feriria a Onipotência de Deus. Assim, se o Pai sabia que aquela criança teria que morrer através de uma agressão teria que providenciar um agressor e colocar os dois no mesmo momento, no mesmo lugar, dando ao agressor o pensamento de agir de forma a levá-lo ao ato do assassinato.

 Foi exatamente esta a compreensão que o próprio Allan Kardec chegou e estampou como comentário à pergunta 525:

“Imaginamos injustamente que a ação dos espíritos não deve se manifestar senão por fenômenos extraordinários. Quiséramos que nos viessem ajudar por meio de milagres e nós os representamos sempre armados de uma varinha mágica. Não é assim; eis porque sua intervenção nos parece oculta e o que se faz com seu concurso nos parece muito natural. Assim, por exemplo, eles provocarão a reunião de duas pessoas que parecerão se reencontrar por acaso; eles inspirarão a alguém o pensamento de passar por tal lugar; eles chamarão a atenção sobre tal ponto, se isso deve causar o resultado que querem obter; de tal sorte que o homem, não crendo senão seguir seu próprio impulso, conserva seu livre arbítrio”.

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No exemplo que estamos utilizando, dentro das palavras de Allan Kardec, os espíritos auxiliaram aquela criança e ao bandido inspirando o pensamento de se encontrarem no mesmo lugar, chamando atenção do bandido sobre alguma coisa que o levaria a cometer o que era necessário: o assassinato. Tudo isto por ordem de Deus, utilizando a sua Onipotência.

Se o livre arbítrio do ato que foi praticado pelos dois (matar e morrer) existisse, teria Deus que esperar a criança desejar passar por aquele lugar, que o bandido tivesse o desejo de alguma coisa e que, por algum motivo, cometesse o crime. Tudo obra do acaso, ou melhor, obra do desejo soberano do ser encarnado? Teria surgido, então, pelas próprias palavras de Kardec nos atributos de Deus (capítulo 1), um novo “deus”.

Mas, se Deus não quisesse que a criança desencarnasse, teria como evitar? A resposta também está em “O Livro dos Espíritos” (pergunta 528), onde a espiritualidade afirma que um espírito benevolente pode inspirar o pensamento de quem está sendo alvo de um projétil para que ele se desvie. Pode ainda, para este fim, ofuscar o bandido para que ele aponte não mirando bem. O que nunca poderia ser feito é alterar-se o caminho da bala, pois, depois de disparada, ela o seguiria inexoravelmente.

Deus pode agir de diversas formas, mas todas elas operam sobre o espírito e não sobre as coisas materiais. A Sua ação sempre é uma interferência no comando do ato (pensamento) de cada um e não uma “mágica” que Ele realiza sobre as coisas. Deus não salvaria a criança alterando o traçado do projétil, mas determinando a cada um o ato que deveria realizar. Esta é a Onipotência de Deus: não se subordina ao desejo do ser, mas submete-o ao Seu desejo.

Foi a compreensão do livre arbítrio como independente da vontade de Deus que levou os espíritas a mal compreender a informação passada pela espiritualidade na pergunta 001 do Livro dos Espíritos: “Deus é a causa primeira de todas as coisas”. Foi aceita esta informação para as “coisas”, mas julgaram que entre estas não estivesse incluído o próprio ser humano.

O ser encarnado, portanto, tem todos os seus atos causados por Deus para que a Justiça e o Amor permaneçam no planeta. Quando Deus comanda um ato de um ser encarnado Ele se preocupa em “dar a cada um segundo suas obras” e não o faz como castigo ou pena, mas como uma oportunidade para que esse ser evolua espiritualmente.

Assim, a criança morreu porque merecia (positiva ou negativamente) e o bandido também se tornou um assassino pelo mesmo motivo. Para os dois isto foi um ato de amor, ou seja, um ensinamento que Deus deu a cada um para que pudessem evoluir.

Mas, como um ser merece se transformar em um assassino? Será que Deus “escolhe” ao acaso alguém para ser o “bandido” e outro para ser “mocinho”? 

“O Livro dos Espíritos” (pergunta 851) explica esta situação perfeitamente.

“A fatalidade não existe senão por escolha que fez o espírito, em se encarnando, de suportar tal ou tal prova. Escolhendo, ele se faz uma espécie de destino que é a conseqüência mesma da posição em que se encontra”.

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O destino de cada um está escrito antes da encarnação, pelo próprio ser, de acordo com as provas que quer fazer para a sua evolução, ou seja, para alterar a sua situação espiritual. Assim, a criança foi assassinada porque pediu para que isto acontecesse como uma prova que a elevasse espiritualmente.

Deus comandou todos os acontecimentos do planeta para que a própria escolha do espírito acontecesse. Não poderia Deus deixar nas mãos do espírito a capacidade de decidir se provocaria ou não a situação depois de encarnado, pois o véu do esquecimento obscureceria seus valores espirituais influenciando negativamente na prova que teria que passar para a sua elevação.

Desta forma, Deus assume o comando dos atos e promove todos os acontecimentos para que o desejo do espírito seja atendido. Ele “dirige” os atos do ser humano dando-lhe o pensamento de agir de determinada forma, guiando-se pelo planejamento da encarnação feito anteriormente pelo espírito. Sua ação é sempre no sentido do desejo soberano do espírito não ser afetado pelo “querer” material do ser humano. Deus causa os acontecimentos para que a felicidade eterna seja alcançada e não para que haja uma satisfação momentânea e fugaz.

Quanto ao assassino, será que ele também pediu para se tornar um criminoso? Entre os objetivos da reencarnação citados na pergunta 132 do mesmo livro, Allan Kardec cita a expiação, ou seja, remir a culpa, sofrer conseqüências de atos anteriores. Deus deu àquele espírito o “papel” de assassino para expiar faltas anteriores. Mas, se todos cumprem apenas o pré-determinado sob o comando de Deus, de onde virão as culpas?

De volta à pergunta 851, depois da informação de que o destino é escrito por cada espírito antes da encarnação, encontramos o seguinte texto:

“Falo das provas físicas, porque o que é prova moral e tentações, o espírito, conservando o seu livre arbítrio sobre o bem e o mal, é sempre senhor de ceder ou resistir”.

Além do livre arbítrio de escrever o seu destino, Deus dá a cada um o direito de reagir sentimentalmente (bem ou mal) às tentações, ou seja, às provas que se submete. Como “bem”, entendemos o ensinamento de Cristo (o amor) que chamaremos de sentimento positivo. Como “mal”, entendemos todos os sentimentos que possam ferir os outros, ou seja, que objetivem a felicidade individual. A estes chamamos de negativos.

Assim, quando uma situação ocorre na vida de uma pessoa (prova comandada por Deus) o espírito tem o livre arbítrio de amá-la ou de rejeitá-la utilizando-se de sentimentos que privilegiem seus conceitos. A este processo, chamamos de “livre arbítrio sentimental”.

Cada vez que o espírito cede a uma tentação (utiliza sentimentos negativos), Deus providencia outra prova para que ele “aprenda” a amar. Esta nova prova também terá o caráter de expiação, pois quando um ser busca apenas a sua satisfação individual fere a felicidade do próximo.

No entanto, ninguém se torna um bandido de um dia para o outro. Na verdade, o ser vai se “afundando” paulatinamente no crime ao longo de suas existências, até que um dia, se torna um assassino. Transformar-se em um assassino é conseqüência de ter cedido a primeira tentação que o tornou talvez num ladrão. 

Desta forma não existe vítima ou criminoso, mas seres guiados por Deus dentro do livre arbítrio de cada um como espíritos que são e não como seres humanos, que nada mais são do que seres universais obscurecidos pelo véu do esquecimento do mundo espiritual.

O livre arbítrio do ato quebraria toda esta interação dos elementos do universo e colocaria Deus na situação de espectador dos acontecimentos, “torcendo” para que cada um mantivesse a sua escolha para que a evolução do Universo acontecesse... 

Todo espírito tem o livre arbítrio como ensinado, mas este é exercido de duas formas: a primeira, na hora da montagem do planejamento da encarnação e a segunda já na carne, quando o ser escolherá ceder ou não às tentações materiais.

Que me desculpem os espíritas, mas não estou ensinando nada novo, pois nem poderia agir desta forma. Todas as afirmações que fiz neste trabalho foram baseadas em respostas dadas pelo Espírito da Verdade a Allan Kardec e constam de “O Livro dos Espíritos”, obra do Pentateuco básico do espiritismo.

Só o que fiz foi retirar da interpretação do mesmo texto a soberba do ser humano, que não podendo ser Deus quer exercer a Sua função de ser causador dos acontecimentos, como por diversas vezes alertado também em “O Livro dos Espíritos”.

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258. No estado errante, antes de nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do que lhe vai acontecer durante a vida? 

Ele mesmo escolhe o gênero de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre arbítrio.

866. Então, a fatalidade que parece presidir aos destinos do homem na vida material seria também resultado do nosso livre arbítrio? 

Tu mesmo escolheste a tua prova: quanto mais rude ela for, se melhor a suportas, mais te elevas. Os que passam a vida na abundância e no bem-estar são Espíritos covardes, que permanecem estacionários. Assim, o número de infortunados ultrapassa de muito o dos felizes do mundo, visto que os Espíritos procuram, na sua maioria, as provas que lhes sejam mais frutuosas. Eles vêem muito bem a futilidade das vossas grandezas e dos vossos prazeres. Aliás, a vida mais feliz é sempre agitada, sempre perturbada: não é somente a dor que produz contrariedades. (Ver itens 525 e seguintes). "

- O espírito define seu genero de provas - O genero de provas inclue expiações, provas e missões - Deus prepara as provas para cada um, onde os espíritos interagem

A consequencia é que os programas de um grupo de pessoas esta interligado, assim se um do grupo pudesse alterar algo no mundo externo (os acontecimentos) estaria afetando a programação dos demais deste grupo. E o acaso inexiste na obra divina. 

Para comprender melhor esta impossibilidade, devemos nos aprofundar um pouco no mecanismo atraves do qual esta programação nos acompanha durante a encarnação. O que vou escrever a seguir não está no LE ou na DE, faz parte do ensinamento de outras fontes, mais explicitas neste aspecto. 

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Quando o espírito se prepara para a encarnação e após a definição do genero de provas (sempre morais - sentimentos), Deus prepara provas (acontecimentos materiais), ou o palco do teatro da vida, onde cada um exerce um papel atraves do qual, pela interação com outros testa os seus sentimentos (valores morais).   Esta programação da existencia encarnada é 'arquivada' em um agregado do espírito que denomina-se 'ego'. 

O ego é como se fosse um arquivo de computador onde todas as passagens da peça que encenamos no teatro da vida estão definidas. E também estão definidas as perguntas que a cada momento devemos responder frente a cada uma das inúmeras vicissitudes diárias, bem como as suas respostas. Comprendamos o ego apenas por este aspecto neste momento. O sujeito que nos guia pelo caminho da vida e que tudo sabe, de certo e de errado. Porque certo e errado? Porque nós ao escolhermos um determinado sentimento para ser testado, criamos uma 'fatalidade, uma espécie de destino' (LE) que são os acontecimentos da existencia. 

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E o ego nos mostra a cada instante a pergunta para o instante e as duas respostas possíveis, a certa e a errada. Veja que me refiro a respostas interiores, morais, sentimentais e não ações no mundo exterior. 

E nós, exercendo o livre arbítrio da escolha, optamos por uma e com isto acertamos ou erramos em uma das inumeras questões da prova (prova, expiação ou missão) que nos propuzemos a passar ou sofrer. Mas há algo mais a considerar neste papel do ego. Sempre a resposta errada é a mais simples, agradável, menos trabalhosa e é a primeira que nos fica evidenciada. Se a utilizarmos para responder a pergunta do instante, erramos. Esta a razão para tentarmos não ouvir o ego, ele é o nosso tentador, o erro, e é para isto que existe. 

Dentro desta absoluta perfeição que é a obra divina, na qual as vontades de cada espírito são rigorosamente observadas e onde se lhe dá inumeras oportunidades de provar-se e testar-se não existem acasos. Tudo o que o LE nos ensina é o processo de elevação moral dos espíritos em suas diferentes formas de manifestação. 

E me pergunto, se nesta perfeição, onde a vontade soberana do espirito determina os

acontecimentos pelos quais vai se provar e onde as perguntas e respostas de cada instante estão programadas, o que mais nos resta a fazer, quando encarnados, senão utilizar nossa capacidade em responder corretamente? Porque se todos os acontecimentos nos são colocados por Deus, porque insistimos em considerar o 'outro' um ofensor, quando é apenas um dos elementos do teatro exercendo um papel que nosso ego denomina de 'ofensor'? E que, ignorando o ego, devemos compreender como um teste. Apenas mais um teste. Ou, alternativamente, culpar a Deus por todos os nossos infortunios, pois Deus é a única causa de todos eles. Deus é o programador de todos os acontecimentos, agradaveis e desagradaveis.

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Ninguem tem condiçao de alterar o universo material, palco de suas provas. Este palco é construido e continuamente alterado para propiciar as provas solicitadas. E isto já é do conhecimento humano desde os evangelhos, não é novidade alguma. 

Mas o homem ainda se confunde com seu espirito e seu pensamento, não sabendo bem onde termina o espirito, onde começa o ego e onde inicia-se o corpo fisico. Desta forma cre que tudo o que acontece tem uma razão material, seu corpo que ve espelhado a sua frente. E por esta razão as leis humanas sempre julgaram o ato ou a ação, base da justiça terrena. 

Para o espirito, centelha, a única aprendizagem é a moral ou sentimental. Então, como espírito, a vida real, ele também vai a 'escola' (sei lá como é isto, tome-o apenas pictoricamente), ou seja estuda as materias morais. Por exemplo, passa uma temporada (algumas décadas, o que para o espírito pode equivaler a alguns dias para nós) estudando um aspecto moral, a avareza por exemplo. Após o estudo, o espirito diz, todo feliz "eu sei o que é a avareza". Neste momento fecham-se os livros (pictorico), afastam-se os mestres (real) e o espírito é convidado a provar para si mesmo que aprendeu. E programa uma encarnação onde vai provar-se no quesito "avareza". O que irá acontecer e como vai acontecer desconheçe. Compete a Deus, atraves de toda a cadeia de espiritos, criar os acontecimentos que permitam a este espírito vivenciar a "avareza" em um ou mais de seus aspectos. E o espírito vai vivenciar "na carne", como dizemos na terra, todas as sensações e sentimentos conflitantes que geram e derivam da avareza. E cabe-lhe, encarnado, apenas dizer "eu sei que esta é a minha prova" e não deixar-se levar pelo sentimento e avareza. 

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No Livro da Vida constam os "acontecimentos" determinantes da "vida" de um espírito na carne: ali está afixado o seu dia de nascimento, a família à qual irá pertencer, os acontecimentos de sua infância, juventude e maturidade; seus empregos, amigos íntimos, namoros,casamento e prole; sua profissão, o sucesso de sua carreira e o seu círculo social; suas carências materiais e abundâncias; sua "saúde" física e as doenças que põem limites à sua ação. Tudo isto estabelecido de tal forma que o espírito possa utilizar-se dessas situações e executar os trabalhos (expiações, provas e missões) que o elevarão. 

Chamamos a estas situações pré-estabelecidas de "carma de vidas passadas", pois elas são influenciadas diretamente pelos feitos do espírito em outras encarnações. 

Estas situações não poderão ser alteradas, pois, além de terem sido traçadas com a interseção do próprio espírito, são as necessárias para alcançar o patamar de evolução ao qual o espírito se propôs. 

Entretanto, o cumprimento do Livro da Vida não assegura a felicidade nos acontecimentos apenas porque o espírito está passando por eles: para que isto aconteça, é necessário que o espírito consiga colocar em prática o amor universal. 

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Todo ato do ser humano é comandado por Deus na sua forma, de acordo com a essência que o espírito nutre no momento. 

A vida do “ser humano” é uma prova para o espírito que habita a carne e, portanto, todas as coisas que acontecem materialmente não passam de questões desta prova. 

Por isto, o ser humano não tem condições de nelas interferir, pois seria o aluno determinando a questão da prova. Somente o Autor Intelectual da prova pode escrever as questões.

Desta forma, Deus escreve a cada segundo na vida do ser humano as questões que o espírito terá de responder com amor ou sem amor. Fica mais fácil compreender esta verdade universal compreendendo o “ciclo da vida”.

Ciclo da vida: sentir / pensar / agir

Sempre que alguma percepção penetra pelos sentidos do corpo físico (visão, audição, olfato, sabor e tato), o espírito escolhe um sentimento para reagir a ela.

Por exemplo: quando a visão forma a imagem de uma pessoa que um dia nos causou algum problema, certamente escolheremos a desconfiança para servir de base para o pensamento. Diferente será o sentimento se a pessoa sempre houver sido nossa amiga: neste caso sentiremos carinho, amizade, etc

Com base neste sentimento Deus comanda, através de seus auxiliares espirituais, uma história que é o pensamento do “ser humano”..No primeiro caso do nosso exemplo, o ser humano dirá para si: mesmo: “cuidado, esta pessoa já o magoou”. Este pensamento, entretanto, não é do espírito, mas sim uma intuição que Deus manda a ele.

Mas Deus não manda este pensamento porque quer que o ser humano não goste da outra pessoa, mas porque ele reflete o sentimento que o espírito sentiu. Portanto, se a prova é sentir o amor, este ser humano foi reprovado naquela questão e nova questão terá que ser “respondida”. 

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É este pensamento que servirá de base para o ato que será praticado, que também será intuído por Deus ao espírito. Isto fica bem claro com este texto do Livro dos Espíritos de Allan Kardec.

“526 - Por exemplo, um homem deve perecer: ele sobe em uma escada, a escada se quebra e o homem se mata; são os espíritos que fazem a escada quebrar para cumprir o destino do homem?”“É bem verdade que os espíritos têm uma ação sobre a matéria, mas para o cumprimento das leis da Natureza e não para as derrogar, fazendo surgir no momento oportuno um acontecimento inesperado e contrário a essas leis. No exemplo que citas, a escada se rompe porque ela estava carcomida ou não bastante forte para suportar o peso do homem. Se estava no destino desse homem perecer dessa maneira, eles lhe inspirarão o pensamento de subir por essa escada que deverá se romper sob seu peso, e sua morte terá lugar por um efeito natural sem que seja necessário um milagre para isso.”

As perguntas 527 e 528 expressam ainda melhor este pensamento, através do qual podemos então afirmar que o espírito tem todos os seus passos conduzidos por outros espíritos enviados de Deus, para que se cumpra o destino de cada um.

Este destino nada mais é do que o merecimento do espírito, ou seja, a resposta a questões anteriores na prova chamada vida. Portanto, as questões são escritas a cada momento pelo espírito, de acordo com as respostas às perguntas anteriores, não na sua forma, mas na sua essência. 

Denunc

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“851 – Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre arbítrio? A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois pelo que toca às provas morais   e às tentações, o Espírito, conservando o seu livre arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou resistir”.

Resumindo estas duas informações podemos dizer que o espírito ligado a um ser humano tem dois livres arbítrios: um para o ato e outro para o sentimento com o qual vivencia o ato.O livre arbítrio do ato é exercido antes da encarnação quando o espírito pede as suas provas, escreve a história que o personagem que irá ligar-se vai viver. Depois de que encarna (liga-se ao personagem de tal forma que passa a ter a consciência de que é ele) é impossível alterar tudo o que foi previsto para aquela vida.

A questão do porque o espírito não pode alterar a existência pré-programada do ser humano também está em “O Livro dos Espíritos”: “O desejo que então alimenta pode influir na escolha que venha a fazer, dependendo da intenção que o anime. Dá-se, porém, que como Espírito livre, quase sempre vê as coisas de modo diferente” . 

Quando o espírito vivencia a consciência de que é o ser humano seu objetivo é outro. Antes ele era movido pela intenção de elevar-se espiritualmente (adquirir bens celestes), mas depois passa a desejar a “riqueza material” (satisfação, prazer). 

Portanto, o livre arbítrio do ato é exercido antes da “vida”, antes da encarnação. No entanto, durante a vivencia dos acontecimentos carnais o espírito tem o livre arbítrio do sentimento (“Falo das provas físicas, pois pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o seu livre arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou resistir”).

O “bem” e o “mal” aqui não está voltado para o ato em si, mas utilizado no seu sentido espiritual. O espírito que vive o “bem” é aquele que ama a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo e aquele que opta pelo “mal” é aquele que ama a si mesmo acima de tudo.

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Resumindo :

LIVRE ARBÍTRIO quer dizer "absoluta independência para decidir sem qualquer limitação" e isto nós possuimos, mas apenas no nivel sentimental,(espírito)  

DETERMINISMO quer dizer "a total impossibilidade de agir fora de um programa" e isto tambem temos, mas no nivel fisico (ser humano)  

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A unidade de pensamento, de causa, de Deus é incompatível com a diversidade das aptidões individuais.

78 - (os espíritos) São sua criação e submissos à Sua vontade 

266 - Quando se está liberto da matéria, a ilusão cessa e a forma de pensar é outra. 

529 – O que Deus quer deve acontecer

532 - Há males que estão nos desígnios da Providência

535 – Agradecei a Deus, sem cuja permissão nada se faz

536 – Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.

569 - Os Espíritos executam as vontades de Deus e não podeis penetrar nos seus desígnios.

584 – É, na maioria das vezes, apenas um instrumento de que Deus se serve para a realização de seus desígnios

663 - Vossas provas estão nas mãos de Deus.

692 - o próprio homem é um instrumento nas mãos de Deus, do qual Ele se serve para que tudo à sua volta atinja os objetivos aos quais se destina.

963 - Deus se ocupa com todos os seres que criou, por mais pequeninos que sejam. Nada, para a sua bondade, é destituído de valor.

132 Qual é o objetivo da encarnação dos Espíritos?

– A Lei de Deus lhes impõe a encarnação com o objetivo de fazê-los chegar à perfeição. Para uns é uma expiação; para outros é uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, devem sofrer todas as tribulações da existência corporal: é a expiação. A encarnação tem também um outro objetivo: dar ao Espírito condições de cumprir sua parte na obra da criação. Para realizá-la é que, em cada mundo, toma um corpo em harmonia com a matéria essencial desse mundo para executar aí, sob esse ponto de vista, as determinações de Deus, de modo que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.

Quaisquer que sejam os prodígios realizados pela inteligência humana, essa inteligência tem ela mesma uma causa e, quanto mais grandioso for o que ela realize, maior deve ser a causa primária. É essa inteligência superior que é a causa primária de todas as coisas, qualquer que seja o nome que o homem lhe queira dar.

Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira.

"Se alguns daqueles que pretenderam instruir o homem na lei de Deus algumas vezes o desviaram, ensinando-lhe falsos princípios, foi por se deixarem dominar por sentimentos muito materiais e por ter confundido as leis que regem as condições da

vida da alma com as do corpo. Muitos anunciaram como leis divinas o que eram apenas leis humanas criadas para servir às paixões e dominar os homens."

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