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Livro produzido pelos alunos do 5º período de Letras da Faculdade do Vale do Jaguaribe-FVJ com a orientação das professoras Jemima Silvestre e Marília Costa durante o semestre letivo de 2012.1.
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1
Idealização
Professoras Marília Costa de Souza e Jemima Silvestre da Silva
Organização e Revisão
Professora Marília Costa de Souza
Edição
Jemima Silvestre da Silva
Autores
Alrilene Barbosa, Ana Katarina Laurindo dos Santos, Carline Freitas dos
Santos, Elenilda Ferreira Bezerra, Fábio da Silva Barbosa, Francisca
Aurizete da Silva Medeiros, Larisse Ferreira de Alcântara Lima, Lívia
Maria Monteiro Rodrigues, Nadson Lopes Monteiro, Nayne Patrícia Silva
Lima, Rosiane Oliveira Da Silva, Vanessa Andrade.
2
“A teoria sem a prática vira 'verbalismo', assim como a prática sem teoria, vira ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade.”
Paulo Freire
3
Dedicatória
A Deus que é nossa fortaleza e sem Ele nada seria possível.
Aos familiares, em especial aos nossos pais que nos servem de base e sempre
estão dispostos a apoiar nossas decisões com carinho e dedicação.
Às professoras Marília Costa de Souza e Jemima Silvestre da Silva que são
espelho para a turma e não mediram esforços na construção desse
trabalho.
Ao nosso querido professor Tinoco Luna que se mostra um amigo fiel e
sempre está empenhado a nos a auxiliar.
E a todos que de maneira direta ou indireta apoiaram na construção desse
trabalho.
4
Vive-se em um universo de múltiplas transformações, nesse contexto
dinâmico vemos uma conexão sistêmica de mudanças nos aspectos
políticos, sociais, econômicos e tecnológicos.
Leonardo Boff (1997) nos diz que o que efetivamente conta não são as
coisas que nos acontecem, mas, sobretudo, a nossa reação frente a elas. O
educador ocupa papel crucial nesse cenário de constates metamorfose, e
segue no desafio constante de adaptar sua prática de ensino às
necessidades sociais.
Candy (1991) retrata esse paralelo de forma implícita, mas com uma
fundamentação essencial à conscientização de tal modalidade; ele destaca
que “apesar deste desconcertante turbilhão, contudo, uma coisa mantém-se
mais ou menos constante: a limitação da capacidade das pessoas em lidar
com a mudança. (...) Com vista a dar resposta a esta necessidade, tem sido
enfatizada a necessidade de indivíduos autodirigidos que são capazes, seja
de conduzir a sua educação, seja de aprender por eles próprios sem a
pesada estrutura das instituições educativas”.
O conteúdo do livro Práticas em prática: procedimentos fáceis e
rápidos para a sala de aula, elaborado pela turma do 5º período de Letras
da Faculdade do Vale do Jaguaribe pode ser considerado um instrumento
pedagógico relevante considerando o incremento da atuação da Internet
na e para Educação. Os assuntos abordados servem de base aos professores
que lecionam nas diversas séries dos níveis do ensino fundamental e médio,
com ênfase neste último, e retratam os mais diversificados gêneros
textuais: tirinhas, crônicas, teatro, músicas, romances, dentre outros.
Para uma assimilação e abordagem de como por em prática as
atividades citadas em todo o livro virtual, há um embasamento todo
contextualizado, ou seja, trabalha-se com gramática ou literatura (ou
produção textual) de forma indiscreta e muito implícita, sendo que o
aprendente desenvolve cognitivamente certos tópicos voltados à grade
curricular e não percebe.
5
Não há uma limitação para a aplicação destes procedimentos no que
se refere às áreas da educação, visto que o livro pode ser utilizado tanto
por professores de matemática, geografia, história, dentre outros bastando
apenas fazer ajustes e adaptações na escolha e tema dos gêneros indicados.
Enfim, a criação e a utilização deste material são altamente
motivadoras, pois o livro não só desenvolve temáticas de interesses
diversos, como também assume um índice ascendente da aprendizagem,
sendo que as orientações moldam-se na linha de pensamento de promover
as aulas não restritamente no âmbito escolar, mas usufruir de outros
espaços sejam eles escolares (pátio, biblioteca, sala de multimeios,
laboratório de informática) ou não (jardim, praça pública, quadra
poliesportiva), aproveitando os interesses pessoais dos educandos e
incrementando, assim, a capacidade dos mesmos refletirem criticamente e
conscientizarem-se de que a Internet não se limita às redes sociais, porém
pode ser ampliada para a educação e a qualificação profissional.
Espera-se que Práticas em prática: procedimentos fáceis e rápidos
para a sala de aula possa ser “degustado” minuciosamente para qualquer
interessado na área de lecionar ou que tiver curiosidade de ler pelo fato de
adquirir mais informações.
6
Sumário
Tirando as Tirinhas da Caixa .......................................................................07
Brincando de Adivinhação ...........................................................................09
Repolho da Leitura e interpretação de textos...........................................10
Expressão Escrita e Falada através da Música........................................11
Roda Poética......................................................................................................14
Que bom! Que pena! Que tal? .......................................................................17
Crônica em Debate..........................................................................................18
No ritmo da Música.......................................................................................20
Construindo uma História............................................................................22
Jornal em Ação................................................................................................23
Desbravando os Gêneros Textuais..............................................................24
Aguçando os Sentidos....................................................................................25
7
Tirando as Tirinhas da Caixa
Alrilene Barbosa
Levar para a sala de aula uma caixa com tampa, com tirinhas de diversos cartunistas.
Formar um circulo, passar de mão em mão a caixa e perguntar se eles sabem o que tem dentro.
Fazer um suspense antes de abri-la.
Ao descobrir que são tirinhas, perguntar aos alunos quais personagens de tirinhas eles conhecem.
Deixar que cada aluno escolha uma tirinha e comente sobre qual a personagem principal?, qual é o assunto da tirinha?, em que meios de comunicação pode-se encontrar tirinhas?, qual(is) a(s) expressão(ões) do(s) personagem(ns)? Entre outros questionamentos.
A professora escolhe uma tirinha da caixa, comenta sobre todos os detalhes da mesma e acrescenta à turma informações sobre a biografia do personagem e do cartunista.
A caixinha pode apresentar inicialmente variadas tirinhas do mesmo personagem para que a turma aos poucos tome contato com os diferentes estilos e histórias.
Com o passar do tempo, a caixinha pode apresentar várias tiras de personagens e cartunistas diferentes, brasileiros e/ou estrangeiros, ampliando assim o conhecimento dos educandos.
Esta prática tem como capacidade identificar a finalidade e funções da leitura, em função do reconhecimento do suporte, do gênero e da contextualização do texto, seu objetivo é identificar o gênero tirinha, a sua função e onde encontrá-la. A tirinha utilizada nesta prática está em anexos.
8
Anexos:
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-
amigos-428892.shtml
9
Brincando de Adivinhação
Ana Katarina Laurindo dos Santos.
Os alunos serão recebidos de forma rotineira dentro de sala de aula.
Depois da acolhida, o professor distribuirá pedaços de papeis sem
avisar aos alunos o que será trabalhado.
Depois de distribuídos os papeis, o professor pedirá que os alunos
escrevam um fato que eles considerem importante que ocorreu com
os mesmos antes da chegada a escola.
O professor deverá dar um tempo de aproximadamente 15 minutos
para os alunos. Logo após os alunos concluírem esse processo, o
professor deverá recolher os papeis
Em seguida, alunos e professores deverão sair de sala e ir a um
ambiente aberto, confortável, de preferência fora do ambiente
escolar.
O professor deverá misturar e distribuir os papeis aos alunos. E pedir
que os mesmos leiam e interpretem na forma de desenhos o que os
colegas escreveram.
Depois desse processo, todos deverão ficar em círculos.
Um aluno inicia mostrando o seu desenho os demais tentarão
adivinhar com quem o fato ocorreu.
10
Repolho da Leitura e interpretação de textos
Carline Freitas dos Santos
Selecione vários textos (de acordo com o número de alunos), retire da
internet pequenos resumos de obras literárias como Iracema, Moreninha,
Lucíola, entre outros clássicos da literatura brasileira. Com esses resumos
forme um repolho de folhas de papel (cubra folha por folha, amasse a
primeira e cubra-a com as demais).
Chegue um pouco mais cedo na sala, coloque as carteiras em círculo e
se possível decore a sala com fotos dos autores e personagens das obras.
Prepare um CD com uma música bem alegre, do gosto da turma, e
um som. Teste-os com antecedência.
No primeiro momento deixe os alunos livres para explorar a sala e as
figuras expostas, pois aumentará a curiosidade deles.
Em seguida, explique a dinâmica: o “repolho” vai passar enquanto a
música estiver tocando, quando o professor pausar a música, quem estiver
segurando o “repolho” vai abrir e ler a primeira folha, e assim
sucessivamente, até que todos tenham participado.
Nessa dinâmica os alunos vão ler, interpretar e compartilhar ideias.
Além disso, alguns serão despertados para ler os clássicos, como
continuação da leitura em sala. Por isso, os textos devem ser curtos, sem
revelar muito o enredo.
11
Expressão Escrita e Falada através da Música
Elenilda Ferreira Bezerra
Preparar a sala com as cadeiras em filas para que a atividade
aconteça com maior êxito.
Apresentação de questionamentos aos alunos:
1. O que é interpretar um texto?
2. Por que interpretar?
3. Qual a importância de ler e escrever bem?
Logo após, será entregue aos alunos uma fotocópia com a letra da
música Meu Guri de Chico Buarque de Holanda, (anexo I) e, em
seguida, será feita a leitura do texto em voz alta, pelo professor e
alunos;
Depois da leitura, o professor deverá propor 2(duas) questões básicas
para suscitar a compreensão acerca do conteúdo:
1. Qual é a mensagem passada pelo texto?
2. Quais são os temas que o texto aborda?
O professor fará a discussão sobre a música, em contexto geral,
pedindo a participação dos alunos, dando espaço a suas opiniões.
Será passada aos alunos uma folha contendo seis questões referentes
ao texto, (anexo II), para serem respondidas em sala, essas perguntas
serão lidas e explicadas pelo professor.
Em seguida, serão corrigidas as questões, com a participação dos
alunos.
Será avaliada a participação dos educandos e a apresentação da
atividade que foi proposta.
Com essa estratégia de leitura, o professor poderá florescer nos alunos
o gosto por escrever, fazê-los manifestar os seus conhecimentos por
meio da escrita, torná-los sabeis a interpretar um texto seja ele
retratado em imagens, ou retratado em palavras.
12
Anexos
ANEXO I - O MEU GURI - Chico Buarque - 1981 Quando, seu moço, nasceu meu rebento Não era o momento dele rebentar Já foi nascendo com cara de fome E eu não tinha nem nome pra lhe dar Como fui levando não sei lhe explicar Fui assim levando, ele a me levar E na sua meninice ele um dia me disse Que chegava lá, olha aí, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri e ele chega Chega suado e veloz do batente e traz sempre um presente pra me encabular Tanta corrente de ouro, seu moço Que haja pescoço pra enfiar Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro Chave, caderneta, terço e patuá Um lenço e uma penca de documentos Pra finalmente eu me identificar, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri e ele chega Chega no morro com o carregamento Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador Rezo até ele chegar cá no alto Essa onda de assaltos tá um horror Eu consolo ele, ele me consola Boto ele no colo pra ele me ninar De repente acordo, olho pro lado E o danado já foi trabalhar, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri e ele chega Chega estampado, manchete, retrato Com venda nos olhos, legenda e as iniciais Eu não entendo essa gente, seu moço Fazendo alvoroço demais O guri no mato, acho que ta rindo Acho que tá lindo, de papo pro ar Desde o começo, eu não disse, seu moço? Ele me disse que chegava lá, olha aí, olha aí Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri.
13
ANEXO II - Atividades
1 - Numere a coluna direita, relacionando palavras aos significados:
(1) rebento (verso1) ( ) acanhar, constranger.
(2) batente (11) ( ) faixa com que se cobre os olhos.
(3) encabular (12) ( ) trabalho, serviço.
(4) patuá (16) ( ) agitação, tumulto, confusão.
(5) venda (32) ( ) broto, filho.
(6) alvoroço (34) ( ) amuleto, escapulário.
2- A canção de Chico Buarque é um lamento materno sobre um menino
pobre. Como é a vida desse menino?
3 - A expressão “que chegava lá”, retirada do verso 8, mostra que o menino tinha: ( ) otimismo ( ) desconfiança ( ) pessimismo ( ) medo 4 - Baseando-se nas informações oferecidas pela letra da música de Chico Buarque, explique com suas palavras: a) Em que condições se deram o nascimento do guri? b) Que tipo de atividade o menino encontrou para sustentar a família? 5 - A mãe orgulha-se do filho. Por quê? 6- Em sua opinião, o que seria preciso para que o destino da personagem do texto tivesse possibilidade de ser diferente?
14
Roda Poética
Fábio da Silva Barbosa
Organize a sala em forma de meia lua ou círculo, escolha uma forma ou
outra de acordo das medidas e situações do ambiente presente.
Selecione um texto voltado aos valores morais de sua preferência ou utilize
como sugestão o texto A Convivência, de autoria desconhecida, para iniciar
a aula.
Use um fundo musical sem letra, somente toques, de preferência toques
voltados à natureza ou musica instrumental.
Após a leitura, deixe bem livre a socialização oral dos discentes referente
aos múltiplos entendimentos e interpretações da leitura, sendo espontâneas
as participações dos educandos.
Concluído esse momento de reflexão, sugere-se que todos os aprendentes
utilizem uma folha de oficio e uma caneta para o segundo momento.
O(a) professor(a) de forma compassiva e no ritmo da turma, falará algumas
orientações aos alunos, as quais podem ser criadas pelo educador ou ser
utilizadas as que estão em anexo, e estes deve seguir tranquilamente a
todas, tendo como base a ordem das orientações.
Respondidas as perguntas, escolha um ou dois alunos para ler suas criações,
as quais visavam transmutar-se em poesias, daí o nome da aula Roda
Poética.
Obs.: O texto A Convivência e a lista de perguntas estão em anexo.
15
ANEXO 1
TEXTO: A Convivência
Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo
terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais
não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se
adaptarem as condições do clima hostil. Foi então que uma grande
manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e
sobreviver, começou a se unir, a se juntar mais e mais. Assim, cada
um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos,
agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais
tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir
os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes
forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E
afastaram-se feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não
suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam
muito…
Mas, essa não foi à melhor solução. Afastados, separados, logo
começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a
se aproximar pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma
que, unidos, cada qual conservava uma certa distancia do outro,
mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver
sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, suportaram-se
resistindo a longa era glacial.
Sobreviveram!
Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos.
Esta parábola nos ensina como conviver no jogo da vida,
aceitando as coisas boas e ruins, vencendo assim os obstáculos.
(Autor desconhecido)
16
ANEXO 2
ORIENTAÇÕES PARA A RODA POÉTICA
Obs.: As orientações devem ser mencionadas na ordem, e depois de
mencionada a orientação o educando deve escrever de acordo com o
que foi dito.
Para o título da poesia:
1ª- A palavra que você mais gosta (sentimentos, emoções, bandas,
nomes de familiares, amigos ou afins, quaisquer palavras).
Corpo da poesia:
2ª-A frase que você ainda falou para alguém que você gosta muito
(pai, mãe, namorado, namorada, irmão…).
3ª – A frase que você já escutou de alguém que lhe marcou muito.
4ª- Algo que você deseja que aconteça para uma pessoa especial da
sua vida.
5ª-A frase que você queria ouvir dessa pessoa referida no item
quatro.
6ª- Sua reação quando pensa nessa pessoa referente ao item quatro e
cinco.
7ª-Qual o sentimento atual que você sente por essa pessoa referida aos
itens anteriores.
8ª-Deve-se orientar para que todos os educandos escrevam nesta
etapa do processo a frase: E eu te darei…
9ª-Nesta etapa o educando mencionará tudo o que daria a esta
pessoa referida se tivesse no alcance.
10ª- O educando colocará o termo “de:” e escreverá o nome de um
sentimento bom.
11ª- O educando colocará o termo “para:” e escreverá o nome de um
sentimento ruim.
Orientações criadas pelo autor da estratégia de aula.
17
Que bom! Que pena! Que tal?
Francisca Aurizete da Silva Medeiros
Esta atividade levará os alunos a produzirem tipos textuais de sua
preferência.
Antes de iniciar esta atividade, o professor deve anteriormente
definir o conteúdo a ser dado. Neste caso, sugiro o tema: gêneros
textuais.
Produza papeis com frases: Que bom! Que pena! Que tal?, alternando
sempre a ordem das frases, totalizando a quantidade de alunos
existentes na sala em que você aplicará esta estratégia.
Em uma aula anterior a prática, faça uma exposição sobre o que é
gênero textual, quais são os tipos de gêneros textuais mais comuns.
Ao iniciar cumprimente os alunos, visualize quantos estão presentes
na sala de aula.
Esclareça que a estratégia dará voz a opinião de cada um deles em
relação à última aula, que poderá ser um lamento por algo que tenha
faltado, parabéns por algo que foi feito naquela aula ou ainda uma
sugestão de como melhorar o conhecimento prévio sobre um assunto
específico, isto por meio de um gênero textual da preferência de cada
um.
A escolha da temática se realizará através de um sorteio dos tópicos:
Que bom!; trata-se do que ele mais gostou nessa ultima aula de
português, o que mais lhe chamou atenção, qual gênero ele mais se
identificou. Que pena!; o que não foi tão bom na ultima aula dada por
esse professor, e o gênero textual de que não gosta ou que não
deveria constar entre os demais gêneros textuais (se assim este achar)
e Que tal?; trazendo sugestões de como esse professor poderia
melhorar a aula e qual gênero ele deveria reforçar, pois ficou alguma
lacuna.
De acordo com um tópico recebido deixe os alunos produzirem
livremente, se alguns escolherem um gênero que requer mais tempo
permita-os a entrega do texto na próxima aula.
18
Crônica em Debate
Larisse Ferreira de Alcântara Lima
Primeiramente a sala será dividida em dois grupos e uma bancada
julgadora formada pelo professor e por dois alunos escolhidos por ele, sendo
que para introduzir o conteúdo proposto, o
professor deverá solicitar aos alunos de cada
grupo que definam o gênero Crônica e depois
apresentem para os demais alunos, sempre
verificando se a definição está correta, logo após
a apresentação dos alunos, o professor deverá
fazer as devidas observações.
As equipes serão julgadas pela bancada de
juízes que escolherão a melhor definição. Essa etapa valerá um ponto para
a equipe vencedora.
Neste momento, o professor lerá a crônica de Luis Fernando
Veríssimo intitulada “Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava a sua vida”;
com o propósito que o aluno perceba que as crônicas podem apresentar
variadas temáticas.
Logo em seguida, o professor sugere que o texto apresenta uma
intenção pelo fato de abordar uma temática importante para a vida de
todas as pessoas e, ainda nesta etapa, o
educador solicita aos alunos que
escrevam em um pedaço de papel uma
palavra que simbolize o significado do
texto lido.
19
O grupo que mostrar mais palavras que tenham um significado de
acordo com a proposta pedida e que não sejam repetidas ganhará um
ponto, essas palavras serão colocadas em caixas uma para cada grupo que
estará na mesa dos juízes que contarão palavras e apresentarão o
resultado ao grupo.
Ainda nos grupos, a banca julgadora passará uma caixa com
imagens diversas e a partir destas, cada aluno retirará uma imagem
e fará uma crônica. Em seguida, cada grupo escolhe a crônica
representante do grupo e apresenta para todos.
A crônica vencedora receberá um ponto para a equipe.
Ao final, os juízes contarão a
pontuação e anunciarão a
equipe vencedora que terá a
crônica divulgada no blog da
escola, juntamente com a foto
de todo o grupo além de receber
um brinde surpresa.
A atividade tem a finalidade
de estimular os alunos, mostrando-lhes a capacidade de produzi o
gênero textual crônica a partir de imagens e palavras-chaves. É uma
prática que estabelece a importância de trabalhar em equipe e a
compreensão de que cada grupo será julgado pelo seu trabalho, assim
como a bancada de defesa das crônicas.
20
No ritmo da Música
Lívia Maria Monteiro Rodrigues
Preparar o ambiente de sala de aula com almofadas, tapetes e um
aparelho de som.
No momento da entrada dos alunos possibilitar a audição de
variados ritmos musicais em uma seleção feita previamente com
mpb, axé, samba, rock, corinho, rap, reggae, entre outros.
Possibilite o contato com o gênero música como ferramenta de
incentivo à leitura e interpretação textual indagando aos alunos suas
impressões acerca das musicas ouvidas.
Proponha a análise individual e coletiva do contexto de letras de
músicas a fim de perceber o verdadeiro sentido que o compositor
tentou expor ao compor determinada canção, analisando através do
discurso (palavras adotadas, assuntos tratados) a ideologia dos
mesmos.
Neste momento, espalhe fichas de cartolina ou papel madeira na sala.
Organize os alunos em pequenos grupos e forme círculos ao redor dos
espaços da sala.
Repita a trilha sonora desta vez fazendo pausas.
Solicite aos alunos o registro de suas impressões nas fichas com a
finalidade de analisar e conhecer as variedades linguísticas regionais
e ideologias das diferentes músicas.
Por fim, socialize com toda a turma reunida as impressões e
descobertas realizadas e sugira para o próximo encontro ou momento
a trilha sonora produzida pelos próprios educandos.
Com o uso da música o aluno será capaz de se sentir familiarizado com
os conteúdos expostos pelo professor, já que as canções fazem parte do
cotidiano da vida social dos mesmos.
21
A música como todas as manifestações artísticas é uma forma de
expressão do pensamento humano, das atitudes de um determinado grupo,
formas de comportamento, estilos de vida.
Desta maneira, a música nada mais é que um instrumento de interação
social, com ritmo e sonoridade, características estas que possuem a
capacidade de atrair os sentidos do ser humano que se envolve
involuntariamente e absorve as mensagens, os pontos de vista, as
ideologias ou a cultura expressa pelo compositor.
É necessário que o professor possua um conhecimento prévio do
conteúdo tratado na canção antes de adotá-la como instrumento
pedagógico. No caso do professor de língua portuguesa são diversas as
competências e habilidades que podem ser desenvolvidas, isso vai depender
da necessidade e dos conteúdos a serem apresentados à turma.
22
Construindo uma História
Nadson Lopes Monteiro
Inicialmente, divida a sala em duplas, para que os alunos possam ter
uma liberdade para escolher seu parceiro na atividade.
Em seguida, oriente os alunos explicando-lhe que durante o processo
um aluno será o escritor da história e o outro será o relator.
Para realizar as tarefas, os educandos deverão responder apenas
utilizando substantivos.
Caso a turma não lembre mais, o professor deverá realizar uma
pequena revisão sobre a classe gramatical substantivo e como utilizá-
la na construção do texto.
Após a escolha das duplas, os alunos devem completar os enunciados
que estão no quadro no caderno.
Os enunciados são os seguintes:
1-Você foi para...
2-Com quem?
3-Foi no ...
4-E levou um(a) ...
O professor reforça a idéia de que o aluno relator só poderá responder
as quatro perguntas com substantivos e, consequentemente, o outro
participante da dupla também só pode responder com substantivos.
Depois cada dupla apresenta sua história para turma ouvir. Por
exemplo:
1-Você foi para ... R.: Canadá
2-Com quemʔ R.: Luiza
3-Foi no ... R: Fusca
4-e levou um(a) ... R.: Mala
23
Jornal em Ação
Nayne Patrícia Silva Lima
Levar jornais e revistas para auxiliarem no desenvolvimento da
aula;
Apresentar o conteúdo para os alunos sobre todos os gêneros textuais,
dando exemplo, enfatizando textos informativos;
Distribuir os jornais e as revistas na sala e dividir a turma em
quatro grupos e pedir para eles
escolherem um anúncio publicitário,
notícia, editorial e entrevista;
Propor ao primeiro grupo a produção de
um anúncio publicitário, onde será
analisado a criatividade na produção e
na apresentação, a coesão e a coerência
presentes no anúncio;
Propor ao segundo grupo que trabalhe
na produção de uma noticia, que deverá
ser passada de forma clara e objetiva;
O terceiro grupo ficará responsável de preparar uma entrevista,
onde será analisado que tipo de linguagem foi utilizada pelos alunos e
pelo entrevistado;
Ao quarto grupo sugerir a produção de um editorial, no qual será
analisado a escrita, e se as ideias têm coesão e coerência;
Ao término das atividades, o professor formará um círculo com toda
a turma e proporcionará o momento de socialização das produções
realizadas.
Finalmente, o professor e a turma construirão um mural informativo
na galeria da escola próximo a sala para que todos possam ler os
textos produzidos pelos educandos.
24
Desbravando os Gêneros Textuais
Rosiane Oliveira Da Silva
Utilizar recortes de revistas e jornais com textos que chamem a atenção dos alunos para auxiliar no desenvolvimento das atividades.
Durante a aula, fazer indagações sobre todos os gêneros textuais, citando exemplos e focalizando os textos informativos.
A sala deve ser dividida em dois grupos, e os alunos devem ter a oportunidade de participar de situações dialogadas que impliquem o conteúdo estudado.
Espalhar o material e deixar que os alunos escolham os textos a serem trabalhados.
O grupo 1 terá que produzir uma noticia e passá-la de forma objetiva e com clareza para que todos compreendam.
O grupo 2 deve fazer uma entrevista para que seja analisado o tipo de linguagem utilizado tanto pelo que esta entrevistando como por quem esta sendo entrevistado.
Ao final da aula, debater com a turma sobre o conteúdo estudado, analisando se houve ou não compreensão por parte dos alunos.
25
Aguçando os Sentidos
Vanessa Andrade
Organize um espaço fechado, pode ser a sala de aula ou
biblioteca.
Revista toda sala com algum material que a deixe escura
Organize textos e imagens dos mais diversos tipos, alguns deles
grudados na parede e outros nos slides com musica de fundo.
Faça com que os alunos entrem na sala escura sem que eles
saibam o que irão fazer.
Quando os alunos entrarem, ligue rapidamente o som e data
show, eles se assustarão mais automaticamente voltarão suas
atenções para os textos e músicas ali expostos, a música será
um atrativo.
As imagens devem contextualizar os textos.
Os textos, que estão grudados na parede, são os mesmos dos
slides.
Quando toda a seção de textos, vídeos sobre textos e imagens
acabar, peça que os alunos saiam calmamente da sala e que ao
saírem peguem um dos textos da parede.
Ao chegar ao ambiente de sala de aula, peça para que cada um
deles leia o seu texto.
Quando todos terminarem, e interessante que o professor os
incentive a escrever sobre o ocorrido.
26
A atividade remete a prática escolar de que quando se fala em
produzir textos alguns alunos automaticamente já tem uma repulsão, isto
muitas vezes por não ter ideias organizadas, ou não saber o que escrever
sobre o tema dado, pois estes muitas vezes não fazem parte diretamente de
suas vidas.
Ao cobrar uma produção, antes se tem que avaliar se aquele tema
proposto irá ou não colaborar com a aprendizagem do aluno. O fato de a
produção ser sempre aquela mesma coisa faça um texto com o seguinte
tema também se torna cansativo.
27
Conclusão
O livro Práticas em prática: procedimentos fáceis e rápidos para a sala de
aula realizado pela turma do 5º período de Letras da Faculdade do Vale do
Jaguaribe livro foi elaborado para mostrar aos professores de variadas
áreas de atuação que estão em atividade ou em processo de formação
acadêmica que planejar uma aula dinâmica que prenda a atenção dos
alunos, mesmo sem muitos recursos didáticos é possível.
É importante ressaltar que para a prática defendida aqui seja
atuante, o professor além de planejar deve buscar novas formas de ensinar,
usar sua criatividade e os seus conhecimentos para sempre inovar em suas
aulas tornando-as assim mais agradáveis para ele e para os docentes.
O aproveitamento dos alunos com relação ao aprendizado em aulas
dinâmicas, que envolvem toda a turma é muito mais satisfatório do que em
aulas tradicionais em que os alunos só escutam.
Em aulas assim em que os professores levam propostas de atividades
diferentes, os alunos se envolvem e se dedicam ao máximo para realizar
tal tarefa com êxito, com isso o educando aprende mais rápido e de forma
prazerosa, resultando positivamente na sua aprendizagem.
28
Créditos
www.google.com.br
www.terra.com.br
www.fvj.br