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INSTITUTO BIOLÓGICO

PÓS-GRADUAÇÃO

POPULAÇÃO DE ROEDORES NA SUBPREFEITURA DE ITAQUERA, MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, PRÉ E PÓS CONTROLE QUÍMICO.

LILIAN DOS SANTOS BABOLIN

Dissertação apresentada ao Instituto Biológico, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, para obtenção do título de Mestre em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio. Área de Concentração: Sanidade Vegetal, Segurança Alimentar e o Ambiente. Orientadora: Profª. Drª. Ana Eugênia de Carvalho Campos

São Paulo

2010

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SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS

INSTITUTO BIOLÓGICO Pós-Graduação

Av. Cons. Rodrigues Alves 1252 CEP 04014-002 - São Paulo – SP

[email protected]

Nome do candidato: Lilian dos Santos Babolin

Título: Avaliação populacional de roedores urbanos em áreas

infestadas e tratadas com rodenticida anticoagulante.

Orientador(a): Drª Ana Eugenia de C. Campos.

Dissertação apresentada ao Instituto Biológico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios para obtenção do título de Mestre em Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio.

Área de Concentração: Sanidade

Vegetal Aprovada em:

Banca Examinadora Assinatura: Prof. (a) Dr.(a): Instituição: Assinatura: Prof. (a) Dr.(a): Instituição: Assinatura: Prof. (a) Dr.(a):

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i

Aos meus queridos pais e irmão Alan.

Aos meus avós Zeito (in memorian) e Corina Ao meu amado esposo Enzio.

Sem vocês seria simplesmente impossível chegar até aqui.

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ii

Agradecimentos

Foram muitas as pessoas que de uma forma direta ou indireta contribuíram com este trabalho, e é realmente muito difícil relatar todas. De qualquer forma, gostaria de agradecer profundamente a todas. A Minha orientadora, Dra. Ana Eugenia C. Campos, por sua paciência, colaboração, sugestões, ensinamentos e amizade. Aos amigos de disciplinas Francesli, Marcio e Larissa, sempre presentes tanto nos momentos difíceis quanto prazerosos desta etapa, pelo companheirismo e as grandes contribuições em nossos estudos. A Vanessa Castro, Maria Jeovania, Igor e Aline, pela colaboração indispensável na eutanásia e processamento dos roedores. Vocês foram realmente indispensáveis. A Dr. Liria Okuda e todo o pessoal do laboratório de viroses de bovídeos, por toda a colaboração no uso dos equipamentos do laboratório. A amiga de trabalho e disciplinas Ana Paula, por compartilhar as dificuldades no trabalho e nas disciplinas, principalmente nos momentos de desânimo, e ainda por me ajudar muito na parte prática do trabalho. Aos agentes de zoonoses Daniel, Jeferson, André, Carlos Alberto e Andrea, pela grande ajuda no processo prático em campo, fundamental para este trabalho.

Aos agentes de zoonoses das equipes de roedores da SUVIS Itaquera, pelo profissionalismo e confiança.

Aos técnicos da Vigilância Ambiental de Itaquera: Eunice, Davi, Vanessa e Larissa, pela

continuidade das desratizações nas áreas do estudo. Ao Dr. Marcos Potenza, pelas sugestões, orientações e ajuda na aquisição do material. Ao meu chefe Dr. Hildebrando, Subgerente do setor de sinantrópicos do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, pela confiança no meu trabalho e compreensão. Ao meu amigo de trabalho Kleber A. Campos, pelo incentivo e companheirismo. Aos novos colegas de trabalho do Centro de Controle de Zoonoses, pelo carinhoso acolhimento. Aos meus amigos Ariana e Rafael, pelas contribuições na logística de transporte dos roedores, sugestões para traduções e por ouvir as minhas lamentações. A meu amigo de trabalho Michel, por todos os ensinamentos na Vigilância Ambiental em Saúde.

Aos munícipes da Cidade Líder, Itaquera, José Bonifácio e Parque do Carmo, sem a preciosa

contribuição deles, este trabalho não seria possível.

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iii

“ Quando o estudo da casa (Ecologia) e a administração da

casa (Economia) puderem fundir-se, e quando a Ética puder ser

estendida para incluir o ambiente, além dos valores humanos,

então poderemos realmente ser otimistas em relação ao futuro da

humanidade”.

Eugene P. OdumEugene P. OdumEugene P. OdumEugene P. Odum

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iv

BABOLIN, L.S. POPULAÇÃO DE ROEDORES NA SUBPREFEITURA DE ITAQUERA, MUNICÍPIO

DE SÃO PAULO, PRÉ E PÓS CONTROLE QUÍMICO. São Paulo. 2010. Dissertação (Mestrado em

Sanidade, Segurança Alimentar e Ambiental no Agronegócio) – Instituto Biológico.

Resumo

Os roedores sinantrópicos Rattus rattus (rato de telhado), Rattus norvegicus (ratazana)

e Mus musculus (camundongo) há muito causam diversos prejuízos ao homem, tais como

doenças aos animais domésticos, de criação e ao próprio homem; roeduras em estruturas, fios

elétricos, equipamentos e grandes danos na agricultura, consumindo parte da produção no

campo ou já armazenada, que além dos transtornos causam grandes perdas econômicas.

Para minimizar estes prejuízos é necessário o controle destes roedores, com estratégias de

manejo ambiental bem como a aplicação de rodenticidas anticoagulantes. Porém, para intervir

nessas populações de maneira adequada é necessário conhecê-las para que o controle seja

mais eficiente e realizado de acordo com a(s) espécie(s) infestante(s). Sendo assim, a

realização de estimativa por meio de captura viva para obtenção de informações importantes

como a infestação, espécie prevalente, estrutura etária e razão sexual auxiliam nos

procedimentos de controle. Para tanto, foram utilizadas armadilhas Tomahawk® deixadas de

10 a 15 dias no ambiente. Foram instaladas 320 armadilhas, antes e após o controle químico

realizado pela Prefeitura do Município de São Paulo. As coletas foram realizadas no período

de outono/inverno de 2009 e primavera/verão 2009/2010.

Dezesseis roedores foram capturados no total, sendo o sucesso de captura de 5%. A

principal espécie infestante foi R. rattus, seguida de R. norvegicus e M. musculus. Foram

capturados mais indívíduos jovens no período de outono inverno e mais fêmeas no período de

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v

primavera/verão por conta do período reprodutivo. Após o tratamento químico nas áreas,

houve diminuição significativa dos roedores no período outono/inverno.

Palavras chave: roedores urbanos, rodenticida anticoagulante, captura viva.

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BABOLIN, L.S. POPULATION OF RODENTS IN SUB MUNICIPTY OF ITAQUERA, CITY OF SÃO PAULO, BEFORE AND AFTER CHEMICAL CONTROL. São Paulo. 2010. Dissertation (master's degree in Sanity, Safety Feed and Environmental in Agribusiness) – Instituto Biológico.

Abstract

The synanthropic commensal rodents Rattus rattus (roof rat), Rattus norvegicus (brown

rat), and Mus musculus (house mouse) have been responsible for causing much damage to

humans. The spread of diseases among household pets, livestock, and to man itself; the chew

of building frames, electric wires, and machinery, as well as the great economic loss in

agriculture due to the destruction of yield in the fields and of the harvested crops are examples

of the harm caused. In order to minimize the aforementioned problems, the control of such

rodents either with management strategies or by the use of anticoagulant rodenticides is

necessary. Nonetheless, in order to do an adequate intervention in these populations, it is

essential to study them so that the control be more effective and made according to the

infesting species. Therefore, the estimate of relevant information, such as the infestation rate,

the prevailing species, the age group structure, and the gender ratio, by means of the live

capture, is to assist in the control procedures. In order to do that, Tomahawk traps were left in

designated areas from 10 to 15 days. A total of 320 traps were installed before and after the

chemical control carried out by São Paulo City Hall. The rodents were collected from fall/winter

2009 to spring/summer 2009/2010. The final total of sixteen rodents were captured, which

represents a success rate of 5%. The main infesting species was R. rattus, followed by R.

norvegicus and M. musculus. Due to the reproductive period, a greater number of younger

rodents were captured in the fall/winter period, whereas more females were caught during the

spring/summer period. After the chemical control in these areas, there was a significant

reduction in the number of rodents during the period of fall/winter.

Keywords: urban rodents, anticoagulant rodenticides, live trap.

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vii

Lista de tabelas

Tabela 1 - Distribuição da população recenseada e estimada nos Distritos da Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, 2010. 18

Tabela 2 - Áreas Programa e Setores censitários selecionadas nos quatro distritos administrativos da Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, 2010. 28

Tabela 3 - Dados dos exemplares de roedores coletados nas Áreas Programa previamente selecionadas na Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, no período de outono/inverno e primavera verão, no pré tratamento químico, nos anos de 2009 e 2010. 33 Tabela 4 - Dados dos exemplares de roedores coletados nas Áreas Programa previamente selecionadas na Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, no período de outono/inverno e primavera verão, no pós tratamento químico, nos anos de 2009 e 2010. 33 Tabela 5 - Temperatura média, umidade relativa e pluviosidade média durante a coleta outono/inverno no período pré-tratamento químico, no ano de 2009, na subprefeitura de Itaquera- São Paulo. 37 Tabela 6 - Temperatura média, umidade relativa e pluviosidade média durante a coleta outono/inverno no período pós-tratamento químico, no ano de 2009, na subprefeitura de Itaquera-São Paulo. 37 Tabela 7 - Temperatura média, umidade relativa e pluviosidade média durante a coleta primavera/verão no período pré-tratamento químico, nos anos de 2009 e 2010, na Subprefeitura de Itaquera-São Paulo 38 Tabela 8 - Temperatura média, umidade relativa e pluviosidade média durante a coleta primavera/verão no período pós-tratamento químico, no ano de 2010, na subprefeitura de Itaquera-São Paulo. 38 Tabela 9 - Frequência e porcentagem dos dados ambientais obtidos durante as inspeções nas Áreas Programa da Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, em 80 imóveis, nos anos de 2009 e 2010, nos períodos de primavera/verão e outono/inverno. 39 Tabela 10 - Análise dos tempos de captura dos roedores (mínimo, máximo e médio) nos períodos de outono/inverno de 2009 e primavera/verão 2009/2010, no pré e pós tratamento químico, nas Áreas Programa da Subprefeitura de Itaquera-São Paulo. 40

Lista de Quadros Quadro 1 - Dados de biometria, sexo, espécie e fase de desenvolvimento dos roedores capturados em Áreas Programa da Subprefeitura de Itaquera, São Paulo no outono/inverno de 2009 e a primavera/verão de 2009/2010 durante o pré e pós tratamento químico. 41

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viii

Lista de figuras

Figura 1 – Diástema 6

Figura 2 - Armadilha tipo Tomahawk® 21

Figura 3 - Câmara de CO2 24

Figura 4 - Roedor eutanasiado 24

Figura 5 - Medições efetuadas nos roedores capturados 25

Figura 6 - Setor censitário selecionado na “Área Programa” do Distrito Administrativo Cidade Líder 29

Figura 7 - Distrito administrativo 24 – Cidade Líder/Área Programa: Córrego Fraiburgo/Rio Verde/Setor censitário119 29

Figura 8 - Setor censitário selecionado na “Área Programa” do Distrito Administrativo Itaquera 30

Figura 9 - Distrito administrativo 36 – Itaquera/Área Programa: Córrego Dalmo Cavalari/Setor censitário 253. 30

Figura 10 - Setor censitário selecionado na “Área Programa” do Distrito Administrativo José Bonifácio

31

Figura 11 - Distrito administrativo 46 – José Bonifácio/Área Programa: Córrego “Rio Uruú”/Setor censitário 99. 31

Figura 12 - Setor censitário selecionado na “Área Programa” do Distrito Administrativo Parque do Carmo 32

Figura 13 - Distrito administrativo 58 – Parque do Carmo/Área Programa: Córrego/Pelegrino/Machado Nunes/Setor Censitário 068 32

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ix

Sumário

Dedicatória i

Agradecimentos ii

Epígrafe iii

Resumo iv

Abstract vi

Lista de tabela vii

Lista de figuras viii

1. Introdução 1

2. Objetivos 4

3. Revisão de literatura 5

3.1. Roedores 5

3.2. Prejuízos causados por roedores 10

3.3. Rodenticidas anticoagulantes 14

3.4. A Subprefeitura de Itaquera 17

4. Material e métodos 20

4.1. Pontos de amostragem 20

4.1.2. Seleção das unidades de amostragem 20

4.2. Período de amostragem 22

4.3. Metodologia de armadilhagem de campo 22

4.4. Transporte das armadilhas 23

4.5. Local de trabalho 23

4.6. Eutanásia 24

4.7. Identificação do indivíduo capturado 25

4.8. Descontaminação de armadilhas 26

4.9. Limpeza e organização do local de trabalho 26

4.10 Tratamento estatístico 27

5. Resultados e discussão 28

5.1 Coletas em campo 28

5.2 Análises descritivas das variáveis categóricas 33

5.2.1 Infestação 34

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x

5.2.2 Sexo e fase de desenvolvimento 35

5.2.3 Armadilhagem 35

5.2.4 Dados ambientais 39

5.3 Análises descritiva das variáveis numéricas 40

5.3.1 Tempo de captura dos roedores 40

5.4 Análise Comparativa entre os Dados Ambientais e as Capturas 42

5.5 Análise comparativa entre Pré e Pós tratamento químico 42

6. Conclusões 43

6.1 Considerações Finais 44

7. Referências bibliográficas 46

8. Anexos 53

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1

1. Introdução

A humanidade luta contra os roedores há muito tempo. Os métodos de exploração da

natureza desenvolvidos pelo homem acabaram por favorecer a instalação e a proliferação

desses animais (BRASIL, 2006).

O acúmulo inadequado de alimentos, lixo, ausência de predadores naturais e falta de

higiene levam ao descontrole ambiental, podendo ocorrer alterações em ambientes naturais. A

história dos roedores surgiu com a evolução das sociedades humanas. A maior parte dos

pesquisadores afirma que os roedores migraram da Ásia tropical para a Europa e depois para

as Américas, por volta dos séculos XI e XII e antes disso, só há registros de camundongos na

China e no Egito (GIORDANO, 2004).

A Ordem Rodentia é o maior grupo de mamíferos viventes, englobando 2.277 espécies

reconhecidas, ou seja, aproximadamente 42% da biodiversidade mundial de mamíferos (DON;

REEDER, 2005).

A maioria das espécies de roedores vive em ambientes silvestres, num perfeito equilíbrio

com a natureza e fazendo parte da cadeia alimentar de espécies predadoras (aves de rapina,

cobras, lagartos), porém algumas espécies de roedores adaptaram-se melhor às condições

ambientais criadas pelo homem, sendo então considerados roedores sinantrópicos,

principalmente os murídeos (Rattus e Mus), onde encontram água, abrigo e alimento para

sobreviver (BRASIL, 2006).

Os roedores causam enormes prejuízos econômicos ao homem, inutilizando a produção

nacional de cereais, raízes e sementes. Os prejuízos causados pelos roedores aos alimentos

de consumo humano e animal se dão pela ingestão e estragos em rações e farelos, bem como

pela quebra parcial de grãos, pelas roeduras. Nos campos destroem as sementes recém-

plantadas e atacam os cereais, tanto na espigagem como depois de colhidos e armazenados.

Desta forma, podem devastar culturas de arroz, trigo, milho, cacau e cana-de-açúcar, entre

outras (BRASIL, 2006).

Mundialmente, os roedores causam danos significativos nas culturas antes e depois da

colheita, afetando a oferta de alimentos a cada ano, consumindo-os ou contaminando-os. O

mais grave problema ligado às culturas ocorre no plantio de culturas tropicais, tais como a cana-

de-açúcar, óleo de palma, cacau, coco, arroz e outros cereais, assim como outras culturas

alimentares (SPRAGINS, 1999).

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O hábito de roer desses animais pode causar graves acidentes em consequência dos

danos que causam às estruturas, maquinários e materiais. Os roedores podem, por exemplo,

penetrar em computadores, roer fios elétricos e cabos telefônicos e assim ocasionar curtos-

circuitos e incêndios através dessas roeduras (BRASIL, 2006).

Além das perdas econômicas, os roedores causam grandes prejuízos à saúde humana,

sendo transmissores de uma série de doenças ao homem e a outros animais, participando da

cadeia epidemiológica de pelo menos 30 zoonoses. Leptospirose, peste bubônica, tifo murino,

hantaviroses, salmoneloses, febre da mordedura e triquinose são algumas das principais

doenças nas quais o roedor participa direta ou indiretamente (BRASIL, 2006).

Considerando essa situação, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, por meio

da Coordenadoria de Vigilância em Saúde – COVISA, elaborou um programa de controle de

roedores, cujo objetivo é diminuir as condições que facilitam a reprodução e permanência

desses roedores em pontos críticos da cidade e, assim, reduzir a incidência dos casos de

leptospirose e outros agravos, como mordeduras (SÃO PAULO, s/d).

Esse Programa trabalha em áreas de risco com notificação da doença, juntamente

com as áreas com maior número de denúncias de presença de ratos. O programa é

coordenado pela Secretaria Municipal da Saúde em parceria com a Secretaria Municipal das

Subprefeituras, Secretaria da Educação, Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social,

Secretaria de Comunicação Social, dentre outras (SÃO PAULO, s/d).

O Programa de Controle de Roedores da Prefeitura Municipal de São Paulo conta

com o manejo integrado de pragas, o qual envolve ações de antiratização, educação

ambiental e tratamento químico. Este tratamento químico utiliza atualmente produtos nas

seguintes formulações: pó seco (Cumatetralila 0,75% - dose múltipla), isca granulada

(Brodifacum 0,005% - dose única) e isca parafinada (Bromadiolona 0,005% - dose única). Os

rodenticidas, utilizados são hidroxicumarínicos destinados à aplicação em domicílios e suas

áreas comuns, no interior de instalações, edifícios públicos ou coletivos e ambientes afins

para controle de roedores. Tais produtos estão em conformidade com as normas da Agência

Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA (SMS, s/d).

Os rodenticidas citados são anticoagulantes de ação crônica e atuam lentamente,

produzindo a morte após vários dias de hemorragias internas. Os roedores procuram refúgios

e a maioria morre em locais de difícil acesso, sem serem vistos (RICCI; PADÍN, 1980).

Não há estimativa da população de ratos na cidade de São Paulo, assim como no

país. O Programa de Controle de Roedores da Prefeitura do Município de São Paulo usa

como metodologia para aferir a infestação por ratos na cidade o Índice de Infestação Predial

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3

por Roedores (% de imóveis infestados/total de imóveis inspecionados - método utilizado pelo

Ministério da Saúde e pelo CDC- Center of Disease Control and Prevetion - Atlanta) (SMS,

s/d).

Uma das técnicas para realização de censo para roedores é a armadilha de captura

viva. Porém, estas determinações não são fáceis, uma vez que populações de roedores

sinantrópicos são dinâmicas, móveis e variáveis, dependendo do habitat e das fontes

alimentares. Esta técnica é bem informativa, uma vez que o investigador pode realmente

estimar o número de roedores do ensaio e fazer uma investigação valiosa com informações

quanto à razão sexual, estrutura etária, padrões de circulação, bem como a condição de

reprodução da população de roedores. (SPAULDING; JACKSON, 1983).

Os roedores se adaptam muito facilmente, podendo sobreviver e proliferar em condições

e ambientes adversos. São extremamente habilidosos e resistentes, sendo assim necessário

um conhecimento aprofundado de sua biologia e comportamento, para que sejam controlados

de uma forma efetiva (CARVALHO, 1995).

Segundo o Manual de Saneamento da Fundação Nacional de Saúde - FUNASA

(BRASIL, 2006), a identificação da espécie de roedor infestante é fundamental para que as

ações de controle sejam eficientes, considerando também que apesar de raro, mais de uma

espécie pode estar presente no local.

Apesar do Índice de Infestação Predial por roedores já ser realizado pela Prefeitura do

Município de São Paulo, é importante um conhecimento mais sensível da população destes

animais, por meio do censo por captura viva, para que os programas de controle sejam cada

vez mais eficazes e direcionados, pois com esta técnica, além das informações sobre a biologia

dos roedores ainda é possível conseguir informações sobre seus ectoparasitas e patógenos,

obtendo assim um breve mapeamento destas populações e dos agravos à saúde que possam

ser transmitidos à população local.

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2. Objetivos

• Estimar a infestação de roedores em “Áreas Programa” na região de Itaquera, no

Município de São Paulo por meio de captura viva;

• Determinar as espécies prevalentes nas “Áreas Programas” da região de Itaquera, bem

como a razão sexual, estrutura etária e condições de reprodução dos roedores capturados;

• Reavaliar a população de roedores após o controle químico seguindo os protocolos

preconizados pelo Programa de Controle de Roedores a Prefeitura de São Paulo;

• Comparar os dados obtidos por meio da captura viva com a presença de vestígios e

dados ambientais e os resultados do Índice de Infestação Predial.

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3. Revisão de literatura

3.1 Roedores

Os roedores urbanos são classificados da seguinte forma de acordo com DON e

REEDER (2005):

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Mammalia

Ordem: Rodentia

Subordem: Myomorpha

Superfamíla: Muroidea

Família: Muridae

Subfamília: Murinae

Gêneros: Mus e Rattus

Espécies: Rattus rattus, Rattus norvegicus e Mus musculus

A Ordem Rodentia é a maior Ordem de mamíferos viventes, possuindo uma grande

diversidade de tamanhos, formas e hábitos (DON; REEDER, 2005). Encontra-se desde ratos

pigmeus, pesando cinco gramas, até capivaras que podem pesar mais de 70 kg. Eles são

encontrados ao redor do mundo exceto na Antártida, Nova Zelândia, e em algumas ilhas

oceânicas (ocorrência natural). Ecologicamente, eles são incrivelmente diversificados. Algumas

espécies passam toda a sua vida acima do solo no dossel das florestas tropicais; outros

raramente emergem de debaixo do solo. Algumas espécies são muito adaptadas ao meio

aquático, enquanto outras são igualmente especializadas para a vida em desertos. Muitos são

onívoros; outros são altamente especializados, alimentando-se, por exemplo, de apenas um

pequeno número de espécies de invertebrados ou fungos (MYERS, 2000). Algumas espécies

são consideradas sinantrópicas por associarem-se ao homem em virtude de terem seus

ambientes prejudicados pela ação do próprio homem. No meio urbano e rural com atividades

econômicas predominam as espécies sinantrópicas e algumas espécies silvestres que podem,

ocasionalmente, invadir as habitações humanas (BRASIL, 2002).

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6

Apesar da sua diversidade morfológica e ecológica, todos os roedores possuem uma

característica em comum: a sua dentição é altamente especializada para roer (MYERS, 2000).

Esta dentição é utilizada tanto para se alimentar, quanto para construir seus abrigos (RICCI;

PADÍN, 1980). Todos os roedores possuem um único par superior e inferior de incisivos,

seguido por um espaço (diástema) e após este espaço seguem um ou mais molares ou pré-

molares (Figura 1). Os animais não roedores possuem mais de um incisivo em cada quadrante,

e nenhum roedor possui caninos (MYERS, 2000). Os dentes incisivos destes animais não têm

raízes e não param de crescer a partir de uma polpa persistente, possuem esmalte apenas na

superfície anterior e só a dentina, mais mole, na parte posterior, que se desgasta mais

rapidamente, e desta forma conferem a estes dentes a forma peculiar de bisel, o que favorece o

hábito de roer (BRASIL, 2002). Este "auto-lixamento" é um sistema muito eficaz e é uma das

chaves do enorme sucesso dos roedores (MYERS, 2000).

Fig. 1 - Diástema

As espécies sinantrópicas mais importantes na cidade de São Paulo são Rattus

norvegicus, Rattus rattus e Mus musculus, cada uma delas com suas características peculiares.

Babolin, 2010

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7

Rattus norvegicus (ratazana) é um roedor grande, um adulto pode chegar a 37 – 47 cm

de comprimento incluindo a cauda e pesar entre 300 e 500 gramas (RICCI; PADÍN, 1980),

porém uma ratzana jovem pode passar por um orifício de 2,5 cm; apresenta seis pares de

mamas, sendo um peitoral, dois pós-axiais, dois abdominais e dois inguinais (BONVICINO;

OLIVEIRA; D’ANDREA, 2008). É um roedor colonial e o tamanho destas colônias são variáveis,

de acordo com as condições ambientais. Esta espécie possui o hábito fossorial, ou seja, prefere

cavar suas tocas abaixo do nível do solo. Cavando com suas patas e roendo, constroem tocas

ou ninheiras no chão, formando galerias que podem chegar a causar danos às estruturas locais.

Estes animais são encontrados facilmente em galerias de esgoto e de águas pluviais, caixas

subterrâneas de telefone, eletricidade, etc. Podem construir suas tocas no interior das

estruturas, geralmente em locais com pouco movimento, próximos às fontes de água e

alimentos. O raio de ação destes indivíduos (território) é relativamente curto, e poucas vezes

passa dos 50 metros. Seus ninhos são construídos em área delimitada por feromônios e aí se

alimentam, procuram e defendem seus parceiros sexuais. O território das ratazanas é sempre

defendido de intrusos que são expulsos pelos indivíduos dominantes da colônia (BRASIL,

2002). Esses roedores são noturnos e onívoros e sua distribuição se dá em zonas temperadas,

subtropicais e tropicais dos cinco continentes (RICCI; PADÍN, 1980). A ratazana é original do

Velho Mundo, e foi introduzida através da colonização européia. O R. norvegicus é mais comum

no litoral, mas também é encontrado nos campos e nas grandes cidades, geralmente não

procurando a habitação humana. No campo frequentam as estrebarias, aviários e outras

instalações de animais domésticos (BONVICINO; OLIVEIRA; D’ANDREA, 2008). Nas cidades

são vistas geralmente em beiras de córregos, bueiros, terrenos baldios, lixões, galerias de

esgotos e água fluvial, quase sempre fora dos domicílios (BRASIL, 2002).

As ratazanas, geralmente, apresentam neofobia marcada, isto é, desconfiam de novos

objetos e/ou alimentos colocados no seu território. Este comportamento pode variar de

população para população e de indivíduo para indivíduo, sendo mais acentuado nos locais em

que há pouco movimento de pessoas, animais ou objetos. Mediante a esta característica,

nesses locais é mais lento e difícil controlar esta espécie, por conta da desconfiança inicial dos

indivíduos às iscas, porta-iscas ou armadilhas colocadas no ambiente. Porém, em lugares em

que há movimento contínuo de pessoas, animais, mercadorias e objetos, a neofobia torna-se

menor ou quase inexistente, e as iscas e armadilhas geralmente são visitadas, o que torna mais

fácil o seu controle (BRASIL, 2002).

As ratazanas podem se dispersar de forma passiva quando, por exemplo, os indivíduos

são transportados em caminhões, trens, navios, contêineres, etc., ou de maneira ativa, quando

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o indivíduo deixa a colônia em busca de outro abrigo. Isso ocorre por diversas razões, mas

principalmente por falta de alimento, abrigo, excesso populacional e alterações no ambiente,

sendo então estes fatores importantes na dispersão dos roedores. O processo de urbanização

sem controle e sem planejamento da maioria das cidades de médio e grande porte do Brasil e

de outras cidades do mundo, tem favorecido o crescimento e a dispersão da população das

ratazanas. A expansão de favelas e loteamentos clandestinos que não possuem redes de

esgoto e coleta de lixo inadequada ou insuficiente, são fatores que têm favorecido o aumento

desta espécie. Em ambientes degradados ocorrem com frequência epidemias de leptospirose,

contudo não deixam de ocorrer nas áreas adequadamente urbanizadas. Cada vez mais se

torna comum os casos de mordeduras por ratazanas ou de toxi-infecções devido a ingestão de

alimentos contaminados pelo contato com estes roedores. Ainda é importante ressaltar o

frequente envenenamento acidental causado por raticidas ou outras substâncias tóxicas que

são utilizadas erroneamente pela população em geral, na tentativa de controlar os roedores

(BRASIL, 2002).

Rattus rattus (rato de telhado, rato de navio ou rato preto) apresenta-se em três formas

quanto à coloração da pelagem: preto no dorso, mais clara nos flancos e ainda mais no ventre –

Rattus rattus rattus; castanho-acinzentada no dorso e branco-acinzentada no ventre – Rattus

rattus alexandrinus; castanho-escura no dorso e o ventre branco puro – Rattus rattus

frugivorous (CUNNINGHAM; MOORS, 1996). O rato de telhado tem de cinco a seis pares de

mamas, sendo mais comum cinco, sendo um peitoral, um pós-axial, dois abdominais e um

inguinal (BONVICINO; OLIVEIRA; D’ANDREA, 2008). Um adulto mede de 30 a 45 cm incluindo

a cauda e pesa em média de 120 a 350 gramas. É um ótimo escalador, habita o entorno de

casas ou dentro delas, em sistemas de esgoto, falhas em paredes e ocos de árvores. É um

animal noturno e faz seus ninhos em locais de difícil acesso como sótãos e falhas na estrutura,

utilizando palha e trapos. Pode chegar a fazer tocas que cobre com palha e terra. Este roedor

pode passar por orifícios de 2,5 cm, além de ser capaz de subir em diferentes áreas sem

dificuldade através da escalada, como em postes e quinas de paredes; é capaz de fazer

grandes saltos que podem atingir 77 centímetros no salto vertical e cerca de 2,4 m no plano

horizontal. É uma espécie onívora. Distribui-se em zonas temperadas, subtropicais e tropicais

dos cinco continentes (RICCI; PADÍN, 1980). Este roedor geralmente é encontrado em lugares

secos, e além das habitações humanas é visto também em armazéns de grãos e entre

pavimentos. Nos inventários, o R. rattus é frequentemente encontrado próximo às habitações

humanas e dentro delas, e já foi registrado em todos os estados brasileiros (BONVICINO,

OLIVEIRA; D’ANDREA, 2008).

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Além das diferenças morfológicas, os ratos de telhado possuem hábitos,

comportamentos e hábitat bem distintos dos da ratazana. Devido ao fato de ser uma espécie

arborícola, este rato ainda cultiva o hábito de viver nas superfícies altas das construções, em

forros, telhados e sótãos, construindo seus ninhos, descendo ao solo para buscar alimento e

água (BRASIL, 2002). Vivem em colônias de indivíduos com laços parentais e os recursos do

ambiente definem o tamanho dessas colônias. Devido ao fato de escalarem em superfícies

verticais e a habilidade para caminhar sobre fios, cabos e galhos de árvores, possuem o raio de

ação (território) maior que o da ratazana. Sua dispersão em zonas urbanas tem sido facilitada

pela verticalização das grandes cidades, juntamente aos modelos de construção e decoração

dos modernos prédios de escritórios, como os forros falsos e as galerias técnicas para

passagem de fios e cabos que permitem o abrigo e a movimentação vertical e horizontal deste

roedor. Em algumas cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro e São Paulo, a presença do R.

rattus é cada vez mais comum e predomina nos bairros onde anteriormente a ratazana

dominava, talvez pelo fato dos programas de controle serem direcionados para esta segunda

espécie (BRASIL, 2002).

Mus musculus (camundongo) é um roedor pequeno, um adulto em média pesa de 15 a

20 gramas e mede de 13 a 19 cm, incluindo a cauda (RICCI; PADÍN, 1980). Sua pelagem é

uniformemente castanho-acinzentada, sem contraste entre as superfícies dorsal e ventral. As

patas são estreitas, com a superfície superior mais amarelada. Possuem cinco pares de

mamas, um peitoral, um pós-axial, dois abdominais e um inguinal (BONVICINO; OLIVEIRA;

D’ANDREA, 2008). Vive em móveis, despensas e armários, geralmente no interior dos

domicílios (RICCI; PADÍN, 1980), e onde são criados animais domésticos. Neste último caso,

pode cavar pequenas ninheiras no solo, semelhantes às das ratazanas, podendo formar

numerosos complexos de galerias onde houver grande oferta de alimentos (BRASIL, 2002). É

hábil escalador. É de difícil visualização, mas podem ser observadas manchas de gordura junto

aos rodapés, paredes e orifícios por onde passam. Distribui-se em zonas temperadas,

subtropicais e tropicais dos cinco continentes (RICCI; PADÍN, 1980). No Brasil é encontrado em

todos os estados, apesar de ser original do Velho Mundo, sendo introduzido pela colonização

européia (BONVICINO; OLIVEIRA; D’ANDREA, 2008). A distribuição deste roedor é

cosmopolita e ele ocupa uma grande variedade de habitats. Ainda que ele seja considerado um

roedor comensal, é nos ambientes urbanos que ele alcança a sua densidade máxima, porém

pode ser encontrado facilmente nos habitats silvestres e em muitos países é considerado uma

grande praga da agricultura (LEÓN; GUIDOBONO; BUSCH, 2007).

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Os camundongos podem ser transportados de forma passiva para o interior das

residências e assim se tornarem importantes pragas intradomiciliares. Uma vez em seu interior,

estes pequenos roedores podem permanecer por longos períodos sem serem notados, sendo

sua existência detectada quando a infestação já estiver estabelecida. Seu raio de ação é

pequeno, raramente ultrapassando os três metros (BRASIL, 2002).

Como o R. norvegicus e o R. rattus, os camundongos são onívoros, ou seja, alimentam-

se de todo tipo de alimento, embora prefiram consumir grãos e cereais. São animais curiosos e

possuem o hábito de explorar ativa e minuciosamente o ambiente em que vivem (neófilos), não

apresentando a neofobia, característica dos ratos de telhado e ratazanas. Estes animais podem

visitar de 20 a 30 locais por noite em busca por alimento, o que traz problemas de

contaminação dos alimentos nas despensas e depósitos e que também acaba por dificultar o

seu controle por raticidas. Mesmo com todos os riscos que a presença deste roedor traz para as

habitações humanas, os camundongos nem sempre são tidos como nocivos e se percebe que

até são tolerados por grande parte da população. Além disso, existem poucas informações

sobre a sua real incidência no Brasil, pois não há dados confiáveis a respeito de sua

distribuição, dispersão e o seu papel na transmissão de doenças (BRASIL, 2002).

3.2. Prejuízos causados por roedores

Os ratos têm acompanhado o homem na maior parte dos lugares onde este se

estabeleceu (BJORNSON; WRIGHT, 1964). Atualmente, um grande número de pessoas vive

em condições muito pobres em áreas urbanas ou deslocam-se para áreas de mananciais para

viver ou trabalhar (RICCI; PADÍN, 1980). Em muitos casos, estes assentamentos são realizados

de maneira extremamente precária e, juntamente com o manejo incorreto dos resíduos (RICCI;

PADÍN, 1980), a indiferença e a negligência ao manipular seus alimentos (BJORNSON;

WRIGHT, 1964), acabam por proliferar a fauna sinantrópica, com grande destaque aos

roedores urbanos (RICCI; PADÍN, 1980).

Os danos causados por roedores são uma importante causa da perda da colheita em

todo o mundo e os agricultores geralmente têm os roedores como uma de suas mais

importantes pragas das culturas (STENSETH et al., 2001).

Os roedores causam grandes prejuízos econômicos ao homem, chegando a inutilizar

cerca de 4% a 8% da produção nacional de cereais, raízes e sementes, principalmente através

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da ingestão, roeduras e estragos em rações, farelos e a quebra parcial de grãos, além de

destruírem as sementes recém plantadas e os produtos da lavoura colhidos e armazenados

(BRASIL, 2006).

Da mesma forma, os roedores causam danos significativos nas culturas antes e depois

da colheita, com estimativa de 20% da oferta mundial de alimentos a cada ano, consumindo-os

ou contaminando-os (SPRAGINS, 1999). O camundongo, por exemplo, é capaz de causar

danos consideráveis em várias culturas de grãos na fase de crescimento (BROWN;

SINGLETON, 1998).

Os climas tropicais permitem que muitas espécies de roedores aumentem, porém

praticamente todos os climas são atormentados pela onipresença dos roedores sinantrópicos R.

norvegicus e M. musculus que atacam grãos e outros gêneros alimentícios, mesmo

armazenados. Inquéritos são realizados por conta do grau de danos às culturas causados por

roedores (SPRAGINS, 1999).

A pecuária é propensa à infestação de roedores, uma vez que proporciona as condições

ideais de alimentação e especialmente de abrigo para as espécies de ratos sinsntrópicos. Além

de seus consideráveis danos aos produtos armazenados e materiais, os roedores são

conhecidos por transmitir agentes patogênicos ao homem e aos animais da pecuária, com a

disseminação de doenças transmitidas aos suínos de produção familiar e a produção de aves,

por exemplo. Sendo assim, a prevenção das infestações e o controle eficiente recebem uma

atenção crescente (PELZ; KLEMANN, 2004). Os roedores são muitas vezes responsáveis por

danos na infraestrutura como os estábulos e celeiros, por exemplo, pelo fato de roerem os

isolamentos dos animais. Além disso, eles podem atrair predadores como as raposas para as

unidades de produção intensiva de animais, o que pode resultar em elevadas perdas de leitões

e aves de capoeira. Observa-se ainda que causam uma queda de produtividade (ganho de

peso reduzido e/ou reduzido sucesso na reprodução) por assediar os animais da fazenda. Eles

também podem ser responsáveis por perdas consideráveis na alimentação, na predação direta

das aves de capoeira jovens e ainda causar ferimentos em animais, especialmente nos tetos

das porcas em lactação e nos pés das galinhas (MEERBURG et al., 2004).

No ambiente urbano os roedores causam diversos prejuízos, principalmente devido às

roeduras, causando assim graves acidentes por conta dos danos às estruturas, maquinários e

diversos materiais como cabos telefônicos, canos plásticos, paredes, etc (BRASIL, 2006).

Somente a folha de ferro galvanizada resiste ao seu ataque (RICCI; PADÍN, 1980). Sendo

assim podem, por exemplo, penetrar em computadores, roer fios elétricos, cabos telefônicos e

assim ocasionar curtos circuitos e incêndios (BRASIL, 2006).

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Dentre os diversos prejuízos causados por estes animais, pode-se citar os problemas

encontrados nas ilhas. Em algumas ilhas em que foram introduzidos roedores sinsntrópicos,

como o R. rattus, verificou-se que eles contribuíram para a extinção de animais nativos. Estes

ratos são encontrados em mais de 90% das ilhas do mundo, onde continuam a ameaçar a

vegetação insular, invertebrados, répteis, mamíferos e aves (DONLAN et al., 2003). Eles afetam

muitas espécies, na maioria grupos de vertebrados ou invertebrados terrestres, por meio da

depredação e da concorrência por abrigos ou alimentos (ORUETA et al., 2005). Ilhas

mediterrâneas sofreram o fluxo destas introduções desde o pré-Neolítico com a consequente

homogeneização da biodiversidade, através da extinção da fauna original (MASSETI, 2002). Ao

longo dos séculos, os ratos têm condicionado a distribuição e abundância das aves marinhas,

sendo o efeito mais evidente nas ilhas menores do que nas maiores (MARTIN et al., 2000).

Em relação à saúde humana, os roedores podem causar diversos agravos, com

participação na cadeia epidemiológica de pelo menos 30 zoonoses (BRASIL, 2006), entre elas:

leptospirose, tifo murino, peste, febre da mordedura, salmoneloses, riquetsioses (BJORNSON;

WRIGHT, 1964), peste bubônica, hantavirose, triquinose (BRASIL, 2006) e Pox vírus

(FONSECA et al., 1998; MARQUES et al., 2001; TRINDADE et al., 2004).

Uma das doenças mais importantes transmitidas por roedores no meio urbano é a

leptospirose. A leptospirose (CID 10: A27) (BRASIL, 2005) é uma zoonose de distribuição

mundial que tem como agente etiológico uma bactéria helicoidal (espiroqueta) do gênero

Leptospira (OLIVEIRA; BEZERRA; MEDEIROS, 2009) e é de especial interesse pelo fato de

atingir de forma importante as populações humanas urbanas, como se observa no Município de

São Paulo (BRASIL, 2005). O homem é considerado um hospedeiro acidental e terminal na

cadeia de transmissão, sendo pouco eficiente em sua transmissão (OLIVEIRA; BEZERRA;

MEDEIROS, 2009). Trata-se de uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujos sintomas

podem variar desde um processo inaparente até formas muito graves. É uma zoonose de

grande importância social e econômica, pois apresenta grande incidência em determinadas

áreas gerando um alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, além de apresentar alta

letalidade, chegando a até 40% dos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às

precárias condições de infra-estrutura sanitária e com a alta infestação de roedores infectados.

Períodos de inundações, principalmente nas épocas chuvosas, propiciam a disseminação e

persistência do agente causal no ambiente, o que acaba por facilitar os surtos desta doença

(BRASIL, 2005). A manutenção da Leptospira nas regiões urbanas e rurais do Brasil é

favorecida pelo clima tropical úmido e também pela grande população de roedores

(FIGUEIREDO et al., 2001).

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Esta doença também é considerada de risco ocupacional, atingindo diferentes

profissionais, como os agricultores nos arrozais e canaviais; os trabalhadores das minas,

abatedouros e saneamento, e ainda os tratadores de animais e médicos veterinários. Alguns

trabalhadores estão muito expostos a esta infecção, como por exemplo, os que atuam nos

serviços de saneamento (água e esgotos), os da limpeza pública, coletores de lixo e varredores.

Essas atividades são executadas, em sua grande parte, sem a utilização de equipamentos de

segurança, por mão-de-obra não qualificada e mal remunerada, aumentando ainda mais o risco

destes trabalhadores contraírem a leptospirose (ALMEIDA et al., 1994). Os roedores são

considerados os principais reservatórios da doença, sendo os maiores responsáveis por sua

transmissão. O roedor sinantrópico R. norvegicus é a principal espécie transmissora em centros

urbanos e apresenta grande proliferação em grandes cidades, onde as redes pluviais e de

esgotos não recebem tratamento adequado e, com frequência, se interconectam causando a

contaminação ambiental. Outros animais, como os cães, participam da cadeia de transmissão

da doença e quando infectados podem eliminar leptospiras por meio da urina, durante meses,

de maneira assintomática. No meio rural o cão também exerce um importante papel na cadeia

de transmissão, porém outros animais de produção, tais como os bovinos, suínos, equinos,

bubalinos, caprinos e ovinos, estão susceptíveis à infecção e também participam da

transmissão da doença através do contato dessas espécies com os trabalhadores (OLIVEIRA;

BEZERRA; MEDEIROS, 2009).

Nos últimos anos pôde-se verificar o aumento no número de notificações desta doença

em várias regiões do mundo: Nicarágua, Índia, Sudeste da Ásia, Estados Unidos, Malásia e

Brasil. Nas grandes metrópoles do mundo, aproximadamente 10 mil casos são notificados por

ano. Devido à ocorrência de grandes epidemias urbanas na América Latina é possível perceber

alterações no padrão epidemiológico da doença, porém a ocorrência de surtos de leptospirose

após enchentes não é um fenômeno novo e não ocorre apenas nas regiões tropicais

(TASSINARI et al., 2004). No Brasil, de 1985 a 1997, foram notificados 35.403 casos de

leptospirose, variando de 1.594 em 1987 a 5.576 em 1997, com 3.821 óbitos registrados. A

letalidade média foi de 12,5%. Observou-se ainda que, nas apresentações clínicas graves, tais

como a síndrome de Weil e a síndrome hemorrágica pulmonar, recentemente descrita, a

letalidade pode exceder 50,0%. São Paulo apresentou no ano de 2009, 283 casos confirmados

da doença com 42 óbitos (SÃO PAULO, 2009). Mesmo com estes dados, a leptospirose não

recebe a devida prioridade (TASSINARI et al., 2004).

Ectoparasitas como os da sub classe Acari e das ordens Siphonaptera e Phthiraptera

podem ser vistos geralmente parasitando animais domésticos, silvestres e roedores

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sinantrópicos, o que confere importância na disseminação de zoonoses, levando-se em

consideração que podem ser vetores da peste (Yersinia pestis), riquetsioses (Rickettsia), tifo

murino (Rickettsia) e algumas dermatites (YOSHIZAWA, 1996).

Gazeta et al., (2004) verificaram a ocorrência do protozoário Babesia sp em R.

norvegicus. A babesiose é uma doença cosmopolita e atualmente considerada emergente.

Ainda em relação a doenças emergentes relacionadas a roedores, no início da década de 80 foi

relatado um vírus do mesmo grupo dos Hantavírus, o vírus Seoul, porém desta vez circulando

nos roedores urbanos R. rattus e R. norvergicus (SCHATZMAYR, 2001).

Levando-se em consideração o risco de transmissão dos agravos relacionados, entre

outros, verifica-se que a maneira mais eficaz de minimizar o problema é a prevenção com o

controle dos ratos urbanos e de seus ectoparasitas (FIOCRUZ, 2006).

3.3. Rodenticidas anticoagulantes

Com a descoberta dos produtos químicos tóxicos, a tentativa inicial para controlar os

roedores passou a ser realizada com rodenticidas preparados à base de arsênico, estricnina e

outros venenos poderosos, porém esses produtos traziam perigos graves à saúde humana e

animal por serem extremamente tóxicos para outras espécies (GIORDANO, 2004).

Venenos agudos partilham um problema comum que é a sua rápida atuação e sendo

assim, os roedores morrerão logo após a ingestão da isca. Então, os outros indivíduos da

colônia irão associar esta morte com a isca e não vão comê-la novamente. Este efeito é

conhecido como desconfiança a iscas de envenenamento agudo e ocorre com todos os

roedores. Se o roedor não comer o suficiente para matá-lo na primeira alimentação, não vai

comer novamente a isca e não irá morrer (SPRAGINS, 1999).

Um raticida ideal deveria apresentar algumas características, tais como: baixo custo,

inocuidade para o ambiente e o homem, fácil manipulação, não susceptibilidade diferenciada

para os membros da colônia, ausência de intoxicação imediata do roedor para desta forma não

alertar a colônia para presença de agentes tóxicos na isca, além de características atraentes e

palatáveis aos roedores (VIEIRA; SILVA; SILVA et al., 2006). Os roedores devem comer a isca

preferencialmente a uma fonte de alimentação existente que pode ser ampla, como por

exemplo, em um armazém de grãos ou em um campo de cultura já madura. As iscas também

devem ser impermeáveis, pois são frequentemente utilizadas em ambientes úmidos e devem

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manter sua palatabilidade, a fim de serem eficazes. Por último, uma formulação de isca pronta

deve ter uma vida de prateleira com palatabilidade apropriada e potência mantidas por um

período de pelo menos de um a dois anos (SPRAGINS, 1999). Com estes parâmetros, os

compostos que mais se aproximam destas características são os cumarínicos

(anticoagulantes), cujas concentrações nas formulações comerciais podem variar de 0,005% a

2% (VIEIRA; SILVA; SILVA et al., 2006).

Ratos de telhado, ratazanas e camundongos têm o olfato altamente desenvolvido

para localizar o alimento, os jovens, os adultos e diferenciar os membros da comunidade de

intrusos, bem como diferenciar os indivíduos. Através da urina, fezes e secreções deixam

vestígios de odor que são percebidos pelos membros da comunidade. São “treinados” para

detectar as mínimas concentrações de substâncias tóxicas, o que acaba por dificultar o

desenvolvimento de iscas tóxicas. O mesmo se aplica em relação ao paladar, pois detectam

pequenas quantidades de ácido ou substâncias amargas, complicando a utilização de alimentos

atraentes em iscas (RICCI; PADÍN, 1980).

Com a descoberta dos anticoagulantes, conseguiu-se um aumento na qualidade dos

raticidas, sendo então capazes de matar por hemorragia interna após certo período de ingestão

(GIORDANO, 2004). Estas hemorragias são crônicas, e os venenos cumulativos levam vários

dias para matar. Devido a este efeito retardado, o roedor envenenado nunca sabe o que está

fazendo mal, daí o efeito de desconfiança da isca não ocorre. Este atraso no modo de atuação

e a existência de um efetivo e prontamente disponível antídoto (vitamina K1) fez esse grupo de

compostos incrivelmente popular e bem sucedido desde sua introdução na década de 1950

(SPRAGINS, 1999).

O primeiro grupo de compostos anticoagulantes desenvolvidos ficou conhecido como a

"primeira geração" (SPRAGINS, 1999) ou de doses múltiplas (RICCI; PADÍN, 1980), como a

warfarina, cumatetralila, difacinona, clorofacinona, cumacloro e outros (SPRAGINS, 1999), que

agem com efeito cumulativo, exigindo que os roedores comam várias vezes as iscas

preparadas com estes produtos (RICCI; PADÍN,1980), e que tornaram-se ineficazes após

utilização repetida em algumas áreas. Este efeito, no qual os roedores comem aquilo que

deveria ser uma quantidade letal de veneno mas não morrem, é devido a uma genética

herdável de resistência ao veneno. O uso repetido na mesma área pode selecionar os roedores

resistentes, aumentando a sua reprodução (SPRAGINS, 1999). Compostos anticoagulantes

inibem a coagulação do sangue pela repressão da reação da vitamina K redutase (VKOR).

Populações de roedores resistentes a anticoagulantes foram relatadas em muitos países e

sendo assim, constituem um considerável problema para o controle de pragas. Essa resistência

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é transmitida como traço autossômico dominante, embora, até recentemente, a mutação

genética básica era desconhecida (PELZ et al., 2005).

PELZ et al., (2005) ainda sugerem que as mutações no VKORC1 são a base genética

da resistência a anticoagulantes em populações de roedores silvestres, e que geram mudanças

estruturais na proteína VKOR, podendo assim induzir mecanismos compensatórios para manter

a coagulação do sangue .

Em meados da década de 1970, um grupo de compostos conhecidos como a "segunda

geração" de anticoagulantes foi desenvolvido. Estes compostos incluem bromadiolona,

difenacum, brodifacum, flocoumafeno e difetialona e são consideravelmente mais tóxicos,

matando roedores que são resistentes aos anticoagulantes de primeira geração (SPRAGINS,

1999). Com estes compostos os roedores podem comer o suficiente para matá-los em um único

dia, ou em alguns casos, em uma única alimentação, mas eles ainda terão vários dias para

morrer. Apesar de muito sucesso e de serem largamente utilizados, estes compostos,

particularmente, os últimos três têm elevada toxicidade para os animais não-alvo e possui riscos

para os predadores. Resíduos de rodenticida foram encontrados em fígados de aves

Strigiformes que incluíam Tyto alba (coruja das torres, suindara), Strix varia (coruja barrada) e

Bubo sp (coruja orelhuda), coletados entre 1988 e 2003 na província da Columbia Britânica e no

Território de Yukon, Canadá. Os fígados foram analisados para brodifacum, bromadiolona,

clorofacinona, difacinona, difetialona e warfarina e 70% tinham resíduos de pelo menos um

raticida, e destes, 41% tinham mais de um raticida detectado (ALBERT et al., 2010). Num certo

sentido, faltam-lhes algumas das vantagens da primeira geração de anticoagulantes. Em alguns

casos também tem sido documentada a resistência a anticoagulantes de segunda geração em

algumas áreas (SPRAGINS, 1999). Já foram relatadas a resistência para difenacum e

bromadiolona na Europa, em especial no Reino Unido e Escandinávia. O brodifacum, apesar

das evidências de que existe uma tolerância um pouco maior em algumas populações de

roedores sinantrópicos, ainda deve ser considerado um raticida altamente eficaz contra os

roedores (LUND,1984). É uma isca aplicada diretamente e é considerado um raticida potente,

de ação rápida. Os primeiros roedores mortos podem ser observados em 3 dias, com

continuidade da mortalidade até 14 dias após a colocação das iscas. Sua formulação em blocos

parafinados é resistente à água e umidade e contém benzoato, uma substância amarga que

reduz o risco de envenenamento não intencional (RICCI; PADÍN, 1980).

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3.4. A Subprefeitura de Itaquera

O nome Itaquera tem origem no tupi e significa "pedra dura" (Ita-Aker), e que

provavelmente recebeu este nome devido à grande quantidade de rochas ígneas como o

granito, comuns nesta região e exploradas por várias décadas pela empresa “Pedreira de

Itaquera”, hoje já desativada (SILVA, 2007). A data da fundação do Bairro ainda é um mistério.

O primeiro dado de que se tem notícia é de 1686, quando o nome aparece em uma Carta de

Sesmaria. Porém, foi em 1820 que se encontra a primeira referência sobre a povoação de

Itaquera, onde há relatos da existência de um simples e precário rancho conhecido como a

"Casa Pintada", onde os viajantes paravam para descansar e reabastecer-se de provisões

(SÃO PAULO, s/d b), rancho este que ficava à margem da ferrovia São Paulo-Mogi das Cruzes,

e que foi inaugurada em 06 de Novembro de 1875, na Região de São Miguel Paulista (SILVA,

2007). A povoação de Itaquera começa a se desenvolver a partir da inauguração da estação de

trem no bairro, e então esta data é escolhida pela comunidade como a do aniversário de

Itaquera, mesmo com toda a polêmica em torno da verdadeira fundação (SÃO PAULO, s/d b).

Na segunda década do século passado ocorreu uma mudança importante e marcante

em Itaquera: a produção agrícola de frutas e verduras, por meio da fixação de uma colônia

japonesa (SILVA, 2007). A colônia Nipônica de Itaquera teve seu início em 1925, quando as

primeiras famílias japonesas vieram do interior e começaram a se estabelecer em São Paulo,

com a idéia de abastecer a cidade com frutas e hortaliças (YAMAGHISHI, 1962).

Atualmente, a região de Itaquera é dividida em 4 Distritos Administrativos (D.A): Cidade

Líder (D.A 24); Itaquera (D.A 36); José Bonifácio (D.A 46) e Parque do Carmo (D.A 58). A faixa

territorial que ocupam encontra-se no extremo leste da Cidade de São Paulo, a 20 km do marco

zero da capital paulista, com 54,3 km² de superfície (SILVA, 2007) e como em todo o espaço

urbano existem muitas diferenças sociais, não havendo homogeneidade e evidenciando áreas

mais nobres e menos nobres dentro da região de uma mesma Subprefeitura (MARTINS, 2007).

A população recenseada e estimada nos Distritos da Subprefeitura de Itaquera

distribuem-se conforme a Tabela 1.

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Tabela 1 . Distribuição da população recenseada e estimada nos Distritos da Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, 2010.

Demografia População Ano D.A População Recenseada 116.841 2000 Cidade Líder População Estimada 129.296 2010 Cidade Líder População Recenseada 201.512 2000 Itaquera População Estimada 223.414 2010 Itaquera População Recenseada 107.082 2000 José Bonifácio População Estimada 115.852 2010 José Bonifácio População Recenseada 64.067 2000 Pq. Do Carmo População Estimada 71.939 2010 Pq. Do Carmo Total Recenseada 489.502 2000 Sub. Itaquera Total Estimada 540.501 2010 Sub. Itaquera

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento - SEMPLA, 2008.

A extensão da área formada pela Subprefeitura de Itaquera é de 5.430 hectares com

densidade populacional de 90,15 população/ha e taxa de crescimento de 1,42 (SÃO PAULO,

2008). A economia da região é bem diversificada, e podem ser encontrados os seguintes

segmentos de atividades econômicas: administração técnica e profissional, agricultura,

alojamento e alimentação, borracha, fumo e couro, comércios atacadista e varejista, educação,

indústrias: calçados madeira e mobiliários, material elétrico, eletrônico e de comunicação,

material de transporte, mecânica, metalúrgica, papel e gráfica, produtos alimentícios e bebidas,

química, têxtil e da construção civil, intermediação financeira, produtos minerais não metálicos,

serviços industriais de utilidade pública, serviços médicos, odontológicos e veterinários,

transporte, armazenagem e comunicações (SÃO PAULO, 2006). O comércio varejista é o que

mais emprega, com aproximadamente 11.952 empregados e cerca de 1.546 estabelecimentos

distribuídos nos quatro Distritos Administrativos (SÃO PAULO, 2006).

O uso do solo urbano na Subprefeitura de Itaquera é formado por áreas residenciais de

alto, médio e baixo padrão, comerciais, industriais, usos especiais como hotéis, escolas,

cartórios, etc, usos coletivos como cinemas, teatros, clubes, templos, entre outros. Vale

ressaltar a quantidade expressiva de terrenos vagos, alcançando cerca de 510.826 unidades

(SÃO PAULO, 2008b).

Em relação ao meio ambiente, a Subprefeitura de Itaquera tem uma grande cobertura

vegetal, com cerca de 22.293.900 m2, porém observa-se desequilíbrio ambiental na região por

diversos motivos, tais como o desmatamento, com uma área destruída de aproximadamente

350,28 ha e contaminação de cerca de oito áreas (SÃO PAULO, 2008c).

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Tendo em vista a relação da ocupação humana apresentada nesta região, verifica-se o

favorecimento da instalação e proliferação da fauna sinantrópica.

A região da Subprefeitura de Itaquera possui aproximadamente 20 córregos, os quais

sofrem inundações frequentes, em especial no início do ano de 2010, o que aumenta muito a

probabilidade de surtos de leptospirose. Casos semelhantes ocorreram no Brasil, como foi

observado em 1996, onde após uma inundação houve um surto de leptospirose no Rio de

Janeiro. As análises espaciais indicaram que as taxas de incidência de leptospirose dobraram

nas áreas inundáveis neste município (BARCELLOS; SABROZA, 2001).

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4. Material e Métodos

Toda a metodologia de captura e eutanásia conduzida neste experimento foi submetida

à Comissão de Ética na Experimentação Animal – CETEA - IB, sob número 085/09 (Anexo 1).

4.1. Pontos de amostragem

4.1.2. Seleção das unidades de amostragem

A área de estudo localiza-se na Zona Leste do Município de São Paulo, na região de

Itaquera. Esta região é muito grande, com 54,3 km², o que torna difícil a armadilhagem em toda

sua extensão. Assim, foi necessário escolher unidades de amostragem para possibilitar o

estudo. Os locais foram escolhidos de acordo com a atividade de Controle de Roedores

realizado pela Prefeitura Municipal de São Paulo, chamada “Áreas Programa”. Estas áreas

foram selecionadas conforme a quantidade de casos confirmados e óbitos por leptospirose,

sinais evidentes de infestação por roedores, elevado potencial de contato entre seres humanos

e roedores (HERRING, 2008) e situação de risco ambiental para a referida doença. Tais áreas

são trabalhadas pela Prefeitura de São Paulo por meio das SUVIS (Supervisão de Vigilância em

Saúde) com desratizações periódicas. A atividade de desratização é realizada em áreas

públicas, o que envolve terrenos baldios, córregos, praças e ruas.

A região que compreende a Subprefeitura de Itaquera é formada por quatro distritos

administrativos: Cidade Líder – D.A 24, Itaquera - D.A 36, José Bonifácio - D.A 46 e Parque

do Carmo - D.A 58.

Estes distritos são subdivididos em setores censitários provenientes do censo

realizado pelo IBGE em 2000, onde as quadras são agrupadas pelo número de imóveis e

habitantes.

Cada Distrito Administrativo (D.A) possui suas “Áreas Programa” e estas foram

sorteadas através da Tabela de Números Aleatórios para que cada distrito tivesse uma

área selecionada.

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Após a definição da “Área Programa” de cada Distrito, realizou-se o sorteio com o uso

da Tabela de Números Aleatórios para determinar os setores censitários de cada Área

Programa, onde foram realizadas as coletas.

Com posse dos setores censitários a serem trabalhados, foram distribuídas 80

armadilhas do tipo Tomahawk® (53 cm x 23 cm x 22 cm) para a captura viva dos roedores

(Figura 2), sendo 20 em cada ponto de amostragem selecionado.

Fig. 2 – Armadilha tipo Tomahawk®

As residências dos quatro pontos de amostragem sorteados também foram escolhidas

por método aleatório, levando-se em consideração as residências fechadas e as recusas,

de modo a contemplar todo o setor censitário selecionado. Em um momento anterior a

instalação das armadilhas os munícipes foram contactados para que a pesquisadora fosse

autorizada a realizar a atividade em suas residências.

Para cada residência foram anotados na ficha de campo (Anexo 2) os dados do

imóvel, de sua situação ambiental, vestígios de roedores, presença de animais de

estimação e utilização ou não de raticidas pelos moradores. Estas variáveis fornecem

informações sobre as características do hábitat, que podem influenciar na distribuição dos

roedores.

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4.2. Período de amostragem

A amostragem foi realizada em dois períodos: outono/inverno e primavera/verão, de

forma que fosse possível analisar as possíveis variações na população de roedores

urbanos em decorrência da sazonalidade. As coletas foram feitas em dois momentos de

cada período: pré tratamento químico e pós tratamento químico.

A amostragem de outono inverno ocorreu no período de 12 de junho de 2009 a 21 de

setembro de 2009. Na primavera/verão, o período foi de 04 de dezembro de 2009 a 29 de

janeiro de 2010.

4.3. Metodologia de armadilhagem em campo

As capturas foram realizadas conforme a metodologia adaptada de Spaulding e

Jackson (1983) e o Manual de armadilhagem e amostragem de pequenos mamíferos para

estudos virológicos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças - CDC – EUA (OPS,

1995), constando de 3 fases:

(1) Censo pré-tratamento químico (desratização) : armadilhas do tipo

Tomahawk® foram instaladas nas residências, no peridomicílio, e iscadas

com banana, cereais e ração para cão ou gato. O tempo de exposição

variou de 10 a 15 dias.

(2) Tratamento químico (desratização) : realizado pela Prefeitura do

Município de São Paulo nas áreas públicas dos pontos de amostragem

selecionados. Para tanto, foram realizados tratamentos que

compreenderam três aplicações, respeitando-se intervalos de tempo

adequado - uma aplicação a cada 07-10 dias (ALVES, 2007). Foram

utilizados raticidas do tipo anticoagulante nas seguintes formulações: pó

seco (Cumatetralila 0,75%) e bloco parafinado (Bromadiolona 0,005%);

(3) Censo pós-tratamento : realizado da mesma maneira que a fase 1.

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4.4. Transporte das armadilhas

As armadilhas contendo os roedores capturados foram manuseadas com luvas

grossas de borracha, pois não é recomendado o uso de luvas de couro, uma vez que estas

não podem ser descontaminadas.

Após a retirada da armadilha da residência, estas foram imediatamente colocadas

dentro de um saco plástico fechado, que pôde ser aberto em alguns momentos para a

ventilação. Os sacos foram abertos para manipulação apenas quando chegaram ao local de

trabalho. Caso tenham sido gerados aerossóis, estes estavam em uma pequena área no

interior do saco.

Os sacos com roedores foram transportados na parte traseira de uma caminhonete

com a sinalização sobre o material transportado.

4.5. Local de trabalho

O processamento dos animais como a eutanásia, pesagem, identificação, sexagem e

determinação da fase de desenvolvimento foi realizado em Câmara de segurança biológica

Classe II-A 100 – NSF 49 no laboratório de Viroses de Bovídeos do Instituto Biológico.

O local de trabalho para a avaliação dos animais capturados possuía cadeiras,

superfícies e pisos de material não poroso que foram facilmente limpos e descontaminados.

Os sacos com as armadilhas foram abertos ao ar livre a favor do vento e o manipulador

as pegou após o arejamento, utilizando EPI correto – roupa de cirurgia descartável, botas de

borracha e máscara com filtro P3, permanecendo a uma distância mínima de 10 metros das

armadilhas durante este processo de arejamento. Após esta manipulação, retirou as luvas e

lavou as mãos com água e sabão.

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4.6. Eutanásia

A eutanásia foi realizada por exposição dos animais capturados a uma fonte de

dióxido de carbono (CO2) (Figura 3). Após o animal não apresentar mais movimentos,

mesmo quando estimulado, este foi retirado da câmara para os procedimentos necessários

(Figura 4).

Fig. 3 – Câmara de CO2.

Fig. 4 – Roedor eutanasiado

Babolin, 2010

Potenza, 2009

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4.7. Identificação do indivíduo capturado

Após a captura dos roedores foram anotadas as medidas biométricas dos animais de

acordo com Gonçalves (2006): peso, comprimento do corpo (c.cp), comprimento da cauda

(c.c.), comprimento da pata posterior (c.p.p.) e comprimento da orelha (c.o.) (Figura 5). O peso

foi expresso em gramas, utilizando uma balança de precisão; as medições restantes foram

registradas em milímetros, utilizando-se uma régua ou paquímetro.Todas estas medições

foram anotadas para cada indivíduo capturado na ficha de processamento de roedores (Anexo

3).

Fig. 5 – Medições efetuadas nos roedores capturados (Adaptado de MAGALHÃES;

TRINDADE, 1987).

Para a determinação do comprimento do corpo colocou-se o animal dorsalmente, junto a

uma régua e mediu-se desde a ponta do focinho até ao ponto mais posterior da pélvis; o

comprimento da cauda foi medido desde o ponto anterior até à extremidade da última vértebra

caudal, sem os pêlos terminais; o comprimento da pata posterior foi medido desde a porção do

calcanhar até à extremidade do dedo mais longo, excluindo a unha; o comprimento da orelha foi

a distância entre a base desta e a extremidade distal, excluindo igualmente os pêlos. Para

determinar o peso dos indivíduos foi necessário colocá-los sobre um pedaço de papel alumínio

sobre a balança. O sexo do animal foi tido em conta na época de reprodução, uma vez que

facilmente se distinguem os machos das fêmeas. Fora deste período, os animais foram

dissecados. O sexo determina-se pela distância genito-anal, que é superior nos machos.

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Durante a época de procriação, os testículos descem para o interior da cavidade escrotal nos

machos, nos outros períodos do ano os testículos encontram-se no abdômen (BARNETT,

1992). A atividade reprodutora nas fêmeas pode ser detectada pelo estado da vagina, presença

ou ausência de mamas evidentes, ou através da prenheza (MAGALHÃES; TRINDADE, 1987).

Normalmente, a época de procriação começa na primavera e termina no outono ou antes do

inverno, dependendo muita das vezes da disponibilidade de alimento (GURNELL;

FLOWERDEW, 1990).

A identificação da espécie foi realizada de acordo com o guia dos roedores do Brasil,

com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos (BONVICINO, OLIVEIRA;

D’ANDREA, 2008).

4.8. Descontaminação de armadilhas

Foi preparada uma solução em um balde de plástico de 20 litros contendo

aproximadamente 15 litros de cloreto de alquil dimetil benzil amônio a 1,2% em uma diluição

1:20, e 2 baldes de plástico com água limpa.

Depois que o animal eutanasiado foi retirado da armadilha, esta foi colocada no balde

que continha a solução. As fezes e iscas foram retiradas com uma escova. Foi realizado o

enxágue e finalmente a armadilha pôde ser colocada para secar em estufa ou ao sol.

Durante a manipulação das armadilhas, foi necessário a utilização de luvas grossas de

borracha, pois as mais finas poderiam rasgar em alguma superfície de corte da armadilha.

4.9. Limpeza e organização do local de trabalho

Uma vez realizado o processamento dos roedores, a área de trabalho foi

cuidadosamente desinfectada utilizando-se alquil dimetil benzil amônio a 1,2%.

Ao final do processamento do último animal, todos os materiais contaminados como

toalhas de papel, algodões, gazes, sacos plásticos, foram colocados num saco de descarte

de resíduos infectantes.

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Depois de todas as armadilhas terem sido descontaminadas, as superfícies de

trabalho como mesas, bancadas, cadeiras e equipamentos também foram limpos e

descontaminados.

As luvas e o EPI descartável foram retirados e colocados em saco de descarte de

resíduos infectantes.

As máscaras foram removidas e as mãos lavadas com água e sabão.

O descarte contaminado foi encaminhado à coleta especializada de material infectante,

assim como os animais, que foram encaminhados a Unidade de Tratamento de Resíduos de

Saúde.

4.10 Tratamento estatístico

Para descrever o perfil da amostra segundo as variáveis em estudo, foram feitas tabelas

de frequência das variáveis categóricas (dados ambientais e vestígios constantes na ficha de

campo), com valores de frequência absoluta (n) e percentual (%).

As estatísticas descritivas das variáveis numéricas foram feitas com valores de média,

desvio padrão, valores mínimo e máximo, mediana e quartis.

Para as análises de relação entre as variáveis, foi utilizado o teste qui-quadrado de

Pearson ou o teste exato de Fisher (para valores menores que 5). Para comparar as variáveis

categóricas entre antes e após o tratamento químico foi utilizado o teste de McNemar. O nível

de significância adotado para os testes estatísticos foi de 5% (p<0,05) (CONOVER, 1971;

FLEISS, 1981; SIEGEL; CASTELLAN, 2006; THE SAS SYSTEM FOR WINDOWS, 1999-

2001).

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5. Resultados e discussão

5.1 Coletas em campo

As “Áreas Programa” selecionadas através da Tabela de Números Aleatórios e seus

respectivos setores censitários, também selecionados pela mesma metodologia, são

apresentados na Tabela 2 e nas Figuras de 6 a 13.

Tabela 2. Áreas Programa e Setores censitários selecionadas nos quatro distritos administrativos da Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, 2010.

DISTRITO ADMINISTRATIVO ÁREA PROGRAMA SETOR CENSITÁRIO CIDADE LÍDER CÓRREGO "FRAIBURGO" / RIO VERDE 119 ITAQUERA CÓRREGO "DALMO CAVALARI" 253 JOSÉ BONIFÁCIO CÓRREGO "RIO URUU" 99 PQ. DO CARMO CÓRREGO "PELEGRINO" / MACHADO NUNES” 68

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Fig.6 – Setor censitário selecionado na “Área Programa” do Distrito Administrativo Cidade Líder.

Fig. 7 – Distrito administrativo 24 – Cidade Líder. Área Programa: Córrego Fraiburgo/Rio Verde.

Setor censitário 119.

Babolin, 2009

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Fig.8 – Setor censitário selecionado na “Área Programa” do DistritoAdministrativo Itaquera.

Fig. 9 – Distrito administrativo 36 – Itaquera.Área Programa: Córrego Dalmo Cavalari. Setor censitário 253.

Babolin, 2010

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Fig.10 – Setor censitário selecionado na “Área Programa” do Distrito Administrativo José Bonifácio.

Fig. 11 - Distrito administrativo 46 – José Bonifácio. Área Programa: Córrego “Rio Uruú”. Setor censitário 99.

Babolin, 2010

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Fig.12 – Setor censitário selecionado na “Área Programa” do Distrito Administrativo Parque do Carmo.

Fig. 13 - Distrito administrativo 58 – Parque do Carmo. Área Programa: Córrego Pelegrino/Machado Nunes. Setor Censitário 068.

Babolin, 2007

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5.2 Análises descritivas das variáveis categóricas

Das 320 armadilhas instaladas em 320 imóveis (peridomicílio), houve um sucesso total

de captura de 5% onde foram coletados 16 roedores, tanto no pré como no pós tratamento

químico, sendo 14 indivíduos da espécie R.rattus, 1 indívíduo da espécie M. musculus e 1

indivíduo da espécie R. norvegicus (Tabelas 3 e 4).

Tabela 3 . Dados dos exemplares de roedores coletados nas Áreas Programa previamente selecionadas na Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, no período de outono/inverno e primavera verão, no pré tratamento químico, nos anos de 2009 e 2010.

OUTONO/INVERNO Pré-tratamento (N=80 armadilhas)

PRIMAVERA/VERÃO

Pré-tratamento (N=80 armadilhas)

Sucesso de captura 8,75% Sucesso de captura 6,67%

Macho Fêmea Macho Fêmea Sexo (n=7)

42,86% 57,14% Sexo (n=4)

- 100%

R. rattus: 75% Espécie (n=7) R. rattus: 85,71% Espécie (n=4)

M. musculus: 14,29 % R. norvegicus: 25%

Jovem Adulto Jovem Adulto Fase de desenvolvimento (n=7) 71,43% 28,57%

Fase de desenvolvimento (n=4) 25% 75%

Tabela 4 . Dados dos exemplares de roedores coletados nas Áreas Programa previamente selecionadas na Subprefeitura de Itaquera-São Paulo, no período de outono/inverno e primavera verão, no pós tratamento químico, nos anos de 2009 e 2010.

OUTONO/INVERNO Pós-tratamento (N=80 armadilhas)

PRIMAVERA/VERÃO

Pós-tratamento (N=80 armadilhas)

Sucesso de captura 1,25% Sucesso de captura 6,67%

Macho Fêmea Macho Fêmea Sexo (n=1)

100% - Sexo (n=4)

25% 75%

R. rattus: 100% Espécie (n=1) R. rattus: 100% Espécie (n=4)

Jovem Adulto Jovem Adulto Fase de desenvolvimento

(n=1) - 100% Fase de desenvolvimento

(n=4) 50% 50%

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5.2.1 Infestação

Na cidade de São Paulo, de acordo com o Índice de Infestação Predial (IIP) realizado

pela Prefeitura, a taxa de infestação por roedores é de 23,1%, sendo que R.rattus é o roedor

mais frequente na cidade, com 12,7% de infestação, R. norvegicus contribui com 9,4% e M.

musculus com 1,7% (MASI, 2008), o que corrobora os dados de prevalência de espécie

obtidos por meio do método utilizado neste trabalho, sendo a principal espécie infestante R.

rattus, seguido de R. norvegicus e M. musculus , tanto no período de outono/inverno quanto

no período de primavera/verão.

Ainda de acordo com o mesmo Índice relatado por MASI (2008), a região da

Subprefeitura de Itaquera apresenta infestação predial por roedores de 15,2%, não diferindo

significativamente da média do município. A infestação por R. norvegicus é de 7,3%, R.rattus

6,6% e M. musculus 0,2%. A taxa de infestação por espécie indeterminada é 3,2%, o que

difere dos dados do presente trabalho, onde a infestação de R. rattus é maior que R.

norvegicus.

O maior número de capturas de R.rattus pode ser decorrente do seu comportamento em

habitar o entorno das residências e dentro delas (RICCI; PADÍN, 1980) e assim terem tido

mais contato com as armadilhas que foram instaladas unicamente no peridomicílio, ou ainda,

serem realmente a espécie mais frequente na área do estudo.

A distribuição geográfica mundial do R. rattus sugere que é muito adaptado para as

regiões de clima tropical e semi-tropical. O habitat dos ratos de telhado frequentemente é em

locais mais altos do que os da ratazana, podendo se estabelecer em sótãos e árvores. Os

modernos projetos paisagísticos e arquitetônicos residenciais ou comerciais são muito

utilizados como habitat pelos ratos de telhado, assim como a vegetação ciliar de rios e

córregos. Grandes instalações comerciais e industriais com depósitos de alimentos também

sofrem com as infestações por este roedor. Todos estes fatores contribuíram para o aumento

da infestação e a dispersão do R. rattus nas grandes cidades (MARSH, 1994).

Observa-se que na Venezula R. rattus também é o principal roedor infestante

(CAMERO; GÓMEZ; CÁCERES, 2004), já na Argentina, a população numericamente

predominante em área urbana é de M. musculus (CASTILLO et al., 2003).

Outro fator relevante que pode ter influenciado a prevalência de R. rattus é o fato de que

o controle de roedores realizado na cidade de São Paulo é voltado para o controle de R.

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norvegicus, e assim, a primeira espécie acabou ocupando o lugar da segunda ( SÃO PAULO,

2005).

Ainda, verifica-se que uma espécie concorrente ou um predador pode alterar a resposta

de uma outra espécie em relação a armadilhas ou ao padrão de circulação, como por exemplo

a espécie R. rattus que pode limitar o uso de armadilhas ou os trajetos da espécie M.

musculus (BROWN et al., 1996).

5.2.2 Sexo e fase de desenvolvimento

Quanto ao sexo, observou-se uma maior captura de fêmeas no período de

primavera/verão, já quanto a fase de desenvolvimento, houve maior captura de jovens no

outono/inverno. Picos de juvenis são encontrados geralmente no outono e inverno, além disso,

pressões sociais são importantes na circulação de roedores, especificamente para os machos

subordinados que são forçados a migrar nos locais menos favoráveis, levando a uma razão

sexual desequilibrada (MACDONALD; MATHEWS; BERDOY, 1999).

5.2.3 Armadilhagem

O sucesso das coletas com armadilhas de captura viva depende de vários fatores, tais

como a influência do ambiente, das pessoas, do clima e da própria biologia dos roedores.

Quando um roedor é capturado ele fica exposto aos outros membros da colônia, e assim

esses roedores associam a captura com a armadilha, evitando-a e devido a este fato os

resultados de captura com armadilhas são baixos, geralmente em torno de 10% a 20% das

armadilhas instaladas numa área (BRASIL, 2002). Neste trabalho o sucesso de captura variou

de 1,25% (no pós tratamento do período outono/inverno) a 8,75% (no pré-tratamento do período

outono/inverno).

A presença do equipamento de coleta (armadilha Tomahawk®) causa desconfiança nos

roedores (neofobia), principalmente nas espécies R. rattus e R. norvegicus (BRASIL, 2002),

sendo um dos fatores de diminuição do sucesso de captura. Para minimizar o efeito da neofobia

as armadilhas foram dispostas com até 9 dias de antecedência da coleta prevista, entretanto,

esse número de dias ainda parece ser ineficiente. Em um trabalho realizado no Nepal, a

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indicação para a disposição das armadilhas é de seis a oito dias (FRANTZ; COMINGS, 1976).

Spaulding e Jackson (1983) citam 3 dias de disposição da armadilha, tanto no pré-tratamento

químico como no pós-tratamento químico, podendo ser ampliados por mais 4 dias. Citam ainda

que é importante vários dias de disposição das armadilhas sem isca antes do início dos

ensaios, para que os roedores se familiarizem verificando as armadilhas. Neste trabalho, as

armadilhas foram dispostas no ambiente com isca, desde o princípio.

SCHRODER e HULSE (1979) realizaram coletas com armadilhas de captura viva em

quatro áreas às margens de um aterro sanitário no Texas – EUA. A área um possuía 774

armadilhas, a área dois 720, a área três 864 e a área quatro 510 armadilhas. Não foram

capturados indivíduos das espécies R. norvegicus e M. musculus nas áreas um, dois e três,

apenas 4 indivíduos de R. norvegicus na área quatro, o que sugere que estes animais não

foram capturados fora de sua área de circulação, e assim corrobora com os poucos animais

capturados no presente estudo, pois mesmo as armadilhas sendo colocadas no peridomicílio de

imóveis situados muito próximos a córregos, geralmente infestado por ratazanas, essas foram

pouco capturadas, provavelmente pelo fato da armadilha não estar posicionada em sua área de

circulação.

Percebeu-se, em algumas residências neste experimento, que as armadilhas foram

manipuladas pelos moradores, os quais as trocavam de lugar aleatoriamente durante o período

de coleta, dificultando a familiarização deste objeto pelos roedores. Alguns, até mesmo

trocavam a isca, mesmo sem a autorização ou indicação do pesquisador, aumentando assim

neofobia por esse objeto.

Outro fator de interferência para as coletas foi a presença de cães e gatos nos imóveis,

pois estes animais poderiam se esfregar ou urinar nas armadilhas deixando seu odor no objeto.

O odor de predadores aumenta o comportamento de defesa em roedores (DIELENBERG;

MCGREGOR, 2001) e desta forma o roedor evita a armadilha. Ensaios com roedores

demonstraram que estes animais evitam odores humanos (DRICKAMER; MIKESIC; SHAFFER,

1992) e de predadores (BRAMLEY, 1999). Dos 80 imóveis pesquisados, 45% apresentavam

cães, 10% apresentavam gatos e 3,75% apresentavam as duas espécies de animais de

estimação. Mesmo com a presença desses animais de estimação houve captura de roedores.

Ainda foram observadas falhas, onde roedores muito pequenos entravam pelas laterais

da armadilha, pegavam a isca e não ficavam presos, outros grandes demais não caíam através

do mecanismo da armadilha. Houve roedor que conseguiu fugir da armadilha e em uma das

residências o animal foi solto por uma criança.

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Devido ao tempo de exposição das iscas nas armadilhas, pôde-se observar que por

vezes estas eram infestadas por insetos como formigas e ao final do experimento algumas

iscas chegaram a mofar. Por conta da operacionalização do trabalho, tornava-se inviável a troca

de iscas diariamente. Os roedores não gostam de grãos contaminados, sujos, velhos, ou

mofados, preferem iscas frescas em relação às antigas, principalmente se foram infestadas por

insetos (CLAPPERTON, 2006).

Os dias de coletas no outono/inverno no ano de 2009 foram marcados por temperaturas

baixas, alta umidade e pluviosidade maior que o normal para a época, o que pode ter alterado a

atividade dos roedores e dificultado as coletas dos animais. A temperatura começou a elevar no

final do período de coleta, porém as chuvas ainda persistiram, mesmo no mês de agosto que é

considerado um mês seco (Tabelas 5 e 6).

Tabela 5. Temperatura média, umidade relativa e pluviosidade média durante a coleta outono/inverno no período pré-tratamento químico, no ano de 2009, na subprefeitura de Itaquera-São Paulo.

Distrito Administrativo

Período de coleta Temperatura média (°C)

Umidade relativa média

(%)

Pluviosidade média (mm)

Cidade Líder 12/06 a 23/06/2009 15,01 75 0,0015

José Bonifácio 29/06 a 08/07/2009 17,2 78 0,04

Pq. Do Carmo 04/08 a 13/08/2009 18,8 65 0,009

Itaquera 14/08 a 25/08/2009 17,2 69 0,033

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET

Tabela 6. Temperatura média, umidade relativa e pluviosidade média durante a coleta outono/inverno no período pós-tratamento químico, no ano de 2009, na subprefeitura de Itaquera-São Paulo.

Distrito Administrativo

Período de coleta Temperatura média (°C)

Umidade relativa média (%)

Pluviosidade média (mm)

Cidade Líder 13/07 a 22/07/2009 16,03 73 0,014

José Bonifácio 23/07 a 03/08/2009 16,6 84 0,43

Pq. Do Carmo 28/08 a 08/09/2009 20,8 63 0,48

Itaquera 09/09 a 21/09/2009 20,3 62 2,2

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET

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No período de coletas da primavera/verão observou-se as mesmas interferências já

citadas em relação as armadilhas. No que se refere ao clima, foi uma época extremamente

chuvosa (Tabelas 7 e 8), com ocorrência de enchentes na área. Situação semelhante de alta

pluviosidade só foi observada na década de 40 (CLIMATEMPO, 2010).

Nos ensaios de SPAULDING e JACKSON (1983) o local e o período foram escolhidos

de forma a minimizar os efeitos perturbadores das intempéries. As variações sazonais podem

interferir na localização dos roedores, sendo que algumas espécies tendem a se mover dentro

do domicílio durante as intempéries (FRANTZ; COMINGS, 1976), o que indica a baixa captura

devido ao fato das armadilhas estarem dispostas no peridomicílio, muitas vezes no tempo.

Em um estudo feito em fragmentos florestais no Mato Grosso do Sul, as coletas foram

realizadas com 17.600 armadilhas de captura viva, sendo o sucesso de captura de 2,2% (1,6%

para o período chuvoso e 2,7% para o período seco) (SANTOS-FILHO; SILVA; SANAIOTTI,

2008).

Tabela 7. Temperatura média, umidade relativa e pluviosidade média durante a coleta primavera/verão no período pré-tratamento químico, nos anos de 2009 e 2010, na Subprefeitura de Itaquera-São Paulo.

Distrito Administrativo

Período de coleta Temperatura média (°C)

Umidade relativa média

(%)

Pluviosidade média (mm)

Cidade Líder/Itaquera

04/12 a 18/12/2009 20,08 79,5 0,7

José Bonifácio/Pq. do Carmo

21/12/2010 a 04/01/2010

23,5 75,5 0,4

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET

Tabela 8. Temperatura média, umidade relativa e pluviosidade média durante a coleta primavera/verão no período pós-tratamento químico, no ano de 2010, na subprefeitura de Itaquera-São Paulo.

Distrito Administrativo

Período de coleta Temperatura média (°C)

Umidade relativa média

(%)

Pluviosidade média (mm)

Cidade Líder/Itaquera

05/01 a 15/01/2010 24,2 71,9 0,5

José Bonifácio/Pq. do Carmo

15/01 a 29/01/2010 22,6 78,7 0,8

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia – INMET

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5.2.4 Dados ambientais

Os dados ambientais são analisados de acordo com as frequências de cada variável e

suas porcentagens. Estas informações podem ser visualizadas na Tabela 9. As informações

sobre as análises comparativas destes dados estão no item 5.4.

Tabela 9. Frequência e porcentagem dos dados ambientais obtidos durante as inspeções nas Áreas Programa da Subprefeitura de Itaquera, em 80 imóveis, nos anos de 2009 e 2010, nos períodos de primavera/verão e outono/inverno.

Dados ambientais Frequência Porcentagem % Residência 69 86,25 Comércio 3 3,75 Comércio + Residência 9 11,25 Lixo acessível 29 36,25 Alimento para humanos disponível 15 18,75 Alimento para animais disponível 37 46,25 Comércio de alimentos 2 2,5 Árvores frutíferas/ plantas ornamentais 24 30 Água disponível 47 58,75 Inservíveis 54 67,5 Material de construção 24 30 Entulho 15 18,75 Vão no telhado 37 46,25 Vegetação alta 7 8,75 Caixa de gordura 5 6,25 Estrutura do imóvel 33 41,25 Rede de esgoto 17 21,25 Tocas 8 10 Fezes 19 23,75 Manchas de gordura 2 2,5 Roeduras 8 10 Trilhas 0 0 Rodenticida anticoagulante 7 8,75 Outros rodenticidas 28 35

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5.3 Análises descritivas das variáveis numéricas

5.3.1 Tempo de captura dos roedores

Os roedores foram capturados de 1 a 14 dias após a disponibilização das armadilhas

nas residências (Tabela 10).

Tabela 10 . Análise dos tempos de captura dos roedores (mínimo, máximo e médio) nos períodos de outono/inverno de 2009 e primavera/verão 2009/2010, no pré e pós tratamento químico, nas Áreas Programa da Subprefeitura de Itaquera-São Paulo.

Período Tempo outono inverno Tempo mínimo Tempo máximo Tempo médi o pré tratamento químico 1 dia 9 dias 4,43 dias pós tratamento químico 11 dias 11 dias 11 dias primavera/verão pré tratamento químico 4 dias 14 dias 8,5 dias pós tratamento químico 2 dias 9 dias 6,5 dias

O indivíduo que levou menos tempo para ser capturado (um dia) era um roedor jovem,

porém segundo BROWN et al. (1996), os ratos adultos são significativamente capturados

antes nos experimentos, indicando que os adultos são mais interceptáveis, em média, do que

os jovens.

De qualquer forma, deve-se levar em consideração os hábitos dos roedores deste

ensaio, o que vale um extenso estudo ecológico das populações em questão. Um fator levado

em conta é de que os roedores machos dominantes podem passar a primeira parte da noite

ocupados na exploração do local e em atividades sociais, interrompendo a alimentação, por

exemplo com esforços de acasalamento, podendo resultar em pouca ou nenhuma alimentação

no início da noite e desta forma, os roedores mais jovens e subordinados acabam sendo

capturados num primeiro momento (MACDONALD; MATHEWS; BERDOY, 1999).

Os dados biométricos, sexo, espécie e fase de desenvolvimento dos roedores

capturados podem ser visualizados no Quadro 1.

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Quadro 1 . Dados de biometria, sexo, espécie e fase de desenvolvimento dos roedores capturados em Áreas Programa da Subprefeitura de Itaquera, São Paulo no outono/inverno de 2009 e a primavera/verão de 2009/2010 durante o pré e pós tratamento químico.

ESPÉCIE Rattus rattus Rattus rattus Rattus rattus Rattus rattus Rattus rattus Rattus rattus SEXO M F F F F F PESO 54,96 g 84,65 g 99,77 g 35,44 g 73,53 g 95,90 g

CORPO 130 mm 165 mm 86 mm 110 mm 150 mm 160 mm CAUDA 150 mm 190 mm 195 mm 115 mm 170 mm 165 mm

PATA POSTERIOR DIREITA

35 mm 35 mm 34 mm 27 mm 30 mm 30 mm

ORELHA 20 mm 20 mm 25 mm 20 mm 25 mm 25 mm FASE DE

DESENVOLVIMENTO jovem jovem

jovem jovem jovem jovem

ESPÉCIE Rattus rattus Rattus rattus Rattus rattus Rattus rattus Rattus rattus Rattus rattus

SEXO F F F M M M PESO 42,7 g 109,13 g 162,4 95,12 g 36,02g 152,97 g

CORPO 125 mm 179 mm 190 mm 180 mm 115 mm 187 mm

CAUDA 125 mm 150 mm 170 mm 180 mm 140 mm 195 mm

PATA POSTERIOR DIREITA

25 mm 35 mm 30,9 mm 30 mm 25 mm 32 mm

ORELHA 20 mm 25 mm 20 mm 20 mm 22mm 22 mm FASE DE

DESENVOLVIMENTO jovem adulto adulto adulto adulto adulto

ESPÉCIE Rattus rattus Rattus rattus Rattus norvegicus

Mus musculus

SEXO F M F F PESO 162,02 143,06 g 286,29 g 30,09 g

CORPO 190 mm 185 mm 220 mm 127 mm CAUDA 180 mm 200 mm 190 mm 139,7 mm

PATA POSTERIOR DIREITA

20 mm 31 mm 40 mm 25 mm

ORELHA 40 mm 24 mm 20 mm 15 mm FASE DE

DESENVOLVIMENTO adulto

adulto adulto jovem

Todos os animais apresentaram a biometria próxima ou na média de acordo com a

literatura. R. rattus: peso de 120 a 350 gramas (RICCI; PADÍN, 1980); corpo+cabeça – 190

mm; cauda – 260 mm; pata posterior – 36 mm e orelha – 24 mm (MOOJEN, 1952). Para R.

norvegicus: peso de 250 a 450 gramas; corpo+cabeça – 210 mm ; cauda – 180 mm; pata

posterior – 37 mm e orelha – 18 mm (MOOJEN, 1952) e M musculus: peso de 15 a 20 gramas

(RICCI; PADÍN, 1980); corpo+cabeça – 90 mm; cauda – 90 mm; pata posterior – 17 mm

(MOOJEN, 1952).

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5.4 Análise Comparativa entre os Dados Ambientais e as Capturas

Neste item seguem as comparações entre os dados ambientais já descritos no item

5.2.4 e as capturas, em cada período (outono/inverno e primavera/verão) e pré e pós

tratamento químico. Não foi realizada a análise para o pós tratamento químico do período

outono/inverno devido à baixa frequência de captura.

Nas Áreas Programa da região da Subprefeitura de Itaquera, dos 80 imóveis

pesquisados 86,25% eram residenciais, 3,75% eram apenas comércio e 11,25% eram

comércio + residência (Tabela 8).

Pelos resultados observados neste trabalho por meio do Teste Exato de Fischer,

verifica-se que não houve relação significativa entre os dados ambientais e dados de vestígios

com os resultados da captura dos roedores em nenhum dos períodos (outono/inverno e

primavera/verão) e nos momentos (pré e pós tratamento químico) (Anexo 4). A baixa captura

dificulta o relacionamento com variáveis ambientais e de vestígios. Já no estudo realizado

pelas análises do IIP (MASI, 2008), os fatores ambientais mostram uma razão de

probabilidade de infestação por roedores, onde pode-se observar: acesso pela rede de esgoto

(14 vezes maior a chance de infestação por roedores do que os imóveis que não os têm),

acesso pela estrutura do imóvel (10 vezes maior), vão de telhado (3 vezes maior), inservíveis

(2 vezes maior), vegetação alta (2 vezes maior), alimento para animais (2 vezes maior) e

árvores frutíferas (1 vez maior).

5.5 Análise comparativa entre Pré e Pós tratamento químico

A comparação da captura de roedores entre os momentos pré e pós tratamento químico,

nos períodos outono/inverno e primavera/verão foi realizada por meio do Teste de McNemar.

Pelos resultados (P = 0.034) verifica-se diferença significativa entre pré e pós tratamento

químico no período de outono/inverno, indicando que menos roedores foram coletados após o

tratamento realizado pela prefeitura.

No período de primavera/verão não houve diferença nas capturas (P = 1.000).

A aplicação de rodenticidas tem um papel importante em determinadas circunstâncias,

como por exemplo, um surto de doença ou para a redução inicial de uma grande população,

mas geralmente esta tática não deve ser usada como a principal estratégia na gestão de

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controle de roedores (FRANTZ; COMINGS, 1976). O manejo ambiental é a principal forma de

controlar as populações de roedores. As áreas estudadas apresentavam o ambiente muito

deteriorado, com grande oferta de abrigo e alimento, além do que, espécies como R. rattus e R.

norvegicus podem se recuperar rapidamente após as operações de controle realizadas em

qualquer época do ano, mas especialmente na primavera e no verão (INNES et al., 2001).

6. Conclusões

A infestação em 80 imóveis pesquisados nas Áreas Programa da Subprefeitura de

Itaquera estimada por meio de captura viva foi de 8,75% no pré tratamento químico e 1,25% no

pós tratamento químico no período de outono/inverno. Na primavera/verão a infestação foi de

6,67% tanto pré tratamento químico como no pós tratamento químico.

A espécie prevalente no outono/inverno no pré tratamento químico foi R. rattus, seguida

de M. musculus. No pós tratamento químico a espécie prevalente foi R. rattus.

No período de primavera/verão a espécie prevalente também foi R. rattus no pré

tratamento químico, seguida de R. norvegicus. No pós tratamento químico a espécie prevalente

foi R. rattus.

Houve maior diferença entre machos e fêmeas no período de primavera/verão (mais

fêmeas), no outono inverno a razão sexual estava equilibrada.

Foram capturados mais indivíduos jovens no período outono/inverno em relação a

primavera/verão.

Houve redução significativa na captura dos roedores após o tratamento químico do

período outono/inverno. No período primavera/verão não houve diferença entre as capturas do

momento pré e pós tratamento químico.

Devido ao baixo sucesso de captura, os dados ambientais e de vestígios observados

no presente experimento não têm relação significativa em nenhum dos períodos e momentos

(pré e pós tratamento quimico), diferindo da metodologia do Índice de Infestação Predial.

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6.1. Considerações Finais

A partir dos resultados obtidos neste estudo observa-se que a mensuração da

infestação por roedores através de captura viva é um trabalho complexo, delicado, demorado

e pouco viável para ser realizado em uma área urbana como a cidade de São Paulo.

Os dados referentes a principal espécie infestante (R. rattus) corroboram com os

adquiridos para o Município com a metodologia de Índice de Infestação Predial realizado

através da análise de vestígios, que é uma técnica mais acessível, rápida e menos onerosa

para a Prefeitura de São Paulo.

A realização do censo por captura viva necessita de armadilhas específicas e iscas,

gerando mais gastos. A operacionalização é difícil, pois necessita-se de veículos específicos

para o transporte das armadilhas e dos animais (pick-up) que devem ser retirados assim que

capturados, além dos EPI. É uma técnica que exige grande demanda de tempo e de recursos

humanos, e ainda a disponibilidade de local apropriado para o processamento dos animais e

técnicos especializados para a realização das análises.

Há ainda a dificuldade na disposição das armadilhas em logradouros públicos, como

ruas, córregos, terrenos e praças por longos períodos, pois corre-se o risco de furto.

Não menos importante, outro fator que deve ser levado em consideração é a

interferência da população, dos animais de estimação e do clima neste tipo de experimento.

Em contrapartida, esta metodologia mostra-se viável para realização de diversos

estudos, como por exemplo os de doenças relacionadas aos roedores, pois com o animal

capturado torna-se possível a realização de análises laboratoriais, principalmente na suspeita

de focos de transmissão ou ainda em estudos relacionados a ectoparasitas de roedores que

sejam vetores de doenças transmitidas ao homem e aos animais domésticos.

É uma metodologia importante para estudos ecológicos, na verificação de padrões de

alimentação, circulação, neofobia, habitat, reprodução e estruturas sociais dos roedores nos

ambientes urbanos.

Ainda em tempo, é importante ressaltar que a situação ambiental é de extrema

importância para o controle de roedores. Como já citado, o tratamento com rodenticidas

isoladamente não é eficiente , sendo necessárias ações conjuntas de manejo ambiental.

A disponibilidade de alimentos no município de São Paulo é muito grande, devido ao

hábito da população ainda jogar seu lixo doméstico em terrenos baldios, praças e margens de

córregos. Dessa forma, o controle químico torna-se ineficaz pois o roedor tem a sua

disposição uma grande fonte de alimento em relação ás iscas.

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O manejo integrado de pragas é uma estratégia de controle de infestações que se

fundamenta no manejo do ambiente, diminuindo as fontes de água, abrigo, alimento e acesso, e

nos fatores biológicos e comportamentais dos roedores, associado ao ambiente urbano onde

estão instalados e integrando as ações de tratamentos químicos, para que assim sejam mais

duradouros. Importante ainda é a atenção que deve ser dada ao controle químico, objetivando a

diminuir as chances dos roedores de se adaptarem a alguma prática defensiva em especial.

A abordagem em relação ao controle de roedores dever ser global, incluindo a

programação em longo prazo, gestão de dados, saneamento básico e manutenção da infra

estrutura urbana que está envelhecendo, monitoramento e pesquisas cada vez mais específicas

deste grupo de animais tão adaptado. Deve incluir também parcerias entre os órgãos

governamentais, educação pública, sensibilização e organização da comunidade.

Para tanto torna-se importante o apoio político e eficaz da Administração pública para a

implementação de Programas de Controle de Roedores em zonas urbanas, visando

principalmente a diminuição dos impactos econômicos e na saúde pública.

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7. Referências Bibliográficas

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8. Anexos

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54 A

nexo 2. Ficha de cam

po.

Endereço

Residência

Comércio

Comércio/residência

Unidades prediais

Lixo acessível

Alimento disponível

Alimento para animais

Comércio de alimentos

Árvores Frutíferas / plantas ornamentais

Água

Inservíveis

Material de construção

Entulho

Vão no telhado

Vegetação alta

Caixa de gordura/ Inspeção

Estrutura do imóvel

Rede de esgoto/ Pluvial

Tocas

Fezes

Manchas de gordura

Roeduras

Trilhas

Raticida anticoagulante

Outros

T

otalização

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55

Ane

xo 3

. Fic

ha d

e pr

oces

sam

ento

de

roed

ores

Nº da armadilha

Endereço

Roedor presente (S/N/F)

Espécie

Sexo

Peso

Tamanho Corpo

Tamanho Cauda

Tamanho da pata posterior direita

Tamanho orelha

Fase de desenvolvimento

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

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Anexo 4. Análises de comparação entre os dados ambientais e as capturas.

Residencia RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 11 , 0 , 11 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ SIM , 62 , 7 , 69 , 89.86 , 10.14 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.585 Comercio RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 70 , 7 , 77 , 90.91 , 9.09 , ---------+--------+--------+ SIM , 3 , 0 , 3 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Comercio_residencia RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 64 , 7 , 71 , 90.14 , 9.86 , ---------+--------+--------+ SIM , 9 , 0 , 9 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Unidadesprediais RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ <=1 , 31 , 3 , 34 , 91.18 , 8.82 , ---------+--------+--------+ 2 , 27 , 2 , 29 , 93.10 , 6.90 , ---------+--------+--------+ >=3 , 15 , 2 , 17 , 88.24 , 11.76 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.883 Lixoacessivel RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 48 , 3 , 51 , 94.12 , 5.88 , ---------+--------+--------+ SIM , 25 , 4 , 29 , 86.21 , 13.79 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.248

Alimentodisponivel RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 61 , 4 , 65 , 93.85 , 6.15 , ---------+--------+--------+ SIM , 12 , 3 , 15 , 80.00 , 20.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.118 Alimentoparaanimais RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 39 , 4 , 43 , 90.70 , 9.30 , ---------+--------+--------+ SIM , 34 , 3 , 37 , 91.89 , 8.11 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Comerciodealimentos RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 71 , 7 , 78 , 91.03 , 8.97 , ---------+--------+--------+ SIM , 2 , 0 , 2 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 ArvoresFrutiferas_plantasornamen RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 51 , 5 , 56 , 91.07 , 8.93 , ---------+--------+--------+ SIM , 22 , 2 , 24 , 91.67 , 8.33 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Agua RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 30 , 3 , 33 , 90.91 , 9.09 , ---------+--------+--------+ SIM , 43 , 4 , 47 , 91.49 , 8.51 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000

Inserviveis RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 24 , 2 , 26 , 92.31 , 7.69 , ---------+--------+--------+ SIM , 49 , 5 , 54 , 90.74 , 9.26 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Materialdeconstrucao RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 53 , 3 , 56 , 94.64 , 5.36 , ---------+--------+--------+ SIM , 20 , 4 , 24 , 83.33 , 16.67 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.189 Entulho RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 61 , 4 , 65 , 93.85 , 6.15 , ---------+--------+--------+ SIM , 12 , 3 , 15 , 80.00 , 20.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.118 Vaonotelhado RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 41 , 2 , 43 , 95.35 , 4.65 , ---------+--------+--------+ SIM , 32 , 5 , 37 , 86.49 , 13.51 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.240 Vegetacaoalta RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 67 , 6 , 73 , 91.78 , 8.22 , ---------+--------+--------+ SIM , 6 , 1 , 7 , 85.71 , 14.29 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.488

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Caixadegordura_Inspecao RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 68 , 7 , 75 , 90.67 , 9.33 , ---------+--------+--------+ SIM , 5 , 0 , 5 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Estruturadoimovel RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 45 , 2 , 47 , 95.74 , 4.26 , ---------+--------+--------+ SIM , 28 , 5 , 33 , 84.85 , 15.15 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.118 Rededeesgoto_Pluvial RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 59 , 4 , 63 , 93.65 , 6.35 , ---------+--------+--------+ SIM , 14 , 3 , 17 , 82.35 , 17.65 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.161 Tocas RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 65 , 7 , 72 , 90.28 , 9.72 , ---------+--------+--------+ SIM , 8 , 0 , 8 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Fezes RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 57 , 4 , 61 , 93.44 , 6.56 , ---------+--------+--------+ SIM , 16 , 3 , 19 , 84.21 , 15.79 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.348

Manchasdegordura RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 71 , 7 , 78 , 91.03 , 8.97 , ---------+--------+--------+ SIM , 2 , 0 , 2 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Roeduras RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 65 , 7 , 72 , 90.28 , 9.72 , ---------+--------+--------+ SIM , 8 , 0 , 8 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Raticidaanticoagulante RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 67 , 6 , 73 , 91.78 , 8.22 , ---------+--------+--------+ SIM , 6 , 1 , 7 , 85.71 , 14.29 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.487 Outros RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 45 , 7 , 52 , 86.54 , 13.46 , ---------+--------+--------+ SIM , 28 , 0 , 28 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.090 CaoGato RoedorpresentePre1 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ CÃO , 33 , 3 , 36 , 91.67 , 8.33 , ---------+--------+--------+ CÃO/GATO , 3 , 0 , 3 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ GATO , 7 , 1 , 8 , 87.50 , 12.50 , ---------+--------+--------+ NENHUM , 30 , 3 , 33 , 90.91 , 9.09 , ---------+--------+--------+ Total 73 7 80 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.899

Residencia RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 6 , 0 , 6 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ SIM , 50 , 4 , 54 , 92.59 , 7.41 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Comercio RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 54 , 4 , 58 , 93.10 , 6.90 , ---------+--------+--------+ SIM , 2 , 0 , 2 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Comercio_residencia RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 51 , 4 , 55 , 92.73 , 7.27 , ---------+--------+--------+ SIM , 5 , 0 , 5 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Unidadesprediais RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ <=1 , 25 , 1 , 26 , 96.15 , 3.85 , ---------+--------+--------+ 2 , 17 , 3 , 20 , 85.00 , 15.00 , ---------+--------+--------+ >=3 , 14 , 0 , 14 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.267 Lixoacessivel RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 39 , 1 , 40 , 97.50 , 2.50 , ---------+--------+--------+ SIM , 17 , 3 , 20 , 85.00 , 15.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.103

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58

Alimentodisponivel RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 47 , 3 , 50 , 94.00 , 6.00 , ---------+--------+--------+ SIM , 9 , 1 , 10 , 90.00 , 10.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.528 Alimentoparaanimais RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 34 , 1 , 35 , 97.14 , 2.86 , ---------+--------+--------+ SIM , 22 , 3 , 25 , 88.00 , 12.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.298 Comerciodealimentos RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 55 , 4 , 59 , 93.22 , 6.78 , ---------+--------+--------+ SIM , 1 , 0 , 1 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 ArvoresFrutiferas_plantasornamen RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 40 , 3 , 43 , 93.02 , 6.98 , ---------+--------+--------+ SIM , 16 , 1 , 17 , 94.12 , 5.88 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Agua RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 25 , 1 , 26 , 96.15 , 3.85 , ---------+--------+--------+ SIM , 31 , 3 , 34 , 91.18 , 8.82 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.626

Inserviveis RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 17 , 3 , 20 , 85.00 , 15.00 , ---------+--------+--------+ SIM , 39 , 1 , 40 , 97.50 , 2.50 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.103 Materialdeconstrucao RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 39 , 3 , 42 , 92.86 , 7.14 , ---------+--------+--------+ SIM , 17 , 1 , 18 , 94.44 , 5.56 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Entulho RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 44 , 3 , 47 , 93.62 , 6.38 , ---------+--------+--------+ SIM , 12 , 1 , 13 , 92.31 , 7.69 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Vaonotelhado RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 28 , 3 , 31 , 90.32 , 9.68 , ---------+--------+--------+ SIM , 28 , 1 , 29 , 96.55 , 3.45 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.613 Vegetacaoalta RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 50 , 4 , 54 , 92.59 , 7.41 , ---------+--------+--------+ SIM , 6 , 0 , 6 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000

Caixadegordura_Inspecao RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 52 , 3 , 55 , 94.55 , 5.45 , ---------+--------+--------+ SIM , 4 , 1 , 5 , 80.00 , 20.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.301 Estruturadoimovel RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 30 , 3 , 33 , 90.91 , 9.09 , ---------+--------+--------+ SIM , 26 , 1 , 27 , 96.30 , 3.70 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.620 Rededeesgoto_Pluvial RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 45 , 4 , 49 , 91.84 , 8.16 , ---------+--------+--------+ SIM , 11 , 0 , 11 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Tocas RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 52 , 3 , 55 , 94.55 , 5.45 , ---------+--------+--------+ SIM , 4 , 1 , 5 , 80.00 , 20.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.301 Fezes RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 41 , 3 , 44 , 93.18 , 6.82 , ---------+--------+--------+ SIM , 15 , 1 , 16 , 93.75 , 6.25 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000

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59

Manchasdegordura RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 55 , 4 , 59 , 93.22 , 6.78 , ---------+--------+--------+ SIM , 1 , 0 , 1 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Roeduras RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 50 , 3 , 53 , 94.34 , 5.66 , ---------+--------+--------+ SIM , 6 , 1 , 7 , 85.71 , 14.29 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.400 Raticidaanticoagulante RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 51 , 4 , 55 , 92.73 , 7.27 , ---------+--------+--------+ SIM , 5 , 0 , 5 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Outros RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 39 , 2 , 41 , 95.12 , 4.88 , ---------+--------+--------+ SIM , 17 , 2 , 19 , 89.47 , 10.53 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.585 CaoGato RoedorpresentePre2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ CÃO , 23 , 3 , 26 , 88.46 , 11.54 , ---------+--------+--------+ CÃO/GATO , 2 , 0 , 2 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ GATO , 7 , 0 , 7 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ NENHUM , 24 , 1 , 25 , 96.00 , 4.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.800

Residencia RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 6 , 0 , 6 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ SIM , 50 , 4 , 54 , 92.59 , 7.41 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Comercio RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 54 , 4 , 58 , 93.10 , 6.90 , ---------+--------+--------+ SIM , 2 , 0 , 2 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Comercio_residencia RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 51 , 4 , 55 , 92.73 , 7.27 , ---------+--------+--------+ SIM , 5 , 0 , 5 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Comercio_residencia RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 51 , 4 , 55 , 92.73 , 7.27 , ---------+--------+--------+ SIM , 5 , 0 , 5 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Unidadesprediais RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ <=1 , 25 , 1 , 26 , 96.15 , 3.85 , ---------+--------+--------+ 2 , 18 , 2 , 20 , 90.00 , 10.00 , ---------+--------+--------+ >=3 , 13 , 1 , 14 , 92.86 , 7.14 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.813

Lixoacessivel RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 38 , 2 , 40 , 95.00 , 5.00 , ---------+--------+--------+ SIM , 18 , 2 , 20 , 90.00 , 10.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.595 Alimentodisponivel RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 48 , 2 , 50 , 96.00 , 4.00 , ---------+--------+--------+ SIM , 8 , 2 , 10 , 80.00 , 20.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.126 Alimentoparaanimais RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 33 , 2 , 35 , 94.29 , 5.71 , ---------+--------+--------+ SIM , 23 , 2 , 25 , 92.00 , 8.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Comerciodealimentos RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 55 , 4 , 59 , 93.22 , 6.78 , ---------+--------+--------+ SIM , 1 , 0 , 1 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 ArvoresFrutiferas_plantasornamen RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 40 , 3 , 43 , 93.02 , 6.98 , ---------+--------+--------+ SIM , 16 , 1 , 17 , 94.12 , 5.88 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000

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60

Agua RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 24 , 2 , 26 , 92.31 , 7.69 , ---------+--------+--------+ SIM , 32 , 2 , 34 , 94.12 , 5.88 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Inserviveis RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 18 , 2 , 20 , 90.00 , 10.00 , ---------+--------+--------+ SIM , 38 , 2 , 40 , 95.00 , 5.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.595 Materialdeconstrucao RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 38 , 4 , 42 , 90.48 , 9.52 , ---------+--------+--------+ SIM , 18 , 0 , 18 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.306 Entulho RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 44 , 3 , 47 , 93.62 , 6.38 , ---------+--------+--------+ SIM , 12 , 1 , 13 , 92.31 , 7.69 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Vaonotelhado RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 29 , 2 , 31 , 93.55 , 6.45 , ---------+--------+--------+ SIM , 27 , 2 , 29 , 93.10 , 6.90 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 CaoGato RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ CÃO , 23 , 3 , 26 , 88.46 , 11.54 , ---------+--------+--------+ CÃO/GATO , 2 , 0 , 2 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ GATO , 7 , 0 , 7 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ NENHUM , 24 , 1 , 25 , 96.00 , 4.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.800

Vegetacaoalta RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 50 , 4 , 54 , 92.59 , 7.41 , ---------+--------+--------+ SIM , 6 , 0 , 6 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Caixadegordura_Inspecao RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 51 , 4 , 55 , 92.73 , 7.27 , ---------+--------+--------+ SIM , 5 , 0 , 5 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Estruturadoimovel RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 30 , 3 , 33 , 90.91 , 9.09 , ---------+--------+--------+ SIM , 26 , 1 , 27 , 96.30 , 3.70 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.620 Rededeesgoto_Pluvial RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 45 , 4 , 49 , 91.84 , 8.16 , ---------+--------+--------+ SIM , 11 , 0 , 11 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Tocas RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 51 , 4 , 55 , 92.73 , 7.27 , ---------+--------+--------+ SIM , 5 , 0 , 5 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000

Fezes RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 40 , 4 , 44 , 90.91 , 9.09 , ---------+--------+--------+ SIM , 16 , 0 , 16 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.565 Manchasdegordura RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 55 , 4 , 59 , 93.22 , 6.78 , ---------+--------+--------+ SIM , 1 , 0 , 1 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Roeduras RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 49 , 4 , 53 , 92.45 , 7.55 , ---------+--------+--------+ SIM , 7 , 0 , 7 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=1.000 Raticidaanticoagulante RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 52 , 3 , 55 , 94.55 , 5.45 , ---------+--------+--------+ SIM , 4 , 1 , 5 , 80.00 , 20.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.301 Outros RoedorpresentePos2 Frequency, Row Pct ,N ,S , Total ---------+--------+--------+ NÃO , 37 , 4 , 41 , 90.24 , 9.76 , ---------+--------+--------+ SIM , 19 , 0 , 19 , 100.00 , 0.00 , ---------+--------+--------+ Total 56 4 60 TESTE EXATO DE FISHER: P=0.297

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