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Trabalho Controle Logístico
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LOGÍSTICA REVERSA
LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO
Curso de Engenharia de ProduçãoAgosto de 2015
Nome: Altair de Jesus Pinto |Felipe Brasil | Luana Souza Data: 27/08/2015
Curso: Engenharia de Produção Turma: 10° C
Disciplina: Logística e Cadeira de Suprimentos
Professor (a): Antônio Carlos GoesTrabalho:
LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E REVERSA
ÍNDICE
Introdução..............................................................................................................pág.Desenvolvimento.....................................................................................................pág.Conclusão...............................................................................................................pág.Bibliografia............................................................................................................pág.
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, vivenciamos uma indiscutível ânsia de lançamento de
produtos e modelos em todos os setores empresariais e em todas as partes do globo.
Comparando a quantidade de modelos que compõe uma única categoria de produtos com
a quantidade adquirida há algumas décadas, é possível constatar, se, dificuldade, um
crescimento extraordinário. Empresas elaboram produtos e modelos específicos para
satisfazer diferentes segmentos de clientes em uma variedade de aspectos: além das
cores tamanhos, capacidades e especificações diferenciadas, os produtos são
segmentados por idade e sexo, etnia dos clientes, sabor e odores de diversas naturezas,
tamanho e tipo de embalagem, teores de açúcar e de gordura, etc.
Por outro lado, observa-se uma nítida redução no tempo de vida mercadológico e
útil dos produtos em todos os setores da atividade humana de novos modelos, que tornam
os anteriores ultrapassados em consequência do seu próprio projeto, pela concepção de
ser utilizado uma única vez utilizado uma única vez, pelo uso de materiais de menor
durabilidade, pela dificuldade técnica e econômica de conserto etc.
Como resultado, há quantidades maiores de produtos, ainda sem uso ou já
consumidos, que retornam de alguma forma ao ciclo produtivo ou de negócios. Produtos
obsoletos sob diversas óticas, com defeitos ou dentro da garantia, com validade vencida,
com excesso de estoque, não consumidos ou com pouco uso, retornam ao ciclo de
negócios na busca pela recuperação de valor de alguma natureza. Produtos no fim da sua
vida útil ou em condições de reutilização e resíduos industriais, não apresentando
interesse ao primeiro proprietário, retornam ao ciclo de negócios ou produtivo com
objetivos idênticos, porém por caminhos diferentes do primeiro.
Nos ambientes globalizados e de alta competitividade em que vivemos, as
empresas modernas reconhecem cada vez mais que, além da busca pelo lucro em suas
transações, é necessário atender a uma variedade de interesses sociais, ambientais e
governamentais, garantindo seus negócios e sua lucratividade ao longo do tempo. Dessa
forma, torna-se necessários satisfazer diferentes stakeholders – acionistas, funcionários,
clientes, fornecedores, comunidade local, governo – que avaliam as empresas sob
diferentes perspectivas. O planejamento empresarial em seus diversos níveis (estratégico,
tático e operacional) deve ser elaborado de acordo com a visão holística de competir,
colaborar e inovar.
Atualmente, tornou-se impossível ignorar os reflexos que o retorno dessas
quantidades crescentes de produtos de pós-venda e pós-consumo causam nas operações
empresariais. O retorno dos produtos de pós-venda em grande quantidade precisa ser
equacionado, sob pena de interferir nas operações e na rentabilidade das atividades das
empresas.
Por outro lado, e não menos importante, as crescentes quantidades de produto de
pós-consumo, ao esgotar os sistemas tradicionais de disposição final, se não
equacionadas, provocam poluição por contaminação ou por excesso. Legislações
ambientais, visando à redução desse impacto, desobrigam gradativamente os governos e
responsabilizam as empresas, ou suas cadeias industriais, pelo equacionamento dos
fluxos reversos dos produtos de pós-consumo. A isso, acrescenta-se o fato de que a falta
de equacionamento desses fluxos reversos pode se constituir em um risco à imagem da
empresa, à sua reputação de empresa cidadã e consciente da responsabilidade
socioambiental, diante da comunidade.
A observação dos hábitos empresariais no Brasil tem revelado avanços importantes
na implementação da logística reversa, como consequência do crescimento dos volumes
transacionados, da difusão de suas principais idéias, da melhor compreensão de seus
objetivos e possibilidades estratégicas, bem como das oportunidades empresariais para
os agentes das cadeias de suprimentos (Leite, 2004; Brito e Leite, 2002; Leite et al.,
2008).
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 LOGÍSTICA REVERSA
Em Council of Logistics Management (CLM) (1993, p.323) : ”Logística
Reversa é um amplo termo relacionado às habilidades envolvidas no gerenciamento de
redução, movimentação e disposição de resíduos de produtos e embalagens...”.
Roggers e Tibben-Lembke (1999, p.2) adaptando a definição de logística do CLM,
definem a logística reversa como o processo de planejamento, implementação e controle
da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques, em processo, produtos
acabados e informações correspondentes do ponto de consumo ao ponto de origem com
o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição.
A definição de logística apresentada por Dornier et al. (2000, p. 39) abrangem
áreas de atuação novas, incluindo o gerenciamento dos fluxos reversos:
Logística é a gestão de fluxos entre funções de negócio. A definição atual de
logística engloba maior amplitude de fluxos do que no passado. Tradicionalmente, as
empresas incluíam a simples entrada de matérias-primas ou o fluxo de saída de produtos
acabados em sua definição de logística. Hoje, no entanto, essa definição expandiu-se e
inclui todas as formas de movimentos de produtos e informações [...]. Portanto, além dos
fluxos diretos tradicionalmente considerados, a logística moderna engloba, entre outros,
os fluxos de retorno de peças a serem reparadas, de embalagens e seus acessórios, de
produtos vendidos desenvolvidos e de produtos usados/consumidos a serem reciclados.
1.1.1 Logística Reversa como Estratégia Empresarial
O Council of Supply Chain Management Profissionals (antigo Council of Logistic
Management), o principal órgão internacional desta área, define:
Supply Chain Management compreende o planejamento e gerenciamento de todas
as atividades envolvidas com a aquisição, conversão e o gerenciamento logístico. Inclui
principalmente a coordenação e colaboração com os parceiros dos canais, que podem ser
fornecedores, intermediários, provedores de serviços terceirizados e clientes. Em
essência, o Supply Chain Management integra o gerenciamento do suprimento e da
demanda, internamente e ao longo da cadeia de suprimentos.
DIFERENTES TIPOS DE FLUXOS LOGÍSTICOS
Logística
Fluxos
Diretos
Com fornecedores (fornecimento de materiais e
componentes)
Com clientes (produtos, peças de reposição,
materiais promocionais e de propaganda)
Fluxos
Reversos
Com fornecedores (embalagem e reparo)
Com fabricante (eliminação e reciclagem)
Com clientes (excesso de estoque e reparos)
Fonte : Dornier et. al. (2000, p. 40-2)
Logística empresarial é a parte que planeja, implementa e controla o eficiente e
efetivo fluxo direto e reverso a estocagem de bens, serviços e as informações
relacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo, no sentido de satisfazer as
necessidades do cliente (CSCMP, 2006).
Dessa forma, a logística reversa pode ser entendida sob as expectativas
estratégica e operacional, tornando-se mais holística em suas preocupações na
eliminação ou utilização dos inibidores das cadeias reversas.
1.1.2 Perspectiva Estratégica
Refere-se às decisões de logística reversa no macroambiente empresarial
constituído pela sociedade e comunidades locais, governos e ambiente concorrencial.
Portanto, levará em consideração as características que garantirão competitividade e
sustentabilidade às empresas nos eixos econômico e ambiental por meio de diversificados
objetivos empresariais: recuperação de valor financeiro, seguimento de legislações,
prestação de serviços aos clientes, mitigação dos riscos ou reforço de imagem de marca
ou corporativa e demonstração da responsabilidade empresarial.
1.1.3 Perspectiva Operacional
Essas decisões envolvem o uso das principais ferramentas da logística aplicadas à
logística reversa, como a caracterização do produto logístico em seus aspectos de
relevância para as operações logísticas, as definições da rede operacional, localizações
de origens e destinos, modais de transportes, armazenagem, gestão de estoques,
sistemas de informações, entre outros aspectos.
As diversas definições e citações de logística reversa, até o momento, revelam que
o conceito ainda está em evolução, e sua amplitude e abrangência dependem do setor em
referência das novas possibilidades de negócios, mais precisamente de sua importância
estratégica.
Sendo entendido a logística reversa como a área da logística empresarial que
planeja, opera e controla o fluxo e informações logísticas correspondentes, do retorno dos
bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio
dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valores de diversas naturezas:
econômico, prestação de serviços, ecológico, legal, logístico, de imagem, corporativa,
dentre outros.
Portanto, a logística reversa, por meio de sistemas operacionais diferentes em cada
categoria de fluxos reversos, tem como objetivo tornar possível o retorno dos bens ou de
seus serviços materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negócios. Agrega valor
econômico, de serviço, ecológico, legal e de localização ao planejar as redes reversas e
as respectivas informações e ao operacionalizar o fluxo, desde a coleta dos bens de pós-
consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos logísticos de consolidação,
separação e seleção, até a reintegração ao ciclo.
No esquema da Figura abaixo, duas grandes áreas de atuação da logística
moderna, que até o momento têm sido tratadas independentemente na literatura e são
diferenciadas pelo estágio ou fase do ciclo de vida útil do produto retornado.
Essa distinção se faz necessária, pois o produto logístico e os canais de
distribuição reversos pelos quais fluem, bem como os objetivos estratégicos e as técnicas
operacionais utilizadas em cada área de atuação, são, em geral, distintos. Entende-se por
“produto logístico” o conjunto de dimensões do produto que impactam diretamente as
decisões logísticas: valor agregado, peso, volume, geometria, riscos diversos etc.
Denominaremos logística reversa de pós-venda a área de atuação específica
que se ocupa do equacionamento e da operacionalização do fluxo físico e das
informações logísticas correspondentes de pós-venda, não usados ou com pouco uso, os
quais, por diferentes motivos, retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição
direta, que se constituem de uma parte dos canais reversos pelos quais esses produtos
fluem. Seu objetivo estratégico é agregar valor a um produto logístico que é desenvolvido
por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia dada pelo
fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento, avarias no transporte, entre outros
motivos. Esse fluxo de retorno se estabelecerá entre os diversos elos de cadeia de
distribuição direta, dependendo do objetivo estratégico ou do motivo do retorno.
Denominaremos logística reversa de pós-consumo a área de atuação da logística
reversa que equaciona e operacionaliza igualmente o fluxo físico e as informações
correspondentes de bens de pós-consumo descartados pela sociedade em geral, que
retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo por meio dos canais de distribuição
reversos específicos. Seu objetivo estratégico é agregar valor a um produto logístico
constituído por bens inservíveis ao proprietário original ou que ainda possuam condições
de utilização, por produtos descartados pelo fato de terem chegado ao fim da vida útil e
por resíduos industriais. Esses produtos de pós-consumo poderão se originar de bens
duráveis ou descartáveis e fluir por canais reversos de reuso, remanufatura ou reciclagem
até a destinação final.
A logística reversa de pós-venda deve, portanto, planejar, operar e controlar o fluxo
de retorno dos produtos de pós-venda por motivos agrupados nas seguintes
classificações:” garantia/qualidade”, “comerciais” e “substituição de componentes”.
Classificam-se como devoluções por “garantia/qualidade” aquelas nas quais os
produtos apresentam defeitos de fabricação ou funcionamento (verdadeiros ou não),
avarias no produto ou na embalagem etc. Esses produtos poderão ser submetidos a
consertos ou reformas que permitam o retorno ao mercado primário ou a mercados
diferenciados denominados secundários, agregando-lhes novamente valor comercial.
Na classificação “comerciais” destacam- se as categorias de “estoque” e de
“embalagens retornáveis”. A categoria de estoque é caracterizada pelo retorno de
produtos em virtude de erros de expedição, excesso de estoques no canal de distribuição,
mercadorias em consignação, liquidação de estação de vendas, pontas de estoque, etc. A
categoria embalagens retornáveis se refere aos diversos tipos de embalagens que
transitam entre fornecedor e clientes.
Em razão do término da validade de produtos ou de problemas observados após a
venda – o denominado recall –, os produtos serão devolvidos por motivos legais ou por
diferenciação de serviço ao cliente e, se constituirão na classificação “validade” em nosso
esquema.
A classificação de “substituição de componentes” decorre da substituição de
componentes de bens duráveis e semiduráveis em manutenções e consertos ao longo de
sua vida útil que são remanufaturados (quando tecnicamente possível) e retornam ao
mercado primário ou secundário ou são enviados à reciclagem ou para uma disposição
final, na impossibilidade de reaproveitamento.
A logística reversa de pós-consumo deverá planejar, operar e controlar o fluxo de
retorno dos produtos de pós- consumo ou de seus materiais constituintes, classificados
em função de seu estado de vida e origem, em “em condições de uso”, “fim de vida útil” e
“resíduos industriais”.
A classificação “em condições de uso” refere-se às atividades em que o bem
durável e o semidurável apresentam interesse de reutilização, com sua vida útil estendida,
adentrando no canal reverso de “reúso” em mercado de segunda mão até atingir o “fim de
vida útil” constituindo o looping.
Nas atividades de classificação “fim de vida útil”, a logística reversa poderá atuar
em duas áreas não destacadas no esquema: dos bens duráveis ou dos descartáveis. Na
área de atuação de duráveis ou semiduráveis, os bens entrarão no canal reverso de
remanufatura e reciclagem industrial, sendo desmontados na etapa de “desmanche”, e
seus componentes poderão ser aproveitados ou remanufaturados, retornando ao mercado
secundário ou à própria indústria, que os reutilizará, com uma parcela destinada ao canal
reverso de “reciclagem”. No caso dos bens de pós-consumo descartáveis, havendo
condições logísticas, tecnológicas e econômicas, os produtos retornam por meio do canal
reverso de “reciclagem industrial”, no qual os materiais constituintes são reaproveitados e
se constituem em matérias-primas secundárias, que voltam ao ciclo produtivo pelo
mercado correspondente ou, em caso de não haver as condições mencionadas,
encontram a “disposição final” : os aterros sanitários, os lixões e a incineração com
recuperação com recuperação energética.
2.2 LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO
A logística de Produção é uma pratica comum dentro de uma organização,
engloba todos os setores de uma empresa desde o recebimento de matéria prima até o
setor de expedição.
Áreas de apoio, planejamento e programação são de suma importância para
desenvolvimento dessa logística dentro de uma empresa para garantir o fluxo correto de
materiais, identificação e rastreabilidade dos produtos em processo, bem como facilitar a
movimentação desses materiais entre os departamentos no qual são requisitados.
Esse tipo de logística deve funcionar como um relógio para atender com
satisfação todas as necessidades do ambiente dentro de uma organização, e tendo assim
garantia de que os produtos fabricados em processo irão ser entregues conforme o
programado para os seus clientes.
Segundo Dias (2010, p.144) o armazém, depósito, ou almoxarifado, está
diretamente ligado à movimentação ou transporte interno de cargas, e não se pode
separá-lo.
A influência dos equipamentos e sistemas para a armazenagem na produtividade
industrial pode ser observada em todas as suas frentes. Um método adequado para
estocar matéria- prima, peças em processamento e produtos acabados permite diminuir
os custos de operação, melhorar a qualidade dos produtos e acelerar o ritmo dos
trabalhos, além disso, provoca redução nos acidentes de trabalho, redução no desgaste
dos equipamentos de movimentação e menor número de problemas de administração
conforme Dias (2010, p.144).
A quantidade de material manipulada por vez e a frequência com que são
realizados os diversos transportes estão ligados á variação que o material sofre durante o
processo, ao seu grau de especialização e as características dos produtos nas diversas
fases conforme Dias (2010, p.145).
A primeira necessidade sentida quanto ao layout ocorre quando da implantação
de um depósito. Está presente desde a fase inicial de um projeto até a etapa de
operacionalização, influindo na seleção do local, projeto de construção, localização de
equipamentos e estações de trabalho, seleção de equipamentos de transporte e
movimentação, estocagem, expedição e dezenas de detalhes que vão desde a topografia
do terreno até a presença ou não de janelas conforme Dias (2010, p.146).
O layout de produto caracteriza-se pela entrada de matéria- prima em uma das
extremidades na linha de produção e pela saída do produto acabado em outro extremo,
dentro de uma trajetória que quase representa a menor distância entre os estágios
intermediários, a estocagem intermediária durante as diversas etapas de fabricação, bem
como o manuseio de materiais, é reduzida ao mínimo segundo Dias (2010, p.149).
A movimentação de materiais refere-se, essencialmente, à escolha do
equipamento mais conveniente e econômico para levar o material de uma seção à outra
ou de uma máquina à outra, os produtos devem percorrer a menor distância possível
entre duas máquinas e de um ponto de estocagem ao outro, tentar ganhar espaço vertical
principalmente nos depósitos de matérias-primas, materiais auxiliares, produtos
semiacabados e acabados, procurando empilhá-los ao máximo segundo Dias (2010,
p.153).
1.1.1 Diagrama de Fluxo
Conforme Dias (2010, p.156) o diagrama de fluxo representa graficamente os
transportes, atrasos e estocagens durante o processo, numa aplicação no diagrama de
processo são adotadas as mesmas convenções para identificação, entrada de materiais
ou componentes, numeração das atividades, registro de ações repetidas, montagem e
desmontagem. Além disso, contém outras informações de interesse, como atrasos e
distâncias percorridas, o diagrama de fluxo é representado pelos seguintes símbolos:
Operação.
Inspeção.
Transporte.
Atraso.
Estocagem.
1.1.1 Kanban
O sistema Kanban de produção também pode ser considerado uma forma de
logística de produção onde a movimentação de materiais é realizada através de cartões
de aviso, subsequente de um departamento para o outro, essa movimentação de
materiais é sinalizada e ordenada por cartões de cores diferentes e solicitando a
transferência de mercadorias conforme a necessidade do setor seguinte dentro de um
processo produtivo.
O Sistema Kanban é um instrumento de controle de produção. Ele tem a função
de um pedido de produção no departamento de fabricação e a função de instruções de
retirada no processo subseqüente. Mesmo que os empregados que fazem as peças
tenham de produzir certa quantidade de um produto dentro de certo tempo, eles na sabem
quanto e quando será usado de fato. Eles só podem produzir algo de acordo com um
programa de produção comunicado pelo departamento de controle de produção. O
sistema Kanban tem a função de avisar o empregado primeiro, que estão fazendo as
peças, se essas peças são necessárias (Moura, 2003).
2.3 LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA
Comprar bem, procurando os melhores preços e prazos de pagamento para as
matérias-primas, e estocar de maneira a evitar perdas e no mínimo custo já não são
somente os fatores de lucratividade. Nos últimos anos, a distribuição tornou-se uma
questão importante e muitas empresas não hesitam em afirmar que são os seus custos
que determinam atualmente a sua rentabilidade.
A entrega do produto ao cliente final, seja ele o consumidor, o varejista ou
atacadista, já necessita uma atenção especial. A distribuição até algum tempo atrás era
considerada uma fonte que gerava custos e engolia os lucros. Porém, quando o objetivo é
minimizar os custos totais da empresa e ao mesmo tempo maximizar sua renda, a
abordagem deverá ser feita de tal maneira que um aumento de custo em determinado
setor seja no mínimo equivalente à redução de custo em outro.
Uma empresa pode optar pelo aumento de seu valor de frete de distribuição, vamos
supor em 10%, com um objetivo de reduzir os tempos de entrega, mas, em consequência,
terá de obter um incremento das suas vendas, que seja em uma quantidade tal que esse
aumento de vendas absorva o custo do aumento de frete.
Dentro do contexto empresarial, um dos conceitos aplicados à distribuição e
inclusive bastante acadêmico é termos o produto certo, em lugar certo, na quantidade
correta, no tempo certo e ao menor custo.
Para essa definição ser realidade é necessário um planejamento dentro do âmbito
da distribuição que se refere a uma projeção para o futuro da atividade da empresa, a ficar
de conseguir quantificar a natureza e a extensão da demanda dos produtos dentro de um
período futuro e após isso desenvolver um sistema que satisfaça de maneira adequada às
demandas previstas. Quanto maior for o período de planejamento, em termos de tempo,
entre a decisão e a implantação, mais importante se torna o planejamento da distribuição.
O sistema de controle não deve de maneira alguma ser ignorado ou mal aplicado;
um exame periódico e/ou contínuo, tendo um feedback e um monitor que indiquem
claramente o quanto o sistema de distribuição está atendendo aos objetivos finais, é
fundamental. Desse modo, o controle deverá fixar os critérios e a criação de modelos de
determinação do custo e os objetivos da distribuição.
Uma abordagem administrativa requer a fixação de objetivos claros, a fim de que os
componentes do sistema tenham um propósito bem definido. Esses objetivos dentro do
enfoque de distribuição física são uma série de metas dentro de um contexto
produto/mercado. Então, uma segunda definição do conceito de distribuição seria: “A
utilização de canais existentes de distribuição e facilidades operacionais, com a finalidade
de maximizar a sua contribuição para a lucratividade da empresa, por intermédio de um
equilíbrio entre as necessidades de atendimento ao cliente e o custo incorrido. ”
A organização da distribuição está muito ligada à área de marketing; algumas
decisões deverão sempre ser tomadas consultando-se os homens de vendas porque são
diretamente afetadas por eles. Por exemplo: o gerente de distribuição pode optar pelo
transporte ferroviário para determinada região, em vez do transporte aéreo. O frete
ferroviário tem um custo mais baixo, em compensação é mais lento, e, por ser lento, o
faturamento demora mais e corre-se o risco de o cliente comprar de algum concorrente
que oferece um tempo de entrega menor.
O gerente de distribuição pode escolher uma embalagem mais barata para seus
produtos, mas isto pode acarretar um aumento das taxas de avaria dos produtos
transportados, uma elevação das devoluções ao depósito e talvez perda de mercado.
Uma decisão de redução de custos de estocagem, redução de capital investido,
etc., porém, pode resultar em um atendimento lento de pedidos, embarques urgentes com
maior custo de frete, horas extra de produção.
Conforme a natureza do negócio, das características do produto e mercado que se
destina trabalhar, a organização da distribuição toma forma diferente e deve ser
estabelecida com o objetivo de obter uma perfeita distribuição dos produtos acabados,
dentro do menor custo operacional possível, obedecendo às diretrizes de um plano de
ação. De acordo com várias circunstâncias, a empresa pode escolher um desses quatro
métodos de distribuição:
Pelo sistema de vendas próprio;
Pelo sistema de vendas de terceiros;
Através de agentes e representantes comissionados;
Através de distribuidores especializados.
A escolha de cada um desses sistemas de distribuição depende de uma série de
fatores de origem e destinação, tais como bens de produção ou de consumo conforme
enumerado a seguir:
1. Produção em ritmo acelerado;
2. Produção dentro de um plano industrial esquematizado;
3. Produto destinado ao consumo em massa, distribuído no varejo;
4. Produto especializado para uso técnico;
5. Produto de transformação destinado às indústrias (matéria-prima);
6. Produto de uso supérfluo (luxo);
7. Produto fundamental, de uso essencial e obrigatório (alimentos, etc.);
8. Equipamento técnico-industrial;
9. Maquinarias para indústria e lavoura;
10.Material para construção em geral;
11.Produtos para embalagens e conservação.
Conforme a natureza do mercado, o tipo do produto e a capacidade de produção,
cada um desses métodos de distribuição necessita de um sistema considerado mais
apropriado e mais econômico para obtenção dos resultados desejados. Por exemplo:
A) Distribuição pela própria organização de vendas
É mais indicada quando há produção em massa para distribuição em ritmo
acelerado de bens de consumo. Também é quando se trata de bens de produção na
forma de produtos especializados e técnicos, de trabalho de venda mais fácil, tais como
maquinarias para indústria, equipamento etc.
B) Distribuição por meio de organização de vendas de terceiros
É mais indicada para produtos conhecidos, de venda nos varejos, ou seja, de
consumo popular e acelerado, desde que a taxa seja conveniente e o trabalho se
apresente satisfatório. Muitas organizações de vendas, de cobertura nacional, tomam a
seu encargo a distribuição de outros produtos, que não colidam com o seu de preferência
à mesma clientela.
C) Distribuição por representantes comissionados (agentes)
São empresas que se dedicam ao trabalho de distribuição de produtos
manufaturados, assumindo a venda de uma infinidade de produtos diferentes. Sua
eficiência é relativa e depende da margem que a mercadoria possa oferecer. Entretanto, a
representada não poderá esperar destes homens relatório de vendas, informações sobre
a concorrência etc., que somente sua própria organização poderá fornecer.
São mais indicados, para essa finalidade de trabalho, os produtos de produção
morosa, de luxo, equipamento técnico, maquinarias e material para construção.
D) Distribuição através de distribuidoras especializadas
São recomendados os produtos especializados para uso técnico, produtos de
transformação destinos às indústrias, equipamentos técnicos, maquinarias para indústria,
material para construção e, ainda, destinados à embalagem e conservação dos produtos.
Tecnicamente, um distribuidor especializado deve trabalhar com exclusividade com
determinada marca de fábrica, adquirindo quantidades previamente fixadas por contrato
para revenda às casas especializadas do ramo.
A distribuição física é o elo entre a fábrica e o departamento de vendas, tendo uma
importância muito grande no sucesso ou insucesso de ambas as funções e,
consequentemente, influindo diretamente na rentabilidade das operações. Uma vez
escolhido o canal de distribuição e/ou canais de distribuição, será necessário obter um
excelente relacionamento entre as necessidades de:
Grau de atendimento aos clientes;
Estoque de produtos acabado no(s) canal(is) de distribuição;
Custo de distribuição física deste estoque entre o(s) canal(is) de distribuição.
O crescente desenvolvimento das indústrias e as modificações nos canais de
distribuição forçaram a criação de uma função que viesse a responder por uma série de
atividades de produção, planejamento e coordenação. Portanto, a função da Gerência de
Materiais/ Suprimentos compreende a responsabilidade pelo planejamento e pelo controle
do fluxo de estoques (matéria-prima, materiais em processo e produtos acabados).
Existem algumas atividades da Distribuição que poderão auxiliar a área de vendas;
são elas:
Minimizar faltas de matérias-primas através de determinação de estoques
mínimos;
Reduzir o estoque do cliente;
Solidificar as relações cliente-fornecedor;
Aumentar os descontos;
Provocar a expansão da distribuição;
Permitir ao marketing concentrar seus esforços em aumentar a demanda.
Em consequência, também ocorrem oportunidades para a redução de custos da
distribuição:
Simplificação do sistema;
Redução de inventários;
Melhoria na embalagem de acondicionamento;
Métodos e procedimentos mais eficientes;
Utilização de inovações tecnológicas;
Revisão dos canais de distribuição.
As responsabilidades sobre as atividades da distribuição física são, via de regra,
dispersadas pela organização. Isso cria problemas porque a fábrica usualmente quer
trabalhar 365 dias por ano para reduzir custos e ter uma produção mais equilibrada.
Finanças prefere a redução de custos de produção e de estoques. Marketing quer
estoques elevados e melhor atendimento aos clientes.
As vias de distribuição, são combinações de agentes através das quais o produto
flui do vendedor inicial ao consumidor final, e a estrutura de distribuição é um conjunto das
vias de distribuição usadas para todas as companhias ao mesmo tempo e dirigidas a um
consumidor final, que pode ser:
Doméstico;
Institucional;
Industrial.
3 CONCLUSÃO
Muitas empresas trabalham com o conceito de logística reversa, porém nem todas
encaram esse processo como parte integrante e necessária para o bom andamento ou
para o aumento nos custos das empresas, apenas utilizam o processo e não dispendem
maior importância e nem investem em pesquisas, para o mesmo. Uma empresa que
recebe um produto como fruto de devolução por qualquer motivo já está aplicando
conceitos de logística reversa, bem como aquele que, compra materiais recicláveis para
transformá-los em matéria-prima novamente.
Salientamos então, que esse interessante processo, pode ser visto pelas empresas
com enfoques diferentes, ou seja, para algumas companhias esse processo trará
benefícios diversos, a começar pela redução de custos, enquanto que para outras pode
ser um grande problema, pois representa custos que precisam ser controlados. No
segundo caso, observamos que, nas empresas onde o processo de logística reversa
representa custos, existe uma grande preocupação com o processo, para que ele seja
extremamente controlado, a fim de que, esses custos sejam reduzidos, uma vez que, a
extinção do processo de logística reversa numa empresa é praticamente impossível.
4 BIBLIOGRAFIA
Marco Aurélio P. Dias, Administração de Materiais, editora atlas 5ª Edição, 2010.
Paulo Roberto Leite, Logística Reversa – Meio Ambiente e Competitividade, 2ª Edição.