8
Curitiba, 20 de abril de 2006 1 LABORATÓRIO DA NOTÍCIA - Curitiba, quinta-feira, 20 de abril de 2006 Ano VIII - Nº 205 Jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Positivo - UnicenP - [email protected] Programas asseguram acesso de negros na universidade Três programas de inclusão ra- cial garantem o acesso de estudan- tes negros ao Ensino Superior no Paraná: o Projeto Adebori, o Pro- grama Universidade para Todos (ProUni) e o sistema de cotas em universidades públicas. Até 2003, em média 42 estu- dantes negros ingressavam na Uni- versidade Federal do Paraná (UFPR) por ano, para um total de 4 mil vagas. Apenas com o sistema de cotas, o quadro mudou: em 2005, 573 alunos negros entraram na UFPR por esse programa. Página 3 Silvia Pugsley/ LONA Campanha de vacinação de idosos começa segunda Inicia na próxima segunda-feira em todo o país a campanha de va- cinação para idosos. No Paraná, cerca de 860 mil pes- soas serão vacinadas, sendo 150 mil da capital. A campanha que pretende prote- ger pessoas com mais de 60 anos de doenças do inverno, como a gripe. Página 5 Opinião discute nepotismo Página 2 Empresas analisam Orkut de candidatos para contratar Página 7 Inscrições do Enem 2006 abrem pela internet Página 4 Reportagem especial retrata vida de jornalista viajante Página 8 O governador Requião reuniu-se ontem na FIEP com empresários para discutir acordos com a Venezuela Página 3

LONA – 20/04/2006 – 205

Embed Size (px)

DESCRIPTION

JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

Citation preview

Curitiba, 20 de abril de 2006 1LABORATÓRIO DA NOTÍCIA -

Curitiba, quinta-feira, 20 de abril de 2006 Ano VIII - Nº 205

Jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Positivo - UnicenP - [email protected]

Programas asseguram acesso

de negros na universidadeTrês programas de inclusão ra-

cial garantem o acesso de estudan-tes negros ao Ensino Superior noParaná: o Projeto Adebori, o Pro-grama Universidade para Todos(ProUni) e o sistema de cotas emuniversidades públicas.

Até 2003, em média 42 estu-dantes negros ingressavam na Uni-versidade Federal do Paraná (UFPR)por ano, para um total de 4 milvagas. Apenas com o sistema decotas, o quadro mudou: em 2005,573 alunos negros entraram naUFPR por esse programa.

Página 3

Silvia Pugsley/ LONA

Campanha de

vacinação de

idosos começa

segunda

Inicia na próxima segunda-feiraem todo o país a campanha de va-cinação para idosos.

No Paraná, cerca de 860 mil pes-soas serão vacinadas, sendo 150 milda capital.

A campanha que pretende prote-ger pessoas com mais de 60 anos dedoenças do inverno, como a gripe.

Página 5

Opinião discute

nepotismoPágina 2

Empresas

analisam Orkut

de candidatos

para contratar

Página 7

Inscrições do

Enem 2006

abrem pela

internet

Página 4

Reportagem

especial retrata

vida de jornalista

viajante

Página 8

O governador Requião reuniu-se ontem na FIEP com empresários para discutir acordos com a Venezuela Página 3

Curitiba, 20 de abril de 20062 - LABORATÓRIO DA NOTÍCIA

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Positivo – UnicenP

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba-PR - CEP 81280-330. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães, Vice-Reitor: José Pio Martins, Pró-ReitorAdministrativo: Arno Antônio Gnoat-to, Pró-Reitora de Extensão: FaniSchiffer Durães, Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa: Luiz Hamil-ton Berton; Pró-Reitor de Planeja-mento e Avaliação Institucional:

Cosme Damião Bastos Massi; Dire-

tor do Núcleo de Ciências Humanas

e Sociais Aplicadas: Euclides Marchi,Coordenador do Curso de Jornalis-

mo: Carlos Alexandre Gruber de Cas-tro, Professor-orientador: MarceloLima.

EQUIPE (ALUNOS) Editor-chefe:Renan Colombo. Fechamento: RenanColombo e Guilherme Guinski. Alunos

EDITORIAL

do 2.º ano noturno A: Adriano ArturTimm, Adrielly Aparecida Silva Slesinski,Adryan Rodrigues Santos, Alexandre Fer-nandes da Silva, Aline Sajnaj Ferreira,Amanda Krause Guidolin, Ana ClaudiaMaia, Ana Claudia Rocha Rodovanski,Ana Luisa Toledo Alves, Andre Luis Ge-deon de Melo, Antonio da Silva Junior,Beatriz Junqueira de Carvalho Kunze,Carolina Knopfholz, Caroline Augusta de

Andrade Michel, Debora Bueno Adams,Edson Luiz Alves Filho, Eduardo Car-neiro de Almeida, Eduardo MacariosGoncalves e Silva, Fernanda Cequineldos Santos, Gabriel Franco Lopes,Greyce Bruna Farias, Jean WilsonMartins de Oliveira, Jordana GirardiFeller, Juliana Carla Bauerle Motta,Lais Cristina Machado, Marcio Laurin-do M. Silva.

Reconstrução

corruptaO jornal americano “The

Washington Post” apresentouontem uma importante reve-lação referente à ocupação noIraque. O impresso trouxe emsuas páginas a confissão deum empresário americano queadmitiu subor-nar governan-tes estaduni-denses paraobter favoreci-mento nas ope-rações de re-construção dopaís.

O empresá-rio em questãoé Philip Bloom,que possui trêsempresas trabalhando no pro-jeto norte-americano. Bloomjá havia sido preso em virtudede denúncias de corrupção, eagora reconheceu ter ofereci-do US$ 2 milhões em dinheiroe presentes para obter vanta-gem nas obras que estão reer-guendo o Iraque. Em troca dapropina, ele era favorecido emcontratos de licitação.

Bloom não é o único acusa-do de corrupção no Iraque. Otenente-coronel Michael Whe-eler e o ex-funcionário civil dasforças de ocupação RobertStein também são apontadoscomo responsáveis por irregu-laridades no processo de re-construção do país. De acordocom as acusações, eles come-teram crimes como roubo, la-vagem de dinheiro e fraudeadministrativa.

Em caso de condenação,cada um dos três acusados podepegar até 40 anos de prisão epagar multas e indenizações novalor de US$ 8 milhões. O valoré insignificante quando compa-rado ao exorbitante lucro que o

governo de George Bush obte-ve com a invasão ao país entãocomandado por Saddam Hus-sein - elemento que traz à tonaos verdadeiros motivos daguerra empreendida pelos Es-tados Unidos.

A invasãoestaduniden-ses foi feitasob circunstân-cias muito fa-voráveis a suaenconomia. OIraque é umdos maioresprodutores depetróleo domundo, en-quanto a eco-

nomia norte-americana nãoconsegue produzir todo o com-bustível que seus cidadãos con-somem: a combinação dessesfatores pesou na decisão deocupar o território iraquiano.

Outro elemento que levouBush e seus comandados à in-vasão foi a capacidade de ex-pansão ecônomica que a re-construção de um país signifi-ca. A tarefa de reedificar a in-fra-estrutura de cidades des-truídas garante um grandemercado às indústrias que aexecutam. Não coincidente-mente, elas são americanas.

Além disso, a demonstraçãode poder e força bélicos expli-citados no Iraque é um ele-mento de intimidação a todosque se opõem às políticas dogoverno Bush.

As denúncias de corrupçãofecham esse conjunto, e refor-çam a idéia de que a invasãoamericana foi movida somen-te por interesses econômicos.A guerra é o principal investi-mento financeiro do governoBush. (Renan Colombo)

Um empresárioamericano admitiu

subornar governantespara obter vantagens

nas obras dereconstrução do

Iraque

Marcio Laurindo

A forma como foi engaveta-da a lei antinepotismo propos-ta pelo deputado estadual TadeuVeneri (PT) demonstra o quan-to o tema incomoda os políti-cos mais tradicionais do Esta-do.

A oposição do projeto, es-cancaradamente liderada pelafigura do governador RobertoRequião, moveu mundos e fun-dos para derrubar a emenda deTadeu Veneri. Isso, para defen-der a votação de uma outra leiantinepotismo de autoria dopróprio governador. Esta apre-senta a possibilidade de contra-tação de parentes para secre-tarias desde que comprovada acapacidade técnica do familiar.

O governo do Estado, dife-rentemente de quando o temado nepotismo estava em dis-cussão no Ministério da Justi-ça, se mostrou bastante inte-ressado em debater o assuntoquando a Assembléia definiu adata da votação de autoria doparlamentar petista.

O governador certamenteutilizou-se deste intervalo en-tre a discussão nacional e o de-bate estadual para construir suadefesa frente aos cargos públi-cos exercidos por seus irmãose parentes da tradicional famí-lia Requião.

Um aliado importante destabatalha do governador foi o re-cém-empossado secretário dacasa Civil, Rafael Iatauro. Suamissão foi a de fazer com quepelo menos nove secretáriosque votaram a favor da emen-da de Veneri no primeiro turno

A ditadura

da tradição

voltassem atrás e se posicio-nassem a favor do governador.Iatauro, a base de muita amea-ça aos integrantes da base go-vernista, conseguiu reverter oplacar e diminui para 29 o nú-mero de parlamentares a favorda emenda, número inferior aos33 necessários.

Outro fator decisivo para avotação foi a flexibilização departe da bancada petista, que,abandonando o barco do com-panheiro de partido, preferiunão desafiar o governador e nãoparticipar da votação se dizen-do partidários de uma terceiraproposta que não seria nem deRequião nem de Veneri.

O fato foi que a AssembléiaLegislativa demonstrou o quan-to é manipulável pelo poder exe-cutivo do Estado, pois uma pro-posta que em primeiro turno foivencedora com uma considerá-vel margem, ao ir de encontrocom os interesses do governodo estado, perdeu totalmentesua força e acabou caindo porterra. Assim, com o arquiva-mento da emenda antinepotis-mo, Requião terá mais chancesde opinar sobre a nova legisla-ção do assunto e as famílias quehá tempos alternam-se no po-der do Paraná correm menos ris-cos de ver seus integrantes noolho da rua.

Vanessa Ramos/ LONA

Curitiba, 20 de abril de 2006 3LABORATÓRIO DA NOTÍCIA -

Programas de inclusão asseguram o acesso de negros ao Ensino Superior

Negros conquistam mais

vagas nas universidadesTaianá Martinez

Atualmente, tem aumenta-do a inclusão de estudantes ne-gros na universidade. Eles têmo acesso facilitado por progra-mas de inclusão, como o siste-ma de cotas em instituiçõespúblicas e o Programa Universi-dade para Todos (ProUni). Pro-jetos anteriores a esse tambémtambém beneficiavam os alunosnegros, embora de forma me-nos efetiva.

Até 2003, a realidade dosestudantes era outra. Em média,cerca de 42 estudantes negrosingressavam na UniversidadeFederal do Paraná (UFPR) a cadaano, para um total de 4 mil va-gas disponibilizadas anualmen-te pela instituição. Com o siste-ma de cotas, o quadro mudou:em 2005, 573 alunos negros en-traram na UFPR por essa via.

Antes do governo federal cri-ar projetos como o ProUni e osistema de cotas sociais e raci-ais nas universidades federais,o Projeto Adebori, desenvolvi-

do pelo Instituto de Pesquisa daAfrodescendência (IPAD), bene-ficiava 15 estudantes negros,garantindo-lhes o acesso ao En-sino Superior. Em 2003, 15 alu-nos entraram em três institui-ções do ensino superior parti-culares do Estado e na UFPR pormeio do projeto. No ano seguin-te, o número de atendidos peloprograma subiu para 22.

A presidente do IPAD e coor-denadora do Projeto Adebori,Marcilene Garcia de Souza, ex-plica que o trabalho consiste ementrar em contato com as insti-tuições, mostrar a necessidadee o desejo dos estudantes e so- No ano passado, 573 alunos negros ingressaram na UFPR

Arquivo LONA

Silvia Pugsley

Começa ontem a rodada denegócios entre paranaenses evenezuelanos, com a aberturado 2º Encontro Inter-regional deIntegração com Paraná-Brasil-Venezuela.

Pela manhã, estiveram pre-sentes no auditório da Federa-ção das Indústrias do Paraná(FIEP) o governador RobertoRequião e seu vice, Orlando Tes-suti, o embaixador da Venezue-la no Brasil, Júlio Montoya, e opresidente da FIEP, Rodrigo daRocha Loures, entre outros re-presentantes.

A integração firma o bomrelacionamento do Paraná coma Venezuela, que começou em1º de novembro, quando Re-quião e representantes do go-verno visitaram o país. Entre ostermos de relacionamento,constam a plataforma de comér-

Requião abre encontro

com a Venezuelacio entre os países, incluindo apreferência nos portos paraambos.

O governador Roberto Re-quião fez um pronunciamento,afirmando que a presença dopresidente venezuelano HugoChávez e sua comitiva em Cu-ritiba firma o bom relaciona-mento existente entre os doispaíses. “Nosso cenário estácompleto e tem como principaispersonagens o empresariado doBrasil e da Venezuela”, afirmouo governador.

Na parte da tarde, aconte-ceram as rodadas de negocia-ções dos representantes da Ve-nezuela com órgãos privados edo governo.

As rodadas antecederam achegada do presidente vene-zuelano, Hugo Chávez. Hoje,Chávez assina acordos, convê-nios e negócios com diversosórgãos.

licitar uma bolsa de estudos ouuma vaga.

O programa também pede aempresas bolsa-auxílio aos es-tudantes, para que eles nãotenham dificuldades financeirasem se manter na graduação. Oprojeto promove aulas sobre di-reitos humanos e relações raci-ais, como história da África ecultura africana. A intenção éque os estudantes compreen-dam a importância de açõesafirmativas e sejam futuros in-telectuais ativistas na produçãode pesquisa científica - traba-lhando como agentes de trans-formação.

O programa, que é reconhe-cido nacionalmente, ganhouneste ano outro objetivo: eleoferece também atendimentopsicológico a estudantes bene-ficiados pelo ProUni. Para isso,o Projeto Adebori conta com 14psicólogos cadastrados no IPAD,que estudam situações de racis-mo, e com advogados prepara-dos a atender casos de discri-minação racial de estudantes.

Até 2003, a realidadedos estudantes eraoutra. Em média,

cerca de 42estudantes negros

ingressavam na UFPRanualmente

Larissa Marieli Gercheski

O maior evento de modada região Sul acontecerá en-tre os dias 24 e 29 de abril emCuritiba. O Crystal FashionWeek, desfile de moda reali-zado pelo Shopping Crystal Pla-za, está em sua 14ª edição,trazendo as principais tendên-cias da coleção outono/inver-no 2006 das maiores grifesnacionais e internacionais.

O evento acontece desde1999 e é realizado duas vezesao ano, trazendo coleções devárias marcas. Um fato mar-cante é a presença de uma ce-lebridade em cada desfile —como a modelo e apresenta-dora da MTV Daniella Cicare-lli, que vai participar do des-file da Rosa Chá.

Uma das novidades é quenesta edição as grifes que par-ticiparam das outras 13 edi-

ções do evento anteriores farãouma exposição conceitual doque foi apresentado anterio-mente. As marcas integrantessão: Le Lis Blanc, Triton, Pata-chou, Bob Store, Lilica & Tigor,Rosa Chá, Cori, Sexxes, CalvinKlein, Algodão Doce, TNG e VR.Quem irá estrear nesta ediçãoé a marca internacionalmenteconhecida Lancôme, que é aresponsável pela maquiagem, ea equipe do Professional SchoolLady e Lord, ficará responsávelpela produção dos cabelos dosmodelos.

Este ano a organização do

evento espera a presença de40 mil pessoas durante osseis dias de desfiles. A infra-estrutura do evento contacom lugar para 450 convida-dos sentados e outros 450 empé. São três mil metros qua-drados de espaço físico reser-vado para o evento localizadono piso G1 do shopping. A pas-sarela é divida em três par-tes e permanece na sala dedesfile como na 13ª edição.São 600 colaboradores e 450modelos envolvidos em todoo evento.

O maior patrocinador é aempresa Natura, e o eventotambém conta com outrosgrandes patrocinadores comoas empresas Coca-Cola e a Vo-lkswagen. São muitos os cola-boradores e patrocinadoresdesta edição, que recebeu in-vestimentos de cerca de R$ 1,8milhão.

Crystal Fashion começa segunda

A modelo eapresentadora da

MTV Daniella Cicarelliparticipará do desfileda grife Rosa Chá

Curitiba, 20 de abril de 20064 - LABORATÓRIO DA NOTÍCIA

Phillipe Halley

A agência AFS InterculturaBrasil está com suas inscriçõesabertas para estudantes inte-ressados em participar de pro-gramas de intercâmbio cultu-ral. O programa é direciona-do para intercâmbio em 17países com programas de highschool (ensino médio).

Sem fins lucrativos, a AFSrealiza intercâmbios com a fi-nalidade de promover a inte-ração cultural entre as pesso-as de diversos países. “Comesta proposta social, nossaagência já concedeu mais de400 bolsas no Brasil, entre bol-sas integrais e parciais”, res-salta Caroline Cordeiro, dire-tora de seleção de estudantespara intercâmbio da AFS emCuritiba.

O custo para realizar o pro-grama é de US$ 5 mil a US$ 7mil, valor que inclui passa-gens aéreas, escola e seguros.A hospedagem e a alimenta-ção ficam a cargo da família

Victor Paulino

O Exame Nacional de Estu-dantes do Ensino Médio (Enem)chega neste ano ànona edição. Em2006, o exame teveduas mudanças nasinscrições, que vãode 2 de maio a 2 dejunho. Quem termi-nou ou vai concluir oEnsino Médio podefazer as inscrições pela internet.

O Instituto Nacional de Es-tudos e Pesquisas EducacionaisAnísio Teixeira (Inep/MEC) infor-mou que basta a escola pediruma autorização junto ao Ineppara que os estudantes do últi-mo ano do Ensino Médio possamfazer as inscrições pelo endere-ço da internet. A escola deve in-formar ao aluno o seu númerono Censo Escolar.

Para os estudantes que jáconcluíram o Ensino Médio e de-

Enem de 2006 abre

inscrições pela internetsejam participar do Enem, as ins-crições podem ser feitas pela in-ternet ou nas agências dos Cor-reios.

Os estudantesdo ensino públicoestão isentos dataxa de inscrição, eos de ensino parti-cular têm que pagara taxa de R$35 noato da inscrição.Alunos bolsistas

também estão isentos da taxade inscrição, mas para isto têmque assinar uma declaração decarência.

As provas acontecem no dia27 de agosto, e serão aplicadasem mais de 800 municípios doBrasil.

O Enem é obrigatório paraquem quer disputar uma das va-gas do Programa UniversidadePara Todos (ProUni).

Mais informações no site:http://www.inep.gov.br/

que recebe o estudante.“O intercâmbio está sen-

do muito bom, pois além deaprender uma nova língua euma nova cultura, fazemosnovos amigos e conhecemosmelhor o país que muitas ve-zes vemos apenas na televi-são”, relata a estudante ale-mã Deborah Naumann, queestá fazendo intercâmbio noBrasil desde abril de 2005.

A duração do programavaria de 8 meses a 1 ano. Aúnica obrigação do intercâm-bista é a prática de algumaatividade voluntária ou a par-ticipação nas reuniões da AFSno país em que for estudar.

“Tenho certeza de que ointercâmbio só trará coisasboas para minha vida, tantopessoais como profissionais”,diz a estudante FrancineRakssa, que já fez inscriçãono programa. A seleção daagência ocorre no dia 13 demaio. Para mais informaçõesbasta acessar o site da agên-cia (www.afscuritiba.org).

UnicenP promove Semana de

Atividades Complementares

Agência de intercâmbio

faz seleção em Curitiba

O exame é destinado a aluno que concluiu ou vai concluir o ensino médio em 2006

Karina Draczynski

Vai ser realizada de 24 a 28de abril a Semana Acadêmica deAtividades Complementares doCentro Universitário Positivo(UnicenP). As atividades são des-tinadas aos alunos dos cursos deadministração, comércio exteri-or, contábeis, economia, direi-to, jornalismo, marketing, turis-mo, informática, pedagogia, epublicidade e propaganda - paraesse último é opcional. Essa émais uma oportunidade ofereci-da aos alunos para enriquecersua formação.

As inscrições foram feitas atéontem pelo portal educacional,e o aluno pôde optar por cursosde 20, 12 e oito horas. Os cur-sos de 20 horas são disponíveissomente no turno em que o alu-no está matriculado. Se o estu-dante escolheu um curso de 12ou 8 horas, teria que escolheroutro que completasse as 20 ho-ras exigidas para a semana aca-dêmica.

As informações sobre datas,local e instrutor podem ser vis-tas no momento em que o alunoefetua a inscrição no portal. De-pois de confirmada a participa-ção do aluno, ela não pode maisser alterada. O aluno recebe,depois de fazer a sua inscrição,um e-mail confirmando a parti-cipação e divulgando as informa-ções do curso escolhido.

Caso algum curso não preen-cher a quantidade de vagas ne-cessárias, o aluno receberá ume-mail ou telefonema avisando

que o curso foi cancelado, e po-de, assim, escolher outro curso.Outra possibilidade para essasituação é participar do cursoescolhido como segunda opção.

A solicitação de certificadostem que ser feita pelo aluno naintranet ou pelo protocolo, e po-derá ser retirada em 15 dias peloaluno no mesmo. Só vai poderreceber o certificado o aluno quetiver freqüência acima de 75%das aulas.

Para mais informaçõeswww.unicenp.edu.br.

O período deinscrições é

entre 2 de maioe 2 de junho

Arquivo LONA

Alunos bolsistas e de escolas públicas não pagam taxa de inscrição para o exame

Arquivo/ LONA

Curitiba, 20 de abril de 2006 5LABORATÓRIO DA NOTÍCIA -

Danielli Artigas Oliveira

“Viva melhor. Vacine-se contra a gri-

pe” é o slogan da campanha de vacinaçãopara o idoso que começa segunda-feira.Serão vacinados idosos acima de 60 anos,que representam cerca de 860 mil pesso-as no Paraná e cerca de 150 mil em Curiti-ba. O objetivo da campanha é proteger osidosos da gripe e outras doenças que elapossa causar.

O dia D da campanha será no próxi-mo dia 29, quando os postos de saúdeestarão oferecendo as vacinas à popula-ção. Mas segundo a auxiliar de enfer-magem da Unidade de Saúde Santa Cân-dida, Eliane Ribeiro, diversos represen-tantes dos postos de saúde estarão reu-nidos na Boca Maldita a partir de segun-da-feira, das 9 às 17 horas, para dar in-formações e vacinar os idosos.

“Os idosos com alergia às proteínasdo ovo não podem tomar a vacina, poispodem ter alguma reação a ela”, afirmaEliane Ribeiro.

A vacinação vai até o dia 5 de maio,e mesmo os idosos que tomaram a vaci-na no ano passado precisam se vacinarnovamente, pois seu efeito é de apenasum ano. Além desta vacina, os postos

Campanha de vacinação para

o idoso começa segunda-feira

O objetivo é proteger pessoas acima de 60 anos da gripe e de doenças do inverno

Danielli Artigas Oliveira/ LONA

A auxiliar de enfermagem da Unidade Santa Cândida, Eliane Ribeiro

também vão oferecer as vacinas duplascontra difteria e tétano, que têm queser tomadas com intervalos de 60 dias.

Segundo a Cláudia Gabardo, asses-sora de imprensa do vice-prefeito e se-cretário de saúde Luciano Ducci, a metado Ministério da Saúde é atingir 70% dapopulação, mas devido a bons resulta-dos de anos anteriores serão oferecidaspara Curitiba quantidades mais que su-ficientes.

Se no final da campanha sobraremvacinas e todos os idosos interessadosjá estiverem imunizados, os postos desaúde poderão vacinar pessoas de ou-tras idades que queiram se proteger dadoença.

Doença

A gripe é causada pelo vírus Influen-

za, e a gravidade da doença pode variarmuito. Os piores casos são em pessoasacima de 65 anos.

A gripe é transmitida pela saliva, emespirros, tosses ou até mesmo pela fala,e seus sintomas começam com febre, dorde cabeça e de garganta, coriza, cansa-ço, inflamações da mucosa, tosses edores musculares. Ela dura cerca de umasemana e o tratamento varia bastantecom cada caso.

Priscila Ramos de Mello

No Brasil, moram por volta de 20 milargentinos, de acordo com dados do Clu-be Argentino Nuevos Aires — sem con-tar os que estão irregulares no país. Elespassam por muita burocracia para per-manecer no Brasil.

O tempo máximo de permanência éde 90 dias, que pode se estender pormais 90 dias. Após essa data, a pessoaé obrigada a retornar ao seu país deorigem e voltar somente depois de umano. Caso ela não retorne, deve pagarum multa diária.

As pessoas geralmente dizem quequem está em situação irregular no paíssão “ilegais”, embora o termo não sejacorreto, pois por tratados assinados en-tre governos e portarias do Ministérioda Justiça, os argentinos com visto ven-cido não podem ser obrigados a deixaro Brasil. O termo correto para essa si-tuação é “irregular”, pois não têm do-cumento legal (RNE-Registro Nacional deEstrangeiro).

“A situação é muito incômoda paranós, e acho que também é injusta, poisnós não estamos pedindo que nos dêem

Lei facilita residência de argentinos no Brasilnada de graça, simplesmente que nosdeixem viver uma vida normal nestemaravilhoso país”, comenta a argenti-na Adriana Weingast, de 50 anos, queestá no Brasil desde 2002.

Para os argentinos poderem residirno Brasil, é preciso que tenham cartei-ra de trabalho assinada ou estejam comvisto de estudante, casem ou tenhamfilhos com uma pessoa naturalizada bra-sileira ou estejam há mais de 30 anosno país. Caso contrário, elas não po-dem tirar o Registro Nacional de Estran-geiro, e sem o RNE, não podem tirar oCPF, identidade e carteira de trabalho,por isso muitos se tornam irregularesno país.

Essa situação mudou, no entanto,neste mês, quando entrou em vigor umanova lei, declarada no Diário Oficial daUnião, entre Argentina e Brasil, paraacabar com as restrições impostas paraargentinos permanecerem no país, e re-gularizar a situação das pessoas comvisto vencido.

É a Lei de Residência Mercosul, acor-do sobre residência para nacionais dosestados que fazem parte do Mercosul eos argentinos poderão permanecer no

Brasil por dois anos (com RG) e logo ointeressado poderá transformar a resi-dência em permanente.

“As exigências são muitas para per-manecer no Brasil. Você precisa de vis-to de trabalho, de estudos, ser casa-do ou ter filhos com um brasileiro, masagora com o novo tratado tudo ficamais fácil, é só apresentar os papéis(passaporte, certidão de nascimentoe antecedentes criminais) e aí vocêjá tem RG de estrangeiro, CPF e car-teira de trabalho por dois anos,podendo estender esse prazo”, diz SolViola, de 27 anos, que trabalha emuma rede de hotéis argentina atuan-do no Brasil. Está com o visto vencidodesde dezembro de 2005, devido à bu-rocracia brasileira para obtenção dosdocumentos.

Os imigrantes terão benefícios comoigualdades de direitos civis, sociais, cul-turais e econômicos do país de recep-ção, terão o direito de trabalhar e exer-cer uma profissão ou atividade lícita;poderão entrar permanecer, transitar esair do território; aos membros da fa-mília que não têm a nacionalidade bra-sileira, será concedida uma autorização

de residência idêntica a da qual depen-dam. Sempre e quando apresentarem adocumentação necessária serão trata-dos igualmente entre os brasileiros, es-pecialmente em matéria de remunera-ção, condições de trabalho e segurosocial; poderão transferir livrementepara a Argentina sua renda e suas eco-nomias pessoais, valores necessáriospara o sustento da família.

Para Adriana Weingast, a nova leivai ajudar em tudo: “Meus filhos te-rem direito a estudo público se dese-jarem (Faculdades Federais, estadu-ais, etc.); eu posso investir o meu di-nheiro em alguma empresa e dar tra-balho a alguns brasileiros; se sofrer umacidente na rua e for conduzida a umhospital público, não serei deixada naporta por não ter direito de ser aten-dida por ser estrangeira irregular; po-derei sair do Brasil sem pensar que soudelinqüente, escondendo-me da polí-cia; e muito, muito mais. Esta lei estáreconhecendo que somos sereshumanos e temos direitos, e que tam-bém podemos ser bons cidadãos se nospermitem ficar. Pagar impostos e INSSentre outras coisas”.

Curitiba, 20 de abril de 20066 - LABORATÓRIO DA NOTÍCIA

Maureen Bertol

Um novo conceito de artedecorativa chega a Curitibapara surpreender a todos osapaixonados. A idéia é trazeraos casais uma noite temática,buscando o romantismo. Essaidéia surgiu de um bate-papoentre amigos. Como não existenada parecido no mercado, “àLuz de Velas” vem para inovar.

Michele Maeda Rodrigues eFábio Rodrigues, designers, jun-taram a experiência no ramo dedecoração e a vivência de dife-rentes culturas para oferecerum serviço diferenciado espe-cificamente para casais. “Asnoites temáticas foram defini-das e depois disso iniciamos acompra de materiais e a trans-formação em almofadas, lumi-nárias, etc... O cliente escolheo tema que mais lhe agrada enós montamos, podendo ser emmotéis ou hotéis parceiros daempresa e até mesmo na pró-pria residência da pessoa. Fazparte do pacote a desmontageme a limpeza do local”, conta Mi-chele.

Até agora a produtora tem 4noites definidas, que são: Noi-te à Luz de Velas (estilo român-tico), Noite Tokyo (estilo orien-tal), Noite Bagdá (estilo Árabe)e Noite Kerala (estilo indiano).Em cada uma delas há uma corpredominante e a idéia é bus-car o romantismo e a sensibili-dade das diferentes culturas,proporcionando uma noite desonhos, um momento inesque-cível, marcante e de muita feli-cidade.

O preço de cada noite de-pende do tamanho do local es-colhido e características solici-tadas, daí a necessidade de umorçamento prévio. A produçãode um quarto leva de uma a cin-co horas para ficar pronta. “Nomomento temos parceria com oMotel Tai-yo, mas estamos bus-cando outros contatos. Depen-dendo da empresa parceira,haverá almoço de cortesia, maso jantar e as bebidas serão pa-gos no ato da saída do local. Ohorário é restrito, sendo permi-tido um pernoite”, diz Fábio.

“Os detalhes foram cuidado-samente pensados. Batalhamosmuito para que a empresa sur-gisse e agora estamos traba-lhando na divulgação. Vamosfalando para um ou outro, que

Empresa oferece várias opões de ambientes decorativos românticos para casais

Uma noite à luz de velasvai passando a informação parafrente. Fizemos cardápio, com-pramos todos os objetos de de-coração e iluminação. E para ter-minar com chave de ouro, ofe-recemos lembranças dessa noi-te especial aos casais. Comtudo isso a nossa vontade é des-pertar nas pessoas um senti-mento de extrema alegria commuito requinte, que irá demons-trar o quanto a pessoa presen-teada é especial”, comenta adesigner.

Os melhores momentos paraa utilização deste serviço são asdatas mais marcantes: aniver-sário de casamento/namoro,aniversário da pessoa amada,dia dos namorados, noite denúpcias, datas especiais para ocasal. Para os mais românticos,uma surpresa ao parceiro é amelhor pedida.

“Este é um serviço que alémde vivenciar uma produção te-mática em um lugar bacana, apessoa não irá se preocuparcom nada. Tudo será escolhidoao seu gosto e será concretiza-do pela empresa nos mínimosdetalhes”, dizem.

Maureen Bertol/ LONA

Um dos ambientes românticos oferecidos pela empresa

Márcio Laurindo

O prédio da CEU, a casa doestudante universitário, com-pleta no mês de abril 50 anosde sua fundação. Se de umlado o tempo de vida do pré-dio lisonjeia seus moradores,de outro mostra o quanto suasinstalações necessitam de re-formas.

Inaugurado pelo presiden-te Jucelino Kubitschek em1956, o prédio nunca passoupor uma reforma significativa.O resultado disso são instala-ções hidráulicas e elétricasbastante precárias e que tra-zem diversos transtornos aosestudantes.

A falta de manutenção éapontada pelo ex-morador dacasa e agora professor Cristi-ano Melo como um dos princi-pais agravantes para a situa-ção do prédio. “Durante todoo tempo em que morei aqui naCEU nunca vi acontecer refor-mas na estrutura, apenas pe-quenos reparos”, comenta.

Outro local onde a casa dosestudantes precisa de refor-

Prédio da CEU faz 50 anos mas não ganha reformamas é a quadra de esportes,que, com o piso bastante irre-gular, já não atrai os estudan-tes. “É preciso a reforma dacancha para que os moradorespossam praticar esportes den-tro da CEU. O ideal seria cobrira quadra”, palpita o morador eestudante de Filosofia DaniloPereira.

O novo presidente da casa,Bohdan Metchko, eleito há trêssemanas, pretende utilizar ocinqüentenário para chamar aatenção da comunidade para aimportância social da casa, quejá abrigou figuras importantesda sociedade curitibana, comoo vice governador do estado,Orlando Pessuti. “Estamos bus-cando reivindicar os fundos dareforma ao governo do Estadoe a UFPR, já que é onde estu-dam 60% dos moradores dacasa”, disse Metchko.

Há algum tempo a Federaldesenvolveu junto a CEU umorçamento com os custos parauma grande reforma no prédio.O documento que prevê um gas-to de R$ 3 milhões foi enviadohá mais de 30 dias ao ministro

da educação, Fernando Had-dad, que ainda não enviou umaresposta para a diretoria da CEU.

AlimentaçãoOutra reivindicação dos mo-

radores da casa é com relaçãoà alimentação. Atualmente, osestudantes contribuem com umvalor de R$ 105 por mês e têmdireito a um modesto café damanhã com café e pão.

A idéia do novo presidenteda CEU, Bohdan Metcheko, é a

de lutar por um café da ma-nhã mais completo e ampliaro número de refeições. “Pen-samos que o café da manhãpoderia ser mais completocontando com algumas frutas,por exemplo, também inicia-mos com a UFPR uma conver-sa a fim de permitir com queos estudantes de outras facul-dades que moram na CEU pos-sam se alimentar em seu Res-taurante Universitário.”

Márcio Laurindo/ LONA

Moradores esperam aprovação de projeto de obras

Curitiba, 20 de abril de 2006 7LABORATÓRIO DA NOTÍCIA -

Beatriz Kunze

O site de relacionamentosOrkut, que virou febre no Bra-sil, tornou-se também uma im-portante ferramenta de análisecomportamental de funcionári-os e candidatos a empregos. Aprática, cada vez mais comumentre profissionais de RH, visair além de currículo e entrevis-ta na hora de contratar. Perfispessoais podem mostrar com-portamentos que possamser inadequados dentro dos pa-drões das empresas.

O cirurgião dentista SérgioDaroli, de 33 anos, tomou a ini-ciativa de procurar o perfil deuma funcionária que estava emvias de ser efetivada. "O perío-do de experiência estava aca-bando e eu tinha ainda algumasdúvidas a respeito do compor-tamento dela", afirmou. "Elachegava atrasada constante-mente, e isso estava desagra-dando a administração da clíni-ca".

Em menos de um minuto, operfil da moça foi encontrado eas suspeitas confirmadas. Se-gundo o cirurgião dentista, ascomunidades as quais a moçapertencia eram motivos deconstantes piadas dentro doambiente de trabalho, desmo-ralizando a empresa.

Entre as comunidades, algu-mas de nomes curiosos, como"Só mais 5 minutinhos", "Bomdia, o c., tô com sono", "Eu menego", "Se nada der certo, virohippie!" e "Meninas malvadas".O profissional afirma que a di-reção optou por dispensá-la.

Tal atitude é polêmica entreespecialistas em recursos huma-nos e profissionais em geral. "Eujamais entregaria meu currícu-lo numa empresa que avalia opotencial do candidato peloOrkut. Lá é área de lazer, tudoé brincadeira e gozação", afir-ma o professor Sérgio Lima, de32 anos.

"Independente do meio oulocal, seja no trabalho ou numafesta, as pessoas são totalmen-te responsáveis pelo que falamou escrevem. E não há comosaber os meios que uma empre-sa usa para definir a contrata-

Empresas pesquisam perfis

no Orkut para contratar

Cada vez mais candidatos a emprego têm vida pessoal analisada na internet

ção de um funcionário", rebateo administrador Osvaldo Batis-ta, de 32 anos.

A gerente de recursos huma-nos Gilsiane Fortes, de 46 anos,atesta que a privacidade daspessoas deve ser respeitada."Contudo, o Orkut é público, ehá cada vez mais comunidadesde cunho racista, ou que inci-tam a violência. As empresastêm todo o direito de checar asposturas de seus empregadosnesses sites de relacionamen-to."

Não é só na iniciativa priva-da que a vida digital está setornando uma dor de cabeçapara funcionários descuidados.Em dezembro último, um scrap(recado pessoal do Orkut que épúblico para todos os usuários)motivou a abertura de uma sin-dicância na prefeitura de Pi-nhais. E, mês passado, em de-cisão inédita, o STJ (SuperiorTribunal de Justiça) de São Paulodeclarou que usar e-mails daempresa para fins ilícitos ou emdesacordo com a postura daempresa é motivo de demissãopor justa causa.

Reprodução Orkut

Beatriz Kunze

O notebook de U$ 100 doMIT (Instituto de Tecnologiade Massachussets) já é rea-lidade. O pai do laptop popu-lar, Nicholas Negroponte,afirmou à imprensa que opresidente Lula já acertoupara ano que vem a distri-buição de 1 milhão dessescomputadores portáteis paraas escolas públicas, numinvestimento de U$ 100 mi-lhões. Lula já manifestou de-sejo de vê-los produzidosaqui.

Negroponte, até entãochefe do Media Lab do Mas-sachussets Institute of Te-chnology (MIT), deixou ocargo para dedicar-se exclu-sivamente ao projeto de in-clusão digital de sua organi-zação OLPC, ou One LaptopPer Child (um laptop por cri-ança).

Lula quer que notebook deUS$ 100 seja produzido no Brasil

O Brasil é um dos principaisinteressados no projeto daOLPC e já entrou em uma fasede cooperação técnica com oMIT para trazer o notebook po-pular logo ao país. O primeiroprotótipo do dispositivo foiapresentado em 16 de novem-bro na Cúpula Mundial da So-ciedade da Informação, na Tu-nísia, e seu objetivo é viabili-zar a inclusão digital em paí-ses do terceiro mundo.

Focada em ferramentaseducacionais e baseada emsoftware livre, a máquina não

possui disco rígido. Apresen-ta processador de 500 MHz,memória RAM de 128 MB,quatro portas USB e memó-ria flash de 500 MB. O dis-positivo apresenta uma ma-nivela para funcionar em lo-cais sem energia elétrica.

O presidente da Microsft,Bill Gates, criticou o note-book de US$ 100 durante ofórum Microsoft GovernmentLeaders, promovido em Wa-shington. Entre as deficiên-cias citadas por Gates estãoa ausência de disco rígido,a tela reduzida e o uso com-partilhado. Porém o compar-tilhamento de máquinas nãoconsta no projeto original daOLPC. “Os laptops serão ca-pazes de fazer quase tudo,exceto armazenar enormesquantidades de dados”, afir-ma o site oficial da organi-zação, no endereço: http://www.laptop.org.

Focada emferramentaseducacionais e

baseada em softwarelivre, a máquina nãopossui disco rígido

Curitiba, 20 de abril de 20068 - LABORATÓRIO DA NOTÍCIA

Aventuras urbanas

Jornalista percorre ruas de diversas cidades do país atrás de conhecimento

Daniel Leitner Carboni

Viajar é um dos maiores prazeres doser humano. Quem não sonha em viajarpara outra cidade, para outro estado epara outro país? Quem não gosta de di-zer que já viajou para este ou para aque-le lugar, para amigos ou conhecidos? Eraisso o que fazia um idoso, em 1996, aoconversar com um jovem, que ansiavater muitas viagens em sua bagagem. Osenhor se vangloriava em dizer que co-nhecia o mundo quase inteiro, mas quan-do questionado se conhecia a rua atrásda sua casa não sabia nem o nome dela.

A partir dessa resposta, o jovem jor-nalista paranaense Eduardo Fenianosteve uma idéia de como viajar. Nada depegar um ônibus ou um avião. O meiode transporte ideal: as suas pernas, tê-nis, um automóvel modificado — o qualele chamou de Urbenave — e muita von-tade. E foi isso o que fez. Destino daviagem: as ruas de cidades brasileiras.Assim nasceu o Urbenauta.

Da idéia até hoje, quatro expediçõesforam realizadas. O Urbenauta, agoracom 34 anos, percorreu oito anos atrástodas as ruas de Curitiba, em 100 dias.São Paulo foi a segunda cidade a rece-ber as pegadas do aventureiro urbano,em viagem que durou 120 dias — nos 13primeiros dias ele navegou nos rios dacidade e nos 107 restantes conheceu to-dos os bairros da cidade. A aventura teveum saldo de quatro pares de tênis amenos no armário, 200 km percorridosa pé, 6.4420 km de Urbenave e 7.920fotos em slide. Florianópolis foi a ter-ceira capital do país a receber o viajan-te, em expedição que durou duas sema-nas, em 2003.

Um detalhe chama a atenção nas vi-agens do Urbenauta: a sua bagagem. Namochila ele leva um saco de dormir,mudas de roupa, carteira de identida-de, bússola, máquina fotográfica e fil-madora. Nada de dinheiro, cartão de cré-dito, bebida e comida. O Urbenauta éum viajante que depende da solidarie-dade das pessoas, que estiverem dispos-tas a dar abrigo e refeição. Desta for-ma, “entrando na casa dos diferentestipos de gente, consigo viver outras vi-das e captar a realidade e o cotidianoque os cerca”, explica Fenianos. A últi-ma expedição deste desbravador de sel-vas de pedra foi ao centro de Curitiba.Nesta viagem, que iniciou no dia 1.º deabril e terminou no dia 8 do mesmo mês,o Urbenauta, que teve apoio do projetoCentro Vivo, da Associação Comercial doParaná (ACP), pesquisou o comércio, osmonumentos, os prédios antigos e a gas-tronomia da região, somente a pé. O re-lato da viagem, batizada por ele de “Vi-agem ao Centro de Curitiba”, em home-nagem à obra de Julio Verne, “Viagem

ao Centro da Terra”, está disponível nosite www2.uol.com.br/urbenauta/, e irávirar um livro, como a sua expedição emSão Paulo relatada no livro “ExpediçõesUrbenauta – São Paulo: Uma AventuraRadical”. “No mundo urbano, há umarelação estética entre o local e quem ousa, ou seja, uma praça mal cuidada re-ceberá quem gosta de praças mal cuida-das”. Este é um pequeno trecho do rela-to do segundo dia da viagem, do diáriode bordo, que está no site do Urbenau-ta. A seguir, entrevista que Fenianos con-cedeu ao Lona.

Como surgiu a idéia da expediçãopelo centro de Curitiba?

Observei que as pessoas estão mui-to afastadas da região central, que é oberço de Curitiba. Ironicamente, lembreido livro de Júlio Verne, “Viagem ao Cen-tro da Terra”, e assim resolvi fazer a“Viagem ao Centro de Curitiba”.

Como estão o comércio, os monu-mentos, os prédios históricos e a gas-tronomia da região?

Há pontos positivos e negativos. Ne-gativamente o que me surpreendeu foia Praça Tiradentes, que não honra hojeo fato de ser o local onde a cidade foifundada. É muito acanhada, tímida efeia. O que mais me surpreendeu posi-tivamente foi a Rua Barão do Rio Bran-co, que, ainda de maneira incipiente,está passando por um processo naturalde revitalização que está partindo daprópria iniciativa privada. É interessan-tíssimo. É como se estivéssemos voltan-do ao ano de 1885, quando foi construí-da a Estação Ferroviária. O mesmo estáacontecendo agora. A rua parece estarvoltando a ser um espaço de requintecomo foi no início do século 20. O HotelJonscher, de 1917, foi restaurado peloGrupo San Juan. Ao seu lado, um casa-rão antigo se tornou o Zea Mais, do em-presário Marcos Muller e do chef CelsoFreire. Em frente à Câmara Municipalvocê tem a Casa do Barão, um espaçomulticultural também de muito bom gostoe com uma proposta muito avançada. Es-tes empresários, além de vislumbraremum bom negócio nesta rua, demonstra-ram na prática amor e crença na rua que,no início do século 20, era a mais sofis-ticada e importante da cidade.

Para você o que é necessário fazerpara o centro de Curitiba atrair maispessoas, que queiram não somentepassar pelo local, mas conhecer suacultura, como você fez?

Além de um processo de revitaliza-ção, de mudança no código de posturasmunicipais, de união entre a prefeitura,o governo do Estado e o Ministério Pú-blico para inibir o tráfico que existe em

algumas regiões, é necessário que o cu-ritibano, como qualquer outro moradordas grandes cidades, abandone um pou-co o sofá e a TV e volte a exercitar ohábito de caminhar, de se encontrar, deir ao “centrum” (do latim – lugar de aglu-tinação, ponto de encontro).

Qual a contribuição que você achaque essa sua expedição ao centro tra-rá para os curitibanos?

A viagem foi montada para chamar aatenção das pessoas e do poder públicosobre a realidade e a riqueza cultural daregião central. Creio que a expediçãotambém contribuirá na produção de ma-terial informativo (mapas e livros) paraque sejam utilizados tanto em escolasquanto para os turistas que chegam àcidade. Isto trará reforço na preserva-ção de nossa memória e identidade cul-tural e fortalecimento de nossa cidadeno setor turístico.

Após expedições por Curitiba, SãoPaulo e Florianópolis, quais as princi-pais diferenças e afinidades culturaisque você sentiu?

Daniel Leitner Carboni/ LONA

Primeiramente, esta foi uma viagemem que dormi muito bem, ao contráriodas outras em que tive que dormir narua, às margens do rio Tietê ou em re-des de selva na Serra da Cantareira.Como pretendia pesquisar a vida dosmoradores da região central e nosso po-tencial turístico, mesclei abrigos emhotéis e casas de moradores. Esta tam-bém foi a primeira viagem que fiz total-mente a pé. Também foi uma viagemmuito curta. As outras levaram em mé-dia quatro meses de contato direto coma cidade.

O cidadão comum também pode ser

um urbenauta, ao desvendar a sua ci-

dade, o seu bairro?

Claro. Basta se despir dos medos,colocar uma roupa simples, um tênis,esquecer do dinheiro, se abrir para con-versar com todo mundo e olhar o lugarem que vive como se fosse um país dis-tante. Garanto que todos vão descobrirlugares, pessoas e paisagens que nuncahaviam notado. Sempre procuro lembrarque para ir longe é preciso enxergar an-tes o que está perto.

O jornalista Eduardo Fenianos no marco histórico da cidade