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Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008 | Ano IX | nº 460| [email protected]| Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo | DIÁRIO d o B R A S I L Engenharias da UP promovem gincana social gincana social Robertson Luz/LONA Reportagem conta a história da engenharia Páginas 4 e 5 Engenheiros se preocupam com inclusão social Página 6 Os alunos do curso de Engenharia Mecânica fabricaram carrinhos de rolimã com matéria-prima alternativa No último sábado, as ginca- nas promovidas pelos cursos de engenharia da Universidade Positivo proporcionaram, além da interação entre os alunos, uma ação social. Nas demons- trações dos equipamentos pro- jetados pelos estudantes da Universidade Positivo (UP) so- brou espaço para a arrecadação de alimentos. Durante o evento, o almoço dos participantes só foi garan- tido quando as equipes conse- guiram reunir produtos para serem doados a instituições be- neficentes. Neste dia, as corri- das de carrinhos e as canoas de concreto trouxeram ao campus da UP a movimentação digna de uma verdadeira competição, além do sentimento de confra- ternização. Página 3 e 7 Edição Especial Edição Especial

LONA 460- 28/10/2008

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JORNAL- LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008 | Ano IX | nº 460| [email protected]|Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo |

DIÁRIO

do

BRASIL

Engenharias da UP promovemgincana socialgincana social

Robert

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uz/

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NA

Reportagem conta a história da engenhariaPáginas 4 e 5

Engenheiros se preocupam com inclusão social

Página 6

Os alunos do curso de Engenharia Mecânica fabricaram carrinhos de rolimã com matéria-prima alternativa

No último sábado, as ginca-nas promovidas pelos cursos deengenharia da UniversidadePositivo proporcionaram, alémda interação entre os alunos,uma ação social. Nas demons-trações dos equipamentos pro-jetados pelos estudantes daUniversidade Positivo (UP) so-brou espaço para a arrecadaçãode alimentos.

Durante o evento, o almoçodos participantes só foi garan-tido quando as equipes conse-guiram reunir produtos paraserem doados a instituições be-neficentes. Neste dia, as corri-das de carrinhos e as canoas deconcreto trouxeram ao campusda UP a movimentação dignade uma verdadeira competição,além do sentimento de confra-ternização.

Página 3 e 7

Edição EspecialEdição Especial

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Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 200822222

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo daUniversidade Positivo – UP

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-330. Fone (41) 3317-3000

“Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos ge-rais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo eempreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade so-cial que contribuam com seu trabalho para o enriquecimentocultural, social, político e econômico da sociedade”.

Missão do curso de Jornalismo

Expediente

Reitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Oriovisto Guima-rães. VVVVVice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor: José PioMartins. Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Admi-Admi-Admi-Admi-Admi-nistrativo:nistrativo:nistrativo:nistrativo:nistrativo: Arno AntônioGnoatto; Pró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor deGraduação:Graduação:Graduação:Graduação:Graduação: Renato Casa-grande; Pró-Reitora de; Pró-Reitora de; Pró-Reitora de; Pró-Reitora de; Pró-Reitora deExtensão:Extensão:Extensão:Extensão:Extensão: Fani SchifferDurães; Pró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePós-Graduação e Pesqui-Pós-Graduação e Pesqui-Pós-Graduação e Pesqui-Pós-Graduação e Pesqui-Pós-Graduação e Pesqui-sa:sa:sa:sa:sa: Luiz Hamilton Berton;

Pró-Reitor de Planeja-Pró-Reitor de Planeja-Pró-Reitor de Planeja-Pró-Reitor de Planeja-Pró-Reitor de Planeja-mento e mento e mento e mento e mento e AAAAAvaliação Insti-valiação Insti-valiação Insti-valiação Insti-valiação Insti-tucional:tucional:tucional:tucional:tucional: Renato Casagran-de; Coordenador do CursoCoordenador do CursoCoordenador do CursoCoordenador do CursoCoordenador do Cursode Jornalismo: de Jornalismo: de Jornalismo: de Jornalismo: de Jornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Castro;Professores-orientadores:Professores-orientadores:Professores-orientadores:Professores-orientadores:Professores-orientadores:Elza Aparecida de Oliveira eMarcelo Lima; EditorEditorEditorEditorEditoreseseseses-----chefechefechefechefechefesssss::::: Antonio CarlosSenkovski e Hendryo André.

Hendryo André

A personagem desta históriaqueria saber sempre, desdequando ainda era pequena, porque nasceram os homens tãofranzinos, e para fortalecê-losofereceu-lhes maçãs – um atocândido para a época, já que eraeste o fruto proibido. Via comreceio a extinção da espécie eprocurava algo que os favoreces-se frente a natural lei da selva.De tanto pensar, concluiu –naqueles momentos de desilu-são característicos a todos ossonhadores – que aquela pobreespécie estaria fadada ao desa-parecimento. Afinal, como po-dem sobreviver aqueles que malpodiam com os pés, enquantooutros animais corriam pelopomar como se passeassem?

Da indagação fez uma pro-messa sem, no entanto, vincu-lar-se ao campo da fé. Afinal, semal podiam os homens com ospés, a saída era justamente ca-minhar: marchar com procedi-mentos para um dia voar livre-mente. A partir de então, a pro-tagonista iniciou uma peregri-nação descrente de que chega-ria ao céu. Certo dia, já calejadae cansada, sentou-se embaixo deuma árvore e foi atingida poruma maçã – um fato que nãomudaria a vida de qualquer ou-

A maçã do conhecimentotra espécie, menos daquela quese feria por tão pouco. A gravida-de da simples descoberta de quemaçãs rumavam ao centro daterra praticamente capotou oplaneta. Desde então, a maçãtornou-se fruto de discus-são: seria, afinal, o algozda espécie por ter sido ex-perimentada ainda na-queles tempos de para-íso ou o símbolo máxi-mo do crescimento in-telectual?

Amadurecia a per-sonagem e já criaraousadia suficiente paracultivar um pomarpróprio – era o momen-to definitivo para sedesvencilhar e passar adar passos próprios.Certo dia, naqueles tem-pos em que os famigera-dos tiranos comiam maçãspor acreditarem que elascaíam do céu, resolveu queum banho era vital para o seubem-estar. Ao deitar-se na ba-nheira viu a água caprichosa-mente se espalhar para o lado defora. Aos gritos, a personagemcomemorou a arte e fez com queos céticos acreditassem definiti-vamente que aquela maçã haviarealmente mudado a sua vida:estava maluca ao afirmar que acoroa do seu rei, até então umdeus, era falsa?

Até essaépoca os sonhoseram palpáveis e tudopôde ser comprovado com asmãos. Até o dia em que ela re-solveu estudar o fruto mais deperto. Se ele era, afinal, o mo-tivo de debate entre os crentesno progresso e os descrentes daciência, porque não arrancá-laa casca, analisar o processo deputrefação, ou ainda, duplicá-la? Era esse o tempo em que apersonagem germinava e se ra-mificava, como faziam as ma-çãs que ela tanto admirava. Eentão se descobriu que a ver-melhidão daquela casca eraapenas um reflexo e que aque-le fruto sólido era formado porespaços vazios.

Nessa época, “o último rei[a ignorância] foi enforcado nastripas do último padre [a tei-mosia]” e a personagem pro-vou, por meios empíricos, quese as árvores de um pomar fos-sem dispostas paralelamente seencontrariam um dia. E desdeentão o mundo se tornou cadavez menor, a ponto de a perso-nagem acreditar que poderia

abraçá-lo com seu pomar, épo-ca em que a maçã deveria terse tornado novamente um fru-to proibido: “por que não utili-zar fertilizantes para deixareste pomar melhor que os ou-tros”, pensou a personagem vi-sionária e cega pelo progresso.Miserável percepção teve quan-do não percebeu que os espinhosespalhados no chão eram o ônusdo avanço científico: os poma-res tornaram-se comércio e seusrespectivos líderes utilizaramtodo o conhecimento adquiridopela personagem – naquelestempos já apodrecida – paraconstruir sonhos em cima depesadelos dos outros. Apelida-ram-na de ciência.

O crescimento do pomar fu-gira do controle do dono. Enge-nhar voltou a ser ato de sobre-vivência e, tão somente por isso,cunhavam-se pedras e pauspara a 4ª Guerra Mundial, pro-clamada por uma das maciei-ras mais belas plantadas pela

ciência. A personagem, jácom os resquícios da velhice, re-memorou os tempos em que al-guém “fez o primeiro teto que oprojeto não desmoronou”, fatoque garantiu a fixação dos ho-mens. Sobre tal capítulo, não foiesquecida a homenagem ao “pe-dreiro, [a]o arquiteto e [a]o va-lente primeiro morador”. A per-sonagem ingrata “não fez a es-poleta explodir na gaveta do in-ventor”.

Falou-se tanto em maçãs,mas ainda foi rememorado dovelho ditado de que uma maçãruim estraga toda a caixa. Poroutro lado, não se questionouem momento algum, umaomissão que contraria veemen-temente aos princípios questio-nadores da protagonista desteespetáculo, por que várias ma-çãs boas não podem consertaras poucas ruins. Foi esta a ten-tativa que a 10ª Gincana deCriatividade e Engenharia daUniversidade Positivo buscouno último sábado. Agora é espe-rar o tempo passar para se co-lher os frutos do conhecimentode tal pomar.

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Gincana integra alunos e professoresFlávio Freitas

Marisa Rodrigues

Foi realizada no último sá-bado a 10º Gincana de Engenha-ria da Universidade Positivo. Oevento envolveu alunos, coorde-nadores e professores dos cur-sos de Engenharia Civil, Elétri-ca e da Computação. Os parti-cipantes foram divididos em dezequipes com 35 integrantescada. Apenas os alunos de pri-meiro e segundo ano puderamcompetir, as demais séries aju-daram na organização.

As equipes foram compos-tas de forma diversificada,com alunos dos três cursos ede diferentes turnos e séries.Para o coordenador do cursode Engenharia Civil e organi-zador do evento, Cláudio Kri-eger, a integração de diferen-tes estudantes foi intencional.“Para desfazer as ‘panelinhas’,misturamos os alunos e alu-nas, turmas, períodos e cur-sos diferentes”.

O principalobjetivo das brin-cadeiras foi colo-car em prática osconhecimentosadquiridos emsala de aula pe-los estudantes.Com tarefas pré-definidas, comoa elaboração deuma usina hi-drelétrica emminiatura (verboxe ao lado), ou atividades quesó foram apresentadas no decor-rer do evento. Uma delas foi a“atividade-relâmpago”, provaem que os alunos deveriam des-cobrir, por meio de cálculos, onúmero exato de jujubas que es-tavam em recipientes de vidro.

Além disso, a maratona deatividades incentivou a solida-riedade e a responsabilidadesocial dos acadêmicos. Paraganhar o almoço e pontos nacompetição, as equipes arreca-daram alimentos que serão do-ados a instituições beneficen-tes. Os grupos foram tão par-

Cerca de 400 alunos dos cursos de Engenharia participaram das atividades na UP

ticipativos que logo pela manhãapenas uma equipe já haviaarrecadado pelo menos 750 qui-los de alimentos.

“É uma gincana técnica,com tarefas e dicas, mas tem olado social e de integração. Nãoé uma competição entre as en-genharias, é um momento lú-dico, que foge do normal”, afir-ma o coordenador de Engenha-ria da Computação, Edson Pe-dro Ferlin.

Os resultados obtidos comessas atividades refletem dire-tamente no aproveitamentodos alunos em sala de aula. Kri-eger observa que muitos dos es-tudantes com baixo rendimen-to acabam surpreendendo oscolegas e professores com obom desempenho durante asprovas, e isso é fundamentalpara a motivação e integraçãodos acadêmicos.

O aluno do quarto ano docurso de Engenharia Civil An-derson Mussi participou pelaquarta vez da gincana, duas

como competi-dor, e desde oano passadocomo organiza-dor. Ele desta-ca a troca deexperiênciasentre os estu-dantes como amaior recom-pensa para oparticipante.“Essa integra-ção é muito im-portante, pois

a base das engenharias é amesma, mas cada uma temsuas especificidades, além datroca de experiências”, revelaMussi.

Esse é o mesmo pensamen-to da acadêmica do segundo anode Engenharia Civil Leda Ma-ria Guareschi. “O engenheirocivil deve ser um profissionalintegrado, pois o resultado doseu trabalho sempre depende deoutros profissionais, como enge-nheiros elétricos, mecânicos eda computação. O profissionalde engenharia nunca trabalhasozinho”, diz a estudante.

“Não é umacompetição entreas Engenharias.É um momentolúdico, que fogedo normal”.EDSON PEDRO FERLIN,COORDENADOR ENG. DACOMPUTAÇÃO

Para ganhar o almoço e pontos na competição, as equipes arrecadaram alimentos

Fotos: Luciano Sarote/ LONA

Cristiane Kulibaba

Uma das provas mais inte-ressantes realizadas durante agincana foi a construção deuma mini-usina hidrelétricaem que foram utilizados mate-riais como CDs velhos, pedaçosde madeira, um pequeno mo-tor, mangueira, porcas, para-fusos e pregos. Enquanto os alu-nos desenvolviam as atividades,os professores mediam o poten-cial elétrico real gerado pelaágua através de uma pequenalâmpada. Segundo o coordena-dor do curso de Engenharia ci-vil e organizador do evento,Cláudio Krüger, “esta foi a ta-refa mais técnica do dia”. Paraa aluna do primeiro ano de En-genharia Civil Luciana PaulaMiranda, as dificuldades dasprovas e a interação com osoutros alunos ajudaram a su-perar as dificuldades. “A inte-

ração entre os grupos e entre asengenharias foi bem bacana.Achei que a dificuldade das pro-vas estimula a gente a pensarmais, a correr atrás das dificul-dades. Por eu ser aluna do pri-

meiro ano e ter pouca base emalgumas matérias, ter queconstruir uma mini-usina hi-drelétrica foi difícil, mas a in-teração com os alunos do se-gundo ano ajudou muito”.

Nas demonstrações, os professores mediram o potencialenergético gerado nas mini-usinas hidrelétricas dos alunos

Alunos fazem projeto de mini-hidrelétricaAlunos fazem projeto de mini-hidrelétrica

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Eli Antonelli e Marina Dola

Pedras eram lascadas in-cansavelmente até formaremcunhas: era a única maneiraque o ser humano encontroupara garantir a sobrevivênciafrente aos outros animais, ain-da na Pré-História. E foi en-tão que se criou a roda, poliu-se a pedra, dominou-se o fogoe fundiu-se o metal, fatos quetornaram o homem cada vezmais agente modificador danatureza. Ao mesmo tempo emque garantia a sobrevivência,por meio de princípios da físi-ca, nascia a engenharia: o em-prego dos princípios físicos ali-ados ao bom senso.

E passou-se o tempo e omundo ficou menor: as cunhasficaram cada vez mais pontia-gudas, o fogo passou a ser car-regado sem estar acesso, o me-tal tornou-se artigo de luxo e,tempos depois, artefato corri-queiro – e o ser humano con-tinuou a modificar a nature-za. Houve desvios, é bem ver-dade, e a mesma engenhariaque garantiu a vida nos tem-pos de barbárie foi utilizadapor alguns para preconizar amorte na época de consolida-ção da civilização: foram ar-mas de destruição em massaque eternizaram um projetomal elaborado, mas a engenha-ria encontrou maneiras parasobreviver daqueles que tenta-ram a extinguir. Prova dissoé a Gincana da Criatividade eda Engenharia, realizada noúltimo sábado, no campus daUniversidade Positivo (maté-rias sobre o evento nas pági-nas 3 e 7).

Atividade profissional foi fundamental para desenvolvimento da civilização

Engenharia nocampo e na cidade

O engenheiro mecânico Fer-nando da Veiga Villanueva dizque a engenharia está presentena agricultura, “desde o projetoagrícola, passando pelo estudo daterra, de agrotóxicos e de semen-tes, até chegar aos equipamen-tos agrícolas de alta tecnologia”.

Em artigo publicado pelosassessores-técnicos do Crea/GO,o engenheiro agrônomo AristonAlves Afonso e o mecânico NélioFleury relatam que a história daengenharia data de 7 milhões deanos e está interligada com aprópria história do homem. Ou-tro destaque na análise dos en-genheiros é o surgimento daagricultura há12 mil anos.Por meio dastécnicas de en-genharia, o ho-mem pôde se fi-xar e, conse-qüentemente,formaram-seas primeirascivilizações. “Nesse momentocertamente nascia o primeiroengenheiro”, destacam os enge-nheiros no artigo.

Já no Império Romano foramconstruídas estradas, arenas dejogos, sistemas de esgoto e dedistribuição de água, casas debanho. “Nesta época os arquite-tos inventaram o teto em formade abóbada, eliminando a neces-sidade de apoiar grandes vãos detelhados em fileiras de pilares”,revela o estudo. Ainda de acordocom o artigo, o nascimento dosconselhos profissionais que regu-larizam as profissões se deu ain-da na Idade Média, período emque o conhecimento era restrito

à Igreja. Aos poucos, houve pro-gressos. Surgiram as guildas –reuniões de construtores e arte-sões que criaram um núcleo depadronização de suas ativida-des. E a partir de 1406, em Flo-rença, nasceram as primeirasescolas e universidades de arqui-tetura.

Mas foi apenas na segundametade do século XVIII, com aRevolução Industrial, que a eco-nomia passou a ser impulsiona-da com o desenvolvimento dasmáquinas e com trabalho nasfábricas, fatos que incentivaramo desenvolvimento de várioscampos da engenharia. O artigodefende que o “termo ‘engenhei-ro’ teve seu significado amplia-

do, aparecendodiversas especi-alizações comoem construção,mecânica, emeletricidade,embarcações equímico”.

No Brasil,em 1933, fo-

ram regulamentadas as profis-sões de engenheiro agrônomo ecivil. Impulsionadas pelo pro-cesso de industrialização que seiniciava no país, nasceram nes-te período os conselhos de En-genharia, Arquitetura e Agro-nomia. No Paraná, o conselhoregional teve sua criação em1934 e hoje tem 600 modalida-des registradas e relacionadasà área de engenharia, que in-cluem técnicos e tecnólogos.

Tecnologiana fiscalização

A principal atividade do Creaé a fiscalização da profissão. Emtodo o Paraná são 56 agentes que

realizam ins-peções emobras, bus-cando sempregarantir oexercício dequalidade doprofissional. Sóem 2007, deacordo com oCrea-PR, foram 57mil obras e serviçosfiscalizados.

O trabalho dos fiscaisno Paraná, desde o inicio deoutubro, conta com uma no-vidade. Os agentes fiscais pas-saram a utilizar o Personal Di-gital Assistants (PDAs), um apa-relho que reúne computador umcomputador com GPS (GlobalPosition System), além de umacâmera fotográfica e um apare-lho celular. Com isso, a fiscali-zação passou a ocorrer com mai-or agilidade, uma vez que o pro-fissional tem acesso de formaimediata ao banco de dadosdo Conselho.

Outra novidade es-perada é o desenvolvi-mento de ações naárea de georeferen-ciamento. Seráimplantado ain-da em 2008, umsistema de in-formações geo-gráficas paraum banco dedados com todoo mapeamentodo Estado, le-vando a uma re-dução de prazos emaior troca de in-formações entreprofissional e respon-sável pelas obras.

Por meio das técnicasde engenharia,o homem se fixou eformou as primeirascivilizações

Ilustrações: divulgação

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EngenheirasAs mulheres surpreendem a

cada dia, ainda mais quandodecidem optar por cursos domi-nados pelos homens. Os cursosde Engenharia são os grandesrepresentantes dessa realidade.Em uma sala com aproximada-mente 70 alunos, apenas dez sãomulheres. Mas quem pensa queo mercado de trabalho ignora asmulheres e que a discrimina-ção atrapalha ou as faz desistirna metade do curso está muitoenganado.

Aline Moraes, de 19 anos,cursa o primeiro ano de Enge-nharia Civil na UniversidadePositivo e diz que, por mais quehaja preconceito por parte dosmeninos, as mulheres estão seimpondo e vão conquistar o mer-cado de trabalho. “O que impor-ta é você fazer o que gosta, in-dependente do preconceito. E euamo engenharia, adoro fazercálculos. Por mais que a gentetenha dificuldades, até reprove;a ‘mulherada’ tem muita forçade vontade para dominar e con-quistar esse mercado”.

Já a estudante FranciellePatrícia Lemos, de 19 anos, tam-bém cursa o primeiro ano deEngenharia Civil e concorda queas mulheres têm potencial paraa área. Mas ela também não es-conde que o preconceito é gran-de. “Os meninos ficam bem nadeles, não se misturam, e quasesempre não nos ajudam. Mas éclaro que alguns até gostam deter mulheres por perto, até por-que nós somos mais detalhistas,cuidadosas e gostamos de fazertudo bem feito. Eu acho que esseé o nosso grande diferencial e,também, o que nos motiva nomercado de trabalho”.

Realmente o mercado de tra-balho acolhe mulheres enge-nheiras por essas vantagens.Aline, por exemplo, já está em-pregada na Plaenge e afirmaque oportunidades no mercadonão vão faltar daqui para fren-te. “Conseguir o primeiro em-prego, ou estágio, já é o primei-ro passo. Daí em diante é sómostrar que você é capaz.”

Papel da mulherna engenharia

Buscando discutir o papel damulher no ramo, foi criado umgrupo de trabalho de mulheresprofissionais da área tecnológi-ca (GT Mulher). No Paraná, ogrupo tem representantes emseis cidades: Curitiba, PatoBranco, Maringá, Londrina,Ponta Grossa e Cascavel. Paraa coordenadora da região deMaringá, a engenheira civilMaria Felomena Sandri, o gru-po tem o objetivo de trabalhara conscientização da participa-ção da mulher nas diversasações da comunidade e em en-tidades de classe. “A trajetóriade luta das mulheres e o avan-ço nas conquistas sociais tam-bém são temas permanentes emnossos encontros. Podemos di-zer que estamos ainda na fasepreparatória, de organização deum grupo que atua como mul-tiplicador”, conta a engenheira.

A discriminação é mascara-da, mas por muitas vezes al-guns gestores não fazem ques-tão de disfarçar que o mercadoainda é preferência para os ho-mens. A engenheira civil An-drea Meister, por exemplo, pas-sou por esta situação duranteuma entrevista de trabalho.Após ser aprovada em todas as

etapas da seleção que incluía,concurso, dinâmica de grupo,entrevista coletiva com direto-res, entrevista em inglês, foisubmetida a entrevista com odiretor da área. “Ele me disseque a vaga não era para mim,pois certamente eu prefeririaviajar a Paris ao invés de co-nhecer as questões técnicas daempresa na África. Depois ain-da foi capaz de perguntar sehouvesse um acontecimento si-nistro se eu teria condições deatender à noite e se seria capazde deixar meu marido esperan-do o jantar”.

As fiscais do Crea-PRDesde o último concurso

público, em 2004, o Crea/PRteve uma significativa alteraçãono seu quadro de agentes de fis-calização. Atualmente, dos 52fiscais profissionais da área deengenharia, 15 são mulheres.O gerente do Departamento deAssessoria Técnica e Fiscaliza-ção, Renato Straube Siqueira,destaca o diferencial no traba-lho da mulher: “Temos obser-vado que a fiscalização realiza-da pelas mulheres é um traba-lho bem mais minucioso. Elastêm uma visão e uma percep-ção do trabalho como um todo.Há uma qualidade considerávelcom relação a redação dos rela-tórios, são mais qualificados naforma estética”.

Straube revela que todo ocontrole da fiscalização é lide-rado no Conselho Regional poruma mulher: a arquiteta e ur-banista Tania Squair, coordena-dora da Assessoria de Planeja-mento e Fiscalização. “Observa-mos também que durante asreuniões, as mulheres são sem-

pre mais participativas, trazen-do muitas contribuições e su-gestões para melhoria do traba-lho da fiscalização. Elas sãocomprometidas integramentecom os valores da fiscalização”.

Futuros ProfissionaisBuscando preencher uma

lacuna existente na transição doacadêmico para o sistema pro-fissional foi criado o programaCrea/Jr. A responsável pelo pro-

grama, Cacilda Redivo, destacaque uma das principais propos-tas é a de inteirar o jovem coma legislação profissional. “Elespassam a conhecer diretamenteo órgão regulamentador da pro-fissão e a realizar ações que vãoauxiliar em seu desenvolvimen-to pessoal e paralelamente aisso, no decorrer de suas ativi-dades, conhecem e praticam asações seguindo um modelo degestão voltado aos resultados”.

Robertson Luz/ LONA

Aline Moraes, estudante de Engenharia Civil, acredita queas mulheres vão conquistar espaço no mercado de trabalho

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Juliana Fontes

Vanessa Dasko Primeiro vôo do 14-biscompleta 102 anosAs aplicações da ciência da

informática podem contribuirpara a evolução das atividadeshumanas. Além da importânciapara o cálculo e às tarefas ad-ministrativas, a informática éuma ferramenta de trabalhoutilizada em diversas áreas.

Os resultados dos projetosdos profissionais da informá-tica geralmente procuramidentificar melhorias e apri-morar ferramentas que sejamviáveis do ponto de vista eco-nômico. Não é novidade que,quando lançados, esses produ-tos precisam de tempo parapoderem ser consumidos poralgumas camadas sociais. E égraças à velocidade das trans-formações da tecnologia que osprodutos deste ramo tornam-se mais “acessíveis”.

Mas os engenheiros e tec-nólogos também podem traba-lhar para reduzir os custos demaneira que não seja somen-te pela lógica “natural” domercado. É deles a tarefa depesquisar e desenvolver ferra-mentas de menor custo. O tec-nólogo em sistemas de teleco-municações Jean Carlos Lo-frano coloca a “tecnologia re-versa” como um dos meiospara baratear os equipamen-

comprova aumento na acessibi-lidade tecnológica. “A maioriadas pessoas utiliza a informá-tica no ambiente doméstico,para trocar e-mails, fazer cál-culos e navegar pela internet”.Diferente dos produtos maispotentes, que “geralmente sãoprocurados por empresas ou pe-los jovens consumidores de jo-gos que exigem maior capaci-dade de processamento”.

No ramo do desenvolvimen-to de tecnologia de informáticapara empresas, a popularizaçãoda internet e o acesso às tecno-logias são alguns dos destaques.Para melhorar os serviços, pe-quenas e grandes empresas,como escolas, bancos, lojas...informatizam os seus negóci-os, garantindo assim, uma me-lhor gestão de informações.

Camila Pagno

O Brasil e o mundo come-moraram na semana passadaos 102 anos da primeira deco-lagem de um objeto mais pe-sado que o ar. O idealizador doprojeto foi o mineiro AlbertoSantos Dumont que, em 1906,fez decolar o 14-bis. Tal episó-dio demonstra a importânciada engenharia na evolução dahistória da sociedade.

Depois dainvenção, porexemplo, sur-giram as cor-rentes queculminari -am, mais tar-de, no quehoje se deno-mina Enge-nharia Me-cânica. Naépoca dainvenção do avião não ha-via essa designação talcomo se conhece hoje. Noentanto, a contribuiçãodessa ciência, segundo o

engenheiro mecânicoaeronáutico e pro-fessor Emílio Ka-wamura, foi o queajudou o pai daaviação a desen-

volver mecanismose as partes da estrutura do

avião. “Dumont aplicou a ci-ência e construiu uma máqui-na que o ajudasse a realizarseu sonho de voar até chegarao fazer levantar vôo algo maispesado do que o ar”.

O professor diz que a en-genharia faz a ponte entre asmáquinas e as pessoas, poisas pessoas, para interagiremcom variados tipos de equipa-

mentos, precisam ter um con-tato mecânico com os equipa-mentos. “A contribuição daengenharia na vida das pes-soas é desenvolver equipamen-tos e projetos aplicando a tec-nologia para a melhora devida das pessoas, para que se-jam utilizados da melhor for-ma possível”.

Na parte de alimentação, porexemplo, os equipamentos queusamos foram elaborados porengenheiros. Esses produtos

não poderiamexistir sem oauxílio da exa-tidão dos cál-culos. Até mes-mo os produ-tos industria-lizados, comolatas de azei-te, são elabo-rados por en-g e n h e i r o smecânicos ,

juntamente com engenheirosde produto e profissionais deoutras áreas. Isso torna o pro-duto com uma boa apresenta-ção, prático e funcional paraas pessoas que utilizam.

Na época da invenção doavião não existia a designaçãode engenharia mecânica comose conhece hoje. No entanto,a contribuição dessa ciência,segundo Kawamura, foi o queajudou o pai da aviação a de-senvolver mecanismos que re-sultariam no avião. “SantosDumont aplicou a ciência econstruiu uma máquina queo ajudasse a realizar seu so-nho de voar”.

O avanço tecnológico cami-nha lado a lado com nossosconfortos e é através das en-genharias que as descobertasda ciência são possíveis.

tos. “Por meio desse recurso[tecnologia reversa] os enge-nheiros e os tecnólogos anali-sam uma tecnologia já existen-te, descobrem como aquilo foifeito, detectam as falhas e ten-tam aprimorar. Dessa forma,os produtos podem ser refeitospor um custo mais baixo”.

Na última década, essesavanços na ciência proporciona-ram o barateamento de produ-tos de informática. Essa tendên-cia resultou na “informatizaçãodoméstica”, hoje dona de gran-de fatia do mercado das centraisde processamento de dados.

O proprietário de uma lojade manutenção e equipamentosde informática em Curitiba Ra-phael Marcos Pieczarka colocaa necessidade constante dotransporte de dados como umdos motivos para a informáticaser fundamental no cotidianodas pessoas. “Sem a rápida tro-ca de informações fica difí-cil se manter atualizado.Daí a importância pela bus-ca do aprimoramento nasferramentas que já existeme o desenvolvimento de no-vas idéias”. Segundo o em-

presário, os consumidorestêm perfis diferentes. Os

produtos que atendem asnecessidades básicas

são os mais vendidosem sua loja, o que

“Sem a troca de informações fica difícil dese manter atualizado. Daí a importância damelhora de ferramentas que já existem e aexecução de novas idéias”.MARCOS PIECZARKA, DONO DE LOJA DE INFORMÁTICA

Engenheiros etecnólogos podem

trabalhar parareduzir os custos de

computadores

Engenheiros da computação podem aliar acesso à tecnologia e viabilidade econômica

“Santos Dumontaplicou a ciência econstruiu umamáquina que oajudasse a realizarseu sonho de voar”EMÍLIO KAWA,IRA.ENGENHEIRO MECÂNICO

preocupação socialProjetos podem ter preocupação social

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77777Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008

Evento promove diversão a estudantesCriatividade dos alunos de Engenharia Mecânica é estimulada em evento

Flávio Freitas

Marisa Rodrigues

O curso de Engenharia Me-cânica da Universidade Positivopromoveu no último sábado aquarta edição da Gincana de Cri-atividade. O evento contou coma participação de mais de 700 alu-nos, além de professores, amigose das famílias dos estudantes.

Os acadêmicos foram dividi-dos em 37 equipes, cada umacom no máximo 20 integrantes.As equipes foram responsáveispor realizar tarefas pré-determi-nadas de acordo com a série.Quanto maior o nível de estudo,maior o nível de dificuldade exi-gido. Também voltados ao cará-ter social da profissão, os alunosarrecadaram alimentos que se-rão encaminhados a instituiçõesbeneficentes de Curitiba.

Os alunos do primeiro anoforam responsáveis pela fabrica-ção de mini-dragsters e mini-fo-

guetes. Os acadêmicos do segun-do ano desenvolveram carrinhosde rolimã e barcos feitos com gar-rafas PET, batizados de “OF-NIs”, sigla para objetos flutua-dores não identificados. Já os daterceira série produziram trici-clos manuais para portadores dedeficiência. Os alunos do quartoe quinto ano também desenvol-veram triciclos para deficientes,porém, motorizados. Ambos osmodelos foram projetados com oapoio de acadêmicos do curso deFisioterapia.

Diferente da Gincana de En-genharia – dos cursos de Enge-nharia Civil, Elétrica e da Com-putação – a Gincana de Criati-vidade foi dividida em duas fa-ses. Na primeira, realizada nodia 18 de outubro, os alunos apre-sentaram os projetos das “enge-nhocas”, e a segunda com com-petições entre os produtos desen-volvidos. Outra diferença é que,como os projetos e produtos sãodesenvolvidos antecipadamente,

Diana Axelrud

A Gincana de Criatividadee Engenharia deu seqüência àsérie de dez anos do evento.Na competição, os alunos doscursos de Engenharia Civil,Elétrica e da Computação fo-ram divididos em dez equipes,as quais misturaram mem-bros dos três cursos.

O objetivo da gincana, se-gundo o Diretor do Núcleo deCiências Exatas e Tecnológicasda UP, Marcos Tozzi, é “aplicaros conceitos adquiridos em salapara pensar em soluções criati-vas nos problemas encontradosnas diversas áreas de atuação”.

Paralelamente a essa com-petição, aconteceu a Gincana deCriatividade e Engenharia, queestá na terceira edição. Essagincana é promovida pelo cur-so de Engenharia Mecânica.Nela acontece a apresentaçãode trabalhos que os alunos pro-duzem durante quatro meses.Entre os projetos apresentadosestão mini-foguetes, carrinhosde rolimã e triciclos para pes-soas com deficiência. O eventotem também um cunho social,já que realiza a arrecadação dealimentos, produtos de higienee limpeza para doar a institui-ções de caridade.

O projeto das gincanas jáfoi apresentado em vários con-gressos nacionais e internaci-onais (como em Taiwan, Esta-dos Unidos e Inglaterra). Osresultados das gincanas sãopositivos. Para o ProfessorMarcos Tozzi, isso se justificapelo “inter-relacionamento dosconteúdos aprendidos, a inte-ração entre as engenharias, anecessidade de se trabalharem equipe, a liderança e a ad-ministração do tempo”. O alu-no do terceiro ano de Engenha-ria Civil Rafael Terbai concor-da com Tozzi: “foi muito posi-tivo participar da gincana.Aprendemos muito trabalhan-do em equipe. Fizemos duran-te o ano a canoa, que usamosna competição no lago da uni-versidade”. Segundo a alunado segundo ano de Engenha-ria Civil Caroline Beckmann,as gincanas representam ummodo de aprender aliado à di-versão. “Com esse evento,pode-se colocar em prática oconteúdo aprendido em sala”.

No futuro, o núcleo de Ci-ências Exatas e Tecnológicasda UP quer ampliar o projeto.“Em 2009 espera-se envolverdiversas Instituições de Ensi-no Superior do Brasil em umacompetição Nacional”, anteci-pa Marcos Tozzi.

o dia da Gincana da Criativida-de foi mais um momento de di-vertimento do que de desafio.

Entre os espectadores doevento estava a coordenadora deatividades estudantis da Socie-dade de Mobilidade de Engenhei-ros (SAE-Brasil), Vanessa Via-na, que destacou a importânciade fomentar a criatividade nosacadêmicos. “A Gincana é umgrande diferencial, pois propiciaaos estudantes um aprendizadoenorme”, afirmou Vanessa.

O coordenador do curso deEngenharia Mecânica da Uni-versidade Positivo, Marcos Ro-dacoski, lembrou do papel estra-tégico que os profissionais de En-genharia têm em uma nação.“Para um país se desenvolver eleprecisa de engenheiros capacita-dos que criem novas tecnologiase melhorem as que já existem”,disse o coordenador.

O estudante do primeiro anode Engenharia Mecânica Rafa-el Kobashi participou da provados mini-dragsters. O inventode sua equipe foi um dos pou-cos que não conseguiu percor-rer os 30 metros de pistas des-tinados aos carrinhos, masmesmo assim estava satisfeitopelo envolvimento no projeto emontagem do produto.

Os alunos do primeiro ano foram responsáveis pela fabricação dos mini-dragsters

Robertson Luz/LONA

“Para um país se desenvolver, ele precisade engenheiros que criem novas tecnologiase melhorem as que já existem”MARCOS RODACOSKI, COORD. DE ENG. MECÂNICA DA UP

Gincana permite a prática desoluções vistas em sala de aulaGincana permite a prática desoluções vistas em sala de aula

Luciano Sarote/LONALuciano Sarote/LONA

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Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 2008Curitiba, terça-feira, 28 de outubro de 200888888

Robertson Luz/LONA

Robertson Luz/LONA

Robertson Luz/LONA

Robertson Luz/LONA

Luciano Sarote/LONA

Luciano Sarote/LONA

Uma gincana deengenheirosengenheiros

Seja na simplicidade de um carrinho movido a gravidade, ou na complexidade dos motores dostriciclos para deficientes físicos, a criatividade foi o que marcou as gincanas das engenharias. Gin-canas estas que pouco tiveram de competição. O espírito de equipe superou o desejo de vitória. No“sábado da criatividade”, os futuros profissionais puderam provar que na engenharia há espaçopara ir além da exatidão numérica do sem fim, e que é possível aliar ao infinito dos números ainexatidão do humano.