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Curitiba, terça-feira, 28 de abril de 2009 - Ano X - Número 475 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Dia mundial da educação Professores reivindicam melhora na educação brasileira Hoje é o dia mundial da educação. E apesar dos pro- blemas na forma como se vê a educação no Brasil, os brasileiros têm alguns motivos para comemorar. O índice de analfabetismo, por exemplo, sofreu for- te redução nos últimos anos. É o que mostra pesqui- sa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) entre 1992 e 2002. No início da década de noventa, 16,4% da população não sabia ler nem escrever. Em 2002 esse número caiu para 10,9%. Número que reduziu também graças ao es- forço dos profissionais que trabalham na educação. Ao contrário do que acontece em alguns países, os professores são mau remunerados e, em muitos ca- sos, possuem condições de trabalho precárias. Em Curitiba, os professores saíram às ruas na última sex- ta-feira para reivindicar seus direitos. Nas reivindi- cações os professores, muito mais do que melhores salários, querem melhorar também o processo de educação do qual eles fazem parte. Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Divulgação Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 7 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Visão que se tem da vida religiosa nem sempre é a correta Um padre demora, em média, 13 anos para se formar. E durante essa ca- minhada, os seminaristas são vistos por meio de alguns estereótipos, como o de que estudantes da vida religiosa não têm acesso à internet e outras coi- sas da vida moderna. Conheça os mi- tos e as verdades da vida religiosa dos sacerdotes em formação. Divulgação Entretenimento Candidatos fazem fila para participar de programa de televisão Cultura Peça de teatro retrata a vida das brincadeiras de infância

LONA 475- 28/04/2009

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, terça-feira, 28 de abril de 2009 - Ano X - Número 475Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Dia mundial da educação

Professoresreivindicammelhora naeducaçãobrasileira

Hoje é o dia mundial da educação. E apesar dos pro-blemas na forma como se vê a educação no Brasil,os brasileiros têm alguns motivos para comemorar.O índice de analfabetismo, por exemplo, sofreu for-te redução nos últimos anos. É o que mostra pesqui-sa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa eEstatística (IBGE) entre 1992 e 2002. No início dadécada de noventa, 16,4% da população não sabialer nem escrever. Em 2002 esse número caiu para10,9%. Número que reduziu também graças ao es-forço dos profissionais que trabalham na educação.Ao contrário do que acontece em alguns países, osprofessores são mau remunerados e, em muitos ca-sos, possuem condições de trabalho precárias. EmCuritiba, os professores saíram às ruas na última sex-ta-feira para reivindicar seus direitos. Nas reivindi-cações os professores, muito mais do que melhoressalários, querem melhorar também o processo deeducação do qual eles fazem parte.

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Divulgação

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Visão que se tem da vida religiosa nem sempre é a correta

Um padre demora, em média, 13anos para se formar. E durante essa ca-minhada, os seminaristas são vistospor meio de alguns estereótipos, comoo de que estudantes da vida religiosanão têm acesso à internet e outras coi-sas da vida moderna. Conheça os mi-tos e as verdades da vida religiosa dossacerdotes em formação.

Divulgação

Entretenimento

Candidatosfazem fila para

participar deprograma de

televisão

Cultura

Peça de teatroretrata a vidadas brincadeirasde infância

Curitiba, terça-feira, 28 de abril de 20092

Opinião

Expediente

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo – UP,

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins.Pró-Reitor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitora de Extensão:Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesqui-sa: Luiz Hamilton Berton; Pró-Reitor de Planejamento e Ava-liação Institucional: Renato Casagrande; Coordenador do Cur-so de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Profes-sores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida e Mar-celo Lima; Editores-chefes: Antonio Carlos Senkovski, Cami-la Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.

Política

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimentosgerais e humanísticos, capa-citação técnica, espírito cria-tivo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsa-bilidade social que contribu-am com seu trabalho para oenriquecimento cultural, so-cial, político e econômico dasociedade”.

Missão do cursode Jornalismo

Povo calado,presa perfeitapara a publicidade

Educação

O paradoxo dareformulação

Henrique Daher BonacinFilho

Dias atrás, saí de casa àssete da noite no Bigorrilho parair de ônibus até a Universida-de Positivo pegar dois livros nabiblioteca. Minha intenção eraser ágil. Cheguei à estação tuboda Praça da Ucrânia. Haviauma fila que a princípio eranormal. Porém, os 10 minutosque levo de manhã para ir parauniversidade de carona setransformaram em uma hora e20 minutos à noite.

Na cidade modelo, cujotransporte público é considera-do exemplar, em que a grandemaioria dos cidadãos está felize reelegeu o atual prefeito, leva-mos uma hora e 20 minutospara andar 8 quilômetros deônibus expresso. Naquele mo-mento, em meio àquela superlo-tação do expresso, lembrei docobrador com quem eu haviaconversado no domingo daque-la semana. Ele disse que “pre-feito como Beto Richa, Curitibanunca mais ia ter”. Mas, o quemais me intrigou, foi que essemesmo homem me contou queos cobradores de Curitiba têm opior salário do Brasil. Logo de-pois, relembrei de outra coisaque havia lido: “Beto Richagasta mais com publicidade doque com saúde”. Também li, naGazeta do Povo, que a médiamensal de homicídios em Curi-

tiba tinha dobrado de 2007 para2008. Prefeito como esse Curiti-ba nunca mais vai ter? Esperoque não.

Depois de uma hora, naque-le ônibus em completo silêncio– comportamento tradicional dofechado povo curitibano - ape-nas com os ruídos de fones deouvidos com o volume no má-ximo, mas isso é outra história,tentei começar um diálogo comuma moça sentada ao meulado. Perguntei se era normalaquela demora, ao que ela merespondeu com silêncio e umatípica expressão “curitiboca”.Então tudo fez sentido. Umpovo que não consegue conver-sar, de nariz empinado, só jul-gando tudo, e não dialogandonada, muito menos refletindocoerentemente, é o prato perfei-to para os publicitários. O pre-feito muito esperto, com todacerteza, percebeu que o povo cu-ritibano só observa e deixa otempo passar, investiu pesadoem publicidade e o povo queanda de ônibus e leva horaspara chegar em casa acha quea administração está ótima.

Fica aqui minha preocupa-ção com um povo em silêncio,manipulado e alienado da reali-dade escancarada; e a minha ad-miração pelos publicitários doBeto Richa que souberam perfei-tamente como manipular umpovo passivo, que empina o na-riz e se recusa a olhar ao seu re-dor.

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Talyssa Chagas Lima

O exame do vestibular agorapassa por reformulações. A pro-posta do Ministério da Educaçãoé que uma nova versão do Enemvire a principal etapa do proces-so seletivo das escolas de nívelsuperior. As universidades fede-rais começam a discutir a unifi-cação de seus vestibulares, e amudança pode alcançar até mes-mo as instituições privadas.

Mas será que é preciso mesmotransformar esse sistema? Estamudança não parece sanar osproblemas da educação no nos-so país. Esta medida, evidente-mente, não traz a resolução doproblema da educação, muitomenos altera o “universo contra-ditório” do ensino brasileiro.

Cotas são fornecidas, vestibu-lares alterados... Mas onde está amelhora significativa no ensinopúblico? O lógico seria mudar oensino lá no início.

Seria mais coerente mudar aeducação desde aqueles livros di-

dáticos que nos mostram a ver-são dos heróis de não sei o quê,dos vencedores, aquele blábláblátodo, sempre contando a históriade um jeito torto, preconceituosoe com a visão dos dominadoresversus dominados, vencedoresversus derrotados. Isso seria ocorreto, mas, como todos sabem,o processo seria lento e muitocomplexo, talvez com-plexo demais para oBrasil.

Essa reformula-ção certamente nãocausa uma refle-xão profunda noensino, pois sóatinge uma pe-quena “fatia”educacional. Asmudanças são umafuga para tentar sa-nar a má educaçãoe sua má distribui-ção no Brasil. En-quanto a base daeducação não fortransformada, o

ensino superior também não terágrandes modificações. O “x” daquestão é o paradoxo da mudan-ça que pretende transformar o en-sino começando pela reta final,esquecendo-se de que a corridaestudantil deveria ser mudadacom uma largada cheia de fôle-go dos pequenos estudantes bra-sileiros.

presa perfeitareformulação

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ERRAMOSA manchete da edição de on-

tem informava que o prazo finalpara a entrega da declaração doImposto de Renda era quarta-feira. Na verdade, a data corre-ta é quinta-feira.

Curitiba, terça-feira , 28 de abril de 2009 3

GeralEnsino público

Antonio SenkovskiMarisa Rodrigues

Na última sexta-feira, os pro-fessores e funcionários das redesestaduais de ensino de todo oBrasil fizeram uma paralisaçãopara reivindicar, entre outrascoisas, melhores salários e con-dições de trabalho. Segundo oSindicato dos Trabalhadores daEducação do Paraná (APP-sin-dicato), cerca de 90% dos traba-lhadores da educação aderiramao dia de greve no Estado. Deacordo com a presidente daAPP-sindicato, Marlei Fernan-des de Carvalho, a adesão nãofoi grande sóno Para-

Professoreslutam paramelhorareducaçãoServidores das redes estaduais de ensinodo Brasil se mobilizam em dia de greve

ná. “Na sexta-feira houve umdia de greve nacional com maisde dois milhões de trabalhado-res participando em todo o Bra-sil”. Em Curitiba, pelo menostrês mil pessoas participaram dacaminhada que teve início noCentro e foi até o Palácio doIguaçu. Lá os representantes fo-ram recebidos por uma audiên-cia com o governo estadual eapresentaram as principais re-clamações dos educadores. Adiscussão em torno do aumen-to salarial foi intensa, mas o quemarcou a reunião foram as re-clamações sobre as condiçõesde trabalho e de infraestrutura

das escolas. É o quec o n -

firma Marlei sobre a pauta dis-cutida.

“No caso dos servidores daeducação, um aspecto que po-deria ser melhorado é o núme-ro de alunos por sala. Às ve-zes, há professores que dão dezaulas em um dia e, se conside-rarmos que as salas de aulatêm em média 40 alunos, são400 alunos diferentes todos osdias. Esse número excessivogera um estresse muito grandenos profissionais”.

A professora de matemáticaMaria Neide admite ser vítimado estresse. Ela também reco-nhece que os alunos sentem ne-cessidade de atividades maismotivadoras, mas que elas nãopodem ser feitas. “A estrutura

dos colégios impede, emgrande parte, a execução detarefas fora das salas habi-

tuais. Não temos nem ins-petores suficientes paradar conta de todos osalunos”.

Além disso, outraquestão tratada na

audiência foi aabrangência doplano de saúde.A atual formade atendimentoaos funcionári-os da educação

por meio do Sistema de Aten-dimento à Saúde do Servidor(SAS) teve diversas reclama-ções.

Maria lembra que a classedos professores sofre constante-mente com doenças funcionais– aquelas que decorrem do tipode profissão exercida. No casodos educadores, o uso excessi-vo da voz, a escrita constante ea exposição direta ao pó do gizpodem ocasionar danos irrever-síveis à saúde. Para a professo-ra, isso mostra a necessidade deum plano de saúde que se ade-que melhor às condições reaisde trabalho dos professores.

“O atendimento hoje é horrí-vel. O SAS até atende você, mas,na hora do tratamento, a gentetem que pagar tudo. A não serque eu pegue licença e me tratepelo SUS”. Sobre a questão daprevenção de doenças nos traba-lhadores da educação – mais umdos pontos discutidos na reu-

nião de sexta –, ainda não háum programa ou ação que pen-se nisso. E quem sofre são ostrabalhadores como a professo-ra Maria. “Tenho um calo nascordas vocais faz tempo e aindanão consegui me tratar. O Esta-do não dá as condições adequa-das de trabalho e também nãotem um plano de saúde adequa-do para tratar os funcionários”.

Em nota, o diretor geral daSecretaria de Estado da Educa-ção, Ricardo Bezerra, informou:“O processo de valorização dosprofessores e funcionários dasescolas estaduais tem sido cons-tante e a política do Governo doEstado é condizente com as rei-vindicações da categoria. Osaumentos diferenciados para osprofessores demonstram o reco-nhecimento da importância dopapel do educador, que levou oParaná a ter o melhor Ideb [Ín-dice de Desenvolvimento daEducação Básica] do Brasil”.

Edianês Vieira/APP-Sindicato

A caminhada reuniu cerca de três mil trabalhadores da educa-ção no Centro de Curitiba

“A estrutura dos colégios impede, emgrande parte, a execução de tarefasfora das salas habituais. Não temosnem inspetores suficientes para darconta de todos os alunos”MARIA NEIDE, PROFESSORA DE MATEMÁTICA DA REDE PÚBLICA

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EspecialSacerdócio

Do seminárioà ordenaçãoOs mitos e as verdades na caminhada para se tornar padre

Silvia Guedes

Sacerdotes são homens mui-to sérios, disciplinados e que nãopodem casar. Certo? Não, nemsempre. Vários padres recém-or-denados são muito jovens e queconvivem com a tecnologia e avida moderna. Quase todos têmcelulares, alguns têm sua páginapessoal no Orkut e sempre estãoantenados nas notícias diárias.O sacerdócio é, por excelência, aprática de um ministro religiosoque pode participar ou dirigir umculto, agindo como um mediadorentre o deus de cada religião e ohomem. Porém, não são todas asreligiões que reconhecem os seuslíderes nessa definição.

Na Igreja Católica, são ho-mens que fazem sacrifícios, rea-lizam celebrações e são a ligação

entre Deus e o homem. Mas parase tornar um padre é preciso, pri-meiramente, vocação, algo expli-cado como uma voz interna queos padres costumam dizer quesentem. Por outro lado, há quemdiga que essa vontade de se de-dicar à vida religiosa somentenão é a vocação por assim dizer.Segundo o padre Joseph Lahit-ton, em seu livro “A vocação sa-certodal”, não existe um semina-rista que já nasça vocacionado.Isso porque a vocação, para o au-tor, é quando o bispo chama o se-minarista no dia do Rito da Or-denação. Então, entende-se porvocação sacerdotal o chamadode Deus à pessoa por meio dobispo, seu representante na Ter-ra. Diferenças à parte, a vocaçãoé fundamental para a ordenaçãodo padre católico.

Há algumas diferenças sutisna formação dos padres. O pon-to de partida é sempre o mesmo,o conhecimento, ou seja, um pa-dre ganhou essa nomeação, poispassou vários anos estudando epraticando a vida religiosa parachegar a este nível. Há três níveisde sacerdócio na Igreja Católica:o diácono, o padre e o bispo.Cada um deles tem suas compe-tências e seus níveis de atuação.

Os diáconos podem ter duasdenominações. Existem os diáco-nos permanentes que são casa-dos. Suas esposas escrevem umaespécie de documento em queaceitam que seus maridos se de-diquem à vida religiosa. Eles sãoreconhecidos nas missas pelasua estola que é colocada natransversal. Para se tornar um di-ácono permanente, são necessá-

rios anos de estudo. Ele é a pes-soa que ajuda o padre no anda-mento do ritual da missa. E a se-gunda forma de diaconato são osseminaristas em formação. Geral-mente, durante o penúltimo anode formação de um seminaristaele é reconhecido como diácono.A diferença está nos votos feitos.Para os futuros padres, os votosde castidade e celibato já estãodefinidos. Os diáconos podemacompanhar casamentos, batiza-dos e crismas.

Os padres são os seminaris-tas já ordenados. Depois de todaa preparação de, em média, 13anos de estudo, são os responsá-veis pelas missas, confissões edemais celebrações. Podem rece-ber títulos de acordo com o tra-balho desenvolvido com a comu-nidade e dedicação à vida religi-osa.

Os bispos são os representan-tes da circunscrição a eles deter-minada. É o grau máximo de au-toridade dentro de uma comuni-dade. É ele que ordena os padrese que cede os outros títulos aospadres e diáconos.

Caminho para o sacerdócioPara que um indivíduo se tor-

ne sacerdote na Igreja Católica eleprecisa ser homem, batizado, tercondições físicas, intelectuais emorais para exercer o sacerdócio.Essas condições intelectuais emorais são absorvidas duranteos anos de estudos no seminário.Em média, os 13 anos de forma-ção do seminarista têm vários es-tágios. Primeiramente, o inte-ressado em seguir no seminárioprecisa passar por um ano deanálise com observação dele pe-rante a vida. Para isso, ele deveprocurar o Serviço de AnimaçãoVocacional da Arquidiocese. De-pois disso, ele ingressa no Semi-nário Menor no nível do Ensino

Médio, os estudos são desenvol-vidos já com um vínculo religio-so.

O próximo passo para a or-denação é o propedêutico, que éa etapa intermediária entre osdois seminários. Nessa fase, a in-trodução à vida de sacerdote éevidenciada e geralmente há omaior nível de desistências. Logoapós o propedêutico, o semina-rista ingressa no Seminário Mai-or, que é a fase do ensino superi-or. Todo padre, obrigatoriamen-te, já cursou filosofia e teologia.No penúltimo ano, alguns semi-naristas já são ordenados diáco-nos e podem fazer algumas cele-brações nas paróquias onde rea-lizam o trabalho conjunto.

Assim que se formam no cur-so de teologia, os seminaristassão ordenados. Uma longa mis-sa com participação da comuni-dade é feita. São em média duashoras de cerimônia. E depois dis-so, o bispo direciona os padrespara atuar em determinada paró-quia.

A vida no seminário não é fá-cil. Os seminaristas têm acesso atodas as características do mun-do moderno, afinal eles estão in-seridos num meio acadêmico. In-ternet, televisão, jornais e celula-res também fazem parte das suasrotinas.

No Seminário Rainha dosApóstolos, no bairro Seminário,em Curitiba, cada quarto dos se-minaristas tem um computadorcom acesso à Internet disponível24 horas. Na rotina deles, conver-sas na Internet e Orkut, por exem-plo, também estão presentes. Opadre reitor André Biernaski con-ta que antes o acesso a sites eracontrolado e só havia algunscomputadores, porém, hoje nãohá como ficar alheio à conexãocom o mundo. Porém, há um li-mite.

Padre André e mais dois sacerdotes rezam as missas todos os dias

Arquivo do Seminário

Divulgação

ordenação

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EspecialSacerdócio

Aliás, são muitos os limitesdisciplinadores que os aspiran-tes ao sacerdócio têm no seminá-rio. “Aqui nós acordamos às 5h30e já temos a primeira missa às 6horas”, diz o padre André. Às10h, os seminaristas devem estarno seminário, e os que por acasonão estiverem precisam avisar oreitor. É uma forma de eles teremcontrole e se precaverem de algoque lhes possa acontecer enquan-to estão fora.

A maioria dos seminaristasprecisa de apoio psicológico. Al-guns fazem psicanálise e outros,terapias. É difícil para eles con-viver com as tentações de fora doseminário; às vezes, a dificulda-de de convívio com os outrostambém atrapalha. Cada um temuma dificuldade que é trabalha-da dentro do próprio local. Pro-fissionais destas áreas fazem umtrabalho para ajudar a manter oequilíbrio mental deles.

Algumas vezes, alguns semi-naristas são convidados a ficarum tempo afastados do aprendi-zado ali dado. Uma conduta ina-dequada ou até mesmo uma nãoadaptação a determinada normasão motivos para que o reitorpeça para que eles pensem me-lhor se realmente querem seguir

o sacerdócio. Durante esse tem-po, há ainda um acompanha-mento do próprio reitor em rela-ção ao caso do suspenso. Sãoreuniões para ver a evolução forado seminário, até que ele seja per-mitido de retornar às atividades.

Os seminários são mantidoscom verbas vindas da arquidio-cese responsável, da comunida-de e de doações vindas dos fami-liares dos que ali estão. Além dis-so, a manutenção da infraestru-tura é feita pelos próprios resi-dentes. Eles fazem trabalhos deelétrica, pintura e jardinagem,por exemplo. Os únicos profissi-onais de fora são os psicólogos eterapeutas.

MudançasMuitas mudanças acontece-

ram na forma de ingresso nos se-minários no último século e atéabril deste ano mais algumas en-trarão em vigor. Uma nova carti-lha de formação de padres seráelaborada e publicada até o finaldeste mês pela Conferência Na-cional dos Bispos no Brasil(CNBB) , mas as alterações sãoevidentes para padres mais anti-gos.

Quando o padre André Bier-naski entrou para o seminário, ele

tinha apenas 12 anos. A forma-ção era diferente. Desde o come-ço, a vontade de se tornar sacer-dote era colocada à prova. Hojeele diz que foram três as maioresdificuldades. “Primeiro eu tiveque lutar para me sociabilizar.Não tinha amigos porque acha-va que todos se afastariam demim por querer ser padre. A se-gunda dificuldade foi a questãosexual; era difícil resistir às ten-tações. E a terceira foi aceitar queeu realmente era chamado paraser padre”, relata o cônego. Eletem cerca de 15 padres na famí-lia, inclusive o irmão, monsenhorRafael Biernaski, que hoje traba-lha no Vaticano. Além disso, 40mulheres da sua família são frei-ras.

Emmanuel Portela Cardozo éseminarista onde o padre Andréé reitor, no Seminário Rainhados Apóstolos. Em 2002, entrouno primeiro seminário onde cur-sou o ensino médio. E hoje, com21 anos, está no segundo ano docurso de teologia. Ele faz traba-lhos pastorais em Campo Largo,onde morava, e também na ceri-mônia da Catedral de Curitiba.Com 13 anos, assumiu a ideia deque queria ser padre. Ele contaque desde cedo brincava de re-

zar missa com seus amigos. Suamãe aprovou a ideia de ele setornar padre logo no início, poisa família sempre foi muito liga-da à religião.

Não foi fácil continuar nosestudos para se tornar um padre.Com 14 anos, Emmanuel saiu doseminário. Ele não tinha certezado que queria. Neste ano, refletiusobre a sua vocação e não sosse-gou enquanto não retornou àsatividades religiosas. O semina-rista conta que muitos desistem.Na turma em que ele ingressounos estudos religiosos, entraram22 rapazes. Todos desistiram, ex-ceto ele.

Para o futuro sacerdote ain-da há muitos mitos na vida deum padre. “Hoje a função prin-cipal sacerdotal não é mais seisolar do mundo como antiga-mente, hoje nós buscamos ummaior contato com todos”. Paraesse contato com o mundo exter-no, eles leem de tudo. São livrose mais livros, quatro tipos de jor-nais diferentes e por aí vai. Alémdisso, o contato que eles mantêm

com os amigos de fora é essenci-al para que não se sintam isola-dos. “É uma vida enriquecedora,mas de muita renúncia”, conta. Emanter a compostura é muito di-fícil. “Costumamos dizer que se-minaristas sempre estão em cri-se vocacional”, relata. Algumasvezes eles se sentem abandona-dos e não sabem ao certo se vãoconseguir chegar até a ordena-ção.

A convivência é difícil dentrodo seminário. São vários homens,cada um com suas particularida-des e preferências e de diferentesidades. Há seminaristas de 21 a40 anos, todos eles com o mesmoobjetivo.

Ainda há pouco tempo, quan-do Emmanuel já estudava teolo-gia, chegou a decidir que iria em-bora. Não estudaria mais. Quan-do é tomada essa decisão, o se-minarista deve escrever uma car-ta se despedindo dos outroscompanheiros e explicando seusmotivos. Mas esse foi um senti-mento passageiro; logo depois deconcluir a escrita, ele a apagou.

Arquivo do Seminário

Sacerdotes convidados participam do cotidiano do seminário

Sacerdotes ou líderes religiosos?

Em outras religiões, os líderes não são semprereconhecidos como sacerdotes. Os sacerdotes orto-doxos, por exemplo, podem optar pelo celibato oupelo matrimônio. Para os evangélicos não existemsacerdotes, eles rejeitam a ideia de uma hierarquiade posturas sacerdotais. Para eles, todos os evan-gélicos formam um reino de sacerdotes que oramuns pelos outros. Na religião evangélica só há umsacerdote, que é Jesus Cristo.

Divulgação

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ColunasTelevisão

Willian Bressan

Dezoito de setembro de1950. Com toda a pompa neces-sária dos anos dourados – in-clusive com a presença de fra-de e cantor mexicano - entra noar a PRF3- TV Tupi de São Pau-lo, marcando a chegada da te-levisão ao nosso país. Compouquíssimos telespectadores –o aparelho era caro – e umaprogramação baseada na criati-vidade e na boa vontade deseus idealizadores, a TV aindaatinge apenas uma pequenaparcela da população.

Cinquenta e oito anos sepassaram. Desde então, muitacoisa mudou. Hoje, todos têmpelo menos um aparelho emcasa e a televisão brasileira nãosignifica mais amadorismo edespreparo técnico, mas é reco-nhecida internacionalmente porsua qualidade e alto aparatotecnológico. Nessa caixinha desurpresas, surgida no país dofutebol, para disputar a atençãocom os fãs de uma boa pelada,destacam-se principalmente astelenovelas, que fazem parte doimaginário do público.

Quem não se lembra oununca ouviu falar das famosas“Direito de Nascer”, “EscravaIsaura”, “Vale Tudo”, “Mulhe-res de Areia”, “A Próxima Víti-ma” e até “O Clone”? E o quedizer das tão amadas e odiadasvilãs como Maria de Fátima eRaquel (ambas interpretadaspor Glória Pires), Laura (Vivian-ne Pasmanter) e Branca (Susa-na Vieira) em “Por amor” e ain-

da a também Laura só que in-terpretada por Cláudia Abreuem “Celebridade”?

São tantas histórias que vi-vem até hoje e atrizes que sãolembradas por estes papéismarcantes. De ficção vive essefantástico mundo do entreteni-mento tupiniquim, que serátema desta coluna.

De uns tempos para cá, pra-ticamente todas as emissoraspassaram a investir em teledra-maturgia, oferecendo um cardá-pio recheado ao telespectador.Há desde as tradicionais feitasna Globo como as alternativasque estão no ar no SBT, até asda Band e da Record, sem men-cionar as importadas.

É bom saber que vida de te-lespectador não é nada fácil.Nós rimos, choramos, nos des-cabelamos, esperamos ansiosospelas novidades – seja pelo pró-ximo capítulo, pelo novo episó-dio, ou por um novo programa.E o pior de tudo é que gostamosdisso. Gostamos de ter um en-contro diário ou semanal comaquele “mundinho” que nos éde direito. É bom fugir para láde vez em quando, se refugiar,e se desligar da realidade. Paraquem gosta da TV brasileira, aminha coluna é a opção certa,para os que preferem seriadosamericanos aí é com a Camila.Haverá temas para todos osgostos. Quero desejar uma boaviagem a todos por este fantás-tico mundo do entretenimentoonde tudo pode acontecer.Apertem os cintos. E sejam mui-to bem-vindos.

Uma caixinha desurpresas no paísdo futebol

caixinha desurpresas

Literatura

Eli Antonelli

Leitores assíduos de best-se-llers do momento como “Mar-ley e eu” e “O caçador de pi-pas” tendem a desenvolver asíndrome de aversão às obrasclássicas. Alegam que os clássi-cos são indigestos. Texto rebus-cado, com verbetes “desatuali-zados”, leitura complicada e ar-caica. Dizem que há exageronas descrições de locais e de ob-jetos, escritos antes da alta tec-nologia da imagem; os escrito-res esmiuçavam as descrições,tornando o texto enfadonho -fatores que caracterizavam o es-tilo da época, normas estéticasdiferentes da atualidade.

Esses leitores dizem que nosclássicos há ainda uma intro-missão excessiva no fluxo psi-cológico com consequente aces-so aos sentimentos e reaçõesdos personagens.

Certamente, os leitores quesofrem da síndrome nunca le-ram Ernest Hemingway. O es-critor americano foi um dosmaiores do século XX. Autor de16 obras importantes, ele mar-cou a história literária com

“Morte ao Entardecer”,“Por que os sinos do-bram”, “Adeus às Ar-mas” e “O sol também selevanta”.

Hemingway teve umavida bastante atribulada:suicídio do pai, divórcio,a 1ª Guerra Mundial e, aexemplo do pai, acabouse suicidando em 1961.Alguns críticos defen-dem que uma vida trági-ca contribui para a cria-ção de grandes obras. Di-fícil analisar; porém, épossível identificar nasobras de Hemingwaymuitos situações vividaspor ele. Sua obra, no en-tanto, permanece imortal.

Uma indicação aosque sofrem da síndrome de aver-são aos clássicos é a leitura de“Adeus às armas”, publicado em1929. Trata-se de um romanceentre uma enfermeira e um mo-torista de ambulância durante a1ª Guerra Mundial. Eles buscamum lugar onde será possível oamor sobreviver à presença cons-tante da destruição e morte.

A dinâmica da narração éuma marca do escritor. Em“Adeus às armas” ela se dápor diversos fatores, como ainexistência de descrições psi-cológicas. É como uma obraaberta, onde o leitor pode ana-lisar o que se passa na mentedos personagens acompa-nhando os fatos e diálogos.Semelhante a um filme, tama-nha perfeição da movimenta-ção dos acontecimentos. He-mingway é direto nas descri-ções das cenas, não faz voltasem cima dos fatos. Não há his-tórias paralelas, e o texto é es-crito em primeira pessoa comfoco em um único personagem.

Best-sellersda moda versusclássicos

Outro fator que é enri-quecedor nas obras clássicasé o contexto histórico. Ir embusca do momento históricoem que a obra foi produzida,faz com que o leitor entrenuma máquina do tempo. Elepode sentir como o escritorviveu os acontecimentos asua volta. E isso é possívelem “Adeus às Armas”. He-mingway viveu a 1ª GuerraMundial, foi ferido em com-bate e acabou se apaixonan-do por uma enfermeira. Mas,diferente do livro, seu amornão foi correspondido. Em“Adeus às Armas”, os perso-nagens vivem um amor ple-no que nos faz desejar prote-gê-los e guiá-los a um lugarseguro. A obra prende e nosfaz sonhar e repensar nossosconceitos de vida. “Adeus àsArmas” é tão intenso que écapaz de seduzir até mesmoos leitores fascinados unica-mente por best-sellers damoda.

Curitiba, terça-feira , 28 de abril de 2009 7

CulturaTeatro infantil

Cultura popularinvade o palco“Maria de uma Rima Só” mostra uma infância umpouco esquecida

Silvia Guedes e PriscilaPaganotto

Amarelinha, pega-pega, es-conde-esconde, cantigas e len-das. Cenas de uma infância an-tiga retratada numa peça infan-til diferente. “Maria de uma rimasó” é um espetáculo que apre-senta brincadeiras clássicas, na-vega pela cultura popular e seabre para as mais diversas inter-pretações do público.

O monólogo, encenado pelaatriz Herica Veryano, não temaquele tão falado engajamento do“politicamente correto” de peçasinfantis com lições moralizantes.“Pensar no teatro infantil é pen-sar na possibilidade de fazer umteatro bonito. Sem essa pressãoque a gente tem atualmente de fa-zer um teatro sobre reciclagem ousobre sexualidade, que acabamficando no senso comum de: re-ciclagem é separar o lixo e meioambiente é só reciclagem. A mi-nha ideia é fazer um teatro boni-to. Um teatro que as crianças pos-sam ver, sentir e refletir depois so-bre algumas questões”, explicaHerica, pois, para a atriz, o meioambiente é muito mais do que re-ciclar. “Meio ambiente é você cui-dar do seu corpo, é cuidar da suamente, e resumiram tudo na reci-clagem”, acrescenta. Mesmo as-sim, temas como a esperança e asuperação são levados ao palco.A peça tem várias histórias queremetem a lendas e brincadeirasinfantis antigas. O nome do espe-táculo “Maria de uma rima só”nasceu da ideia de juntar todasessas tradições e também da brin-cadeira das Cinco Marias. É im-portante levar arte para as crian-ças. O espetáculo permite queelas saiam querendo brincar comas coisas que a atriz faz em cena,como se vestir de rainha, com asroupas da mãe.

A história é de uma meninaque tem mais quatro irmãs e to-das se chamam Marias. Porém,só ela não tem um nome com-posto. Ela é só Maria, como quese fosse sozinha, sem ninguém,sem rima. E todas essas irmãstêm que carregar malas com ossentimentos humanos. E Maria,a protagonista, tem que carre-gar a mala dos sonhos do mun-do inteiro. E conta as tradicio-nais lendas como se fossem ossonhos que carrega na mala.

Para Herica, o que mais in-fluenciou a história da peça foisua infância e das brincadeirasque fazia quando era pequena:histórias que ouvia de sua avóe de outros contadores. “O adul-to que vai ver o espetáculo vaifalar: ‘Nossa!, eu brincava dis-so, eu escutei essa história, eucantava essa música. A criançaque não conhece, que não temesse repertório, vai ouvir, vai ar-mazenar aquilo e vai sair pen-sando”, afirma Herica, e acres-centa que “isso se torna a mai-or reflexão que uma criançapode fazer”.

O estudante de teatro LucasWilson Nunes Vieira, de 11anos, elogia a atriz, pois ummonólogo infantil é muito difí-cil se fazer e diz: “Ela estava so-zinha aqui, ela interage com opúblico e eu achei muito bom.Um trabalho sem palavras”.

A peça é apresentada aossábados e domingos, às17h30, no teatro da GaleriaPinheiro Lima, na PraçaTiradentes até o dia 31 demaio. Os ingressos custamR$20 e a cada duas criançaspagantes, um adulto nãopaga.

Serviço

palco A busca começou

Televisão

começouEstão abertas as audições para a segunda temporada do programa “Ídolos”

André Rosas

No último sábado o circo foiarmado no Centro de Conven-ções do Parque Barigui. Segun-do a assessoria de imprensa daRede Record, 3 mil pessoas com-pareceram ao local para a ma-ratona de audições para a sele-ção do programa “Ídolos”, quetem estreia prevista para agos-to. Serão 5 dias ao todo. Esteano além da capital paranaen-se, Fortaleza e Belo Horizontetambém entram na lista das ci-dades que receberão a produçãodo programa para avaliar o per-fil dos candidatos, além de Riode Janeiro e São Paulo.

Para Rodrigo Faro, apresen-tador da atração, o importante émostrar a trajetória do novoídolo do Brasil, desde a fila dasaudições regionais até o dia dafinal. “Esse é a importância doprograma, acompanhar os mo-mentos do novo ídolo. Eu pro-curo ser apenas um veículo que

leva a informação dos juradosaté o telespectador”, contouRodrigo, que distribuiu simpa-tias para os fãs que estavampresentes.

Rodrigo iniciou sua carrei-ra no grupo Dominó e mais tar-de entrou pro ramo das nove-las. Quando questionado sobreessa mudança realizada no úl-timo ano, ele nãohesita emr e s p o n -d e r :“ S e mdúvidanenhu-ma foi am e l h o rescolha daminha vida, prin-cipalmente porque eu amo apre-sentar e tenho paixão pela mú-sica. Eu tenho uma rotina cor-rida, afinal gravo dois progra-mas (“Ídolos” e “Melhor doBrasil”) e mais um quadro pa-ralelo. Acordo cansado mas

com disposição para trabalhar,acho só faltava uma novelapara me quebrar”, brinca.

Como não poderia faltar,teve gente que madrugou na filapara conseguir um bom lugar,como é o caso de Adriano Del-gado de Lima e Josnei DamonWolfart, ambos de 21 anos. Osamigos foram acompanhados

pela amiga Nichelli, 17anos, e chegaram

ao parque porvolta das20h40 de sex-ta-feira. “É asegunda vez

que participo.Vale tudo, o pes-

soal está me apoi-ando e sei que posso ir

bem mais a frente”, contaAdriano. O cansaço poderiaser grande, mas o visual esta-va em cima: “Estou pronto, éminha primeira vez e podemesperar porque eu vou ga-nhar!” avisa Josnei.

Cerca de 3 mil pessoas compareceram ao Centro de Conven-ções do Parque Barigui para a audição do “Ídolos”

André Rosas/ LONA

Curitiba, terça-feira, 28 de abril de 20098

EnsaioNoivas curitibanas

Para todos os gostosPara todos

Texto e Fotos: Gustavo Alberge

Além de apresentar empresas especializadas em produção decasamentos, festas de 15 anos, books e formaturas, o evento Noi-vas Curitibanas, realizado entre os dias 23 e 26 de abril no ExpoUnimed Curitiba, encerrou a feira com desfiles dos estilistas ÉderFernandes, Edson Eddel e Ronaldo Ésper, que apresentou sua co-leção 2009.

Ésper, diferente dos outros estilistas, subiu na passarela nomomento do seu desfile e explicou detalhadamente cada vestido.Todas as modelos que participaram do evento de do estilista eramcuritibanas.

Ao final, o desfile contou com a participação da atriz, tambémcuritibana, Dig Dutra. Ela interpreta o personagem Maria da Aba-dia, no programa Zorra Total da Rede Globo. O vestido que Digusou é do estilista Julyo Cesar, um dos apoiadores do evento.