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londrina · março 2012 · ano xiii · n°152

londrina · março 2012 · ano xiii · n°152saovicentedepaulolondrina.com.br/.../2012/PSVP_VidaEmAcao_152_WEB.pdf · VIDA EM AÇÃO N°152 4 FORMAÇÃO “Fraternidade e Saúde:

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VIDA EM AÇÃO N°1522

A espiritualidade quaresmal se caracteriza por ser um tempo de oração, caridade e penitencia. A oração nos aproxima de Deus e nos torna mais fortes para a vida. A caridade é ser a presença de Deus na vida daqueles que mais necessitam. O jejum leva a pessoa a um aprender a dominar seus próprios impulsos e ser dono de si mesmo. O retiro espiritual tem o seu inicio na quarta-feira de cinzas. As cinzas lembram o ser humano que ele veio do pó e a ele retornará. Por este motivo não adianta se entregar ao orgulho e as vaidades mais sim a

humildade. Receber as cinzas não é um ato mágico que tira este ou aquele problema ou cura esta ou aquela doença mais sim um gesto que é feito por pessoas que estão ou já são conscientes e por isso procuram uma forma de externalizar aquele desejo de viver bem o tempo da quaresma.

A Quaresma é um tempo de graça e deve ser celebrado da melhor forma possível. Para nos ajudar a rezar melhor a Conferencia dos Bispos dos Brasil nos oferece cada ano um tema de relevância social que merece a atenção de todos e de forma especial de nós cristãos. É uma proposta para que possamos viver esse retiro espiritual de forma concreta o iluminado com um tema atual e vivenciando a partir dos valores do Evangelho.

Com o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, a Campanha da Fraternidade 2012, lançada nesta quarta-feira de cinzas na Conferência Nacional de Bispos do Brasil (cnbb), tem o objetivo de propor a reflexão sobre a realidade da saúde do Brasil. O objetivo geral dessa campanha será Promover ampla discussão sobre a realidade da saúde no Brasil e das políticas públicas da área, para contribuir na qualificação, no fortalecimento e na consolidação do sus, em vista da melhoria da qualidade dos serviços, do acesso e da vida da população.

A Igreja sempre lutou por uma sociedade fraterna, enfrentou dificuldades e conflitos daí surgiram, mais a sua voz profética nunca se calou pois a sua missão é anunciar o direito a vida e denunciar o pecado que é tudo o que coloca essa vida em perigo ou tira a sua dignidade. A Igreja enriquece a saúde pública com os valores do Evangelho mostrando que na justiça, no direito e no amor está o caminho para a harmonia e o bem estar social, proposta primeira do Criador.

O itinerário espiritual desta quaresma, para o nosso retiro espiritual com toda a Igreja, busca nos levar a solidarizar-se com tantos irmãos enfermos no seu calvário. No deserto de nossa vida de cristãos animados pela esperança em dias melhores onde cada um produzindo frutos de justiça e amor vive essa solidariedade com aqueles irmãos que voltam a casa do Pai e deixam de atirar pedras pois experimentaram a verdadeira conversão proposta para esse tempo quaresmal.

VOZ D

O PA

STOR

INFO

RMAÇ

ÕES

pe. joel ribeiro medeiros

EXPEDIENTE

(43) 33390252 | [email protected]

diretorPe. Joel Ribeiro Medeiros

jornalista resp.: Carolina Thomazequipe pastoral da comunicação

diagramação

Somma Studiowww.sommastudio.com (41) 33925120 | (43) 99757836

impressão: midiograf · tiragem: 1.500

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ESPIRITUALIDADE QUARESMAL E CAMPANHA

DA FRATERNIDADE

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MARÇO | 20123

Neste ano (2012) a Campanha da Fraternidade é sobre saúde pública. Temos sacramentos da cura: Eucaristia, Confissão e Unção dos Enfermos. Desde sempre Deus cuidou de nossas feridas. Se grande é a ferida, maior é a medicina de Deus. Jesus demonstrou especial atenção e carinho com os doentes.

A doença é uma experiência muito forte, porque nos aproxima da morte, revela nossa fragilidade e por outro lado é um caminho, uma experiência de conhecimento de si, de descobertas, de amadurecimento. Todo sofrimento é chance de humanização, de conversão, de santificação. A doença fala no fundo do coração. Quantas pessoas se reabilitaram, mudaram de vida, tornaram-se mais humanas e melhores, graças à doença.

A vida comprova que a experiência da doença pode provir do nosso descuido pessoal, dos problemas e negligências sociais, do estilo de vida que levamos e da providência Divina que nos visita em nossa doença. Nossas feridas tornam-se santuários do encontro com Deus e escola de compaixão com os irmãos. O grito dos doentes ecoa por toda a Terra protestando contra a fome, a falta de políticas públicas, a omissão das autoridades, as desigualdades sociais como causas das doenças.

Crescemos muito nas conquistas tecnológicas em favor da saúde. Precisamos crescer mais na humanização, no afeto, no carinho com os doentes. Há uma farta literatura e infindáveis testemunhos que comprovam a força da fé na cura das pessoas.

Afeto e espiritualidade são remédios muito eficazes. Costumo dizer aos doentes que a melhor junta médica

EM D

ESTA

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dom orlando brandes

ZELO E AMOR PELOSDOENTES

compõe-se de três elementos: 'a competência do médico, a positividade do paciente e a fé em Deus'. Esta junta médica derrota as doenças e cura o corpo, o coração, o espírito.

Humanização da medicina diz respeito ao relacionamento médico-paciente, ao atendimento hospitalar, ao clima humano no hospital por parte dos funcionários, visitantes e familiares. Jesus mesmo se identifica com os doentes (Mt 25,36). A visitação aos hospitais e o atendimento religioso, além de ser um direito do paciente, é uma oportunidade ímpar de colaboração e ajuda na recuperação dos nossos doentes.

Nosso zelo e amor pelo doente se expressam no interesse e participação pelas melhoras no campo da saúde, tanto em relação aos direitos dos médicos, como dos pacientes. Não pode o povo esperar seis a oito meses por uma cirurgia que em si seria de urgência. Os postos de saúde e outras instituições afins têm a obrigação de respeitar os direitos humanos e os direitos do paciente.

Nosso País, nossos políticos, nossas autoridades não investem na saúde como exige nossa realidade. Nos discursos em tempo de eleição, a saúde se torna um argumento eleitoreiro. Após as eleições, todos silenciam e as coisas, não raras vezes, pioram. A vida (e, portanto, a saúde) é um bem primário e fundamental. Se no âmbito da saúde fossem observados os Dez Mandamentos da lei de Deus, a cultura da vida e a prioridade da saúde teriam voz e vez.

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VIDA EM AÇÃO N°1524

FORM

AÇÃO

“Fraternidade e Saúde: Que a saúde se difunda sobre a Terra”, esses são o tema e lema da Campanha da Fraternidade de 2012. No dia 15 de fevereiro, durante a coletiva de imprensa, o arcebispo da Arquidiocese de Londrina, Dom Orlando Brandes, declarou que “a saúde não está bem, ela teve progressos, melhorias, a própria Igreja tem colaborado, talvez até mais que os governos”, (Folha de Londrina – 16/02/2012).

Com o objetivo de esclarecer alguns pontos a respeito da saúde pública de Londrina, o Jornal Vida em Ação entrevistou dois profissionais que convivem com essa realidade, a enfermeira da Secretaria da Saúde, doutoranda em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina de Botucatu/unesp, Renata Cristina Silva Baldo e o Presidente da Associação Médica de Londrina, médico ginecologista e obstetra, Antonio Caetano de Paula.

A criação do sus – Sistema Único de Saúde (Lei nº. 8080/1990) – foi um importante feito para os brasileiros. Sua principal característica é a universalidade: cuidar e promover a saúde de toda a população. “Antes da criação do sus, a saúde não era considerada um direito social. O modelo de saúde adotado até então dividia os brasileiros em três categorias: os que podiam pagar por serviços de saúde privados; os que tinham direito à saúde pública por serem segurados pela previdência social (trabalhadores com carteira assinada); e os que não possuíam direito algum”, esclareceu e enfermeira da Secretaria da Saúde de Londrina. Na visão do Presidente da Associação Médica de Londrina, a universalidade do sistema, sem qualquer tipo de privilégio, é o ponto mais positivo do sus.

Os londrinenses têm acesso a serviços como a Estratégia Saúde da Família (esf), ao Núcleo de Apoio à Saúde da Família (nasf) - conta com equipe multiprofissional de apoio às ações executadas pela esf, por exemplo, educadores físicos, nutricionistas e fisioterapeutas - ao Programa de Combate ao Tabagismo - oferece apoio aos fumantes que desejam parar de fumar e também dispensam medicamentos, adesivos e gomas, recomendados pelo Ministério da Saúde - aos programas de prevenção de câncer de colo uterino e de mama, Programa de Hipertensão Arterial de Diabetes que distribui aproximadamente 6.600 frascos de insulina/mês. “Além de muitos outros, porém, o principal ponto positivo é trabalhar com o acolhimento e classificação de risco nas ubss e Pronto Atendimentos o que garante atendimento de acordo com a necessidade do usuário”, diz Renata. Segundo o último relatório de Gestão/sms 2010, foram realizadas 298.004 consultas (Urgência e Emergência) nas ubss – Unidades Básicas de Saúde - já o pam e pai juntos totalizaram 188.235 consultas.

Apesar de termos acesso a benefícios e a atendimentos, ainda enfrentamos dificuldades relacionadas à saúde. De acordo com doutor Antonio Caetano, a saúde pública precisa ser aprimorada porque se encontra doente e as causas são muitas. Ele cita a necessidade de melhorar o atendimento, que em sua opinião, deve ser mais humano, fraterno e respeitoso. Além disso, o médico diz que a saúde terá mais qualidade quando melhorar a prevenção às doenças porque assim se alcança resultados positivos na manutenção da saúde. Para tanto, ele considera que há necessidade de maior contingente de pessoal preparado, atualizado e motivado. “O atendimento cirúrgico

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MARÇO | 20125

FORM

AÇÃO

carolina thomaz de aquino

extremamente demorado, a baixa remuneração oferecida aos profissionais de saúde, as longas filas decorrentes de falta de planejamento à atenção básica, os constantes anúncios de desvio de verba, a ação mais reativa que preventiva” são outros problemas existentes, que em sua visão, é decorrente da falta de gestão em que se mostra mais quantidade que qualidade.

Em contrapartida, a enfermeira da Secretaria da Saúde, Renata Baldo, declara que existe um crescimento positivo e qualitativo para os londrinenses. Segundo ela, até a década de 1980, a cidade contava com menos de dez postos de saúde, atualmente são 52 ubss (39 zona urbana, 13 zona rural) além de cinco Pronto Atendimentos, Maternidade Municipal, samu, siate. Vale ressaltar que existem muitos profissionais da área da saúde pública comprometidos e responsáveis com seu trabalho.

A enfermeira não nega a existência dos problemas, como, por exemplo, o tempo de espera para algumas especialidades (atendimento secundário) “que ainda não são reguladas pela Diretoria de Auditoria, Controle e Avaliação (daca), principalmente nas áreas de neurologia, dermatologia, reumatologia e ortopedia, nas quais o tempo de espera pode chegar a um ano”. Há também o aumento da demanda, “hoje se atendem muitos usuários que no passado tinham plano de saúde privado e esse é um dos diferenciais do sus, ou seja, ele é universal”, observa Renata.

O que pode ser feito para melhorar a saúde pública? Segundo Renata Baldo, as principais ações concretas de 2011 são a municipalização de alguns serviços que eram terceirizados e a realização de concurso público para diversas áreas. Ela destaca também a construção de novas ubss e das upas (Unidades de

Pronto Atendimento).Para o médico Antonio Caetano de Paula, a população deve

cobrar melhoria do sistema, denunciar falhas e exigir serviço com qualidade. “É necessário que se faça um plano de gestão e o coloquemos em prática, com todos envolvidos e todos sentindo-se responsáveis no mesmo nível, exigindo que o governo faça sua parte, mas fazendo a parte que nos compete como usuários ou como trabalhadores da saúde”.

Ambos afirmam que a Campanha da Fraternidade é de grande relevância.

“Não se pode tratar de espírito em um corpo ruim, necessitamos manter a saúde do corpo para que a alma possa florescer em toda sua grandeza”, presidente da Associação Médica de Londrina, médico ginecologista e obstetra, Antonio Caetano de Paula.

“É papel da Igreja abrir uma discussão acerca de como melhorar as condições de vida da população. Ao mesmo tempo em que se pretende discutir a gestão do sistema de saúde, quando se fala em diminuir fila de espera, aumentar número de profissionais, resolubilidade dos atendimentos, entre outros. Deve-se também, abrir espaço nas comunidades para apresentação de medidas de promoção e prevenção de doenças como redução de acidentes de trânsito, alimentação saudável, diagnóstico precoce de cânceres (mama, colo de útero, próstata...). Para que realmente a saúde se difunda sobre a terra”, enfermeira da Secretaria da Saúde, doutoranda em Saúde Coletiva pela Faculdade de Medicina de Botucatu/unesp, Renata Cristina Silva Baldo.

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VIDA EM AÇÃO N°1526

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lucilene reis

Rua Guadalajara, 296 Tel: 3321-2823

É seguindo os passos de Jesus Cristo que a Pastoral da Saúde descobre o seu lugar e importância na sociedade. A vida é o dom mais precioso com que Deus agraciou o ser humano. Proteger a vida é uma missão sagrada de todos. A Pastoral da Saúde, de acordo com as diretrizes da cnbb, é a ação evangelizadora de todo o povo de Deus, comprometido a defender, promover, preservar, cuidar e celebrar a vida, tornando presente na sociedade de hoje a missão libertadora de Cristo no mundo da saúde.

E a Campanha da Fraternidade vem justamente falar sobre a Pastoral da Saúde com o objetivo de despertar a solidariedade dos fiéis e da sociedade em relação a este problema concreto que envolve a sociedade, buscando caminhos de solução. As coordenadoras da Pastoral da Saúde da nossa Paróquia São Vicente de Paulo, Iracema Estevão e Maria Alice, nos explicam qual objetivo do seu trabalho em nossa comunidade.

A missão da Pastoral é levar Deus aos irmãos através de visitas domiciliares e hospitalares viabilizando uma assistência espiritual e solidária. As visitas domiciliares são realizadas por membros da pastoral, onde se dá apoio humano e fraterno aos doentes e seus familiares. A razão da Pastoral da Saúde está no fato de que ela existe “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10). É sua missão evangelizar com renovador ardor o mundo da saúde, à luz da opção preferencial pelos pobres e enfermos, participando da construção de uma sociedade justa e solidária a serviço da vida.

Iracema afirma que o intuito é renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica, tendo em vista uma sociedade justa e solidária, a exemplo do Bom Samaritano. Os objetivos da Pastoral são vários: ajudar toda população a desfrutar de uma vida saudável, como, também, gerar o espírito fraterno e comunitário das pessoas para com os enfermos. “Precisamos mobilizar a sociedade para melhorar o sistema público de saúde, conhecemos nossos direitos, e se as autoridades tiverem vontade, com certeza a saúde caminha. O trabalho da pastoral é lindo, fazemos visitas diárias ou semanalmente aos doentes necessitados, levamos remédios, agendamos consultas, encaminhamos para hospitais, levamos a santa eucaristia, dedicamos a eles, amor e a palavra de Deus, pois é isso que Deus quer de nós. ‘Estive doente e me visitaste’ (Mt 25,35). Também suprimos as necessidades pessoais, assim como fraldas e materiais de higiene, entre outros.” Disse.

Elas explicam que a Pastoral da Saúde atua em três dimensões que a configuram como uma pastoral. Sua abrangência chega a setores importantes da sociedade que têm um papel decisivo na política de saúde da nação. As dimensões são:

• Dimensão solidária: vivência e presença samaritana junto aos doentes e sofredores nas instituições de saúde, na família e na comunidade. Ela visa atender a pessoa integralmente nas dimensões física, psíquica, social e espiritual.

• Dimensão comunitária: visa a promoção e educação para a saúde. Relaciona-se com a saúde pública, atuando na prevenção das doenças. Procura valorizar o conhecimento, sabedoria e religiosidade popular em relação à saúde.

• Dimensão político-institucional: atua junto aos Órgãos e Instituições Públicas e Privadas que prestam serviço e formam profissionais na área da saúde. Zela para que haja reflexão bioética, formação ética e uma política de saúde sadia, para que os seus agentes sejam articuladores e fiscalizadores das decisões no setor saúde, participando ativamente dos Conselhos de Saúde.

Importante saber que o dia 1º de abril, haverá a Coleta Nacional da Solidariedade nas paróquias do Brasil e todo dinheiro arrecadado será revertido para a Pastoral da Saúde.

Por fim, elas concluem: “nossa missão não é fácil, mas temos a força interior que impera em todos os nossos corações: o amor. É ele que nos renova e nos impulsiona cada vez mais a trabalhar pelo Reino de Deus. Temos certeza de que estamos promovendo o bem de todos os filhos de Deus e, ainda, estamos cientes de que tudo isto é um desafio, mas, acima de tudo, uma compensação de nascer e ter vivido e não apenas existido.”

A Pastoral da Saúde•

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MARÇO | 20127

110 jovens e Adolescentes participaram do Encontro “Eis-me

aqui” do Grupo Sedecias nos dias 10, 11 e 12 de Fevereiro na Casa

de Encontro Emaús.

No ultimo dia 26, na Capela Mãe da Divina Providência aconteceu um saboroso almoço em prol da construção da Capela, prato principal: leitoa à paraguaia.

Três irmãs missionárias claretianas no ultimo dia25

fizeram seus primeiros votos no Santuário

Eucarístico na Eucaristia celebrada pelo Pe Joel.

No próximo dia 19 de março, a Congregação das Missionári-as de Santo Antônio Maria Claret completará 54 anos de vida e missão. Será um dia de louvor e ação de graças a Deus, nosso Bom Pai do Céu, que em seu amor lançou a sementinha de uma nova Congregação religiosa no seio da Igreja aqui em Londrina.

A semente lançada no solo desta “colina sagrada” era pequena e experimentou em seu processo de germinação várias provações e sofrimentos antes de vir à luz. Con-tudo, ela sempre teve o cuidado carinhoso do Semeador, que a aqueceu com os raios de sua luz divina e a regou com a abundância de suas graças. Reconhecendo isso, seus Fundadores, Dom Geraldo Fernandes, primeiro Bispo e Arcebispo de Londrina e a Serva de Deus Madre Leônia Milito diziam que Deus a abençoava escandalosamente.

Assim, abençoada pelo Senhor, a semente nasceu, cresceu, se tornou árvore fecunda e produziu muitos frutos, cujas se-mentes foram lançadas em outras terras, espalhando-se pelo mundo afora, porque esta planta nova é de uma “espécie-carisma” chamada missionária. Por isso, ela quis responder prontamente ao mandato de seu Semeador: “Ide pelo mun-do, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).

Foi por este sim audacioso das primeiras irmãs e do ardor missionário dos fundadores, que hoje a Congregação está pre-sente em 18 países dos cinco continentes. São muitas as pessoas que se abrigam à sombra desta árvore frondosa, que tem as raíz-es no solo fecundo de Londrina. Sob suas ramas de ação evan-gelizadora e caritativa, os pobres são acolhidos e servidos na Bondade e Alegria pelas filhas desta Congregação missionária.

Dom Geraldo e Madre Leônia sempre estiveram vol-

EM FO

CO

irmã maria de fátima naves, mc

Encontro "Eis-me aqui"

Leitoa a Paraguaia Profissão: Irmãs

MISSIONÁRIAS CLARETIANAS, 54 ANOS DE VIDA E MISSÃO!

tados para o cuidado, resgate e proteção da vida dos mais necessitados, sejam por carências materiais, sociais ou espir-ituais. Eles exortavam as irmãs a amar os pobres mais pobres como se amassem e servissem o próprio Cristo. E assim dis-seram: “A congregação só será autêntica se se ajoelhar aos pés dos pobres como Cristo na última ceia” (D. Geraldo, 5/04/1976). E a Serva de Deus Madre Leônia: “Amemos com amor universal a todos porque são filhos de Deus e nossos irmãos. Doemos-nos a todos, mas, particularmente, aos pobres mais pobres” (Madre Leônia, Testamento Espiritual 1975).

Inicia-se este ano a preparação para celebrar em 2013 o centenário de nascimento dessas pessoas de Deus, que teste-munharam como amar e servir a Jesus Missionário e Reden-tor de maneira bem concreta.

Deus seja louvado pela vida, missão e testemunho de Geraldo e Leônia e que, junto de Deus, eles intercedam por todos/as nós. Rezem conosco pela santidade e crescimento desta família religiosa. Amém.

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VIDA EM AÇÃO N°1528

PARÓ

QUIA

AGEN

DA

O cartaz atualiza o encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita de cuidado (Lc 10,29-37). A mão do profissional da saúde, segurando as mãos da pessoa doente, afasta a cultura da morte e visibiliza a acolhida entre irmãos (o próximo). A Igreja como mãe, em sua samaritanidade, aproxima-se e cuida dos doentes, dos fracos, dos feridos, de todos que se encontram à margem do caminho.

O profissional de pé, o enfermo sentado, olhos nos olhos, lembram o compromisso e a dedicação do profissional da saúde, no processo de cura do paciente, e a confiança do doente naquele que o acolhe e cuida. A acolhida e o cuidado aliviam a dor, estabelecem uma relação de confiança decisiva para a cura e superação das barreiras sociais.

A cruz, que sustenta e ilumina o sentido do cartaz, recorda a salvação que Jesus Cristo nos conquistou. Ela ilumina a vida humana, a morte, as dores, o sofrimento das pessoas sem assistência de saúde. No entanto, é ela também que ilumina o encontro entre o profissional da saúde e o doente, pois aponta para a esperança da transformação completa: um novo céu e uma nova terra.

A alegria do encontro retratado no cartaz recorda aos profissionais da saúde que foram escolhidos para atualizarem a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos. Mobiliza os gestores do sistema de saúde a se empenharem para possibilitar atendimento digno e saúde para todos. Que a saúde se difunda sobre a terra.

O sentido do cartaz da Campanha