Upload
others
View
8
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
LUIS FERNANDO FRAGA DE OLIVEIRA GOMES
UMA REFLEXÃO DOS EVENTOS CULTURAIS OCORRIDOS NA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA NO PERÍODO DE 2011 A 2013 E SUA
INFLUÊNCIA NO TURISMO DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG
VIÇOSA – MG
2015
LUIS FERNANDO FRAGA DE OLIVEIRA GOMES
UMA ANÁLISE DOS EVENTOS CULTURAIS OCORRIDOS NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE VIÇOSA NO PERÍODO DE 2011 A 2013 E SUA INFLUÊNCIA NO
TURISMO DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG
Monografia apresentada ao curso de
Geografia da Universidade Federal de
Viçosa, como requisito parcial para a
obtenção do título de bacharel.
Orientador: André Luiz Lopes de Faria
VIÇOSA, MG
2015
LUIS FERNANDO FRAGA DE OLIVEIRA GOMES
UMA ANÁLISE DOS EVENTOS CULTURAIS OCORRIDOS NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE VIÇOSA NO PERÍODO DE 2011 A 2013 E SUA INFLUÊNCIA NO
TURISMO DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG
Monografia apresentada ao curso de
Geografia da Universidade Federal de
Viçosa, como requisito parcial para a
obtenção do título de bacharel.
Orientador: André Luiz Lopes de Faria
APROVADO:
________________________________________________________________
Prof. Dr. André Luiz Lopes de Faria
Departamento de Geografia - UFV
________________________________________________________________
________________________________________________________________
VIÇOSA, MG
2015
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Evento – 2012.............................................................................................29
Tabela 2: Atividades da TV Viçosa da RTV em 2011....................................................30
Tabela 3: Atividades culturais realizadas na área de música em 2012............................31
Tabela 4: Atividades culturais realizadas na área de artes visuais em 2012...................32
Tabela 5: Atividades culturais realizadas na área de artes cênicas em 2012...................32
Tabela 6: Outras atividades culturais realizadas em 2012...............................................34
Tabela 7: Atividades culturais realizadas na área de música (2013)...............................37
Tabela 8: Atividades culturais realizadas na área de artes plásticas (2013)....................38
Tabela 9: Atividades culturais realizadas na área de artes cênicas (2013)......................39
Tabela 10: Atividades culturais realizadas na área de artes visuais (2013)...................40
Tabela 11: Atividades culturais realizadas na área de capacitação (2013)....................41
Tabela 12: Outras atividades culturais realizadas (2013)................................................42
RESUMO
Este estudo se propõe fazer uma reflexão sobre o turismo e suas ações na Universidade
Federal de Viçosa, localizada no município de Viçosa-MG, com a importância de
discutir os eventos e os benefícios oriundos dessa atividade. Foram realizadas pesquisas
bibliográficas, eletrônicas e feito um levantamento de dados com a finalidade de
construir o arcabouço teórico a respeito do turismo de eventos em específico o turismo
cultural. Os eventos podem ser utilizados como forma de incrementar o turismo no local
em que acontece, além de servir como fator de divulgação da localidade. Passamos pelo
histórico do turismo, a conceituação do turismo local, turismo de eventos, turismo e
desenvolvimento local, turismo de eventos para desenvolver uma localidade, e as
definições de eventos. A análise das tabelas de eventos culturais da Universidade
federal de Viçosa, ocorridos entre os anos de 2011 e 2013, mostra o vasto mercado de
eventos culturais construídos dentro da instituição, porém, ainda sem força para o
desenvolvimento social e estrutural do município, principalmente pelos tipos de
divulgações feitas e muitas vezes pela insuficiência de divulgação dos eventos em
escala local, regional e nacional, da Universidade Federal de Viçosa
Palavras-chaves: Turismo, eventos, cultura, desenvolvimento.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................07
OBJETIVOS....................................................................................................................09
Geral................................................................................................................................09
Específicos.......................................................................................................................09
METODOLOGIA............................................................................................................10
REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................11
Histórico do Turismo.......................................................................................................11
Turismo cultural..............................................................................................................14
Definição de eventos.......................................................................................................15
Turismo de eventos.........................................................................................................18
Turismo e desenvolvimento local....................................................................................21
Turismo de eventos como ferramenta para desenvolver uma localidade........................25
CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ESTUDO: UNIVERSIDADE
FEDERAL DE VIÇOSA.................................................................................................27
EVENTOS REALIZADOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ENTRE
OS ANOS DE 2011 E 2013............................................................................................27
ANÁLISE QUALITATIVA............................................................................................28
Relatórios de Atividades 2012.........................................................................................28
Relatório de Atividades 2013.........................................................................................30
Relatório de Atividades 2014..........................................................................................34
ANÁLISE QUANTITATIVA.........................................................................................43
Relatórios de Atividades 2012.........................................................................................43
Relatório de Atividades 2013..........................................................................................43
Relatório de Atividades 2014..........................................................................................44
CONCLUSÃO.................................................................................................................45
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................47
7
INTRODUÇÃO
Estudar as incidências espaciais da atividade turística e dar um tratamento
geográfico às mesmas é de fundamental importância para abordar a distribuição espacial
dos eventos turísticos e a sua relação de interdependência com o meio sociocultural ao
qual se inclui.
A ciência geográfica contribui estrategicamente com uma perspectiva de
abordagem que tangencia a apropriação e organização do território através da relação
entre sociedade e natureza, entendidos como personagens dinâmicos. O turismo baseia-
se em atividades que modificam os recursos naturais da superfície terrestre, como por
exemplo, espaços de beleza cênica apropriados para apreciação e, ao mesmo tempo,
fonte econômica.
O turismo, como um fenômeno econômico, social e político do mundo
contemporâneo ocupa uma posição de destaque no cenário da globalização e da
mundialização da cultura através da ampliação dos sistemas de transporte e
comunicação, onde a logística e o deslocamento de pessoas no espaço geográfico
ocasiona determinados fluxos turísticos.
O presente estudo tem como objetivo geral analisar os eventos culturais
ocorridos e promovidos na Universidade Federal de Viçosa, localizada em Viçosa-MG,
em que serão analisados dentro de um recorte histórico que compreende o período de
2011 a 2013.
A presente monografia será dividida em três momentos: o referencial teórico,
análise de dados e um levantamento das atividades culturais divulgados pela página
oficial da UFV. No referencial teórico buscar-se-á interpretar os aspectos teóricos e
metodológicos do turismo consoante as categorias de análise sob um enfoque
geográfico para compreender a atividade turística como um fenômeno social e seu papel
na organização do espaço.
8
OBJETIVOS
Geral
Analisar os eventos da Universidade Federal de Viçosa, e fazer um levantamento
dos mesmosentre os anos de 2011 a 2013 e a interação com o turismo na cidade
de Viçosa-MG.
Específicos
Descrever um breve histórico do turismo.
Apontar o turismo de eventos como ferramenta para o desenvolvimento de uma
localidade.
Analisar o conceito de turismo, eventos, turismo de eventos e desenvolvimento
local.
9
METODOLOGIA
A metodologia escolhida para essa pesquisa consistiu primeiramente em
levantamento bibliográfico, através de referências dos conceitos que nortearam esse
estudo, sendo estes, o de desenvolvimento local, eventos, turismo, etc.
Os dados utilizados em seguida, são dos Relatórios de Atividades Anuais, que
foram encontrados na página virtual da Universidade Federal de Viçosa (PPO),
correspondentes aos anos de 2011, 2012 e 2013. Esses dados são sobre os eventos
ocorridos nos perspectivos anos e como ocorre a divisão dos eventos culturais na
instituição, a qual foram agrupados em tabelas e analisados.
Os métodos escolhidos para essa pesquisa são de cunho quantitativo, por se
tratar de levantamento de dados sobre esses eventos e a análise dos mesmos.
10
REFERENCIAL TEÓRICO
Histórico do Turismo
De acordo com Albuquerque (2004), o conceito de Turismo surgiu no século
XVII na Inglaterra, referindo-se a um tipo especial de viagem. A palavra tour é de
origem francesa, como muitas palavras do inglês moderno que definem conceitos
ligados à riqueza e a classe privilegiada. Isso aconteceu porque, durante o tempo em que
a Inglaterra esteve ocupada pelos franceses (normando, século X ate o XIV) a corte
passou a falar francês, e o inglês escrito quase desapareceu. A palavra tour quer dizer
volta e tem seu equivalente no inglês turne no latimtomare.
Historicamente os romanos teriam sido os primeiros a viajar por prazer.
Informações obtidas através de pinturas históricas, azulejos, vasos, mapas,
demonstravam que os romanos iam á praia em busca de cura e divertimento.
Na idade Média, a sociedade era formada por proprietários das terras: a nobreza,
que fazia a guerra, e o clero, que a justificava em nome do Deus cristãos, e , do outro,
pelos servos , que cultivavam as terras dos proprietários, dando lhe parte da produção
obtida pelo seu trabalho. Viajar nesse contexto era caro e perigoso e ainda implicava em
um grande desconforto, portanto os senhores e clérigos viajavam somente se fosse
imprescindível, por questões administrativas, oficias, pela necessidade de saber ou pela
própria fé.
As cruzadas, organizadas para recuperar o Santo Sepulcro, colocaram nos
caminhos da Europa muitos viajantes, entre peregrinos, soldados e mercadores, o que
propiciou a transformação das pousadas em atividades lucrativas com a criação dos
primeiros grêmios dos proprietários de pousada, em Florência, que influenciou
rapidamente todo o sistema de hospedagem na Itália. Também nessa mesma época
começou o intercambio de professores e alunos entre universidades europeias.
Ainda segundo Albuquerque, no inicio do século XVIII, paralelamente, houve
uma mudança nas relações sociais: a revolução industrial acontecia em Manchester e a
reforma protestante marcou o inicio do capitalismo organizado. Nesta nova sociedade o
domínio não podia ser mais exercido pela força, a grande arma seria a diplomacia.
11
Começou, portanto, a existir uma preocupação mais humanista. O turismo passou a ser
educativo, com interesse cultural. É o período chamado “turismo neoclássico” no qual a
viagem era um aprendizado, complemento indispensável da educação.
Em 1830 a ferrovia Liverpol-Manchester, na Inglaterra, foi a primeira a
preocupar-se mais com o passageiro do que com a carga. Começava a era da ferrovia,
determinante para o desenvolvimento do turismo. Em 1841, um vendedor de bíblias,
chamado Thomas Cook (missionário inglês e agente de uma associação batista, é um
dos principais percussores do turismo organizando as primeiras excursões)andar 15
milhas para um encontro de uma liga contra o alcoolismo em Leicester. Para um
encontro, em Loughborough, ocorreu-lhe a ideia de alugar um trem para levar outros
colegas. Juntou 570 pessoas, comprou e revendeu os bilhetes, configurando a primeira
viagem agenciada. As inovações de Cook marcaram a entrada do turismo na era
industrial no aspecto comercial, No social, promoveu um significativo avanço, pois ser
sistemas permitiu que as viagens ficassem mais acessíveis para os chamados segmentos
médios da população.
O turismo do século XIX esteve marcado pelo trem em nível nacional e pelo
navio em nível internacional. Outros fatores que contribuíram para o turismo no século
XIX foram: segurança, salubridade e alfabetização crescente. A segurança foi
propiciada pelo estabelecimento de polícia regular; a salubridade pelo tratamento das
águas e a instalações de esgoto em várias cidades europeias, diminuindo o risco de
cólera e tifo. O maior índice de alfabetização do povo levou a maior leitura dos jornais
que , informando, estimulava o desejo de viajar.
Lentamente, a melhora nos meios de transporte, a vida nas cidades, o trabalho
nas fábricas substituindo o trabalho doméstico, irão transformar o turismo em fenômeno
mundial das massas.
Segundo Albuquerque, por ser um fenômeno complexo, o turismo possui uma
grande diversidade de definições e, embora esteja relacionado com viagens, não são
todas as viagens que são consideradas como turismo. No entanto, essas viagens são
responsáveis por grande parte da ocupação dos meios de transporte, dos hotéis, da
estrutura de entretenimento, das locadoras de veículos, dos espaços de eventos. Todos
esses eventos são considerados empreendimentos turísticos. A OMT- Organização
Mundial do Turismo define como “o deslocamento para a fora do local de residência
12
por período superior a 24 horas e inferior a 60 dias motivado por razões não econômicas
”Tal definição serve para padronizar o conceito de turismo nos vários países membros
dessa organização, mas não serve para definir a real magnitude desse fenômeno.
O turismo é reconhecido como uma das atividades mais dinâmicas e prosperas
do mundo neste século. De fato, no contexto das novas formas de internacionalização
das relações de produção e consumo, o turismo se mundializou e ganhou qualificação de
fenômeno de massa. Esta expansão do turismo é determinada, principalmente, por dois
processos que se complementam e interagem. Um processo é de caráter histórico-
cultural e, o outro, é de caráter socioeconômico.
Historicamente, a prática turística está relacionada à mobilidade espacial de
pessoas, desde há vários séculos. Todavia, é somente no século XIX que se caracteriza
como turismo, quando pequenos grupos de viajantes se deslocam usufruindo dos
prazeres itinerários traçados para conhecer países da Europa e , serão os primeiros a
serem chamados de turistas. Estes turistas eram na sua maioria pessoas que pertenciam
as classes privilegiadas tanto econômica quanto “culturalmente”. Assim, enquanto
prática restrita às elites, o turismo era maneira de conhecer as paisagens europeias por
meio de viagens organizadas em “tours”com roteiro pré-estabelecidos e montadas de
modo e atender uma clientela exigente e culta. A procura de lugares vistos como centro
da civilização e da cultura europeia, e as viagens ao novo mundo emergente
representado pelos Estados Unidos, são expressões territoriais desta primeira fase da
mundialização da atividade turística.
Economicamente, o funcionamento do turismo nessa época já estava associado à
comercialização e ao lucro,pois já eram cobrados a hospedagem e o transporte dos
participantes, assim como eram oferecidos cupons para cobrir os gastos feitos durante as
viagens. Surge em 1891 o famoso “Traveler’sCheck”(cheque de viagem), que vai
ocupar um lugar em destaque no incentivo á pratica do turismo por um numero
crescente de pessoas.
13
Turismo Cultural
Segundo Gomes (2007), o turismo cultural se caracteriza pelo interesse na
obtenção de novas informações, conhecimentos, o encontro com outras pessoas,
comunidades e lugares, a fim de se conhecerem os costumes, tradições, enfim, a
identidade cultural do local visitado. Graças a seu caráter histórico, este segmento
proporciona um elo entre o passado e o presente, o contato e a convivência com a
cultura local, através de cada particularidade do lugar.
Ainda de acordo com Gomes, a prática citada compreende as atividades
turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio
histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais
e imateriais da cultura local. Pode ser compreendida como uma forma de turismo
alternativo que pressupõe o consumo da cultura, que se encarna na realidade empírica
da existência cotidiana através dos seus bens.
ICOMOS (1976) define o turismo cultural como sendo um movimento de
pessoas motivadas essencialmente por algum interesse cultural, como representações
artísticas, festivais e outros eventos culturais, visitas a lugares e monumentos históricos,
viagem de estudos, folclore, arte ou peregrinação. Ao se optar pelo desenvolvimento
deste tipo de turismo nota-se o intuito de, através da cultura local e do seu patrimônio,
promover também o desenvolvimento social e econômico do município.
14
Definição de Eventos
Para Andrade(2002, p.41), os eventos constituem parte significativa na
composição do produto turístico,atendendo intrinsecamente as exigências de mercado
em matéria de entretenimento,lazer,conhecimento,descanso e tantas outras motivações.
Sendo assim,pode se definir como eventos o fenômeno multiplicador de
negócios,pelo seu potencial de gerar novos fluxos de visitantes,ou ainda, evento é todo
fenômeno capaz de altera determinada dinâmica da economia. Não se pode fugir da
afirmativa de que existe grande complexidade e heterogeneidade no campo do turismo
de eventos.
Segundo Gonçalves (2003, p. 05), o evento é qualquer tipo de acontecimento
onde as pessoas reúnem visando trocar ideias, intercâmbios, confrarias, avaliação de
projetos. Normalmente comungam com a mesma ideia e tem o mesmo objetivo.
Para Britto e Fontes (2002, pp.14-15), muito mais que um acontecimento de
sucesso, uma festa, uma linguagem de comunicação, uma atividade de relações publicas
ou mesmo uma estratégia de marketing, o evento é a soma de esforços com o objetivo
de alcançar resultados definidos junto ao seu publico alvo.
Outras definições de eventos podem ser consideradas:
Conjunto de ações profissionais desenvolvidas com o objetivo de atingir
resultados qualificados e quantificados junto ao publico alvo;
Conjunto de atividades profissionais desenvolvidas como objetivo de alcançar o
seu público alvo por meio do lançamento de produtos, de apresentação de
pessoas, empresas ou entidades, visando a estabelecer o seu conceito ou
recuperar sua imagem;
Realização de ato comemorativo, com ou sem finalidade mercadológica,visando
a apresentar,conquistar ou recuperar seu público alvo;
Ação profissional que envolve pesquisa, planejamento, organização,
coordenação, controle e implantação de um projeto, visando a atingir o seu
público alvo com medidas concretas e resultados projetados.
15
Percebe-se que todas as definições tem algo em comum, mas é interessante ter
em mente que a criação de um evento implica, principalmente, no aproveitamento das
características originais da localidade com predisposição a sediá-lo, pois o objetivo
maior não é apenas agradar ao público alvo, mas também trazer divisas para a
localidade receptora,divulgar atrativos turísticos locais e gerar uma cadeia produtiva ao
seu redor.
Classificação dos Eventos:
Para um melhor entendimento do vasto universo dos eventos, convencionou-se
classifica-los por:
Categoria
Área de interesse
Localização
Características estruturais
Tipologia
De acordo com Britto e Fontes (2002, pp.57-61), quanto á categoria os eventos
classificam-se em:
Institucional: quando visa criar ou filmar o conceito e a imagem de uma
empresa, entidade,governo ou pessoa:
Promocional ou Mercadológico: quando objetiva a promoção de um produto ou
serviço de uma empresa, governo, entidade, pessoa ou local (no caso do
turismo), em apoio ao marketing, visando, portanto a fins mercadológicos.
Essa classificação permite ao organizador de eventos definir e captar corretamente
seu público alvo,real e potencial.
Quanto à classificação por área de interesse, ainda segundo Britto e Fontes(2022,
pp.58,59) temos as seguintes áreas:
Artística: está relacionada a qualquer espécie de arte, como musica, dança,
pintura, poesia, literatura, teatro e outras;
Cientifica: trata de assuntos científicos nos campos da medicina, física, química,
biologia, informática e outros em que a tônica é a pesquisa cientifica;
16
Cultural: ressalta os aspectos da cultura, objetivando sua divulgação e
reconhecimento, com fins normalmente promocionais, a exemplo das feiras de
artesanato, festivais de gastronomia regional, dança folclórica, musica regional,
entre outros. Engloba todas as manifestações culturais regionais e folclóricas
nacionais ou internacionais, abordando lendas, tradições, costumes típicos,
hábitos e tendências;
Educativa: enfoca a divulgação de didáticas avançadas, cursos e novidades
correlatas à educação;
Cívica: Trata de assuntos ligados á pátria e á sua historia;
Política: são eventos relacionados com assuntos das esferas politicas,sejam estes
relacionados a partidos políticos,associações de classe,entidades sindicais e
outros.
Governamental: tratam de realizações do governo, em qualquer esfera, nível e
instancia;
Empresarial: enfoca as pesquisas, resultados e realizações das organizações e
seus associados;
Lazer: objetiva proporcionar entretenimento aos seus participantes;
Social: são os eventos de interesse comum da sociedade como um
todo,realizações familiares ou grupos de interesses entre amigos visando à
confraternização entre as pessoas ou comemorações especificas;
Desportiva: qualquer tipo de evento realizado dentro do universo esportivo,
independente de sua modalidade;
Religiosa: trata de interesses, assuntos e confraternizações religiosas, sejam
quais forem as crençasabordadas;
Beneficente: Bastante comum nos dias de hoje, esses eventos refletem
programas e ações sócias que são divulgados e/ou auxiliados em acontecimentos
públicos;
Turística: seu objetivo é a divulgação e a promoção de produtos e serviços
turísticos com a finalidade de incrementar o turismo local,regional, estadual e
nacional. Vem sendo utilizado como maior frequência para incrementar o
turismo de baixa estação e garantir a manutenção da oferta turística em
determinada região. Costuma ser inserido em calendários oficiais de eventos do
município, estado ou país.
17
Turismo de Eventos
A conceituação de eventos é muito ampla e complexa, por esse motivo é
importante buscar sua origem. O vocábulo Evento no dicionário da língua portuguesa
Aurélio, significa: “uma ocorrência, um fenômeno aleatório ou um
acontecimento”.(FERREIRA, 2001, p.302). De acordo com Giácomo (2001) apudBahl
(2004), um evento pode ser definido como um acontecimento previamente planejado
que acontece em um mesmo tempo e lugar e que tem como finalidade o engajamento de
pessoas a uma ação ou ideia.
Meirelles (1999) apudBahl (2004, p. 17) entende evento como:
Um instrumento institucional e promocional, utilizado na comunicação dirigida,
com a finalidade de criar conceito e estabelecer a imagem de organizações, produtos,
serviços e ideias e pessoas, por meio de um acontecimento previamente planejado, a
ocorrer um único espaço de tempo com a aproximação entre os participantes,quer seja
física quer seja por meios de recursos de tecnologia.
Karin LeyserGoidanich classifica evento como:
Acontecimento criado e planejado para ocorrer em um lugar determinado e com
espaço de tempo pré-definido. Tem finalidades específicas, visando a apresentação,
conquista ou recuperação do público-alvo. Pode ser criado artificialmente, ocorrer
espontaneamente ou ainda, ser provocado. (GOIDANICH, 1998, p.9)
De acordo com os autores citados anteriormente como base, pode-se afirmar que
evento é um acontecimento planejado previamente e utilizado por diversas organizações
publicas e/ou privadas, como forma de criar um conceito de evento. Além do objetivo
de reunir pessoas com o mesmo interesse, gosto ou finalidade.
O conceito de eventos vem acompanhando toda historia do homem,mas em cada
época com um objetivo diferente.
Na Antiguidade, por exemplo, os eventos visavam a programação política.Eram,
às vezes, festas que duravam dias para comemorar o retorno das tropas.Com desfiles
suntuosos, contavam a história das campanhas de guerras, asconquistas de mais terras e
18
novos povos. Na Idade Média, as grandes festas públicas tinham objetivo religioso,
organizadas para afirmar e preservar o poderda Igreja. Os outros grandes eventos eram
pagãos e, em sua essência,seletivos, destinados aos ricos que formavam as altas
camadas da sociedade.(WYSE, 2000, p.10 e 11)
Os eventos com a configuração como se apresentam atualmente, tiveram início
no século XIX, visando à divulgação comercial ou cultural. Os primeiros indícios dessa
tendência foram as mostras e feiras de equipamentos e materiais na Alemanha e nos
Estados Unidos, que datam de fins daquele século. Com as comunicações ainda bastante
precárias, as feiras eram pouco concorridas. Mas já eram eventos da mesma forma como
se entende hoje.
Somente no pós-guerra é que as ideias e conceitos de evento realmente se
afirmaram. A busca de meios para divulgar e comercializar produtos, difundir trabalhos
científicos e artísticos é que fez com que grupos com interesse em comum começassem
a se reunir para a conquista de um público cada vez maior.
O Ministério de Turismo (MTUR, 2008) associa o mercado de eventos ao
segmento de negócios, definindo-o como o conjunto de atividades turísticas decorrentes
dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de caráter comercial,
promocional, técnico, científico ou social. Embora existam diferentes tipos de eventos,
os benefícios trazidos por estes são praticamente os mesmos, como destaca Bahl (2004):
geram renda, negócios, empregos (sejam temporários ou permanentes), mobilizam
comunidades e prestadores de serviços de diversos níveis e, dependendo do caso,
captam divisas para a cidade ou país sede.
Os eventos podem ser classificados de acordo com a atividade que vai ser
executada durante seu desenrolar, podendo ser, segundo Ferreira (1997) apud Holler
(1999), os seguintes: assembleia, bolsa de contratação, congresso, convenção, curso,
feira, festival, fórum, mesa-redonda, painel, seminário, simpósio, visita e workshop.
O mercado de eventos cresce substancialmente porque o turismo de eventos
possui ligação com diversos setores do turismo e visa à potencialidade do setor.
Segundo o enfoque de Britto e Fontes (2002, p. 52):
O turismo de eventos é um segmento do turismo que cuida de vários tipos de
eventos que se realizam dentro de um universo amplo e diversificado, refletindo o
19
esforço mercadológico das diversas áreas da saúde, cultura, economia, justiça, artes,
esportes e comércio.
No entender de Getz (1997) apud Allen et al. (2003, p.17), turismo de eventospode ser
definido de duas formas:
1.O planejamento, o desenvolvimento e o marketing sistemático de eventos como
atrações turísticas que, por sua vez, estimulam outros desdobramentos, como o
aparecimento de criadores de imagens, animadores de atrações e locais de destino. As
estratégias turísticas de eventos também deveriam abarcar o gerenciamento de notícias e
de eventos negativos.
2.Segmento de mercado consistido naquelas pessoas que viajam para participar de
eventos ou que podem ser motivadas para assistir a eventos enquanto estão longe de
casa.
De acordo com as definições apresentadas, é possível observar que essa
modalidade de turismo pode alcançar um inestimável valor estratégico para a localidade
que opta trabalhá-lo de maneira produtiva. Os eventos são fatos que despertam grande
atenção na mídia local, regional, nacional ou até mundial, dependendo do tamanho do
evento. Tal atenção gera publicidade gratuita podendo influenciar positivamente novos
turistas. Além disso, acresce à cidade-sede favorável reputação, devido à imagem
positiva que a realização de um evento normalmente proporciona. Há também uma
melhora na qualidade de vida da população, pois há um bom desenvolvimento
socioeconômico local, contribuindo para geração de empregos (diretos e indiretos),
renda, impostos, criação de infraestrutura, dentre outros.
Analisados como produtos, os eventos podem contribuir de forma significativa
para gerar fluxo de visitantes para a localidade sede, pois criam uma demanda específica
desta atividade. Tem-se, então, um tipo específico de turismo: o turismo de eventos. Já
os eventos em turismo têm como função não só a quebra da ociosidade, mas
principalmente a divulgação local. Brito e Fontes (2002) argumentam que a linha que
demarca a diferença entre estes dois conceitos – turismo de eventos e eventos em
turismo – ainda não é plenamente aceita e passível de confusões.
O setor de eventos é responsável por grande parte dos fluxos turísticos de
diversas destinações que, em sua maioria, são cidades que possuem um amplo potencial,
20
com boa infraestrutura de serviços e equipamentos, mas que não possuem tradição na
prática do turismo. Esses lugares, porém, podem ser vistos como catalisadores, atraindo
um grande número de visitantes, o que tende ao melhor posicionamento da cidade no
mercado, criando uma identidade turística.
Eventos bem planejados garantem a chegada de turistas de várias regiões do país
que, em sua maioria, irão consumir todos os tipos de serviços oferecidos. As localidades
se utilizam da promoção e captação de eventos para alavancar sua economia por meio
da publicidade gerada por este, promovendo e divulgando o local.
Segundo Palladino (2003), anualmente são promovidos no Brasil mais de 300
mil eventos. Em termos práticos, o turismo de eventos apresenta um crescimento anual
de cerca de 10%, é responsável por uma receita de 44 bilhões de reais e gera 3 milhões
de empregos entre diretos, indiretos e terceirizados. O turismo de eventos tem ainda
importância estratégica para o setor como um todo, visto que alimenta toda a cadeia de
serviços turísticos durante a baixa temporada e divulga localidades, em geral,
novamente visitadas pelos congressistas com sua família ou amigos. De acordo com
Palladino (2003), 30% dos turistas que viajam pela motivação “evento” retornam ao
local.
Turismo e Desenvolvimento Local
A expansão do fenômeno turístico e o rápido decorrer da atividade, nas mais
distintas latitudes do mundo nas últimas décadas, tem sido objeto de estudo, por
diversos experts da área. Um dos motivos pelo qual o turismo tem se expandido tanto, é
por causa da globalização, já que para ela as fronteiras são quase inexistentes. Também
isso se deve ao aumento de tempo livre por causa das reformas trabalhistas, que tendem
a reduzir as jornadas de trabalho, promovendo algo que hoje se pode traduzir como
sociedade do bem- estar.
A grandiosa evolução quantitativa se deve a mobilidade de pessoas e recursos, o que
permite afirmar com muita consciência que o turismo tem uma grande capacidade para
dar condições ao desenvolvimento social e econômico nos destinos. Poucos subsetores
da economia possuem essa versatilidade e flexibilidade para adaptarem-se as condições
21
próprias de cada localidade, e, é exatamente por isso que discorrer sobre turismo e
desenvolvimento local tem sido cada vez mais habitual.
Para chegar à compreensão sobre os possíveis impactos positivos gerados pelo
turismo é preciso levar em consideração uma série de fatores e não somente reproduzir
números. Com isso, é preciso entender o sentido da palavra desenvolvimento.
Por muito tempo, se pensava em desenvolvimento, avaliando somente a o
crescimento econômico e a riqueza material, esquecendo que o mesmo, tem que
provocar mudanças que não sejam somente superficiais, mas que perpassem questões
sociais de maneira profunda, pois para que ele ocorra, é preciso que, também seja feito
distribuição de riquezas nas diversas áreas, como saúde, educação, cultura, habitação e
infraestrutura. O desenvolvimento não deve somente estar ligado à economia, mas deve
abranger aspectos qualitativos e estar centrado nos grupos humanos. O Estado deve ser
o principal promotor desse processo.
Coriolano (2003) diz que, para que o desenvolvimento tenha um caráter mais
abrangente, e de sentido social, é preciso que se mensurem questões como: índice de
realização dos desejos, educação, solidariedade, realização humana, muito embora essa
seja uma tarefa difícil, pelo fato do método cientifico clássico não considerar a
subjetividade.
Ela ainda afirma, que:
O desenvolvimento, para ser definido como social precisa estar voltado para as
necessidades humanas, tornar as pessoas auto independentes e habilitadas para o
trabalho e para a vida comunitária. Implica o desenvolvimento dos indivíduos como
pessoa e como grupo, organizados como sociedade civil para se tornarem protagonista
de seu desenvolvimento e do desenvolvimento de seu lugar.
Castro apud Adas (1998, p.90), diz que: “crescer é uma coisa; desenvolver,
outra. Crescer é em linhas gerais fácil. Desenvolver equilibradamente, difícil”. Diante
desta perspectiva, se pode afirmar que poucos são os países que conseguem essa
confluência, e que a maior parte do mundo de alguma maneira se encontra em processo
de desenvolvimento, por não ter alcançado esse nível de equilíbrio, pois na maioria das
22
vezes existe um grande descompasso entre, ser rico economicamente e socialmente
desenvolvido.
Segundo Coriolano (2003, p.162):
Entende-se por desenvolvimento um processo de produção de riqueza com
partilha e distribuição de equidade, conforme as necessidades das pessoas, ou seja, com
justiça. O desenvolvimento não se refere apenas à economia, ao contrário a economia
deve ser tomada em função do desenvolvimento.
Partindo do pressuposto que o turismo é uma atividade que ocorre em escala
global e local, assim como o desenvolvimento para ser alcançado deve ter a mesma
ênfase, é preciso estar atento às conjunturas sociais e econômicas de cada lugar e fazer
uma análise minuciosa para detectar todos os elementos que podem transformar a
atividade, em algo que traga de fato o desenvolvimento.
A importância que o turismo tem para a geração de receitas de um país é
indubitável, mas, algo que tem sido alvo de questionamento, é se a atividade turística,
através de todos os números expressados por meio de dados de instituições responsáveis
e pelos governos, proporciona um crescimento que atinja as mais variadas camadas da
sociedade, fazendo com essas divisas circulem de maneira equitativa, não esquecendo
os impactos ecológicos, sociais, culturais que devem ser valorados no resultado final.
Segundo Hidalgo (1996) o saldo final, que vai poder verificar se o turismo tem
causado impactos positivos, ou seja, levado de fato um território ao crescimento
econômico acompanhado de melhoria de vida, vai depender muito do grau de
desenvolvimento que cada lugar possui. No caso dos países desenvolvidos já existe uma
infraestrutura social, comercial e normativa que proporciona um contexto mais
favorável para a atividade turística o que por vez nos países em desenvolvimento, o
turismo que chega para estabelecer essa infraestrutura, além de que o progresso está
quase sempre impulsionado pelos critérios financeiros dos promotores da área e das
empresas multinacionais e precisam ser alcançados em curto prazo, é nesse contexto
está a dialética da atividade turística.
É evidente que a atividade turística tem uma importância econômica muito grande,
mas deixar de pensar no turismo como algo que faz parte de um fenômeno social,
político e ambiental é esquecer a sua multisetorialidade o que pode causar sérios
23
problemas para articulação dessa atividade de extrema complexidade. Por isso, para que
o turismo possa proporcionar impactos positivos expressivos, é importante que haja um
olhar voltado para os territórios aonde essa atividade vai ser desenvolvida, e que dentro
desses espaços a população pobre seja beneficiada.
Falar de turismo relacionado com as necessidades dos pobres é algo muito
complexo, uma vez que no país em desenvolvimento, e como qualquer outro país que
segue a lógica capitalista, o capital não se submete ao ser humano e sim o ser humano
ao capital. Mediante essa conjuntura, onde as relações, comunidade local versus turismo
são geralmente conflituosas, pelo fato da atividade turística, nesses países, possuir um
caráter de extensão colonialista é quase impossível afirmar que os modelos de turismo
já convencionados, exercem muitas influências positivas para essas populações. Na
maioria das vezes, o turismo se desenvolve em áreas fragilizadas, dentro de um contexto
de pobreza e esquecimento, e as comunidades locais ficam remetidas como sempre a
marginalização e como donas do território acabam vivendo de acordo como o que
estabelece a atividade turística e não a comunidade local estabelece como quer essa
atividade turística. Krippendorf (1989, p.99), por sua vez, afirma que “quanto menor for
o "desenvolvimento" da região receptora, maior será a intensidade dos efeitos negativos
socioculturais do fluxo turístico sobre a população local”.
O turismo com ênfase no desenvolvimento local, precisa estar voltado para as
peculiaridades do território e da comunidade autóctone. Buarque (2002), salienta que:
“O desenvolvimento local é um processo endógeno de mudanças, que leva ao
dinamismo econômico e a melhoria de qualidade de vida da população em
pequenas unidades territoriais e agrupamentos humanos. Para ser consistente
e sustentável, o desenvolvimento local deve mobilizar e explorar as
potencialidades locais, contribuindo para elevar as oportunidades sociais e a
viabilidade competitiva da economia local; ao mesmo tempo deve assegurar a
conservação dos recursos naturais locais, que são a base das suas
potencialidades e condições para a qualidade de vida local. Esse
empreendimento endógeno normalmente demanda um movimento de
organização e mobilização da sociedade local, explorando as suas
capacidades e potencialidade própria, de modo a criar raízes efetivas na
matriz socio-econômica e cultural da localidade.” p.25
Neste panorama é relevante mencionar que cada planejador local, deve executar
o seu próprio modelo de turismo, que esteja compatível com suas peculiaridades
ambientais, para que se possa viabilizar o desenvolvimento e não copiar modelos de
desenvolvimento turístico que não tenham haver com a realidade local e destrua a
harmonia do meio ambiente, devastando a cultura do lugar, esgotando os recursos
24
naturais e não compartindo as divisas de maneira igualitária, ou seja, provocando um
colapso social. Por tanto, talvez, mais que qualquer outra atividade econômica, o
turismo, combina dinamicamente recursos endógenos e exógenos, que bem
correlacionados, propõem todo um volume de benefícios sociais, econômicos,
ambientais e culturais, em suma, leva ao desenvolvimento local.
Turismo de eventos como ferramenta para desenvolver uma localidade
O turismo é definido pela Organização Mundial de Turismo (OMT) como sendo
“as atividades realizadas pelas pessoas durante suas viagens e estadas em lugares
diferentes do seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, por
lazer, negócios ou outros” (OMT, 2001, p.3). Montejano (2001) percebe o fenômeno
turístico como uma atividade humana baseada na interdisciplinaridade das
ciênciassociais e humanas, ligadas, diretamente ao tempo livre e ao lazer.
Complementando a definição de turismo, De La Torre apud Mota (2001)
percebe esta atividade como:
Um fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário
de indivíduos ou grupos de pessoas que, fundamentalmente, por motivos de
recreação, descanso, cultura ou saúde, saem do seu local de residência
habitual para outro, no qual não exerce nenhuma atividade lucrativa nem
remunerada, gerando múltiplas inter-relações de importância social,
econômica e cultural. MOTA, 2001, p.42
O turismo tem uma enorme importância econômica e é apontado como a
segunda maior atividade geradora de riqueza do mundo, ficando atrás somente da
indústria petrolífera. Lemos (2001) destaca alguns fatores que contribuem com a
importância econômica:
O efeito linkage que o turismo gera, agregando outras atividades correlatas como
alimentos e bebidas, vestuário, móveis e etc., gerando assim a propagação de empregos
e o efeito multiplicador de renda que explica que um determinado gasto realizado pelos
turistas irá gerar, em consequência, uma série de atos de compra e venda, em várias
direções, num volume, em termos de renda, maior que esse gasto inicial (LEMOS,
2001, p.27-28)
25
CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ESTUDO: UNIVERSIDADE
FEDERAL DE VIÇOSA
A Universidade Federal de Viçosa se originou da ESAV – Escola Superior de
Agricultura e Veterinária, inaugurada em 28 de agosto de 1926. Em 1948, foi
transformada pelo Governo de Estado em UREMG – Universidade Rural do Estado de
Minas Gerais e, nesse período, contava com os cursos da Escola Superior de
Agricultura, da Escola Superior de Veterinária, da Escola Superior de Ciências
Domésticas, da Escola de Especialização, do Serviço de Experimentação e Pesquisa e
do Serviço e da Extensão. O Governo Federal federalizou a Universidade em 15 de
julho de 1969, passando a se denominar como Universidade Federal de Viçosa.
Hoje a Universidade conta com sessenta e sete cursos de graduação, nas
modalidades de Bacharelado, Licenciatura e Superior de Tecnologia, com quarenta e
quatro programas de Pós-Graduação sendo que, destes, vinte e quatro são treinamentos
em nível de mestrado e doutorado. A Universidade possui três campi – em Viçosa,
Florestal e Rio Paranaíba: a instituição traz, desse modo, um grande volume de pessoas
para as cidades, principalmente em seu campus mais antigo, o de Viçosa.
EVENTOS REALIZADOS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
ENTRE OS ANOS DE 2011 E 2013
O material utilizado para a análise foi retirado da página da Pró-Reitoria de
Planejamento e Orçamento da Universidade Federal de Viçosa. Os dados foram
organizados através dos Relatórios de Atividades, edições 2012, 2013, 2014, referentes
aos anos de 2011, 2012 e 2013, respectivamente. A escolha desse período se dá pela
questão da fonte, pois estes são os únicos dados disponíveis no site da Universidade
Federal de Viçosa.
26
ANÁLISE QUALITATIVA
Relatório de Atividades de 2012
O relatório, diferentemente dos de 2013 e 2014, não especifica em suas
modalidades as atividades culturais. Por isso, escolhemos dentro de outras modalidades,
eventos que podem ser considerados culturais.
O primeiro a ser destacado, conforme a tabela 1, encontra-se no tópico 11 do
Relatório de Atividades de 2012 , denominado “Extensão”. Nele, há um ponto chamado
“evento’, que lista algumas atividades de cunho cultural: cinema, concerto, concurso,
coral, espetáculo, exibição pública, show artístico e teatro. Elencamos tais eventos pois
estes se enquadram na noção de cultura como um evento que distribui geograficamente
uma população com o intuito de participar de um espaço no qual a reflexão e o
entretenimento se unem. Aconteceu, conforme tabela 1, cinco eventos de cinema, com
660 participantes; quatro concertos, com 1950 participantes; dois concursos, com 385
participantes, quatorze apresentações de coral, com 5.210 participantes; vinte e oito
espetáculos, com 11.730 participantes, dezesseis exibições públicas com 1.920
participantes, cinco shows artísticos, com 1930 participantes e oito apresentações de
teatro, com 1045 participantes, dentre outros, totalizando, na categoria Extensão, 990
eventos culturais com 163.132 participantes.
27
Tabela 1: Evento – 2012
Outro ponto a ser destacado, conforme a tabela 2, são as atividades da TV
Viçosa da RTV em 2011, no qual encontramos o registro de 2.358 ocorrências sendo
que destas elencamos o Multishop, com 32 ocorrências; Produção de Eventos/ Vídeos/
Documentários, com 4 ocorrências; Programa Estúdio Acústico, com 35 ocorrências;
28
Programa Nossa Terra Nossas Canções, com 3 ocorrências, totalizando 74 ocorrências
de programação cultural no universo de 2.358.
Tabela 2: Atividades da TV Viçosa da RTV em 2011
Relatório de Atividades de 2013
O Relatório de Atividades de 2013, com base nos dados de 2012, foi elaborado e
revisado por Cisne Zélia Teixeira Reis, Luciana Maria Pereira da Silva e Sebastião
Tavares de Rezende especifica as atividades culturais ocorridas na Universidade Federal
de Viçosa, referentes às tabelas 62, 63 e 64 e 65 do relatório de atividades.
A tabela 3 mostra as atividades culturais realizadas na área da música em 2012,
relatando 14 atividades: Show Musical: “Tributo à Mulher”, no Espaço Acadêmico
Cultural Fernando Sabino, com 670 participantes; Show Musical: “O Amor na Obra de
Chico”, no Espaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com 700 participantes; Show
Tyaga – Instrumentos Musicais, no Auditório do Departamento de EngenhariaFlorestal,
com 220 participantes; Música no Campus, no Auditório do Departamento de
EngenhariaFlorestal, com 280 participantes; Acústico UFV, noEspaço Acadêmico
Cultural Fernando Sabino, com 700 participantes; Festival de Música da Escola de
Orquestra –Violino, no Auditório do Departamento deEngenhariaFlorestal, com 200
participantes; Vinil Brasil, no Espaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino, Halle
Mezanino, com 486 participantes; Orquestra da Casa de Música de Ouro Branco –MG,
no Espaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com 400 participantes; Coral da UFV
29
no IX Seminário de Capacitaçãode Conselheiros Tutelares e Municipais dosDireitos da
Criança e do Adolescente, no Auditório da Biblioteca Central , com100 participantes;
Apresentação da Orquestra de Ouro Preto, no Espaço Acadêmico Cultural Fernando
Sabino, com 762 participantes; Cantata de Natal 2012, no Espaço Acadêmico Cultural
Fernando Sabino, com 650 participantes, Cantata de Natal 2012, no Espaço Acadêmico
Cultural Fernando Sabino, com 550 participantes, Natal do Betinho – Juiz de Fora 2012,
no Espaço Cultural em Juiz de Fora, com 1200 participantes, totalizando um número
de 6.918 de público.
Tabela 3: Atividades culturais realizadas na área de música em 2012
A tabela 4 registra as atividades culturais realizadas na área de artes visuais em
2012, relatando 6 atividades: Mostra Cajor de Fotografias, no Hall Interno da
Biblioteca Central, com 705 participantes; Exposição de Pinturas – “Olhar Para Si”, no
Hall Interno da Biblioteca Central, com 370 participantes; Vídeo Artes, no Espaço
Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com 400 participantes; “Aquarelas” – Pinturas,
no Hall Interno da Biblioteca Central, com 312 participantes; Pinturas – Poesia De
Cores, no Hall Interno da Biblioteca Central, com 264 participantes e “Cativos” –
Pinturas, no Hall Interno da Biblioteca Central, com 378 participantes, totalizando um
número de 2.429 de público.
30
Tabela 4: Atividades culturais realizadas na área de artes visuais em 2012
A tabela 5 registra as Atividades culturais realizadas na área de artes cênicas em
2012, relatando 10 atividades: Dança: “I Mostra de Danças”, na Estação Cultural e
Teatro de Arena, com 850 participantes; Concessa em: Pendura e Cai, no Espaço
Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com 520 participantes; O Santo e a Porca, no
Espaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com 670 participantes; Sexo e Destino,
no Auditório do Departamento de Engenharia Florestal com 300 participantes, Sexo e
Destino, no Espaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com 620 participantes, A
Mulher sem Pecado, no Espaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com 770
participantes; Flicts, no Espaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino,com 115
participantes; O Santo e a Porca, noEspaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com
320 participantes; “Três dias”, no Espaço Acadêmico Cultural Fernando Sabino, com
350 participantes e IV Festival de Teatro da UFV, no Galpão da Oficina de
Criatividade, com 210 participantes, totalizando um número de 4.725 de público.
Tabela 5: Atividades culturais realizadas na área de artes cênicas em 2012
A tabela 6 registra outras atividades culturais realizadas em 2012, relatando 25
atividades: Bloco Estação Cultural, na Estação Cultural, com 200 participantes; Projeto
31
Diálogos, na Casa Arthur Bernardes, com 120 participantes; Curso: Autoconhecimento
e Gnosis, na Sala 10 CEE, com 30 participantes; Espaço Livre, na Praça Silviano
Brandão, com 300 participantes; Palestra: Arteducação e TV, na Sala 1 CEE, com 75
participantes; Estação Cultural – Thyaga e Amigos, na Estação Cultural, com 200
participantes; Comemoração ao Dia do Trabalhador, no Campus UFV-Viçosa, com
1.200 participantes; Exposição – Dia do Trabalhador, no Campus UFV-Viçosa, com
1.200 participantes; Espaço livre, na Estação Cultural, com 300 participantes; Palestra:
Inclusão e Cidadania Através da Arte, no Auditório do Departamento de Fitotecnia com
80 participantes; Thyaga e Amigos – Instrumentos Musicais, no Auditório do
Departamento de Engenharia Florestal, com 220 participantes; Roda de Capoeira, na
Arena da Biblioteca Central,com 300 participantes;Workshop- Diálogos para a
Construção deEspetáculos, n Sala 1 CEE, com 50 participantes; Por Dentro do Cine, na
Casa Arthur Bernardes, com 100 participantes; Curso: Elaboração de Projetos para a
LeiEstadual de Incentivo à Cultura (LEIC), na Sala 1 CEE, com 65 participantes;
Cinema: Cine Clube Carcará, no Auditório do Departamento de Engenharia Florestal,
com 44 participantes; Sessão Pé-de-Moleque – Pro Jovem de VRB, no Auditório do
Departamento de Engenharia Florestal,com 45 participantes; Cinema: Cine Clube
Carcará – Mostra dosSonhos, no Auditório da Biblioteca Central, com 80 participantes;
Live Action Viçosa – Teatro e Jogos RPG, no Auditório do Departamento de
Engenharia Florestal, com 200 participantes; Sessão Pé-de-Moleque – Creche Rebusca,
no Auditório do Departamento de Economia Rural, com 60 participantes; Cinema: Cine
Clube Carcará – Mostra dosSonhos, no Auditório da Biblioteca Central, com 45
participantes; Cinema: Cine Clube Carcará – Mostra Fã-Cine David Lymch, no
Auditório da Biblioteca Central, com 50 participantes; Curso: Autoconhecimento e
Gnosis, na Oficina de Criatividade, com 60 participantes e a Oficina: Aperfeiçoamento
Técnico de Sopros, na Oficina de Criatividade, com 22 participantes, totalizando um
número de 4.725 de público.
32
Tabela 6: Outras atividades culturais realizadas em 2012
Relatório de Atividades de 2014
O Relatório de Atividades de 2014, com base nos dados de 2013, foi elaborado e
revisado por Cisne Zélia Teixeira Reis, Luciana Maria Pereira da Silva e Sebastião
Tavares de Rezende, especifica as atividades culturais ocorridas na Universidade
Federal de Viçosa, referentes às tabelas 76, 77, 78, 79 e 80 do relatório de atividades.
A tabela 7 registra as atividades culturais realizadas na área de música em 2013,
relatando 62 atividades: Mulher EnCanto: comemoração do Dia Internacionalda
Mulher: recital de poesia e apresentação musicalCamila Voz e Violão. Na Estação
Cultural da UFV, com 1.000 participantes; Apresentação Semestral – Coral Voix La, no
Departamento de Letras – UFV, com 280 participantes; Projeto Quinta Cultural –
cantora Fernanda Sales, na Estação Cultural da UFV, com 150 participantes;
Comemorações: Dia do Trabalhador – Grupos:Brassamba e Perifonia, no Espaço Itaú,
com 2.000 participantes; UFV In Concert - Orquestra Opus, no Espaço Acadêmico-
Cultural FernandoSabino, com 750 participantes; Projeto Quinta Cultural – Samba,
33
naEstação Cultural da UFV, com 200 participantes; Coral Infantil da UFRJ, no
Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 200 participantes; Projeto Quinta
Cultural - Pedro Henrique - Voz e Violão, na Estação Cultural da UFV, com 400
participantes; Projeto Meio Dia e Música - IghorZappes – Pianista, no Auditório do
Dpto. de Engenharia Florestal, com 300 participantes; Projeto Quinta Cultural: Leonan
e Amigos, na Estação Cultural da UFV, com 300 participantes; Projeto: Pra Ver a
Banda Passar: Lira Nossa SenhoraDo Amparo, na Estação Cultural da UFV, com 600
participantes; Projeto Meio Dia e Música - Tenor Padre Miguel Bou eTereza de Assil,
no Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 200 participantes; Coral UFV -
Show “ O Tom da Bossa” – 35 Anos, no Espaço Acadêmico-Cultural
FernandoSabino,com 1.300 participantes; Projeto Quinta Cultural – Bloco de Maracatu,
na Estação Cultural da UFV, com 200 participantes; Projeto Meio Dia e Música - Rafael
Biscotto, no Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 200 participantes;
Projeto: Pra Ver a Banda Passar: 21º Batalhão PolíciaMilitar de Ubá, na Estação
Cultural da UFV, com 250 participantes; Projeto Meio Dia e Música - Lútica Música,
no Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 200 participantes; Coral Nossa
Voz - Show “Emoções”, no Espaço Acadêmico-Cultural FernandoSabino, com 600
participantes; Aniversário da UFV - Gilson Reis, noCâmpus Florestal, com 600
participantes; Projeto Quinta Cultural - Gilson Reis, na Estação Cultural da UFV, com
200 participantes; Projeto Meio Dia E Música – Corais UFV e Nossa Voz, no Auditório
do Dpto. de Engenharia Florestal, com 300 participantes; 87º Aniversário da UFV –
Show Beatles ForevereTunai, no Gramado das Quatro Pilastras, com 3.000
participantes; Hervé Cordovil – Um Viçosense na História da MPB, n Auditório do
Dpto. de Engenharia Florestal, com 200 participantes; Coral UFV - Abertura do 46º
Congresso deFitopatologia – Ouro Preto MG, no Centro de Convenções da UFOP, com
600 participantes, Show“ E Por Falar Em Saudade...” 100 Anos deVinícius de Moraes,
no Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 400 participantes; Coral Nossa Voz
- Abertura do SIA/ Câmpus RioParanaíba, noCâmpus Rio Paranaíba, com 400
participantes; Coral UFV - Comemoração de 15 Anos da Fundaçãodo Sicoob, na UFV
CREDI Agência da UFVCREDI, com 150 participantes; Coral UFV - X Seminário de
Capacitação, TutelandoConselhos, no Auditório da Biblioteca Central, com 200
participantes; Corais UFV e Nossa Voz - X Encontro de Corais DeMariana, no
Auditório da Associação Cultural de Mariana, com 300 participantes; Conjunto de
Sopros - Abertura da Semana Acadêmicado DEF, no Departamento de Engenharia
34
Florestal, com 150 participantes; Coral UFV - Encerramento do Projeto Cine-Eco, n
Capela São Francisco de Assis, com 300 participantes; Cantata de Natal da UFV –
Corais Infantil, UFV eNossa Voz, Conjunto de Sopros, O Bloco de Maracatu,Oficina de
Teatro da DAC, Grupo Transformai , no Edifício Arthur Bernardes, com 8.000
participantes; Corais UFV e Nossa Voz - Arrastão de Natal, no Dpto. de Educação,
Bioquímica, Solos,Biologia, Direito, Química; Divisões deSaúde e de Jornalismo,
Diretoria deMaterial, Editora UFV e Edifício Arthur Bernardes, com 2.000
participantes; Show Aline Calixto, no Espaço Acadêmico-Cultural Fernando Sabino,
com 600 participantes; Show Gláucia Nasser, no Espaço Acadêmico-Cultural Fernando
Sabino, com 400 participantes; Concertos do Baú, no Espaço Acadêmico-
Cultural FernandoSabino, com 400 participantes; Junior Esperancini, no Espaço
Multiuso, com 3.000 participantes; Sertão Verde, no Espaço Multiuso, com 3.800
participantes; Banda Deliciar, no Espaço Multiuso, com 4.500 participantes; Edson &
Junior, no Espaço Multiuso, com 5.000 participantes; Luis Marques, no Espaço
Multiuso, com 1.500 participantes; Farinhada, no Espaço Multiuso, com 1.500
participantes; Natália & Eliane, no Espaço Multiuso, com 5.500 participantes; Gaúcho
da Fronteira, no Espaço Multiuso, com 7.000 participantes; Grupo Tok de Cor, no
Espaço Multiuso, com 3.000 participantes; Quintal do Samba e convidados, no Espaço
Multiuso, com 4.500 participantes; Neguinho da Beija-Flor, no Espaço Multiuso, com
10.000 participantes; Amigos da Viola, no Espaço Multiuso, com 1.500 participantes,
Ramon &Rozado, no Espaço Multiuso, com 2.000 participantes; Leandro & Celso Lee,
n Espaço Multiuso, com 3.000 participantes; Rebecca, no Espaço Multiuso, com 1.500
participantes; Ronan & Ronaldo, no Espaço Multiuso, com 2.000 participantes; Banda
Charme, no Espaço Multiuso, com 3.000 participantes; Trem Mineiro, no Espaço
Multiuso, com 1.500 participantes; Gil e Guaxupé, no Espaço Multiuso, com 4.000
participantes; Jabamba, no Espaço Multiuso, com 5.000 participantes; Miguel e Viola,
no Espaço Itaú, com 200 participantes; Rogério Moreira Campos e Banda Lútica, no
Espaço Itaú com 300 participantes; Brassamba, no Espaço Itaú, com 500 participantes e
Banda Sagrado Coração de Jesus, no Espaço Itaú com 700 participantes, totalizando
um número de 101.830 de público.
35
Tabela 7: Atividades culturais realizadas na área de música (2013)
A tabela 8 registra as atividades culturais realizadas na área de artes plásticas em 2013,
relatando 13 atividades: Exposição – “Pegadas”, no Hall Interno da BBT, com 321
participantes; Exposição – “O Nosso Papel a Gente Inventa”, no Hall Interno da BBT,
36
com 398 participantes;Exposição de Fotos – Viçosa Ontem e Hoje, na Estação Cultural
da UFV, com 15 participantes;Exposição “Memória UFV”, na Pinacoteca da UFV, com
337 participantes;Exposição “Canção do Ver”, naPinacoteca da UFV, com 559
participantes;Exposição Aniversário de Arthur Bernardes, na Estação Cultural da UFV,
com 57 participantes;Exposição “Poética das Cores”, na Pinacoteca da UFV, com 306
participantes;Exposição “Canção do Ver 02”, na Biblioteca do Câmpus Florestal, com
165 participantes;Exposição “Canção do Ver 02”, n Biblioteca do Câmpus Rio
Paranaíba, com 503 participantes;Exposição “América Latina: Nação Cultura”, na
Pinacoteca da UFV, com 285 participantes;Exposição “África: Cores, Formas e
Raízes”, na Pinacoteca da UFV, com 180 participantes;Exposição “A Cor do Blues”, na
Pinacoteca da UFV, com 32 participantes e a Exposição com o Acervo da Pinacoteca,
na Pinacoteca da UFV, com 16 participantes, totalizando um número de 3.174 de
público.
Tabela 8: Atividades culturais realizadas na área de artes plásticas (2013)
A tabela 9registra as atividades culturais realizadas na área de artes cênicas em
2013, relatando 8 atividades: Peça Teatral Infantil "No Circodo Leão Equilibrista" no
Espaço Acadêmico-Cultural FernandoSabino, com 120 participantes; Peça Teatral
Gandhi – Um Líder Servidor, no Espaço Acadêmico-Cultural FernandoSabino, com 780
participantes; Circo SESI, no Espaço Multiuso, com 2.000 participantes; Circo
Caravana de Artesania, na Arena da Biblioteca Central, com 200 participantes; Peça
Teatral - Como Sobreviver em Festas eRecepções com Buffet Escasso, no Espaço
Acadêmico-Cultural FernandoSabino, com 850 participantes; Dança Contemporânea ao
37
Ar Livre: Grupo Camaleão, no Gramado do DCE, com 500 participantes e a Quadrilha
Circuito Serras de Minas, no Espaço Multiuso, com 2.500 participantes, totalizando
um número de 6.950 de público.
Tabela 9: Atividades culturais realizadas na área de artes cênicas (2013)
A tabela 10 registra as atividades culturais realizadas naárea de artes visuais em
2013, relatando 11 atividades: Filme “Delírios de um Cine Maníaco”, na Estação
Cultural da UFV, com 95 participantes; Sessão Pé-de-Moleque 11/04, no Auditório do
Dpto. de Engenharia Florestal, com 70 participantes; Sessão Pé-de-Moleque 18/04, no
Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 80 participantes; Sessão Pé-de-
Moleque 09/05,no Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 80 participantes;
Sessão Pé-de-Moleque 23/05, no Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 85
participantes; Sessão Pé-de-Moleque 10/10, no Auditório do Dpto. de Engenharia
Florestal, com 50 participantes; Sessão Pé-de-Moleque 10/10, no Auditório do Dpto. de
Engenharia Florestal, com 95 participantes; Sessão Pé-de-Moleque 14/11, no Auditório
do Dpto. de Engenharia Florestal, com 80 participantes; Sessão Pé-de-Moleque 14/11,
no Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 65 participantes; Sessão Pé-de-
Moleque 27/11, no Auditório do Dpto. de Engenharia Florestal, com 70 participantes e
a Sessão Pé-de-Moleque 13/12, no Auditório da Biblioteca Central da com
150participantes, totalizando um número de 920 de público.
38
Tabela 10: Atividades culturais realizadas na área de artes visuais (2013)
A tabela 11 registra as atividades culturais realizadas naárea de capacitação em
2013, relatando 23 atividades: Contação de Histórias paraCrianças, na Casa Arthur
Bernardes, com 40 participantes; 11ª Semana dos Museus, na Casa Arthur Bernardes,
com 40 participantes; Palestra Nossa História: Patrimônio a Ser Preservado na Casa
Arthur Bernardes, com 16 participantes; XVIII Encontro de RPG UFV/Viçosa, no
Auditório da Biblioteca Central da UFV, com 200 participantes; Curso de
Autoconhecimento – GNOSIS ,na Vila Gianetti Casa 53, com 30 participantes; Palestra
Matas Silenciosas: Aves em Extinção, na Pinacoteca da UFV, com 17Tarde de
Literatura Infantil com Elza Aguiar Neves, no Espaço Acadêmico-Cultural
FernandoSabino, com 540 participantes; Projeto Minas Território da Cultura: Oficina
TapetesDevocionais, na Sala do CEE e Praça Silviano Brandão, com 22 participantes;
Projeto Minas Território da Cultura: Mostra Brasilidades, na Estação Cultural da UFV,
com 100 participantes; Projeto Minas Território da Cultura: 1º EncontroRegional de
Música Eletrônica da Zona da Mata, na Sala do CEE, com 24 participantes; Projeto
Minas Território da Cultura: Reunião itinerantedo Conselho Estadual de Política
Cultural – CONSEC, no Salão Nobre, com 150 participantes; Conexão Jovem:
Conferência Regional da Juventude, no PVB, com 100 participantes; Conexão Jovem:
1º Seletiva Estadual para o FestivalInternacional de Hip Hop, no Espaço Acadêmico-
Cultural FernandoSabino, com 800 participantes; Conexão Jovem: Manifestações
Artísticas e EsportivasRegionais, no Espaço Cultural Hervê Cordovil, com 2.000
participantes; Oficina de Violão, na Oficina de Criatividade, com 13 participantes;
Oficina de Sopro, na Oficina de Criatividade, com 4 participantes; Oficina de Piano, na
39
Oficina de Criatividade, com 10 participantes; Oficina de Técnica Vocal, na Oficina de
Criatividade, com 13 participantes; Oficina de Teatro, na Oficina de Criatividade, com
69 participantes; Oficina de Bateria, na Oficina de Criatividade, com2 participantes;
Oficina de Canto, na Oficina de Criatividade, com 7 participantes e a Oficina de Teoria
Musical, na Oficina de Criatividade, com 5participantes, totalizando um número de
4.402 de público.
Tabela 11: Atividades culturais realizadas na área de capacitação (2013)
A tabela 12 registra outras atividades culturais realizadas em 2013, relatando 6
atividades: Concurso de Logotipos da Pinacoteca e UFV In Concert, na Pinacoteca da
UFV, com 11 participantes; Concurso de Redação com o tema Presidente Arthur
Bernardes, na Escola Municipal Dr. Arthur Bernardes, com 30 participantes; Visitas à
Casa Arthur Bernardes, na Casa Arthur Bernardes, com 2.941 participantes; Semana do
Fazendeiro - Mini-tombo da Polenta – tradição italiana, no Espaço Itaú, com 1.000
40
participantes; Semana do Fazendeiro – projeto Mini Fazenda – , no Espaço Itaú, com
7.850 participantes e a Neve no Centro de Vivência, no Centro de Vivência, com 500
participantes, totalizando um número de 12.332 de
Tabela 12: Outras atividades culturais realizadas (2013)
41
ANÁLISE QUANTITATIVA
A análise quantitativa pauta-se na ideia de discutir se as produções culturais são um
dos fatores de desenvolvimento local. Como já discutido anteriormente o
desenvolvimento local é realizado em pequenos espaços, de forma participativa, tendo
como preocupação o desenvolvimento da comunidade, assim, os indivíduos possuem
certa autonomia nas decisões para explorar o ambiente de forma a beneficiá-los. Além
disso, políticas públicas orientadas para o social e para o homem aprofundando na
sociedade uma consciência da dignidade do ser humano, isso somente é possível quando
se extingue a estrutura social que agride os direitos humanos. O respeito aos direitos
humanos é base para um desenvolvimento humanista que garante uma vida digna
baseada no ser e não mais no ter. Desse modo a análise dos dados de 2011, 2012 e 2013
levará em conta se a Universidade Federal de Viçosa possui essa noção de cultura como
agente transformador.
Relatório de Atividades de 2012
As atividades descritas no Relatório de 2012, com base nos dados de 2011, sequer
coloca a modalidade “atividades culturais”, demonstrando uma pequena preocupação
nesse tipo de evento, ou seja, a produção cultural na Universidade Federal de Viçosa
não foi vista como um elemento transformador e de identidade no campus. Destacamos,
então, o tópico “evento” dentro de “Extensão” bem como as atividades da TV Viçosa,
sendo que estas últimas nem todas as atividades são culturais.
Relatório de Atividades de 2013
O Relatório de 2013, com base nos dados de 2012, já descreve, separadamente,
as atividades culturais, como um tópico separado. Foi relatado o número de eventos e de
público, divididos em atividades culturais realizadas na área da música, das artes
visuais, das artes cênicas e outras atividades culturais. Percebemos que as três primeiras
encaixam cultura como espaço de entretenimento, o momento de lazer e ócio, uma das
prerrogativas do desenvolvimento local – uma variável de desenvolvimento além do
econômico, porém com pouca ação política. O último ponto já traz alguns eventos de
caráter mais transformador, como workshops, no entanto, colocá-los no tópico “outras
atividades culturais” demonstra que a Universidade ainda não possui a consciência da
produção cultural como agente transformador do desenvolvimento local.
42
Relatório de Atividades de 2014
O Relatório de 2014, com base nos dados de 2013, assim como o de 2013,
separa, em uma modalidade autônoma, as atividades culturais, acrescentando as artes
plásticas e o ponto mais interessante: as atividades culturais na área de capacitação.
Podemos observar que esse último ponto é o único que demonstra a atividade cultural
como variável do desenvolvimento local, já que a capacitação é uma forma de ação
cultural voltada ao desenvolvimento da comunidade, que leva em conta a participação
desta, de forma a melhorar as condições dos sujeitos, aproximando a arte da dignidade
do homem, respeitando os direitos humanos. Orientam-se não somente a entreter, mas a
dar possibilidade à comunidade de se tornar autônoma e reflexiva.
43
CONCLUSÃO
A cultura aumenta o grau de coesão e a harmonia entre os agentes econômicos
locais, na medida em que contribui para a redução da exclusão social, estimula o
trabalho cooperativo, a inovação e o empreendedorismo; as atividades culturais
colaboraram, em outros termos, para o incremento do capital humano e social de uma
comunidade; neste sentido, deve ser destacado o papel fundamental das atividades
culturais na revitalização de zonas urbanas degradadas e na proteção de jovens em
situação de risco social.
A nova centralidade econômica da cultura impõe aos poderes locais interessados
no desenvolvimento uma nova agenda, que vá além das políticas tradicionais – e sempre
importantes – de conservação do patrimônio, formação de platéias ou incentivo a
eventos.
A produção cultural e sua relação com o desenvolvimento local é um ponto
importante de análise na Geografia Cultural, pois analisa não apenas as atividades
culturais como forma de lazer, mas também como uma ação que intervém na sociedade,
como forma de desenvolver a região. As Universidades têm como um dos objetivos a
construção de um mundo melhor, tanto nas produções científicas quanto na sua relação
com a comunidade que se encontra.
O turismo de eventos culturais pode alcançar um notório valor estratégico para a
localidade que opta por trabalhá-lo de maneira produtiva e eficaz. Visto que este
funciona como fator-chave na divulgação do município, é responsável por grande parte
dos fluxos turísticos de diversas destinações, estimula a melhoria da qualidade de vida,
pois há um bom desenvolvimento socioeconômico local, contribuindo para geração de
empregos (diretos e indiretos), renda, impostos, criação de infraestrutura etc. Entre
outras vantagens, o turismo de eventos envolve toda a comunidade na idealização e
realização das propostas apresentadas.
Desde os primeiros estudos, que colocam os eventos como um elemento
recheado de significações, culminando na noção de que ela é uma das variáveis do
desenvolvimento local. É sobre as duas últimas ideias sobre eventos culturais que a
presente monografia se pautou.
44
Percebemos que os relatórios de atividades percorrem um caminho interessante:
os dados não dispõem a origem dos eventos, o que não permite uma análise do evento
com seus respectivos impactos na comunidade. Além disso, o registro de atividades de
2012, com base nos dados de 2011, não coloca as atividades culturais como uma
modalidade a ser registrada; o registro de atividades de 2013, com base nos dados de
2012 apontam as atividades culturais sem, contudo, admitir como elemento
transformador, apenas como uma forma de lazer, o registro de atividades de 2014, com
base nos dados de 2013, assume as atividades culturais como forma de capacitação,
inserindo assim, a ideia da cultura como variável de desenvolvimento local.
Desse modo, a presente monografia discutiu como a Universidade Federal de
Viçosa registra as atividades culturais e, mais que isso, como ela configura tais
atividades dentro do espaço universitário.
45
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, Soraya Souza de. A importância dos eventos para o
desenvolvimento do turismo. Universidade de Brasília. 2004
ANDRADE, Renato Brenol. Manual de Eventos , EDUCS, Caxias do Sul, 2002
BAHL, Miguel. Turismo e eventos. Curitiba: Protexto, 2004.
BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. 9 ed. São Paulo: Senac, 2003
BRITO, Janaína; FONTES, Nena. Estratégias para eventos: uma ótica do marketing
edo turismo. São Paulo: Aleph, 2002
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da língua portuguesa.
4.ed.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001
GAGNO, Priscila de Souza. Turismo de eventos: A importância do Carnalfenas.
Universidade Federal Fluminense. 2009.
GOIDANICH, Karin Leyser. Turismo de eventos. Porto Alegre: SEBRAE/RS. 2000.
GONÇALVES, Carmem. Gesto de Eventos em Turismo .UNB Brasília 2003
HOELLER, Elisete Helena.Turismo de Eventos: CentreventosCau Hansen de
Joinville.
ICOMOS. Carta de Turismo Cultural - 1976. Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=248>Acesso em dez 2014
KOTLER, Philip; HAIDER, Donald H.; REIN, Irving.Marketing público: como
atrairinvestimentos, empresas e turismo para cidades, regiões, estados e países.
Traduçãode Eliane Kanner. São Paulo: Makron Books, 1994.
LEMOS, Leandro Antônio. Turismo: que negócio é esse. São Paulo: Papirus, 2001.
MONTEJANO, JordiMantaner. Estrutura do mercado turístico. Trad. de Andréa
Favano.São Paulo: Rocca, 2001.
MOTA, Keila Cristina Nicolau. Marketing turístico: promovendo uma atividade
sazonal.
OLIVEIRA, Odete Maria de (coord.). Relações internacionais & globalização:
grandesdesafios.2.ed. Ijuí: Ed.UNIJUÍ, 2000.
Organização Mundial Turismo. Introdução ao turismo. Trad. de Dolores
MartinsRodriguez Córner. São Paulo: Rocca, 2001
WYSE, Nely; ARAUJO, Maria Luiza Motta da Silva; e CAMPOS, Luiz Cláudio de A.
46
Menescal. Eventos: oportunidades de novos negócios. SENAC: Rio de Janeiro, 2000.
176p.
www.ufv.br
www.ufv.ppo.br
http://espacoacademico.com.br/073/73gomes.htm