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LUTAR É PRECISO LUTAR É PRECISO Informativo do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul – Sindjus/RS - Edição 196 – Novembro de 2014 NÃOÉPELOAUXÍLIO-MORADIA, ÉPELANOSSADIGNIDADE!

Lutar é preciso 196 out-nov (1) - sindjus.com.br · versa sobre o subsídio em parcela única. ... investimento de 8 milhões de reais em casas populares. Esse é o verdadeiro retrato

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LUTARÉ PRECISO

LUTARÉ PRECISO

Informativo do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul – Sindjus/RS - Edição 196 – Novembro de 2014

NÃO�É�PELO�AUXÍLIO-MORADIA,É�PELA�NOSSA�DIGNIDADE!

A sociedade rio-grandense e brasileira, em pleno período eleitoral, foi tomada de perplexidade com a notícia da liminar do ministro Luiz Fux, do STF, concedendo à magistratura o Auxílio-Moradia.

Mais do que imediatamente, com uma agilidade nunca vista quanto às d e m a n d a s d o c o n j u n t o d o s trabalhadores do judic iár io , é anunciado que a administração do TJRS tomou as medidas cabíveis para estender o privilégio aos juízes e d e s e m b a r g a d o r e s e s t a d u a i s , desconsiderando aspectos de ordem econômica, sociais e morais no tocante ao caos das finanças do Estado e o imenso fosso social que vem aumentando na nossa adminis-tração pública.

A decisão de Fux é falha no sentido de que trata uma verba de natureza claramente remuneratória como se indenizatória fosse, ferindo assim o artigo 39, §4º, da Carta Magna, que versa sobre o subsídio em parcela única. Todos nós do judic iár io sabemos que verbas indenizatórias são devidas quando da ocorrência de despesas eventuais em virtude do exercício profissional como as diárias ou o deslocamento no interesse da administração.

A liminar fere o senso comum quando não leva em consideração que a quase totalidade dos juízes já possui casa própria. Mais um sinal de que a verba tem caráter de remune-ração e não indenização, até mesmo

porque magistrados aposentados teriam direito ao benefício quando já j u n t a r a m a o l o n g o d a v i d a considerável patrimônio. Apenas no Judiciário e Ministério Público, estima-se que a conta atingirá mais de 80 milhões de reais anuais. O governo do RS prevê para o ano de 2015 o investimento de 8 milhões de reais em casas populares. Esse é o verdadeiro retrato da nossa disparidade social.

O valor de cada benefício, R$ 4.377,73, é em muito superior aos vencimentos pagos à esmagadora maioria dos servidores públicos do Brasil (R$ 2.033 - renda média do trabalhador bras i le i ro) . Como explicar à sociedade, professores e policiais militares, entre outros servidores com perdas salariais e condições de trabalho cada vez mais precarizadas tal absurdo? Nós, servidores do judiciário estadual, adoecidos, sofrendo com a ameaça de um PCS nocivo aos nossos direitos e prerrogativas funcionais, com mais de 1.666 cargos vagos e 53,4% de perdas salariais, recebemos nossos reajustes de forma parcelada, às vezes em até três vezes, corroendo ainda mais nossos já defasados vencimentos.

Portanto, indagamos, Excelências, de onde virá todo o dinheiro para

pagar essa babilônia se sempre é alegado que não há condições para atender às mínimas demandas dos servidores? Onde está a justiça nisso? Aqui, deveria ser a Casa da Justiça!

Aceitamos e concordamos que um juiz deva ser bem remunerado, certamente dentre os mais altos valores no serviço público pela responsabilidade de sua função. Todavia, seria mais ético aumentar o valor dos subsídios, e não agir a esmo do que preconiza a Constituição Federal para atender a interesses corporativos.

Mas a caneta está na mão de quem decide, e a história é pródiga em decisões ilegais, injustas e arbitrárias tomadas por aqueles que detêm o poder e que são antes de mais nada seres humanos movidos por orgulho, vaidade, ambição e individualismo.

Certamente, a sociedade saberá dar a resposta como fez ano passado n o s m o v i m e n t o s d e j u n h o . Precisamos todos acordar, servidores e cidadãos para essa realidade e assim construirmos um movimento grevista que diga não aos desmandos, não às condições cada vez mais precárias de trabalho e exija a devida valorização desses que são os servidores da justiça mais eficientes do país!

Boa leitura!

A Direção Sindical

Sejamos�uma�só�voz:�NÃO�aos�privilégios!

EDITORIAL 2

Precisamos construir um movimento grevista que exija a devida

valorização dos servidores da justiça mais eficientes do país.

IGUALDADE�DE�TRATAMENTO?�

Em artigo publicado em ZH no dia 27 de setem-bro, o presidente da Aju-ris, Eugênio Couto Terra, falando sobre o auxílio-moradia, refere que “ga-rantir remuneração igua-litária à magistratura gaú-cha é uma questão de justiça”. Dessa forma, o magistrado reconhece que o auxílio pretendido

nada mais significa do que verba remunerató-ria, e não indenizatória, o que é vedado pela Consti-tuição Federal, em seu artigo 39, § 4º que trata do subsídio em parcela úni-ca.

Outras verbas estão em curso de serem pagas à magistratura, como o auxílio-alimentação, cujo valor será três vezes m a i o r d o q u e o q u e ganham os servidores, cujas famílias, necessida-

des e estômagos são e x a t a m e n t e

iguais aos dos magistra-dos.

Diversas demandas dos servidores do Judiciá-rio gaúcho, considerados os melhores do país, segundo dados do CNJ, são proteladas ou nega-das, alegando-se limites fiscais e orçamentários. Causa espécie que o auxí-lio-moradia, cujo paga-mento administrativo já fora autorizado pelo TJRS para o mês de outubro, seja superior aos venci-mentos pagos à esmaga-dora maioria dos servido-res públicos e dos traba-lhadores brasileiros.

Como explicar àqueles que ganham um salário mínimo, aos professores, aos policiais militares, à p o p u l a ç ã o c a r e n t e dependente de progra-mas sociais de distribui-ção de renda e aos apo-sentados e pensionistas que um juiz ou promotor g a n h e u m a u x í l i o -moradia em muito superi-or aos seus vencimentos?

Somos todos parte integrante do mesmo corpo social, e os recur-sos públicos são proveni-entes da mesma fonte. Centenas de processos exigindo direitos dos tra-balhadores estão há anos parados no STF, aguar-dando decisão. Já os plei-tos dos juízes que culmi-naram no auxílio-moradia tramitaram com espanto-sa celeridade.

A magistratura parece alheia à realidade brasilei-ra, em verdadeiro auto-centrismo, mais preocu-pada com seus interesses salariais do que com a justiça social. Juízes mere-c e m g a n h a r b e m , é inquest ionável . Mas, quando a injustiça parte daqueles que deveriam distribuir justiça, questio-na-se: onde está a igual-dade?

ARTIGO 3

Por Fabiano Marranghello Zalazar

Diretor de Imprensa e Divulgação

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Sete comarcas foram visitadas entre os dias 20 e 2 1 d e o u t u b r o , p e l a dirigente Janice de Borba Pacheco. O roteiro passou pelas cidades de Pedro Osório, Pinheiro Macha-do, Piratini, Herval, Jagua-rão, Arroio Grande e São Lourenço do Sul. Nos encontros esclareceu-se aos colegas sobre a atual situação vivenciada no

Judiciário, mobilizando os colegas para os movi-mentos e atividades de luta, que visam buscar o respeito e a valorização dos servidores.

Penduricalhos�Qual a estimativa de des-

pesa com a ajuda de custo para moradia para membros da Magistratura para 2014 e exercícios 2015 e 2016? Qual a origem os recursos? Será pago auxílio para moradia para quem tem casa própria na Comarca onde reside? Estes são alguns pontos que constam no Pedido de Infor-mações protocolado nesta quinta-feira (16/10) por enti-dades de servidores no Tri-bunal de Justiça do RS (TJRS).

No documento, dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Desembarga-dor José Aquino Flôres e baseado na Lei Nacional de Acesso à Informações (LAI), as entidades pedem infor-

mações também sobre o valor a ser pago como inde-nização, considerados os custos para moradia nas distintas comarcas do RS.Assinaram o Pedido de Infor-mações os representantes da Federação Nacional das Entidades de Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil (FENASTC), Centro de Audi-tores Públicos Externos do T r i b u n a l d e C o n t a s (CEAPE/TCE-RS), Sindicato dos Servidores da Justiça (SINDJUS-RS), Sindicato dos Servidores do Ministério Público (SIMPE-RS) e Sindi-cato dos Servidores da PGE/RS (SINDISPGE).

Para o presidente da Fenastc, Amauri Perusso, de posse dessas informações “produziremos a desejada

transparência imediata sobre o uso de dinheiro público”. Como o pagamen-to ocorrerá mediante reque-rimento pessoal, em outu-bro somente receberão o auxílio àqueles que tiverem

o pedido deferido “estamos tomando conhecimento do constrangimento de juízes e d e s e m b a r g a d o r e s q u e estão renunciando ao auxí-lio alegando a imoralidade”.

LUTAR É PRECISO

Vereadores�de�Porto�Alegre�aprovam�por�Unanimidade�Moção�de�Apoio�e�Solidariedade�ao�SindjusRSFoi aprovada nesta quarta-feira, 05/11,

moção de apoio e solidariedade aos servidores do judiciário estadual. A iniciativa partiu do vereador Pedro Ruas (PSOL) que sensibilizado à pauta de lutas dos trabalhadores do Poder Judiciário e também contrário aos privilégios à magistratura nacional, como a ajuda de custo para moradia aos juízes e desembar-gadores, abraçou essa causa junto aos colegas da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

À unanimidade, os vereadores vota-ram favoravelmente à medida, que tem por objetivo o apoio a peleia dos servido-res da justiça gaúcha, absolutamente adoecidos e adoentados em face de um cenário de acúmulo de processos; 54% de perdas salariais; mais de 1600 cargos vagos; ausência de plano de carreira, entre outras demandas. A moção também faz uma crítica veemente ao corte de ponto e efetividade dos servidores que participaram dos atos de paralisação e

protestos contra o auxílio-moradia de R$ 4.377,73 para cada juiz, em face da contra-dição para atender às demandas históri-cas dos servidores.

Recentemente, os legislativos munici-pais de Caxias do Sul e Uruguaiana também aprovaram moção de apoio aos servidores da justiça gaúcha que atuam nos municípios, o que demonstra que os vereadores, assim como a sociedade, estão atentos e sensíveis aos problemas da nossa categoria.

Entidades pedem informações sobre auxílio-moradia ao TJ

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Assembleia�da�Categoria�define�calendário�de�lutas

O descaso da magistratu-ra com os servidores do Poder Judiciário vem cada vez mais despertando a indignação da categoria, que há tempos amarga perdas salariais de 54%, com plan-tões não remunerados, com a sobrecarga de trabalho agravada pelos mais de 1600 cargos vagos, com o assédio moral, entre outras mazelas. E o autobenefício do auxílio-moradia, no valor de R$ 4.377, 73, mais outros privilé-gios em curso, agravam ainda mais esta situação, que também repercute no Ministério Público.

Esses são alguns dos moti-vos que reuniram cerca de 400 trabalhadores do Judi-ciário, e do Ministério Públi-co, em assembleia geral na tarde desta sexta feira, 17/10. A p r o x i m a d a m e n t e 3 5 comarcas no Estado esta-v a m r e p r e s e n t a d a s n o encontro de hoje, sendo que de Porto Alegre havia cole-gas do Tribunal de Justiça, do Foro Regional do Parte-non, do Foro Regional da Tristeza, do Foro Central 2, do DMP e do Departamento de Artes Gráficas.

O grupo ouviu da direção sindical as propostas apre-sentadas pela administração do TJRS nos últimos encon-

tros. As mesmas foram desa-provadas pelos servidores, numa demonstração clara de que as propostas feitas atendem apenas mínima e parcialmente as reivindica-ções da categoria. Com o objetivo de avançar nas negociações, a categoria definiu um comando de mobilizações e propôs um calendário de atividades a ser desenvolvido até a próxi-ma Assembleia Geral da cate-goria, já pré-agendada para o dia 14/11, quando novamen-te aval iarão os últ imos momentos.

A categoria votou e estão sendo realizados roteiros de mobilização da categoria, ações que buscam a consci-entização da sociedade, paralisações programadas, entre outras atividades que promovam a conscientiza-ção da sociedade sobre as mazelas do trabalhador do Poder Judiciário e a condi-ções em que são realizados os atendimentos à socieda-de. O comando de mobiliza-ção, definido pelos colegas, fará a articulação regional junto aos servidores para a execução das ações encami-nhadas pela mesa diretiva da Assembleia. A expectativa do grande grupo é que esta

articulação promova um avanço nas propostas junto a administração, vindo a atender as demandas dos s e r v i d o r e s . A p r ó x i m a Assembleia Geral, agendada

para o dia 14 de novembro, deverá avaliar o movimento e, ainda, apontar definições a respeito do movimento paredista.

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Propostas e votações

A categoria votou e estão sendo realizados roteiros de mobilização da categoria, ações que buscam a consci-entização da sociedade, paralisações programadas, entre outras atividades que promovam a conscientiza-ção da sociedade sobre as mazelas do trabalhador do Poder Judiciário e a condi-ções em que são realizados os atendimentos à socieda-de. O comando de mobiliza-ção, definido pelos colegas,

fará a articulação regional junto aos servidores para a execução das ações encami-nhadas pela mesa diretiva da Assembleia. A expectativa do grande grupo é que esta articulação promova um avanço nas propostas junto a administração, vindo a atender as demandas dos s e r v i d o r e s . A p r ó x i m a Assembleia Geral, agendada para o dia 14 de novembro, deverá avaliar o movimento e, ainda, apontar definições a respeito do movimento paredista.

A p r o x i m a d a m e n t e 4 0 comarcas estiveram repre-sentadas na Assembleia Geral desta sexta feira, no Colégio Pão dos Pobres. São elas: Cachoeirinha, Cachoei-ra do Sul, Santa Rosa, Estre-la, Campina das Missões, Bagé, Porto Alegre (TJ, Foro Regional do Partenon, Foro Regional da Tristeza, Foro Central 2, DMS-TJ, Departa-mento de Artes Gráficas), Lajeado, Cruz Alta, Alegrete, Tramandaí, Capão da Canoa, Torres, Tenente Portela, Gra-vataí, Livramento, Santiago, São Leopoldo, Uruguaiana, Esteio, Passou Fundo, Sapu-caia do Sul, Santa Maria, São

Borja, Cacequi, Santo Cristo, Guaíba, Dom Pedrito, Novo Hamburgo, Rio Pardo, Santo Ângelo, Carazinho, Pelotas e Ijuí.

�O ato público dos servidores d o J u d i c i á r i o e d o M P terminou em frente ao Tr ibunal de Just iça, na capital, com um abraço simbólico no prédio e os colegas entoando o Hino do Rio Grande do Sul. Acesse o link, veja o vídeo pelo Canal do Sindjus RS no Youtube - http://youtu.be/L3a7pQPzvkE

Paralisações Estaduais de 24 horas:

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Ato�em�frenteao�TJRS

Comarcasparticipantes

Propostase�votações

O SindjusRS, diante da mensagem da divulgada hoje pelo TJRS, da lavra do seu Desembargador Presidente, Dr. José Aquino Flôres de Camargo, manifesta à categoria e a sociedade o seu profundo desconforto quanto ao ali contido.

O SindjusRS reconhece o paga-mento de pequenos reajustes acima da inflação, ainda que muito aquém das justas expectativas dos servido-res, porquanto parcelados nos índi-ces inflacionários. Todavia, não se pode deixar de levar em conta as per-das salariais históricas da categoria, que hoje ultrapassam os cinquenta por cento. E tal tem sido um dos obje-tos de agenda pontual negociada, ainda no início da atual gestão patro-nal com a proposta de reajustes anua-is por período a ser ajustado. Contu-do, tal pleito não avançou.

O SindjusRS, e não poderia ser dife-rente, por questão de justiça, reco-nhece o recesso forense, que tam-bém é extensivo aos juízes, e não só aos servidores, e a data-base, ainda que o texto dessa última preveja a possibilidade de parcelamento dos reajustes, como conquistas da atual gestão.

O SindjusRS, quanto ao PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS, reivindi-cou exaustivamente a formação de mesa paritária para negociação, desde que foi noticiada retomada do seu encaminhamento nos órgãos administrativos do TJ, sem sucesso, tanto que tal se encontra a um passo de ser aprovado no Órgão Especial, sem a participação derradeira desta entidade.

Apenas agora, manifestado o des-contentamento da categoria, acena o TJ com a primeira reunião com o rela-tor do plano. Todavia, é necessário tempo hábil para que avancemos para alterar um texto já de amplo

conhecimento dos servidores como prejudicial e excludente quanto aos seus direitos e interesses.

O fim do estorno do auxílio-alimentação, bem como o seu reajus-te na casa dos 10% ofertados pela administração, são fatos positivos, todavia absolutamente insuficiente o valor ofertado, mormente pelo fato de que tramita projeto de reajuste do auxílio-alimentação para os juízes em valor três vezes maior. Reiteramos o que já dissemos outras vezes, nossos estômagos e famílias são iguais às dos juízes;

O SindjusRS em nenhum momen-to deixou de apostar no diálogo e negociação permanentes, estabele-cendo uma agenda pontual de reivin-dicações históricas da categoria, mas não obteve avanços significativos. É necessário que se rememore que, para quase a totalidade das pautas, sempre foram apresentados impedi-mentos galgados na suposta escas-sez orçamentária. A Lei de Responsa-bilidade Fiscal e os limitadores da LDO sempre serviram, à Administra-ção do TJRS, como argumento a invi-abilizar o avanço das nossas deman-das. Contudo, para o pagamento do auxílio-moradia, há recursos disponí-veis!

Quanto à retaliação mencionada na Nota da Presidência, repudiamos e negamos peremptoriamente o alu-dido, não podendo deixar de frisar que a decisão judicial que concedeu aos juízes o auxílio-moradia – reco-nhecido pelo próprio TJ como “re-composição salarial aos magistra-dos” causou profunda indignação na

própria sociedade civil em um país com tantos contrastes e desigualda-des sociais.

O SindjusRS nega a afirmação de que houve descaso ao diálogo franco e menosprezo à administração patro-nal, pois em nenhum momento houve radicalização ou negativa em negociar franca e abertamente, muito antes pelo contrário, o que não se pode é permanecer indefinida-mente no campo da mera expectati-va, porquanto a categoria anseia há muito pela solução de seus proble-mas que vão desde as doenças labo-rais ocasionadas pela excessiva carga de trabalho, o déficit de servidores, assédio moral, ausência de recompo-sição digna de vencimentos, sucatea-mento dos locais e condições de tra-balho, entre outras demandas.

O SindjusRS lembra aos trabalha-dores do judiciário que estamos exer-citando o nosso lídimo direito de para-lisação, garantido pela Constituição Federal e reconhecido pelos tribunais pátrios. Ora, se até os juízes federais ameaçam parar em todo o Brasil, exercendo o seu direito, por que não podem os servidores do judiciário gaúcho? Repudiamos as insinuações de corte de ponto, posto que serão cumpridas todas exigências legais mínimas, como temos orientado à nossa categoria.

O SindjusRS, por fim, lembra aos colegas servidores do melhor judiciá-rio do país, título recebido graças ao suor e adoecimento da categoria, que todas as deliberações tomadas na Assembleia Geral, instância sobe-rana, serão cumpridas, e que continu-ará firme nos propósitos nela expres-sos.

PORTO ALEGRE, 22 DE OUTUBRO DE 2014.

A direção do SindjusRS

NÃO�É�PELO�AUXÍLIO-MORADIA,�É�POR�NOSSA�DIGNIDADE

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A�Categoria�está�mobilizadae�preparada�para�decretaruma�Greve�no�Judiciário

Em primeiro lugar cumpre esclarecer, de forma singela, que o surgimento da magistratura, nos moldes atuais, é fruto da luta dos “trabalhadores” ao longo dos tempos. O antigo praetor romano surgiu em face de ficar distante do povo as decisões do imperador e não conseguir ele solucionar as demandas, restando o povo a exigir outra figura que conciliasse as querelas (queda da realeza de Tarquínio, o Soberbo, e constituição da república), com o surgimento dos praetores. Já a figura do juiz moderno se desenhou com a revolução francesa, onde o p o v o p ô s a b a i x o u m r e g i m e c o n c e n t r a d o r e s e m v i s ã o s o c i a l (decapitou João XV e Maria Antonieta) e criou, a partir dali, o estado moderno com as teorias de Montesquieu. Houve também contribuições val iosas do Império Inglês. O juiz moderno, portanto, é f r u t o b a s i c a m e n t e d a l u t a d o s trabalhadores ao longo da história, que garantiu as suas prerrogativas e suas direitos. O mais triste, no entanto, é ver que essa figura criada pela luta dos trabalhadores hoje se volta contra a luta dos trabalhadores. Quiça seja hora de os trabalhadores retomarem sua função primária de inovação e reestruturação social.

Da nota da presidência do tribunal Inicialmente cumpre esclarecer que os trabalhadores da justiça do Estado do RS são regidos pela Lei Complementar 10.098/94 (Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores do Estado do RS). E cabe ainda complementar que a Lei 7.783/89 (Lei de Greve) aplica -se aos trabalhadores do serviço públ ico, conforme entendimento do STF. Dito isso, vamos analisar a questão das faltas eventuais ao serviço provocadas pela paralisação e as repercussões funcionais com base nestas duas leis.

I – Da LC 10.098/94 e a efetividade e as faltas não justificadas: A LC 10.098/94 prevê que o vencimento será pelo “efetivo exercício do cargo” (art. 78), e que o servidor perderá a remuneração pelos dias que faltar ao serviço (art. 80). Diz também que são considerados de efetivo exercício, até oito dias de casamento ou luto, 1 dia de doação de sangue, até 3 dias por moléstia e para participar de assembleia ou atividade sindical (tudo no art. 64). Já quanto as faltas não justificadas a Lei 10.098/94

refere-se elas nos artigos 150, § 3º e no art. 248. Há outras referências à ausência ao serviço no art. 197, § 2º e art. 247. Denota -se da lei que a não efetividade e a ausência ao serviço, que pode se tornar falta não justificada, mediante procedimento apropriado e não justificado pelo servidor. Observa -se também que a apuração da falta não é medida prévia, mas sim posterior a muitos dias de faltas. Assim, a falta não justificada somente é possível existir com a intimação do servidor por não ter “comparecido ao serviço”. E somente é possível, nos exatos termos do art. 248, instalar sindicância quando as faltas forem superiores a 30 corridas ou 60 intercaladas NO ANO. No mais, para apurar falta não justificada (< 30 corridas ou < 60 intercaladas no ano), abre-se mero expediente informal onde se indagará ao servidor o motivo que o fez faltar, devendo fundamentar a decisão tanto para abonar a falta e considerar ela como efetivo serviço quanto para considerar ela como falta não justificada. Observa -se que não existe na lei o terceiro gênero totalmente ilegal da falta justificada, criação administrativa sem previsão em lei, ou seja, totalmente inconstitucional e ilegal.

II – Da Lei 7.783/89 – Lei de Greve aplicável ao serviço público: A Lei de Greve inicia dizendo que a greve é um DIREITO (Art. 1º. É assegurado o DIREITO DE GREVE ...). Em seguida diz no art. 2º que “é legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.” Vê -se inicialmente que GREVE é um DIREITO. Aqui cabe uma análise inicial. Se greve é um direito, o exercício regular deste direito permitiria ao patrão anotar falta não justificada sem intimar o trabalhador para este dizer por que está faltando? Já vimos que para lançar falta não justificada obrigatoriamente deve ser o servidor intimado para justificá-la. Agora vimos que greve é um direito, e então o servidor pode justificar sua ausência dizendo que está no exercício regular de um direito se ausentando ao serviço, pois está em regular exercício do DIREITO DE GREVE. E somente o gestor público poderá anotar como falta não justificada essa ausência se a greve for declarada ilegal. Caso não ocorra essa declaração de ilegalidade judicialmente, o gestor público não

poderá anotar a falta não justificada. Portanto, o chamado corte do ponto (medida adotável na iniciativa privada) é medida que só pode ser adotada na administração pública após a declaração da ilegalidade do DIREITO DE GREVE. E ainda cabe outras observações. A Lei de Greve prevê expressamente que: § 2º É vedado às empresas adotar meios para c o n s t r a n g e r o e m p r e g a d o a o comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento. A Lei também prevê a p o s s i b i l i d a d e d e s u s p e n s ã o d o s pagamentos no parágrafo único do art. 17. Porém deve -se observar que esta lei foi feita para a iniciativa privada, onde as regras relacionais são diversas das regras públicas. E no caso do Estado do RS, essa lei deve obrigatoriamente ser analisada sob o regime da Lei Complementar 10.098/94, onde há previsão expressa e objetiva do que seja a falta não justificada, p e r m i t i n d o e s t a l e i s o m e n t e a possiblidade de registro de falta não justificada após defesa formal do servidor e o não acolhimento de sua justificativa.

Conclusão: A nota publicada pela Administração do Tribunal de Justiça e os seus desdobramentos como o corte de ponto e de efetividade não seguem e nem obedecem a critérios normativos legais vigentes no País e no Estado do RS. E mais grave, pratica assim evidente infração ao direito de greve, pois a Lei de Greve proíbe e x p r e s s a m e n t e , c o m o v i m o s , o empregador de “adotar meios para c o n s t r a n g e r o e m p r e g a d o a o comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.” (§ 2º do art. 6º). O Sindjus não medirá esforços para evitar medidas que visem à coibir o exercício legal do direito constitucional dos servidores, tanto no campo político como jurídico, mormente pelo fato de que não houve nem haverá interrupção da prestação dos serviços nesses dias de luta, sobretudo porque orientamos os servidores a permanecerem com um contigente de pelo menos 30% nos locais de trabalho, por aplicação analógica da lei de greve da iniciativa privada. Portanto, estamos agindo dentro da lei e em respeito à Constituição Federal.

Edson Busatto e Adalberto Paulo Klock Diretores Jurídicos do SindjusRS

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Ameaça ao exercício regular de um direito

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A construção de uma política capaz de instituir um processo permanente de ampliação do poder de compra dos salários é um desafio a ser vencido. Por sua complexidade, exigirá de todos os atores envolv idos? S erv idores , sindicato e a administração do TJ/RS? propostas e ações capazes de superar as limitações hoje perceptíveis na matriz de remuneração dos servidores do judiciário gaúcho.

Na busca por mehor compreensão quanto à complexidade do tema política salarial, uma simples pergunta: o aumento de 7,5%, sendo 3,85% em julho e 3,5% em novembro, é um bom reajuste para os salários em 2014?

P a r a fi n s d e r e c o m p o s i ç ã o inflacionária, "bom" é o reajuste igual à inflação acumulada no período em revisão. Para validar o resultado obtido, recomenda a boa técnica comparar o reajuste de 7,5% com a inflação acumulada no refer ido período. Ocorre que, para a realização do cálculo, há duas limitações no atual modelo de recomposição dos salários: na ausência de uma data base, qual é o período em revisão? Qual indicador de inflação devo usar para fazer o cálculo?

Do que se pode concluir, o atual modelo de recomposição inflacionária dos salários supera a ausência da técnica recomendada, através da comparação do reajuste concedido com indicadores de inflação, INPC ou IPCA/IBGE, por exemplo, no período em que é feita a negociação. A a p l i c a ç ã o d o m o d e l o a t u a l , considerando que nos últimos 12 meses (abril/2013 a março/2014), os dois indicadores citados acumularam 5,62% e 6,15%, respectivamente, aponta um reajuste acima da inflação (ganho real do período) de 1,77% (INPC) e 1,26% (IPCA). Havendo reajuste superior à inflação do período, com as devidas ressalvas feitas ao que seja a data base,

o reajuste de 7,5% é sim um bom reajuste ao garantir aos salários a recomposição integral da inflação, acrescido de ganho real no período.

Uma nova pergunta contribui para ampliar o entendimento: qual seria o aumento acima da inflação ou ganho real efetivo do ano que devo utilizar para minimizar os efeitos das perdas salariais históricas? Para que, de forma satisfatória, se conclua quanto à eficácia do índice de 7,5% na reposição d a i n fl a ç ã o d o p e r í o d o e n a recuperação das perdas históricas, é necessário considerar o efeito do parcelamento do índice de reposição inflacionária.

Com o repasse integral do índice que corresponde à inflação, em uma única vez, o salário recupera o poder de c o m p r a p e r d i d o n o s 1 2 m e s e s anteriores. Para tanto, o primeiro índice de reajuste dos salários deveria ser de 5,62% ou o INPC/IBGE dos últimos 12 meses em um exemplo. De outra forma, o reajuste parcelado da inflação garante a reposição de apenas parte da perda inflacionária do período, gerando novas perdas salariais. Aplicando ao caso em análise, a diferença entre o reajuste salarial concedido na primeira parcela de 3,85% e a inflação acumulada de 5,62%, pelo INPC/IBGE, no exemplo, gerará uma perda do poder de compra dos salários de 1,68% no período entre julho e novembro de 2014, restringindo o impacto do reajuste acima da inflação. Logo, o parcelamento do índice de recomposição da inflação é um agente gerador de perda do poder de compra dos salários, pois quanto maior for o prazo entre a data base e a segunda parcela de reajuste, maiores serão as perdas salariais acumuladas.

A simples análise do resultado obtido na mesa de negociação, que determinou o reajuste salarial para

2014, permite a identificação das principais limitações da política salarial atual, quais sejam: 1) a ausência da data base, 2) a ausência de um Indicador de inflação, 3) o parcelamento da recomposição inflacionária e 4) a ausência da sinalização de uma política permanente de recuperação das perdas salariais históricas. Ainda que juntas componham um conjunto complexo, não é desmedido afirmar que algumas soluções, como a adoção de um índice e de uma data base, são consensos absolutamente plausíveis em uma boa mesa de negociação.

Por fim, mas não menos importante e decisivo, está o fato de que o desempenho orçamentário do TJ/RS, respeitadas as atuais premissas que compõem a matriz da Conta de Pessoal, alcançou, no ano de 2013, um índice de comprometimento da Receita Corrente Líquida com Despesa Total com Pessoal de 4,739%, sendo o limite prudencial de 5,59%, conforme previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Oportuno o destaque de que o Orçamento do TJ/RS para Pessoal em 2014, em relação a 2013, cresceu: a) 6,4% na Conta “Vencimento do Pessoal Ativo da TJ”, b) 16,9% com “Encargos Pessoal Inativo” e c) 25,2% com “Encargos com Pensionistas”, d) totalizando em crescimento de 10,2% na macroconta “Pessoal e Encargos”. Diante dos fatos, há possibilidade, em um ambiente complexo e difícil, de construir uma política salarial capaz de proporcionar a ampliação permanente do poder de compra dos salários dos servidores do Judiciário.

* Assessor econômico do SindjusRS, especialista em políticas salariais para categorias de servidores públicos

Os�desafios�para�a�construção�de�uma�política�salarialLUTAR É PRECISO

O�reajuste�parcelado�da�inflação�garante�a�reposição�de�apenas�parte�da�perda�inflacionária�do�período,�gerando�novas�perdas�salariais.

Por Candido Luiz Teles da Rosa *

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Em nosso jornal anterior foram apresentadas as propostas que foram escolhidas pelos participantes da Con-ferência Estadual de Saúde do Traba-lhador e da Trabalhadora para serem levadas à etapa nacional, em Brasília, em dezembro deste ano. A mais vota-da de todas as propostas reivindica a tipificação criminal para o assédio moral no trabalho, uma praga que assola trabalhadores de todas as cate-gorias profissionais pelo país, e que vem sendo combatida por muitos sin-dicatos, como o nosso SindjusRS. É uma reivindicação importantíssima, pois uma ADIN extinguiu a lei que tra-tava desse assunto, a Lei Complemen-

tar 12561, de 12/07/2006. Em pesquisa realizada no Brasil, com 42 mil traba-lhadores e trabalhadoras de empresas públicas e privadas, 23,8% dos entrevis-tados declararam ter sofrido algum tipo de violência psicológica e humi-lhação no trabalho (1º Seminário da Serra Gaúcha sobre Assédio Moral no Trabalho – Manual de promoção à vida para trabalhadores e trabalhadoras). Ainda segundo essa pesquisa, as situa-ções mais comuns incluem gritos e a g r e s s i v i d a d e , s e r l e m b r a d o constantemente sobre erros, ter b o a t o s e s p a l h a d o s a s e u respeito, ser pressionado a não recla-mar de direitos e receber supervisão

excessiva. Mas também se apresenta por várias outras ações, como retirar o trabalho que normalmente compete à pessoa, impedimentos a promoções, negar informações importantes à rea-lização de tarefas, desconsiderar reco-mendações médicas, isolamento. Dian-te de qualquer situação de assédio, temos um dever de solidariedade para com quem foi assediado, escutando e apoiando, exigindo a investigação dos fatos e a punição de assediadores. No site do SindjusRS pode ser acessada a nossa cartilha - ASSÉDIO MORAL É PROBLEMA NOSSO – que detalha muito bem as formas com que se manifesta e como nos protegermos.

As�Conferências�de�Saúde�do�Trabalhador�e�o�Assédio�Moral

DIA�DA�CONSCIÊNCIA�NEGRA�NO�BRASIL

SAÚDE E DIGNIDADE DO TRABALHADOR 11

Dia 20/11/2014 será comemorado o Dia da Consciência Negra no Brasil. O Brasil ainda é um país que discrimina, que precisa de uma política de cotas raciais que incluam afrodescentes nos espaços de poder e decisão. Pois ainda é necessário que haja ações que lembrem a sociedade em geral, que o comportamento ou a conduta discriminatória, a ofensa com o uso de elementos referentes à raça, etnia, religião ou origem é crime. Mas, sobretudo, uma herança que deve ser rechaçada por esta nação - formada por vários povos.A direção sindical do SindjusRS aproveita a passagem que se aproxima para reforçar a importância em combater as históricas desigualdades entre negros e não negros, que segue latente em face do mito da democracia racial que vivemos. Se há cerca de 120 anos convivíamos com leis abjetas como a da escravidão, hoje em dia também convivemos c o m l e i s i n j u s t a s , q u e f a v o r e c e m o s privilegiados e as elites, em detrimento às camadas mais pobres da população. É preciso assegurar o progresso de certos grupos raciais e étnicos, a fim de proporcionar a estas pessoas a igualdade aos direitos humanos e liberdades fundamentais.

O V C o n g r e s s o E s t a d u a l d o s Servidores do Judiciário Estadual – Conseju – acontece em um momento palpitante na vida dos servidores públicos em geral, dos servidores do judiciário e da sociedade brasileira. No Judiciário gaúcho, vivemos talvez o ápice da desvalorização funcional e do achatamento salarial de uma categoria

que há anos amarga perdas salariais h i s t ó r i c a s , d e f a s a g e m s a l a r i a l , problemas de saúde devido à sobrecarga de trabalho e assédio moral crescentes, a ameaça de um plano de cargos e salários prejudicial a todos, o desmonte do serviço público, o excesso de cargos comissionados em detrimento aos servidores de carreira, entre outras mazelas que se replicam em outras categorias do serviço público de todas as esferas como se fosse colocada em prática uma grande cartilha de redução de direitos, de desvalorização e de desprestígio do servidor público.

No atual contexto social, onde nos inserimos como servidores públicos e sobretudo cidadãos, vivemos a pleno o processo da banalização da violência, da

espiral da intolerância do ser humano para com seus pares, da homofobia e do ódio racial permanentes e crescentes. Assim se apresenta a nós o desafio de realizarmos um Conseju que seja o reflexo de nosso tempo, que se proponha a analisar e lançar uma luz sobre os fatos culturais, sociais e políticos do Brasil e do mundo e que

aponte os rumos que devemos traçar para nossa categoria face aos desafios que se apresentam.

Sob o tema "Servidor Valorizado, Sociedade Protegida", buscamos a valorização dos servidores do judiciário e dos servidores públicos em geral, a valorização da vida e da dignidade do ser humano como corolários de uma s o c i e d a d e j u s t a , d e m o c r á t i c a e igualitária que não retome mais as experiências dos regimes de exceção do passado e que aponte o caminho para o futuro com l iberdade, respeito e igualdade social. São essas bandeiras que nortearão os debates da 5ª edição do Congresso Estadual dos Trabalhadores do Poder Judiciário do RS (Conseju), que este ano apresenta cinco painéis. São eles: 50 Anos do Golpe Militar – Ditadura Nunca Mais; Assédio Moral e Saúde do Trabalhador. A precarização do trabalho e suas consequências. Iniciativas para a m e l h o r i a d a s a ú d e d o s e r v i d o r ; Homofobia e Racismo na perspectiva do Direito; Plano de Cargos e Salários no S e r v i ç o P ú b l i c o - A b u s c a p e l a valorização funcional e pessoal dos servidores e Evolução dos direitos e lutas sociais - Os desafios na mobilização e conscientização dos servidores.

Esperamos todos nos dias 7, 8 e 9 de novembro, delegados, observadores e convidados, no City Hotel, em Porto

Alegre, juntamente com os palestrantes:

- Juremir Machado da Silva – escritor e jornalista

- Jair Krischke – presidente do Movimento dos Direitos Humanos

- Jane Maria Wolff – médica do trabalho especialista em saúde do trabalhador

- Maria Berenice Dias – Advogada especializada em Direito de Família, Sucessões e Direito Homoafetivo

- Maria Conceição Lopes Fontoura – Coordenadora da ONG Maria Mulher de Mulheres Negras

- Vera Miranda – especialista em planos de carreira no serviço público

- E d u a r d o C a r r i o n – a d v o g a d o c o n s t i t u c i o n a l i s t a e p r o f e s s o r universitário

- Alberto Ledur - presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público Estadual

Mais informações pelo hotsite do evento:

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V CONSEJU