A Ocupação Muçulmana da Península Ibérica e a Reconquista Cristã

Tárique

Em 710, morreu Vitisa, o penúltimo rei dos Visigodos. Como a monarquia visigoda era electiva, depois de acesas discussões e mal disfarçados ressentimentos foi escolhido o rei Rodrigo.Surgiram desentendimentos profundos e graves lutas entre os visigodos, até que a facção derrotada, a dos partidários do antigo rei, decidiu procurar reforços entre os mouros do norte de África. Foi então que Tárique (Tariq ibn Ziyad), general proveniente de Tânger, atravessou o estreito e chegou à Península Ibérica.

Em 711, os Muçulmanos, provenientes do Norte de África e comandados por Tárique, atravessam os estreito e invadem a Península Ibérica, derrotando os cristãos desunidos na Batalha de Guadalete, nas margens do rio Guadalquivir.

Gibraltar:Jabal al-Tariq (montanha de Tárique)

A resistência dos cristãos foi praticamente nula e, em menos de três anos, quase toda a Península Ibérica estava submetida ao invasor.

A maior parte da população passou a viver sob domínio islâmico, outros refugiaram-se nas regiões montanhosas do Norte da Península: nos Pirinéus e nas Astúrias.

Foi a partir das Astúrias que se organizou a resistência e a reconquista do território. Em 722, Pelágio derrotou os invasores na lendária batalha de Covadonga

Formou-se assim o reino das Astúrias e iniciou-se o movimento de recuperação do território peninsular sob domínio muçulmano: a Reconquista Cristã.

A Reconquista Cristã originou-se a partir de vários núcleos.

No decorrer desse lento processo, formar-se-iam os diversos reinos cristãos da Península: Castela, Navarra e Aragão, além dos condados Catalães.Mais tarde viria a formar-se o reino de Portugal.

Este movimento de reconquista foi muito lento, feito de avanços e recuos. Os muçulmanos só seriam expulsos da Península em 1492, com a conquista de Granada.