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1 REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS Avaliação dos Planos Diretores Nome do pesquisador: Rosane Biasotto E-mail e telefone de contato: [email protected] ; res. 21 - 2527 2765; trab. 21- 2536 9786. Município: Macaé/RJ Número da lei: LEI COMPLEMENTAR Nº 076/2006 Data da aprovação do Plano Diretor: 2006 Estado: Rio de Janeiro A. Informações gerais do município. 1. Caracterização socio-demográfica e econômica do município. Para essa caracterização podem ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio diagnóstico utilizado no Plano Diretor. Além disso, se possível, buscar situar o contexto sócio-político no qual o Plano Diretor foi elaborado. a) população urbana e rural (Contagem 2007 IBGE) e sua evolução nos últimos 20 anos. Ano População Urbana População Rural População Total 1980 59.397 1991 89.336 11.559 93.657 2000 126.007 6.454 132.461 2007 165.001 4.512 169.513 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1980, 1991, 2000; PNAD 2007 b) evolução da PEA por setor nos últimos 10 anos. 1991 Pessoas com 10 anos ou mais 2000 Pessoas com 10 anos ou mais (pessoas) (percentual) Total de Pessoas com 10 anos ou mais (percentual) Total 79.156 100,00 107.951 100,00 Economicamente Ativa 43.290 54,69 63.152 58,50 Não Economicamente Ativa 35.866 45,31 44.799 41,50 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000

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REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS

Avaliação dos Planos Diretores

Nome do pesquisador: Rosane Biasotto

E-mail e telefone de contato: [email protected] ; res. 21 - 2527 2765; trab. 21- 2536

9786. Município: Macaé/RJ Número da lei: LEI COMPLEMENTAR Nº 076/2006 Data da aprovação do Plano Diretor: 2006 Estado: Rio de Janeiro

A. Informações gerais do município. 1. Caracterização socio-demográfica e econômica do município. Para essa caracterização podem ser utilizadas fontes secundárias (dados IBGE) e o próprio diagnóstico utilizado no Plano Diretor. Além disso, se possível, buscar situar o contexto sócio-político no qual o Plano Diretor foi elaborado. a) população urbana e rural (Contagem 2007 – IBGE) e sua evolução nos últimos 20 anos.

Ano População Urbana População Rural População Total

1980 59.397

1991 89.336 11.559 93.657

2000 126.007 6.454 132.461

2007 165.001 4.512 169.513 Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1980, 1991, 2000; PNAD 2007

b) evolução da PEA por setor nos últimos 10 anos.

1991 Pessoas com 10 anos ou mais

2000 Pessoas com 10 anos ou mais

(pessoas) (percentual)

Total de Pessoas com 10 anos ou

mais (percentual)

Total 79.156 100,00 107.951 100,00

Economicamente Ativa

43.290 54,69 63.152 58,50

Não Economicamente

Ativa 35.866 45,31 44.799 41,50

Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000

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d) déficit habitacional e déficit de acesso aos serviços de saneamento ambiental.

Déficit Habitacional Básico

Absoluto % do Total de Domicílios

Total Urbana Rural Total Urbana Rural

2.932 2.748 184 7,72 7,61 10,03 (1) Déficit habitacional básico: soma da coabitação familiar, dos domicílios improvisados e dos rústicos. (2) Para municípios o déficit habitacional básico não inclui as estimativas de domicílios rústicos inferiores a 50 unidades. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI), Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas.

Inadequação Fundiária (1)

Adensamento Excessivo (1)

Domicílio Sem Banheiro (1)

Carência de Infra-estrutura (2)

Absoluto % domicílios urbanos

Absoluto % domicílios urbanos

Absoluto % domicílios urbanos

Absoluto % domicílios urbanos

1.106 3,06 3.455 9,56 682 1,89 6.188 17,13

(1) Apenas casas e apartamentos urbanos. (2) Casas e apartamentos urbanos que não possuem um ou mais dos serviços de infra-estrutura: iluminação elétrica, rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica, e coleta de lixo. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Centro de Estatística e Informações (CEI), Déficit Habitacional no Brasil – Municípios Selecionados e Microrregiões Geográficas.

(i) Conteúdo: O Plano apresenta uma estratégia econômica/sócio-territorial para o desenvolvimento do município? Quais são os elementos centrais desta estratégia? Caso não apresente uma estratégia de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o sentido do plano?

O plano é amplo e abrangente. Estabelece uma série de diretrizes para os diversos setores da administração municipal.

As diretrizes que tratam do desenvolvimento econômico pretendem integrar e harmonizar objetivos que vão desde a afirmação do Município com pólo nacional de produção energética, até outros objetivos específicos que associam arranjos produtivos locais, proteção ambiental; atividades rurais, atividades turísticas, articulação com municípios vizinhos, economia solidária e etc. São muitas orientações que se sobrepõem sem deixar claro qual seriam as prioridades para o desenvolvimento urbano nos próximos 10 anos.

Sobre a Política Urbana do Município, de acordo com o artigo 8º - “É objetivo da Política Urbana ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado e diversificado de seu território, de forma a assegurar o bem-estar equânime de seus habitantes mediante ações que visem” entre uma série de aspectos extremamente abrangente:

“VII - promover a ordenação e controle do uso do solo, de forma a combater e evitar: a) a proximidade ou conflitos entre usos incompatíveis ou inconvenientes; b) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivo ou inadequado em relação à infra-estrutura urbana; c) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente; d) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulta na sua subutilização ou não-utilização; e) a deterioração das áreas urbanizadas e os conflitos entre usos e a função das vias que lhes dão acesso; f) a poluição e a degradação ambiental; g) a excessiva ou inadequada impermeabilização do solo; h) o uso inadequado dos espaços públicos;

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i) a invasão e ocupação de forma irregular de áreas públicas e ou de preservação permanente.”

A reprodução do trecho acima pretende demonstrar o quanto o plano é abrangente e difícil de ser avaliado em relação a sua estratégia de desenvolvimento, absorvendo um conjunto infinito de orientações. Entretanto, o plano não determina nenhum parâmetro objetivo e remete muitas definições necessárias à aplicação de instrumentos de ordenamento e controle do uso do solo para leis municipais específicas a serem elaboradas no prazo de 1 (um) ano.

(ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo. Verificar se a linguagem predominante no plano, é excessivamente técnica, dificultando sua compreensão pela população, ou se procura uma linguagem mais acessível.

O texto é auto-explicativo. A dificuldade na apreensão do conteúdo geral refere-se mais as repetições e redundâncias que se somam a cada capítulo e seção. São muitas repetições de frases e expressões em contextos diferentes. Parece contemplar os diferentes agentes sociais, absorvendo diferentes interesses.

(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define prioridades de investimentos, relacionando-as ao ciclo de elaboração orçamentária subseqüente.

Repete várias vezes, nos capítulos que orientam políticas setoriais, inclusive de saúde e educação, a necessidade de integrar os orçamentos setoriais e futuros planos plurianuais às diretrizes do plano diretor. Nas disposições transitórias, artigo 243, que estabelece prioridades e prazos, determina, no inciso II, a seguinte obrigação para o poder municipal, dentre outras apresentadas neste relatório:

“b) criar Lei municipal, dentro dos limites de suas atribuições constitucionais, que disciplinará o fundo municipal dos royalties, em consonância com as diretrizes gerais previstas no artigo 31 deste Plano Diretor, que será constituído obrigatoriamente de duas partes: a primeira parcela, permanente, que não pode ser gasta, a não ser com a autorização da maioria absoluta dos votos do Poder Legislativo municipal; a segunda parcela, que será formada pela renda auferida através de investimentos da parte principal, e de reinvestimentos dos lucros obtidos, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência desta Lei.”

Destaca-se, entretanto, segundo artigo 219, que o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual do Município incorporarão e observarão as diretrizes e prioridades estabelecidas no Plano Diretor, devendo seu conteúdo ser analisado em audiência pública especialmente convocada em ocasião anterior à sua votação pelo Poder Legislativo Municipal.

(iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos. Caso o município seja atingido por algum investimento importante em infraestrutura de logística/energia, avaliar se o Plano diretor leva em consideração estes investimentos e seus impactos.

Assunto não tratado diretamente no plano.

B. Acesso à terra urbanizada

Os objetivos da avaliação estarão centrados nos seguintes aspectos:

a) detectar que diretrizes do Estatuto da Cidade foram reproduzidas nos textos do PD

As diretrizes do EC foram reproduzidas, textualmente, porém não na mesma ordem e posição em

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que aparecem no EC. São incorporadas em vários capítulos, seções e itens, especialmente no TÍTULO I - DA CONCEITUAÇÃO, FINALIDADE, ABRANGÊNCIA, PRAZOS E OBJETIVOS GERAIS DO PLANO DIRETOR.

Observa-se que as diretrizes do EC são reescritas e reeditadas em diferentes partes do texto do plano, sobretudo quando são descritos os princípios, objetivos e diretrizes. As diretrizes do EC são também articuladas na própria definição e conceituação geral do plano como instrumento global e estratégico da política municipal.

“Art. 2º - O Plano Diretor é instrumento global e estratégico da política municipal de desenvolvimento social, urbano, econômico, ambiental e dos serviços de utilidade pública do Município de Macaé, determinante para todos os agentes públicos e privados que atuam no Município, tendo como objetivo fundamental definir o conteúdo das políticas públicas, da função social da cidade e da propriedade urbana, de forma a garantir o acesso à terra urbanizada e regularizada, o direito à moradia, ao saneamento básico, aos serviços urbanos públicos, ao transporte, ao trabalho, à educação, às culturas, à saúde, ao lazer, ao meio ambiente para as presentes e futuras gerações, voltado para implementar uma gestão democrática e participativa, com vistas a reduzir as desigualdades sociais e promover a elevação da qualidade de vida.”

b) apontar diretrizes que, embora não reproduzam o texto do Estatuto, se refiram como objetivos ou diretrizes do plano aos seguintes temas:

Garantia do direito à terra urbana e moradia.

O tema da moradia é abordado de maneira bastante ampliada e está contemplado tanto nos princípios, objetivos e diretrizes, como no macrozoneamento, na orientação da regulamentação dos instrumentos da política urbana e na definição de uma política setorial específica1.

O artigo 6º, do capítulo II que estabelece os princípios e objetivos gerais do plano, contempla dezoito incisos e a moradia é mencionada, explicitamente, em dois. No inciso III que estabelece o “direito à cidade para todos, compreendendo o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer”, e no inciso “VI - direito universal à moradia digna”.

No artigo 7º, são dezenove incisos que integram os objetivos gerais decorrentes dos princípios elencados e, no inciso XI, um dos objetivos gerais é “democratizar o acesso à terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis às faixas de baixa renda.”

Observa-se ainda no CAPÍTULO III - Da Política Urbana do Município a definição de outro leque de objetivos e de diretrizes que, em grande parte, contemplam os princípios gerais enunciados, além de indicar no artigo 8° logo no primeiro inciso, repete um trecho do artigo 2°, que conceitua o plano como instrumento global do planejamento municipal é repetido literalmente: “I - garantir o direito à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e serviços públicos, ao trabalho e ao lazer; (...).”

- Gestão democrática por meio da participação popular

1 O artigo 87 que apresenta os objetivos das políticas públicas para a Urbanização e Uso do Solo, no CAPITULO IV

- Do Desenvolvimento Urbano, assim como os artigos e incisos das Seções I - Das Políticas de Desenvolvimento Urbano e II - Da Urbanização e Uso do Solo serão abordados no item deste roteiro que trata especificamente da política habitacional.

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A gestão democrática e participativa perpassa todo o texto da lei do plano. São mencionados 15 conselhos municipais e fundos correspondentes, além de conferências relacionadas às políticas setoriais.

Conselhos Municipais citados no Plano Diretor

1 Conselho Municipal de Assistência Social

2 Conselho Municipal da Cultura

3 Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

4 Conselho Municipal dos Desportos

5 Conselho Municipal dos Direitos da Mulher

6 Conselho Municipal dos Direitos de Pessoas com Deficiência

7 Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé

8 Conselho Municipal de Educação

9 Conselho Municipal do Idoso

10 Conselho Municipal de Meio Ambiente

11 Conselho Municipal de Mobilidade

12 Conselho Municipal da Pesca

13 Conselho Municipal de Saúde

14 Conselho Municipal do Trabalho

15 Conselho Municipal de Turismo

Não foi possível verificar se todos os conselhos municipais citados estão em pleno funcionamento, embora articulados às diretrizes setoriais.

Destaca-se no artigo sexto que o plano rege-se, além de outros princípios, pela participação da população nos processos de planejamento, gestão, implementação e monitoramento do Plano Diretor.

Ordenação e controle do uso e ocupação do solo de modo a evitar a retenção especulativa de terrenos.

Foram identificadas apenas duas menções específicas: No artigo 7º, entre os objetivos gerais decorrentes dos princípios elencados: XII - prevenir distorções e abusos no desfrute econômico da propriedade urbana e coibir o uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a assegurar o cumprimento da função social da propriedade. No artigo 9º, que trata da Política Urbana, na seguinte diretriz: VII - promover a ordenação e controle do uso do solo, de forma a combater e evitar: (...) d) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulta na sua subutilização ou não-utilização.

Justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização.

Entre as diversas diretrizes que podem ser associadas, destaca-se o artigo sétimo, que transcreve o EC da seguinte maneira: São objetivos gerais decorrentes dos princípios elencados: IV - promover o desenvolvimento sustentável, a justa distribuição das riquezas e a eqüidade social

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no Município; VII - garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes das obras e serviços de infra-estrutura urbana; (...).

Recuperação dos investimentos do Poder Publico de que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos.

Observa-se no plano a menção desta diretriz no artigo sexto que diz: “Este Plano Diretor rege-se pelos seguintes princípios: (...) V - transferência para a coletividade de parte da valorização imobiliária inerente à urbanização; (...). E artigo oitavo: CAPÍTULO III - Da Política Urbana do Município. Art. 8º - É objetivo da Política Urbana (...): I - recuperar para a coletividade a valorização imobiliária resultante da ação do Poder Público; (...)

Regularização Fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda.

A regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda é um dos objetivos gerais do plano. Associa-se a política de desenvolvimento urbano e figura entre suas diretrizes. Também faz parte da orientação das políticas para as áreas púbicas no artigo nono, incisos: IV - promover e viabilizar a regularização fundiária e urbanística de assentamentos subnormais e de parcelamentos clandestinos e irregulares, atendendo a padrões adequados de preservação ambiental e de qualidade urbana; XV - promover a regularização física e fundiária de assentamentos irregulares já consolidados e das unidades ali construídas, requalificando e urbanizando estas áreas, através de ações integradas com os demais órgãos da administração municipal; (...). De acordo com o artigo 99 são ações estratégicas das políticas públicas para as Áreas Públicas, inciso V - urbanizar e dotar de equipamentos de uso público as áreas de assentamentos com habitação de interesse social.

Questões centrais:

I. A Função Social da Propriedade

1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social da propriedade? De que forma?

Sim. Ênfase na associação entre regulação do solo e financiamento do desenvolvimento urbano; interação e coresponsabilidade entre os diferentes agentes sociais; ordenamento territorial.

2. Apresenta um capítulo específico para tratar da função social da propriedade?

Sim, no CAPÍTULO IV - Da função social da propriedade urbana, artigos 10, 11 e 12. Estabelece que a propriedade urbana, tanto privada como pública cumpre sua função social quando atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos no plano.

O capítulo finaliza no artigo 12 com a ratificação do artigo 182 da Constituição da República, repetindo ainda textualmente os artigos 5º, 6º, 7º e 8º da Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade, afirmando que “não cumprem a função social da propriedade urbana, por não atender às exigências de ordenação da cidade, os imóveis urbanos totalmente desocupados, ou subutilizados, sendo passíveis, sucessivamente, de parcelamento, edificação e utilização compulsórios, Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo e

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desapropriação com pagamentos em títulos.”

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo

1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural? Compreende a totalidade do território municipal.

O macrozoneamento estabelecido no plano abrange todo o território municipal, subdividindo-o em Macrozona de Ambiente Natural, onde se admite o uso rural/agrícola e Macrozona de Ambiente Urbano.

2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Sim. Quais?

O controle do uso e ocupação do solo consta do TÍTULO III - DA ESTRUTURAÇÃO URBANA. O objetivo expresso no texto do artigo 115 reforça a intenção de “orientar, ordenar e disciplinar o crescimento do Município e dos núcleos urbanos, através dos instrumentos de regulação do solo, do sistema viário estrutural, da distribuição espacial das atividades, da densificação e configuração da paisagem urbana no que se refere à edificação e ao parcelamento do solo.”

O Macrozoneamento é apresentado no CAPÍTULO I que, de acordo com o artigo 116, divide o território municipal em duas Macrozonas:

i) Macrozona de Ambiente Natural – MAN, e

ii) Macrozona de Ambiente Urbano - MAU.

Cada uma destas duas macrozonas é subdividida em macroáreas que, de acordo com a própria descrição feita no texto da lei, contemplam as singularidades do território. Os objetivos e as diretrizes para as macrozonas e suas correspondentes macroáreas são reproduzidas a seguir.

ANEXO 11 - Representação Esquemática do Macrozoneamento Municipal

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i) A Macrozona de Ambiente Natural – MAN subdivide-se em:

Macroárea de Preservação Ambiental – MPA

Na Macroárea de Preservação Ambiental, de acordo com o artigo 125, será elaborado, prioritariamente, o Zoneamento Ambiental, sem prejuízo da utilização de outros instrumentos previstos na legislação ambiental e neste Plano Diretor, de acordo com o artigo 125.

Abrangência (artigo 123) Objetivos específicos (artigo 124)

Compreende as áreas caracterizadas pela predominância de paisagens naturais pouco alteradas, com presença de elementos ambientais passíveis de preservação, incluindo as áreas de produção agropecuária.

I - preservar os recursos naturais existentes; II - criar unidades de conservação, em especial de proteção integral; III - compatibilizar a conservação da natureza ao uso sustentável dos recursos naturais no desenvolvimento das atividades econômicas, em especial a agropecuária e o turismo; IV - definir ações estratégicas para o desenvolvimento do turismo, considerando as potencialidades de cada localidade; V - implementar programas municipais de fomento à atividade agrícola; VI - criar canais de escoamento dos produtos e assessorar os produtores na organização em associações e cooperativas.

Macroárea de Uso Sustentável - MUS

De acordo com o artigo 129, para a Macroárea de Uso Sustentável deverá ser elaborado, prioritariamente, os Planos Regionais, sem prejuízo da aplicação de outros instrumentos previstos neste Plano Diretor.

Abrangência (artigo 126 e 127) Objetivos específicos (artigo 128)

Abrange sedes de distritos, localidades rurais e núcleos isolados, cujo processo de urbanização apresenta-se em diferentes graus de consolidação urbana e qualificação ambiental, decorrentes da ocupação muitas vezes inadequada do território.

I - planejar de forma sustentável o processo de urbanização em curso; II - utilizar padrões de urbanização que induzam a ocupação em baixa densidade; III - estabelecer normas e instrumentos de ordenamento territorial, parcelamento, uso e ocupação do solo, compatíveis à preservação ambiental; IV - criar um sistema efetivo de transportes urbanos, que atenda a todos os distritos; V - garantir o atendimento a todos os núcleos urbanos por saneamento básico; VI - estimular a construção de uma estrutura turística efetiva, com prioridade para a proteção e recuperação do patrimônio natural e histórico e para qualificação do comércio local.

No parágrafo único, do artigo 129, estão indicado os planos regionais como o principal instrumento de planejamento urbano e ambiental das sedes distritais, núcleos isolados e localidades da Macroárea de Uso Sustentável.

De acordo com o mesmo parágrafo, os Planos Regionais deverão considerar a análise dos principais aspectos de natureza físico-territorial, ambiental, socioeconômica e relativos ao

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desempenho das funções urbanas.

O conteúdo mínimo dos planos regionais para a Macroária de Uso Sustentável, de acordo com o artigo 130, deverá observar:

“I - estabelecimento de perímetros urbanos, considerando a área urbana consolidada e área para expansão urbana; II - definição das diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação do solo; III - previsão de programas e projetos de curto, médio e longo prazos voltados ao atendimento dos núcleos urbanos por saneamento ambiental, iluminação pública e sistemas integrados de circulação viária e transportes urbanos; IV - mapeamento das áreas e situações de risco ambiental; V - previsão ou recuperação de áreas públicas de lazer; VI - previsão de equipamentos urbanos e comunitários.”

Na Macroárea de uso sustentável são ainda estabelecidas, no artigo 126, parágrafos 1 e 2, algumas condições mínimas de urbanização, ou seja de execução de infra-estrutura básica e equipamentos urbanos, que são enumerados nos incisos de I a V do parágrafo segundo, como segue abaixo:

“I - meio-fio e calçamento, com canalização de águas pluviais; II - abastecimento de água tratada; III - sistema de esgotos sanitários; IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V - escola de ensino fundamental e posto de saúde.” No TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS, no artigo 243, que estabelece as prioridades e prazos para execução e cumprimento pelo Poder Público Municipal, destaca-se no inciso V - quanto à política de desenvolvimento urbano, o item: i) que explicita o prazo de 2 (dois) anos, contados do início da vigência da lei do plano para que sejam elaborados os Planos Regionais para a Macroárea de Uso Sustentável. Destaca-se que não é previsto a utilização de instrumentos denominados de indução do desenvolvimento, como é previsto para as Macroáreas de Ambiente Urbano. ii) A Macrozona de Ambiente Urbano, de acordo com o artigo 119, subdivide-se em: I - Macroárea da Orla – MO;

II - Macroárea de Ocupação Prioritária - MOP;

III - Macroárea de Ocupação Controlada - MOC;

IV - Macroárea de Regularização Urbanística - MRU;

V - Macroárea de Expansão Periférica - MEP;

VI - Macroárea de Transição - MT.

Conforme artigo 119, o perímetro urbano do primeiro distrito está caracterizado pela predominância da ocupação humana e das intervenções decorrentes do processo de urbanização. O objetivo geral da macrozona de ambiente urbano, definido no artigo 120, é “reduzir as

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desigualdades sócio-espaciais do tecido urbano consolidado, com prioridade para a qualificação e requalificação das áreas precárias e promover a ocupação gradativa da área disponível para expansão urbana, regulando o adensamento em função da infra-estrutura instalada.” As macroáreas que subdividem a Macrozona de Ambiente Urbano são descritas a partir de características físicas, geográficas e, em alguma medida, por singularidades que refletem o processo de urbanização da cidade de Macaé. São estabelecidos para cada uma das marcoáreas objetivos específicos, diretrizes e instrumentos a serem aplicados. As macroáreas são definidas da seguinte maneira:

I - Macroárea da Orla – MO De acordo com o artigo 132, abrange três trechos distintos: orla sul; orla centro e orla norte. Porém, o plano não estabelece nenhuma diretriz específica para os trechos descritos. Nos artigos de 131 a 134, tanto os objetivos como as diretrizes indicam para os três trechos igualmente ações de qualificação dos espaços públicos e intervenções urbanísticas, além de controle gabarito, dentre outros detalhes da ocupação que favoreça a valorização do local para instalação de atividades de lazer. O plano também não prevê a implantação de ZEIS nestas áreas. II - Macroárea de Ocupação Prioritária - MOP

É descrita no artigo 136 como a área consolidada da cidade, embora mantenha vazios urbanos a serem ocupados. Os objetivos e as diretrizes (artigos 138 e 139) sugerem que há uma diferenciação interna em relação à capacidade da infra-estrutura. Estabelece como objetivos o aproveitamento da infra-estrutura instalada e o incentivo da promoção imobiliária para baixa e média renda, tem também como objetivo impedir a deterioração de áreas urbanizadas e ambientalmente frágeis. Para esta macroárea, no artigo 140, são nomeados vários instrumentos a serem utilizados, incluindo ZEIS e aqueles denominados no próprio plano como de indução do desenvolvimento. III - Macroárea de Ocupação Controlada - MOC De acordo com o artigo 141, é descrita como uma área de predominância de atividades industrial e de serviços e, sendo assim os objetivos e as diretrizes expressam a manutenção destas características. É previsto, no artigo 144, inciso V, que define diretrizes, a criação de Corredores Ecológicos Urbanos. No parágrafo primeiro os corredores ecológicos são descritos como faixas de território que possibilitam a integração paisagística de espaços vegetados e objetivam atenuar o conflito de vizinhança entre os usos residencial e industrial. No parágrafo segundo estabelece que Lei municipal específica deverá criar e delimitar os corredores ecológicos urbanos da Macroárea de Ocupação Controlada. No artigo 145 são nomeados como aplicáveis os seguintes instrumentos: Transferência do direito de construir; Operações urbanas consorciadas; Direito de preempção; Zona de Especial Interesse Social. IV - Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental– MRU Conforme o artigo 146, a Macroárea é caracterizada pela predominância de áreas ocupadas por população de baixa renda, configurada em loteamentos irregulares, assentamentos espontâneos e ocupações em áreas de risco ou de preservação ambiental, apresentando infra-estrutura básica incompleta, deficiência de equipamentos sociais e culturais, comércio e serviços. Entre os objetivos e as diretrizes destaca-se a regularização urbanística e fundiária, visando à manutenção dos moradores da área, além de recuperação de áreas ambientalmente degradadas. No artigo 149 são previstos uma série de instrumentos destacando-se como diferencial das demais zonas a atenção em nomear a Concessão do direito real de uso; Usucapião especial de imóvel urbano e Concessão de uso para fins de moradia, dentre outros. A macroárea subdivide-se em Zonas de Especial Interesse Social – ZEIS, de acordo com no artigo 150 da Subseção I, Das Diretrizes para a Regularização das Ocupações Irregulares. Tais ZEIS deverão ser regulamentadas por lei municipal específica.

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Os programas de regularização de ocupações irregulares deverão priorizar as áreas de risco, estabelecer e tornar públicos os critérios e as prioridades de atendimento. O artigo 151 determina que para garantir a destinação das Zonas de Especial Interesse Social deverão ser elaborados os Planos de Urbanização das ZEIS, estabelecido por decreto do Poder Público Municipal. É conteúdo mínimo dos planos de urbanização das ZEIS: diagnósticos técnicos, diretrizes e índices urbanísticos, projetos de intervenção urbanística, instrumentos aplicáveis de regularização fundiária, participação da população, integração das ações setoriais do município, fonte de recursos, atividades de geração de emprego e renda e plano social. O plano de urbanização poderá contemplar mais de uma ZEIS e deve ser elaborado com participação direta da população. Todas as ZEIS deverão constituir um conselho gestor. Para a implementação dos planos, o parágrafo segundo do artigo 152, diz que o poder público poderá disponibilizar assessoria técnica. Vale destacar ainda o parágrafo sexto que determina que lei específica deva revisar as Áreas de Especial Interesse Ambiental, definir procedimentos e técnicas para regularização das Zonas Especiais de Interesse Social, bem como para delimitação de novas ZEIS, observados os seguintes critérios: i) assentamentos irregulares espontâneos consolidados, aptos à urbanização e ocupados por família de baixa renda; ii) loteamentos e parcelamentos irregulares e precários, ocupados por famílias de baixa renda. V - Macroárea de Expansão Periférica - MEP

De acordo com o artigo 153, a Macroárea de Expansão Periférica caracteriza-se por ser uma área disponível para expansão imediata do tecido urbano, expressa na incidência de empreendimentos imobiliários de iniciativa privada e nos investimentos públicos mais recentes, especialmente em equipamentos urbanos e na melhoria e expansão do sistema viário. Os objetivos expressos são ampliar infra-estrutura e ofertar a produção de lotes urbanizados. Neste ponto podemos inferir que há certa contradição em relação aos objetivos e as diretrizes para a área consolidada. Ao mesmo tempo em que pretende aproveitar a infra-estrutura urbana instalada, o plano absorve vetores de expansão da malha urbana, embora reconheça a presença significativa de vazios urbanos ainda na área consolidada. VI - Macroárea de Transição – MT Esta macroárea caracteriza-se, de acordo com os artigos 258 e 159 pela predominância da atividade agropecuária em diversas propriedades rurais, pela incidência de alguns empreendimentos imobiliários, configurando uma aglomeração de condomínios residenciais, além de pequenas propriedades rurais. É definida com uma área de reserva para expansão futura. Nesta área está nomeado apenas o instrumento da transferência do direito de construir como instrumento a ser aplicado, embora o texto diga sem o prejuízo da aplicação de outros instrumentos.

3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?

O macrozoneamento está demarcado em mapas e constam dos seguintes anexos:

ANEXO 01 - Mapa de Macrozonas ANEXO 02 - Mapa de Macroáreas. ANEXO 03 - Mapa de Macroáreas da Macrozona de Ambiente Urbano ANEXO 05 - Mapa dos distritos ANEXO 13 - Descrição dos limites da Macrozona de Ambiente Urbano e respectivas Macroáreas.

4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo?

O Plano Diretor indica que são instrumentos complementares ao controle do uso e ocupação do solo, a serem regulamentados:

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- Planos Regionais, com prioridade para a Macroária de Uso Sustentável. Cabe destacar que o plano não deixa claro quantos planos regionais devem ser elaborados, nem sua incidência. - Plano de Estruturação Urbana previstos para as macroárias urbanas, contendo, minimamente, projetos de intervenção urbanística, formas de participação da população e forma de integração das ações setoriais do poder público municipal. - Lei de Uso do Solo Urbano e Lei de Parcelamento da Terra que são considerados como instrumento de ordenação do uso e ocupação do solo urbano. São instituídas as seguintes categorias a serem utilizadas na revisão da legislação urbanísticas: I - Zonas Residenciais; II - Zonas de Uso Diversificado; III - Zonas Industriais; IV - Zonas de Uso Especial; V - Zona de Expansão Urbana; VI - Zonas de Especial Interesse Ambiental; VII - Zonas de Especial Interesse Social; VIII - Setores Especiais Urbanos; IX - Setores Especiais Viários. Para cada uma destas categoriais são estabelecidas condições especiais.

III. Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo

1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para a extensão do perímetro? Qual?

Informação não disponível.

2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social?

O plano estabeleceu orientações específicas e categoriais para o zoneamento urbano que deverão ser adotadas na revisão da legislação urbanística. Para cada uma destas categoriais são estabelecidas condições especiais. Com relação às ZEIS o plano diretor cria, conforme mencionado anteriormente, os planos de urbanização das ZEIS que deverão ser regulamentados por leis específicas.

3. Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição.

O plano define como área de expansão a Macroárea de Expansão Periférica – MEP, como uma área disponível para expansão imediata do tecido urbano, onde vem ocorrendo maior incidência de empreendimentos imobiliários de iniciativa privada, acompanhados de investimentos públicos mais recentes, especialmente em equipamentos urbanos e na melhoria e expansão do sistema viário. Os objetivos são ampliar infra-estrutura e ofertar a produção de lotes urbanizados. Neste ponto podemos inferir que há certa contradição em relação aos objetivos e as diretrizes para a área consolidada. Ao mesmo tempo em que pretende aproveitar a infra-estrutura urbana instalada, o plano absorve vetores de expansão da malha urbana, embora reconheça a presença significativa de vazios urbanos ainda na área consolidada. Além disso, cria a Macroárea de Transição – MT caracterizada pela predominância da atividade agropecuária em diversas propriedades rurais, pela incidência de alguns empreendimentos imobiliários, configurando uma aglomeração de condomínios residenciais, além de pequenas

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propriedades rurais. É definida com uma área de reserva para expansão futura. Nesta área está nomeado apenas o instrumento da transferência do direito de construir como instrumento a ser aplicado, embora o texto diga sem o prejuízo da aplicação de outros instrumentos. Uma estratégia difusa.

4. Verificar se o plano estabelece que os novos loteamentos devem prever percentuais para área de habitação de interesses social.

Não há previsão de percentuais para HIS.

O plano prevê o prazo de até março de 2007 para revisão da legislação urbanística – uso e ocupação do solo e parcelamento. Não foi possível saber se esta obrigação foi cumprida.

IV. Coeficientes e Macrozonas:

1. Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidos no Plano.

Além do macrozoneamento que também subdivide o território municipal em macroáreas, o plano prevê o zoneamento urbano o plano a partir das seguintes categorias a serem utilizadas: I - Zonas Residenciais; II - Zonas de Uso Diversificado; III - Zonas Industriais; IV - Zonas de Uso Especial; V - Zona de Expansão Urbana; VI - Zonas de Especial Interesse Ambiental; VII - Zonas de Especial Interesse Social; VIII - Setores Especiais Urbanos; IX - Setores Especiais Viários.

As orientações para cada uma das categorias são definidas no CAPÍTULO II, Das Disposições Preliminares para Revisão da Legislação de Uso e Ocupação do Solo.

2. Definição de coeficientes de aproveitamento básico e máximo (se não forem definidos esses coeficientes, verificar quais são os parâmetros utilizados para o controle do uso e ocupação do solo).

O plano não estabelece coeficientes de aproveitamento, remete para legislação urbanística complementar.

Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.

Está definição aparece no título III, artigo 186. São imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados, situados na Macroárea de Ocupação Prioritária. Considera-se não edificado o lote ou gleba onde o coeficiente de aproveitamento é igual a zero. Subutilizado, o lote ou gleba edificados, onde o coeficiente de aproveitamento não atinja o limite mínimo definido para o lote na zona em que se situe, exceto os imóveis que necessitem de áreas construídas menores que o coeficiente mínimo estabelecido para o desenvolvimento de atividades econômicas ou os imóveis inseridos em áreas de interesse ambiental.

Destaca-se que os índices e parâmetros mencionados não foram estabelecidos no plano diretor.

3. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento.

Para efeito do plano o coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do terreno, artigos 186 – sobre parcelamento e utilização compulsória e repete o mesmo texto

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quando trata da outorga onerosa do direito de construir.

4. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de utilização.

Não estabelece parâmetros.

5. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreas centrais e sítios históricos.

É previsto a criação de Setor Especial de Preservação Histórico-Cultural: área destinada à recuperação e preservação do patrimônio municipal de valor histórico e cultural. No capítulo que dá orientações preliminares para a revisão da lei de uso e ocupação do solo.

6. Identificar o estabelecimento de zoneamento específico para áreas de proteção ambiental.

O plano prevê a criação do zoneamento ambiental e da algumas orientações gerais. De acordo com o artigo 66, são objetivos das políticas públicas para o Meio Ambiente:

I - implementar as diretrizes contidas na Política Nacional do Meio Ambiente, Política Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional de Saneamento, Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar, Código Florestal Brasileiro, Lei Orgânica do Município, Código Municipal de Meio Ambiente e demais normas correlatas e regulamentares da legislação federal e da legislação estadual, no que couber;

II - promover o desenvolvimento institucional e o fortalecimento da capacidade de planejamento e de gestão democrática do Município, incorporando no processo a dimensão ambiental e assegurando a efetiva participação da sociedade;

III - promover mudanças nos padrões de produção e de consumo, reduzindo custos e desperdícios e incentivar a adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas que visem à proteção e recuperação do meio ambiente, através da educação ambiental formal e não formal;

IV - proteger e recuperar o meio ambiente e a paisagem urbana em especial, preservar os ecossistemas naturais de relevante interesse ambiental e as paisagens notáveis;

V - ampliar as áreas verdes e áreas protegidas do Município;

VI - garantir a produção e divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente por um sistema de informações integrado.

As diretrizes gerais das políticas públicas para o Meio Ambiente são indicadas no artigo 67:

I - aplicar os instrumentos de gestão ambiental previstos no Código Municipal de Meio Ambiente e outros estabelecidos na legislação vigente;

II - controlar e ou impedir o uso indevido e a ocupação de áreas sujeitas à inundação, áreas de contenção de cheias e áreas de preservação permanente;

III - ampliar as áreas permeáveis no território do Município;

IV - orientar e controlar o manejo do solo nas atividades agrícolas;

V - minimizar os impactos negativos das atividades de mineração e movimentos de terra e exigir aplicação de medidas mitigadoras e compensatórias de seus empreendedores;

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VI - prevenir a poluição da água, do ar e a contaminação do solo e subsolo;

VII - definir metas de redução da poluição, em especial as oriundas da indústria do petróleo;

VIII - implementar o controle sobre a circulação, trânsito e transporte de produtos tóxicos e perigosos;

IX - controlar as fontes de poluição sonora criando procedimentos para controlar o ruído difuso e desenvolver campanhas para esclarecer a população quanto à emissão de ruídos;

X - atuar em sintonia com as políticas de zoneamento, uso e ocupação do solo, visando, em especial, à implantação de corredores ecológicos urbanos;

XI - garantir a participação democrática, paritária e representativa da população na elaboração e implementação das políticas ambientais através do Conselho Municipal de Meio Ambiente e das conferências municipais de meio ambiente, dentre outras formas de participação;

XII - promover a fiscalização e a educação ambiental como instrumento de reversão e prevenção de invasões em áreas de preservação ambiental;

XIII - ampliar áreas verdes do Município, priorizando as áreas de interesse ambiental, indicadas no mapa esquemático 09 que faz parte integrante desta Lei.

§ 1º - as áreas descritas no inciso XIII, serão objeto de estudos técnicos e científicos, os quais avaliarão sua função ecológica, indicando melhor forma de manejo, com o objetivo de proteger, preservar e recuperar ambientalmente as mesmas;

§ 2º - as áreas, depois de estudadas, poderão ser transformadas em unidade de conservação, conforme o caso, e integrarão o Sistema Municipal de Unidades de Conservação, ou poderão ter padrões diferenciados, quanto ao uso e ocupação do solo, visando à sustentabilidade ambiental;

XIV - compatibilizar Planos Regionais com os Planos de Bacia Hidrográfica, de Gerenciamento Costeiro e demais planos regionais, quando couber.

De acordo com o artigo 68, são ações estratégicas das políticas públicas para o Meio Ambiente:

I - estabelecer zoneamento ambiental compatível às diretrizes para ocupação do solo;

II - realizar estudos técnicos visando implantar parques municipais com áreas reservadas para atividades de educação e lazer, devidamente dotados de equipamentos comunitários necessários a estas atividades, resguardando ao máximo as áreas ambientalmente frágeis e ou de preservação permanente, como forma de uso adequado, desestimulando invasões e ocupações indevidas;

III - implantar corredores ecológicos ligando fragmentos de vegetação, buscando viabilidade técnica e econômica através de parcerias e medidas compensatórias de empreendimentos potencialmente poluidores;

IV - adequar a estrutura operacional e administrativa do órgão responsável pela coordenação da execução das políticas ambientais à demanda local;

V - criar e operar centros de reabilitação e reintrodução de animais silvestres;

VI - elaborar e implementar programa de recuperação de áreas degradadas;

VII - implementar o Licenciamento Ambiental Municipal como procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia, seguindo critérios de interesse local, a localização,

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instalação, operação e ampliação de empreendimentos ou atividades de pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras que ofereçam risco à saúde pública, que exerçam suas atividades nas proximidades de quaisquer recursos hídricos ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação e impacto ambiental negativo, reconsiderando as disposições regulamentares e normas técnicas aplicáveis, quando for o caso;

VIII - organizar administrativa, jurídica e operacionalmente o Fundo Municipal de Meio Ambiente, dentro do prazo de 6 (seis) meses, a partir da data de vigência desta Lei;

IX - manter, adequar e potencializar as estruturas de gestão e as infra-estruturas operacionais das unidades de conservação municipais e fomentar a criação de brigadas de incêndio para proteger as unidades na época de seca, levando-se em consideração seus respectivos planos de manejo;

X - garantir a inclusão das diretrizes estabelecidas nas Conferências Municipais de Meio Ambiente na pauta de prioridades das políticas públicas do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

V. ZEIS

1. Definição de tipos de ZEIS.

Não há definição de tipos de ZEIS.

2. Definição da localização em mapa, ou coordenadas ou descrição de perímetro

A localização das ZEIS aparece com maior ênfase no Título III, capítulo I, seção VI que trata da Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental e subseção I das Diretrizes para a Regularização das Ocupações Irregulares. Entretanto, a identificação e localização das ZEIS serão objeto de um plano de regularização especifico para as ZEIS.

3. Definição da população que acessa os projetos habitacionais nas ZEIS.

Não define.

4. Definição de tipologias habitacionais em ZEIS.

Não define.

5. A remissão para lei específica.

Determina que lei municipal específica crie e delimite as ZEIS e instituí o plano de urbanização de zonas de especial interesse social a ser criado por decreto do executivo.

6. Caso as ZEIS já estejam demarcadas em mapas, identificar qual é o percentual da zona definido no plano.

Não foi possível identificar.

7. Verificar se existem definições de investimentos em equipamentos sociais nas ZEIS, tais como investimentos em educação, saúde, cultura, saneamento, mobilidade, etc.

Não há definição. Existem diretrizes gerais e itens de programa que deverão ser tratados nos

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planos de urbanização das ZEIS.

VI. Avaliação geral do zoneamento em relação ao acesso à terra urbanizada.

1. Qual o significado do zoneamento proposto sob o ponto de vista do acesso à terra urbanizada? (ou seja, procure avaliar o zoneamento, buscando identificar em que porções do território, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo zoneamento se favorece o acesso à terra urbanizada pelas classes populares ou, pelo contrário, se favorece a utilização das s áreas pelos empreendimentos imobiliários voltados para classes médias e altas). Para fazer esta leitura, atentar para as seguintes características: tamanhos mínimos de lote, usos permitidos (incluindo possibilidades de usos mistos na edificação) e possibilidade de existência de mais de uma unidade residencial no lote.

O Plano Diretor de Macaé, embora tenha um título inteiro dedicado ao macrozoneamento e regulamentação do uso e ocupação do solo urbano (incluindo parcelamento), não estabelece nenhum parâmetro objetivo (índices de aproveitamento). Remete a definição dos parâmetros, desde coeficiente de aproveitamento até os demais parâmetros tradicionais: taxa de ocupação, etc, para posterior regulamentação específica.

De acordo com a própria descrição das macrozonas e macroáreas percebe-se que há uma distinção entre áreas mais valorizadas e menos valorizadas. Nesta distinção, feita pelos objetivos e diretrizes, indica-se a concentração de ZEIS nas macroáreas que são descritas como parcelas urbanas com maiores problemas de infra-estrutura e equipamentos. Chama atenção também o fato de não ser indicado à implantação de ZEIS na Macroárea da Orla, reservada para atividades de comércio e serviços associados ao turismo.

Avaliar este zoneamento do ponto de vista quantitativo (percentual do território urbanizável destinado ao território popular frente ao percentual de população de baixa renda no município) e qualitativo (localização deste território no município).

Não há parâmetros quantitativos.

Atenção: incluir as ZEIS nesta análise, porém não restringir a avaliação apenas às ZEIS, caso existam zonas do macrozoneamento que permitam, pelas características e parâmetros de uso e ocupação do solo, a produção de moradia popular. Caso estes parâmetros não sejam estabelecidos no próprio plano e sim na lei de uso e ocupação do solo, buscar a lei de uso e ocupação do solo ou lei de zoneamento em vigor.

VII. Instrumentos de Política Fundiária

Observações gerais:

Alguns instrumentos são apenas mencionados outros são detalhados. Os instrumentos apenas mencionados são direito: de superfície e concessão para fins de moradia. Instrumento não previsto: operação interligada.

Entre os instrumentos detalhados no plano, apenas o EIV não é remetido explicitamente à lei específica posterior, embora também possa ser alterado pela revisão da lei de uso e ocupação do solo urbano, citada em diversos momentos no plano. Em geral o prazo para regulamentação das leis específicas, especialmente do uso e ocupação do solo e parcelamento é de 1 ano a contar da data de vigência do plano.

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Todos os instrumentos dependem de lei específica e da revisão da legislação urbanística ordinária. Os instrumentos estão vinculados ao Macrozoneamento, mas dependem do futuro zoneamento urbano. Não se verificou regras de transição explicitas, mas prazos para regulamentação dos instrumentos citados. O EIV é detalhado em termos de procedimentos.

Em geral os recursos são destinados a habitação e regularização fundiária, mas também a provisão de infra-estrutura e reorientação da expansão urbana.

Edificação/Parcelamento Compulsórios. IPTU progressivo no tempo

1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar:

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

O instrumento é apresentado e são definidas apenas condições mínimas para a sua aplicação, sendo remetido para regulamentação específica.

- área de aplicação:

Na Macroárea de Ocupação Prioritária.

Definição conceitual dos imóveis não utilizados quando o coeficiente de aproveitamento é igual a zero. Subutilizado, o lote ou gleba edificados, onde o coeficiente de aproveitamento não atinja o limite mínimo definido para o lote na zona em que se situe.

Condição de isenção: imóveis que necessitem de áreas construídas menores que o coeficiente mínimo estabelecido para o desenvolvimento de atividades econômicas ou os imóveis inseridos em áreas de interesse ambiental.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

É remetido para lei complementar.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Nas disposições e transitórias estabelece que o Município deve criar Lei municipal para área incluída neste Plano Diretor, que determine o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e prazos para implementação da referida obrigação e ainda, que regulamentará a aplicação da utilização compulsória sobre edificações não utilizadas determinando a aplicação dos critérios diferenciados por zonas, ou partes de zonas de uso, conforme o interesse público sobre a ocupação de determinadas áreas do Município, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência desta Lei.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Define a área, mas remete a possibilidade de restringir sua área de abrangência em lei municipal específica, dependendo do zoneamento urbano.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

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objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Identificado com o macrozoneamento, mais especificamente com a macroárea de ocupação prioritária.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não há definição específica. Parece que enquanto não for editada lei específica o instrumento não existe.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

Não definido.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não previsto.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Não explicito.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Não definido.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Há casos de isenção definidos da seguinte maneira: imóveis que necessitem de áreas construídas menores que o coeficiente mínimo estabelecido para o desenvolvimento de atividades econômicas ou os imóveis inseridos em áreas de interesse ambiental.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não há.

Identificar para onde vão os recursos.

Não se aplica.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades.

Não define prioridades para utilizar terrenos submetidos à utilização compulsória.

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Não há.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Prevê lei específica.

Identificar se estão definidos prazos.

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Prazo de 1 ano.

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

O instrumento foi previsto. Fica estabelecido que o direito de construir acima até o máximo permitido pro lei será cobrado em contrapartida financeira. São indicadas prioridades genéricas para aplicação dos recursos auferidos com instrumento. Não define coeficiente básico.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

É remetido para lei municipal específica e depende também da lei de uso e ocupação do solo – zoneamento urbano.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Lei municipal para efeito de aplicação da outorga onerosa do direito de construir em área definida no Plano Diretor, indicará as áreas onde os limites máximos do coeficiente de aproveitamento poderão ser aplicados, podendo ainda a mesma Lei fixá-lo em limite inferior, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência desta Lei (conforme disposições gerais e transitórias).

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

A outorga onerosa do direito de construir poderá ser aplicada, exclusivamente, na Macroárea de Ocupação Prioritária. Tal macroárea é delimitada no plano. No entanto, lei municipal específica, baseada no zoneamento urbano definirá onde poderão ser atingidos coeficientes máximos e mínimos. Sugere ambigüidade e certa contradição. Apesar de definir a macroárea, a aplicação poderá ser restringida por lei municipal e pela própria lei de uso e ocupação do solo.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Identificado com as diretrizes da Macroárea de ocupação prioritária.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não prevê regra de transição enquanto não é regulamentado.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento.

Não previsto.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não previsto.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Não previsto.

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Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Não previsto.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Não previsto.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não previsto.

Identificar para onde vão os recursos e identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa do direito de construir serão aplicados, preferencialmente, para:

regularização fundiária;

execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

constituição de reserva fundiária;

ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Não define.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Lei municipal específica regulamentará a outorga onerosa do direito de construir, determinando, no mínimo:

I - as condições de aplicação do instrumento;

II - as definições de contrapartida;

III - as fórmulas de cálculos;

IV - os casos de isenção do pagamento da outorga.

Identificar se estão definidos prazos.

Prazo de 1 ano para regulamentar através de lei específica. Depende também da lei de uso do solo também com prazo de 1 ano.

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

É criada as ZEIS. Além disso, quando orienta a revisão da lei de uso e ocupação do solo também

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cria o Setor Especial de Interesse Social: área contígua ou próxima às ZEIS, vazias ou com ocupação rarefeita, destinadas a abrigar projetos complementares ao processo de regularização urbanística e fundiária das ZEIS.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

As ZEIS são abordadas como instrumento dirigido a promoção da regularidade fundiária de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação sócio-econômica da população e as normas ambientais incentivando ações includentes. São associadas aos seguintes instrumentos: concessão do direito real de uso; usucapião especial de imóvel urbano; concessão de uso para fins de moradia.

Para garantir a destinação das Zonas de Especial Interesse Social deverão ser elaborados os Planos de Urbanização das ZEIS, estabelecido por decreto do Poder Público Municipal. Diz que um plano de urbanização por conter mais de uma ZEIS. Todas as ZEIS deverão constituir um Conselho Gestor com participação do poder público e moradores. O Conselho gestor das ZEIS deverão participar da elaboração e implementação dos planos de urbanização.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Estabelece o conteúdo mínimo dos Planos de Urbanização, instrumento criado para implementação das ZEIS, mas não estabelece prazo.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Em todas as macroáreas urbanas, com exceção da macroária da orla. A Macroárea de Regularização Urbanística será subdividida em Zonas de Especial Interesse Social, delimitadas em Lei municipal específica, com o propósito de promover a regularização das edificações, do parcelamento, uso e ocupação do solo dos assentamentos, atendendo aos objetivos definidos neste Plano Diretor.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Sim. Promoção da moradia digna entre outras diretrizes ao longo do plano, incluindo a macrozona de regularização e urbanização.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não há prazo de transição.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento.

Na implementação das ZEIS deverão ser criados conselhos gestores para cada ZEIS.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Estabelece nas disposições transitórias, o prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência da lei do plano, para revisar a Lei municipal que institui as Áreas de Especial Interesse Social, definindo procedimentos e técnicas para regularização das Zonas Especiais de Interesse Social, bem como para delimitação de novas ZEIS. Devem ser considerados os critérios estipulados no Título III deste Plano Diretor, e ainda, garantir, no interesse local, a prestação de serviço de assistência

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jurídica e técnica, gratuita, à população de baixa renda, com a finalidade de promover a regularização jurídica das Zonas Especiais de Interesse Social e garantir a aplicabilidade dos instrumentos previstos neste Plano Diretor. Considera a possibilidade de firmar convênio ou outro instrumento legal com instituições de ensino superior.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Para garantir a destinação das Zonas de Especial Interesse Social deverão ser elaborados os Planos de Urbanização das ZEIS, estabelecido por decreto do Poder Público Municipal. Entretanto para implementação cada ZEIS deverá instituir um conselho gestor.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Para garantir a destinação das Zonas de Especial Interesse Social deverão ser elaborados os Planos de Urbanização das ZEIS, estabelecido por decreto do Poder Público Municipal. Diz que um plano de urbanização por conter mais de uma ZEIS. Todas as ZEIS deverão constituir um Conselho Gestor com participação do poder público e moradores. O Conselho gestor das ZEIS deverão participar da elaboração e implementação dos planos de urbanização.

Tais procedimentos são descrito nos artigos 151 e 152, apresentados a seguir:

Art. 151 - Para garantir a destinação das Zonas de Especial Interesse Social deverão ser elaborados os Planos de Urbanização das ZEIS, estabelecido por decreto do Poder Público Municipal.

Art. 152 - O Plano de Urbanização de cada ZEIS deverá prever, no mínimo:

I - diagnóstico da ZEIS que contenha no mínimo: análise físico-ambiental, análise urbanística e fundiária e caracterização socioeconômica da população residente; II - diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos para o parcelamento, uso e ocupação do solo e instalação de infra-estrutura urbana; III - projetos e intervenções urbanísticas necessárias à recuperação física da área; IV - instrumentos aplicáveis para a regularização fundiária; V - forma de participação da população na implementação e gestão das intervenções previstas; VI - forma de integração das ações dos diversos setores públicos que interferem na ZEIS objeto do Plano; VII - fontes de recursos para a implementação das intervenções; VIII - atividades de geração de emprego e renda; IX - plano de ação social. § 1º - O Plano de Urbanização das ZEIS deverá, em todas suas etapas, ser desenvolvido com a participação direta dos moradores e de suas diferentes formas de organização, quando houver. § 2º - Deverão ser constituídos em todas as ZEIS, Conselhos Gestores compostos por representantes dos moradores e do Poder Público Municipal, que deverão participar de todas as etapas de elaboração do Plano de Urbanização e de sua implementação. § 3º - Para o desenvolvimento e implementação dos Planos de Urbanização das ZEIS, o Poder Público Municipal poderá disponibilizar assessoria técnica e jurídica gratuita à população moradora. § 4º - Os proprietários de lotes ou glebas e as entidades representativas dos moradores de ZEIS poderão apresentar ao Poder Público Municipal, propostas para o Plano de Urbanização de que trata este artigo. § 5º - O plano de urbanização poderá abranger mais de uma Zona Especial de Interesse Social - ZEIS. § 6º - Lei específica deverá revisar Lei municipal que institui as Áreas de Especial Interesse Ambiental, definir procedimentos e técnicas para regularização das Zonas Especiais de Interesse Social, bem como para delimitação de novas ZEIS, observados os seguintes critérios: I - assentamentos irregulares espontâneos consolidados, aptos à urbanização e ocupados

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por família de baixa renda; II - loteamentos e parcelamentos irregulares e precários, ocupados por famílias de baixa renda.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Não se aplica.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não se aplica.

Identificar para onde vão os recursos.

Não se aplica.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Ver acima, citação dos artigos 151 e 152.

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Estabelecimento de prioridades e controle social previsto através da formação de conselhos gestores criado para implantação das ZEIS.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

O plano de urbanização das ZEIS criado por decreto do Executivo.

Identificar se estão definidos prazos.

Prazo de 1 (um) ano.

Operação Urbana Consorciada - OUC

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Definição geral igual ao do EC, porém é previsto OUC em casos de regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente, observados os impactos ambientais decorrentes. Pode ser proposta pelo poder público ou qualquer "cidadão" ou "entidade". É previsto a utilização de certificados de potencial construtivo adicional – CEPAC que poderão ser negociados livremente na área da operação.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

Cada OUC deve ser aprovada por lei municipal específica.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Não há prazo.

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Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

O plano prevê aplicação OUC nas seguintes macroáreas:

I - Macroárea da Orla; II - Macroárea de Ocupação Prioritária; III - Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental; IV - Macroárea de Ocupação Controlada; V - Macroárea de Expansão Periférica.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Para transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental, promovendo desenvolvimento, ordenamento territorial ou alavancando oportunidades econômicas.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

A partir da aprovação da Lei específica de que trata o caput, são nulas de pleno direito, as licenças e autorizações a cargo do Poder Público Municipal expedidas em desacordo com o plano de operação urbana consorciada.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

Não previsto.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não previsto.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

No artigo 200 o plano estabelece diversas condições e conteúdo mínimo do plano da operação, destacando-se:

§ 3º - A operação urbana consorciada pode ser proposta pelo Poder Público Municipal, ou por qualquer cidadão ou entidade que nela tenha interesse.

§ 4º - No caso de operação urbana consorciada de iniciativa da municipalidade, o Poder Público, poderá, mediante chamamento em edital, definir a proposta que melhor atenda ao interesse público.

§ 5º - No caso de operação urbana consorciada proposta pela comunidade, o interesse público da operação será avaliado por órgão municipal competente.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

A aplicação depende de lei específica.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Não menciona casos de isenções.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

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Remete para lei específica.

Identificar para onde vão os recursos.

Recursos auferidos devem se aplicados exclusivamente na área da operação.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Intervenções com o objetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

O Município é o agente coordenador da execução do plano da operação.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Lei específica deverá regulamentar o plano da operação.

Identificar se estão definidos prazos.

Não são determinados prazos.

Transferência do Direito de Construir

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

O instrumento é previsto e são estabelecidas as finalidades, além da área de aplicação, regras gerais para regulamentação posterior e condições de aplicação A aplicação da transferência do direito de construir poderá ser concedida ao proprietário que doar ao Município o seu imóvel, ou parte dele, para as finalidades previstas que são:

I - promoção, proteção e preservação do patrimônio histórico cultural, natural e ambiental;

II - programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social;

III - implantação de equipamentos urbanos e comunitários, e espaços de uso público;

IV - melhoramentos do sistema viário básico.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

É remetida a legislação específica. Lei municipal específica regulamentará a transferência do direito de construir, determinando, no mínimo:

I - as condições de aplicação do instrumento;

II - as definições de contrapartida;

III - as fórmulas de cálculos;

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IV - as condições de averbação em registro de Imóveis.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Estabelece o prazo de 1 ano p/regulamentação.

Lei municipal que regulamentará a transferência do direito de construir, determinando, no mínimo, as condições de aplicação do instrumento, as definições de contrapartida, as fórmulas de cálculos e as condições de averbação em registro de imóveis, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência desta Lei.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

A transferência do direito de construir poderá ser aplicada nas seguintes Macroáreas:

I - Macroárea da Orla;

II - Macroárea de Ocupação Prioritária;

III - Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental;

IV - Macroárea de Ocupação Controlada;

V - Macroárea de Expansão Periférica;

VI - Macroárea de Transição.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Está relacionado às seguintes finalidades que são identificadas com as Macroáreas, embora de maneira genérica.

I - promoção, proteção e preservação do patrimônio histórico cultural, natural e ambiental;

II - programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social;

III - implantação de equipamentos urbanos e comunitários, e espaços de uso público;

IV - melhoramentos do sistema viário básico.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não há regra de transição específica, apenas prazo para regulamentação.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento.

Não é previsto.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não é previsto.

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Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Não é previsto.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

As condições para a transferência do direito de construir estabelecidas no plano são: I - não caracterizar concentração de área construída acima da capacidade da infra-estrutura

local, com impactos negativos no meio ambiente, no sistema viário e na qualidade de vida da população local;

II - atender à legislação urbanística incidente sobre a área receptora do potencial construtivo;

III - permitir a transferência do potencial construtivo somente entre áreas de mesmo zoneamento, conforme estabelecido na Lei de zoneamento, uso e ocupação do solo.

Admite-se a transferência do potencial construtivo para áreas de zoneamento distinto, nos casos de imóveis localizados nas Macroáreas da Orla e de Regularização Urbanística e Ambiental.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Não prevê, nem indica para regulamentação específica.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não está especificada.

Identificar para onde vão os recursos.

Não especifica.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades.

I - promoção, proteção e preservação do patrimônio histórico cultural, natural e ambiental;

II - programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social;

III - implantação de equipamentos urbanos e comunitários, e espaços de uso público;

IV - melhoramentos do sistema viário básico.

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Não especifica.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

É remetida a legislação específica. Lei municipal específica regulamentará a transferência do direito de construir, determinando, no mínimo:

I - as condições de aplicação do instrumento;

II - as definições de contrapartida;

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III - as fórmulas de cálculos;

IV - as condições de averbação em registro de Imóveis.

Identificar se estão definidos prazos.

Prazo de 1 ano.

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança e o respectivo Relatório de impacto de Vizinhança é o principal instrumento de Controle Urbano e Ambiental.

No artigo 208 são definidos como empreendimentos ou atividades, públicos ou privados, que causem impacto de vizinhança, a presença de um dos seguintes aspectos:

I - interferência significativa na infra-estrutura urbana; II - interferência significativa na prestação de serviços públicos; III - alteração significativa na qualidade de vida na área de influência do empreendimento ou atividade, afetando a saúde, segurança, mobilidade, locomoção ou bem-estar dos moradores e usuários; IV - ameaça à proteção especial instituída para a área de influência do empreendimento ou atividade; V - necessidade de parâmetros urbanísticos especiais; VI - provocação de poluição sonora.

Lei municipal especifica definirá os empreendimentos e as atividades privadas ou públicas na área urbana que dependerão da elaboração de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV, e respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV, para obter licença ou autorização para parcelamento, construção, ampliação, renovação ou funcionamento, bem como os parâmetros e os procedimentos a serem adotados para sua avaliação, no prazo de 1 (um) ano.

O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV e o respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV, serão executados de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:

I - adensamento populacional; II - equipamentos urbanos e comunitários; III - uso e ocupação do solo; IV - valorização imobiliária; V - geração de tráfego e demanda por transporte público; VI - ventilação e iluminação e sombreamento; VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural; VIII - poluição ambiental; IX - risco à saúde e à vida da população.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

Lei municipal, dentro dos limites de suas atribuições constitucionais, definindo os empreendimentos e as atividades privadas ou públicas na área urbana que dependerão da elaboração de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV, e respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV, para obter licença ou autorização para parcelamento, construção, ampliação,

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renovação ou funcionamento, bem como os parâmetros e os procedimentos a serem adotados para sua avaliação.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Prazo de 1 ano.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Não é autoaplicável, mas em princípio pode ser utilizado em toda a área urbana.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

A aplicação do instrumento visa à mitigação de impactos urbanos e ambientais.

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não é auto-aplicável e não há regra de transição até sua regulamentação.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento.

Não é previsto.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não é previsto.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

O órgão público responsável pelo exame do Relatório de Impacto de Vizinhança submeterá o resultado de sua análise à deliberação do órgão de planejamento urbano e ambiental do Município. A elaboração do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança não substitui a elaboração e a aprovação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, requeridas nos termos da legislação ambiental.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

O plano diz que “Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta por qualquer interessado, no órgão competente do Poder Público Municipal responsável pela liberação da licença ou autorização de construção, ampliação ou funcionamento.”

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Não estabelece casos de isenção.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não é especificada a fórmula da contrapartida.

Identificar para onde vão os recursos.

Não definido claramente.

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Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades.

Recursos e contrapartidas devem ser utilizados para mitigação de impactos urbanos e ambientais.

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Executivo municipal.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Prevê lei específica.

Identificar se estão definidos prazos.

Prazo de 1 ano para regulamentação do instrumento.

No caso do EIV, incluir a definição da linha de corte do empreendimento que estaria sujeito ao EIV.

Não estabelece linha de corte clara. Mas estabelece alguns parâmetros de referência para regulamentação específica.

Para definição de empreendimentos ou atividades, públicos ou privados, que causem impacto de vizinhança, deverá se observar, pelo menos, a presença de um dos seguintes aspectos:

I - interferência significativa na infra-estrutura urbana; II - interferência significativa na prestação de serviços públicos; III - alteração significativa na qualidade de vida na área de influência do empreendimento ou atividade, afetando a saúde, segurança, mobilidade, locomoção ou bem-estar dos moradores e usuários; IV - ameaça à proteção especial instituída para a área de influência do empreendimento ou atividade; V - necessidade de parâmetros urbanísticos especiais; VI - provocação de poluição sonora.

Concessão de uso especial para moradia

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

O instrumento é apenas mencionado. É citado como instrumento de regularização fundiária e promoção da moradia. Ênfase nas ZEIS a serem criadas. Aplicação direta na regulamentação das ZEIS. Não impede sua utilização em outros casos, mas não cita expressamente.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um

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objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Identificar para onde vão os recursos.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Identificar se estão definidos prazos.

Direito de superfície

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Direito de superfície Apenas citado como instrumento que pode ser utilizado pelo Município, sem maiores detalhamentos. Não há restrição. Não há detalhamento.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

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Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Identificar para onde vão os recursos.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Identificar se estão definidos prazos.

Direito de preempção

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Destinado para regularização fundiária; execução de programas e projetos habitacionais de interesse social; constituição de reserva fundiária; ordenamento e direcionamento da ocupação urbana; implantação de equipamentos urbanos e comunitários; criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano.

Remete para lei municipal específica que deverá observar as disposições do art. 27 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Lei municipal específica definirá as obrigações do proprietário e do Poder Público Municipal para aplicação do instrumento.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Fixa o prazo de 1 (um) para regulamentação.

Se é autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Incidirá nas seguintes Macroáreas da Orla; de Ocupação Prioritária; de Regularização Urbanística e Ambiental; de Ocupação Controlada; de Expansão Periférica. Entretanto, também determina que as áreas em que incidirão o direito de preempção serão especificadas em Lei municipal, respeitados os limites das macroáreas citadas.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia

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do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

De acordo com o artigo 196:

regularização fundiária;

execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

constituição de reserva fundiária;

ordenamento e direcionamento da ocupação urbana;

implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico

Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não há previsão de regra de transição.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento

Não há previsão.

Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não há previsão.

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

Lei municipal específica.

Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Não previsto.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Não previsto.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo da contrapartida.

Não previsto.

Identificar para onde vão os recursos.

Não previsto.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

De acordo com o artigo 196:

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regularização fundiária;

execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

constituição de reserva fundiária;

ordenamento e direcionamento da ocupação urbana;

implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental;

proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Identificar se estão definidos prazos.

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QUADRO SÍNTESE DOS INSTRUMENTOS – PLANO DIRETOR DE MACAÉ/RJ

Como se aplica¹ onde se aplica² quando se aplica³

Edificação/Parcelamento Compulsórios São indicados parâmetros suficientes para aplicação do instrumento sob imóveis vazios,

terrenos urbanos não edificados (quando o coeficiente de aproveitamento é igual a zero), porém para o enquadramento do imóvel subutilizado os parâmetros essenciais são remetidos a revisão da lei de uso e ocupação do solo urbano. Serão classificados como subutilizados os imóveis que não utilizarem o coeficiente mínimo a ser estabelecido pela revisão da lei de uso e ocupação do solo, com exceção para atividades econômicas que não precisem atingir o coeficiente mínimo para funcionar e imóveis em áreas de preservação. Demais condições, assim como a cobrança do IPTU progressivo no tempo são iguais ao disposto no Estatuto da Cidade.

Está prevista sua aplicação apenas na Macroárea de Ocupação Prioritária. Onde existem, segundo o próprio texto que define a macroárea, vazios urbanos significativos.

O plano estabelece o prazo de 1 ano para regulamentação do instrumento e um prazo até março de 2007 para revisão da lei de uso e ocupação do solo, que é peça chave para aplicação do instrumento. A própria lei de uso e ocupação do solo revista poderá estabelecer outras condições. Não menciona o código tributário. Estabelece que o proprietário obrigado a protocolar o projeto no órgão municipal competente dentro do prazo de um ano, a contar da notificação, e iniciar a obra no prazo máximo de dois anos a partir da aprovação do referido projeto. Menciona na seção seguinte que o consórcio imobiliário fica facultado aos proprietários atingidos pela obrigação compulsória.

IPTU progressivo no tempo

Outorga Onerosa (de direitos de construção ou alteração de usos)

O instrumento é concebido como o direito de construir 1,5 acima dos coeficientes de aproveitamento do terreno a serem definidos na revisão da lei de uso e ocupação do solo, considerando a proporcionalidade entre infra-estrutura existente e o aumento de densidade esperado em cada zona definida na Lei de zoneamento, uso e ocupação do solo. Mediante contra-partida financeira, Os recursos auferidos devem ser aplicados para produção de moradia e regularização fundiária, mas também para provisão de equipamentos e até de forma genérica reorientação da expansão urbana. O plano não estabelece a fórmula de cálculo da outorga, remete a regulamentação específica.

Exclusivamente na Macroárea de Ocupação Prioritária.

Aplica-se para construir 1,5 acima do coeficiente a ser definido na revisão da lei de uso e ocupação do solo. Para da aplicação do instrumento é definido de maneira genérica que o coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do terreno. Lei municipal específica indicará as áreas onde o limite máximo do coeficiente de aproveitamento poderá ser aplicado, podendo ainda a mesma Lei fixá-lo em limite inferior. A lei específica determinará condições de aplicação, fórmula de cálculo, condições de contrapartida e casos de isenção.

Operação Interligada Não se aplica Não se aplica Não se aplica

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

As ZEIS são abordadas como instrumento dirigido a promoção da regularidade fundiária de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação sócio-econômica da população e as normas ambientais incentivando ações de inclusão social. São associadas aos seguintes instrumentos: concessão do direito real de uso; usucapião especial de imóvel urbano; concessão de uso para fins de moradia.

Em todas as macroáreas urbanas, com exceção da macroária da orla. A Macroárea de Regularização Urbanística será subdividida em Zonas de Especial Interesse Social, delimitadas em Lei municipal específica, com o propósito de promover a regularização das edificações, do parcelamento, uso e ocupação do solo dos assentamentos, atendendo aos objetivos definidos neste Plano Diretor.

Para garantir a destinação das Zonas de Especial Interesse Social deverão ser elaborados os Planos de Urbanização das ZEIS, estabelecido por decreto do Poder Público Municipal. Estabelece o conteúdo mínimo dos Planos de Urbanização, mas não estabelece prazo. Diz que um plano de urbanização por conter mais de uma ZEIS. Todas as ZEIS deverão constituir um Conselho Gestor com participação do poder público e moradores. O Conselho gestor das ZEIS deverão participar da elaboração e implementação dos planos de urbanização.

Operação Urbana

Definição geral igual ao do EC, porém é previsto OUC em casos de regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente, observando os impactos ambientais decorrentes. Pode ser proposta pelo poder público ou qualquer "cidadão" ou "entidade". É previsto a utilização de certificados de potencial construtivo adicional que poderão ser negociados livremente na área da operação.

Macroárea da Orla; Macroárea de Ocupação Prioritária; Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental; Macroárea de Ocupação Controlada; Macroárea de Expansão Periférica, ou seja, em toda a Macrozona do Ambiente Urbano.

Cada operação deverá ser objeto de lei específica que deverá conter a definição da área a ser atingida; programa básico de ocupação da área; programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação; finalidades da operação; estudo prévio de impacto de vizinhança; contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I e II do artigo 199; forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil.

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QUADRO SÍNTESE DOS INSTRUMENTOS – PLANO DIRETOR DE MACAÉ/RJ

Como se aplica¹ onde se aplica² quando se aplica³

Transferência do Direito de Construir

Autorização do Município ao proprietário do imóvel urbano, privado ou público, para exercer em outro local, ou alienar mediante escritura pública, o potencial construtivo definido na Lei de zoneamento, uso e ocupação do solo, quando necessário para proteção e preservação do patrimônio histórico cultural, natural e ambiental; programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social; implantação de equipamentos urbanos e comunitários, e espaços de uso público; melhoramentos do sistema viário básico. Condições para a transferência do direito de construir: não caracterizar concentração de área construída acima da capacidade da infra-estrutura local, com impactos negativos no meio ambiente, no sistema viário e na qualidade de vida da população local; atender à legislação urbanística incidente sobre a área receptora do potencial construtivo; permitir a transferência do potencial construtivo somente entre áreas de mesmo zoneamento, conforme estabelecido na Lei de zoneamento, uso e ocupação do solo. Admite-se a transferência do potencial construtivo para áreas de zoneamento distinto, nos casos de imóveis localizados nas Macroáreas da Orla e de Regularização Urbanística e Ambiental.

Macroárea da Orla; Macroárea de Ocupação Prioritária; Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental; Macroárea de Ocupação Controlada; Macroárea de Expansão Periférica; Macroárea de Transição.

Lei municipal específica regulamentará a transferência do direito de construir, determinando, no mínimo: condições de aplicação do instrumento; definições de contrapartida; fórmulas de cálculos; condições de averbação em registro de Imóveis.

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

O EIV e o seu respectivo Relatório de impacto são denominados como principal instrumento de Controle Urbano e Ambiental. Conteúdos básicos para avaliação de impacto: adensamento populacional; equipamentos urbanos e comunitários; uso e ocupação do solo; valorização imobiliária; geração de tráfego e demanda por transporte público; ventilação e iluminação e sombreamento; paisagem urbana e patrimônio natural e cultural; poluição ambiental; risco à saúde e à vida da população. Apresenta alguns critérios gerais para enquadramento dos empreendimentos sujeitos ao EIV. O Município, com base Relatório de Impacto de Vizinhança poderá exigir a execução de medidas atenuadoras ou compensatórias, relativas aos impactos decorrentes da implantação da atividade ou empreendimento, como condição para expedição da licença ou autorização solicitada.

Não estabelece restrição de áreas passíveis de aplicação do instrumento.

O município deverá criar Lei municipal, definindo os empreendimentos e as atividades privadas ou públicas na área urbana que dependerão da elaboração de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV, e respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV, para obter licença ou autorização para parcelamento, construção, ampliação, renovação ou funcionamento, bem como os parâmetros e os procedimentos a serem adotados para sua avaliação, dentro do prazo de 1 (um) ano. Porém poderá ser objeto também da revisão da lei de uso e ocupação do solo.

Concessão de uso especial para moradia

É citado e associado a política de regularização fundiária e promoção da moradia. Ênfase nas ZEIS a serem criadas.

Aplicação direta na regulamentação das ZEIS. Não impede sua utilização em outros casos, mas não cita expressamente.

Direito de superfície Apenas citado como instrumentos que pode ser utilizado pelo Município, sem maiores detalhamentos.

Não há restrição. Não há detalhamento.

Direito de preempção

Destinado a regularização fundiária; execução de programas e projetos habitacionais de interesse social; constituição de reserva fundiária; ordenamento e direcionamento da ocupação urbana; implantação de equipamentos urbanos e comunitários; criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes; criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental; proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Macroárea da Orla; Macroárea de Ocupação Prioritária; Macroárea de Regularização Urbanística e Ambiental; Macroárea de Ocupação Controlada; Macroárea de Expansão Periférica.

As áreas em que incidirão o direito de preempção serão especificadas em Lei municipal, respeitados os limites definidos para as Macroáreas. A mesma Lei fixará as finalidades para as quais os imóveis se destinarão e os prazos de vigência do instrumento, que não poderão ser superiores a cinco anos, renováveis a partir de um ano após o decurso do prazo inicial. O Direito de Preempção fica assegurado ao Município, durante o prazo de vigência fixado pela Lei específica, independentemente do número de alienações referentes ao imóvel.

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C. Acesso aos serviços e equipamentos urbanos, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental e ao transporte e à mobilidade.

O Estatuto das Cidades estabelece que o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana (art. 40). Nesse sentido é fundamental avaliar em que medida o Plano Diretor aprovado pelos municípios incorporam diretrizes, instrumentos e programas visando o acesso aos serviços e equipamentos urbanos e a sustentabilidade ambiental, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental, ao transporte e mobilidade e ao meio ambiente urbano sustentável.

Questões centrais:

I – O Plano Diretor e a Integração das Políticas Urbanas

Buscar-se-á avaliar a existência de uma abordagem integrada das políticas urbanas através dos seguintes aspectos:

1. Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada

As diretrizes do plano se estruturam a partir de 4 abordagens principais: i) Desenvolvimento Econômico e Social; ii) Desenvolvimento Humano; iii) Meio Ambiente; iv) Desenvolvimento urbano. Para cada um dos 4 itens são apresentados objetivos e diretrizes setoriais que em alguma medida expressam a necessidade de integração das políticas. Em certa medida as 4 abordagens tem como perspectiva a integração das políticas, embora cada um dos 4 eixos principais sejam desenvolvidos setorialmente. As dimensões que perpassam todas as partes do plano com maior ênfase são: social, econômica e ambiental, com evidente destaque para a dimensão ambiental.

2. A criação de programas e a instituição de instrumentos visando a integração da políticas urbanas.

Foram detectados uma série de indicativos de programas nomeados no plano que visam orientar a integração das políticas setoriais, mas ainda de maneira bastante genérica. Algumas ações são mais detalhadas, outras tratadas de maneira mais genérica. O leque aberto em cada setor é bastante abrangente, o que dificulta a análise mais objetiva sobre as reais prioridades que poderão ser estabelecidas a partir do plano. Não foi detectado um programa específico com orientações (instrumentos e mecanismos) para sua implementação.

3. Identificar eventuais contradições e dicotomias entre as definições e instrumentos relativos às políticas setoriais previstas no Plano.

As principais contradições detectadas, ainda de maneira preliminar, referem-se as relações entre desenvolvimento econômico e social x proteção do patrimônio ambiental x direito à moradia e regularização fundiária x ordenamento e controle do território municipal. Observa-se que a amplitude e a abrangência das diretrizes consolidam no plano, ao longo dos diversos capítulos destinados as políticas públicas, lógicas distintas, sem explicitação de conflitos latentes. As soluções introduzidas como salvaguardas, e que necessariamente, não eliminam tais conflitos, são associadas a noções de consenso, tais como inclusão de todos os segmentos, gerações presentes e futuras, desenvolvimento compatível com a preservação ambiental, empreendedorismo individual e coletivo, dentre outras. A leitura do plano também suscitou algumas dúvidas em relação aos significados das ações que são propostas, de um lado, para controlar e impedir o uso inadequado de áreas (ambientalmente) protegidas e de outro para regularização, não só de ocupações classificadas como de interesse social, mas também dos usos considerados de interesse econômico.

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II – O Plano Diretor e a Política de Habitação.

Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com ênfase nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no déficit habitacional. Identificar se essa avaliação incluiu levantamentos específicos ou se o plano prevê a elaboração de cadastros de moradias precárias.

Diagnóstico não disponibilizado.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de habitação.

São extremamente abrangentes e completas. Tratam tanto da ampliação da oferta de novas moradias para famílias de classe de renda mais baixa que não são atendidas pelo mercado ordinário, como trata da regularização e provisão de infra-estrutura urbana em áreas com baixo padrão de urbanização.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas.

Os objetivos são abrangentes, podem até indicar a definição futura de metas concretas, mas o texto da lei não chega a nomear estas metas explicitamente.

4. A definição de uma estratégia de aumento da oferta de moradias na cidade pela intervenção regulatória, urbanística e fiscal na dinâmica de uso e ocupação do solo urbano.

É genérica, ressaltando mais uma vez que o plano não estabelece parâmetros e indicadores necessários à aplicação de instrumentos de captura de mais valias fundiárias. Talvez esta seja maior fragilidade do plano uma vez que ele não estabelece nenhum índice de aproveitamento do terreno, nem básico, nem máximo, já que o máximo pode ser 1,5 acima de uma básico não estabelecido.

5. A definição de instrumentos específicos visando à produção de moradia popular. Verificar se o plano define instrumentos específicos voltados para cooperativas populares.

O plano, além das ZEIS e do plano de urbanização, prevê entre as diretrizes o apoio a formação de cooperativas, assim como prevê assistência técnica e jurídica para a regularização fundiária e urbanística.

6. A criação de programas específicos (urbanização de favelas, regularização de loteamentos, etc.)

É previsto a criação de um Programa de loteamento popular, mas este é apenas nomeado. Não estabelece conteúdo básico do programa.

7. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de habitação definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

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O desenho da política adotada é baseado na delimitação de ZEIS, elaboração de planos de urbanização para detalhar as ações necessárias em cada uma das ZEIS. Entretanto, o plano não cria e não delimita nenhuma ZEIS. As ações de criação das ZEIS e suas delimitações por leis municipais decorrentes do plano são tratadas como ações de implementação da política, assim como a elaboração do plano de urbanização por meio de decreto. Com relação aos demais instrumentos não há um desenho mais explicito. É previsto, contemplado, mas não são estabelecidos parâmetros mais precisos.

É previsto revisar a Lei municipal institui as Áreas de Especial Interesse Social, definindo procedimentos e técnicas para regularização das Zonas Especiais de Interesse Social, bem como para delimitação de novas ZEIS, considerando os critérios estipulados no Título III do Plano Diretor, e ainda, garantir, no interesse local, a prestação de serviço de assistência jurídica e técnica, gratuita, à população de baixa renda, com a finalidade de promover a regularização jurídica das Zonas Especiais de Interesse Social e garantir a aplicabilidade dos instrumentos previstos no Plano Diretor, inclusive considerando a possibilidade de firmar convênio ou outro instrumento legal com instituições de ensino superior, dentro do prazo de 1 (um) – a partir da data de vigência da lei do plano.

O uso de outros instrumentos voltados para a política habitacional tais como consórcios imobiliários, operações interligadas com destinação de recursos para o Fundo de Habitação, etc.

Há previsão de um fundo alimentado com recursos vindos de outorgas onerosas, mas este não é exclusivo para habitação.

8. O estabelecimento de plano municipal de habitação, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Não faz menção ao plano municipal de habitação.

9. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estadual e federal.

Há de maneira genérica.

10. A instituição de fundo específico de habitação de interesse social, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado à habitação), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Não faz menção à fundo específico para habitação.

11. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como tornar obrigatório a existência de um Programa de Habitação a ser contemplado nos instrumentos orçamentários PPA, LDO e LOA ou a determinação de prioridades de investimentos, a definição de obras e investimentos concretos na área habitacional, por exemplo.

Genericamente.

12. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não.

13. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política habitacional.

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É alto.

14. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de habitação.

De acordo com o plano diretor, o Plano de Urbanização das ZEIS deverá, em todas suas etapas, ser desenvolvido com a participação direta dos moradores e de suas diferentes formas de organização, quando houver. Deverão ser constituídos em todas as ZEIS, Conselhos Gestores compostos por representantes dos moradores e do Poder Público Municipal, que deverão participar de todas as etapas de elaboração do Plano de Urbanização e de sua implementação. Para o desenvolvimento e implementação dos Planos de Urbanização das ZEIS, o Poder Público Municipal poderá disponibilizar assessoria técnica e jurídica gratuita à população moradora. Os proprietários de lotes ou glebas e as entidades representativas dos moradores de ZEIS poderão apresentar ao Poder Público Municipal, propostas para o Plano de Urbanização de que trata este artigo.

III – O Plano Diretor e a Política de Saneamento Ambiental.

Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do saneamento ambiental, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso ao abastecimento de água, à rede de esgotos e à coleta de resíduos sólidos, bem como a situação social relativa à gestão de recursos hídricos, em especial à drenagem urbana e seus impactos sobre as áreas sujeitas às enchentes.

Diagnóstico não disponibilizado.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de saneamento ambiental, identificando se o PD apresenta uma visão integrada de saneamento ambiental. Aqui também é fundamental verificar se na política de uso do solo há definições relativas à disponibilidade de infra-estrutura de saneamento

O Saneamento ambiental é tratado em um capítulo específico. Além de objetivos gerais que visam integrar os setores de saneamento ambiental, o plano define diretrizes específicas que abordam em seções separadas o esgotamento sanitário, a drenagem, o abastecimento de água, os resíduos sólidos e a educação ambiental. As diretrizes setoriais são técnicas, indicando a preocupação com a eficiência dos sistemas. Entre os objetivos gerais e específicos destaca-se a intenção revelada no plano de promover a integração das políticas locais de saneamento, de uso, ocupação e conservação do solo e de meio ambiente com a política federal e estadual de recursos hídricos. Além disso, é enfatizado entre outras diretrizes, conscientizar a população quanto à importância da manutenção e escoamento das águas pluviais, evitando o lançamento de resíduos, nas redes e canais de drenagem.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas. Verificar se o PD apresenta alguma definição sobre a titularidade municipal do serviço ou sobre o papel do município na gestão dos serviços, se traz alguma indicação de privatização dos mesmos, ou ainda se traz alguma informação relativa ao contrato com a prestadora de serviços.

Embora não estabeleça metas concretas prevê, entre seus objetivos, as seguintes orientações:

- estabelecer metas progressivas de racionalização e uso da água com a implantação de sistema de micro-medição nas ligações de água em toda as ligações;

- estabelecer metas de redução de perdas energéticas na operação do sistema, em conjunto com

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órgãos afins, centros de pesquisa e concessionárias;

- estabelecer metas progressivas de regularidade e qualidade do serviço nas áreas sujeitas a déficit de abastecimento de água;

4. A definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos serviços de saneamento ambiental.

O plano estabelece como objetivo implementar uma estrutura tarifária que garanta a sustentabilidade financeira do sistema, contemplando tarifa social, com vista à integração e participação de usuários identificados como carentes, partindo da premissa de que a água é dotada de valor econômico.

5. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de saneamento ambiental definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

Não são estabelecidos parâmetros concretos, mas prevê a necessidade metas progressivas de regularidade e qualidade do serviço nas áreas sujeitas a déficit de abastecimento de água, como mencionado antes. As relações entre saneamento ambiental e uso do solo são mencionadas ao longo de todo o plano em diferentes contextos.

6. A utilização de outros instrumentos para viabilizar a política de saneamento ambiental, tais como direito de preempção sobre áreas destinadas a implementação de estação de tratamento de efluentes; transferência de direito de construir sobre perímetros a serem atingidos por obras de implementação de infraestrutura de saneamento, etc.

Não é previsto diretamente.

7. O estabelecimento de plano municipal de saneamento ambiental, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Estabelece a obrigação de criar Lei municipal que elabore e implante o Plano Municipal de Saneamento Ambiental de Macaé, contemplando o abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto doméstico, drenagem de águas pluviais e tratamento de resíduos sólidos, facilitando a universalização do seu conhecimento, aplicação e fiscalização, dentro do prazo de 2 (dois) .

8. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estaduais e federal.

O objetivo expresso textualmente é implementar as diretrizes contidas na Política Nacional do Meio Ambiente, Política Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional de Saneamento, Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar, Código Florestal Brasileiro, Lei Orgânica do Município, Código Municipal de Meio Ambiente e demais normas correlatas e regulamentares da legislação federal e da legislação estadual.

9. A instituição de fundo específico de saneamento ambiental, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado ao saneamento ambiental), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

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Não previsto.

10. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e investimentos concretos na área de saneamento ambiental, por exemplo.

Não há definições concretas.

11. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não.

12. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de saneamento ambiental.

O plano é bastante completo e abrangente nas definições dos objetivos e das diretrizes, mas não ficam claras as condições e as capacidades do municipal frente às questões suscitadas no plano.

13. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de saneamento ambiental na expansão urbana.

Há previsão tanto nos objetivos, como nas diretrizes e estratégias de ação.

14. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de saneamento ambiental.

Não explicitamente.

IV – O Plano Diretor e a Política de Mobilidade e Transporte.

Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área da mobilidade e do transporte, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso as áreas centrais (trabalho, escola e lazer).

Diagnóstico não disponibilizado.

2. A s diretrizes estabelecidas para a política de mobilidade e transporte, com ênfase na inclusão social. Identificar-se-á a existência de alguma política ou diretrizes relativa às tarifas.

O entendimento da mobilidade no plano é expresso pela seguinte expressão inserido na seção IV, no artigo 92: “Por mobilidade compreende-se o direito de todos os cidadãos ao acesso aos espaços públicos em geral, aos locais de trabalho, aos equipamentos e serviços sociais, culturais e de lazer através dos meios de transporte coletivo, individual, dos veículos não motorizados e do andar pessoal, de forma segura, eficiente, socialmente inclusiva e ambientalmente sustentável.” É uma das diretrizes do Sistema de Mobilidade estabelecer políticas tarifárias que preservem o equilíbrio econômico e social do sistema de transporte coletivo.

Deve ser avaliado se as diretrizes e os objetivos de intervenção visam: a) conformar o sistema de transportes pela definição de modais com funções diferentes; c) definição do modal prioritário a ser estimulado pelo poder público; c) a existência de princípios

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regulatórios; d) a existência de diretrizes para integração de modais; e) a definição de uma hierarquização do sistema viário. É previsto no plano a criação do Sistema municipal de transporte orientado para priorização do transporte público. O Sistema deverá criado e instituído por lei municipal específica. A composição do sistema previsto inclui os seguintes componentes, conforme expresso no artigo 93: elaboração do plano de transporte, trânsito e mobilidade; criação de um sistema de transporte coletivo; infra-estrutura física da malha viária; gestão de postos e hidrovias; gestão de aeroportos; gestão do transporte coletivo municipal; a criação do conselho municipal de transporte e administração municipal direta ou indireta. O sistema viário é apresentado no anexo 04 que contém um mapa esquemático do sistema viário estrutural. O sistema viário também é tratado no anexo 12 que contém a listagem das vias de trânsito rápido e arterial que compõem o sistema viário estrutural da Macrozona de Ambiente Urbano.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas.

O plano apresenta objetivos específicos da mobilidade que demonstra a compreensão integrada do tema. Porém além dos objetivos estabelece diretrizes que são também diferenciadas, em alguns assuntos mais pontuais outros mais genéricos. As metas mais concretas estão relacionadas à estruturação e planejamento do sistema de transporte no município pela administração pública e a melhoria da infra-estrutura e equipamentos de transporte. Nas disposições transitórias é estabelecido que o poder público deva revisar a Lei municipal que disciplina o sistema viário municipal, constituindo o suporte físico da circulação da cidade integrado ao uso do solo e ao sistema de transporte, dentro do prazo de 18 (dezoito) meses, contados da aprovação do plano diretor.

4. A definição de instrumentos específicos visando a ampliação da mobilidade da população e promoção de serviços de transporte público de qualidade (identificando a existência de política de promoção de ciclovias e transportes não-poluentes e/ou não-motorizados).

Há diretrizes que visam priorizar, no espaço viário, o transporte coletivo e de massa em relação ao transporte individual, desestimulando o uso de veículo motorizado particular; promover e estimular o uso de bicicletas e o deslocamento de pedestres; promover a proteção aos cidadãos nos seus deslocamentos através de ações integradas, com ênfase na educação para o trânsito. A definição de instrumentos foi remetida para o Plano de Mobilidade a ser elaborado no prazo de 1 (um).

5. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias; (ii) a demarcação de áreas dotadas de infra-estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; (iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; (iv) a outorga onerosa do direito de construir; (v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de mobilidade e transportes definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

O plano estabelece relações gerais e abrangentes entre o sistema de mobilidade e aplicação de recursos obtidos com a aplicação de instrumentos da política urbana.

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6. A utilização de outros instrumentos vinculados à política de transporte/mobilidade, tais como: operações urbanas consorciadas para viabilizar intervenções no sistema viário e/ou sistemas de transporte coletivo, transferência de potencial construtivo de perímetros a serem atingidos por obras de implementação de infraestrutura, outorga onerosa de potencial construtivo etc.

Há previsão e dependem de leis municipais específicas.

7. O estabelecimento de plano municipal de mobilidade e/ou de plano viário da cidade, seus objetivos, suas diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Há previsão do plano municipal de mobilidade e disposição das seguintes orientações nas disposições transitórias: “elaborar Plano Municipal de Mobilidade Urbana com vistas à mobilidade urbana, atendendo às distintas necessidades da população, instituindo itinerários para o transporte coletivo, e promovendo completo estudo de tráfego, incluindo o planejamento cicloviário para toda a área urbana e da oferta de áreas para estacionamento de usuários e de carga e descarga de bens e mercadorias nas zonas comerciais, para ampliar a oferta destes espaços, dentro do prazo de 1 (um) ano”.

8. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estaduais e federal. No caso de municípios integrantes de RM, verificar a existência de propostas referentes à integração do sistema, integração tarifária, etc

Sim. Há uma série de objetivos e de diretrizes que indicam a necessidade de melhor integração das políticas de mobilidade e articulação entre as esferas de governo.

9. A instituição de fundo específico de mobilidade e transportes, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado a área de transporte e mobilidade), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

A previsão de Plano Municipal de Mobilidade, Conselho e fundo destinado à melhorias do sistema de mobilidade municipal. Prazo de 1 (um) ano para elaboração do plano de mobilidade. Prazo de 18 meses para lei municipal que disciplina o sistema de trânsito.

10. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e investimentos concretos na área de mobilidade e transportes, por exemplo.

Não referência explicita aos instrumentos de planejamento citados, mas há diretrizes e ações priorizadas que indicam claramente a definição de obras e investimentos concretos na área de mobilidade e transporte, sobretudo em relação à melhoria do sistema viário e equipamentos específicos.

11. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não.

12. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de mobilidade e transportes.

Médio, já que o capítulo da mobilidade é bastante detalhado na definição dos objetivos, diretrizes e estratégias, mas depende fortemente de regulamentações futuras e estruturação de um novo sistema de mobilidade municipal.

13. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de transportes públicos na

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expansão urbana.

Sim.

14. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de transporte e mobilidade.

Sim, previsão de criação de conselho gestor e fundo de mobilidade.

V – O Plano Diretor e a Política de Meio Ambiente.

Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do meio ambiente, com ênfase nas desigualdades sociais relacionadas aos impactos da degradação do meio ambiente sobre as diferentes áreas da cidade (localização de depósitos de lixo ou de resíduos tóxicos, disponibilidade de áreas verdes, por exemplo), na perspectiva da justiça sócio-ambiental.

Não disponibilizado.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de meio ambiente. Verificar particularmente se existem dispositivos restritivos à moradia de interesse social (por exemplo, remoções de moradias em áreas de preservação).

A política ambiental definida no plano é uma das mais detalhadas e abrangentes. Há um capítulo específico destinado a definição de objetivos, diretrizes e establecimento de instrumentos e mecanismos de implelementação.

As relações interelações entre a política ambiental x política habitacional são claras, porém os conflitos não são explicitados. Nas determinações gerais observa-se a preocupação com a recuperação de áreas degradadas ou deterioradas visando à melhoria do meio ambiente e das condições de habitabilidade, ao mesmo tempo, o plano indica uma série de ações de controle e impedimento de invasões de áreas ambientalmente protegidas. Não menciona explicitamente se haverá remoções ou quais diretrizes prevalecem em situações de conflito. As ações ambientais são apresentadas como soluções consensuais.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas.

Há diversos objetivos estabelecidos no plano que poderiam ser compreendidos como metas concretas. Além disso, ficam estabelecidas obrigações em relação aos planos setoriais que compõem a política ambiental com a determinação de instrumentos e prazos para regulamentação. Este assunto será aprofundado também no relatório final.

4. A definição de instrumentos específicos visando a sustentabilidade ambiental (zoneamento ambiental e instrumentos jurídicos e fiscais). Verificar se o plano tem definições – e quais – e relativas aos seguintes pontos:

(i) Delimitação de Áreas de restrição ambiental.

(ii) Delimitação de Áreas de utilização e conservação dos recursos naturais.

(iii) Delimitação de Áreas de preservação permanente em função de situações críticas existentes.

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(iv) Delimitação de Áreas a serem revitalizadas.

(v) Delimitação de Áreas a serem recuperadas ambientalmente.

(vi) Delimitação de unidades de conservação.

(vii) Delimitação de zonas de transição entre as Áreas a serem preservadas, conservadas e ocupadas.

(viii) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção da Fauna e Flora.

(ix) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção de Recursos Hídricos.

Verifica-se que há no plano diretor diversas abordagens que tratam de todos os itens indicados. Há no anexo 9 um mapa esquemático indicando as áreas de interesse ambiental. No mapa são apresentadas além de áreas de interesse ambiental, 9 unidades de conservação. A fonte de informação do mapa esquemático é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Não fica claro se estas áreas já foram delimitadas por lei específica antes do plano diretor ou se deverão ser futuramente criadas.

A compatibilização do planejamento territorial com o diagnóstico ambiental, através das seguintes definições:

(i) Delimitação de Áreas de Risco de Inundação.

(ii) Delimitação de Áreas de Risco Geológico.

(iii) Mapeamento da geomorfologia dos solos e aptidões.

(iv) Mapeamento de declividades.

(v) Delimitação de Áreas com restrição de impermeabilização dos solos.

(vi) Delimitação de Áreas de ocupação e de expansão urbana, considerando as condições dos ecossistemas locais e a capacidade de suporte da infra-estrutura.

(vii) Delimitação de Áreas de risco à ocupação humana.

(viii) Delimitação de Áreas de atividades agrícolas.

(ix) Delimitação de Áreas de atividades de exploração.

(x) Localização preferencial de comércio, indústria e serviços.

(xi) Áreas especiais instituídas em correspondência com as atividades econômicas geradoras de impacto nos ecossistemas locais.

(xii) Áreas especiais instituídas em correspondência com as atividades de infra-estrutura urbana geradoras de impacto nos ecossistemas locais

Não foi disponibilizado diagnóstico ambiental. A descrição do macrozoneamento sugere que há intenção explicita de compatibilizar a ocupação do território com o diagnóstico ambiental.

5. O estabelecimento de plano municipal de meio ambiente, seus objetivos, suas diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Há menção de diversos planos setoriais que integram a política ambiental, nos seus principais

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componentes: recursos hídricos e saneamento ambiental. Todos com prazos de elaboração que variam de 1 a 2 anos.

6. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estaduais e federal.

Sim. Na própria definição da política que prevê a integração do Município ao SISNAMA e articulação junto aos comitês de bacias hidrográfica.

7. A instituição de fundo específico de meio ambiente e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Sim, oriundo do próprio processo de licenciamento ambiental. Há previsão de revisão do código ambiental.

8. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e investimentos concretos na área ambiental, por exemplo.

Não.

9. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não.

10. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política de meio ambiente.

Alto. Há uma compreensão sistêmica da política ambiental. Vários instrumentos e mecanismos são citados, alguns existentes com perspectiva de aperfeiçoamento e criação de novos com prazos estabelecidos.

11. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de meio ambiente.

Prevê a participação democrática, paritária e representativa da população na elaboração e implementação das políticas ambientais através do Conselho Municipal de Meio Ambiente e das conferências municipais de meio ambiente, dentre outras formas de participação; garantir a inclusão das diretrizes estabelecidas nas Conferências Municipais de Meio Ambiente na pauta de prioridades das políticas públicas do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

VI – O Plano Diretor e a Política Metropolitana (apenas para os municípios situados em regiões metropolitanas).

NÃO SE APLICA.

A idéia é situar os municípios segundo o grau de integração metropolitana e o grau de autonomia fiscal dos municípios (utilizando a tipologia e os estudos do Observatório das Metrópoles)

Para os municípios situados em regiões metropolitanas, buscar-se-á avaliar em que medida os planos diretores incorporaram instrumentos de gestão compartilhada em torno das políticas urbanas. Buscar-se-á identificar:

1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município no contexto

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metropolitano, com ênfase nos problemas de coordenação e cooperação entre os municípios e nas desigualdades sociais existentes na metrópole.

2. As diretrizes estabelecidas na perspectiva da integração do município à metrópole.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas visando uma política metropolitana.

4. A definição de instrumentos específicos visando a gestão compartilhada e cooperativa com outros municípios metropolitanos (por exemplo, a definição de consórcios municipais) e se envolve outros âmbitos federativos (estados e união).

5. O grau de auto-aplicabilidade das definições estabelecidas na política metropolitana.

D – Sistema de Gestão e Participação Democrática

Nesse item, a avaliação está centrada nos seguintes objetivos:

(i) Identificar os elementos presentes nos planos diretores que garantam a implementação do estatuto das cidades nos itens referentes à participação social no planejamento e gestão das cidades.

(ii) Identificar se o plano regulamenta ou prevê a criação de Conselhos das Cidades e outros mecanismos de participação.

(iii) Identificar a relação entre as ações do PD e o processo orçamentário (PPA, LDO e LOA).

(iv) Identificar as referências e definições relativas à estrutura de gestão da Prefeitura e as condições para o planejamento das ações e seu monitoramento.

Prevê a criação do Conselho Municipal de Políticas Públicas que pode ser compreendido como o equivalente ao Conselho da Cidade, por seus objetivos e atribuições. Não foram detectadas referências mais objetivas em relação à integração das ações previstas no plano com os demais instrumentos de planejamento municipal citado (PPA, LDO e LOA). Há um Título (IV) específico que trata da GESTÃO DEMOCRÁTICA DO PLANO DIRETOR, além das demais determinações que são apresentadas ao longo do plano. Neste título ainda é enfatizado em capítulo específico o Sistema de informação visando o monitoramento da implementação do próprio plano.

Segundo artigo 219, “o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual do Município incorporarão e observarão as diretrizes e prioridades estabelecidas neste Plano Diretor, devendo seu conteúdo ser analisado em audiência pública especialmente convocada para tal desiderato em ocasião anterior à sua votação pelo Poder Legislativo Municipal.”

Questões centrais:

1. A existência de previsão de audiências públicas obrigatórias. Se sim, em que casos?

Prevê Audiências Públicas referentes a empreendimentos ou atividades públicas ou privadas em processo de implantação, de impacto urbanístico ou ambiental com efeitos potencialmente negativos sobre a vizinhança no seu entorno, o meio ambiente natural ou construído, o conforto

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ou a segurança da população, para os quais serão exigidos estudos e relatórios de impacto ambiental e de vizinhança na forma da legislação vigente.

Todos os documentos relativos ao tema da audiência pública, tais como estudos, plantas, planilhas e projetos, serão colocados à disposição de qualquer interessado para exame e extração de cópias, inclusive por meio eletrônico, no mínimo no órgão responsável pelo planejamento urbano e meio ambiente, na Biblioteca Pública Municipal e na Câmara Municipal, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da realização da respectiva audiência pública.

As intervenções realizadas em audiência pública serão registradas por escrito e gravadas para acesso e divulgação públicos, e deverão constar no processo.

As audiências públicas no processo de fiscalização da implementação do plano terão por finalidade informar, colher subsídios, debater, rever e analisar o conteúdo do Plano Diretor de Macaé, e deve atender aos diversos requisitos.

A audiência pública poderá ser convocada pela própria sociedade civil, quando solicitada por no mínimo 1 % (um por cento) dos eleitores do Município e pelo Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé.

2. As definições relativas às consultas públicas (plebiscito; referendo popular ou outras)

Sobre plebiscito e referendo diz que serão convocados e realizados com base na legislação federal pertinente.

3. As definições relativas às Conferências (identificar quais) e sua peridiocidade.

A participação em todo processo de planejamento e gestão do Município, de acordo com o texto da lei, deverá basear-se na plena informação, disponibilizada pelo Poder Público Municipal com antecedência mínima de 15 (quinze) dias. Anualmente, no mês de novembro, o Executivo, através do órgão responsável pelo planejamento urbano, apresentará à Câmara Municipal e ao Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé relatório de gestão da política urbana e plano de ação para o próximo período, a que se dará ampla divulgação. As Conferências sobre assuntos de interesse urbano ocorrerão ordinariamente a cada dois anos e extraordinariamente quando convocadas.

4. A instituição de Conselho das Cidades e outros Conselhos ligados à política urbana (Conselho Gestor do Fundo de Habitação de Interesse Social, Conselho de Transporte, Conselho de Saneamento, de Desenvolvimento Urbano, etc.) e se existem conexões ou mecanismos de articulação entre estes.

Foram citados ao longo de todo plano os seguintes conselhos municipais:

1. Conselho Municipal de Assistência Social

2. Conselho Municipal da Cultura

3. Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

4. Conselho Municipal dos Desportos

5. Conselho Municipal dos Direitos da Mulher

6. Conselho Municipal dos Direitos de Pessoas com Deficiência

7. Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé – com atribuição de implementar o plano diretor

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8. Conselho Municipal de Educação

9. Conselho Municipal do Idoso

10. Conselho Municipal de Meio Ambiente

11. Conselho Municipal de Mobilidade

12. Conselho Municipal da Pesca

13. Conselho Municipal de Saúde

14. Conselho Municipal do Trabalho

15. Conselho Municipal de Turismo

Segundo o artigo 243, VIII - quanto aos Conselhos Municipais: “a) criar Lei municipal, dentro dos limites de suas atribuições constitucionais, com a finalidade de instituir, revisar, regulamentar e desativar caso necessário, os diversos Conselhos Municipais, previstos no Executivo e neste Plano Diretor, em especial nas áreas temáticas do Turismo, Pesca, Agropecuária, Educação, Saúde, Assistência Social, Cultura, Esportes e Lazer, Habitação, Mobilidade, Idoso, Portadores de Deficiência, Antidrogas, Meio Ambiente, Direitos da Mulher, Criança e Adolescente, Segurança Urbana, Alimentação Escolar, Trabalho, Garantia de Renda Mínima, órgãos consultivos, normativos e deliberativos, compostos com representação paritária do poder público e da sociedade civil, dentro do prazo de 1 (um) ano contado do início da vigência desta Lei; (...).” 5. Identificar para cada Conselho:

a) Composição por Segmento (identificar os seguintes segmentos: (i) governo, (ii) empresários, (iii) trabalhadores e entidades de ensino e pesquisa, (iv) movimento popular, (v) ONGs, (vi) outros – especificar, (vii) total. Anotar o número de representantes por segmento e o percentual sobre o total de conselheiros(as). Observação: Estão sendo considerados os mesmos segmentos que orientam a composição do Conselho Nacional das Cidades.

b) Composição do poder público e sociedade

Observações: (i) Composição: anotar a composição percentual entre o poder público e a sociedade; (ii) Segmentos sociais representados: levar em consideração dos seguintes segmentos: poder público federal; poder público estadual; poder público municipal; movimentos populares; entidades da área empresarial; entidades dos trabalhadores; entidades da área profissional, acadêmica e de pesquisa; organizações não-governamentais; (iii) Participação do movimento popular: indicar o peso relativo (%) do segmento do movimento popular na composição total do Conselho das Cidades.

c) Caráter (consultivo ou deliberativo ou ambos)

De acordo com o artigo 232, o Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé, órgão consultivo e deliberativo, a ser disciplinado por Lei ordinária municipal e composto com representação paritária do poder público e da sociedade civil, considerando a representação dos diferentes conselhos municipais, deverá ser criado em atendimento à resolução específica do Conselho das Cidades. Lei municipal deverá instituir o Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé, órgão consultivo, normativo e deliberativo deste Plano Diretor, composto com representação paritária do poder

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público e da sociedade civil, até 08 de dezembro de 2006. A Prefeitura deverá realizar semestralmente sob a presidência do Chefe do Poder Executivo, reunião plenária dos conselhos municipais.

d) Atribuições (verificar se está prevista como uma das atribuições a iniciativa de revisão dos planos diretores)

Compete ao Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé:

“I - formular e coordenar a implementação das Políticas Públicas do Município previstas neste Plano Diretor; II - debater e aprovar relatórios anuais de Gestão das Políticas Públicas elaborados pelo Poder Público Municipal; III - analisar e propor soluções para questões relativas à aplicação do Plano Diretor; IV - debater e formular propostas de alteração da Lei do Plano Diretor; V - acompanhar a execução dos planos, programas e projetos de interesse para o desenvolvimento econômico, social, urbano e ambiental; VI - debater e propor diretrizes para áreas públicas municipais; VII - debater e formular propostas sobre projetos de Lei de interesse urbanístico; VIII - dirimir as dúvidas que lhe forem formuladas pelo Prefeito Municipal e aprovar resoluções com orientações normativas para aplicação da legislação urbanística municipal com base nesta Lei; IX - elaborar e aprovar o seu regimento interno.”

e) A definição da forma de eleição dos conselheiros.

Não há definição quanto a este aspecto. Indica que o Conselho deverá ter representação paritária do poder público e da sociedade civil, considerando a representação dos diferentes conselhos municipais, deverá ser criado em atendimento à resolução específica do Conselho das Cidades.

f) A definição de critérios de gênero na composição do conselho.

Não.

6. Previsão de participação da população e de entidades representativas dos vários segmentos da sociedade na formulação, execução e acompanhamento dos planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.

Sim.

7. A definição de criação de Fóruns entre governo e sociedade para debate de políticas urbanas.

Não há previsão de fórum, mas de conselhos setoriais ou locais (nos casos da ZEIS) ou mesmo de comissões específicas.

8. A definição de criação de instâncias de participação social no orçamento público municipal (definir quais instâncias estão previstas: debates, reuniões periódicas, audiências, consultas públicas, etc. e se são condição obrigatória para o encaminhamento das propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentária e do orçamento anual).

Estabelece orientações para implementação do orçamento participativo, onde seja assegurado que cada setor da sociedade, por meio de seus representantes, busque a defesa de seus interesses e o atendimento de suas necessidades ao longo do processo de elaboração do orçamento anual, através de discussões, audiências públicas e debates, onde sejam fixadas as

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prioridades do gasto local, conforme a previsão da receita do Município, dentro do prazo de 1 (um) ano.

Destaca-se que lei municipal específica disciplinará o fundo municipal dos royalties, em consonância com as diretrizes gerais previstas no artigo 31 do Plano Diretor, que será constituído obrigatoriamente de duas partes: a primeira parcela, permanente, que não pode ser gasta, a não ser com a autorização da maioria absoluta dos votos do Poder Legislativo municipal; a segunda parcela, que será formada pela renda auferida através de investimentos da parte principal, e de reinvestimentos dos lucros obtidos, dentro do prazo de 1 (um) ano.

9. Verificar no plano diretor a relação que existe entre a definição de obras e investimentos propostos com a capacidade financeira do município (se existem definições relativas a essa relação e quais).

Não foi identificado definições claras em relação aos investimentos propostos.

10. A definição de outras instâncias de participação

Destacam-se as comissões específicas para implantação das ZEIS.

11. Identificar a existência no plano da instituição de sistema de gestão, estrutura, composição e atribuições de cada órgão; as formas de articulação das ações dos diferentes órgãos municipais.

A elaboração, a revisão, o aperfeiçoamento, a implementação e o acompanhamento do Plano Diretor e de planos, programas e projetos setoriais, regionais, locais e específicos, de acordo com o artigo 223 serão efetuados mediante processo de planejamento, implementação e controle, de caráter permanente, descentralizado e participativo, garantindo uma gestão integrada, envolvendo Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e a sociedade civil, como parte do modo de gestão democrática do Município para a concretização das suas funções sociais.

Integram o Sistema de Planejamento Municipal o órgão municipal competente pelo planejamento urbano e o Conselho Diretor de Políticas Públicas de Macaé, que deverá ser regulamentado por Lei, com os seguintes objetivos:

I – fortalecer a atuação do Poder Público em favor do interesse coletivo e a valorização das funções de planejamento, articulação e controle sobre os espaços destinados às atividades urbanas e rurais;

II – integrar os agentes setoriais de planejamento e de execução da administração direta e indireta, assim como dos órgãos e entidades estaduais e federais, quando necessário, para aplicação das diretrizes e políticas públicas previstas nesta Lei;

III - acompanhar e avaliar os resultados da implementação deste Plano Diretor;

IV - manter atualizado o sistema de informações georreferenciadas sobre o território municipal, abrangendo, dentre outros, o cadastro de terras e infraestrutura e dados gerais sobre o uso e ocupação do solo urbano e rural, inclusive, o cadastramento e o mapeamento das áreas e edifícios públicos, bem como a integração de todos os cadastros municipais, implantando e mantendo atualizado o sistema único informatizado de cadastro georreferenciado;

V – capacitar os servidores públicos municipais para atuação no sistema de planejamento municipal;

VI – divulgar amplamente os dados e informações, garantindo acesso pleno às informações territoriais a todos os cidadãos.

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O Poder Público Municipal, segundo artigo 215, promoverá a adequação da sua estrutura administrativa, quando necessário, para a incorporação dos objetivos, diretrizes e ações previstos nesta Lei, mediante a reformulação das competências de seus órgãos da administração Direta.

Cabe ao Poder Público Municipal garantir os recursos e procedimentos necessários para a formação e manutenção dos quadros necessários no funcionalismo público para a implementação das propostas definidas nesta Lei.

O Poder Público Municipal, conforme artigo 217, promoverá entendimentos com Municípios vizinhos, podendo formular políticas, diretrizes e ações comuns que abranjam a totalidade ou parte de seu território, baseadas nesta Lei, destinadas à superação de problemas setoriais ou regionais comuns, bem como firmar convênios ou consórcios com este objetivo, sem prejuízo de igual articulação com o Governo do Estado.

Os planos integrantes do processo de gestão democrática do Município deverão ser compatíveis entre si e seguir as políticas do Município contidas nesta Lei, bem como considerar os planos intermunicipais de cuja elaboração o município tenha participado.

12. Identificar no plano diretor as formas de planejamento e execução das ações; se existem definições relacionadas às formas regionalizadas e centralizadas de gestão; Como está previsto a participação da sociedade neste processo?

A iniciativa popular, conforme artigo 241, de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano poderá ser tomada por, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos eleitores do Município em caso de planos, programas e projetos de impacto estrutural sobre a cidade.

Qualquer proposta de iniciativa popular de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano e ambiental deverá ser apreciada pelo Poder Público Municipal em parecer técnico circunstanciado sobre o seu conteúdo e alcance, no prazo de 120 (cento e vinte) dias a partir de sua apresentação, ao qual deve ser dada publicidade (artigo 242).

13. Identificar, no plano, as formas de monitoramento das ações no território municipal; Está previsto a participação da sociedade?

O conselho municipal é o principal instrumento de monitoramento das ações no território municipal pela sociedade. Além das audiências públicas, e outros mecanismos já mencionados anteriormente.

14. Identificar, no plano, a referência a existência de cadastros (imobiliário, multifinalitário, georeferenciados, planta de valores genéricos e as formas de atualização) e a implementação dos impostos territoriais (IPTU, ITR e ITBI). Observação: O ITR pode não aparecer porque o plano pode ter sido aprovado antes do ITR ser passado para o município.

De acordo com o artigo 220, o Poder Público Municipal manterá atualizado, permanentemente, o sistema municipal de informações sociais, culturais, econômicas, financeiras, patrimoniais, administrativas, físico-territoriais, inclusive cartográficas, geográficas e geológicas, ambientais, fundiárias e outras de relevante interesse para o Município, progressivamente georreferenciadas em meio digital.

Deve implementar imprensa oficial de nível municipal, que editará o Órgão Oficial de Imprensa do Município e seus suplementos, do Poder Executivo e do Poder Legislativo, que dará publicidade de todas as informações municipais, por meio de publicação semanal ordinária e extraordinária quando necessário, com distribuição gratuita à população, em meio impresso ou digital disponibilizado no site oficial do Município.

Além de assegurar ampla e periódica divulgação dos dados do Sistema de Informações Municipal,

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por meio de publicação periódica no Órgão Oficial de Imprensa do Município, disponibilizada na página eletrônica oficial da Prefeitura Municipal de Macaé, e na forma de anuário estatístico, na Rede Mundial de Computadores - Internet, bem como seu acesso aos munícipes, por todos os meios possíveis.

São princípios do sistema de informação: simplificação, economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança, evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para fins idênticos. De acordo com o artigo 224, são objetivos das políticas públicas para o Sistema de Informações Municipal:

I - desenvolver um Sistema de Informações Municipal com o objetivo de padronizar, democratizar e disseminar informações consolidadas, subsidiando assim as políticas públicas do Município, configurando-se como um instrumento efetivo de gestão;

II - manter permanentemente o Sistema de Informações Municipal atualizado com dados: sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais, administrativos, orçamentários, físico-territoriais, cartográficos, geográficos geológicos, ambientais, fundiários e outras de relevante interesse para o Município, georreferenciadas, em meio digital e em relatórios impressos com freqüência periódica de edição;

III - assegurar ampla e periódica divulgação dos dados do Sistema de Informações Municipal, por meio de publicação impressa e em meio eletrônico.

São diretrizes (artigo 225):

I - atender aos princípios da simplificação, economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança, evitando-se a duplicação de meios e instrumentos para fins idênticos;

II - formar cadastro técnico multifinalitário, que reunirá informações de natureza social, urbanística, fundiária, tributária, judicial, patrimonial, ambiental e outras de interesse para a gestão municipal, inclusive sobre planos, programas e projetos;

III - oferecer indicadores de qualidade dos serviços públicos, da infra-estrutura instalada e dos demais temas pertinentes a serem anualmente aferidos, elaborados a partir da realização de pesquisa universal periódica ou por amostragem;

IV - obter dos agentes públicos e privados, em especial os concessionários de serviços públicos que desenvolvem atividades no Município, informações e dados que forem considerados necessários ao Sistema de Informações Municipal;

V - democratizar, disponibilizar e dar publicidade dos documentos e informações produzidos no processo de elaboração, revisão, aperfeiçoamento e implementação do Plano Diretor a todos os cidadãos;

VI - assegurar, a qualquer interessado, o direito, nos termos da Lei Federal n° 9.051/95, à informação de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou difuso, que serão prestados no prazo legal, sob pena de responsabilidade, sobre os conteúdos de documentos, informações, estudos, planos, programas, projetos, processos e atos administrativos e contratos, ressalvadas as situações em que o sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

VII - realizar de dois em dois anos pesquisa universal ou por amostragem objetivando obter indicadores sócio-econômicos originados da população local.

Ações estratégicas (artigo 226):

I - dimensionar, estruturar, configurar e qualificar o ambiente na área de informática destinado a compor o Sistema de Informações Municipal;

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II - estabelecer os critérios de atuação dos diversos segmentos da Administração Municipal Direta e Indireta no ambiente do Sistema de Informações Municipal, visando à produção de dados e o fluxo das informações;

III - redefinir, adequar e potencializar a atuação dos programas estatísticos e georeferenciados em curso no Município, com vistas ao suprimento de conteúdos ao Sistema de Informações Municipal;

IV - elaborar, num prazo de 6 (seis) meses, a contar da vigência da presente Lei, plano e programa de trabalho, visando à implementação do Sistema de Informações Municipal.

15. Identificar a previsão no plano, de revisão do código tributário.

Não previsto.

PRAZOS DEFINIDOS NAS DISPOSIÇÕES TRASITÓRIAS

OBJETOS DE ATENÇÃO: 120 dias

6 meses

1 ano

18 meses

2 anos

Total

Novas Leis Municipais - - 17 4 21

Revisão de Leis Municipais - 1 4 1 1 7

Estruturação dos sistemas de planejamento - - 2 - - 2

Criação e implementação do orçamento participativo - - 1 - - 1

Elaboração dos planos regionais na Macroárea de Uso Sustentável

- - - 1 1

Elaboração do plano de Mobilidade - - 1 - - 1

Implementação da imprensa oficial de nível municipal - - 1 - 1

Instituição dos planos de alinhamento - - 1 - - 1

Organização do Fundo Muncipal - 1 - - - 1

Promoção do plano de arborização 1 - - - - 1

TOTAL 1 2 26 2 6 37