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Diagnóstico mamográfico de microcalcificações suspeitas
para malignidade e sua correlação com os achados
Gisele Alborghetti NaiAdriana Fleury
Maria Fernanda F. B. JacobEdilaine Gonçalves A. Silva
Ricardo Luís Barbosa
Estudo 1
Revisamos os resultados dos exames patológicos de 85 pacientes com lesões não palpáveis da mama, cujo diagnóstico mamográfico foi de microcalcificações suspeitas para malignidade.
Resultados 28,4% tratavam-se de alterações
benignas do tecido mamário
36,3% de lesões pré-malignas
35,2% de carcinomas
54,8% com predomínio dos carcinomas "in situ" (no local)
58,6%com carcinomas do tipo ductal
A grande variação da correlação entre estes dois exames pode ser estreitada pelo uso combinado da classificação de BI-RADS e de Le Gal na avaliação dos exames mamográficos.
Classificação Bi-radisCategoria
Avaliação Conduta
0 Incompleta Outras incidências de mamografia ou ultra-sonografia são necessárias
1 Negativa (nada encontrado)
Rastreamento normal
2 Achados benignos Rastreamento normal
3 Provavelmente benignos
Seguimento 06 meses (às vezes indica-se biopsia)
4 Anomalias suspeitasA - menor suspeitaB - média suspeitaC - maior suspeita
Biópsia deve ser avaliada
5 Alta suspeita de malignidade
Necessita esclarecimento definitivo
6 Já existe diagnóstico do câncer
Classificação Morfológica Le Gal
Tipos Microcalcificações- Morfologia % de Malignidade
Tipo I Anulares, redondas, discóides, com centro lucentes
Todas são benignas
Tipo II Redondas, isodensas, uniformes 22% são malignas
Tipo III Puntiformes, tipo “poeira”, difícil identificação
40% são malignas
Tipo IV Irregulares, poliédricas, tipo “grão de sal”
66% são malignas
Tipo V Vermiculares, ramificadas, em forma de letras
Todas são malignas
O diagnóstico precoce do câncer de mama tem importância fundamental para o tratamento e prognóstico da doença.
A mamografia é, atualmente, a única ferramenta que pode detectar lesões pré-malignas e um câncer na sua fase pré-invasiva, quando a possibilidade de cura é aproximadamente 100%.
Estudo 2 59% tinham entre 40 e 59 anos, porém em 21,2% dos casos a
idade não foi informada.
53,4% dos casos houve predomínio de achados na mama esquerda.
-27,2% nos quadrantes superiores. -66,6% mais especificamente no quadrante externo.
28,4% tratavam-se de alterações benignas do tecido mamário.
36,3% de lesões pré-malignas. 35,2% de carcinomas existindo uma associação entre lesões
malignas e pré-malignas e microcalcificações suspeitas para malignidade.
A esquerda, radiografia da peça cirúrgica da mama mostrando foco de microcalcificações irregulares e agrupadas.
A direita, fotomicrografia da área mostrando microcalcificações associadas a ductos dilatados
A esquerda, radiografia da peça cirúrgica da mama mostrando foco de microcalcificações irregulares e agrupadas.
A direita, fotomicrografia da área mostrando microcalcificações associadas a carcinoma ductal invasivo.
A detecção precoce é o fator mais importante para melhorar a taxa de sobrevida das pacientes com câncer de mama.
A mamografia é o exame disponível com maior acurácia para detecção de pequenos carcinomas da mama e tem a habilidade de mostrar até mesmo lesões pré-malignas.
Microcalcificações mamárias suspeitas para malignidade representam não apenas um achado diagnóstico, mas também prognóstico e terapêutico.
Microcalcificações à mamografia não são patognomônicas de carcinoma, mesmo quando apresentam um padrão morfológico suspeito para tal, mas representam uma área de alto risco no tecido mamário e requerem uma biópsia para exame histológico e diagnóstico definitivo.