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HÉLDER AMARAL COMPROMISSO COM VISEU Manifesto Eleitoral 2013 CDS-PP

Manifesto eleitoral - Compromisso com Viseu

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Manifesto eleitoral da candidatura de Hélder Amaral do CDS/PP - Autárquicas 2013

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HÉLDER AMARAL

COMPROMISSOCOM VISEU

Manifesto Eleitoral 2013

CDS-PP

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CDS – Partido Popular

Hélder Amaral 2013

Compromisso com Viseu

Manifesto Eleitoral

INTRODUÇÃO

COMPROMISSO COM O FUTURO

Por força da impossibilidade de recandidatura do actual Presidente da Câmara Municipal, as

eleições autárquicas de 2013 marcam, em Viseu, o fim do longo ciclo de uma liderança

política que há muito parou no tempo e se revelou incapaz de acompanhar a modernidade da

sociedade civil da cidade, do Concelho e da região. Este fim de ciclo oferece aos viseenses

uma oportunidade de mudança, que estes exigem e merecem.

A vontade de repetir ou ultrapassar o passado é o critério pelo qual se deve medir o valor de

qualquer candidatura que se apresente às próximas eleições. Este é um momento de

definição: ou se está do lado do passado ou se está do lado do futuro.

A candidatura apoiada pelo CDS-PP quer protagonizar um movimento verdadeiro de

mudança, que não se fique pela mera retórica.

O primeiro passo para que em Viseu se possa apresentar uma proposta política credível, de

futuro, é perceber que o problema estrutural fundamental dos atrasos de que ainda sofremos

é o poder político vigente, que continua no Séc. XXI a impor mentalidades e métodos de

décadas distantes. Em Viseu, a política tem sido vezes demais parte dos problemas, e

não parte das soluções.

A actual maioria foi eleita pela primeira vez há duas décadas e meia, quando do poder local

se exigia, essencialmente, a aposta na criação de infra-estruturas básicas, num país que estava

nesse aspecto bastante atrasado. Tanto tempo passado, é urgente que se dê finalmente

atenção a uma nova geração de políticas autárquicas: em vez da política assente no

conceito caduco da “obra feita”, é preciso que o debate público e a acção do poder local

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#!

viseense se concentrem em temas como a sustentabilidade e competitividade económicas, a

inovação e criação de empregos qualificados, a transparência das formas de gestão, a inclusão

da capacidade instalada privada na acção social pública ou a cultura e as artes como factor de

bem-estar e projecção das cidades.

O poder actual nunca se libertou de um modelo assente em obras públicas tantas vezes

inúteis e sumptuárias, sem qualquer concepção global e contemporânea de desenvolvimento.

Foi esse poder que impediu a cidade e a região de terem um maior vigor económico, social e

cultural, e que promoveu um ciclo vicioso de desemprego, declínio e abandono de gerações

qualificadas.

É bem conhecido, e lamentado por muitos, este modelo politico em que a Câmara Municipal

tenta permanentemente ser dona e senhora de toda a vida do Concelho, desincentivando e

desconfiando do dinamismo da sociedade civil, cujas iniciativas a Câmara deseja que

dependam sempre do seu beneplácito e apoio.

Viseu vive um paradoxo preocupante: é uma cidade com aparência de organização e

prosperidade mas que se vê abandonada pelas suas gerações mais jovens, que aqui não

encontram procura para o seu trabalho e para as qualificações que a muito custo – seu e das

suas famílias – foram adquirindo. Assim se perde uma massa crítica fundamental, uma massa

crítica económica, cultural, académica, intelectual. Assim se desaproveitam os verdadeiros

agentes da mudança e do desenvolvimento.

A candidatura do CDS-PP pretende representar a massa crítica livre e independente que

existe em Viseu, e a sua vontade de assistir a uma verdadeira ruptura com o estilo e o

conteúdo da liderança actual, que aposte numa nova geração de políticas e atribua à cidade a

importância e o dinamismo típicos de uma verdadeira cidade capital regional.

Para tal, é urgente que o poder de Viseu se desloque da Câmara Municipal para a livre

iniciativa dos agentes económicos, culturais e da solidariedade social, através de um novo

espírito de associativismo, parceria e partilha de recursos. O Município não deve ter um

espírito dirigista, o que resulta sempre no entrave ao desenvolvimento: deve ser, antes, um

parceiro de uma sociedade livre, um instigador da inovação, do empreendedorismo e

da cooperação.

Esta urgência é absolutamente evidente, tendo em conta que o modelo do passado, que

dependeu fundamentalmente de dinheiros públicos (transferências do Orçamento do Estado

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$!

e tributação municipal alta), é inviável no presente e no futuro, com a crise económica e a

situação de emergência financeira e de ajuda externa que o Estado teve de solicitar.

Qualquer candidatura que esconda esta realidade está a desrespeitar a inteligência

dos viseenses.

***

O presente manifesto traduz o empenho da candidatura do CDS-PP em representar a defesa

de uma proposta política de nova geração, baseada na ideia de que ao Executivo

camarário e restantes órgãos municipais cabe, não a direcção de toda a vida da sociedade,

mas assegurar que o desenvolvimento e a projecção de Viseu se possam fazer da

força, talento e independência das suas pessoas, empresas e instituições.

Trata-se de um manifesto que está intimamente ligado aos valores de sempre do CDS-PP: a

liberdade, o poder político como um exercício limitado, respeitador da primazia das pessoas,

das famílias, das empresas e das instituições, a solidariedade como obrigação moral e política,

a cultura como elemento agregador das comunidades.

Normalmente, os programas eleitorais são repositórios de medidas infindáveis e impossíveis

de serem concretizadas, porque os partidos parecem considerar que terão melhores

resultados eleitorais quanto mais promessas vãs incluírem nos seus programas. A candidatura

do CDS-PP recusa esse formato e essa atitude política de engano dos eleitores. Aceitando o

que de bom tem sido feito em Viseu, concentramo-nos no que no passado não foi feito,

ou foi mal feito. O presente manifesto expõe, apenas, aquilo que para nós é o mais

importante e possível de ser concretizado num mandato de quatro anos. Os viseenses

esperam de nós essa clareza.

Apresentamos, assim, a nossa visão do futuro, focada porém num conjunto transparente

de prioridades e compromissos essenciais, aberta à concretização das ideias de todos os

viseenses que partilhem a mesma visão e que, independentemente de como se julguem as

políticas do passado, entendam ter chegado a hora de Viseu dar, finalmente, um passo

colectivo em frente.

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%!

COMPROMISSO COM A ECONOMIA E O EMPREGO

Um Município liderado pela candidatura do CDS-PP terá como primeiro compromisso o de

promover uma injecção de vida na economia da região.

Os viseenses são tão trabalhadores e empreendedores quanto os habitantes de qualquer

outra cidade. O tecido empresarial de Viseu tem mérito e é indispensável à vida em

sociedade na cidade e na região. Mas são os próprios empresários que reconhecem que Viseu

não tem ainda, nem na dimensão nem na diversidade, uma vida económica própria de uma

cidade como as capitais regionais com que se deverá comparar.

A competitividade económica não é uma mera questão sectorial: ela é o pressuposto

fundamental de todo o progresso social. Mais e melhores empresas equivalem a mais

oportunidades, a mais emprego, a mais emprego qualificado, a mais riqueza, a mais massa

crítica, a mais gente livre e independente do poder político, profissional e culturalmente mais

preparada.

As sociedades mais avançadas, socialmente mais solidárias e igualitárias, culturalmente mais

inovadoras, são sempre as sociedades economicamente mais robustas.

O compromisso desta candidatura com a economia e o emprego defende que Viseu possa

vir a ser reconhecida como uma cidade amiga do investimento, competitiva, atractiva, com o

tradicional pendor comercial revitalizado, alavancada em indústrias da nova geração, com

uma economia em que a cultura, o turismo e o conhecimento desempenhem um papel

preponderante.

Assim, um Executivo saído da candidatura do CDS-PP defenderá prioritariamente uma

política integrada, empenhada, activa e descomplexada de atracção de investimento, de

criação de condições para a instalação e criação de novas empresas e para o crescimento das

existentes.

A primeira medida política de fundo de uma Câmara Municipal de Viseu liderada pelo CDS-

PP será a aprovação de um “Plano de Competitividade”, elaborado após auscultação dos

municípios vizinhos, das associações empresariais e comerciais, das empresas com maior

peso na economia da Região e das instituições do ensino superior. Desse Plano deverão

constar, pelo menos, os seguintes vectores:

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&!

• Criação de uma Agência Regional para o Investimento (ARI), dirigida, em

condições de igualdade, entre outros, pelos representantes das entidades acima

referidas. A atracção de investimento produtivo necessita de uma política proactiva e

não se compadece com o imobilismo e com a confiança no acaso ou na boa vontade

dos investidores.

A criação desta Agência poderá ser proposta no seio da Comunidade Intermunicipal,

ao abrigo das suas atribuições de promoção do planeamento e da gestão da estratégia

de desenvolvimento económico e social do território por si abrangido.

A ARI cuja criação propomos que Viseu lidere terá a missão de se dirigir

directamente aos investidores – portugueses ou estrangeiros –, ou ao próprio

AICEP, e promover, de modo global e integrado, as condições favoráveis para a

aposta empresarial na Região de Viseu. Desde logo, a centralidade geográfica, as vias

de comunicação terrestre que aqui confluem, a proximidade de um dos mais

relevantes portos marítimos e, ao mesmo tempo, da principal fronteira rodoviária de

Portugal. Mas também um quadro tributário amigo das empresas.

O papel da ARI na promoção da Região e do seu potencial de atracção de

investimento poderá também concretizar-se no apoio à participação conjunta e

complementada das empresas respectivas em certames internacionais.

• Enquadramento fiscal municipal que faça Viseu distinguir-se e que seja um

claro e reconhecido factor de dinamização da economia da Região. Propomos,

na lógica da busca empenhada e proactiva de investimento, que Viseu se apresente ao

mercado com uma taxa geral de derrama claramente abaixo da média do país (para

todas as empresas) e com um conjunto alargado de benefícios fiscais

verdadeiramente compensadores no âmbito do IMI e do IMT, apostando

inclusivamente em benefícios que constituam a contrapartida contratual de grandes

projectos de investimento com interesse para toda a economia nacional, conforme é

permitido e incentivado pela Lei das Finanças Locais A concorrência fiscal entre

municípios e regiões é um caminho virtuoso que começou já a ser percorrido na lei

da República e que deverá ser aproveitado.

Entre os benefícios fiscais a conceder, dever-se-ão contar, muito particularmente,

aqueles que se dirijam, por exemplo, às empresas em início de actividade que criem

mais do que 10 postos de trabalho, às que representem grande incorporação de

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'!

investimento em Investigação & Desenvolvimento, que se internacionalizem, que

exportem uma parte importante da sua produção e que participem em certames no

estrangeiro, assim promovendo a Região no exterior.

• Reformulação radical do regulamento de taxas do município, com diminuição

os valores tributários e supressão de taxas, para que esse aspecto da intervenção

municipal não seja, como tantas vezes é, um peso excessivo e desincentivador da

actividade económica do Concelho.

• Reformulação da política dos parques empresariais, a qual deverá ser integrada

na política proactiva de atracção de investimento.

É preciso que os terrenos destinados à implantação de empresas façam parte do

pacote de benefícios que o Município ofereça a quem em Viseu se queira instalar,

nomeadamente através da concessão gratuita dos mesmos, condicionada à

observância de deveres contratualizados (designadamente relativos aos níveis de

emprego criado) e sujeita à reversão dessa concessão em caso de incumprimento dos

deveres acordados (como acontece em muitos outros Concelhos).

Para além disso, a fim de incentivar o empreendedorismo, a criação de emprego

próprio e a independência económica das pessoas, dever-se-á afectar uma parte dos

parques empresariais à instalação, a custos simbólicos ou controlados, de pequenas

empresas em início de actividade às quais se reconheça potencial de crescimento.

O modelo da GESTINVISEU, que actualmente gere o parque industrial de Mundão,

deve ser revisto. Trata-se de um modelo baseado num conceito de “condomínio

empresarial”, importado de grandes cidades, que é desadequado à realidade de Viseu,

uma vez que inclui a prestação de serviços desnecessários e que encarecem a

instalação de empresas. A candidatura do CDS-PP defende – desde logo para o

futuro parque de Lordosa – um modelo de zonas empresariais flexíveis, com níveis

de pré-execução mínima e que possam ir crescendo apenas à medida das

necessidades. Não é prudente fazer parques empresariais como quem faz

loteamentos; tal opção resulta na excessiva oneração dos preços e condiciona

decisivamente os potenciais investidores.

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(!

• Reivindicação de mais e melhores acessibilidades ao Concelho e à região, na

medida em que elas potenciam o encurtamento de distâncias e a circulação de

pessoas e bens. Um Executivo camarário do CDS-PP servirá para amplificar e

reforçar esta exigência, designadamente no que respeita à ligação por auto-estrada a

Coimbra (sem destruição da alternativa gratuita) e ao regresso do serviço ferroviário

à cidade (nenhuma cidade de média dimensão, que queira ser competitiva, pode estar

isolada da rede europeia de caminhos-de-ferro). No entanto, ao contrário do que

infelizmente é a norma na política autárquica, nenhuma dessas reivindicações será

pelo CDS-PP feita à custa do respeito pela situação de emergência financeira em que

o Estado português vive.

• Criação de um gabinete municipal fornecedor de aconselhamento e

orientação das empresas do Concelho na área da eficiência energética.

COMPROMISSO COM A CULTURA

A nova atitude política que esta candidatura pretende incutir nos órgãos do Município passa

também, muito particularmente, pelo reconhecimento da importância que a cultura tem na

contemporaneidade das cidades, numa atitude descomplexada que veja politicamente as

manifestações culturais e as expressões artísticas para lá do mero conservacionismo (tão caro

às direitas) e do dirigismo (tão caro às esquerdas).

A cultura tem, obviamente, um valor próprio, de civilização e bem-estar, e deve ser

entendida como o ponto de encontro entre o conhecimento, a arte, a ciência e a animação.

Ela é o oxigénio dinamizador de toda a vida social e não pode ser abordada de forma

singular, mas plural. Devemo-nos referir a culturas nunca a um conceito específico ou

limitado. Tendo em conta as infinitas possibilidades que este campo nos oferece,

acreditamos que através de uma aposta clara na cultura Viseu pode almejar ser algo mais do

que uma cidade onde a interioridade, sem qualquer tipo de vitalidade, se faz sentir.

Viseu é uma cidade histórica. Viseu é a Sé, a Igreja dos terceiros, o Rossio, a Cava de Viriato,

o Museu Grão-Vasco, o Museu Almeida Moreira, o Museu do Quartzo, o Teatro Viriato, o

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)!

Conservatório, a Mata do Fontelo, a Muralha Romana, o Parque Aquilino Ribeiro, a Feira de

S. Mateus e a Feira Semanal, as Cavalhadas e todas as Festas Populares. Mas também é: os

Jardins Efémeros, o Lugar do Capitão, a Associação Girassol Azul, a Associação ZumZum,

o Cine Clube e deve ser muito mais.

É preciso, porém, encarar politicamente a cultura como uma actividade económica (com a

vantagem de que está em crescimento), capaz de gerar riqueza, postos de trabalho e massa

crítica, e de puxar por todos os outros sectores.

Viseu poderá beneficiar de uma tal atitude, assim tenha o rasgo de instigar o interesse das

instituições e empresas (da região e não só). Basta lembrar os exemplos nacionais e

internacionais dos eventos e dos equipamentos culturais mais conhecidos para concluir que

as empresas têm cada vez mais hábitos de responsabilidade social e de auto-promoção

através do apoio às artes. Devemos saber aproveitar esta mistura de altruísmo e egoísmo

empresariais, envolver as empresas privadas com os artistas e as instituições públicas na

criação de dinâmicas culturais, apontando para uma programação original que eleve a

influência da cidade, a adesão de públicos externos e a criatividade económica da região.

A Autarquia deve ser o átomo mobilizador de toda uma nova efervescência cultural; no

entanto, a interferência na programação ou na autonomia dos diversos agentes é, no nosso

entender, contraproducente. Não há coisa mais nefasta à cultura e à Democracia do que o

dirigismo, a interferência e a dependência ou afiliação políticas.

A nossa visão sobre a cultura é inclusiva, encarando-a sem quaisquer juízos de valor ou pré-

conceitos. A cultura deve ser apoiada como factor de desenvolvimento e coesão social, pois

ela desenvolve junto do público um conjunto de competências que poderão ter um impacto

significativo na sua qualidade de vida, auto-estima, na sua integração e evolução social.

Está hoje mais do que demonstrado, até pelas grandes instituições da cidade, que a cultura é

factor de integração, regeneração urbana, coesão social e projecção do concelho.

Para além disso, a cultura e a arte não poderão nunca estar afastadas da procura de soluções

para devolver a vida ao centro histórico de Viseu. Sabemos, da experiência de outras cidades,

em Portugal e não só, que a injecção de vida cultural é um dos meios mais eficazes de

revitalização de zonas urbanas deprimidas.

Uma Câmara Municipal de Viseu liderada pela candidatura do CDS-PP actuará, na área da

cultura, segundo as seguintes prioridades:

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*+!

• Orientação da vereação da cultura para uma lógica de mediação e promoção de

parcerias. É necessário reforçar as pontes entre a autarquia, agentes culturais e a

comunidade, estabelecendo assim os alicerces para que a expressão artística chegue

mais perto das pessoas, com uma oferta mais alargada e como elemento facilitador

de dinâmicas de inclusão;

• Desenvolvimento de um Plano Municipal de Cultura como instrumento de gestão

integrada de todos os projectos relativos à política e produção cultural da cidade,

criando assim condições para a optimização da oferta, tornando-a mais eficiente e

apelativa;

• Criação de um espaço comunitário, de preferência no centro histórico, que ponha em

contacto os mais diversos agentes de modo a facilitar a articulação da oferta, agendas

e programações, contribuindo assim para uma melhor programação e optimização do

investimento municipal em cultura;

• Desenvolvimento e potenciação da Rede Municipal de Museus, tanto ao nível de

programação como de conteúdos, dando escala à oferta municipal através da

valorização do espólio dos Museus Municipais, promovendo a sua avaliação e

optimização, apostando em políticas que melhorem as acessibilidades físicas e

adaptem os conteúdos a todos os tipos de públicos;

• Lançamento de concurso de ideias para a dinamização e aproveitamento cultural dos

espaços públicos;

• Criação de uma agenda cultural trimestral, consolidada, que permita a todos os

cidadãos ou turistas um fácil acesso à programação;

• Melhoria da Feira do Livro, apostando noutra localização, reforçando a sua dimensão

e visibilidade de modo a que a Feira conquiste novos públicos e seja o ponto de

encontro entre diversos agentes do mercado cultural;

• Criação das “Festas de São Mateus”, a decorrer no período da Feira de São

Mateus, não se esgotando nesta mas tendo-a como evento central, de forma

rejuvenescida. Este novo conceito terá como linhas principais as seguintes:

! As Festas de São Mateus serão um grande certame multidimensional, com

um conjunto diversificado de eventos e manifestações culturais de projecção

nacional e ibérica (por exemplo, festivais de música, de teatro e de literatura,

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!

**!

concursos e mostras de arte e design, eventos de moda, ciclos de cinema, exposições

de divulgação histórica e científica), que abram a cidade e a região aos circuitos

europeus e mundiais do mundo das artes e da cultura, como acontece já em outras

cidades portuguesas de média dimensão, e a tornem procurada pelo maior número

de visitantes possível.

! A organização e a programação das Festas serão conduzidas através da

celebração de protocolos de parceria com as instituições culturais, públicas e

privadas, regionais e nacionais, podendo-se recorrer também à

contratualização de programadores profissionais experimentados. É necessário

que Viseu recolha e aproveite a experiência dos agentes culturais e que a eles abra o

seu cartaz cultural e o seu potencial de divulgação.

! A programação de qualidade que defendemos terá como pressuposto que a

organização das Festas desenvolva também parcerias e relações de patrocínio

e apoio institucional com as maiores empresas regionais e nacionais.

! As Festas realizar-se-ão no recinto tradicional da Feira mas também em

outras localizações e equipamentos da cidade, consoante a natureza dos

eventos a realizar – por exemplo, o parque Aquilino Ribeiro, o parque e o estádio

do Fontelo, o Teatro Viriato, o Anfiteatro Mirita Casimiro, o Auditório do IPJ, o

Solar do Vinho do Dão, o Centro Histórico, os Museus da cidade, as próprias ruas

centrais de Viseu. Assim será possível a maior diversificação do programa e a criação

de uma imagem de modernidade e abertura da cidade, capaz de atrair novos públicos.

! A programação das Festas constituirá um caminho para a revitalização do

Centro Histórico e do comércio de rua (duas realidades actualmente em clara

agonia). Esta opção poderá inclusivamente permitir o alargamento dos horários de

funcionamento dos estabelecimentos, de forma a potenciar a potenciar

comercialmente a movimentação e afluência de público.

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!

*"!

! As Festas servirão para promover os produtos regionais (o vinho do Dão, a

gastronomia, o artesanato) junto de novos públicos, mais exigentes e capazes

de amplificar a reputação desses produtos em todo o país e no estrangeiro. É

possível atrair novos visitantes através de uma oferta cultural mais contemporânea e

sofisticada, e alertá-los depois para a qualidade dos produtos regionais. Para tal, será

necessário que a organização das Festas seja mais selectiva do que é hoje a da Feira

quanto aos estabelecimentos a que atribui licença de funcionamento, uma vez que,

actualmente, por exemplo na área da gastronomia, é manifestamente exagerada a

presença de um tipo de oferta indiferenciada, que nada tem a ver com os produtos e

tradição regionais.

! As Festas terão uma vertente de promoção da iniciativa e inovação

económicas, através de eventos de divulgação tecnológica, de mostras em que se

partilhem experiências e contactos sobre novas oportunidades de negócios,

especialmente entre jovens empreendedores, e da criação de prémios relativos

àquelas áreas.

! As Festas terão como evento central a Feira de São Mateus, que em muito

poderá beneficiar da injecção de importância e modernidade que significará a

sua inclusão nesta realidade mais vasta.

A Feira de São Mateus é um símbolo fundamental da região de Viseu, cuja

longevidade centenária se deveu sempre à sua capacidade de se reinventar e adaptar à

mudança dos tempos. No entanto, nos últimos anos, a Feira tem perdido claramente

esse desafio da mudança, sendo hoje um certame em grande medida obsoleto, sem

grande relevância económica e cultural, com poder de atracção de pessoas limitado

essencialmente à região de Viseu. Há cada vez mais viseenses que não se revêem no

modelo da Feira actualmente vigente e que manifestam o seu desagrado para com o

estado a que ela chegou. Há muito que a Feira de São Mateus não projecta Viseu a

nível nacional e isso é o resultado de opções políticas que conscientemente foram

extraindo da sua natureza e programação toda e qualquer nota de

contemporaneidade, em nome de um entendimento erróneo e parcial da sua tradição

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!

*#!

popular. O cariz popular da Feira implicaria que ela se dirigisse tendencialmente a

todos os segmentos da população. Mas isso há muito que deixou de acontecer: a

Feira de São Mateus aceitou afunilar o seu âmbito e dirigir-se preferencialmente a um

segmento populacional demasiado específico. É preciso retomar o alcance

abrangente e inter-geracional da Feira; diversificar a sua oferta e o seu cartaz cultural;

adaptá-la aos diferentes níveis de exigência e sofisticação dos viseenses e demais

potenciais visitantes.

! O modelo de atribuição de licenças de funcionamento aos estabelecimentos e

expositores da Feira deverá passar a ser complementado por um sistema de

convites a endereçar a empresas e marcas de referência, com grande potencial

de atracção de público, que poderão permanecer na feira durante apenas uma parte

da sua duração e às quais poderão ser atribuídos dias próprios, com programação e

promoção da sua responsabilidade (por exemplo, o dia da operadora de

telecomunicações “X”, o dia do Banco “Y”, o dia da bebida “Z”).

! Este modelo deverá, inclusivamente, conduzir à inexistência de dias de entrada

paga na Feira (em homenagem à sua tradição de Feira Franca), tendo em

conta o potencial publicitário que aquelas empresas e marcas reconheçam à sua

presença no certame e o consequente interesse das mesmas em financiar a

programação.

! A configuração do recinto da Feira de São Mateus deverá ser objecto de uma

alteração de fundo. É preciso reconhecer que a intervenção urbanística que há

alguns anos reformulou o espaço se revelou uma solução profundamente infeliz. O

que antes era, por excelência, um local de passeio, encontro e socialização, amplo e

aprazível, não é hoje mais do que um descaracterizado labirinto de corredores

exíguos. Não podemos exigir uma programação de qualidade e a atracção de novos

públicos se é o próprio espaço principal em que essa programação se realiza que tem,

por si só, tendência para afastar os eventuais visitantes. É urgente, pois, proceder ao

seu reordenamento, até para assegurar que ele seja utilizável durante todo o ano.

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*$!

COMPROMISSO COM O TURISMO

Qualquer cidade ou região que se queira afirmar nacional e internacionalmente tem

obrigatoriamente de ser um destino turístico de excelência. O turismo é uma prioridade da

candidatura do CDS-PP, porque é um sector que simultaneamente depende e potencia a

robustez dos outros sectores da economia e da cultura, e que, portanto, tem capacidade para

ajudar a gerar a sociedade civil mais livre e dinâmica.

Viseu apresenta inúmeros factores que contribuem para que seja um pólo turístico

privilegiado: o posicionamento geoestratégico; o vasto potencial patrimonial; os recursos

naturais diversificados de grande valor; o posicionamento do concelho relativamente a outras

áreas turísticas relevantes; boas acessibilidades rodoviárias; a elevada riqueza gastronómica; o

termalismo e espaços verdes, o facto de estar no coração de uma das importantes regiões

demarcadas vitivinícolas nacionais. Esta é uma realidade que deve ser aproveitada.

A visão da candidatura do CDS-PP para o turismo assenta na diferenciação e autenticidade

do serviço e do produto, através da incorporação de elementos de inovação, eficiência na

gestão dos recursos financeiros e regulação da actividade, com vista ao reforço da

competitividade e massa crítica dos agentes locais.

Por outro lado, o turismo reveste enorme relevância no contexto de protecção e preservação

do património cultural e ambiental.

Por evidente indefinição estratégica ou simples inércia, Viseu não é hoje uma cidade “amiga

do turista”, falhando nos mais elementares aspectos: a informação ou conteúdos informativos

sobre os diversos pontos de interesse não são de acesso fácil e não são disponibilizados na

língua dos principais mercados emissores. São estes factores que em muito contribuem para

que a média de estadia dos turistas no concelho de Viseu seja baixa.

Um Município de Viseu liderado pela candidatura do CDS-PP terá, na dinamização do

turismo da região, os seguintes objectivos:

• Criação de mecanismos e instrumentos de apoio às empresas turísticas, agindo sobre

os factores da competitividade empresarial e de criação de valor e empregabilidade;

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*%!

• Fortalecimento da atractividade do Turismo, nomeadamente pela articulação de

políticas com o ordenamento do espaço, o ambiente, os transportes, a saúde e a

cultura;

• Reforço dos programas de Turismo Sénior, Turismo para Emigrantes, Turismo para

Cidadãos com deficiências e incapacidades, Turismo Religioso e Turismo de Saúde;

• Aposta no crescimento da receita por Turista, mais importante do que apostar no

aumento massificado do número de turistas;

• Incremento substancial da média de estadia dos turistas no concelho (1,5 dias),

aproximando-se da média nacional (3 dias);

• Promoção de novos conteúdos de valorização do destino Portugal em cooperação

com as indústrias criativas, com base na história, valores partilhados e autenticidade

do produto turístico;

• Recusa, por princípio, do estabelecimento de qualquer taxa turística;

• Criação de um parque de campismo moderno e atractivo (Viseu é a única capital de

distrito do interior sem parque de campismo);

• Colaboração com os agentes privados no sentido da criação de medidas que ajudem

a compensar a desvantagem competitiva da região decorrente da introdução de

portagens nas principais vias de acesso ao concelho;

• Colaboração com os agentes privados na elaboração de uma “Plano Estratégico de

Comunicação”, que defina de modo integrado uma forte estratégia de promoção e

marketing, até aqui inexistente, permitindo que Viseu apresente uma imagem atractiva

do ponto de vista turístico;

• Promoção de estadias de curto prazo a opinion makers, nacionais e internacionais na

garantia que falem nos meios ao seu dispor da sua experiência em Viseu;

• Promoção da cooperação institucional entre as diversas entidades públicas e público-

privadas (claramente insuficiente), com vista ao estabelecimento de sinergias entre os

mais variados actores económicos e culturais, com interesses directos no turismo,

promovendo e amplificando as capacidades individuais, a aproximação entre os

diversos agentes, a integração dos vários serviços prestados, garantindo ainda que o

município acompanha a evolução deste sector, seguindo as tendências e conhecendo

profundamente o tecido empresarial que depende directamente do desempenho do

turismo no concelho;

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!

*&!

• Aproveitamento do posicionamento do concelho, relativamente a outras áreas

turísticas relevantes, para a criação de um centro dinamizador e distribuidor do

Touring na região, sublinhando complementaridades interterritoriais com importantes

destinos vizinhos (Douro, Estrela, Caramulo, Aveiro, etc). Esta candidatura assume o

compromisso de criar sinergias necessárias favorecendo Viseu enquanto destino

agregador;

• Desenvolvimento do concelho como território aglomerador da oferta turística ligada

ao termalismo, enoturismo e turismo de natureza;

• Valorização e celebração do Vinho do Dão, em Viseu, num evento de dimensão

nacional;

• Incorporação de QR Codes, em calçada portuguesa, nos mais importantes

monumentos e pontos de interesse em Viseu;

• Criação e dinamização de ciclovias urbanas, permitindo a ligação entre o Rossio,

Centro Histórico, Fontelo, Parque Aquilino Ribeiro, Eco Pista do Dão e Quinta da

Cruz.

COMPROMISSO COM OS PRODUTOS E RECURSOS NATURAIS DA REGIÃO

Não existe melhor impulso para o desenvolvimento de uma região do que a aposta nos seus

produtos e recursos naturais, designadamente de origem agrícola, cujo bom aproveitamento

pode ser a fonte mais imediata da riqueza de uma comunidade.

Para além disso, desse aproveitamento resultam também, habitualmente, vantagens na

promoção do desenvolvimento sustentável do território, na dinamização do mundo rural e

na protecção e valorização do meio ambiente.

O espírito político de nova geração que a candidatura do CDS-PP representa concretiza-se,

neste aspecto, na afirmação de uma visão moderna da importância dos produtos naturais no

desenvolvimento económico. Defendemos que o Município desempenhe um papel de

incentivo à cooperação entre os agentes privados e entre estes e as instituições públicas de

apoio e regulação dos sectores agrícolas, de modo a elevar o perfil dos produtos da região e

encontrar para os mesmos novos mercados, em Portugal e no estrangeiro.

Page 17: Manifesto eleitoral - Compromisso com Viseu

!

*'!

Empenhar-nos-emos em fomentar as parcerias e os enquadramentos institucionais

necessários a que, por exemplo, os empresários da região se possam apresentar de forma

conjunta e com poder negocial reforçado junto das grandes cadeias distribuidoras, e que para

isso possam gerar os indispensáveis acordos de partilha de recursos entre si. Fá-lo-emos no

seio do Município mas também no âmbito da Agência Regional para o Investimento cuja

criação defendemos.

Não esqueceremos nunca, porém, o necessário apoio aos pequenos agricultores, que são

uma base tão importante do tecido económico e social da região. Neste campo, o Município

tem possibilidade de implementar algumas medidas imediatas e relevantes, com as quais esta

candidatura se compromete: a criação de um Mercado de Frescos, no Mercado 2 de Maio,

com forte contributo dos produtores locais; a requalificação do mercado municipal; a

realização de uma Feira da Agricultura e Sabores do Dão na Feira de São Mateus; a

revitalizar a feira semanal, em termos conceptuais e de organização do espaço.

COMPROMISSO COM A SOLIDARIDADE SOCIAL

A solidariedade com os mais desfavorecidos é uma obrigação moral de cada pessoa, e é-o

naturalmente, de modo particular, daqueles que exercem cargos políticos e que por isso têm

o dever de criar as condições institucionais indispensáveis à correcta orientação dos recursos

financeiros e humanos para a concretização das redes de solidariedade.

Portugal, para além das instituições públicas, encontra-se dotado de bastantes instituições

privadas de solidariedade social (IPSS) que prestam às comunidades em que se inserem um

serviço inestimável. Viseu não é excepção: as IPSS do Concelho são decisivas em áreas como

a educação, a emergência alimentar, o apoio às crianças, aos jovens e aos idosos, através de

creches, lares, centros de dia e de convívio.

De resto, o empreendedorismo social é hoje uma importante fonte de emprego, absorvendo

uma fatia importante de profissionais qualificados.

O que se espera de um Município é que aproveite, valorize e reforce essa importantíssima

capacidade instalada, especializada e de proximidade. Infelizmente, o trabalho da Câmara

Municipal de Viseu nesta área tem ficado bastante aquém do necessário. Falta uma

Page 18: Manifesto eleitoral - Compromisso com Viseu

!

*(!

verdadeira aposta na articulação entre o Município e as entidades privadas e falta maior

justiça na distribuição dos apoios.

A candidatura do CDS-PP compromete-se, também nesta área, a implementar uma nova

geração de políticas, assentes nos seguintes vectores:

• Orientação dos departamentos técnicos do Município para a assessoria à criação de

projectos privados de solidariedade;

• Agilização dos processos de licenciamento (é comum dizer-se no sector que a

aprovação de projectos chega e demorar mais do que o tempo que leva a construi-

los);

• Eliminação da injustiça resultante do facto de às IPSS do Concelho não ser

actualmente dada a mesma importância, desde logo em termos de recursos, que é

concedida às associações culturais, recreativas e desportivas;

• Eliminação da injustiça de nos protocolos celebrados pelo Município não ser

actualmente dada às IPSS do Concelho a mesma importância que é concedida às

Juntas de Freguesia: muitas vezes, são as IPSS que mais cooperam e envolvem a

comunidade nas iniciativas de solidariedade, com os seus meios materiais e humanos,

em regime de voluntariado, a expensas próprias;

• Reforço do Conselho Local de Acção Social, que não só foi o último a ser criado, a

nível nacional, como é hoje um órgão afastado dos reais problema que supostamente

deveria resolver.

O CLAS deve envolver verdadeiramente as IPSS nas suas decisões executivas: só

assim será um órgão capaz de dialogar com quem está no terreno e atacar as reais

carências que se sentem localmente.

O CLAS deve ser um fórum onde todas as instituições do Concelho com

responsabilidades na acção social (não só as IPSS mas também as forças de

segurança ou as entidades da saúde e do ensino) coloquem em debate os seus

conhecimentos e experiências vividas, partilhando aquilo que melhor fazem no

combate aos problemas sociais;

Page 19: Manifesto eleitoral - Compromisso com Viseu

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*)!

COMPROMISSO COM UMA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL MAIS

TRANSPARENTE, DEMOCRÁTICA E EFICIENTE

O Município de Viseu sofre hoje dos vícios típicos de qualquer organização com uma

liderança que não se renova há décadas: opacidade das decisões, excesso de burocracia,

entorpecimento de procedimentos, cultura do pequeno favor, incapacidade de

rejuvenescimento.

A candidatura do CDS-PP assume o compromisso de modernizar a administração municipal,

em nome da transparência, democraticidade e eficiência, através de um plano arrojado de

simplificação radical dos procedimentos e das decisões, de diminuição significativa dos

custos para os particulares resultantes da actividade municipal e da implementação de

mecanismos que permitam o acompanhamento público permanente de todas as fases desses

procedimentos e decisões.

Os viseenses e os seus projectos não podem ficar eternamente resgatados pela morosidade e

pelas hesitações dos decisores municipais. Por isso, do plano de simplificação municipal

constará a generalização do princípio do deferimento tácito a todos os processos de

licenciamento, uma vez ultrapassado um prazo regulamentar de decisão, a determinar.

Especial atenção será dada à necessidade de atender com prontidão e eficácia às pequenas

situações quotidianas. A candidatura do CDS-PP compromete-se com a criação do Programa

“Cuidar Viseu”, que permita que a solução para aqueles problemas seja encontrada

rapidamente por equipas de permanência no terreno, monitorizadas pelos serviços

camarários e pelas Juntas de Freguesia, a mobilizar mediante contacto dos munícipes, o qual

deve ser facilitado (designadamente através da possibilidade de reporte de situações via

internet).

No âmbito do reforço da transparência e da democraticidade da actividade municipal, a

Assembleia Municipal deverá passar a ter as reuniões transmitidas em directo, na internet,

assim como aí também disponibilizar as respectivas actas, o registo da actividade e as faltas

dos membros da Assembleia.